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Ética Profissional Dia 12 das 13h às 17h Noções Gerais de Administração Municipal Ética, Moralidade Pública e Decoro Parlamentar

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Eacutetica Profissional

Dia 12 das 13h agraves 17h

Noccedilotildees Gerais de Administraccedilatildeo Municipal

Eacutetica Moralidade Puacuteblica e Decoro Parlamentar

A Unipuacuteblica

Conceituada Escola de Gestatildeo Municipal do sul do paiacutes especializada em capacitaccedilatildeo e treinamento de agentes

puacuteblicos atuantes em aacutereas teacutecnicas e administrativas de prefeituras cacircmaras e oacutergatildeos da administraccedilatildeo indireta como fundos

consoacutercios institutos fundaccedilotildees e empresas estatais nos municiacutepios

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos teacutecnicos presenciais e agrave distacircncia (e-learningonline) a escola investe na qualidade

e seriedade garantindo aos alunos

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder puacuteblico

- Professores especializados e atuantes na aacuterea (Praacutetica)

- Certificados de Participaccedilatildeo digitalizado

- Material complementar de apoio (leis jurisprudecircncias etc)

- Tira-duacutevidas durante realizaccedilatildeo do curso

- Controle biomeacutetrico de presenccedila (impressatildeo digital)

- Atendimento personalizado e simpaacutetico

- Rigor no cumprimento de horaacuterios e programaccedilotildees

- Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio

- Coffee Breaks em todos os periacuteodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressatildeo de certificado grade do curso curriacuteculo completo dos

professores apostila digitalizada material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos chat

entre alunos e contato com a escola

Puacuteblico Alvo

- Servidores e agentes puacuteblicos (secretaacuterios diretores contadores advogados controladores internos assessores

atuantes na aacuterea de licitaccedilatildeo recursos humanos tributaccedilatildeo sauacutede assistecircncia social e demais departamentos)

- Autoridades Puacuteblicas Vereanccedila e Prefeitos (a)

Localizaccedilatildeo

Nossa sede estaacute localizada em local privilegiado da capital do Paranaacute proacuteximo ao Calccediladatildeo da XV na Rua Des

Clotaacuterio Portugal nordm 39 com estrutura proacutepria apropriada para realizaccedilatildeo de vaacuterios cursos simultaneamente

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliaccedilatildeo criteriosa pelos proacuteprios alunos alcanccedilando iacutendice meacutedio de satisfaccedilatildeo

93 no ano de 2014 graccedilas ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho

Transparecircncia

Embora natildeo possua natureza juriacutedica puacuteblica a Unipuacuteblica aplica o princiacutepio da transparecircncia de seus atos mantendo

em sua paacutegina eletrocircnica um espaccedilo especiacutefico para esse fim onde disponibiliza aleacutem de fotos depoimentos notas de

avaliaccedilatildeo dos alunos e todas as certidotildees de caraacuteter fiscal teacutecnica e juriacutedica

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiccediloamento e avanccedilo dos serviccedilos puacuteblicos a Unipuacuteblica

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso criteacuterio define seu corpo docente

Missatildeo

Preparar os servidores e agentes repassando-lhes informaccedilotildees e ensinamentos gerais e especiacuteficos sobre suas

respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo e contribuir com

a) a promoccedilatildeo da eficiecircncia e eficaacutecia dos serviccedilos puacuteblicos

b) o combate agraves irregularidades teacutecnicas evitando prejuiacutezos e responsabilizaccedilotildees tanto para a populaccedilatildeo quanto para

os agentes puacuteblicos

c) o progresso da gestatildeo puacuteblica enfatizando o respeito ao cidadatildeo

Visatildeo

Ser a melhor referecircncia do segmento sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfaccedilatildeo aos

seus alunos cidadatildeos e entidades puacuteblicas

Valores

Reputaccedilatildeo ilibada

Seriedade na atuaccedilatildeo

Respeito aos alunos e agrave equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernizaccedilatildeo tecnoloacutegica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Eacutetica profissional

SEJA BEM VINDO BOM CURSO

Telefone (41) 3323-3131 Whats (41) 8852-8898

wwwunipublicabrasilcombr

Programaccedilatildeo Dia 12 das 13h agraves 17h 01 Noccedilotildees Gerais de Administraccedilatildeo Municipal

a) Origem e Estrutura do Estado Brasileiro

b) O Municiacutepio organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

c) Poderes no Municiacutepio

- As atribuiccedilotildees do Executivo (prefeitura)

- As atribuiccedilotildees do Legislativo (cacircmara)

d) Administraccedilatildeo direta e indireta

e) Princiacutepios da Administraccedilatildeo Puacuteblica

f) Legislaccedilatildeo Baacutesica Municipal

g) Processo Legislativo

h) Estrutura Administrativa

- organograma funcional

- servidores

- Serviccedilos Puacuteblicos

i) Setores prioritaacuterios

- sauacutede

- educaccedilatildeo

j) Setores de destaque

- licitaccedilotildees e contratos administrativos

- tributaccedilatildeo municipal

- contabilidade puacuteblica

- controle interno e externo

2 Eacutetica Moralidade Puacuteblica e Decoro Parlamentar

a) Eacutetica puacuteblica

b) Decoro parlamentar

c) Moralidade puacuteblica

d) Moralidade x Legalidade

e) Reprimendas

Professores

Jonias de O e Silva Advogado e Consultor - Especialista em Administraccedilatildeo Puacuteblica e Direito Constitucional

1

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

NOCcedilOtildeES GERAIS DE ADMINISTRACcedilAtildeO MUNICIPAL

Jonias de O e Silva

011 Origem e estrutura do Estado brasileiro

A ORIGEM

A sociedade humana apoacutes tentar inuacutemeras formas de regular seu relacionamento desenvolveu a figura do

Estado um ser abstrato poreacutem com poderes maiores do que qualquer indiviacuteduo

O TERMO

O termo ESTADO surgiu na obra de Niccoloacute Machiavell em 1513 em ―O Priacutencipe

CRITEacuteRIOS BAacuteSICOS DE FORMACcedilAtildeO

- TERRITOacuteRIO

- POVO

- GOVERNO

- (SOBERANIA)

OBJETIVOS PRINCIPAIS

Manter a ordem social e promover o bem comum

SEU PODER

Tem o poderdever de exigir o cumprimento das regras (leis) mesmo que para isto seja necessaacuterio o uso da

forccedila

Caracteriacutesticas do estado brasileiro contemporacircneo

FORMACcedilAtildeO

- Territoacuterio (brasil 5ordm maior do mundo - 8514876599 kmsup2)

- Povo (brasil 5ordm maior do mundo - 190732694 em 2010 segundo o IBGE)

2

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Governo (art 1ordm par Uacutenico CF - todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente nos termos desta constituiccedilatildeo)

- (Soberania ndash art 1ordm i CF)

TIPO

Repuacuteblica federativa (composiccedilatildeo)

Art 1ordm da CF

DEFINICcedilOtildeES

- UNIAtildeO (Pessoa Juriacutedica para tratamento interno no paiacutes)

- REPUacuteBLICA FEDERATIVA (relacionamento internacionais)

- BRASIL (conhecimento popular da naccedilatildeo)

- ESTADO (Naccedilatildeo com territoacuterio povo governo e soberania)

- DEMOCRAacuteTICO (participaccedilatildeo do povo no governo)

- DE DIREITO (existecircncia de regras e oacutergatildeo do Estado para exigir sua obediecircncia)

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

ldquoArt 3ordm Constituem objetivos fundamentais da Repuacuteblica Federativa do Brasil

I - construir uma sociedade livre justa e solidaacuteria II - garantir o desenvolvimento nacional

III - erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV - promover o bem de todos sem preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeorsquo

MANIFESTACcedilOtildeES

Estado democraacutetico de direito (Art 1ordm da CF)

DESMEMBRAMENTO DE SEUS PODERES

ldquoArt 2ordm Satildeo Poderes da Uniatildeo independentes e harmocircnicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judiciaacuteriordquo

MEMBROS DA FEDERACcedilAtildeO

ldquoArt 18 A organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o

Distrito Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

OBS - O Brasil eacute dividido em 26 estados e um Distrito Federal e eacute subdividido em 5570 municiacutepios (eleiccedilotildees de

2012)

DOS ESTADOS FEDERADOS

ldquoArt 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituiccedilotildees e leis que adotarem observados os princiacutepios desta

Constituiccedilatildeordquo

DOS MUNICIacutePIOS

ldquoArt 29 O Municiacutepio reger-se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos com o interstiacutecio miacutenimo de dez dias e

aprovada por dois terccedilos dos membros da Cacircmara Municipal que a promulgaraacute atendidos os princiacutepios estabelecidos

nesta Constituiccedilatildeo na Constituiccedilatildeo do respectivo Estado e os seguintes preceitosrdquo

DO DISTRITO FEDERAL

ldquoArt 32 O Distrito Federal vedada sua divisatildeo em Municiacutepios reger- se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos

com interstiacutecio miacutenimo de dez dias e aprovada por dois terccedilos da Cacircmara Legislativa que a promulgaraacute atendidos os

princiacutepios estabelecidos nesta Constituiccedilatildeo

sect 1ordm - Ao Distrito Federal satildeo atribuiacutedas as competecircncias legislativas reservadas aos Estados e Municiacutepiosrdquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

OS ENTES DA FEDERACcedilAtildeO

ENTES Uniatildeo Estados-membros Distrito Federal Municiacutepios

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

EXECUTIVO

Governo

Federal

(Presidente da

Repuacuteblica)

Governo

Estadual

(Governador)

Governo Distrital

(Governador)

Governo

Municipal

(Prefeitos)

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

LEGISLATIVO

Senado

(Senadores) e

Cacircmara dos

Deputados

(Deputados

Federais)

Assembleacuteia Legislativa

(Deputados Estaduais)

Cacircmara Legislativa

(Deputados Distritais)

Cacircmara

Municipal

(Vereadores)

ENTIDADES

ESTATAIS ndash

PODER

JUDICIAacuteRIO

Tribunais

Superiores ndash

STF STJ TSE

STM e TST

(Ministros)

Tribunais de Justiccedila dos

Estados

(Desembargadores)

Tribunal do Distrito

Federal

(Desembargadores)

Foacuterum de Justiccedila

Local (Juiacutezes de

Direito)

OacuteRGAtildeOS PUacuteBLICOS PROPRIAMENTE DITOS

Ministeacuterios Secretarias Departamentos Diretorias etc

INCUMBEcircNCIAS

Prestaccedilatildeo de serviccedilos de utilidade puacuteblica

012 O Municiacutepio

Organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

Antes do termo MUNICIacutePIO as aglomeraccedilotildees urbanas possuiacuteam o nome de CIDADE-ESTADO que surgiu

com a Repuacuteblica Romana no ano de 753 antes de Cristo

O Impeacuterio Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 seacuteculos

Segundo a histoacuteria o Imperador Romano Julio Cesar para manter a paz sobre as cidades conquistadas criou no

ano 79 de nossa era a figura do municipium ou municipia quando oferecia aos moradores subjugados agrave Roma de

determinada aglomeraccedilatildeo o direito da auto-organizaccedilatildeo e de escolherem seus governantes

Assim o sistema de organizaccedilatildeo urbana com o nome de MUNICIacutePIO passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo chegando a Portugal

No Brasil Colocircnia embora as reparticcedilotildees ganhassem outras nomenclaturas (Vilas Proviacutencias etc) o termo era

aplicado na existecircncia da Cacircmara Municipal

De Constituiccedilatildeo a Constituiccedilatildeo desde a primeira do Brasil em 1824 o Municiacutepio foi obtendo maior

importacircncia

Poreacutem apenas na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (051088) eacute que foi concebido o MUNICIacutePIO nos moldes de

hoje

Atualmente o Municiacutepio eacute tido como um dos entes (partiacutecipe) da Federaccedilatildeo

Assim segundo o art 1ordm da CF88 a Repuacuteblica Federativa do Brasil eacute formada pela UNIAtildeO dos Estados

Municiacutepios e Distrito Federal

E para explicar a divisatildeo administrativa do paiacutes o art 18 da CF define que

ldquoA organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o Distrito

Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

7

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

8

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

9

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 2: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

A Unipuacuteblica

Conceituada Escola de Gestatildeo Municipal do sul do paiacutes especializada em capacitaccedilatildeo e treinamento de agentes

puacuteblicos atuantes em aacutereas teacutecnicas e administrativas de prefeituras cacircmaras e oacutergatildeos da administraccedilatildeo indireta como fundos

consoacutercios institutos fundaccedilotildees e empresas estatais nos municiacutepios

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos teacutecnicos presenciais e agrave distacircncia (e-learningonline) a escola investe na qualidade

e seriedade garantindo aos alunos

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder puacuteblico

- Professores especializados e atuantes na aacuterea (Praacutetica)

- Certificados de Participaccedilatildeo digitalizado

- Material complementar de apoio (leis jurisprudecircncias etc)

- Tira-duacutevidas durante realizaccedilatildeo do curso

- Controle biomeacutetrico de presenccedila (impressatildeo digital)

- Atendimento personalizado e simpaacutetico

- Rigor no cumprimento de horaacuterios e programaccedilotildees

- Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio

- Coffee Breaks em todos os periacuteodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressatildeo de certificado grade do curso curriacuteculo completo dos

professores apostila digitalizada material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos chat

entre alunos e contato com a escola

Puacuteblico Alvo

- Servidores e agentes puacuteblicos (secretaacuterios diretores contadores advogados controladores internos assessores

atuantes na aacuterea de licitaccedilatildeo recursos humanos tributaccedilatildeo sauacutede assistecircncia social e demais departamentos)

- Autoridades Puacuteblicas Vereanccedila e Prefeitos (a)

Localizaccedilatildeo

Nossa sede estaacute localizada em local privilegiado da capital do Paranaacute proacuteximo ao Calccediladatildeo da XV na Rua Des

Clotaacuterio Portugal nordm 39 com estrutura proacutepria apropriada para realizaccedilatildeo de vaacuterios cursos simultaneamente

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliaccedilatildeo criteriosa pelos proacuteprios alunos alcanccedilando iacutendice meacutedio de satisfaccedilatildeo

93 no ano de 2014 graccedilas ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho

Transparecircncia

Embora natildeo possua natureza juriacutedica puacuteblica a Unipuacuteblica aplica o princiacutepio da transparecircncia de seus atos mantendo

em sua paacutegina eletrocircnica um espaccedilo especiacutefico para esse fim onde disponibiliza aleacutem de fotos depoimentos notas de

avaliaccedilatildeo dos alunos e todas as certidotildees de caraacuteter fiscal teacutecnica e juriacutedica

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiccediloamento e avanccedilo dos serviccedilos puacuteblicos a Unipuacuteblica

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso criteacuterio define seu corpo docente

Missatildeo

Preparar os servidores e agentes repassando-lhes informaccedilotildees e ensinamentos gerais e especiacuteficos sobre suas

respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo e contribuir com

a) a promoccedilatildeo da eficiecircncia e eficaacutecia dos serviccedilos puacuteblicos

b) o combate agraves irregularidades teacutecnicas evitando prejuiacutezos e responsabilizaccedilotildees tanto para a populaccedilatildeo quanto para

os agentes puacuteblicos

c) o progresso da gestatildeo puacuteblica enfatizando o respeito ao cidadatildeo

Visatildeo

Ser a melhor referecircncia do segmento sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfaccedilatildeo aos

seus alunos cidadatildeos e entidades puacuteblicas

Valores

Reputaccedilatildeo ilibada

Seriedade na atuaccedilatildeo

Respeito aos alunos e agrave equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernizaccedilatildeo tecnoloacutegica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Eacutetica profissional

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Programaccedilatildeo Dia 12 das 13h agraves 17h 01 Noccedilotildees Gerais de Administraccedilatildeo Municipal

a) Origem e Estrutura do Estado Brasileiro

b) O Municiacutepio organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

c) Poderes no Municiacutepio

- As atribuiccedilotildees do Executivo (prefeitura)

- As atribuiccedilotildees do Legislativo (cacircmara)

d) Administraccedilatildeo direta e indireta

e) Princiacutepios da Administraccedilatildeo Puacuteblica

f) Legislaccedilatildeo Baacutesica Municipal

g) Processo Legislativo

h) Estrutura Administrativa

- organograma funcional

- servidores

- Serviccedilos Puacuteblicos

i) Setores prioritaacuterios

- sauacutede

- educaccedilatildeo

j) Setores de destaque

- licitaccedilotildees e contratos administrativos

- tributaccedilatildeo municipal

- contabilidade puacuteblica

- controle interno e externo

2 Eacutetica Moralidade Puacuteblica e Decoro Parlamentar

a) Eacutetica puacuteblica

b) Decoro parlamentar

c) Moralidade puacuteblica

d) Moralidade x Legalidade

e) Reprimendas

Professores

Jonias de O e Silva Advogado e Consultor - Especialista em Administraccedilatildeo Puacuteblica e Direito Constitucional

1

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

NOCcedilOtildeES GERAIS DE ADMINISTRACcedilAtildeO MUNICIPAL

Jonias de O e Silva

011 Origem e estrutura do Estado brasileiro

A ORIGEM

A sociedade humana apoacutes tentar inuacutemeras formas de regular seu relacionamento desenvolveu a figura do

Estado um ser abstrato poreacutem com poderes maiores do que qualquer indiviacuteduo

O TERMO

O termo ESTADO surgiu na obra de Niccoloacute Machiavell em 1513 em ―O Priacutencipe

CRITEacuteRIOS BAacuteSICOS DE FORMACcedilAtildeO

- TERRITOacuteRIO

- POVO

- GOVERNO

- (SOBERANIA)

OBJETIVOS PRINCIPAIS

Manter a ordem social e promover o bem comum

SEU PODER

Tem o poderdever de exigir o cumprimento das regras (leis) mesmo que para isto seja necessaacuterio o uso da

forccedila

Caracteriacutesticas do estado brasileiro contemporacircneo

FORMACcedilAtildeO

- Territoacuterio (brasil 5ordm maior do mundo - 8514876599 kmsup2)

- Povo (brasil 5ordm maior do mundo - 190732694 em 2010 segundo o IBGE)

2

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Governo (art 1ordm par Uacutenico CF - todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente nos termos desta constituiccedilatildeo)

- (Soberania ndash art 1ordm i CF)

TIPO

Repuacuteblica federativa (composiccedilatildeo)

Art 1ordm da CF

DEFINICcedilOtildeES

- UNIAtildeO (Pessoa Juriacutedica para tratamento interno no paiacutes)

- REPUacuteBLICA FEDERATIVA (relacionamento internacionais)

- BRASIL (conhecimento popular da naccedilatildeo)

- ESTADO (Naccedilatildeo com territoacuterio povo governo e soberania)

- DEMOCRAacuteTICO (participaccedilatildeo do povo no governo)

- DE DIREITO (existecircncia de regras e oacutergatildeo do Estado para exigir sua obediecircncia)

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

ldquoArt 3ordm Constituem objetivos fundamentais da Repuacuteblica Federativa do Brasil

I - construir uma sociedade livre justa e solidaacuteria II - garantir o desenvolvimento nacional

III - erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV - promover o bem de todos sem preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeorsquo

MANIFESTACcedilOtildeES

Estado democraacutetico de direito (Art 1ordm da CF)

