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ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA Santa Maria Março, 2019

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ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

Santa Maria

Março, 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA/UFSM

ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

Anais obtidos da realização da 8º semana científica do Hospital

Universitário de Santa Maria realizado no auditório Gulerpe, no

período de 20 a 22 de novembro de 2018.

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FICHA CATALOGRÁFICA

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ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

REITOR

PROF. DR. PAULO AFONSO BURMANN

VICE-REITOR

PROF. DR. LUCIANO SCHUCH

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

SUPERINTENDENTE

PROF. DRª. ELAINE VERENA RESENER

GERENTE DE ENSINO E PESQUISA

PROF. DRª. BEATRIZ SILVANA DA SILVEIRA PORTO

GERENTE ADMINISTRATIVO

ESP. JOÃO BATISTA DE VASCONCELLOS

GERENTE DE ATENÇÃO À SAÚDE

ENF.DRª. SOELI TERESINHA GUERRA

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ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

PRESIDENTE DO EVENTO

Profª. Drª. Beatriz Silvana da Silveira Porto

COMISSÃO ORGANIZADORA

Prof. Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold

Chefe do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica

Profª. Drª. Beatriz Silvana da Silveira Porto

Gerente de Ensino e Pesquisa do HUSM

Prof. Dr. Gustavo Nogara Dotto

Chefe da Unidade de e-Saúde

Profª. Drª. Themis Maria Kessler

Chefe do Setor de Gestão do Ensino

COMISSÃO CIENTÍFICA

Prof. Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold

Profª. Drª. Beatriz Silvana da Silveira Porto

Prof. Dr. Gustavo Nogara Dotto

Profª. Drª. Themis Maria Kessler

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Prof. Dr. Gustavo Nogara Dotto

Enfª Ms Helena Carolina Noal

Enfª. Ms Iara Terezinha Barbosa Ramos

Enfª. Drª. Izabel Cristina Hoffmann

COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA E APOIO

Aux.Adm. André Luis Samuel Kessler

Contª. Ms. Inês Bortolotto

Rec. Leocinara Paula Ribeiro Julião

Econ. Ms. Márcio Marcelo Gross

Rec. Paula Senna Pacheco

Téc. Enf. Zuleica Aparecida Gündel de Arruda

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COMISSÃO DE APOIO GRÁFICO, DIVULGAÇÃO E ASSESSORIA DE

COMUNICAÇÃO:

Desenhista Téc. José Erion Soares

Ac.Michele Pereira

MONITORES

Ac. Augusto Hermes Kohler

Ac. Caroline Cogo Carneosso

Ac. Gabriel Brondani Borges

Ac. Gessica Piovesan

Ac. Vitória Parodes Rodrigues

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PROGRAMAÇÃO DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HUSM/UFSM

Dia 20/11/2018

14h às 15h- Credenciamento

MÓDULO 1 - EXPERIÊNCIAS INOVADORAS EM GESTÃO E ASSISTÊNCIA

Coordenação: Profª. Drª. Beatriz S. da Silveira Porto – HUSM/CCS/UFSM

15h às 18h:

Exposição de Trabalhos Científicos (Poster Digital) – Hall do Auditório Gulerpe

16h às 16:30:

Cerimônia de Abertura

16:30 às 17:30:

CONFERÊNCIA - À um Passo da Eternidade: Como a Neurociência pode contribuir

para a Qualidade de Vida?

Prof. Dr. Pedro Schestatsky – UFRGS/RS

17:30 às 17:45:

Intervalo para Café

17h45 às 19h00:

PAINEL – A Telessaúde na Assistência: Como a tecnologia em Saúde pode qualificar a

assistência?

17:45h-18h45: Experiência Regional em Telessaúde - HCPA e UFRGS- Desafios na

gestão e impacto na assistência - Prof. Dr. Marcelo Gonçalves

18h45-19h: Discussão

Prof. Dr. Gustavo Dotto - HUSM/UFSM

Prof. Dr. Marcos Lobato - CCS/UFSM

Ms. Jean Alberni - Animati Computação Aplicada à Saúde

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde e 4ª CRS/RS

19h às 19:15:

Premiação: menção honrosa para os 3 melhores trabalhos deste módulo.

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PROGRAMAÇÃO DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HUSM/UFSM

Dia 21/11/2018

MÓDULO 2 - EXPERIÊNCIAS INOVADORAS EM ENSINO

Coordenação: Profª Dra. Themis Maria Kessler

15h às 18h:

Exposição de Trabalhos Científicos (Poster Digital) – Hall do Auditório Gulerpe

14h às 15h: Apresentação Oral de Trabalhos Selecionados – Auditório Gulerpe

15h às 16h:

CONFERÊNCIA: Metodologia baseada em Competências na Formação em Saúde -

Prof. Dr. Exequiel Plaza T. - Universidade de Talca, Chile

16h às 17:30:

PAINEL - Metodologias Ativas em Preceptoria - Desafios e Potencialidades

16h-16:30: Profª Drª. Vânia Olivo - PRMS/CCS/UFSM

16:30-17h: Profª Drª. Clarice Mottecy - HUSM/UFSM

17h-17:30: Discussão

Debatedores:

Profª Marisa Bastos Pereira - CCS/UFSM

Profª Drª Tânia Denise Resener - CCS/UFSM

Profª Drª. Angela Weinmann - UFN

17:30 às 17:45:

Intervalo para Café

17:45 às 19h: PAINEL: Simulação Realística

17:45 - 18:15h: Sala Cirúrgica Inteligente – Prof. Dr. Miguel Prestes Nácul - Membro

do Corpo Clínico do Hospital Moinhos de Vento/ /RS. Médico Cirurgião Coordenador

da área de Videocirurgia do Hospital de Pronto Socorro/RS.

18:15 - 18:45h: Experiências Internacionais - Dr. Dener Tambara Girardon -

HUSM/EBSERH e Drª. Maria da Graça Caminha Vidal - HUSM/UFSM

18:45 às 19h: Discussão

Debatedores:

Dr. Humberto Palma - HUSM/EBSERH

Prof. Dr. Ewerton Moraes - CCS/UFSM

Dra. Leila Dantas - HUSM/UFSM

19h às 19:15:

Premiação: menção honrosa para os 3 melhores trabalhos deste módulo

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PROGRAMAÇÃO DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HUSM/UFSM

Dia 22/11/2018

MÓDULO 3 - EXPERIÊNCIAS INOVADORAS EM PESQUISA

Coordenação: Prof. Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold - HUSM/CCS/UFSM

14h às 18h: Exposição de Trabalhos Científicos (Poster Digital) – Hall do Auditório

Gulerpe

15h às 16h: Apresentação Oral de Trabalhos Selecionados – Auditório Gulerpe

16h às 17h:

PALESTRA: Nanociências na Saúde -Profª. Dra. Solange Binotto Fagan – UFN/RS

17h às 17:15:

Intervalo para Café

17:15 às 19h:

PAINEL - Tecnologias Aplicadas em Saúde

17:15 -17:30:

Software para Avaliação da Fala – Profª Dra. Márcia Keske Soares - CCS/UFSM

17:30-17:45:

Imagens de Fundo de Olho para identificação automatizada de Glaucoma - Prof. Daniel

Welfer - CT/UFSM

17:45-18h:

Jogos Sérios na Saúde - Profa. Ana Lucia Cervi Prado - CCS/UFSM

18h -18:15:

RIS e PACS na Saúde - Prof. Carlos Jesus Pereira Haygert - CCS/HUSM

18:15 -18:30:

Processamento Digital de Imagens - Prof. Marcos Cordeiro d’Ornellas - CT/UFSM

18:30-18:45:

Impressão 3D na Saúde - Dra. Wâneza Dias Borges Hirsch - HUSM/EBSERH

18:45-19h – Pergunte ao pesquisador

19h às 19:15:

Premiação: menção honrosa para os 3 melhores trabalhos deste módulo.

