estudo sobre a prevalÊncia de cÂncer em populaÇÃo...

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa Autores: Cibele Bessa Pacheco¹ João Villanova Amaral¹ Giulia Maria dos Santos Goedert¹ Laryssa Campos de Souza¹ Marcos Antonio de Oliveira Lobato² Marinel Mór Dall’Agnol² ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO ADSTRITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO FRANCISCO, EM 2016 SANTA MARIA RS 1 INTRODUÇÃO As Unidades Básicas de Saúde (UBS) não possuem Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que são os responsáveis pelas visitas às famílias, a fim de desenhar o perfil epidemiológico de uma população. Para preencher esta lacuna, o Dep. de Saúde Coletiva estabeleceu parceria com o Núcleo de Educação Permanente em Saúde da Secretaria de Município, na qual os alunos do 1º semestre de Medicina da UFSM realizaram o cadastramento da população adstrita à UBS São Francisco e montaram uma base de dados, como uma atividade prática das disciplinas Epidemiologia I e Saúde Coletiva I, a fim de subsidiar a equipe da UBS para planejamento em saúde. O objetivo deste trabalho foi desenhar o perfil epidemiológico das pessoas acometidas por câncer no grupo cadastrado. 2 MÉTODO No 2º semestre de 2016, foi realizado um estudo transversal descritivo, com seleção da amostra por conveniência, após o mapeamento da região in loco. A área cadastrada foi o Residencial Don Ivo, que circunda a UBS. Um morador de cada residência foi entrevistado por duplas de alunos com os formulários de Cadastro Domiciliar e Cadastro Individual do Ministério da Saúde¹. Os dados foram digitados no EpiInfo por monitores e analisados pelos mesmos alunos que os coletaram, na disciplina Epidemiologia 2. As variáveis selecionadas para este trabalho foram: história pregressa e/ou atual de câncer, fumante, uso de álcool e drogas, com resposta “sim/não”, além de sexo (feminino/masculino) e raça/cor da pele. 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Cibele Bessa Pacheco¹

João Villanova Amaral¹

Giulia Maria dos Santos Goedert¹

Laryssa Campos de Souza¹

Marcos Antonio de Oliveira Lobato²

Marinel Mór Dall’Agnol²

ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO

ADSTRITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO FRANCISCO, EM

2016 SANTA MARIA – RS

1 INTRODUÇÃO

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) não possuem Agentes Comunitários de Saúde

(ACS) que são os responsáveis pelas visitas às famílias, a fim de desenhar o perfil

epidemiológico de uma população. Para preencher esta lacuna, o Dep. de Saúde

Coletiva estabeleceu parceria com o Núcleo de Educação Permanente em Saúde da

Secretaria de Município, na qual os alunos do 1º semestre de Medicina da UFSM

realizaram o cadastramento da população adstrita à UBS São Francisco e montaram

uma base de dados, como uma atividade prática das disciplinas Epidemiologia I e Saúde

Coletiva I, a fim de subsidiar a equipe da UBS para planejamento em saúde. O objetivo

deste trabalho foi desenhar o perfil epidemiológico das pessoas acometidas por câncer

no grupo cadastrado.

2 MÉTODO

No 2º semestre de 2016, foi realizado um estudo transversal descritivo, com seleção da

amostra por conveniência, após o mapeamento da região in loco. A área cadastrada foi o

Residencial Don Ivo, que circunda a UBS. Um morador de cada residência foi

entrevistado por duplas de alunos com os formulários de Cadastro Domiciliar e

Cadastro Individual do Ministério da Saúde¹. Os dados foram digitados no EpiInfo por

monitores e analisados pelos mesmos alunos que os coletaram, na disciplina

Epidemiologia 2. As variáveis selecionadas para este trabalho foram: história pregressa

e/ou atual de câncer, fumante, uso de álcool e drogas, com resposta “sim/não”, além de

sexo (feminino/masculino) e raça/cor da pele.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

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Foram cadastrados 401 indivíduos de 134 domicílios. Foram referidos 9 casos de câncer

atuais ou pregressos, com uma prevalência de 2,3% na amostra. Destas pessoas, 78%

eram mulheres; 4 tinham cor da pele branca, 3 parda ou preta (não havia registro em 2

casos) e 7 (77,8%) eram fumantes. Não foram encontrados indivíduos que usassem

álcool e outras drogas entre os casos de câncer. Foi encontrada alta prevalência de

pessoas com história atual ou pregressa de câncer, maior entre as mulheres. Apesar da

doença, uma parcela expressiva ainda permanecia fumante. Estes dados trazem

informações úteis para que a equipe da UBS direcione suas ações às necessidades da

comunidade. Alguns viéses devem ser cogitados: a informação por morbidade referida e

a ausência de residentes em alguns domicílios. O instrumento não permite conhecer

informações importantes como o tipo de câncer, mas é o recomendado para o

cadastramento na APS.

4 CONCLUSÕES

Por fim, deve-se ressaltar a importância desse tipo de pesquisa como atividade

curricular, possibilitando conhecer as pessoas em sua vida real e, ainda gerar dados para

ajudar a equipe de saúde da UBS.

REFERÊNCIAS

1. E-SUS AB. Ficha de cadastro individual. Disponível em:

<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/Cadastro_Individual.pdf

>. Acesso em 13 out. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Karla Priscilla Paulino Dos Santos1

Suzinara Beatriz Soares de Lima2

Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira 3

Adriana Brum Lourenço4

Eduarda Aparecida Pedroso Compodonio5

Cassia Ribeiro Reis6

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE CUSTO NA PREVENÇÃO E

TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO DECORRENTE DO

POSICIONAMENTO OPERATÓRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

1 INTRODUÇÃO

Uma das maiores preocupações para o enfermeiro no seu trabalho assistencial é a

prevenção de Lesões por Pressão-LP, que pode ser desencadeada por longos períodos de

hospitalização e pelo posicionamento cirúrgico. A prevenção e tratamento de LP podem

se tornar dispendiosas para os serviço e sistemas de saúde.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa, que teve sua busca realizada na base de dados

LILACS-Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde via Biblioteca

Virtual em Saúde-BVS entre os meses de maio e junho de 2017, foram encontrados 13

artigos, foram incluídos 9. Ocorreram seis etapas: 1) Identificação do tema e questão de

pesquisa (questão de pesquisa foi utilizada a estratégia PICO (Population, Intervention,

Comparison, Outcome); 2) Estabelecimento de critérios de inclusão (artigos originais

que respondem à pergunta de pesquisa, publicado em português, inglês ou espanhol.

Disponível online na íntegra) e exclusão (os artigos que apareceram em mais de uma

busca serão analisados somente uma vez); 3) Categorização dos estudos; 4) Avaliação

dos estudos; 5) Interpretação dos resultados e 6) Entrega da revisão.

1Acadêmica de enfermagem da UFSM, bolsista PROIC-HUSM. 2Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Associada do Departamento de Enfermagem da

UFSM. Chefe da Divisão de Enfermagem do HUSM. 3Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSM. 4Acadêmica de Enfermagem da UFSM, bolsista PEIPSM. 5Acadêmica de Enfermagem da UFSM, bolsista PIBIC UFSM 6Acadêmica de Enfermagem da UFSM, bolsista PROBIC

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As publicações dos artigos ocorreram entre 2005 a 2014. A universidade de São Paulo

se destaca com 5 artigos publicação. Foram desenvolvidas pesquisas na Clínica Médica

Cirúrgica, com pacientes pré e pós-cirúrgico internados. Na Clínica Médica e Unidade

de Tratamento Intensivo (UTI) foram desenvolvidas 2 pesquisas, 2 estudos em centros

cirúrgico, 1 estudo em Laboratório de procedimentos de saúde e 1 não teve o cenário

identificado. A tendência na produção do conhecimento sobre a temática “Lesão por

Pressão” mostra que os estudos estão direcionados para a pesquisa na prevenção e

tratamento de LP. A tendência aponta também para estudos que buscam a incidência

e/ou a prevalência de LP, estes estudos trazem a avaliação de risco de desenvolvimento

de LP, a incidência de LP após fraturas de quadril e fêmur e de implementação de

protocolos. Outra tendência é a questão de custos. Emergiu a avaliação de custo direto

do tratamento para lesão por pressão, assim como o experimento de uma tecnologia para

prevenção de LP com o objetivo de ter baixo custo. Poucos estudos trouxeram as

questões clínicas como cuidados de prevenção de LP, entretanto a tendência surgiu na

avaliação de acordo com a escala de Braden.

4 CONCLUSÕES

Os resultados deste estudo contribuem para a análise de custos na prevenção de LP e

esta análise pode também ser utilizada em comparações teóricas relacionadas a custos

do tratamento da LP, a efetividade.

Descritores: Bandagens; Custo e análise de custo; Enfermagem; Úlcera por pressão;

Unidades de terapia intensiva.

REFERÊNCIAS

1-Rother ET. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem,

2007 jun; 20(2): v-vi.

2- CALIRI, M. H. L.; et al. Publicação oficial da Associação Brasileira de

Estomaterapia– SOBEST e da Associação Brasileira de Enfermagem em

Dermatologia – SOBENDE.SOBEST: São Paulo, 2016. Acesso em 20 jun. 2017.

Disponível em: &lt;http://www.sobest.org.br/textod/35&gt;.

3- NPUAP/EPUAP/PPPIA – National Pressure Ulcer Advisory Panel, European

Pressure Ulcer Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention

and Treatment of Pressure Ulcers: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.).

Cambridge Media: Osborne Park, Austrália, 2014.

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Área temática: Pesquisa

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ROTINA DE TRABALHO DE

ENFERMEIROS EM UNIDADES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR

Palavras-Chave: Enfermagem. Trabalho por Turnos. Desgaste Profissional.

Introdução: Segundo Glanzner, Olschowsky e Kantorski (2011) o trabalho é cada vez

mais significativo na vida das pessoas, conferindo identidade. Diante disso com a

expansão e desenvolvimento da economia, o contexto organizacional e estrutural que

compõe a realidade de trabalho da sociedade tanto pode acarretar benefícios à vida

humana, quanto produzir problemas na saúde do trabalhador (ALMEIDA; et al., 2012).

Método: Trabalho aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o número CAAE

65329817.2.0000.5346. Pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratório-

descritivo. Estudo realizado em um hospital universitário, da região sul do país. A

população estudada foram enfermeiros que atuam nas unidades de internação clínica e

cirúrgica dessa instituição, com equipe formada por 39 profissionais. Após aplicação

dos critérios de inclusão, cinco enfermeiros foram excluídos, resultando na população

elegível de 34 pessoas. A partir do total de enfermeiros identificados nas unidades,

optou-se por realizar sorteio dos participantes por turno e unidade de trabalho. Critérios

de inclusão: atuar nas unidades estudadas há mais de seis meses, sendo excluídos os que

estavam em afastamento de qualquer natureza. Para produção de dados foram utilizadas

a observação sistemática não participante e a entrevista semiestruturada.

Discussão dos resultados: A percepção dos participantes sobre a rotina laboral foi

exposta por meio de questões como: quantitativo reduzido de profissionais ,que acaba

gerando sobrecarga de trabalho, pois, os profissionais desejam resolver todas as

demandas que surgem fato que pode repercutir de maneira negativa no andamento das

atividades. As interrupções no desenvolvimento das atividades aparecem como

elementos estressores que impedem a atenção e podem levar a negligências clinicas.

Influência dos turnos de trabalho repercute na saúde dos trabalhadores, pois, a privação

do sono e a impossibilidade de recuperá-lo são os principais fatores desgastantes desses

profissionais. E as demandas de um hospital-escola geram uma rotina extenuante, pelo

fato de ocorrer sobrecarga na rotina do serviço já que há necessidade de

acompanhamento dos estudantes. As situações apresentadas evidenciam a sobrecarga de

funções e os vários desafios a que os enfermeiros são submetidos diariamente no seu

ambiente laboral, mas sabe-se que esses são apenas alguns dos fatores que

sobrecarregam esses profissionais, existem várias outras questões que interferem no

processo de trabalho.

Considerações Finais: A partir disso, conclui-se que a sobrecarga de trabalho de

profissionais de enfermagem deve ser entendida como uma consequência de vários

fatores, sendo necessário discuti-la diariamente, na perspectiva de encontrar soluções.

Referências:

ALMEIDA, M. C. V.et al. Prevalência de doenças musculoesqueléticas entre

trabalhadores portuários avulsos. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.

20,n. 2,p. 243-250, 2012

DEHAN, J.S.M; PAI, D.D.; AZZOLIN, K.O. Stress and stress factors in the nurse´s

managerial activity. Rev. Enferm. UFPE online,v. 5, n. 4, p. 879-885, 2011.

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GLANZNER, C. H.; OLSCHOWSKY, A.; KANTORSKI, L. P. O trabalho como fonte

de prazer: avaliação da equipe de um Centro de Atenção Psicossocial. Rev Esc Enferm

USP, São Paulo, v. 45, n. 3, p. 716-721, 2011.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Mikaela Aline Bade München4

Carolina Schmitt Colomé 5

Amanda Valério Espíndola6

Alberto Manuel Quintana7

FIM DE VIDA E DEPENDÊNCIA: IMPLICAÇÕES NAS RELAÇÕES

FAMILIARES

1 INTRODUÇÃO

A atualidade tem se caracterizado por um processo de transição em relação às

enfermidades que acometem a população. Em substituição às doenças infecto-

contagiosas, há um aumento de doenças crônico-degenerativas, as quais têm levado a

um crescimento das taxas de sujeitos com incapacidades. Tal cenário adquire

significados particulares para cada sujeito, conforme o contexto histórico, social,

político e econômico em que ocorre, precisando ser analisado, nesse sentido, de acordo

com essas particularidades. Nessas circunstâncias se coloca em evidencia a filosofia dos

Cuidados Paliativos, os quais propõem um cuidado integral à pessoa com uma doença

ameaçadora da vida e também à sua família. Através dessa lógica, vem-se estimulando a

realização do cuidado a esses doentes crônicos no próprio domicílio, por meio da

Atenção Domiciliar, oferta que tem em vista a ampliação de autonomia do usuário,

família e cuidador. O presente estudo, recorte dos resultados do projeto “Significações

atribuídas às relações familiares em fim de vida”, objetiva compreender, através da

perspectiva dos sujeitos em processo de fim de vida, as alterações que ocorrem na

dinâmica familiar frente a esse contexto, principalmente no que se refere à autonomia e

independência dos mesmos.

2 MÉTODO

Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, através de entrevistas com cinco

pacientes e seis familiares assistidos por um serviço de atenção domiciliar de um

hospital universitário no interior do Rio Grande do sul. Quanto aos aspectos éticos,

pontua-se que este estudo seguiu os princípios éticos regidos pela Resolução nº 510 de

07 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde, tendo sido aprovado pelo Comitê

de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) através

do CAAE 63065216.9.0000.5346. Os dados obtidos foram analisados mediante a

análise de conteúdo temática.

4 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 5 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 6 Psicóloga; Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia – UFSM –

[email protected]; 7 Orientador; Psicólogo. PhD em Bioética. Professor do Curso de Psicologia – UFSM –

[email protected].

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados apontam que, com o desenvolvimento da doença, o sujeito pode se

deparar com diversas limitações e comprometimentos na realização de tarefas, situação

que gera dependência em relação ao cuidador/familiar, como refere a paciente 4: “Só de

tá doente já é uma mudança, né. Não poder fazer as minhas coisas... [...] depender tudo

dos outros, eu que nunca dependi de ninguém graças a deus. Assim, nunca fui

dependente né. Agora tem que ser né. Preciso. ” (Paciente 04). Essa conjuntura tende a

acarretar uma situação de regressão, uma vez que acentua sentimentos de fragilidade e

insegurança, podendo, inclusive, levar a quadros de certa infantilização dos doentes, o

que se associa com a perda de autonomia dos mesmos. Tal cenário vai contra os ideais

dos cuidados paliativos e da atenção domiciliar, tendo em vista que esses buscam o

fortalecimento da autonomia dos sujeitos.

4 CONCLUSÕES

Considera-se que, para evitar isso, é importante que se dirija um olhar de cuidado à

unidade paciente-família, visando o incentivo à comunicação clara e honesta, através da

qual se possa viabilizar a preservação e manutenção da autonomia dos sujeitos – ainda

que estes estejam em situação de dependência –, contribuindo para relações mais

harmoniosas e, possivelmente, maior qualidade de vida dos envolvidos nesse processo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). [Internet].

Estimativa 2012: incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2011 [acessado

2018 ago 14]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2012/index. asp?ID=5

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 825 de 25 de abril de 2016.

Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza

as equipes habilitadas. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília,

DF, 25 abr. 2016. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0825_25_04_2016.html>.

Acesso em: 14 ago. 2018.

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domiciliar. Texto contexto - enferm., Florianópolis , v. 19, n. 3, p. 504-510, Sept.

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GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

KARSCH, U. M. Idosos dependentes: famílias e cuidadores. Cad. Saúde Pública, Rio

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LIMA, C. P. de; MACHADO, M. de A. Cuidadores Principais Ante a Experiência da

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101, mar. 2018 . Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-

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PACKER, M.P.; TURATO, E.R. Facilitações e barreiras em pesquisas de campo no

emprego de métodos qualitativos e em particular em instituição informal de saúde.

Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional¸São Carlos, v. 19, n. 1, p. 27-36.

Disponível em:

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8.

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domicílio. Revista Kairós: Gerontologia, [S.l.], v. 14, p. 75-87, ago. 2011. ISSN 2176-

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TURATO, E.R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Andriele Carvalho Trindade8

Rafaela Andolhe9

Eduarda Dalla Costa10

GRUPO DE APOIO AO ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE À EQUIPE

DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

A saúde do trabalhador de enfermagem e as condições de trabalho têm sido associadas

com segurança do paciente, visto que, esses profissionais estão constantemente expostos

a estressores. Segundo Lazarus e Launier (1978), estresse é definido como qualquer

evento do ambiente externo ou interno que exceda as fontes de adaptação de um

indivíduo ou sistema social. Para auxiliar no enfrentamento do estresse, criou-se um

Grupo de Apoio à equipe de enfermagem como espaço de discussão para trabalhadores

e mediado por docente e acadêmicos de enfermagem, visando melhorar o enfrentamento

do estresse e segurança do paciente. O grupo está ligado ao projeto de extensão

intitulado Segurança do paciente e enfrentamento do estresse: cuidado a equipe de

enfermagem – projeto de extensão (registro GAP/CCS nº 039524), que objetiva

melhorar a qualidade de vida no trabalho da equipe de enfermagem, qualificar o cuidado

prestado e melhorar o enfrentamento dos estressores.Por meio das atividades

desenvolvidas no grupo a equipe pode se tornar multiplicadora dessas discussões em

seus postos de trabalho. Diante do exposto, objetiva-se relatar a experiência de uma

acadêmica de enfermagem, referente à dinâmica realizada em um grupo de apoio em

uma unidade de clínica cirúrgica.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, embasado na vivência de um encontro do grupo

apoio. A atividade aconteceu na sala do lanche do setor referido, e foi realizada no turno

da tarde com duração de 30 minutos. Inicialmente, os participantes foram convidados a

levantar, foi solicitado que um deles pegasse uma bolinha e se apresentasse, podendo

indicar sua melhor qualidade. Após deveria passar a bolinha sem deixar cair no chão, e

assim sucessivamente. Posteriormente a apresentação, a atividade foi realizada

novamente no caminho inverso, pedindo para que cada um indicasse uma qualidade do

colega.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A atividade mostrou-se boa para proporcionar a interação entre o grupo e sensibilizar

os participantes sobre a importância da escuta, o que pode ser positivo para o

8 1Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Bolsista IC-

HUSM. 9 2Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa

Maria. 10Acadêmica de enfermagem da universidade Federal de Santa Maria. Bolsista FIPE

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enfrentamento do estresse (LAZARUS e FOLKMAN, 1982). A dinamicidade do

cotidiano de trabalho faz com que as pessoas se esqueçam da importância das relações

interpessoais. A dinâmica permitiu a distração dos trabalhadores durante seu intervalo,

além do instigar a interação entre colegas.

4 CONCLUSÕES

A atividade foi avaliada de forma positiva pelos participantes, que demonstraram

satisfação e alegria ao perceberem como são vistos uns pelos outros.

REFERÊNCIAS

1. LAZARUS RS, FOLKMAN S. Stress, appraisal and coping. New York: Springer;

1984.

2. LAZARUS RS, LAUNIER S. Stress related transaction between person and

enviroment. In: Dervin LA, Lewis M. Perspectives in international psychology. New

York: Plenum; 1978.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Isabella Klafke Brixner

Alessandra Rebelatto Boesing

Amanda Reis Guimarães

Fernando Alberto Zenni Filho

Roseane Cardoso Marchiori

HEMORRAGIA ALVEOLAR SECUNDÁRIA À INALAÇÃO DE

CRACK/COCAÍNA: RELATO DE CASO

1. INTRODUÇÃO

A cocaína está entre as drogas de abuso mais comuns em nosso meio. Seu uso gera

injúria pulmonar por toxicidade, inflamação, lesão térmica, barotrauma e vasoespasmo,

podendo se apresentar como congestão, edema alveolar, hemorragia e pneumonite

intersticial. A síndrome “Crack Lung” se refere ao dano alveolar difuso e alveolite

hemorrágica que ocorre em até 48h após a inalação de crack/cocaína e pode evoluir para

falência respiratória grave.

2. METODOLOGIA

O caso foi revisado através da pesquisa em prontuário.

3. RELATO

Paciente masculino, 18 anos, previamente hígido, encaminhado ao HUSM por

hemoptise, hematêmese, hematoquezia, dor em epigástrio e hipocôndrio D e dispneia,

há um dia. Referia ter sido vítima de agressão policial três dias antes do início dos

sintomas e queixava-se de tosse e episódio gripal anteriores à agressão. Referia uso

recreativo de maconha, mas negava uso de outras drogas. Ao exame físico: BEG, LOC,

UM, descoradas (2+/4+) AA, PA 120/80mmHg, FC 85 bpm, FR 16 rpm, afebril,

saturação O2 98%, exame cardiovascular sem alterações. MV diminuído, com

crepitantes em bases pulmonares, principalmente à D. Abdome com dor à palpação

profunda do epigástrio, sem organomegalias ou peritonismo, extremidades bem

perfundidas, com pulsos amplos. Não apresentava escoriações, hematomas ou outros

sinais de trauma. Hemograma evidenciou anemia e leucocitose. O RX e a TC de tórax

evidenciaram múltiplas opacidades alveolares difusas, mais extensas à direita. Com

hipóteses iniciais de trauma, infecção pulmonar, vasculite, colagenose e pneumopatia

por medicações, foi tratado inicialmente de maneira empírica com Vancomicina,

Amoxicilina e Sulbactan. Devido à falta de alterações à ectoscopia e com os exames

laboratoriais iniciais, a possibilidade de trauma ser a causa dos sangramentos pulmonar,

retal e urinário, foi considerada pouco provável. Apresentou rápida evolução para

síndrome da angústia respiratória aguda, com necessidade de tratamento intensivo, IOT

e VM (relação PaO2/FiO2 = 91). A fibrobroncoscopia evidenciou hemorragia difusa,

bilateral, sem vaso sangrante visível. A cultura, micológico e BAAR do LBA foram

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negativos. Sorologias anti-HIV, VDRL, HbsAg, Anti- HCV, IgM CMV foram não

reagentes; enquanto Anti-Hbs e CMV IgG reagentes. Foi extubado após onze dias e

transferido para a enfermaria com O2 por ON 3 L/min e SaO2 de 100%. Durante a

internação, familiares relataram história de uso de crack/cocaína e tabaco, corroborando

com a hipótese de hemorragia alveolar secundária à inalação de crack/cocaína

(Síndrome Crack-Lung). O paciente evoluiu com melhora clínica-radiológica, teve alta

hospitalar sem qualquer sangramento.

4. CONCLUSÃO

O abuso disseminado de substâncias com cocaína e o conhecimento das consequências

sistêmicas do seu uso mostram a importância da suspeição de toxicidade aguda na

emergência. A síndrome “Crack Lung” se apresenta com dispneia, hipoxemia e vidro

fosco/consolidação à radiografia de tórax; devendo ser diagnosticada juntamente com a

história clínica e achados broncoscópicos. O tratamento baseia-se em medidas de

suporte, juntamente com tentativa de redução de danos pulmonares agudos com

suplementação de oxigênio e ventilação mecânica quando necessário. Deve-se visar a

prevenção da toxicidade pulmonar crônica com a cessação do uso dessas substâncias,

sendo recomendado encaminhamento desses pacientes para programas de tratamento de

abuso.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Daiane Vargas de Oliveira11

Maria Teresa Aquino Campos Velho12

IMPACTO DA COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS DIFICEIS EM

PEDIATRIA: O QUE A CRIANÇA PODE NOS DIZER SOBRE SEU

ADOECIMENTO

1 INTRODUÇÃO

O câncer pediátrico é a segunda causa de óbito entre crianças com idade de zero e 14

anos, atrás apenas dos acidentes (INCA, 2018). Atualmente, se destaca como a mais

importante causa de óbito nos países em desenvolvimento. Isto talvez se deva às atuais

políticas de prevenção em outras doenças infantis. Na faixa etária pediátrica, o câncer é

definido como toda neoplasia maligna que acomete indivíduos menores de 19 anos. O

diagnóstico de câncer é considerado, pela literatura, uma notícia difícil (ND), ou seja,

aquela comunicação que causará uma mudança brusca e repentina na representação de

vida e futuro de quem a recebe, das pessoas e do contexto que a circunda. A

comunicação de ND, em saúde, com frequência, é vinculada a doenças crônicas e sem

cura, principalmente as oncológicas (PEREIRA, 2005). De acordo com Parker et al.

(2001), o diagnóstico de câncer pediátrico é considerado uma ND devido a associação

da doença a debilitações, tratamentos desfigurantes, dores, perdas de funções e, em

última instância, à morte. Em Pediatria, apesar de existirem trabalhos sobre o grau de

satisfação dos pais com o modo como as ND são transmitidas, o conhecimento sobre as

preocupações e dificuldades das próprias crianças a este respeito é reduzido. Como, para

os mais jovens se esperam, sobretudo boas notícias, a pediatria é, desse modo, uma

especialidade em que as ND estão sujeitas a produzir danos importantes à criança e à

família. Dessa maneira, entende-se ser pertinente e oportuno, compreender de que modo

se pode conhecer as reações e sentimentos da criança ao processo pelo qual passa e,

possivelmente, por meio desse entendimento balizar e buscar diminuir, na prática

clínica, o stress associado aos processos e desfechos negativos de doenças graves em

crianças.

2 MÉTODO

Com objetivo de discutir e compreender as experiências acerca do impacto da

comunicação de notícias difíceis em pediatria realizar-se-á uma pesquisa qualitativa,

descritiva, com crianças em tratamento antineoplásico no serviço de oncologia

pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Será utilizado o critério

de saturação dos dados, para delimitação do número de participantes. A coleta de dados

11 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 12 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH;

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será realizada por meio de entrevista semiestruturada conduzida por eixos norteadores e

observação participante. A análise dos dados se dará por meio da análise de conteúdo.

Os princípios éticos serão respeitados, de forma a proteger todos os direitos dos

participantes, com formalização da participação por meio de TCLE.

3 PERGUNTA DE PESQUISA

O câncer pediátrico desencadeia conflitos familiares, sendo uma situação delicada de ser

conduzida, desta maneira a pergunta de pesquisa é: como as crianças compreendem seu

processo de adoecimento e o recebimento de notícias difíceis?

4 HIPÓTESE DE PESQUISA

As crianças compreendem o seu processo de adoecimento, e em grande parte, o que é

receber uma notícia difícil. No serviço de oncologia pediátrica do HUSM, um trabalho

científico desta natureza inexiste. Isso revela a importância de se conhecer, nesse meio,

como ocorrem as comunicações entre equipe, família e paciente pediátrico.

REFERÊNCIAS

1. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativas 2018: Incidência

de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2018. Disponível em:

http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/estimativa-2018.pdf. Acesso em: 03 fev.

2018.

2. PARKER , P. A. ; Baile, W. F; Moor, C. ;Lenzi, R. & Kudelka, A. P.

Breaking Bad News About Cancer: Patients ‟Preferences for Communication.

Journal of Clinical Oncology, 19(7), 2049-2056 (2001).

3. PEREIRA, M. A. G. Má notícia em saúde: um olhar sobre a representação dos

profissionais de saúde e cidadãos. Revista Contexto Enfermagem, 14 (1), 33-7

(2005).

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Isabella Klafke Brixner

Andressa Duarte Seehaber

Natália da Silveira Colissi

Luiz Alfredo Zappe Fiori

Mateus Diniz Marques

Aníbal Pereira Abelin

IMPACTO DA TERAPIA DE REPERFUSÃO NO TEMPO DE

INTERNAÇÃO E EVENTOS CARDIOVASCULARES NO IAMCST

1. INTRODUÇÃO

O tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST

(IAMCST) tem como objetivo a reperfusão da coronária culpada por fibrinólise ou

intervenção coronariana percutânea primária (ICPp), porém muitos pacientes não

recebem terapia de reperfusão (TR) preconizada no âmbito do SUS. O tempo de

internação após o tratamento do IAMCST varia conforme a TR utilizada e o impacto da

ausência de TR imediata no tempo de internação é desconhecido no nosso meio.

Comparar a mortalidade, eventos cardiovasculares maiores (ECVM) e o tempo de

internação em pacientes atendidos com IAMCST de acordo com a estratégia de

reperfusão utilizada.

2. METODOLOGIA

Estudo de coorte prospectivo integrante de um estudo piloto de implantação de um

banco de dados multicêntrico de pacientes com IAMCST. Foram incluídos pacientes

internados no Hospital Universitário de Santa Maria com diagnóstico de IAMCST com

<12 horas de duração ou >12 horas na presença de angina persistente, no período de

setembro/2016 a dezembro/2017. Foram avaliadas as características clínicas, tempo de

internação e ECVM durante o período hospitalar. Foram comparados pacientes

submetidos a TR com ICPp ou fibrinólise (grupo 1) com pacientes sem TR (grupo 2).

Comparações entre as variáveis foram realizadas pelo teste do qui-quadrado, teste T e

teste de Mann-Whitney.

3. RESULTADOS

Foram atendidos 106 pacientes com IAMCST, sendo 80 pacientes (74,7%) tratados com

TR (grupo 1) e 26 pacientes (24,5%) sem TR (grupo 2). A idade média foi 61+11,6 anos

e 72,6% eram do sexo masculino. O tempo médio do início dos sintomas até a chegada

ao hospital foi de 5,9+4,5 horas no grupo 1 e 8,9+7,3 horas no grupo 2 (p=0.056). O

tempo de internação foi de 11,1+11,5 dias no grupo 1 e 9,3+ 6,2 no grupo 2 (p=0.21).

Não houve diferença significativa de mortalidade (grupo 1: 7,5%, grupo 2: 13%;

p=0.52) ou na ocorrência de ECVM (grupo 1: 21,2%, grupo 2: 23%; p=0.84).

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4. CONCLUSÃO

Os pacientes submetidos a TR não apresentaram diferença significativa no tempo de

internação, número de ECVM e mortalidade se comparados com os pacientes tratados

conservadoramente. A ausência de diferença estatística pode ser explicada pelo pequeno

número de pacientes avaliados, porém o tempo médio de internação ainda excede o

esperado para um grupo de pacientes submetido a terapia de reperfusão. O estudo ilustra

a prática do mundo real em hospital público terciário e reforça a necessidade de

melhorar o acesso a TR nos pacientes com IAMCST.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Andrieli Minello13

Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira 14

Karen Bianchin Spall15

IMPLEMENTAÇÃO DA CONSULTA DE PUERICULTURA EM

ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

1 INTRODUÇÃO

Introdução A puericultura é uma ferramenta que facilita o acompanhamento,

desenvolvimento e crescimento, detendo-se para a prevenção, proteção e promoção da

saúde das crianças. Oportunizando que a mesma cresça de modo saudável, sem

influências desfavoráveis da infância (GUATERIO; IRALA; CEZAR-VAZ, 2012).

Somando-se a isto, sabe-se que o profissional enfermeiro tem capacidade e autonomia

para realização das consultas de puericultura neste âmbito de acompanhamento e

prevenção da saúde das crianças (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). À consulta de

enfermagem em puericultura é resolutiva em problemas relacionados ao aleitamento

materno, candidíase oral, febrículas relacionadas ao nascimento dos dentes, entre outros

(GUATERIO; IRALA; CEZAR-VAZ, 2012). Deste modo, a consulta com o

profissional médico, pode ser direcionada aos casos mais graves, que necessitam dos

cuidados do mesmo.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência após o desenvolvimento do estágio supervisionado

“A” por uma acadêmica do nono semestre do curso de enfermagem da Universidade

Federal de Santa Maria, na unidade básica de saúde da mesma cidade, juntamente da

enfermeira supervisora, realizou a inserção das práticas de consultas de puericultura em

enfermagem, onde utilizou como referência o Ministério da Saúde para a criação de

manuais de orientações acerca das consultas de zero a um ano de idade. As consultas

são realizadas em horário previamente agendado pela enfermeira supervisora.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir desta prática, observou-se que, a realização da consulta de puericultura em

enfermagem beneficia as crianças no âmbito da prevenção e promoção da saúde, bem

como favorece o acompanhamento e desenvolvimento propício da infância sadia. Neste

aspecto, percebeu-se também que com a inclusão desta atividade, aliviou a demanda da

médica pediatra, deixando reservado para este profissional, casos mais ponderosos.

13 Acadêmica de enfermagem UFSM; 14 Professora Substituta Departamento de Enfermagem UFSM 15 Enfermeira;

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4 CONCLUSÕES

O desenvolvimento desta ação demonstrou que as consultas de puericulturas em

enfermagem é uma prática que favorece o andamento do serviço de saúde, beneficiando

o paciente que por sua vez, recebe um acompanhamento de qualidade proporcionando

qualidade de vida desde a infância. Nota-se que, a consulta de puericultura prestada pelo

profissional enfermeiro é valorizada pelo usuário, favorecendo o reconhecimento deste

profissional.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. BRASI, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de atenção básica. Brasília, DF,

2012.

2. GAUTERIO P. D.; IRALA A. D.; CEZAR-VAZ R. M. Puericultura na

enfermagem : perfil e principais problemas encontrados em crianças menores de

um ano . Rev. Brasileira de Enfermagem, v. 65, n. 3, p.508-13, 2012.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Adriana Brum Lourenço¹

Robson Saldanha Martins²

Vanessa Dalsasso Batista³

Thais Dresch Eberhardt4

Rhea Silvia de Avila Soares5

Suzinara Beatriz Soares de Lima6

INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE

TRATAMENTO INTENSIVO

1 INTRODUÇÃO

Manter a integridade da pele caracteriza-se como algo desafiador para os profissionais

da área da saúde no ambiente hospitalar, principalmente com relação ao idoso. As LP

continuam a ser um problema significativo nos cuidados de saúde, resultando em

sofrimento para o paciente e altos custos para sistemas de saúde. Atualmente, há

evidências de que variações na temperatura da pele podem sinalizar o aparecimento de

LP.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo secundário a um ensaio clínico aberto paralelo randomizado

autocontrolado de superioridade com taxa de alocação 1/1. Uma amostra de 92

pacientes (184 calcâneos) foram inscritos mediante análise pareada de ambos os sítios

cutâneos dos calcâneo; cada paciente recebeu a intervenção experimental (espuma

multicamadas de poliuretano com silicone) e a intervenção controle (filme transparente

de poliuretano - FTP), constituindo um total de 184 sítios cutâneos dos calcâneos para

análise. O estudo foi desenvolvido na unidade de tratamento intensivo de um hospital

universitário do interior do estado do Rio Grande do Sul, no período de julho de 2017 a

março de 2018.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os indivíduos incluídos na pesquisa possuíam idade média de 53,1(16,7) anos, sendo a

maioria (102;72,3%) do sexo masculino. A temperatura média da região sacral foi de

34,5(2,2)ºC, não existindo diferença (p=0,167) entre as temperaturas da região sacral

entre o sexo masculino – 34,7(3,6)ºC e feminino – 33,8(1,1)ºC. Não foi observada

correlação entre a temperatura do ambiente (p=0,112); a umidade do ambiente

(p=0,109); a idade e a temperatura (p=0,929) da região sacral.

4 CONCLUSÕES

A temperatura média da pele na região sacral em indivíduos sem risco de desenvolver

lesão por pressão, hospitalizados em unidade de internação cirúrgica é 34,5ºC; não há

diferença na temperatura da pele entre os sexos; não existe correlação entre a

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temperatura do ambiente e a temperatura da pele, umidade do ambiente e temperatura

da pele, nem idade e temperatura da pele.

REFERÊNCIAS

1. Planejamento como processo dinâmico: a importância do estudo piloto para

uma pesquisa experimental em linguística aplicada. Revista Intercâmbio.

Disponível em:

<https://revistas.pucsp.br/index.php/intercambio/article/view/10118>. Acesso em:

13 out. 2017.

2. O espaço do diálogo na pesquisa em enfermagem: relato de experiência sobre

a fase da coleta de dados. Rev. Texto Contexto Enferm. Florianópolis. Disponível

em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010407072007000400022&script=sci_a

bstract&tlng=pt >. Acesso em: 13 jul. 2017.

3. Developing and validating a tablet version of an illness explanatory model

interview for a public health survey in Pune, India. PLoS One. Disponível em:

< https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0107374>.

Acesso em: 13 jul. 2017.

4. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do

envelhecimento. Rev. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 12, n. 4, p. 189-

201, 2003. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v12n4/v12n4a03.pdf

>. Acesso em 05 julho 2017.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Caroline Oliveira Corrieri1

Juliana Ebling Brondani1

Silvia Cercal Bender1

Anamarta Sbeghen Cervo2

Beatriz Silvana da Silveira Porto3

Ivo Roberto Dorneles Prolla3

INDICADORES DA QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL DO

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA–HUSM

1 INTRODUÇÃO

Nutrição enteral por sonda é indicada para indivíduos com dificuldades em deglutir, ou

quando não conseguem atingir 70% das necessidades nutricionais diárias1. A Terapia

Nutricional (TN) é uma ferramenta importante para garantir uma adequada oferta de

nutrientes aos pacientes, e sua qualidade deve ser monitorada. As intercorrências com a

sonda, e a ocorrência de diarreia, expressam, em números, indicadores de qualidade4.

Além destes, no HUSM, o tipo de peso utilizado para os cálculos dos requerimentos

nutricionais também é considerado um indicador de qualidade.

O conhecimento e a monitorização dos indicadores se faz importante pois norteiam as

ações corretivas em casos de inconformidades.

O objetivo deste estudo foi analisar os indicadores de qualidade em pacientes em TN

por sonda no HUSM.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo. Os pacientes

encontravam-se internados nas seguintes Unidades: Terapia Intensiva, Cardiovascular

Intensiva, Pronto Socorro, Nefrologia, Psiquiatria Paulo Guedes, Cirurgia Geral, Clínica

Médica I e II, Sala de Recuperação Anestésica e de Recuperação Intermediária.A coleta

de dados deu-se a partir das “Notas de Alta da Terapia Nutricional”, no período de

janeiro a julho de 2018, sendo coletados dados quanto: 1) Tipo de peso (medido;

estimado; referido/usual); 2) Intercorrências com a sonda (saída ou obstrução); e 3)

Frequência de diarreia durante a TN3.

___________________

1Nutricionistas EMTN- EBSERH/HUSM; 2Enfermeira EMTN- EBSERH/HUSM; 3Médicos EMTN- EBSERH/HUSM.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram avaliados 390 pacientes. Em 36,9% o peso utilizado para os cálculos nutricionais

foi o medido, mas em 58,2% estes cálculos foram baseados em pesos estimados ou

referidos/usual. Este fato pode ter ocorrido devido ao perfil clínico – cirúrgico dos

pacientes que impediu a aferição do peso, ou por outros fatores como falta de

equipamentos apropriados.As intercorrências com a sonda (saída ou obstrução) ocorreu

em 31,5% dos pacientes. A literatura indica que para “saída acidental da sonda” a

frequência deveria ser inferior a 10%, e para “obstrução”, inferior a 5%. Em nossos

registros, como essas intercorrências não foram mensuradas separadamente,

consideramos ambas sob a mesma denominação “intercorrências com a sonda”, e

utilizamos como meta frequência inferior a 10%. Nossos resultados estão bem acima da

meta considerada. Assim, os cuidados para a manutenção da sonda no seu sítio, bem

como sua permeabilidade necessitam ser reavaliados.Quanto à ocorrência de diarreia,

observamos frequência de 13,6%. Este indicador está próximo ao recomendado pela

literatura: inferior a 10%. Há diferentes etiologias para a diarreia, principalmente o uso

de antibióticos. Porém, muitas vezes a dieta é erroneamente responsabilizada e

interrompida determinando prejuízos nutricionais ao paciente. Neste estudo, nossos

dados não permitiram definir com precisão as causas da diarreia.

4 CONCLUSÕES

Concluiu-se que são necessárias medidas que possibilitem a pesagem dos pacientes em

TN, em especial aqueles que se encontram acamados ou em isolamento. Além disso,

sugere-se a revisão dos processos para a manutenção da integridade e localização das

sondas de alimentação. Por outro lado, a frequência de diarreia está dentro de valores

considerados aceitáveis para um hospital de grande porte.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1.Cervo AS. Eventos adversos em terapia nutricional enteral [Dissertação]. Santa

Maria (RS): Universidade Federal de Santa Maria; 2013. 93 p.

2.Waitzberg DL. Indicadores de qualidade em terapia nutricional. São Paulo: ILSI

Brasil,2010.