DESMEMBRAMENTO DE SEUS PODERES

ldquoArt 2ordm Satildeo Poderes da Uniatildeo independentes e harmocircnicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judiciaacuteriordquo

MEMBROS DA FEDERACcedilAtildeO

ldquoArt 18 A organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o

Distrito Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

OBS - O Brasil eacute dividido em 26 estados e um Distrito Federal e eacute subdividido em 5570 municiacutepios (eleiccedilotildees de

2012)

DOS ESTADOS FEDERADOS

ldquoArt 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituiccedilotildees e leis que adotarem observados os princiacutepios desta

Constituiccedilatildeordquo

DOS MUNICIacutePIOS

ldquoArt 29 O Municiacutepio reger-se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos com o interstiacutecio miacutenimo de dez dias e

aprovada por dois terccedilos dos membros da Cacircmara Municipal que a promulgaraacute atendidos os princiacutepios estabelecidos

nesta Constituiccedilatildeo na Constituiccedilatildeo do respectivo Estado e os seguintes preceitosrdquo

DO DISTRITO FEDERAL

ldquoArt 32 O Distrito Federal vedada sua divisatildeo em Municiacutepios reger- se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos

com interstiacutecio miacutenimo de dez dias e aprovada por dois terccedilos da Cacircmara Legislativa que a promulgaraacute atendidos os

princiacutepios estabelecidos nesta Constituiccedilatildeo

sect 1ordm - Ao Distrito Federal satildeo atribuiacutedas as competecircncias legislativas reservadas aos Estados e Municiacutepiosrdquo

3

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

OS ENTES DA FEDERACcedilAtildeO

ENTES Uniatildeo Estados-membros Distrito Federal Municiacutepios

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

EXECUTIVO

Governo

Federal

(Presidente da

Repuacuteblica)

Governo

Estadual

(Governador)

Governo Distrital

(Governador)

Governo

Municipal

(Prefeitos)

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

LEGISLATIVO

Senado

(Senadores) e

Cacircmara dos

Deputados

(Deputados

Federais)

Assembleacuteia Legislativa

(Deputados Estaduais)

Cacircmara Legislativa

(Deputados Distritais)

Cacircmara

Municipal

(Vereadores)

ENTIDADES

ESTATAIS ndash

PODER

JUDICIAacuteRIO

Tribunais

Superiores ndash

STF STJ TSE

STM e TST

(Ministros)

Tribunais de Justiccedila dos

Estados

(Desembargadores)

Tribunal do Distrito

Federal

(Desembargadores)

Foacuterum de Justiccedila

Local (Juiacutezes de

Direito)

OacuteRGAtildeOS PUacuteBLICOS PROPRIAMENTE DITOS

Ministeacuterios Secretarias Departamentos Diretorias etc

INCUMBEcircNCIAS

Prestaccedilatildeo de serviccedilos de utilidade puacuteblica

012 O Municiacutepio

Organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

Antes do termo MUNICIacutePIO as aglomeraccedilotildees urbanas possuiacuteam o nome de CIDADE-ESTADO que surgiu

com a Repuacuteblica Romana no ano de 753 antes de Cristo

O Impeacuterio Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 seacuteculos

Segundo a histoacuteria o Imperador Romano Julio Cesar para manter a paz sobre as cidades conquistadas criou no

ano 79 de nossa era a figura do municipium ou municipia quando oferecia aos moradores subjugados agrave Roma de

determinada aglomeraccedilatildeo o direito da auto-organizaccedilatildeo e de escolherem seus governantes

Assim o sistema de organizaccedilatildeo urbana com o nome de MUNICIacutePIO passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo chegando a Portugal

No Brasil Colocircnia embora as reparticcedilotildees ganhassem outras nomenclaturas (Vilas Proviacutencias etc) o termo era

aplicado na existecircncia da Cacircmara Municipal

De Constituiccedilatildeo a Constituiccedilatildeo desde a primeira do Brasil em 1824 o Municiacutepio foi obtendo maior

importacircncia

Poreacutem apenas na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (051088) eacute que foi concebido o MUNICIacutePIO nos moldes de

hoje

Atualmente o Municiacutepio eacute tido como um dos entes (partiacutecipe) da Federaccedilatildeo

Assim segundo o art 1ordm da CF88 a Repuacuteblica Federativa do Brasil eacute formada pela UNIAtildeO dos Estados

Municiacutepios e Distrito Federal

E para explicar a divisatildeo administrativa do paiacutes o art 18 da CF define que

ldquoA organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o Distrito

Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

12

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

14

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

15

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

17

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

19

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

20

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 3: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

Transparecircncia

Embora natildeo possua natureza juriacutedica puacuteblica a Unipuacuteblica aplica o princiacutepio da transparecircncia de seus atos mantendo

em sua paacutegina eletrocircnica um espaccedilo especiacutefico para esse fim onde disponibiliza aleacutem de fotos depoimentos notas de

avaliaccedilatildeo dos alunos e todas as certidotildees de caraacuteter fiscal teacutecnica e juriacutedica

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiccediloamento e avanccedilo dos serviccedilos puacuteblicos a Unipuacuteblica

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso criteacuterio define seu corpo docente

Missatildeo

Preparar os servidores e agentes repassando-lhes informaccedilotildees e ensinamentos gerais e especiacuteficos sobre suas

respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo e contribuir com

a) a promoccedilatildeo da eficiecircncia e eficaacutecia dos serviccedilos puacuteblicos

b) o combate agraves irregularidades teacutecnicas evitando prejuiacutezos e responsabilizaccedilotildees tanto para a populaccedilatildeo quanto para

os agentes puacuteblicos

c) o progresso da gestatildeo puacuteblica enfatizando o respeito ao cidadatildeo

Visatildeo

Ser a melhor referecircncia do segmento sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfaccedilatildeo aos

seus alunos cidadatildeos e entidades puacuteblicas

Valores

Reputaccedilatildeo ilibada

Seriedade na atuaccedilatildeo

Respeito aos alunos e agrave equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernizaccedilatildeo tecnoloacutegica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Eacutetica profissional

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Programaccedilatildeo Dia 12 das 13h agraves 17h 01 Noccedilotildees Gerais de Administraccedilatildeo Municipal

a) Origem e Estrutura do Estado Brasileiro

b) O Municiacutepio organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

c) Poderes no Municiacutepio

- As atribuiccedilotildees do Executivo (prefeitura)

- As atribuiccedilotildees do Legislativo (cacircmara)

d) Administraccedilatildeo direta e indireta

e) Princiacutepios da Administraccedilatildeo Puacuteblica

f) Legislaccedilatildeo Baacutesica Municipal

g) Processo Legislativo

h) Estrutura Administrativa

- organograma funcional

- servidores

- Serviccedilos Puacuteblicos

i) Setores prioritaacuterios

- sauacutede

- educaccedilatildeo

j) Setores de destaque

- licitaccedilotildees e contratos administrativos

- tributaccedilatildeo municipal

- contabilidade puacuteblica

- controle interno e externo

2 Eacutetica Moralidade Puacuteblica e Decoro Parlamentar

a) Eacutetica puacuteblica

b) Decoro parlamentar

c) Moralidade puacuteblica

d) Moralidade x Legalidade

e) Reprimendas

Professores

Jonias de O e Silva Advogado e Consultor - Especialista em Administraccedilatildeo Puacuteblica e Direito Constitucional

1

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

NOCcedilOtildeES GERAIS DE ADMINISTRACcedilAtildeO MUNICIPAL

Jonias de O e Silva

011 Origem e estrutura do Estado brasileiro

A ORIGEM

A sociedade humana apoacutes tentar inuacutemeras formas de regular seu relacionamento desenvolveu a figura do

Estado um ser abstrato poreacutem com poderes maiores do que qualquer indiviacuteduo

O TERMO

O termo ESTADO surgiu na obra de Niccoloacute Machiavell em 1513 em ―O Priacutencipe

CRITEacuteRIOS BAacuteSICOS DE FORMACcedilAtildeO

- TERRITOacuteRIO

- POVO

- GOVERNO

- (SOBERANIA)

OBJETIVOS PRINCIPAIS

Manter a ordem social e promover o bem comum

SEU PODER

Tem o poderdever de exigir o cumprimento das regras (leis) mesmo que para isto seja necessaacuterio o uso da

forccedila

Caracteriacutesticas do estado brasileiro contemporacircneo

FORMACcedilAtildeO

- Territoacuterio (brasil 5ordm maior do mundo - 8514876599 kmsup2)

- Povo (brasil 5ordm maior do mundo - 190732694 em 2010 segundo o IBGE)

2

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Governo (art 1ordm par Uacutenico CF - todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente nos termos desta constituiccedilatildeo)

- (Soberania ndash art 1ordm i CF)

TIPO

Repuacuteblica federativa (composiccedilatildeo)

Art 1ordm da CF

DEFINICcedilOtildeES

- UNIAtildeO (Pessoa Juriacutedica para tratamento interno no paiacutes)

- REPUacuteBLICA FEDERATIVA (relacionamento internacionais)

- BRASIL (conhecimento popular da naccedilatildeo)

- ESTADO (Naccedilatildeo com territoacuterio povo governo e soberania)

- DEMOCRAacuteTICO (participaccedilatildeo do povo no governo)

- DE DIREITO (existecircncia de regras e oacutergatildeo do Estado para exigir sua obediecircncia)

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

ldquoArt 3ordm Constituem objetivos fundamentais da Repuacuteblica Federativa do Brasil

I - construir uma sociedade livre justa e solidaacuteria II - garantir o desenvolvimento nacional

III - erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV - promover o bem de todos sem preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeorsquo

MANIFESTACcedilOtildeES

Estado democraacutetico de direito (Art 1ordm da CF)

DESMEMBRAMENTO DE SEUS PODERES

ldquoArt 2ordm Satildeo Poderes da Uniatildeo independentes e harmocircnicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judiciaacuteriordquo

MEMBROS DA FEDERACcedilAtildeO

ldquoArt 18 A organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o

Distrito Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

OBS - O Brasil eacute dividido em 26 estados e um Distrito Federal e eacute subdividido em 5570 municiacutepios (eleiccedilotildees de

2012)

DOS ESTADOS FEDERADOS

ldquoArt 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituiccedilotildees e leis que adotarem observados os princiacutepios desta

Constituiccedilatildeordquo

DOS MUNICIacutePIOS

ldquoArt 29 O Municiacutepio reger-se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos com o interstiacutecio miacutenimo de dez dias e

aprovada por dois terccedilos dos membros da Cacircmara Municipal que a promulgaraacute atendidos os princiacutepios estabelecidos

nesta Constituiccedilatildeo na Constituiccedilatildeo do respectivo Estado e os seguintes preceitosrdquo

DO DISTRITO FEDERAL

ldquoArt 32 O Distrito Federal vedada sua divisatildeo em Municiacutepios reger- se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos

com interstiacutecio miacutenimo de dez dias e aprovada por dois terccedilos da Cacircmara Legislativa que a promulgaraacute atendidos os

princiacutepios estabelecidos nesta Constituiccedilatildeo

sect 1ordm - Ao Distrito Federal satildeo atribuiacutedas as competecircncias legislativas reservadas aos Estados e Municiacutepiosrdquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

OS ENTES DA FEDERACcedilAtildeO

ENTES Uniatildeo Estados-membros Distrito Federal Municiacutepios

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

EXECUTIVO

Governo

Federal

(Presidente da

Repuacuteblica)

Governo

Estadual

(Governador)

Governo Distrital

(Governador)

Governo

Municipal

(Prefeitos)

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

LEGISLATIVO

Senado

(Senadores) e

Cacircmara dos

Deputados

(Deputados

Federais)

Assembleacuteia Legislativa

(Deputados Estaduais)

Cacircmara Legislativa

(Deputados Distritais)

Cacircmara

Municipal

(Vereadores)

ENTIDADES

ESTATAIS ndash

PODER

JUDICIAacuteRIO

Tribunais

Superiores ndash

STF STJ TSE

STM e TST

(Ministros)

Tribunais de Justiccedila dos

Estados

(Desembargadores)

Tribunal do Distrito

Federal

(Desembargadores)

Foacuterum de Justiccedila

Local (Juiacutezes de

Direito)

OacuteRGAtildeOS PUacuteBLICOS PROPRIAMENTE DITOS

Ministeacuterios Secretarias Departamentos Diretorias etc

INCUMBEcircNCIAS

Prestaccedilatildeo de serviccedilos de utilidade puacuteblica

012 O Municiacutepio

Organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

Antes do termo MUNICIacutePIO as aglomeraccedilotildees urbanas possuiacuteam o nome de CIDADE-ESTADO que surgiu

com a Repuacuteblica Romana no ano de 753 antes de Cristo

O Impeacuterio Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 seacuteculos

Segundo a histoacuteria o Imperador Romano Julio Cesar para manter a paz sobre as cidades conquistadas criou no

ano 79 de nossa era a figura do municipium ou municipia quando oferecia aos moradores subjugados agrave Roma de

determinada aglomeraccedilatildeo o direito da auto-organizaccedilatildeo e de escolherem seus governantes

Assim o sistema de organizaccedilatildeo urbana com o nome de MUNICIacutePIO passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo chegando a Portugal

No Brasil Colocircnia embora as reparticcedilotildees ganhassem outras nomenclaturas (Vilas Proviacutencias etc) o termo era

aplicado na existecircncia da Cacircmara Municipal

De Constituiccedilatildeo a Constituiccedilatildeo desde a primeira do Brasil em 1824 o Municiacutepio foi obtendo maior

importacircncia

Poreacutem apenas na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (051088) eacute que foi concebido o MUNICIacutePIO nos moldes de

hoje

Atualmente o Municiacutepio eacute tido como um dos entes (partiacutecipe) da Federaccedilatildeo

Assim segundo o art 1ordm da CF88 a Repuacuteblica Federativa do Brasil eacute formada pela UNIAtildeO dos Estados

Municiacutepios e Distrito Federal

E para explicar a divisatildeo administrativa do paiacutes o art 18 da CF define que

ldquoA organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o Distrito

Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 4: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

Programaccedilatildeo Dia 12 das 13h agraves 17h 01 Noccedilotildees Gerais de Administraccedilatildeo Municipal

a) Origem e Estrutura do Estado Brasileiro

b) O Municiacutepio organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

c) Poderes no Municiacutepio

- As atribuiccedilotildees do Executivo (prefeitura)

- As atribuiccedilotildees do Legislativo (cacircmara)

d) Administraccedilatildeo direta e indireta

e) Princiacutepios da Administraccedilatildeo Puacuteblica

f) Legislaccedilatildeo Baacutesica Municipal

g) Processo Legislativo

h) Estrutura Administrativa

- organograma funcional

- servidores

- Serviccedilos Puacuteblicos

i) Setores prioritaacuterios

- sauacutede

- educaccedilatildeo

j) Setores de destaque

- licitaccedilotildees e contratos administrativos

- tributaccedilatildeo municipal

- contabilidade puacuteblica

- controle interno e externo

2 Eacutetica Moralidade Puacuteblica e Decoro Parlamentar

a) Eacutetica puacuteblica

b) Decoro parlamentar

c) Moralidade puacuteblica

d) Moralidade x Legalidade

e) Reprimendas

Professores

Jonias de O e Silva Advogado e Consultor - Especialista em Administraccedilatildeo Puacuteblica e Direito Constitucional

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

NOCcedilOtildeES GERAIS DE ADMINISTRACcedilAtildeO MUNICIPAL

Jonias de O e Silva

011 Origem e estrutura do Estado brasileiro

A ORIGEM

A sociedade humana apoacutes tentar inuacutemeras formas de regular seu relacionamento desenvolveu a figura do

Estado um ser abstrato poreacutem com poderes maiores do que qualquer indiviacuteduo

O TERMO

O termo ESTADO surgiu na obra de Niccoloacute Machiavell em 1513 em ―O Priacutencipe

CRITEacuteRIOS BAacuteSICOS DE FORMACcedilAtildeO

- TERRITOacuteRIO

- POVO

- GOVERNO

- (SOBERANIA)

OBJETIVOS PRINCIPAIS

Manter a ordem social e promover o bem comum

SEU PODER

Tem o poderdever de exigir o cumprimento das regras (leis) mesmo que para isto seja necessaacuterio o uso da

forccedila

Caracteriacutesticas do estado brasileiro contemporacircneo

FORMACcedilAtildeO

- Territoacuterio (brasil 5ordm maior do mundo - 8514876599 kmsup2)

- Povo (brasil 5ordm maior do mundo - 190732694 em 2010 segundo o IBGE)

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- Governo (art 1ordm par Uacutenico CF - todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente nos termos desta constituiccedilatildeo)

- (Soberania ndash art 1ordm i CF)

TIPO

Repuacuteblica federativa (composiccedilatildeo)

Art 1ordm da CF

DEFINICcedilOtildeES

- UNIAtildeO (Pessoa Juriacutedica para tratamento interno no paiacutes)

- REPUacuteBLICA FEDERATIVA (relacionamento internacionais)

- BRASIL (conhecimento popular da naccedilatildeo)

- ESTADO (Naccedilatildeo com territoacuterio povo governo e soberania)

- DEMOCRAacuteTICO (participaccedilatildeo do povo no governo)

- DE DIREITO (existecircncia de regras e oacutergatildeo do Estado para exigir sua obediecircncia)

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

ldquoArt 3ordm Constituem objetivos fundamentais da Repuacuteblica Federativa do Brasil

I - construir uma sociedade livre justa e solidaacuteria II - garantir o desenvolvimento nacional

III - erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV - promover o bem de todos sem preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeorsquo

MANIFESTACcedilOtildeES

Estado democraacutetico de direito (Art 1ordm da CF)

DESMEMBRAMENTO DE SEUS PODERES

ldquoArt 2ordm Satildeo Poderes da Uniatildeo independentes e harmocircnicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judiciaacuteriordquo

MEMBROS DA FEDERACcedilAtildeO

ldquoArt 18 A organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o

Distrito Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

OBS - O Brasil eacute dividido em 26 estados e um Distrito Federal e eacute subdividido em 5570 municiacutepios (eleiccedilotildees de

2012)

DOS ESTADOS FEDERADOS

ldquoArt 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituiccedilotildees e leis que adotarem observados os princiacutepios desta

Constituiccedilatildeordquo

DOS MUNICIacutePIOS

ldquoArt 29 O Municiacutepio reger-se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos com o interstiacutecio miacutenimo de dez dias e

aprovada por dois terccedilos dos membros da Cacircmara Municipal que a promulgaraacute atendidos os princiacutepios estabelecidos

nesta Constituiccedilatildeo na Constituiccedilatildeo do respectivo Estado e os seguintes preceitosrdquo

DO DISTRITO FEDERAL

ldquoArt 32 O Distrito Federal vedada sua divisatildeo em Municiacutepios reger- se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos

com interstiacutecio miacutenimo de dez dias e aprovada por dois terccedilos da Cacircmara Legislativa que a promulgaraacute atendidos os

princiacutepios estabelecidos nesta Constituiccedilatildeo

sect 1ordm - Ao Distrito Federal satildeo atribuiacutedas as competecircncias legislativas reservadas aos Estados e Municiacutepiosrdquo

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OS ENTES DA FEDERACcedilAtildeO

ENTES Uniatildeo Estados-membros Distrito Federal Municiacutepios

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

EXECUTIVO

Governo

Federal

(Presidente da

Repuacuteblica)