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SUMÁRIO

A APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO NÓRDICO DOS SINTOMAS

OSTEOMUSCULARES COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO ERGONÔMICA NA

CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................................. 20

A AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA GLOBAL SOBRE

MORTALIDADE INFANTIL EM BASE DE DADOS NO ANO DE 2015 ................ 26

A CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À

SAÚDE ........................................................................................................................... 28

A CONSTRUÇÃO DA ATENÇÃO HUMANIZADA EM SAÚDE A PARTIR DA

INTERAÇÃO LÚDICA COM CRIANÇAS COM CÂNCER: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA .............................................................................................................. 30

A CONVIVÊNCIA DA ENFERMAGEM DE UMA UNIDADE DE CARDIOLOGIA

INTENSIVA COM A COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS DIFÍCEIS .......................... 32

A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO ........ 35

A ESPIRITUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: Uma Revisão

Narrativa ......................................................................................................................... 37

A EXPERIÊNCIA DE CUIDADORES FAMILIARES DE SUJEITOS EM FIM DE

VIDA: O CUIDADO COMO UM IMPERATIVO ........................................................ 39

A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS ........................... 42

A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PROTOCOLO CHECKLIST EM SALA

CIRÚRGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. ................................................... 44

A IMPORTÂNCIA DE UM GRUPO PSICOTERAPÊUTICO NAS ESCOLAS PARA

PAIS DE ALUNOS "PROBLEMAS": DESENVOLVENDO UM GRUPO

PSICOTERAPÊUTICO PARA PAIS ............................................................................ 46

A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL EM UMA UNIDADE DE

ONCOLOGIA PEDIÁTRICA ........................................................................................ 48

A OBESIDADE SOB A ÓTICA DO CÂNCER DE MAMA ....................................... 50

A PERCEPÇÃO DA SAÚDE ENTRE IDOSOS PERTENCENTES A GRUPOS DE

CONVIVÊNCIA DO NÚCLEO INTEGRADO DE ESTUDOS E APOIO À

TERCEIRA IDADE (NIEATI) DA CIDADE DE SANTA MARIA-RS ...................... 53

ABDOME AGUDO PERFURATIVO – RELATO DE CASO ..................................... 55

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR EM AMBULATÓRIO DE INTERVENÇÃO

PRECOCE. ..................................................................................................................... 57

ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAUDE: UMA ANALISE A PARTIR DA

ATENÇÃO BASICA EM SANTA MARIA .................................................................. 59

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AÇÕES DO NÚCLEO DE VIGILÂNCIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

SANTA MARIA –RS FRENTE AO SURTO DE TOXOPLASMOSE NO MUNICÍPIO

EM 2018. ........................................................................................................................ 61

ACOLHIMENTO: ESTRATÉGIAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO SERVIÇO

DE PRÉ-NATAL DE ALTO-RISCO............................................................................. 63

ALTERAÇÕES NA DINÂMICA FAMILIAR FRENTE AO PROCESSO DE

ENVELHECIMENTO ................................................................................................... 65

ANÁLISE DA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO EM PRONTO-SOCORRO: NOTA

PRÉVIA .......................................................................................................................... 68

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DO MISMATCH NEGATIVITY EM CRIANÇAS ...... 70

ANÁLISE DE JUÍZES NÃO ESPECIALISTAS E ESPECIALISTAS DE UM

INSTRUMENTO BREVE DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM .............................. 72

ANÁLISE DOS PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM

SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST ATENDIDOS EM HOSPITAL PÚBLICO

TERCIÁRIO ................................................................................................................... 74

ANÁLISE DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES DE PROFISSIONAIS DE UMA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR ATRAVÉS DO QNSO .............................. 76

APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE KATZ EM PESQUISAS COM IDOSOS: .................. 78

RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................... 78

ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO SUICÍDIO: UMA REVISÃO NARRATIVA DA

LITERATURA ............................................................................................................... 80

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HOSPITALIZADO: RELATO DE

EXPERIÊNCIA .............................................................................................................. 84

ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA NO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ............ 86

ASSOCIAÇÃO ENTRE PARACOCCIDIOIDOMICOSE E TUBERCULOSE,

DIFICULDADE DE DIAGNÓSTICO: RELATO DE CASO. ...................................... 88

ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO TRATAMENTO INTENSIVO EM

UNIDADE NEONATAL ............................................................................................... 90

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO CLÍNICA

CIRÚRGICA ADULTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ...................................... 93

AULA PRÁTICA EM ILPI: EXPERIÊNCIA EM DOCÊNCIA ORIENTADA DE

ALUNOS DA PÓS-GRADUAÇÃO .............................................................................. 95

AUTONOMIA, PADRÕES DO CONHECIMENTO E A ENFERMAGEM: UMA

REFLEXÃO ................................................................................................................... 97

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS RESIDENTES EM

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA .......................................................... 99

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AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM IDOSOS .............. 102

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SONO DOS FAMILIARES DE CRIANÇAS E

ADOLESCENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO ........................................ 104

AVALIAÇÃO DE AMOSTRA SANGUÍNEA APROPRIADA PARA ANALISE

CROMATOGRÁFICA DE BENZODIAZEPÍNICOS ................................................ 106

AVALIAÇÃO DE EQUILIBRIO EM PACIENTE COM ESCLEROSE MULTIPLA:

RELATO DE CASO .................................................................................................... 109

AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DE NANOCÁPSULAS

CONTENDO UM BIOATIVO EM MODELO ANIMAL .......................................... 111

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE

ENSINO SUPERIOR ................................................................................................... 113

AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS115

AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS OROFACIAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS A

TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO POTENCIALMENTE NEUROTÓXICO .... 117

CARACTERÍSTICAS ATITUDINAIS DE CUIDADORES FAMILIARES DE

PACIENTES ONCOLÓGICOS: NÍVEIS DE HABILIDADE, SOBRECARGA,

ESTRESSE E COPING ................................................................................................ 119

CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA CRÔNICA EM CRIANÇA E ADOLESCENTE:

REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 121

CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM

ATENDIMENTO AMBULATORIAL ........................................................................ 123

COLETA DE DADOS QUANTITATIVOS COM O FAMILIAR/CUIDADOR DE

CRIANÇA E ADOLESCENTE COM DOENÇA CRÔNICA: RELATO DE

EXPERIÊNCIA ............................................................................................................ 125

COMPARAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM IDOSOS

SEDENTÁRIOS E ATIVOS ........................................................................................ 127

CONCEITO DE SAÚDE NA VISÃO DE PESSOAS VINCULADAS A GRUPOS DE

PROMOÇÃO A SAÚDE ............................................................................................. 130

CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL E FISIOTERAPIA NO

AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE PREMATUROS ..................................... 132

COPING E ENGAJAMENTO NO TRABALHO DA ENFERMAGEM HOSPITALAR.

