estudo sobre a prevalÊncia de cÂncer em populaÇÃo...
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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Cibele Bessa Pacheco¹
João Villanova Amaral¹
Giulia Maria dos Santos Goedert¹
Laryssa Campos de Souza¹
Marcos Antonio de Oliveira Lobato²
Marinel Mór Dall’Agnol²
ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO
ADSTRITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO FRANCISCO, EM
2016 SANTA MARIA – RS
1 INTRODUÇÃO
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) não possuem Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) que são os responsáveis pelas visitas às famílias, a fim de desenhar o perfil
epidemiológico de uma população. Para preencher esta lacuna, o Dep. de Saúde
Coletiva estabeleceu parceria com o Núcleo de Educação Permanente em Saúde da
Secretaria de Município, na qual os alunos do 1º semestre de Medicina da UFSM
realizaram o cadastramento da população adstrita à UBS São Francisco e montaram
uma base de dados, como uma atividade prática das disciplinas Epidemiologia I e Saúde
Coletiva I, a fim de subsidiar a equipe da UBS para planejamento em saúde. O objetivo
deste trabalho foi desenhar o perfil epidemiológico das pessoas acometidas por câncer
no grupo cadastrado.
2 MÉTODO
No 2º semestre de 2016, foi realizado um estudo transversal descritivo, com seleção da
amostra por conveniência, após o mapeamento da região in loco. A área cadastrada foi o
Residencial Don Ivo, que circunda a UBS. Um morador de cada residência foi
entrevistado por duplas de alunos com os formulários de Cadastro Domiciliar e
Cadastro Individual do Ministério da Saúde¹. Os dados foram digitados no EpiInfo por
monitores e analisados pelos mesmos alunos que os coletaram, na disciplina
Epidemiologia 2. As variáveis selecionadas para este trabalho foram: história pregressa
e/ou atual de câncer, fumante, uso de álcool e drogas, com resposta “sim/não”, além de
sexo (feminino/masculino) e raça/cor da pele.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram cadastrados 401 indivíduos de 134 domicílios. Foram referidos 9 casos de câncer
atuais ou pregressos, com uma prevalência de 2,3% na amostra. Destas pessoas, 78%
eram mulheres; 4 tinham cor da pele branca, 3 parda ou preta (não havia registro em 2
casos) e 7 (77,8%) eram fumantes. Não foram encontrados indivíduos que usassem
álcool e outras drogas entre os casos de câncer. Foi encontrada alta prevalência de
pessoas com história atual ou pregressa de câncer, maior entre as mulheres. Apesar da
doença, uma parcela expressiva ainda permanecia fumante. Estes dados trazem
informações úteis para que a equipe da UBS direcione suas ações às necessidades da
comunidade. Alguns viéses devem ser cogitados: a informação por morbidade referida e
a ausência de residentes em alguns domicílios. O instrumento não permite conhecer
informações importantes como o tipo de câncer, mas é o recomendado para o
cadastramento na APS.
4 CONCLUSÕES
Por fim, deve-se ressaltar a importância desse tipo de pesquisa como atividade
curricular, possibilitando conhecer as pessoas em sua vida real e, ainda gerar dados para
ajudar a equipe de saúde da UBS.
REFERÊNCIAS
1. E-SUS AB. Ficha de cadastro individual. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/Cadastro_Individual.pdf
>. Acesso em 13 out. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Karla Priscilla Paulino Dos Santos1
Suzinara Beatriz Soares de Lima2
Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira 3
Adriana Brum Lourenço4
Eduarda Aparecida Pedroso Compodonio5
Cassia Ribeiro Reis6
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE CUSTO NA PREVENÇÃO E
TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO DECORRENTE DO
POSICIONAMENTO OPERATÓRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
1 INTRODUÇÃO
Uma das maiores preocupações para o enfermeiro no seu trabalho assistencial é a
prevenção de Lesões por Pressão-LP, que pode ser desencadeada por longos períodos de
hospitalização e pelo posicionamento cirúrgico. A prevenção e tratamento de LP podem
se tornar dispendiosas para os serviço e sistemas de saúde.
2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa, que teve sua busca realizada na base de dados
LILACS-Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde via Biblioteca
Virtual em Saúde-BVS entre os meses de maio e junho de 2017, foram encontrados 13
artigos, foram incluídos 9. Ocorreram seis etapas: 1) Identificação do tema e questão de
pesquisa (questão de pesquisa foi utilizada a estratégia PICO (Population, Intervention,
Comparison, Outcome); 2) Estabelecimento de critérios de inclusão (artigos originais
que respondem à pergunta de pesquisa, publicado em português, inglês ou espanhol.
Disponível online na íntegra) e exclusão (os artigos que apareceram em mais de uma
busca serão analisados somente uma vez); 3) Categorização dos estudos; 4) Avaliação
dos estudos; 5) Interpretação dos resultados e 6) Entrega da revisão.
1Acadêmica de enfermagem da UFSM, bolsista PROIC-HUSM. 2Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Associada do Departamento de Enfermagem da
UFSM. Chefe da Divisão de Enfermagem do HUSM. 3Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSM. 4Acadêmica de Enfermagem da UFSM, bolsista PEIPSM. 5Acadêmica de Enfermagem da UFSM, bolsista PIBIC UFSM 6Acadêmica de Enfermagem da UFSM, bolsista PROBIC
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
As publicações dos artigos ocorreram entre 2005 a 2014. A universidade de São Paulo
se destaca com 5 artigos publicação. Foram desenvolvidas pesquisas na Clínica Médica
Cirúrgica, com pacientes pré e pós-cirúrgico internados. Na Clínica Médica e Unidade
de Tratamento Intensivo (UTI) foram desenvolvidas 2 pesquisas, 2 estudos em centros
cirúrgico, 1 estudo em Laboratório de procedimentos de saúde e 1 não teve o cenário
identificado. A tendência na produção do conhecimento sobre a temática “Lesão por
Pressão” mostra que os estudos estão direcionados para a pesquisa na prevenção e
tratamento de LP. A tendência aponta também para estudos que buscam a incidência
e/ou a prevalência de LP, estes estudos trazem a avaliação de risco de desenvolvimento
de LP, a incidência de LP após fraturas de quadril e fêmur e de implementação de
protocolos. Outra tendência é a questão de custos. Emergiu a avaliação de custo direto
do tratamento para lesão por pressão, assim como o experimento de uma tecnologia para
prevenção de LP com o objetivo de ter baixo custo. Poucos estudos trouxeram as
questões clínicas como cuidados de prevenção de LP, entretanto a tendência surgiu na
avaliação de acordo com a escala de Braden.
4 CONCLUSÕES
Os resultados deste estudo contribuem para a análise de custos na prevenção de LP e
esta análise pode também ser utilizada em comparações teóricas relacionadas a custos
do tratamento da LP, a efetividade.
Descritores: Bandagens; Custo e análise de custo; Enfermagem; Úlcera por pressão;
Unidades de terapia intensiva.
REFERÊNCIAS
1-Rother ET. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem,
2007 jun; 20(2): v-vi.
2- CALIRI, M. H. L.; et al. Publicação oficial da Associação Brasileira de
Estomaterapia– SOBEST e da Associação Brasileira de Enfermagem em
Dermatologia – SOBENDE.SOBEST: São Paulo, 2016. Acesso em 20 jun. 2017.
Disponível em: <http://www.sobest.org.br/textod/35>.
3- NPUAP/EPUAP/PPPIA – National Pressure Ulcer Advisory Panel, European
Pressure Ulcer Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention
and Treatment of Pressure Ulcers: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.).
Cambridge Media: Osborne Park, Austrália, 2014.
Área temática: Pesquisa
FATORES QUE INFLUENCIAM NA ROTINA DE TRABALHO DE
ENFERMEIROS EM UNIDADES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR
Palavras-Chave: Enfermagem. Trabalho por Turnos. Desgaste Profissional.
Introdução: Segundo Glanzner, Olschowsky e Kantorski (2011) o trabalho é cada vez
mais significativo na vida das pessoas, conferindo identidade. Diante disso com a
expansão e desenvolvimento da economia, o contexto organizacional e estrutural que
compõe a realidade de trabalho da sociedade tanto pode acarretar benefícios à vida
humana, quanto produzir problemas na saúde do trabalhador (ALMEIDA; et al., 2012).
Método: Trabalho aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o número CAAE
65329817.2.0000.5346. Pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratório-
descritivo. Estudo realizado em um hospital universitário, da região sul do país. A
população estudada foram enfermeiros que atuam nas unidades de internação clínica e
cirúrgica dessa instituição, com equipe formada por 39 profissionais. Após aplicação
dos critérios de inclusão, cinco enfermeiros foram excluídos, resultando na população
elegível de 34 pessoas. A partir do total de enfermeiros identificados nas unidades,
optou-se por realizar sorteio dos participantes por turno e unidade de trabalho. Critérios
de inclusão: atuar nas unidades estudadas há mais de seis meses, sendo excluídos os que
estavam em afastamento de qualquer natureza. Para produção de dados foram utilizadas
a observação sistemática não participante e a entrevista semiestruturada.
Discussão dos resultados: A percepção dos participantes sobre a rotina laboral foi
exposta por meio de questões como: quantitativo reduzido de profissionais ,que acaba
gerando sobrecarga de trabalho, pois, os profissionais desejam resolver todas as
demandas que surgem fato que pode repercutir de maneira negativa no andamento das
atividades. As interrupções no desenvolvimento das atividades aparecem como
elementos estressores que impedem a atenção e podem levar a negligências clinicas.
Influência dos turnos de trabalho repercute na saúde dos trabalhadores, pois, a privação
do sono e a impossibilidade de recuperá-lo são os principais fatores desgastantes desses
profissionais. E as demandas de um hospital-escola geram uma rotina extenuante, pelo
fato de ocorrer sobrecarga na rotina do serviço já que há necessidade de
acompanhamento dos estudantes. As situações apresentadas evidenciam a sobrecarga de
funções e os vários desafios a que os enfermeiros são submetidos diariamente no seu
ambiente laboral, mas sabe-se que esses são apenas alguns dos fatores que
sobrecarregam esses profissionais, existem várias outras questões que interferem no
processo de trabalho.
Considerações Finais: A partir disso, conclui-se que a sobrecarga de trabalho de
profissionais de enfermagem deve ser entendida como uma consequência de vários
fatores, sendo necessário discuti-la diariamente, na perspectiva de encontrar soluções.
Referências:
ALMEIDA, M. C. V.et al. Prevalência de doenças musculoesqueléticas entre
trabalhadores portuários avulsos. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.
20,n. 2,p. 243-250, 2012
DEHAN, J.S.M; PAI, D.D.; AZZOLIN, K.O. Stress and stress factors in the nurse´s
managerial activity. Rev. Enferm. UFPE online,v. 5, n. 4, p. 879-885, 2011.
GLANZNER, C. H.; OLSCHOWSKY, A.; KANTORSKI, L. P. O trabalho como fonte
de prazer: avaliação da equipe de um Centro de Atenção Psicossocial. Rev Esc Enferm
USP, São Paulo, v. 45, n. 3, p. 716-721, 2011.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Mikaela Aline Bade München4
Carolina Schmitt Colomé 5
Amanda Valério Espíndola6
Alberto Manuel Quintana7
FIM DE VIDA E DEPENDÊNCIA: IMPLICAÇÕES NAS RELAÇÕES
FAMILIARES
1 INTRODUÇÃO
A atualidade tem se caracterizado por um processo de transição em relação às
enfermidades que acometem a população. Em substituição às doenças infecto-
contagiosas, há um aumento de doenças crônico-degenerativas, as quais têm levado a
um crescimento das taxas de sujeitos com incapacidades. Tal cenário adquire
significados particulares para cada sujeito, conforme o contexto histórico, social,
político e econômico em que ocorre, precisando ser analisado, nesse sentido, de acordo
com essas particularidades. Nessas circunstâncias se coloca em evidencia a filosofia dos
Cuidados Paliativos, os quais propõem um cuidado integral à pessoa com uma doença
ameaçadora da vida e também à sua família. Através dessa lógica, vem-se estimulando a
realização do cuidado a esses doentes crônicos no próprio domicílio, por meio da
Atenção Domiciliar, oferta que tem em vista a ampliação de autonomia do usuário,
família e cuidador. O presente estudo, recorte dos resultados do projeto “Significações
atribuídas às relações familiares em fim de vida”, objetiva compreender, através da
perspectiva dos sujeitos em processo de fim de vida, as alterações que ocorrem na
dinâmica familiar frente a esse contexto, principalmente no que se refere à autonomia e
independência dos mesmos.
2 MÉTODO
Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, através de entrevistas com cinco
pacientes e seis familiares assistidos por um serviço de atenção domiciliar de um
hospital universitário no interior do Rio Grande do sul. Quanto aos aspectos éticos,
pontua-se que este estudo seguiu os princípios éticos regidos pela Resolução nº 510 de
07 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde, tendo sido aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) através
do CAAE 63065216.9.0000.5346. Os dados obtidos foram analisados mediante a
análise de conteúdo temática.
4 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 5 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 6 Psicóloga; Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia – UFSM –
[email protected]; 7 Orientador; Psicólogo. PhD em Bioética. Professor do Curso de Psicologia – UFSM –
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados apontam que, com o desenvolvimento da doença, o sujeito pode se
deparar com diversas limitações e comprometimentos na realização de tarefas, situação
que gera dependência em relação ao cuidador/familiar, como refere a paciente 4: “Só de
tá doente já é uma mudança, né. Não poder fazer as minhas coisas... [...] depender tudo
dos outros, eu que nunca dependi de ninguém graças a deus. Assim, nunca fui
dependente né. Agora tem que ser né. Preciso. ” (Paciente 04). Essa conjuntura tende a
acarretar uma situação de regressão, uma vez que acentua sentimentos de fragilidade e
insegurança, podendo, inclusive, levar a quadros de certa infantilização dos doentes, o
que se associa com a perda de autonomia dos mesmos. Tal cenário vai contra os ideais
dos cuidados paliativos e da atenção domiciliar, tendo em vista que esses buscam o
fortalecimento da autonomia dos sujeitos.
4 CONCLUSÕES
Considera-se que, para evitar isso, é importante que se dirija um olhar de cuidado à
unidade paciente-família, visando o incentivo à comunicação clara e honesta, através da
qual se possa viabilizar a preservação e manutenção da autonomia dos sujeitos – ainda
que estes estejam em situação de dependência –, contribuindo para relações mais
harmoniosas e, possivelmente, maior qualidade de vida dos envolvidos nesse processo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). [Internet].
Estimativa 2012: incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2011 [acessado
2018 ago 14]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2012/index. asp?ID=5
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 825 de 25 de abril de 2016.
Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza
as equipes habilitadas. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília,
DF, 25 abr. 2016. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0825_25_04_2016.html>.
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TURATO, E.R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção
teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas.
Petrópolis: Vozes, 2013.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Andriele Carvalho Trindade8
Rafaela Andolhe9
Eduarda Dalla Costa10
GRUPO DE APOIO AO ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE À EQUIPE
DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
A saúde do trabalhador de enfermagem e as condições de trabalho têm sido associadas
com segurança do paciente, visto que, esses profissionais estão constantemente expostos
a estressores. Segundo Lazarus e Launier (1978), estresse é definido como qualquer
evento do ambiente externo ou interno que exceda as fontes de adaptação de um
indivíduo ou sistema social. Para auxiliar no enfrentamento do estresse, criou-se um
Grupo de Apoio à equipe de enfermagem como espaço de discussão para trabalhadores
e mediado por docente e acadêmicos de enfermagem, visando melhorar o enfrentamento
do estresse e segurança do paciente. O grupo está ligado ao projeto de extensão
intitulado Segurança do paciente e enfrentamento do estresse: cuidado a equipe de
enfermagem – projeto de extensão (registro GAP/CCS nº 039524), que objetiva
melhorar a qualidade de vida no trabalho da equipe de enfermagem, qualificar o cuidado
prestado e melhorar o enfrentamento dos estressores.Por meio das atividades
desenvolvidas no grupo a equipe pode se tornar multiplicadora dessas discussões em
seus postos de trabalho. Diante do exposto, objetiva-se relatar a experiência de uma
acadêmica de enfermagem, referente à dinâmica realizada em um grupo de apoio em
uma unidade de clínica cirúrgica.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, embasado na vivência de um encontro do grupo
apoio. A atividade aconteceu na sala do lanche do setor referido, e foi realizada no turno
da tarde com duração de 30 minutos. Inicialmente, os participantes foram convidados a
levantar, foi solicitado que um deles pegasse uma bolinha e se apresentasse, podendo
indicar sua melhor qualidade. Após deveria passar a bolinha sem deixar cair no chão, e
assim sucessivamente. Posteriormente a apresentação, a atividade foi realizada
novamente no caminho inverso, pedindo para que cada um indicasse uma qualidade do
colega.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A atividade mostrou-se boa para proporcionar a interação entre o grupo e sensibilizar
os participantes sobre a importância da escuta, o que pode ser positivo para o
8 1Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Bolsista IC-
HUSM. 9 2Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa
Maria. 10Acadêmica de enfermagem da universidade Federal de Santa Maria. Bolsista FIPE
enfrentamento do estresse (LAZARUS e FOLKMAN, 1982). A dinamicidade do
cotidiano de trabalho faz com que as pessoas se esqueçam da importância das relações
interpessoais. A dinâmica permitiu a distração dos trabalhadores durante seu intervalo,
além do instigar a interação entre colegas.
4 CONCLUSÕES
A atividade foi avaliada de forma positiva pelos participantes, que demonstraram
satisfação e alegria ao perceberem como são vistos uns pelos outros.
REFERÊNCIAS
1. LAZARUS RS, FOLKMAN S. Stress, appraisal and coping. New York: Springer;
1984.
2. LAZARUS RS, LAUNIER S. Stress related transaction between person and
enviroment. In: Dervin LA, Lewis M. Perspectives in international psychology. New
York: Plenum; 1978.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Isabella Klafke Brixner
Alessandra Rebelatto Boesing
Amanda Reis Guimarães
Fernando Alberto Zenni Filho
Roseane Cardoso Marchiori
HEMORRAGIA ALVEOLAR SECUNDÁRIA À INALAÇÃO DE
CRACK/COCAÍNA: RELATO DE CASO
1. INTRODUÇÃO
A cocaína está entre as drogas de abuso mais comuns em nosso meio. Seu uso gera
injúria pulmonar por toxicidade, inflamação, lesão térmica, barotrauma e vasoespasmo,
podendo se apresentar como congestão, edema alveolar, hemorragia e pneumonite
intersticial. A síndrome “Crack Lung” se refere ao dano alveolar difuso e alveolite
hemorrágica que ocorre em até 48h após a inalação de crack/cocaína e pode evoluir para
falência respiratória grave.
2. METODOLOGIA
O caso foi revisado através da pesquisa em prontuário.
3. RELATO
Paciente masculino, 18 anos, previamente hígido, encaminhado ao HUSM por
hemoptise, hematêmese, hematoquezia, dor em epigástrio e hipocôndrio D e dispneia,
há um dia. Referia ter sido vítima de agressão policial três dias antes do início dos
sintomas e queixava-se de tosse e episódio gripal anteriores à agressão. Referia uso
recreativo de maconha, mas negava uso de outras drogas. Ao exame físico: BEG, LOC,
UM, descoradas (2+/4+) AA, PA 120/80mmHg, FC 85 bpm, FR 16 rpm, afebril,
saturação O2 98%, exame cardiovascular sem alterações. MV diminuído, com
crepitantes em bases pulmonares, principalmente à D. Abdome com dor à palpação
profunda do epigástrio, sem organomegalias ou peritonismo, extremidades bem
perfundidas, com pulsos amplos. Não apresentava escoriações, hematomas ou outros
sinais de trauma. Hemograma evidenciou anemia e leucocitose. O RX e a TC de tórax
evidenciaram múltiplas opacidades alveolares difusas, mais extensas à direita. Com
hipóteses iniciais de trauma, infecção pulmonar, vasculite, colagenose e pneumopatia
por medicações, foi tratado inicialmente de maneira empírica com Vancomicina,
Amoxicilina e Sulbactan. Devido à falta de alterações à ectoscopia e com os exames
laboratoriais iniciais, a possibilidade de trauma ser a causa dos sangramentos pulmonar,
retal e urinário, foi considerada pouco provável. Apresentou rápida evolução para
síndrome da angústia respiratória aguda, com necessidade de tratamento intensivo, IOT
e VM (relação PaO2/FiO2 = 91). A fibrobroncoscopia evidenciou hemorragia difusa,
bilateral, sem vaso sangrante visível. A cultura, micológico e BAAR do LBA foram
negativos. Sorologias anti-HIV, VDRL, HbsAg, Anti- HCV, IgM CMV foram não
reagentes; enquanto Anti-Hbs e CMV IgG reagentes. Foi extubado após onze dias e
transferido para a enfermaria com O2 por ON 3 L/min e SaO2 de 100%. Durante a
internação, familiares relataram história de uso de crack/cocaína e tabaco, corroborando
com a hipótese de hemorragia alveolar secundária à inalação de crack/cocaína
(Síndrome Crack-Lung). O paciente evoluiu com melhora clínica-radiológica, teve alta
hospitalar sem qualquer sangramento.
4. CONCLUSÃO
O abuso disseminado de substâncias com cocaína e o conhecimento das consequências
sistêmicas do seu uso mostram a importância da suspeição de toxicidade aguda na
emergência. A síndrome “Crack Lung” se apresenta com dispneia, hipoxemia e vidro
fosco/consolidação à radiografia de tórax; devendo ser diagnosticada juntamente com a
história clínica e achados broncoscópicos. O tratamento baseia-se em medidas de
suporte, juntamente com tentativa de redução de danos pulmonares agudos com
suplementação de oxigênio e ventilação mecânica quando necessário. Deve-se visar a
prevenção da toxicidade pulmonar crônica com a cessação do uso dessas substâncias,
sendo recomendado encaminhamento desses pacientes para programas de tratamento de
abuso.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Daiane Vargas de Oliveira11
Maria Teresa Aquino Campos Velho12
IMPACTO DA COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS DIFICEIS EM
PEDIATRIA: O QUE A CRIANÇA PODE NOS DIZER SOBRE SEU
ADOECIMENTO
1 INTRODUÇÃO
O câncer pediátrico é a segunda causa de óbito entre crianças com idade de zero e 14
anos, atrás apenas dos acidentes (INCA, 2018). Atualmente, se destaca como a mais
importante causa de óbito nos países em desenvolvimento. Isto talvez se deva às atuais
políticas de prevenção em outras doenças infantis. Na faixa etária pediátrica, o câncer é
definido como toda neoplasia maligna que acomete indivíduos menores de 19 anos. O
diagnóstico de câncer é considerado, pela literatura, uma notícia difícil (ND), ou seja,
aquela comunicação que causará uma mudança brusca e repentina na representação de
vida e futuro de quem a recebe, das pessoas e do contexto que a circunda. A
comunicação de ND, em saúde, com frequência, é vinculada a doenças crônicas e sem
cura, principalmente as oncológicas (PEREIRA, 2005). De acordo com Parker et al.
(2001), o diagnóstico de câncer pediátrico é considerado uma ND devido a associação
da doença a debilitações, tratamentos desfigurantes, dores, perdas de funções e, em
última instância, à morte. Em Pediatria, apesar de existirem trabalhos sobre o grau de
satisfação dos pais com o modo como as ND são transmitidas, o conhecimento sobre as
preocupações e dificuldades das próprias crianças a este respeito é reduzido. Como, para
os mais jovens se esperam, sobretudo boas notícias, a pediatria é, desse modo, uma
especialidade em que as ND estão sujeitas a produzir danos importantes à criança e à
família. Dessa maneira, entende-se ser pertinente e oportuno, compreender de que modo
se pode conhecer as reações e sentimentos da criança ao processo pelo qual passa e,
possivelmente, por meio desse entendimento balizar e buscar diminuir, na prática
clínica, o stress associado aos processos e desfechos negativos de doenças graves em
crianças.
2 MÉTODO
Com objetivo de discutir e compreender as experiências acerca do impacto da
comunicação de notícias difíceis em pediatria realizar-se-á uma pesquisa qualitativa,
descritiva, com crianças em tratamento antineoplásico no serviço de oncologia
pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Será utilizado o critério
de saturação dos dados, para delimitação do número de participantes. A coleta de dados
11 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 12 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH;
será realizada por meio de entrevista semiestruturada conduzida por eixos norteadores e
observação participante. A análise dos dados se dará por meio da análise de conteúdo.
Os princípios éticos serão respeitados, de forma a proteger todos os direitos dos
participantes, com formalização da participação por meio de TCLE.
3 PERGUNTA DE PESQUISA
O câncer pediátrico desencadeia conflitos familiares, sendo uma situação delicada de ser
conduzida, desta maneira a pergunta de pesquisa é: como as crianças compreendem seu
processo de adoecimento e o recebimento de notícias difíceis?
4 HIPÓTESE DE PESQUISA
As crianças compreendem o seu processo de adoecimento, e em grande parte, o que é
receber uma notícia difícil. No serviço de oncologia pediátrica do HUSM, um trabalho
científico desta natureza inexiste. Isso revela a importância de se conhecer, nesse meio,
como ocorrem as comunicações entre equipe, família e paciente pediátrico.
REFERÊNCIAS
1. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativas 2018: Incidência
de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2018. Disponível em:
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/estimativa-2018.pdf. Acesso em: 03 fev.
2018.
2. PARKER , P. A. ; Baile, W. F; Moor, C. ;Lenzi, R. & Kudelka, A. P.
Breaking Bad News About Cancer: Patients ‟Preferences for Communication.
Journal of Clinical Oncology, 19(7), 2049-2056 (2001).
3. PEREIRA, M. A. G. Má notícia em saúde: um olhar sobre a representação dos
profissionais de saúde e cidadãos. Revista Contexto Enfermagem, 14 (1), 33-7
(2005).
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Isabella Klafke Brixner
Andressa Duarte Seehaber
Natália da Silveira Colissi
Luiz Alfredo Zappe Fiori
Mateus Diniz Marques
Aníbal Pereira Abelin
IMPACTO DA TERAPIA DE REPERFUSÃO NO TEMPO DE
INTERNAÇÃO E EVENTOS CARDIOVASCULARES NO IAMCST
1. INTRODUÇÃO
O tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST
(IAMCST) tem como objetivo a reperfusão da coronária culpada por fibrinólise ou
intervenção coronariana percutânea primária (ICPp), porém muitos pacientes não
recebem terapia de reperfusão (TR) preconizada no âmbito do SUS. O tempo de
internação após o tratamento do IAMCST varia conforme a TR utilizada e o impacto da
ausência de TR imediata no tempo de internação é desconhecido no nosso meio.
Comparar a mortalidade, eventos cardiovasculares maiores (ECVM) e o tempo de
internação em pacientes atendidos com IAMCST de acordo com a estratégia de
reperfusão utilizada.
2. METODOLOGIA
Estudo de coorte prospectivo integrante de um estudo piloto de implantação de um
banco de dados multicêntrico de pacientes com IAMCST. Foram incluídos pacientes
internados no Hospital Universitário de Santa Maria com diagnóstico de IAMCST com
<12 horas de duração ou >12 horas na presença de angina persistente, no período de
setembro/2016 a dezembro/2017. Foram avaliadas as características clínicas, tempo de
internação e ECVM durante o período hospitalar. Foram comparados pacientes
submetidos a TR com ICPp ou fibrinólise (grupo 1) com pacientes sem TR (grupo 2).
Comparações entre as variáveis foram realizadas pelo teste do qui-quadrado, teste T e
teste de Mann-Whitney.
3. RESULTADOS
Foram atendidos 106 pacientes com IAMCST, sendo 80 pacientes (74,7%) tratados com
TR (grupo 1) e 26 pacientes (24,5%) sem TR (grupo 2). A idade média foi 61+11,6 anos
e 72,6% eram do sexo masculino. O tempo médio do início dos sintomas até a chegada
ao hospital foi de 5,9+4,5 horas no grupo 1 e 8,9+7,3 horas no grupo 2 (p=0.056). O
tempo de internação foi de 11,1+11,5 dias no grupo 1 e 9,3+ 6,2 no grupo 2 (p=0.21).
Não houve diferença significativa de mortalidade (grupo 1: 7,5%, grupo 2: 13%;
p=0.52) ou na ocorrência de ECVM (grupo 1: 21,2%, grupo 2: 23%; p=0.84).
4. CONCLUSÃO
Os pacientes submetidos a TR não apresentaram diferença significativa no tempo de
internação, número de ECVM e mortalidade se comparados com os pacientes tratados
conservadoramente. A ausência de diferença estatística pode ser explicada pelo pequeno
número de pacientes avaliados, porém o tempo médio de internação ainda excede o
esperado para um grupo de pacientes submetido a terapia de reperfusão. O estudo ilustra
a prática do mundo real em hospital público terciário e reforça a necessidade de
melhorar o acesso a TR nos pacientes com IAMCST.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Andrieli Minello13
Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira 14
Karen Bianchin Spall15
IMPLEMENTAÇÃO DA CONSULTA DE PUERICULTURA EM
ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
1 INTRODUÇÃO
Introdução A puericultura é uma ferramenta que facilita o acompanhamento,
desenvolvimento e crescimento, detendo-se para a prevenção, proteção e promoção da
saúde das crianças. Oportunizando que a mesma cresça de modo saudável, sem
influências desfavoráveis da infância (GUATERIO; IRALA; CEZAR-VAZ, 2012).
Somando-se a isto, sabe-se que o profissional enfermeiro tem capacidade e autonomia
para realização das consultas de puericultura neste âmbito de acompanhamento e
prevenção da saúde das crianças (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). À consulta de
enfermagem em puericultura é resolutiva em problemas relacionados ao aleitamento
materno, candidíase oral, febrículas relacionadas ao nascimento dos dentes, entre outros
(GUATERIO; IRALA; CEZAR-VAZ, 2012). Deste modo, a consulta com o
profissional médico, pode ser direcionada aos casos mais graves, que necessitam dos
cuidados do mesmo.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência após o desenvolvimento do estágio supervisionado
“A” por uma acadêmica do nono semestre do curso de enfermagem da Universidade
Federal de Santa Maria, na unidade básica de saúde da mesma cidade, juntamente da
enfermeira supervisora, realizou a inserção das práticas de consultas de puericultura em
enfermagem, onde utilizou como referência o Ministério da Saúde para a criação de
manuais de orientações acerca das consultas de zero a um ano de idade. As consultas
são realizadas em horário previamente agendado pela enfermeira supervisora.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A partir desta prática, observou-se que, a realização da consulta de puericultura em
enfermagem beneficia as crianças no âmbito da prevenção e promoção da saúde, bem
como favorece o acompanhamento e desenvolvimento propício da infância sadia. Neste
aspecto, percebeu-se também que com a inclusão desta atividade, aliviou a demanda da
médica pediatra, deixando reservado para este profissional, casos mais ponderosos.
13 Acadêmica de enfermagem UFSM; 14 Professora Substituta Departamento de Enfermagem UFSM 15 Enfermeira;
4 CONCLUSÕES
O desenvolvimento desta ação demonstrou que as consultas de puericulturas em
enfermagem é uma prática que favorece o andamento do serviço de saúde, beneficiando
o paciente que por sua vez, recebe um acompanhamento de qualidade proporcionando
qualidade de vida desde a infância. Nota-se que, a consulta de puericultura prestada pelo
profissional enfermeiro é valorizada pelo usuário, favorecendo o reconhecimento deste
profissional.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. BRASI, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de atenção básica. Brasília, DF,
2012.
2. GAUTERIO P. D.; IRALA A. D.; CEZAR-VAZ R. M. Puericultura na
enfermagem : perfil e principais problemas encontrados em crianças menores de
um ano . Rev. Brasileira de Enfermagem, v. 65, n. 3, p.508-13, 2012.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Adriana Brum Lourenço¹
Robson Saldanha Martins²
Vanessa Dalsasso Batista³
Thais Dresch Eberhardt4
Rhea Silvia de Avila Soares5
Suzinara Beatriz Soares de Lima6
INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE
TRATAMENTO INTENSIVO
1 INTRODUÇÃO
Manter a integridade da pele caracteriza-se como algo desafiador para os profissionais
da área da saúde no ambiente hospitalar, principalmente com relação ao idoso. As LP
continuam a ser um problema significativo nos cuidados de saúde, resultando em
sofrimento para o paciente e altos custos para sistemas de saúde. Atualmente, há
evidências de que variações na temperatura da pele podem sinalizar o aparecimento de
LP.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo secundário a um ensaio clínico aberto paralelo randomizado
autocontrolado de superioridade com taxa de alocação 1/1. Uma amostra de 92
pacientes (184 calcâneos) foram inscritos mediante análise pareada de ambos os sítios
cutâneos dos calcâneo; cada paciente recebeu a intervenção experimental (espuma
multicamadas de poliuretano com silicone) e a intervenção controle (filme transparente
de poliuretano - FTP), constituindo um total de 184 sítios cutâneos dos calcâneos para
análise. O estudo foi desenvolvido na unidade de tratamento intensivo de um hospital
universitário do interior do estado do Rio Grande do Sul, no período de julho de 2017 a
março de 2018.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os indivíduos incluídos na pesquisa possuíam idade média de 53,1(16,7) anos, sendo a
maioria (102;72,3%) do sexo masculino. A temperatura média da região sacral foi de
34,5(2,2)ºC, não existindo diferença (p=0,167) entre as temperaturas da região sacral
entre o sexo masculino – 34,7(3,6)ºC e feminino – 33,8(1,1)ºC. Não foi observada
correlação entre a temperatura do ambiente (p=0,112); a umidade do ambiente
(p=0,109); a idade e a temperatura (p=0,929) da região sacral.
4 CONCLUSÕES
A temperatura média da pele na região sacral em indivíduos sem risco de desenvolver
lesão por pressão, hospitalizados em unidade de internação cirúrgica é 34,5ºC; não há
diferença na temperatura da pele entre os sexos; não existe correlação entre a
temperatura do ambiente e a temperatura da pele, umidade do ambiente e temperatura
da pele, nem idade e temperatura da pele.
REFERÊNCIAS
1. Planejamento como processo dinâmico: a importância do estudo piloto para
uma pesquisa experimental em linguística aplicada. Revista Intercâmbio.
Disponível em:
<https://revistas.pucsp.br/index.php/intercambio/article/view/10118>. Acesso em:
13 out. 2017.
2. O espaço do diálogo na pesquisa em enfermagem: relato de experiência sobre
a fase da coleta de dados. Rev. Texto Contexto Enferm. Florianópolis. Disponível
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010407072007000400022&script=sci_a
bstract&tlng=pt >. Acesso em: 13 jul. 2017.
3. Developing and validating a tablet version of an illness explanatory model
interview for a public health survey in Pune, India. PLoS One. Disponível em:
< https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0107374>.
Acesso em: 13 jul. 2017.
4. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do
envelhecimento. Rev. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 12, n. 4, p. 189-
201, 2003. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v12n4/v12n4a03.pdf
>. Acesso em 05 julho 2017.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Caroline Oliveira Corrieri1
Juliana Ebling Brondani1
Silvia Cercal Bender1
Anamarta Sbeghen Cervo2
Beatriz Silvana da Silveira Porto3
Ivo Roberto Dorneles Prolla3
INDICADORES DA QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA–HUSM
1 INTRODUÇÃO
Nutrição enteral por sonda é indicada para indivíduos com dificuldades em deglutir, ou
quando não conseguem atingir 70% das necessidades nutricionais diárias1. A Terapia
Nutricional (TN) é uma ferramenta importante para garantir uma adequada oferta de
nutrientes aos pacientes, e sua qualidade deve ser monitorada. As intercorrências com a
sonda, e a ocorrência de diarreia, expressam, em números, indicadores de qualidade4.
Além destes, no HUSM, o tipo de peso utilizado para os cálculos dos requerimentos
nutricionais também é considerado um indicador de qualidade.
O conhecimento e a monitorização dos indicadores se faz importante pois norteiam as
ações corretivas em casos de inconformidades.
O objetivo deste estudo foi analisar os indicadores de qualidade em pacientes em TN
por sonda no HUSM.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo. Os pacientes
encontravam-se internados nas seguintes Unidades: Terapia Intensiva, Cardiovascular
Intensiva, Pronto Socorro, Nefrologia, Psiquiatria Paulo Guedes, Cirurgia Geral, Clínica
Médica I e II, Sala de Recuperação Anestésica e de Recuperação Intermediária.A coleta
de dados deu-se a partir das “Notas de Alta da Terapia Nutricional”, no período de
janeiro a julho de 2018, sendo coletados dados quanto: 1) Tipo de peso (medido;
estimado; referido/usual); 2) Intercorrências com a sonda (saída ou obstrução); e 3)
Frequência de diarreia durante a TN3.
___________________
1Nutricionistas EMTN- EBSERH/HUSM; 2Enfermeira EMTN- EBSERH/HUSM; 3Médicos EMTN- EBSERH/HUSM.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram avaliados 390 pacientes. Em 36,9% o peso utilizado para os cálculos nutricionais
foi o medido, mas em 58,2% estes cálculos foram baseados em pesos estimados ou
referidos/usual. Este fato pode ter ocorrido devido ao perfil clínico – cirúrgico dos
pacientes que impediu a aferição do peso, ou por outros fatores como falta de
equipamentos apropriados.As intercorrências com a sonda (saída ou obstrução) ocorreu
em 31,5% dos pacientes. A literatura indica que para “saída acidental da sonda” a
frequência deveria ser inferior a 10%, e para “obstrução”, inferior a 5%. Em nossos
registros, como essas intercorrências não foram mensuradas separadamente,
consideramos ambas sob a mesma denominação “intercorrências com a sonda”, e
utilizamos como meta frequência inferior a 10%. Nossos resultados estão bem acima da
meta considerada. Assim, os cuidados para a manutenção da sonda no seu sítio, bem
como sua permeabilidade necessitam ser reavaliados.Quanto à ocorrência de diarreia,
observamos frequência de 13,6%. Este indicador está próximo ao recomendado pela
literatura: inferior a 10%. Há diferentes etiologias para a diarreia, principalmente o uso
de antibióticos. Porém, muitas vezes a dieta é erroneamente responsabilizada e
interrompida determinando prejuízos nutricionais ao paciente. Neste estudo, nossos
dados não permitiram definir com precisão as causas da diarreia.
4 CONCLUSÕES
Concluiu-se que são necessárias medidas que possibilitem a pesagem dos pacientes em
TN, em especial aqueles que se encontram acamados ou em isolamento. Além disso,
sugere-se a revisão dos processos para a manutenção da integridade e localização das
sondas de alimentação. Por outro lado, a frequência de diarreia está dentro de valores
considerados aceitáveis para um hospital de grande porte.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1.Cervo AS. Eventos adversos em terapia nutricional enteral [Dissertação]. Santa
Maria (RS): Universidade Federal de Santa Maria; 2013. 93 p.
2.Waitzberg DL. Indicadores de qualidade em terapia nutricional. São Paulo: ILSI
Brasil,2010.
3.Waitzberg Dan L. Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional. São Paulo:
ILSI Brasil; 2008.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Letícia Gardin16
Laís Ferreira17
Eliara Pinto Vieira Biaggio18
INFLUÊNCIA DO GÊNERO NAS RESPOSTAS DO POTENCIAL
EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO COM
DIFERENTES ESTÍMULOS
1 INTRODUÇÃO
O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é um
procedimento eletrofisiológico considerado o padrão-ouro no diagnóstico da integridade
do nervo auditivo e das vias auditivas do sistema nervoso central na população neonatal.
Para a captação das respostas desse potencial pode ser utilizado diferentes estímulos
acústicos.
2 MÉTODO
Esta pesquisa é do tipo transversal e quantitativa e foi aprovada pelo Comitê de
Ética em Pesquisa sob o número 23081.032787/2017-78 e pela Gerência de Ensino e
Pesquisa do Hospital Universitário de Santa Maria. Participaram deste estudo 62
neonatos nascidos a termo sendo 29 do gênero feminino e 33 do gênero masculino. A
amostra foi subdividida em dois grupos. Assim, 30 neonatos realizaram o potencial por
meio dos estímulos clique e iChirp BL, enquanto 32 neonatos realizaram os estímulos
Tone Burst e IChirp FE. Todos os estímulos foram apresentados utilizando a polaridade
rarefeita, com taxa de apresentação de 27,7 estímulos/s, filtro passa banda de 100 a
3000 Hz, ganho de 100k, janela de 24 ms e duas varreduras de 2048 estímulos. Os
estímulos foram pesquisados nas intensidades de 60, 40 e 20 dB Nhl e os estímulos
Tone Burst e IChirp FE nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz. Para comparar os
valores de latência absoluta e amplitude com os estímulos Click e IChirp BL utilizou-se
o teste de ANOVA, enquanto para os estímulos Tone Burst e IChirp FE utilizou-se o
teste T-Student
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados obtidos demonstraram que a variável gênero não apresentou diferença
estatisticamente significante para os valores de latência e amplitude quando utilizado o
estímulo IChirp BL; Entretanto, no estímulo Click, o gênero feminino apresentou menor
latência em duas intensidades e maior amplitude em uma, sendo esses dados
16 Bolsista IC- HUSM 17 Mestranda pelo PPGDCH 18 Professora Adjunta do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa
Maria
estatisticamente significantes. Para o estímulo Tone Burst, o gênero feminino apresentou
maior latência e maior amplitude na frequência de 4000Hz, nas intensidades de 60 dB
nHL e 40 dB nHL com diferença estatisticamente significante. Já para o estímulo
IChirp Frequência Específica verificou-se diferença estatisticamente significante maior
latência do gênero feminino apenas para a frequência de 1000Hz, na intensidade de 20
dB nHL. Alguns estudiosos concluem que há diferenças entre os gêneros outros não
evidenciaram diferenças. Quanto ao estímulo Click, pesquisas apontam que o tempo de
viagem da onda sonora na membrana basilar é mais curto no gênero feminino,
ocasionando menor latência da onda V e corroborando com os resultados do presente
estudo. Para o registo com os estímulos de frequência específica as pesquisas relatam
que não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os gêneros.