3.Waitzberg Dan L. Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional. São Paulo:

ILSI Brasil; 2008.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Letícia Gardin16

Laís Ferreira17

Eliara Pinto Vieira Biaggio18

INFLUÊNCIA DO GÊNERO NAS RESPOSTAS DO POTENCIAL

EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO COM

DIFERENTES ESTÍMULOS

1 INTRODUÇÃO

O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é um

procedimento eletrofisiológico considerado o padrão-ouro no diagnóstico da integridade

do nervo auditivo e das vias auditivas do sistema nervoso central na população neonatal.

Para a captação das respostas desse potencial pode ser utilizado diferentes estímulos

acústicos.

2 MÉTODO

Esta pesquisa é do tipo transversal e quantitativa e foi aprovada pelo Comitê de

Ética em Pesquisa sob o número 23081.032787/2017-78 e pela Gerência de Ensino e

Pesquisa do Hospital Universitário de Santa Maria. Participaram deste estudo 62

neonatos nascidos a termo sendo 29 do gênero feminino e 33 do gênero masculino. A

amostra foi subdividida em dois grupos. Assim, 30 neonatos realizaram o potencial por

meio dos estímulos clique e iChirp BL, enquanto 32 neonatos realizaram os estímulos

Tone Burst e IChirp FE. Todos os estímulos foram apresentados utilizando a polaridade

rarefeita, com taxa de apresentação de 27,7 estímulos/s, filtro passa banda de 100 a

3000 Hz, ganho de 100k, janela de 24 ms e duas varreduras de 2048 estímulos. Os

estímulos foram pesquisados nas intensidades de 60, 40 e 20 dB Nhl e os estímulos

Tone Burst e IChirp FE nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz. Para comparar os

valores de latência absoluta e amplitude com os estímulos Click e IChirp BL utilizou-se

o teste de ANOVA, enquanto para os estímulos Tone Burst e IChirp FE utilizou-se o

teste T-Student

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados obtidos demonstraram que a variável gênero não apresentou diferença

estatisticamente significante para os valores de latência e amplitude quando utilizado o

estímulo IChirp BL; Entretanto, no estímulo Click, o gênero feminino apresentou menor

latência em duas intensidades e maior amplitude em uma, sendo esses dados

16 Bolsista IC- HUSM 17 Mestranda pelo PPGDCH 18 Professora Adjunta do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa

Maria

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estatisticamente significantes. Para o estímulo Tone Burst, o gênero feminino apresentou

maior latência e maior amplitude na frequência de 4000Hz, nas intensidades de 60 dB

nHL e 40 dB nHL com diferença estatisticamente significante. Já para o estímulo

IChirp Frequência Específica verificou-se diferença estatisticamente significante maior

latência do gênero feminino apenas para a frequência de 1000Hz, na intensidade de 20

dB nHL. Alguns estudiosos concluem que há diferenças entre os gêneros outros não

evidenciaram diferenças. Quanto ao estímulo Click, pesquisas apontam que o tempo de

viagem da onda sonora na membrana basilar é mais curto no gênero feminino,

ocasionando menor latência da onda V e corroborando com os resultados do presente

estudo. Para o registo com os estímulos de frequência específica as pesquisas relatam

que não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os gêneros.

4 CONCLUSÕES

Concluiu-se que em neonatos nascidos a termo, foram encontradas discretas

diferenças em relação a latência e amplitude da onda V, nos estímulos analisados, para a

comparação entre os gêneros. Assim, tais diferenças não são foram consideradas

relevantes clinicamente. Assim, tais diferenças não são foram consideradas relevantes

clinicamente. Destaca-se a contribuição deste estudo para a prática clínica, visto que

estes achados são uma apresentação de valores de referência para latência e amplitude

da onda V do PEATE, com diferentes estímulos, para ambos os gêneros.

REFERÊNCIAS

1. SININGER, Y. S.; CONE-WESSON, B. Lateral asymmetry in the ABR of

neonates: evidence and mechanisms. Hear Res. v. 212, n. 1-2, p. 203-211,

2006.

2. CAVALCANTE, J. M. S. Registro dos Potenciais Evocados Auditivos de

Tronco Encefálico por estímulos click e tone burst em recém nascidos a

termo e pré-termo. Dissertação. Ribeirão Preto, 2010.

3. ROSA, B. C. da S.; CESAR, C. P.; CABRAL, A.; SANTOS, M.; SANTOS, R.;

Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com estímulos clique e

Ichirp. Distúrb. Comun, São Paulo. 30 (1). 52-59. Março, 2018.

4. LEE CY, HSIEH TH, PAN SL, HSU CJ. Thresholds of tone burst auditory

brainstem responses for infants and young children with normal hearing in

Taiwan. J Formos Med Assoc. Oct;106(10):847-53, 2007

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Amanda Nunes da Rosa19

Adriana Brum Lourenço 1

Cassia Ribeiro Reis1

Marcella Gabrielle Betat1

Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira2

Suzinara Beatriz Soares de Lima3

INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM

ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

Bolsas de Iniciação Científica (BIC), destinadas aos alunos de graduação, surgiram

efetivamente no Brasil em 1951, quando o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) foi definitivamente criado pela Lei nº 1.310

(PEREIRA, 2004), três décadas depois o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

Científica – PIBIC foi criado com o intuito de desenvolver uma proposta de quotas

institucionais de bolsas de Iniciação Científica (IC) (PEREIRA, 2004), tornando

possível que a Enfermagem brasileira tenha acesso a pesquisa através das mesmas.

Segundo Alacoque, as bolsas disponibilizadas para a área da Enfermagem ainda não são

suficientes visto que a IC deveria ser prioridade dos estudantes de graduação, pois assim

oportunizaria a formação de um profissional com horizonte mais amplo para pesquisa e

com valores éticos com desenvolvimento constante do aprendizado de novas técnicas

que poderão ser abordas no cotidiano da Enfermagem. O objetivo deste trabalho é

mostrar a perspectiva de uma acadêmica de Enfermagem sobre a importância de ser

bolsista de IC durante a graduação de Enfermagem.

2 MÉTODO

Trata-se de um Relato de Experiência da perspectiva de uma graduanda do curso de

Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria acerca do programa de Iniciação

Científica.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A IC mudou a forma com que a acadêmica de Enfermagem via os métodos e técnicas

utilizados durante a prática acadêmica, visto que, com a participação em projetos de

pesquisa, a mesma sentiu-se desafiada a buscar novos métodos e coloca-los em prática,

tornando a experiência acadêmica diferenciada. A IC também proporcionou um

conhecimento mais amplo da área de atuação do grupo que a acadêmica participa, já

que pretende continuar o desenvolvimento do seu Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC) nesta perspectiva. Com o intuito de aprender e colaborar com a produção

19 Graduação em Enfermagem UFSM;

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científica do grupo de pesquisa, torna-se relevante que os alunos da graduação em

Enfermagem tenham a oportunidade de poder participar como ICs em projetos de

pesquisa, em produção de artigos e em organização de eventos científicos,

proporcionando o incentivo na busca pela caminhada acadêmica.

4 CONCLUSÕES

Portanto é de suma importância que os acadêmicos de Enfermagem possam ter contato

com o mundo da pesquisa durante a graduação para que desta forma possam auxiliar

seus colegas de grupo na produção científica, afim de agregar conhecimento e

desenvolvimento de novas pesquisas na área da Enfermagem.

REFERÊNCIAS

1. ALACOQUE, Lorenzini Erdmann. et al. Vislumbrando o significado da

iniciação científica a partir do graduando de enfermagem. Escola Anna Nery

Revista de Enfermagem, vol. 14, núm. 1, janeiro-março, 2010, pp. 26-32 Universidade

Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Brasil. Disponível em:

http://www.redalyc.org/pdf/1277/127712632005.pdf. Acesso em: 10 out. 2018

2. PEREIRA, Elisabete Monteiro De Aguiar; BRIDI, Jamile Cristina Ajub. A

iniciação científica na formação do universitário. 2004. Disponível em:

http://www.bdae.org.br/bitstream/123456789/1205/1/tese.pdf. Acesso em: 10 out.

2018.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Gabriela Bauhmart Secretti20

Rosana Niederauer Marques 21

INSERÇÃO DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA FACILITAR A

APRENDIZAGEM ESCOLAR ATRAVES DA CAPACITAÇÃO DE

PROFESSORES

1 INTRODUÇÃO

A psicomotricidade é a área da psicologia que estuda as relações mútuas entre

psiquismo e motricidade e que juntas totalizam a personalidade de um indivíduo. A

motricidade é caracterizada como o conjunto de expressões corporais, gestuais e

motoras que irão expressar a linguagem não verbal e não simbólica do psiquismo

humano. A estimulação psicomotora e aprendizagem são elementos das funções

cerebrais, que juntas geram um maior número de sinapses interneurais. A criança tem

seu desenvolvimento influenciado diretamente pelas atividades e experiências

vivenciadas no seu cotidiano, ou seja, uma criança aprende quando adquire experiência

para resolver tarefas, usando seu conhecimento e habilidades adquiridas no decorrer do

processo de aprendizagem. Os primeiros anos da idade escolar é a fase em que ocorrem

ganhos e aperfeiçoamento de habilidades motoras, os quais geram combinações de

movimentos, dando à criança a possibilidade de assumir diferentes posturas e

locomover-se de diversas maneiras. Neste período são estabelecidas as habilidades

motoras globais e finas para posteriormente desenvolver a coordenação, essencial para

as posteriores habilidades. Com o presente trabalho, tem-se como objetivo estabelecer

a relação entre saúde e educação, através da capacitação de professores regentes de

classe, que ministram aulas para o 3º ano do ensino fundamental de uma escola

municipal, visando promover a aplicação de um protocolo de atividades psicomotoras

às crianças, voltado a facilitar a aprendizagem escolar.

2 MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa prospectiva, de caráter quali-quantitativo. O estudo envolverá

alunos de duas turmas de 3º ano, com idades entre 8 e 10 anos, ambos os sexos, de uma

escola municipal de ensino fundamental, João Frederico Savegnago – Silveira Martins e

as professoras regentes das classes. As mesmas serão capacitadas para aplicar um plano

de atividades psicomotoras, 3 vezes na semana, durante o período de aula, com três

interventos de atividade psicomotora, em intervalos da administração dos conteúdos

programáticos previstos por cada docente. Os custos de materiais para as atividades são

de responsabilidade das pesquisadoras.

20 Graduanda do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; 21 Professora adjunta do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria –

UFSM;

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dentre os fatores que estimulam a aprendizagem infantil, a literatura apresenta vasta

demonstração acerca da influência direta da estimulação psicomotora como fator que

predispõe esta aquisição. Estudos demonstram que os professores regentes de classe,

principalmente das classes mais precoces, como o 3º ano do ensino fundamental, estão

em contato diário com estas crianças em idades que variam entre 8 e 10 anos. A

literatura reforça a importância do estímulo corporal para facilitar a aprendizagem

escolar. Traz também que, a intervenção precoce da fisioterapia na fase escolar tem por

objetivo auxiliar na integração psicomotora e na aprendizagem para restabelecer a

funcionalidade do movimento através de experiências motoras já adquiridas e promover

interação com o meio social.

4 CONCLUSÕES

Considera-se que uma pesquisa desse teor, desenvolvida em escolas, é de extrema

relevância sob vários aspectos, porém deve-se apontar para a importância do

conhecimento acerca do desenvolvimento estrutural e funcional da criança, pelo

professor regente de classe, o que pode vir a auxiliar na evolução da ciência da

educação.

REFERÊNCIAS

1. FONSECA, V. Psicomotricidade: uma visão pessoal. Construção

Psicopedagógica, São Paulo, v. 18, n. 17, p. 42-52, 2010.

2. FONSECA, V. Manual de observação psicomotora: significação

psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artmed, 1995.

3. KOLYNIAK FILHO, C. Motricidade e aprendizagem: algumas implicações para

a educação escolar. Construção Psicopedagógica. São Paulo, v. 18, n.17, p. 53-

66, 2010.

4. MARQUES, R.N.; PETERMANN, X.B.; LÜDKE, E. Relações entre

motricidade e aprendizagem na educação infantil e contribuições da fisioterapia.

Vivências v. 13, n. 24, p.400-410, maio/2017.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores: Débora Luiza dos Santos22

Caroline Zottele 23

Liliane Souto Pacheco24

Tania Solange Bosi de Souza Magnago25

Patrícia Prevedello26

Danise Bertoncheli27

INSERÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA NO

PROJETO COLABORATIVO “MELHORANDO A SEGURANÇA DO

PACIENTE EM LARGA ESCALA NO BRASIL”

1 INTRODUÇÃO

Desde 2004, quando foi lançado o Programa de Segurança do Paciente da Organização

Mundial da Saúde, mais de 140 países têm trabalhado para enfrentar os desafios dos

cuidados. Segundo dados do 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil

(COUTO et al, 2018), hospitais públicos e privados registraram, em 2017, seis mortes, a

cada hora, decorrentes dos chamados eventos adversos graves, de erros, falhas

assistenciais, processuais ou infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), entre

outros fatores. Inserido neste contexto, torna-se fundamental a adoção de políticas e

programas de segurança do paciente com direcionamento para as populações de maior

risco e eventos adversos graves mais prevalentes.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência sobre a participação do Hospital Universitário de

Santa Maria (HUSM), no projeto colaborativo “Melhorando a Segurança do Paciente

em Larga Escala no Brasil”.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O projeto faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS

(PROADI-SUS) em parceria com os cinco hospitais de excelência, que são: Hospital

Alemão Osvaldo Cruz (SP); Hospital do Coração (SP); Hospital Israelita Albert

Einstein (SP); Hospital Sírio Libanês (SP) e o Hospital Moinhos de Vento (RS). Tem

22 Unidade de Vigilância em Saúde da GAS/HUSM/EBSERH; 23 Unidade de Vigilância em Saúde da GAS/HUSM/EBSERH; 24 Chefia da Unidade de Vigilância em Saúde da GAS/HUSM/EBSERH; 25 Docente do Departamento de Enfermagem da UFSM;

26 Unidade de Terapia Intensiva da GAS/HUSM/EBSERH; 27 Unidade de Terapia Intensiva da GAS/HUSM/EBSERH;

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como objetivo, prover o suporte técnico e metodológico para que os hospitais

participantes possam implementar ou melhorar o seu desempenho na segurança do

paciente por meio da adoção de diretrizes de práticas seguras, nas Unidades de

Tratamento Intensivo, para prevenção de infecção primária da corrente sanguínea

associada à cateter venoso central (IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado à

cateter vesical de demora (ITU-AC) e pneumonia associada à ventilação mecânica

(PAV), alcançando uma redução de 50% da incidência dessas infecções em UTIs em até

3 anos. O HUSM foi pré-selecionado pelo Ministério da Saúde, junto com outras 119

instituições de saúde do país. Na UTI Adulto, foi elaborado um Quadro de

Aprendizagem Organizacional, que informa sobre o projeto, objetivos, integrantes da

equipe de melhoria e a metodologia utilizada. Este, permite à equipe da unidade e à

liderança implementar os mecanismos de acompanhamento do projeto, a fim de garantir

que as ações e as mudanças sejam implementadas de acordo com o planejado. Em curso

desde 2017, este já conseguiu promover uma redução de 23% no total de casos de IRAS

contabilizados nos 119 hospitais públicos.

4 CONCLUSÕES

O projeto implantado está qualificando a equipe multiprofissional, visando a prevenção

de IRAS, redução do tempo de internação e morbi-mortalidade, otimizando a utilização

de insumos e consequente redução das despesas hospitalares.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. COUTO, Renato Camargos et al. 2º Anuário de Segurança Assistencial

Hospitalar no Brasil. Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, 2018.

Disponível em: < https://www.iess.org.br/cms/rep/Anuario2018.pdf> Acesso

em: 05 nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Vanessa S. Taschetto¹

Ana Aparecida de O. Kipp1

Bárbara C Dutra1

Fabiana L. Silva 1

Francieli P. Sperandei1

Núbia B.Cunha2

INTENSIDADE DE DEPRESSÃO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE

PACIENTE COM MIELITE TRANSVERSA: UM ESTUDO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

A Mielite Transversa (MT) é uma patologia inflamatória e desmielinizante a qual afeta

a medula espinal focal, resultando em disfunções autonômica, sensitivas e motoras

(PANDIT, 2009). A incidência estimada é de 1-4 casos por milhão de habitante por ano

(VERGARA et al., 2004). A MT pode sobrevir após uma síndrome infecciosa, pós-

vacinal, paraneoplásica, associada a alterações vasculares e idiopáticas (WALID et al.,

2008). Não existe na literatura predisposição sexual ou familiar. Os objetivos deste

estudo foi avaliar a medida de depressão e mensurar a independência funcional de uma

paciente com Mielite Transversa.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo do tipo relato de caso, no qual participou uma paciente, do sexo

feminino, 14 anos de idade, atendida pela disciplina de Estágio em Fisioterapia

Ambulatorial II (ULBRA/SM), diagnosticada a cerca de um ano e meio com MT. Os

instrumentos utilizados foram o “Inventário de Depressão de BECK” para avaliar a

medida de intensidade depressão e a “Medida de Independência A MIF é composta por

18 questões cada questão pode variar de 1-7 pontos, apresenta quatro domínios.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A paciente apresentou o seguinte resultado no Inventário de depressão de BECK 13

pontos. Os 13 pontos no inventário correspondem a depressão leve.Na MIF um total de

70 pontos que representa dependência modificada.O presente estudo corrobora com os

relatos trazidos por Silva 2004, que os pacientes referem preocupação com a

deambulação, apontado essa funcionalidade como condição para a interação social. As

dificuldades motoras os tornam com sentimentos de impotentes para si e para os outros.

4 CONCLUSÕES

A depressão leve da paciente pode estar relacionada com a dependência modificada, a

qual necessita de assistência nas tarefas de até 25 % que as não tornam com sentimento

de impotência para si e para os outros.

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REFERÊNCIAS

1. PANIT,Leka. Transverse myelitis spectrum disorders. Department of

neurology,KS Hegde Medical Academy, Mangalore, India, 2009.

2. Silva, LCA. A reinvenção da sexualidade masculina na paraplegia adquirida [Tese].

São Paulo. Universidade de São Paulo. 2004.

3. VERGARA e, Bucello I, Garcia – Santiago J. Expósito R, Pérez A, Benito M.

Mielitis transversa em inmunocompetentes. An Pediatr, 2004.

4. WALID, M.Sami et.al. Subacute transverse myelitis with Lyme profile

dissociation. German Medical Science,2008

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ÁREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores: Lenise Selbach28

Simone Rodrigues de Sousa29

Sandra Regina Sallet30

Denise Pasqual Schimidt31

INTERFACES DA PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL:

EXPERIÊNCIAS NO SUPORTE FAMILIAR DE CRIANÇAS E/OU

ADOLESCENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO

1 INTRODUÇÃO

O termo câncer infantil abrange um conjunto de doenças caracterizadas pelo

crescimento descontrolado de células anormais, sendo que as leucemias, tumores do

sistema nervoso central e linfomas são consideradas as mais frequentes na infância. Para

realizar o tratamento, a criança e/ou adolescente necessita de frequentes internações

hospitalares, quimioterapia, consultas médicas e multiprofissionais, bem como conviver

com outros sujeitos e seus familiares em processo semelhante. Essa vivência pode

despertar medo, sensação de impotência, dor e a incerteza quanto ao futuro, tornando-se

um estressor importante no que diz respeito ao sistema familiar. Assim, objetiva-se

neste estudo, relatar as experiências de intervenções da psicologia e do serviço social no

suporte familiar de crianças e adolescentes em tratamento oncológico.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, cujas reflexões partem do cotidiano de

atendimento às crianças e adolescentes, bem como suas famílias, em um serviço de

Oncologia Pediátrica de um Hospital público no interior do Rio Grande do Sul.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Desde a primeira internação é disponibilizado aos pacientes e familiares o

acompanhamento psicológico e social, a fim de avaliar as necessidades do sistema

familiar e de cada sujeito. São realizados atendimentos individuais por núcleo

profissional, bem como intervenções psicossociais conjuntas entre psicologia e serviço

social conforme as necessidades observadas e a aceitação dos sujeitos. A partir desses

atendimentos, corrobora-se com a ideia de que as famílias possuem diferentes

configurações, ou seja, o conjunto de membros que compõem o núcleo familiar é

variável. Além disso, a forma com que interagem depende de fatores biológicos, legais,

significados da convivência, parentesco, coabitação e afinidade. Observa-se que são

famílias oriundas de outros municípios e que permanecem em casas de apoios durante o

28 Psicóloga Residente do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia; 29 Assistente Social Residente do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na

Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia; 30 Psicóloga Hospitalar no Hospital Universitário de Santa Maria e Preceptora de núcleo do Programa de Residência

Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia; 31 Assistente Social no Hospital Universitário de Santa Maria e Preceptora de núcleo do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar na Sistema Público de Saúde, ênfase em Hemato-oncologia.

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período de tratamento. Além disso, necessitam de afastamento laboral e do convívio

com a família extensa ou mesmo de integrantes da família nuclear (filhos e cônjuge).

Isso remete a necessidade de reorganização familiar, que pode vir acompanhada de

preocupação com o membro doente e com os demais que permanecem distantes,

sobrecarga emocional, além de sentimentos como abandono, culpa e outros. Por vezes,

pode desencadear conflitos no período ou intensificar os já vivenciados anterior ao

adoecimento. Em contrapartida, também há casos em que os vínculos familiares são

fortalecidos de forma adaptativa a partir da experiência.

4 CONCLUSÕES

O trabalho com famílias de crianças e adolescentes em tratamento oncológico exige

postura compreensiva sobre como se dão as relações entre seus membros, avaliando as

fragilidades e potencialidades de cada núcleo familiar. Identificar estes aspectos no

início do tratamento constitui elemento fundamental para o planejamento de ações mais

eficazes de apoio aos familiares/cuidadores da criança e/ou adolescentes em tratamento

oncológico. A família deve ser incluída no planejamento e implementação dos cuidados,

tendo em vista que a disponibilidade de certos recursos materiais, sociais e psicológicos

pode ter um papel crucial na organização e efetividade dos cuidados.

REFERÊNCIAS

1. CARTER, Betty; MCGOLDRICK, Monica. As mudanças no ciclo de vida

familiar: uma estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: Artmed, 1995.

2. MELO, Mônica Cristina Batista de; et al. O funcionamento familiar do paciente

com câncer. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, vol. 18, n. 1, pp. 73-89, abr. 2012.

Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v18n1/v18n1a07.pdf>. Acesso em 10

de nov. de 2018.

3. MENEZES, Catarina Nívea Bezerra et al. Câncer infantil: organização familiar e

doença. Rev. Mal-Estar Subj, Fortaleza, 2007, vol.7, n.1, pp. 191-210. Disponível em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-

61482007000100011>. Acesso em 10 de nov. de 2018.

4. NICHOLS, Michael P. Terapia familiar: conceitos e métodos. 7 ed. Porto

Alegre: Artmed, 2007.

5. SILVEIRA, Raquel dos Anjos; OLIVEIRA, Isabel Cristina dos Santos. O

cotidiano do familiar/acompanhante junto da criança com doença oncológica durante a

hospitalização. Revista Rene, Recife, 2011, vol. 12, n. 3, pp. 532-539. Disponível em

<http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/4278/3298>. Acesso em 10 de nov. de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Cassia Ribeiro Reis32

Suzinara Beatriz Soares de Lima33

Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira 34

Thaís Dresch Eberhardt4

Rhea Silvia de Avila Soares5

Paulo Jorge Pereira Alves6

LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES CIRÚRGICOS: PRODUÇÃO

ACADÊMICA BRASILEIRA

1 INTRODUÇÃO

O número de pessoas com lesão por pressão (LP), no Brasil, não é conhecido. No

entanto, há um crescente número de pessoas com LP, devido à mudança no perfil

epidemiológico da população. No que se refere aos pacientes cirúrgicos, é preciso

considerar que, durante o período intraoperatório, estes estão expostos a condições

favoráveis para o desenvolvimento de LP. (NPUAP/EPUAP/PPPIA, 2014). Com base

nisso, objetiva-se analisar a produção (teses e dissertações) brasileira sobre lesões por

pressão em pacientes cirúrgicos.

2 MÉTODO

Trata-se de estudo bibliométrico com abordagem quantitativa. A busca das produções

foi realizada em setembro de 2018 na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e

Dissertações (BDTD), na base de dados Literatura Latino-Americana em Ciências da

Saúde (LILACS) e nos Catálogos de Dissertações e Teses do Centro de Estudos e

Pesquisas em Enfermagem (CEPEn) da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn).

Foram incluídas as teses e dissertações produzidas em programas de pós-graduação no

Brasil sobre o tema, publicadas até 2017.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram selecionadas 19 produções, em que foi possível observar que seis estudos

(31,6%) abordam as LPs exclusivamente em pacientes cirúrgicos, apontando que a

32Acadêmica de enfermagem da UFSM, bolsista PROBIC. 2Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Associada do Departamento de Enfermagem da UFSM. Chefe da Divisão de Enfermagem do HUSM. 3Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSM. 4Mestre em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Bolsista Demanda Social CAPES

5Mestre em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria, professora Colégio Politécnico 6Doutor em Enfermagem,

Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da SaúdePorto, Portugal

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pesquisa exclusivamente com estes pacientes não é uma tendência das produções da

pós-graduação brasileira. Identificou-se que as produções sobre a temática iniciaram em

2002 abordando os seguintes assuntos: gerenciamento de enfermagem; conhecimento e

educação; fatores de risco, incidência e prevalência, prevenção, fatores prognósticos e

avaliação e tratamento. Quanto à abordagem metodológica, observou-se que a tendência

da produção é quantitativa, tendo início de pesquisas mistas e qualitativas em 2011.

Pode ser constatada a tendência (94,7%), quanto ao uso da denominação “úlcera por

pressão”, e que em 2016 o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), adotou

nova definição e classificação para este tipo de lesão, denominando-a de “lesão por

pressão” (NPUAP, 2016). Apesar de duas importantes associações brasileiras de

enfermagem na área, a Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) e da

Associação Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (SOBENDE) terem traduzido a

publicação da NPUAP e adotado a nova definição e classificação (CALIRI et al., 2016),

a adoção do termo lesão por pressão (em inglês pressure injury) está em discussão entre

diversos expertises da área internacionalmente. (AYELLO et al., 2018; GEFEN, 2017;

MCINERNEY; MORRISON, 2016; SALCIDO, 2016; WEBB, 2017a; 2017b).

4 CONCLUSÕES

Das 19 produções selecionadas, apenas 31,6% abordam as LP exclusivamente em

pacientes cirúrgicos, apontando uma lacuna na pós-graduação brasileira. Observou-se

como tendências da produção do conhecimento sobre LP em pacientes cirúrgicos:

aumento da produção ao longo do tempo, direcionados a estudos quantitativos

observacionais, usando a nomenclatura “úlceras por pressão”. A partir disso,

identificou-se que o estudo da prevenção de LP em pacientes cirúrgicos e os estudos

experimentais e de intervenção, além dos estudos qualitativos, são ainda escassos, mas

importantes para o conhecimento produzido em programas de pós-graduação no Brasil.

Descritores: Enfermagem; Assistência Perioperatória; Lesão Por Pressão; Revisão;

Bibliométrica.

REFERÊNCIAS

1- AYELLO, E. A. et al. Survey Results from the Philippines: NPUAP Changes in

Pressure Injury Terminology and Definitions. Advances in skin & wound care, v. 31,

n. 1, p. 601-6, 2018.

2- GEFEN, A. Time to challenge the continued use of the term ‘pressure ulcer’? British

Journal of Nursing, London, v. 26, n. 15, S21-22, 2017.

3- MCINERNEY, J.; MORRISON, T. Can We Talk?: Implementing the NPUAP

pressure injury changes. Ostomy Wound Management, v. 62, n. 10, 2016.

4- NPUAP/EPUAP/PPPIA – National Pressure Ulcer Advisory Panel, European

Pressure Ulcer Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention

and Treatment of Pressure Ulcers: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.).

Cambridge Media: Osborne Park, Australia, 2014.

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5- SALCIDO, R. From Pressure Ulcers to ‘‘Pressure Injury’’: Disambiguation and

Anthropology. Advances in skin & wound care, v. 29, n. 7, p. 295, 2016.

6- WEBB, R. From decubitus ulcers to pressure injury: what is in a name? Journal of

Wound Care, London, v. 26, n. 1, p. 3, 2017a.

7- ______. Pressure ulcer over pressure injury. British Journal of Nursing, London, v.

26, n. 6, S4, 2017b.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Carolina Gross Sostizzo35

Renatha Araújo Marques36

Luísa Soares Capa37

Cid Gonzaga Gomes38

Ricardo Souza Heinzelmann39

LIGA MULTIDISCIPLINAR DE SAÚDE DA FAMÍLIA E DE SAÚDE

COLETIVA - COMUM UNIDADE

DESCRITORES: saúde coletiva, saúde da família, liga acadêmica, comunicação

interdisciplinar

INTRODUÇÃO

As Universidades têm como tripé o ensino, a pesquisa e a extensão. Contudo, a

quantidade de conhecimento aumenta anualmente, sendo difícil manter a grade

curricular atualizada. Objetivando preencher tal lacuna e atuar como um projeto de

extensão que propicie interação entre ensino, serviço e comunidade, foi fundada a Liga

Multidisciplinar de Saúde da Família e Saúde Coletiva (Comum Unidade), vinculada ao

Departamento de Saúde Coletiva, registrada Projeto de Ensino em 2017. A Comum

Unidade apresenta como principais objetivos a formação acadêmica com qualificação

multiprofissional e a união de estudantes em prol da compreensão adequada da relação

saúde-doença.

MÉTODO

A liga se organiza a partir de quatro eixos: Organização, Saúde do Estudante,

Ocupação Vila Resistência (apoiar a ocupação urbana e seu acesso a serviços de saúde)

e Conselho Municipal de Saúde. A atuação de cada membro é dividida neles, com

enfoque multidisciplinar e integrativo. Os discentes membros da Liga participam de

encontros semanais, com dois momentos: uma formação, acerca de uma temática

específica, e os repasses do andamento de cada eixo. Trimestralmente, ocorrem

encontros para realização do planejamento, avaliação e crítica das ações realizadas.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A Liga compreende a realização de formações interdisciplinares com ênfase no

intercâmbio de vivências entre os membros e demais integrantes da área da saúde.

Como resultado, temos a divisão nos quatro eixos de atuação, que possibilitam a

35 Curso de Medicina - UFSM 36 Curso de Medicina- UFSM 37 Curso de Medicina - UFSM 38 Curso de Fisioterapia - UFSM 39 Professor do Departamento de Saúde Coletiva - UFSM

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expansão de nosso trabalho para além da Universidade, mantendo o propósito

educacional, a promoção de saúde e a educação em saúde. Segundo a lei 9394, de 1996,

“educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na convivência

humana, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações

da sociedade civil e nas manifestações culturais”, sendo isso o cerne de nossa atuação.

CONCLUSÕES

Através do protagonismo e da autonomia discente, e do tripé da Universidade, as

ligas acadêmicas possibilitam a formação diferenciada em saúde, antecipam a inserção

de seus participantes nos campos de atuação e preenchem as lacunas de conhecimento

da graduação. A Comum Unidade visa ao crescimento com base nas diferenças de visão

e na contribuição de diferentes cursos, pois dividimos experiências que poucos espaços

proporcionam. Com as formações, crescemos enquanto Liga, e, por meio dos eixos,

podemos retribuir à sociedade aquilo que construímos.

REFERÊNCIAS

1. Brasil. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do

Brasil. Brasília, 20 dez. 1996

2. CAVALCANTE, Ana Suelen et al . As Ligas Acadêmicas na Área da Saúde:

Lacunas do Conhecimento na Produção Científica Brasileira. Rev. bras. educ.

med., Brasília , v. 42, n. 1, p. 199-206, jan. 2018

3. BONIN, João Eliton et al. Liga Acadêmica de Medicina de Família e

Comunidade: Instrumento de Complementação Curricular. Rev. APS; Juiz de

Fora, v. 14, n. 1, p. 50-57, jan/mar. 2011

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Roger de Ávila Querino Vieira 1

Maria da Graça Caminha Vidal 2

Melissa Falster Daubermann 3

Alessandra Saldanha Bastianello 4

Aloysio Enck Neto 5

Lucas Spina 6

MIXOFIBROSSARCOMA DA GLÂNDULA TIREOIDE – PRIMEIRO

CASO NAS AMÉRICAS

1 INTRODUÇÃO

O câncer de tireoide é o câncer endócrino mais comum, correspondendo a 1% de todas

as neoplasias malignas na faixa etária dos 30 aos 74 anos. A grande maioria dos

tumores malignos de tireoide é composta por carcinomas (papilar, folicular ou medular).

Casos de sarcomas primários de tireoide são raros na literatura. Seu diagnóstico

citológico em exames pré-operatórios não é fácil, com sua citologia podendo ser

confundida com outras lesões neoplásicas de tireoide, como carcinomas anaplásico e

medular. Parecem tender a uma evolução clínica desfavorável.

2 MÉTODO

As informações foram levantadas a partir da revisão do prontuário do paciente no

Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), por meio do sistema de prontuários

online do hospital (AGHU) e através da revisão da literatura.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Paciente feminina, 66 anos, apresentava abaulamento cervical visível com crescimento

progressivo há 2 anos, relatando disfagia para sólidos. Evidenciou-se, por meio de

exames físicos e de imagem, a presença de um crescimento nodular exofítico no lobo

esquerdo, sendo este classificado anteriormente como Bethesda I por meio da PAAF.

Submetida à tireoidectomia total, concluiu-se que se tratava de um mixofibrossarcoma

de baixo grau, através de estudo histopatológico pelo serviço de patologia. O MFS tem

uma maior incidência em idosos, sendo este um dos tumores de origem mesenquimal

pouco comum em regiões de cabeça e pescoço. Diagnosticado por exame

histopatológico, faz-se necessário a avaliação por meio de exames de imagem

(ressonância magnética) a fim da análise dos planos de ressecção cirúrgica com margens

livres de neoplasias.

4 CONCLUSÕES

O Mixofibrosarcoma é de rara ocorrência na glândula tireoide e de alto índice de

recidiva local. A radioterapia adjuvante pode ser utilizada como forma de controle de

recidivas, devido à dificuldade de ressecção com margens livres.

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REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. Carvalho MB. Tratado de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e

Otorrinolaringologia.São Paulo: Atheneu; 2001.

2. Vianna D, Curioni O, França L, Paiva D, Pompeu B, Dedivitis R, &Rapoport A.

(2012). The histological rarity of thyroid cancer. Brazilian Journal of

Otorhinolaryngology, 78(4), 48-51.

3. Castronovo, C., Arrese, J. E., Quatresooz, P., & Nikkels, A. F. (2013).

Myxofibrosarcoma: A Diagnostic Pitfall. Rare Tumors, 5(2), 60–61.

http://doi.org/10.4081/rt.2013.e15

4. Udaka T, Yamamoto H, Shiomori T, Fujimura T, Suzuki H. Myxofibrosarcoma

of the neck. J Laryngol Otol. 2006;120:872–874

5. Prasad I, Sharan R. Myxofibrosarcoma of larynx. Indian J Otolaryngol Head

Neck Surg. 1981;33(2):71–71.

6. Song HK, Miller JI. Primary myxofibrosarcoma of the esophagus. J

ThoracCardiovascSurg. 2002;124(1):196–197. doi: 10.1067/mtc.2002.122818.

[PubMed] [Cross Ref]

7. Enomoto K, Inohara H, Hamada K, Tamura M, Tomita Y, Kubo T, Hatazawa J.

FDG PET imaging of

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Octávio de Castro Paz Calheiros40

Bruna Rafaela Freitag de Carvalho1

Julia Klockner41

MONITORAMENTO TERAPEUTICO DE VORICONAZOL EM

PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA-RS

1 INTRODUÇÃO

Doenças fúngicas invasivas (DFI), como por exemplo, a aspergilose (Aspergillus spp), a

qual é a infecção fúngica mais frequente entre os pacientes imunocomprometidos,

apresentam uma alta taxa de morbidade e mortalidade. O número de medicamentos

usados no tratamento da aspergilose invasiva é limitado, sendo o voriconazol um

antifúngico triazólico de amplo espectro indicado para o tratamento desta doença.

Contudo, esse fármaco apresenta uma farmacocinética não linear o que torna difícil a

previsão da sua eficácia. Assim, o monitoramento terapêutico de fármacos tem sido

sugerido como uma ferramenta para otimizar a eficácia e a segurança do tratamento

com antifúngicos. O objetivo deste estudo foi a quantificação das concentrações

plasmáticas do voriconazol em pacientes imunocomprometidos atendidos no Hospital

Universitário de Santa Maria (HUSM). Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética

da UFSM (CAEE: 82281518.3.0000.5346).

2 MÉTODO

Nos resultados preliminares deste projeto foram incluídos três pacientes

imunocomprometidos que estavam utilizando o antifúngico voriconazol para tratamento

ou prevenção de DFIs. As coletas foram realizadas em dois momentos distintos: uma

hora após a administração do fármaco (pico) e antes da administração da próxima dose

(vale). As coletas foram feitas no estado de equilíbrio (steady-state), fase que se assume

terem decorrido 4 a 5 vezes o tempo de meia-vida de utilização do fármaco. A

quantificação dos fármacos no plasma foi realizada utilizando cromatografia líquida de

alta eficiência com detector de arranjo de fotodiodos (CLAE-DAD).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os pacientes realizavam tratamento com quimioterápicos sendo um deles adulto (>18

anos) para leucemia mieloide crônica (LMC), outro infantil (<12 anos) para leucemia

mieloide aguda (LMA) e o último adulto para leucemia linfoide aguda (LLA). Os

resultados de pico e vale da concentração plasmática de voriconazol para o paciente

40 Graduação em Farmácia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa

Maria; 41 Graduação em Medicina, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa

Maria;

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adulto com LMC foi 2,76 μg/mL e 2,60 μg/mL, para o paciente infantil foi 4,01 μg/mL

e 3,91 μg/mL e para o paciente adulto com LLA foi 0,95 μg/mL e 0,39 μg/mL. Apesar

da polifarmácia e das características farmacocinéticas dos pacientes dois tiveram suas

concentrações plasmáticas dentro da faixa terapêutica para o tratamento e um não, que é

entre 1 μg/mL e 5,5 μg/mL.

4 CONCLUSÕES

O monitoramento terapêutico de fármacos permite compreender a relação dose-

concentração-efeito no contexto clínico, podendo gerar impactos significativos na

melhora clínica do paciente e na redução de custos.

REFERÊNCIAS

1. BOEIRA, P. et al. Ultra-Performance Liquid Chromatographic Method for

Measurement of Voriconazole in Human Plasma and Oral Fluid. J. Braz. Chem.

Soc.v. 23, n. 1, p. 148-155, 2012. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

50532012000100021>. Acesso em: 10 nov. 2018.

2. HE, H.R. et al. Effects of CYP3A4 polymorphisms on the plasma concentration of

voriconazole, v. 34, n.4, p. 811–819, 2015. Disponível

em: < https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10096-014-2294-5>. Acesso

em: 10 nov. 2018.

3. YI, W.M. et al. Voriconazole and posaconazole therapeutic drug monitoring: a

retrospective study. European Journal of Clinical Microbiology & Infectious

Diseases, v. 16, n. 60, p. 1-14, 2017. Disponível em:

<https://ann-clinmicrob.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12941-017-0235-8>.

Acesso em: 10 nov. 2018.

4. LIU, L. et al. Dose optimisation of voriconazole with therapeutic drug monitoring

in children: a single-centre experience in China. International Journal of

Antimicrobial Agents, v. 49, n. 4, p. 483-487, 2017.

Disponível em: <

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0924857917300304>. Acesso

em: 10 nov. 2018.

5. RICHARDS P.G. et al. Therapeutic drug monitoring and use of an adjusted body

weight strategy for high-dose voriconazole therapy. Journal Antimicrobial

Chemotherapy, v. 72, n. 4, p. 1178-1183, 2017.

Disponível em: <https://academic.oup.com/jac/article/72/4/1178/2930199>.

Acesso em: 10 nov. 2018.

6. PERREAULT, S. et al. Evaluating a voriconazole dose modification guideline to

optimize dosing in patients with hematologic malignancies. Journal of Oncology

Pharmacy Practice, p. 1-7, DOI: 10.1177/1078155218786028, 2018.

Disponível em:

<https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1078155218786028>. Acesso em:

10 nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Maria Eduarda Gallarreta

Thábata Magnani Ferreira

Luca Gonçalo Santos

Maria Grützmacher

Natália Tonn

Paulo Emílio Botura Ferreira

MONITORIA EM HISTOLOGIA PARA MEDICINA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

Considera-se que a atuação da graduação não é apenas na reprodução de conhecimentos

teóricos e científicos. Ela é responsável por propiciar o conhecimento ativo, construtivo

e autorregulado (FRISON, 2016). Nesse contexto se dão as contribuições das

Monitorias para Medicina, essenciais na formação acadêmica. Alguns objetivos da

Monitoria são: desenvolver a autonomia do aluno-monitor, aumentar o senso de

corresponsabilidade e ampliar o vínculo professor, monitor e aluno (GONDIM, 2017).

Assim, este será o relato de experiência de uma Monitora de Histologia, de modo a

caracterizá-la como prática enriquecedora no processo de aprendizagem.