...................................................................................................................................... 134

CUIDADOS COM A PELE DO RECÉM-NASCIDO ................................................ 136

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS:

RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................................... 138

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DESAFIOS DO TRABALHO MULTIPROFISSIONAL RELACIONADOS AO

AUTOCUIDADO DE PACIENTES COM DOENÇA VASCULAR: RELATO DE

EXPERIÊNCIA ............................................................................................................ 140

DISTÚRBIOS PSÍQUICOS MENORES EM FAMILIARES CUIDADORES DE

CRIANÇAS E ADOLESCENTE EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO:

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS .......................................................... 142

DOENÇA RENAL CRÔNICA NO CENÁRIO HOSPITALAR: O PAPEL DA

PSICOLOGIA .............................................................................................................. 144

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATEGIA DE PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE

VIDA NA TERCEIRA IDADE ................................................................................... 147

EFEITO DO DRY NEEDLING NA DOR LOMBAR DE IDOSAS ........................... 149

EFEITO NEUROPROTETOR DA ERVA MATE EM UM MODELO IN VITRO DE

DOENÇA DE PARKINSON ....................................................................................... 151

EFEITO NEUROPROTETOR DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÓLEO DE ABACATE

EM CÉLULAS NEURAIS SH-SY5Y: UM MODELO DE ESTRESSE IN VITRO ... 153

EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA IMAGEM CORPORAL DE MULHERES

COM CANCÊR DE MAMA PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL ............................................................... 155

EMPODERAMENTO E AMBIENTE DE PRÁTICA DE ENFERMEIROS DE UM

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ................................................................................... 157

ENFERMEIRO NA GESTÃO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS:

ESTUDO DE TENDÊNCIA ........................................................................................ 159

ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E A SOBRECARGA DE

TRABALHO ................................................................................................................ 161

ENVOLVIMENTO DO POLIMORFISMO MnSODAla16Val NA EPILEPSIA:

ESTUDO CASO-CONTROLE .................................................................................... 163

ESCALA DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS VIVENDO

COM HIV: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA ....................................................... 165

ESCALA VISUAL ANALÓGICA: UM RECURSO PARA AUTOAVALIAÇÃO DE

SUJEITOS COM ZUMBIDO CRÔNICO EM UM GRUPO DE ACONSELHAMENTO

FONOAUDIOLÓGICO ............................................................................................... 168

ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ............. 170

CIRRÓTICOS INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO DA REGIÃO SUL DO

BRASIL ........................................................................................................................ 170

ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO ADSTRITA

À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO FRANCISCO, EM 2016 SANTA MARIA –

RS ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.

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EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE CUSTO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO

DA LESÃO POR PRESSÃO DECORRENTE DO POSICIONAMENTO

OPERATÓRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ....... Erro! Indicador não definido.

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ROTINA DE TRABALHO DE

ENFERMEIROS EM UNIDADES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR ................ Erro!

Indicador não definido.

FIM DE VIDA E DEPENDÊNCIA: IMPLICAÇÕES NAS RELAÇÕES FAMILIARES

.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.

GRUPO DE APOIO AO ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE À EQUIPE DE

ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA ........... Erro! Indicador não definido.

HEMORRAGIA ALVEOLAR SECUNDÁRIA À INALAÇÃO DE

CRACK/COCAÍNA: RELATO DE CASO ..................... Erro! Indicador não definido.

IMPACTO DA COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS DIFICEIS EM PEDIATRIA: O

QUE A CRIANÇA PODE NOS DIZER SOBRE SEU ADOECIMENTO .............. Erro!

Indicador não definido.

IMPACTO DA TERAPIA DE REPERFUSÃO NO TEMPO DE INTERNAÇÃO E

EVENTOS CARDIOVASCULARES NO IAMCST....... Erro! Indicador não definido.

IMPLEMENTAÇÃO DA CONSULTA DE PUERICULTURA EM ENFERMAGEM

EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE .................. Erro! Indicador não definido.

INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TRATAMENTO

INTENSIVO ..................................................................... Erro! Indicador não definido.

INDICADORES DA QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA–HUSM ........... Erro! Indicador não definido.

INFLUÊNCIA DO GÊNERO NAS RESPOSTAS DO POTENCIAL EVOCADO

AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO COM DIFERENTES ESTÍMULOS ... Erro!

Indicador não definido.

INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................. Erro! Indicador não definido.

INSERÇÃO DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA FACILITAR A

APRENDIZAGEM ESCOLAR ATRAVES DA CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES

.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.

INSERÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA NO PROJETO

COLABORATIVO “MELHORANDO A SEGURANÇA DO PACIENTE EM LARGA

ESCALA NO BRASIL” ................................................... Erro! Indicador não definido.

INTENSIDADE DE DEPRESSÃO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE

PACIENTE COM MIELITE TRANSVERSA: UM ESTUDO DE CASO .............. Erro!

Indicador não definido.

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INTERFACES DA PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL: EXPERIÊNCIAS NO

SUPORTE FAMILIAR DE CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES EM

TRATAMENTO ONCOLÓGICO ................................... Erro! Indicador não definido.

LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES CIRÚRGICOS: PRODUÇÃO

ACADÊMICA BRASILEIRA ......................................... Erro! Indicador não definido.

LIGA MULTIDISCIPLINAR DE SAÚDE DA FAMÍLIA E DE SAÚDE COLETIVA -

COMUM UNIDADE ....................................................... Erro! Indicador não definido.

MIXOFIBROSSARCOMA DA GLÂNDULA TIREOIDE – PRIMEIRO CASO NAS

AMÉRICAS ..................................................................... Erro! Indicador não definido.

MONITORAMENTO TERAPEUTICO DE VORICONAZOL EM PACIENTES DO

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA-RSErro! Indicador não

definido.

MONITORIA EM HISTOLOGIA PARA MEDICINA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA ................................................................ Erro! Indicador não definido.

MORTES TRÁGICAS OU PRECOCES DE PACIENTES NA VISÃO DOS

PROFISSIONAIS DA SAÚDE ........................................ Erro! Indicador não definido.

NEURALGIA DO TRIGÊMIO DEVIDO A DOLICOECTASIA

VERTEBROBASILAR: UM RELATO DE CASO ......... Erro! Indicador não definido.

NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE

ENVELHECIMENTO: VIVÊNCIAS DE BOLSISTAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.

O ACESSO À SAÚDE E À EDUCAÇÃO: UMA INTERFACE NECESSÁRIA ... Erro!