4 CONCLUSÕES
Concluiu-se que em neonatos nascidos a termo, foram encontradas discretas
diferenças em relação a latência e amplitude da onda V, nos estímulos analisados, para a
comparação entre os gêneros. Assim, tais diferenças não são foram consideradas
relevantes clinicamente. Assim, tais diferenças não são foram consideradas relevantes
clinicamente. Destaca-se a contribuição deste estudo para a prática clínica, visto que
estes achados são uma apresentação de valores de referência para latência e amplitude
da onda V do PEATE, com diferentes estímulos, para ambos os gêneros.
REFERÊNCIAS
1. SININGER, Y. S.; CONE-WESSON, B. Lateral asymmetry in the ABR of
neonates: evidence and mechanisms. Hear Res. v. 212, n. 1-2, p. 203-211,
2006.
2. CAVALCANTE, J. M. S. Registro dos Potenciais Evocados Auditivos de
Tronco Encefálico por estímulos click e tone burst em recém nascidos a
termo e pré-termo. Dissertação. Ribeirão Preto, 2010.
3. ROSA, B. C. da S.; CESAR, C. P.; CABRAL, A.; SANTOS, M.; SANTOS, R.;
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com estímulos clique e
Ichirp. Distúrb. Comun, São Paulo. 30 (1). 52-59. Março, 2018.
4. LEE CY, HSIEH TH, PAN SL, HSU CJ. Thresholds of tone burst auditory
brainstem responses for infants and young children with normal hearing in
Taiwan. J Formos Med Assoc. Oct;106(10):847-53, 2007
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Amanda Nunes da Rosa19
Adriana Brum Lourenço 1
Cassia Ribeiro Reis1
Marcella Gabrielle Betat1
Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira2
Suzinara Beatriz Soares de Lima3
INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM
ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Bolsas de Iniciação Científica (BIC), destinadas aos alunos de graduação, surgiram
efetivamente no Brasil em 1951, quando o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) foi definitivamente criado pela Lei nº 1.310
(PEREIRA, 2004), três décadas depois o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica – PIBIC foi criado com o intuito de desenvolver uma proposta de quotas
institucionais de bolsas de Iniciação Científica (IC) (PEREIRA, 2004), tornando
possível que a Enfermagem brasileira tenha acesso a pesquisa através das mesmas.
Segundo Alacoque, as bolsas disponibilizadas para a área da Enfermagem ainda não são
suficientes visto que a IC deveria ser prioridade dos estudantes de graduação, pois assim
oportunizaria a formação de um profissional com horizonte mais amplo para pesquisa e
com valores éticos com desenvolvimento constante do aprendizado de novas técnicas
que poderão ser abordas no cotidiano da Enfermagem. O objetivo deste trabalho é
mostrar a perspectiva de uma acadêmica de Enfermagem sobre a importância de ser
bolsista de IC durante a graduação de Enfermagem.
2 MÉTODO
Trata-se de um Relato de Experiência da perspectiva de uma graduanda do curso de
Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria acerca do programa de Iniciação
Científica.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A IC mudou a forma com que a acadêmica de Enfermagem via os métodos e técnicas
utilizados durante a prática acadêmica, visto que, com a participação em projetos de
pesquisa, a mesma sentiu-se desafiada a buscar novos métodos e coloca-los em prática,
tornando a experiência acadêmica diferenciada. A IC também proporcionou um
conhecimento mais amplo da área de atuação do grupo que a acadêmica participa, já
que pretende continuar o desenvolvimento do seu Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) nesta perspectiva. Com o intuito de aprender e colaborar com a produção
19 Graduação em Enfermagem UFSM;
científica do grupo de pesquisa, torna-se relevante que os alunos da graduação em
Enfermagem tenham a oportunidade de poder participar como ICs em projetos de
pesquisa, em produção de artigos e em organização de eventos científicos,
proporcionando o incentivo na busca pela caminhada acadêmica.
4 CONCLUSÕES
Portanto é de suma importância que os acadêmicos de Enfermagem possam ter contato
com o mundo da pesquisa durante a graduação para que desta forma possam auxiliar
seus colegas de grupo na produção científica, afim de agregar conhecimento e
desenvolvimento de novas pesquisas na área da Enfermagem.
REFERÊNCIAS
1. ALACOQUE, Lorenzini Erdmann. et al. Vislumbrando o significado da
iniciação científica a partir do graduando de enfermagem. Escola Anna Nery
Revista de Enfermagem, vol. 14, núm. 1, janeiro-março, 2010, pp. 26-32 Universidade
Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Brasil. Disponível em:
http://www.redalyc.org/pdf/1277/127712632005.pdf. Acesso em: 10 out. 2018
2. PEREIRA, Elisabete Monteiro De Aguiar; BRIDI, Jamile Cristina Ajub. A
iniciação científica na formação do universitário. 2004. Disponível em:
http://www.bdae.org.br/bitstream/123456789/1205/1/tese.pdf. Acesso em: 10 out.
2018.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Gabriela Bauhmart Secretti20
Rosana Niederauer Marques 21
INSERÇÃO DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA FACILITAR A
APRENDIZAGEM ESCOLAR ATRAVES DA CAPACITAÇÃO DE
PROFESSORES
1 INTRODUÇÃO
A psicomotricidade é a área da psicologia que estuda as relações mútuas entre
psiquismo e motricidade e que juntas totalizam a personalidade de um indivíduo. A
motricidade é caracterizada como o conjunto de expressões corporais, gestuais e
motoras que irão expressar a linguagem não verbal e não simbólica do psiquismo
humano. A estimulação psicomotora e aprendizagem são elementos das funções
cerebrais, que juntas geram um maior número de sinapses interneurais. A criança tem
seu desenvolvimento influenciado diretamente pelas atividades e experiências
vivenciadas no seu cotidiano, ou seja, uma criança aprende quando adquire experiência
para resolver tarefas, usando seu conhecimento e habilidades adquiridas no decorrer do
processo de aprendizagem. Os primeiros anos da idade escolar é a fase em que ocorrem
ganhos e aperfeiçoamento de habilidades motoras, os quais geram combinações de
movimentos, dando à criança a possibilidade de assumir diferentes posturas e
locomover-se de diversas maneiras. Neste período são estabelecidas as habilidades
motoras globais e finas para posteriormente desenvolver a coordenação, essencial para
as posteriores habilidades. Com o presente trabalho, tem-se como objetivo estabelecer
a relação entre saúde e educação, através da capacitação de professores regentes de
classe, que ministram aulas para o 3º ano do ensino fundamental de uma escola
municipal, visando promover a aplicação de um protocolo de atividades psicomotoras
às crianças, voltado a facilitar a aprendizagem escolar.
2 MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa prospectiva, de caráter quali-quantitativo. O estudo envolverá
alunos de duas turmas de 3º ano, com idades entre 8 e 10 anos, ambos os sexos, de uma
escola municipal de ensino fundamental, João Frederico Savegnago – Silveira Martins e
as professoras regentes das classes. As mesmas serão capacitadas para aplicar um plano
de atividades psicomotoras, 3 vezes na semana, durante o período de aula, com três
interventos de atividade psicomotora, em intervalos da administração dos conteúdos
programáticos previstos por cada docente. Os custos de materiais para as atividades são
de responsabilidade das pesquisadoras.
20 Graduanda do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; 21 Professora adjunta do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria –
UFSM;
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dentre os fatores que estimulam a aprendizagem infantil, a literatura apresenta vasta
demonstração acerca da influência direta da estimulação psicomotora como fator que
predispõe esta aquisição. Estudos demonstram que os professores regentes de classe,
principalmente das classes mais precoces, como o 3º ano do ensino fundamental, estão
em contato diário com estas crianças em idades que variam entre 8 e 10 anos. A
literatura reforça a importância do estímulo corporal para facilitar a aprendizagem
escolar. Traz também que, a intervenção precoce da fisioterapia na fase escolar tem por
objetivo auxiliar na integração psicomotora e na aprendizagem para restabelecer a
funcionalidade do movimento através de experiências motoras já adquiridas e promover
interação com o meio social.
4 CONCLUSÕES
Considera-se que uma pesquisa desse teor, desenvolvida em escolas, é de extrema
relevância sob vários aspectos, porém deve-se apontar para a importância do
conhecimento acerca do desenvolvimento estrutural e funcional da criança, pelo
professor regente de classe, o que pode vir a auxiliar na evolução da ciência da
educação.
REFERÊNCIAS
1. FONSECA, V. Psicomotricidade: uma visão pessoal. Construção
Psicopedagógica, São Paulo, v. 18, n. 17, p. 42-52, 2010.
2. FONSECA, V. Manual de observação psicomotora: significação
psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artmed, 1995.
3. KOLYNIAK FILHO, C. Motricidade e aprendizagem: algumas implicações para
a educação escolar. Construção Psicopedagógica. São Paulo, v. 18, n.17, p. 53-
66, 2010.
4. MARQUES, R.N.; PETERMANN, X.B.; LÜDKE, E. Relações entre
motricidade e aprendizagem na educação infantil e contribuições da fisioterapia.
Vivências v. 13, n. 24, p.400-410, maio/2017.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores: Débora Luiza dos Santos22
Caroline Zottele 23
Liliane Souto Pacheco24
Tania Solange Bosi de Souza Magnago25
Patrícia Prevedello26
Danise Bertoncheli27
INSERÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA NO
PROJETO COLABORATIVO “MELHORANDO A SEGURANÇA DO
PACIENTE EM LARGA ESCALA NO BRASIL”
1 INTRODUÇÃO
Desde 2004, quando foi lançado o Programa de Segurança do Paciente da Organização
Mundial da Saúde, mais de 140 países têm trabalhado para enfrentar os desafios dos
cuidados. Segundo dados do 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil
(COUTO et al, 2018), hospitais públicos e privados registraram, em 2017, seis mortes, a
cada hora, decorrentes dos chamados eventos adversos graves, de erros, falhas
assistenciais, processuais ou infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), entre
outros fatores. Inserido neste contexto, torna-se fundamental a adoção de políticas e
programas de segurança do paciente com direcionamento para as populações de maior
risco e eventos adversos graves mais prevalentes.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência sobre a participação do Hospital Universitário de
Santa Maria (HUSM), no projeto colaborativo “Melhorando a Segurança do Paciente
em Larga Escala no Brasil”.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O projeto faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS
(PROADI-SUS) em parceria com os cinco hospitais de excelência, que são: Hospital
Alemão Osvaldo Cruz (SP); Hospital do Coração (SP); Hospital Israelita Albert
Einstein (SP); Hospital Sírio Libanês (SP) e o Hospital Moinhos de Vento (RS). Tem
22 Unidade de Vigilância em Saúde da GAS/HUSM/EBSERH; 23 Unidade de Vigilância em Saúde da GAS/HUSM/EBSERH; 24 Chefia da Unidade de Vigilância em Saúde da GAS/HUSM/EBSERH; 25 Docente do Departamento de Enfermagem da UFSM;
26 Unidade de Terapia Intensiva da GAS/HUSM/EBSERH; 27 Unidade de Terapia Intensiva da GAS/HUSM/EBSERH;
como objetivo, prover o suporte técnico e metodológico para que os hospitais
participantes possam implementar ou melhorar o seu desempenho na segurança do
paciente por meio da adoção de diretrizes de práticas seguras, nas Unidades de
Tratamento Intensivo, para prevenção de infecção primária da corrente sanguínea
associada à cateter venoso central (IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado à
cateter vesical de demora (ITU-AC) e pneumonia associada à ventilação mecânica
(PAV), alcançando uma redução de 50% da incidência dessas infecções em UTIs em até
3 anos. O HUSM foi pré-selecionado pelo Ministério da Saúde, junto com outras 119
instituições de saúde do país. Na UTI Adulto, foi elaborado um Quadro de
Aprendizagem Organizacional, que informa sobre o projeto, objetivos, integrantes da
equipe de melhoria e a metodologia utilizada. Este, permite à equipe da unidade e à
liderança implementar os mecanismos de acompanhamento do projeto, a fim de garantir
que as ações e as mudanças sejam implementadas de acordo com o planejado. Em curso
desde 2017, este já conseguiu promover uma redução de 23% no total de casos de IRAS
contabilizados nos 119 hospitais públicos.
4 CONCLUSÕES
O projeto implantado está qualificando a equipe multiprofissional, visando a prevenção
de IRAS, redução do tempo de internação e morbi-mortalidade, otimizando a utilização
de insumos e consequente redução das despesas hospitalares.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. COUTO, Renato Camargos et al. 2º Anuário de Segurança Assistencial
Hospitalar no Brasil. Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, 2018.
Disponível em: < https://www.iess.org.br/cms/rep/Anuario2018.pdf> Acesso
em: 05 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Vanessa S. Taschetto¹
Ana Aparecida de O. Kipp1
Bárbara C Dutra1
Fabiana L. Silva 1
Francieli P. Sperandei1
Núbia B.Cunha2
INTENSIDADE DE DEPRESSÃO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE
PACIENTE COM MIELITE TRANSVERSA: UM ESTUDO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
A Mielite Transversa (MT) é uma patologia inflamatória e desmielinizante a qual afeta
a medula espinal focal, resultando em disfunções autonômica, sensitivas e motoras
(PANDIT, 2009). A incidência estimada é de 1-4 casos por milhão de habitante por ano
(VERGARA et al., 2004). A MT pode sobrevir após uma síndrome infecciosa, pós-
vacinal, paraneoplásica, associada a alterações vasculares e idiopáticas (WALID et al.,
2008). Não existe na literatura predisposição sexual ou familiar. Os objetivos deste
estudo foi avaliar a medida de depressão e mensurar a independência funcional de uma
paciente com Mielite Transversa.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo do tipo relato de caso, no qual participou uma paciente, do sexo
feminino, 14 anos de idade, atendida pela disciplina de Estágio em Fisioterapia
Ambulatorial II (ULBRA/SM), diagnosticada a cerca de um ano e meio com MT. Os
instrumentos utilizados foram o “Inventário de Depressão de BECK” para avaliar a
medida de intensidade depressão e a “Medida de Independência A MIF é composta por
18 questões cada questão pode variar de 1-7 pontos, apresenta quatro domínios.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A paciente apresentou o seguinte resultado no Inventário de depressão de BECK 13
pontos. Os 13 pontos no inventário correspondem a depressão leve.Na MIF um total de
70 pontos que representa dependência modificada.O presente estudo corrobora com os
relatos trazidos por Silva 2004, que os pacientes referem preocupação com a
deambulação, apontado essa funcionalidade como condição para a interação social. As
dificuldades motoras os tornam com sentimentos de impotentes para si e para os outros.
4 CONCLUSÕES
A depressão leve da paciente pode estar relacionada com a dependência modificada, a
qual necessita de assistência nas tarefas de até 25 % que as não tornam com sentimento
de impotência para si e para os outros.
REFERÊNCIAS
1. PANIT,Leka. Transverse myelitis spectrum disorders. Department of
neurology,KS Hegde Medical Academy, Mangalore, India, 2009.
2. Silva, LCA. A reinvenção da sexualidade masculina na paraplegia adquirida [Tese].
São Paulo. Universidade de São Paulo. 2004.
3. VERGARA e, Bucello I, Garcia – Santiago J. Expósito R, Pérez A, Benito M.
Mielitis transversa em inmunocompetentes. An Pediatr, 2004.
4. WALID, M.Sami et.al. Subacute transverse myelitis with Lyme profile
dissociation. German Medical Science,2008
ÁREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores: Lenise Selbach28
Simone Rodrigues de Sousa29
Sandra Regina Sallet30
Denise Pasqual Schimidt31
INTERFACES DA PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL:
EXPERIÊNCIAS NO SUPORTE FAMILIAR DE CRIANÇAS E/OU
ADOLESCENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO
1 INTRODUÇÃO
O termo câncer infantil abrange um conjunto de doenças caracterizadas pelo
crescimento descontrolado de células anormais, sendo que as leucemias, tumores do
sistema nervoso central e linfomas são consideradas as mais frequentes na infância. Para
realizar o tratamento, a criança e/ou adolescente necessita de frequentes internações
hospitalares, quimioterapia, consultas médicas e multiprofissionais, bem como conviver
com outros sujeitos e seus familiares em processo semelhante. Essa vivência pode
despertar medo, sensação de impotência, dor e a incerteza quanto ao futuro, tornando-se
um estressor importante no que diz respeito ao sistema familiar. Assim, objetiva-se
neste estudo, relatar as experiências de intervenções da psicologia e do serviço social no
suporte familiar de crianças e adolescentes em tratamento oncológico.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, cujas reflexões partem do cotidiano de
atendimento às crianças e adolescentes, bem como suas famílias, em um serviço de
Oncologia Pediátrica de um Hospital público no interior do Rio Grande do Sul.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Desde a primeira internação é disponibilizado aos pacientes e familiares o
acompanhamento psicológico e social, a fim de avaliar as necessidades do sistema
familiar e de cada sujeito. São realizados atendimentos individuais por núcleo
profissional, bem como intervenções psicossociais conjuntas entre psicologia e serviço
social conforme as necessidades observadas e a aceitação dos sujeitos. A partir desses
atendimentos, corrobora-se com a ideia de que as famílias possuem diferentes
configurações, ou seja, o conjunto de membros que compõem o núcleo familiar é
variável. Além disso, a forma com que interagem depende de fatores biológicos, legais,
significados da convivência, parentesco, coabitação e afinidade. Observa-se que são
famílias oriundas de outros municípios e que permanecem em casas de apoios durante o
28 Psicóloga Residente do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia; 29 Assistente Social Residente do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na
Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia; 30 Psicóloga Hospitalar no Hospital Universitário de Santa Maria e Preceptora de núcleo do Programa de Residência
Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia; 31 Assistente Social no Hospital Universitário de Santa Maria e Preceptora de núcleo do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia.
período de tratamento. Além disso, necessitam de afastamento laboral e do convívio
com a família extensa ou mesmo de integrantes da família nuclear (filhos e cônjuge).
Isso remete a necessidade de reorganização familiar, que pode vir acompanhada de
preocupação com o membro doente e com os demais que permanecem distantes,
sobrecarga emocional, além de sentimentos como abandono, culpa e outros. Por vezes,
pode desencadear conflitos no período ou intensificar os já vivenciados anterior ao
adoecimento. Em contrapartida, também há casos em que os vínculos familiares são
fortalecidos de forma adaptativa a partir da experiência.
4 CONCLUSÕES
O trabalho com famílias de crianças e adolescentes em tratamento oncológico exige
postura compreensiva sobre como se dão as relações entre seus membros, avaliando as
fragilidades e potencialidades de cada núcleo familiar. Identificar estes aspectos no
início do tratamento constitui elemento fundamental para o planejamento de ações mais
eficazes de apoio aos familiares/cuidadores da criança e/ou adolescentes em tratamento
oncológico. A família deve ser incluída no planejamento e implementação dos cuidados,
tendo em vista que a disponibilidade de certos recursos materiais, sociais e psicológicos
pode ter um papel crucial na organização e efetividade dos cuidados.
REFERÊNCIAS
1. CARTER, Betty; MCGOLDRICK, Monica. As mudanças no ciclo de vida
familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artmed, 1995.
2. MELO, Mônica Cristina Batista de; et al. O funcionamento familiar do paciente
com câncer. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, vol. 18, n. 1, pp. 73-89, abr. 2012.
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v18n1/v18n1a07.pdf>. Acesso em 10
de nov. de 2018.
3. MENEZES, Catarina Nívea Bezerra et al. Câncer infantil: organização familiar e
doença. Rev. Mal-Estar Subj, Fortaleza, 2007, vol.7, n.1, pp. 191-210. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-
61482007000100011>. Acesso em 10 de nov. de 2018.
4. NICHOLS, Michael P. Terapia familiar: conceitos e métodos. 7 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
5. SILVEIRA, Raquel dos Anjos; OLIVEIRA, Isabel Cristina dos Santos. O
cotidiano do familiar/acompanhante junto da criança com doença oncológica durante a
hospitalização. Revista Rene, Recife, 2011, vol. 12, n. 3, pp. 532-539. Disponível em
<http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/4278/3298>. Acesso em 10 de nov. de 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Cassia Ribeiro Reis32
Suzinara Beatriz Soares de Lima33
Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira 34
Thaís Dresch Eberhardt4
Rhea Silvia de Avila Soares5
Paulo Jorge Pereira Alves6
LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES CIRÚRGICOS: PRODUÇÃO
ACADÊMICA BRASILEIRA
1 INTRODUÇÃO
O número de pessoas com lesão por pressão (LP), no Brasil, não é conhecido. No
entanto, há um crescente número de pessoas com LP, devido à mudança no perfil
epidemiológico da população. No que se refere aos pacientes cirúrgicos, é preciso
considerar que, durante o período intraoperatório, estes estão expostos a condições
favoráveis para o desenvolvimento de LP. (NPUAP/EPUAP/PPPIA, 2014). Com base
nisso, objetiva-se analisar a produção (teses e dissertações) brasileira sobre lesões por
pressão em pacientes cirúrgicos.
2 MÉTODO
Trata-se de estudo bibliométrico com abordagem quantitativa. A busca das produções
foi realizada em setembro de 2018 na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e
Dissertações (BDTD), na base de dados Literatura Latino-Americana em Ciências da
Saúde (LILACS) e nos Catálogos de Dissertações e Teses do Centro de Estudos e
Pesquisas em Enfermagem (CEPEn) da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn).
Foram incluídas as teses e dissertações produzidas em programas de pós-graduação no
Brasil sobre o tema, publicadas até 2017.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram selecionadas 19 produções, em que foi possível observar que seis estudos
(31,6%) abordam as LPs exclusivamente em pacientes cirúrgicos, apontando que a
32Acadêmica de enfermagem da UFSM, bolsista PROBIC. 2Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Associada do Departamento de Enfermagem da UFSM. Chefe da Divisão de Enfermagem do HUSM. 3Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSM. 4Mestre em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Bolsista Demanda Social CAPES
5Mestre em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria, professora Colégio Politécnico 6Doutor em Enfermagem,
Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da SaúdePorto, Portugal
pesquisa exclusivamente com estes pacientes não é uma tendência das produções da
pós-graduação brasileira. Identificou-se que as produções sobre a temática iniciaram em
2002 abordando os seguintes assuntos: gerenciamento de enfermagem; conhecimento e
educação; fatores de risco, incidência e prevalência, prevenção, fatores prognósticos e
avaliação e tratamento. Quanto à abordagem metodológica, observou-se que a tendência
da produção é quantitativa, tendo início de pesquisas mistas e qualitativas em 2011.
Pode ser constatada a tendência (94,7%), quanto ao uso da denominação “úlcera por
pressão”, e que em 2016 o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), adotou
nova definição e classificação para este tipo de lesão, denominando-a de “lesão por
pressão” (NPUAP, 2016). Apesar de duas importantes associações brasileiras de
enfermagem na área, a Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) e da
Associação Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (SOBENDE) terem traduzido a
publicação da NPUAP e adotado a nova definição e classificação (CALIRI et al., 2016),
a adoção do termo lesão por pressão (em inglês pressure injury) está em discussão entre
diversos expertises da área internacionalmente. (AYELLO et al., 2018; GEFEN, 2017;
MCINERNEY; MORRISON, 2016; SALCIDO, 2016; WEBB, 2017a; 2017b).
4 CONCLUSÕES
Das 19 produções selecionadas, apenas 31,6% abordam as LP exclusivamente em
pacientes cirúrgicos, apontando uma lacuna na pós-graduação brasileira. Observou-se
como tendências da produção do conhecimento sobre LP em pacientes cirúrgicos:
aumento da produção ao longo do tempo, direcionados a estudos quantitativos
observacionais, usando a nomenclatura “úlceras por pressão”. A partir disso,
identificou-se que o estudo da prevenção de LP em pacientes cirúrgicos e os estudos
experimentais e de intervenção, além dos estudos qualitativos, são ainda escassos, mas
importantes para o conhecimento produzido em programas de pós-graduação no Brasil.
Descritores: Enfermagem; Assistência Perioperatória; Lesão Por Pressão; Revisão;
Bibliométrica.
REFERÊNCIAS
1- AYELLO, E. A. et al. Survey Results from the Philippines: NPUAP Changes in
Pressure Injury Terminology and Definitions. Advances in skin & wound care, v. 31,
n. 1, p. 601-6, 2018.
2- GEFEN, A. Time to challenge the continued use of the term ‘pressure ulcer’? British
Journal of Nursing, London, v. 26, n. 15, S21-22, 2017.
3- MCINERNEY, J.; MORRISON, T. Can We Talk?: Implementing the NPUAP
pressure injury changes. Ostomy Wound Management, v. 62, n. 10, 2016.
4- NPUAP/EPUAP/PPPIA – National Pressure Ulcer Advisory Panel, European
Pressure Ulcer Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention
and Treatment of Pressure Ulcers: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.).
Cambridge Media: Osborne Park, Australia, 2014.
5- SALCIDO, R. From Pressure Ulcers to ‘‘Pressure Injury’’: Disambiguation and
Anthropology. Advances in skin & wound care, v. 29, n. 7, p. 295, 2016.
6- WEBB, R. From decubitus ulcers to pressure injury: what is in a name? Journal of
Wound Care, London, v. 26, n. 1, p. 3, 2017a.
7- ______. Pressure ulcer over pressure injury. British Journal of Nursing, London, v.
26, n. 6, S4, 2017b.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Carolina Gross Sostizzo35
Renatha Araújo Marques36
Luísa Soares Capa37
Cid Gonzaga Gomes38
Ricardo Souza Heinzelmann39
LIGA MULTIDISCIPLINAR DE SAÚDE DA FAMÍLIA E DE SAÚDE
COLETIVA - COMUM UNIDADE
DESCRITORES: saúde coletiva, saúde da família, liga acadêmica, comunicação
interdisciplinar
INTRODUÇÃO
As Universidades têm como tripé o ensino, a pesquisa e a extensão. Contudo, a
quantidade de conhecimento aumenta anualmente, sendo difícil manter a grade
curricular atualizada. Objetivando preencher tal lacuna e atuar como um projeto de
extensão que propicie interação entre ensino, serviço e comunidade, foi fundada a Liga
Multidisciplinar de Saúde da Família e Saúde Coletiva (Comum Unidade), vinculada ao
Departamento de Saúde Coletiva, registrada Projeto de Ensino em 2017. A Comum
Unidade apresenta como principais objetivos a formação acadêmica com qualificação
multiprofissional e a união de estudantes em prol da compreensão adequada da relação
saúde-doença.
MÉTODO
A liga se organiza a partir de quatro eixos: Organização, Saúde do Estudante,
Ocupação Vila Resistência (apoiar a ocupação urbana e seu acesso a serviços de saúde)
e Conselho Municipal de Saúde. A atuação de cada membro é dividida neles, com
enfoque multidisciplinar e integrativo. Os discentes membros da Liga participam de
encontros semanais, com dois momentos: uma formação, acerca de uma temática
específica, e os repasses do andamento de cada eixo. Trimestralmente, ocorrem
encontros para realização do planejamento, avaliação e crítica das ações realizadas.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A Liga compreende a realização de formações interdisciplinares com ênfase no
intercâmbio de vivências entre os membros e demais integrantes da área da saúde.
Como resultado, temos a divisão nos quatro eixos de atuação, que possibilitam a
35 Curso de Medicina - UFSM 36 Curso de Medicina- UFSM 37 Curso de Medicina - UFSM 38 Curso de Fisioterapia - UFSM 39 Professor do Departamento de Saúde Coletiva - UFSM
expansão de nosso trabalho para além da Universidade, mantendo o propósito
educacional, a promoção de saúde e a educação em saúde. Segundo a lei 9394, de 1996,
“educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na convivência
humana, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações
da sociedade civil e nas manifestações culturais”, sendo isso o cerne de nossa atuação.
CONCLUSÕES
Através do protagonismo e da autonomia discente, e do tripé da Universidade, as
ligas acadêmicas possibilitam a formação diferenciada em saúde, antecipam a inserção
de seus participantes nos campos de atuação e preenchem as lacunas de conhecimento
da graduação. A Comum Unidade visa ao crescimento com base nas diferenças de visão
e na contribuição de diferentes cursos, pois dividimos experiências que poucos espaços
proporcionam. Com as formações, crescemos enquanto Liga, e, por meio dos eixos,
podemos retribuir à sociedade aquilo que construímos.
REFERÊNCIAS
1. Brasil. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil. Brasília, 20 dez. 1996
2. CAVALCANTE, Ana Suelen et al . As Ligas Acadêmicas na Área da Saúde:
Lacunas do Conhecimento na Produção Científica Brasileira. Rev. bras. educ.
med., Brasília , v. 42, n. 1, p. 199-206, jan. 2018
3. BONIN, João Eliton et al. Liga Acadêmica de Medicina de Família e
Comunidade: Instrumento de Complementação Curricular. Rev. APS; Juiz de
Fora, v. 14, n. 1, p. 50-57, jan/mar. 2011
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Roger de Ávila Querino Vieira 1
Maria da Graça Caminha Vidal 2
Melissa Falster Daubermann 3
Alessandra Saldanha Bastianello 4
Aloysio Enck Neto 5
Lucas Spina 6
MIXOFIBROSSARCOMA DA GLÂNDULA TIREOIDE – PRIMEIRO
CASO NAS AMÉRICAS
1 INTRODUÇÃO
O câncer de tireoide é o câncer endócrino mais comum, correspondendo a 1% de todas
as neoplasias malignas na faixa etária dos 30 aos 74 anos. A grande maioria dos
tumores malignos de tireoide é composta por carcinomas (papilar, folicular ou medular).
Casos de sarcomas primários de tireoide são raros na literatura. Seu diagnóstico
citológico em exames pré-operatórios não é fácil, com sua citologia podendo ser
confundida com outras lesões neoplásicas de tireoide, como carcinomas anaplásico e
medular. Parecem tender a uma evolução clínica desfavorável.
2 MÉTODO
As informações foram levantadas a partir da revisão do prontuário do paciente no
Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), por meio do sistema de prontuários
online do hospital (AGHU) e através da revisão da literatura.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Paciente feminina, 66 anos, apresentava abaulamento cervical visível com crescimento
progressivo há 2 anos, relatando disfagia para sólidos. Evidenciou-se, por meio de
exames físicos e de imagem, a presença de um crescimento nodular exofítico no lobo
esquerdo, sendo este classificado anteriormente como Bethesda I por meio da PAAF.
Submetida à tireoidectomia total, concluiu-se que se tratava de um mixofibrossarcoma
de baixo grau, através de estudo histopatológico pelo serviço de patologia. O MFS tem
uma maior incidência em idosos, sendo este um dos tumores de origem mesenquimal
pouco comum em regiões de cabeça e pescoço. Diagnosticado por exame
histopatológico, faz-se necessário a avaliação por meio de exames de imagem
(ressonância magnética) a fim da análise dos planos de ressecção cirúrgica com margens
livres de neoplasias.
4 CONCLUSÕES
O Mixofibrosarcoma é de rara ocorrência na glândula tireoide e de alto índice de
recidiva local. A radioterapia adjuvante pode ser utilizada como forma de controle de
recidivas, devido à dificuldade de ressecção com margens livres.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. Carvalho MB. Tratado de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e
Otorrinolaringologia.São Paulo: Atheneu; 2001.
2. Vianna D, Curioni O, França L, Paiva D, Pompeu B, Dedivitis R, &Rapoport A.
(2012). The histological rarity of thyroid cancer. Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology, 78(4), 48-51.
3. Castronovo, C., Arrese, J. E., Quatresooz, P., & Nikkels, A. F. (2013).
Myxofibrosarcoma: A Diagnostic Pitfall. Rare Tumors, 5(2), 60–61.
http://doi.org/10.4081/rt.2013.e15
4. Udaka T, Yamamoto H, Shiomori T, Fujimura T, Suzuki H. Myxofibrosarcoma
of the neck. J Laryngol Otol. 2006;120:872–874
5. Prasad I, Sharan R. Myxofibrosarcoma of larynx. Indian J Otolaryngol Head
Neck Surg. 1981;33(2):71–71.
6. Song HK, Miller JI. Primary myxofibrosarcoma of the esophagus. J
ThoracCardiovascSurg. 2002;124(1):196–197. doi: 10.1067/mtc.2002.122818.
[PubMed] [Cross Ref]
7. Enomoto K, Inohara H, Hamada K, Tamura M, Tomita Y, Kubo T, Hatazawa J.
FDG PET imaging of
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Octávio de Castro Paz Calheiros40
Bruna Rafaela Freitag de Carvalho1
Julia Klockner41
MONITORAMENTO TERAPEUTICO DE VORICONAZOL EM
PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA-RS
1 INTRODUÇÃO
Doenças fúngicas invasivas (DFI), como por exemplo, a aspergilose (Aspergillus spp), a
qual é a infecção fúngica mais frequente entre os pacientes imunocomprometidos,
apresentam uma alta taxa de morbidade e mortalidade. O número de medicamentos
usados no tratamento da aspergilose invasiva é limitado, sendo o voriconazol um
antifúngico triazólico de amplo espectro indicado para o tratamento desta doença.
Contudo, esse fármaco apresenta uma farmacocinética não linear o que torna difícil a
previsão da sua eficácia. Assim, o monitoramento terapêutico de fármacos tem sido
sugerido como uma ferramenta para otimizar a eficácia e a segurança do tratamento
com antifúngicos. O objetivo deste estudo foi a quantificação das concentrações
plasmáticas do voriconazol em pacientes imunocomprometidos atendidos no Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM). Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
da UFSM (CAEE: 82281518.3.0000.5346).
2 MÉTODO
Nos resultados preliminares deste projeto foram incluídos três pacientes
imunocomprometidos que estavam utilizando o antifúngico voriconazol para tratamento
ou prevenção de DFIs. As coletas foram realizadas em dois momentos distintos: uma
hora após a administração do fármaco (pico) e antes da administração da próxima dose
(vale). As coletas foram feitas no estado de equilíbrio (steady-state), fase que se assume
terem decorrido 4 a 5 vezes o tempo de meia-vida de utilização do fármaco. A
quantificação dos fármacos no plasma foi realizada utilizando cromatografia líquida de
alta eficiência com detector de arranjo de fotodiodos (CLAE-DAD).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os pacientes realizavam tratamento com quimioterápicos sendo um deles adulto (>18
anos) para leucemia mieloide crônica (LMC), outro infantil (<12 anos) para leucemia
mieloide aguda (LMA) e o último adulto para leucemia linfoide aguda (LLA). Os
resultados de pico e vale da concentração plasmática de voriconazol para o paciente
40 Graduação em Farmácia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa
Maria; 41 Graduação em Medicina, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa
Maria;
adulto com LMC foi 2,76 μg/mL e 2,60 μg/mL, para o paciente infantil foi 4,01 μg/mL
e 3,91 μg/mL e para o paciente adulto com LLA foi 0,95 μg/mL e 0,39 μg/mL. Apesar
da polifarmácia e das características farmacocinéticas dos pacientes dois tiveram suas
concentrações plasmáticas dentro da faixa terapêutica para o tratamento e um não, que é
entre 1 μg/mL e 5,5 μg/mL.
4 CONCLUSÕES
O monitoramento terapêutico de fármacos permite compreender a relação dose-
concentração-efeito no contexto clínico, podendo gerar impactos significativos na
melhora clínica do paciente e na redução de custos.
REFERÊNCIAS
1. BOEIRA, P. et al. Ultra-Performance Liquid Chromatographic Method for
Measurement of Voriconazole in Human Plasma and Oral Fluid. J. Braz. Chem.
Soc.v. 23, n. 1, p. 148-155, 2012. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
50532012000100021>. Acesso em: 10 nov. 2018.
2. HE, H.R. et al. Effects of CYP3A4 polymorphisms on the plasma concentration of
voriconazole, v. 34, n.4, p. 811–819, 2015. Disponível
em: < https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10096-014-2294-5>. Acesso
em: 10 nov. 2018.
3. YI, W.M. et al. Voriconazole and posaconazole therapeutic drug monitoring: a
retrospective study. European Journal of Clinical Microbiology & Infectious
Diseases, v. 16, n. 60, p. 1-14, 2017. Disponível em:
<https://ann-clinmicrob.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12941-017-0235-8>.
Acesso em: 10 nov. 2018.
4. LIU, L. et al. Dose optimisation of voriconazole with therapeutic drug monitoring
in children: a single-centre experience in China. International Journal of
Antimicrobial Agents, v. 49, n. 4, p. 483-487, 2017.
Disponível em: <
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0924857917300304>. Acesso
em: 10 nov. 2018.
5. RICHARDS P.G. et al. Therapeutic drug monitoring and use of an adjusted body
weight strategy for high-dose voriconazole therapy. Journal Antimicrobial
Chemotherapy, v. 72, n. 4, p. 1178-1183, 2017.
Disponível em: <https://academic.oup.com/jac/article/72/4/1178/2930199>.
Acesso em: 10 nov. 2018.
6. PERREAULT, S. et al. Evaluating a voriconazole dose modification guideline to
optimize dosing in patients with hematologic malignancies. Journal of Oncology
Pharmacy Practice, p. 1-7, DOI: 10.1177/1078155218786028, 2018.
Disponível em:
<https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1078155218786028>. Acesso em:
10 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Maria Eduarda Gallarreta
Thábata Magnani Ferreira
Luca Gonçalo Santos
Maria Grützmacher
Natália Tonn
Paulo Emílio Botura Ferreira
MONITORIA EM HISTOLOGIA PARA MEDICINA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Considera-se que a atuação da graduação não é apenas na reprodução de conhecimentos
teóricos e científicos. Ela é responsável por propiciar o conhecimento ativo, construtivo
e autorregulado (FRISON, 2016). Nesse contexto se dão as contribuições das
Monitorias para Medicina, essenciais na formação acadêmica. Alguns objetivos da
Monitoria são: desenvolver a autonomia do aluno-monitor, aumentar o senso de
corresponsabilidade e ampliar o vínculo professor, monitor e aluno (GONDIM, 2017).
Assim, este será o relato de experiência de uma Monitora de Histologia, de modo a
caracterizá-la como prática enriquecedora no processo de aprendizagem.
2 METODOLOGIA
Este é um relato de experiência das vivências de uma estudante do curso de Medicina
como monitora de histologia. O público-alvo das monitorias são estudantes do primeiro
ao quarto semestre da Graduação em Medicina da Universidade Federal do Pampa
(Unipampa). A experiência em questão aconteceu do mês de abril até setembro de 2018,
com carga horária do monitor-bolsista de 12 horas semanais. As monitorias ocorreram
no laboratório de Histologia Humana da Unipampa, campus Uruguaiana.
Os materiais utilizados foram microscópio e lâminas permanentes contendo tecidos
fixados, em associação com o uso de projeções de diferentes aspectos dos tecidos
estudados.
3 RESULTADOS e DISCUSSÃO
As monitorias foram abertas para todos os cursos, porém dos 59 (cinquenta e nove)
alunos atendidos, 100% (cem por cento) pertenciam ao curso de medicina. É importante
desatacar pontos positivos, como: maior aproximação entre alunos do curso de
semestres iniciais com os monitores - que estão em semestres mais avançados.
Ademais, há maior vínculo entre monitores e docentes-orientadores, que desempenham
papel de mentores, auxiliando no aperfeiçoamento e melhoria das monitorias. Em uma
visão pessoal, a monitoria foi, e é, uma experiência extremamente positiva. Nela, fui
capaz de presenciar e fazer parte do crescimento intelectual dos monitorados, além de
expandir meu próprio conhecimento. Acredito que o compartilhamento de saberes entre
iguais é essencial para a formação tanto acadêmica como para aprimoramento pessoal
dos alunos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, ficam evidentes as diferentes maneiras pelas quais houve enriquecimento tanto
do monitor como dos alunos participantes das monitorias. Os discentes desenvolveram
mais senso crítico e interesse sobre os conteúdos essenciais para a formação médica,
além de ampliarem sua autonomia.
REFERÊNCIAS
1. GONDIM ELIZABETH, 2017. Unifor notícias: A importância da monitoria para
o processo de formação acadêmica. Universidade de Fortaleza, CE, Brasil.