2 METODOLOGIA

Este é um relato de experiência das vivências de uma estudante do curso de Medicina

como monitora de histologia. O público-alvo das monitorias são estudantes do primeiro

ao quarto semestre da Graduação em Medicina da Universidade Federal do Pampa

(Unipampa). A experiência em questão aconteceu do mês de abril até setembro de 2018,

com carga horária do monitor-bolsista de 12 horas semanais. As monitorias ocorreram

no laboratório de Histologia Humana da Unipampa, campus Uruguaiana.

Os materiais utilizados foram microscópio e lâminas permanentes contendo tecidos

fixados, em associação com o uso de projeções de diferentes aspectos dos tecidos

estudados.

3 RESULTADOS e DISCUSSÃO

As monitorias foram abertas para todos os cursos, porém dos 59 (cinquenta e nove)

alunos atendidos, 100% (cem por cento) pertenciam ao curso de medicina. É importante

desatacar pontos positivos, como: maior aproximação entre alunos do curso de

semestres iniciais com os monitores - que estão em semestres mais avançados.

Ademais, há maior vínculo entre monitores e docentes-orientadores, que desempenham

papel de mentores, auxiliando no aperfeiçoamento e melhoria das monitorias. Em uma

visão pessoal, a monitoria foi, e é, uma experiência extremamente positiva. Nela, fui

capaz de presenciar e fazer parte do crescimento intelectual dos monitorados, além de

expandir meu próprio conhecimento. Acredito que o compartilhamento de saberes entre

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iguais é essencial para a formação tanto acadêmica como para aprimoramento pessoal

dos alunos.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, ficam evidentes as diferentes maneiras pelas quais houve enriquecimento tanto

do monitor como dos alunos participantes das monitorias. Os discentes desenvolveram

mais senso crítico e interesse sobre os conteúdos essenciais para a formação médica,

além de ampliarem sua autonomia.

REFERÊNCIAS

1. GONDIM ELIZABETH, 2017. Unifor notícias: A importância da monitoria para

o processo de formação acadêmica. Universidade de Fortaleza, CE, Brasil.

Disponível

em:<http://unifornoticias.unifor.br/index.phpoption=com_content&view=artic

le&id=779&Itemid=50>. Acesso em: 07 set. 2018.

2. FRISON, Lourdes Maria. Monitoria: uma modalidade de ensino que

potencializa a aprendizagem colaborativa e autorregulada. Pro-Posições, v. 27,

n. 1, p. 133-153, 2016. Disponível em:

<https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/864590

2>. Acesso em: 02 nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Leonardo Soares Trentin42

Heloisa Toledo da Silva 43

Daniela Trevisan Monteiro 44

Aline Cardoso Siqueira 45

Jussara Maria Rosa Mendes 46

Carmem Lúcia Colomé Beck 47

MORTES TRÁGICAS OU PRECOCES DE PACIENTES NA VISÃO DOS

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

1 INTRODUÇÃO

Os significados atribuídos à morte podem variar desde um processo de

transição/passagem até de despedida. No entanto, mortes trágicas ou precoces são

difíceis de serem elaboradas, exemplo disso, é a morte de uma criança. Lidar com o tabu

social torna-se ainda mais complexo de assimilar quando o interdito está relacionado à

morte de crianças (MENIN; PETTENON, 2015). A morte aguda de uma criança

fomenta uma ruptura na crença de que os mais velhos morrem antes dos mais jovens, o

que evidencia a fragilidade humana e desencadeia uma fonte de angústia. Diante disso,

esta pesquisa teve por objetivo conhecer as interfaces do trabalho no contexto hospitalar

e os sentimentos atribuídos pelos profissionais da saúde quando da morte do paciente.

2 MÉTODO

O presente estudo trata de uma pesquisa descritiva com cunho qualitativo. Participaram

da pesquisa 34 profissionais da saúde, entre eles médicos e enfermeiros, que atuam nas

unidades de clínica médica e pronto socorro em um hospital de ensino do Rio Grande

do Sul. Como instrumento de coleta de dados foi realizado a observação sistemática e

entrevista semiestruturada, no período de julho a outubro de 2016. O roteiro da

entrevista possuiu questionamentos quanto aos significados atribuídos frente à morte;

Vivências no processo de morte e morrer; Relações com o paciente terminal;

Dificuldades e facilidades no trabalho frente à morte e ao morrer. A pesquisa foi

aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob

número de CAAE 52749816.2.0000.5334. Os dados obtidos foram submetidos à

triangulação a partir da análise de conteúdo.

42 Acadêmico do Curso de Graduação em Psicologia; 43 Acadêmica do Curso de Graduação em Psicologia; 44 Pós-doutoranda em Psicologia. UFSM; 45 Professora do Departamento de Psicologia. UFSM. 46 Orientadora. UFRGS 47 Coorientadora. UFSM.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No pronto socorro, quando as mortes são de crianças e jovens verificou-se, a partir dos

relatos dos profissionais, um maior desconforto diante dessas situações. Os principais

sentimentos destacados pelos profissionais, nesses casos, foram: frustração, tristeza,

impotência e angústia. O sofrimento torna-se mais impactante pela visão de que a

criança e o adolescente são um vir a ser, possuindo todo um futuro que será abreviado

(SANTOS; MOREIRA, 2014). Já as mortes de pacientes na clínica médica são mais

esperadas devido ao tratamento e internação prolongados. Contudo, nessa unidade, além

de haver um sofrimento relacionado a pacientes jovens, como ocorre no pronto socorro,

o vínculo estabelecido também pode ampliar o sofrimento no momento da perda. Ainda,

o sofrimento da família do paciente pode intensificar o sofrimento da equipe, não

somente pela comoção com o caso, mas também pela dificuldade do profissional em

comunicar para a família a possibilidade de morte ou a morte, principalmente quando o

paciente é jovem.

4 CONCLUSÕES

A partir desse estudo torna-se nítido que, tanto na unidade de pronto socorro quando na

de clínica médica, a morte de pacientes jovens suscita maior comoção e sofrimento nos

profissionais da saúde. No entanto, na clínica médica, somam-se as dificuldades

relacionadas ao vínculo com o paciente. Diante disso, é imprescindível destacar a frágil

formação inicial em relação à morte. Isto evidência a emergência de uma capacitação

dos profissionais da saúde para lidar com o sofrimento relativo a cuidados paliativos e a

finitude de vida.

REFERÊNCIAS

1. MENIN, G. E.; PETTENON, M. K. Terminally child life: perceptions and

feelings of nurses. Revista Bioética, v. 23, n. 3, 2015.

2. SANTOS, R. A.; MOREIRA, M. C. N. Resilience and death: the nursing

professional in the care of children and adolescents with life-limiting illnesses.

Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 12, 2014.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

André Pozzobon Capeletti¹

Juliana Oliveira Freitas Silveira¹

Jamir Pitton Rissardo¹

Giulia Maria dos Santos Goedert¹

Manuela Seabra Taglia¹

NEURALGIA DO TRIGÊMIO DEVIDO A DOLICOECTASIA

VERTEBROBASILAR: UM RELATO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

A neuralgia do trigêmeo (NT) é uma entidade clínica bem conhecida caracterizada por

dor hemifacial paroxística. A dolicoectasia vertebrobasilar (DVB) é uma causa muito

incomum de NT associada à compressão vascular. No presente estudo, descrevemos um

paciente que desenvolveu NT causada por DVB e foi tratado com sucesso pelo

tratamento de conservador.

2 DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente masculino de 61 anos, hipertenso e com doença renal crônica, em uso de

hidroclorotiazida, anlodipino, losartana, ciclosporina e prednisona, apresentava quadro

de dor no lado esquerdo da face há 8 anos, a qual ocorria quando mastigava ou escovava

os dentes. Exame físico neurológico evidenciava alodínea em território do terceiro ramo

do nervo trigêmeo esquerdo. Paciente já estava fazendo uso de carbamazepina 800

mg/dia com resposta parcial. Dose foi aumentada para 1000 mg/d e foi iniciado

baclofeno 10 mg; após 2 meses, foi reavaliado e persistia com a dor facial. Realizou

tomografia computadoriza de crânio, a qual evidenciou dolicoectasia da artéria basilar.

Paciente foi encaminhado para avaliação da neurocirurgia. A ressonância magnética

evidenciou artéria basilar proeminente e tortuosa em contato com a região ventral da

ponte. Foi concluído o diagnóstico de neuralgia do trigêmeo por dolicoectasia da artéria

basilar. Como paciente estava respondendo ao tratamento medicamentoso, optou-se por

tratamento conservador e acompanhamento. Dois anos após, continua com quadro

controlado.

3 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

A dolicoectasia arterial intracraniana é uma condição caracterizada por aumento,

tortuosidade ou alongamento das principais artérias da base do cérebro. A localização

mais comum da dolicoectasia é no sistema vertebrobasilar. Dois tipos de sintomas são

encontrados associados a dolicoectasia arterial intracraniana: aqueles resultantes da

compressão de estruturas adjacentes ao vaso anormal e as resultantes de eventos

isquêmicos. Os nervos trigêmeo e facial são os nervos cranianos mais comumente

envolvidos. Os critérios diagnósticos incluem a artéria vertebrobasilar excessivamente

prolongada e expandida com um diâmetro superior a 4,5 milímetros. A literatura atual

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recomenda a descompressão microvascular no tratamento de NT causada por DVB em

pacientes que são resistentes ao tratamento medicamentoso e têm uma expectativa de

vida de mais de 5 anos. A DVB, embora seja uma causa incomum de NT, deve fazer

parte dos diagnósticos etiológicos diferencias dessa patologia, representando um desafio

diagnóstico na prática médica.

REFERÊNCIAS

1. Wolters FJ, Rinkel GJ, Vergouwen MD. Clinical course and treatment of

vertebrobasilar dolichoectasia: a systematic review of the literature. Neurol Res.

2013;35:131–7.

2. Ma X, Sun X, Yao J, Ni S, Gong J, Wang J, et al. Clinical analysisof trigeminal

neuralgia caused by vertebrobasilar dolichoectasia. Neurosurg Rev. 2013;36:573–8.

3. Barker FG 2nd, Jannetta PJ, Bissonette DJ, Larkins MV, Jho HD.The long-term

outcome of microvascular decompression for trigeminal neuralgia. N Eng J Med.

1996;334:1077–83.

4. Campos WK, Guasti AA, da Silva BF, Guasti JA. Trigeminal neuralgia due to

vertebrobasilar dolichoectasia. Case Rep Neurol Med. 2012;2012:367–71.

5. Noma N, Kobayashi A, Kamo H, Imamura Y. Trigeminalneuralgia due to

vertebrobasilar dolichoectasia: three case reports. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral

Radiol Endod. 2009;108:e50–5.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Bruna Beskow Hogem48

Margrid Beuter49

Adrielle Trindade Muniz de Oliveira1

Tatiele de Paula50

Fabryciane de Lima Grecco3

Eliane Raquel Rieth Benetti4

NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE

ENVELHECIMENTO: VIVÊNCIAS DE BOLSISTAS DE INICIAÇÃO

CIENTÍFICA

1 INTRODUÇÃO

No período de formação acadêmica os discentes têm a possibilidade de inserir-se em

atividades extracurriculares, como as atividades em grupos de pesquisa, as quais

contemplam a participação em pesquisas como bolsistas de Iniciação Científica. Nesse

cenário, as bolsistas do Núcleo Interdisciplinar de Estudo e Pesquisa sobre

Envelhecimento (NIEPE), inserido na Linha de Pesquisa “Políticas públicas e práticas

de cuidado a adultos, idosos e famílias nos diversos cenários de atenção à saúde” do

Grupo de Pesquisa “Cuidado, Saúde e Enfermagem”, participam das atividades e dos

projetos de pesquisa conduzidos pelo núcleo. Ante o exposto, esse relato tem por

objetivo descrever as vivências de bolsistas de iniciação científica diante da inserção e

participação no NIEPE.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato das vivências de acadêmicas de Enfermagem e de Medicina,

enquanto bolsistas do Programa de Iniciação Científica do Hospital Universitário de

Santa Maria (PROIC-HUSM) acerca da inserção e participação no NIEPE.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dentre as atribuições das bolsistas sobressaem a participação e auxílio na organização

dos encontros semanais do NIEPE; revisão de literatura para ampliar e atualizar o

48 Discente da Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Bolsista PROIC-HUSM 2017; 49 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de

Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo

de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem; 50 Discente da Graduação em Medicina da UFSM. Bolsista PROIC-HUSM 2018; 4 Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa

Cuidado, Saúde e Enfermagem.

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referencial teórico do projeto em que estão inseridas; participação na coleta de dados

após devida instrumentalização; transcrição, organização e digitação dos dados de

pesquisa e; estruturação e elaboração de trabalhos para submissão em eventos

científicos da área e afins. Essas atividades desenvolvidas junto ao grupo de pesquisa,

além de contribuírem na aprendizagem, permitem que os discentes sejam

instrumentalizados para o fazer/pesquisar, pelo acompanhamento, desenvolvimento e

participação em projetos de pesquisas e experiências acadêmicas oportunizadas por seus

orientadores (ERDMANN et al., 2010). Destaca-se que, por meio das ações de pesquisa

proporcionadas pelo programa de Iniciação Científica, o bolsista desperta o

questionamento crítico e o desenvolvimento de habilidades instrumentais para aplicação

de métodos científicos, o que contribui de forma significativa tanto com a formação

profissional quanto pessoal.

4 CONCLUSÕES

Ser bolsista de Iniciação Científica proporciona aprendizado e crescimento a partir da

inserção no grupo de pesquisa, além de promover o desenvolvimento de habilidades

interpessoais e instrumentais. Ademais, a bolsa pode ter reflexos positivos na vida

profissional e pessoal e muitas vezes, influenciar na continuidade da carreira acadêmica.

REFERÊNCIAS

1. ERDMANN, A. L. et al. Vislumbrando o significado da iniciação científica a partir

do graduando de enfermagem. Esc Anna Nery Rev Enferm. v. 14, n. 1, p. 26-32,

2010.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Melissa Gewehr51

Sheila Kocourek52

Clarita Souza Baroni Silveira53

Leatrice da Luz Garcia54

Fernanda Puntel Rutsatz5

Gabriela Nascimento Moreira5

O ACESSO À SAÚDE E À EDUCAÇÃO: UMA INTERFACE

NECESSÁRIA

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional vem crescendo nas últimas décadas em ritmo sem

precedentes, sendo uma realidade mundial. No Brasil, a alteração no padrão

demográfico vem se processando de forma constante e acentuada, com uma proporção

de pessoas com 60 anos ou mais passando de 9,1% em 1999 para 11,3% em 2008 e com

estimativas de que em 2050 essa população ultrapasse os 22,7%. Em 2015, segundo o

IBGE, os estados com as maiores proporções de idosos na foram o Rio de Janeiro e o

Rio Grande do Sul, onde de 1 em cada 6 pessoas tinham 60 anos ou mais. As ações com

os idosos devem alcançar tanto os indivíduos quanto os grupos populacionais de

maneira a atender as demandas de natureza biopsicossocial e considerar que os mais

velhos não constituem um grupo homogêneo, pois existe a diversidade entre os

indivíduos. É preciso considerar a dimensão subjetiva reconhecendo e valorizando as

experiências de vida desse segmento, criar ambientes de apoio e promover opções

saudáveis em todos os estágios da vida de forma integral. O presente trabalho objetiva

relatar experiências voltadas ao público idoso em uma Estratégia de Saúde da Família

(ESF) no interior do estado do Rio Grande do Sul.

2 MÉTODOS:

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de

experiência. As intervenções foram realizadas no período de 2013 a 2015 pelos

residentes do Programa Multiprofissional Integrado e bem como de membros da equipe

da ESF.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

Dentre as ações salienta-se a abordagem em grupo com as temáticas dos 8 remédios

naturais: ar puro; água; luz solar; alimentação saudável; exercício físico; temperança;

51 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 52 Doutora em Serviço Social, chefe do Departamento de Serviço Social da UFSM; 53 Assistente Social, mestranda PPGERONTO/UFSM; 54 Mestranda PPGERONTO/UFSM. 5Academicas de educação especial da UFSM

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descanso e confiança em Deus como lastro para um envelhecimento ativo. Foram

abordadas duas temáticas por mês com uma média de 15 a 40 participantes por grupo de

acompanhamento, além de orientação e dispensação de medicamento para população

cadastrada no HIPERDIA. Cerca de 62% dos participantes eram pessoas idosas.

Identificou-se também que muitos dos adultos e idosos participantes eram analfabetos

decorrentes da falta de oportunidade de acesso à educação em idade adequada. Nessa

perspectiva, foram mobilizados recursos para ampliar o acesso à educação, sendo um

direito assegurado constitucionalmente. Dessa forma, buscou-se uma parceria com uma

escola municipal para a qual a equipe da atenção básica encaminhou os interessados na

atividade. A proposta teve uma adesão média de 8 a 12 participantes, sendo 3 idosos, e

observou-se que entre os que participaram do programa Brasil Alfabetizado houve um

ganho significativo na capacidade de comunicação e a compreensão da saúde.

4 CONCLUSÃO:

Embora não sejam exclusivas do público idoso, tais iniciativas contribuem para um

envelhecimento ativo e devem ser incentivadas no cenário da Atenção Básica, visando

melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que assim o desejarem.

REFERÊNCIAS:

1. BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível

em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.html>.

Acesso em: 03 de novembro de 2018.

2. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Síntese de

indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira.

Rio de Janeiro, 2015. Disponível em:

<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95011.pdf> Acesso em: 03

de novembro de 2018.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/pesquisa

AUTORES:

Francine B. Bondan1

Amanda F. Klajn2

Jéssica Eduarda Dallaqua3

Jéssica Marder4

Marcelly Fiame Gomes5

Marinel Dall’Agnol6

O ACESSO PÚBLICO À DESFIBRILADORES EXTERNOS

AUTOMÁTICOS NO ATENDIMENTO DE PARADAS

CARDIORRESPIRATÓRIAS EM AMBIENTE EXTRAHOSPITALAR:

REVISÃO DA LITERATURA.

1 INTRODUÇÃO

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) causada por síndromes coronarianas agudas

responde por 5-10% das causas de óbito nos países de alta renda. Cerca de metade das

PCRs ocorre fora do ambiente hospitalar com uma sobrevida das vítimas atendidas por

serviços de emergência (SME) de 30%. Dentre as intervenções capazes de reverter a

PCR, a desfibrilação precoce é a mais relacionada com o aumento da sobrevida. Nesse

contexto, os Desfibriladores Externos Automáticos (DEAs), passíveis de utilização por

leigos de forma segura, representam instrumentos importantes para diminuir a

mortalidade das vítimas de PCR no ambiente extra-hospitalar

2 OBJETIVO

Rever os dados da literatura científica sobre a utilização dos DEAs no atendimento pré-

hospitalar e o acesso público à desfibrilação.

3 METODOLOGIA

Realizou-se a busca de artigos científicos nas bases de dados onlines, Pubmed e

UpToDate, com os descritores: Desfibrillator e Heart arrest, nos últimos cinco anos,

com seres humanos. Dos 334 artigos encontrados foram selecionados 19, excluídas

revisões sistemáticas, artigos em língua não inglesa, portuguesa ou espanhola e títulos

que não apresentaram os termos da pesquisa ou versavam sobre outro tema.

4 RESULTADOS

Os dados revisados demonstraram uma incidência anual de PCR pré-hospitalar com

variações de 40 mil a 700 mil casos/ano, oscilando de 2,4 casos (em escolas) a 40 casos

para cada cem mil habitantes, desses, 20% a 66% ocorreram fora do ambiente

hospitalar. Além disso, a presença do DEA em locais públicos e de grande circulação de

pessoas diminuiu o tempo de atendimento em até 5,5 minutos em relação ao SME. Os

dados demonstram uma taxa de sobrevida global das vítimas de PCRs com o uso do

DEAs de até 68% e que o uso de DEA em situações de PCR ainda é reduzido - 3% a

37% dos casos - sendo o público leigo o que menos utiliza devido à ausência do

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equipamento em locais públicos. Com relação aos locais com maior número de DEAs

disponíveis à população, o Japão se destaca com 106,6 aparelhos para cada 100.000

pessoas e a presença deles em 90% das escolas, enquanto a média nos demais países

gira em torno de 22 por 100 mil. Notou-se que além das escolas, os locais com elevada

disponibilidade de DEAs são aeroportos, transportes públicos, locais de trabalho e

instalações esportivas.

5 CONCLUSÃO

Já que a eficácia da desfibrilação precoce com DEAs é comprovada, almeja-se sua

promoção como componente no atendimento às PCR extra-hospitalares, a fim de

aumentar a sobrevida das vítimas. Para isso, os DEAs devem estar disponíveis à

população em áreas públicas em conjunto com programas de educação pública para

promover o rápido reconhecimento de PCR e a pronta utilização da desfibrilação

quando necessário.

6 REFERÊNCIAS

1 GONZALEZ, MM et al . I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados

Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras.

Cardiol, São Paulo, v. 101, n. 2, supl. 3, p. 1-221, Aug. 2013 .

Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-

782X2013003600001&lng=en&nrm=iso Acesso em 11 ago. 2018.

2 PESARO, Antonio Eduardo Pereira et al . Síndromes coronarianas agudas: tratamento

e estratificação de risco. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 197-

204, June 2008. Disponível em

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

507X2008000200014&lng=en&nrm=iso Acesso em 11 ago. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Karoline Silveira Portes55

Graciele Pontes56

Diego Fernando Dorneles Bilheri57

O BRINCAR COMO PROPOSTA FONOAUDIOLÓGICA

TERAPÊUTICA EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO

ONCOLÓGICA INFANTIL

1 INTRODUÇÃO

A internação hospitalar durante a infância se configura como um episódio marcante e

doloroso para a criança, gerando sentimentos como ansiedade e medo. As crianças em

tratamento oncológico necessitam de um atendimento mais humano, que cuide não só

de seu corpo biológico, mas também da sua subjetividade. É fundamental também

oferecer à criança um tratamento diferente daquele do adulto, voltado para suas

necessidades infantis. Os fatores de risco socioambientais, socioeconômicos e

biológicos, desempenham importante influência sobre o desenvolvimento da criança,

podendo prejudicar habilidades cognitivas e o desenvolvimento normal da linguagem.

Por meio da brincadeira a criança apresenta uma forma de expressar, verbalmente ou

não, seus sentimentos, dificuldades, preocupações, e toda percepção sobre a nova rotina,

além disso, expõe sua linguagem por meio de atitudes e gestos que apresentam diversos

significados. Durante a internação, os processos vivenciados tornam-se menos

desagradáveis quando a criança utiliza o brincar para dar sentido a sua situação. De

acordo com o que estabelece a Resolução CFFa nº 320/2006 que dispõe sobre as

especialidades em Fonoaudiologia e complementa o exercício profissional, posto está

que “a Linguagem é o campo da Fonoaudiologia voltado para o estudo, pesquisa,

promoção, prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento de transtornos a ela

relacionados, a fim de garantir e otimizar o uso das habilidades de linguagem do

indivíduo, objetivando a comunicação e garantindo bem-estar e inclusão social. ” A

fonoterapia, por meio do brincar, está relacionada com o desenvolvimento da

linguagem, visto que, é por meio da brincadeira que a criança se desenvolve como

sujeito e aprimora o uso da linguagem. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência

da intervenção fonoaudiológica com crianças internadas em unidade oncológica infantil.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência sobre a intervenção da fonoaudiologia com

crianças hospitalizadas em uma unidade oncológica infantil, realizado pela residente do

55 Fonoaudióloga Residente no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e

Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde com ênfase na Hemato Oncologia HUSM/UFSM; 56 Enfermeira, especialista em oncologia HUSM/EBSERH; 57 Fonoaudiólogo, Docente do curso de Fonoaudiologia UFSM;

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segundo ano no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e

Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde com ênfase na Hemato-Oncologia,

durante o ano de 2018.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O atendimento fonoaudiológico é realizado mediante solicitação de outros profissionais

do serviço após a observação de algum possível atraso no desenvolvimento da

linguagem. Inicialmente foram realizadas entrevista com o responsável pela criança e

após são realizadas intervenções com a criança no leito ou em uma sala individual, a fim

de verificar as maiores necessidades fonoaudiológicas relacionadas ao desenvolvimento

da linguagem oral no momento. A intervenção é realizada quando o paciente está

internado na unidade. A construção do vínculo do paciente com a terapeuta é uma das

ferramentas mais importantes para a continuidade e adesão ao processo terapêutico.

4 CONCLUSÕES

As alterações fonoaudiológicas relacionadas ao desenvolvimento da linguagem estão

presentes nos pacientes em tratamento oncológico. A atuação fonoaudiológica destaca-

se como um importante instrumento para a prática assistencial e construção de vínculo

com o paciente. O acompanhamento fonoaudiológico visa minimizar aspectos que

prejudiquem o processo do desenvolvimento da linguagem oral de pacientes infantis.

REFERÊNCIAS

1. FONTES, Cassiana Mendes Bertoncello et al. Utilização do brinquedo terapêutico

na assistência à criança hospitalizada. Revista Brasileira de Educação Especial,

v. 16, n. 1, p. 95-106, 2010.)

2. CARNIEL, Camila Zorzettp et al. Influence of risk factors on language

decelopment an contributions of early stimulation: an integrative literature

rewiew. Revista CEFAC, V. 19, N. 1, P. 109-118, 2017.

3. MEDEIROS, Beatriz dos Santos et al. O brincar como estimulação da linguagem

oral: promoção da saúde na escola. 2015.

4. Resolução CFFa n° 320 de 17/02/2006. Disponível em:

https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=103270>. Acesso em: sete nov. de

2018.

5. SIQUEIRA, Natacha Barros. A função do brincar na fonoterapia de linguagem com

crianças. 2012.

6. NASCIMENTO, Lucila Castanheira et al. Crianças com câncer e suas

famílias. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 39, n. 4, p. 469-474,

2005.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Sthefany Possamai Gomes58

Emanuelli Lopes59

Caroline Coutinho60

Ariane Erthur Flores61

O CONHECIMENTO SOBRE PRÉ-NATAL E SITUAÇOES DE RISCO Á

GRAVIDEZ ENTRE GESTANTES NA CIDADE DE SANTA MARIA.

1 INTRODUÇÃO

Apesar de diversos programas e ações terem sido implementados no Brasil nas últimas

décadas, a redução dos riscos à gravidez com consequente melhoria nos indicadores de

saúde materna está longe de ser realidade. Entre essas implementações, destacam-se

programas de aconselhamento à gravidez, com destaque para nutrição adequada,

melhora da auto-estima, (Barros, 2004). O objetivo do trabalho é avaliar o nível de

conhecimento sobre o pré-natal e sobre a identificação de situações de risco na gravidez,

residentes da cidade de Santa Maria.

2 MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa de critério transversal, comparativa com abordagem

quantitativa que analisou 50 mulheres com até 16 semanas de gravidez residentes da

cidade de Santa Maria, as quais foram identificadas mediante visita a todos os

domicílios de todos os bairros da área selecionada, entre os meses de agosto de 2017 e

de 2018. Terminado um bairro, passava-se a outro, e assim sucessivamente. Foi

utilizado um questionário. Nesse questionário, foram investigados os seguintes dados a

respeito da gestante: características demográficas, vida reprodutiva (total de gravidezes,

número de filhos tidos vivos e mortos), conhecimento sobre pré-natal (número de

consultas e doses de vacina que uma gestante deveria realizar, tipos de exames

laboratoriais e clínicos a que deveria ser submetida neste período e situações que

indicam gravidade durante a gestação).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Cerca de um quarto das gestantes era constituído de adolescentes (menos de 20 anos de

idade) e pouco mais de 30% tinham 30 anos ou mais de idade; a idade média foi de 26,6

anos (desvio padrão = 6,9); 38% delas eram de cor da pele parda ou preta; 20% viviam

sem companheiro; 3% não sabiam ler nem escrever e, para 20% delas, a escolaridade

era de, no máximo, quatro anos; uma em cada três tinha renda familiar inferior a um

salário mínimo mensal; cerca de um quarto vivia em casas construídas com outros

materiais que não tijolos, 5% não tinham, em seus domicílios, água encanada e sanitário

58 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 59 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 60 NATS da GEP/HUSM/EBSERH; 61 Superintendente do HUSM/EBSERH.

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com descarga, respectivamente.10% delas já tiveram pelo menos um aborto, sendo 31%

espontâneos e 5% provocados. Em relação ao conhecimento sobre pré-natal, a grande

maioria (95%) disse saber da sua utilidade, mas somente 41% delas afirmaram que uma

mulher deveria ir ao médico no primeiro mês de gravidez. A quase totalidade (96%)

disse que toda gestante deveria realizar pelo menos seis consultas durante todo o pré-

natal.

4 CONCLUSÕES

Conclui-se que o conhecimento de exames durante o pré-natal, bem como de situações

que indicam gravidade, esteve muito aquém do desejado. A melhoria desse nível de

esclarecimento pode contribuir para a redução da morbimortalidade materno-infantil.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. Barros FC, Victora CG, Barros AJ, Santos IS, Albernaz E, Matijasevich A, et al. The

challenge of reducing neonatal mortality in middle-income countries: findings

from three Brazilian birth cohorts in 1982, 1993, and 2004. Lancet 2005; 365:847-

54.

2. Hodnett ED, Fredericks S. Support during pregnancy for women at increased risk

of low birthweight babies (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 3,

2003. Oxford: Update Software.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Leatrice da Luz Garcia62

Rosane Seeger da Silva63

Roselene Silva Souza 3

O ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo multifacetado e dinâmico, compreendido como uma

questão natural e normal do desenvolvimento de todo ser humano. Entretanto, quando

se trata do envelhecimento de pessoas com deficiência intelectual, a questão merece

especial atenção, sendo a discussão sobre o tema relativamente nova. Conforme

apontam dados do IBGE de 2010, no Brasil existem 2.617.025 pessoas com DI, e

destas, 2,9% encontram-se com 65 anos ou mais. Entretanto, a longevidade não vem

associada com o aumento da qualidade de vida dessas pessoas por motivos que incluem

negligência, preconceito e ausência de serviços públicos preparados para atender a essa

população idosa. Dentro desse contexto, objetivou-se realizar uma revisão bibliográfica

sistemática acerca da produção científica relacionada ao envelhecimento de pessoas

com deficiência intelectual.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão bibliográfica, de natureza descritiva, no qual buscou-se, nas

bases de dados eletrônicos, artigos e teses que tratassem sobre o tema.Os descritores

utilizados para a base de língua inglesa foram: “intelectual disability”, “ageing” e

“longevity”, e para as buscas em língua portuguesa foram utilizados os termos:

“deficiência intelectual”, “envelhecimento” e “longevidade”. Foram incluídos artigos

originais que englobam de forma direta os aspectos relativos ao envelhecimento de

pessoas com DI, publicados entre 2003 e 2018

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Associando os termos de busca, foram encontrados 63 artigos no PubMed e seis na

BVS. Dos 63 artigos encontrados na base de dados internacional, sete foram

selecionados para análise, e da base brasileira, foram selecionados três que

contemplaram o tema. A baixa inclusão de artigos sugere que ainda são raros os estudos

que abordam essa problemática tão urgente em nossa sociedade. Ressalta-se, ainda, que

de maneira geral os textos abordam temas relativos ao processo de envelhecimento na

pessoa com DI, o que é diferenciado, sobretudo naqueles com Síndrome de Down. São

62 Mestranda em Gerontologia/UFSM; 63Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana/UFSM; 3Enfremeira.

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pessoas que normalmente precisarão de algum tipo de auxílio durante toda a vida e no

processo de envelhecimento apresentam comorbidades que fatalmente aceleram o seu

declínio cognitivo e funcional.

4 CONCLUSÕES

Tomando por base esses achados, faz-se necessário e urgente a realização de novos

estudos na área, a fim de planejar o futuro da pessoa com DI, para que sejam

viabilizadas políticas públicas capazes de fornecer suporte a ela e seus cuidadores.

REFERÊNCIAS

1. OVANDO, A. C. et al. Perspectivas do cuidador da pessoa com deficiência

intelectual em envelhecimento: quem cuidará amanhã? In: JORNADA

CIENTÍFICA: TECNOLOGIAS DE CUIDADO ÀS PESSOAS COM

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E EM PROCESSO DE

ENVELHECIMENTO, 1. 2016, Florianópolis. Anais... Florianópolis: APAE

Florianópolis, 2016. p. 87-88.

2. PIMENTA, R. A.; RODRIGUES, L. A.; GREGUOL, M. Avaliação da

qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores de pessoas com deficiência

intelectual. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 14, n. 3, p. 69-76,

2010. Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/

article/view/9687>. Acesso em: 19 ago. 2018.

3. CAVALHEIRO, E. A.; SCORZA, C. A. Envelhecimento e deficiência

intelectual. Revista de Deficiência Intelectual, São Paulo v. 1, n. 1, p. 26-29,

jul./dez. 2010.

4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE/ WORLD HEALTH

ORGANIZATION (WHO). Relatório mundial sobre deficiência. The World

Bank. Trad. de Lexicus Serviços Linguísticos. São Paulo: SEDPcD, 2012. p. 3-

11.

5. PERKINS, E. A.; MORAN, J. A. Aging adults with intellectual disabilities.

JAMA, v. 304, n. 1, p. 91-92, 2010.

6. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese

estatística. 2010. Disponível em:

<http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codi

go=0> Acesso em: 19 ago. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Diúlia Calegari de Oliveira64

Eliane Tatsch Neves65

Caren da Silva Bertoldo66

Camila Lopes Marafiga67

O PAPEL DA ENFERMAGEM BRASILEIRA NA PRODUÇÃO ACERCA

DE ADOLESCENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS: REVISÃO

NARRATIVA DE LITERATURA

INTRODUÇÃO

As evoluções na área da saúde, somadas aos avanços dos adventos tecnológicos

resultaram na transição do perfil epidemiológico de crianças e adolescentes. Assim,

19,17% dos adolescentes brasileiros são acometidos por doenças crônicas I. Nesse

contexto, a enfermagem exerce importante papel junto aos adolescentes, seja na

prevenção ou tratamento de doenças crônicas, por meio da educação em saúde. Para

tanto, questionou-se: O que a enfermagem brasileira tem produzido acerca dos

adolescentes com doença crônica? Objetivo: identificar a produção da enfermagem

brasileira acerca dos adolescentes com doença crônica.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, a qual compõe a pesquisa intitulada

“PERFIL DE ADOLESCENTES ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL DE

ENSINO” que está sendo desenvolvida nos arquivos do HUSM. Realizou-se busca,

durante o mês de outubro de 2018, nas bases de dados LILACS e BDENF por meio dos

descritores: “Adolescente”; “Doença crônica” e “Enfermagem”. Encontrou-se 12

produções. Foram incluídas produções nos idiomas inglês, português ou espanhol,

relacionadas à temática, provenientes de estudos primários produzidos por enfermeiros,

sem recorte temporal. Assim, foram incluídas no estudo 4 produções, visto que as

duplicadas foram consideradas apenas uma vez. Estas foram submetidas à análise

qualitativa por meio da análise temática de Bardin II.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foi possível identificar que a assistência que a equipe de enfermagem possibilita à

família e ao adolescente é de suma importância para construção da autonomia para lidar

com os diversos sentimentos relacionados à doença, fortalecendo a capacidade de

resiliência dos indivíduos. Isso impulsiona a promoção da qualidade de vida dos

mesmos. Ademais, na tentativa de auxiliar na convivência, entendimento e processos de

64 Bolsista IC PROIC-HUSM, aluna da graduação de Enfermagem/ UFSM; 65 Profa. Dra. Adjunta do Departamento de Enfermagem/ UFSM; 66 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem/UFSM; 67 Aluna da graduação de Enfermagem/FISMA.

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adaptação da patologia, enfatiza-se a relevância do uso da tecnologia. Este método é

visto como benéfico, pois estimula os jovens a buscar inspirações em diversos grupos

virtuais que compartilham da mesma condição de saúde. Outrossim, considera-se

importante a harmonia da família no processo da doença, visto que todo sistema

familiar enfrenta o processo de aceitação e também de frustração, a exemplo da

ausência de acessibilidade do sistema e o preconceito da sociedade em relação ao que se

distancia do que é julgado normal, na grande maioria das vezes.

CONCLUSÕES

A produção da enfermagem brasileira acerca dos adolescentes com doença crônica

sinaliza o contingente de sentimentos desenvolvidos por eles e suas famílias no

enfrentamento da doença, bem como aponta estratégias para minimizar os danos

causados por ela. Assim, compete às dimensões sociais, assistencial e políticas, assistir

essa população, a fim de promover qualidade de vida e de atendimento, viabilização de

acessibilidade a todos e o respeito às pluralidades dos adolescentes brasileiros.

DESCRITORES

Adolescente. Doença crônica. Enfermagem.

REFERÊNCIAS

I. BRAZ, M.; FILHO, A. A.; BARROS, M. B. Saúde dos adolescentes: um estudo

de base populacional em Campinas, São Paulo: Cad. Saúde Pública. v. 29, [s.n], p.

1877-1888, set. 2013.

II. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Portugal: Editora Lisboa. 2006

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Fábio de Costa68

Melise Faller¹

Juliana Paim Alves¹

Uiliam M.H Bonmann¹

Cristine Konopka²

O PARTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

1 INTRODUÇÃO

Aguardar o trabalho de parto espontâneo e considerar as indicações clínicas do parto

cirúrgico são aspectos fundamentais para um desfecho materno fetal ideal. O Brasil é

um dos países que mais realiza partos cesáreos, porém este procedimento só é redutor

da mortalidade materna e fetal quando apresenta indicação clínica adequada. Nosso

objetivo, portanto é o de descrever e analisar os partos ocorridos no Hospital

Universitário de Santa Maria (HUSM), um serviço de referência terciário.

2 MÉTODO

Estudo transversal, prospectivo, com entrevista e análise do prontuário de todas as

puérperas cujo parto foi realizado no HUSM de janeiro a março de 2017. Foi realizada

análise descritiva dos resultados.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Das parturientes analisadas 67,2% era procedente de Santa Maria e 30,7% da área de

abrangência da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). A idade materna variou de

13 a 46 anos, 66,2% apresentava entre 20 a 34 anos e a idade média foi de 26,8 anos (±

7,1). O estado civil de 55,8% das parturientes era casada/união estável, 56,0% estudou

de 8 a 11 anos e 46,9% era doméstica como profissão. O pré-natal foi realizado por

93,6% das parturientes e 58,3% apresentou alguma complicação durante a gestação. O

uso de substâncias prejudiciais à gestação foi de 22,2% (17,5% tabagismo, 3,6%

etilismo e 1,1% adicção em outras drogas). Das parturientes, 32,2% era primigesta,

41,9% estava na 2ª ou 3ª gestação e 26% na 4ª ou mais. Dessas, 35,3% era nulípara e

40,7% tinha de 1 a 2 partos prévios. A idade gestacional média ao nascimento foi de 38

semanas (+/-2,9), com mínima de 20,4 e máxima de 42, com 19,3% de partos pré-

termo. No período avaliado, 35,3% foram partos normais e 67,7% cesárea. Dos partos

vaginais, 70,7% foram sem e 24,0% com episiotomia, sendo 2,3% com fórceps. Em

partos vaginais ocorreram 12,6% de laceração de 1ºgrau, 13,3% de 2º grau e 1,2% de 3º

grau. As principais indicações de cesariana foram iteratividade (31,9%), situação fetal

não tranquilizadora (17,4%) e falha de indução (12,3%). No período estudado, 98,6%

68 Acadêmicos do Curso de Medicina, Universidade Federal de Santa Maria;

² Professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Santa Maria.

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dos recém-nascidos apresentavam APGAR ≥ 7 no quinto minuto, houve 1,9% de óbito

fetal e 0,2% de óbito neonatal precoce.

4 CONCLUSÕES

Pode-se observar, então, que mesmo sendo um hospital de alto risco, os partos

evoluíram sem graves complicações. A alta taxa de cesáreas se deve ao fato de o serviço

ser o único hospital da região a atender gestações de alto risco e a receber a maioria das

cesáreas referenciadas das cidades da 4ª CRS. Os partos de baixo risco são

referenciados para o serviço de baixa complexidade da cidade.