Governo

Estadual

(Governador)

Governo Distrital

(Governador)

Governo

Municipal

(Prefeitos)

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

LEGISLATIVO

Senado

(Senadores) e

Cacircmara dos

Deputados

(Deputados

Federais)

Assembleacuteia Legislativa

(Deputados Estaduais)

Cacircmara Legislativa

(Deputados Distritais)

Cacircmara

Municipal

(Vereadores)

ENTIDADES

ESTATAIS ndash

PODER

JUDICIAacuteRIO

Tribunais

Superiores ndash

STF STJ TSE

STM e TST

(Ministros)

Tribunais de Justiccedila dos

Estados

(Desembargadores)

Tribunal do Distrito

Federal

(Desembargadores)

Foacuterum de Justiccedila

Local (Juiacutezes de

Direito)

OacuteRGAtildeOS PUacuteBLICOS PROPRIAMENTE DITOS

Ministeacuterios Secretarias Departamentos Diretorias etc

INCUMBEcircNCIAS

Prestaccedilatildeo de serviccedilos de utilidade puacuteblica

012 O Municiacutepio

Organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

Antes do termo MUNICIacutePIO as aglomeraccedilotildees urbanas possuiacuteam o nome de CIDADE-ESTADO que surgiu

com a Repuacuteblica Romana no ano de 753 antes de Cristo

O Impeacuterio Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 seacuteculos

Segundo a histoacuteria o Imperador Romano Julio Cesar para manter a paz sobre as cidades conquistadas criou no

ano 79 de nossa era a figura do municipium ou municipia quando oferecia aos moradores subjugados agrave Roma de

determinada aglomeraccedilatildeo o direito da auto-organizaccedilatildeo e de escolherem seus governantes

Assim o sistema de organizaccedilatildeo urbana com o nome de MUNICIacutePIO passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo chegando a Portugal

No Brasil Colocircnia embora as reparticcedilotildees ganhassem outras nomenclaturas (Vilas Proviacutencias etc) o termo era

aplicado na existecircncia da Cacircmara Municipal

De Constituiccedilatildeo a Constituiccedilatildeo desde a primeira do Brasil em 1824 o Municiacutepio foi obtendo maior

importacircncia

Poreacutem apenas na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (051088) eacute que foi concebido o MUNICIacutePIO nos moldes de

hoje

Atualmente o Municiacutepio eacute tido como um dos entes (partiacutecipe) da Federaccedilatildeo

Assim segundo o art 1ordm da CF88 a Repuacuteblica Federativa do Brasil eacute formada pela UNIAtildeO dos Estados

Municiacutepios e Distrito Federal

E para explicar a divisatildeo administrativa do paiacutes o art 18 da CF define que

ldquoA organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o Distrito

Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

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Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

15

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

NOCcedilOtildeES GERAIS DE ADMINISTRACcedilAtildeO MUNICIPAL

Jonias de O e Silva

011 Origem e estrutura do Estado brasileiro

A ORIGEM

A sociedade humana apoacutes tentar inuacutemeras formas de regular seu relacionamento desenvolveu a figura do

Estado um ser abstrato poreacutem com poderes maiores do que qualquer indiviacuteduo

O TERMO

O termo ESTADO surgiu na obra de Niccoloacute Machiavell em 1513 em ―O Priacutencipe

CRITEacuteRIOS BAacuteSICOS DE FORMACcedilAtildeO

- TERRITOacuteRIO

- POVO

- GOVERNO

- (SOBERANIA)

OBJETIVOS PRINCIPAIS

Manter a ordem social e promover o bem comum

SEU PODER

Tem o poderdever de exigir o cumprimento das regras (leis) mesmo que para isto seja necessaacuterio o uso da

forccedila

Caracteriacutesticas do estado brasileiro contemporacircneo

FORMACcedilAtildeO

- Territoacuterio (brasil 5ordm maior do mundo - 8514876599 kmsup2)

- Povo (brasil 5ordm maior do mundo - 190732694 em 2010 segundo o IBGE)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Governo (art 1ordm par Uacutenico CF - todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente nos termos desta constituiccedilatildeo)

- (Soberania ndash art 1ordm i CF)

TIPO

Repuacuteblica federativa (composiccedilatildeo)

Art 1ordm da CF

DEFINICcedilOtildeES

- UNIAtildeO (Pessoa Juriacutedica para tratamento interno no paiacutes)

- REPUacuteBLICA FEDERATIVA (relacionamento internacionais)

- BRASIL (conhecimento popular da naccedilatildeo)

- ESTADO (Naccedilatildeo com territoacuterio povo governo e soberania)

- DEMOCRAacuteTICO (participaccedilatildeo do povo no governo)

- DE DIREITO (existecircncia de regras e oacutergatildeo do Estado para exigir sua obediecircncia)

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

ldquoArt 3ordm Constituem objetivos fundamentais da Repuacuteblica Federativa do Brasil

I - construir uma sociedade livre justa e solidaacuteria II - garantir o desenvolvimento nacional

III - erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV - promover o bem de todos sem preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeorsquo

MANIFESTACcedilOtildeES

Estado democraacutetico de direito (Art 1ordm da CF)

DESMEMBRAMENTO DE SEUS PODERES

ldquoArt 2ordm Satildeo Poderes da Uniatildeo independentes e harmocircnicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judiciaacuteriordquo

MEMBROS DA FEDERACcedilAtildeO

ldquoArt 18 A organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o

Distrito Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

OBS - O Brasil eacute dividido em 26 estados e um Distrito Federal e eacute subdividido em 5570 municiacutepios (eleiccedilotildees de

2012)

DOS ESTADOS FEDERADOS

ldquoArt 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituiccedilotildees e leis que adotarem observados os princiacutepios desta

Constituiccedilatildeordquo

DOS MUNICIacutePIOS

ldquoArt 29 O Municiacutepio reger-se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos com o interstiacutecio miacutenimo de dez dias e

aprovada por dois terccedilos dos membros da Cacircmara Municipal que a promulgaraacute atendidos os princiacutepios estabelecidos

nesta Constituiccedilatildeo na Constituiccedilatildeo do respectivo Estado e os seguintes preceitosrdquo

DO DISTRITO FEDERAL

ldquoArt 32 O Distrito Federal vedada sua divisatildeo em Municiacutepios reger- se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos

com interstiacutecio miacutenimo de dez dias e aprovada por dois terccedilos da Cacircmara Legislativa que a promulgaraacute atendidos os

princiacutepios estabelecidos nesta Constituiccedilatildeo

sect 1ordm - Ao Distrito Federal satildeo atribuiacutedas as competecircncias legislativas reservadas aos Estados e Municiacutepiosrdquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

OS ENTES DA FEDERACcedilAtildeO

ENTES Uniatildeo Estados-membros Distrito Federal Municiacutepios

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

EXECUTIVO

Governo

Federal

(Presidente da

Repuacuteblica)

Governo

Estadual

(Governador)

Governo Distrital

(Governador)

Governo

Municipal

(Prefeitos)

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

LEGISLATIVO

Senado

(Senadores) e

Cacircmara dos

Deputados

(Deputados

Federais)

Assembleacuteia Legislativa

(Deputados Estaduais)

Cacircmara Legislativa

(Deputados Distritais)

Cacircmara

Municipal

(Vereadores)

ENTIDADES

ESTATAIS ndash

PODER

JUDICIAacuteRIO

Tribunais

Superiores ndash

STF STJ TSE

STM e TST

(Ministros)

Tribunais de Justiccedila dos

Estados

(Desembargadores)

Tribunal do Distrito

Federal

(Desembargadores)

Foacuterum de Justiccedila

Local (Juiacutezes de

Direito)

OacuteRGAtildeOS PUacuteBLICOS PROPRIAMENTE DITOS

Ministeacuterios Secretarias Departamentos Diretorias etc

INCUMBEcircNCIAS

Prestaccedilatildeo de serviccedilos de utilidade puacuteblica

012 O Municiacutepio

Organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

Antes do termo MUNICIacutePIO as aglomeraccedilotildees urbanas possuiacuteam o nome de CIDADE-ESTADO que surgiu

com a Repuacuteblica Romana no ano de 753 antes de Cristo

O Impeacuterio Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 seacuteculos

Segundo a histoacuteria o Imperador Romano Julio Cesar para manter a paz sobre as cidades conquistadas criou no

ano 79 de nossa era a figura do municipium ou municipia quando oferecia aos moradores subjugados agrave Roma de

determinada aglomeraccedilatildeo o direito da auto-organizaccedilatildeo e de escolherem seus governantes

Assim o sistema de organizaccedilatildeo urbana com o nome de MUNICIacutePIO passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo chegando a Portugal

No Brasil Colocircnia embora as reparticcedilotildees ganhassem outras nomenclaturas (Vilas Proviacutencias etc) o termo era

aplicado na existecircncia da Cacircmara Municipal

De Constituiccedilatildeo a Constituiccedilatildeo desde a primeira do Brasil em 1824 o Municiacutepio foi obtendo maior

importacircncia

Poreacutem apenas na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (051088) eacute que foi concebido o MUNICIacutePIO nos moldes de

hoje

Atualmente o Municiacutepio eacute tido como um dos entes (partiacutecipe) da Federaccedilatildeo

Assim segundo o art 1ordm da CF88 a Repuacuteblica Federativa do Brasil eacute formada pela UNIAtildeO dos Estados

Municiacutepios e Distrito Federal

E para explicar a divisatildeo administrativa do paiacutes o art 18 da CF define que

ldquoA organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o Distrito

Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

15

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

21

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

SITES CONSULTADOS NA INTERNET httpconceitodeetica-profissionalixzz34qgiGYJC

Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 6: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Governo (art 1ordm par Uacutenico CF - todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente nos termos desta constituiccedilatildeo)

- (Soberania ndash art 1ordm i CF)

TIPO

Repuacuteblica federativa (composiccedilatildeo)

Art 1ordm da CF

DEFINICcedilOtildeES

- UNIAtildeO (Pessoa Juriacutedica para tratamento interno no paiacutes)

- REPUacuteBLICA FEDERATIVA (relacionamento internacionais)

- BRASIL (conhecimento popular da naccedilatildeo)

- ESTADO (Naccedilatildeo com territoacuterio povo governo e soberania)

- DEMOCRAacuteTICO (participaccedilatildeo do povo no governo)

- DE DIREITO (existecircncia de regras e oacutergatildeo do Estado para exigir sua obediecircncia)

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

ldquoArt 3ordm Constituem objetivos fundamentais da Repuacuteblica Federativa do Brasil

I - construir uma sociedade livre justa e solidaacuteria II - garantir o desenvolvimento nacional

III - erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV - promover o bem de todos sem preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeorsquo

MANIFESTACcedilOtildeES

Estado democraacutetico de direito (Art 1ordm da CF)

DESMEMBRAMENTO DE SEUS PODERES

ldquoArt 2ordm Satildeo Poderes da Uniatildeo independentes e harmocircnicos entre si o Legislativo o Executivo e o Judiciaacuteriordquo

MEMBROS DA FEDERACcedilAtildeO

ldquoArt 18 A organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o

Distrito Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

OBS - O Brasil eacute dividido em 26 estados e um Distrito Federal e eacute subdividido em 5570 municiacutepios (eleiccedilotildees de

2012)

DOS ESTADOS FEDERADOS

ldquoArt 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituiccedilotildees e leis que adotarem observados os princiacutepios desta

Constituiccedilatildeordquo

DOS MUNICIacutePIOS

ldquoArt 29 O Municiacutepio reger-se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos com o interstiacutecio miacutenimo de dez dias e

aprovada por dois terccedilos dos membros da Cacircmara Municipal que a promulgaraacute atendidos os princiacutepios estabelecidos

nesta Constituiccedilatildeo na Constituiccedilatildeo do respectivo Estado e os seguintes preceitosrdquo

DO DISTRITO FEDERAL

ldquoArt 32 O Distrito Federal vedada sua divisatildeo em Municiacutepios reger- se-aacute por lei orgacircnica votada em dois turnos

com interstiacutecio miacutenimo de dez dias e aprovada por dois terccedilos da Cacircmara Legislativa que a promulgaraacute atendidos os

princiacutepios estabelecidos nesta Constituiccedilatildeo

sect 1ordm - Ao Distrito Federal satildeo atribuiacutedas as competecircncias legislativas reservadas aos Estados e Municiacutepiosrdquo

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OS ENTES DA FEDERACcedilAtildeO

ENTES Uniatildeo Estados-membros Distrito Federal Municiacutepios

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

EXECUTIVO

Governo

Federal

(Presidente da

Repuacuteblica)

Governo

Estadual

(Governador)

Governo Distrital

(Governador)

Governo

Municipal

(Prefeitos)

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

LEGISLATIVO

Senado

(Senadores) e

Cacircmara dos

Deputados

(Deputados

Federais)

Assembleacuteia Legislativa

(Deputados Estaduais)

Cacircmara Legislativa

(Deputados Distritais)

Cacircmara

Municipal

(Vereadores)

ENTIDADES

ESTATAIS ndash

PODER

JUDICIAacuteRIO

Tribunais

Superiores ndash

STF STJ TSE

STM e TST

(Ministros)

Tribunais de Justiccedila dos

Estados

(Desembargadores)

Tribunal do Distrito

Federal

(Desembargadores)

Foacuterum de Justiccedila

Local (Juiacutezes de

Direito)

OacuteRGAtildeOS PUacuteBLICOS PROPRIAMENTE DITOS

Ministeacuterios Secretarias Departamentos Diretorias etc

INCUMBEcircNCIAS

Prestaccedilatildeo de serviccedilos de utilidade puacuteblica

012 O Municiacutepio

Organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

Antes do termo MUNICIacutePIO as aglomeraccedilotildees urbanas possuiacuteam o nome de CIDADE-ESTADO que surgiu

com a Repuacuteblica Romana no ano de 753 antes de Cristo

O Impeacuterio Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 seacuteculos

Segundo a histoacuteria o Imperador Romano Julio Cesar para manter a paz sobre as cidades conquistadas criou no

ano 79 de nossa era a figura do municipium ou municipia quando oferecia aos moradores subjugados agrave Roma de

determinada aglomeraccedilatildeo o direito da auto-organizaccedilatildeo e de escolherem seus governantes

Assim o sistema de organizaccedilatildeo urbana com o nome de MUNICIacutePIO passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo chegando a Portugal

No Brasil Colocircnia embora as reparticcedilotildees ganhassem outras nomenclaturas (Vilas Proviacutencias etc) o termo era

aplicado na existecircncia da Cacircmara Municipal

De Constituiccedilatildeo a Constituiccedilatildeo desde a primeira do Brasil em 1824 o Municiacutepio foi obtendo maior

importacircncia

Poreacutem apenas na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (051088) eacute que foi concebido o MUNICIacutePIO nos moldes de

hoje

Atualmente o Municiacutepio eacute tido como um dos entes (partiacutecipe) da Federaccedilatildeo

Assim segundo o art 1ordm da CF88 a Repuacuteblica Federativa do Brasil eacute formada pela UNIAtildeO dos Estados

Municiacutepios e Distrito Federal

E para explicar a divisatildeo administrativa do paiacutes o art 18 da CF define que

ldquoA organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o Distrito

Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

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Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Marque qual curso tem interesse em fazer sua preacute-matriacutecula para recebe desconto

de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 7: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

OS ENTES DA FEDERACcedilAtildeO

ENTES Uniatildeo Estados-membros Distrito Federal Municiacutepios

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

EXECUTIVO

Governo

Federal

(Presidente da

Repuacuteblica)

Governo

Estadual

(Governador)

Governo Distrital

(Governador)

Governo

Municipal

(Prefeitos)

ENTIDADES

ESTATAIS -

PODER

LEGISLATIVO

Senado

(Senadores) e

Cacircmara dos

Deputados

(Deputados

Federais)

Assembleacuteia Legislativa

(Deputados Estaduais)

Cacircmara Legislativa

(Deputados Distritais)

Cacircmara

Municipal

(Vereadores)

ENTIDADES

ESTATAIS ndash

PODER

JUDICIAacuteRIO

Tribunais

Superiores ndash

STF STJ TSE

STM e TST

(Ministros)

Tribunais de Justiccedila dos

Estados

(Desembargadores)

Tribunal do Distrito

Federal

(Desembargadores)

Foacuterum de Justiccedila

Local (Juiacutezes de

Direito)

OacuteRGAtildeOS PUacuteBLICOS PROPRIAMENTE DITOS

Ministeacuterios Secretarias Departamentos Diretorias etc

INCUMBEcircNCIAS

Prestaccedilatildeo de serviccedilos de utilidade puacuteblica

012 O Municiacutepio

Organizaccedilatildeo autonomia e competecircncias

Antes do termo MUNICIacutePIO as aglomeraccedilotildees urbanas possuiacuteam o nome de CIDADE-ESTADO que surgiu

com a Repuacuteblica Romana no ano de 753 antes de Cristo

O Impeacuterio Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 seacuteculos

Segundo a histoacuteria o Imperador Romano Julio Cesar para manter a paz sobre as cidades conquistadas criou no

ano 79 de nossa era a figura do municipium ou municipia quando oferecia aos moradores subjugados agrave Roma de

determinada aglomeraccedilatildeo o direito da auto-organizaccedilatildeo e de escolherem seus governantes

Assim o sistema de organizaccedilatildeo urbana com o nome de MUNICIacutePIO passou a fazer parte de todos aqueles

povos e se estendendo a outras partes do mundo chegando a Portugal

No Brasil Colocircnia embora as reparticcedilotildees ganhassem outras nomenclaturas (Vilas Proviacutencias etc) o termo era

aplicado na existecircncia da Cacircmara Municipal

De Constituiccedilatildeo a Constituiccedilatildeo desde a primeira do Brasil em 1824 o Municiacutepio foi obtendo maior

importacircncia

Poreacutem apenas na Constituiccedilatildeo Federal de 1988 (051088) eacute que foi concebido o MUNICIacutePIO nos moldes de

hoje

Atualmente o Municiacutepio eacute tido como um dos entes (partiacutecipe) da Federaccedilatildeo

Assim segundo o art 1ordm da CF88 a Repuacuteblica Federativa do Brasil eacute formada pela UNIAtildeO dos Estados

Municiacutepios e Distrito Federal

E para explicar a divisatildeo administrativa do paiacutes o art 18 da CF define que

ldquoA organizaccedilatildeo poliacutetico-administrativa da Repuacuteblica Federativa do Brasil compreende a Uniatildeo os Estados o Distrito

Federal e os Municiacutepios todos autocircnomos nos termos desta Constituiccedilatildeordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Fontes de recursos

As fontes de recursos dos municiacutepios proveacutem dos tributos arrecadados em seu territoacuterio ou de sua cota-parte

oriunda do respectivo Estado e da Uniatildeo

Nos artigos 145 e 156 da CF estaacute estabelecida a competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios

tributos (IPTU - ISSQN - ITBI - Contribuiccedilatildeo de Melhoria ndashTaxas - Tarifas)

Poreacutem os arts 158 e 159 da CF definem que um certo percentual dos impostos arrecadados pelo Estado (ICMS ndash IPVA

ndash ITCMD) respectivo bem como dos impostos recebidos pela Uniatildeo (IR ndash ITR ndash IPI ndash IOF ndash II ndash IE) deveratildeo ser

devolvidos ao municiacutepio (FPM e Repasses especiacuteficos)