Disponível
em:<http://unifornoticias.unifor.br/index.phpoption=com_content&view=artic
le&id=779&Itemid=50>. Acesso em: 07 set. 2018.
2. FRISON, Lourdes Maria. Monitoria: uma modalidade de ensino que
potencializa a aprendizagem colaborativa e autorregulada. Pro-Posições, v. 27,
n. 1, p. 133-153, 2016. Disponível em:
<https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/864590
2>. Acesso em: 02 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Leonardo Soares Trentin42
Heloisa Toledo da Silva 43
Daniela Trevisan Monteiro 44
Aline Cardoso Siqueira 45
Jussara Maria Rosa Mendes 46
Carmem Lúcia Colomé Beck 47
MORTES TRÁGICAS OU PRECOCES DE PACIENTES NA VISÃO DOS
PROFISSIONAIS DA SAÚDE
1 INTRODUÇÃO
Os significados atribuídos à morte podem variar desde um processo de
transição/passagem até de despedida. No entanto, mortes trágicas ou precoces são
difíceis de serem elaboradas, exemplo disso, é a morte de uma criança. Lidar com o tabu
social torna-se ainda mais complexo de assimilar quando o interdito está relacionado à
morte de crianças (MENIN; PETTENON, 2015). A morte aguda de uma criança
fomenta uma ruptura na crença de que os mais velhos morrem antes dos mais jovens, o
que evidencia a fragilidade humana e desencadeia uma fonte de angústia. Diante disso,
esta pesquisa teve por objetivo conhecer as interfaces do trabalho no contexto hospitalar
e os sentimentos atribuídos pelos profissionais da saúde quando da morte do paciente.
2 MÉTODO
O presente estudo trata de uma pesquisa descritiva com cunho qualitativo. Participaram
da pesquisa 34 profissionais da saúde, entre eles médicos e enfermeiros, que atuam nas
unidades de clínica médica e pronto socorro em um hospital de ensino do Rio Grande
do Sul. Como instrumento de coleta de dados foi realizado a observação sistemática e
entrevista semiestruturada, no período de julho a outubro de 2016. O roteiro da
entrevista possuiu questionamentos quanto aos significados atribuídos frente à morte;
Vivências no processo de morte e morrer; Relações com o paciente terminal;
Dificuldades e facilidades no trabalho frente à morte e ao morrer. A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob
número de CAAE 52749816.2.0000.5334. Os dados obtidos foram submetidos à
triangulação a partir da análise de conteúdo.
42 Acadêmico do Curso de Graduação em Psicologia; 43 Acadêmica do Curso de Graduação em Psicologia; 44 Pós-doutoranda em Psicologia. UFSM; 45 Professora do Departamento de Psicologia. UFSM. 46 Orientadora. UFRGS 47 Coorientadora. UFSM.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
No pronto socorro, quando as mortes são de crianças e jovens verificou-se, a partir dos
relatos dos profissionais, um maior desconforto diante dessas situações. Os principais
sentimentos destacados pelos profissionais, nesses casos, foram: frustração, tristeza,
impotência e angústia. O sofrimento torna-se mais impactante pela visão de que a
criança e o adolescente são um vir a ser, possuindo todo um futuro que será abreviado
(SANTOS; MOREIRA, 2014). Já as mortes de pacientes na clínica médica são mais
esperadas devido ao tratamento e internação prolongados. Contudo, nessa unidade, além
de haver um sofrimento relacionado a pacientes jovens, como ocorre no pronto socorro,
o vínculo estabelecido também pode ampliar o sofrimento no momento da perda. Ainda,
o sofrimento da família do paciente pode intensificar o sofrimento da equipe, não
somente pela comoção com o caso, mas também pela dificuldade do profissional em
comunicar para a família a possibilidade de morte ou a morte, principalmente quando o
paciente é jovem.
4 CONCLUSÕES
A partir desse estudo torna-se nítido que, tanto na unidade de pronto socorro quando na
de clínica médica, a morte de pacientes jovens suscita maior comoção e sofrimento nos
profissionais da saúde. No entanto, na clínica médica, somam-se as dificuldades
relacionadas ao vínculo com o paciente. Diante disso, é imprescindível destacar a frágil
formação inicial em relação à morte. Isto evidência a emergência de uma capacitação
dos profissionais da saúde para lidar com o sofrimento relativo a cuidados paliativos e a
finitude de vida.
REFERÊNCIAS
1. MENIN, G. E.; PETTENON, M. K. Terminally child life: perceptions and
feelings of nurses. Revista Bioética, v. 23, n. 3, 2015.
2. SANTOS, R. A.; MOREIRA, M. C. N. Resilience and death: the nursing
professional in the care of children and adolescents with life-limiting illnesses.
Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 12, 2014.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
André Pozzobon Capeletti¹
Juliana Oliveira Freitas Silveira¹
Jamir Pitton Rissardo¹
Giulia Maria dos Santos Goedert¹
Manuela Seabra Taglia¹
NEURALGIA DO TRIGÊMIO DEVIDO A DOLICOECTASIA
VERTEBROBASILAR: UM RELATO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
A neuralgia do trigêmeo (NT) é uma entidade clínica bem conhecida caracterizada por
dor hemifacial paroxística. A dolicoectasia vertebrobasilar (DVB) é uma causa muito
incomum de NT associada à compressão vascular. No presente estudo, descrevemos um
paciente que desenvolveu NT causada por DVB e foi tratado com sucesso pelo
tratamento de conservador.
2 DESCRIÇÃO DO CASO
Paciente masculino de 61 anos, hipertenso e com doença renal crônica, em uso de
hidroclorotiazida, anlodipino, losartana, ciclosporina e prednisona, apresentava quadro
de dor no lado esquerdo da face há 8 anos, a qual ocorria quando mastigava ou escovava
os dentes. Exame físico neurológico evidenciava alodínea em território do terceiro ramo
do nervo trigêmeo esquerdo. Paciente já estava fazendo uso de carbamazepina 800
mg/dia com resposta parcial. Dose foi aumentada para 1000 mg/d e foi iniciado
baclofeno 10 mg; após 2 meses, foi reavaliado e persistia com a dor facial. Realizou
tomografia computadoriza de crânio, a qual evidenciou dolicoectasia da artéria basilar.
Paciente foi encaminhado para avaliação da neurocirurgia. A ressonância magnética
evidenciou artéria basilar proeminente e tortuosa em contato com a região ventral da
ponte. Foi concluído o diagnóstico de neuralgia do trigêmeo por dolicoectasia da artéria
basilar. Como paciente estava respondendo ao tratamento medicamentoso, optou-se por
tratamento conservador e acompanhamento. Dois anos após, continua com quadro
controlado.
3 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
A dolicoectasia arterial intracraniana é uma condição caracterizada por aumento,
tortuosidade ou alongamento das principais artérias da base do cérebro. A localização
mais comum da dolicoectasia é no sistema vertebrobasilar. Dois tipos de sintomas são
encontrados associados a dolicoectasia arterial intracraniana: aqueles resultantes da
compressão de estruturas adjacentes ao vaso anormal e as resultantes de eventos
isquêmicos. Os nervos trigêmeo e facial são os nervos cranianos mais comumente
envolvidos. Os critérios diagnósticos incluem a artéria vertebrobasilar excessivamente
prolongada e expandida com um diâmetro superior a 4,5 milímetros. A literatura atual
recomenda a descompressão microvascular no tratamento de NT causada por DVB em
pacientes que são resistentes ao tratamento medicamentoso e têm uma expectativa de
vida de mais de 5 anos. A DVB, embora seja uma causa incomum de NT, deve fazer
parte dos diagnósticos etiológicos diferencias dessa patologia, representando um desafio
diagnóstico na prática médica.
REFERÊNCIAS
1. Wolters FJ, Rinkel GJ, Vergouwen MD. Clinical course and treatment of
vertebrobasilar dolichoectasia: a systematic review of the literature. Neurol Res.
2013;35:131–7.
2. Ma X, Sun X, Yao J, Ni S, Gong J, Wang J, et al. Clinical analysisof trigeminal
neuralgia caused by vertebrobasilar dolichoectasia. Neurosurg Rev. 2013;36:573–8.
3. Barker FG 2nd, Jannetta PJ, Bissonette DJ, Larkins MV, Jho HD.The long-term
outcome of microvascular decompression for trigeminal neuralgia. N Eng J Med.
1996;334:1077–83.
4. Campos WK, Guasti AA, da Silva BF, Guasti JA. Trigeminal neuralgia due to
vertebrobasilar dolichoectasia. Case Rep Neurol Med. 2012;2012:367–71.
5. Noma N, Kobayashi A, Kamo H, Imamura Y. Trigeminalneuralgia due to
vertebrobasilar dolichoectasia: three case reports. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral
Radiol Endod. 2009;108:e50–5.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Bruna Beskow Hogem48
Margrid Beuter49
Adrielle Trindade Muniz de Oliveira1
Tatiele de Paula50
Fabryciane de Lima Grecco3
Eliane Raquel Rieth Benetti4
NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE
ENVELHECIMENTO: VIVÊNCIAS DE BOLSISTAS DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA
1 INTRODUÇÃO
No período de formação acadêmica os discentes têm a possibilidade de inserir-se em
atividades extracurriculares, como as atividades em grupos de pesquisa, as quais
contemplam a participação em pesquisas como bolsistas de Iniciação Científica. Nesse
cenário, as bolsistas do Núcleo Interdisciplinar de Estudo e Pesquisa sobre
Envelhecimento (NIEPE), inserido na Linha de Pesquisa “Políticas públicas e práticas
de cuidado a adultos, idosos e famílias nos diversos cenários de atenção à saúde” do
Grupo de Pesquisa “Cuidado, Saúde e Enfermagem”, participam das atividades e dos
projetos de pesquisa conduzidos pelo núcleo. Ante o exposto, esse relato tem por
objetivo descrever as vivências de bolsistas de iniciação científica diante da inserção e
participação no NIEPE.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato das vivências de acadêmicas de Enfermagem e de Medicina,
enquanto bolsistas do Programa de Iniciação Científica do Hospital Universitário de
Santa Maria (PROIC-HUSM) acerca da inserção e participação no NIEPE.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dentre as atribuições das bolsistas sobressaem a participação e auxílio na organização
dos encontros semanais do NIEPE; revisão de literatura para ampliar e atualizar o
48 Discente da Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Bolsista PROIC-HUSM 2017; 49 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de
Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo
de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem; 50 Discente da Graduação em Medicina da UFSM. Bolsista PROIC-HUSM 2018; 4 Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa
Cuidado, Saúde e Enfermagem.
referencial teórico do projeto em que estão inseridas; participação na coleta de dados
após devida instrumentalização; transcrição, organização e digitação dos dados de
pesquisa e; estruturação e elaboração de trabalhos para submissão em eventos
científicos da área e afins. Essas atividades desenvolvidas junto ao grupo de pesquisa,
além de contribuírem na aprendizagem, permitem que os discentes sejam
instrumentalizados para o fazer/pesquisar, pelo acompanhamento, desenvolvimento e
participação em projetos de pesquisas e experiências acadêmicas oportunizadas por seus
orientadores (ERDMANN et al., 2010). Destaca-se que, por meio das ações de pesquisa
proporcionadas pelo programa de Iniciação Científica, o bolsista desperta o
questionamento crítico e o desenvolvimento de habilidades instrumentais para aplicação
de métodos científicos, o que contribui de forma significativa tanto com a formação
profissional quanto pessoal.
4 CONCLUSÕES
Ser bolsista de Iniciação Científica proporciona aprendizado e crescimento a partir da
inserção no grupo de pesquisa, além de promover o desenvolvimento de habilidades
interpessoais e instrumentais. Ademais, a bolsa pode ter reflexos positivos na vida
profissional e pessoal e muitas vezes, influenciar na continuidade da carreira acadêmica.
REFERÊNCIAS
1. ERDMANN, A. L. et al. Vislumbrando o significado da iniciação científica a partir
do graduando de enfermagem. Esc Anna Nery Rev Enferm. v. 14, n. 1, p. 26-32,
2010.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Melissa Gewehr51
Sheila Kocourek52
Clarita Souza Baroni Silveira53
Leatrice da Luz Garcia54
Fernanda Puntel Rutsatz5
Gabriela Nascimento Moreira5
O ACESSO À SAÚDE E À EDUCAÇÃO: UMA INTERFACE
NECESSÁRIA
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional vem crescendo nas últimas décadas em ritmo sem
precedentes, sendo uma realidade mundial. No Brasil, a alteração no padrão
demográfico vem se processando de forma constante e acentuada, com uma proporção
de pessoas com 60 anos ou mais passando de 9,1% em 1999 para 11,3% em 2008 e com
estimativas de que em 2050 essa população ultrapasse os 22,7%. Em 2015, segundo o
IBGE, os estados com as maiores proporções de idosos na foram o Rio de Janeiro e o
Rio Grande do Sul, onde de 1 em cada 6 pessoas tinham 60 anos ou mais. As ações com
os idosos devem alcançar tanto os indivíduos quanto os grupos populacionais de
maneira a atender as demandas de natureza biopsicossocial e considerar que os mais
velhos não constituem um grupo homogêneo, pois existe a diversidade entre os
indivíduos. É preciso considerar a dimensão subjetiva reconhecendo e valorizando as
experiências de vida desse segmento, criar ambientes de apoio e promover opções
saudáveis em todos os estágios da vida de forma integral. O presente trabalho objetiva
relatar experiências voltadas ao público idoso em uma Estratégia de Saúde da Família
(ESF) no interior do estado do Rio Grande do Sul.
2 MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de
experiência. As intervenções foram realizadas no período de 2013 a 2015 pelos
residentes do Programa Multiprofissional Integrado e bem como de membros da equipe
da ESF.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Dentre as ações salienta-se a abordagem em grupo com as temáticas dos 8 remédios
naturais: ar puro; água; luz solar; alimentação saudável; exercício físico; temperança;
51 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 52 Doutora em Serviço Social, chefe do Departamento de Serviço Social da UFSM; 53 Assistente Social, mestranda PPGERONTO/UFSM; 54 Mestranda PPGERONTO/UFSM. 5Academicas de educação especial da UFSM
descanso e confiança em Deus como lastro para um envelhecimento ativo. Foram
abordadas duas temáticas por mês com uma média de 15 a 40 participantes por grupo de
acompanhamento, além de orientação e dispensação de medicamento para população
cadastrada no HIPERDIA. Cerca de 62% dos participantes eram pessoas idosas.
Identificou-se também que muitos dos adultos e idosos participantes eram analfabetos
decorrentes da falta de oportunidade de acesso à educação em idade adequada. Nessa
perspectiva, foram mobilizados recursos para ampliar o acesso à educação, sendo um
direito assegurado constitucionalmente. Dessa forma, buscou-se uma parceria com uma
escola municipal para a qual a equipe da atenção básica encaminhou os interessados na
atividade. A proposta teve uma adesão média de 8 a 12 participantes, sendo 3 idosos, e
observou-se que entre os que participaram do programa Brasil Alfabetizado houve um
ganho significativo na capacidade de comunicação e a compreensão da saúde.
4 CONCLUSÃO:
Embora não sejam exclusivas do público idoso, tais iniciativas contribuem para um
envelhecimento ativo e devem ser incentivadas no cenário da Atenção Básica, visando
melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que assim o desejarem.
REFERÊNCIAS:
1. BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.html>.
Acesso em: 03 de novembro de 2018.
2. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Síntese de
indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira.
Rio de Janeiro, 2015. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95011.pdf> Acesso em: 03
de novembro de 2018.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/pesquisa
AUTORES:
Francine B. Bondan1
Amanda F. Klajn2
Jéssica Eduarda Dallaqua3
Jéssica Marder4
Marcelly Fiame Gomes5
Marinel Dall’Agnol6
O ACESSO PÚBLICO À DESFIBRILADORES EXTERNOS
AUTOMÁTICOS NO ATENDIMENTO DE PARADAS
CARDIORRESPIRATÓRIAS EM AMBIENTE EXTRAHOSPITALAR:
REVISÃO DA LITERATURA.
1 INTRODUÇÃO
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) causada por síndromes coronarianas agudas
responde por 5-10% das causas de óbito nos países de alta renda. Cerca de metade das
PCRs ocorre fora do ambiente hospitalar com uma sobrevida das vítimas atendidas por
serviços de emergência (SME) de 30%. Dentre as intervenções capazes de reverter a
PCR, a desfibrilação precoce é a mais relacionada com o aumento da sobrevida. Nesse
contexto, os Desfibriladores Externos Automáticos (DEAs), passíveis de utilização por
leigos de forma segura, representam instrumentos importantes para diminuir a
mortalidade das vítimas de PCR no ambiente extra-hospitalar
2 OBJETIVO
Rever os dados da literatura científica sobre a utilização dos DEAs no atendimento pré-
hospitalar e o acesso público à desfibrilação.
3 METODOLOGIA
Realizou-se a busca de artigos científicos nas bases de dados onlines, Pubmed e
UpToDate, com os descritores: Desfibrillator e Heart arrest, nos últimos cinco anos,
com seres humanos. Dos 334 artigos encontrados foram selecionados 19, excluídas
revisões sistemáticas, artigos em língua não inglesa, portuguesa ou espanhola e títulos
que não apresentaram os termos da pesquisa ou versavam sobre outro tema.
4 RESULTADOS
Os dados revisados demonstraram uma incidência anual de PCR pré-hospitalar com
variações de 40 mil a 700 mil casos/ano, oscilando de 2,4 casos (em escolas) a 40 casos
para cada cem mil habitantes, desses, 20% a 66% ocorreram fora do ambiente
hospitalar. Além disso, a presença do DEA em locais públicos e de grande circulação de
pessoas diminuiu o tempo de atendimento em até 5,5 minutos em relação ao SME. Os
dados demonstram uma taxa de sobrevida global das vítimas de PCRs com o uso do
DEAs de até 68% e que o uso de DEA em situações de PCR ainda é reduzido - 3% a
37% dos casos - sendo o público leigo o que menos utiliza devido à ausência do
equipamento em locais públicos. Com relação aos locais com maior número de DEAs
disponíveis à população, o Japão se destaca com 106,6 aparelhos para cada 100.000
pessoas e a presença deles em 90% das escolas, enquanto a média nos demais países
gira em torno de 22 por 100 mil. Notou-se que além das escolas, os locais com elevada
disponibilidade de DEAs são aeroportos, transportes públicos, locais de trabalho e
instalações esportivas.
5 CONCLUSÃO
Já que a eficácia da desfibrilação precoce com DEAs é comprovada, almeja-se sua
promoção como componente no atendimento às PCR extra-hospitalares, a fim de
aumentar a sobrevida das vítimas. Para isso, os DEAs devem estar disponíveis à
população em áreas públicas em conjunto com programas de educação pública para
promover o rápido reconhecimento de PCR e a pronta utilização da desfibrilação
quando necessário.
6 REFERÊNCIAS
1 GONZALEZ, MM et al . I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados
Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras.
Cardiol, São Paulo, v. 101, n. 2, supl. 3, p. 1-221, Aug. 2013 .
Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2013003600001&lng=en&nrm=iso Acesso em 11 ago. 2018.
2 PESARO, Antonio Eduardo Pereira et al . Síndromes coronarianas agudas: tratamento
e estratificação de risco. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 197-
204, June 2008. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
507X2008000200014&lng=en&nrm=iso Acesso em 11 ago. 2018.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Karoline Silveira Portes55
Graciele Pontes56
Diego Fernando Dorneles Bilheri57
O BRINCAR COMO PROPOSTA FONOAUDIOLÓGICA
TERAPÊUTICA EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO
ONCOLÓGICA INFANTIL
1 INTRODUÇÃO
A internação hospitalar durante a infância se configura como um episódio marcante e
doloroso para a criança, gerando sentimentos como ansiedade e medo. As crianças em
tratamento oncológico necessitam de um atendimento mais humano, que cuide não só
de seu corpo biológico, mas também da sua subjetividade. É fundamental também
oferecer à criança um tratamento diferente daquele do adulto, voltado para suas
necessidades infantis. Os fatores de risco socioambientais, socioeconômicos e
biológicos, desempenham importante influência sobre o desenvolvimento da criança,
podendo prejudicar habilidades cognitivas e o desenvolvimento normal da linguagem.
Por meio da brincadeira a criança apresenta uma forma de expressar, verbalmente ou
não, seus sentimentos, dificuldades, preocupações, e toda percepção sobre a nova rotina,
além disso, expõe sua linguagem por meio de atitudes e gestos que apresentam diversos
significados. Durante a internação, os processos vivenciados tornam-se menos
desagradáveis quando a criança utiliza o brincar para dar sentido a sua situação. De
acordo com o que estabelece a Resolução CFFa nº 320/2006 que dispõe sobre as
especialidades em Fonoaudiologia e complementa o exercício profissional, posto está
que “a Linguagem é o campo da Fonoaudiologia voltado para o estudo, pesquisa,
promoção, prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento de transtornos a ela
relacionados, a fim de garantir e otimizar o uso das habilidades de linguagem do
indivíduo, objetivando a comunicação e garantindo bem-estar e inclusão social. ” A
fonoterapia, por meio do brincar, está relacionada com o desenvolvimento da
linguagem, visto que, é por meio da brincadeira que a criança se desenvolve como
sujeito e aprimora o uso da linguagem. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência
da intervenção fonoaudiológica com crianças internadas em unidade oncológica infantil.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência sobre a intervenção da fonoaudiologia com
crianças hospitalizadas em uma unidade oncológica infantil, realizado pela residente do
55 Fonoaudióloga Residente no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e
Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde com ênfase na Hemato Oncologia HUSM/UFSM; 56 Enfermeira, especialista em oncologia HUSM/EBSERH; 57 Fonoaudiólogo, Docente do curso de Fonoaudiologia UFSM;
segundo ano no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e
Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde com ênfase na Hemato-Oncologia,
durante o ano de 2018.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O atendimento fonoaudiológico é realizado mediante solicitação de outros profissionais
do serviço após a observação de algum possível atraso no desenvolvimento da
linguagem. Inicialmente foram realizadas entrevista com o responsável pela criança e
após são realizadas intervenções com a criança no leito ou em uma sala individual, a fim
de verificar as maiores necessidades fonoaudiológicas relacionadas ao desenvolvimento
da linguagem oral no momento. A intervenção é realizada quando o paciente está
internado na unidade. A construção do vínculo do paciente com a terapeuta é uma das
ferramentas mais importantes para a continuidade e adesão ao processo terapêutico.
4 CONCLUSÕES
As alterações fonoaudiológicas relacionadas ao desenvolvimento da linguagem estão
presentes nos pacientes em tratamento oncológico. A atuação fonoaudiológica destaca-
se como um importante instrumento para a prática assistencial e construção de vínculo
com o paciente. O acompanhamento fonoaudiológico visa minimizar aspectos que
prejudiquem o processo do desenvolvimento da linguagem oral de pacientes infantis.
REFERÊNCIAS
1. FONTES, Cassiana Mendes Bertoncello et al. Utilização do brinquedo terapêutico
na assistência à criança hospitalizada. Revista Brasileira de Educação Especial,
v. 16, n. 1, p. 95-106, 2010.)
2. CARNIEL, Camila Zorzettp et al. Influence of risk factors on language
decelopment an contributions of early stimulation: an integrative literature
rewiew. Revista CEFAC, V. 19, N. 1, P. 109-118, 2017.
3. MEDEIROS, Beatriz dos Santos et al. O brincar como estimulação da linguagem
oral: promoção da saúde na escola. 2015.
4. Resolução CFFa n° 320 de 17/02/2006. Disponível em:
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=103270>. Acesso em: sete nov. de
2018.
5. SIQUEIRA, Natacha Barros. A função do brincar na fonoterapia de linguagem com
crianças. 2012.
6. NASCIMENTO, Lucila Castanheira et al. Crianças com câncer e suas
famílias. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 39, n. 4, p. 469-474,
2005.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Sthefany Possamai Gomes58
Emanuelli Lopes59
Caroline Coutinho60
Ariane Erthur Flores61
O CONHECIMENTO SOBRE PRÉ-NATAL E SITUAÇOES DE RISCO Á
GRAVIDEZ ENTRE GESTANTES NA CIDADE DE SANTA MARIA.
1 INTRODUÇÃO
Apesar de diversos programas e ações terem sido implementados no Brasil nas últimas
décadas, a redução dos riscos à gravidez com consequente melhoria nos indicadores de
saúde materna está longe de ser realidade. Entre essas implementações, destacam-se
programas de aconselhamento à gravidez, com destaque para nutrição adequada,
melhora da auto-estima, (Barros, 2004). O objetivo do trabalho é avaliar o nível de
conhecimento sobre o pré-natal e sobre a identificação de situações de risco na gravidez,
residentes da cidade de Santa Maria.
2 MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa de critério transversal, comparativa com abordagem
quantitativa que analisou 50 mulheres com até 16 semanas de gravidez residentes da
cidade de Santa Maria, as quais foram identificadas mediante visita a todos os
domicílios de todos os bairros da área selecionada, entre os meses de agosto de 2017 e
de 2018. Terminado um bairro, passava-se a outro, e assim sucessivamente. Foi
utilizado um questionário. Nesse questionário, foram investigados os seguintes dados a
respeito da gestante: características demográficas, vida reprodutiva (total de gravidezes,
número de filhos tidos vivos e mortos), conhecimento sobre pré-natal (número de
consultas e doses de vacina que uma gestante deveria realizar, tipos de exames
laboratoriais e clínicos a que deveria ser submetida neste período e situações que
indicam gravidade durante a gestação).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Cerca de um quarto das gestantes era constituído de adolescentes (menos de 20 anos de
idade) e pouco mais de 30% tinham 30 anos ou mais de idade; a idade média foi de 26,6
anos (desvio padrão = 6,9); 38% delas eram de cor da pele parda ou preta; 20% viviam
sem companheiro; 3% não sabiam ler nem escrever e, para 20% delas, a escolaridade
era de, no máximo, quatro anos; uma em cada três tinha renda familiar inferior a um
salário mínimo mensal; cerca de um quarto vivia em casas construídas com outros
materiais que não tijolos, 5% não tinham, em seus domicílios, água encanada e sanitário
58 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 59 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 60 NATS da GEP/HUSM/EBSERH; 61 Superintendente do HUSM/EBSERH.
com descarga, respectivamente.10% delas já tiveram pelo menos um aborto, sendo 31%
espontâneos e 5% provocados. Em relação ao conhecimento sobre pré-natal, a grande
maioria (95%) disse saber da sua utilidade, mas somente 41% delas afirmaram que uma
mulher deveria ir ao médico no primeiro mês de gravidez. A quase totalidade (96%)
disse que toda gestante deveria realizar pelo menos seis consultas durante todo o pré-
natal.
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que o conhecimento de exames durante o pré-natal, bem como de situações
que indicam gravidade, esteve muito aquém do desejado. A melhoria desse nível de
esclarecimento pode contribuir para a redução da morbimortalidade materno-infantil.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. Barros FC, Victora CG, Barros AJ, Santos IS, Albernaz E, Matijasevich A, et al. The
challenge of reducing neonatal mortality in middle-income countries: findings
from three Brazilian birth cohorts in 1982, 1993, and 2004. Lancet 2005; 365:847-
54.
2. Hodnett ED, Fredericks S. Support during pregnancy for women at increased risk
of low birthweight babies (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 3,
2003. Oxford: Update Software.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Leatrice da Luz Garcia62
Rosane Seeger da Silva63
Roselene Silva Souza 3
O ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um processo multifacetado e dinâmico, compreendido como uma
questão natural e normal do desenvolvimento de todo ser humano. Entretanto, quando
se trata do envelhecimento de pessoas com deficiência intelectual, a questão merece
especial atenção, sendo a discussão sobre o tema relativamente nova. Conforme
apontam dados do IBGE de 2010, no Brasil existem 2.617.025 pessoas com DI, e
destas, 2,9% encontram-se com 65 anos ou mais. Entretanto, a longevidade não vem
associada com o aumento da qualidade de vida dessas pessoas por motivos que incluem
negligência, preconceito e ausência de serviços públicos preparados para atender a essa
população idosa. Dentro desse contexto, objetivou-se realizar uma revisão bibliográfica
sistemática acerca da produção científica relacionada ao envelhecimento de pessoas
com deficiência intelectual.
2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão bibliográfica, de natureza descritiva, no qual buscou-se, nas
bases de dados eletrônicos, artigos e teses que tratassem sobre o tema.Os descritores
utilizados para a base de língua inglesa foram: “intelectual disability”, “ageing” e
“longevity”, e para as buscas em língua portuguesa foram utilizados os termos:
“deficiência intelectual”, “envelhecimento” e “longevidade”. Foram incluídos artigos
originais que englobam de forma direta os aspectos relativos ao envelhecimento de
pessoas com DI, publicados entre 2003 e 2018
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Associando os termos de busca, foram encontrados 63 artigos no PubMed e seis na
BVS. Dos 63 artigos encontrados na base de dados internacional, sete foram
selecionados para análise, e da base brasileira, foram selecionados três que
contemplaram o tema. A baixa inclusão de artigos sugere que ainda são raros os estudos
que abordam essa problemática tão urgente em nossa sociedade. Ressalta-se, ainda, que
de maneira geral os textos abordam temas relativos ao processo de envelhecimento na
pessoa com DI, o que é diferenciado, sobretudo naqueles com Síndrome de Down. São
62 Mestranda em Gerontologia/UFSM; 63Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana/UFSM; 3Enfremeira.
pessoas que normalmente precisarão de algum tipo de auxílio durante toda a vida e no
processo de envelhecimento apresentam comorbidades que fatalmente aceleram o seu
declínio cognitivo e funcional.
4 CONCLUSÕES
Tomando por base esses achados, faz-se necessário e urgente a realização de novos
estudos na área, a fim de planejar o futuro da pessoa com DI, para que sejam
viabilizadas políticas públicas capazes de fornecer suporte a ela e seus cuidadores.
REFERÊNCIAS
1. OVANDO, A. C. et al. Perspectivas do cuidador da pessoa com deficiência
intelectual em envelhecimento: quem cuidará amanhã? In: JORNADA
CIENTÍFICA: TECNOLOGIAS DE CUIDADO ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E EM PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO, 1. 2016, Florianópolis. Anais... Florianópolis: APAE
Florianópolis, 2016. p. 87-88.
2. PIMENTA, R. A.; RODRIGUES, L. A.; GREGUOL, M. Avaliação da
qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores de pessoas com deficiência
intelectual. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 14, n. 3, p. 69-76,
2010. Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/
article/view/9687>. Acesso em: 19 ago. 2018.
3. CAVALHEIRO, E. A.; SCORZA, C. A. Envelhecimento e deficiência
intelectual. Revista de Deficiência Intelectual, São Paulo v. 1, n. 1, p. 26-29,
jul./dez. 2010.
4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE/ WORLD HEALTH
ORGANIZATION (WHO). Relatório mundial sobre deficiência. The World
Bank. Trad. de Lexicus Serviços Linguísticos. São Paulo: SEDPcD, 2012. p. 3-
11.
5. PERKINS, E. A.; MORAN, J. A. Aging adults with intellectual disabilities.
JAMA, v. 304, n. 1, p. 91-92, 2010.
6. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese
estatística. 2010. Disponível em:
<http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codi
go=0> Acesso em: 19 ago. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Diúlia Calegari de Oliveira64
Eliane Tatsch Neves65
Caren da Silva Bertoldo66
Camila Lopes Marafiga67
O PAPEL DA ENFERMAGEM BRASILEIRA NA PRODUÇÃO ACERCA
DE ADOLESCENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS: REVISÃO
NARRATIVA DE LITERATURA
INTRODUÇÃO
As evoluções na área da saúde, somadas aos avanços dos adventos tecnológicos
resultaram na transição do perfil epidemiológico de crianças e adolescentes. Assim,
19,17% dos adolescentes brasileiros são acometidos por doenças crônicas I. Nesse
contexto, a enfermagem exerce importante papel junto aos adolescentes, seja na
prevenção ou tratamento de doenças crônicas, por meio da educação em saúde. Para
tanto, questionou-se: O que a enfermagem brasileira tem produzido acerca dos
adolescentes com doença crônica? Objetivo: identificar a produção da enfermagem
brasileira acerca dos adolescentes com doença crônica.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, a qual compõe a pesquisa intitulada
“PERFIL DE ADOLESCENTES ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL DE
ENSINO” que está sendo desenvolvida nos arquivos do HUSM. Realizou-se busca,
durante o mês de outubro de 2018, nas bases de dados LILACS e BDENF por meio dos
descritores: “Adolescente”; “Doença crônica” e “Enfermagem”. Encontrou-se 12
produções. Foram incluídas produções nos idiomas inglês, português ou espanhol,
relacionadas à temática, provenientes de estudos primários produzidos por enfermeiros,
sem recorte temporal. Assim, foram incluídas no estudo 4 produções, visto que as
duplicadas foram consideradas apenas uma vez. Estas foram submetidas à análise
qualitativa por meio da análise temática de Bardin II.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foi possível identificar que a assistência que a equipe de enfermagem possibilita à
família e ao adolescente é de suma importância para construção da autonomia para lidar
com os diversos sentimentos relacionados à doença, fortalecendo a capacidade de
resiliência dos indivíduos. Isso impulsiona a promoção da qualidade de vida dos
mesmos. Ademais, na tentativa de auxiliar na convivência, entendimento e processos de
64 Bolsista IC PROIC-HUSM, aluna da graduação de Enfermagem/ UFSM; 65 Profa. Dra. Adjunta do Departamento de Enfermagem/ UFSM; 66 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem/UFSM; 67 Aluna da graduação de Enfermagem/FISMA.
adaptação da patologia, enfatiza-se a relevância do uso da tecnologia. Este método é
visto como benéfico, pois estimula os jovens a buscar inspirações em diversos grupos
virtuais que compartilham da mesma condição de saúde. Outrossim, considera-se
importante a harmonia da família no processo da doença, visto que todo sistema
familiar enfrenta o processo de aceitação e também de frustração, a exemplo da
ausência de acessibilidade do sistema e o preconceito da sociedade em relação ao que se
distancia do que é julgado normal, na grande maioria das vezes.
CONCLUSÕES
A produção da enfermagem brasileira acerca dos adolescentes com doença crônica
sinaliza o contingente de sentimentos desenvolvidos por eles e suas famílias no
enfrentamento da doença, bem como aponta estratégias para minimizar os danos
causados por ela. Assim, compete às dimensões sociais, assistencial e políticas, assistir
essa população, a fim de promover qualidade de vida e de atendimento, viabilização de
acessibilidade a todos e o respeito às pluralidades dos adolescentes brasileiros.
DESCRITORES
Adolescente. Doença crônica. Enfermagem.
REFERÊNCIAS
I. BRAZ, M.; FILHO, A. A.; BARROS, M. B. Saúde dos adolescentes: um estudo
de base populacional em Campinas, São Paulo: Cad. Saúde Pública. v. 29, [s.n], p.
1877-1888, set. 2013.
II. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Portugal: Editora Lisboa. 2006
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Fábio de Costa68
Melise Faller¹
Juliana Paim Alves¹
Uiliam M.H Bonmann¹
Cristine Konopka²
O PARTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
1 INTRODUÇÃO
Aguardar o trabalho de parto espontâneo e considerar as indicações clínicas do parto
cirúrgico são aspectos fundamentais para um desfecho materno fetal ideal. O Brasil é
um dos países que mais realiza partos cesáreos, porém este procedimento só é redutor
da mortalidade materna e fetal quando apresenta indicação clínica adequada. Nosso
objetivo, portanto é o de descrever e analisar os partos ocorridos no Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM), um serviço de referência terciário.
2 MÉTODO
Estudo transversal, prospectivo, com entrevista e análise do prontuário de todas as
puérperas cujo parto foi realizado no HUSM de janeiro a março de 2017. Foi realizada
análise descritiva dos resultados.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Das parturientes analisadas 67,2% era procedente de Santa Maria e 30,7% da área de
abrangência da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). A idade materna variou de
13 a 46 anos, 66,2% apresentava entre 20 a 34 anos e a idade média foi de 26,8 anos (±
7,1). O estado civil de 55,8% das parturientes era casada/união estável, 56,0% estudou
de 8 a 11 anos e 46,9% era doméstica como profissão. O pré-natal foi realizado por
93,6% das parturientes e 58,3% apresentou alguma complicação durante a gestação. O
uso de substâncias prejudiciais à gestação foi de 22,2% (17,5% tabagismo, 3,6%
etilismo e 1,1% adicção em outras drogas). Das parturientes, 32,2% era primigesta,
41,9% estava na 2ª ou 3ª gestação e 26% na 4ª ou mais. Dessas, 35,3% era nulípara e
40,7% tinha de 1 a 2 partos prévios. A idade gestacional média ao nascimento foi de 38
semanas (+/-2,9), com mínima de 20,4 e máxima de 42, com 19,3% de partos pré-
termo. No período avaliado, 35,3% foram partos normais e 67,7% cesárea. Dos partos
vaginais, 70,7% foram sem e 24,0% com episiotomia, sendo 2,3% com fórceps. Em
partos vaginais ocorreram 12,6% de laceração de 1ºgrau, 13,3% de 2º grau e 1,2% de 3º
grau. As principais indicações de cesariana foram iteratividade (31,9%), situação fetal
não tranquilizadora (17,4%) e falha de indução (12,3%). No período estudado, 98,6%
68 Acadêmicos do Curso de Medicina, Universidade Federal de Santa Maria;
² Professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Santa Maria.
dos recém-nascidos apresentavam APGAR ≥ 7 no quinto minuto, houve 1,9% de óbito
fetal e 0,2% de óbito neonatal precoce.
4 CONCLUSÕES
Pode-se observar, então, que mesmo sendo um hospital de alto risco, os partos
evoluíram sem graves complicações. A alta taxa de cesáreas se deve ao fato de o serviço
ser o único hospital da região a atender gestações de alto risco e a receber a maioria das
cesáreas referenciadas das cidades da 4ª CRS. Os partos de baixo risco são
referenciados para o serviço de baixa complexidade da cidade.
REFERÊNCIAS
1. ZUGAIB, Marcelo – Obstetrícia. Ed. Manole, 2a edição,2012
ÁREA TEMÁTICA: Extensão
Verginia Medianeira Dallago Rossato 69
Andreza Zancan 70
Catherine Silva Schumacher ³
Jana Rossato Gonçalves 4
Naiara Stefanello 5
INTERVENÇÕES PARA A DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA DE
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Na 37ª Proposta da Paz (2018) encaminhada para a Organização das Nações Unidas
(ONU), Daisaku Ikeda, pacifista e líder Budista laureado, traz como um eixo de suas
propostas o empoderamento das mulheres para a resolução de conflitos e para a
consolidação da paz. A referida proposta traz as palavras de Rosa Parks: “Não há lei que
diga que as pessoas têm de sofrer”. Em relação a violência contra a mulher entendemos
que está diretamente relacionada à violência de gênero, ou seja, restringir as
possibilidades de autonomia e liberdade das mulheres, caracterizando-se por um tipo de
dominação, opressão e de crueldade estruturalmente construído nas relações entre os
gêneros. Esse tipo de dominação é reproduzido no cotidiano, atravessando classes
sociais, raças, etnias e faixas etárias; vitimizando as mulheres por razões conjugais,
sexuais ou culturais. Desde 2016, o Hospital Universitário de Santa Maria - RS, tem
contribuído para mudança nesse cenário, e como ação prática em uma pactuação com a
Promotoria tornou-se referência para o atendimento às pessoas em situação de violência
sexual. O Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar gerencia o atendimento e
notifica as pessoas que sofrem violência sexual. Do ano de 2014 a setembro de 2018,
foram notificadas 256 pessoas que sofreram violência sexual. Destas, 90% trata-se de
mulheres, e do total, 73% foram crianças e adolescentes. Observa-se que os dados
refletem, que a violência sexual está diretamente relacionada à violência de gênero. No
ano de 2016, no HUSM, foi nomeada uma equipe multiprofissional, chamada Equipe de
Matriciamento em Violência Sexual, que tem como objetivo sensibilizar e qualificar os
69 Enfermeira, Drª em Educação e Ciências, Responsável Técnica pelo Núcleo de Vigilância
Epidemiológica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil, Coord. da
Equipe de Matriaciamento em Violência Sexual/HUSM; Membro da Brasil Soka Gakkai Internacional
(BSGI), e-mail: [email protected]; 70 Enfermeira, Res. da Residência Multiprofissional Profissional/Vigilância em Saúde/Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), Membro da BSGI;
³ Graduanda de Direito/UFSM, Membro da BSGI;
4 Relações Pública, Drda do Programa de Pós Graduação em Extensão Rural, (PPGExR/UFSM), Membro da BSGI;
5 Farmacêutica, Drª em Bioquímica Toxicológica/UFSM, Membro da BSGI.
profissionais das portas de entrada da instituição e área de abrangência para
acolhimento, atendimento e notificação dos casos de violência sexual. Os métodos
utilizados são reuniões semanais da equipe para revisar, problematizar e monitorar os
atendimentos feitos na urgência e dar continuidade aos atendimentos ambulatoriais, bem
como detectar necessidades de reforço junto às equipes de atendimento. Além disso, são
realizadas capacitações e reuniões com a rede de atenção em saúde e assistência do
Município e da região. O trabalho tem possibilitado: a capacitação da equipe; o
atendimento sistematizado; o melhor acesso do usuário em atendimento porta-aberta
24h; o atendimento integral respeitoso e qualificado na urgência e seguimento, uma vez
que a situação da pessoa que sofre violência sexual envolve a fragilização e
desestruturação psicológica, no momento agudo, e ao longo da vida. Se faz necessário,
nestas circunstâncias, o acolhimento pela equipe de maneira adequada e humanizada,
evitando a revitimização. Entende-se que investir em ações que focalizam a educação,
atendimento e discussão de casos/vivências entre profissionais e a comunidade
contribuem para o empoderamento feminino e a desconstrução da cultura de violência
contra a mulher.