Indicador não definido.

O ACESSO PÚBLICO À DESFIBRILADORES EXTERNOS AUTOMÁTICOS NO

ATENDIMENTO DE PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS EM AMBIENTE

EXTRAHOSPITALAR: REVISÃO DA LITERATURA.Erro! Indicador não

definido.

O BRINCAR COMO PROPOSTA FONOAUDIOLÓGICA TERAPÊUTICA EM UMA

UNIDADE DE INTERNAÇÃO ONCOLÓGICA INFANTILErro! Indicador não

definido.

O CONHECIMENTO SOBRE PRÉ-NATAL E SITUAÇOES DE RISCO Á

GRAVIDEZ ENTRE GESTANTES NA CIDADE DE SANTA MARIA. ......... Erro!

Indicador não definido.

O ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: UMA

REVISÃO DE LITERATURA ........................................ Erro! Indicador não definido.

O PAPEL DA ENFERMAGEM BRASILEIRA NA PRODUÇÃO ACERCA DE

ADOLESCENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS: REVISÃO NARRATIVA DE

LITERATURA ................................................................. Erro! Indicador não definido.

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O PARTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIAErro! Indicador

não definido.

INTERVENÇÕES PARA A DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA DE VIOLÊNCIA

DE GÊNERO .................................................................... Erro! Indicador não definido.

O TRABALHO DO ENFERMEIRO A PARTIR DA ERGOLOGIA: UMA NOTA

PRÉVIA ............................................................................ Erro! Indicador não definido.

O TRABALHO PEDAGÓGICO DENTRO DO CTCRIACErro! Indicador não

definido.

O USO DO MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL EM PESQUISAS COM IDOSOS:

RELATO DE EXPERIÊNCIA ......................................... Erro! Indicador não definido.

ONCOLOGIA INFANTIL: NECESSIDADE DE AMPLIAR O OLHAR FRENTE O

“SER CRIANÇA” ............................................................ Erro! Indicador não definido.

ORGANIZAÇÃO DE UM SENSOR DE PRESSÃO PARA ATENUAR LESÕES POR

PRESSÃO EM PACIENTES COM DIFICULDADES DE LOCOMOÇÃO. .......... Erro!

Indicador não definido.

OS NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS ................. Erro! Indicador não definido.

OS TEMPOS NA CADEIA DE ATENDIMENTO ACIDENTE VASCULAR

CEREBRAL ..................................................................... Erro! Indicador não definido.

OS VALORES E A EMPATIA COMO FORMA DE ENSINO E RESGATE DA

RELAÇÃO CLÍNICA ...................................................... Erro! Indicador não definido.

OUTUBRO ROSA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA UNIDADE

TOCOGINECOLÓGICA ................................................. Erro! Indicador não definido.

PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE

DISPNEIA EM DPOC: RELATO DE CASO ................. Erro! Indicador não definido.

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE A PESSOA COM

ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL ............... Erro! Indicador não definido.

PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS FRENTE A TERMINALIDADE EM

CRIANÇAS: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURAErro! Indicador não

definido.

PERFIL CLÍNICO DE CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL SIMPLES

EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA ........... Erro!

Indicador não definido.

PERFIL DE SAÚDE DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DAS UNIDADES DE

PERIOPERATÓRIO ........................................................ Erro! Indicador não definido.

PERFIL DEMOGRÁFICO E NUTRICIONAL DOS PACIENTES EM TERAPIA

NUTRICIONAL NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA – HUSM

.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE

COPROCUTURAS DE PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA ........................ Erro! Indicador não definido.

PERFIL NOSOLÓGICO DO AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA ............. Erro!

Indicador não definido.

PITIRÍASE RUBRA PILAR APRESENTANDO-SE COMO ERITRODERMIA: UM

RELATO DE CASO ........................................................ Erro! Indicador não definido.

PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) E INFLUENZA A (H1N1):

A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PRECOCE .... Erro! Indicador não definido.

PRÁTICA DE ONCOLOGIA INTEGRATIVA NO HUSMErro! Indicador não

definido.

PRECISAMOS FALAR SOBRE AIDS: FOCALIZANDO OS TESTES RÁPIDOS

REALIZADOS ................................................................. Erro! Indicador não definido.

PREVALÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE LIPASE ÁCIDA LISOSSOMAL EM

PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

– RESULTADOS PRELIMINARES ............................... Erro! Indicador não definido.

PREVALÊNCIA DO ESTRESSE E BURNOUT EM TRABALHADORES DE

ENFERMAEGEM DE PRONTO SOCORRO: NOTA PRÉVIAErro! Indicador não

definido.

PROGRAMA DE EXTENSÃO REANIMA: O QUINTO ANO CAPACITANDO

LEIGOS EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM SANTA MARIA, RS. Erro!

Indicador não definido.

PROGRESSÃO CLÍNICA DE UM PACIENTE COM LER/DORT: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA ................................................................ Erro! Indicador não definido.

QUALIDADE DO SONO E SINTOMAS DE SAÚDE EM TRABALHADORES DE

ENFERMAGEM .............................................................. Erro! Indicador não definido.

REFLEXÕES ACADÊMICAS NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.

REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS DE CONVIVÊNCIA

PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE BIOPSICOSOCIOESPIRITUAL DE IDOSOS

.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.

RELAÇÃO ENTRE A CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP-KIMBALL, TEMPO DE

INTERNAÇÃO E MORTALIDADE APÓS IAMCST ... Erro! Indicador não definido.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO NA

RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA APÓS O DIAGNÓSTICO DE HIV/AIDSA ....... Erro!

Indicador não definido.

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ACADÊMICO DE MEDICINA COMO

BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA .................... Erro! Indicador não definido.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE EXTENSÃO EM DIVULGAÇÃO DA

CIÊNCIA DANDO LUZ A NOVOS CIENTISTAS ....... Erro! Indicador não definido.

REPRESENTAÇOES SOCIAIS DA CADEIRA DE RODAS PARA A PESSOA

COM LESÃO MEDULA ESPINHAL. ......................... Erro! Indicador não definido.

REPERCURSSÕES SOBRE O PAPEL DO SUPORTE SOCIAL OPORTUNIZADO

AO IDOSO DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA ............. Erro! Indicador não definido.

SALA DE RECREAÇÃO PARA CRIANÇAS EM TRATAMENTO HEMATO

ONCOLÓGICO: BENEFICIO E IMPORTÂNCIA ........ Erro! Indicador não definido.

SATISFAÇÃO PROFISSIONAL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO SETOR DE

HEMATO-ONCOLOGIA ................................................ Erro! Indicador não definido.

SEGUIMENTO CLÍNICO DA EXPOSIÇÃO VERTICAL AO HIV: IMPLICAÇÕES

PARA A PESQUISA E ASSISTÊNCIA ......................... Erro! Indicador não definido.

SEGURANÇA DO PACIENTE E HIGIENIZAÇÃO DE CELULARES E DAS MÃOS

EM AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PRÁTICA

EDUCATIVA ................................................................... Erro! Indicador não definido.

SÍNDROME DE GULLO EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO . Erro!