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees

alugueacuteis indenizaccedilotildees etc (receitas natildeo tributaacuterias)

O territoacuterio do municiacutepio eacute dividido entre aacuterea urbana e aacuterea rural definidas atraveacutes de lei de zoneamento

Atualmente o Plano Diretor define a ocupaccedilatildeo utilizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo de cada espaccedilo no acircmbito do municiacutepio

(residencial comercial industrial ambiental etc)

Jaacute o Poder Executivo Municipal possui as peculiaridades e atribuiccedilotildees indicadas no capiacutetulo proacuteprio a ser

apresentado mais agrave frente

A autonomia do municiacutepio

A autonomia dos municiacutepios embora estivesse sempre impliacutecita no sistema brasileiro antigamente era atingida

pela interpretaccedilatildeo de cada eacutepoca em especial nos regimes de exceccedilatildeo (autoritaacuterios)

Evoluindo e firmando a questatildeo os constituintes de 1988 definiram expressamente essa autonomia municipal

principalmente nos arts 1ordm 18 29 30 35 145 e 156 de nossa Carta atual

A autonomia representa a natildeo subordinaccedilatildeo do governo municipal a qualquer autoridade estadual ou federal no

desempenho de suas atribuiccedilotildees

Representa ainda que as leis municipais em assuntos de competecircncia expressa e exclusiva dos municiacutepios

prevalecem sobre as leis estadual e federal inclusive sobre a constituiccedilatildeo estadual em caso de conflito

Principais aspectos que indicam a autonomia dos municiacutepios

eleiccedilatildeo direta do Prefeito Vice-prefeito e Vereadores

organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos de interesse local

instituiccedilatildeo e arrecadaccedilatildeo dos tributos de sua competecircncia bem como aplicaccedilatildeo de suas rendas

competecircncia para legislar sobre assuntos de interesse local inclusive suplementando a legislaccedilatildeo federal e estadual

no que lhe interessar e for possiacutevel

013 Princiacutepios baacutesicos da administraccedilatildeo puacuteblica

Princiacutepios constitucionais (art 37)

- Legalidade

- Impessoalidade

- Moralidade

- Publicidade

- Eficiecircncia

Princiacutepios Fundamentais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Planejamento

- Coordenaccedilatildeo

- Delegaccedilatildeo de Competecircncia

- Controle

- Descentralizaccedilatildeo

Princiacutepios Gerais da Administraccedilatildeo Puacuteblica

- Princiacutepio da Supremacia do Interesse Puacuteblico sobre o Interesse Privado

- Princiacutepio da Razoabilidade

- Princiacutepio da Proporcionalidade

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- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

20

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

25

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 9: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio do Controle Judicial dos Atos Administrativos

- Princiacutepio da Responsabilidade do Estado por Atos Administrativos

- Presunccedilatildeo de Legitimidade

- Especialidade

- Tutela

- Autotutela

- Continuaccedilatildeo do Serviccedilo Puacuteblico

014 Legislaccedilatildeo municipal baacutesica

O Que Eacute Legislaccedilatildeo

Uma Ou Mais Leis Que Se Relacionam

Exemplos

As Leis De Um Paiacutes Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Paiacutes

As Leis Sobre Meio Ambiente Podem Ser Chamadas De Legislaccedilatildeo Do Meio Ambiente

Mas O Que Eacute Lei

Eacute Uma Norma (Regra) Escrita

Por Que Existem As Leis

Para Manter A Ordem Social E Promover O Bem Comum

No Brasil Existem Dois Tipos De Leis Tecnicamente Falando

- Leis Ordinaacuterias

- Leis Complementares

Nossa Legislaccedilatildeo Prevecirc A Existecircncia De Normas Maiores Que Regulamentam De Forma

- Geral (Federaccedilatildeo)

- Regional (Estados E Distrito Federal)

- Local (Municiacutepios)

No Acircmbito Federal A Norma Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo

A Constituiccedilatildeo Tambeacutem Eacute Conhecida Por

- Carta Magna

- Carta Cidadatilde

- Carta Popular

- Carta Poliacutetica

- Lei Maior

Nos Estados-Membros A Lei Maior Eacute Chamada De Constituiccedilatildeo Estadual

Nos Municiacutepios E No Distrito Federal Natildeo Existem Constituiccedilotildees Existem Leis Orgacircnicas

HIERARQUIA DAS LEIS (Ordem De Importacircncia)

Segundo O Constitucionalista Vicente Rao

―A Hierarquia Eacute Um Sistema Em Que As Normas De Categoria Inferior Devem Obedecer As Superioresrdquo

Em consequumlecircncia uma norma de menor hierarquia que conflite com outra de maior hierarquia seraacute invaacutelida

(nula ou anulaacutevel)

Por exemplo uma lei ordinaacuteria que conflite com uma lei complementar cede ante a esta

PIRAcircMIDE DAS NORMAS BRASILEIRAS

- CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL

- EMENDA Agrave CONSTITUICcedilAtildeO

- LEIS COMPLEMENTARES (agrave CF)

- LEIS ORDINAacuteRIAS FEDERAIS

- CONSTITUICcedilOtildeES ESTADUAIS

- EMENDAS AgraveS CE

- LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS

- LEIS ORDINAacuteRIAS ESTADUAIS

- LEIS ORGAcircNICAS MUNICIPAIS (e Distrital)

- EMENDAS Agrave LOM e LOD

- LEIS COMPLEMENTARES MUNICIPAIS (e Distrital)

- LEIS ORDINAacuteRIAS MUNICIPAIS (e Distrital)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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DESOBEDIEcircNCIA Agrave HIERARQUIA GERA

- Inconstitucionalidade

- Ilegalidade

NORMAS ADMINISTRATIVAS

1- RESOLUCcedilAtildeO eacute ato dos trecircs poderes (legislativo-executivo-judiciaacuterio) de decisatildeo coletiva

DECRETO regulamenta Leis e outros casos mais especiacuteficos Eacute ato em regra do Poder Executivo

- Decreto Legislativo Exceccedilatildeo

- Decreto-Lei extinto

PORTARIAS eacute ato utilizado nos Trecircs Poderes (Executivo-Legislativo - Judiciaacuterio) dita regras gerais de

funcionamento procedimentos e de pessoal

Tipos

I - LEI ORGAcircNICA (previsatildeo no art 29 da CF)

-Lei Orgacircnica eacute a Lei Fundamental do Municiacutepio

-A LEI MAIOR LOCAL

-DEFINE A Autonomia Poliacutetica Administrativa e Financeira

Conteacutem via de regra

- organizaccedilatildeo e divisatildeo municipal (sede e distritos)

- competecircncias

- formas e funcionamento do governo municipal (executivo e legislativo)

- administraccedilatildeo puacuteblica (servidores-bens-planejamento-obras e serviccedilos-participaccedilatildeo popular ndashorccedilamento tributaccedilatildeo e

financcedilas)

- ordem econocircmica e social do municiacutepio (urbanismo-agricultura-sauacutede-educaccedilatildeo-assistecircncia social-esportes-cultura-

meio ambiente-saneamento-habitaccedilatildeo-famiacutelia)

II - REGIMENTO INTERNO DA CAcircMARA MUNICIPAL (Lei Interna da Casa de Leis)

III - LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

- PPA (Plano Plurianual)

- LDO (Lei de Diretrizes orccedilamentaacuterias)

- LOA (Lei Orccedilamentaacuteria Anual)

PREVISAtildeO JURIacuteDICA DAS LEIS ORCcedilAMENTAacuteRIAS

1) Constituiccedilatildeo Federal (Arts 165 agrave 169)

2) Lei 43201964 (Lei da Contabilidade Puacuteblica)

3) Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF (Lei Complementar 101 de 2000)

PPA

METAS E OBJETIVOS PARA OS PROacuteXIMOS 04 ANOS(exerciacutecios)

- ASSUNTOS GENEacuteRICOS

- PRAZO LONGO

- CONTINUIDADE

LDO

METAS E PRIORIDADES PARA O ANO SEGUINTE

- ORIENTA A ELABORACcedilAtildeO DO ORCcedilAMENTO

bull indica possiacuteveis alteraccedilotildees na legislaccedilatildeo tributaacuteria na poliacutetica salarial e de contrataccedilatildeo de novos servidores

LOA

Eacute elaborada pelo Executivo segundo as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsatildeo de receitas

(arrecadaccedilatildeo) e despesas (gastos) do governo para o ano seguinte

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

24

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 11: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

IV ndash COacuteDIGOS (lei que fixa normas gerais ou agrupamento de leis)

- TRIBUTAacuteRIO

- POSTURAS

- OBRAS

- SANEAMENTO

- AMBIENTAL

V - PLANO DIRETOR

Deveraacute Ser Instituiacutedo Por Lei Municipal Em Obediecircncia Ao Estatuto Da Cidade (Lei Federal 102572001)

PLANO DIRETOR eacute o instrumento baacutesico para orientar a poliacutetica de desenvolvimento e de ordenamento da

expansatildeo urbana do municiacutepio

O Plano Diretor eacute obrigatoacuterio para municiacutepios

1 Com mais de 20 mil habitantes

2 Integrantes de regiotildees metropolitanas

3 Aacutereas de interesse turiacutestico

4 Situados em aacutereas de influecircncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na regiatildeo

ou no paiacutes

O plano diretor orienta

Lei do Estudo de Impacto de Vizinhanccedila

Lei do Sistema Municipal de Informaccedilotildees

Lei do Periacutemetro Urbano

Lei do Sistema Viaacuterio

Lei do Zoneamento de Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

Lei do Parcelamento do Solo

Coacutedigo de Obras e Edificaccedilotildees

Coacutedigo de Posturas

VI - OUTRAS LEIS MUNICIPAIS

VIa - FUNDOS MUNICIPAIS

- Previdecircncia

- Sauacutede

- Meio Ambiente

- Infacircncia e Juventude

- Desenvolvimento Econocircmico

- Habitacional

- FUNDEF(Fundo de Manutenccedilatildeo e Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Baacutesica)

- Assentamentos ndash etc

VIb - ESTATUTO DE SERVIDORES

Regras de Direitos e Obrigaccedilotildees dos Servidores Municipais Eacute o mesmo para Executivo e Legislativo

Municipal

015 Processo legislativo

O processo legislativo eacute toda a tramitaccedilatildeo que o assunto teraacute que ter para a criaccedilatildeo de uma lei (ou outra norma

de aprovaccedilatildeo na Cacircmara Municipal)

Para ter legitimidade a criaccedilatildeo de uma lei deveraacute obedecer as regras do processo legislativo que indica os atos

ordenados pelas seguintes etapas obrigatoriamente

- iniciativa

- discussatildeo

- votaccedilatildeo

- sanccedilatildeo

- veto

- promulgaccedilatildeo

- publicaccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

24

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 12: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Indicado de forma geneacuterica na LOM o Processo Legislativo eacute mais detalhado no Regimento Interno de cada

Cacircmara de Vereadores

Compreende a elaboraccedilatildeo de

I ndash emendas agrave Lei Orgacircnica do Municiacutepio

II ndash leis complementares

III ndash leis ordinaacuterias

IV ndash decretos legislativos

V ndash resoluccedilotildees

PROPOSICcedilAtildeO

Aleacutem desses Projetos especiacuteficos outras mateacuterias que dependam da deliberaccedilatildeo da Cacircmara Municipal (moccedilotildees-

veto-indicaccedilotildees-emenda-requerimento-recursos-representaccedilotildees) satildeo denominados de PROPOSICcedilAtildeO

016 Estrutura Administrativa

A divisatildeo poliacutetico-administrativa do municiacutepio possui uma sede (cidade) e distritos cujas sedes podem ser

chamadas de vilas

Os Poderes no municiacutepio satildeo o Executivo e o Legislativo

O Executivo eacute comandado pelo Prefeito a partir do Paccedilo Municipal (Prefeitura)

O Prefeito eacute eleito pelos eleitores locais para um mandato de 4 (quatro) anos e tem a responsabilidade de

administrar o funcionamento da ―maacutequina puacuteblica visando o fornecimento de serviccedilos essenciais agrave populaccedilatildeo aleacutem de

orientar o planejamento urbano e promover o bem comum da sociedade municipal

Para tanto poderaacute utilizar a administraccedilatildeo direta (prefeitura e seus oacutergatildeos) mas poderaacute possuir entidades de

administraccedilatildeo indireta para descentralizaccedilatildeo das competecircncias (autarquias fundaccedilotildees puacuteblicas empresas de puacuteblicas

ou de economia mista)

Organograma funcional

Na administraccedilatildeo direta a prefeitura possui via de regra em sua estrutura administrativa oacutergatildeos denominados

de Secretarias Departamentos Coordenaccedilotildees Gerencias Diretorias Divisotildees Serviccedilos e Setores

Os oacutergatildeos satildeo definidos como de meios quando oferecem condiccedilotildees agraves Secretarias para suas operaccedilotildees

destinados ao planejamento agrave instrumentalizaccedilatildeo e definiccedilatildeo das accedilotildees a serem realizadas

Geralmente satildeo os seguintes oacutergatildeos meios

- Secretaria de Governo

- Secretaria de Administraccedilatildeo

- Secretaria de Planejamento

- Secretaria Juriacutedica

- Secretaria de Financcedilas

Como oacutergatildeos fins (aqueles que realizam as accedilotildees)

- Secretaria de Obras

- Secretaria de Urbanismo

- Secretaria de Transportes

- Secretaria de Cultura e Esporte

- Secretaria de Sauacutede

- Secretaria de Educaccedilatildeo

- Secretaria de Meio Ambiente

- Secretaria de Bem Estar Social

Para realizar suas accedilotildees o Poder Executivo Municipal comandado pelo Prefeito utiliza trabalhadores

denominados Servidores (efetivos-comissionados-temporaacuterios) ou terceiros investidos em funccedilotildees de agentes puacuteblicos

(conselheiros-advogados contratados-cartoraacuterios etc)

Bens Municipais

O Municiacutepio enquanto pessoa juriacutedica de direito puacuteblico interno possui bens e rendas

Seus bens satildeo divididos via de regra em

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

15

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

17

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

18

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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Marque qual curso tem interesse em fazer sua preacute-matriacutecula para recebe desconto

de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 13: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

DE USO ESPECIAL

(de uso proacuteprio da Administraccedilatildeo como o preacutedio da prefeitura as escolas o posto de sauacutede as secretarias etc)

DE USO COMUM DO POVO

(tais como estradas municipais ruas parques praccedilas logradouros puacuteblicos ETC)

DOMINIAIS

(aqueles sobre os quais o Municiacutepio exerce os direitos de proprietaacuterio poreacutem estatildeo sem uso e disponiacuteveis)

Servidores puacuteblicos

Agente Puacuteblico

Agente puacuteblico eacute toda pessoa fiacutesica que ocupa funccedilatildeo puacuteblica sob qualquer viacutenculo eletivo nomeado em

caraacuteter efetivo ou comissionado ou contratado (empregado puacuteblico) na Administraccedilatildeo Puacuteblica direta autarquias

empresas puacuteblicas e fundaccedilotildees

ldquoLei 842992 - Art 1deg Os atos de improbidade praticados por qualquer agente puacuteblico servidor ou natildeordquo ndash

Grifamos

Incluem-se ainda os particulares sem viacutenculo direto com a Administraccedilatildeo mas atuam em nome do Poder

Puacuteblico como os terceirizados

O agente puacuteblico eacute todo aquele que presta qualquer tipo de serviccedilo ao Estado funccedilotildees puacuteblicas no sentido mais

amplo possiacutevel dessa expressatildeo significando qualquer atividade puacuteblica

Agente puacuteblico portanto eacute gecircnero do qual o Agente Poliacutetico eacute espeacutecie

Agente Poliacutetico

Agentes poliacuteticos no direito brasileiro satildeo os Chefes dos Poderes Executivos federal estadual e municipal os

Ministros Secretaacuterios de Estado e Municipais aleacutem de Senadores Deputados e Vereadores

Enfim ao contraacuterio dos agentes puacuteblicos os agentes poliacuteticos satildeo detentores de parte da soberania nacional ou

como se diz fazem parte da estrutura do Poder

Terceirizaccedilatildeo

A terceirizaccedilatildeo soacute cabe no caso de serviccedilos que natildeo se enquadrem na atividade-fim do Municiacutepio como os

Serviccedilos Gerais (vigilacircncia limpeza serviccedilos de copa e cozinha etc )

Para informar lembramos que na ADI 2135-4 o STF restabeleceu o Regime Juriacutedico Uacutenico cuja redaccedilatildeo do

Art 29 eacute a seguinte

ldquoArt 39 A Uniatildeo os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios instituiratildeo no acircmbito de sua competecircncia regime

juriacutedico uacutenico e planos de carreira para os servidores da administraccedilatildeo puacuteblica direta das autarquias e das fundaccedilotildees

puacuteblicas (Vide ADI nordm 2135-4)rdquo

Os casos de excepcional interesse puacuteblico (art 37 IX da CF) e os casos dos Programas temporaacuterios de sauacutede

(Lei nordm 113502006 ndash Agente Comunitaacuterio de Sauacutede e Agentes de Combates a Endemias) tambeacutem se enquadra no

regime celetista ainda que o Municiacutepio tenha adotado para seus servidores o Regime Estatutaacuterio

Funcionaacuterio Puacuteblico

O conceito de funcionaacuterio puacuteblico para efeitos penais eacute amplo abrangendo todo aquele que exerce funccedilatildeo

puacuteblica conforme previsto no art 327 incluindo portanto tambeacutem os agentes poliacuteticos Pode ser efetivo (servidor)

contratado ou ocupante de cargo eletivo

Servidor Puacuteblico

A Lei de Licitaccedilotildees para efeitos penais em seu art Art 84 dispotildee

―Considera-se servidor puacuteblico para os fins desta Lei aquele que exerce mesmo que transitoriamente ou sem

remuneraccedilatildeo cargo funccedilatildeo ou emprego puacuteblicordquo ndash Grifamos

Ainda para efeitos penais o seu sect 1ordm vai no mesmo sentido

ldquosect 1o Equipara-se a servidor puacuteblico para os fins desta Lei quem exerce cargo emprego ou funccedilatildeo em entidade

paraestatal assim consideradas aleacutem das fundaccedilotildees empresas puacuteblicas e sociedades de economia mista as demais

entidades sob controle direto ou indireto do Poder Puacuteblicordquo

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Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

20

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

25

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 14: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Servidores de Carreira (efetivos)

A efetividade e a estabilidade satildeo institutos juriacutedicos distintos sendo que a natureza de um natildeo pode ser

confundida com a de outro

Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por

pressupor a permanecircncia e continuidade do servidor no exerciacutecio das suas atribuiccedilotildees a estabilidade eacute a garantia de o

servidor efetivo permanecer no serviccedilo puacuteblico apoacutes trecircs anos de efetivo exerciacutecio em cargo de provimento efetivo nos

termos do art 41 da Constituiccedilatildeo Federal soacute podendo ser dele afastado se configurada uma das hipoacuteteses prevista no

art 41 sect 1ordm

Natildeo haacute confundir efetividade com estabilidade porque aquela eacute uma caracteriacutestica da nomeaccedilatildeo e esta eacute um

atributo pessoal do ocupante do cargo adquirido apoacutes a satisfaccedilatildeo de certas condiccedilotildees de seu exerciacutecio A efetividade eacute

um pressuposto necessaacuterio da estabilidade Sem efetividade natildeo pode ser adquirida a estabilidade