DESCRITORES: saúde, cultura de violência, violência de gênero, violência sexual,
matriciamento.
REFERÊNCIAS
DAISAKU, Ikeda. 2018. Rumo à era dos direitos humanos: construindo um
movimento popular. Terceira Civilização. 597, pp. 16-61.
MINAYO, M. C. de S. (Org.). Violência e Saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.
Coleção Temas em Saúde.
ROSSATO, Verginia Medianeira Dallago. 2015. Projeto de Extensão: Violência
sexual é uma questão de saúde. Vamos falar sobre isso!? nº 042051.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Thaís Brasil Brutti 71
Silvimar Camponogara 72
Camila Pinno 73
Thailini Silva de Mello 74
Daniela Moreira 5
O TRABALHO DO ENFERMEIRO A PARTIR DA ERGOLOGIA: UMA
NOTA PRÉVIA
1 INTRODUÇÃO
O trabalho em Unidades de Terapia Intensiva Adulto-UTI (a) é caracterizado pela
complexidade, levando em consideração o ambiente dinâmico, com grande fluxo de
profissionais, padrão intenso de trabalho, além de possibilidades frequentes de episódios
de emergência e morte. Diante disso, estudos com abordagem ergológica e ênfase no
corpo-si, ressaltam que o enfermeiro não mobiliza somente uma região extrínseca do
seu corpo para realizar o trabalho, mas sim, aspectos intrínsecos a ele, como o
conhecimento, pensamento e as experiências já vividas. Logo, objetiva-se analisar o uso
do corpo-si no trabalho do enfermeiro em UTI (a) de hospital público e privado, a partir
do referencial da Ergologia.
2 MÉTODO
Para responder o objetivo proposto, será realizada uma pesquisa de abordagem
qualitativa, sendo um estudo de casos múltiplos, com base no referencial da ergologia.
Um dos campos de realização do estudo de caso é a UTI (a) de um hospital público e o
outro estudo de caso, será feito em outra UTI (a) de um hospital privado. Os dados
serão produzidos por meio da observação sistemática, análise documental e entrevista
semiestruturada, e serão analisados por análise de conteúdo temática. Serão respeitados
todos os aspectos éticos conforme Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de
Saúde, e após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética Pesquisa se iniciará a
produção dos dados.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Posteriormente à obtenção dos dados, esses dois estudos de casos serão cruzados e
analisados concomitantemente. A análise dos dados será feita pela análise temática de
conteúdo, fundamentada por Minayo (2014). Diante disso, com a presente pesquisa,
busca-se responder como se dá o uso do corpo-si pelo enfermeiro em UTI(a),
71 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica CNPq; 72 Docente do Departamento de Enfermagem UFSM; 73Doutoranda em Enfermagem UFSM; 74Graduanda em Enfermagem da UFSM. Bolsista de iniciação científica CNPq; 5 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica PROIC-HUSM;
destacando as possíveis comparações entre o uso do corpo-si na rede pública e privada.
Ademais, almeja-se identificar os fatores que possibilitam e facilitam o uso do corpo-si
no trabalho do enfermeiro inserido em uma UTI (a), além de salientar os elementos que
dificultam esse processo.
4 CONCLUSÕES
Entende-se que a análise poderá auxiliar na compreensão da atuação diária do
enfermeiro na UTI (a) de um hospital público e privado, sob a ótica da ergologia. Ainda,
oportunizará considerações comparativas sobre a autonomia do enfermeiro nesses dois
serviços, no que tange do uso do corpo-si.
REFERÊNCIAS
1. MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde,
14. Ed. São Paulo: Hucitec, 2014.
2. SCHWARTZ, Y. Le paradigme ergologique ou um métier de philosophe.
Toulouse: Octares; 2000.
3. SCHWARTZ, Y. Conceituando o trabalho, o visível e o invisível. Trab. educ.
saúde, Rio de Janeiro, v. 9, n 1, p. 19-45, jan., 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-7746201100002
4. SCHWARTZ, Y. Motivações do conceito de corpo-si: corpo-si, atividade,
experiência. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 49, n. 3, p. 259-274, jul.-set. 2014.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
O TRABALHO PEDAGÓGICO DENTRO DO CTCRIAC
Autores:
Isadora Ceolin de Oliveira75
Jane Schumacher76
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho visa relatar uma experiência do trabalho pedagógico com crianças e
adolescentes hospitalizados no HUSM-RS. ESTA PROPOSTA SE VINCULA AO
PROJETO INSITUCIONAL DE ENSINO E EXTENSÃO: ATIVIDADES DE
ENSINO E APRENDIZAGEM PRÁTICA NOS SERVIÇOS DO HUSM, NO SUB
SUBPROJETO: EDUCA-AÇÃO-LÚDICA HOSPITALAR.
A questão desta experiência surge através do questionamento, como o curso de
Licenciatura em Pedagogia, a escola e o hospital podem contribuir para o processo de
ensino- aprendizagem das crianças e dos adolescentes hospitalizados no Centro de
Tratamento da Crianças com Câncer (CTCriaC)? Partindo desse pressuposto, o objetivo
deste trabalho é mostrar uma de nossas das atividades realizadas dentro do CTCriaC
pelo sub projeto: educação-ação lúdica hospitalar. A metodologia utilizada foi um relato
de experiência, de cunho qualitativo, demostrando a importância de desenvolver o
trabalho pedagógico com as crianças que estão hospitalizadas. Trazemos de referencial
teórico Silva (2008), Freire (1996) e compreendemos através das primeiras observações
e inserções que é possível desenvolver atividades pedagógicos neste contexto, fugindo
da ideia que seremos professores para atuarmos em sala de aula. Assim os futuros
licenciados, estão atuando nas dores da falta dos amigos, dos professores e do acesso ao
conhecimento da utilização do tempo/hospital, do acompanhamento nos estudos
garantido em Lei e ampliando a aprendizagem dos sujeitos hospitalizados.
2 DESENVOLVIMENTO
A partir da nossa preocupação com as crianças que estão hospitalizadas no HUSM e
dos princípios do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (1995)
que garante para esta parcela da população, “o direito de desfrutar de alguma forma de
recreação, programas de educação para a saúde e acompanhamento do currículo escolar,
durante a sua permanência hospitalar”, pensamos em unir o Curso de Pedagogia ao
Centro de Tratamento da Crianças com Câncer, realizando uma proposta pedagógica
com o intuito de “conhecer” as crianças que passariam a semana internadas, pois
aproximar-se das crianças, possibilita ouvir os sujeitos e a família, conhecer as suas
curiosidades, como diz Freire (1996) é a curiosidade que faz “perguntar mais, conhecer,
atuar, mais perguntar, reconhecer”. A partir dos diálogos percebemos a necessidade de
atividades desafiadoras, que fizessem criar e repensar na proposta, para isso, umas das
75Acadêmica do curso de Pedagogia Noturno/UFSM <[email protected]>
² Professora Doutora do Departamento de Metodologia de Ensino. Centro de Educação da UFSM/RS
propostas foi o Tangram, que é ótimo para o desenvolvimento do raciocínio e da
criatividade. As crianças fizeram individualmente o seu tangram, depois de pronto,
interagiram uns com os outros e inventaram diferentes tipos de animais a partir das
formas geométricas do Tangram.
Modelo do Tangram
CRIAÇÃO TANGRAM FEITO PELAS CRINÇAS DO CTCRiaC
Figura 1. Trangram Figura 2. Tartaruga
Nesta perspectiva, Ceccim (1999) diz que para a criança e para o adolescente internado,
o hospital, representa um ambiente desconhecido, restrito das possibilidades do seu
cotidiano como brincar, conviver com amigos e familiares. Nesta questão que o
contexto hospitalar tem despertado interesse quando se trata de analisar e intervir nos
possíveis efeitos sobre o processo do desenvolvimento e da aprendizagem. Silva
(2008), colabora afirmando que a dimensão de organização do processo educativo,
tempo e espaço de aprendizagem, de desconstrução e construção não se vincula a um
espaço específico, uma vez que a aula, pode realizar-se em espaços não convencionais,
para além de sala retangular com cadeiras e mesas dispostas, com um quadro de giz na
parede e um espaço central para o professor.
3 RESULTADOS
Compreendemos através das primeiras observações e inserções que é possível
desenvolver atividades pedagógicas neste contexto, fugindo da ideia que seremos
professores para atuarmos em sala de aula. Assim os futuros licenciados, estão atuando
nas dores da falta dos amigos, dos professores e do acesso ao conhecimento da
utilização do tempo/hospital, do acompanhamento nos estudos garantido em Lei.
4 CONCLUSÕES
Portanto, acreditamos na educação como prática social voltada para a emancipação,
onde os sujeitos são protagonistas do processo educativo, assim o apoio pedagógico
pautado na afetividade e voltado as práticas lúdicas, realizado por nós, através de
objetivos, conteúdos, procedimentos devidamente planejados independentemente do
local de atuação, são necessários para desenvolver e ampliar a aprendizagem dos
sujeitos hospitalizados.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.Resolução
n°41/1995 de 13 de outubro de 1995. Aprova em sua íntegra o texto oriundo da
Sociedade Brasileira de Pediatria, relative aos Direitos da Criança e do Adolescente
hospitalizados. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF); Out 17;
Seção 1:163/9-16320, 1995.
CECCIM Ricardo B. Classe hospitalar: encontros da educação e da saúde no ambiente
hospitalar. Pátio. 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia.39ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
SILVA, Edileuza F. da. A aula no contexto histórico. In.: In.: VEIGA, Ilma P (Org.).
Aula: Gênese, Dimensões, Princípios e Práticas. Campinas: Papirus, 2008.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Tatiele de Paula77
Margrid Beuter2
Fabryciane L. Grecco1
Luis Eduardo Oliveira dos Passos3
Eliane Raquel Rieth Benetti4
Francine Feltrin de Oliveira5
O USO DO MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL EM PESQUISAS
COM IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi desenvolvido e publicado em 1975
(FOLSTEIN; FOLSTEIN; MCHUGH, 1975), com objetivo de avaliar o estado mental,
mais especificamente sintomas de demência, diante da necessidade de uma avaliação
padronizada, simplificada, reduzida e rápida no contexto clínico. No Brasil o MEEM foi
traduzido e validado por Bertolucci et al. (1994), aplicado com o objetivo de determinar
o nível cognitivo dos idosos. É o teste de rastreio cognitivo mais utilizado no mundo,
inclusive em pesquisas em geriatria e gerontologia e avalia a Orientação, Memória
Imediata, Atenção e Cálculo, Memória de Evocação e Linguagem. Ante o exposto, esse
relato tem por objetivo descrever e refletir sobre a utilização do MEEM em pesquisas
com idosos.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, de cunho reflexivo, construído a partir da
utilização do MEEM em pesquisas realizadas com idosos.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os idosos apresentam uma propensão de um declínio cognitivo e demência. Dessa
forma, como um instrumento clínico, o MEEM pode ser utilizado para rastrear perdas
cognitivas, e no segmento evolutivo de doenças e monitoramento da resposta ao
77 Discente da Graduação em Medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista
PROIC-HUSM 2018. 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de Enfermagem e do
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado,
Saúde e Enfermagem. 3 Discente da Graduação em Enfermagem da UFSM. Bolsista Iniciação Científica 2018. 4 Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e
Enfermagem. 5 Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM.
Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem.
tratamento dessas doenças. Em pesquisas realizadas pelo Núcleo Interdisciplinar de
estudos e Pesquisas sobre o Envelhecimento (NIEPE) com idosos hospitalizados, o
MEEM têm sido utilizados como instrumento para rastrear idosos com capacidade
cognitiva preservada. Sabe-se que a escolaridade é um dos fatores que influencia nos
escores do mini exame, por isso são utilizados diferentes pontos de corte. Dentre os
pontos de corte publicados, utiliza-se como referência o escore de 18 para não
alfabetizados; 21 para aqueles com escolaridade entre um e três anos; 24 para idosos
entre quatro e sete anos de educação formal, e 26 para aqueles com mais de sete anos de
escolaridade (CARAMELLI; NITRINI, 2000). A aplicação do MEEM exige do
pesquisador conhecimento sobre o instrumento, bem como sobre particularidades do
idoso, além de habilidades de comunicação e instrumentais.
4 CONCLUSÕES
O MEEM contribui para o aprimoramento na avaliação dos idosos e, inclusive, permite
propor intervenções a partir das perdas cognitivas. Sua utilização em pesquisas com
idosos, na área da saúde, é relevante, pois permite rastrear idosos com status cognitivo
preservado, bem como delinear um perfil desses idosos. Ademais, a aplicação do teste
oportuniza novos conhecimentos na área da saúde do idoso, e consequentemente
avanços no cuidado a essa população.
REFERÊNCIAS
1. Folstein M, Folstein S, McHugh P. “Mini-mental state”. A practical method for
grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res 1975;
12(3):189-198.
2. CARAMELLI, P.; NITRINI, R. Como avaliar de forma breve e objetiva o estado
mental de um paciente? Revista da Associação Médica Brasileira, v. 46, n. 4, p. 289-
311, 2000.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Josiane Bertoldo Piovesan78
Suzel Lima da Silva79
ONCOLOGIA INFANTIL: NECESSIDADE DE AMPLIAR O OLHAR
FRENTE O “SER CRIANÇA”
1 INTRODUÇÃO
Dentre as diversas áreas de atuação da Terapia Ocupacional (TO), na oncologia infantil
as intervenções podem ser de cunho preventivos, curativos e paliativos (Garcia-
Schinzari N.R, Sposito A.M.P, Pfeifer L.I, 2013). As práticas realizadas pela TO nesse
contexto são inúmeras, porém o brincar recebe destaque, uma vez que se entende que é
por meio dele que a criança se desenvolve e se constitui como sujeito. Quando se trata
de doenças de cunho oncológico, é possível observar as funções da criança, limitadas e
empobrecidas, acometidas pela hospitalização e o tratamento/fase a qual o paciente se
encontra. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso, vivenciado no
estágio supervisionado de TO da UFSM. A partir desta vivência, foi possível
compreender sucintamente o papel da TO junto a esses pacientes, uma vez que, o
brincar ganha reconhecimento como instrumento potencializador de um Desempenho
Ocupacional saudável.
2 MÉTODO
A partir das vivências proporcionadas pelo Estágio Supervisionado em Terapia
Ocupacional no contexto da Hemato-Oncologia do Hospital Universitário de Santa
Maria (HUSM), no total de um semestre, composto por atendimentos semanais, com
média de 45 min a 60 min cada, foi possível escolher um caso particular. A
singularidade, encontra-se no fato de ser uma criança que foi atendida por 3 estagiárias
ao longo do estágio. Foram três olhares diferentes para um mesmo caso, que gerou
discussões para pensar em um planejamento adequado para o caso.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Paciente J.S.P, sexo masculino, 3 anos de idade. Com o diagnóstico de Leucemia
Linfóide Aguda (LLA), o paciente já estava em tratamento desde o ano de 2012, tendo
como cuidadora principal a mãe. J.S.P, apresentava como características marcantes, a
timidez, pouco comunicativo e retraído. Por apresentar algumas dificuldades de
socialização, e repertório lúdico limitado, o caso foi encaminhado para o estágio.
Durante o processo, J.S.P, também foi avaliado pela equipe multiprofissional do setor,
composta por Terapeuta Ocupacional, Fonoaudióloga e Psicóloga.
78 Terapeuta Ocupacional formada pela UFSM; 79 Terapeuta Ocupacional formada pela UFSM;
4 CONCLUSÕES
A partir da avaliação notou-se que J. S. P apresentava o brincar limitado, empobrecido,
sem referência de jogo simbólico. Limitações de ordem cognitiva e linguagem também
estavam em desacordo para a faixa etária; em decorrência do tratamento quimioterápico,
algumas fragilidades motoras estavam presentes; e os aspectos psicomotores em
desenvolvimento adequado. Após a avaliação, o Plano Terapêutico de J. S. P conta com
amenização do processo de internação, por meio de resgate de interesses relacionados
ao contexto domiciliar e familiar. A partir das avaliações e intervenções realizadas,
destaca-se que dentre as fragilidades encontradas para o fechamento do caso atendido ao
longo do estágio, o critério do pouco tempo destinado para aprofundamento sobre
singularidades do campo de práticas, prejudicou para a avaliação dos resultados
propostos pelas atividades planejadas. O campo da oncologia reflete variados sintomas
e reflexos na vida de todos os envolvidos, e a singularidade do público infantil se faz
nas entrelinhas de compreender o brincar como a função principal do ”ser criança”.
REFERÊNCIAS
1. Garcia-Schinzari N.R, Sposito A.M.P, Pfeifer L.I. Cuidados paliativos junto a
crianças e adolescentes hospitalizados com câncer: o papel da terapia
ocupacional. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 59, n. 2, p. 239-247, 2013.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Henrique Rezer Mosquér da Silva80
Magnus Trommer Neto81
Mirkos Ortiz Martins 82
Anderson Luiz Ellwanger83
ORGANIZAÇÃO DE UM SENSOR DE PRESSÃO PARA ATENUAR
LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES COM DIFICULDADES DE
LOCOMOÇÃO.
1 INTRODUÇÃO
Dentre as inúmeras complicações decorrentes de um processo de hospitalização, a lesão
por pressão (LPP) é bastante evidente. Além de ser uma ocorrência comum em
pacientes hospitalizados, representa um problema de saúde significante e oneroso em
pacientes imobilizados portadores de doenças graves (FERNANDES, 2000). Sobre a
incidência da LPP, Costa (2010), identificou uma ocorrência em 22% em pacientes
acamados. Além disso, Matos e colaboradores (2010) pesquisaram três hospitais no
estado de Mato Grosso e verificou-se uma incidência global de 37,03%, ressaltando que
a maioria das lesões ocorria durante a primeira semana de internação. Uma lesão por
pressão é uma lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma
proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças
de torção. O resultado final dessas LPP são úlceras, ou seja feridas expostas. A
categorização e encaminhamentos dessas lesões são norteados por um guia disponível
em http://www.epuap.org/wp-content/uploads/2016/10/portuguese-quick-reference-
guide-jan2016.pdf. Para atenuar tal contexto, o objetivo deste estudo é a criação de um
equipamento sensível à pressão, que ficará sob o paciente com restriçòes locomotivas,
tanto cadeirantes bem como acamados, permitindo o monitoramento do tempo de não-
movimento das partes do corpo. Essa informação será transmitida ao celular do
cuidador que poderá mover aquela parte do corpo, fazendo com que a pressão não seja
exercida em somente um local. Isso reduzirá a probabilidade de causar uma LPP bem
como atenuar a geração de úlceras de todo o tipo.
2 MÉTODO
Estamos em processo de desenvolvimento, fazendo estudos e pesquisas com a
finalidade de encontramos o melhor método de analisar a pressão que o paciente
exercera sobre o equipamento, para melhores resultados. Nossos tópicos são, pesquisa
bibliográfica, desenvolver o sensor, desenvolver o aplicativo de transmissão de dados
do sensor para o celular do cuidador e testar Eficiência.
80 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 81 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 82 NATS da GEP/HUSM/EBSERH; 83 Superintendente do HUSM/EBSERH.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Identificamos até o momento os locais necessários á ter estes sensores de pressão, o
tempo que limite que o paciente deve permanecer deitado na mesma posição, que são 2
horas e identificamos o micro controlador, usaremos o Nodemcu Esp-12 e entendemos
ser o mais correto, para chegarmos ao equipamento final precisamos estudar qual sensor
utilizaremos, e como desenharemos a malha elétrica.
4 CONCLUSÕES
A organização do sensor e bem como a forma de transmissão de dados estão em fases
de testes, necessitando de mais pesquisas e estudos em torno do tema.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. COSTA, I. G Incidência de úlcera por pressão em hospitais regionais de Mato
Grosso, Brasil.Revista Gaúcha de Enfermagem. Porto Alegre, v.31, p.693-700,
2010.
2. FERNANDES, Luciana. Úlcera de Pressão em Pacientes Críticos
Hospitalizados. Uma RevisãoIntegrativa da Literatura.. 2000,168 p.
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade de São Paulo,Ribeirão
Preto, São Paulo, 2000.
3. National Pressure Ulcer Advisory Panel, European Pressure Ulcer Advisory Panel
and Pan Pacific Pressure Injury Alliance Prevention and Treatment of Pressure
Ulcers: Quick Reference Guide. Disponivel em: http://www.epuap.org/wp-
content/uploads/2016/10/portuguese-quick-referenceguide-jan2016.pdf, Acesso
em: 21/08/2018.
ÁREA TEMÁTICA: Pesquisa
OS NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS
Janine Machado;
Millene M. Bovolini;
Maria do Carmo Araújo
Descritores: anticoagulantes; coagulação sanguínea; terapia.
1.INTRODUÇÃO
As doenças tromboembólicas estão entre as principais causas de morbimortalidade no
Brasil e no mundo. Caracterizam-se pela obstrução de artérias ou veias por coágulos
formados localmente ou por trombos liberados na circulação sistêmica. (REZENDE,
2009), dentre as terapias utilizadas para o tratamento dessa dessas doenças estão o uso
de anticoagulantes orais, neste contexto se insere o objetivo de estudo que visa ampliar
o conhecimento sobre os anticoagulantes orais.
2. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo do tipo revisão narrativa de literatura, o qual visa proporcionar
novas informações e conhecimentos atuais sobre o tema explorado ou enfatizar lacunas
no corpo de pesquisas e, assim, instigar pesquisadores a melhorar o acervo científico
sobre o assunto (OLIVEIRA, 2013). A busca bibliográfica foi desenvolvida no
MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) utilizando como
descritores: anticoagulantes AND coagulação sanguínea AND terapia, com recorte
temporal de 2010 a 2018, a busca resultou em 6 artigos com texto disponível na integra
e em língua portuguesa.
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Por mais de cinco décadas os antagonistas de vitamina K foram os únicos
anticoagulantes disponíveis no tratamento e profilaxia de distúrbios de coagulação por
suas conhecidas limitações farmacodinâmicas e farmacocinéticas, atualmente são
encontrados novos anticoagulantes orais cujos mecanismos de ação estão centrados em
uma inibição direta do fator Xa e inibição direta da trombina, os quais demonstram
eficácia semelhante aos AVK e baixo risco de sangramento e não necessitam de
monitoramento constantes por apresentarem baixa interação com outras fármacos e
alimentos (SILVA, 2012; MARQUES, 2013).
5. CONCLUSÃO
Os novos anticoagulantes orais representam uma grande promessa para as próximas
décadas, ajustes ainda são necessários mais os NOACS vem se mostrando uma opção
segura e eficiente para o tratamento e profilaxia
REFERÊNCIAS
MARQUES, Marcos Arêas. Os novos anticoagulantes orais no Brasil. Jornal Vascular
Brasileiro, v. 12. n.3, p. 185-186, 2013.
OLIVEIRA A.R.S. et al. Validação clínica dos diagnósticos, intervenções e resultados
de enfermagem: revisão narrativa da literatura. Rev. enferm., v. 21, n. 1, p. 113-120,
2013.
REZENDE, S.M. DE BASTOS, M. Distúrbios tromboembólicos, In: Antônio Carlos
Lopes Vicente Amato Neto. (Org.). Tratado de Clínica Médica. 2a ed. São Paulo: Roca,
2009, v. 2, p. 2044-2058.
SILVA, Pedro Marques Da. Velhos e novos anticoagulantes orais. Perspectivas
Farmacológica. Revista portuguesa de cardiologia. V. 31. P. 6-16, 2012.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Amanda Fernandes Klajn 84
Mônika dos Santos 1
Danilo Gomes de Miranda Alencar 1
Henrique Hauck do Nascimento 1
Tatiele dos Santos Batista2
OS TEMPOS NA CADEIA DE ATENDIMENTO ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL
1 INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das doenças mais prevalentes do mundo e
uma das que mais gera incapacidades no homem, tanto físicas quanto sociais, sendo o
seu tratamento intimamente relacionado ao tempo de intervenção no momento agudo
após o início dos sintomas. Inúmeras são as dificuldades que se interpõem no curso do
paciente, do início dos sintomas à chegada ao hospital, na maior parte dos locais,
atrasando ou impossibilitando tratamento agudo de reperfusão, restando apenas o
manejo das complicações secundárias do AVC. O objetivo primário deste trabalho é
analisar a média dos tempos de atendimento do AVC intra e extra-hospitalar, nos
diferentes hospitais do mundo. Secundariamente, objetiva-se analisar os fatores
relacionados à internação precoce e tardia; as intervenções desenvolvidas para melhorar
a performance do tempo de atendimento e tratamento agudo do AVC; informações
sobre prevalência e incidência do AVC, bem como sobre a realização de trombólise e
trombectomia mecânica nos pacientes atendidos dentro da janela de tempo esperada.
2 MÉTODO
Revisão sistemática da literatura na base de dados PubMed, utilizando-se como
descritores os termos “stroke”, “time-to-treatment”, “emergency medical services”,
“time management”, “emergency care”; “prehospital”, “therapeutic thrombolyses”,
“trombectomy”, obtendo-se um total de 273 artigos, nos últimos 10 anos e sendo
selecionados 55 artigos de acordo com critérios específicos de inclusão e exclusão.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O reconhecimento dos sinais do AVC pela população leiga chegou a 95% nos estudos
analisados. O tempo médio encontrado de chegada ao pronto-Atendimento de
Emergência (PAE) variou de 62 a 88 min. O tempo de início dos sintomas ao PAE
variou de 116 min a 350 min. A média do tempo porta-agulha (admissão hospitalar ao
início da terapia de reperfusão) foi de 58 min. O tempo de chegada em menos de 3 horas
84 Acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil. 2 Acadêmica do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil.
(independente do tratamento) associou-se com menor mortalidade aos 3 e 6 meses pós
intervenção e com menor número de complicações intra-hospitalares.
4 CONCLUSÕES
A despeito de haver reconhecimento dos sinais do AVC pela maior parte da população
leiga nos estudos analisados, ainda é tardia a procura pelo AE.
REFERÊNCIAS
1. POLESE,C.J .et al.Avaliação da funcionalidade de indivíduos acometidos por
acidente vascular cerebral. Revista Neurociências,v.16 n .3 , p. 175-178,2008.
2. WHO STEPS Stroke Manual: Te WHO STEP wise approach to stroke
surveillance. Disponível em: <http://www.who.int/chp/steps/Manual>>.
Acesso em: 03 set. 2018.
3. SIEGLER ,JE.et al. A comprehensive stroke center patient registry: advantages,
limitations, and lessons learned. Med Student Res J. 2013 ,v ; 2: 21–29,2013.
4. ATSUMI C,.et al. Quality Assurance Monitoring of a Citywide Transportation
Protocol Improves Clinical Indicators of Intravenous Tissue Plasminogen
Activator Therapy: A Community-based, Longitudinal Study. J.Stroke
Cerebrovasc Dis. V. 24. 1 183-188,2015.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Natiele Dutra Gomes Gularte85
Maria Teresa Aquino de Campos Velho86
Kelly Carvalho Silveira Gonçalves87
OS VALORES E A EMPATIA COMO FORMA DE ENSINO E RESGATE
DA RELAÇÃO CLÍNICA
1 INTRODUÇÃO
A Relação Clínica (RC) é um termo criado para definir o contato do médico com o
paciente, familiares, equipe de saúde e colegas sendo mais abrangente que a Relação
Médico Paciente. Essa discussão é importante na formação dos estudantes de medicina
pois conforme as teorias do ensino de adultos, o aprendizado social valoriza a interação
com o meio como forma de construção do conhecimento. Tendo em vista as várias
metodologias ativas disponíveis para ensino-aprendizagem da RC e a significância da
mesma na prática médica, torna-se importante proporcionar aos alunos do curso de
medicina, oportunidades para aprofundarem seus conhecimentos nessa temática.
2 MÉTODO
Propusemos um projeto de extensão com a realização de seis oficinas para 33 alunos do
curso de medicina, previamente inscritos. Em cada encontro foram debatidos assuntos
relacionados à RC, tais como: habilidades de comunicação, notícias difíceis, cuidados
paliativos, empatia, enfrentamento do luto e da morte. Ao final realizamos dois grupos
focais com intuito de avaliar a percepção dos alunos acerca dos temas e das
metodologias propostas. As falas transcritas a partir da gravação dos grupos focais e os
apontamentos dos pesquisadores realizados durante os encontros serviram de base para
uma pesquisa qualitativa que resultou em uma dissertação do Mestrado Profissional em
Ciências da Saúde.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após análise de conteúdo das falas transcritas (BARDIN,2011), identificamos quatro
categorias principais: aprendendo e ensinando metodologias ativas; a importância da
comunicação na RC (as notícias difíceis e os relatos vivos de pacientes que receberam
uma notícia difícil); a morte e o luto – palavras não faladas; os valores como forma de
resgate e a empatia como fio condutor da RC. Neste trabalho, optamos por destacar a
última categoria que elenca a importância do aprendizado através de modelos. A partir
85 Docente Universidade Franciscana/Mestrado Profissional em Ciências da Saúde/UFSM 86 Docente da Universidade Federal de Santa Maria/Departamento de Ginecologia e
Obstetrícia 87 Docente da Universidade Federal de Santa Maria e Universidade Franciscana/Mestrado
Profissional em Ciências da Saúde/UFSM.
desse conceito foi trabalhado durante o projeto que professores e preceptores podem ser
exemplares na técnica, nas atitudes e nos valores. Avaliando as falas transcritas
relacionadas à essa categoria percebemos o quanto os alunos trouxeram exemplos bons
e ruins de práticas vivenciadas na formação. Ressaltamos que os docentes podem
contribuir no aprendizado técnico, emocional e moral dos graduandos.
4 CONCLUSÕES
Por meio desse projeto, pretendemos retomar a importância da RC propondo espaços
para discussão, referenciais teóricos e práticos que sensibilizassem e favorecessem o
resgate de ação adequada em importantes tarefas médicas: a comunicação e a relação
interpessoal. Uma das categorias revelou o quanto os alunos observam os professores
como exemplos de valores e moral e não apenas de técnica. Assim, se temos o intuito de
formar alunos mais empatas, é salutar que professores e preceptores demonstrem
empatia com os próprios estudantes e com os pacientes atendidos em frente a esses
alunos.
REFERÊNCIAS
1. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011
2. GRACIA, D. Valor y precio. 1 ed. Madrid: Triacastela, 2013.
3. MITRE, S. M. I. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação
profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro,
v. 13, 2008. Disponível em
https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S141381232008000900018&script=sci_ar
ttext&tlng=es. Acesso em: 23 mar. 2018
4. PEABODY, F. W. The Care of the Patient. JAMA, v. 88, n. 12, p. 877-882, 1927.
Disponível em https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/245777.
Acesso em: 05 mai. 2018
5. PROVENZANO, B. C. et al. A empatia médica e a graduação em medicina.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014; n. 4, p. 19-25, 2014. Disponível em:
http://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/13941. Acesso
em: 08 mai. 2018
6. QUINTANA, A. M. et al. A angústia na formação do estudante de medicina.
Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 32, n. 1, p. 7-14, mar.
2008. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100550220080001000
02&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02 jul. 2018
ÁREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Amanda de Souza Brondani88
Aline Oliveira da Silva89
Camila Freitas Hausen90
Karenina Correa Sampson91
Paola Souza Castro Weis92
Viviane Dutra Piber93
OUTUBRO ROSA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA UNIDADE
TOCOGINECOLÓGICA
1 INTRODUÇÃO
O câncer de mama é um problema de saúde pública que afeta mulheres e homens no
mundo inteiro, sendo enfoque de amplos debates com o objetivo de promover
prevenção, diagnóstico e tratamento, visando à redução da morbimortalidade
(SCLOWITZ et al., 2004). A fim de promover conscientização sobre essa patologia e
estimular o envolvimento da população, aderiu-se ao movimento “Outubro Rosa”,
celebrado anualmente, intensificando-se as campanhas de prevenção (INCA, 2018a). No
Brasil, são previstos 59.700 novos casos para cada ano em 2018 e 2019. Trata-se de
uma das mais incidentes neoplasias no público feminino do Rio Grande do Sul, cerca de
56,33 casos para cada 100 mil mulheres (INCA, 2018b). Diante deste contexto, são
necessárias ações de prevenção e educação, sendo relevante o enfoque deste tema em
instituições de saúde, especialmente em unidades prioritariamente femininas, como a
tocoginecológica.
2 MÉTODO
O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo qualitativo, desenvolvido por meio
de um relato de experiência, referente à atividade de educação em saúde, com objetivo
de prevenir o câncer de mama. Ocorreu no mês de outubro de 2018 e foi desenvolvida
pela equipe da Residência Multiprofissional, com ênfase em materno-infantil, junto à
equipe atuante da unidade tocoginecológica de um hospital público no sul do país.
Participaram cerca de 15 mulheres e seus acompanhantes, os quais foram convidados
pela equipe e conduzidos ao hall da unidade, onde ocorreram as atividades.
88 Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e Atenção
Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 89 Assistente social residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e
Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 90 Enfermeira residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e Atenção
Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 91 Fonoaudióloga residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e Atenção
Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 92 Enfermeira especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde/ EBSERH. 93 Terapeuta ocupacional residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e
Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A fim de facilitar a adesão à ação, utilizaram-se estratégias como o oferecimento de
serviços de beleza e relaxamento, incluindo massagem corporal, maquiagem, hidratação
e limpeza de pele. Contou-se com o apoio do curso de Estética e Cosmética de outra
Instituição de Ensino Superior. Enquanto as pacientes participavam das atividades, foi
proposta uma roda de conversa, com conscientização sobre o que é o “Outubro Rosa”,
orientações sobre prevenção do câncer de mama, demonstração da realização do
autoexame das mamas, com peça anatômica mamária, alertando-se para os principais
sinais e sintomas desta neoplasia. Ainda, estimulou-se o público alvo a buscar as
unidades básicas de saúde ao perceber alterações e também a realizar mamografia e
exame preventivo de colo uterino.
4 CONCLUSÕES
Constatou-se que este espaço propiciou a interação e a troca de experiências entre os
usuários e a equipe, bem como um momento para o desenvolvimento de educação em
saúde sobre o câncer de mama e esclarecimento de dúvidas acerca da saúde feminina.
Ademais, estimulou-se o trabalho interdisciplinar, com os diversos núcleos que formam
a equipe da residência, possibilitando cuidado integral. Para além disso, a atividade
ainda contribuiu para uma assistência ampla, visando para além dos aspectos biológicos
das mulheres, abrangendo autoestima e lazer, contribuindo para a humanização do
ambiente hospitalar.
REFERÊNCIAS
5. SCLOWITZ, M. Leal; MENEZES, A. M. Baptista; GIGANTE, D. Petrucci; et
al. Condutas na prevenção secundária do câncer de mama e fatores associados. Revista
de Saúde Pública, v.39, n.3, p. 340-349, 2005. Disponível em:
<https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0034-
89102005000300003&script=sci_arttext&tlng=es>. Acesso em: 01 de novembro de
2018.
6. INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Outubro
Rosa. Ministério da saúde, 2018a. Disponível em: < http://www.inca.gov.br/outubro-
rosa/outubro-rosa.asp>. Acesso em 02 de novembro de 2018.
7. INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativas
2018: incidência de câncer no Brasil. Ministério da Saúde, 2018b. Disponivel em:
<http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/introducao.asp>. Acesso em: 01 de novembro
de 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Ana Aparecida de O. Kipp1
Vanessa S. Taschetto¹
Bárbara C Dutra1
Fabiana L. Silva 1
Janice Cristina Soares 2
PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E AVALIAÇÃO DA
INTENSIDADE DE DISPNEIA EM DPOC: RELATO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) causa uma limitação do fluxo de ar
nos pulmões devido a uma resposta inflamatória do pulmão aos agentes nocivos. Do
ponto de vista clínico a DPOC pode ser descrito como uma condição pulmonar crônica,
apresentando tosse produtiva, dispneia aos esforços, progressiva e a sua maior causa é o
tabagismo. (OLIVEIRA, Julio Cezar Abreu de et al, 2007).
2 MÉTODO
Este estudo procurou avaliar a percepção da qualidade de vida e mensurar a intensidade
da dispneia de uma portadora de DPOC. Trata-se Relato de Caso, onde participou uma
paciente de 76 anos de idade, do sexo feminino, com 23 anos da doença detectada,
atendida pelos alunos a disciplina de Estágio em Fisioterapia Hospitalar I da ULBRA
Santa Maria. Usou-se como instrumento de avaliação o “Questionário do Hospital Saint
Georg na Doença Respiratória (SGRQ), que é específico para avaliar a qualidade de
vida em DPOC, este questionário contem três domínios: sintomas, atividades e impactos
divididos em 76 itens que pode ser auto administrado ou lido para o paciente responder,
e a “Escala Modified Medical Research Council (mMRC )” que mensura a dispneia do
paciente.
ANÁLISE DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados para a qualidade de vida feita com o SGRQ foram: para o domínio
sintomas 80,2; para o domínio impacto social 85,1; e para o domínio atividades 75,1.
O mMRC indicou o valor 4 para a mensuração da dispneia da paciente.A intensidade da
dispneia estabelece a gravidade da doença e sua redução é o maior objetivo da
terapêutica de DPOC (CAMARGO,2010), em nosso estudo a paciente apresenta o grau
máximo de dispneia segundo a escala mMRC. Quanto a qualidade de vida, o domínio
impacto social apresentou maior valor, corroborando com estudo já realizado, onde o
domínio impacto tem maior correlação com o escore total (BUSS, 2008), seguido pelos
domínios sintomas e atividades.
4 CONCLUSÕES
Concluiu-se após o presente estudo, que a paciente precisou conformar seu dia a dia,
devido a intensa dispneia e sua qualidade de vida foi reduzida drasticamente tornando-
se uma pessoa muito dependente.
REFERÊNCIAS
1. OLIVEIRA, Júlio Cesar Abreu de; José Roberto Jardim; Erich Vidal Carvalho.
DPOC: Doença Estável. Pneumoatual 1, nov.2007. www2 unifesp.br.
2. BUSS, Andreia Soria; Luciano Muller Correia da Silva. Estudo comparativo entre
dois questionários de qualidade de vida em paciente com DPOC. Jornal Brasileiro de
Pneumologia.2009, vol.35, n.4, pp.318—324. www.Scielo.br
3. CAMARGO, Lilia Azzi Collet da Rocha, Carlos Alberto de Castro Pereira. Dispneia
em DPOC. Além da escala modified Medical Research Council. Jornal de Pneumologia.
2010, vol.36, n.5, pp. 571-578. www.Scielo.br.
ÁREA TEMÁTICA: ENSINO/PESQUISA
PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE A
PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL
Autores:
Eduardo da Silva Gomes94;
Angélica Dalmolin95;
Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini96.
1 Introdução: A palavra estoma deriva do grego e significa abertura de qualquer
víscera oca do organismo (SANTOS, 2000). Deste modo, a estomia de eliminação
intestinal tem sua origem no intestino delgado ou grosso, sendo uma conduta terapêutica
que gera desordens biológicas, psíquicas e sociais, exigindo que o paciente se adapte, ao
poucos, a um novo modo de viver (COELHO, 2013). Considerando as mudanças
vivenciadas pelo paciente, torna-se importante que os cuidados de enfermagem se façam
presentes em todo período perioperatório, por meio de uma assistência que considere
suas singularidade e capacite-o para o autocuidado. Para isso é relevante que os
profissionais de enfermagem, compreendam o significado de viver e conviver com uma
estomia, no intento de tecer estratégias efetivas, voltadas as reais necessidades desses
pacientes. Assim, tem-se como objetivo: descrever a percepção dos profissionais de
enfermagem sobre a pessoa com estomia de eliminação intestinal.
2 Método: Trata-se de um recorte de uma dissertação de mestrado, o qual caracterizou-
se como qualitativa, de natureza descritiva, realizada na clínica cirúrgica do Hospital
Universitário de Santa Maria, com os profissionais de enfermagem atuantes no setor. A
coleta de dados foi realizada no período de março a junho de 2018, através das técnicas:
observação não participante, análise documental e entrevista semiestruturada, e,
submetidos a espiral da análise dos dados (CRESWELL, 2014). Aprovado por comitê
de ética em pesquisa sob parecer número 2.507.460.