Indicador não definido.

SÍNDROME DOS VÔMITOS CÍCLICOS: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

UTILIZADOS EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA .................................................................. Erro! Indicador não definido.

SOBRECARGA E CARACTERIZAÇÃO DE MULHERES CUIDADORAS DE

CRIANÇAS COM CUIDADOS CONTÍNUOS E COMPLEXOErro! Indicador não

definido.

SONO EM PUÉRPERAS ................................................. Erro! Indicador não definido.

TECNOLOGIA AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM PACIENTES

E FAMILIARES NO PÓS-OPERATÓRIO DE COLOSTOMIAErro! Indicador não

definido.

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS - UMA AÇÃO DO PROJETO DE

EXTENSÃO CUIDADO E ATENÇÃO AO ADOLESCENTE E À CRIANÇA EM

TRATAMENTO ONCOLÓGICO (CAACTO) ............... Erro! Indicador não definido.

TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS NA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE

FUNCIONAL EM IDOSOS ............................................. Erro! Indicador não definido.

TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO NO DIAGNÓSTICO DA INTOLERÂNCIA

À LACTOSE E DO SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO DO INTESTINO

DELGADO ....................................................................... Erro! Indicador não definido.

TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA EM MMII UTILIZANDO ENXERTO DE

PELE PARCIAL: RELATO DE CASO ........................... Erro! Indicador não definido.

ÚLCERAS POR PRESSÃO: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA ......... Erro!

Indicador não definido.

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UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS: PARA

ALÉM DO INSTRUMENTAL, UM PILAR NO CUIDADO E SEGURANÇA AO

PACIENTE ....................................................................... Erro! Indicador não definido.

VELHICE E FINITUDE: ESPIRITUALIDADE E ATRIBUIÇÃO DE SENTIDO À

PERSPECTIVA DE MORTE .......................................... Erro! Indicador não definido.

VULNERABILIDADE EM AMOSTRA DE GESTANTES, COLETADA EM 2016/2,

ADSTRITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO FRANCISCO,SANTA MARIA-

RS ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.

ZUMBIDO CRÔNICO: MUDANÇAS DE HÁBITOS COMO UMA FORMA DE

TRATAMENTO ............................................................... Erro! Indicador não definido.

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ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA

RESUMOS

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Daniel Donida Schlottfeldt1

Cláudia Dias Ollay2

A APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO NÓRDICO DOS SINTOMAS

OSTEOMUSCULARES COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO

ERGONÔMICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

1 INTRODUÇÃO

A construção civil é um dos setores mais importantes da economia brasileira, e,

também, um dos que oferecem maiores riscos aos trabalhadores. Com tantos atores

envolvidos, os acidentes de trabalho são comuns às atividades desempenhadas. Neste

artigo, em especial, abordaremos o risco ergonômico e uma proposta de prevenção das

doenças ocupacionais associadas ao referido risco através da aplicação do Questionário

Nórdico dos Sintomas Osteomusculares.

A Ergonomia é uma ciência cujo objetivo prático visa a saúde, a satisfação e o bem-

estar dos trabalhadores.1 A partir do estudo teórico e prático, o ergonomista pode

contribuir para o cotidiano dos trabalhadores a fim de melhorar o desempenho e a

qualidade de vida no trabalho. Sobretudo, em condições de trabalho onde a

repetitividade de movimentos, ausência de treinamento, postura inadequada, esforços

físicos intensos, dentre outras, são uma constante realidade. Tais problemas, relatados

anteriormente, são uma realidade no setor da construção civil. O desafio do

ergonomista junto à construção civil requer a adoção de medidas que reduzam as lesões

e os afastamentos no setor.2 Dentre os diferentes métodos, a proposta adotada – e

apresentada – neste artigo será o Questionário Nórdico dos Sintomas Osteomusculares.

De maneira geral, o contato do trabalhador com a imagem segmentada do corpo

humano permitirá indicar os principais focos das dores. A análise, compreensão e

processamento dos dados coletados auxiliarão o ergonomista associar a problemática

descrita junto à prática laboral desempenhada.3

A escolha do referido tema surge com a necessidade de buscar uma ferramenta capaz de

compreender o risco ergonômico, em especial, neste trabalho, no setor da construção

civil. Desta forma, o preenchimento do Questionário Nórdico dos Sintomas

Osteomusculares permite uma aproximação do pesquisador com a realidade dos

trabalhadores, revelando os sintomas e as queixas dos mesmos, a fim de sugerir e adotar

1 Engenheiro de Produção. Pós-graduado em Ergonomia e Engenharia de Segurança do

Trabalho pela Universidade Santo Amaro (UNISA); 2 Fisioterapeuta e Professora de Graduação e Pós-Graduação da Universidade Santo Amaro

(UNISA);

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medidas que visem a redução das doenças ocupacionais, o absenteísmo e os

afastamentos.4

Este artigo tem como objetivo destacar a aplicação e validade do Questionário Nórdico

dos Sintomas Osteomusculares. Trata-se de um instrumento eficaz e eficiente no

levantamento de sintomas Osteomusculares referidos pelos trabalhadores em relação às

tarefas por eles desempenhadas e, com isso propor melhorias ergonômicas, sejam elas

nas dimensões organizacionais e/ou físicas. Enfim, reservamos este trabalho aos

leitores e interessados no tema como fonte de pesquisa e conhecimento, bem como

instrumento de investigação prática em ergonomia.

2 MÉTODO

A método utilizado neste trabalho tem como base a pesquisa bibliográfica. Segundo

Marconi e Lakatos (2017), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda

bibliografia já publicada, composta por livros, revistas, publicações avulsas e imprensa

escrita.5 A pesquisa foi fundamentada a partir de livros e artigos eletrônicos, estes, na

língua portuguesa. Os critérios de inclusão levados em consideração foram:

primeiramente, a busca por dados estatísticos que representassem a realidade do número

de acidentes relacionadas ao risco ergonômico no setor da construção civil e,

posteriormente, o uso e a validação do Questionário Nórdico dos Sintomas

Osteomusculares.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para a realização deste trabalho foram levados em consideração os seguintes critérios:

dados estatísticos relacionados à abrangência do número de acidentes de trabalho, o

risco ergonômico inerente às funções desempenhadas na construção civil e a utilização

do Questionário Nórdico dos Sintomas Osteomusculares como forma de análise,

compreensão e adoção de medidas que promovam a redução – e eliminação – do risco

ergonômico no referido ambiente de trabalho. O quadro 1, aborda de maneira sucinta os

resultados encontrados na revisão de literatura, o que permite discutir os pontos

relevantes a uma proposta de utilização do Questionário Nórdico dos Sintomas

Osteomusculares na área da construção civil.

Quadro 1 – Resultados da revisão de literatura.

Autor/Portal/Ano Tipo de pesquisa Objetivos Resultados

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Portal ‘Em’ [Acesso

em 28 Abr 2018].

Pesquisa

bibliográfica

Coletar dados estatísticos e

informações acerca do número

de acidentes de trabalho no

Brasil.