REFERÊNCIAS

1. ZUGAIB, Marcelo – Obstetrícia. Ed. Manole, 2a edição,2012

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ÁREA TEMÁTICA: Extensão

Verginia Medianeira Dallago Rossato 69

Andreza Zancan 70

Catherine Silva Schumacher ³

Jana Rossato Gonçalves 4

Naiara Stefanello 5

INTERVENÇÕES PARA A DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA DE

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Na 37ª Proposta da Paz (2018) encaminhada para a Organização das Nações Unidas

(ONU), Daisaku Ikeda, pacifista e líder Budista laureado, traz como um eixo de suas

propostas o empoderamento das mulheres para a resolução de conflitos e para a

consolidação da paz. A referida proposta traz as palavras de Rosa Parks: “Não há lei que

diga que as pessoas têm de sofrer”. Em relação a violência contra a mulher entendemos

que está diretamente relacionada à violência de gênero, ou seja, restringir as

possibilidades de autonomia e liberdade das mulheres, caracterizando-se por um tipo de

dominação, opressão e de crueldade estruturalmente construído nas relações entre os

gêneros. Esse tipo de dominação é reproduzido no cotidiano, atravessando classes

sociais, raças, etnias e faixas etárias; vitimizando as mulheres por razões conjugais,

sexuais ou culturais. Desde 2016, o Hospital Universitário de Santa Maria - RS, tem

contribuído para mudança nesse cenário, e como ação prática em uma pactuação com a

Promotoria tornou-se referência para o atendimento às pessoas em situação de violência

sexual. O Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar gerencia o atendimento e

notifica as pessoas que sofrem violência sexual. Do ano de 2014 a setembro de 2018,

foram notificadas 256 pessoas que sofreram violência sexual. Destas, 90% trata-se de

mulheres, e do total, 73% foram crianças e adolescentes. Observa-se que os dados

refletem, que a violência sexual está diretamente relacionada à violência de gênero. No

ano de 2016, no HUSM, foi nomeada uma equipe multiprofissional, chamada Equipe de

Matriciamento em Violência Sexual, que tem como objetivo sensibilizar e qualificar os

69 Enfermeira, Drª em Educação e Ciências, Responsável Técnica pelo Núcleo de Vigilância

Epidemiológica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil, Coord. da

Equipe de Matriaciamento em Violência Sexual/HUSM; Membro da Brasil Soka Gakkai Internacional

(BSGI), e-mail: [email protected]; 70 Enfermeira, Res. da Residência Multiprofissional Profissional/Vigilância em Saúde/Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM), Membro da BSGI;

³ Graduanda de Direito/UFSM, Membro da BSGI;

4 Relações Pública, Drda do Programa de Pós Graduação em Extensão Rural, (PPGExR/UFSM), Membro da BSGI;

5 Farmacêutica, Drª em Bioquímica Toxicológica/UFSM, Membro da BSGI.

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profissionais das portas de entrada da instituição e área de abrangência para

acolhimento, atendimento e notificação dos casos de violência sexual. Os métodos

utilizados são reuniões semanais da equipe para revisar, problematizar e monitorar os

atendimentos feitos na urgência e dar continuidade aos atendimentos ambulatoriais, bem

como detectar necessidades de reforço junto às equipes de atendimento. Além disso, são

realizadas capacitações e reuniões com a rede de atenção em saúde e assistência do

Município e da região. O trabalho tem possibilitado: a capacitação da equipe; o

atendimento sistematizado; o melhor acesso do usuário em atendimento porta-aberta

24h; o atendimento integral respeitoso e qualificado na urgência e seguimento, uma vez

que a situação da pessoa que sofre violência sexual envolve a fragilização e

desestruturação psicológica, no momento agudo, e ao longo da vida. Se faz necessário,

nestas circunstâncias, o acolhimento pela equipe de maneira adequada e humanizada,

evitando a revitimização. Entende-se que investir em ações que focalizam a educação,

atendimento e discussão de casos/vivências entre profissionais e a comunidade

contribuem para o empoderamento feminino e a desconstrução da cultura de violência

contra a mulher.

DESCRITORES: saúde, cultura de violência, violência de gênero, violência sexual,

matriciamento.

REFERÊNCIAS

DAISAKU, Ikeda. 2018. Rumo à era dos direitos humanos: construindo um

movimento popular. Terceira Civilização. 597, pp. 16-61.

MINAYO, M. C. de S. (Org.). Violência e Saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.

Coleção Temas em Saúde.

ROSSATO, Verginia Medianeira Dallago. 2015. Projeto de Extensão: Violência

sexual é uma questão de saúde. Vamos falar sobre isso!? nº 042051.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Thaís Brasil Brutti 71

Silvimar Camponogara 72

Camila Pinno 73

Thailini Silva de Mello 74

Daniela Moreira 5

O TRABALHO DO ENFERMEIRO A PARTIR DA ERGOLOGIA: UMA

NOTA PRÉVIA

1 INTRODUÇÃO

O trabalho em Unidades de Terapia Intensiva Adulto-UTI (a) é caracterizado pela

complexidade, levando em consideração o ambiente dinâmico, com grande fluxo de

profissionais, padrão intenso de trabalho, além de possibilidades frequentes de episódios

de emergência e morte. Diante disso, estudos com abordagem ergológica e ênfase no

corpo-si, ressaltam que o enfermeiro não mobiliza somente uma região extrínseca do

seu corpo para realizar o trabalho, mas sim, aspectos intrínsecos a ele, como o

conhecimento, pensamento e as experiências já vividas. Logo, objetiva-se analisar o uso

do corpo-si no trabalho do enfermeiro em UTI (a) de hospital público e privado, a partir

do referencial da Ergologia.

2 MÉTODO

Para responder o objetivo proposto, será realizada uma pesquisa de abordagem

qualitativa, sendo um estudo de casos múltiplos, com base no referencial da ergologia.

Um dos campos de realização do estudo de caso é a UTI (a) de um hospital público e o

outro estudo de caso, será feito em outra UTI (a) de um hospital privado. Os dados

serão produzidos por meio da observação sistemática, análise documental e entrevista

semiestruturada, e serão analisados por análise de conteúdo temática. Serão respeitados

todos os aspectos éticos conforme Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de

Saúde, e após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética Pesquisa se iniciará a

produção dos dados.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Posteriormente à obtenção dos dados, esses dois estudos de casos serão cruzados e

analisados concomitantemente. A análise dos dados será feita pela análise temática de

conteúdo, fundamentada por Minayo (2014). Diante disso, com a presente pesquisa,

busca-se responder como se dá o uso do corpo-si pelo enfermeiro em UTI(a),

71 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica CNPq; 72 Docente do Departamento de Enfermagem UFSM; 73Doutoranda em Enfermagem UFSM; 74Graduanda em Enfermagem da UFSM. Bolsista de iniciação científica CNPq; 5 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica PROIC-HUSM;

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destacando as possíveis comparações entre o uso do corpo-si na rede pública e privada.

Ademais, almeja-se identificar os fatores que possibilitam e facilitam o uso do corpo-si

no trabalho do enfermeiro inserido em uma UTI (a), além de salientar os elementos que

dificultam esse processo.

4 CONCLUSÕES

Entende-se que a análise poderá auxiliar na compreensão da atuação diária do

enfermeiro na UTI (a) de um hospital público e privado, sob a ótica da ergologia. Ainda,

oportunizará considerações comparativas sobre a autonomia do enfermeiro nesses dois

serviços, no que tange do uso do corpo-si.

REFERÊNCIAS

1. MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde,

14. Ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

2. SCHWARTZ, Y. Le paradigme ergologique ou um métier de philosophe.

Toulouse: Octares; 2000.

3. SCHWARTZ, Y. Conceituando o trabalho, o visível e o invisível. Trab. educ.

saúde, Rio de Janeiro, v. 9, n 1, p. 19-45, jan., 2011. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-7746201100002

4. SCHWARTZ, Y. Motivações do conceito de corpo-si: corpo-si, atividade,

experiência. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 49, n. 3, p. 259-274, jul.-set. 2014.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

O TRABALHO PEDAGÓGICO DENTRO DO CTCRIAC

Autores:

Isadora Ceolin de Oliveira75

Jane Schumacher76

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho visa relatar uma experiência do trabalho pedagógico com crianças e

adolescentes hospitalizados no HUSM-RS. ESTA PROPOSTA SE VINCULA AO

PROJETO INSITUCIONAL DE ENSINO E EXTENSÃO: ATIVIDADES DE

ENSINO E APRENDIZAGEM PRÁTICA NOS SERVIÇOS DO HUSM, NO SUB

SUBPROJETO: EDUCA-AÇÃO-LÚDICA HOSPITALAR.

A questão desta experiência surge através do questionamento, como o curso de

Licenciatura em Pedagogia, a escola e o hospital podem contribuir para o processo de

ensino- aprendizagem das crianças e dos adolescentes hospitalizados no Centro de

Tratamento da Crianças com Câncer (CTCriaC)? Partindo desse pressuposto, o objetivo

deste trabalho é mostrar uma de nossas das atividades realizadas dentro do CTCriaC

pelo sub projeto: educação-ação lúdica hospitalar. A metodologia utilizada foi um relato

de experiência, de cunho qualitativo, demostrando a importância de desenvolver o

trabalho pedagógico com as crianças que estão hospitalizadas. Trazemos de referencial

teórico Silva (2008), Freire (1996) e compreendemos através das primeiras observações

e inserções que é possível desenvolver atividades pedagógicos neste contexto, fugindo

da ideia que seremos professores para atuarmos em sala de aula. Assim os futuros

licenciados, estão atuando nas dores da falta dos amigos, dos professores e do acesso ao

conhecimento da utilização do tempo/hospital, do acompanhamento nos estudos

garantido em Lei e ampliando a aprendizagem dos sujeitos hospitalizados.

2 DESENVOLVIMENTO

A partir da nossa preocupação com as crianças que estão hospitalizadas no HUSM e

dos princípios do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (1995)

que garante para esta parcela da população, “o direito de desfrutar de alguma forma de

recreação, programas de educação para a saúde e acompanhamento do currículo escolar,

durante a sua permanência hospitalar”, pensamos em unir o Curso de Pedagogia ao

Centro de Tratamento da Crianças com Câncer, realizando uma proposta pedagógica

com o intuito de “conhecer” as crianças que passariam a semana internadas, pois

aproximar-se das crianças, possibilita ouvir os sujeitos e a família, conhecer as suas

curiosidades, como diz Freire (1996) é a curiosidade que faz “perguntar mais, conhecer,

atuar, mais perguntar, reconhecer”. A partir dos diálogos percebemos a necessidade de

atividades desafiadoras, que fizessem criar e repensar na proposta, para isso, umas das

75Acadêmica do curso de Pedagogia Noturno/UFSM <[email protected]>

² Professora Doutora do Departamento de Metodologia de Ensino. Centro de Educação da UFSM/RS

<[email protected]>

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propostas foi o Tangram, que é ótimo para o desenvolvimento do raciocínio e da

criatividade. As crianças fizeram individualmente o seu tangram, depois de pronto,

interagiram uns com os outros e inventaram diferentes tipos de animais a partir das

formas geométricas do Tangram.

Modelo do Tangram

CRIAÇÃO TANGRAM FEITO PELAS CRINÇAS DO CTCRiaC

Figura 1. Trangram Figura 2. Tartaruga

Nesta perspectiva, Ceccim (1999) diz que para a criança e para o adolescente internado,

o hospital, representa um ambiente desconhecido, restrito das possibilidades do seu

cotidiano como brincar, conviver com amigos e familiares. Nesta questão que o

contexto hospitalar tem despertado interesse quando se trata de analisar e intervir nos

possíveis efeitos sobre o processo do desenvolvimento e da aprendizagem. Silva

(2008), colabora afirmando que a dimensão de organização do processo educativo,

tempo e espaço de aprendizagem, de desconstrução e construção não se vincula a um

espaço específico, uma vez que a aula, pode realizar-se em espaços não convencionais,

para além de sala retangular com cadeiras e mesas dispostas, com um quadro de giz na

parede e um espaço central para o professor.

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3 RESULTADOS

Compreendemos através das primeiras observações e inserções que é possível

desenvolver atividades pedagógicas neste contexto, fugindo da ideia que seremos

professores para atuarmos em sala de aula. Assim os futuros licenciados, estão atuando

nas dores da falta dos amigos, dos professores e do acesso ao conhecimento da

utilização do tempo/hospital, do acompanhamento nos estudos garantido em Lei.

4 CONCLUSÕES

Portanto, acreditamos na educação como prática social voltada para a emancipação,

onde os sujeitos são protagonistas do processo educativo, assim o apoio pedagógico

pautado na afetividade e voltado as práticas lúdicas, realizado por nós, através de

objetivos, conteúdos, procedimentos devidamente planejados independentemente do

local de atuação, são necessários para desenvolver e ampliar a aprendizagem dos

sujeitos hospitalizados.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.Resolução

n°41/1995 de 13 de outubro de 1995. Aprova em sua íntegra o texto oriundo da

Sociedade Brasileira de Pediatria, relative aos Direitos da Criança e do Adolescente

hospitalizados. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF); Out 17;

Seção 1:163/9-16320, 1995.

CECCIM Ricardo B. Classe hospitalar: encontros da educação e da saúde no ambiente

hospitalar. Pátio. 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia.39ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

SILVA, Edileuza F. da. A aula no contexto histórico. In.: In.: VEIGA, Ilma P (Org.).

Aula: Gênese, Dimensões, Princípios e Práticas. Campinas: Papirus, 2008.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Tatiele de Paula77

Margrid Beuter2

Fabryciane L. Grecco1

Luis Eduardo Oliveira dos Passos3

Eliane Raquel Rieth Benetti4

Francine Feltrin de Oliveira5

O USO DO MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL EM PESQUISAS

COM IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi desenvolvido e publicado em 1975

(FOLSTEIN; FOLSTEIN; MCHUGH, 1975), com objetivo de avaliar o estado mental,

mais especificamente sintomas de demência, diante da necessidade de uma avaliação

padronizada, simplificada, reduzida e rápida no contexto clínico. No Brasil o MEEM foi

traduzido e validado por Bertolucci et al. (1994), aplicado com o objetivo de determinar

o nível cognitivo dos idosos. É o teste de rastreio cognitivo mais utilizado no mundo,

inclusive em pesquisas em geriatria e gerontologia e avalia a Orientação, Memória

Imediata, Atenção e Cálculo, Memória de Evocação e Linguagem. Ante o exposto, esse

relato tem por objetivo descrever e refletir sobre a utilização do MEEM em pesquisas

com idosos.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, de cunho reflexivo, construído a partir da

utilização do MEEM em pesquisas realizadas com idosos.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os idosos apresentam uma propensão de um declínio cognitivo e demência. Dessa

forma, como um instrumento clínico, o MEEM pode ser utilizado para rastrear perdas

cognitivas, e no segmento evolutivo de doenças e monitoramento da resposta ao

77 Discente da Graduação em Medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista

PROIC-HUSM 2018. 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de Enfermagem e do

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado,

Saúde e Enfermagem. 3 Discente da Graduação em Enfermagem da UFSM. Bolsista Iniciação Científica 2018. 4 Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do Programa de

Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e

Enfermagem. 5 Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM.

Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem.

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tratamento dessas doenças. Em pesquisas realizadas pelo Núcleo Interdisciplinar de

estudos e Pesquisas sobre o Envelhecimento (NIEPE) com idosos hospitalizados, o

MEEM têm sido utilizados como instrumento para rastrear idosos com capacidade

cognitiva preservada. Sabe-se que a escolaridade é um dos fatores que influencia nos

escores do mini exame, por isso são utilizados diferentes pontos de corte. Dentre os

pontos de corte publicados, utiliza-se como referência o escore de 18 para não

alfabetizados; 21 para aqueles com escolaridade entre um e três anos; 24 para idosos

entre quatro e sete anos de educação formal, e 26 para aqueles com mais de sete anos de

escolaridade (CARAMELLI; NITRINI, 2000). A aplicação do MEEM exige do

pesquisador conhecimento sobre o instrumento, bem como sobre particularidades do

idoso, além de habilidades de comunicação e instrumentais.

4 CONCLUSÕES

O MEEM contribui para o aprimoramento na avaliação dos idosos e, inclusive, permite

propor intervenções a partir das perdas cognitivas. Sua utilização em pesquisas com

idosos, na área da saúde, é relevante, pois permite rastrear idosos com status cognitivo

preservado, bem como delinear um perfil desses idosos. Ademais, a aplicação do teste

oportuniza novos conhecimentos na área da saúde do idoso, e consequentemente

avanços no cuidado a essa população.

REFERÊNCIAS

1. Folstein M, Folstein S, McHugh P. “Mini-mental state”. A practical method for

grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res 1975;

12(3):189-198.

2. CARAMELLI, P.; NITRINI, R. Como avaliar de forma breve e objetiva o estado

mental de um paciente? Revista da Associação Médica Brasileira, v. 46, n. 4, p. 289-

311, 2000.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Josiane Bertoldo Piovesan78

Suzel Lima da Silva79

ONCOLOGIA INFANTIL: NECESSIDADE DE AMPLIAR O OLHAR

FRENTE O “SER CRIANÇA”

1 INTRODUÇÃO

Dentre as diversas áreas de atuação da Terapia Ocupacional (TO), na oncologia infantil

as intervenções podem ser de cunho preventivos, curativos e paliativos (Garcia-

Schinzari N.R, Sposito A.M.P, Pfeifer L.I, 2013). As práticas realizadas pela TO nesse

contexto são inúmeras, porém o brincar recebe destaque, uma vez que se entende que é

por meio dele que a criança se desenvolve e se constitui como sujeito. Quando se trata

de doenças de cunho oncológico, é possível observar as funções da criança, limitadas e

empobrecidas, acometidas pela hospitalização e o tratamento/fase a qual o paciente se

encontra. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso, vivenciado no

estágio supervisionado de TO da UFSM. A partir desta vivência, foi possível

compreender sucintamente o papel da TO junto a esses pacientes, uma vez que, o

brincar ganha reconhecimento como instrumento potencializador de um Desempenho

Ocupacional saudável.

2 MÉTODO

A partir das vivências proporcionadas pelo Estágio Supervisionado em Terapia

Ocupacional no contexto da Hemato-Oncologia do Hospital Universitário de Santa

Maria (HUSM), no total de um semestre, composto por atendimentos semanais, com

média de 45 min a 60 min cada, foi possível escolher um caso particular. A

singularidade, encontra-se no fato de ser uma criança que foi atendida por 3 estagiárias

ao longo do estágio. Foram três olhares diferentes para um mesmo caso, que gerou

discussões para pensar em um planejamento adequado para o caso.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Paciente J.S.P, sexo masculino, 3 anos de idade. Com o diagnóstico de Leucemia

Linfóide Aguda (LLA), o paciente já estava em tratamento desde o ano de 2012, tendo

como cuidadora principal a mãe. J.S.P, apresentava como características marcantes, a

timidez, pouco comunicativo e retraído. Por apresentar algumas dificuldades de

socialização, e repertório lúdico limitado, o caso foi encaminhado para o estágio.

Durante o processo, J.S.P, também foi avaliado pela equipe multiprofissional do setor,

composta por Terapeuta Ocupacional, Fonoaudióloga e Psicóloga.

78 Terapeuta Ocupacional formada pela UFSM; 79 Terapeuta Ocupacional formada pela UFSM;

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4 CONCLUSÕES

A partir da avaliação notou-se que J. S. P apresentava o brincar limitado, empobrecido,

sem referência de jogo simbólico. Limitações de ordem cognitiva e linguagem também

estavam em desacordo para a faixa etária; em decorrência do tratamento quimioterápico,

algumas fragilidades motoras estavam presentes; e os aspectos psicomotores em

desenvolvimento adequado. Após a avaliação, o Plano Terapêutico de J. S. P conta com

amenização do processo de internação, por meio de resgate de interesses relacionados

ao contexto domiciliar e familiar. A partir das avaliações e intervenções realizadas,

destaca-se que dentre as fragilidades encontradas para o fechamento do caso atendido ao

longo do estágio, o critério do pouco tempo destinado para aprofundamento sobre

singularidades do campo de práticas, prejudicou para a avaliação dos resultados

propostos pelas atividades planejadas. O campo da oncologia reflete variados sintomas

e reflexos na vida de todos os envolvidos, e a singularidade do público infantil se faz

nas entrelinhas de compreender o brincar como a função principal do ”ser criança”.

REFERÊNCIAS

1. Garcia-Schinzari N.R, Sposito A.M.P, Pfeifer L.I. Cuidados paliativos junto a

crianças e adolescentes hospitalizados com câncer: o papel da terapia

ocupacional. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 59, n. 2, p. 239-247, 2013.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Henrique Rezer Mosquér da Silva80

Magnus Trommer Neto81

Mirkos Ortiz Martins 82

Anderson Luiz Ellwanger83

ORGANIZAÇÃO DE UM SENSOR DE PRESSÃO PARA ATENUAR

LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES COM DIFICULDADES DE

LOCOMOÇÃO.

1 INTRODUÇÃO

Dentre as inúmeras complicações decorrentes de um processo de hospitalização, a lesão

por pressão (LPP) é bastante evidente. Além de ser uma ocorrência comum em

pacientes hospitalizados, representa um problema de saúde significante e oneroso em

pacientes imobilizados portadores de doenças graves (FERNANDES, 2000). Sobre a

incidência da LPP, Costa (2010), identificou uma ocorrência em 22% em pacientes

acamados. Além disso, Matos e colaboradores (2010) pesquisaram três hospitais no

estado de Mato Grosso e verificou-se uma incidência global de 37,03%, ressaltando que

a maioria das lesões ocorria durante a primeira semana de internação. Uma lesão por

pressão é uma lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma

proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças

de torção. O resultado final dessas LPP são úlceras, ou seja feridas expostas. A

categorização e encaminhamentos dessas lesões são norteados por um guia disponível

em http://www.epuap.org/wp-content/uploads/2016/10/portuguese-quick-reference-

guide-jan2016.pdf. Para atenuar tal contexto, o objetivo deste estudo é a criação de um

equipamento sensível à pressão, que ficará sob o paciente com restriçòes locomotivas,

tanto cadeirantes bem como acamados, permitindo o monitoramento do tempo de não-

movimento das partes do corpo. Essa informação será transmitida ao celular do

cuidador que poderá mover aquela parte do corpo, fazendo com que a pressão não seja

exercida em somente um local. Isso reduzirá a probabilidade de causar uma LPP bem

como atenuar a geração de úlceras de todo o tipo.

2 MÉTODO

Estamos em processo de desenvolvimento, fazendo estudos e pesquisas com a

finalidade de encontramos o melhor método de analisar a pressão que o paciente

exercera sobre o equipamento, para melhores resultados. Nossos tópicos são, pesquisa

bibliográfica, desenvolver o sensor, desenvolver o aplicativo de transmissão de dados

do sensor para o celular do cuidador e testar Eficiência.

80 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 81 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 82 NATS da GEP/HUSM/EBSERH; 83 Superintendente do HUSM/EBSERH.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Identificamos até o momento os locais necessários á ter estes sensores de pressão, o

tempo que limite que o paciente deve permanecer deitado na mesma posição, que são 2

horas e identificamos o micro controlador, usaremos o Nodemcu Esp-12 e entendemos

ser o mais correto, para chegarmos ao equipamento final precisamos estudar qual sensor

utilizaremos, e como desenharemos a malha elétrica.

4 CONCLUSÕES

A organização do sensor e bem como a forma de transmissão de dados estão em fases

de testes, necessitando de mais pesquisas e estudos em torno do tema.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. COSTA, I. G Incidência de úlcera por pressão em hospitais regionais de Mato

Grosso, Brasil.Revista Gaúcha de Enfermagem. Porto Alegre, v.31, p.693-700,

2010.

2. FERNANDES, Luciana. Úlcera de Pressão em Pacientes Críticos

Hospitalizados. Uma RevisãoIntegrativa da Literatura.. 2000,168 p.

Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade de São Paulo,Ribeirão

Preto, São Paulo, 2000.

3. National Pressure Ulcer Advisory Panel, European Pressure Ulcer Advisory Panel

and Pan Pacific Pressure Injury Alliance Prevention and Treatment of Pressure

Ulcers: Quick Reference Guide. Disponivel em: http://www.epuap.org/wp-

content/uploads/2016/10/portuguese-quick-referenceguide-jan2016.pdf, Acesso

em: 21/08/2018.

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ÁREA TEMÁTICA: Pesquisa

OS NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS

Janine Machado;

Millene M. Bovolini;

Maria do Carmo Araújo

Descritores: anticoagulantes; coagulação sanguínea; terapia.

1.INTRODUÇÃO

As doenças tromboembólicas estão entre as principais causas de morbimortalidade no

Brasil e no mundo. Caracterizam-se pela obstrução de artérias ou veias por coágulos

formados localmente ou por trombos liberados na circulação sistêmica. (REZENDE,

2009), dentre as terapias utilizadas para o tratamento dessa dessas doenças estão o uso

de anticoagulantes orais, neste contexto se insere o objetivo de estudo que visa ampliar

o conhecimento sobre os anticoagulantes orais.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo do tipo revisão narrativa de literatura, o qual visa proporcionar

novas informações e conhecimentos atuais sobre o tema explorado ou enfatizar lacunas

no corpo de pesquisas e, assim, instigar pesquisadores a melhorar o acervo científico

sobre o assunto (OLIVEIRA, 2013). A busca bibliográfica foi desenvolvida no

MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) utilizando como

descritores: anticoagulantes AND coagulação sanguínea AND terapia, com recorte

temporal de 2010 a 2018, a busca resultou em 6 artigos com texto disponível na integra

e em língua portuguesa.

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Por mais de cinco décadas os antagonistas de vitamina K foram os únicos

anticoagulantes disponíveis no tratamento e profilaxia de distúrbios de coagulação por

suas conhecidas limitações farmacodinâmicas e farmacocinéticas, atualmente são

encontrados novos anticoagulantes orais cujos mecanismos de ação estão centrados em

uma inibição direta do fator Xa e inibição direta da trombina, os quais demonstram

eficácia semelhante aos AVK e baixo risco de sangramento e não necessitam de

monitoramento constantes por apresentarem baixa interação com outras fármacos e

alimentos (SILVA, 2012; MARQUES, 2013).

5. CONCLUSÃO

Os novos anticoagulantes orais representam uma grande promessa para as próximas

décadas, ajustes ainda são necessários mais os NOACS vem se mostrando uma opção

segura e eficiente para o tratamento e profilaxia

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REFERÊNCIAS

MARQUES, Marcos Arêas. Os novos anticoagulantes orais no Brasil. Jornal Vascular

Brasileiro, v. 12. n.3, p. 185-186, 2013.

OLIVEIRA A.R.S. et al. Validação clínica dos diagnósticos, intervenções e resultados

de enfermagem: revisão narrativa da literatura. Rev. enferm., v. 21, n. 1, p. 113-120,

2013.

REZENDE, S.M. DE BASTOS, M. Distúrbios tromboembólicos, In: Antônio Carlos

Lopes Vicente Amato Neto. (Org.). Tratado de Clínica Médica. 2a ed. São Paulo: Roca,

2009, v. 2, p. 2044-2058.

SILVA, Pedro Marques Da. Velhos e novos anticoagulantes orais. Perspectivas

Farmacológica. Revista portuguesa de cardiologia. V. 31. P. 6-16, 2012.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Amanda Fernandes Klajn 84

Mônika dos Santos 1

Danilo Gomes de Miranda Alencar 1

Henrique Hauck do Nascimento 1

Tatiele dos Santos Batista2

OS TEMPOS NA CADEIA DE ATENDIMENTO ACIDENTE

VASCULAR CEREBRAL

1 INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das doenças mais prevalentes do mundo e

uma das que mais gera incapacidades no homem, tanto físicas quanto sociais, sendo o

seu tratamento intimamente relacionado ao tempo de intervenção no momento agudo

após o início dos sintomas. Inúmeras são as dificuldades que se interpõem no curso do

paciente, do início dos sintomas à chegada ao hospital, na maior parte dos locais,

atrasando ou impossibilitando tratamento agudo de reperfusão, restando apenas o

manejo das complicações secundárias do AVC. O objetivo primário deste trabalho é

analisar a média dos tempos de atendimento do AVC intra e extra-hospitalar, nos

diferentes hospitais do mundo. Secundariamente, objetiva-se analisar os fatores

relacionados à internação precoce e tardia; as intervenções desenvolvidas para melhorar

a performance do tempo de atendimento e tratamento agudo do AVC; informações

sobre prevalência e incidência do AVC, bem como sobre a realização de trombólise e

trombectomia mecânica nos pacientes atendidos dentro da janela de tempo esperada.

2 MÉTODO

Revisão sistemática da literatura na base de dados PubMed, utilizando-se como

descritores os termos “stroke”, “time-to-treatment”, “emergency medical services”,

“time management”, “emergency care”; “prehospital”, “therapeutic thrombolyses”,

“trombectomy”, obtendo-se um total de 273 artigos, nos últimos 10 anos e sendo

selecionados 55 artigos de acordo com critérios específicos de inclusão e exclusão.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O reconhecimento dos sinais do AVC pela população leiga chegou a 95% nos estudos

analisados. O tempo médio encontrado de chegada ao pronto-Atendimento de

Emergência (PAE) variou de 62 a 88 min. O tempo de início dos sintomas ao PAE

variou de 116 min a 350 min. A média do tempo porta-agulha (admissão hospitalar ao

início da terapia de reperfusão) foi de 58 min. O tempo de chegada em menos de 3 horas

84 Acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil. 2 Acadêmica do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil.

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(independente do tratamento) associou-se com menor mortalidade aos 3 e 6 meses pós

intervenção e com menor número de complicações intra-hospitalares.

4 CONCLUSÕES

A despeito de haver reconhecimento dos sinais do AVC pela maior parte da população

leiga nos estudos analisados, ainda é tardia a procura pelo AE.

REFERÊNCIAS

1. POLESE,C.J .et al.Avaliação da funcionalidade de indivíduos acometidos por

acidente vascular cerebral. Revista Neurociências,v.16 n .3 , p. 175-178,2008.

2. WHO STEPS Stroke Manual: Te WHO STEP wise approach to stroke

surveillance. Disponível em: <http://www.who.int/chp/steps/Manual&gt>.

Acesso em: 03 set. 2018.

3. SIEGLER ,JE.et al. A comprehensive stroke center patient registry: advantages,

limitations, and lessons learned. Med Student Res J. 2013 ,v ; 2: 21–29,2013.

4. ATSUMI C,.et al. Quality Assurance Monitoring of a Citywide Transportation

Protocol Improves Clinical Indicators of Intravenous Tissue Plasminogen

Activator Therapy: A Community-based, Longitudinal Study. J.Stroke

Cerebrovasc Dis. V. 24. 1 183-188,2015.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Natiele Dutra Gomes Gularte85

Maria Teresa Aquino de Campos Velho86

Kelly Carvalho Silveira Gonçalves87

OS VALORES E A EMPATIA COMO FORMA DE ENSINO E RESGATE

DA RELAÇÃO CLÍNICA

1 INTRODUÇÃO

A Relação Clínica (RC) é um termo criado para definir o contato do médico com o

paciente, familiares, equipe de saúde e colegas sendo mais abrangente que a Relação

Médico Paciente. Essa discussão é importante na formação dos estudantes de medicina

pois conforme as teorias do ensino de adultos, o aprendizado social valoriza a interação

com o meio como forma de construção do conhecimento. Tendo em vista as várias

metodologias ativas disponíveis para ensino-aprendizagem da RC e a significância da

mesma na prática médica, torna-se importante proporcionar aos alunos do curso de

medicina, oportunidades para aprofundarem seus conhecimentos nessa temática.

2 MÉTODO

Propusemos um projeto de extensão com a realização de seis oficinas para 33 alunos do

curso de medicina, previamente inscritos. Em cada encontro foram debatidos assuntos

relacionados à RC, tais como: habilidades de comunicação, notícias difíceis, cuidados

paliativos, empatia, enfrentamento do luto e da morte. Ao final realizamos dois grupos

focais com intuito de avaliar a percepção dos alunos acerca dos temas e das

metodologias propostas. As falas transcritas a partir da gravação dos grupos focais e os

apontamentos dos pesquisadores realizados durante os encontros serviram de base para

uma pesquisa qualitativa que resultou em uma dissertação do Mestrado Profissional em

Ciências da Saúde.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Após análise de conteúdo das falas transcritas (BARDIN,2011), identificamos quatro

categorias principais: aprendendo e ensinando metodologias ativas; a importância da

comunicação na RC (as notícias difíceis e os relatos vivos de pacientes que receberam

uma notícia difícil); a morte e o luto – palavras não faladas; os valores como forma de

resgate e a empatia como fio condutor da RC. Neste trabalho, optamos por destacar a

última categoria que elenca a importância do aprendizado através de modelos. A partir

85 Docente Universidade Franciscana/Mestrado Profissional em Ciências da Saúde/UFSM 86 Docente da Universidade Federal de Santa Maria/Departamento de Ginecologia e

Obstetrícia 87 Docente da Universidade Federal de Santa Maria e Universidade Franciscana/Mestrado

Profissional em Ciências da Saúde/UFSM.

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desse conceito foi trabalhado durante o projeto que professores e preceptores podem ser

exemplares na técnica, nas atitudes e nos valores. Avaliando as falas transcritas

relacionadas à essa categoria percebemos o quanto os alunos trouxeram exemplos bons

e ruins de práticas vivenciadas na formação. Ressaltamos que os docentes podem

contribuir no aprendizado técnico, emocional e moral dos graduandos.

4 CONCLUSÕES

Por meio desse projeto, pretendemos retomar a importância da RC propondo espaços

para discussão, referenciais teóricos e práticos que sensibilizassem e favorecessem o

resgate de ação adequada em importantes tarefas médicas: a comunicação e a relação

interpessoal. Uma das categorias revelou o quanto os alunos observam os professores

como exemplos de valores e moral e não apenas de técnica. Assim, se temos o intuito de

formar alunos mais empatas, é salutar que professores e preceptores demonstrem

empatia com os próprios estudantes e com os pacientes atendidos em frente a esses

alunos.

REFERÊNCIAS

1. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011

2. GRACIA, D. Valor y precio. 1 ed. Madrid: Triacastela, 2013.

3. MITRE, S. M. I. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação

profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro,

v. 13, 2008. Disponível em

https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S141381232008000900018&script=sci_ar

ttext&tlng=es. Acesso em: 23 mar. 2018

4. PEABODY, F. W. The Care of the Patient. JAMA, v. 88, n. 12, p. 877-882, 1927.

Disponível em https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/245777.

Acesso em: 05 mai. 2018

5. PROVENZANO, B. C. et al. A empatia médica e a graduação em medicina.

Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014; n. 4, p. 19-25, 2014. Disponível em:

http://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/13941. Acesso

em: 08 mai. 2018

6. QUINTANA, A. M. et al. A angústia na formação do estudante de medicina.

Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 32, n. 1, p. 7-14, mar.

2008. Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100550220080001000

02&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02 jul. 2018

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ÁREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Amanda de Souza Brondani88

Aline Oliveira da Silva89

Camila Freitas Hausen90

Karenina Correa Sampson91

Paola Souza Castro Weis92

Viviane Dutra Piber93

OUTUBRO ROSA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA UNIDADE

TOCOGINECOLÓGICA

1 INTRODUÇÃO

O câncer de mama é um problema de saúde pública que afeta mulheres e homens no

mundo inteiro, sendo enfoque de amplos debates com o objetivo de promover

prevenção, diagnóstico e tratamento, visando à redução da morbimortalidade

(SCLOWITZ et al., 2004). A fim de promover conscientização sobre essa patologia e

estimular o envolvimento da população, aderiu-se ao movimento “Outubro Rosa”,

celebrado anualmente, intensificando-se as campanhas de prevenção (INCA, 2018a). No

Brasil, são previstos 59.700 novos casos para cada ano em 2018 e 2019. Trata-se de

uma das mais incidentes neoplasias no público feminino do Rio Grande do Sul, cerca de

56,33 casos para cada 100 mil mulheres (INCA, 2018b). Diante deste contexto, são

necessárias ações de prevenção e educação, sendo relevante o enfoque deste tema em

instituições de saúde, especialmente em unidades prioritariamente femininas, como a

tocoginecológica.

2 MÉTODO

O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo qualitativo, desenvolvido por meio

de um relato de experiência, referente à atividade de educação em saúde, com objetivo

de prevenir o câncer de mama. Ocorreu no mês de outubro de 2018 e foi desenvolvida

pela equipe da Residência Multiprofissional, com ênfase em materno-infantil, junto à

equipe atuante da unidade tocoginecológica de um hospital público no sul do país.

Participaram cerca de 15 mulheres e seus acompanhantes, os quais foram convidados

pela equipe e conduzidos ao hall da unidade, onde ocorreram as atividades.

88 Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e Atenção

Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 89 Assistente social residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e

Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 90 Enfermeira residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e Atenção

Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 91 Fonoaudióloga residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e Atenção

Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM; 92 Enfermeira especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde/ EBSERH. 93 Terapeuta ocupacional residente do Programa de Residência Multiprofissional integrada em Gestão e

Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde / UFSM.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A fim de facilitar a adesão à ação, utilizaram-se estratégias como o oferecimento de

serviços de beleza e relaxamento, incluindo massagem corporal, maquiagem, hidratação

e limpeza de pele. Contou-se com o apoio do curso de Estética e Cosmética de outra

Instituição de Ensino Superior. Enquanto as pacientes participavam das atividades, foi

proposta uma roda de conversa, com conscientização sobre o que é o “Outubro Rosa”,

orientações sobre prevenção do câncer de mama, demonstração da realização do

autoexame das mamas, com peça anatômica mamária, alertando-se para os principais

sinais e sintomas desta neoplasia. Ainda, estimulou-se o público alvo a buscar as

unidades básicas de saúde ao perceber alterações e também a realizar mamografia e

exame preventivo de colo uterino.

4 CONCLUSÕES

Constatou-se que este espaço propiciou a interação e a troca de experiências entre os

usuários e a equipe, bem como um momento para o desenvolvimento de educação em

saúde sobre o câncer de mama e esclarecimento de dúvidas acerca da saúde feminina.

Ademais, estimulou-se o trabalho interdisciplinar, com os diversos núcleos que formam

a equipe da residência, possibilitando cuidado integral. Para além disso, a atividade

ainda contribuiu para uma assistência ampla, visando para além dos aspectos biológicos

das mulheres, abrangendo autoestima e lazer, contribuindo para a humanização do

ambiente hospitalar.

REFERÊNCIAS

5. SCLOWITZ, M. Leal; MENEZES, A. M. Baptista; GIGANTE, D. Petrucci; et

al. Condutas na prevenção secundária do câncer de mama e fatores associados. Revista

de Saúde Pública, v.39, n.3, p. 340-349, 2005. Disponível em:

<https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0034-

89102005000300003&script=sci_arttext&tlng=es>. Acesso em: 01 de novembro de

2018.

6. INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Outubro

Rosa. Ministério da saúde, 2018a. Disponível em: < http://www.inca.gov.br/outubro-

rosa/outubro-rosa.asp>. Acesso em 02 de novembro de 2018.

7. INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativas

2018: incidência de câncer no Brasil. Ministério da Saúde, 2018b. Disponivel em:

<http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/introducao.asp>. Acesso em: 01 de novembro

de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Ana Aparecida de O. Kipp1

Vanessa S. Taschetto¹

Bárbara C Dutra1

Fabiana L. Silva 1

Janice Cristina Soares 2

PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E AVALIAÇÃO DA

INTENSIDADE DE DISPNEIA EM DPOC: RELATO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) causa uma limitação do fluxo de ar

nos pulmões devido a uma resposta inflamatória do pulmão aos agentes nocivos. Do

ponto de vista clínico a DPOC pode ser descrito como uma condição pulmonar crônica,

apresentando tosse produtiva, dispneia aos esforços, progressiva e a sua maior causa é o

tabagismo. (OLIVEIRA, Julio Cezar Abreu de et al, 2007).

2 MÉTODO

Este estudo procurou avaliar a percepção da qualidade de vida e mensurar a intensidade

da dispneia de uma portadora de DPOC. Trata-se Relato de Caso, onde participou uma

paciente de 76 anos de idade, do sexo feminino, com 23 anos da doença detectada,

atendida pelos alunos a disciplina de Estágio em Fisioterapia Hospitalar I da ULBRA

Santa Maria. Usou-se como instrumento de avaliação o “Questionário do Hospital Saint

Georg na Doença Respiratória (SGRQ), que é específico para avaliar a qualidade de

vida em DPOC, este questionário contem três domínios: sintomas, atividades e impactos

divididos em 76 itens que pode ser auto administrado ou lido para o paciente responder,

e a “Escala Modified Medical Research Council (mMRC )” que mensura a dispneia do

paciente.

ANÁLISE DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados para a qualidade de vida feita com o SGRQ foram: para o domínio

sintomas 80,2; para o domínio impacto social 85,1; e para o domínio atividades 75,1.

O mMRC indicou o valor 4 para a mensuração da dispneia da paciente.A intensidade da

dispneia estabelece a gravidade da doença e sua redução é o maior objetivo da

terapêutica de DPOC (CAMARGO,2010), em nosso estudo a paciente apresenta o grau

máximo de dispneia segundo a escala mMRC. Quanto a qualidade de vida, o domínio

impacto social apresentou maior valor, corroborando com estudo já realizado, onde o

domínio impacto tem maior correlação com o escore total (BUSS, 2008), seguido pelos

domínios sintomas e atividades.

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4 CONCLUSÕES

Concluiu-se após o presente estudo, que a paciente precisou conformar seu dia a dia,

devido a intensa dispneia e sua qualidade de vida foi reduzida drasticamente tornando-

se uma pessoa muito dependente.

REFERÊNCIAS

1. OLIVEIRA, Júlio Cesar Abreu de; José Roberto Jardim; Erich Vidal Carvalho.

DPOC: Doença Estável. Pneumoatual 1, nov.2007. www2 unifesp.br.

2. BUSS, Andreia Soria; Luciano Muller Correia da Silva. Estudo comparativo entre

dois questionários de qualidade de vida em paciente com DPOC. Jornal Brasileiro de

Pneumologia.2009, vol.35, n.4, pp.318—324. www.Scielo.br

3. CAMARGO, Lilia Azzi Collet da Rocha, Carlos Alberto de Castro Pereira. Dispneia

em DPOC. Além da escala modified Medical Research Council. Jornal de Pneumologia.

2010, vol.36, n.5, pp. 571-578. www.Scielo.br.

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ÁREA TEMÁTICA: ENSINO/PESQUISA

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE A

PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL

Autores:

Eduardo da Silva Gomes94;

Angélica Dalmolin95;

Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini96.