3 Análise e discussão dos resultados: a confecção da estomia é vista pelos
profissionais como um evento impactante na vida das pessoas, repleto de dúvidas e
sofrimento, gerando incômodo, enquanto deveria representar uma forma de tratamento e
cura. Os profissionais percebem, inicialmente, que os pacientes demonstram revolta e
resistência à sua nova condição, caracterizada por evitar olhar para a estomia e negar-se
em realizar as ações de autocuidado necessárias para sua manutenção. Para mais,
revelam que a aceitação da estomia poderia ser facilitada, se houvesse orientações e um
preparo mais eficaz no período pré-operatório. Assim, percebe-se a importância das
orientações educativas de enfermagem, com vistas a orientar o paciente acerca da
94Acadêmico de enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). 95Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM). 96 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora adjunta do departamento de enfermagem da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
singularidade de viver e conviver com a estomia, diminuindo as dúvidas e os anseios
que permeiam o processo de adaptação ao estoma.
4 Conclusão: Os profissionais percebem que a confecção da estomia é vista como um
problema, o qual faz emergir medos, angústias e incertezas, em que a negação e a
resistência são compreendidas como formas de enfrentamento à nova condição. Assim,
a promoção do autocuidado é imprescindível para o processo de adaptação, pois permite
que o paciente se torne autônomo e independente.
Referências:
COELHO, A.R; SANTOS, F.S; POGGETTO, M.T.D. A estomia mudando a vida:
enfrentar para viver. Rev. Min. Enfermagem, 17(2): 258-67, 2013. Disponível em:
<http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/649> Acesso em: 04 nov. 2018
CRESWELL, J. W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa. 3.ed. Porto Alegre-
RS: Penso, 2014.
SANTOS, V.L.C.G; SAWAIA, B.B. A bolsa na mediação "estar ostomizado" - "estar
profissional": análise de uma estratégia pedagógica. Rev.latino-am.enfermagem, 8(3):
40-50, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
11692000000300007&script=sci_abstract&tlng=es> Acesso em: 04 nov. 2018.
Descritores: Enfermagem; Estomias; Cuidados de Enfermagem; Profissionais de
Enfermagem
Trabalho apoiado pelo Programa PROIC-HUSM/UFSM
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Camila Lopes Marafiga97
Caren Bertodoldo98
Maria Luisa Souza Maidana99
Priscila Kurz de Assumpção100
PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS FRENTE A TERMINALIDADE
EM CRIANÇAS: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA
1 INTRODUÇÃO
A partir do século XX ocorreram transformações técnico-científicas na saúde que
proporcionaram o prolongamento da vida de crianças. No entanto, algumas patologias
não apresentam possibilidade de cura, resultando no processo de terminalidade da vida.
Isso provoca sentimentos negativos tanto para a família, quanto para equipe de saúde
(SANTANA et al 2017). Assim fez-se necessário a adoção dos cuidados paliativos, os
quais visam à redução da dor e sofrimento e também a melhora na qualidade de vida dos
pacientes e suas famílias. Nessa perspectiva a enfermagem exerce papel importante,
pois valoriza a subjetividade da criança, estabelecendo vínculos que permitem a
assistência integral (GUIMARÃES et al, 2016). Para tanto questionou-se: qual a
percepção dos enfermeiros frente a terminalidade em crianças? Assim o objetivo desse
trabalho é identificar nas publicações cientificas as percepções dos enfermeiros frente a
terminalidade em crianças.
2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa com abordagem qualitativa sobre
as percepções dos enfermeiros frente à terminalidade infantil. Realizou-se a busca
durante o mês de novembro de 2018 nas bases de dados LILACS e BDENF com a
seguinte estratégia: “TERMINALIDADE” AND “CRIANÇ$” AND
“ENFERMAGEM”. Resultaram 14 produções. Foram incluídas produções em
português, que estivessem disponíveis e atendessem a temática. Assim foram incluídas
no estudo 7 produções visto que as duplicadas foram consideradas apenas uma vez.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foi possível identificar que frente à terminalidade em crianças os enfermeiros sentem-se
impotentes, estressados, frustrados e decepcionados consigo mesmo, isso se explica pela
cobrança da sociedade pela continuidade da vida. Ainda, a criança é identificada como a
fase mais difícil no contexto da terminalidade, visto que ainda não viveu o suficiente,
97 Acadêmica da Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA; 98Mestranda do Programa de Pós graduação em Enfermagem da UFSM; 99Acadêmica da Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA; 100 Docente da Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.
quando comparada ao adulto, por exemplo. Além disso, a morte na infância é entendida
muitas vezes como erro médico, contrariando a ordem natural das coisas. Ademais,
muitos enfermeiros demonstram dificuldade de comunicar notícias difíceis à família
referente à criança, mostrando assim a falta de habilidade em trabalhar com seus
próprios sentimentos. Contudo, identificamos também que muitos procuram conter
sentimentos pessoais, mantendo-se invariáveis no trabalho, possibilitando a transmissão
de segurança a criança e família, e a eficácia dos cuidados paliativos.
4 CONCLUSÕES
As percepções dos enfermeiros frente a terminalidade em crianças evidencia o
despreparo desses profissionais frente a esta temática, além de refletir questões
socioculturais dos mesmos. Assim compete as instituições de ensino abordarem esse
assunto, permitindo a ampliação do conhecimento, e consequentemente a efetividade do
cuidado nas diferentes situações da vida.
REFERÊNCIAS
1. SANTANA, J.C.B; DUTRA, B.S; CARLOS, J.M.M; BARROS, J.K.A.
Ortotanásia nas unidades de terapia intensiva: percepção dos enfermeiros.
Revista Bioética. v.25, n.1.Brasilia. Jan./abr. 2017. Disponível
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-
80422017000100158.> Acesso em: 03 nov.2018
2. GUIMARÃES, T.M; SILVA, L.F; SANTO, F.H.E; MORAES, J.R.M.M.
Cuidados paliativos em oncologia pediátrica na percepção dos acadêmicos de
enfermagem. Escola Anna Nery. v.20, n.2. Rio de janeiro. Abr./Jun. 2016.
Disponível em:<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
81452016000200261.> Acesso em: 03 nov.2018
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Otávio Hoss Benetti101
Marina Souza Caixeta1
Kauanni Piaia1
Marlucy Corin Rodrigues102
Camile Goebel Pillon103
Ivo Roberto Dorneles Prolla3,4
PERFIL CLÍNICO DE CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
SIMPLES EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA
1 INTRODUÇÃO
A Constipação Funcional Simples (CFS) apresenta alta prevalência em crianças,
principalmente em pré-escolares. É de fácil diagnóstico e tratamento, podendo ser
manejada na atenção primária. No entanto, muitos pacientes continuam sendo
encaminhados para serviços de referência por este motivo. O estudo do perfil clínico
dos pacientes que são encaminhados para o Ambulatório de Gastroenterologia
Pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria (AGP-HUSM), bem como a
identificação de possíveis fatores de gravidade que possam justificar estes
encaminhamentos foram os motivadores desta pesquisa.
2 MÉTODO
Estudo retrospectivo (revisão de prontuários) de crianças que consultaram de outubro de
2012 a abril de 2018 no AGP-HUSM, e que foram referendadas por médicos que atuam
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade e região. Constipação Funcional foi
diagnosticada conforme critérios de ROMA IV; e como “Simples” pela ausência de
inércia colônica.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram avaliados 565 pacientes, sendo 114 (20%) diagnosticados CFS, confirmando a
elevada prevalência descrita na literatura. Destes, 57% eram meninos, e 54% oriundos
de Santa Maria. Na primeira consulta, a média de idade foi de 74,6 (± 41,4) meses,
variando de 5 meses a 14 anos (51% entre 5 e 10 anos, e 27% entre 2 e 4 anos). A média
de tempo entre o início dos sintomas e a primeira consulta foi de 35,9 (± 31,8) meses,
semelhante a outros estudos que evidenciaram grande demora entre início de sintomas e
consulta médica. Os sinais e sintomas mais prevalentes foram fezes endurecidas (80%),
101 Acadêmico (a) de medicina da UFSM. 102 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM/EBSERH. 103 Gastroenterologista pediátrico (a) do HUSM/EBSERH. 4 Orientador.
dor/esforço evacuatório (67,5%) e fezes volumosas (37%). Sessenta e um por cento dos
pacientes necessitaram de apenas uma consulta para elucidação diagnóstica, reforçando
a facilidade na identificação da CFS; 72% já haviam recebido alguma conduta prévia,
porém ineficazes, o que demonstra pouco conhecimento quanto ao diagnóstico e manejo
adequado da CFS por médicos de UBS. Quanto à conduta tomada no AGP-HUSM,
apenas 5 pacientes responderam exclusivamente à orientação dietética; 70%
necessitaram uso de laxantes osmóticos com doses adequadas e apresentaram resposta
apropriada. Foi possível conduzir alta em 65% dos pacientes; 33% abandonaram o
acompanhamento, e apenas 2 seguem em tratamento.
4 CONCLUSÕES
A CFS ocupa uma elevada prevalência no AGP-HUSM. Quase metade dos casos
avaliados foram de fora do município, com longo tempo de evolução da doença e com
tratamentos ineficazes. Estes resultados indicam que há desconhecimento quanto ao
diagnóstico e manejo apropriados da CFS entre médicos que atuam em UBSs do nosso
município e região. Concluímos que a capacitação desses profissionais em relação à
CFS poderia evitar os problemas detectados no atual estudo.
REFERÊNCIAS
1. Drossman DA. The Rome IV Committees, editor. History of functional
gastrointestinal symptoms and disorders and chronicle of the Rome Foundation.
In: Drossman DA, Chang LC, Kellow WJ, Tack J, Whitehead WE, editors. Rome IV
functional gastrointestinal disorders: disorders of gut-brain interaction. I. Raleigh,
NC: The Rome Foundation; 2016. Disponível em: <https://theromefoundation.org/wp-
content/uploads/functional-gastrointestinal-disorders-history-pathophysiology-clinical-features-
and-rome-iv.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2018.
2. Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP: calendário de puericultura. Disponível em:
<www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/CalendarioPuericultura_Jan2014.pdf>. Acesso
em: 07 nov. 2018.
3. Van den Berg MM, et al (2006) Epidemiology of childhood constipation: a
systematic review. Am J Gastroenterol 101:2401–2409. Disponível em:
<https://www.nature.com/articles/ajg2006437>. Acesso em: 07 nov. 2018.
4. Rasquin A, et al. Childhood functional gastrointestinal disorders:
child/adolescent. Gastroenterology 2006; 130:152737. Disponível em:
<https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(06)00518-X/pdf>. Acesso em: 07 nov.
2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Laura Prestes Moreira104
Rafaela Andolhe105
Oclaris Lopes Munhoz106
Alessandra Suptitz Carneiro3
PERFIL DE SAÚDE DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DAS
UNIDADES DE PERIOPERATÓRIO
1 INTRODUÇÃO
O termo perioperatório abrange a experiência cirúrgica integral do paciente que consiste
nos períodos pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório (NETTINA, 2011). Nesse
período há atuação de profissionais da equipe multiprofissional, visando a integralidade
do cuidado. Portanto, o período perioperatório perpassa o processo de trabalho da
equipe multiprofissional nas unidades de internação cirúrgica, unidade de cirurgia geral
e SRPA/SRI. (HAYASHI, 2012). Neste contexto, o presente resumo tem por objetivo:
descrever o perfil de saúde dos profissionais de saúde das unidades de perioperatório de
um hospital da região central do Rio Grande do Sul.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal epidemiológico com abordagem quantitativa,
realizado nas unidades de perioperatório, sendo elas: Sala de Recuperação
Anestésica/Sala de Recuperação Intermediária, Centro Cirúrgico e Unidade de Cirurgia
Geral – Setor de Internação. Os preceitos éticos que envolvem pesquisas com seres
humanos foram seguidos. Parecer Comitê de Ética em Pesquisa nº 2.447.277. CAAE:
80587417.0.0000.5346.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Participaram do estudo 146 profissionais da área da saúde, entre eles fisioterapeutas,
médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e residentes. O perfil de saúde desses
participantes compreendeu as seguintes alterações: cardiovasculares (27,6%),
psiquiátricas/psicológicas (10,3%), endócrinas e metabólicas (13,8%), osteomusculares
e tecido conjuntivo (17,2%), gastrointestinais (3,2%), respiratórias (8,5%),
oftalmológicas (1,7%), neoplásicas e nódulos (1,7), outros (15,5%). Essas alterações no
perfil de saúde foram descritas pelos profissionais que participaram do estudo. Assim,
58 profissionais apresentaram alguma alteração de saúde, com destaque para as doenças
cardiovasculares. No estudo de Cavagioni (2012) realizado com 154 profissionais da
área da saúde, identificou-se que a população em plena atividade laboral apresentava
elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular, sendo 33,1%; o presente estudo
corrobora com os achados.
104Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Bolsista IC-HUSM; 105Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria; 106Mestrando(a) do PPGENF/UFSM;
4 CONCLUSÕES
A fim de contribuir para melhorar o perfil de saúde desses profissionais, é relevante
proporcionar subsídios que favoreçam a saúde desses trabalhadores no ambiente de
trabalho, bem como instigar a reflexão sobre hábitos saudáveis de vida.
REFERÊNCIAS
1. NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2011. HAYASHI, M. J., GARANHANI, L. M. O cuidado perioperatório ao
paciente ortopédico sob o olhar da equipe de enfermagem. Rev. Min. Enferm.;
n.16, v.2., p.208-216, abr./jun., 2012.
2. CAVAGIONI, L., PIERIN, G. M. A. Risco cardiovascular em profissionais de
saúde de serviços de atendimento pré-hospitalar. Rev Esc Enferm USP.; n.46,
v.2., p. 395-403., 2012.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores: Caroline Oliveira Corrieri1
Juliana Ebling Brondani1
Silvia Cercal Bender1
Adrielle Buligon Dalla Favera1
Anamarta Sbeghen Cervo2
Ivo Roberto Dorneles Prolla3
PERFIL DEMOGRÁFICO E NUTRICIONAL DOS PACIENTES EM
TERAPIA NUTRICIONAL NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SANTA MARIA – HUSM
1 INTRODUÇÃO
Terapia nutricional (TN) é essencial para prevenir a desnutrição hospitalar que
invariavelmente acontece na evolução das enfermidades. Influencia nas complicações
infecciosas, cicatrização, tempo de internação, custos hospitalares e mortalidade1.
Pacientes idosos são particularmente de alto risco para estas complicações nutricionais.
Pacientes clinicamente já desnutridos à internação despertam maior preocupação e
necessitam intervenção imediata. Por outro lado, pacientes com excesso de peso tendem
a ser subestimados quanto ao risco nutricional, pois erroneamente são considerados
como possuidores de reservas nutricionais e, assim, frequentemente a TN é postergada
ou negligenciada.
O conhecimento do perfil demográfico e nutricional dos pacientes em TN é importante
pois, ao conhecê-lo, promove-se melhor planejamento do processo de assistência à
saúde dos mesmos. A importância desse conhecimento está relacionada ao
direcionamento da assistência prestada, com especial atenção aos efeitos da terapia, ao
prognóstico e aos fatores de riscos aos quais os pacientes estão expostos2.
Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer o perfil demográfico e nutricional dos
pacientes em TN enteral no HUSM.
___________________
1Nutricionistas EMTN- EBSERH/HUSM; 2Enfermeira EMTN- EBSERH/HUSM; 3Médico EMTN- EBSERH/HUSM.
2 MÉTODO
Estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo. Os pacientes encontravam-se internados
nas seguintes Unidades: Terapia Intensiva, Cardiovascular Intensiva, Pronto Socorro,
Nefrologia, Psiquiatria Paulo Guedes, Cirurgia Geral, Clínica Médica I e II, Sala de
Recuperação Anestésica e de Recuperação Intermediária. A coleta de dados (sexo,
idade, e estado nutricional) deu-se a partir das “Notas de Alta da Terapia Nutricional”
no período de janeiro a julho de 2018. O estado nutricional foi classificado pelo Índice
de Massa Corporal, sendo os pontos de corte os recomendados para adultos (OMS, 1995
e OMS 1997), e para idosos (LIPSCHITZ, 1994). Os diagnósticos de “sobrepeso” e
“obesidade” para adultos, e “sobrepeso” para idosos, foram agrupados e definidos como
“excesso peso”. A análise estatística foi realizada no programa Microsoft Excel® 2016.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram avaliados 390 pacientes: 229 (58%) homens e 161 (42%) mulheres. Deste total,
39,5% eram adultos (média de idade: 44,1±13 anos), e 60,5% idosos do sexo masculino
(53%). Estes achados estão de acordo com estudo de Ueno et al (2018)1. Quando
analisamos o grupo de idosos, 24,1% deles tinham mais de 80 anos. Nesta faixa etária,
72,1% dos idosos apresentam risco nutricional moderado a alto2, e risco moderado a
grave de disfagia, que está relacionada à desnutrição3. Observou-se que 27% dos
pacientes apresentavam magreza ao iniciarem a TN. Assim, partem de um balanço
energético proteico desfavorável no enfrentamento de sua enfermidade, necessitando
intervenção nutricional imediata. Por outro lado, detectamos que 27,9% apresentavam
excesso de peso. Isso pode retardar a decisão quanto ao início da TN, uma vez que a
ideia de eles possuírem reservas nutricionais para enfrentarem períodos longos de jejum
ainda é uma realidade entre os profissionais. Assim, estes dois extremos de diagnósticos
nutricionais podem ser considerados problemáticos quanto ao início da TN.
4 CONCLUSÕES
Os pacientes em TN no HUSM apresentam um perfil demográfico caracterizado por
alto risco para desnutrição intra-hospitalar, pois a maioria são idosos e muitos já se
apresentam desnutridos à internação, necessitando intervenção nutricional imediata.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1.UENO E; KOFFKE M; VOIGT RV. Perfil de pacientes hospitalizados em uso de
terapia enteral. BRASPEN J 2018; 33 (2): 194-8.
2.ALVARENGA MRM et al. Avaliação do risco nutricional em idosos atendidos por
Equipes de Saúde da Família. Rev. Esc. Enferm. USP, 2010; 44(4):1046-51.
3.MACIEL JRV; OLIVEIRA CJR; TADA CMP. Associação entre risco de disfagia e
risco nutricional em idosos internados em Hospital Universitário de Brasília. Ver.
Nutr., Campinas, 21(4):411-421, jul./ago., 2008.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Amanda Mainardi107
Silvana Silveira Coelho108
Laísa Franco109
Marissa Bolson Serafin110
Bettina Holzschuh Meneghetti111
Rosmari Horner112
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE
COPROCUTURAS DE PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
1 INTRODUÇÃO
As gastroenterites constituem uma das principais preocupações de saúde pública, pois
afetam grande parte da população. Podem ser ocasionadas por parasitas, vírus ou
bactérias, sendo estas responsáveis por cerca de 10 a 20% dos episódios de diarreia.
Embora as taxas de mortalidade tenham reduzido atualmente, a morbidade continua
sendo significativa. Entre os bactérias frequentemente isolados nestas infecções estão
Shigella spp., Salmonella spp., Escherichia coli enteropatogênica
(EPEC), E.coli enteroinvasiva (EIEC) e E.coli entero-hemorrágica (EHEC), entre
outros, os quais podem ser detectados através da coprocultura, um exame bastante
sensível para isolamento destes agentes.
Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos microrganismos
isolados de coproculturas solicitadas de pacientes atendidos no Hospital Universitário
de Santa Maria (HUSM) no período de 2017.
2 MÉTODO
Foi realizado um estudo retrospectivo avaliando microrganismos isolados de
coproculturas de pacientes atendidos no HUSM no período de 2017. A identificação dos
microrganismos foi realizada pelo sistema automatizado Vitek®2. Ainda, foram
analisados o gênero, a idade e unidade hospitalar dos pacientes. O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria sob o
n°38850614.4.0000.5346.
107Graduanda de Farmácia, Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas (DACT), Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM); 108Pós- graduanda do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF), DACT,
UFSM; 109Graduanda de Farmácia, DACT, UFSM; 110Pós- graduanda do PPGCF, DACT, UFSM; 111Farmacêutica, Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM); 112 Orientadora, PPGCF, DACT, UFSM.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
No período estudado, 38 amostras foram liberadas com laudo sendo E. coli o
microrganismo prevalente (15/38–39,5%) seguido de klebsiella sp. (10/38–26,3%),
Enterococcus sp. (6/38 – 15,8%),Candida sp. (3/38- 8%), Burkholderia cepacia (1/38 –
2,6%), Pseudomonas aeruginosa (1/38 – 2,6%) e Aspergillus sp. (1/38 – 2,6%). Entre as
E. coli isoladas, 60% (9/15) foram enteroinvasora (EIEC), onde 55,6% (5/9)
apresentaram soro polivalente B e 44,4% (4/9) A; 26,7% (4/15) foram enteropatogênica
clássica (EPEC), sendo 75% (3/4) polivalentes B e 25% (1/4) A; 13,3% (2/15) foram
EHEC sendo que ambos foram soro monovalente sorotipo 0157:H7 . O que chamou a
atenção foi o desenvolvimento em cultura pura de klebsiella sp. , Enterococcus sp.
,Candida sp. , Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa e Aspergillus sp. Em
relação ao gênero, houve predomínio do sexo feminino (20/38 – 52,6%) com faixa
etária prevalente entre 30 a 60 anos (16/38 – 42,1%) seguido de mais de 60 anos (10/38
– 26,3%). A unidade de cuidados intensivos e a unidade de regulação assistencial
obtiveram mais isolados (8/38 – 21,1% em cada). Ainda, 50% (19/38) dos pacientes
estavam imunocomprometidos apresentando comorbidades como Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS), tumores, leucemias, entre outros. As
gastroenterites são comuns, geralmente com sintomatologia leve. Porém, em pacientes
vulneráveis como crianças, idosos ou imunocomprometidos, o quadro poderá se agravar
surgindo diversas complicações como sepse ou desidratação.
4 CONCLUSÕES
O perfil das coproculturas solicitadas, no período estudado, foi basicamente de
pacientes imunodeprimidos. Chamou atenção o desenvolvimento desses bactérias e
fungos em cultura pura, provavelmente pela diminução da flora dos paciente devido a
ampla utilização de medicamentos.
REFERÊNCIAS
1. BARRETT, J.; FHOGARTAIGH, C. N. Bacterialgastroenteritis. Medicine, v.
45, n. 11, p. 683-689, 2017.
2. FOSTER, M. A., et al. Enteropathogenic and enteroaggregative E. coli in stools
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Diagnostic Microbiology and Infectious Disease, v. 83, n. 3, p. 319-324, 2015.
3. JIANG, L. et al. Infectious disease transmission: survey of contactsbetween
hospital-based healthcare workers andworking adults from the general
population. Journal of Hospital Infection, v. 98, n. 4, p. 404-411, 2018.
4. MAHMOUDI, S. et al. Prevalence and antimicrobial susceptibility of
Salmonella and Shigella spp. among children with gastroenteritis in an Iranian
referral hospital.Microbial Pathogenesis, v. 109, p. 45-48, 2017.
5. SKYUM, F. et al. Infectious gastroenteritis and the need for strictcontact
precaution procedures in adults presenting tothe emergency department: a
Danish register-basedstudy. Journal of Hospital Infection, v. 98, p. 391-397,
2018.
6. VERA, C. G. et al. Acute bacterial gastroenteritis: 729 cases recruited by a
Primary Care national network. Anales de Pediatría (English Edition), v. 87, n.
3, p. 128-134, 2017.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Abner Vieira Rodrigues113
Otávio Hoss Benetti1
Marlucy Corin Rodrigues114
Camile Goebel Pillon115
Ivo Roberto Dorneles Prola4
PERFIL NOSOLÓGICO DO AMBULATÓRIO DE
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
1 INTRODUÇÃO
O Serviço de Gastroenterologia e Nutrição Pediátricas (GASTROPED) do Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM) teve início no ano de 1998, e desde então vem
atendendo a pacientes de 0 a 15 anos com patologias gastrointestinais, tanto as que
acometem o tubo digestivo quanto pâncreas, fígado e vias biliares. Estudos de
prevalência sobre patologias gastrointestinais nos ambulatórios especializados são
escassos, mas constipação é um dos diagnósticos mais frequentes. O objetivo deste
estudo é conhecer o perfil nosológico dos pacientes que consultam em nosso
ambulatório de gastropediatria. Esta informação é importante para capacitação dos
profissionais médicos, conhecer o perfil epidemiológico da região de abrangência e
estabelecer e criar estratégias de prevenção e tratamento de enfermidades específicas.
2 MÉTODO
Estudo retrospectivo desenvolvido com registros de atendimentos dos pacientes
pediátricos que consultaram no ambulatório de GASTROPED do HUSM no período de
outubro de 2012 a abril de 2018, quando foi criado o banco de dados para registro dos
pacientes atendidos neste ambulatório e que é atualizado a cada consulta. A análise
objetivou identificar diagnósticos com maiores prevalências. Diagnósticos com baixa
prevalência foram agrupados sob a denominação “outros”. As informações foram
tabuladas e calculadas em planilha do Excel Microsoft 2016.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram avaliados 568 pacientes que consultaram no ambulatório de GASTROPED do
HUSM. Observamos que constipação e alergia alimentar foram os diagnósticos mais
prevalentes (27,1% e 21,5%, respectivamente), seguidos de dor abdominal (8,1%) e
hepatopatia (7%). Constipação segue em concordância como entidade mais prevalente
nos ambulatórios de gastroenterologia. Porém, surpreendentemente, alergia alimentar
(21,5%) foi também altamente prevalente, sendo 2,5 vezes superior a dor abdominal
113 Acadêmico de Medicina da UFSM; 114 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM; 115 Médica gastroenterologista pediátrica do HUSM; 4 Orientador e médico gastroenterologista pediátrico do HUSM.
(8,1%). Este achado corrobora a impressão mundial de aumento significativo da
ocorrência de doenças alérgicas gastrointestinais na população infantil.
4 CONCLUSÕES
Em nosso ambulatório, mais de 40% dos pacientes consultam por constipação ou alergia
alimentar. Esses achados devem servir de alerta aos profissionais da atenção de saúde
básica para a necessidade de qualificação mais específica para esses diagnósticos, bem
como a instituição do tratamento inicial e, quando necessário, encaminhamento precoce.
REFERÊNCIAS
1. Inaba MK, et al. Prevalência e características clínicas das crianças com constipação
intestinal crônica atendidas em clínica de gastroenterologia. Pediatria (São Paulo)
2003; 25 (4):157-63. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/239554977_Prevalencia_e_caracteristic
as_clin
icas_das_criancas_com_constipacao_intestinal_cronica_atendidas_em_clinica_de_
gastroenterologia_Prevalence_and_clinical_characteristics_of_chronic_constipation
_in_chil>. Acesso em: 10 nov. 2018.
2. Dirceu S. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 1 -
Etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Documento conjunto elaborado pela Sociedade
Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Arq Asma
Alerg Imunol – Vol. 2. N° 1, 2018. Disponível em:
<http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/aaai_vol_2_n_01_a05__7_.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa
Autores:
André Pozzobon Capeletti¹
Raíssa Massaia Londero Chemello¹
Diego Chemello¹
André Avelino Costa Beber¹
PITIRÍASE RUBRA PILAR APRESENTANDO-SE COMO
ERITRODERMIA: UM RELATO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
A pitiríase rubra pilar é uma dermatose heterogênea rara de etiologia desconhecida, cuja
apresentação clássica caracteriza-se por pápulas foliculares da córnea, queratodermia
palmoplantar laranja-avermelhada e lesões eritêmato-escamosas que podem ser muito
extensas, intercaladas por áreas de pele saudável. Pode apresentar-se como eritrodermia,
fazendo diagnóstico diferencial com psoríase, dermatite atópica, reações
medicamentosas, linfoma cutâneo de células T, ictiose congênita, paraneoplasia e
doença do enxerto versus hospedeiro. Relatamos o caso de um paciente que se
apresentou no nosso serviço com eritrodermia e, posteriormente, firmou o diagnóstico
de pitiríase rubra pilar.
2 DESCRIÇÃO DO CASO
Paciente masculino, branco, 42 anos, tabagista ativo (carga tabágica de 50 maços/ano),
com diagnóstico de esquizofrenia, vem ao nosso serviço apresentando lesões
eritematosas difusas com início há 2 meses, sem outros sinais e sintomas associados.
Paciente estava em uso contínuo de haloperidol, biperideno, clonazepam, carbonato de
lítio e clorpromazina; não apresentava história familiar de doenças dermatológicas.
Exame físico demonstrava lesões eritêmato-descamativas em membros superiores e
inferiores, abdome, tórax e dorso, com ausência de acometimento mucoso. Sem
alterações nos sistemas cardiovasculares, respiratório e genitourinário. Exames
laboratoriais e sorologias não evidenciaram alterações. Biópsia de pele e partes moles
em região do abdome foi realizada, a qual revelou pele com acantose, hiperparaceratose
com plug de queratina em folículo piloso, diminuição da camada granular e dermatite de
interface focal, compatível com o diagnóstico de ptiríase rubra pilar. Radiografia de
tórax e ultrassonografia de abdome não mostraram alterações. Foi iniciada terapia com
ciclosporina 5mg/kg/dia e hidrogel para uso em todo o corpo. Paciente teve melhora do
quadro, obtendo alta com uso de metotrexate 15mg/semana em duas doses, ácido fólico
5 mg um comprimido por dia (exceto no dia que ingerir metotrexate) e prednisona 40
mg uma vez ao dia. Paciente segue acompanhamento no ambulatório de dermatologia,
sem intercorrências.
3 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
A etiologia da pitiríase rubra pilar é controversa; contudo, é proposto que existam
indivíduos com predisposição genética, os quais, na presença de fatores desencadeantes
(como infecção, trauma, entre outros), desenvolvem a doença. O diagnóstico é baseado
na apresentação clínica juntamente com a histopatologia (acantose psoriasiforme
irregular da epiderme, com um padrão muito característico de paraqueratose). A
eritrodermia é uma síndrome inflamatória da pele que envolve descamação e eritema de
mais de 90% da área da superfície do corpo, cuja causa mais frequente é a psoríase,
seguida de condições eczematosas, reações induzidas por drogas, pitiríase rubra pilar e
linfomas cutâneos de células T. Se a etiologia do eritrodermia for incerta, várias
biópsias da pele podem aumentar a precisão do diagnóstico. O tratamento da pitiríase
rubra pilar é realizado com retinoides orais, metotrexato ou ciclosporina. O
reconhecimento e manejo precoces são essenciais e representam um desafio para o
médico clínico.
REFERÊNCIAS
1- Klein A, Landthaler M, Karrer S. Pityriasis rubra pilaris: a review of diagnosis and
treatment. Am J Clin Dermatol 2010;11:157—70.
2- Vanderhooft SL, Francis JS, Holbrook KA, Dale BA, Fleckman P. Familial pityriasis
rubra pilaris. Arch Dermatol. 1995 Apr;131(4):448-53.
3- Koch L, Schöffl C, Aberer W, Massone C. Methotrexate Treatment for Pityriasis
Rubra Pilaris: A Case Series and Literature Review. Acta Derm. Venereol. 2018 Apr
27;98(5):501-505
4- Griffiths WA. Pityriasis rubra pilaris. Clin. Exp. Dermatol. 1980 Mar;5(1):105-12.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Amanda Zapola da Silva116
Daniel Capalonga1
Fernando Alberto Zenni Filho117
Natália da Silveira Colissi1
Roseane Cardoso Marchiori118
Thiago Corrêa Cardoso1
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) E INFLUENZA A
(H1N1): A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PRECOCE
1 INTRODUÇÃO
A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é uma das maiores causas de morbi-
mortalidade e, consequentemente, de hospitalização por doenças infecciosas em todo o
mundo, e representa um desafio tanto para diagnóstico quanto para tratamento
adequado. No Brasil, PAC é a segunda principal causa de internações hospitalares pelo
Sistema Único de Saúde: em 2017, ocorreram 598.668 internações e 52.776 óbitos em
decorrência de PAC. Habitualmente, considera-se que a pneumonia viral pode cursar
com quadro clínico de menor gravidade, em comparação com a bacteriana. Todavia, em
2009, na pandemia de influenza A (H1N1), essa assertiva sofreu significativa
modificação, visto que parcela relevante de indivíduos acometidos evoluiu para
pneumonia e síndrome da angústia respiratória aguda (SARA), com evolução para o
óbito em muitos casos. Segundo o DATASUS, em 2009 o Rio Grande do Sul registrou
295 mortes por H1N1 e em 2018, a doença já foi responsável por 92 óbitos.
2 MÉTODO
Este é um estudo de caso individual, não-experimental, descritivo-retrospectivo. Foram
utilizados dados secundários, disponíveis no Sistema AGHU (Aplicativo de
Gerenciamento de Hospitais Universitários), bem como uma breve revisão da literatura.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Paciente feminina, 46 anos, atendida no Pronto Socorro com dispneia moderada, dor
retroesternal, náusea e escarro com raias de sangue. Sem febre e outras queixas. Ao
exame físico: regular estado geral, estertores e roncos difusos à ausculta pulmonar,
extremidades bem perfundidas, sem edema. O RX e TC de tórax evidenciaram áreas de
consolidação difusas, bilateralmente. Foi iniciado antibioticoterapia empírica para
pneumonia infecciosa de etiologia bacteriana e viral (H1N1). No dia seguinte, evoluiu
com insuficiência respiratória, foi transferida para UTI, foi modificado os
116 Acadêmico(a) de Medicina da UFSM; 117 Médico, Residente em Pneumologia UFSM/HUSM; 118 Médica, Docente do Departamento de Clinica Médica da UFSM, Supervisora do Programa de
Residência Médica em Pneumologia UFSM/HUSM;
antimicrobianos e iniciada ventilação mecânica. Por logística, não realizou coleta para
teste de H1N1. Houve melhora gradual do quadro respiratório, teve alta hospitalar no
16º dia internação. Durante internação foi diagnosticada Diabetes e Asma. PAC é uma
causa importante de mortalidade (14% dos óbitos de pacientes hospitalizados).
Mortalidade é mais elevada nas internações em UTI. As taxas de internação hospitalar
no hemisfério sul foram de 23,6 a 30,6% e, desses, 11,7 a 18,5% foram alocados em
UTI, com índices de mortalidade de 16 a 41%, sendo que a maioria necessitou de
suporte ventilatório. A confirmação da etiologia é obtida raramente, tanto em pacientes
ambulatoriais como internados. Em praticamente metade dos casos o agente não é
identificado. Na PAC grave, os agentes envolvidos são, habitualmente, S. pneumoniae,
bastonetes gram negativos, Legionella pneumoniae, H. influenzae, S.aureus e vírus. Em
qualquer época do ano deve-se considerar influenzae como possível etiologia em
pacientes imunologicamente competentes ou não, que apresentem sintomas respiratórios
agudos e febre. Por impossibilidades de acesso a reagente, no presente caso não foi
confirmada infecção por H1N1. A investigação de marcadores diagnósticos
relacionados ao agente infeccioso é importante e pode orientar intervenções precoces e
mais adequadas.
4 CONCLUSÕES
Na maioria das vezes não há identificação etiológica do agente patogênico, contudo
estudos apontam que o início precoce de antibioticoterapia empírica está relacionado
com melhores desfechos.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. LIMA, Dalmo Valério Machado de. Research design: a contribution to the
author. Online Brazilian Journal of Nursing, [S.l.], v. 10, n. 2, oct. 2011. ISSN
1676-4285. Disponível em:
<http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3648>. Acessado em
21 out. 2018.
2. MENON, Nithya et al. Oxigenação por membrana extracorpórea na síndrome do
desconforto respiratório agudo devido à pneumonia por influenza A (H1N1)
pdm09. Experiência em um único centro durante a temporada de 2013-2014. Rev.
bras. ter. intensiva [online]. 2017, vol.29, n.3 [cited 2018-10-21], pp.271-278.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
507X2017000300271&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2018.
3. NARDOCCI, Paula; GULLO, Caio Eduardo and LOBO, Suzana
Margareth. Pneumonia grave por vírus influenza A H1N1 e pneumonia comunitária
grave: diferenças na evolução. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2013, vol.25, n.2
[cited 2018-10-21], pp.123-129. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
507X2013000200010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 out 2018.
4. PENTEADO, Louise Piva; OSORIO, Cecília Susin; BALBINOTTO, Antônio e
DALCIN, Paulo de Tarso Roth. Influenza A não H1N1 associada à insuficiência
respiratória e à insuficiência renal aguda em paciente com fibrose cística previamente
vacinado. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2018, vol.30, n.1 [citado 2018-10-21],
pp.127-130. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
507X2018000100127&lng=pt&nrm=iso>. Acessado em: 12 out. 2018.
ÁREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Heloísa Augusta Castralli119
Darciéli Lima Ramos120
Maria Teresa Aquino de Campos Velho121
PRÁTICA DE ONCOLOGIA INTEGRATIVA NO HUSM
1 INTRODUÇÃO
Consoante a estimativas epidemiológicas brasileiras para o biênio de 2018-2019, o
diagnóstico de câncer será relatado em 600 mil novos casos, anualmente, ratificando o
papel destacado das doenças crônico-degenerativas no panorama de morbimortalidade
(INCA, 2018). O delineamento de tratamentos que englobem as instâncias física,
psíquica e emocional, dessarte, faz-se relevante a uma promoção de saúde holística, que
visa ao bem-estar integral e continuado do paciente. Nesse âmbito, os exercícios
corporais despontam como mecanismo alternativo e complementar que, além de
acarretar melhorias orgânico-funcionais, viabilizam alterações na concepção pessoal
frente ao adoecimento – elemento determinante para o sucesso de quaisquer desfechos
clínicos. Sua análise, aplicada ao contexto oncológico, dessarte, torna-se um potencial
contribuinte ao aprimoramento de medidas terapêuticas, com enfoque no cuidado.
2 MÉTODO
Em etapas preliminares, de embasamento científico, sucedeu-se uma revisão na
literatura, mediante seleção de dados na plataforma da LILACS, sobre as decorrências
das atividades físicas aplicadas ao tratamento do câncer. Ao encontro da escassez de
estudos relacionados, elaborou-se uma pesquisa, de caráter quantitativo, longitudinal e
intervencionista, para a avaliação dos critérios de dor, fadiga e autoimagem,
recorrentemente mencionados na bibliografia, pré e pós realização de oficinas de
dinâmica corporal (constituídas por mobilizações articulares e exercícios leves).
Antecendo-a, houve um projeto piloto no ambulatório de quimioterapia para preparo da
profissional que conduziu a investigação. Para sua efetivação, obteve-se aprovação do
Comitê de Ética da Universidade Federal de Santa Maria, autorização médica (no setor
de Radioterapia do Hospital Universitário) para a participação dos pacientes e adesão
desses ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, totalizando 59 indivíduos.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Em linhas gerais, apesar das limitações à pesquisa, de uma prévia autorrepresentação
corporal positiva e da baixa expressividade de queixas acerca dos parâmetros de dor e
119 Acadêmica da Graduação em Medicina na Universidade Federal de Santa Maria; 120 Ms. Professora Substituta do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Santa
Maria; 121 Docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Santa Maria;
fadiga, cujo alívio, à hipótese de sua presença, dava-se, preferencialmente, por via não
medicamentosa e associava-se aos atos de deitar-se, sentar-se e assistir à televisão, a
iniciativa de inserção de práticas físicas demonstrou-se benéfica à compreensão do
tratamento. As opiniões coletadas convergiram a 96,6% na indicação de redução da
ansidedade durante a espera pelas sessões radioterápicas e a 86,4% para melhora global.
Ademais, para 6,55% dos pacientes, a implementação de mais oficinas seria uma
maneira de otimizar a proposta, na sugestão de um subterfúgio aos sentimentos de
limitação e ao sofrimento desencadeados pela doença.
4 CONCLUSÕES
Embora se tenha documentado proficuidade na integração de atividades corporais ao
tratamento oncológico, é oportuno o fomento a ulteriores estudos sobre o assunto
considerado, haja em vista a necessidade da verificação das informações pautada em
diferentes métodos analíticos. Eventuais discussões, desses decorrentes, entremeiam-se
à oferta de um serviço em saúde qualificado.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Instituto Nacional do Câncer José Gomes da Silva (INCA).
Estimativa 2018: Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em: <
http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/estimativa-2018.pdf>
2. RAMOS, D.L. Práticas corporais como tecnologia leve no cuidado integral
ao paciente com câncer. Dissertação (Mestrado Profissional em Ciências da
Saúde). Centro de Ciências da Saúde - Universidade Federal de Santa Maria.
Santa Maria/RS, 2016.
PALAVRAS-CHAVE: Assistência. Câncer. Exercício físico. Ansiedade.