Cargo em Comissatildeo e Funccedilatildeo de Confianccedila

Ambos os cargos satildeo criados por lei e se destinam apenas agraves atribuiccedilotildees de direccedilatildeo chefia e assessoramento na

administraccedilatildeo puacuteblica federal e satildeo respectivamente preenchidos ou exercidas mediante livre nomeaccedilatildeo pela autoridade

competente na contrapartida das respectivas livres exoneraccedilatildeo e dispensa a qualquer tempo (ad nutum) seja a pedido

seja de ofiacutecio pela mesma autoridade que nomeou

A diferenccedila reside no fato de que as funccedilotildees de confianccedila satildeo exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo enquanto os cargos em comissatildeo podem ser preenchidos por servidores que jaacute detenham

cargos efetivos de carreira de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criaccedilatildeo Isto significa que devendo

ser ocupados por um percentual miacutenimo legal de servidores de carreira pode-se ter entatildeo as vagas restantes dos cargos

em comissatildeo ocupadas por pessoas sem viacutenculo definitivo com a administraccedilatildeo

Empregado puacuteblico

O empregado puacuteblico pode ter duas acepccedilotildees

a) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo direta autarquias e fundaccedilotildees nos termos da Lei 99622000

contratados sob regime da Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho (CLT) A rescisatildeo desses contratos em ato unilateral da

administraccedilatildeo deve ser precedida de procedimento administrativo com garantias ao empregado de participaccedilatildeo na

produccedilatildeo de provas ampla defesa e julgamento impessoal (Grifamos)

b) Ocupante de emprego puacuteblico na administraccedilatildeo puacuteblica indireta nas empresas puacuteblicas nas sociedades de economia

mista e nas fundaccedilotildees puacuteblicas de direito privado Tambeacutem satildeo contratados sob regime da CLT

Cargos empregos e funccedilotildees satildeo realidades diversas Ora sendo a legalidade um dos princiacutepios da

Administraccedilatildeo Puacuteblica suas competecircncias satildeo definidas via de regra em lei

Cargos

Trataremos aqui apenas dos cargos puacuteblicos natildeo eletivos isto eacute com viacutenculo funcional sejam concursados ou

em comissatildeo

Segundo definiccedilatildeo de Celso Antonio Bandeira de Mello ldquoCargo satildeo as mais simples e indivisiacuteveis unidades de

competecircncia a serem expressadas por um agente previstas em nuacutemero certo com denominaccedilatildeo proacutepria retribuiacutedas

por pessoas juriacutedicas de Direito Puacuteblico e criadas por lei salvo quando concernentes aos serviccedilos auxiliares do

Legislativo caso em que se criam por resoluccedilatildeo da Cacircmara ou do Senado conforme se trate de serviccedilos de uma ou de

outra destas Casasrdquo ndash Grifamos

Funccedilatildeo

O exerciacutecio de uma funccedilatildeo (chefia ou coordenaccedilatildeo) eacute atribuiccedilatildeo exercida em confianccedila As chefias em regra

satildeo exercidas por servidores (ou empregados) de carreira Tecircm atribuiccedilotildees definidas em lei mas prescindem de concurso

puacuteblico

Atribuiccedilotildees dos cargos e funccedilotildees

Tanto os cargos quanto as funccedilotildees tem atribuiccedilotildees que constam da lei por ocasiatildeo de sua criaccedilatildeo Pode-se dizer

que satildeo as tarefas cometidas a tais servidores

Muito cuidado se recomenda no momento de definir tais atribuiccedilotildees as quais devem guardar inteira coerecircncia e

tipicidade com o respectivo cargo ou funccedilatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

27

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 15: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Vencimentos

Vencimento - eacute retribuiccedilatildeo pecuniaacuterio pelo efetivo exerciacutecio do cargo correspondente ao padratildeo fixado em lei (art 40

da Lei 811290)

ldquoArt 40 Vencimento eacute a retribuiccedilatildeo pecuniaacuteria pelo exerciacutecio de cargo puacuteblico com valor fixado em leirdquo

Remuneraccedilatildeo

Remuneraccedilatildeo - equivale ao vencimento mais as vantagens pecuniaacuterias atribuiacutedas em lei (art 41 da Lei 811290)

ldquoArt 41 Remuneraccedilatildeo eacute o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniaacuterias permanentes

estabelecidas em leirdquo ndash Grifamos

Subsiacutedios

Os agentes poliacuteticos (Prefeitos vices Vereadores e Secretaacuterios) percebem subsiacutedios (Art 29 V da CF) sobre

os quais incidem os encargos previdenciaacuterios

Proventos

Para o nosso curso tomamos a vocaacutebulo ―proventos como sinocircnimo de aposentadoria conforme disposto na

CF (Art 37 XI e sect 10 Art 40 sect 1ordm sect 2ordm etc) Quem eacute aposentado recebe proventos

017 Serviccedilos puacuteblicos

Conceito

Serviccedilo Puacuteblico pode ser compreendido no sentido estrito como aquele prestado de forma obrigatoacuteria e direta

pela Administraccedilatildeo ou no sentido de serviccedilo de utilidade puacuteblica como aquele oferecido de forma facultativa pelo

Estado eou aquele de prestaccedilatildeo indireta atraveacutes de autarquias paraestatais concessionaacuterias permissionaacuterias etc

Serviccedilos essenciais

Muito se tem discutido especialmente no Judiciaacuterio acerca de serviccedilos puacuteblicos essenciais estando pacificado

que esses tipos de serviccedilos natildeo podem ser interrompidos

Contudo haacute de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria pois do ponto-de-vista do

indiviacuteduo natildeo se pode medir a importacircncia de determinado serviccedilo apenas por sua relevacircncia coletiva Ou seja mesmo

natildeo fazendo parte do rol de serviccedilos essenciais definidos pelas fontes do direito todos os demais serviccedilos operados

pelos oacutergatildeos puacuteblicos podem ser essenciais ao cidadatildeo em determinado momento

A natildeo obtenccedilatildeo de uma certidatildeo de uma autorizaccedilatildeo ou qualquer outra chancela do poder puacuteblico por

exemplo pode resultar em prejuiacutezo agrave pessoa Prejuiacutezo natildeo soacute de ordem material mas acima de tudo transtornos

emocionais e psiacutequicos de valores inestimaacuteveis

018 Setores prioritaacuterios

SAUacuteDE

Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil

No iniacutecio natildeo havia nada

A sauacutede no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colocircnia

O modelo exploratoacuterio nem pensava nessas coisas

O pajeacute com suas ervas e cantos e os boticaacuterios que viajavam pelo Brasil Colocircnia eram as uacutenicas formas de

assistecircncia agrave sauacutede

Para se ter uma ideacuteia em 1789 havia no Rio de Janeiro apenas quatro meacutedicos

A classe meacutedia principal alvo desses grupos adere rapidamente respondendo contra as falhas da sauacutede

puacuteblica O crescimento dos planos eacute vertiginoso Em 1989 jaacute contabilizam mais de 31 mil brasileiros ou 22 da

populaccedilatildeo faturando US$ 24 bilhotildees

Ao lado dessas mudanccedilas os constituintes da transiccedilatildeo democraacutetica comeccedilaram a criar um novo sistema de

sauacutede que mudou os paracircmetros da sauacutede puacuteblica no Brasil o SUS

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

marque o que deseja e receba 15 de desconto efetuando sua

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Marque qual curso tem interesse em fazer sua preacute-matriacutecula para recebe desconto

de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 16: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

No campo fora dos hospitais

O trabalhador rural ficou por seacuteculos excluiacutedo de qualquer auxiacutelio sistemaacutetico agrave sauacutede Somente em 1963 foi

criado o Fundo de Assistecircncia ao Trabalhador Rural (Funrural) que comeccedila a prever aposentadoria e assistecircncia

meacutedica

Com a criaccedilatildeo do SUS eles foram finalmente incluiacutedos como cidadatildeos no sistema de sauacutede

Evoluccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpwwwccssaudegovbrSUS20Anosmostraindicehtml

Estudos sobre os gastos com a sauacutede puacuteblica no brasil

Veja nesse site httpportalcnmorgbrsites90009070EstudosSaudeFinanciamentosaudeporestadopdf

Na constituiccedilatildeo de 88 consta

ldquoArt 196 A sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua

promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeordquo

A emenda constitucional 292000 definiu os limites miacutenimos de gastos com a sauacutede

UNIAtildeO ---- valor variaacutevel de acordo com o PIB

ESTADOS ----- 12

MUNICIacutePIOS ----- 15

Evoluccedilatildeo da Participaccedilatildeo na Despesa com Sauacutede por niacutevel de governo

1980

Uniatildeo ----------- 75

Estado ---------- 178

Municiacutepios ----- 72

2003

Uniatildeo ------------ 507

Estado ----------- 228

Municiacutepios ---------- 265

Principais programas (aacutereas) de obrigaccedilatildeo do municiacutepio

httpsitesmscuritibaprgovbrsaudeareastematicassaude_criancaindexhtm

Aacutereas Temaacuteticas

- Acolhimento Solidaacuterio

- Aids e DSTs-

- Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo

- Assistecircncia

- Atenccedilatildeo baacutesica

- De meacutedia e alta complexidade

- Atenccedilatildeo preacute-hospitalar

- Atenccedilatildeo hospitalar

- SUEC

- Laboratoacuterio Municipal

- CNES

- Tabela Unificada

- Dengue

- Histoacuterico

- Accedilotildees de a Dengue

- Como o trabalho eacute executado

- Como identificar o agente

- Biologia do Aedes aegypti

- Dengue - O que eacute

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- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

15

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

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Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 17: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Criadouros

- Medidas do Controle

- Solicitaccedilotildees Reclamaccedilotildees

- Epidemiologia

- Vigilacircncia Epidemioloacutegica

- Controle de doenccedilas

- Vigilacircncia Alimentar Nutricional

- Indicadores

- Fisioterapia

- Hanseniacutease

- Hipertensatildeo e Diabetes

- Rede de proteccedilatildeo

- Sauacutede Ambiental

- Vigilacircncia Ambiental

- Zoonoses e vetores

- Posse responsaacutevel

- Ambientalmente correto

- Sauacutede Bucal

- Caacuterie Zero

- Indicadores

- Sauacutede da Crianccedila

- Receacutem-nascido

- Crianccedilas de 0 a 5 anos

- Infecccedilotildees e alergias respiratoacuterias

- Sauacutede da Famiacutelia

- Sauacutede da Mulher

- Preacute-natal parto e puerpeacuterio

- Planejamento familiar

- Preventivo de Cacircncer

- Vitimas de Violecircncia

- Sauacutede do Adolescente

- Sauacutede do Trabalhador

- Sauacutede Mental

- Tabagismo

- Vida Saudaacutevel

- Promoccedilatildeo de Sauacutede

- Empresa Saudaacutevel

- Universidade Saudaacutevel

- Escola Saudaacutevel

- Aacutereas Puacuteblicas Saudaacuteveis

- Produtos e Resultados

- Vigilacircncia Sanitaacuteria

EDUCACcedilAtildeO

Art 205 da Constituiccedilatildeo Federal

ldquoA educaccedilatildeo direito de todos e dever do Estado e da famiacutelia seraacute promovida e incentivada com a colaboraccedilatildeo da

sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exerciacutecio da cidadania e sua qualificaccedilatildeo para o trabalhordquo

Reparticcedilatildeo das obrigaccedilotildees

- UNIAtildeO ensino superior (18)

- MUNICIacutePIOS ensino fundamental e na educaccedilatildeo infantil (25)

ESTADOS e DF ensino fundamental e meacutedio(25)

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

SITES CONSULTADOS NA INTERNET httpconceitodeetica-profissionalixzz34qgiGYJC

Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

marque o que deseja e receba 15 de desconto efetuando sua

preacute-matricula

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Marque qual curso tem interesse em fazer sua preacute-matriacutecula para recebe desconto

de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 18: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Regulamentaccedilatildeo nacional da educaccedilatildeo

LEI Nordm 9394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ------ Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

Educaccedilatildeo baacutesica

No Brasil de hoje o Estado tem obrigaccedilatildeo de fornecer gratuitamente pelo menos a Educaccedilatildeo Baacutesica

A Educaccedilatildeo Baacutesica eacute considerada das seguintes etapas

- Educaccedilatildeo Infantil 0 a 3 anos(creches) e 3 a 5 anos(preacute-escolas)

- Ensino Fundamental (9 anos antes era 1ordm grau) 6 a 14 anos

- Ensino Meacutedio (3 anosantes era 2ordm grau) 15 a 18 anos

Informaccedilotildees gerais sobre Educaccedilatildeo no Brasil

httpwwwuniceforgbrazilptmedia_14931htm

Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatoacuterio

Educaccedilatildeo Infantil

No Brasil o atendimento de crianccedilas de ateacute 3 anos tem aumentado (Pnad 2007)

1995 76

2001 106

2007 171

No mesmo periacuteodo foi ampliado o atendimento de crianccedilas de ateacute 4 a 6 anos (Pnad 2007)

1995 535

2001 656

2007 776

Ensino Fundamental

Do total de crianccedilas entre 7 e 14 anos 976 estatildeo matriculadas na escola O que representa cerca de 26

milhotildees de estudantes (Pnad 2007)

Ensino Meacutedio

Segundo uma anaacutelise da Pnad feita pelo Ipea 821 dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola

Desigualdade racial

O nuacutemero de pessoas brancas matriculadas no Ensino Meacutedio eacute 492 maior do que o mesmo nuacutemero entre a

populaccedilatildeo negra Percebe-se uma significativa melhora na adequaccedilatildeo idade-seacuterie entre os adolescentes negros

Anos de estudo

Enquanto a populaccedilatildeo urbana possui em meacutedia 85 anos de estudo concluiacutedos com sucesso a rural tem apenas

45 Em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo branca os negros possuem em meacutedia dois anos de estudo a menos A populaccedilatildeo

nordestina acima de 15 anos eacute a menos escolarizada do Paiacutes Essa parcela da populaccedilatildeo possui apenas seis anos de

escolaridade enquanto a meacutedia nacional eacute de 73 anos

Analfabetismo

A meacutedia nacional eacute de 55 Jaacute no Sul o indicador eacute de 12

Educaccedilatildeo no campo

No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianccedilas fora da escola

A escolaridade meacutedia da populaccedilatildeo rural de 15 anos ou mais corresponde a menos da metade do iacutendice entre a

populaccedilatildeo da aacuterea urbana

Crianccedilas com deficiecircncia

De acordo com dados do Censo Escolar houve um crescimento de 94 nas matriacuteculas na Educaccedilatildeo Especial

Jovens e adultos

Educaccedilatildeo de jovens e adultos (112)

1998 337326

2007 654606

Em relaccedilatildeo ao ingresso em classes comuns do ensino regular o aumento foi de cerca de 597 1998 43923

2007 304882

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

marque o que deseja e receba 15 de desconto efetuando sua

preacute-matricula

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Marque qual curso tem interesse em fazer sua preacute-matriacutecula para recebe desconto

de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 19: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Educaccedilatildeo indiacutegena

Foi registrado um aumento de 508 no nuacutemero de 2002 a 2007 do nuacutemero de estudantes indiacutegenas

2002 117171

2007 176714

Nesse mesmo periacuteodo o crescimento de matriacuteculas de alunos indiacutegenas no Ensino Meacutedio subiu 665

Educaccedilatildeo quilombola

Ateacute dezembro de 2008 havia 1305 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas no Paiacutes

Em 2006 o nuacutemero de escolas localizadas em aacutereas remanescentes de quilombos cresceu 944 chegando em

relaccedilatildeo a 2005 a 1283 unidades e 161625 matriacuteculas

O que diz a ONU

No documento de 2010 o Brasil passa a ocupar a 73ordf colocaccedilatildeo desempenho suficiente para que integre grupo

de paiacuteses de desenvolvimento humano elevado

O iacutendice analisa indicadores de desempenho de paiacuteses em trecircs aacutereas sauacutede educaccedilatildeo e rendimento

O salto do Brasil se deve ao desempenho apresentado nas taxas de expectativa de vida renda e escolaridade

meacutedia de pessoas com mais de 25 anos

Esperanccedila de vida

A esperanccedila de vida do brasileiro eacute de 749 anos A meacutedia de anos estudados de pessoas com mais de 25 anos

estaacute em 72

019 Setores de destaque

0191 Licitaccedilotildees municipais

A licitaccedilatildeo e suas motivaccedilotildees

O processo licitatoacuterio eacute regra do direito administrativo para as alienaccedilotildees ou aquisiccedilotildees de bens construccedilatildeo de

obras e contrataccedilatildeo de serviccedilos pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ou a delegaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Sua previsatildeo Constitucional estaacute no art 37 inciso XXII da CF88 e sua regulamentaccedilatildeo estaacute na Lei 866693

O objetivo eacute proporcionar competiccedilatildeo e selecionar a melhor proposta para o oacutergatildeo contratante dentro das

regras legais e do instrumento convocatoacuterio

Portanto a licitaccedilatildeo visa basicamente atingir dois objetivos permitir que a Administraccedilatildeo Puacuteblica selecione a

melhor proposta ao seu conjunto de interesses e assegurar aos administrados o direito de disputar a participaccedilatildeo nos

negoacutecios puacuteblicos

Eacute o resguardo de dois interesses puacuteblicos relevantes

1ordm - respeito ao Eraacuterio (moralidade administrativa)

2ordm - isonomia e impessoalidade natildeo sendo liacutecito estabelecer distinccedilotildees injustificadas entre os administrados e entre os

competidores

Em complemento outros princiacutepios satildeo aplicaacuteveis

- legalidade

- publicidade

- eficiecircncia

- probidade administrativa

- vinculaccedilatildeo ao instrumento convocatoacuterio

- julgamento objetivo

- competitividade

- economicidade

- padronizaccedilatildeo

- contraditoacuterio e ampla defesa

- sigilo na apresentaccedilatildeo das propostas

- adjudicaccedilatildeo compulsoacuteria do vencedor

- livre concorrecircncia

- supremacia do interesse puacuteblico sobre o interesse privado

- indisponibilidade do interesse puacuteblico

- finalidade

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

marque o que deseja e receba 15 de desconto efetuando sua

preacute-matricula

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Marque qual curso tem interesse em fazer sua preacute-matriacutecula para recebe desconto

de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 20: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- razoabilidade

- proporcionalidade

- motivaccedilatildeo

Portanto a regra geral eacute no sentido de que a licitaccedilatildeo eacute OBRIGATOacuteRIA

Contudo ela deveraacute ser viaacutevel ou seja

Sua realizaccedilatildeo deveraacute trazer benefiacutecios e natildeo prejuiacutezos agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica

MODALIDADES

Previstas no artigo 22 da Lei 866693 e Lei 1052002 as modalidades criam maior amplitude de competiccedilatildeo

na medida em que os valores satildeo maiores ou que o objetivo seja diferenciado

Convite

Escolhidos livremente e convidados em nuacutemero miacutenimo de 3 (trecircs) dentre interessados do ramo pertinente ao

seu objeto cadastrados ou natildeo

O oacutergatildeo deveraacute afixar em local apropriado coacutepia do instrumento convocatoacuterio e o estenderaacute aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedecircncia de ateacute 24 (vinte e

quatro) horas da apresentaccedilatildeo das propostas

Tomada de Preccedilos

Interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condiccedilotildees exigidas para cadastramento ateacute o

terceiro dia anterior agrave data do recebimento das propostas observada a necessaacuteria qualificaccedilatildeo