1 Introdução: A palavra estoma deriva do grego e significa abertura de qualquer

víscera oca do organismo (SANTOS, 2000). Deste modo, a estomia de eliminação

intestinal tem sua origem no intestino delgado ou grosso, sendo uma conduta terapêutica

que gera desordens biológicas, psíquicas e sociais, exigindo que o paciente se adapte, ao

poucos, a um novo modo de viver (COELHO, 2013). Considerando as mudanças

vivenciadas pelo paciente, torna-se importante que os cuidados de enfermagem se façam

presentes em todo período perioperatório, por meio de uma assistência que considere

suas singularidade e capacite-o para o autocuidado. Para isso é relevante que os

profissionais de enfermagem, compreendam o significado de viver e conviver com uma

estomia, no intento de tecer estratégias efetivas, voltadas as reais necessidades desses

pacientes. Assim, tem-se como objetivo: descrever a percepção dos profissionais de

enfermagem sobre a pessoa com estomia de eliminação intestinal.

2 Método: Trata-se de um recorte de uma dissertação de mestrado, o qual caracterizou-

se como qualitativa, de natureza descritiva, realizada na clínica cirúrgica do Hospital

Universitário de Santa Maria, com os profissionais de enfermagem atuantes no setor. A

coleta de dados foi realizada no período de março a junho de 2018, através das técnicas:

observação não participante, análise documental e entrevista semiestruturada, e,

submetidos a espiral da análise dos dados (CRESWELL, 2014). Aprovado por comitê

de ética em pesquisa sob parecer número 2.507.460.

3 Análise e discussão dos resultados: a confecção da estomia é vista pelos

profissionais como um evento impactante na vida das pessoas, repleto de dúvidas e

sofrimento, gerando incômodo, enquanto deveria representar uma forma de tratamento e

cura. Os profissionais percebem, inicialmente, que os pacientes demonstram revolta e

resistência à sua nova condição, caracterizada por evitar olhar para a estomia e negar-se

em realizar as ações de autocuidado necessárias para sua manutenção. Para mais,

revelam que a aceitação da estomia poderia ser facilitada, se houvesse orientações e um

preparo mais eficaz no período pré-operatório. Assim, percebe-se a importância das

orientações educativas de enfermagem, com vistas a orientar o paciente acerca da

94Acadêmico de enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). 95Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de

Santa Maria (UFSM). 96 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora adjunta do departamento de enfermagem da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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singularidade de viver e conviver com a estomia, diminuindo as dúvidas e os anseios

que permeiam o processo de adaptação ao estoma.

4 Conclusão: Os profissionais percebem que a confecção da estomia é vista como um

problema, o qual faz emergir medos, angústias e incertezas, em que a negação e a

resistência são compreendidas como formas de enfrentamento à nova condição. Assim,

a promoção do autocuidado é imprescindível para o processo de adaptação, pois permite

que o paciente se torne autônomo e independente.

Referências:

COELHO, A.R; SANTOS, F.S; POGGETTO, M.T.D. A estomia mudando a vida:

enfrentar para viver. Rev. Min. Enfermagem, 17(2): 258-67, 2013. Disponível em:

<http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/649> Acesso em: 04 nov. 2018

CRESWELL, J. W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa. 3.ed. Porto Alegre-

RS: Penso, 2014.

SANTOS, V.L.C.G; SAWAIA, B.B. A bolsa na mediação "estar ostomizado" - "estar

profissional": análise de uma estratégia pedagógica. Rev.latino-am.enfermagem, 8(3):

40-50, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-

11692000000300007&script=sci_abstract&tlng=es> Acesso em: 04 nov. 2018.

Descritores: Enfermagem; Estomias; Cuidados de Enfermagem; Profissionais de

Enfermagem

Trabalho apoiado pelo Programa PROIC-HUSM/UFSM

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Camila Lopes Marafiga97

Caren Bertodoldo98

Maria Luisa Souza Maidana99

Priscila Kurz de Assumpção100

PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS FRENTE A TERMINALIDADE

EM CRIANÇAS: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

1 INTRODUÇÃO

A partir do século XX ocorreram transformações técnico-científicas na saúde que

proporcionaram o prolongamento da vida de crianças. No entanto, algumas patologias

não apresentam possibilidade de cura, resultando no processo de terminalidade da vida.

Isso provoca sentimentos negativos tanto para a família, quanto para equipe de saúde

(SANTANA et al 2017). Assim fez-se necessário a adoção dos cuidados paliativos, os

quais visam à redução da dor e sofrimento e também a melhora na qualidade de vida dos

pacientes e suas famílias. Nessa perspectiva a enfermagem exerce papel importante,

pois valoriza a subjetividade da criança, estabelecendo vínculos que permitem a

assistência integral (GUIMARÃES et al, 2016). Para tanto questionou-se: qual a

percepção dos enfermeiros frente a terminalidade em crianças? Assim o objetivo desse

trabalho é identificar nas publicações cientificas as percepções dos enfermeiros frente a

terminalidade em crianças.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa com abordagem qualitativa sobre

as percepções dos enfermeiros frente à terminalidade infantil. Realizou-se a busca

durante o mês de novembro de 2018 nas bases de dados LILACS e BDENF com a

seguinte estratégia: “TERMINALIDADE” AND “CRIANÇ$” AND

“ENFERMAGEM”. Resultaram 14 produções. Foram incluídas produções em

português, que estivessem disponíveis e atendessem a temática. Assim foram incluídas

no estudo 7 produções visto que as duplicadas foram consideradas apenas uma vez.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foi possível identificar que frente à terminalidade em crianças os enfermeiros sentem-se

impotentes, estressados, frustrados e decepcionados consigo mesmo, isso se explica pela

cobrança da sociedade pela continuidade da vida. Ainda, a criança é identificada como a

fase mais difícil no contexto da terminalidade, visto que ainda não viveu o suficiente,

97 Acadêmica da Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA; 98Mestranda do Programa de Pós graduação em Enfermagem da UFSM; 99Acadêmica da Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA; 100 Docente da Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.

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quando comparada ao adulto, por exemplo. Além disso, a morte na infância é entendida

muitas vezes como erro médico, contrariando a ordem natural das coisas. Ademais,

muitos enfermeiros demonstram dificuldade de comunicar notícias difíceis à família

referente à criança, mostrando assim a falta de habilidade em trabalhar com seus

próprios sentimentos. Contudo, identificamos também que muitos procuram conter

sentimentos pessoais, mantendo-se invariáveis no trabalho, possibilitando a transmissão

de segurança a criança e família, e a eficácia dos cuidados paliativos.

4 CONCLUSÕES

As percepções dos enfermeiros frente a terminalidade em crianças evidencia o

despreparo desses profissionais frente a esta temática, além de refletir questões

socioculturais dos mesmos. Assim compete as instituições de ensino abordarem esse

assunto, permitindo a ampliação do conhecimento, e consequentemente a efetividade do

cuidado nas diferentes situações da vida.

REFERÊNCIAS

1. SANTANA, J.C.B; DUTRA, B.S; CARLOS, J.M.M; BARROS, J.K.A.

Ortotanásia nas unidades de terapia intensiva: percepção dos enfermeiros.

Revista Bioética. v.25, n.1.Brasilia. Jan./abr. 2017. Disponível

em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-

80422017000100158.> Acesso em: 03 nov.2018

2. GUIMARÃES, T.M; SILVA, L.F; SANTO, F.H.E; MORAES, J.R.M.M.

Cuidados paliativos em oncologia pediátrica na percepção dos acadêmicos de

enfermagem. Escola Anna Nery. v.20, n.2. Rio de janeiro. Abr./Jun. 2016.

Disponível em:<

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-

81452016000200261.> Acesso em: 03 nov.2018

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Otávio Hoss Benetti101

Marina Souza Caixeta1

Kauanni Piaia1

Marlucy Corin Rodrigues102

Camile Goebel Pillon103

Ivo Roberto Dorneles Prolla3,4

PERFIL CLÍNICO DE CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL

SIMPLES EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA

1 INTRODUÇÃO

A Constipação Funcional Simples (CFS) apresenta alta prevalência em crianças,

principalmente em pré-escolares. É de fácil diagnóstico e tratamento, podendo ser

manejada na atenção primária. No entanto, muitos pacientes continuam sendo

encaminhados para serviços de referência por este motivo. O estudo do perfil clínico

dos pacientes que são encaminhados para o Ambulatório de Gastroenterologia

Pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria (AGP-HUSM), bem como a

identificação de possíveis fatores de gravidade que possam justificar estes

encaminhamentos foram os motivadores desta pesquisa.

2 MÉTODO

Estudo retrospectivo (revisão de prontuários) de crianças que consultaram de outubro de

2012 a abril de 2018 no AGP-HUSM, e que foram referendadas por médicos que atuam

nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade e região. Constipação Funcional foi

diagnosticada conforme critérios de ROMA IV; e como “Simples” pela ausência de

inércia colônica.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram avaliados 565 pacientes, sendo 114 (20%) diagnosticados CFS, confirmando a

elevada prevalência descrita na literatura. Destes, 57% eram meninos, e 54% oriundos

de Santa Maria. Na primeira consulta, a média de idade foi de 74,6 (± 41,4) meses,

variando de 5 meses a 14 anos (51% entre 5 e 10 anos, e 27% entre 2 e 4 anos). A média

de tempo entre o início dos sintomas e a primeira consulta foi de 35,9 (± 31,8) meses,

semelhante a outros estudos que evidenciaram grande demora entre início de sintomas e

consulta médica. Os sinais e sintomas mais prevalentes foram fezes endurecidas (80%),

101 Acadêmico (a) de medicina da UFSM. 102 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM/EBSERH. 103 Gastroenterologista pediátrico (a) do HUSM/EBSERH. 4 Orientador.

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dor/esforço evacuatório (67,5%) e fezes volumosas (37%). Sessenta e um por cento dos

pacientes necessitaram de apenas uma consulta para elucidação diagnóstica, reforçando

a facilidade na identificação da CFS; 72% já haviam recebido alguma conduta prévia,

porém ineficazes, o que demonstra pouco conhecimento quanto ao diagnóstico e manejo

adequado da CFS por médicos de UBS. Quanto à conduta tomada no AGP-HUSM,

apenas 5 pacientes responderam exclusivamente à orientação dietética; 70%

necessitaram uso de laxantes osmóticos com doses adequadas e apresentaram resposta

apropriada. Foi possível conduzir alta em 65% dos pacientes; 33% abandonaram o

acompanhamento, e apenas 2 seguem em tratamento.

4 CONCLUSÕES

A CFS ocupa uma elevada prevalência no AGP-HUSM. Quase metade dos casos

avaliados foram de fora do município, com longo tempo de evolução da doença e com

tratamentos ineficazes. Estes resultados indicam que há desconhecimento quanto ao

diagnóstico e manejo apropriados da CFS entre médicos que atuam em UBSs do nosso

município e região. Concluímos que a capacitação desses profissionais em relação à

CFS poderia evitar os problemas detectados no atual estudo.

REFERÊNCIAS

1. Drossman DA. The Rome IV Committees, editor. History of functional

gastrointestinal symptoms and disorders and chronicle of the Rome Foundation.

In: Drossman DA, Chang LC, Kellow WJ, Tack J, Whitehead WE, editors. Rome IV

functional gastrointestinal disorders: disorders of gut-brain interaction. I. Raleigh,

NC: The Rome Foundation; 2016. Disponível em: <https://theromefoundation.org/wp-

content/uploads/functional-gastrointestinal-disorders-history-pathophysiology-clinical-features-

and-rome-iv.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2018.

2. Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP: calendário de puericultura. Disponível em:

<www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/CalendarioPuericultura_Jan2014.pdf>. Acesso

em: 07 nov. 2018.

3. Van den Berg MM, et al (2006) Epidemiology of childhood constipation: a

systematic review. Am J Gastroenterol 101:2401–2409. Disponível em:

<https://www.nature.com/articles/ajg2006437>. Acesso em: 07 nov. 2018.

4. Rasquin A, et al. Childhood functional gastrointestinal disorders:

child/adolescent. Gastroenterology 2006; 130:152737. Disponível em:

<https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(06)00518-X/pdf>. Acesso em: 07 nov.

2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Laura Prestes Moreira104

Rafaela Andolhe105

Oclaris Lopes Munhoz106

Alessandra Suptitz Carneiro3

PERFIL DE SAÚDE DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DAS

UNIDADES DE PERIOPERATÓRIO

1 INTRODUÇÃO

O termo perioperatório abrange a experiência cirúrgica integral do paciente que consiste

nos períodos pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório (NETTINA, 2011). Nesse

período há atuação de profissionais da equipe multiprofissional, visando a integralidade

do cuidado. Portanto, o período perioperatório perpassa o processo de trabalho da

equipe multiprofissional nas unidades de internação cirúrgica, unidade de cirurgia geral

e SRPA/SRI. (HAYASHI, 2012). Neste contexto, o presente resumo tem por objetivo:

descrever o perfil de saúde dos profissionais de saúde das unidades de perioperatório de

um hospital da região central do Rio Grande do Sul.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal epidemiológico com abordagem quantitativa,

realizado nas unidades de perioperatório, sendo elas: Sala de Recuperação

Anestésica/Sala de Recuperação Intermediária, Centro Cirúrgico e Unidade de Cirurgia

Geral – Setor de Internação. Os preceitos éticos que envolvem pesquisas com seres

humanos foram seguidos. Parecer Comitê de Ética em Pesquisa nº 2.447.277. CAAE:

80587417.0.0000.5346.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Participaram do estudo 146 profissionais da área da saúde, entre eles fisioterapeutas,

médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e residentes. O perfil de saúde desses

participantes compreendeu as seguintes alterações: cardiovasculares (27,6%),

psiquiátricas/psicológicas (10,3%), endócrinas e metabólicas (13,8%), osteomusculares

e tecido conjuntivo (17,2%), gastrointestinais (3,2%), respiratórias (8,5%),

oftalmológicas (1,7%), neoplásicas e nódulos (1,7), outros (15,5%). Essas alterações no

perfil de saúde foram descritas pelos profissionais que participaram do estudo. Assim,

58 profissionais apresentaram alguma alteração de saúde, com destaque para as doenças

cardiovasculares. No estudo de Cavagioni (2012) realizado com 154 profissionais da

área da saúde, identificou-se que a população em plena atividade laboral apresentava

elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular, sendo 33,1%; o presente estudo

corrobora com os achados.

104Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Bolsista IC-HUSM; 105Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria; 106Mestrando(a) do PPGENF/UFSM;

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4 CONCLUSÕES

A fim de contribuir para melhorar o perfil de saúde desses profissionais, é relevante

proporcionar subsídios que favoreçam a saúde desses trabalhadores no ambiente de

trabalho, bem como instigar a reflexão sobre hábitos saudáveis de vida.

REFERÊNCIAS

1. NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2011. HAYASHI, M. J., GARANHANI, L. M. O cuidado perioperatório ao

paciente ortopédico sob o olhar da equipe de enfermagem. Rev. Min. Enferm.;

n.16, v.2., p.208-216, abr./jun., 2012.

2. CAVAGIONI, L., PIERIN, G. M. A. Risco cardiovascular em profissionais de

saúde de serviços de atendimento pré-hospitalar. Rev Esc Enferm USP.; n.46,

v.2., p. 395-403., 2012.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores: Caroline Oliveira Corrieri1

Juliana Ebling Brondani1

Silvia Cercal Bender1

Adrielle Buligon Dalla Favera1

Anamarta Sbeghen Cervo2

Ivo Roberto Dorneles Prolla3

PERFIL DEMOGRÁFICO E NUTRICIONAL DOS PACIENTES EM

TERAPIA NUTRICIONAL NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

SANTA MARIA – HUSM

1 INTRODUÇÃO

Terapia nutricional (TN) é essencial para prevenir a desnutrição hospitalar que

invariavelmente acontece na evolução das enfermidades. Influencia nas complicações

infecciosas, cicatrização, tempo de internação, custos hospitalares e mortalidade1.

Pacientes idosos são particularmente de alto risco para estas complicações nutricionais.

Pacientes clinicamente já desnutridos à internação despertam maior preocupação e

necessitam intervenção imediata. Por outro lado, pacientes com excesso de peso tendem

a ser subestimados quanto ao risco nutricional, pois erroneamente são considerados

como possuidores de reservas nutricionais e, assim, frequentemente a TN é postergada

ou negligenciada.

O conhecimento do perfil demográfico e nutricional dos pacientes em TN é importante

pois, ao conhecê-lo, promove-se melhor planejamento do processo de assistência à

saúde dos mesmos. A importância desse conhecimento está relacionada ao

direcionamento da assistência prestada, com especial atenção aos efeitos da terapia, ao

prognóstico e aos fatores de riscos aos quais os pacientes estão expostos2.

Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer o perfil demográfico e nutricional dos

pacientes em TN enteral no HUSM.

___________________

1Nutricionistas EMTN- EBSERH/HUSM; 2Enfermeira EMTN- EBSERH/HUSM; 3Médico EMTN- EBSERH/HUSM.

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2 MÉTODO

Estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo. Os pacientes encontravam-se internados

nas seguintes Unidades: Terapia Intensiva, Cardiovascular Intensiva, Pronto Socorro,

Nefrologia, Psiquiatria Paulo Guedes, Cirurgia Geral, Clínica Médica I e II, Sala de

Recuperação Anestésica e de Recuperação Intermediária. A coleta de dados (sexo,

idade, e estado nutricional) deu-se a partir das “Notas de Alta da Terapia Nutricional”

no período de janeiro a julho de 2018. O estado nutricional foi classificado pelo Índice

de Massa Corporal, sendo os pontos de corte os recomendados para adultos (OMS, 1995

e OMS 1997), e para idosos (LIPSCHITZ, 1994). Os diagnósticos de “sobrepeso” e

“obesidade” para adultos, e “sobrepeso” para idosos, foram agrupados e definidos como

“excesso peso”. A análise estatística foi realizada no programa Microsoft Excel® 2016.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram avaliados 390 pacientes: 229 (58%) homens e 161 (42%) mulheres. Deste total,

39,5% eram adultos (média de idade: 44,1±13 anos), e 60,5% idosos do sexo masculino

(53%). Estes achados estão de acordo com estudo de Ueno et al (2018)1. Quando

analisamos o grupo de idosos, 24,1% deles tinham mais de 80 anos. Nesta faixa etária,

72,1% dos idosos apresentam risco nutricional moderado a alto2, e risco moderado a

grave de disfagia, que está relacionada à desnutrição3. Observou-se que 27% dos

pacientes apresentavam magreza ao iniciarem a TN. Assim, partem de um balanço

energético proteico desfavorável no enfrentamento de sua enfermidade, necessitando

intervenção nutricional imediata. Por outro lado, detectamos que 27,9% apresentavam

excesso de peso. Isso pode retardar a decisão quanto ao início da TN, uma vez que a

ideia de eles possuírem reservas nutricionais para enfrentarem períodos longos de jejum

ainda é uma realidade entre os profissionais. Assim, estes dois extremos de diagnósticos

nutricionais podem ser considerados problemáticos quanto ao início da TN.

4 CONCLUSÕES

Os pacientes em TN no HUSM apresentam um perfil demográfico caracterizado por

alto risco para desnutrição intra-hospitalar, pois a maioria são idosos e muitos já se

apresentam desnutridos à internação, necessitando intervenção nutricional imediata.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1.UENO E; KOFFKE M; VOIGT RV. Perfil de pacientes hospitalizados em uso de

terapia enteral. BRASPEN J 2018; 33 (2): 194-8.

2.ALVARENGA MRM et al. Avaliação do risco nutricional em idosos atendidos por

Equipes de Saúde da Família. Rev. Esc. Enferm. USP, 2010; 44(4):1046-51.

3.MACIEL JRV; OLIVEIRA CJR; TADA CMP. Associação entre risco de disfagia e

risco nutricional em idosos internados em Hospital Universitário de Brasília. Ver.

Nutr., Campinas, 21(4):411-421, jul./ago., 2008.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Amanda Mainardi107

Silvana Silveira Coelho108

Laísa Franco109

Marissa Bolson Serafin110

Bettina Holzschuh Meneghetti111

Rosmari Horner112

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE

COPROCUTURAS DE PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

1 INTRODUÇÃO

As gastroenterites constituem uma das principais preocupações de saúde pública, pois

afetam grande parte da população. Podem ser ocasionadas por parasitas, vírus ou

bactérias, sendo estas responsáveis por cerca de 10 a 20% dos episódios de diarreia.

Embora as taxas de mortalidade tenham reduzido atualmente, a morbidade continua

sendo significativa. Entre os bactérias frequentemente isolados nestas infecções estão

Shigella spp., Salmonella spp., Escherichia coli enteropatogênica

(EPEC), E.coli enteroinvasiva (EIEC) e E.coli entero-hemorrágica (EHEC), entre

outros, os quais podem ser detectados através da coprocultura, um exame bastante

sensível para isolamento destes agentes.

Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos microrganismos

isolados de coproculturas solicitadas de pacientes atendidos no Hospital Universitário

de Santa Maria (HUSM) no período de 2017.

2 MÉTODO

Foi realizado um estudo retrospectivo avaliando microrganismos isolados de

coproculturas de pacientes atendidos no HUSM no período de 2017. A identificação dos

microrganismos foi realizada pelo sistema automatizado Vitek®2. Ainda, foram

analisados o gênero, a idade e unidade hospitalar dos pacientes. O estudo foi aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria sob o

n°38850614.4.0000.5346.

107Graduanda de Farmácia, Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas (DACT), Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM); 108Pós- graduanda do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF), DACT,

UFSM; 109Graduanda de Farmácia, DACT, UFSM; 110Pós- graduanda do PPGCF, DACT, UFSM; 111Farmacêutica, Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM); 112 Orientadora, PPGCF, DACT, UFSM.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No período estudado, 38 amostras foram liberadas com laudo sendo E. coli o

microrganismo prevalente (15/38–39,5%) seguido de klebsiella sp. (10/38–26,3%),

Enterococcus sp. (6/38 – 15,8%),Candida sp. (3/38- 8%), Burkholderia cepacia (1/38 –

2,6%), Pseudomonas aeruginosa (1/38 – 2,6%) e Aspergillus sp. (1/38 – 2,6%). Entre as

E. coli isoladas, 60% (9/15) foram enteroinvasora (EIEC), onde 55,6% (5/9)

apresentaram soro polivalente B e 44,4% (4/9) A; 26,7% (4/15) foram enteropatogênica

clássica (EPEC), sendo 75% (3/4) polivalentes B e 25% (1/4) A; 13,3% (2/15) foram

EHEC sendo que ambos foram soro monovalente sorotipo 0157:H7 . O que chamou a

atenção foi o desenvolvimento em cultura pura de klebsiella sp. , Enterococcus sp.

,Candida sp. , Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa e Aspergillus sp. Em

relação ao gênero, houve predomínio do sexo feminino (20/38 – 52,6%) com faixa

etária prevalente entre 30 a 60 anos (16/38 – 42,1%) seguido de mais de 60 anos (10/38

– 26,3%). A unidade de cuidados intensivos e a unidade de regulação assistencial

obtiveram mais isolados (8/38 – 21,1% em cada). Ainda, 50% (19/38) dos pacientes

estavam imunocomprometidos apresentando comorbidades como Síndrome da

Imunodeficiência Adquirida (AIDS), tumores, leucemias, entre outros. As

gastroenterites são comuns, geralmente com sintomatologia leve. Porém, em pacientes

vulneráveis como crianças, idosos ou imunocomprometidos, o quadro poderá se agravar

surgindo diversas complicações como sepse ou desidratação.

4 CONCLUSÕES

O perfil das coproculturas solicitadas, no período estudado, foi basicamente de

pacientes imunodeprimidos. Chamou atenção o desenvolvimento desses bactérias e

fungos em cultura pura, provavelmente pela diminução da flora dos paciente devido a

ampla utilização de medicamentos.

REFERÊNCIAS

1. BARRETT, J.; FHOGARTAIGH, C. N. Bacterialgastroenteritis. Medicine, v.

45, n. 11, p. 683-689, 2017.

2. FOSTER, M. A., et al. Enteropathogenic and enteroaggregative E. coli in stools

of children with acute gastroenteritis in Davidson County, Tennessee.

Diagnostic Microbiology and Infectious Disease, v. 83, n. 3, p. 319-324, 2015.

3. JIANG, L. et al. Infectious disease transmission: survey of contactsbetween

hospital-based healthcare workers andworking adults from the general

population. Journal of Hospital Infection, v. 98, n. 4, p. 404-411, 2018.

4. MAHMOUDI, S. et al. Prevalence and antimicrobial susceptibility of

Salmonella and Shigella spp. among children with gastroenteritis in an Iranian

referral hospital.Microbial Pathogenesis, v. 109, p. 45-48, 2017.

5. SKYUM, F. et al. Infectious gastroenteritis and the need for strictcontact

precaution procedures in adults presenting tothe emergency department: a

Danish register-basedstudy. Journal of Hospital Infection, v. 98, p. 391-397,

2018.

Page 102: ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO …coral.ufsm.br/depe/images/Anais_Parte_II_-compactado.pdf · ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO ADSTRITA

6. VERA, C. G. et al. Acute bacterial gastroenteritis: 729 cases recruited by a

Primary Care national network. Anales de Pediatría (English Edition), v. 87, n.

3, p. 128-134, 2017.

Page 103: ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO …coral.ufsm.br/depe/images/Anais_Parte_II_-compactado.pdf · ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO ADSTRITA

AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Abner Vieira Rodrigues113

Otávio Hoss Benetti1

Marlucy Corin Rodrigues114

Camile Goebel Pillon115

Ivo Roberto Dorneles Prola4

PERFIL NOSOLÓGICO DO AMBULATÓRIO DE

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

1 INTRODUÇÃO

O Serviço de Gastroenterologia e Nutrição Pediátricas (GASTROPED) do Hospital

Universitário de Santa Maria (HUSM) teve início no ano de 1998, e desde então vem

atendendo a pacientes de 0 a 15 anos com patologias gastrointestinais, tanto as que

acometem o tubo digestivo quanto pâncreas, fígado e vias biliares. Estudos de

prevalência sobre patologias gastrointestinais nos ambulatórios especializados são

escassos, mas constipação é um dos diagnósticos mais frequentes. O objetivo deste

estudo é conhecer o perfil nosológico dos pacientes que consultam em nosso

ambulatório de gastropediatria. Esta informação é importante para capacitação dos

profissionais médicos, conhecer o perfil epidemiológico da região de abrangência e

estabelecer e criar estratégias de prevenção e tratamento de enfermidades específicas.

2 MÉTODO

Estudo retrospectivo desenvolvido com registros de atendimentos dos pacientes

pediátricos que consultaram no ambulatório de GASTROPED do HUSM no período de

outubro de 2012 a abril de 2018, quando foi criado o banco de dados para registro dos

pacientes atendidos neste ambulatório e que é atualizado a cada consulta. A análise

objetivou identificar diagnósticos com maiores prevalências. Diagnósticos com baixa

prevalência foram agrupados sob a denominação “outros”. As informações foram

tabuladas e calculadas em planilha do Excel Microsoft 2016.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram avaliados 568 pacientes que consultaram no ambulatório de GASTROPED do

HUSM. Observamos que constipação e alergia alimentar foram os diagnósticos mais

prevalentes (27,1% e 21,5%, respectivamente), seguidos de dor abdominal (8,1%) e

hepatopatia (7%). Constipação segue em concordância como entidade mais prevalente

nos ambulatórios de gastroenterologia. Porém, surpreendentemente, alergia alimentar

(21,5%) foi também altamente prevalente, sendo 2,5 vezes superior a dor abdominal

113 Acadêmico de Medicina da UFSM; 114 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM; 115 Médica gastroenterologista pediátrica do HUSM; 4 Orientador e médico gastroenterologista pediátrico do HUSM.

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(8,1%). Este achado corrobora a impressão mundial de aumento significativo da

ocorrência de doenças alérgicas gastrointestinais na população infantil.

4 CONCLUSÕES

Em nosso ambulatório, mais de 40% dos pacientes consultam por constipação ou alergia

alimentar. Esses achados devem servir de alerta aos profissionais da atenção de saúde

básica para a necessidade de qualificação mais específica para esses diagnósticos, bem

como a instituição do tratamento inicial e, quando necessário, encaminhamento precoce.

REFERÊNCIAS

1. Inaba MK, et al. Prevalência e características clínicas das crianças com constipação

intestinal crônica atendidas em clínica de gastroenterologia. Pediatria (São Paulo)

2003; 25 (4):157-63. Disponível em:

<https://www.researchgate.net/publication/239554977_Prevalencia_e_caracteristic

as_clin

icas_das_criancas_com_constipacao_intestinal_cronica_atendidas_em_clinica_de_

gastroenterologia_Prevalence_and_clinical_characteristics_of_chronic_constipation

_in_chil>. Acesso em: 10 nov. 2018.

2. Dirceu S. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 1 -

Etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Documento conjunto elaborado pela Sociedade

Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Arq Asma

Alerg Imunol – Vol. 2. N° 1, 2018. Disponível em:

<http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/aaai_vol_2_n_01_a05__7_.pdf>.

Acesso em: 10 nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa

Autores:

André Pozzobon Capeletti¹

Raíssa Massaia Londero Chemello¹

Diego Chemello¹

André Avelino Costa Beber¹

PITIRÍASE RUBRA PILAR APRESENTANDO-SE COMO

ERITRODERMIA: UM RELATO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

A pitiríase rubra pilar é uma dermatose heterogênea rara de etiologia desconhecida, cuja

apresentação clássica caracteriza-se por pápulas foliculares da córnea, queratodermia

palmoplantar laranja-avermelhada e lesões eritêmato-escamosas que podem ser muito

extensas, intercaladas por áreas de pele saudável. Pode apresentar-se como eritrodermia,

fazendo diagnóstico diferencial com psoríase, dermatite atópica, reações

medicamentosas, linfoma cutâneo de células T, ictiose congênita, paraneoplasia e

doença do enxerto versus hospedeiro. Relatamos o caso de um paciente que se

apresentou no nosso serviço com eritrodermia e, posteriormente, firmou o diagnóstico

de pitiríase rubra pilar.

2 DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente masculino, branco, 42 anos, tabagista ativo (carga tabágica de 50 maços/ano),

com diagnóstico de esquizofrenia, vem ao nosso serviço apresentando lesões

eritematosas difusas com início há 2 meses, sem outros sinais e sintomas associados.

Paciente estava em uso contínuo de haloperidol, biperideno, clonazepam, carbonato de

lítio e clorpromazina; não apresentava história familiar de doenças dermatológicas.

Exame físico demonstrava lesões eritêmato-descamativas em membros superiores e

inferiores, abdome, tórax e dorso, com ausência de acometimento mucoso. Sem

alterações nos sistemas cardiovasculares, respiratório e genitourinário. Exames

laboratoriais e sorologias não evidenciaram alterações. Biópsia de pele e partes moles

em região do abdome foi realizada, a qual revelou pele com acantose, hiperparaceratose

com plug de queratina em folículo piloso, diminuição da camada granular e dermatite de

interface focal, compatível com o diagnóstico de ptiríase rubra pilar. Radiografia de

tórax e ultrassonografia de abdome não mostraram alterações. Foi iniciada terapia com

ciclosporina 5mg/kg/dia e hidrogel para uso em todo o corpo. Paciente teve melhora do

quadro, obtendo alta com uso de metotrexate 15mg/semana em duas doses, ácido fólico

5 mg um comprimido por dia (exceto no dia que ingerir metotrexate) e prednisona 40

mg uma vez ao dia. Paciente segue acompanhamento no ambulatório de dermatologia,

sem intercorrências.

3 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

A etiologia da pitiríase rubra pilar é controversa; contudo, é proposto que existam

indivíduos com predisposição genética, os quais, na presença de fatores desencadeantes

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(como infecção, trauma, entre outros), desenvolvem a doença. O diagnóstico é baseado

na apresentação clínica juntamente com a histopatologia (acantose psoriasiforme

irregular da epiderme, com um padrão muito característico de paraqueratose). A

eritrodermia é uma síndrome inflamatória da pele que envolve descamação e eritema de

mais de 90% da área da superfície do corpo, cuja causa mais frequente é a psoríase,

seguida de condições eczematosas, reações induzidas por drogas, pitiríase rubra pilar e

linfomas cutâneos de células T. Se a etiologia do eritrodermia for incerta, várias

biópsias da pele podem aumentar a precisão do diagnóstico. O tratamento da pitiríase

rubra pilar é realizado com retinoides orais, metotrexato ou ciclosporina. O

reconhecimento e manejo precoces são essenciais e representam um desafio para o

médico clínico.

REFERÊNCIAS

1- Klein A, Landthaler M, Karrer S. Pityriasis rubra pilaris: a review of diagnosis and

treatment. Am J Clin Dermatol 2010;11:157—70.

2- Vanderhooft SL, Francis JS, Holbrook KA, Dale BA, Fleckman P. Familial pityriasis

rubra pilaris. Arch Dermatol. 1995 Apr;131(4):448-53.

3- Koch L, Schöffl C, Aberer W, Massone C. Methotrexate Treatment for Pityriasis

Rubra Pilaris: A Case Series and Literature Review. Acta Derm. Venereol. 2018 Apr

27;98(5):501-505

4- Griffiths WA. Pityriasis rubra pilaris. Clin. Exp. Dermatol. 1980 Mar;5(1):105-12.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Amanda Zapola da Silva116

Daniel Capalonga1

Fernando Alberto Zenni Filho117

Natália da Silveira Colissi1

Roseane Cardoso Marchiori118

Thiago Corrêa Cardoso1

PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) E INFLUENZA A

(H1N1): A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PRECOCE

1 INTRODUÇÃO

A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é uma das maiores causas de morbi-

mortalidade e, consequentemente, de hospitalização por doenças infecciosas em todo o

mundo, e representa um desafio tanto para diagnóstico quanto para tratamento

adequado. No Brasil, PAC é a segunda principal causa de internações hospitalares pelo

Sistema Único de Saúde: em 2017, ocorreram 598.668 internações e 52.776 óbitos em

decorrência de PAC. Habitualmente, considera-se que a pneumonia viral pode cursar

com quadro clínico de menor gravidade, em comparação com a bacteriana. Todavia, em

2009, na pandemia de influenza A (H1N1), essa assertiva sofreu significativa

modificação, visto que parcela relevante de indivíduos acometidos evoluiu para

pneumonia e síndrome da angústia respiratória aguda (SARA), com evolução para o

óbito em muitos casos. Segundo o DATASUS, em 2009 o Rio Grande do Sul registrou

295 mortes por H1N1 e em 2018, a doença já foi responsável por 92 óbitos.

2 MÉTODO

Este é um estudo de caso individual, não-experimental, descritivo-retrospectivo. Foram

utilizados dados secundários, disponíveis no Sistema AGHU (Aplicativo de

Gerenciamento de Hospitais Universitários), bem como uma breve revisão da literatura.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Paciente feminina, 46 anos, atendida no Pronto Socorro com dispneia moderada, dor

retroesternal, náusea e escarro com raias de sangue. Sem febre e outras queixas. Ao

exame físico: regular estado geral, estertores e roncos difusos à ausculta pulmonar,

extremidades bem perfundidas, sem edema. O RX e TC de tórax evidenciaram áreas de

consolidação difusas, bilateralmente. Foi iniciado antibioticoterapia empírica para

pneumonia infecciosa de etiologia bacteriana e viral (H1N1). No dia seguinte, evoluiu

com insuficiência respiratória, foi transferida para UTI, foi modificado os

116 Acadêmico(a) de Medicina da UFSM; 117 Médico, Residente em Pneumologia UFSM/HUSM; 118 Médica, Docente do Departamento de Clinica Médica da UFSM, Supervisora do Programa de

Residência Médica em Pneumologia UFSM/HUSM;

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antimicrobianos e iniciada ventilação mecânica. Por logística, não realizou coleta para

teste de H1N1. Houve melhora gradual do quadro respiratório, teve alta hospitalar no

16º dia internação. Durante internação foi diagnosticada Diabetes e Asma. PAC é uma

causa importante de mortalidade (14% dos óbitos de pacientes hospitalizados).

Mortalidade é mais elevada nas internações em UTI. As taxas de internação hospitalar

no hemisfério sul foram de 23,6 a 30,6% e, desses, 11,7 a 18,5% foram alocados em

UTI, com índices de mortalidade de 16 a 41%, sendo que a maioria necessitou de

suporte ventilatório. A confirmação da etiologia é obtida raramente, tanto em pacientes

ambulatoriais como internados. Em praticamente metade dos casos o agente não é

identificado. Na PAC grave, os agentes envolvidos são, habitualmente, S. pneumoniae,

bastonetes gram negativos, Legionella pneumoniae, H. influenzae, S.aureus e vírus. Em

qualquer época do ano deve-se considerar influenzae como possível etiologia em

pacientes imunologicamente competentes ou não, que apresentem sintomas respiratórios

agudos e febre. Por impossibilidades de acesso a reagente, no presente caso não foi

confirmada infecção por H1N1. A investigação de marcadores diagnósticos

relacionados ao agente infeccioso é importante e pode orientar intervenções precoces e

mais adequadas.

4 CONCLUSÕES

Na maioria das vezes não há identificação etiológica do agente patogênico, contudo

estudos apontam que o início precoce de antibioticoterapia empírica está relacionado

com melhores desfechos.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. LIMA, Dalmo Valério Machado de. Research design: a contribution to the

author. Online Brazilian Journal of Nursing, [S.l.], v. 10, n. 2, oct. 2011. ISSN

1676-4285. Disponível em:

<http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3648>. Acessado em

21 out. 2018.

2. MENON, Nithya et al. Oxigenação por membrana extracorpórea na síndrome do

desconforto respiratório agudo devido à pneumonia por influenza A (H1N1)

pdm09. Experiência em um único centro durante a temporada de 2013-2014. Rev.

bras. ter. intensiva [online]. 2017, vol.29, n.3 [cited 2018-10-21], pp.271-278.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

507X2017000300271&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2018.

3. NARDOCCI, Paula; GULLO, Caio Eduardo and LOBO, Suzana

Margareth. Pneumonia grave por vírus influenza A H1N1 e pneumonia comunitária

grave: diferenças na evolução. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2013, vol.25, n.2

[cited 2018-10-21], pp.123-129. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

507X2013000200010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 out 2018.

4. PENTEADO, Louise Piva; OSORIO, Cecília Susin; BALBINOTTO, Antônio e

DALCIN, Paulo de Tarso Roth. Influenza A não H1N1 associada à insuficiência

respiratória e à insuficiência renal aguda em paciente com fibrose cística previamente

vacinado. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2018, vol.30, n.1 [citado 2018-10-21],

pp.127-130. Disponível em:

Page 109: ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO …coral.ufsm.br/depe/images/Anais_Parte_II_-compactado.pdf · ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO ADSTRITA

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

507X2018000100127&lng=pt&nrm=iso>. Acessado em: 12 out. 2018.

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ÁREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Heloísa Augusta Castralli119

Darciéli Lima Ramos120

Maria Teresa Aquino de Campos Velho121

PRÁTICA DE ONCOLOGIA INTEGRATIVA NO HUSM

1 INTRODUÇÃO

Consoante a estimativas epidemiológicas brasileiras para o biênio de 2018-2019, o

diagnóstico de câncer será relatado em 600 mil novos casos, anualmente, ratificando o

papel destacado das doenças crônico-degenerativas no panorama de morbimortalidade

(INCA, 2018). O delineamento de tratamentos que englobem as instâncias física,

psíquica e emocional, dessarte, faz-se relevante a uma promoção de saúde holística, que

visa ao bem-estar integral e continuado do paciente. Nesse âmbito, os exercícios

corporais despontam como mecanismo alternativo e complementar que, além de

acarretar melhorias orgânico-funcionais, viabilizam alterações na concepção pessoal

frente ao adoecimento – elemento determinante para o sucesso de quaisquer desfechos

clínicos. Sua análise, aplicada ao contexto oncológico, dessarte, torna-se um potencial

contribuinte ao aprimoramento de medidas terapêuticas, com enfoque no cuidado.

2 MÉTODO

Em etapas preliminares, de embasamento científico, sucedeu-se uma revisão na

literatura, mediante seleção de dados na plataforma da LILACS, sobre as decorrências

das atividades físicas aplicadas ao tratamento do câncer. Ao encontro da escassez de

estudos relacionados, elaborou-se uma pesquisa, de caráter quantitativo, longitudinal e

intervencionista, para a avaliação dos critérios de dor, fadiga e autoimagem,

recorrentemente mencionados na bibliografia, pré e pós realização de oficinas de

dinâmica corporal (constituídas por mobilizações articulares e exercícios leves).

Antecendo-a, houve um projeto piloto no ambulatório de quimioterapia para preparo da

profissional que conduziu a investigação. Para sua efetivação, obteve-se aprovação do

Comitê de Ética da Universidade Federal de Santa Maria, autorização médica (no setor

de Radioterapia do Hospital Universitário) para a participação dos pacientes e adesão

desses ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, totalizando 59 indivíduos.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Em linhas gerais, apesar das limitações à pesquisa, de uma prévia autorrepresentação

corporal positiva e da baixa expressividade de queixas acerca dos parâmetros de dor e

119 Acadêmica da Graduação em Medicina na Universidade Federal de Santa Maria; 120 Ms. Professora Substituta do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Santa

Maria; 121 Docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Santa Maria;

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fadiga, cujo alívio, à hipótese de sua presença, dava-se, preferencialmente, por via não

medicamentosa e associava-se aos atos de deitar-se, sentar-se e assistir à televisão, a

iniciativa de inserção de práticas físicas demonstrou-se benéfica à compreensão do

tratamento. As opiniões coletadas convergiram a 96,6% na indicação de redução da

ansidedade durante a espera pelas sessões radioterápicas e a 86,4% para melhora global.

Ademais, para 6,55% dos pacientes, a implementação de mais oficinas seria uma

maneira de otimizar a proposta, na sugestão de um subterfúgio aos sentimentos de

limitação e ao sofrimento desencadeados pela doença.