ÁREA TEMÁTICA: Extensão
Laiza Spode Flores122
Andreza Zancan123
Bruno Vinícius Nunes124
Juliane Corrêa Ferreira 125
Micheli Aline Zeppe126
Verginia Medianeira Dallago Rossato 127
PRECISAMOS FALAR SOBRE AIDS: FOCALIZANDO OS TESTES
RÁPIDOS REALIZADOS
O Projeto de extensão “Precisamos falar sobre AIDS” foi idealizado no final do ano de
2014, em uma reunião do Grupo de Trabalho Integrado Enfrentamento às Violências,
(GTIEV), composto por profissionais do HUSM, da 4º Coordenadoria Regional de
Saúde e do Município, acadêmicos, pós-graduandos entre outros. Na ocasião, o
Município de Santa Maria – RS, estava em 10º lugar no Ranking das cidades do País
com mais de 100 mil habitantes em casos de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV) e casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O Projeto
de Extensão foi oficializado em 2015 e no decorrer desse período tem sido Coordenado
por Profissional do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário de
Santa Maria/RS (NVEH), e conta com a participação de Residentes da Residência
Multiprofissional da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) com ênfase na
Crônico-Degenerativo e Vigilância em Saúde. O Projeto tem por objetivo formar
multiplicadores, investir na educação e assistência, contribuindo para a redução dos
índices de transmissão. A metodologia de trabalho utilizada envolve reuniões semanais
com o grupo e intervenções/ações em locais estratégicos que atendem principalmente a
população jovem. Conforme orientação do Ministério da Saúde, o acesso aos testes
rápidos favorece o diagnóstico precoce e início do tratamento, oportunizando uma
melhor qualidade de vida ao portador do vírus. Desta forma, procurou-se nesse período
oferecer intervenções, que incluíram os testes rápidos, assim realizou-se 11 atividades
de testagem rápida, totalizando nessas a realização de 1.976 testes, sendo 1.051 para
HIV e 925 para sífilis. Observou-se que houveram sempre uma grande demanda para as
testagens, assim esses números foram alcançados porque organizou-se oportunidades
para testagens mais frequentes, com turnos mais estendidos, em torno de 4 horas, e com
122 Fisioterapeuta, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo, Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM), e-mail: [email protected]; 123 Enfermeira, Resid. Residência Multiprofissional, Vigilância em Saúde, (UFSM); 124Enfermeiro, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo/ UFSM; 125Fisioterapeuta, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo/ UFSM; 126Psicóloga, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo/ UFSM; 127 Enfermeira, Drª em Educação e Ciências, Responsável Técnica pelo NVEH/HUSM, Rio Grande do
Sul, Brasil, Coordenadora do Projeto de Extensão “Precisamos falar sobre AIDS”), e-mail:
.
o máximo de testadores que a equipe e o local comportaram. Hoje, o Município figura
em 94º lugar no ranking, porém observa-se que um grande número de novos casos está
sendo notificado no Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN).
HIV/Aids tem se mantido como a terceiro agravo de maior notificação no NVEH, desta
forma é adequado propor intervenções com essa temática. Em relação aos testes, o
grupo tem oportunizado maior acesso ao público que deseja participar e utiliza o espaço
para orientações individualizadas. No mesmo local são distribuídos materiais e feitas
orientações as pessoas que circulam nas proximidades
DESCRITORES: teste rápido, HIV/Aids, diagnóstico precoce.
REFERÊNCIAS
ROSSATO, Verginia Medianeira Dallago. 2015. Projeto de Extensão: Precisamos
Falar sobre AIDS nº 041628.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Otávio Hoss Benetti128
Marina Souza Caixeta1
Kauanni Piaia1
Marlucy Corin Rodrigues129
Camile Goebel Pillon130
Ivo Roberto Dorneles Prolla3,4
PREVALÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE LIPASE ÁCIDA LISOSSOMAL
EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SANTA MARIA – RESULTADOS PRELIMINARES
1 INTRODUÇÃO
A Deficiência de Lipase Ácida Lisossômica (LAL-D) é uma doença rara, genética,
autossômica recessiva, causada por mutações no gene LIPA, que levam a redução da
atividade enzimática da lipase ácida lisossômica (LAL). Pacientes com LAL-D
apresentam evolução clínica variável, de sintomas graves desde as primeiras semanas de
vida, com rápida evolução para fibrose e cirrose hepática, ou quadros clínicos mais
sutis, como alteração de função hepática e dislipidemia. Até o momento não há estudos
sobre a prevalência de LAL-D em nossa região.
2 MÉTODO
Estudo prospectivo que estão sendo incluídos pacientes pediátricos e adultos, de ambos
os sexos, que foram atendidos no HUSM de janeiro de 2012 a dezembro de 2016, e que
preencheram os seguintes critérios de inclusão: ALT > limite superior da normalidade e
HDL ≤ 50 mg/dl e/ou LDL ≥ 130 mg/dl. São excluídos os pacientes não encontrados,
que foram a óbito e que não assinaram o TCLE. Os pacientes selecionados são
contatados por telefone e comparecem no ambulatório da Unidade de Pesquisa Clínica
do HUSM para coleta do exame DBS (“Dry Blood Spot”: gotas de sangue por punção
digital em papel filtro). A análise da atividade enzimática é realizada pelo “Seattle
Children's Department of Laboratories, USA”.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram selecionados 419 sujeitos, tendo sido contatados cerca de 90% dos mesmos, e
coletadas, até o momento, amostras de 80 pacientes: 57,5% do sexo masculino; 70%
128 Acadêmico (a) de medicina da UFSM. 129 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM/EBSERH. 130 Gastroenterologista pediátrico (a) do HUSM/EBSERH. 4 Orientador.
adultos. Tem-se o resultado dos 80 exames, sendo todos normais. A LAL-D é uma
doença rara cuja prevalência exata desconhecida, variando de 1:130.000 a 1:300.000 na
população geral, dependendo da região e etnia. Nossos resultados, até então, indicam
características epidemiológicas desfavoráveis em nossa região, pois, através dos
critérios de inclusão utilizados, não foi achado nenhum resultado positivo. Conforme
citado, a literatura cita prevalências na população geral, e não somente em indivíduos
com alterações hepáticas ou dislipidêmicas como em nosso estudo. Este fato, em teoria,
poderia favorecer o diagnóstico precoce da doença nessa população.
4 CONCLUSÕES
Até o momento, com base nos critérios de inclusão utilizados, não foi possível
diagnosticar LAL-D nos pacientes avaliados, apesar de o grupo estudado apresentar
alterações hepáticas e de dislipidemia associadas. Estes resultados preliminares podem
ter sidos influenciados pelo tamanho limitado da amostra, já que se trata de uma doença
rara, ou os critérios utilizados para triagem não são sensíveis o suficiente. Talvez a
utilização do critério “presença de esteatose hepática” possa determinar resultados
diferentes para o diagnóstico precoce, onde o tratamento ainda possa ser instituído.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. FRAMPTON, J. E. Sebelipase Alfa: A Review in Lysosomal Acid Lipase
Deficiency. Am J Cardiovasc Drugs. 2016, 16:461–468. Disponível em <
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40256-016-0203-2>. Acesso em:
07 nov. 2018.
2. BARATTA, F et al. Does Lysosomial Acid Lipase Reduction Play a Role in
Adult Non-Alcoholic Fatty Liver Disease? Int. J. Mol. Sci. 2015, 16, 28014–
28021. Disponível em: < https://www.mdpi.com/1422-
0067/16/12/26085/htm5257>. Acesso em: 07 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores: 1Marina Reys Possebon
2Taís Carpes Lanes 3Rafaela Andolhe
4Graziele de Lima Dalmolin
PREVALÊNCIA DO ESTRESSE E BURNOUT EM TRABALHADORES
DE ENFERMAEGEM DE PRONTO SOCORRO: NOTA PRÉVIA
Descritores: Enfermagem; Serviço hospitalar de emergência; Estresse ocupacional;
Burnout.
1 INTRODUÇÃO
Diante das condições laborais, como intenso ritmo de trabalho frente a superlotação, o
pronto socorro (PS) apresenta riscos à saúde psicossocial do trabalhador, como o
estresse e burnout (OLIVEIRA et al., 2017). Assim, objetiva-se “Analisar a prevalência
do estresse e burnout em trabalhadores de enfermagem de um PS”.
2 MÉTODO
Este estudo resultará em um trabalho de conclusão de curso (TCC), o qual é um recorte
do projeto matricial intitulado “Cultura de segurança do paciente e agravos à saúde do
trabalhador em ambiente hospitalar”. Este projeto foi realizado com todos os
trabalhadores de um Hospital Universitário do Sul do Brasil, porém neste estudo, será
utilizado somente os dados referente ao PS. Trata-se de um estudo transversal realizado
com trabalhadores de enfermagem. Como critério de inclusão ser trabalhador do PS e,
ter atuação mínima de quatro semanas no setor e carga horária mínima de 20 horas
semanais. Foram excluídos os trabalhadores afastados do trabalho, no período de coleta.
Foram utilizados três instrumentos para coleta de dados: sociodemográfico/laborais, Job
Stress Scale e Maslach Burnout Inventory (MASLACH, 1982; ALVES et al., 2004). A
coleta de dados foi realizada no período de março a julho de 2018, por coletadores
capacitados. Os dados foram digitados no Software Microsoft Excel® com dupla
digitação independente com verificação dos erros e inconsistências. Os dados serão
analisados, após a finalização do projeto do TCC, no PASW Statistic® (Predictive
Analytics Software, da SPSS Inc., Chicago, USA) versão 21.0 para Windows, utilizando
a estatística descritiva. Foram obedecidos os aspectos éticos da Resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012). O projeto matricial recebeu parecer
favorável pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob o número do CAAE
80587417.0.0000.5346 em 19 de dezembro de 2017.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para o diagnóstico do setor,
identificando a prevalência de estresse e burnout nos trabalhadores. A partir disso,
ofereça aos gestores subsídios para implantação de estratégias de enfrentamento,
promovendo um ambiente de trabalho mais saudável.
4 CONCLUSÕES
O desenvolvimento do estresse e burnout pode trazer diversas consequências para a
saúde do trabalhador. Com isso, é importante uma análise da prevalência do estresse e
burnout e, a partir disso buscar estratégias que auxiliem no enfrentamento.
REFERÊNCIAS
ALVES, M. G. M. et al. Versão resumida da “Job Stress Scale” adaptação para o
português. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 164-71, 2004a.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de
2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em seres humanos.
Brasília, 2012.
MASLACH, C. Burnout, the cost of caring. Malor Books, Cambridge, MA, 1982.
OLIVEIRA, E.B. et al. Occupational stress and burnout in nurses of an emergency
service: the organization of work. Revista Enfermagem, v. 25, n. 1, p. e28842, 2017.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Miriãn Michelotti Loureiro131
Francisco de S. Rios1
Amanda F. Klajn1
Fernando Schaffazick1
Francine B. Bondan1
Marinel M. Dall’Agnol (O)2
PROGRAMA DE EXTENSÃO REANIMA: O QUINTO ANO
CAPACITANDO LEIGOS EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
EM SANTA MARIA, RS.
1 INTRODUÇÃO
A parada cardiorrespiratória (PCR) é um evento grave, com alta taxa de mortalidade,
decorrente principalmente de doenças cardiovasculares isquêmicas, em especial a
doença arterial coronariana. Levando em conta que cerca de metade das PCRs ocorrem
em ambiente extra-hospitalar, se faz importante a educação e treinamento da população
leiga para o pronto reconhecimento e assistência às vítimas de PCR. Essas ações são o
foco do Programa de extensão Reanima, que oferta capacitações em reanimação
cardiopulmonar (RCP) em escolas de ensino médio e para o público em geral desde o
ano de 2013. Relatar as atividades desenvolvidas pela equipe do Programa Reanima
durante o ano de 2017.
2 MÉTODO
Os integrantes do Reanima contatam as escolas de Santa Maria - RS, organizando
capacitações em RCP para estudantes do Ensino Médio, bem como atendem a
solicitações da comunidade para esse treinamento. A estrutura da capacitação é teórico-
prática, com duração de cerca de 1,5 horas. Para a parte teórica, foi produzida aula com
apresentação em multimídia, incluindo vídeo da British Heart Foundation. A parte
prática realiza-se em pequenos grupos, com simulação de atendimento a PCR ocorrida
na comunidade e aplicação dos primeiros passos da cadeia de sobrevivência utilizando
manequins para o treinamento da RCP. Antes e após a capacitação, são aplicados
questionários aos participantes para avaliação do aprendizado. Após 6 meses, o
questionário é reaplicado a fim de avaliar a manutenção do conhecimento adquirido.
Esta pesquisa, associada à ação de extensão, avalia a eficácia do método aplicado nas
capacitações. Pesquisa de satisfação com o programa também é aplicada para
professores representantes das escolas. A equipe era composta por 11 estudantes de
1Graduandos em Medicina, Universidade Federal de Santa Maria; 2Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de
Santa Maria.
Medicina (de quarto e quinto anos), que receberam treinamento teórico, prático e
didático; dois técnicos administrativos em educação (auxiliar do Laboratório de
Epidemiologia e Enfermeiro Socorrista do Hospital Universitário de Santa Maria) e a
docente coordenadora (médica epidemiologista do Departamento de Saúde Coletiva).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Em 2017, o Reanima atuou em cinco colégios de Santa Maria, totalizando 221
estudantes do ensino médio treinados. Também capacitou 110 calouros do curso de
Medicina, oito estudantes do curso de Química Industrial e 35 alunos do curso de
Fisioterapia, por convite dos diretórios acadêmicos ou de docentes desses cursos. O
Reanima também organizou o 2º Dia Nacional da RCP, que em Santa Maria
desenvolveu-se no decorrer de uma semana, com atividades realizadas em frente aos
restaurantes universitários da UFSM, envolvendo 88 estudantes de diversos cursos. A
Equipe também participou do 55º Congresso Brasileiro de Extensão Médica, em Porto
Alegre, apresentando três trabalhos em pôster, envolvidos no debate sobre a
curricularização da extensão. Também foram inscritos dois trabalhos no 35º Seminário
de Extensão Universitária da Região Sul. As principais dificuldades enfrentadas são a
deterioração dos manequins de treino e a incompatibilidade de horários das capacitações
com o horário escolar.
4 CONCLUSÕES
A troca de saberes entre os integrantes do grupo e os participantes da capacitação é
enriquecedora para ambas as partes, contribuindo tanto para a formação acadêmica
como para a educação em saúde.
Trabalho apoiado pelo FIEX-UFSM e FIPE-UFSM.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Carolina Zuquetto Flôres132
Rafael Marques Ferrer133
PROGRESSÃO CLÍNICA DE UM PACIENTE COM LER/DORT: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho (DORT) são um conjunto de doenças que afetam músculos, tendões, nervos e
vasos dos membros superiores e inferiores e que têm direta relação com as exigências
das tarefas, ambientes físicos e com a organização do trabalho. Pessoas com distúrbios
musculoesqueléticos do ombro comumente experimentam dor, diminuição da força
muscular e amplitude restrita de movimento o que limita a participação e o desempenho
nas atividades de vida diária. Esse estudo tem por objetivo relatar a evolução clínica de
um paciente com LER/DORT de ombro.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, do qual participou um paciente que trabalha como
assistente de manutenção e apresenta LER/DORT de ombro, acompanhada de dor há
mais de 10 anos. O paciente foi atendido no Estágio em Fisioterapia Ambulatorial I da
ULBRA/SM, de agosto a outubro de 2018. O programa de reabilitação adotado teve por
objetivo primário reduzir o quadro álgico, posteriormente ganhar amplitude de
movimento (ADM) para flexão, abdução e rotação externa de ombro direito, ganhar
força muscular (FM) do tipo resistência para flexores, abdutores e rotadores externos de
ombro direito, além de treinar habilidades sensório-motoras. As seguintes variáveis
foram avaliadas: amplitude de movimento de ombro através da goniometria; força
muscular por meio do teste de força muscular com resistência manual; dor em repouso e
movimento através da Escala Visual Analógica (EVA) e atividades funcionais de ombro
direito por meio do questionário Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand
Questionnaire (DASH) que tem uma pontuação que vai de 0 (zero) a 100 (um resultado
mais próximo de 100 significa um pior quadro). Essas variáveis foram reavaliadas no
último dia de atendimento.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
No que tange a ADM de ombro direito o paciente apresentou uma diferença percentual
de 18% para flexão, 24% para abdução e 98% para rotação externa. Em FM de
abdutores de ombro direito o paciente apresentou uma diferença percentual de 40% e
em flexores e rotadores externos 20%. A dor em repouso na escala EVA foi graduada
132 Acadêmica do Curso de Fisioterapia da ULBRA/SM; 133 Professor do Curso de Fisioterapia da ULBRA/SM.
pelo paciente em 3 na avaliação e na reavaliação foi para 0 (zero) e em movimento na
avaliação foi graduada em 10 e na reavaliação 0 (zero). No questionário DASH o
paciente apresentou os seguintes resultados: 35 em atividades funcionais e sintomas na
avaliação e 3 na reavaliação; 56 em habilidades em trabalhar na avaliação e 0 (zero) na
reavaliação; 6 em tocar instrumento musical na avaliação e 0 (zero) na reavaliação.
Pelos resultados apresentados, pode-se dizer que o quadro álgico do paciente foi
cessado, a FM dos grupos musculares trabalhados aumentou e a ADM de ombro
também.
4 CONCLUSÕES
Com base no exposto, é possível afirmar que o plano de reabilitação utilizado para o
quadro de LER/DORT de ombro foi efetivo para reduzir a zero a dor do paciente,
aumentar FM e ADM de ombro, e, por tudo isso possibilitar ao paciente um melhor
desempenho em seu trabalho e AVDs.
REFERÊNCIAS
1. CHIAVEGATO FILHO, L. G.; PEREIRA, A. LER/DORT: multifatorialidade
etiológica e modelos explicativos. Interface Comunic., Saúde, Educ., 2003.
2. TAMBRA L. MARIK; SHAWN C. R. Effectiveness of Occupational Therapy
Interventions for Musculoskeletal Shoulder Conditions: A Systematic Review.
American Journal of Occupational Therapy, 2016.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Camila Silveira Rodrigues¹
Rosângela Marion da Silva²
Ariane Naidon Cattani³
QUALIDADE DO SONO E SINTOMAS DE SAÚDE EM
TRABALHADORES DE ENFERMAGEM
1 INTRODUÇÃO
O trabalhador de enfermagem, ao permanecer exposto aos riscos presentes no ambiente
laboral, torna-se vulnerável. Esses riscos, quando relacionados ao sono de má qualidade
podem alterar o equilíbrio físico, mental e emocional do ser humano. No contexto do
trabalho da enfermagem, além da exposição a situações relacionadas à organização e
condições do trabalho, como o trabalho em turnos, em especial o noturno, os
trabalhadores podem perceber sonolência, o que sugere comprometimento da saúde.
2 MÉTODO
Trata-se de um Relato de Experiência da Implementação de um Protocolo de Ultrabaixa
Dose de Radiação no Hospital Universitário de Santa Maria/RS. Os recursos materiais
deste protocolo concentram-se na infraestrutura necessária para a organização,
instalação de equipamentos, implantação, expansão e a manutenção da rede de
computadores associada ao projeto. Os softwares utilizados serão não proprietários, de
código aberto, permitindo o desenvolvimento, a expansão de novas tecnologias, e a
prototipação rápida dos modelos 3D para impressão. O valor total dos recursos
materiais é R$49.938, com incremento e/ou investimento único, sem uso consignado. O
valor estimado para este projeto, da ordem R$49.938,00 envolve a aquisição de
equipamentos de hardware e software e de armazenamento, incluindo
microcomputadores, servidores de dados e imagens, monitores de alta definição,
softwares para a modelagem 3D dos biomodelos e impressoras 3D. Os custos de
manutenção periódicos serão contrapartida do Hospital membro da Rede EBSERH.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Participaram do estudo 25 trabalhadores de enfermagem. Os trabalhadores apresentaram
ganho de peso, irritabilidade, insônia, dores de cabeça e dificuldade de concentração
uma ou mais vezes na semana. Pesquisa evidenciou que a má qualidade do sono está
atrelada a danos relacionados à capacidade física e psicológica, mais especificadamente
em relação ao cansaço, distúrbios do sono, cefaleia, ganho de peso e irritabilidade, além
do decréscimo na atenção e memória (LIN et al., 2012). Estudo recente traz que os
danos relacionados aos distúrbios do sono e estresse destacam-se nos resultados das
pesquisas relacionadas ao tema.
4 CONCLUSÕES
No trabalho de enfermagem é preciso considerar os fatores que podem estar interferindo
na saúde do trabalhador e na assistência de enfermagem. O sono é um dos elementos
que compromete a qualidade de vida do trabalhador e da assistência em saúde.
REFERÊNCIAS
1. GUERRA, P.C. et al. Sleep, quality of life and mood of nursing professionals of
pediatric intensive care units. USP, Rev. Esc. Enferm50(2):279-85, 2016 Apr.
2. Lin,P.C. et al. Atypical work schedules are associated with poor sleep quality
and ental health in Taiwan female nurses. Int Arch Occup Environ Health,
85(8):877-84, 2012 nov.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa
Autores:
Hentielle Feksa Lima134
Bruna Beskow Hogem 135
Giana da Rosa Beltrame ²
Katiane Sá de Souza²
Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira³
REFLEXÕES ACADÊMICAS NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
O princípio que rege a Enfermagem é a responsabilidade de se solidarizar com as
pessoas, os grupos, as famílias e as comunidades, objetivando a cooperação mútua entre
os indivíduos na conservação e na manutenção da saúde (MIRANDA, 1999). Nesse
ínterim, Bertoncello (2001) acredita que as mudanças na área da saúde mental têm
repercussão no papel do enfermeiro; este profissional desempenha atividades com
finalidades terapêuticas por intermédio do relacionamento terapêutico e programas de
educação permanente a equipes, pacientes e familiares.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência acerca das aulas práticas da Disciplina de
Enfermagem no Contexto do Adulto em Situações Críticas de Saúde realizadas em uma
Unidade de Internação Psiquiátrica de um Hospital Universitário, no período de agosto
a setembro de 2018, acompanhada por uma professora supervisora.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Através das experiências oportunizadas pela disciplina, foi possível identificar que a
enfermagem no contexto da saúde mental vem sendo caracterizada pela transição entre
uma prática de cuidado hospitalar que visava à contenção do comportamento dos
“doentes mentais” para a incorporação de novos princípios, embasando-se na
interdisciplinaridade, buscando um olhar holístico, voltado ao indivíduo como um ser
integral. Atualmente, o cuidado envolve questões culturais, pessoais, sociais,
emocionais e financeiras, relacionadas à convivência com o adoecimento mental,
auxiliando o paciente no entendimento sobre a internação, sua doença e ajudando a
enfrentar seus conflitos internos, visando incluir a família no cuidado e a reinserção
social do paciente psiquiátrico.
4 CONCLUSÕES
Ao encerramento das aulas práticas, os acadêmicos refletiram sobre a valorização das
influências biopsicossociais no processo de adoecer na saúde mental, onde o papel do
enfermeiro é fundamental frente à percepção do doente como ser humano e cidadão.
Práticas como a escuta qualificada, atividades terapêuticas e grupos de apoio são
essenciais para o acolhimento do usuário de forma integral, possibilitando um espaço de
discussão sobre as diferenças e a individualidade de cada participante, facilitando assim,
a ressocialização desse indivíduo na sociedade.
REFERÊNCIAS
1. Miranda, CML. Algumas questões sobre a assistência de Enfermagem
psiquiátrica de qualidade. Por uma assistência psiquiátrica em
transformação. Cadernos do IPUB 1999;3:95-101. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n6/a22.pdf>. Acesso em: 14 out 2018.
2. Bertoncello, NM; franco, FCP. Estudo bibliográfico de publicações sobre a
atividade administrativa da enfermagem em saúde mental. Rev Latino-Am
Enferm. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v9n5/7803.pdf>
Acesso em: 15 out 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Leatrice da Luz Garcia¹
Marco Aurélio Figueiredo Acosta²
Elaine de Oliveira Vieira Caneco³
Roselaine Brum da Silva Soares4
Melissa Gewehr 5
Daniel Jonathan de Amorim6
REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS DE
CONVIVÊNCIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
BIOPSICOSOCIOESPIRITUAL DE IDOSOS
1 INTRODUÇÃO
O convívio do idoso em grupos de convivências consolida seu papel social na
comunidade, auxiliando-o na promoção de um envelhecimento saudável e minimizando
o isolamento social. Objetivo: descrever as atividades de um grupo de terceira idade e
sua importância nas relações sociais do idoso.
2 MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com um grupo de terceira idade da
cidade de Santa Maria/RS, com uma amostra de 21 idosos. Os dados foram coletados
através da observação não estruturada e não participante, por seis integrantes do Grupo
de Estudo e Pesquisa em Gerontologia (GEPEG) e analisados de forma textual e
discursiva. Dos resultados emergiram em três categorias temáticas: espiritualidade,
saúde e relações sociais
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Percebe-se que a espiritualidade permeia as relações sociais dos idosos ao possibilitar o
desenvolvimento de sentimentos positivos e altruístas auxiliando na formação de
vínculos de amizade, oportunizam trocas de experiências e vivências entre os idosos,
que veem suas crenças com um fator motivador para sua existência, dando muitas vezes
um significado para sua vida. A preocupação com a saúde é um aspecto marcante no
grupo e é promovida através da equipe de enfermagem da Unidade Básica de Saúde da
localidade em que o grupo está inserido, através de atividades como: palestras sobre
saúde do idoso, verificação sistemática dos sinais vitais e de testes de glicose, com
encaminhamentos para atendimento ambulatorial na UBS quando se faz necessário.
Percebe-se também que a participação dos idosos nas aulas de atividade física, realizada
por uma professora vinculada à escola onde ocorrem os encontros do grupo, é outro
aspecto promotor de saúde do idoso, uma vez que estes acreditam que a prática da
atividade física auxilia na manutenção da sua saúde. As relações sociais são
estimuladas em todas as atividades realizadas no grupo como: excursões, bailes de
terceira idade, chás beneficentes e passeios turísticos. Percebe-se que o idoso mantém
um relacionamento de comprometimento como o grupo, e é através destas atividades
que nutri sentimentos de pertencimento e valorização social, ao sentir-se útil para
comunidade. Outro aspecto destacado é a parceria com instituições públicas da
comunidade, realizada através da escola e da UBS, evidenciando a importância dos
seguimentos sociais, como uma alternativa para promover um envelhecimento saudável.
4 CONCLUSÕES
Observa-se que a proposta de trabalho realizada neste grupo oportuniza ao idoso não só
a sua inserção social, bem como promove sua saúde biopsicosocioespiritual.
REFERÊNCIAS
1. ALVARENGA, M. R. M et al. Rede de suporte social do idoso atendido por
equipes de Saúde da Família. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.16, n. 5,
p. 2603-611, 2011.
2. FARINATTI, P. T. V.; FERREIRA, M. S. Saúde, promoção e educação física:
conceitos, princípios e aplicação. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2006.
3. NERI, A. L.; VIEIRA, L. A. M. Envolvimento social e suporte social percebido
na velhice. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, Rio de Janeiro, v.16, n. 3, p. 419-432,
2013.
4. OLIVEIRA, M. R.; JUNGES, J. R. Saúde mental e espiritualidade/religiosidade:
a visão de psicólogos. Estudos de Psicologia, v.17, n. 3, p. 469-476, 2012.
KOENIG, H. G. Medicina, Religião e Saúde. Porto Alegre: L&PM, 2012.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Alessandra Rebelatto Boesing
Mateus Diniz Marques
Aníbal Pereira Abelin
Isabella Klafke Brixner
Stefano Antola Aita
Matheus Werlang Donadel
Departamento de Clínica Média (UFSM), Hospital Universitário de Santa Maria
RELAÇÃO ENTRE A CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP-KIMBALL,
TEMPO DE INTERNAÇÃO E MORTALIDADE APÓS IAMCST
1. INTRODUÇÃO
A estratificação de risco dos pacientes com infarto agudo do miocárdio com
supradesnível do segmento ST (IAMCST) pela classificação de Killip e Kimball avalia
clinicamente a severidade da disfunção do ventrículo esquerdo e tem como objetivo
estabelecer o prognóstico desses pacientes. A classificação de Killip e Kimball está
correlacionada com uma maior incidência de eventos cardiovasculares maiores (ECVM)
como arritmias malignas, parada cardíaca, além de maior tempo de internação e
mortalidade. O tempo de internação após o tratamento de IAMCST varia conforme a
literatura, não existindo uma recomendação específica nas diretrizes.
2. OBJETIVOS
O objetivo do presente estudo foi comparar a mortalidade e a duração da internação
após IAMCST em pacientes conforme a classificação de Killip e Kimball I/II (grupo 1)
comparado com pacientes com Killip e Kimball III/IV (grupo 2).
3. METODOLOGIA
Como metodologia foi realizado um estudo de coorte prospectivo integrante de um
banco de dados multicêntrico de pacientes com IAMCST. Foram incluídos pacientes
internados no Hospital Universitário de Santa Maria com diagnóstico de IAMCST com
menos de 12 horas de duração ou mais de 12 horas e angina persistente, no período de
setembro de 2016 a dezembro de 2017. Foram avaliadas as características clínicas dos
pacientes, tempo de internação e desfechos durante o período hospitalar. Os pacientes
foram divididos conforme a classificação de Killip e Kimball em dois grupos: grupo 1
(Killip e Kimball I e II) e grupo 2 (Killip e Kimball III e IV). Comparações entre as
variáveis foram realizadas pelo teste do qui-quadrado, teste T e teste de Mann-Whitney,
com programa estatístico SPSS.
4. RESULTADOS
Foram analisados 106 pacientes no período, sendo que 90 pacientes foram classificados
para o grupo 1 e 16 pacientes do grupo 2. A idade média do grupo estudado foi de
61+11,6 anos e 72,6% eram do sexo masculino. A ocorrência de ECVM foi maior no
grupo 2 quando comparada ao grupo 1 (50% vs. 16,7%, respectivamente; p<0.002)
assim como a mortalidade (25% vs. 5,6%, respectivamente; p<0.01). O tempo médio de
internação no grupo 1 foi 10,3+10,8 dias e no grupo 2 foi 13,1+7,85 dias (p=0,40).
5. CONCLUSÃO
Pacientes com classificação de Killip e Kimball III/IV apresentaram maior ocorrência
de ECVM e maior mortalidade, porém com tempo de internação semelhante aos
pacientes com Killip e Kimball I/II. A ausência de diferença estatística no tempo de
internação pode ser explicada pelo pequeno número de pacientes com classificação de
KK III/IV avaliados. É necessário analisar um maior número de pacientes com infarto
agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCST) para
compreendermos adequadamente o impacto da classificação de Killip e Kimball nos
desfechos clínicos e tempo de internação na nossa instituição.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Micheli Aline Zeppe136
Tatiana Corrêa Ribeiro137
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO NA
RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA APÓS O DIAGNÓSTICO DE
HIV/AIDSA
1 INTRODUÇÃO
A ideia da aids como uma doença mortal existe ainda hoje na população brasileira. O
Brasil é considerado um exemplo no tratamento contra a doença com o seu programa
não só restrito à prevenção, como também, ao tratamento e assistência gratuitos,
entretanto, os estigmas ainda permanecem. “O problema não é mudar a consciência das
pessoas ou o que elas têm na cabeça, mas o regime político, econômico e institucional
de produção da verdade. ”
2 MÉTODO
O vínculo profissional-paciente é uma das estratégias que possibilitam desconstruir as
formas como a Aids e os portadores de HIV foram construídos socialmente e assim,
mesmo que parcialmente, mudar o que a sociedade acredita ser verdade. É através do
vínculo que a equipe multiprofissional do ambulatório de doenças infecciosas consegue
desmistificar idéias e preconceitos que os próprios pacientes possuem. O acolhimento
de um paciente com diagnóstico de HIV/Aids no Hospital Universitário de Santa Maria
é feito preferencialmente no Pronto- Socorro, momento em que o paciente normalmente
chega debilitado e assustado com o diagnóstico. O primeiro contato da equipe
multiprofissional é feito para possibilitar a formação do vínculo, pois é através deste,
que se estabelecem relações de escuta, diálogo e de respeito. O diagnóstico é só uma
pequena parte de quem o sujeito é, enquanto ser integral. Muitas vezes passamos por
vários atendimentos sem nem mesmo falar sobre o HIV em si, e usamos isso como uma
estratégia para que o sujeito volte a se enxergar para além do seu diagnóstico.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A possibilidade de criarmos um grupo para pacientes com HIV, para que juntos
pudessem se reconstruir enquanto sujeitos, surgiu a partir do vínculo estabelecido entre
profissionais e pacientes. Este vínculo gerou uma nova demanda vinda de um paciente
que ressignificou muitos aspectos da sua vida após o diagnóstico. Em sua fala, relatou o
desejo de fazer alguma coisa por outras pessoas que compartilham de histórias
semelhantes.
136 Psicóloga da Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde da
Universidade Federal de Santa Maria; 137Psicóloga da Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde da
Universidade Federal de Santa Maria;
4 CONCLUSÕES
O vínculo enquanto ferramenta de cuidado permite que o sujeito se sinta empoderado do
seu tratamento e livre para expressar suas reais demandas, proporcionando assim, a
integralidade da assistência, princípio garantido pelo Sistema Único de Saúde.
5. REFERÊNCIAS
1. FOUCAULT, Michel. Os Anormais. Cóllege de France, Martins Fontes. São
Paulo, 2001
AREA TEMÁTICA : Ensino/ Pesquisa
Autores:
João Felipe Marafiga Brutti
Raíssa Ottes Vasconcelos
Carmen Lúcia Colomé Beck
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ACADÊMICO DE MEDICINA
COMO BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
1 INTRODUÇÃO
É de notório saber que as instituições de ensino superior dividem a graduação em três
grandes pilares para a construção do conhecimento: o ensino, a pesquisa e a extensão.
As três bases, de modos diferentes, qualificam a formação do futuro profissional,
favorecem o crescimento acadêmico, proporcionam vivências e instigam a aceitar novos
desafios.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência de um acadêmico do curso de Medicina, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), participante do projeto de pesquisa de
uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da
UFSM, intitulado “PERCEPÇÃO DE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM
FRENTE AO PROCESSO DE READAPTAÇÃO FUNCIONAL POR
ADOECIMENTO. As atividades descritas foram desenvolvidas no período de 01 de
agosto a 04 de novembro de 2018, após ter sido selecionado como bolsista do projeto,
por meio de entrevista com a coordenadora.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
As atividades iniciaram com reuniões para apresentação detalhada do projeto, com
ênfase nos objetivos, na metodologia e nos resultados esperados. Depois disso, foi
estudado sobre entrevista, uma das técnicas de coleta de dados utilizadas para o
desenvolvimento do estudo, mantendo reuniões semanais para tirar dúvidas e discutir
sobre o assunto. Isso foi muito importante para adquirir novos conhecimentos acerca
dos diferentes tipos de entrevistas, divididas em estruturadas, semiestruturadas e não
estruturas, por exemplo. Ainda, foram feitas reuniões para o aprendizado da realização
de buscas na Biblioteca Virtual da Saúde e também, de levantamentos bibliográficos no
Portal de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), ambos colocados em prática na realização das revisões que irão
compor a própria pesquisa, que ainda serão discutidas em conjunto. Assim, pude
aprender mais sobre buscas de produções já existentes, que muito além de servirem ao
projeto, servem para a vida e para a manutenção da atualização profissional. Depois
disso, passamos às entrevistas semiestruturadas individuais propriamente ditas, com os
participantes do estudo, as quais pude acompanhar in loco e, após, realizar a transcrição
das mesmas. Neste tipo de entrevista, algumas questões servem como norte, mas o
entrevistado pode responder conforme sentir necessidade de conversar e expor sobre a
temática em estudo. Pude sentir que os entrevistados se sentiam bem ao falar sobre o
assunto, e úteis, a fim de que seu relato pudesse contribuir para a reflexão e criação de
estratégias de melhoria com relação à readaptação funcional no HUSM.
4 CONCLUSÕES
Acredito ser muito importante para os acadêmicos de graduação participarem como
bolsistas de algum projeto de pesquisa durante a faculdade, a fim de aprimorar seus
conhecimentos e terem novas experiências, tudo isso para atender melhor os futuros
pacientes.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Natália Tonn¹
Sandra Elisa Haas²
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE EXTENSÃO EM
DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA DANDO LUZ A NOVOS CIENTISTAS
1 INTRODUÇÃO
Entre outras competências relevantes à formação universitárias no Brasil, se encontra a
prática cidadã através do oferecimento de benefícios à comunidade. Nesse contexto,
participar de programas de extensão universitária permite essa prática e aumentas as
possibilidades de aprendizagem, realizando o câmbio entre o universo comunitário e o
acadêmico por meio da vivência dos dois contextos. Objetivo: Relatar a relevância de
um projeto de extensão universitária tanto do universitário quanto dos indivíduos da
comunidade por meio do relato de experiência pela perspectiva do realizador da
extensão, o aluno da universidade.
2 MÉTODO
Através de uma metodologia qualitativa, se realiza um estudo no qual ocorre a inserção
de um aluno universitário em sala de aula em escola de Ensino Básico de Uruguaiana no
mês de agosto de 2018, com a observação, conversa e interação com 35 alunos do
terceiro ano do ensino médio local. No ato da vivência se fez uma apresentação e
discussão sobre o tema ciência com o intuito de introduzi-lo aos alunos.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A importância da vivência em questão está no fato de que assuntos que talvez antes
nunca tenham sido pensados e refletidos por esses alunos são discutidos em sala de aula
juntamente com alunos universitário, fazendo assim a divulgação da ciência e da
tecnologia que são determinantes para o desenvolvimento do país. Pois para atender as
necessidades do mercado tecnológico do país é necessário conhecê-lo, a introdução de
temas como ciência, nanotecnologia e nanociência dão a oportunidade de possíveis
novos cientistas despertarem o interesse sobre a área e assim contribuir posteriormente
para a produção científica do país. Ademais, a vivência como a em questão torna
possível estimular a formação cidadã para os alunos universitários, já que esse
desenvolve atividades na comunidade, conhecendo o contexto social, e tendo contato
com a comunidade a qual posteriormente prestará serviços.
4 CONCLUSÕES
A experiência vivida com contexto da aplicação de um projeto de extensão com o
intuito de divulgar a ciência e tecnologia, aqui caracterizada como nanotecnologia,
estimulam a formação cidadã dos alunos universitários a partir do momento que os
insere na realidade local na qual possivelmente trabalhará futuramente. Além de
estimular a reflexão sobre temas relevantes para atender necessidades do mercado
tecnológicos através daqueles que serão seus futuros profissionais, os atuais estudantes
do ensino básico.
REFERÊNCIAS
1. CNPq. Popularização da Ciência: por que popularizar? Brasília: Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Disponível em: < http://
www.cnpq.br/web/guest/por-que-popularizar/ > Acesso em 05 out 2018.
2. Moreira, I. D. C. (2006). A inclusão social e a popularização da ciência e
tecnologia no Brasil. Disponível em :Inclusão social, 1(2), 11-16, 2006.
3. MOURA, Lúcia de Fátima Almeida de Deus et al . Impacto de um projeto de
extensão universitária na formação profissional de egressos de uma
universidade pública. Rev. odontol. UNESP, Araraquara , v. 41, n. 5, p. 348-352,
Oct. 2012 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-
25772012000500009&lng=en&nrm=iso>. access on 07 Nov. 2018.
http://dx.doi.org/10.1590/S1807-25772012000500009. PEREIRA, CJ Haygert;
CORDEIRO, M. d’Ornellas; WELFER, D.; et al. CTdBem - A New Protocol for
Ultra Low Radiation Dose MDCT. Studies in health technology and informatics, v.
245, p. 1029–1032, 2017. Disponível em:
<http://europepmc.org/abstract/med/29295257>. Acesso em: 12 out. 2018.
4. SILVA, Rayane Paula Machado et al. Programa ConsCIÊNCIA na CIÊNCIA:
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DE UM
CURSO DE FÉRIAS EM NUTRIÇÃO. REVISTA BRASILEIRA DE
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, [S.l.], v. 7, n. 2, p. 145-153, nov. 2016. ISSN
2358-0399. Disponível em:
<https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/3109>. Acesso em: 07
nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Sthefany Possamai Gomes138
Cíntia De Ugalde Gründling139
Adriana Farret Brunhauser140
Ariane Erthur Flores141
REPRESENTAÇOES SOCIAIS DA CADEIRA DE RODAS PARA A PESSOA
COM LESÃO MEDULA ESPINHAL.
INTRODUÇÃO
A preocupação de como será introduzida a cadeira de rodas, para a pessoa com LME, é
pouco difundida na área de reabilitação neurológica e está diretamente relacionada às
reações psicossociais vivenciadas ante a súbita repercussão das várias manifestações
clínicas, que conduzem à nova condição de limitações, impostas ao seu novo corpo.