Conforme o referido portal,

o Brasil tem 700 mil

acidentes de trabalho por

ano. Dados estatísticos

revelam, que 13,3 mil

mortes – por acidentes de

trabalho – foram registradas

no Brasil nos anos de 2012 a

2016.

Portal ‘Construct’

[Acesso em 26 abr.

2018].

Pesquisa

bibliográfica

Compreender o risco

ergonômico no setor da

construção civil e sua

abrangência.

As Lesões por esforço

repetitivo (LER) estão

enquadradas entre as

doenças do trabalho.

Conforme o referido portal,

os trabalhadores da

construção civil – e os

bancários – estão entre

aqueles que desenvolvem

tais lesões com frequência.

BARBOSA FILHO, A.

N. (2015).

Pesquisa

bibliográfica

Associar a função

desempenhada pelos

trabalhadores da construção

civil ao risco ergonômico

associado.

Relação entre a função

desempenhada e o risco

ergonômico associado

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IIDA, I. (2005) Pesquisa

bibliográfica

Compreender e utilizar o

Questionário Nórdico dos

Sintomas

Osteomusculares.

Desenvolvido para

autopreenchimento, o

questionário é um dos

principais instrumentos

utilizados para analisar os

sintomas

musculoesqueléticos, em se

tratando do contexto

ergonômico. De simples

aplicação e de baixo custo,

permite ao trabalhador a

identificação dos sintomas

de maneira que as ações

corretivas venham ao

encontro da sintomática

descrita pelos mesmos.

GRANDJEAN,

E.

(1998)

Pesquisa

bibliográfica

Sugerir e promover

melhorias/correções no

ambiente de trabalho.

Problemas relacionados ao

levantamento de cargas,

repetitividade dos

movimentos, adoção de

ferramentas ergonômicas e

adaptação dos postos de

trabalho estão entre as

causas dos acidentes e

afastamentos por risco

ergonômico.

A partir das informações expostas pelo Quadro 1, observa-se uma estreita relação entre

os acidentes na construção civil, a presença do risco ergonômico, e a proposta de

implantação do Questionário Nórdico dos Sintomas Osteomusculares como forma de

compreensão da sintomática e sugestão de melhorias no tocante ao desenvolvimento das

tarefas.6

De simples aplicação e de baixo custo, este instrumento de pesquisa reforça a relação

entre ação e o risco. Para tanto, o ergonomista poderá, ainda, tabular tal relação e

analisar as informações quantitativamente. Isto permite corroborar a relação de causa e

efeito.

Uma vez compreendida a relação de causalidade (atividade desempenhada e risco

associado), torna-se necessária a sugestão e a adoção de medidas de controle que

possibilitem a melhoria na execução das tarefas.7 Dentre elas, podemos destacar:

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- Levantamento de cargas: se executado de forma manual, a carga deverá estar o mais

próximo do seu corpo, além de ser compatível com a capacidade de força do

trabalhador, de maneira que não prejudique a saúde do mesmo.

- Repetitividade dos movimentos: deverão ser incluídas pausas durante a execução das

atividades.

- Substituição de ferramentas e adaptação dos postos de trabalho: a substituição das

ferramentas é uma das alternativas que visam a melhoria da execução das atividades.

Tendo em vista a repetitividade dos movimentos com instrumentos como martelos

(usados por pedreiros) e alicates (usados por ferreiros e eletricistas), a adoção e

investimento de ferramentas ergonomicamente adaptadas tende a reduzir as lesões.

Outra alternativa seria a adaptação dos postos de trabalho. A fim de garantir a segurança

do trabalhador, os postos deverão ter altura ajustável à estatura do trabalhador, borda

frontal arredondada, e encosto com forma levemente adaptada ao corpo de maneira a

proteger a região lombar.8 Diante de tais considerações, fica evidente a relação entre a

problemática da ação e causalidade. Ainda que o alto índice de acidentes de trabalho

seja uma realidade no Brasil, a aplicação do questionário e a consequente adoção de

medidas de controle são métodos que visam a melhoria nas condições de trabalho,

desempenho e segurança na execução das atividades laborais.

4 CONCLUSÕES

Como vimos, a construção civil é um dos grandes setores da economia

brasileira, e, também, um dos ramos com grande incidência de acidentes de trabalho.

Frente às exigências do referido setor, e ao desgaste físico, o Questionário Nórdico dos

Sintomas Osteomusculares representa uma importante ferramenta de avaliação

ergonômica. De baixo custo e fácil aplicação, o preenchimento do referido questionário

possibilita a análise quantitativa dos dados coletados através da tabulação dos dados.

Assim, o processamento das informações coletadas permite compreender a problemática

existente, além de sugerir/realizar as devidas melhorias no canteiro de obras. Destaca-

se, ainda, a adoção de medidas que visem à melhoria da prática laboral como forma de

prevenir – e evitar – futuras lesões e afastamentos. Dentre as medidas é importante

ressaltar os cuidados no levantamento de cargas, a adaptação do mobiliário, e a

substituição das ferramentas por equivalente adaptada ergonomicamente.

Como visto, os acidentes de trabalho ainda são uma realidade no Brasil. Esperamos,

portanto, que a continuidade deste estudo, e a utilização do questionário nórdico

venham auxiliar o trabalho de muitos profissionais (ergonomistas e pesquisadores) com

o intuito de aperfeiçoar novas e futuras pesquisas, bem como contribuir para a saúde do

trabalhador.

REFERÊNCIAS

GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto

Alegre: Artes Médicas; 1998. 338p.

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Em. Brasil tem 700 mil acidentes de trabalho por ano. Disponível em: <

https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/06/05/internas_economia,874113

/brasil-tem-700-mil-acidentes-de-trabalho-por-ano.shtml >. Acesso em: 28 abr. 2018.

ABRAHÃO, J. [organizadora]. Introdução à ergonomia. São Paulo: Blucher, 2009.

240p.

CORRÊA, V.M; BOLETTI, R.R. Ergonomia: fundamentos e aplicações. Porto Alegre:

Bookman; 2015.

MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:

Atlas, 2017.

BARBOSA FILHO, A.N. Segurança do trabalho na construção civil. São Paulo: Atlas,

2015.

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2ª edição ver. e ampl. São Paulo: Blucher;

2005.

Construct. Lesões por esforço repetitivo na construção civil. Disponível em: <

https://constructapp.io/pt/lesoes-por-esforco-repetitivo-umpanorama-da-construcao-

civil/ >. Acesso em 26 abr. 2018

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Cibele Bessa Pacheco¹

Maria Luisa S. Maidana ²

Antônio Flores Castro¹

Rivaldo M. Faria³

Eliane T. Neves4

A AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA GLOBAL SOBRE

MORTALIDADE INFANTIL EM BASE DE DADOS NO ANO DE 2015

1 INTRODUÇÃO

A mortalidade infantil é um indicador de saúde sensível às questões sociais e é de

extrema relevância para colaborar no embasamento de políticas de saúde pública,

refletindo a qualidade de vida e a cobertura do sistema de saúde. Para identificar os

diferentes perfis territoriais em saúde infantil na região Sul do Brasil, objetivou-se criar

instrumentos capazes de subsidiar informações de forma ampla em uma análise

multidimensional tanto dos resultados em saúde, representados pelos indicadores de

mortalidade e morbidade, quanto de seus determinantes, contexto territorial como

indicadores sociais e territoriais.