4 CONCLUSÕES

Embora se tenha documentado proficuidade na integração de atividades corporais ao

tratamento oncológico, é oportuno o fomento a ulteriores estudos sobre o assunto

considerado, haja em vista a necessidade da verificação das informações pautada em

diferentes métodos analíticos. Eventuais discussões, desses decorrentes, entremeiam-se

à oferta de um serviço em saúde qualificado.

REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Instituto Nacional do Câncer José Gomes da Silva (INCA).

Estimativa 2018: Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em: <

http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/estimativa-2018.pdf>

2. RAMOS, D.L. Práticas corporais como tecnologia leve no cuidado integral

ao paciente com câncer. Dissertação (Mestrado Profissional em Ciências da

Saúde). Centro de Ciências da Saúde - Universidade Federal de Santa Maria.

Santa Maria/RS, 2016.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência. Câncer. Exercício físico. Ansiedade.

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ÁREA TEMÁTICA: Extensão

Laiza Spode Flores122

Andreza Zancan123

Bruno Vinícius Nunes124

Juliane Corrêa Ferreira 125

Micheli Aline Zeppe126

Verginia Medianeira Dallago Rossato 127

PRECISAMOS FALAR SOBRE AIDS: FOCALIZANDO OS TESTES

RÁPIDOS REALIZADOS

O Projeto de extensão “Precisamos falar sobre AIDS” foi idealizado no final do ano de

2014, em uma reunião do Grupo de Trabalho Integrado Enfrentamento às Violências,

(GTIEV), composto por profissionais do HUSM, da 4º Coordenadoria Regional de

Saúde e do Município, acadêmicos, pós-graduandos entre outros. Na ocasião, o

Município de Santa Maria – RS, estava em 10º lugar no Ranking das cidades do País

com mais de 100 mil habitantes em casos de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência

Humana (HIV) e casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O Projeto

de Extensão foi oficializado em 2015 e no decorrer desse período tem sido Coordenado

por Profissional do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário de

Santa Maria/RS (NVEH), e conta com a participação de Residentes da Residência

Multiprofissional da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) com ênfase na

Crônico-Degenerativo e Vigilância em Saúde. O Projeto tem por objetivo formar

multiplicadores, investir na educação e assistência, contribuindo para a redução dos

índices de transmissão. A metodologia de trabalho utilizada envolve reuniões semanais

com o grupo e intervenções/ações em locais estratégicos que atendem principalmente a

população jovem. Conforme orientação do Ministério da Saúde, o acesso aos testes

rápidos favorece o diagnóstico precoce e início do tratamento, oportunizando uma

melhor qualidade de vida ao portador do vírus. Desta forma, procurou-se nesse período

oferecer intervenções, que incluíram os testes rápidos, assim realizou-se 11 atividades

de testagem rápida, totalizando nessas a realização de 1.976 testes, sendo 1.051 para

HIV e 925 para sífilis. Observou-se que houveram sempre uma grande demanda para as

testagens, assim esses números foram alcançados porque organizou-se oportunidades

para testagens mais frequentes, com turnos mais estendidos, em torno de 4 horas, e com

122 Fisioterapeuta, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo, Universidade Federal de

Santa Maria (UFSM), e-mail: [email protected]; 123 Enfermeira, Resid. Residência Multiprofissional, Vigilância em Saúde, (UFSM); 124Enfermeiro, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo/ UFSM; 125Fisioterapeuta, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo/ UFSM; 126Psicóloga, Resid. Residência Multiprofissional/ Crônico Degenerativo/ UFSM; 127 Enfermeira, Drª em Educação e Ciências, Responsável Técnica pelo NVEH/HUSM, Rio Grande do

Sul, Brasil, Coordenadora do Projeto de Extensão “Precisamos falar sobre AIDS”), e-mail:

[email protected].

.

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o máximo de testadores que a equipe e o local comportaram. Hoje, o Município figura

em 94º lugar no ranking, porém observa-se que um grande número de novos casos está

sendo notificado no Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN).

HIV/Aids tem se mantido como a terceiro agravo de maior notificação no NVEH, desta

forma é adequado propor intervenções com essa temática. Em relação aos testes, o

grupo tem oportunizado maior acesso ao público que deseja participar e utiliza o espaço

para orientações individualizadas. No mesmo local são distribuídos materiais e feitas

orientações as pessoas que circulam nas proximidades

DESCRITORES: teste rápido, HIV/Aids, diagnóstico precoce.

REFERÊNCIAS

ROSSATO, Verginia Medianeira Dallago. 2015. Projeto de Extensão: Precisamos

Falar sobre AIDS nº 041628.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Otávio Hoss Benetti128

Marina Souza Caixeta1

Kauanni Piaia1

Marlucy Corin Rodrigues129

Camile Goebel Pillon130

Ivo Roberto Dorneles Prolla3,4

PREVALÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE LIPASE ÁCIDA LISOSSOMAL

EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

SANTA MARIA – RESULTADOS PRELIMINARES

1 INTRODUÇÃO

A Deficiência de Lipase Ácida Lisossômica (LAL-D) é uma doença rara, genética,

autossômica recessiva, causada por mutações no gene LIPA, que levam a redução da

atividade enzimática da lipase ácida lisossômica (LAL). Pacientes com LAL-D

apresentam evolução clínica variável, de sintomas graves desde as primeiras semanas de

vida, com rápida evolução para fibrose e cirrose hepática, ou quadros clínicos mais

sutis, como alteração de função hepática e dislipidemia. Até o momento não há estudos

sobre a prevalência de LAL-D em nossa região.

2 MÉTODO

Estudo prospectivo que estão sendo incluídos pacientes pediátricos e adultos, de ambos

os sexos, que foram atendidos no HUSM de janeiro de 2012 a dezembro de 2016, e que

preencheram os seguintes critérios de inclusão: ALT > limite superior da normalidade e

HDL ≤ 50 mg/dl e/ou LDL ≥ 130 mg/dl. São excluídos os pacientes não encontrados,

que foram a óbito e que não assinaram o TCLE. Os pacientes selecionados são

contatados por telefone e comparecem no ambulatório da Unidade de Pesquisa Clínica

do HUSM para coleta do exame DBS (“Dry Blood Spot”: gotas de sangue por punção

digital em papel filtro). A análise da atividade enzimática é realizada pelo “Seattle

Children's Department of Laboratories, USA”.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram selecionados 419 sujeitos, tendo sido contatados cerca de 90% dos mesmos, e

coletadas, até o momento, amostras de 80 pacientes: 57,5% do sexo masculino; 70%

128 Acadêmico (a) de medicina da UFSM. 129 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM/EBSERH. 130 Gastroenterologista pediátrico (a) do HUSM/EBSERH. 4 Orientador.

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adultos. Tem-se o resultado dos 80 exames, sendo todos normais. A LAL-D é uma

doença rara cuja prevalência exata desconhecida, variando de 1:130.000 a 1:300.000 na

população geral, dependendo da região e etnia. Nossos resultados, até então, indicam

características epidemiológicas desfavoráveis em nossa região, pois, através dos

critérios de inclusão utilizados, não foi achado nenhum resultado positivo. Conforme

citado, a literatura cita prevalências na população geral, e não somente em indivíduos

com alterações hepáticas ou dislipidêmicas como em nosso estudo. Este fato, em teoria,

poderia favorecer o diagnóstico precoce da doença nessa população.

4 CONCLUSÕES

Até o momento, com base nos critérios de inclusão utilizados, não foi possível

diagnosticar LAL-D nos pacientes avaliados, apesar de o grupo estudado apresentar

alterações hepáticas e de dislipidemia associadas. Estes resultados preliminares podem

ter sidos influenciados pelo tamanho limitado da amostra, já que se trata de uma doença

rara, ou os critérios utilizados para triagem não são sensíveis o suficiente. Talvez a

utilização do critério “presença de esteatose hepática” possa determinar resultados

diferentes para o diagnóstico precoce, onde o tratamento ainda possa ser instituído.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. FRAMPTON, J. E. Sebelipase Alfa: A Review in Lysosomal Acid Lipase

Deficiency. Am J Cardiovasc Drugs. 2016, 16:461–468. Disponível em <

https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40256-016-0203-2>. Acesso em:

07 nov. 2018.

2. BARATTA, F et al. Does Lysosomial Acid Lipase Reduction Play a Role in

Adult Non-Alcoholic Fatty Liver Disease? Int. J. Mol. Sci. 2015, 16, 28014–

28021. Disponível em: < https://www.mdpi.com/1422-

0067/16/12/26085/htm5257>. Acesso em: 07 nov. 2018.

Page 116: ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO …coral.ufsm.br/depe/images/Anais_Parte_II_-compactado.pdf · ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO ADSTRITA

AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores: 1Marina Reys Possebon

2Taís Carpes Lanes 3Rafaela Andolhe

4Graziele de Lima Dalmolin

PREVALÊNCIA DO ESTRESSE E BURNOUT EM TRABALHADORES

DE ENFERMAEGEM DE PRONTO SOCORRO: NOTA PRÉVIA

Descritores: Enfermagem; Serviço hospitalar de emergência; Estresse ocupacional;

Burnout.

1 INTRODUÇÃO

Diante das condições laborais, como intenso ritmo de trabalho frente a superlotação, o

pronto socorro (PS) apresenta riscos à saúde psicossocial do trabalhador, como o

estresse e burnout (OLIVEIRA et al., 2017). Assim, objetiva-se “Analisar a prevalência

do estresse e burnout em trabalhadores de enfermagem de um PS”.

2 MÉTODO

Este estudo resultará em um trabalho de conclusão de curso (TCC), o qual é um recorte

do projeto matricial intitulado “Cultura de segurança do paciente e agravos à saúde do

trabalhador em ambiente hospitalar”. Este projeto foi realizado com todos os

trabalhadores de um Hospital Universitário do Sul do Brasil, porém neste estudo, será

utilizado somente os dados referente ao PS. Trata-se de um estudo transversal realizado

com trabalhadores de enfermagem. Como critério de inclusão ser trabalhador do PS e,

ter atuação mínima de quatro semanas no setor e carga horária mínima de 20 horas

semanais. Foram excluídos os trabalhadores afastados do trabalho, no período de coleta.

Foram utilizados três instrumentos para coleta de dados: sociodemográfico/laborais, Job

Stress Scale e Maslach Burnout Inventory (MASLACH, 1982; ALVES et al., 2004). A

coleta de dados foi realizada no período de março a julho de 2018, por coletadores

capacitados. Os dados foram digitados no Software Microsoft Excel® com dupla

digitação independente com verificação dos erros e inconsistências. Os dados serão

analisados, após a finalização do projeto do TCC, no PASW Statistic® (Predictive

Analytics Software, da SPSS Inc., Chicago, USA) versão 21.0 para Windows, utilizando

a estatística descritiva. Foram obedecidos os aspectos éticos da Resolução 466/12 do

Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012). O projeto matricial recebeu parecer

favorável pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob o número do CAAE

80587417.0.0000.5346 em 19 de dezembro de 2017.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para o diagnóstico do setor,

identificando a prevalência de estresse e burnout nos trabalhadores. A partir disso,

ofereça aos gestores subsídios para implantação de estratégias de enfrentamento,

promovendo um ambiente de trabalho mais saudável.

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4 CONCLUSÕES

O desenvolvimento do estresse e burnout pode trazer diversas consequências para a

saúde do trabalhador. Com isso, é importante uma análise da prevalência do estresse e

burnout e, a partir disso buscar estratégias que auxiliem no enfrentamento.

REFERÊNCIAS

ALVES, M. G. M. et al. Versão resumida da “Job Stress Scale” adaptação para o

português. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 164-71, 2004a.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de

2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em seres humanos.

Brasília, 2012.

MASLACH, C. Burnout, the cost of caring. Malor Books, Cambridge, MA, 1982.

OLIVEIRA, E.B. et al. Occupational stress and burnout in nurses of an emergency

service: the organization of work. Revista Enfermagem, v. 25, n. 1, p. e28842, 2017.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Miriãn Michelotti Loureiro131

Francisco de S. Rios1

Amanda F. Klajn1

Fernando Schaffazick1

Francine B. Bondan1

Marinel M. Dall’Agnol (O)2

PROGRAMA DE EXTENSÃO REANIMA: O QUINTO ANO

CAPACITANDO LEIGOS EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

EM SANTA MARIA, RS.

1 INTRODUÇÃO

A parada cardiorrespiratória (PCR) é um evento grave, com alta taxa de mortalidade,

decorrente principalmente de doenças cardiovasculares isquêmicas, em especial a

doença arterial coronariana. Levando em conta que cerca de metade das PCRs ocorrem

em ambiente extra-hospitalar, se faz importante a educação e treinamento da população

leiga para o pronto reconhecimento e assistência às vítimas de PCR. Essas ações são o

foco do Programa de extensão Reanima, que oferta capacitações em reanimação

cardiopulmonar (RCP) em escolas de ensino médio e para o público em geral desde o

ano de 2013. Relatar as atividades desenvolvidas pela equipe do Programa Reanima

durante o ano de 2017.

2 MÉTODO

Os integrantes do Reanima contatam as escolas de Santa Maria - RS, organizando

capacitações em RCP para estudantes do Ensino Médio, bem como atendem a

solicitações da comunidade para esse treinamento. A estrutura da capacitação é teórico-

prática, com duração de cerca de 1,5 horas. Para a parte teórica, foi produzida aula com

apresentação em multimídia, incluindo vídeo da British Heart Foundation. A parte

prática realiza-se em pequenos grupos, com simulação de atendimento a PCR ocorrida

na comunidade e aplicação dos primeiros passos da cadeia de sobrevivência utilizando

manequins para o treinamento da RCP. Antes e após a capacitação, são aplicados

questionários aos participantes para avaliação do aprendizado. Após 6 meses, o

questionário é reaplicado a fim de avaliar a manutenção do conhecimento adquirido.

Esta pesquisa, associada à ação de extensão, avalia a eficácia do método aplicado nas

capacitações. Pesquisa de satisfação com o programa também é aplicada para

professores representantes das escolas. A equipe era composta por 11 estudantes de

1Graduandos em Medicina, Universidade Federal de Santa Maria; 2Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de

Santa Maria.

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Medicina (de quarto e quinto anos), que receberam treinamento teórico, prático e

didático; dois técnicos administrativos em educação (auxiliar do Laboratório de

Epidemiologia e Enfermeiro Socorrista do Hospital Universitário de Santa Maria) e a

docente coordenadora (médica epidemiologista do Departamento de Saúde Coletiva).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Em 2017, o Reanima atuou em cinco colégios de Santa Maria, totalizando 221

estudantes do ensino médio treinados. Também capacitou 110 calouros do curso de

Medicina, oito estudantes do curso de Química Industrial e 35 alunos do curso de

Fisioterapia, por convite dos diretórios acadêmicos ou de docentes desses cursos. O

Reanima também organizou o 2º Dia Nacional da RCP, que em Santa Maria

desenvolveu-se no decorrer de uma semana, com atividades realizadas em frente aos

restaurantes universitários da UFSM, envolvendo 88 estudantes de diversos cursos. A

Equipe também participou do 55º Congresso Brasileiro de Extensão Médica, em Porto

Alegre, apresentando três trabalhos em pôster, envolvidos no debate sobre a

curricularização da extensão. Também foram inscritos dois trabalhos no 35º Seminário

de Extensão Universitária da Região Sul. As principais dificuldades enfrentadas são a

deterioração dos manequins de treino e a incompatibilidade de horários das capacitações

com o horário escolar.

4 CONCLUSÕES

A troca de saberes entre os integrantes do grupo e os participantes da capacitação é

enriquecedora para ambas as partes, contribuindo tanto para a formação acadêmica

como para a educação em saúde.

Trabalho apoiado pelo FIEX-UFSM e FIPE-UFSM.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Carolina Zuquetto Flôres132

Rafael Marques Ferrer133

PROGRESSÃO CLÍNICA DE UM PACIENTE COM LER/DORT: UM

RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

Lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao

trabalho (DORT) são um conjunto de doenças que afetam músculos, tendões, nervos e

vasos dos membros superiores e inferiores e que têm direta relação com as exigências

das tarefas, ambientes físicos e com a organização do trabalho. Pessoas com distúrbios

musculoesqueléticos do ombro comumente experimentam dor, diminuição da força

muscular e amplitude restrita de movimento o que limita a participação e o desempenho

nas atividades de vida diária. Esse estudo tem por objetivo relatar a evolução clínica de

um paciente com LER/DORT de ombro.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, do qual participou um paciente que trabalha como

assistente de manutenção e apresenta LER/DORT de ombro, acompanhada de dor há

mais de 10 anos. O paciente foi atendido no Estágio em Fisioterapia Ambulatorial I da

ULBRA/SM, de agosto a outubro de 2018. O programa de reabilitação adotado teve por

objetivo primário reduzir o quadro álgico, posteriormente ganhar amplitude de

movimento (ADM) para flexão, abdução e rotação externa de ombro direito, ganhar

força muscular (FM) do tipo resistência para flexores, abdutores e rotadores externos de

ombro direito, além de treinar habilidades sensório-motoras. As seguintes variáveis

foram avaliadas: amplitude de movimento de ombro através da goniometria; força

muscular por meio do teste de força muscular com resistência manual; dor em repouso e

movimento através da Escala Visual Analógica (EVA) e atividades funcionais de ombro

direito por meio do questionário Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand

Questionnaire (DASH) que tem uma pontuação que vai de 0 (zero) a 100 (um resultado

mais próximo de 100 significa um pior quadro). Essas variáveis foram reavaliadas no

último dia de atendimento.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No que tange a ADM de ombro direito o paciente apresentou uma diferença percentual

de 18% para flexão, 24% para abdução e 98% para rotação externa. Em FM de

abdutores de ombro direito o paciente apresentou uma diferença percentual de 40% e

em flexores e rotadores externos 20%. A dor em repouso na escala EVA foi graduada

132 Acadêmica do Curso de Fisioterapia da ULBRA/SM; 133 Professor do Curso de Fisioterapia da ULBRA/SM.

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pelo paciente em 3 na avaliação e na reavaliação foi para 0 (zero) e em movimento na

avaliação foi graduada em 10 e na reavaliação 0 (zero). No questionário DASH o

paciente apresentou os seguintes resultados: 35 em atividades funcionais e sintomas na

avaliação e 3 na reavaliação; 56 em habilidades em trabalhar na avaliação e 0 (zero) na

reavaliação; 6 em tocar instrumento musical na avaliação e 0 (zero) na reavaliação.

Pelos resultados apresentados, pode-se dizer que o quadro álgico do paciente foi

cessado, a FM dos grupos musculares trabalhados aumentou e a ADM de ombro

também.

4 CONCLUSÕES

Com base no exposto, é possível afirmar que o plano de reabilitação utilizado para o

quadro de LER/DORT de ombro foi efetivo para reduzir a zero a dor do paciente,

aumentar FM e ADM de ombro, e, por tudo isso possibilitar ao paciente um melhor

desempenho em seu trabalho e AVDs.

REFERÊNCIAS

1. CHIAVEGATO FILHO, L. G.; PEREIRA, A. LER/DORT: multifatorialidade

etiológica e modelos explicativos. Interface Comunic., Saúde, Educ., 2003.

2. TAMBRA L. MARIK; SHAWN C. R. Effectiveness of Occupational Therapy

Interventions for Musculoskeletal Shoulder Conditions: A Systematic Review.

American Journal of Occupational Therapy, 2016.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Camila Silveira Rodrigues¹

Rosângela Marion da Silva²

Ariane Naidon Cattani³

QUALIDADE DO SONO E SINTOMAS DE SAÚDE EM

TRABALHADORES DE ENFERMAGEM

1 INTRODUÇÃO

O trabalhador de enfermagem, ao permanecer exposto aos riscos presentes no ambiente

laboral, torna-se vulnerável. Esses riscos, quando relacionados ao sono de má qualidade

podem alterar o equilíbrio físico, mental e emocional do ser humano. No contexto do

trabalho da enfermagem, além da exposição a situações relacionadas à organização e

condições do trabalho, como o trabalho em turnos, em especial o noturno, os

trabalhadores podem perceber sonolência, o que sugere comprometimento da saúde.

2 MÉTODO

Trata-se de um Relato de Experiência da Implementação de um Protocolo de Ultrabaixa

Dose de Radiação no Hospital Universitário de Santa Maria/RS. Os recursos materiais

deste protocolo concentram-se na infraestrutura necessária para a organização,

instalação de equipamentos, implantação, expansão e a manutenção da rede de

computadores associada ao projeto. Os softwares utilizados serão não proprietários, de

código aberto, permitindo o desenvolvimento, a expansão de novas tecnologias, e a

prototipação rápida dos modelos 3D para impressão. O valor total dos recursos

materiais é R$49.938, com incremento e/ou investimento único, sem uso consignado. O

valor estimado para este projeto, da ordem R$49.938,00 envolve a aquisição de

equipamentos de hardware e software e de armazenamento, incluindo

microcomputadores, servidores de dados e imagens, monitores de alta definição,

softwares para a modelagem 3D dos biomodelos e impressoras 3D. Os custos de

manutenção periódicos serão contrapartida do Hospital membro da Rede EBSERH.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Participaram do estudo 25 trabalhadores de enfermagem. Os trabalhadores apresentaram

ganho de peso, irritabilidade, insônia, dores de cabeça e dificuldade de concentração

uma ou mais vezes na semana. Pesquisa evidenciou que a má qualidade do sono está

atrelada a danos relacionados à capacidade física e psicológica, mais especificadamente

em relação ao cansaço, distúrbios do sono, cefaleia, ganho de peso e irritabilidade, além

do decréscimo na atenção e memória (LIN et al., 2012). Estudo recente traz que os

danos relacionados aos distúrbios do sono e estresse destacam-se nos resultados das

pesquisas relacionadas ao tema.

4 CONCLUSÕES

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No trabalho de enfermagem é preciso considerar os fatores que podem estar interferindo

na saúde do trabalhador e na assistência de enfermagem. O sono é um dos elementos

que compromete a qualidade de vida do trabalhador e da assistência em saúde.

REFERÊNCIAS

1. GUERRA, P.C. et al. Sleep, quality of life and mood of nursing professionals of

pediatric intensive care units. USP, Rev. Esc. Enferm50(2):279-85, 2016 Apr.

2. Lin,P.C. et al. Atypical work schedules are associated with poor sleep quality

and ental health in Taiwan female nurses. Int Arch Occup Environ Health,

85(8):877-84, 2012 nov.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa

Autores:

Hentielle Feksa Lima134

Bruna Beskow Hogem 135

Giana da Rosa Beltrame ²

Katiane Sá de Souza²

Lidiana Batista Teixeira Dutra Silveira³

REFLEXÕES ACADÊMICAS NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

O princípio que rege a Enfermagem é a responsabilidade de se solidarizar com as

pessoas, os grupos, as famílias e as comunidades, objetivando a cooperação mútua entre

os indivíduos na conservação e na manutenção da saúde (MIRANDA, 1999). Nesse

ínterim, Bertoncello (2001) acredita que as mudanças na área da saúde mental têm

repercussão no papel do enfermeiro; este profissional desempenha atividades com

finalidades terapêuticas por intermédio do relacionamento terapêutico e programas de

educação permanente a equipes, pacientes e familiares.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência acerca das aulas práticas da Disciplina de

Enfermagem no Contexto do Adulto em Situações Críticas de Saúde realizadas em uma

Unidade de Internação Psiquiátrica de um Hospital Universitário, no período de agosto

a setembro de 2018, acompanhada por uma professora supervisora.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Através das experiências oportunizadas pela disciplina, foi possível identificar que a

enfermagem no contexto da saúde mental vem sendo caracterizada pela transição entre

uma prática de cuidado hospitalar que visava à contenção do comportamento dos

“doentes mentais” para a incorporação de novos princípios, embasando-se na

interdisciplinaridade, buscando um olhar holístico, voltado ao indivíduo como um ser

integral. Atualmente, o cuidado envolve questões culturais, pessoais, sociais,

emocionais e financeiras, relacionadas à convivência com o adoecimento mental,

auxiliando o paciente no entendimento sobre a internação, sua doença e ajudando a

enfrentar seus conflitos internos, visando incluir a família no cuidado e a reinserção

social do paciente psiquiátrico.

4 CONCLUSÕES

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Ao encerramento das aulas práticas, os acadêmicos refletiram sobre a valorização das

influências biopsicossociais no processo de adoecer na saúde mental, onde o papel do

enfermeiro é fundamental frente à percepção do doente como ser humano e cidadão.

Práticas como a escuta qualificada, atividades terapêuticas e grupos de apoio são

essenciais para o acolhimento do usuário de forma integral, possibilitando um espaço de

discussão sobre as diferenças e a individualidade de cada participante, facilitando assim,

a ressocialização desse indivíduo na sociedade.

REFERÊNCIAS

1. Miranda, CML. Algumas questões sobre a assistência de Enfermagem

psiquiátrica de qualidade. Por uma assistência psiquiátrica em

transformação. Cadernos do IPUB 1999;3:95-101. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n6/a22.pdf>. Acesso em: 14 out 2018.

2. Bertoncello, NM; franco, FCP. Estudo bibliográfico de publicações sobre a

atividade administrativa da enfermagem em saúde mental. Rev Latino-Am

Enferm. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v9n5/7803.pdf>

Acesso em: 15 out 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Leatrice da Luz Garcia¹

Marco Aurélio Figueiredo Acosta²

Elaine de Oliveira Vieira Caneco³

Roselaine Brum da Silva Soares4

Melissa Gewehr 5

Daniel Jonathan de Amorim6

REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS DE

CONVIVÊNCIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE

BIOPSICOSOCIOESPIRITUAL DE IDOSOS

1 INTRODUÇÃO

O convívio do idoso em grupos de convivências consolida seu papel social na

comunidade, auxiliando-o na promoção de um envelhecimento saudável e minimizando

o isolamento social. Objetivo: descrever as atividades de um grupo de terceira idade e

sua importância nas relações sociais do idoso.

2 MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com um grupo de terceira idade da

cidade de Santa Maria/RS, com uma amostra de 21 idosos. Os dados foram coletados

através da observação não estruturada e não participante, por seis integrantes do Grupo

de Estudo e Pesquisa em Gerontologia (GEPEG) e analisados de forma textual e

discursiva. Dos resultados emergiram em três categorias temáticas: espiritualidade,

saúde e relações sociais

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Percebe-se que a espiritualidade permeia as relações sociais dos idosos ao possibilitar o

desenvolvimento de sentimentos positivos e altruístas auxiliando na formação de

vínculos de amizade, oportunizam trocas de experiências e vivências entre os idosos,

que veem suas crenças com um fator motivador para sua existência, dando muitas vezes

um significado para sua vida. A preocupação com a saúde é um aspecto marcante no

grupo e é promovida através da equipe de enfermagem da Unidade Básica de Saúde da

localidade em que o grupo está inserido, através de atividades como: palestras sobre

saúde do idoso, verificação sistemática dos sinais vitais e de testes de glicose, com

encaminhamentos para atendimento ambulatorial na UBS quando se faz necessário.

Percebe-se também que a participação dos idosos nas aulas de atividade física, realizada

por uma professora vinculada à escola onde ocorrem os encontros do grupo, é outro

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aspecto promotor de saúde do idoso, uma vez que estes acreditam que a prática da

atividade física auxilia na manutenção da sua saúde. As relações sociais são

estimuladas em todas as atividades realizadas no grupo como: excursões, bailes de

terceira idade, chás beneficentes e passeios turísticos. Percebe-se que o idoso mantém

um relacionamento de comprometimento como o grupo, e é através destas atividades

que nutri sentimentos de pertencimento e valorização social, ao sentir-se útil para

comunidade. Outro aspecto destacado é a parceria com instituições públicas da

comunidade, realizada através da escola e da UBS, evidenciando a importância dos

seguimentos sociais, como uma alternativa para promover um envelhecimento saudável.

4 CONCLUSÕES

Observa-se que a proposta de trabalho realizada neste grupo oportuniza ao idoso não só

a sua inserção social, bem como promove sua saúde biopsicosocioespiritual.

REFERÊNCIAS

1. ALVARENGA, M. R. M et al. Rede de suporte social do idoso atendido por

equipes de Saúde da Família. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.16, n. 5,

p. 2603-611, 2011.

2. FARINATTI, P. T. V.; FERREIRA, M. S. Saúde, promoção e educação física:

conceitos, princípios e aplicação. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2006.

3. NERI, A. L.; VIEIRA, L. A. M. Envolvimento social e suporte social percebido

na velhice. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, Rio de Janeiro, v.16, n. 3, p. 419-432,

2013.

4. OLIVEIRA, M. R.; JUNGES, J. R. Saúde mental e espiritualidade/religiosidade:

a visão de psicólogos. Estudos de Psicologia, v.17, n. 3, p. 469-476, 2012.

KOENIG, H. G. Medicina, Religião e Saúde. Porto Alegre: L&PM, 2012.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Alessandra Rebelatto Boesing

Mateus Diniz Marques

Aníbal Pereira Abelin

Isabella Klafke Brixner

Stefano Antola Aita

Matheus Werlang Donadel

Departamento de Clínica Média (UFSM), Hospital Universitário de Santa Maria

RELAÇÃO ENTRE A CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP-KIMBALL,

TEMPO DE INTERNAÇÃO E MORTALIDADE APÓS IAMCST

1. INTRODUÇÃO

A estratificação de risco dos pacientes com infarto agudo do miocárdio com

supradesnível do segmento ST (IAMCST) pela classificação de Killip e Kimball avalia

clinicamente a severidade da disfunção do ventrículo esquerdo e tem como objetivo

estabelecer o prognóstico desses pacientes. A classificação de Killip e Kimball está

correlacionada com uma maior incidência de eventos cardiovasculares maiores (ECVM)

como arritmias malignas, parada cardíaca, além de maior tempo de internação e

mortalidade. O tempo de internação após o tratamento de IAMCST varia conforme a

literatura, não existindo uma recomendação específica nas diretrizes.

2. OBJETIVOS

O objetivo do presente estudo foi comparar a mortalidade e a duração da internação

após IAMCST em pacientes conforme a classificação de Killip e Kimball I/II (grupo 1)

comparado com pacientes com Killip e Kimball III/IV (grupo 2).

3. METODOLOGIA

Como metodologia foi realizado um estudo de coorte prospectivo integrante de um

banco de dados multicêntrico de pacientes com IAMCST. Foram incluídos pacientes

internados no Hospital Universitário de Santa Maria com diagnóstico de IAMCST com

menos de 12 horas de duração ou mais de 12 horas e angina persistente, no período de

setembro de 2016 a dezembro de 2017. Foram avaliadas as características clínicas dos

pacientes, tempo de internação e desfechos durante o período hospitalar. Os pacientes

foram divididos conforme a classificação de Killip e Kimball em dois grupos: grupo 1

(Killip e Kimball I e II) e grupo 2 (Killip e Kimball III e IV). Comparações entre as

variáveis foram realizadas pelo teste do qui-quadrado, teste T e teste de Mann-Whitney,

com programa estatístico SPSS.

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4. RESULTADOS

Foram analisados 106 pacientes no período, sendo que 90 pacientes foram classificados

para o grupo 1 e 16 pacientes do grupo 2. A idade média do grupo estudado foi de

61+11,6 anos e 72,6% eram do sexo masculino. A ocorrência de ECVM foi maior no

grupo 2 quando comparada ao grupo 1 (50% vs. 16,7%, respectivamente; p<0.002)

assim como a mortalidade (25% vs. 5,6%, respectivamente; p<0.01). O tempo médio de

internação no grupo 1 foi 10,3+10,8 dias e no grupo 2 foi 13,1+7,85 dias (p=0,40).

5. CONCLUSÃO

Pacientes com classificação de Killip e Kimball III/IV apresentaram maior ocorrência

de ECVM e maior mortalidade, porém com tempo de internação semelhante aos

pacientes com Killip e Kimball I/II. A ausência de diferença estatística no tempo de

internação pode ser explicada pelo pequeno número de pacientes com classificação de

KK III/IV avaliados. É necessário analisar um maior número de pacientes com infarto

agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCST) para

compreendermos adequadamente o impacto da classificação de Killip e Kimball nos

desfechos clínicos e tempo de internação na nossa instituição.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Micheli Aline Zeppe136

Tatiana Corrêa Ribeiro137

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO NA

RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA APÓS O DIAGNÓSTICO DE

HIV/AIDSA

1 INTRODUÇÃO

A ideia da aids como uma doença mortal existe ainda hoje na população brasileira. O

Brasil é considerado um exemplo no tratamento contra a doença com o seu programa

não só restrito à prevenção, como também, ao tratamento e assistência gratuitos,

entretanto, os estigmas ainda permanecem. “O problema não é mudar a consciência das

pessoas ou o que elas têm na cabeça, mas o regime político, econômico e institucional

de produção da verdade. ”

2 MÉTODO

O vínculo profissional-paciente é uma das estratégias que possibilitam desconstruir as

formas como a Aids e os portadores de HIV foram construídos socialmente e assim,

mesmo que parcialmente, mudar o que a sociedade acredita ser verdade. É através do

vínculo que a equipe multiprofissional do ambulatório de doenças infecciosas consegue

desmistificar idéias e preconceitos que os próprios pacientes possuem. O acolhimento

de um paciente com diagnóstico de HIV/Aids no Hospital Universitário de Santa Maria

é feito preferencialmente no Pronto- Socorro, momento em que o paciente normalmente

chega debilitado e assustado com o diagnóstico. O primeiro contato da equipe

multiprofissional é feito para possibilitar a formação do vínculo, pois é através deste,

que se estabelecem relações de escuta, diálogo e de respeito. O diagnóstico é só uma

pequena parte de quem o sujeito é, enquanto ser integral. Muitas vezes passamos por

vários atendimentos sem nem mesmo falar sobre o HIV em si, e usamos isso como uma

estratégia para que o sujeito volte a se enxergar para além do seu diagnóstico.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A possibilidade de criarmos um grupo para pacientes com HIV, para que juntos

pudessem se reconstruir enquanto sujeitos, surgiu a partir do vínculo estabelecido entre

profissionais e pacientes. Este vínculo gerou uma nova demanda vinda de um paciente

que ressignificou muitos aspectos da sua vida após o diagnóstico. Em sua fala, relatou o

desejo de fazer alguma coisa por outras pessoas que compartilham de histórias

semelhantes.

136 Psicóloga da Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde da

Universidade Federal de Santa Maria; 137Psicóloga da Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde da

Universidade Federal de Santa Maria;

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4 CONCLUSÕES

O vínculo enquanto ferramenta de cuidado permite que o sujeito se sinta empoderado do

seu tratamento e livre para expressar suas reais demandas, proporcionando assim, a

integralidade da assistência, princípio garantido pelo Sistema Único de Saúde.

5. REFERÊNCIAS

1. FOUCAULT, Michel. Os Anormais. Cóllege de France, Martins Fontes. São

Paulo, 2001

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AREA TEMÁTICA : Ensino/ Pesquisa

Autores:

João Felipe Marafiga Brutti

Raíssa Ottes Vasconcelos

Carmen Lúcia Colomé Beck

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ACADÊMICO DE MEDICINA

COMO BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

1 INTRODUÇÃO

É de notório saber que as instituições de ensino superior dividem a graduação em três

grandes pilares para a construção do conhecimento: o ensino, a pesquisa e a extensão.

As três bases, de modos diferentes, qualificam a formação do futuro profissional,

favorecem o crescimento acadêmico, proporcionam vivências e instigam a aceitar novos

desafios.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência de um acadêmico do curso de Medicina, da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), participante do projeto de pesquisa de

uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da

UFSM, intitulado “PERCEPÇÃO DE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM

FRENTE AO PROCESSO DE READAPTAÇÃO FUNCIONAL POR

ADOECIMENTO. As atividades descritas foram desenvolvidas no período de 01 de

agosto a 04 de novembro de 2018, após ter sido selecionado como bolsista do projeto,

por meio de entrevista com a coordenadora.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As atividades iniciaram com reuniões para apresentação detalhada do projeto, com

ênfase nos objetivos, na metodologia e nos resultados esperados. Depois disso, foi

estudado sobre entrevista, uma das técnicas de coleta de dados utilizadas para o

desenvolvimento do estudo, mantendo reuniões semanais para tirar dúvidas e discutir

sobre o assunto. Isso foi muito importante para adquirir novos conhecimentos acerca

dos diferentes tipos de entrevistas, divididas em estruturadas, semiestruturadas e não

estruturas, por exemplo. Ainda, foram feitas reuniões para o aprendizado da realização

de buscas na Biblioteca Virtual da Saúde e também, de levantamentos bibliográficos no

Portal de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES), ambos colocados em prática na realização das revisões que irão

compor a própria pesquisa, que ainda serão discutidas em conjunto. Assim, pude

aprender mais sobre buscas de produções já existentes, que muito além de servirem ao

projeto, servem para a vida e para a manutenção da atualização profissional. Depois

disso, passamos às entrevistas semiestruturadas individuais propriamente ditas, com os

participantes do estudo, as quais pude acompanhar in loco e, após, realizar a transcrição

das mesmas. Neste tipo de entrevista, algumas questões servem como norte, mas o

entrevistado pode responder conforme sentir necessidade de conversar e expor sobre a

temática em estudo. Pude sentir que os entrevistados se sentiam bem ao falar sobre o

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assunto, e úteis, a fim de que seu relato pudesse contribuir para a reflexão e criação de

estratégias de melhoria com relação à readaptação funcional no HUSM.

4 CONCLUSÕES

Acredito ser muito importante para os acadêmicos de graduação participarem como

bolsistas de algum projeto de pesquisa durante a faculdade, a fim de aprimorar seus

conhecimentos e terem novas experiências, tudo isso para atender melhor os futuros

pacientes.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Natália Tonn¹

Sandra Elisa Haas²

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE EXTENSÃO EM

DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA DANDO LUZ A NOVOS CIENTISTAS

1 INTRODUÇÃO

Entre outras competências relevantes à formação universitárias no Brasil, se encontra a

prática cidadã através do oferecimento de benefícios à comunidade. Nesse contexto,

participar de programas de extensão universitária permite essa prática e aumentas as

possibilidades de aprendizagem, realizando o câmbio entre o universo comunitário e o

acadêmico por meio da vivência dos dois contextos. Objetivo: Relatar a relevância de

um projeto de extensão universitária tanto do universitário quanto dos indivíduos da

comunidade por meio do relato de experiência pela perspectiva do realizador da

extensão, o aluno da universidade.

2 MÉTODO

Através de uma metodologia qualitativa, se realiza um estudo no qual ocorre a inserção

de um aluno universitário em sala de aula em escola de Ensino Básico de Uruguaiana no

mês de agosto de 2018, com a observação, conversa e interação com 35 alunos do

terceiro ano do ensino médio local. No ato da vivência se fez uma apresentação e

discussão sobre o tema ciência com o intuito de introduzi-lo aos alunos.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A importância da vivência em questão está no fato de que assuntos que talvez antes

nunca tenham sido pensados e refletidos por esses alunos são discutidos em sala de aula

juntamente com alunos universitário, fazendo assim a divulgação da ciência e da

tecnologia que são determinantes para o desenvolvimento do país. Pois para atender as

necessidades do mercado tecnológico do país é necessário conhecê-lo, a introdução de

temas como ciência, nanotecnologia e nanociência dão a oportunidade de possíveis

novos cientistas despertarem o interesse sobre a área e assim contribuir posteriormente

para a produção científica do país. Ademais, a vivência como a em questão torna

possível estimular a formação cidadã para os alunos universitários, já que esse

desenvolve atividades na comunidade, conhecendo o contexto social, e tendo contato

com a comunidade a qual posteriormente prestará serviços.

4 CONCLUSÕES

A experiência vivida com contexto da aplicação de um projeto de extensão com o

intuito de divulgar a ciência e tecnologia, aqui caracterizada como nanotecnologia,

estimulam a formação cidadã dos alunos universitários a partir do momento que os

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insere na realidade local na qual possivelmente trabalhará futuramente. Além de

estimular a reflexão sobre temas relevantes para atender necessidades do mercado

tecnológicos através daqueles que serão seus futuros profissionais, os atuais estudantes

do ensino básico.

REFERÊNCIAS

1. CNPq. Popularização da Ciência: por que popularizar? Brasília: Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Disponível em: < http://

www.cnpq.br/web/guest/por-que-popularizar/ > Acesso em 05 out 2018.

2. Moreira, I. D. C. (2006). A inclusão social e a popularização da ciência e

tecnologia no Brasil. Disponível em :Inclusão social, 1(2), 11-16, 2006.

3. MOURA, Lúcia de Fátima Almeida de Deus et al . Impacto de um projeto de

extensão universitária na formação profissional de egressos de uma

universidade pública. Rev. odontol. UNESP, Araraquara , v. 41, n. 5, p. 348-352,

Oct. 2012 . Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-

25772012000500009&lng=en&nrm=iso>. access on 07 Nov. 2018.

http://dx.doi.org/10.1590/S1807-25772012000500009. PEREIRA, CJ Haygert;

CORDEIRO, M. d’Ornellas; WELFER, D.; et al. CTdBem - A New Protocol for

Ultra Low Radiation Dose MDCT. Studies in health technology and informatics, v.

245, p. 1029–1032, 2017. Disponível em:

<http://europepmc.org/abstract/med/29295257>. Acesso em: 12 out. 2018.

4. SILVA, Rayane Paula Machado et al. Programa ConsCIÊNCIA na CIÊNCIA:

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DE UM

CURSO DE FÉRIAS EM NUTRIÇÃO. REVISTA BRASILEIRA DE

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, [S.l.], v. 7, n. 2, p. 145-153, nov. 2016. ISSN

2358-0399. Disponível em:

<https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/3109>. Acesso em: 07

nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Sthefany Possamai Gomes138

Cíntia De Ugalde Gründling139

Adriana Farret Brunhauser140

Ariane Erthur Flores141

REPRESENTAÇOES SOCIAIS DA CADEIRA DE RODAS PARA A PESSOA

COM LESÃO MEDULA ESPINHAL.