Frente às reflexões sobre o marcado processo de sofrimento do cuidar das pessoas com
LME, esta abordagem não somente será importante para os profissionais fisioterapeutas,
como para toda equipe da área da saúde que assiste esse paciente, para atender às
expectativas de minimizar parte de seu sofrimento, diante de todas as alterações
ocorridas após a lesão. Algumas perspectivas para a sua superação impõem-se à
prioritária efetivação de preparo de profissionais e recursos materiais como forma de
suporte técnico institucional, preferencialmente vinculado a políticas públicas que visem
o atendimento de tão complexas demandas do binômio cuidador-pessoa com
deficiência, considerando-se todas as especificidades psíquicas, culturais e sociais aqui
apresentadas. Objetivo do estudo é buscar compreensão da representação social do uso
da cadeira de rodas, atribuída pelas pessoas com LME.
2 MÉTODO
O estudo caracterizou-se por pesquisa qualitativa descritiva, em participantes 18
participantes formados por oito homens e dez mulheres, com média de idade 45 anos
baseada no referencial da teoria das representações sociais, para a compreensão do
fenômeno sobre a representação da cadeira de rodas, atribuída por pessoas com LME.
Foi realizado um questionário com 18 participantes sobre a representação social da
cadeira de rodas. Ressalta-se a importância dessa escolha pela valorização do saber
popular, para compreender a representação de um objeto social, por meio da interação
de determinado grupo de pessoas com paraplegia, através do conteúdo expresso nas
informações, nas imagens, nas opiniões e nas atitudes, em função do contexto
psicossocial e cultural, vivenciado pelos participantes.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A altura da lesão medular mais evidente nos participantes foi o décimo segundo
segmento torácico (T12), em 40% dos participantes. A aquisição da cadeira de rodas
com recursos próprios foi observada em 80% dos participantes. Na análise foi
observado que a representações sociais da cadeira de rodas para o participante com
lesão medular influencia muito na sua vida diária emocional e funcional. Em questões
que abrangeram a saúde mental foi observado alto índice de depressão nos participantes.
4 CONCLUSÕES
O estudo apresentou as experiências de pessoas que, a partir do comprometimento pela
LME, passam a conviver com uma vida de elaborações e transformações cotidianas,
pertinentes às modificações ocorridas em seu corpo. Novos conceitos e significações
passam a ser construídos nas concepções dessas pessoas com deficiência, representados
pelos saberes populares, baseados em sua experiência cotidiana com o uso da cadeira de
rodas.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. Pereira MEMSM, Araújo TCCF. Estratégias de enfrentamento na reabilitação do
traumatismo raquimedular. Arq Neuro-psiquiatr. 2005.
2. Chau L, Hegedus L, Praamsma M, Smith K, Tsukada M, Yoshida K, et al. Women
living with a spinal cord injury: perceptions about their chanced bodies. Qual.
Health Res. 2008.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Leatrice da Luz Garcia 1
Marco Aurélio Figueiredo Acosta2
Elaine de Oliveira Vieira Caneco 3
Roselaine Brum da Silva Soares 4
Cleide Zemolin 5
Valmir Dutra de Lira 6
REPERCURSSÕES SOBRE O PAPEL DO SUPORTE SOCIAL
OPORTUNIZADO AO IDOSO DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Com o avançar da idade o idoso tende a necessitar de cuidados, fazendo uso das redes
de suporte social, que podem ser formais e informais. As redes de suporte formal são de
natureza profissional ou institucional, e não envolvem relacionamento íntimo. Já as
redes de suporte informais são constituídas pelos familiares, amigos, vizinhos,
voluntários entre outras pessoas, e é através destas redes que o idoso encontra cuidado.
O objetivo deste estudo é descrever as redes de suporte sociais utilizadas pelo idoso.
2 MÉTODO
Metodologia: trata-se de um estudo descritivo com uma abordagem quantitativa,
realizada com 51 idosos, de cinco grupos de convivências da cidade de Santa Maria/RS.
Os dados formam analisados levando-se em consideração a média, desvio padrão, valor
mínimo, valor máximo e porcentagem.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Percebe-se que as redes de suporte social informal dos idosos são constituídas pelos
familiares, amigos, vizinhos. Os familiares representaram 88,23% da amostra, sendo
que os mais citados: o esposo (82,35%/), os filhos e as filhas (74,50%), a nora
(23,52%), o genro (5,88%) e as irmãs (3,92%). Os vizinhos representaram (29,41%) da
amostra e amigos (23,52%) e foram mais mencionados pelo idoso que moram só.
Quanto as redes de suporte formal a Unidade Básica de Saúde foi mencionada por
80,39% dos idosos e os centros de convivência por (100%) dos idosos.
4 CONCLUSÕES
Constata-se que as redes de suporte informal, formadas pelos familiares, amigos e
vizinhos, são movidas por sentimentos positivos, de afeto e solidariedade para com o
outro, promovendo, estimulado e auxiliando o cuidado e o bem-estar do idoso. Já as
redes de suporte social formal representadas pelos grupos de convivência e pela UBS,
promovem à sociabilidade, através do contato como o outro, na troca de experiências e
vivências, e na manutenção e formação de novos vínculos de amizade.
REFERÊNCIAS
1. DOMINGUES, M.A. Mapa Mínimo de Relações: instrumento gráfico para
identificar a rede de suporte social do idoso. 2004. 114p. (Tese de Doutorado)
- Faculdade de Saúde Pública da USP, São Paulo, SP, 2004.
2. NERI, A. L.; VIEIRA, L. A. M. Envolvimento social e suporte social percebido
na velhice. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 419-
432, 2013
3. ORNELAS, J. Suporte Social: Origens, Conceitos e Áreas de Investigação.
Análise Psicológica (1994), 2-3 (XII): 333-339
4. NERI, A.L. Palavras-chave em gerontologia. Campinas: 4ª. ed. São Paulo:
Alinea, 2014.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Roselene Silva Souza142
Isolina Maria Alberto Fruet143
Rosane Seeger da Silva3
SALA DE RECREAÇÃO PARA CRIANÇAS EM TRATAMENTO
HEMATO ONCOLÓGICO: BENEFICIO E IMPORTÂNCIA
1 INTRODUÇÃO
A sala de recreação é de extrema importância para a criança internadas em um hospital,
pois estimula a criança a brincar, criar um mundo imaginário onde não existe medo, dor,
perda nem sofrimento, o mundo de faz de conta é mágico e a criança é livre para
imaginar e idealizar o momento que quiser, aprendendo e nos ensinando que na vida o
que importa é viver o momento e isto é a característica marcante da criança com câncer.
Dentro deste contexto, pretende-se descrever a partir da literatura científica os
benefícios e a importância atribuída ao brincar terapêutico para crianças durante o
tratamento hemato-oncológico.
2 MÉTODO
Este estudo trata-se de um recorte do trabalho de conclusão do curso de graduação em
Enfermagem, uma pesquisa bibliográfica que foi elaborada com base em materiais
impressos. Fez-se uma busca na base de dados Literatura Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), e portais Scientific Eletronic Librarv online (SCIELO) e
(BDENF). Os critérios de inclusão foram artigos relacionados ao tema, dissertações e
disponibilidade do texto completo em suporte eletrônico gratuito. Os critérios de
exclusão foram resumos, teses e produções repetidas nas bases de dados. A análise de
dados foi feita conforme a análise de conteúdo temático de Minayo (2013) que
compreende três etapas a pré-análise, exploração do material e tratamento dos
resultados obtidos e interpretação dos resultados. Por tratar-se de uma pesquisa
bibliográfica, com uso exclusivo de bases de dados públicos, esta dispensa a submissão
ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Associando os termos de busca, foram encontrados 36 artigos no total, sendo 15 artigos
de Psicologia, cinco da pedagogia, seis da Terapia Ocupacional e dez da Enfermagem. A
baixa inclusão de artigos, na área da Enfermagem, sugere que ainda são raros os estudos
que abordam essa problemática tão urgente em nossa sociedade. Ressalta-se que a
criança com câncer se configura como um ir e vir permeando hora pela autenticidade,
142 Enfermeira; 143 Orientadora; 3Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana/UFSM
quando ela assume sua doença e seu ser para a morte, ora pela inautenticidade, quando se
deixava levar pelo modo de ser da decadência dos familiares e da equipe de enfermagem e
saúde. A função do brincar não é apenas de liberar desejos, ocultos e reprimidos, mas,
principalmente indicar um plano de atuação, uma estratégia de apropriação da realidade.
4 CONCLUSÕES
Analisando o brincar dessa forma, compreenderemos a sua importância, no contexto
hospitalar, exercendo a função de estratégia de apropriação de uma realidade que não faz
parte da vida cotidiana. Brincar pode favorecer um rico acesso as vivências da criança
gravemente doente. Ainda há muito a ser estudado sobre este assunto, porem acredita-se
que através dessa pesquisa foi possível explicitar a relevância sobre o benefício e a
importância da brinquedoteca, para crianças em tratamento hemato-oncológico e seus
familiares, cuidados humanizados, assistindo de maneira adequada e com qualidade as
crianças hospitalizadas, tornando-as mais felizes e saudáveis.
REFERÊNCIAS
1. ANGELO M, MOREIRA PL, RODRIGUES L.M.A. Incertezas diante do Câncer
infantil. Escola. Anna Nery. Rev Enferm. Abr-jun; 14 (2): 301-308. 2010
2. CASTRO, E.H.B. A experiência do câncer infantil: repercussões familiares,
pessoais e sociais. Revista Mal-estar e Subjetividade. Fortaleza Vol. X, Nº 3 p.
971-994; set/2010.
3. COMARU, N.R.C., MONTEIRO A.R.M. O cuidado domiciliar à criança em
quimioterapia na perspectiva do cuidador familiar. Rev Gaúcha Enferm. Porto
Alegre (RS) 2008 set;29(3):423-30.
4. NASCIMENTO, L.C., ROCHA, S.M.M., HAYES, V.H., LIMA, R.A.G. Crianças
com câncer e sua família. RevEscEnferm USP 2005; 39(4):469-74. São Paulo.
Brasil. 2005.
5. SILVA, T. P. et. al. Cuidados de enfermagem à criança com câncer: uma
integrativa da literatura. Rev. Enf. UFSM 2013 Jan/Abril; (1): 68-78.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Mariane Peripolli Buligon144
Bruna Xavier Morais145
Graziele de Lima Dalmolin146
Cecília Mariane Pinheiro Pedro147
Augusto Maciel da Silva5
SATISFAÇÃO PROFISSIONAL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO
SETOR DE HEMATO-ONCOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
As transformações do modo de vida atual também implicaram em mudanças nos
ambientes de trabalho e serviços, em que, atribuições desgastantes são solicitados
diariamente, influenciando no processo saúde-doença do trabalhador, bem como, na
possível diminuição da satisfação profissional do mesmo. Dentre estes trabalhadores,
destacam-se os do setor de hemato-oncologia, que presenciam pacientes em situações de
vulnerabilidade, dor e até mesmo a morte. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi
identificar o componente de maior satisfação profissional da equipe de enfermagem da
hemato-oncologia.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal, realizado com 46 enfermeiros atuantes nos
Ambulatórios de Quimioterapia e Radioterapia, Unidade de Oncologia Pediátrica e
Centro de Transplante de Medula Óssea, de um hospital universitário do Rio Grande do
Sul. Utilizou-se o instrumento Índice de Satisfação Profissional que objetiva verificar o
nível de satisfação de enfermeiros em relação aos componentes do trabalho (autonomia,
interação, normas organizacionais, remuneração, requisitos no trabalho e status
profissional). O instrumento é constituído por duas partes, parte A e parte B. A parte A,
utilizada neste estudo, permite medir a importância relativa de cada componente,
atribuída pelo participante da pesquisa a partir do cálculo de um coeficiente de
ponderação. A coleta de dados aconteceu no período de dezembro de 2014, à março de
2015. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva, com emprego do
software estatístico SPSS 17.0. O estudo respeitou as exigências éticas, por meio da
Resolução 466/2012, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE
número:24330213.8.0000.5346 e número de parecer 928.879).
144 Acadêmica de Enfermagem UFSM; 145 Doutoranda de Enfermagem UFSM; 146 Professora Doutora em Enfermagem UFSM; 147 Mestre em Enfermagem UFSM.; 5 Professor Doutor em Estatística UFSM.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Como resultados verificou-se que o componente selecionado como mais importante foi
a interação com coeficiente de 2,96, seguido do componente autonomia com valor de
2,93. Já o componente de menor importância para satisfação foi status profissional
(1,62). Portanto, para a equipe de enfermagem entrevistada, a interação no trabalho
envolve relações interpessoais, cooperação e comunicação formal nas atividades
laborais, sendo importante fator para a satisfação profissional, uma vez que estas são
determinantes para desenvolver o cuidado qualificado e a atuação do trabalho em
equipe em distintos cenários para a saúde. Referente a autonomia, ela é exercida pelo
profissional quando, a partir de sua pro-atividade, utiliza conhecimento científico,
habilidades e competências na prática do cuidado e nas tomadas de decisões, o que, para
a equipe entrevistada é elemento primordial para efetivar uma melhor assistência. Já o
componente de menor satisfação foi o status profissional, na qual, está relacionado ao
sentimento gerado pela pouca valorização profissional.
4 CONCLUSÕES
Nesse sentido, conclui-se que os trabalhadores pesquisados se sentem mais satisfeitos
com elementos que envolvem diretamente o cuidado de enfermagem, ao invés do
reconhecimento e da valorização externa.
REFERÊNCIAS
1. MORAIS, B. X. et al. Satisfação profissional de trabalhadores de enfermagem
de um serviço de hemato-oncologia. Rev Rene (Online), v. 19, p. e3165-e3165,
2018/00 2018. Disponível em: < file:///C:/Users/COMUT100/Downloads/3165-
32769-1-PB.pdf >.
Área temática: Pesquisa
SEGUIMENTO CLÍNICO DA EXPOSIÇÃO VERTICAL AO HIV:
IMPLICAÇÕES PARA A PESQUISA E ASSISTÊNCIA
Autores: Piaia, K.¹; Pieniz, C.¹; Pereira, M. de O.²; Ferreira, T.³; Bick, M. A.³ ; Paula,
C. C. de4
1Acadêmicas do curso de Medicina da UFSM;
²Acadêmica do curso de Fisioterapia da UFSM;
³ Pós-graduandas do programa de pós-graduação em Enfermagem da UFSM; 4 Profª Drª do Departamento de Enfermagem e Orientadora da UFSM.
RESUMO
Introdução: A transmissão vertical (TV) do vírus da imunodeficiência humana (HIV) é a
principal categoria de exposição em menores de 13 anos no Brasil¹. O seguimento
clínico da criança no Serviço de Atenção Especializada (SAE) deve ocorrer até o 18º
mês de vida e se encerra mediante negativação de anticorpos anti-HIV. O abandono do
acompanhamento clínico impacta diretamente no prognóstico e são necessárias
estratégias para manter a criança vinculada ao SAE, sendo elas o estreitamento do
vínculo entre os profissionais da saúde e os cuidadores da criança, a orientação efetiva
sobre o HIV e os registros adequados das informações. Assim, tem-se como objetivo
avaliar o seguimento clínico de crianças verticalmente expostas ao HIV.
Método: Foi realizado um estudo de caráter documental, vinculado ao Projeto Matricial
“Avaliação da capacidade familiar para cuidar de crianças expostas ao HIV”, do Grupo
de Pesquisa Cuidado à Saúde das Pessoas, Famílias e Sociedade (GP-PEFAS), da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no qual a população alvo era de crianças
nascidas entre junho de 2014 e dezembro de 2017 com idade de zero a 18 meses,
atendidas no ambulatório de infectologia pediátrica do HUSM. Foram consultadas as
notificações de crianças expostas ao HIV (no Núcleo de Vigilância Epidemiológica da
instituição- NVEH) e realizada revisão dos prontuários, que apontaram que 21,3% (n =
31), das 141 crianças avaliadas, apresentavam seguimento clínico incompleto.
Análise e discussão dos resultados: Com o resultado foi realizada uma discussão
multiprofissional e o grupo de pesquisa construiu um memorando direcionado ao
NVEH, sugerindo a realização de busca ativa (ferramenta mais adequada e efetiva), para
localizar as crianças e realizar o encerramento do caso clínico.
Conclusões: O compromisso ético na realização de pesquisas científicas também
implica na assistência à saúde e o pesquisador deve ter a habilidade de reconhecer as
situações éticas conflitantes e posicionar-se. Ao desenvolver uma pesquisa assume-se a
responsabilidade pela criação e utilização do saber gerado, garantindo a ética na
produção dos dados de pesquisas e a bioética no retorno dos resultados aos serviços de
saúde. Este compromisso permite fortalecer o serviço, qualificando os profissionais, em
específico no que diz respeito aos registros e a busca ativa, potencializando o desfecho
desejado às crianças. Além disso, a importância da pesquisa no âmbito da formação
profissional dos acadêmicos da graduação, enquanto iniciação científica, e de pós-
graduação, vai desde o entendimento do estudante como um indivíduo capaz de
participar de processos de geração de conhecimento; o próprio processo de construção
do projeto de pesquisa, coleta e análise dos dados; a interação entre diferentes áreas da
saúde e o conhecimento das políticas de saúde, bem como da devolutiva para o serviço.
Esse conjunto contribui para uma formação capaz de interligar os variados aspectos que
envolvem a assistência e a pesquisa, oriundos de resultados cientificamente
comprovados para nortear a prática assistencial consolidada e sistematizada.
Referências:
1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids
e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico HIV/Aids. Brasília: Ministério da Saúde,
2016.
Descritores/palavras-chave: Transmissão vertical de doença infecciosa; HIV; Perda de
seguimento.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Eduarda Dalla Costa1
Carine Rieger Donel²
Kamila Caneda Da Costa2
Nathalia Kaspary Boff2
Victória Quadros Severo Maciel2
Rafaela Andolhe3
¹Autora, Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria.
Email:[email protected]
²Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria 3Doutora em enfermagem e docente adjunto do departamento de enfermagem da Universidade Federal de Santa
Maria
SEGURANÇA DO PACIENTE E HIGIENIZAÇÃO DE CELULARES E
DAS MÃOS EM AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE
EXPERIÊNCIA DE PRÁTICA EDUCATIVA
1 INTRODUÇÃO
A segurança do paciente contribui para a melhora do cuidado em saúde, proporcionando
aos pacientes, familiares, gestores e profissionais de saúde o desenvolvimento de um
cuidado seguro. A segurança do paciente se dá por meio de medidas de educação e
divulgação de boas práticas para profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes e
com ações preventivas (Brasil, 2013).
2 OBJETIVO
Este estudo teve por objetivo relatar a experiência de Graduandas de Enfermagem na
realização de uma atividade de prática educativa direcionada para a segurança do
paciente. A atividade teve a intenção de salientar a importância da higienização dos
celulares e das mãos em ambiente hospitalar.
3 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência de Graduandas de Enfermagem do 5ᵒ semestre da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), as quais desenvolveram uma atividade
educativa de promoção da segurança do paciente, que foi desenvolvida na Clínica
Cirúrgica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) em outubro de 2018,
visando conscientizar os pacientes, familiares e equipe sobre a importância da
higienização dos aparelhos celulares e das mãos no ambiente hospitalar na tentativa de
prevenir a disseminação de doenças e infecções. Essa atividade foi realizada junto à
Disciplina de Enfermagem no Cuidado ao Adulto e ao Projeto de Extensão ‘‘Segurança
do paciente e enfrentamento do estresse: cuidado a equipe de enfermagem’’, registro
GAP nᵒ 039524. A prática contou com a demonstração de como higienizar os celulares
utilizando um pedaço de papel toalha e álcool gel que estão acessíveis tanto a equipe,
acompanhantes e pacientes. Além disso, houve uma troca de informação,
proporcionando um diálogo aberto onde os próprios pacientes, familiares e integrantes
da equipe, relataram a importância da realização de tal atividade.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A vivência da atividade realizada proporcionou uma experiência positiva em relação a
ações voltadas para a segurança do paciente de cunho preventivo e educativo
desempenhadas em ambiente hospitalar.
5 CONCLUSÕES
Diante dessa experiência, concluiu-se que realizar atividades que permitam diálogo e
troca de experiências são positivas. Pacientes, familiares e a equipe são provedores do
cuidado e com a participação de todos, torna-se possível a oferta de um tratamento
eficiente e um cuidado seguro, colocando em prática a segurança do paciente.
Descritores: Educação em enfermagem, segurança do paciente, atividade educativa,
higienização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nᵒ 529, de 1ᵒ de Abril de 2013. Institui o
Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 02 de abr. 2013.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Leonardo Soares Trentin148
Luísa da Rosa Olesiak149
Mikaela Aline Bade München150
Carolina Schmitt Colomé151
Alberto Manuel Quintana152
SENTIMENTO DE SOLIDÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
1 INTRODUÇÃO
A solidão, enquanto um sentimento que provoca dor e angústia, suscita no indivíduo um
mal-estar e a sensação de estar só, ainda que cercado de pessoas, por sentir que lhe falta
suporte, sobretudo de natureza afetiva. (AZEREDO; AFONSO, 2016). Esse sentimento
pode se manifestar em todas as fases da vida do ser humano, desde a juventude até a
velhice. No entanto, essa angústia pode se apresentar de uma forma singular e com mais
intensidade na velhice, pois os idosos podem, frequentemente, expressar sentimentos
negativos devido à combinação do processo de envelhecimento com os estereótipos
sociais, situação a qual poderá influenciar a sua qualidade de vida (CASTRO;
AMORIM, 2016). Frente a um contexto de isolamento de ordem social, surgiram as
instituições de prestação de serviço aos idosos com o objetivo de prover a esses,
cuidados integrais à saúde. O asilo foi uma dessas primeiras instituições preocupadas
em suprir necessidades básicas como a alimentação e à moradia ao idoso. Contudo, a
saúde do idoso asilado nem sempre é valorizada de forma a atender e amparar aspectos
sociais e psicológicos (PESTANA; SANTO, 2008). Diante disso, essa pesquisa
bibliográfica teve por objetivo aprofundar o conhecimento sobre as interfaces de idosos
institucionalizados e o sentimento de solidão.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo que adota como metodologia a revisão narrativa de literatura.
Desta forma, foi realizada uma busca por artigos científicos e livros a partir do viés
subjetivo do pesquisador.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os asilos, atualmente chamados de Instituições de Longa Permanência, são
significativos, porque são lugares seguros para o idoso, proporcionando proteção e
cuidado (EVANGELISTA et al., 2014) – desde que mantenham as condições básicas da
148 Acadêmico do Curso de Graduação em Psicologia. UFSM; 149 Mestranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação. UFSM; 150 Acadêmica do Curso de Graduação em Psicologia. UFSM; 151 Acadêmica do Curso de Graduação em Psicologia. UFSM; 152 Professor do Departamento de Psicologia. UFSM.
qualidade de vida. Contudo, dentro desses espaços, sentimentos como o de solidão
podem ser desencadeados por fatores como a institucionalização, o isolamento e o mau
relacionamento intergeracional (AZEREDO; AFONSO, 2016). Esse último é fruto,
principalmente, da falta de uma rede de apoio familiar – ausência e/ou abandono dos
filhos e a perda do cônjuge. Notou-se ainda que a solidão, o sentimento de
improdutividade e o abandono são fatores que estimulam e até mesmo acentuam outras
doenças. (PESTANA; SANTO, 2008). Em suma, fica evidente que a manutenção de
vínculos e atividades sociais se constituiu como um fator protetivo em relação à solidão
(CARMONA; COUTO; SCORSOLINI-COMIN, 2014).
4 CONCLUSÕES
A partir desse estudo, torna-se nítido que mesmo estando seguro dentro de uma
Instituição de Longa Permanência, rodeados de profissionais de saúde, bem como de
outros idosos, sentimentos como o de abandono e de solidão podem emergir em um
idoso institucionalizado. Esses sentimentos advêm, principalmente, da falta de uma rede
de apoio familiar e do convívio social. Por isso, é de suma importância a reflexão da
sociedade sobre essa temática e a implementação de iniciativas mais complexas de
suporte social e de políticas públicas voltadas para a população idosa. Além disso, é
importante a expansão de centro-dias, de grupos de convivência e de intervenções
terapêuticas grupais, pois essas atividades beneficiam o bem-estar do idoso, de forma a
promover um amparo efetivo e consequentemente a diminuição do sentimento de
solidão e do agravo de outras doenças.
REFERÊNCIAS
1. AZEREDO, Z. A. S; AFONSO, M. A. N. Solidão na perspectiva do idoso. Rev.
bras. geriatr. gerontol, Rio de Janeiro , v. 19, n. 2, p. 313-324, Apr. 2016.
2. CARMONA, C. F.; COUTO, V. V. D; SCORSOLINI-COMIN, F. A experiência
de solidão e a rede de apoio social de idosas. Psicol. Estud, vol.19, n.4, p. 681-
691, 2014.
3. CASTRO, M; AMORIM, I. Qualidade de vida e solidão em idosos residentes
em lar. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Porto, n. spe3, p.
39-44, abr. 2016.
4. EVANGELISTA, R. A. et al. Perceptions and experiences of elderly residents in
a nursings home. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 48, n. spe2, p. 81-86,
Dec. 2014.
5. PESTANA, L. C.; ESPIRITO SANTO, F. H. As engrenagens da saúde na
terceira idade: um estudo com idosos asilados. Rev. esc. enferm. USP, São
PaulO, v.42, n.2, p.268-275, Junho 2008.
Área temática: Pesquisa
SÍNDROME DE GULLO EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE
CASO
Autores: Piaia, K.¹; Benetti, O. H.¹; Caixeta, M.¹; Rodrigues, M.C.²; Pillon,
C.G.³; Prola, I.R.D.4
¹Acadêmicos do curso de Medicina da UFSM;
²Médica residente em Terapia Nutricional do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM);
³ Médica gastroenterologista pediátrica; 4Orientador e médico gastroenterologista pediátrico.
RESUMO
Introdução: A Síndrome de Gullo (ou hiperenzinemia pancreática benigna) é
considerada rara, principalmente na população pediátrica. É caracterizada pelo aumento
das enzimas pancreáticas de forma isolada, sem sinais clínicos ou radiológicos de
pancreatite, ou de outras doenças que cursam com alteração das enzimas. Em crianças
as prevalências são: hiperamilasemia, < 5% dos casos; hiperlipasemia, < 1% dos casos;
ambas, 95% dos casos. Pode ser de caráter familiar (39% dos casos) ou esporádico.
Metodologia: Foi realizada revisão do prontuário e dos exames do paciente, bem como
da literatura para relatar um caso raro de Síndrome de Gullo em paciente pediátrico.
Descrição do caso: Paciente masculino, 2 anos e 8 meses, procedente de Santo
Ângelo/RS, com diagnóstico de colite alérgica desde 2016, usando fórmula
extensamente hidrolisada e em remissão da doença. Em 2017 foi internado em UTI
pediátrica na cidade de Santa Maria/RS por diagnóstico de pancreatite devido à história
de vômitos, febre e diarreia, associada ao aumento das enzimas pancreáticas. Porém, a
criança não apresentava dor abdominal e os exames de imagem eram normais (Raio X -
RX, Ultrassom - US e Tomografia Computadorizada - TC - de abdome). A enzima com
maior aumento era a lipase (4x Limite Superior da Normalidade - LSN). Durante
acompanhamento ambulatorial, após a resolução do quadro de pancreatite presumida,
permaneceu com as enzimas pancreáticas elevadas, apresentando variação nos valores,
porém mantendo sempre acima do LSN. A amilase era aumentada em cerca de 1,5 vez,
e a lipase de 2 a 4 vezes o LSN. Devido aos níveis séricos estarem sempre elevados, aos
exames de imagem serem normais e não haver queixa de dor abdominal, foi feita a
hipótese diagnóstica de Síndrome de Gullo. Sendo assim, foi iniciada a investigação
familiar com coleta de exames laboratoriais e realização de exames de imagem. Exames
laboratoriais: do pai, alterados (lipase 4 vezes acima do LSN); da mãe, normais. Exames
de imagem: do pai, normais (RX, US e TC de abdome). Tia paterna da criança
apresentou aumento somente da lipase em 0,5 vez o LSN. Avós e bisavô paternos sem
alterações nos exames laboratoriais.
Conclusão: A Síndrome de Gullo é considerada rara, principalmente na faixa etária
pediátrica. Os valores séricos são elevados e flutuantes podendo, inclusive, estarem
normais em alguns períodos, dificultando o diagnóstico definitivo. Apresenta evolução
crônica, porém benigna. Seu conhecimento é importante para que sejam evitados
procedimentos diagnósticos desnecessários nos portadores da síndrome.
Referências:
GULLO, L. et al. Benign pancreatic hyperenzymemia or Gullo's syndrome. Advances in
medical sciences, v. 53, n. 1, p. 1, 2008. GALASSI, Eleonora et al. A 5-year experience
of benign pancreatic hyperenzymemia. Pancreas, v. 43, n. 6, p. 874-878, 2014. GULLO,
Lucio; MIGLIORI, Marina. Benign pancreatic hyperenzymemia in children. European
journal of pediatrics, v. 166, n. 2, p. 125-129, 2007. LIONETTI, Elena et al. Two rare
cases of benign hyperlipasemia in children. World Journal of Clinical Cases: WJCC, v.
2, n. 1, p. 16, 2014.
Palavras-chave: Síndrome de Gullo; hiperenzinemia pancreática benigna; pediatria
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
SÍNDROME DOS VÔMITOS CÍCLICOS: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
UTILIZADOS EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA
Caixeta, Marina S.¹ (GR); Benetti, Otávio H.1(GR); Piaia, Kauanni¹ (GR); Marlucy
C.²(R3); Camile G.³(MD); Prolla, Ivo R. D.³(MD).
¹Monitores de Pediatria, Departamento de Pediatria, Centro de Ciências da Saúde, Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM); ² Residente de Terapia Nutricional Pediátrica, Hospital Universitário
de Pediatria (HUSM), UFSM; ³ Gastroenterologistas Pediátricos, HUSM, UFSM.
Introdução: A Síndrome dos Vômitos Cíclicos (SVC) é um distúrbio funcional
caracterizado por episódios recorrentes de náuseas e vômitos que duram de horas a dias,
seguidos de intervalos assintomáticos, com retorno ao estado basal do paciente. Sua
etiologia e fisiopatologia são pouco conhecidas. Sabe-se que há uma forte associação
desta síndrome com a enxaqueca, pois apresentam similaridade de sintomas, evolução e
resposta positiva ao uso de medicamentos anti-enxaqueca. Por não haver uma etiologia
definida, nem marcadores laboratoriais específicos que confirmem o diagnóstico,
muitos pacientes ficam sem o tratamento adequado. O diagnóstico, dado pelos critérios
do ROMA IV, devem incluir: 1) Ocorrência de dois ou mais episódios de náuseas e
vômitos com duração de horas a dias nos últimos seis meses; 2) Episódios
estereotipados em cada paciente; 3) os episódios devem ser separados por semanas a
meses por períodos assintomáticos; 4) Exclusão de outras causas. O estudo tem como
objetivo avaliar se realmente há necessidade de preenchimento de todos os critérios
diagnósticos do ROMA IV para iniciar o tratamento para SVC, ou se há benefício em
iniciar o tratamento empírico naqueles em que a hipótese de SVC é altamente provável,
independente do preenchimento de todos os quatro critérios.
Métodos: análise de prontuários dos pacientes ambulatoriais do setor de
Gastroenterologia Pediátrica do HUSM, que se consultaram no período de outubro de
2012 a abril de 2018, com um total de 565 pacientes. Foram selecionados aqueles com
diagnóstico de SVC, e coletados dados quanto ao quadro clínico e resposta ao
tratamento.
Análise e discussão dos resultados: 3% dos pacientes receberam hipótese diagnóstica
inicial de SVC e receberam o tratamento para a mesma. 14 deles obtiveram resposta
total ao tratamento (ciproeptadina: 11 pacientes; amitriptilina: 3 pacientes) e 4
obtiveram resposta parcial. Dos 18 pacientes, 6 e 8 deles, não preencheram os critérios 1
e 3 do ROMA IV, respectivamente. Os critérios mais valorizados foram o 2 e o 4. Além
destes, a resposta ao teste terapêutico foi incluída como mais um critério para a
confirmação diagnóstica.
Conclusão: os pacientes com diagnóstico de SVC avaliados no nosso serviço se
beneficiaram do tratamento proposto, mesmo sem preencher todos os critérios
diagnósticos dados pelo ROMA IV.
Referências:
Drossman DA. The Rome IV Committees, editor. History of functional gastrointestinal
symptoms and disorders and chronicle of the Rome Foundation. In: Drossman DA,
Chang LC, Kellow WJ, Tack J, Whitehead WE, editors. Rome IV functional
gastrointestinal disorders: disorders of gut-brain interaction. I. Raleigh, NC: The Rome
Foundation; 2016.
Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP: calendário de puericultura. Disponível em:
www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/CalendarioPuericultura_Jan2014.pdf
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Fernanda Luisa Buboltz1
Isadora Rinaldo Scaburi2
Caroline Felix Ribeiro3
Julia Heinz da Silva4
Augusto Maciel da Silva5
Eliane Tatsch Neves6
SOBRECARGA E CARACTERIZAÇÃO DE MULHERES
CUIDADORAS DE CRIANÇAS COM CUIDADOS CONTÍNUOS E
COMPLEXO
1 INTRODUÇÃO
As crianças com cuidados contínuos e complexos são aquelas que possuem doenças
complexas e necessitam de cuidados ininterruptos, especializados, hospitalizações
prolongadas, gerando um aumento significativo nas demandas de assistência em saúde
(MORAES; CABRAL, 2012). Neste contexto, na maioria dos casos, o cuidado destas
crianças está sob a responsabilidade da mulher cujas demandas diárias de cuidados
acabam gerando sobrecarga a elas (REHM, 2013). Justifica-se este estudo pela
necessidade do desenvolvimento de estratégias e ações, visando a qualidade de vida de
todos membros da família.
2 OBJETIVO
Descrever a sobrecarga e as características sociodemográficas de mulheres cuidadoras
de crianças com cuidados contínuos e complexos.
3 MÉTODO
Trata-se de um recorte de tese de doutorado, com método mista, desenvolvida em um
hospital escola e uma APAE do Sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de
escala de sobrecarga e questionário sociodemográfico com mulheres cuidadoras de
crianças com cuidados contínuos e complexos. Os dados foram submetidos à análise de
estatística descritiva.
_____________________________ 1 Enfermeira, Mestre em Enfermagem pelo programa de pós-graduação em Enfermagem 2 Graduanda em Medicina da UFSM 3 Graduanda em Enfermagem da UFSM 4 Enfermeira, Mestre em Enfermagem pelo programa de pós-graduação em Enfermagem 5 Professor do departamento do curso de Estatística da UFSM 6 Pós-doutora em Saúde Pública pela escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo – EERP/USP
4 RESULTADOS
A faixa de idade das mulheres cuidadoras é de 20 a 35 anos (N=46), sendo que 64%
(N= 53) delas são casadas e 93% (N=77) das cuidadoras são a mãe da criança. Além
disto, 64% (N=53) destas mulheres possuem como ocupação cuidar da criança, 51%
(N=42) das famílias possuem uma renda de até um salário mínimo regional e 59%
(N=49) recebem auxílio do governo federal como bolsa família e auxílio de prestação
continuada. Corroborando com alguns destes resultados, estudo realizado no Canadá,
com cuidadoras de crianças com doenças neurológicas incapacitantes, indicou que
82,4% eram mães, possuíam idade média de 42 anos, sendo que 83,3% eram casadas ou
em relação estável (GARDINER, MILLER, LACH, 2018). Dados da sobrecarga destas
mulheres ainda estão em processo de análise.
5 CONCLUSÕES
As mulheres cuidadoras de crianças com cuidados contínuos e complexos, participantes
da fase quantitativa desta pesquisa, são mães, com idade média de 28 anos, casadas e
com uma renda familiar em torno de um salário mínimo regional.
REFERÊNCIAS
1. BROWN,B.J.; et al. Burden of health-care of carers of children with sickle cell
disease in Nigeria. Health Soc Care Community.v. 8, n3 p. 289–95. 2010.
2. GARDINER, E.; MILLER,A.R ; LACH,L.M. Adaptive and maladaptive predict
family impact. Journal of Intellectual Disability Research. v.62, n.10 October.
2018.
3. MORAES, J. R.M. M.; CABRAL, I.E. A rede social de crianças com
necessidades especiais de saúde na (in) visibilidade do cuidado de enfermagem.
Rev. Latino-Am. Enfermagem. v. 20, n.2, [08 telas]. Mar/abr. 2012.
4. REHM, R. S. Nursing’s contribution to research about parenting children with
complex chronic conditions: An integrative review. Nurs Outlook. 2013. <
Disponível em www.sciencedirect.com> Acesso em:20 set. 2016.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Adilaeti Paiva Lopes153
Rosângela Marion da Silva154
SONO EM PUÉRPERAS
1 INTRODUÇÃO
O puerpério é o período até os seis meses de vida do bebê (BRASIL, 2006). Neste
período a mulher passa por diversas alterações emocionais que podem se manifestar de
várias formas, incluindo perturbação do sono. O objetivo do estudo é avaliar a
sonolência diurna excessiva e a qualidade de vida (QV) de mulheres no puerpério em
acompanhamento em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) de um município do
Rio Grande do Sul.
2 MÉTODO
Pesquisa de campo, descritiva, com abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu
entre os meses de setembro e novembro de 2017 antes ou após a consulta de
puericultura que é realizada na ESF. Os critérios de inclusão do estudo foram: puérperas
com idade superior a 18 anos, período pós-parto (imediato, mediato, tardio ou remoto)
entre os meses setembro a novembro do corrente ano, ter realizado acompanhamento
pré-natal na ESF e estar amamentando exclusivamente o recém-nascido. Foram
utilizados um questionário para caracterização, a escala de Sonolência de Epworth e a
escala WHOQOL-Bref para avaliar a QV. A análise dos dados foi realizada com auxílio
do programa Predictive Analytics Software, da SPSS Inc. (Chicago – USA), versão 15.0
for Windows. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa parecer número
2.271.342.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Participaram da pesquisa 20 puérperas em aleitamento materno exclusivo até os seis
meses, com idade média de 24 anos (dp= 6,09) com pelo menos 1 filho. Houve recusa
de 2 puérperas. Identificou-se que 45% das mulheres está insatisfeita com o seu sono
(n=9), sendo a média com a pior classificação. A maioria não apresentou sonolência
diurna excessiva (SDE) (65%). As puérperas apresentam uma boa QV (média = 61,92).
Sobre a avaliação da QV, identificou-se que o domínio relações sociais foi o que obteve
maior média (72,08), e o domínio físico a mais baixa (48,93). Estudo avaliou mulheres
no período pós-parto com QV (52,08%), sendo os domínios que apresentaram o mais
baixo valor foram o físico e psicológico. (MORTAZAVI et al, 2014). Este estudo vai de
encontro aos resultados encontrados nesta pesquisa, que durante o período pós-parto
153 Curso superior em medicina, Universidade Federal de Santa Maria e bolsista PROIC-HUSM; 154 Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria;
apesar da mulher estar vivenciando uma experiência nova, esta não afeta a sua saúde e
nem sua QV de uma maneira negativa.
4 CONCLUSÕES
Mesmo com resultados satisfatórios quando a QV e a SDE encontrados pelo estudo, é
importante que o profissional de saúde atente-se a estes fatores em suas pacientes visto
que o puerpério é um período de vulnerabilidade emocional à mulher e que pode ser
agravado pela baixa qualidade do sono, afetando em sua qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área Técnica de Saúde
da Mulher. Pré-natal e puerpério: Atenção qualificada e humanizada – Manual
técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
MORTAZAVI, F. ET AL. Maternal quality of life during the transition to motherhood.
Iran Red Crescent. Med. J. v. 16, n. 5, p. 8443, may, 2014.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Giovana Sangiogo Dallabrida155
Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini156
Angélica Dalmolin157
TECNOLOGIA AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM
PACIENTES E FAMILIARES NO PÓS-OPERATÓRIO DE
COLOSTOMIA
1 INTRODUÇÃO
A colostomia é um procedimento cirúrgico no qual é realizada a exteriorização do
intestino grosso pelo abdômen, para a eliminação de fezes. Deste modo, altera a
autoimagem do paciente, repercutindo nas suas atividades diárias de vida, afetando as
dimensões fisiológicas, emocional, social e espiritual. O enfermeiro mostra-se
fundamental no processo de adaptação do paciente e de sua família a nova realidade de
vida, atuando enquanto educador, a fim de facilitar o ensino para as práticas de cuidado
e autocuidado. Assim, pode usufruir de tecnologias educativas audiovisuais, com vistas
a facilitar o processo educativo, sendo um subsídio para a educação em saúde.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência acerca de um projeto de extensão, que tem por
objetivo utilizar um vídeo educativo para educação em saúde de pacientes e suas
famílias no pós-operatório de cirurgia para a confecção de uma colostomia. As ações
extensionistas foram realizadas na Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário de Santa
Maria, durante o primeiro semestre de 2018. A equipe que desenvolve a atividade é
composta por uma enfermeira e uma acadêmica de enfermagem, bolsista de extensão,
sob a supervisão da professora orientadora.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
As ações são realizadas semanalmente, sendo iniciadas com a busca ativa dos pacientes.