2 MÉTODO

Com base na primeira fase do projeto, com uma investigação bibliográfica, este trabalho

objetivou analisar o perfil da produção científica por país no ano de 2015. Para tanto,

utilizou-se os como critérios de inclusão idioma, local de estudo, artigos de pesquisa,

relação com a temática - mortalidade infantil e mortalidade perinatal – na Biblioteca

Virtual em Saúde (BVS).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No ano de 2015, foram identificados 685 artigos disponíveis, realizou-se a exclusão

primária dos artigos que não atendiam aos critérios de inclusão, restando 243 artigos. A

partir destes, foram excluídos os artigos descritivos e revisões sistemáticas, restando

114 que foram selecionados para análise. Observou-se que os países com a produção

científica mais expressiva, no ano de 2015, foram: Estados Unidos, Canadá e Reino

Unido, respectivamente com 19, 6 e 6 artigos, seguidos por Nigéria (4), Brasil (4), e

Nepal (4). O somatório da produção científica sobre mortalidade infantil e perinatal dos

países subdesenvolvidos africanos asiáticos e latinos correspondeu a 54% do total do

que foi produzido no ano. Os principais fatores associados a mortalidade infantil em

países subdesenvolvidos são decorrentes de baixos investimentos em programas de

Estratégia Saúde da Família, pouca efetividade dos programas de pré-natal e condições

sociais precárias, já nos países desenvolvidos, nota-se que os principais fatores que

impactam a mortalidade infantil e perinatal são doenças congênitas, complicações

decorrentes de gestações de alto risco e desigualdade social.

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4 CONCLUSÕES

Sendo assim, apesar da hegemonia absoluta dos Estados Unidos em relação ao

desenvolvimento científico na área, os países subdesenvolvidos nos últimos anos

passaram a investir mais recursos na área o que reflete os esforços associados à

melhoria das condições de saúde e sociais relacionadas ao território por meio da

tentativa de se identificar especificidades regionais da saúde infantil.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto pela redução da mortalidade materna e neonatal.

Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

COSTA, M. N. et al. Mortalidade infantil e condições de vida: a reprodução das

desigualdades sociais em saúde na década de 90. Cadernos de Saúde Pública, vol. 17, nº

3, p. 555-567, 2001.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Melissa Gewehr3

Leatrice da Luz Garcia4

Clarita Souza Baroni Silveira5

Jhonathan Barbosa da Silva 6

Fernanda Puntel Rutsatz5

Thaynara Lima Lessing6

A CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO

PRIMÁRIA À SAÚDE

1 INTRODUÇÃO

Embora envelhecer não signifique necessariamente adoecer, há uma preocupação

relacionada aos problemas de saúde, companheiros do envelhecimento, que desafiam os

sistemas de saúde e de previdência social. No âmbito do Sistema Único de Saúde

(SUS), a Atenção Primária à Saúde é a principal porta de entrada da população quando

apresenta algum problema de saúde. Com o objetivo de ampliar o conhecimento e de

instrumentalizar as equipes da Atenção Básica (AB) - equipes de agentes comunitários

de saúde (eACS) e/ou as equipes de Saúde da Família (eSF) - para o cuidado com a

pessoa idosa, a Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (COSAPI), em parceria com a

FIOCRUZ-RJ e o grupo de especialistas da UFMG, formulou o projeto de revisão e

atualização da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI). Essa proposta apresenta

alguns diferenciais, dentre os quais: a) permite o acompanhamento longitudinal por

cinco anos; b) possibilita a identificação do idoso frágil através do índice de

vulnerabilidade clínico-funcional; c) monitora as condições crônicas de saúde; d) alerta

a pessoa idosa e os profissionais de saúde para os medicamentos potencialmente de

risco, entre outros. O presente trabalho objetiva relatar algumas experiências com a

CSPI em uma Estratégia de Saúde da Família no interior do estado do Rio Grande do

Sul.

2 MÉTODOS:

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de

experiência.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

Entre dezembro de 2016 à maio de 2017, a equipe de enfermagem planejou atividades

com o objetivo de que motivar a equipe na utilização desse instrumento como

3 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 4 Mestranda PPGERONTO/UFSM; 5 Assistente Social, mestranda PPGERONTO/UFSM; 6 Acadêmico de medicina da UFSM; 5Academica de educação especial da UFSM; 6Academica de música da UFSM.

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ferramenta indispensável para ações de cuidado. Os profissionais de saúde (medicina,

equipe de saúde bucal, agentes comunitários, técnicos de enfermagem e enfermeira)

utilizaram a ferramenta durante as consultas, nos acompanhamentos, durante os

retornos, além de realizarem a distribuição, identificação e registros pertinentes e

importantes à promoção da saúde. Foram realizados, também, a seleção dos roteiros nas

consultas, em conjunto com os idosos, bem como em grupos de saúde, incentivando o

uso e auto manuseio da caderneta para maior conhecimento. Essas atividades

contribuíram para o estimular a aceitação e o conhecimento da equipe em relação ao

instrumento e, consequentemente a adesão dos usuários. Apesar de profissionais de

outros pontos da rede não terem aderido integralmente à proposta, observou-se uma

melhora na qualidade do cuidado prestado ao idoso, bem como uma melhora na

compreensão pelo idoso do seu processo de saúde/doença e a relação com o seu proceso

de envelhecimento.

4 CONCLUSÃO:

Acredita-se que o sucesso dessa ferramenta depende, em grande parte, dos profissionais

envolvidos neste processo, pois eles são os atores sociais chave para a efetividade na

utilização da caderneta, especialmente o profissional da enfermagem pelo seu papel

gestor.

REFERENCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Caderneta de saúde da pessoa idosa.

Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_idosa_3ed.pdf>.

Acesso em: 02 de novembro de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Larissa Maria Faccin Blás7

Mariana da Silva Corrêa8

A CONSTRUÇÃO DA ATENÇÃO HUMANIZADA EM SAÚDE A

PARTIR DA INTERAÇÃO LÚDICA COM CRIANÇAS COM CÂNCER:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

A humanização da atenção e do cuidado em saúde é um dos pontos centrais em que têm

se estruturado o ensino e a formação de profissionais da área. No entanto, o

entendimento de conceitos como humanização, integralidade e participação social do

usuário deve ser oportunizado aos discentes também de forma prática. O projeto Educa,

Ação, Lúdica Hospitalar, nesse sentido, possibilita, por meio de acompanhamento

pedagógico de crianças e adolescentes hospitalizados na unidade de hematologia-

oncologia do Hospital Universitário de Santa Maria, que os graduandos vivenciem essa

aprendizagem no ambiente hospitalar.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, da área de extensão, de discentes dos cursos de

Medicina e Fonoaudiologia participantes do projeto Educa, Ação, Lúdica Hospitalar, da

Universidade Federal de Santa Maria, no período de agosto a outubro de 2018. A

interação ocorreu semanalmente com pacientes do Centro de Tratamento da Criança

com Câncer (CTcriaC), por meio da implementação de planos de atendimento

pedagógicos, previamente aprovados pela professora coordenadora, nos quais eram

propostas atividades lúdicas a fim de possibilitar a continuidade do aprendizado escolar

do paciente durante sua internação.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dos resultados obtidos, percebe-se que a realização das atividades lúdicas propostas

depende da conquista da criança e do adolescente, processo que é facilitado quando da

construção de um vínculo entre ambos, o qual demanda tempo. Esse vínculo depende do

interesse, da atenção e da comunicação dedicados à criança e aos indivíduos envolvidos

no seu contexto, como a família. Além disso, evidenciou-se a necessidade da adoção de

uma visão que trate o paciente na sua individualidade, adaptando-se as suas

necessidades, mas que ao mesmo tempo o veja de forma integral e humanizada,

justapondo sua patologia – princípios inerentes a um cuidado humanizado.