INTRODUÇÃO

A preocupação de como será introduzida a cadeira de rodas, para a pessoa com LME, é

pouco difundida na área de reabilitação neurológica e está diretamente relacionada às

reações psicossociais vivenciadas ante a súbita repercussão das várias manifestações

clínicas, que conduzem à nova condição de limitações, impostas ao seu novo corpo.

Frente às reflexões sobre o marcado processo de sofrimento do cuidar das pessoas com

LME, esta abordagem não somente será importante para os profissionais fisioterapeutas,

como para toda equipe da área da saúde que assiste esse paciente, para atender às

expectativas de minimizar parte de seu sofrimento, diante de todas as alterações

ocorridas após a lesão. Algumas perspectivas para a sua superação impõem-se à

prioritária efetivação de preparo de profissionais e recursos materiais como forma de

suporte técnico institucional, preferencialmente vinculado a políticas públicas que visem

o atendimento de tão complexas demandas do binômio cuidador-pessoa com

deficiência, considerando-se todas as especificidades psíquicas, culturais e sociais aqui

apresentadas. Objetivo do estudo é buscar compreensão da representação social do uso

da cadeira de rodas, atribuída pelas pessoas com LME.

2 MÉTODO

O estudo caracterizou-se por pesquisa qualitativa descritiva, em participantes 18

participantes formados por oito homens e dez mulheres, com média de idade 45 anos

baseada no referencial da teoria das representações sociais, para a compreensão do

fenômeno sobre a representação da cadeira de rodas, atribuída por pessoas com LME.

Foi realizado um questionário com 18 participantes sobre a representação social da

cadeira de rodas. Ressalta-se a importância dessa escolha pela valorização do saber

popular, para compreender a representação de um objeto social, por meio da interação

de determinado grupo de pessoas com paraplegia, através do conteúdo expresso nas

informações, nas imagens, nas opiniões e nas atitudes, em função do contexto

psicossocial e cultural, vivenciado pelos participantes.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A altura da lesão medular mais evidente nos participantes foi o décimo segundo

segmento torácico (T12), em 40% dos participantes. A aquisição da cadeira de rodas

com recursos próprios foi observada em 80% dos participantes. Na análise foi

observado que a representações sociais da cadeira de rodas para o participante com

lesão medular influencia muito na sua vida diária emocional e funcional. Em questões

que abrangeram a saúde mental foi observado alto índice de depressão nos participantes.

4 CONCLUSÕES

O estudo apresentou as experiências de pessoas que, a partir do comprometimento pela

LME, passam a conviver com uma vida de elaborações e transformações cotidianas,

pertinentes às modificações ocorridas em seu corpo. Novos conceitos e significações

passam a ser construídos nas concepções dessas pessoas com deficiência, representados

pelos saberes populares, baseados em sua experiência cotidiana com o uso da cadeira de

rodas.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. Pereira MEMSM, Araújo TCCF. Estratégias de enfrentamento na reabilitação do

traumatismo raquimedular. Arq Neuro-psiquiatr. 2005.

2. Chau L, Hegedus L, Praamsma M, Smith K, Tsukada M, Yoshida K, et al. Women

living with a spinal cord injury: perceptions about their chanced bodies. Qual.

Health Res. 2008.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Leatrice da Luz Garcia 1

Marco Aurélio Figueiredo Acosta2

Elaine de Oliveira Vieira Caneco 3

Roselaine Brum da Silva Soares 4

Cleide Zemolin 5

Valmir Dutra de Lira 6

REPERCURSSÕES SOBRE O PAPEL DO SUPORTE SOCIAL

OPORTUNIZADO AO IDOSO DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

Com o avançar da idade o idoso tende a necessitar de cuidados, fazendo uso das redes

de suporte social, que podem ser formais e informais. As redes de suporte formal são de

natureza profissional ou institucional, e não envolvem relacionamento íntimo. Já as

redes de suporte informais são constituídas pelos familiares, amigos, vizinhos,

voluntários entre outras pessoas, e é através destas redes que o idoso encontra cuidado.

O objetivo deste estudo é descrever as redes de suporte sociais utilizadas pelo idoso.

2 MÉTODO

Metodologia: trata-se de um estudo descritivo com uma abordagem quantitativa,

realizada com 51 idosos, de cinco grupos de convivências da cidade de Santa Maria/RS.

Os dados formam analisados levando-se em consideração a média, desvio padrão, valor

mínimo, valor máximo e porcentagem.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Percebe-se que as redes de suporte social informal dos idosos são constituídas pelos

familiares, amigos, vizinhos. Os familiares representaram 88,23% da amostra, sendo

que os mais citados: o esposo (82,35%/), os filhos e as filhas (74,50%), a nora

(23,52%), o genro (5,88%) e as irmãs (3,92%). Os vizinhos representaram (29,41%) da

amostra e amigos (23,52%) e foram mais mencionados pelo idoso que moram só.

Quanto as redes de suporte formal a Unidade Básica de Saúde foi mencionada por

80,39% dos idosos e os centros de convivência por (100%) dos idosos.

4 CONCLUSÕES

Constata-se que as redes de suporte informal, formadas pelos familiares, amigos e

vizinhos, são movidas por sentimentos positivos, de afeto e solidariedade para com o

outro, promovendo, estimulado e auxiliando o cuidado e o bem-estar do idoso. Já as

redes de suporte social formal representadas pelos grupos de convivência e pela UBS,

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promovem à sociabilidade, através do contato como o outro, na troca de experiências e

vivências, e na manutenção e formação de novos vínculos de amizade.

REFERÊNCIAS

1. DOMINGUES, M.A. Mapa Mínimo de Relações: instrumento gráfico para

identificar a rede de suporte social do idoso. 2004. 114p. (Tese de Doutorado)

- Faculdade de Saúde Pública da USP, São Paulo, SP, 2004.

2. NERI, A. L.; VIEIRA, L. A. M. Envolvimento social e suporte social percebido

na velhice. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 419-

432, 2013

3. ORNELAS, J. Suporte Social: Origens, Conceitos e Áreas de Investigação.

Análise Psicológica (1994), 2-3 (XII): 333-339

4. NERI, A.L. Palavras-chave em gerontologia. Campinas: 4ª. ed. São Paulo:

Alinea, 2014.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Roselene Silva Souza142

Isolina Maria Alberto Fruet143

Rosane Seeger da Silva3

SALA DE RECREAÇÃO PARA CRIANÇAS EM TRATAMENTO

HEMATO ONCOLÓGICO: BENEFICIO E IMPORTÂNCIA

1 INTRODUÇÃO

A sala de recreação é de extrema importância para a criança internadas em um hospital,

pois estimula a criança a brincar, criar um mundo imaginário onde não existe medo, dor,

perda nem sofrimento, o mundo de faz de conta é mágico e a criança é livre para

imaginar e idealizar o momento que quiser, aprendendo e nos ensinando que na vida o

que importa é viver o momento e isto é a característica marcante da criança com câncer.

Dentro deste contexto, pretende-se descrever a partir da literatura científica os

benefícios e a importância atribuída ao brincar terapêutico para crianças durante o

tratamento hemato-oncológico.

2 MÉTODO

Este estudo trata-se de um recorte do trabalho de conclusão do curso de graduação em

Enfermagem, uma pesquisa bibliográfica que foi elaborada com base em materiais

impressos. Fez-se uma busca na base de dados Literatura Americana e do Caribe em

Ciências da Saúde (LILACS), e portais Scientific Eletronic Librarv online (SCIELO) e

(BDENF). Os critérios de inclusão foram artigos relacionados ao tema, dissertações e

disponibilidade do texto completo em suporte eletrônico gratuito. Os critérios de

exclusão foram resumos, teses e produções repetidas nas bases de dados. A análise de

dados foi feita conforme a análise de conteúdo temático de Minayo (2013) que

compreende três etapas a pré-análise, exploração do material e tratamento dos

resultados obtidos e interpretação dos resultados. Por tratar-se de uma pesquisa

bibliográfica, com uso exclusivo de bases de dados públicos, esta dispensa a submissão

ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Associando os termos de busca, foram encontrados 36 artigos no total, sendo 15 artigos

de Psicologia, cinco da pedagogia, seis da Terapia Ocupacional e dez da Enfermagem. A

baixa inclusão de artigos, na área da Enfermagem, sugere que ainda são raros os estudos

que abordam essa problemática tão urgente em nossa sociedade. Ressalta-se que a

criança com câncer se configura como um ir e vir permeando hora pela autenticidade,

142 Enfermeira; 143 Orientadora; 3Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana/UFSM

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quando ela assume sua doença e seu ser para a morte, ora pela inautenticidade, quando se

deixava levar pelo modo de ser da decadência dos familiares e da equipe de enfermagem e

saúde. A função do brincar não é apenas de liberar desejos, ocultos e reprimidos, mas,

principalmente indicar um plano de atuação, uma estratégia de apropriação da realidade.

4 CONCLUSÕES

Analisando o brincar dessa forma, compreenderemos a sua importância, no contexto

hospitalar, exercendo a função de estratégia de apropriação de uma realidade que não faz

parte da vida cotidiana. Brincar pode favorecer um rico acesso as vivências da criança

gravemente doente. Ainda há muito a ser estudado sobre este assunto, porem acredita-se

que através dessa pesquisa foi possível explicitar a relevância sobre o benefício e a

importância da brinquedoteca, para crianças em tratamento hemato-oncológico e seus

familiares, cuidados humanizados, assistindo de maneira adequada e com qualidade as

crianças hospitalizadas, tornando-as mais felizes e saudáveis.

REFERÊNCIAS

1. ANGELO M, MOREIRA PL, RODRIGUES L.M.A. Incertezas diante do Câncer

infantil. Escola. Anna Nery. Rev Enferm. Abr-jun; 14 (2): 301-308. 2010

2. CASTRO, E.H.B. A experiência do câncer infantil: repercussões familiares,

pessoais e sociais. Revista Mal-estar e Subjetividade. Fortaleza Vol. X, Nº 3 p.

971-994; set/2010.

3. COMARU, N.R.C., MONTEIRO A.R.M. O cuidado domiciliar à criança em

quimioterapia na perspectiva do cuidador familiar. Rev Gaúcha Enferm. Porto

Alegre (RS) 2008 set;29(3):423-30.

4. NASCIMENTO, L.C., ROCHA, S.M.M., HAYES, V.H., LIMA, R.A.G. Crianças

com câncer e sua família. RevEscEnferm USP 2005; 39(4):469-74. São Paulo.

Brasil. 2005.

5. SILVA, T. P. et. al. Cuidados de enfermagem à criança com câncer: uma

integrativa da literatura. Rev. Enf. UFSM 2013 Jan/Abril; (1): 68-78.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Mariane Peripolli Buligon144

Bruna Xavier Morais145

Graziele de Lima Dalmolin146

Cecília Mariane Pinheiro Pedro147

Augusto Maciel da Silva5

SATISFAÇÃO PROFISSIONAL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO

SETOR DE HEMATO-ONCOLOGIA

1 INTRODUÇÃO

As transformações do modo de vida atual também implicaram em mudanças nos

ambientes de trabalho e serviços, em que, atribuições desgastantes são solicitados

diariamente, influenciando no processo saúde-doença do trabalhador, bem como, na

possível diminuição da satisfação profissional do mesmo. Dentre estes trabalhadores,

destacam-se os do setor de hemato-oncologia, que presenciam pacientes em situações de

vulnerabilidade, dor e até mesmo a morte. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi

identificar o componente de maior satisfação profissional da equipe de enfermagem da

hemato-oncologia.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, realizado com 46 enfermeiros atuantes nos

Ambulatórios de Quimioterapia e Radioterapia, Unidade de Oncologia Pediátrica e

Centro de Transplante de Medula Óssea, de um hospital universitário do Rio Grande do

Sul. Utilizou-se o instrumento Índice de Satisfação Profissional que objetiva verificar o

nível de satisfação de enfermeiros em relação aos componentes do trabalho (autonomia,

interação, normas organizacionais, remuneração, requisitos no trabalho e status

profissional). O instrumento é constituído por duas partes, parte A e parte B. A parte A,

utilizada neste estudo, permite medir a importância relativa de cada componente,

atribuída pelo participante da pesquisa a partir do cálculo de um coeficiente de

ponderação. A coleta de dados aconteceu no período de dezembro de 2014, à março de

2015. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva, com emprego do

software estatístico SPSS 17.0. O estudo respeitou as exigências éticas, por meio da

Resolução 466/2012, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE

número:24330213.8.0000.5346 e número de parecer 928.879).

144 Acadêmica de Enfermagem UFSM; 145 Doutoranda de Enfermagem UFSM; 146 Professora Doutora em Enfermagem UFSM; 147 Mestre em Enfermagem UFSM.; 5 Professor Doutor em Estatística UFSM.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Como resultados verificou-se que o componente selecionado como mais importante foi

a interação com coeficiente de 2,96, seguido do componente autonomia com valor de

2,93. Já o componente de menor importância para satisfação foi status profissional

(1,62). Portanto, para a equipe de enfermagem entrevistada, a interação no trabalho

envolve relações interpessoais, cooperação e comunicação formal nas atividades

laborais, sendo importante fator para a satisfação profissional, uma vez que estas são

determinantes para desenvolver o cuidado qualificado e a atuação do trabalho em

equipe em distintos cenários para a saúde. Referente a autonomia, ela é exercida pelo

profissional quando, a partir de sua pro-atividade, utiliza conhecimento científico,

habilidades e competências na prática do cuidado e nas tomadas de decisões, o que, para

a equipe entrevistada é elemento primordial para efetivar uma melhor assistência. Já o

componente de menor satisfação foi o status profissional, na qual, está relacionado ao

sentimento gerado pela pouca valorização profissional.

4 CONCLUSÕES

Nesse sentido, conclui-se que os trabalhadores pesquisados se sentem mais satisfeitos

com elementos que envolvem diretamente o cuidado de enfermagem, ao invés do

reconhecimento e da valorização externa.

REFERÊNCIAS

1. MORAIS, B. X. et al. Satisfação profissional de trabalhadores de enfermagem

de um serviço de hemato-oncologia. Rev Rene (Online), v. 19, p. e3165-e3165,

2018/00 2018. Disponível em: < file:///C:/Users/COMUT100/Downloads/3165-

32769-1-PB.pdf >.

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Área temática: Pesquisa

SEGUIMENTO CLÍNICO DA EXPOSIÇÃO VERTICAL AO HIV:

IMPLICAÇÕES PARA A PESQUISA E ASSISTÊNCIA

Autores: Piaia, K.¹; Pieniz, C.¹; Pereira, M. de O.²; Ferreira, T.³; Bick, M. A.³ ; Paula,

C. C. de4

1Acadêmicas do curso de Medicina da UFSM;

²Acadêmica do curso de Fisioterapia da UFSM;

³ Pós-graduandas do programa de pós-graduação em Enfermagem da UFSM; 4 Profª Drª do Departamento de Enfermagem e Orientadora da UFSM.

RESUMO

Introdução: A transmissão vertical (TV) do vírus da imunodeficiência humana (HIV) é a

principal categoria de exposição em menores de 13 anos no Brasil¹. O seguimento

clínico da criança no Serviço de Atenção Especializada (SAE) deve ocorrer até o 18º

mês de vida e se encerra mediante negativação de anticorpos anti-HIV. O abandono do

acompanhamento clínico impacta diretamente no prognóstico e são necessárias

estratégias para manter a criança vinculada ao SAE, sendo elas o estreitamento do

vínculo entre os profissionais da saúde e os cuidadores da criança, a orientação efetiva

sobre o HIV e os registros adequados das informações. Assim, tem-se como objetivo

avaliar o seguimento clínico de crianças verticalmente expostas ao HIV.

Método: Foi realizado um estudo de caráter documental, vinculado ao Projeto Matricial

“Avaliação da capacidade familiar para cuidar de crianças expostas ao HIV”, do Grupo

de Pesquisa Cuidado à Saúde das Pessoas, Famílias e Sociedade (GP-PEFAS), da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no qual a população alvo era de crianças

nascidas entre junho de 2014 e dezembro de 2017 com idade de zero a 18 meses,

atendidas no ambulatório de infectologia pediátrica do HUSM. Foram consultadas as

notificações de crianças expostas ao HIV (no Núcleo de Vigilância Epidemiológica da

instituição- NVEH) e realizada revisão dos prontuários, que apontaram que 21,3% (n =

31), das 141 crianças avaliadas, apresentavam seguimento clínico incompleto.

Análise e discussão dos resultados: Com o resultado foi realizada uma discussão

multiprofissional e o grupo de pesquisa construiu um memorando direcionado ao

NVEH, sugerindo a realização de busca ativa (ferramenta mais adequada e efetiva), para

localizar as crianças e realizar o encerramento do caso clínico.

Conclusões: O compromisso ético na realização de pesquisas científicas também

implica na assistência à saúde e o pesquisador deve ter a habilidade de reconhecer as

situações éticas conflitantes e posicionar-se. Ao desenvolver uma pesquisa assume-se a

responsabilidade pela criação e utilização do saber gerado, garantindo a ética na

produção dos dados de pesquisas e a bioética no retorno dos resultados aos serviços de

saúde. Este compromisso permite fortalecer o serviço, qualificando os profissionais, em

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específico no que diz respeito aos registros e a busca ativa, potencializando o desfecho

desejado às crianças. Além disso, a importância da pesquisa no âmbito da formação

profissional dos acadêmicos da graduação, enquanto iniciação científica, e de pós-

graduação, vai desde o entendimento do estudante como um indivíduo capaz de

participar de processos de geração de conhecimento; o próprio processo de construção

do projeto de pesquisa, coleta e análise dos dados; a interação entre diferentes áreas da

saúde e o conhecimento das políticas de saúde, bem como da devolutiva para o serviço.

Esse conjunto contribui para uma formação capaz de interligar os variados aspectos que

envolvem a assistência e a pesquisa, oriundos de resultados cientificamente

comprovados para nortear a prática assistencial consolidada e sistematizada.

Referências:

1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids

e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico HIV/Aids. Brasília: Ministério da Saúde,

2016.

Descritores/palavras-chave: Transmissão vertical de doença infecciosa; HIV; Perda de

seguimento.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Eduarda Dalla Costa1

Carine Rieger Donel²

Kamila Caneda Da Costa2

Nathalia Kaspary Boff2

Victória Quadros Severo Maciel2

Rafaela Andolhe3

¹Autora, Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria.

Email:[email protected]

²Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria 3Doutora em enfermagem e docente adjunto do departamento de enfermagem da Universidade Federal de Santa

Maria

SEGURANÇA DO PACIENTE E HIGIENIZAÇÃO DE CELULARES E

DAS MÃOS EM AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE

EXPERIÊNCIA DE PRÁTICA EDUCATIVA

1 INTRODUÇÃO

A segurança do paciente contribui para a melhora do cuidado em saúde, proporcionando

aos pacientes, familiares, gestores e profissionais de saúde o desenvolvimento de um

cuidado seguro. A segurança do paciente se dá por meio de medidas de educação e

divulgação de boas práticas para profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes e

com ações preventivas (Brasil, 2013).

2 OBJETIVO

Este estudo teve por objetivo relatar a experiência de Graduandas de Enfermagem na

realização de uma atividade de prática educativa direcionada para a segurança do

paciente. A atividade teve a intenção de salientar a importância da higienização dos

celulares e das mãos em ambiente hospitalar.

3 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência de Graduandas de Enfermagem do 5ᵒ semestre da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), as quais desenvolveram uma atividade

educativa de promoção da segurança do paciente, que foi desenvolvida na Clínica

Cirúrgica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) em outubro de 2018,

visando conscientizar os pacientes, familiares e equipe sobre a importância da

higienização dos aparelhos celulares e das mãos no ambiente hospitalar na tentativa de

prevenir a disseminação de doenças e infecções. Essa atividade foi realizada junto à

Disciplina de Enfermagem no Cuidado ao Adulto e ao Projeto de Extensão ‘‘Segurança

do paciente e enfrentamento do estresse: cuidado a equipe de enfermagem’’, registro

GAP nᵒ 039524. A prática contou com a demonstração de como higienizar os celulares

utilizando um pedaço de papel toalha e álcool gel que estão acessíveis tanto a equipe,

acompanhantes e pacientes. Além disso, houve uma troca de informação,

proporcionando um diálogo aberto onde os próprios pacientes, familiares e integrantes

da equipe, relataram a importância da realização de tal atividade.

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A vivência da atividade realizada proporcionou uma experiência positiva em relação a

ações voltadas para a segurança do paciente de cunho preventivo e educativo

desempenhadas em ambiente hospitalar.

5 CONCLUSÕES

Diante dessa experiência, concluiu-se que realizar atividades que permitam diálogo e

troca de experiências são positivas. Pacientes, familiares e a equipe são provedores do

cuidado e com a participação de todos, torna-se possível a oferta de um tratamento

eficiente e um cuidado seguro, colocando em prática a segurança do paciente.

Descritores: Educação em enfermagem, segurança do paciente, atividade educativa,

higienização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nᵒ 529, de 1ᵒ de Abril de 2013. Institui o

Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 02 de abr. 2013.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Leonardo Soares Trentin148

Luísa da Rosa Olesiak149

Mikaela Aline Bade München150

Carolina Schmitt Colomé151

Alberto Manuel Quintana152

SENTIMENTO DE SOLIDÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UMA

REVISÃO DE LITERATURA

1 INTRODUÇÃO

A solidão, enquanto um sentimento que provoca dor e angústia, suscita no indivíduo um

mal-estar e a sensação de estar só, ainda que cercado de pessoas, por sentir que lhe falta

suporte, sobretudo de natureza afetiva. (AZEREDO; AFONSO, 2016). Esse sentimento

pode se manifestar em todas as fases da vida do ser humano, desde a juventude até a

velhice. No entanto, essa angústia pode se apresentar de uma forma singular e com mais

intensidade na velhice, pois os idosos podem, frequentemente, expressar sentimentos

negativos devido à combinação do processo de envelhecimento com os estereótipos

sociais, situação a qual poderá influenciar a sua qualidade de vida (CASTRO;

AMORIM, 2016). Frente a um contexto de isolamento de ordem social, surgiram as

instituições de prestação de serviço aos idosos com o objetivo de prover a esses,

cuidados integrais à saúde. O asilo foi uma dessas primeiras instituições preocupadas

em suprir necessidades básicas como a alimentação e à moradia ao idoso. Contudo, a

saúde do idoso asilado nem sempre é valorizada de forma a atender e amparar aspectos

sociais e psicológicos (PESTANA; SANTO, 2008). Diante disso, essa pesquisa

bibliográfica teve por objetivo aprofundar o conhecimento sobre as interfaces de idosos

institucionalizados e o sentimento de solidão.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo que adota como metodologia a revisão narrativa de literatura.

Desta forma, foi realizada uma busca por artigos científicos e livros a partir do viés

subjetivo do pesquisador.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os asilos, atualmente chamados de Instituições de Longa Permanência, são

significativos, porque são lugares seguros para o idoso, proporcionando proteção e

cuidado (EVANGELISTA et al., 2014) – desde que mantenham as condições básicas da

148 Acadêmico do Curso de Graduação em Psicologia. UFSM; 149 Mestranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação. UFSM; 150 Acadêmica do Curso de Graduação em Psicologia. UFSM; 151 Acadêmica do Curso de Graduação em Psicologia. UFSM; 152 Professor do Departamento de Psicologia. UFSM.

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qualidade de vida. Contudo, dentro desses espaços, sentimentos como o de solidão

podem ser desencadeados por fatores como a institucionalização, o isolamento e o mau

relacionamento intergeracional (AZEREDO; AFONSO, 2016). Esse último é fruto,

principalmente, da falta de uma rede de apoio familiar – ausência e/ou abandono dos

filhos e a perda do cônjuge. Notou-se ainda que a solidão, o sentimento de

improdutividade e o abandono são fatores que estimulam e até mesmo acentuam outras

doenças. (PESTANA; SANTO, 2008). Em suma, fica evidente que a manutenção de

vínculos e atividades sociais se constituiu como um fator protetivo em relação à solidão

(CARMONA; COUTO; SCORSOLINI-COMIN, 2014).

4 CONCLUSÕES

A partir desse estudo, torna-se nítido que mesmo estando seguro dentro de uma

Instituição de Longa Permanência, rodeados de profissionais de saúde, bem como de

outros idosos, sentimentos como o de abandono e de solidão podem emergir em um

idoso institucionalizado. Esses sentimentos advêm, principalmente, da falta de uma rede

de apoio familiar e do convívio social. Por isso, é de suma importância a reflexão da

sociedade sobre essa temática e a implementação de iniciativas mais complexas de

suporte social e de políticas públicas voltadas para a população idosa. Além disso, é

importante a expansão de centro-dias, de grupos de convivência e de intervenções

terapêuticas grupais, pois essas atividades beneficiam o bem-estar do idoso, de forma a

promover um amparo efetivo e consequentemente a diminuição do sentimento de

solidão e do agravo de outras doenças.

REFERÊNCIAS

1. AZEREDO, Z. A. S; AFONSO, M. A. N. Solidão na perspectiva do idoso. Rev.

bras. geriatr. gerontol, Rio de Janeiro , v. 19, n. 2, p. 313-324, Apr. 2016.

2. CARMONA, C. F.; COUTO, V. V. D; SCORSOLINI-COMIN, F. A experiência

de solidão e a rede de apoio social de idosas. Psicol. Estud, vol.19, n.4, p. 681-

691, 2014.

3. CASTRO, M; AMORIM, I. Qualidade de vida e solidão em idosos residentes

em lar. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Porto, n. spe3, p.

39-44, abr. 2016.

4. EVANGELISTA, R. A. et al. Perceptions and experiences of elderly residents in

a nursings home. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 48, n. spe2, p. 81-86,

Dec. 2014.

5. PESTANA, L. C.; ESPIRITO SANTO, F. H. As engrenagens da saúde na

terceira idade: um estudo com idosos asilados. Rev. esc. enferm. USP, São

PaulO, v.42, n.2, p.268-275, Junho 2008.

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Área temática: Pesquisa

SÍNDROME DE GULLO EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE

CASO

Autores: Piaia, K.¹; Benetti, O. H.¹; Caixeta, M.¹; Rodrigues, M.C.²; Pillon,

C.G.³; Prola, I.R.D.4

¹Acadêmicos do curso de Medicina da UFSM;

²Médica residente em Terapia Nutricional do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM);

³ Médica gastroenterologista pediátrica; 4Orientador e médico gastroenterologista pediátrico.

RESUMO

Introdução: A Síndrome de Gullo (ou hiperenzinemia pancreática benigna) é

considerada rara, principalmente na população pediátrica. É caracterizada pelo aumento

das enzimas pancreáticas de forma isolada, sem sinais clínicos ou radiológicos de

pancreatite, ou de outras doenças que cursam com alteração das enzimas. Em crianças

as prevalências são: hiperamilasemia, < 5% dos casos; hiperlipasemia, < 1% dos casos;

ambas, 95% dos casos. Pode ser de caráter familiar (39% dos casos) ou esporádico.

Metodologia: Foi realizada revisão do prontuário e dos exames do paciente, bem como

da literatura para relatar um caso raro de Síndrome de Gullo em paciente pediátrico.

Descrição do caso: Paciente masculino, 2 anos e 8 meses, procedente de Santo

Ângelo/RS, com diagnóstico de colite alérgica desde 2016, usando fórmula

extensamente hidrolisada e em remissão da doença. Em 2017 foi internado em UTI

pediátrica na cidade de Santa Maria/RS por diagnóstico de pancreatite devido à história

de vômitos, febre e diarreia, associada ao aumento das enzimas pancreáticas. Porém, a

criança não apresentava dor abdominal e os exames de imagem eram normais (Raio X -

RX, Ultrassom - US e Tomografia Computadorizada - TC - de abdome). A enzima com

maior aumento era a lipase (4x Limite Superior da Normalidade - LSN). Durante

acompanhamento ambulatorial, após a resolução do quadro de pancreatite presumida,

permaneceu com as enzimas pancreáticas elevadas, apresentando variação nos valores,

porém mantendo sempre acima do LSN. A amilase era aumentada em cerca de 1,5 vez,

e a lipase de 2 a 4 vezes o LSN. Devido aos níveis séricos estarem sempre elevados, aos

exames de imagem serem normais e não haver queixa de dor abdominal, foi feita a

hipótese diagnóstica de Síndrome de Gullo. Sendo assim, foi iniciada a investigação

familiar com coleta de exames laboratoriais e realização de exames de imagem. Exames

laboratoriais: do pai, alterados (lipase 4 vezes acima do LSN); da mãe, normais. Exames

de imagem: do pai, normais (RX, US e TC de abdome). Tia paterna da criança

apresentou aumento somente da lipase em 0,5 vez o LSN. Avós e bisavô paternos sem

alterações nos exames laboratoriais.

Conclusão: A Síndrome de Gullo é considerada rara, principalmente na faixa etária

pediátrica. Os valores séricos são elevados e flutuantes podendo, inclusive, estarem

normais em alguns períodos, dificultando o diagnóstico definitivo. Apresenta evolução

crônica, porém benigna. Seu conhecimento é importante para que sejam evitados

procedimentos diagnósticos desnecessários nos portadores da síndrome.

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Referências:

GULLO, L. et al. Benign pancreatic hyperenzymemia or Gullo's syndrome. Advances in

medical sciences, v. 53, n. 1, p. 1, 2008. GALASSI, Eleonora et al. A 5-year experience

of benign pancreatic hyperenzymemia. Pancreas, v. 43, n. 6, p. 874-878, 2014. GULLO,

Lucio; MIGLIORI, Marina. Benign pancreatic hyperenzymemia in children. European

journal of pediatrics, v. 166, n. 2, p. 125-129, 2007. LIONETTI, Elena et al. Two rare

cases of benign hyperlipasemia in children. World Journal of Clinical Cases: WJCC, v.

2, n. 1, p. 16, 2014.

Palavras-chave: Síndrome de Gullo; hiperenzinemia pancreática benigna; pediatria

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

SÍNDROME DOS VÔMITOS CÍCLICOS: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

UTILIZADOS EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA

Caixeta, Marina S.¹ (GR); Benetti, Otávio H.1(GR); Piaia, Kauanni¹ (GR); Marlucy

C.²(R3); Camile G.³(MD); Prolla, Ivo R. D.³(MD).

¹Monitores de Pediatria, Departamento de Pediatria, Centro de Ciências da Saúde, Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM); ² Residente de Terapia Nutricional Pediátrica, Hospital Universitário

de Pediatria (HUSM), UFSM; ³ Gastroenterologistas Pediátricos, HUSM, UFSM.

Introdução: A Síndrome dos Vômitos Cíclicos (SVC) é um distúrbio funcional

caracterizado por episódios recorrentes de náuseas e vômitos que duram de horas a dias,

seguidos de intervalos assintomáticos, com retorno ao estado basal do paciente. Sua

etiologia e fisiopatologia são pouco conhecidas. Sabe-se que há uma forte associação

desta síndrome com a enxaqueca, pois apresentam similaridade de sintomas, evolução e

resposta positiva ao uso de medicamentos anti-enxaqueca. Por não haver uma etiologia

definida, nem marcadores laboratoriais específicos que confirmem o diagnóstico,

muitos pacientes ficam sem o tratamento adequado. O diagnóstico, dado pelos critérios

do ROMA IV, devem incluir: 1) Ocorrência de dois ou mais episódios de náuseas e

vômitos com duração de horas a dias nos últimos seis meses; 2) Episódios

estereotipados em cada paciente; 3) os episódios devem ser separados por semanas a

meses por períodos assintomáticos; 4) Exclusão de outras causas. O estudo tem como

objetivo avaliar se realmente há necessidade de preenchimento de todos os critérios

diagnósticos do ROMA IV para iniciar o tratamento para SVC, ou se há benefício em

iniciar o tratamento empírico naqueles em que a hipótese de SVC é altamente provável,

independente do preenchimento de todos os quatro critérios.

Métodos: análise de prontuários dos pacientes ambulatoriais do setor de

Gastroenterologia Pediátrica do HUSM, que se consultaram no período de outubro de

2012 a abril de 2018, com um total de 565 pacientes. Foram selecionados aqueles com

diagnóstico de SVC, e coletados dados quanto ao quadro clínico e resposta ao

tratamento.

Análise e discussão dos resultados: 3% dos pacientes receberam hipótese diagnóstica

inicial de SVC e receberam o tratamento para a mesma. 14 deles obtiveram resposta

total ao tratamento (ciproeptadina: 11 pacientes; amitriptilina: 3 pacientes) e 4

obtiveram resposta parcial. Dos 18 pacientes, 6 e 8 deles, não preencheram os critérios 1

e 3 do ROMA IV, respectivamente. Os critérios mais valorizados foram o 2 e o 4. Além

destes, a resposta ao teste terapêutico foi incluída como mais um critério para a

confirmação diagnóstica.

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Conclusão: os pacientes com diagnóstico de SVC avaliados no nosso serviço se

beneficiaram do tratamento proposto, mesmo sem preencher todos os critérios

diagnósticos dados pelo ROMA IV.

Referências:

Drossman DA. The Rome IV Committees, editor. History of functional gastrointestinal

symptoms and disorders and chronicle of the Rome Foundation. In: Drossman DA,

Chang LC, Kellow WJ, Tack J, Whitehead WE, editors. Rome IV functional

gastrointestinal disorders: disorders of gut-brain interaction. I. Raleigh, NC: The Rome

Foundation; 2016.

Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP: calendário de puericultura. Disponível em:

www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/CalendarioPuericultura_Jan2014.pdf

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Fernanda Luisa Buboltz1

Isadora Rinaldo Scaburi2

Caroline Felix Ribeiro3

Julia Heinz da Silva4

Augusto Maciel da Silva5

Eliane Tatsch Neves6

SOBRECARGA E CARACTERIZAÇÃO DE MULHERES

CUIDADORAS DE CRIANÇAS COM CUIDADOS CONTÍNUOS E

COMPLEXO

1 INTRODUÇÃO

As crianças com cuidados contínuos e complexos são aquelas que possuem doenças

complexas e necessitam de cuidados ininterruptos, especializados, hospitalizações

prolongadas, gerando um aumento significativo nas demandas de assistência em saúde

(MORAES; CABRAL, 2012). Neste contexto, na maioria dos casos, o cuidado destas

crianças está sob a responsabilidade da mulher cujas demandas diárias de cuidados

acabam gerando sobrecarga a elas (REHM, 2013). Justifica-se este estudo pela

necessidade do desenvolvimento de estratégias e ações, visando a qualidade de vida de

todos membros da família.

2 OBJETIVO

Descrever a sobrecarga e as características sociodemográficas de mulheres cuidadoras

de crianças com cuidados contínuos e complexos.

3 MÉTODO

Trata-se de um recorte de tese de doutorado, com método mista, desenvolvida em um

hospital escola e uma APAE do Sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de

escala de sobrecarga e questionário sociodemográfico com mulheres cuidadoras de

crianças com cuidados contínuos e complexos. Os dados foram submetidos à análise de

estatística descritiva.

_____________________________ 1 Enfermeira, Mestre em Enfermagem pelo programa de pós-graduação em Enfermagem 2 Graduanda em Medicina da UFSM 3 Graduanda em Enfermagem da UFSM 4 Enfermeira, Mestre em Enfermagem pelo programa de pós-graduação em Enfermagem 5 Professor do departamento do curso de Estatística da UFSM 6 Pós-doutora em Saúde Pública pela escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade

de São Paulo – EERP/USP

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4 RESULTADOS

A faixa de idade das mulheres cuidadoras é de 20 a 35 anos (N=46), sendo que 64%

(N= 53) delas são casadas e 93% (N=77) das cuidadoras são a mãe da criança. Além

disto, 64% (N=53) destas mulheres possuem como ocupação cuidar da criança, 51%

(N=42) das famílias possuem uma renda de até um salário mínimo regional e 59%

(N=49) recebem auxílio do governo federal como bolsa família e auxílio de prestação

continuada. Corroborando com alguns destes resultados, estudo realizado no Canadá,

com cuidadoras de crianças com doenças neurológicas incapacitantes, indicou que

82,4% eram mães, possuíam idade média de 42 anos, sendo que 83,3% eram casadas ou

em relação estável (GARDINER, MILLER, LACH, 2018). Dados da sobrecarga destas

mulheres ainda estão em processo de análise.

5 CONCLUSÕES

As mulheres cuidadoras de crianças com cuidados contínuos e complexos, participantes

da fase quantitativa desta pesquisa, são mães, com idade média de 28 anos, casadas e

com uma renda familiar em torno de um salário mínimo regional.

REFERÊNCIAS

1. BROWN,B.J.; et al. Burden of health-care of carers of children with sickle cell

disease in Nigeria. Health Soc Care Community.v. 8, n3 p. 289–95. 2010.

2. GARDINER, E.; MILLER,A.R ; LACH,L.M. Adaptive and maladaptive predict

family impact. Journal of Intellectual Disability Research. v.62, n.10 October.

2018.

3. MORAES, J. R.M. M.; CABRAL, I.E. A rede social de crianças com

necessidades especiais de saúde na (in) visibilidade do cuidado de enfermagem.

Rev. Latino-Am. Enfermagem. v. 20, n.2, [08 telas]. Mar/abr. 2012.

4. REHM, R. S. Nursing’s contribution to research about parenting children with

complex chronic conditions: An integrative review. Nurs Outlook. 2013. <

Disponível em www.sciencedirect.com> Acesso em:20 set. 2016.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Adilaeti Paiva Lopes153

Rosângela Marion da Silva154

SONO EM PUÉRPERAS

1 INTRODUÇÃO

O puerpério é o período até os seis meses de vida do bebê (BRASIL, 2006). Neste

período a mulher passa por diversas alterações emocionais que podem se manifestar de

várias formas, incluindo perturbação do sono. O objetivo do estudo é avaliar a

sonolência diurna excessiva e a qualidade de vida (QV) de mulheres no puerpério em

acompanhamento em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) de um município do

Rio Grande do Sul.

2 MÉTODO

Pesquisa de campo, descritiva, com abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu

entre os meses de setembro e novembro de 2017 antes ou após a consulta de

puericultura que é realizada na ESF. Os critérios de inclusão do estudo foram: puérperas

com idade superior a 18 anos, período pós-parto (imediato, mediato, tardio ou remoto)

entre os meses setembro a novembro do corrente ano, ter realizado acompanhamento

pré-natal na ESF e estar amamentando exclusivamente o recém-nascido. Foram

utilizados um questionário para caracterização, a escala de Sonolência de Epworth e a

escala WHOQOL-Bref para avaliar a QV. A análise dos dados foi realizada com auxílio

do programa Predictive Analytics Software, da SPSS Inc. (Chicago – USA), versão 15.0

for Windows. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa parecer número

2.271.342.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Participaram da pesquisa 20 puérperas em aleitamento materno exclusivo até os seis

meses, com idade média de 24 anos (dp= 6,09) com pelo menos 1 filho. Houve recusa

de 2 puérperas. Identificou-se que 45% das mulheres está insatisfeita com o seu sono

(n=9), sendo a média com a pior classificação. A maioria não apresentou sonolência

diurna excessiva (SDE) (65%). As puérperas apresentam uma boa QV (média = 61,92).

Sobre a avaliação da QV, identificou-se que o domínio relações sociais foi o que obteve

maior média (72,08), e o domínio físico a mais baixa (48,93). Estudo avaliou mulheres

no período pós-parto com QV (52,08%), sendo os domínios que apresentaram o mais

baixo valor foram o físico e psicológico. (MORTAZAVI et al, 2014). Este estudo vai de

encontro aos resultados encontrados nesta pesquisa, que durante o período pós-parto

153 Curso superior em medicina, Universidade Federal de Santa Maria e bolsista PROIC-HUSM; 154 Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria;

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apesar da mulher estar vivenciando uma experiência nova, esta não afeta a sua saúde e

nem sua QV de uma maneira negativa.

4 CONCLUSÕES

Mesmo com resultados satisfatórios quando a QV e a SDE encontrados pelo estudo, é

importante que o profissional de saúde atente-se a estes fatores em suas pacientes visto

que o puerpério é um período de vulnerabilidade emocional à mulher e que pode ser

agravado pela baixa qualidade do sono, afetando em sua qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área Técnica de Saúde

da Mulher. Pré-natal e puerpério: Atenção qualificada e humanizada – Manual

técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

MORTAZAVI, F. ET AL. Maternal quality of life during the transition to motherhood.

Iran Red Crescent. Med. J. v. 16, n. 5, p. 8443, may, 2014.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Giovana Sangiogo Dallabrida155

Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini156

Angélica Dalmolin157

TECNOLOGIA AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM

PACIENTES E FAMILIARES NO PÓS-OPERATÓRIO DE

COLOSTOMIA

1 INTRODUÇÃO

A colostomia é um procedimento cirúrgico no qual é realizada a exteriorização do

intestino grosso pelo abdômen, para a eliminação de fezes. Deste modo, altera a

autoimagem do paciente, repercutindo nas suas atividades diárias de vida, afetando as

dimensões fisiológicas, emocional, social e espiritual. O enfermeiro mostra-se

fundamental no processo de adaptação do paciente e de sua família a nova realidade de

vida, atuando enquanto educador, a fim de facilitar o ensino para as práticas de cuidado

e autocuidado. Assim, pode usufruir de tecnologias educativas audiovisuais, com vistas

a facilitar o processo educativo, sendo um subsídio para a educação em saúde.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência acerca de um projeto de extensão, que tem por

objetivo utilizar um vídeo educativo para educação em saúde de pacientes e suas

famílias no pós-operatório de cirurgia para a confecção de uma colostomia. As ações

extensionistas foram realizadas na Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário de Santa

Maria, durante o primeiro semestre de 2018. A equipe que desenvolve a atividade é

composta por uma enfermeira e uma acadêmica de enfermagem, bolsista de extensão,

sob a supervisão da professora orientadora.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As ações são realizadas semanalmente, sendo iniciadas com a busca ativa dos pacientes.