Concorrecircncia

Quaisquer interessados que na fase inicial de habilitaccedilatildeo preliminar comprovem possuir os requisitos miacutenimos

de qualificaccedilatildeo exigidos no edital para execuccedilatildeo de seu objeto

Concurso

Quaisquer interessados para escolha de trabalho teacutecnico cientiacutefico ou artiacutestico mediante a instituiccedilatildeo de

precircmios ou remuneraccedilatildeo aos vencedores conforme criteacuterios constantes de edital publicado na imprensa oficial com

antecedecircncia miacutenima de 45 (quarenta e cinco) dias

Leilatildeo

Quaisquer interessados para a venda de bens moacuteveis inserviacuteveis para a administraccedilatildeo ou de produtos

legalmente apreendidos ou penhorados ou para a alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis prevista no art 19 a quem oferecer o maior

lance igual ou superior ao valor da avaliaccedilatildeo

Pregatildeo Presencial eou Eletrocircnico

Para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos comuns poderaacute ser adotada a licitaccedilatildeo na modalidade de pregatildeo que seraacute

regida pela Lei 1052002

TIPOS

- menor preccedilo

- melhor teacutecnica

- teacutecnica e preccedilo

- a de maior lance ou oferta

FASES

O processo licitatoacuterio possuiraacute duas fases distintas quais sejam

Interna eacute a junccedilatildeo de todos os documentos atos e providecircncias necessaacuterias para instruir o processo antes de anunciar

ou convidar os terceiros para participar da licitaccedilatildeo

Estaacute prevista nos arts 7ordm e 38 da Lei 866693

Externa eacute considerada a partir da publicidade que se daacute ao certame da exteriorizaccedilatildeo do assunto da convocaccedilatildeo de

particulares para participarem do processo a partir do convite aos interessados

Estaacute prevista no art 43 da Lei 866693

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 21: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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CONTRATACcedilAtildeO DIRETA

Como dito antes a regra para aquisiccedilotildees contrataccedilotildees e concessotildees na Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute a LICITACcedilAtildeO

Entretanto no mesmo texto que impotildee essa regra a nossa Carta Maior permite a chamada CONTRATACcedilAtildeO

DIRETA (art 37 XXI)

A princiacutepio essa ressalva foi interpretada como sendo a DISPENSA e a INEXIGIBILIDADE

Todavia atualmente a doutrina classifica como Contrataccedilatildeo Direta os seguintes institutos

- Dispensa de Licitaccedilatildeo

- Licitaccedilatildeo Dispensada

- Inexigibilidade

- Vedaccedilatildeo

Necessidade de processo formal

Tanto nos casos de dispensa quanto de inexigibilidade faz-se necessaacuteria a instauraccedilatildeo de processo

administrativo

Eacute uma exigecircncia dos arts 26 e 38 da Lei 866693 (por analogia)

Decisotildees do TCEPR sobre a obrigatoriedade de Processo formal nos casos de DISPENSA e

INEXIGIBILIDADE

Responsabilizaccedilatildeo dos Administradores

Penas aplicaacuteveis aos administradores previstas na Lei de Licitaccedilotildees e que interessam especificamente a este

tema

Art 89 Dispensar ou inexigir licitaccedilatildeo fora das hipoacuteteses previstas em lei ou deixar de observar as formalidades

pertinentes agrave dispensa ou agrave inexigibilidade

Pena - detenccedilatildeo de 3 (trecircs) a 5 (cinco) anos e multa

0192 Tributaccedilatildeo

O QUE Eacute TRIBUTO

Segundo o dicionaacuterio

ldquoTributo eacute a obrigaccedilatildeo imposta as pessoas fisicas e pessoas juriacutedicas de recolher valores ao Estado ou entidades

equivalentes (pe tribos e grupos revolucionaacuterios)rdquo

Segundo o Coacutedigo Tributaacuterio Nacional ndash CTN (Lei 517266)

ldquoArt 3ordm Tributo eacute toda prestaccedilatildeo pecuniaacuteria compulsoacuteria em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que natildeo

constitua sanccedilatildeo de ato iliacutecito instituiacuteda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadardquo

O CERTO Eacute QUE

Uma das preciacutepuas funccedilotildees do Estado eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicos

Tal prestaccedilatildeo exige recursos humanos e materiais

Isso implica que o Estado precisa e deve conseguir dinheiro para pagar por estes recursos

Tributo eacute vulgarmente chamado por imposto embora tecnicamente este seja mera espeacutecie dentre as modalidades

de tributos

Eacute que

TRIBUTO Eacute O GEcircNERO E IMPOSTO Eacute UMA DAS ESPEacuteCIES

Ou seja

Tributo eacute o nome que se daacute para vaacuterios tipos de exigecircncia estatal em dinheiro

TRIBUTO Eacute

Imposto

Taxas

Contribuiccedilotildees (de melhoria-social-paraestatatal)

Empreacutestimo Compulsoacuterio

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 22: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

FUNDAMENTACcedilAtildeO

Artigos 145 e 156 da CF

Competecircncia do municiacutepio para criar e receber seus proacuteprios tributos

IMPOSTOS (12)

UNIAtildeO (Federal)

IR

II

IE

IPI

ITR

IOF

ESTADOS (3)

ICMS

IPVA

ITCMD

MUNICIacutePIOS (3)

IPTU

ISSQN

ITBI

Receitas natildeo Tributaacuterias

Outros recursos ainda poderatildeo perfazer a receita puacuteblica de um municiacutepio como as heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis

indenizaccedilotildees etc

Alguns Termos Especiacuteficos da Tributaccedilatildeo

FATO GERADOR

O fato gerador eacute o elemento que faz nascer a obrigaccedilatildeo tributaacuteria (CTN 133 sect1ordm)

Ex Adquirir um veiacuteculo gera o IPVA

Receber rendas gera o IR

Exportar gera o IE

BASE DE CAacuteLCULO

Eacute o valor sobre o qual se aplicaraacute a aliacutecota para descobrir o valor do tributo

ALIacuteQUOTA

- Percentual que seraacute aplicado sobre a base de caacutelculo para apurar o valor de determinado tributo

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO

ATIVO O Estado (Uniatildeo Estados Municiacutepios e DF)

PASSIVO toda pessoa fiacutesica ou juriacutedica que tenha obrigaccedilatildeo de pagar tributos (o Contribuinte)

PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTAacuteRIOS

- Princiacutepio da legalidade

- Princiacutepio da anterioridade

- Princiacutepio da seguranccedila juriacutedica

- Princiacutepio da Isonomia

- Princiacutepio da Capacidade Contributiva

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de efeitos confiscatoacuterios

- Princiacutepio da Imunidade reciacuteproca das esferas puacuteblicas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 23: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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- Princiacutepio da Imunidade de traacutefego

- Princiacutepio da Uniformidade nacional

- Princiacutepio da Vedaccedilatildeo de distinccedilatildeo em razatildeo de procedecircncia ou destino

- Princiacutepio da Natildeo-cumulatividade

- Princiacutepio da Tipicidade

REPARTICcedilAtildeO DAS RECEITAS TRIBUTAacuteRIAS

Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente puacuteblico devem ser repassados para outros entes puacuteblicos de

modo total ou parcial Vejamos alguns casos

A Uniatildeo deve repassar

a) aos Estados - o produto da arrecadaccedilatildeo do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundaccedilotildees

puacuteblicas estaduais ndash art 157 I

b) aos Municiacutepios ndash 50 do ITR relativamente aos imoacuteveis neles situados ndash art 158II

O Estado deve repassar aos Municiacutepio 50 do IPVA arrecadado em seus territoacuterios(art 158III)

FONTES DO DIREITO TRIBUTAacuteRIO

Materiais - satildeo atos ou situaccedilotildees que datildeo origem agrave obrigaccedilatildeo tributaacuteria

Principais - satildeo leis em sentido amplos Secundaacuterias - satildeo os atos administrativos normativos (decretos regulamentos e

portarias etc) costumes administrativos e convecircnios

Formais Indiretas - satildeo a doutrina e a jurisprudencia

LANCcedilAMENTO TRIBUTAacuteRIO

- Eacute um ato administrativo de aplicaccedilatildeo da lei tributaacuteria material ao caso concreto - eacute a fase em que o creacutedito tributaacuterio se

torna liacutequido e certo isto eacute certo quanto a sua existecircncia e quanto ao seu valor (diferente de quando ocorre o fato

imponiacutevel em que o creacutedito tributaacuterio eacute ainda iliacutequido e incerto)

Espeacutecies de lanccedilamento (de acordo com a maior ou menor participaccedilatildeo do fisco)

a) direito (feito soacute pelo fisco) - ex IPTU

b) misto (fisco e contribuinte) ndash ex IR contribuinte entrega os caacutelculos e a Fazenda confere e

c) por homologaccedilatildeo (soacute contribuinte e o fisco confere regras formais de caacutelculo) - ex ICMS (se natildeo estiver de acordo

impotildee multa)

Diacutevida ativa fiscal

Em Direito tributaacuterio diacutevida ativa fiscal eacute a proveniente de creacutedito tributaacuterio regularmente inscrito na

reparticcedilatildeo competente apoacutes terem se esgotado todos os prazos fixados para o seu pagamento pela lei ou por decisatildeo

final prolatada em processo regular

0193 Contabilidade puacuteblica

Conceitos e Objetivos

Eacute o ramo da Contabilidade que coleta registra e controla os atos e fatos da Administraccedilatildeo Puacuteblica com enfoque

para o patrimocircnio e suas variaccedilotildees bem como acompanha e demonstra a execuccedilatildeo do orccedilamento

Base Legal

- Art 165 a 169 da CF

- LRF ndash Lei 1012000 ndash Lei de Responsabilidade Fiscal

- 432064

Funccedilotildees da Contabilidade Puacuteblica

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

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- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

23

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

27

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

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serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Registrar a previsatildeo da receita e a fixaccedilatildeo da despesa relativas ao Orccedilamento Aprovado para o exerciacutecio

- Escriturar a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria da receita e da despesa

- Confrontar a previsatildeo das receitas com a realizaccedilatildeo das despesas

- Controlar as operaccedilotildees de creacutedito a diacutevida ativa os creacuteditos e as obrigaccedilotildees

- Revelar as variaccedilotildees patrimoniais e mostrar o valor do patrimocircnio

Termos especiacuteficos da contabilidade puacuteblica

Patrimocircnio Puacuteblico Satildeo aqueles bens que atendem agrave caracteriacutestica de uso restrito especiacutefico e natildeo

generalizado de propriedade das entidades puacuteblicas

Orccedilamento Puacuteblico Peccedila autorizativa para arrecadaccedilatildeo de recursos financeiros (receitas) e realizaccedilatildeo de gastos

(despesas) ligado ao PPA e LDO

RECEITA entradas financeiras (Tributos - heranccedilas alienaccedilotildees alugueacuteis indenizaccedilotildees etc)

DESPESA saiacutedas financeiras

EMPENHO documento obrigatoacuterio para formalizar a despesa

ATIVO saldos e bens

PASSIVO deacutebitos e despesas previstas

Objetivos

Eacute o de fornecer informaccedilotildees atualizadas e exatas agrave Administraccedilatildeo para subsidiar as tomadas de decisotildees aos

oacutergatildeos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislaccedilatildeo e agraves instituiccedilotildees governamentais e particulares

para fins estatiacutesticos ou de interesse dessa instituiccedilatildeo

0194 Controle Interno

O Tribunal de Contas do Estado do Paranaacute publicou recentemente um Guia de Recomendaccedilotildees Baacutesicas para

orientaccedilatildeo dos Municiacutepios no final dos mandatos no qual assim define o Papel do Controle Interno

ldquoSua funccedilatildeo inclui a diligecircncia no acompanhar dos procedimentos da administraccedilatildeo e na orientaccedilatildeo do gestor

acerca de eventuais desvios de rota e para evitar riscos iminentes que possam provocar danos ao patrimocircnio e agrave

gestatildeo

Juntamente com a contabilidade o controle interno deve velar pelo atendimento das agendas de obrigaccedilotildees pela

certeza do cumprimento dos limites legais seja de pisos de investimentos miacutenimos ou tetos para gastos maacuteximos

pela verdade das informaccedilotildees levadas a puacuteblico em face da LRF e suas determinaccedilotildees de transparecircncia da Lei da

Informaccedilatildeo e da proacutepria Lei nordm 432064rdquo

Peculiaridades para o preenchimento do cargofunccedilatildeo de controlador interno

Para acervo referencial transcrevem-se as principais decisotildees do TCEPR a respeito da composiccedilatildeo desse

quadro

ACOacuteRDAtildeO Nordm 9708

ldquoos responsaacuteveis pelo controle interno devem ser servidores efetivos permitindo-se

1) Acrescer agraves atribuiccedilotildees regulares de servidor a funccedilatildeo de confianccedila de Controlador desde que por periacuteodo

previamente definido

2) Criar cargo em comissatildeo de controlador geral a ser ocupado preferencialmente por servidores efetivos

3) Instituir sistema de mandato entre os servidores ocupantes de cargo efetivo para que haja continuidade e

alternacircncia

Acrescentando-se ainda a possibilidade de cargo em comissatildeo de controlador geral desde que para chefiar equipe

composta por servidores efetivosrdquo

Qualificaccedilatildeo do controlador interno

Ao servidor designado para o cargo de Controlador Interno natildeo se exige mas orienta-se a que possua grau

superior de escolaridade

Natildeo se exige mas orienta-se a que seja formado preferencialmente nas seguintes aacutereas de conhecimento

direito administraccedilatildeo economia ou contabilidade

De toda forma tendo ou natildeo essas qualificaccedilotildees o Controlador Interno deveraacute dominar mesmo que seja por

capacitaccedilatildeo posterior agrave nomeaccedilatildeo as vaacuterias aacutereas de conhecimento que demandam a Gestatildeo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Eacutetica Profissional

1 EacuteTICA

11 DEFINICcedilAtildeO

A palavra eacutetica proveacutem do grego ethikos (―caraacutecter) Trata-se do estudo da moral e do mecanismo

humano para promover os comportamentos desejaacuteveis Uma sentenccedila eacutetica supotildee a elaboraccedilatildeo de um juiacutezo moral e uma

norma que assinala como deveriam atuar os integrantes de uma sociedade trata-se da eacutetica informal

111 A eacutetica profissional

Pretende regular a atividade que se realizam no acircmbito de uma profissatildeo Neste sentido trata-se de uma

disciplina que estaacute incluiacuteda na eacutetica aplicada pois faz referecircncia a uma parte especiacutefica da realidade

Cabe destacar que a eacutetica em termos gerais natildeo eacute coativa (natildeo impotildee sanccedilotildees legais ou normativas) No

entanto a eacutetica profissional pode estar de alguma forma nos coacutedigos deontoloacutegicos que regulam uma atividade

profissional A deontologia eacute parte daquela que se conhece como eacutetica normativa e apresenta uma seacuterie de princiacutepios e

de regras devendo ser imperativamente cumpridos

Visto isto poderaacute dizer-se que a eacutetica profissional estuda as disposiccedilotildees vinculantes constantes da

deontologia profissional A eacutetica sugere aquilo que eacute desejaacutevel e condena aquilo que natildeo se deve fazer ao passo que a

deontologia conta com as ferramentas administrativas de modo a garantir que a profissatildeo seja exercida eticamente

A eacutetica jornaliacutestica por exemplo condena que uma jornalista receba dinheiro para publicar uma notiacutecia

tendenciosa a favor de uma determinada pessoa organizaccedilatildeo ou empresa No mundo dos negoacutecios por outro lado a

eacutetica assinala que um vendedor natildeo pode realizar operaccedilotildees alheias agrave empresa para a qual trabalha na qualidade de

funcionaacuterio

12 HISTOacuteRIA DA EacuteTICA

A histoacuteria da eacutetica como disciplina filosoacutefica eacute mais limitada no tempo e no material tratado do que a

histoacuteria das ideias morais da humanidade Esta uacuteltima histoacuteria compreende o estudo de todas as normas que regularam a

conduta humana desde os tempos preacute-histoacutericos ateacute os nossos dias Esse estudo natildeo eacute soacute filosoacutefico ou histoacuterico-

filosoacutefico mas tambeacutem social Por este motivo a histoacuteria das ideias morais - ou se prefere eliminar o termo histoacuteria a

descriccedilatildeo dos diversos grupos de ideias morais - eacute um tema de que se ocupam disciplinas tais como a sociologia e

antropologia Ora a existecircncia de ideias morais e de atitudes morais natildeo implica poreacutem a presenccedila de uma disciplina

filosoacutefica particular Assim por exemplo podem estudar-se as atitudes e ideias morais de diversos povos primitivos ou

dos povos o orientais ou de judeus ou dos egiacutepcios etc sem que o material resultante deva forccedilosamente enquadrar-se

na histoacuteria da eacutetica

Mora (1996) ensina que a histoacuteria da eacutetica adquire por vezes uma consideraacutevel amplitude por quanto fica

difiacutecil com frequecircncia estabelecer uma separaccedilatildeo rigorosa entre os sistemas morais ndash objeto proacuteprio da eacutetica - e o

conjunto de normas e atitudes de caraacuteter moral predominantes numa dada sociedade ou numa determinada fase

histoacuterica Com o fim de solucionar este problema os historiadores da eacutetica limitaram seu estudo agravequelas ideias de

caraacuteter moral que possuem uma base filosoacutefica ou seja que em vez de se darem simplesmente como supostas satildeo

examinadas em seus fundamentos por outras palavras satildeo filosoficamente justificadas Natildeo importa neste caso que a

justificaccedilatildeo de um sistema de ideias morais seja extra moral (por exemplo que se baseie numa metafiacutesica ou numa

teologia) o decisivo eacute que haja uma explicaccedilatildeo racional das ideias ou das normas adotadas Por este motivo os

historiadores da eacutetica costumam seguir os mesmos procedimentos e adotar as mesmas divisotildees propostas pelos

historiadores da filosofia

Muitos filoacutesofos se debruccedilaram sobre as questotildees morais e produziram contribuiccedilotildees muito importantes

sobre o tema Foge ao alcance de nosso trabalho apresentar com profundidade as contribuiccedilotildees que Platatildeo Aristoacuteteles

Espinosa Kant e outros grandes filoacutesofos deram agrave discussatildeo sobre a moral Mas para entendermos nossas posturas

frente aos problemas eacuteticos faz-se muito necessaacuterio uma anaacutelise das nossas matrizes culturais que no ocidente estatildeo

estabelecidas nas tradiccedilotildees greco-romanas e judaico-cristatildes Por essa razatildeo eacute importantiacutessima a anaacutelise de algumas

doutrinas eacuteticas que proporcionaratildeo um embasamento teoacuterico ao nosso trabalho