Após localizar os mesmos, é realizado o convite para participar da atividade. Mediante
aceite, é entregue um termo de consentimento livre e esclarecido, em duas vias, e
preenchido um questionário com questões sócio demográficas e clínicas, a fim de
conhecer o perfil dos participantes. Quando possível, a ação é realizada na sala de
educação em saúde, do contrário acontece no leito do paciente. Para o desenvolvimento
da atividade são utilizados notebook e caixa de som para viabilizar a exibição do vídeo
155 Graduanda em enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Email:
[email protected]; 156 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente adjunta do departamento de enfermagem da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); 157 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM).
educativo, e, também, alguns materiais, como: bolsas coletoras, clampes e medidores de
estomia. O vídeo educativo reúne informações por meio de recursos audiovisuais sobre
a higienização e troca da bolsa coletora, bem como os matérias necessários para sua
manutenção e informações sobre a alimentação. Para mais, contém o relato de uma
pessoa estomizada, a qual conta sua experiência sobre o viver e conviver com a
colostomia e o relato de um familiar coparticipante do cuidado, presente na fase
adaptativa. Ao final da exibição do vídeo educativo é realizada uma conversa com o
paciente e sua família, contribuindo com algumas orientações complementares e
sanando possíveis dúvidas. Para mais, é disponibilizada aos participantes uma cópia do
vídeo em DVD, para que possam assistir em seu domicílio após a alta hospitalar.
4 CONCLUSÕES
É possível perceber que a utilização da tecnologia audiovisual possibilita a socialização
do conhecimento entre a enfermagem, o paciente e sua família, subsidiando de forma
efetiva orientações e informações para o cuidado e autocuidado, com vistas a facilitar o
retorno ao domicílio. Logo, a educação em saúde por meio do vídeo educativo auxilia
no empoderamento e a emancipação dos sujeitos envolvidas nas práticas pedagógicas,
favorecendo a qualidade de vida dessas pessoas.
Descritores: Enfermagem. Educação em saúde. Colostomia.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores: Natiely Lange Silva158
Nathalie da Costa Nascimento159
Fabiane Angelo Bortoluzzi160
Morgana Machado161
Sabrina Franchi162
Luisiana Fillipin Onófrio163
TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS - UMA AÇÃO DO PROJETO DE
EXTENSÃO CUIDADO E ATENÇÃO AO ADOLESCENTE E À
CRIANÇA EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO (CAACTO)
1 INTRODUÇÃO
O projeto CAACTO tem como objetivo principal a promoção de ações de cuidado e
atenção integral à saúde de crianças e adolescentes em tratamento hemato-oncológico e
aos seus familiares e cuidadores, na perspectiva da humanização da atenção à saúde.
Desta forma, foram desenvolvidas ações envolvendo a Terapia Assistida por Animais,
popularmente conhecida como Pet Terapia, a qual contempla três âmbitos de atuação:
Terapia, Educação e Atividade, cada uma com suas especificidades e benefícios por
meio da interação humano-animal. Cada uma dessas práticas possui objetivos próprios e
pode ser indicada para diferentes situações, tendo como proposta promover o
desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo e social dos pacientes onde o Cão de Apoio
Social aparece como facilitador.
2 MÉTODO
Trata-se do relato das experiências dos participantes do projeto com a Terapia Assistida
por Animais no Centro de Tratamento da Criança com Câncer (CTCriaC), as quais
tiveram início em agosto de 2018 e vem acontecendo semanalmente, com duração de
duas horas, a partir de ações do projeto de extensão Cuidado e Atenção ao Adolescente
e à Criança em Tratamento Oncológico (CAACTO) registrado sob o nº CAEE 048269.
158 Terapeuta Ocupacional no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar no
Sistema Público de Saúde com Ênfase em Hemato-Oncologia; 159 Terapeuta Ocupacional no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar no
Sistema Público de Saúde com Ênfase em Hemato-Oncologia; 160 Psicóloga Doutoranda em Educação no Programa de Pós Graduação em Educação na Universidade Federal de Santa
Maria; 161 Graduanda em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria; 162 Graduanda em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria; 163 Terapeuta Ocupacional HUSM/EBSERH.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A Terapia Assistida por Animais tem contribuído positivamente no cotidiano de
pacientes e familiares, os quais esperam ansiosos pela visita do Cão de Apoio Social,
Pepê. As ações têm como objetivo principal minimizar os agentes estressores da
internação, através do lúdico. A Pepê participa como facilitadora das intervenções,
como por exemplo, na aferição de sinais vitais, as quais algumas crianças têm medo.
4 CONCLUSÕES
Com base no vivenciado pelos participantes do projeto durante os meses iniciais em que
a Pet Terapia tem sido utilizada como terapia complementar, pode-se visualizar
benefícios, principalmente quando se trata de crianças hospitalizadas. Cada vez mais,
faz-se de suma importância que estudos sobre o tema sejam publicados, bem como que
outros hospitais/unidades possam aderir a esta terapia complementar e assim auxiliar a
amenizar o processo de internação e adoecimento de pacientes e familiares.
REFERÊNCIAS
1. Kawakami, C. H., & Nakano, C. K. (2002). Relato de experiência: terapia
assistida por animais (TAA)-mais um recurso na comunicação entre paciente e
enfermeiro. In Proceedings of the 8. Brazilian Nursing Communication
Symposium.
2. Crippa, A., & dos Santo Feijó, A. G. (2014). Actividad asistida por animales,
como una alternativa complementaria para el tratamiento de los pacientes: la
búsqueda por la evidencia científica. Revista Latinoamericana de Bioética,
14(26-1), 14-25.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Larissa Teresita Rodriguez Pintos164
Sabrina de Oliveira de Christo165
Ylana de Albeche Ambrosio 166
Sara Soares Milani167
TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS NA AVALIAÇÃO DA
CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS
1 INTRODUÇÃO
Com o avanço da idade, os indivíduos idosos apresentam menor capacidade funcional e
apresentam maiores condições crônicas, o comprometimento da capacidade funcional
do idoso tem implicações importantes, contribuindo para diminuição do bem-estar.
Visto que o ato de andar é uma das principais atividades de vida diária, os testes de
caminhada têm sido propostos para medir o estado ou capacidade funcional do paciente,
entre os testes mais usados está o teste de Caminhada de Seis Minutos que verifica a
resposta de um indivíduo ao exercício e é um meio de descobrir a capacidade
respiratória, cardíaca e metabólica de uma pessoa que possui alguma alteração.
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a capacidade funcional de idosos
institucionalizados através do teste de caminhada de 6 minutos.
2 MÉTODO
Para a realização dessa pesquisa foi utilizado o Teste de Caminhada de 6 Minutos
(TC6M), que tem como objetivo avaliar a distância percorrida durante 6 minutos. Os
materiais utilizados foram: fita métrica, dois cones, cronômetro, oxímetro, estetoscópio
e esfignomanômetro. Foram verificadas: a pressão arterial, frequência cardíaca,
frequência respiratória e saturação de cada participante antes e após a realização do
teste. Foi realizado no pátio da instituição, o participante foi instruído a caminhar de
acordo com sua capacidade durante 6 minutos e informado que poderia parar no meio
do percurso para descansar, que deveria avisar e parar de caminhar caso estivesse
sentindo-se mal. Durante a caminhada foi dado estímulos verbais ao participante: “está
indo bem”, “falta pouco”, “sente-se bem? ”. O teste foi realizado novamente em menos
torno de 7 dias para a comparação de valores.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Segundo Enright & Sherrill a distância percorrida no TC6 (DTC6) média é 576 m para
os homens e 494 m para as mulheres, a distância é consideravelmente menor para
homens e mulheres de idade avançada. Essa pesquisa foi aplicada em 6 idosos
164 Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM ; 165; Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM 166; Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM 167. Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM
institucionalizados de ambos os sexos. Os idosos avaliados não apresentaram bom
prognóstico, dos 6 avaliados 1 não conseguiu realizar o teste durante o tempo de 6
minutos (no 1º e 2º dia) e 2 pararam durante a realização do teste para descansar (duas
vezes). A distância percorrida no segundo dia foi relativamente maior que a do primeiro
dia, sendo que apenas 2 participantes não ultrapassaram a distância percorrida do
primeiro dia. Nesse estudo a menor e a maior distância percorrida foi de 108 metros no
primeiro dia e 228 metros no segundo dia, respectivamente.
4 CONCLUSÕES
Foi possível concluir que os idosos avaliados possuem pouca capacidade funcional,
apresentaram dificuldade em deambular por um longo período devido há algumas
variáveis, por isso, torna-se importante desenvolver um trabalho com esses idosos
institucionalizados para que haja maior desenvolvimento de suas capacidades, além de
melhorar e prevenir alguns acometimentos advindos da idade.
REFERÊNCIAS
1. ALVES,Luciana Correia; LEIMANN, Beatriz Consuelo et al. A influência das
doenças crônicas na capacidade funcional dos idosos do Município de São Paulo,
Brasil. 2007. Disponivel em:
https://www.scielosp.org/article/csp/2007.v23n8/1924-1930/pt/.
2. FERNANDES, Pâmela Matias; PEREIRA, Natália Herculano et al. Teste de
Caminhada de Seis Minutos: avaliação da capacidade funcional de indivíduos
sedentários. João Pessoa, 2012. Disponivel em:
http://www.onlineijcs.org/english/sumario/25/pdf/v25n3a04.pdf. Acesso em: 14 de
outubro de 2018.
3. SQUASSONI, Selma Denis; MACHADO, Nadine Cristina et al. Comparação entre
os testes de caminhada de 6 minutos realizados em pacientes com doença pulmonar
obstrutiva crônica em diferentes altitudes. São Paulo, 2014. Disponivel em:
http://www.scielo.br/pdf/eins/v12n4/pt_1679-4508-eins-12-4-0447.pdf. Acesso em:
14 de outubro de 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Abner Vieira Rodrigues168
Otávio Hoss Benetti1
Marlucy Corin Rodrigues169
Camile Goebel Pillon170
Ivo Roberto Dorneles Prola4
TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO NO DIAGNÓSTICO DA
INTOLERÂNCIA À LACTOSE E DO SUPERCRESCIMENTO
BACTERIANO DO INTESTINO DELGADO
1 INTRODUÇÃO
O Teste do Hidrogênio Expirado (TH2) é uma ferramenta diagnóstica importante na
abordagem de pacientes com suspeita de Intolerância à Lactose (IL) e/ou
Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado (SBID) e tem a vantagem de não ser
invasivo. Baseia-se na dosagem do H2 no ar expirado resultante da fermentação de um
substrato pelas bactérias intestinais. Conforme a hipótese diagnóstica, determina-se o
substrato a ser utilizado. O objetivo deste estudo é avaliar os resultados do TH2 em um
grupo de crianças com suspeita de IL e/ou SBID.
2 MÉTODO
Estudo retrospectivo baseado nos laudos do TH2 realizado em crianças em laboratório
privado na cidade de Santa Maria - Rio Grande do Sul. O aparelho utilizado foi o Micro
H2 (Micro Medical), que determina as concentrações em ppm (partes por milhão) de
hidrogênio no ar expirado. Foram coletadas amostras em jejum e após a ingestão do
substrato em intervalos de tempos definidos no protocolo de coletas por duas a três
horas. O substrato utilizado foi a lactose na dose de 2g/kg, sendo o máximo 25g,
diluídos a 10%.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram estudados 29 pacientes, incluindo adultos e crianças. Na faixa etária adulta,
foram estudados 4 pacientes com idades de 20 e 62 anos, sendo 75% do sexo feminino.
Entre os 4 adultos, 3 apresentaram IL. Na faixa etária pediátrica, foram estudados 23
pacientes com idades de 1 a 12 anos, sendo 52,2% do sexo feminino. Quanto aos
diagnósticos, na faixa etária pediátrica, 21,7% apresentaram IL, 21,7% SBID e 8,7%
ambos os diagnósticos associados. Esses resultados demonstram que o exame pode ser
executado em qualquer faixa etária, sendo que para interpretação não apenas os
resultados numéricos, mas também a clínica apresentada durante e após o teste devem
ser considerados para o diagnóstico correto. Surpreendentemente, na população
pediátrica estudada, observou-se prevalência elevada de SBID (30,4%). Esse
168 Acadêmico de Medicina da UFSM; 169 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM; 170 Médica gastroenterologista pediátrica do HUSM; 4 Orientador e médico gastroenterologista pediátrico do HUSM.
diagnóstico seria difícil de ser confirmado com outra metodologia e frequentemente não
recebe a importância e o tratamento adequado.
4 CONCLUSÕES
O TH2 é um exame não invasivo, de fácil execução e que deve ser considerado na
avaliação de pacientes com suspeita de IL mas também do SBID, cuja suspeita
diagnóstica é pouco considerada.
REFERÊNCIAS
1. GASBARRINI, A; et. al. Methodology and indications of H2-breath testing in
gastrointestinal diseases: the Rome Consensus Conference. Aliment Pharmacol
Ther 29 (Suppl. 1), 1–49. 2009. Blackwell Publishing Ltd. Disponível em:
<https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1365-2036.2009.03951.x>.
Acesso em: 08 nov. 2018.
2. HEYMAN, Melvin B.; Lactose Intolerance in Infants, Children, and Adolescents.
Pediatrics Volume 118, Number 3, September 2006. Disponível em:
<http://pediatrics.aappublications.org/content/pediatrics/118/3/1279.full.pdf>.
Acesso em: 08 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
RAPOSO, Leidi Luzia da Silva1
SCHIRMANN, Cássia Lutiane2
ALMEIDA, João Victor Guimarães Almeida3
WEBER, Elton4
TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA EM MMII UTILIZANDO
ENXERTO DE PELE PARCIAL: RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
Os processos cicatriciais transcorrem de variadas maneiras e mesmo com diversos
estudos, a cicatrização de úlceras ainda é desafio de pesquisas (MORAES, 1998). O uso
de enxertos de pele abrevia o tempo de cicatrização, preserva o paciente de infecções
oportunistas e danos estéticos. Os enxertos livres de pele são cortes parciais do
tegumento retiradas do local doador e transferidas para a área receptora, recobrindo a
área danada, a adquirir novo suprimento sanguíneo, e manter a viabilidade das células
transplantadas (NAKANO, 1992).
OBJETIVO
Relatar a cicatrização de úlcera venosa de MMII interligada a refluxo de veias safenas
com evolução de quase 50 anos, utilizando tratamento de enxerto de pele parcial.
MÉTODO
Trata-se de um relato de caso de paciente ARS, branca, feminina, aposentada, viúva, 72
anos. Apresentava úlcera venosa em MMII há quase 50 anos. Foi realizado no ano de
2016, o tratamento cirúrgico com enxerto de pele parcial, associado a antibioticoterapia
e compressão elástica devido a cronicidade, extensão e gravidade da lesão, seguindo os
protocolos. O método adotado consistiu inicialmente na remoção da área doadora -coxa
do mesmo membro em face antero-lateral utilizando um dermátomo. Logo após, foi
realizada a limpeza da área receptora com o uso de lâmina de bisturi número 15,
debridamento mais intenso nas bordas da lesão e o implante da pele foi fixada com
pontos de mononylon 5-0 e posterior curativo e compressão com atadura.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
O enxerto de pele, no caso da paciente ARS, foi bem recomendado e mostrou excelente
aceitação tecidual, apresentando tempo de recuperação abreviado conforme o esperado,
cicatrização da úlcera de forma satisfatória e resolução sintomática pelo período mínimo
de seis meses.
CONCLUSÃO
O caso citado ganha notoriedade devido ao tempo da lesão (quase 50 anos, conforme
relatado pela paciente) e o tipo de lesão/ gravidade conforme a idade da mesma (úlcera
venosa em membros inferiores localizada em terço distal das pernas e tornozelo).
Acrescenta-se ao caso, o fato de não haver fatores de risco adquiríveis pela paciente não
hipertensa, não diabética, não tabagista, apesar de, ser do sexo feminino. A vida
saudável embora prejudicada, ao longo dos anos, em convívio com a lesão de perna
pode ter sido fator protetor contra a progressão da úlcera e a favor da cicatrização do
enxerto. Dessa forma, a resolubilidade da úlcera através do enxerto, em paciente
favorável e saudável, é sempre assertiva, mesmo com uma lesão com muitos anos de
progressão, desde que excluída infecções ativas e neoplasia
DESCRITORES: úlcera varicosa, transplante de pele, úlcera de perna, varizes, enxerto
de pele.
REFERÊNCIAS
1. De Moraes AM, Annichino-Bizachi JM, Rossi ABR. Use of autologous fibrin
glue in dermatologic surgery. Rev Paul Med. 1998; 116:1747-52.
2. Nakano M, Yoshida T, Ohura T, Azami K, Senoo A, Fuse Y. Clinicopathologic
studies on human epithelial autografts and allografts. Plast Reconstr Surg.
1992;90:899-909
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autor:
Erisvan Vieira da Silva171
ÚLCERAS POR PRESSÃO: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
1 INTRODUÇÃO
As úlceras por pressão são lesões derivadas de pressão constante, forças de fricção ou
cisalhamento, empregadas sobre proeminências ósseas e/ou superfícies de sustentação
do corpo, acarretando a interrupção da irrigação sanguínea, devido a oclusão de vasos e
capilares, isquemia por falta de oxigenação e nutrientes para as células podem gerar a
morte celular. Um dos fatores de risco desencadeante das úlceras é a imobilização por
muito tempo de pacientes em UTI (DAVINI et al., 2005). Os principais locais de
desenvolvimento é a região sacral, tuberosidade isquiática, trocânter maior, calcâneo e
maléolo lateral. Estas lesões atinge todos os tecidos subjacentes, desde tecidos
superficiais á tecido adiposo, fáscia muscular, musculoesquelético e em alguns casos,
tendão e osso. Além disso, são lesões de difícil cicatrização, que torna o indivíduo
susceptível aos microrganismos, pois afeta o sistema imunológico. Assim, este trabalho
objetiva apresentar a atuação do fisioterapeuta em pacientes com úlceras por pressão.
2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão bibliográfica, iniciada em agosto de 2018 e foram acessadas
diferentes bases de dados disponíveis como teses de doutorado, bases de dados on-line
como, por exemplo: a Bireme (http://www.bireme.br/), que engloba os sistemas Scielo
(Scientifific Eletronic Library on line), e a Biblioteca Cochrane; o portal CAPES
(http://periodicos.capes.gov.br/) e buscadores internacionais como o Google Scholar
(http://scholar.google.com/), além de livros disponíveis na biblioteca Central da
Universidade Federal de Santa Maria. Procurou-se utilizar diferentes estratégias de
busca como as palavras-chave fisioterapia, úlceras por pressão e protocolos, além das
mesmas palavras-chave no idioma inglês para que se pudesse identificar literatura
estrangeira com bom conteúdo metodológico e resultados relevantes ao
desenvolvimento da discussão do presente estudo.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A fisioterapia atua na prevenção das úlceras de pressão, promovendo mudança de
decúbito, exercícios ativos e passivos, observação do estado geral do paciente, bem
como a integridade física da pele e deambulação precoce. A movimentação passiva dos
membros melhora a circulação sanguínea, aumentando a oferta de oxigênio aos tecidos,
prevenindo desta forma a formação de úlceras e contraturas. Já nos processos
ulcerativos, visa a redução no período de cicatrização, possibilitando aos indivíduos um
retorno mais rápido às suas atividades sociais e de vida diária trazendo uma melhora na
qualidade de vida de pessoas portadoras de úlceras cutâneas (GONÇALVES et al.,
2000). A prática com recursos eletrotermofototerapêuticos, tem grande ênfase na
171 Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Santa Maria;
literatura cientifica no tratamento de úlceras, onde o laser de baixa frequência apresenta
bons resultados na velocidade de cicatrização e da redução da dor. Espera-se, ainda,
resultados na organização do processo inflamatório, estimulação da neovascularização,
diminuição da perda funcional, aumento da oxigenação tecidual e favorecimento das
reações de reparo e melhora a microcirculação, dentre outros efeitos benéficos.
4 CONCLUSÕES
A atuação fisioterapêutica nas úlceras, promove, através de diversos recursos e
exercícios terapêuticos, significativa melhora na sintomalgia e maior qualidade de vida
dos pacientes acamados. Logo, se faz necessário nos processos iniciais da internação,
uma vez que contribui na redução de quadros dolorosos e evita possíveis complicações
após cirurgias ou longos períodos de imobilizações (FARIA, 2010).
REFERÊNCIAS
1. DAVINI, R., et al. Tratamento de úlceras cutâneas crônica por meio da estimulação
elétrica de alta voltagem. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 14(3):249-258, maio/jun.,
2005.
2. FARIA, L. As práticas do cuidar na oncologia: a experiência da fisioterapia em
pacientes com câncer de mama. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, vol. 17, n.
1, julho, 2010, pp. 69-87. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, Brasil.
3. GONÇALVES, C. R; SAY, G. K.; RENNÓ, M. C. A. Ação do laser de baixa
intensidade no tratamento de úlceras cutâneas. Rev. de fisioter. Univ. Cruz Alta, v. 2,
n. 3, p. 11- 15, dez., 2000.
Área Temática: Gestão/assistência
UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS:
PARA ALÉM DO INSTRUMENTAL, UM PILAR NO CUIDADO E
SEGURANÇA AO PACIENTE
Márcia Gabriela Rodrigues de Lima; Ivana Caetano Bordin; Adriana de Castro Rodrigues Krum; Daniele
Trindade Vieira; Cleuza de Moraes Militz; Ana Paula dos Santos Soares
Descritores: Esterilização; Trabalho; Enfermagem
Introdução
O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), órgão integrado à Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) é referência em saúde para a região centro do Rio
Grande do Sul no atendimento de 45 municípios. Nessa instituição está Unidade de
Processamento de Materiais Esterilizados (UPME), sendo um serviço de apoio a todos
os serviços assistenciais e de diagnóstico, fornecendo produtos médico-hospitalares
esterilizados (roupas e instrumentais), sendo o Centro Cirúrgico o maior consumidor.
Método
Relato descritivo sobre as atividades de enfermagem realizadas na UPME/HUSM, com
base no fluxograma de trabalho da unidade e nos formulários utilizados para registro
dos materiais esterilizados em autoclave a vapor.
Análise e discussão dos resultados
A UPME é composta atualmente com uma equipe atuante de sete enfermeiras, vinte
profissionais de nível técnico e auxiliar de enfermagem e laboratorista de área, que
trabalham nos turnos: manhã, tarde e noite, em sete áreas destinadas a descontaminação,
preparo, embalagem, esterilização, distribuição e armazenamento dos materiais
processados.
Para isso, há duas termodesinfectoras, uma lavadora ultrassônica, uma secadora, três
seladoras, três autoclaves a vapor e uma esterilizadora a baixa temperatura consignada
(V-PRO). Essas máquinas funcionam diariamente, com frequência, de forma
ininterrupta. Então, muitas vezes, alguma delas está em manutenção, o que limita e
atrasa todo processo realizado no setor.
No mês de setembro de 2017 foram esterilizados em autoclave a vapor, 61.854
pacotes/conjuntos (kits de instrumentais, instrumentais avulsos, roupas, entre outros) e
realizadas 433 cargas. Já em setembro de 2018 foram esterilizadas 68.788
pacotes/conjuntos para 530 cargas, o que representa um aumento de 11% no número de
materiais esterilizados e 19% no número de cargas em autoclave a vapor.
O HUSM de 2014 até 2017 teve um aumento de 26% no número de leitos. Passando de
320 para 403, tornando-se um hospital de grande porte. As consultas especializadas
cresceram 66,38%, as cirurgias aumentaram 11,37% e as internações 34,92% (HUSM,
2018). De janeiro a agosto de 2018, ocorreram 8.024 internações, sendo 4.078
procedimentos cirúrgicos (50,82%) (DATASUS, 2018), demostrando a força de
trabalho de retaguarda da UPME.
O trabalho na UPME é bastante complexo, pois acumula atividades com características
técnico assistenciais privativas ao setor, já que possui manuseio de novas tecnologias e
da capacidade de visualizar as necessidades de outras unidades que dependem do seu
trabalho. Além disso, a comunicação e a colaboração da equipe são indispensáveis para
o desenvolvimento de práticas seguras de trabalho (OURIQUES; MACHADO, 2013).
Para tanto, é necessário que os profissionais assumam papéis complementares,
compartilhando saberes e responsabilidades na resolução de problemas e tomada de
decisão, já que implica diretamente no cuidado e segurança do paciente.
Conclusões
Portanto, considerando o impacto que o trabalho na UPME/HUSM representa no
cuidado e segurança do paciente, bem como o aumento expressivo da demanda de
trabalho no último ano, torna-se indispensável para preservação da qualidade de suas
atribuições: a manutenção constante das máquinas, a fim de não comprometer ou
interromper seu funcionamento; escalas de trabalho composta por profissionais em
número adequado; educação permanente referente as rotinas específicas e comunicação
efetiva entre o setor e as unidades consumidoras.
Referências
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA. HUSM apresenta
funcionamento da lista cirúrgica única aos secretários de Saúde da região. 2018.
Disponível em: <http://www.ebserh.gov.br/web/husm-
ufsm/noticias//asset_publisher/pCb xBQOwEAY9 /content/id/2805608/2018-02-husm-
apresenta-funcionamento-da-lista-cirurgica-unica-aos-secretarios-de-saude-da-regiao>.
Acesso em: 02 Nov. 2018.
DATA SUS. Procedimentos cirúrgicos Hospital Universitário de Santa Maria.
2018. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0202
&id=19122> . Acesso em: 02 Nov. 2018.
OURIQUES, C. M.; MACHADO, M. É. Enfermagem no processo de esterilização de
materiais. Texto contexto – enferm., Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 695-703, Set. 2013.
Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid= S0104-
07072013000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 Out. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Carolina Schmitt Colomé172
Mikaela Aline Bade München173
Luísa da Rosa Olesiak174
Leonardo Soares Trentin175
Alberto Manuel Quintana5
VELHICE E FINITUDE: ESPIRITUALIDADE E ATRIBUIÇÃO DE
SENTIDO À PERSPECTIVA DE MORTE
1 INTRODUÇÃO
Na contemporaneidade, frente aos vários fenômenos experienciados pelo ser humano, o
envelhecimento tem sido percebido como um dos mais desejados, e, paradoxalmente,
um dos mais temidos pelos sujeitos. Sugere-se que, ao mesmo tempo em que se busca
uma vida mais longa, recusa-se as marcas do envelhecer, sejam elas presentes no corpo
físico ou no imaginário social. Isto está diretamente relacionado ao fato de a velhice ser
caracterizada como a fase da vida na qual a morte torna-se mais presente – em termos
temporais e representacionais, de modo que deparar-se com a ideia real de morte resulta
em medo e angústia, já que perde-se o controle acerca da vida que se tinha estabelecido
até então. Assim, a morte instiga e inspira ciências, filosofias, artes e religiões, no
intuito de criar explicações e respostas às incógnitas que ela coloca. Desse modo, a
espiritualidade pode constituir-se como ferramenta importante para enfrentar a morte,
através da crença em algo superior, como a crença e criação de um significado à vida.
2 MÉTODO
O presente estudo teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o que vem
sendo produzido acerca da atribuição de sentido frente à perspectiva de morte na
velhice, através do método de revisão narrativa de literatura, a qual é caracterizada pela
influência do viés subjetivo do pesquisador na escolha dos textos a serem selecionados e
pesquisados.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados apontam que o país encontra-se em pleno envelhecimento populacional,
fato que impõe desafios e demanda mudanças dos paradigmas relativos aos olhares que
se direcionam à velhice e à saúde do idoso. Pontua-se que no imaginário social, morte e
velhice ainda são vistas como relacionadas entre si, ambas simbolizando uma ameaça à
ideia de imortalidade nutrida na contemporaneidade. Assim, embora envelhecer não seja
um sinônimo do fim de vida e a morte não ocorra apenas nessa fase, banaliza-se o
sofrimento e a angústia em relação a morte quando esta advém na velhice, uma vez que
172 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 173 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 174 Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFSM; 175 Acadêmico de Psicologia, UFSM; 5Phd em Bioética. Professor do curso de Psicologia, UFSM.
é entendida como algo natural e esperado nessa etapa da vida. Nesse sentido, os estudos
apontam que a fé tem sido uma ferramenta utilizada pelos idosos na tentativa de
responder a vários questionamentos que o próprio envelhecimento traz. Além disso, a
crença em “algo superior” no sentido existencial tem sido colocada como responsável
pela superação de momentos difíceis enfrentados pelos velhos. A espiritualidade
proporciona para os sujeitos um encontro de si mesmos e consequentemente um melhor
enfrentamento dos temores trazidos pela velhice e pela ideia de morte.
4 CONCLUSÕES
Conclui-se, assim, ser imprescindível a assistência espiritual por parte dos profissionais
de saúde. Tal amparo dá-se através da escuta das dúvidas, pensamentos e crenças dos
pacientes, sendo esse ato (o de escutar) livre de dogmas ou credos religiosos. Ainda, a
partir da compreensão de que a percepção da morte é o que gera sentido para a vida,
ressalta-se a relevância da espiritualidade como um recurso de enfrentamento que
permite essa atribuição de sentido.
REFERÊNCIAS
1. ANDRADE, M. A. R. Representação da morte na velhice: diferentes concepções
a partir de histórias de vida de idosas. Revista Puc SP. 2012. Disponível em:
<https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/downloadSuppFile/9672/546>.
Acesso em 14 de julho de 2018.
2. CORALLI, B. O silêncio coletivo: a morte na atualidade e o desconforto
causado por ela. Psicologia PT. 2012. Disponível em:
<http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0656.pdf>. Acesso em: 14 de julho de
2018.
3. CORDEIRO, A. M. et al. Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Rev. Col.
Bras. Cir., Rio de Janeiro, v.34, n.6, p.428-431, Dez. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
69912007000600012 &lng=en&n rm=iso>. Acesso em 14 de julho de 2018.
4. DAMINICO, J. G. S., & SANTOS, F. C. O mal-estar na velhice como
construção social. Revista pensar a prática, n. 12, v. 1. 2009. Disponível em:
<https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/4439/4519>. Acesso em 14 de julho
de 2018.
5. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
6. HENNEZEL, M. A morte íntima. São Paulo: Ideais e Letras, 2004.
7. HENNEZEL, M. Morrer de olhos abertos. Alfragide: Casa das Letras, 2006.
8. KOVÁCS, M. J. Espiritualidade e psicologia – cuidados compartilhados.
O Mundo da Saúde. São Paulo, n. 31, v. 2, p. 246-255. 2007. Disponível em:
<http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/pt/ses-9572>. Acesso em 14 de julho de
2018.
9. KUBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. Rio de Janeiro: Editora
Martins Fontes, 2008.
10. KOVÁCS, M. J. Representações da morte; Medo da morte; Atitudes
diante da morte. In: KOVÁCS, M. J. (org.), Morte e desenvolvimento
humano, São Paulo: Casa do Psicólogo Editora, p. 1-13; 14-27; 28-47, 1992.
11. MELLO, M. A. & ARAÚJO, C. A. Velhice e espiritualidade na
perspectiva da Psicologia Analítica. Bol. Acad. Paulista de Psicologia, n. 84, v.
33, p. 118-141. 2013. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/pdf/946/94632386011.pdf>. Acesso em: 14 de julho de
2018.
12. PEGORARO, A. C. Espiritualidade na velhice: um desafio para o campo
religioso brasileiro. Revista Brasileira de História das Religiões, n. 3, v. 1.
2009. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pub.html>. Acesso em:
14 de julho de 2018.
13. ROTHER, E. T. Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista
de Enfermagem. São Paulo, v. 20, n.2, p. v-vi, 2007. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307026613004 Acesso em 01 mar 2017.
14. VIANNA, L. G., LOUREIRO, A. M. L. & ALVES, V. P. O velho e a
morte. Revista Temática Kairós Gerontologia, n. 15, v. 4, p. 117-132. 2012.
Disponível em:
<https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/17040/12646>. Acesso
em: 14 de julho de 2018.
15. VIEIRA, M. J. O. Velhice e espiritualidade: reflexões sobre as
transformações do envelhecer. Dissertação de mestrado, Universidade de
Brasília. 2009. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/handle/10482/7133>.
Acesso em: 14 de julho de 2018.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Miriãn Michelotti Loureiro176
Ana Karolina König1
Jaluíse Barão1
Marcos A. de O. Lobato¹(O)
Marinel M. Dall’Agnol¹(O)
VULNERABILIDADE EM AMOSTRA DE GESTANTES, COLETADA
EM 2016/2, ADSTRITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO
FRANCISCO,SANTA MARIA-RS
1 INTRODUÇÃO
O cuidado pré-natal envolve uma série de ações de prevenção, promoção de saúde,
diagnóstico precoce e tratamento de complicações que venham a ocorrer. Dessa forma,
é necessário cuidado por parte da equipe de saúde que, com base em uma Atenção
Primária (AP) bem estruturada e dispondo do conhecimento sobre as gestantes pelas
quais é responsável, exerça seu papel com efetividade. De acordo com o Ministério da
Saúde (MS) existem fatores de risco importantes que podem ser manejados pela AP:
hipertensão que é uma das causas mais frequentes de morte materna (FREIRE, C. et al.,
2009); diabetes, que sabidamente o pior controle glicêmico está associado a peso fetal
aumentado e é uma complicação clínica frequente; e ainda o tabagismo, que
desencadeia uma série doenças e também está ligado à hipertensão gestacional. Assim,
tivemos por objetivo localizar gestantes em amostra da população coberta pela Unidade
Básica de Saúde (UBS) São Francisco que possuam algum dos fatores de risco
gestacionais anteriormente mencionados. Os resultados serão devolvidos à equipe de
saúde, auxiliando no trabalho da mesma.
2 MÉTODO
Os dados foram coletados no segundo semestre de 2016, como atividade curricular das
disciplinas Epidemiologia I e Saúde Coletiva I, durante o primeiro semestre do curso de
Medicina-UFSM. A população foi de uma região pré-determinada do bairro Don Ivo,
área essa de responsabilidade da UBS, pelos monitores dessas duas disciplinas. A
atividade é curricular e a cada semestre nova área é cadastrada. Foi aplicado o
formulário “Ficha de Cadastro Individual”, disponibilizado pelo MS justamente para
que sejam conhecidas as populações cobertas pelas UBS para a informatização da
saúde. As informações foram disponibilizadas por um adulto do domicílio e os dados
foram posteriormente digitados pelos alunos do PET-GraduaSUS, no software EpiInfo7.
O banco de dados gerado foi então analisado pelos mesmos alunos que realizaram as
entrevistas, na disciplina Epidemiologia II.
1Departamento de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Na população entrevistada 331 mulheres foram localizadas um total de 8 gestantes
(2,4%) sendo 3 fumantes, 1 diabética e 2 hipertensas. Observamos que das gestantes
fumantes, 1 tem diabetes e 1 tem hipertensão arterial. A paciente diabética não tem
hipertensão associada. Não foram encontradas gestantes que tivessem os 3 fatores de
risco analisados associados. Diante dos resultados encontrados foi perceptível a
validade do cruzamento de dados para focalização do serviço por parte da UBS; além do
estímulo a prevenção de futuras gestantes quando informadas quanto aos riscos de uma
gestação não acompanhada. Entretanto é visível o baixo número de achados, sendo
necessário destacar 63 mulheres que optaram por não responder o questionário, levando
a uma perda considerável na amostragem. Ademais, o viés presente no instrumento
utilizado para a obtenção de dados, que impossibilitava o controle de possíveis mulheres
não cientes de estarem gestantes, possuírem diabetes ou hipertensão arterial.
4 CONCLUSÕES
Com essas informações esta UBS pode direcionar seu trabalho para o controle da
pressão arterial nas gestantes e na cessação do tabagismo, visto que um grande número
das gestantes encontradas nessa amostra possui duas dessas doenças, que ainda possuem
patologias associadas.
REFERÊNCIAS
1. BEZERRA, Elmiro Hélio Martins; ALENCAR JUNIOR, Carlos Augusto;
FEITOSA, Regina Fátima Gongalves and CARVALHO, Arnaldo Afonso Alves
de. Mortalidade materna por hipertensão: índice e análise de suas
características em uma maternidade-escola. Rev. Bras. Ginecol.
Obstet. [online]. 2005, vol.27, n.9, pp.548-
2. BEAULAC-BAILLARGEON, L. & DESROSIERS, C. Caffeine-cigarette
interaction in fetal growth. Amer. J. Obstet. Gynec., 157: 1236-40, 1987.
3. Lansky S, Friche AAL, Silva AAM, Campos D, Bittencourt SDA, Carvalho ML,
et al. Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação
da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cad Saúde Pública 2014; 30
Suppl:S192-207.
4. FREIRE, Cláudia Maria Vilas; TEDOLDI, Citânia Lúcia. Hipertensão arterial
na gestação. Arq. Bras. Cardiol.; 2009, vol. 93, n.6, supl.1, 17.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Vanessa Osmari Steffanello177
Vitor Cantele Malavolta 178
Rubia Soares Bruno 179
Michele Vargas Garcia 180
ZUMBIDO CRÔNICO: MUDANÇAS DE HÁBITOS COMO UMA
FORMA DE TRATAMENTO
1 INTRODUÇÃO
O zumbido é uma sensação auditiva percebida pelo sujeito, essa não tem origem do
meio externo. A causa desse sintoma pode ser relacionada com fatores auditivos,
diversas patologias ou desordens de orelha externa, média ou interna, tronco encefálico
e córtex cerebral, ou para-auditivos, aspectos sistêmicos (metabólicos, cardiovasculares,
infecciosos e hábitos) (FUKUDA, 1997). Sendo assim, a origem do zumbido pode ser
multifatorial. Ao se tratar, dos fatores para-auditivos nos atendimentos de pacientes com
zumbido crônico, destaca-se as mudanças de hábito, grandes geradoras de benefícios e
de redução do sintoma de percepção do zumbido nesses casos. O objetivo deste trabalho
é descrever as tarefas mais encontradas em pacientes que necessitam mudanças de
hábitos devido a zumbido crônico.
2 MÉTODO
Foram atendidos 21 pacientes no Ambulatório de Zumbido do Hospital Universitário
de Santa Maria (HUSM). A prescrição das tarefas foi realizada por meio do Protocolo
de Aconselhamento Fonoaudiológico para Zumbido Crônico. Esse protocolo, contem
orientações específicas sobre os fatores desencadeadores do zumbido identificados em
cada paciente, abordando assuntos como: hidratação, atividades físicas, frequência de
refeições, sono, emoções, atividades de lazer e acompanhamentos com profissionais da
saúde (BRUNO, 2018).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
As tarefas de mudanças de hábitos prescritas foram: beber mais água, para 80% dos
pacientes; evitar longos períodos de jejum, para 66%; praticar atividades físicas 52%;
evitar permanecer no silêncio 47%; buscar momentos de lazer 33%; controle das
emoções 28%; procurar fisioterapeuta, 23%; diminuir chimarrão, café, chá preto e
outras substâncias estimulantes 19%; dormir de 6 à 8 horas 9%; Aparelho de
177 Acadêmica de Fonoaudiologia e Bolsista de Iniciação Científica no Ambulatório de Zumbido do
HUSM 178 Acadêmica de Fonoaudiologia e Bolsista de Iniciação Científica no Ambulatório de Zumbido do
HUSM 179 Doutoranda pelo PPGDCH 180 Profª Drª Michele Vargas Garcia
Amplificação Sonora Individual (AASI) 9%; massagem relaxante, 4%; procurar
otorrinolaringologista 4%; procurar cardiologista, 9%; e procurar médico
psiquiatra/psicólogo, 4%. A partir desses dados, é possível verificar que, a água e os
alimentos são de suma importância para o nosso metabolismo funcionar, na sua falta
ocorre uma desaceleração das atividades, gerando sintomas da sua falta, dentre eles o
zumbido. A prática das atividades físicas e o sono favorecem os processos bioquímicos
do corpo, e os seus benefícios levam a diminuição da sensação do zumbido. Estímulos
auditivos e o uso de AASI (para quem necessita) mascaram a presença do zumbido.
Além disso, o uso de cafeína com cautela, o controle das situações emocionais,
massagens relaxantes, momentos de lazer e acompanhamentos com profissionais da
saúde, também favorecem na redução do zumbido (BRUNO, 2018).
4 CONCLUSÃO
Conclui-se que a tarefa predominante foi “beber mais água”, seguida de “evitar longos
períodos de jejum”, “praticar atividades físicas” e “evitar permanecer no silêncio”.
REFERÊNCIAS:
1. FUKUDA, Y. Zumbido: Diagnóstico e tratamento. Rev. Bras. Med.
Otorrinolaringol., 4(2): 39-43, 1997.
2. BRUNO, R. S. Análise da via auditiva em sujeitos normo-ouvintes com
zumbido crônico e de uma proposta de aconselhamento fonoaudiológico. Dissertação mestrado –Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências
da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana,
RS, 2018.