Após localizar os mesmos, é realizado o convite para participar da atividade. Mediante

aceite, é entregue um termo de consentimento livre e esclarecido, em duas vias, e

preenchido um questionário com questões sócio demográficas e clínicas, a fim de

conhecer o perfil dos participantes. Quando possível, a ação é realizada na sala de

educação em saúde, do contrário acontece no leito do paciente. Para o desenvolvimento

da atividade são utilizados notebook e caixa de som para viabilizar a exibição do vídeo

155 Graduanda em enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Email:

[email protected]; 156 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente adjunta do departamento de enfermagem da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); 157 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de

Santa Maria (UFSM).

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educativo, e, também, alguns materiais, como: bolsas coletoras, clampes e medidores de

estomia. O vídeo educativo reúne informações por meio de recursos audiovisuais sobre

a higienização e troca da bolsa coletora, bem como os matérias necessários para sua

manutenção e informações sobre a alimentação. Para mais, contém o relato de uma

pessoa estomizada, a qual conta sua experiência sobre o viver e conviver com a

colostomia e o relato de um familiar coparticipante do cuidado, presente na fase

adaptativa. Ao final da exibição do vídeo educativo é realizada uma conversa com o

paciente e sua família, contribuindo com algumas orientações complementares e

sanando possíveis dúvidas. Para mais, é disponibilizada aos participantes uma cópia do

vídeo em DVD, para que possam assistir em seu domicílio após a alta hospitalar.

4 CONCLUSÕES

É possível perceber que a utilização da tecnologia audiovisual possibilita a socialização

do conhecimento entre a enfermagem, o paciente e sua família, subsidiando de forma

efetiva orientações e informações para o cuidado e autocuidado, com vistas a facilitar o

retorno ao domicílio. Logo, a educação em saúde por meio do vídeo educativo auxilia

no empoderamento e a emancipação dos sujeitos envolvidas nas práticas pedagógicas,

favorecendo a qualidade de vida dessas pessoas.

Descritores: Enfermagem. Educação em saúde. Colostomia.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores: Natiely Lange Silva158

Nathalie da Costa Nascimento159

Fabiane Angelo Bortoluzzi160

Morgana Machado161

Sabrina Franchi162

Luisiana Fillipin Onófrio163

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS - UMA AÇÃO DO PROJETO DE

EXTENSÃO CUIDADO E ATENÇÃO AO ADOLESCENTE E À

CRIANÇA EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO (CAACTO)

1 INTRODUÇÃO

O projeto CAACTO tem como objetivo principal a promoção de ações de cuidado e

atenção integral à saúde de crianças e adolescentes em tratamento hemato-oncológico e

aos seus familiares e cuidadores, na perspectiva da humanização da atenção à saúde.

Desta forma, foram desenvolvidas ações envolvendo a Terapia Assistida por Animais,

popularmente conhecida como Pet Terapia, a qual contempla três âmbitos de atuação:

Terapia, Educação e Atividade, cada uma com suas especificidades e benefícios por

meio da interação humano-animal. Cada uma dessas práticas possui objetivos próprios e

pode ser indicada para diferentes situações, tendo como proposta promover o

desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo e social dos pacientes onde o Cão de Apoio

Social aparece como facilitador.

2 MÉTODO

Trata-se do relato das experiências dos participantes do projeto com a Terapia Assistida

por Animais no Centro de Tratamento da Criança com Câncer (CTCriaC), as quais

tiveram início em agosto de 2018 e vem acontecendo semanalmente, com duração de

duas horas, a partir de ações do projeto de extensão Cuidado e Atenção ao Adolescente

e à Criança em Tratamento Oncológico (CAACTO) registrado sob o nº CAEE 048269.

158 Terapeuta Ocupacional no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar no

Sistema Público de Saúde com Ênfase em Hemato-Oncologia; 159 Terapeuta Ocupacional no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar no

Sistema Público de Saúde com Ênfase em Hemato-Oncologia; 160 Psicóloga Doutoranda em Educação no Programa de Pós Graduação em Educação na Universidade Federal de Santa

Maria; 161 Graduanda em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria; 162 Graduanda em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria; 163 Terapeuta Ocupacional HUSM/EBSERH.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A Terapia Assistida por Animais tem contribuído positivamente no cotidiano de

pacientes e familiares, os quais esperam ansiosos pela visita do Cão de Apoio Social,

Pepê. As ações têm como objetivo principal minimizar os agentes estressores da

internação, através do lúdico. A Pepê participa como facilitadora das intervenções,

como por exemplo, na aferição de sinais vitais, as quais algumas crianças têm medo.

4 CONCLUSÕES

Com base no vivenciado pelos participantes do projeto durante os meses iniciais em que

a Pet Terapia tem sido utilizada como terapia complementar, pode-se visualizar

benefícios, principalmente quando se trata de crianças hospitalizadas. Cada vez mais,

faz-se de suma importância que estudos sobre o tema sejam publicados, bem como que

outros hospitais/unidades possam aderir a esta terapia complementar e assim auxiliar a

amenizar o processo de internação e adoecimento de pacientes e familiares.

REFERÊNCIAS

1. Kawakami, C. H., & Nakano, C. K. (2002). Relato de experiência: terapia

assistida por animais (TAA)-mais um recurso na comunicação entre paciente e

enfermeiro. In Proceedings of the 8. Brazilian Nursing Communication

Symposium.

2. Crippa, A., & dos Santo Feijó, A. G. (2014). Actividad asistida por animales,

como una alternativa complementaria para el tratamiento de los pacientes: la

búsqueda por la evidencia científica. Revista Latinoamericana de Bioética,

14(26-1), 14-25.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Larissa Teresita Rodriguez Pintos164

Sabrina de Oliveira de Christo165

Ylana de Albeche Ambrosio 166

Sara Soares Milani167

TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS NA AVALIAÇÃO DA

CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS

1 INTRODUÇÃO

Com o avanço da idade, os indivíduos idosos apresentam menor capacidade funcional e

apresentam maiores condições crônicas, o comprometimento da capacidade funcional

do idoso tem implicações importantes, contribuindo para diminuição do bem-estar.

Visto que o ato de andar é uma das principais atividades de vida diária, os testes de

caminhada têm sido propostos para medir o estado ou capacidade funcional do paciente,

entre os testes mais usados está o teste de Caminhada de Seis Minutos que verifica a

resposta de um indivíduo ao exercício e é um meio de descobrir a capacidade

respiratória, cardíaca e metabólica de uma pessoa que possui alguma alteração.

Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a capacidade funcional de idosos

institucionalizados através do teste de caminhada de 6 minutos.

2 MÉTODO

Para a realização dessa pesquisa foi utilizado o Teste de Caminhada de 6 Minutos

(TC6M), que tem como objetivo avaliar a distância percorrida durante 6 minutos. Os

materiais utilizados foram: fita métrica, dois cones, cronômetro, oxímetro, estetoscópio

e esfignomanômetro. Foram verificadas: a pressão arterial, frequência cardíaca,

frequência respiratória e saturação de cada participante antes e após a realização do

teste. Foi realizado no pátio da instituição, o participante foi instruído a caminhar de

acordo com sua capacidade durante 6 minutos e informado que poderia parar no meio

do percurso para descansar, que deveria avisar e parar de caminhar caso estivesse

sentindo-se mal. Durante a caminhada foi dado estímulos verbais ao participante: “está

indo bem”, “falta pouco”, “sente-se bem? ”. O teste foi realizado novamente em menos

torno de 7 dias para a comparação de valores.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Segundo Enright & Sherrill a distância percorrida no TC6 (DTC6) média é 576 m para

os homens e 494 m para as mulheres, a distância é consideravelmente menor para

homens e mulheres de idade avançada. Essa pesquisa foi aplicada em 6 idosos

164 Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM ; 165; Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM 166; Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM 167. Académica do curso de graduação em Fisioterapia/ULBRA SM

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institucionalizados de ambos os sexos. Os idosos avaliados não apresentaram bom

prognóstico, dos 6 avaliados 1 não conseguiu realizar o teste durante o tempo de 6

minutos (no 1º e 2º dia) e 2 pararam durante a realização do teste para descansar (duas

vezes). A distância percorrida no segundo dia foi relativamente maior que a do primeiro

dia, sendo que apenas 2 participantes não ultrapassaram a distância percorrida do

primeiro dia. Nesse estudo a menor e a maior distância percorrida foi de 108 metros no

primeiro dia e 228 metros no segundo dia, respectivamente.

4 CONCLUSÕES

Foi possível concluir que os idosos avaliados possuem pouca capacidade funcional,

apresentaram dificuldade em deambular por um longo período devido há algumas

variáveis, por isso, torna-se importante desenvolver um trabalho com esses idosos

institucionalizados para que haja maior desenvolvimento de suas capacidades, além de

melhorar e prevenir alguns acometimentos advindos da idade.

REFERÊNCIAS

1. ALVES,Luciana Correia; LEIMANN, Beatriz Consuelo et al. A influência das

doenças crônicas na capacidade funcional dos idosos do Município de São Paulo,

Brasil. 2007. Disponivel em:

https://www.scielosp.org/article/csp/2007.v23n8/1924-1930/pt/.

2. FERNANDES, Pâmela Matias; PEREIRA, Natália Herculano et al. Teste de

Caminhada de Seis Minutos: avaliação da capacidade funcional de indivíduos

sedentários. João Pessoa, 2012. Disponivel em:

http://www.onlineijcs.org/english/sumario/25/pdf/v25n3a04.pdf. Acesso em: 14 de

outubro de 2018.

3. SQUASSONI, Selma Denis; MACHADO, Nadine Cristina et al. Comparação entre

os testes de caminhada de 6 minutos realizados em pacientes com doença pulmonar

obstrutiva crônica em diferentes altitudes. São Paulo, 2014. Disponivel em:

http://www.scielo.br/pdf/eins/v12n4/pt_1679-4508-eins-12-4-0447.pdf. Acesso em:

14 de outubro de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Abner Vieira Rodrigues168

Otávio Hoss Benetti1

Marlucy Corin Rodrigues169

Camile Goebel Pillon170

Ivo Roberto Dorneles Prola4

TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO NO DIAGNÓSTICO DA

INTOLERÂNCIA À LACTOSE E DO SUPERCRESCIMENTO

BACTERIANO DO INTESTINO DELGADO

1 INTRODUÇÃO

O Teste do Hidrogênio Expirado (TH2) é uma ferramenta diagnóstica importante na

abordagem de pacientes com suspeita de Intolerância à Lactose (IL) e/ou

Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado (SBID) e tem a vantagem de não ser

invasivo. Baseia-se na dosagem do H2 no ar expirado resultante da fermentação de um

substrato pelas bactérias intestinais. Conforme a hipótese diagnóstica, determina-se o

substrato a ser utilizado. O objetivo deste estudo é avaliar os resultados do TH2 em um

grupo de crianças com suspeita de IL e/ou SBID.

2 MÉTODO

Estudo retrospectivo baseado nos laudos do TH2 realizado em crianças em laboratório

privado na cidade de Santa Maria - Rio Grande do Sul. O aparelho utilizado foi o Micro

H2 (Micro Medical), que determina as concentrações em ppm (partes por milhão) de

hidrogênio no ar expirado. Foram coletadas amostras em jejum e após a ingestão do

substrato em intervalos de tempos definidos no protocolo de coletas por duas a três

horas. O substrato utilizado foi a lactose na dose de 2g/kg, sendo o máximo 25g,

diluídos a 10%.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram estudados 29 pacientes, incluindo adultos e crianças. Na faixa etária adulta,

foram estudados 4 pacientes com idades de 20 e 62 anos, sendo 75% do sexo feminino.

Entre os 4 adultos, 3 apresentaram IL. Na faixa etária pediátrica, foram estudados 23

pacientes com idades de 1 a 12 anos, sendo 52,2% do sexo feminino. Quanto aos

diagnósticos, na faixa etária pediátrica, 21,7% apresentaram IL, 21,7% SBID e 8,7%

ambos os diagnósticos associados. Esses resultados demonstram que o exame pode ser

executado em qualquer faixa etária, sendo que para interpretação não apenas os

resultados numéricos, mas também a clínica apresentada durante e após o teste devem

ser considerados para o diagnóstico correto. Surpreendentemente, na população

pediátrica estudada, observou-se prevalência elevada de SBID (30,4%). Esse

168 Acadêmico de Medicina da UFSM; 169 Médica residente em Terapia Nutricional do HUSM; 170 Médica gastroenterologista pediátrica do HUSM; 4 Orientador e médico gastroenterologista pediátrico do HUSM.

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diagnóstico seria difícil de ser confirmado com outra metodologia e frequentemente não

recebe a importância e o tratamento adequado.

4 CONCLUSÕES

O TH2 é um exame não invasivo, de fácil execução e que deve ser considerado na

avaliação de pacientes com suspeita de IL mas também do SBID, cuja suspeita

diagnóstica é pouco considerada.

REFERÊNCIAS

1. GASBARRINI, A; et. al. Methodology and indications of H2-breath testing in

gastrointestinal diseases: the Rome Consensus Conference. Aliment Pharmacol

Ther 29 (Suppl. 1), 1–49. 2009. Blackwell Publishing Ltd. Disponível em:

<https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1365-2036.2009.03951.x>.

Acesso em: 08 nov. 2018.

2. HEYMAN, Melvin B.; Lactose Intolerance in Infants, Children, and Adolescents.

Pediatrics Volume 118, Number 3, September 2006. Disponível em:

<http://pediatrics.aappublications.org/content/pediatrics/118/3/1279.full.pdf>.

Acesso em: 08 nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

RAPOSO, Leidi Luzia da Silva1

SCHIRMANN, Cássia Lutiane2

ALMEIDA, João Victor Guimarães Almeida3

WEBER, Elton4

TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA EM MMII UTILIZANDO

ENXERTO DE PELE PARCIAL: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Os processos cicatriciais transcorrem de variadas maneiras e mesmo com diversos

estudos, a cicatrização de úlceras ainda é desafio de pesquisas (MORAES, 1998). O uso

de enxertos de pele abrevia o tempo de cicatrização, preserva o paciente de infecções

oportunistas e danos estéticos. Os enxertos livres de pele são cortes parciais do

tegumento retiradas do local doador e transferidas para a área receptora, recobrindo a

área danada, a adquirir novo suprimento sanguíneo, e manter a viabilidade das células

transplantadas (NAKANO, 1992).

OBJETIVO

Relatar a cicatrização de úlcera venosa de MMII interligada a refluxo de veias safenas

com evolução de quase 50 anos, utilizando tratamento de enxerto de pele parcial.

MÉTODO

Trata-se de um relato de caso de paciente ARS, branca, feminina, aposentada, viúva, 72

anos. Apresentava úlcera venosa em MMII há quase 50 anos. Foi realizado no ano de

2016, o tratamento cirúrgico com enxerto de pele parcial, associado a antibioticoterapia

e compressão elástica devido a cronicidade, extensão e gravidade da lesão, seguindo os

protocolos. O método adotado consistiu inicialmente na remoção da área doadora -coxa

do mesmo membro em face antero-lateral utilizando um dermátomo. Logo após, foi

realizada a limpeza da área receptora com o uso de lâmina de bisturi número 15,

debridamento mais intenso nas bordas da lesão e o implante da pele foi fixada com

pontos de mononylon 5-0 e posterior curativo e compressão com atadura.

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ANÁLISE DOS RESULTADOS

O enxerto de pele, no caso da paciente ARS, foi bem recomendado e mostrou excelente

aceitação tecidual, apresentando tempo de recuperação abreviado conforme o esperado,

cicatrização da úlcera de forma satisfatória e resolução sintomática pelo período mínimo

de seis meses.

CONCLUSÃO

O caso citado ganha notoriedade devido ao tempo da lesão (quase 50 anos, conforme

relatado pela paciente) e o tipo de lesão/ gravidade conforme a idade da mesma (úlcera

venosa em membros inferiores localizada em terço distal das pernas e tornozelo).

Acrescenta-se ao caso, o fato de não haver fatores de risco adquiríveis pela paciente não

hipertensa, não diabética, não tabagista, apesar de, ser do sexo feminino. A vida

saudável embora prejudicada, ao longo dos anos, em convívio com a lesão de perna

pode ter sido fator protetor contra a progressão da úlcera e a favor da cicatrização do

enxerto. Dessa forma, a resolubilidade da úlcera através do enxerto, em paciente

favorável e saudável, é sempre assertiva, mesmo com uma lesão com muitos anos de

progressão, desde que excluída infecções ativas e neoplasia

DESCRITORES: úlcera varicosa, transplante de pele, úlcera de perna, varizes, enxerto

de pele.

REFERÊNCIAS

1. De Moraes AM, Annichino-Bizachi JM, Rossi ABR. Use of autologous fibrin

glue in dermatologic surgery. Rev Paul Med. 1998; 116:1747-52.

2. Nakano M, Yoshida T, Ohura T, Azami K, Senoo A, Fuse Y. Clinicopathologic

studies on human epithelial autografts and allografts. Plast Reconstr Surg.

1992;90:899-909

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autor:

Erisvan Vieira da Silva171

ÚLCERAS POR PRESSÃO: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA

1 INTRODUÇÃO

As úlceras por pressão são lesões derivadas de pressão constante, forças de fricção ou

cisalhamento, empregadas sobre proeminências ósseas e/ou superfícies de sustentação

do corpo, acarretando a interrupção da irrigação sanguínea, devido a oclusão de vasos e

capilares, isquemia por falta de oxigenação e nutrientes para as células podem gerar a

morte celular. Um dos fatores de risco desencadeante das úlceras é a imobilização por

muito tempo de pacientes em UTI (DAVINI et al., 2005). Os principais locais de

desenvolvimento é a região sacral, tuberosidade isquiática, trocânter maior, calcâneo e

maléolo lateral. Estas lesões atinge todos os tecidos subjacentes, desde tecidos

superficiais á tecido adiposo, fáscia muscular, musculoesquelético e em alguns casos,

tendão e osso. Além disso, são lesões de difícil cicatrização, que torna o indivíduo

susceptível aos microrganismos, pois afeta o sistema imunológico. Assim, este trabalho

objetiva apresentar a atuação do fisioterapeuta em pacientes com úlceras por pressão.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão bibliográfica, iniciada em agosto de 2018 e foram acessadas

diferentes bases de dados disponíveis como teses de doutorado, bases de dados on-line

como, por exemplo: a Bireme (http://www.bireme.br/), que engloba os sistemas Scielo

(Scientifific Eletronic Library on line), e a Biblioteca Cochrane; o portal CAPES

(http://periodicos.capes.gov.br/) e buscadores internacionais como o Google Scholar

(http://scholar.google.com/), além de livros disponíveis na biblioteca Central da

Universidade Federal de Santa Maria. Procurou-se utilizar diferentes estratégias de

busca como as palavras-chave fisioterapia, úlceras por pressão e protocolos, além das

mesmas palavras-chave no idioma inglês para que se pudesse identificar literatura

estrangeira com bom conteúdo metodológico e resultados relevantes ao

desenvolvimento da discussão do presente estudo.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A fisioterapia atua na prevenção das úlceras de pressão, promovendo mudança de

decúbito, exercícios ativos e passivos, observação do estado geral do paciente, bem

como a integridade física da pele e deambulação precoce. A movimentação passiva dos

membros melhora a circulação sanguínea, aumentando a oferta de oxigênio aos tecidos,

prevenindo desta forma a formação de úlceras e contraturas. Já nos processos

ulcerativos, visa a redução no período de cicatrização, possibilitando aos indivíduos um

retorno mais rápido às suas atividades sociais e de vida diária trazendo uma melhora na

qualidade de vida de pessoas portadoras de úlceras cutâneas (GONÇALVES et al.,

2000). A prática com recursos eletrotermofototerapêuticos, tem grande ênfase na

171 Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Santa Maria;

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literatura cientifica no tratamento de úlceras, onde o laser de baixa frequência apresenta

bons resultados na velocidade de cicatrização e da redução da dor. Espera-se, ainda,

resultados na organização do processo inflamatório, estimulação da neovascularização,

diminuição da perda funcional, aumento da oxigenação tecidual e favorecimento das

reações de reparo e melhora a microcirculação, dentre outros efeitos benéficos.

4 CONCLUSÕES

A atuação fisioterapêutica nas úlceras, promove, através de diversos recursos e

exercícios terapêuticos, significativa melhora na sintomalgia e maior qualidade de vida

dos pacientes acamados. Logo, se faz necessário nos processos iniciais da internação,

uma vez que contribui na redução de quadros dolorosos e evita possíveis complicações

após cirurgias ou longos períodos de imobilizações (FARIA, 2010).

REFERÊNCIAS

1. DAVINI, R., et al. Tratamento de úlceras cutâneas crônica por meio da estimulação

elétrica de alta voltagem. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 14(3):249-258, maio/jun.,

2005.

2. FARIA, L. As práticas do cuidar na oncologia: a experiência da fisioterapia em

pacientes com câncer de mama. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, vol. 17, n.

1, julho, 2010, pp. 69-87. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, Brasil.

3. GONÇALVES, C. R; SAY, G. K.; RENNÓ, M. C. A. Ação do laser de baixa

intensidade no tratamento de úlceras cutâneas. Rev. de fisioter. Univ. Cruz Alta, v. 2,

n. 3, p. 11- 15, dez., 2000.

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Área Temática: Gestão/assistência

UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS:

PARA ALÉM DO INSTRUMENTAL, UM PILAR NO CUIDADO E

SEGURANÇA AO PACIENTE

Márcia Gabriela Rodrigues de Lima; Ivana Caetano Bordin; Adriana de Castro Rodrigues Krum; Daniele

Trindade Vieira; Cleuza de Moraes Militz; Ana Paula dos Santos Soares

Descritores: Esterilização; Trabalho; Enfermagem

Introdução

O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), órgão integrado à Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM) é referência em saúde para a região centro do Rio

Grande do Sul no atendimento de 45 municípios. Nessa instituição está Unidade de

Processamento de Materiais Esterilizados (UPME), sendo um serviço de apoio a todos

os serviços assistenciais e de diagnóstico, fornecendo produtos médico-hospitalares

esterilizados (roupas e instrumentais), sendo o Centro Cirúrgico o maior consumidor.

Método

Relato descritivo sobre as atividades de enfermagem realizadas na UPME/HUSM, com

base no fluxograma de trabalho da unidade e nos formulários utilizados para registro

dos materiais esterilizados em autoclave a vapor.

Análise e discussão dos resultados

A UPME é composta atualmente com uma equipe atuante de sete enfermeiras, vinte

profissionais de nível técnico e auxiliar de enfermagem e laboratorista de área, que

trabalham nos turnos: manhã, tarde e noite, em sete áreas destinadas a descontaminação,

preparo, embalagem, esterilização, distribuição e armazenamento dos materiais

processados.

Para isso, há duas termodesinfectoras, uma lavadora ultrassônica, uma secadora, três

seladoras, três autoclaves a vapor e uma esterilizadora a baixa temperatura consignada

(V-PRO). Essas máquinas funcionam diariamente, com frequência, de forma

ininterrupta. Então, muitas vezes, alguma delas está em manutenção, o que limita e

atrasa todo processo realizado no setor.

No mês de setembro de 2017 foram esterilizados em autoclave a vapor, 61.854

pacotes/conjuntos (kits de instrumentais, instrumentais avulsos, roupas, entre outros) e

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realizadas 433 cargas. Já em setembro de 2018 foram esterilizadas 68.788

pacotes/conjuntos para 530 cargas, o que representa um aumento de 11% no número de

materiais esterilizados e 19% no número de cargas em autoclave a vapor.

O HUSM de 2014 até 2017 teve um aumento de 26% no número de leitos. Passando de

320 para 403, tornando-se um hospital de grande porte. As consultas especializadas

cresceram 66,38%, as cirurgias aumentaram 11,37% e as internações 34,92% (HUSM,

2018). De janeiro a agosto de 2018, ocorreram 8.024 internações, sendo 4.078

procedimentos cirúrgicos (50,82%) (DATASUS, 2018), demostrando a força de

trabalho de retaguarda da UPME.

O trabalho na UPME é bastante complexo, pois acumula atividades com características

técnico assistenciais privativas ao setor, já que possui manuseio de novas tecnologias e

da capacidade de visualizar as necessidades de outras unidades que dependem do seu

trabalho. Além disso, a comunicação e a colaboração da equipe são indispensáveis para

o desenvolvimento de práticas seguras de trabalho (OURIQUES; MACHADO, 2013).

Para tanto, é necessário que os profissionais assumam papéis complementares,

compartilhando saberes e responsabilidades na resolução de problemas e tomada de

decisão, já que implica diretamente no cuidado e segurança do paciente.

Conclusões

Portanto, considerando o impacto que o trabalho na UPME/HUSM representa no

cuidado e segurança do paciente, bem como o aumento expressivo da demanda de

trabalho no último ano, torna-se indispensável para preservação da qualidade de suas

atribuições: a manutenção constante das máquinas, a fim de não comprometer ou

interromper seu funcionamento; escalas de trabalho composta por profissionais em

número adequado; educação permanente referente as rotinas específicas e comunicação

efetiva entre o setor e as unidades consumidoras.

Referências

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA. HUSM apresenta

funcionamento da lista cirúrgica única aos secretários de Saúde da região. 2018.

Disponível em: <http://www.ebserh.gov.br/web/husm-

ufsm/noticias//asset_publisher/pCb xBQOwEAY9 /content/id/2805608/2018-02-husm-

apresenta-funcionamento-da-lista-cirurgica-unica-aos-secretarios-de-saude-da-regiao>.

Acesso em: 02 Nov. 2018.

DATA SUS. Procedimentos cirúrgicos Hospital Universitário de Santa Maria.

2018. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0202

&id=19122> . Acesso em: 02 Nov. 2018.

OURIQUES, C. M.; MACHADO, M. É. Enfermagem no processo de esterilização de

materiais. Texto contexto – enferm., Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 695-703, Set. 2013.

Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid= S0104-

07072013000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 Out. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Carolina Schmitt Colomé172

Mikaela Aline Bade München173

Luísa da Rosa Olesiak174

Leonardo Soares Trentin175

Alberto Manuel Quintana5

VELHICE E FINITUDE: ESPIRITUALIDADE E ATRIBUIÇÃO DE

SENTIDO À PERSPECTIVA DE MORTE

1 INTRODUÇÃO

Na contemporaneidade, frente aos vários fenômenos experienciados pelo ser humano, o

envelhecimento tem sido percebido como um dos mais desejados, e, paradoxalmente,

um dos mais temidos pelos sujeitos. Sugere-se que, ao mesmo tempo em que se busca

uma vida mais longa, recusa-se as marcas do envelhecer, sejam elas presentes no corpo

físico ou no imaginário social. Isto está diretamente relacionado ao fato de a velhice ser

caracterizada como a fase da vida na qual a morte torna-se mais presente – em termos

temporais e representacionais, de modo que deparar-se com a ideia real de morte resulta

em medo e angústia, já que perde-se o controle acerca da vida que se tinha estabelecido

até então. Assim, a morte instiga e inspira ciências, filosofias, artes e religiões, no

intuito de criar explicações e respostas às incógnitas que ela coloca. Desse modo, a

espiritualidade pode constituir-se como ferramenta importante para enfrentar a morte,

através da crença em algo superior, como a crença e criação de um significado à vida.

2 MÉTODO

O presente estudo teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o que vem

sendo produzido acerca da atribuição de sentido frente à perspectiva de morte na

velhice, através do método de revisão narrativa de literatura, a qual é caracterizada pela

influência do viés subjetivo do pesquisador na escolha dos textos a serem selecionados e

pesquisados.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados apontam que o país encontra-se em pleno envelhecimento populacional,

fato que impõe desafios e demanda mudanças dos paradigmas relativos aos olhares que

se direcionam à velhice e à saúde do idoso. Pontua-se que no imaginário social, morte e

velhice ainda são vistas como relacionadas entre si, ambas simbolizando uma ameaça à

ideia de imortalidade nutrida na contemporaneidade. Assim, embora envelhecer não seja

um sinônimo do fim de vida e a morte não ocorra apenas nessa fase, banaliza-se o

sofrimento e a angústia em relação a morte quando esta advém na velhice, uma vez que

172 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 173 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 174 Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFSM; 175 Acadêmico de Psicologia, UFSM; 5Phd em Bioética. Professor do curso de Psicologia, UFSM.

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é entendida como algo natural e esperado nessa etapa da vida. Nesse sentido, os estudos

apontam que a fé tem sido uma ferramenta utilizada pelos idosos na tentativa de

responder a vários questionamentos que o próprio envelhecimento traz. Além disso, a

crença em “algo superior” no sentido existencial tem sido colocada como responsável

pela superação de momentos difíceis enfrentados pelos velhos. A espiritualidade

proporciona para os sujeitos um encontro de si mesmos e consequentemente um melhor

enfrentamento dos temores trazidos pela velhice e pela ideia de morte.

4 CONCLUSÕES

Conclui-se, assim, ser imprescindível a assistência espiritual por parte dos profissionais

de saúde. Tal amparo dá-se através da escuta das dúvidas, pensamentos e crenças dos

pacientes, sendo esse ato (o de escutar) livre de dogmas ou credos religiosos. Ainda, a

partir da compreensão de que a percepção da morte é o que gera sentido para a vida,

ressalta-se a relevância da espiritualidade como um recurso de enfrentamento que

permite essa atribuição de sentido.

REFERÊNCIAS

1. ANDRADE, M. A. R. Representação da morte na velhice: diferentes concepções

a partir de histórias de vida de idosas. Revista Puc SP. 2012. Disponível em:

<https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/downloadSuppFile/9672/546>.

Acesso em 14 de julho de 2018.

2. CORALLI, B. O silêncio coletivo: a morte na atualidade e o desconforto

causado por ela. Psicologia PT. 2012. Disponível em:

<http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0656.pdf>. Acesso em: 14 de julho de

2018.

3. CORDEIRO, A. M. et al. Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Rev. Col.

Bras. Cir., Rio de Janeiro, v.34, n.6, p.428-431, Dez. 2007. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

69912007000600012 &lng=en&n rm=iso>. Acesso em 14 de julho de 2018.

4. DAMINICO, J. G. S., & SANTOS, F. C. O mal-estar na velhice como

construção social. Revista pensar a prática, n. 12, v. 1. 2009. Disponível em:

<https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/4439/4519>. Acesso em 14 de julho

de 2018.

5. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

6. HENNEZEL, M. A morte íntima. São Paulo: Ideais e Letras, 2004.

7. HENNEZEL, M. Morrer de olhos abertos. Alfragide: Casa das Letras, 2006.

8. KOVÁCS, M. J. Espiritualidade e psicologia – cuidados compartilhados.

O Mundo da Saúde. São Paulo, n. 31, v. 2, p. 246-255. 2007. Disponível em:

<http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/pt/ses-9572>. Acesso em 14 de julho de

2018.

9. KUBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. Rio de Janeiro: Editora

Martins Fontes, 2008.

10. KOVÁCS, M. J. Representações da morte; Medo da morte; Atitudes

diante da morte. In: KOVÁCS, M. J. (org.), Morte e desenvolvimento

humano, São Paulo: Casa do Psicólogo Editora, p. 1-13; 14-27; 28-47, 1992.

11. MELLO, M. A. & ARAÚJO, C. A. Velhice e espiritualidade na

perspectiva da Psicologia Analítica. Bol. Acad. Paulista de Psicologia, n. 84, v.

33, p. 118-141. 2013. Disponível em:

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<http://www.redalyc.org/pdf/946/94632386011.pdf>. Acesso em: 14 de julho de

2018.

12. PEGORARO, A. C. Espiritualidade na velhice: um desafio para o campo

religioso brasileiro. Revista Brasileira de História das Religiões, n. 3, v. 1.

2009. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pub.html>. Acesso em:

14 de julho de 2018.

13. ROTHER, E. T. Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista

de Enfermagem. São Paulo, v. 20, n.2, p. v-vi, 2007. Disponível em:

http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307026613004 Acesso em 01 mar 2017.

14. VIANNA, L. G., LOUREIRO, A. M. L. & ALVES, V. P. O velho e a

morte. Revista Temática Kairós Gerontologia, n. 15, v. 4, p. 117-132. 2012.

Disponível em:

<https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/17040/12646>. Acesso

em: 14 de julho de 2018.

15. VIEIRA, M. J. O. Velhice e espiritualidade: reflexões sobre as

transformações do envelhecer. Dissertação de mestrado, Universidade de

Brasília. 2009. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/handle/10482/7133>.

Acesso em: 14 de julho de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Miriãn Michelotti Loureiro176

Ana Karolina König1

Jaluíse Barão1

Marcos A. de O. Lobato¹(O)

Marinel M. Dall’Agnol¹(O)

VULNERABILIDADE EM AMOSTRA DE GESTANTES, COLETADA

EM 2016/2, ADSTRITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO

FRANCISCO,SANTA MARIA-RS

1 INTRODUÇÃO

O cuidado pré-natal envolve uma série de ações de prevenção, promoção de saúde,

diagnóstico precoce e tratamento de complicações que venham a ocorrer. Dessa forma,

é necessário cuidado por parte da equipe de saúde que, com base em uma Atenção

Primária (AP) bem estruturada e dispondo do conhecimento sobre as gestantes pelas

quais é responsável, exerça seu papel com efetividade. De acordo com o Ministério da

Saúde (MS) existem fatores de risco importantes que podem ser manejados pela AP:

hipertensão que é uma das causas mais frequentes de morte materna (FREIRE, C. et al.,

2009); diabetes, que sabidamente o pior controle glicêmico está associado a peso fetal

aumentado e é uma complicação clínica frequente; e ainda o tabagismo, que

desencadeia uma série doenças e também está ligado à hipertensão gestacional. Assim,

tivemos por objetivo localizar gestantes em amostra da população coberta pela Unidade

Básica de Saúde (UBS) São Francisco que possuam algum dos fatores de risco

gestacionais anteriormente mencionados. Os resultados serão devolvidos à equipe de

saúde, auxiliando no trabalho da mesma.

2 MÉTODO

Os dados foram coletados no segundo semestre de 2016, como atividade curricular das

disciplinas Epidemiologia I e Saúde Coletiva I, durante o primeiro semestre do curso de

Medicina-UFSM. A população foi de uma região pré-determinada do bairro Don Ivo,

área essa de responsabilidade da UBS, pelos monitores dessas duas disciplinas. A

atividade é curricular e a cada semestre nova área é cadastrada. Foi aplicado o

formulário “Ficha de Cadastro Individual”, disponibilizado pelo MS justamente para

que sejam conhecidas as populações cobertas pelas UBS para a informatização da

saúde. As informações foram disponibilizadas por um adulto do domicílio e os dados

foram posteriormente digitados pelos alunos do PET-GraduaSUS, no software EpiInfo7.

O banco de dados gerado foi então analisado pelos mesmos alunos que realizaram as

entrevistas, na disciplina Epidemiologia II.

1Departamento de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Na população entrevistada 331 mulheres foram localizadas um total de 8 gestantes

(2,4%) sendo 3 fumantes, 1 diabética e 2 hipertensas. Observamos que das gestantes

fumantes, 1 tem diabetes e 1 tem hipertensão arterial. A paciente diabética não tem

hipertensão associada. Não foram encontradas gestantes que tivessem os 3 fatores de

risco analisados associados. Diante dos resultados encontrados foi perceptível a

validade do cruzamento de dados para focalização do serviço por parte da UBS; além do

estímulo a prevenção de futuras gestantes quando informadas quanto aos riscos de uma

gestação não acompanhada. Entretanto é visível o baixo número de achados, sendo

necessário destacar 63 mulheres que optaram por não responder o questionário, levando

a uma perda considerável na amostragem. Ademais, o viés presente no instrumento

utilizado para a obtenção de dados, que impossibilitava o controle de possíveis mulheres

não cientes de estarem gestantes, possuírem diabetes ou hipertensão arterial.

4 CONCLUSÕES

Com essas informações esta UBS pode direcionar seu trabalho para o controle da

pressão arterial nas gestantes e na cessação do tabagismo, visto que um grande número

das gestantes encontradas nessa amostra possui duas dessas doenças, que ainda possuem

patologias associadas.

REFERÊNCIAS

1. BEZERRA, Elmiro Hélio Martins; ALENCAR JUNIOR, Carlos Augusto;

FEITOSA, Regina Fátima Gongalves and CARVALHO, Arnaldo Afonso Alves

de. Mortalidade materna por hipertensão: índice e análise de suas

características em uma maternidade-escola. Rev. Bras. Ginecol.

Obstet. [online]. 2005, vol.27, n.9, pp.548-

2. BEAULAC-BAILLARGEON, L. & DESROSIERS, C. Caffeine-cigarette

interaction in fetal growth. Amer. J. Obstet. Gynec., 157: 1236-40, 1987.

3. Lansky S, Friche AAL, Silva AAM, Campos D, Bittencourt SDA, Carvalho ML,

et al. Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação

da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cad Saúde Pública 2014; 30

Suppl:S192-207.

4. FREIRE, Cláudia Maria Vilas; TEDOLDI, Citânia Lúcia. Hipertensão arterial

na gestação. Arq. Bras. Cardiol.; 2009, vol. 93, n.6, supl.1, 17.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Vanessa Osmari Steffanello177

Vitor Cantele Malavolta 178

Rubia Soares Bruno 179

Michele Vargas Garcia 180

ZUMBIDO CRÔNICO: MUDANÇAS DE HÁBITOS COMO UMA

FORMA DE TRATAMENTO

1 INTRODUÇÃO

O zumbido é uma sensação auditiva percebida pelo sujeito, essa não tem origem do

meio externo. A causa desse sintoma pode ser relacionada com fatores auditivos,

diversas patologias ou desordens de orelha externa, média ou interna, tronco encefálico

e córtex cerebral, ou para-auditivos, aspectos sistêmicos (metabólicos, cardiovasculares,

infecciosos e hábitos) (FUKUDA, 1997). Sendo assim, a origem do zumbido pode ser

multifatorial. Ao se tratar, dos fatores para-auditivos nos atendimentos de pacientes com

zumbido crônico, destaca-se as mudanças de hábito, grandes geradoras de benefícios e

de redução do sintoma de percepção do zumbido nesses casos. O objetivo deste trabalho

é descrever as tarefas mais encontradas em pacientes que necessitam mudanças de

hábitos devido a zumbido crônico.

2 MÉTODO

Foram atendidos 21 pacientes no Ambulatório de Zumbido do Hospital Universitário

de Santa Maria (HUSM). A prescrição das tarefas foi realizada por meio do Protocolo

de Aconselhamento Fonoaudiológico para Zumbido Crônico. Esse protocolo, contem

orientações específicas sobre os fatores desencadeadores do zumbido identificados em

cada paciente, abordando assuntos como: hidratação, atividades físicas, frequência de

refeições, sono, emoções, atividades de lazer e acompanhamentos com profissionais da

saúde (BRUNO, 2018).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As tarefas de mudanças de hábitos prescritas foram: beber mais água, para 80% dos

pacientes; evitar longos períodos de jejum, para 66%; praticar atividades físicas 52%;

evitar permanecer no silêncio 47%; buscar momentos de lazer 33%; controle das

emoções 28%; procurar fisioterapeuta, 23%; diminuir chimarrão, café, chá preto e

outras substâncias estimulantes 19%; dormir de 6 à 8 horas 9%; Aparelho de

177 Acadêmica de Fonoaudiologia e Bolsista de Iniciação Científica no Ambulatório de Zumbido do

HUSM 178 Acadêmica de Fonoaudiologia e Bolsista de Iniciação Científica no Ambulatório de Zumbido do

HUSM 179 Doutoranda pelo PPGDCH 180 Profª Drª Michele Vargas Garcia

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Amplificação Sonora Individual (AASI) 9%; massagem relaxante, 4%; procurar

otorrinolaringologista 4%; procurar cardiologista, 9%; e procurar médico

psiquiatra/psicólogo, 4%. A partir desses dados, é possível verificar que, a água e os

alimentos são de suma importância para o nosso metabolismo funcionar, na sua falta

ocorre uma desaceleração das atividades, gerando sintomas da sua falta, dentre eles o

zumbido. A prática das atividades físicas e o sono favorecem os processos bioquímicos

do corpo, e os seus benefícios levam a diminuição da sensação do zumbido. Estímulos

auditivos e o uso de AASI (para quem necessita) mascaram a presença do zumbido.

Além disso, o uso de cafeína com cautela, o controle das situações emocionais,

massagens relaxantes, momentos de lazer e acompanhamentos com profissionais da

saúde, também favorecem na redução do zumbido (BRUNO, 2018).

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que a tarefa predominante foi “beber mais água”, seguida de “evitar longos

períodos de jejum”, “praticar atividades físicas” e “evitar permanecer no silêncio”.

REFERÊNCIAS:

1. FUKUDA, Y. Zumbido: Diagnóstico e tratamento. Rev. Bras. Med.

Otorrinolaringol., 4(2): 39-43, 1997.

2. BRUNO, R. S. Análise da via auditiva em sujeitos normo-ouvintes com

zumbido crônico e de uma proposta de aconselhamento fonoaudiológico. Dissertação mestrado –Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências

da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana,

RS, 2018.