Assim para facilitar o estudo das doutrinas eacuteticas ou teorias acerca da moral preferimos dividi-las nos

seguintes segmentos correlacionados historicamente eacutetica grega eacutetica cristatilde medieval eacutetica moderna e eacutetica

contemporacircnea

121 A eacutetica formal ndash abstrata ndash raiacutezes

A eacutetica da etimologia da palavra faz referecircncia ao estudo dos juiacutezos de apreciaccedilatildeo referentes a conduta

humana Ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade A eacutetica formal preocupa-se com o motivo da accedilatildeo

e natildeo com o resultado da conduta Ou seja diferentemente da eacutetica empiacuterica e da eacutetica dos bens a eacutetica formal natildeo se

prende a resultados

22

Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

A eacutetica formal eacute tambeacutem conhecida como eacutetica Kantiana por ter como seu precursor Immanuel Kant

Segundo Kant a significaccedilatildeo moral do comportamento natildeo estaacute simplesmente no agir corretamentelsquo mas na boa-

vontade que eacute empregada agrave conduta Portanto natildeo se deve analisar apenas a adequaccedilatildeo da conduta agrave norma mas

procurar desvendar o valor eacutetico da accedilatildeo empregada

O formalismo eacutetico tem como fundamento um princiacutepio baacutesico proposto por Kant do Imperativo

Categoacuterico ―Age sempre de tal modo que a maacutexima de tua atuaccedilatildeo possa ser elevada por sua vontade agrave categoria de lei

de universal observacircncia O Imperativo Categoacuterico eacute o supremo princiacutepio da moralidade ele eacute incondicional e

universal Eacute o dever de toda pessoa de agir conforme os princiacutepios que ela quer que todos os seres humanos sigam

Para Immanuel Kant o bem supremo eacute a vontade livre que leva a perfeiccedilatildeo moral Segundo ele os

princiacutepios que regem a consciecircncia moral datildeo origem agrave razatildeo praacutetica que pode ser entendida por noacutes como o bom atuar

Kant soacute levava em consideraccedilatildeo a atitude interior da pessoa a pureza da accedilatildeo Afirmava que as atitudes

das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em trecircs grupos distintos Accedilotildees conforme o dever mas que natildeo

satildeo realizadas pelo dever Accedilotildees realizadas pelo dever e accedilotildees realizadas contrariamente ao dever O primeiro grupo faz

referecircncia agrave eacutetica formal ao agir conforme o dever mas motivado pela boa vontade exalando o mais puro significado

da moral O segundo grupo eacute voltado apenas para o resultado para o cumprimento do dever sem levar em consideraccedilatildeo

a anaacutelise subjetiva e por fim o terceiro grupo reflete uma conduta contraacuteria agrave moral O mesmo ainda fez uma distinccedilatildeo

interessante entre a maacutexima e a lei moral Para ele a maacutexima eacute o princiacutepio subjetivo o bem agir a boa vontade

enquanto que a lei moral reflete o princiacutepio objetivo que eacute apenas o cumprimento do dever

Muitos autores passaram a denominar a doutrina de Kant de rigorismo moral tendo em vista a sua

inflexibilidade Contudo natildeo se pode negar a grandiosa contribuiccedilatildeo de Immanuel Kant para o aprimoramento da

reflexatildeo eacutetica

13 A EacuteTICAS DOS VALORES

A eacutetica dos valores ou eacutetica valorativa constitui basicamente uma inversatildeo do que seria a eacutetica formal

kantiana pois para Immanuel Kant uma accedilatildeo soacute eacute boa soacute tem valor se obedecer ao princiacutepio categoacuterico Enquanto que

para a eacutetica dos valores uma accedilatildeo soacute eacute boa se fundamentada em um valor consequentemente tornando-se um dever

Todo dever eacute fundamentado em um valor

A noccedilatildeo de valor para os estudiosos dessa corrente passa a ser conceito eacutetico essencial A eacutetica dos valores

ainda estaacute em seus primoacuterdios apesar de jaacute haver uma bibliografia vasta e estudos notaacuteveis como os de Scheler e

Nicolai Hartman Segundo eles o valor vale por si natildeo eacute convencionado

Existem muitas controveacutersias com relaccedilatildeo ao conceito de valor Na verdade entende-se que haacute impossibilidade

de definir o valor e ainda segundo Lotze ―do valor pode-se dizer apenas que vale Vemos as coisas enquanto valem e

por valerem elas devem ser Os valores natildeo satildeo os valores valem

Sem valor o homem natildeo existe Os valores existem por si soacute integram a esfera supra sensiacutevel do mundo

imaterial Como natildeo satildeo criados os valores satildeo descobertos Segundo a perspectiva assumida por Max Sheler e Nicolai

Hartmann os valores devem ser considerados como realidades absolutas independentes de suas relaccedilotildees com a

realidade Eles estatildeo separados da existecircncia pois ―ser e ―valor habitam mundos diferentes Valores satildeo essecircncias

natildeo se enraiacutezam nas coisas natildeo satildeo criados pelo homem apenas descobertos por ele sendo apenas intuitiva a sua

apreensatildeo

Os valores submetem-se a uma hierarquia e ele se torna mais elevado quanto menor for a necessidade de dividi-

lo com outras pessoas

O valor representa um grande marco juriacutedico para o Direito Satildeo os valores que norteiam a constituiccedilatildeo

que traccedilam suas diretrizes e suas prioridades ―Nenhuma sociedade pode sobreviver sem um coacutedigo moral fundado em

valores compreendidos aceitos e respeitados pela maioria de seus membros Os valores datildeo sentido ao coacutedigo de

normas coagem racional e emocionalmente e ainda contribuem para a integraccedilatildeo social

Os bens soacute existem porque existem valores Os valores soacute se datildeo para conhecimento agravequeles que possuem

capacidade estimativa As intuiccedilotildees estimativas podem variar mas natildeo alteram o valor

Os valores continuam a existir mesmo que natildeo sejam realizados A realizaccedilatildeo do valor se consuma em

duas etapas intuiccedilatildeo e deliberaccedilatildeo da vontade A pessoa soacute cresce em termos eacuteticos quanto estaacute acometida de liberdade

moral

14 VANTAGENS E IMPORTANCIA DA EacuteTICA

- Maior niacutevel de produccedilatildeo na empresa

- Favorecimento para a criaccedilatildeo de um ambiente de trabalho harmonioso respeitoso e agradaacutevel

- Aumento no iacutendice de confianccedila entre os funcionaacuterios

Exemplos de atitudes eacuteticas num ambiente de trabalho - Educaccedilatildeo e respeito entre os funcionaacuterios

- Cooperaccedilatildeo e atitudes que visam agrave ajuda aos colegas de trabalho

- Divulgaccedilatildeo de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa

- Respeito agrave hierarquia dentro da empresa

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

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Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

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SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

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Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

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Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 27: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho

- Accedilotildees e comportamentos que visam criar um clima agradaacutevel e positivo dentro da empresa como por exemplo manter

o bom humor

- Realizaccedilatildeo em ambiente de trabalho apenas de tarefas relacionadas ao trabalho

- Respeito agraves regras e normas da empresa

15 EacuteTICA E MORAL

151 O que eacute Eacutetica e Moral

No contexto filosoacutefico eacutetica e moral possuem diferentes significados A eacutetica estaacute associada ao estudo

fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade enquanto a moral satildeo os

costumes regras tabus e convenccedilotildees estabelecidas por cada sociedade

Os termos possuem origem etimoloacutegica distinta A palavra ―eacutetica vem do Grego ―ethos que significa

―modo de ser ou ―caraacuteter Jaacute a palavra ―moral tem origem no termo latino ―morales que significa ―relativo aos

costumes

Eacutetica eacute um conjunto de conhecimentos extraiacutedos da investigaccedilatildeo do comportamento humano ao tentar explicar

as regras morais de forma racional fundamentada cientiacutefica e teoacuterica Eacute uma reflexatildeo sobre a moral

Moral eacute o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadatildeo Essas regras

orientam cada indiviacuteduo norteando as suas accedilotildees e os seus julgamentos sobre o que eacute moral ou imoral certo ou errado

bom ou mau

No sentido praacutetico a finalidade da eacutetica e da moral eacute muito semelhante Ambas responsaacuteveis por construir

as bases que vatildeo guiar a conduta do homem determinando o seu caraacuteter altruiacutesmo e virtudes e por ensinar a melhor

forma de agir e de se comportar em sociedade Por fim resumidamente alguns autores conceituam Eacutetica eacute o principio

moral satildeo aspectos de condutas especiacuteficas Eacutetica eacute permanente moral eacute temporal Eacutetica eacute universal moral eacute cultural

Eacutetica eacute regra moral eacute conduta da regra Eacutetica eacute teoria moral eacute praacutetica

2 EacuteTICA NO SERVICcedilO PUacuteBLICO

A Constituiccedilatildeo Federal promulgada em 1988 trouxe alguns princiacutepios aos quais a Administraccedilatildeo Puacuteblica

ficaria submetida Tais princiacutepios estatildeo inseridos no caput do art 37 com sua redaccedilatildeo atual da pela Emenda

Constitucional nordm 19 de 04061998

in verbis Art 37 A administraccedilatildeo puacuteblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniatildeo dos Estados do

Distrito Federal e dos Municiacutepios obedeceraacute aos princiacutepios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e

eficiecircncia e tambeacutem ao seguinte () Segundo Filho (2003) convencionou-se denominaacute-los de princiacutepios expressos

exatamente pela menccedilatildeo constitucional Revelam as diretrizes fundamentais da Administraccedilatildeo de modo que soacute se poder

aacute considerar vaacutelida a conduta administrativa se estiver compatiacutevel com eles

21 ndash PRINCIacutePIOS DA ADMINISTRACcedilAtildeO PUacuteBLICA

Princiacutepios administrativos satildeo os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de agir da Administraccedilatildeo

Puacuteblica a saber

a ) Princiacutepio da Legalidade

O princiacutepio da legalidade eacute certamente a diretriz baacutesica da conduta dos agentes da Administraccedilatildeo Significa que

em toda e qual quer atividade administrativa deve ser autorizada por lei Natildeo o sendo a atividade eacute iliacutecita

―Enquanto na administraccedilatildeo particular eacute liacutecito fazer tudo que a lei natildeo proiacutebe na Administraccedilatildeo Puacuteblica soacute eacute permitido

fazer o que a lei autoriza A lei para o particular significa pode fazer assimlsquo para o administrador significa deve fazer

assimlsquo

b ) Princiacutepio da Impessoalidade

Este princiacutepio que aparece pela primeira vez com tal denominaccedilatildeo tem dado margem a diferentes

interpretaccedilotildees

Em um primeiro sentido nada mais eacute que o claacutessico princiacutepio da finalidade o qual pressupotildee que o

administrador tenha seus atos direcionados exclusivamente para o interesse puacuteblico Caso contraacuterio ocorreraacute desvio de

finalidade o que constitui modalidade de abuso do poder

c ) Princiacutepio da Moralidade

O Princiacutepio da Moralidade impotildee que o administrador puacuteblico natildeo dispense os princiacutepios eacuteticos que devem

estar presentes e m sua conduta Portanto natildeo devem ser somente averiguados os criteacuterios de conveniecircncia

oportunidade e justiccedila de suas accedilotildees mas tambeacutem distinguir o que eacute honesto e desonesto

Licitude e honestidade satildeo os traccedilos distintivos entre o direito e a moral porque nem tudo que eacute legal eacute honesto

conforme jaacute proclamavam os romanos non omne quod licet ones tum est

d ) Princiacutepio da Publicidade

O Princiacutepio da Publicidade exige ampla divulgaccedilatildeo dos atos praticados pela Administraccedilatildeo de forma a dar

transparecircncia a estes atos ressalvada as hipoacuteteses nas quais a lei admite o sigilo

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

SITES CONSULTADOS NA INTERNET httpconceitodeetica-profissionalixzz34qgiGYJC

Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

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ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

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Page 28: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Importante observar que a publicidade natildeo eacute elemento formativo do ato eacute requisito de eficaacutecia pois eacute a

divulgaccedilatildeo do ato para conhecimento puacuteblico que daacute iniacutecio aos seus efeitos externos

e ) Princiacutepio da Eficiecircncia

Este princiacutepio o mais moderno da funccedilatildeo administrativa foi inserido no texto constitucional atraveacutes da Emenda

Constitucional Nordm 1998 como jaacute mencionado acima Impotildee ao agente puacuteblico um modo de atuar que produza

resultados favoraacuteveis agrave consecuccedilatildeo dos fins que cabem ao Estado alcanccedilar natildeo bastando que as atividades sejam

desempenhadas apenas com legalidade mas exigindo resultados positivos para o serviccedilo puacuteblico e satisfatoacuterio

atendimento das necessidades dos administrados

Dias (2009) frisa que eacute evidente que a atuaccedilatildeo da Administraccedilatildeo Puacuteblica natildeo deve se restringir agrave observacircncia

destes princiacutepios devendo ser observados tambeacutem outros princiacutepios expressos e impliacutecitos no texto constitucional

22 - COacuteDIGO DE EacuteTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PUacuteBLICO

Servidor Puacuteblico eacute ―todo aquele que por forccedila de Lei contrato ou qualquer ato juriacutedico preste serviccedilos de

natureza permanente temporaacuteria ou excepcional ainda que sem retribuiccedilatildeo financeira desde que ligado direta ou

indiretamente a qualquer oacutergatildeo do poder estatal como as autarquias as fundaccedilotildees puacuteblicas as entidades paraestatais as

empresas puacuteblicas e as sociedades de economia mista ou em qualquer setor onde prevaleccedila o interesse do Estado

(Capiacutetulo II - Das Comissotildees de Eacutetica XXIV)

Como uma maneira de implementar de forma mais concreta os princiacutepios administrativos foi criado o

Estatuto dos Servidor es Federais positivado pela Lei nordm 811290 que em seus artigos 116 e 117 jaacute estabelecia deveres

e proibiccedilotildees aos servidores sujeitos a penalidades no caso de descumprimento

Em 1992 surgiu a Lei nordm 8429 que trata da improbidade administrativa imputando Sanccedilotildees a quem comete

atos iacutemprobos com ou sem prejuiacutezo ao eraacuterio como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimocircnio

ressarcimento integral do dano perda da funccedilatildeo puacuteblica suspensatildeo dos direitos poliacuteticos pagamento de multa civil e

proibiccedilatildeo de contratar com o Poder Puacuteblico ou receber benefiacutecios ou incentivos fiscais ou creditiacutecios (Art 12)

Com base nas mencionadas leis o Presidente da Repuacuteblica baixou o Decreto nordm 1171 em 1994 aprovando o

Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do Poder Executivo Federal

Faz-se oportuno observar que o Decreto nordm 1171 natildeo eacute o Coacutedigo de Eacutetica propriamente dito mas o

instrumento atraveacutes do qual se aprova seu Anexo este sim o Coacutedigo de Eacutetica Profissional do Servidor Puacuteblico Civil do

Poder Executivo Federal

Importante lembrar que tal norma de conduta estaacute direcionada exclusivamente aos servidores do Executivo

Federal afastando portanto sua aplicaccedilatildeo dos servidores dos demais poderes bem como dos militares

As Regras Deontoloacutegicas (conjunto de regras e princiacutepios que ordenam a conduta do homem cidadatildeo ou

profissional ciecircncia que trata dos deveres a que satildeo submetidos os integrantes de uma profissatildeo) constantes do Capiacutetulo

I desse ordenamento citam que ―a dignidade o decoro o zelo a eficaacutecia e a consciecircncia dos princiacutepios morais satildeo

primados maiores que devem nortear o servidor puacuteblico seja no exerciacutecio do cargo ou funccedilatildeo ou fora dele jaacute que

refletiraacute o exerciacutecio da vocaccedilatildeo do proacuteprio poder estatal

―Seus atos comportamentos e atitudes seratildeo direcionados para a preservaccedilatildeo da honra e da tradiccedilatildeo dos serviccedilos

puacuteblicos O inciso II estabelece que ―o servidor puacuteblico natildeo poderaacute jamais desprezar o elemento eacutetico de sua conduta

Desta forma natildeo teraacute que decidir somente entre o legal e o ilegal o justo e o injusto o conveniente e o inconveniente o

oportuno mas principalmente entre o honesto e o desonesto consoante agraves regras contidas no art 37 caput e sect 4deg da

Constituiccedilatildeo Federal

A moralidade da Administraccedilatildeo Puacuteblica eacute clareada no inciso III do referido Coacutedigo quando relata que aquela

natildeo deve se limitar somente com a distinccedilatildeo entre o bem e o mal O fim almejado deve ser sempre o bem comum O

agente puacuteblico tem o dever de buscar o equiliacutebrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de proporcionar a

consolidaccedilatildeo da moralidade do ato administrativo praticado Dentre os principais deveres do servidor puacuteblico tem-se

que deve ser probo reto leal e justo devendo ter a consciecircncia que seu trabalho eacute regido por princiacutepios eacuteticos que se

materializam na adequa da prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos

Outro dever fundamental do servidor puacuteblico eacute resistir a todas as pressotildees de superiores hieraacuterquicos de

contratantes interessados e outros que visem obter quaisquer favores nesses ou vantagens indevidas em decorrecircncia de

accedilotildees imorais ilegais ou aeacuteticas e denunciaacute-las

Esse coacutedigo estabelece tambeacutem algumas vedaccedilotildees presentes na Seccedilatildeo III inciso XV que devem ser

observadas pelos servidores puacuteblicos federais Destaque para algumas condutas proibidas quais sejam

a) o uso do cargo ou funccedilatildeo facilidades amizades tempo posiccedilatildeo e influecircncias para obter qualquer favorecimento

para si ou para outrem d) usar de artifiacutecios para procrastinar ou dificultar o exerciacutecio regular de direito por qualquer

pessoa causando-lhe dano mora l ou material

b) pleitear solicitar provocar sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira gratificaccedilatildeo precircmio comissatildeo

doaccedilatildeo ou vantagem de qualquer espeacutecie para si familiares ou qualquer pessoa para o cumprimento da sua missatildeo ou

para influenciar outro servidor para o mesmo fim c) desviar servidor puacuteblico para atendimento a interesse particular

d) fazer uso de informaccedilotildees privilegiadas obtidas no acircmbito interno de seu serviccedilo em beneficio proacuteprio de parentes de

amigos ou de terceiros

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

SITES CONSULTADOS NA INTERNET httpconceitodeetica-profissionalixzz34qgiGYJC

Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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Veja no verso todos cursos agendados para os proacuteximos dias

marque o que deseja e receba 15 de desconto efetuando sua

preacute-matricula

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Marque qual curso tem interesse em fazer sua preacute-matriacutecula para recebe desconto

de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 29: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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e) exercer atividade profissional aeacutetica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso

23 ndash COMISSOtildeES DE EacuteTICA

O Coacutedigo prevecirc entre outras que sejam tomadas as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do mencionado

dispositivo legais num prazo de 60 (sessenta) dias inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva Comissatildeo de Eacutetica

in verbais Art 2ordm Os oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta e indireta implementaratildeo em sessenta

dias as providecircncias necessaacuterias agrave plena vigecircncia do Coacutedigo de Eacutetica inclusive mediante a constituiccedilatildeo da respectiva

Comissatildeo de Eacutetica integrada por trecircs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente Os

procedimentos a serem adotados pela Comissatildeo de Eacutetica para a apuraccedilatildeo de fato ou ato que em princiacutepio se apresente

contraacuterio agrave eacutetica em conformidade com este Coacutedigo teratildeo o rito sumaacuterio ou vido apenas o queixoso e o servidor ou

apenas este se a apuraccedilatildeo decorrer de conhecimento de ofiacutecio cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

Estado a que estiver subordinado o oacutergatildeo

3 O SERVICcedilO PUacuteBLICO NA VISAtildeO DA SOCIEDADE

31 ndash O SERVIDOR COMO INEFICIENTE

A insatisfaccedilatildeo com a conduta eacutetica no serviccedilo puacuteblico eacute um fato que haacute muito tempo vem sendo criticado pela

sociedade brasileira De um modo geral o paiacutes enfrenta o descreacutedito da opiniatildeo puacuteblica a respeito do comportamento

dos administradores puacuteblicos e da classe poliacutetica em todas as suas esferas municipal estadual e federal

Ao longo dos uacuteltimos anos a imagem do servidor puacuteblico junto agrave sociedade foi construiacuteda a partir de diversos

personagens humoriacutesticos tendo como temaacutetica a ineficiecircncia do funcionaacuterio puacuteblico sempre visto como motivo de

chacota piada ou ateacute mesmo de revolta

No final da deacutecada de 40 Emilinha Borba gravou a claacutessica marchinha ―Barnabeacute uma saacutetira aos funcionaacuterios

puacuteblicos acomodados

O sucesso foi tanto que passou a ter definiccedilatildeo no dicionaacuterio Aureacutelio (1993 p 49) ―nome imaginaacuterio de

servidor puacuteblico ao qual se refere um samba de 1947 de Haroldo Barbosa e Antocircnio Almeida Funcionaacuterio puacuteblico em

geral o de categoria modesta

Com o passar do tempo o vocaacutebulo passou a designar o proacuteprio setor profissional cunhando a expressatildeo que

vigora ateacute hoje

Seguindo a mesma ideacuteia Armando Cavalcanti e Kleacutecios Caldas compuseram a natildeo menos famosa marchinha

―Maria Candelaacuteria gravada por ldquoBlecaut em 1952 que obteve grande sucesso ao criticar de um modo geral o

comportamento do servidor puacuteblico

Criacutetica e irocircnica a letra tenta mostrar a rotina habitual do servidor puacuteblico que para a sociedade era

considerado como tiacutepico representante da classe aquele servidor que nunca trabalha e que soacute se preocupa com

superficialidades para ter o que conversar em seu ambiente de trabalho o qual certamente natildeo lhe exige competecircncia

Para muitas pessoas ainda hoje essa eacute a ideia que se tem do servidor puacuteblico ou seja eacute aquele que ganha sem

trabalhar sem esforccedilos maiores Tais consideraccedilotildees ganharam reforccedilo quando o ex-presidente Fernando Affonso Collor

de Mello passou a ser conhecido nacionalmente como Caccedilador de Marajaacutes apelido que recebera da imprensa por ter

adotado medidas severas de repressatildeo aos interesses de servidores puacuteblicos alagoanos os quais recebiam salaacuterios

superiores aos dos ministros

Dessa forma surgia um novo tipo de servidor puacuteblico os marajaacutes termo originaacuterio da antiga civilizaccedilatildeo

indiana onde o vocaacutebulo designa os priacutencipes potentados ou pessoas muito ricas do paiacutes Aqui virou sinocircnimo de

funcionaacuterio que trabalha pouco ganhando muito O povo agiu e tomou conta formando desse modo a triacuteade Marias

Candelaacuterias

barnabeacutes e os marajaacutes

Diante do exposto natildeo eacute de se estranhar que o cidadatildeo que precisou ir a uma reparticcedilatildeo puacuteblica e se deparou

com a morosidade dos serviccedilos funcionaacuterios mal humorados e indiferentes indignado reconheccedila neles os citados

personagens

Para a sociedade de forma geral uma das grandes responsaacuteveis por esse comportamento eacute a estabilidade que

acabou criando uma classe profissional dominada pelo anacronismo pela ineficiecircncia e corrupccedilatildeo

Para aquele indignado cidadatildeo natildeo importa que a estabilidade tenha sido criada como forma de isentar o profissional

das pressotildees poliacuteticas e de chefes mal intencionados que pudessem usar seus cargos de chefia com fins poliacuteticos

32 ndash O SERVIDOR COMO CORRUPTO

Como se natildeo bastasse a imagem negativa pela ineficiecircncia um outro mal tem se tornado recorrente na

imprensa atual a corrupccedilatildeo De vez em quando surgem escacircndalos envolvendo servidores por desvio de verbas puacuteblicas

e corrupccedilatildeo de vaacuterias modalidades por meio de uma imprensa que atualmente desempenha importante papel

investigativo

Ateacute a deacutecada de 1980 o comportamento de poliacuteticos e governantes que se utilizavam dos serviccedilos puacuteblicos em

benefiacutecio proacuteprio era aceito sem maiores questionamentos Utilizar veiacuteculo combustiacutevel e motorista do serviccedilo puacuteblico

para realizar tarefas particulares como levar crianccedilas a escolas ou esposas agraves compras era tolerado natildeo apenas pela

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impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

SITES CONSULTADOS NA INTERNET httpconceitodeetica-profissionalixzz34qgiGYJC

Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Parabeacutens por estudar

Agora vocecirc faz parte da classe capacitada que contribui para o progresso nos

serviccedilos puacuteblicos obrigado por escolher a Unipuacuteblica

Acesse nosso face e veja suas fotos

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

ANOTACcedilOtildeES

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

Nome completo_________________________________________ (opcional)

1ordm Qual seu grau de escolaridade

( ) 1ordm Grau (ensino fundamental)

( ) 2ordm Grau (ensino meacutedio)

( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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marque o que deseja e receba 15 de desconto efetuando sua

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

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de 15

( ) O Novo CPC Conheccedila as Inovaccedilotildees

( ) Advogados Municipais Manifestaccedilotildees e Defesas no TCE

( ) Saneamento e Licenccedila Ambiental

( ) Aterro Sanitaacuterio e Resiacuteduos Soacutelidos

( ) Advogados de Cacircmara

( ) Licitaccedilotildees Municipais Sim-Am e Mural do TCEPR

( ) Compras e Licitaccedilotildees Eficiecircncia Sustentabilidade e Economia

( ) Controle Interno Rotinas

( ) Servidores de Cacircmaras Subsiacutedios ndash Oratoacuteria ndash Diaacuterias ndash Temas Especiacuteficos

( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

( ) Congresso de Vereadores O Brasil que queremos

( ) Previdecircncia Municipal Novas Regras

( ) eSocial para Oacutergatildeo Puacuteblicos

Caso natildeo tenha encontrado o tema deixe sua sugestatildeo faremos a consideraccedilatildeo e

logo que prepararmos o curso entraremos em contato

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Page 30: Ética Profissional - unipublicabrasil.com.br · Federais) Assembléia ... O Império Romano dominou a maior parte do mundo civilizado por aproximadamente 12 ... para manter a paz

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Curso Eacutetica Profissional ndash12 de Novembro de 2015 Palmeira-PR

impossibilidade de divulgar abertamente esses abusos por forccedila da censura aos meios de comunicaccedilatildeo mas tambeacutem

porque era encarado pela maioria das pessoas como parte das vantagens do cargo (Maacutercia Cristina Gonccedilalves de

Souza 2009 p 21) Prossegue a citada autora

―Por conseguinte esse tipo de comportamento era tatildeo banal que muitos deles natildeo soacute agiam assim como se gabavam de

ocupar posiccedilotildees que possibilitavam esse tipo de atitude

Atualmente seja pela exposiccedilatildeo na miacutedia ou mesmo pela imperiosa necessidade de mudanccedilas percebe-se que

conceitos como transparecircncia e fiscalizaccedilatildeo evoluiacuteram no Brasil Eacute bem verdade que boa parte dos avanccedilos ocorreu na

base da tentativa e do erro ou das descobertas de falcatruas e esquemas escusos No entanto eacute notoacuteria a percepccedilatildeo que o

Estado e a sociedade tecircm do uso do dinheiro evoluiu a olhos vistos e atitudes antes consideradas ―normais hoje natildeo

encontram senatildeo o repuacutedio da sociedade

Cabe destacar as palavras do ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uniatildeo Jorge Hage na da abertura do 1ordm

Seminaacuterio Nacional de Controle Social promovido pela Controladoria-Geral da Uniatildeo que por mais modernos

presentes e eficientes que sejam os mecanismos institucionais de fiscalizaccedilatildeo nada supera a competecircncia da sociedade

em acompanhar a aplicaccedilatildeo de recursos puacuteblicos

Mas afinal o que a administraccedilatildeo puacuteblica realmente estaacute fazendo para que as Marias Candelaacuterias os barnabeacutes

e os marajaacutes saiam definitivamente de cena

Embora natildeo vejamos as puniccedilotildees acontecem De acordo com o Jornal O Estado de Satildeo Paulo (13 de janeiro de

2010) nos uacuteltimos seis anos o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para obtenccedilatildeo de vantagens

Diz a mateacuteria

―A Controladoria-Geral da Uniatildeo (CGU) divulgou dados do uacuteltimo levantamento que consolida as informaccedilotildees sobre

demissotildees destituiccedilotildees de cargos comissionados e cassaccedilotildees de aposentadorias aplicadas a servidores puacuteblicos do Poder

Executivo Federal Somente no ano de 2009 foram 429 os servidores penalizados por praacuteticas iliacutecitas no exerciacutecio da

funccedilatildeo o que representa um aumento de 20 em relaccedilatildeo ao ano anterior (2008) que apresentou um total de 347 agentes

puacuteblicos expulsos do serviccedilo puacuteblico O principal tipo de puniccedilatildeo aplicada em 2009 tambeacutem foi a demissatildeo com 364

casos Foram aplicadas ainda 24 penas de cassaccedilatildeo de aposentadoria e 41 de destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo

E continua

―O Governo Federal aplicou puniccedilotildees expulsivas a 2398 agentes puacuteblicos por envolvimento em praacuteticas iliacutecitas no

periacuteodo entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 Do total de penas expulsivas no periacuteodo as demissotildees somaram

exatos 2069 casos as destituiccedilotildees de cargos em comissatildeo 184 e as cassaccedilotildees de aposentadorias foram 145

No acumulado dos uacuteltimos seis anos (2003 a 2009) o principal motivo das expulsotildees foi valer-se do cargo para

obtenccedilatildeo de vantagens respondendo por 1236 casos o que representa 3239 do total A improbidade administrativa

vem a seguir com 714 casos (1871) as situaccedilotildees de recebimento de propina somaram 232 (608) e os de lesatildeo aos

cofres puacuteblicos 171 representando 448

33 ndash NORMAS PARA UMA CONDUTA EacuteTICA

Jaacute no texto da legislaccedilatildeo paacutetria por meio dos artigos 116 e 117 da Lei nordm 8112 de 11 de dezembro de 1990

elencam uma seacuterie de deveres e proibiccedilotildees entre outros impostos aos servidores puacuteblicos tais como

mdash Exercer com zelo e dedicaccedilatildeo as atribuiccedilotildees do cargo Embora sejam cuidados que se equivalem juntos reforccedilam as

qualidades esperadas da accedilatildeo 36 puacuteblica a saber presteza perfeiccedilatildeo e rendimento funcional contrapondo-se agrave

negligecircncia e ao desleixo ou desiacutedia

mdash Ser leal agraves instituiccedilotildees a que servir Lealdade implica sinceridade e fidelidade agraves instituiccedilotildees e natildeo aos

dirigentes Cuida-se da obediecircncia agraves normas legais que regem as instituiccedilotildees a que o servidor se vincula

mdash Observar as normas legais e regulamentares A regra consagra o princiacutepio da legalidade jaacute que a eficaacutecia de toda

atividade juriacutedica estaacute condicionada ao atendimento da lei Nesta regra se inclui o dever de obediecircncia agraves normas e aos

seus princiacutepios gerais como o de eficiecircncia eficaacutecia probidade moralidade prestaccedilatildeo de contas legalidade

publicidade e impessoalidade

Por seu turno o art 127 do supracitado estatuto do servidor puacuteblico no acircmbito federal prevecirc as penalidades

disciplinares que podem ser aplicadas aos servidores estatutaacuterios advertecircncia suspensatildeo demissatildeo cassaccedilatildeo de

aposentadoria ou disponibilidade destituiccedilatildeo de cargo em comissatildeo e destituiccedilatildeo de funccedilatildeo comissionada O art 130 sect

2ordm dessa lei ainda prevecirc a possibilidade da pena de suspensatildeo ser convertida em multa na base de 50 por dia de

vencimento ou remuneraccedilatildeo ficando o servidor obrigado a permanecer em serviccedilo Cabe agrave autoridade competente

decidir por essa conversatildeo quando houver conveniecircncia para o serviccedilo

As leis aleacutem de normatizarem determinado assunto trazem em seu conteuacutedo penalidades de advertecircncia

suspensatildeo e reclusatildeo do servidor puacuteblico que infringir dispositivos previstos na legislaccedilatildeo vigente Uma das mais

comentadas na atualidade eacute a Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para

a responsabilidade na gestatildeo fiscal

Os coacutedigos de eacutetica trazem por seu turno o conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicaacuteveis

no caso do natildeo cumprimento das mesmas Normalmente os coacutedigos lembram aos funcionaacuterios que estes devem agir com dignidade decoro zelo e eficaacutecia para

preservar a honra do serviccedilo puacuteblico conforme citados anteriormente

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Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

SITES CONSULTADOS NA INTERNET httpconceitodeetica-profissionalixzz34qgiGYJC

Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

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ANOTACcedilOtildeES

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( ) Ensino Superior

( ) Poacutes-Graduaccedilatildeo (especializaccedilatildeo)

( ) Mestrado eou Doutorado

2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4ordm Por gentileza de sua nota quanto agrave aula de hoje em geral

( ) 30 ( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5ordm Deixe suas sugestotildees elogios ou criacuteticas aos professores eou a aula

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( ) Controle Interno O Encerramento do Exerciacutecio

( ) Encerramento de Exerciacutecio Na Cacircmara Municipal

( ) Patrimocircnio Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) Licitaccedilotildees Providecircncias no Encerramento do Exerciacutecio

( ) O Leilatildeo De bens moacuteveis e imoacuteveis

( ) SIM-AM Encerramento do Exerciacutecio

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Enfatizam que eacute dever do servidor ser cortecircs atencioso respeitoso com os usuaacuterios do serviccedilo puacuteblico

Tambeacutem eacute dever do servidor ser raacutepido assiacuteduo leal correto e justo escolhendo sempre aquela opccedilatildeo que beneficie o

maior nuacutemero de pessoas Os coacutedigos discorrem ainda sobre as obrigaccedilotildees regras cuidados e cautelas que devem ser

observadas para cumprimento do objetivo maior que eacute o bem comum prestando serviccedilo puacuteblico de qualidade agrave

populaccedilatildeo Afinal esta uacuteltima eacute quem alimenta a maacutequina governamental dos recursos financeiros necessaacuterios agrave

prestaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos atraveacutes do pagamento dos tributos previstos na legislaccedilatildeo brasileira ndash ressalta-se aqui

a grande carga tributaacuteria imposta aos contribuintes brasileiros Tambeacutem destaca-se nos coacutedigos que a funccedilatildeo do

servidor deve ser exercida com transparecircncia competecircncia seriedade e compromisso com o bem estar da coletividade

Publicado no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de 22 de agosto de 2000 o Coacutedigo de Conduta da Alta Administraccedilatildeo

Federal estabelece entre outras as seguintes finalidades

I ndash tornar claras as regras eacuteticas de conduta das autoridadesda alta Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal para que a sociedade

possa aferir a integridade e a lisura do processo decisoacuterio governamental

II ndash contribuir para o aperfeiccediloamento dos padrotildees eacuteticos da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal a partir do exemplo dado

pelas autoridades de niacutevel hieraacuterquico superior

III ndash preservar a imagem e a reputaccedilatildeo do administrador puacuteblico

cuja conduta esteja de acordo com as normas eacuteticas estabelecidas neste Coacutedigo

34 ndash OUVIDORIAS A SERVICcedilO DA SOCIEDADE

Hoje oacutergatildeos do Governo Federal convidam o cidadatildeo a exercer sua cidadania atraveacutes de canais direto de

comunicaccedilatildeo para representaccedilotildees ou de 38 nuacutencias fundamentadas relativas agrave lesatildeo ou ameaccedila de lesatildeo ao patrimocircnio

puacuteblico tais como problemas nos convecircnios e contratos firmados pelo Governo Federal que venham a caracterizar

desvio de dinheiro natildeo-execuccedilatildeo do objeto conveniado bem como quaisquer outras irregularidades que atinjam o

patrimocircnio puacuteblico

A Ouvidoria do Ministeacuterio do Trabalho e Emprego por exemplo permite ao cidadatildeo fazer reclamaccedilotildees

sugestotildees criacuteticas elogios e denuacutencias referentes a procedimentos e accedilotildees de agentes diretamente ligados ou

subordinados ao Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

O papel da Ouvidoria eacute proteger o cidadatildeo contra a violaccedilatildeo de direitos contra erros negligecircncias abuso de

poder ou contra a maacute administraccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico com o propoacutesito de melhorar a administraccedilatildeo puacuteblica e tornar a

accedilatildeo governamental mais transparente e os agentes puacuteblicos mais responsaacuteveis por suas accedilotildees omissotildees e decisotildees

A ouvidoria recebe analisa e encaminha as manifestaccedilotildees dos cidadatildeos aos setores competentes Acompanha as

providecircncias adotadas cobra soluccedilotildees e manteacutem o cidadatildeo informado acerca de suas manifestaccedilotildees Atua sugerindo

mudanccedilas de acordo com as demandas dos cidadatildeos Elabora relatoacuterios que sugerem melhoria e subsidiam os gestores

na tomada de decisotildees Funciona como um canal de comunicaccedilatildeo raacutepido e eficiente estreitando a relaccedilatildeo entre a

sociedade e o Ministeacuterio do Trabalho e Emprego

BIBLIOGRAFIA

AMOEDO Sebastiatildeo Eacutetica do Trabalho Rio de Janeiro Qualitymark Editora

1997 107p

DIAS Jefferson Aparecido Princiacutepio da Eficiecircncia amp Moralidade Administrativa

Rio de Janeiro Editora Juruaacute 2009 121p

FILHO Joseacute dos Santos Carvalho Manual de Direito Administrativo Rio de

Janeiro Editora Luacutemen Juacuteris 2003 968p

FREIRE Elias amp MOTTA Sylvio Eacutetica na Administraccedilatildeo Puacuteblica Rio de Janeiro

2004 577p

SOUZA Maacutercia Cristina Gonccedilalves de Eacutetica no Ambiente de Trabalho Rio de

Janeiro Editora Campus 136p

SUNG Jung Mo SILVA Josueacute Cacircndido da Conversando sobre Eacutetica e Sociedade

Petroacutepolis Editora Vozes 2004 117p

VALLS L

SITES CONSULTADOS NA INTERNET httpconceitodeetica-profissionalixzz34qgiGYJC

Acessado 30062014 Conceito de eacutetica profissional - O que eacute Definiccedilatildeo e Significado ndash

Acessado 30062014

httpconceitodeetica-profissionalixzz34qiMstyE- Acessado 30062014

httpwwwebahcombrcontentABAAABPjEAJetica-formal-etica-dos-valores - Em 16062014 ndash

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2ordm Qual sua nota para a Escola do legislativo de Palmeira

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3ordm Qual sua nota ao professor Jonias de O e Silva

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

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