4 CONCLUSÕES

7 Graduanda em Medicina na Universidade Federal de Santa Maria; 8 Graduanda em Fonoaudiologia na Universidade Federal de Santa Maria.

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Dessa forma, projetos e atividades que oportunizem o contato dos discentes, futuros

provedores de saúde, com usuários é imprescindível para a criação de vínculos e para a

efetiva construção de uma postura humanizada por parte dos mesmos.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Nagele Fatica Beschoren9

Maria Teresa A. de Campos Velho 10

A CONVIVÊNCIA DA ENFERMAGEM DE UMA UNIDADE DE

CARDIOLOGIA INTENSIVA COM A COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS

DIFÍCEIS

1 INTRODUÇÃO

No campo da comunicação em saúde é necessário que o profissional conheça o contexto

em que está inserido, tendo cuidado e dando importância ao processo comunicativo e

aquilo que se comunica. Assim, dentro do escopo da relação, a comunicação de notícias

difíceis tornou-se um recente assunto de estudos, pesquisas e discussões. A

comunicação de notícias difíceis é uma tarefa delicada e complexa, tanto para quem

recebe, quanto para quem emite, pois trata-se de um momento desagradável que envolve

o enfrentamento das reações emocionais do paciente, dos familiares e da equipe.

Convém enfatizar que o médico faz uma parte do processo de comunicação de notícias

difíceis, visto que comunicar o diagnóstico e prognóstico ao paciente é dever do médico

e está prevista em seu código de ética profissional, mas os outros profissionais de saúde

contribuem para a manutenção da informação coerente e com os cuidados antes, durante

e após esse momento. A compreensão da notícia difícil é um movimento contínuo, logo,

deve ser visto como um processo que envolve o fornecimento de informações relevantes

que preparam o paciente para receber, entender e lidar com as implicações daquilo que

foi comunicado. Por isso, os enfermeiros têm um papel importante na integralidade do

cuidado, pois acompanham o paciente durante a hospitalização e cada vez mais se faz

necessário aprender a conviver adequadamente com o envolvimento psicossocial gerado

pela notícia difícil.

2 MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de caráter descritivo e exploratório

realizada na Unidade de Cardiologia Intensiva do Hospital Universitário de Santa

Maria. Os dados foram obtidos no período de janeiro à março de 2018 por meio de

entrevista semiestruturada com as 07 enfermeiras da unidade e observação não-

participante – registrada em diário de campo – da rotina de trabalho dessas

9 Psicóloga, graduada em Psicologia pela Universidade Franciscana - Santa Maria/RS. Especialista em Gestão e Atenção Hospitalar

no Sistema Público de Saúde pela Universidade Federal de Santa Maria e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal

de Santa Maria; 10 Médica, graduada em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestre em Medicina pela Universidade Federal de

Santa Maria. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina e Pós doutora em Bioética e Ética na Pesquisa pela Universidade Complutense de Madrid.

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profissionais. A análise de conteúdo embasou-se na proposta de Bardin, seguindo as

considerações teórico-metodológicas de Turato.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A análise e discussão dos dados relacionados às percepções da enfermagem da unidade

intensiva cardiológica sobre o impacto da notícia difícil para o paciente mostrou que o

grupo pesquisado compreende que, geralmente, a comunicação de notícias difíceis é um

momento permeado por sentimentos diversos que se manifestam por meio de

verbalizações, metáforas, expressões não verbais, manifestações físicas e psicológicas.

Assim, as enfermeiras notam quando o paciente está mais calado, ansioso, de humor

deprimido, muda seu comportamento, mas principalmente, entendem que cada um tem a

sua forma particular de reagir. Também sabem que os pacientes vivenciam um

momento de estresse e supõem que respondem fisicamente a isso. Diante disso, as

enfermeiras tentam amenizar o ocorrido com os recursos empíricos que possuem.

4 CONCLUSÕES

Conclui-se que ao identificar os sentimentos e as atitudes do paciente, a enfermagem

pode auxiliá-lo por meio de uma comunicação clara e efetiva, fortalecendo assim, o

respeito, o vínculo terapêutico de confiança e as ações de cuidado. Portanto, para

alcançar uma assistência de qualidade é fundamental que a enfermagem não tenha

apenas um olhar técnico, mas um olhar humanizado.

Palavras-chave: Comunicação; Notícias Difíceis; Enfermagem; Unidade Intensiva.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, C. et al. Comunicação de notícias difíceis para pacientes sem possibilidade

de cura e familiares: atuação do enfermeiro. Revista Enfermagem UERJ, Rio de

Janeiro, RJ, v.22, n.5, p. 674 - 679, mar. 2014. Disponível em: <http://www.e-

publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/5748>. Acesso em: 23 maio

2018.

ARAÚJO, J. A.; LEITÃO, E. M. P. A comunicação de notícias difíceis: mentira piedosa

ou sinceridade cuidadosa. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. UERJ, Rio

de Janeiro, RJ, v.11, n.2, p. 58 - 62, abr./jun. 2012. Disponível em: <http://www.e-

publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/viewFile/8943/6836>. Acesso em: 23

maio 2018.

GOMES, G. C. et al. Dando notícias difíceis à família da criança em situação grave ou

em processo de terminalidade. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, p. 347 -

352, mai./jun. 2014. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v22n3/v22n3a09.pdf>.

Acesso em: 04 junho 2018.

LINO, C. A. et al. Uso do Protocolo Spikes no Ensino de Habilidades em Transmissão

de Más Notícias. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 35, n. 1, p. 52-57, 2011.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

50220110001000 08&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 24 maio 2018.

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PACHECO, A. P. A. M. Da Solidão Profissional à Interdisciplinaridade: a Trajetória de

um Grupo Balint-Paidéia. In: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação

Geral de Gestão Assistencial. Coordenação de Educação. Comunicação de notícias

difíceis: Compartilhando desafios na atenção à saúde. Rio de Janeiro: INCA, 2010.

p.73-84.

WARNOCK et al. Breaking bad news in inpatient clinical settings: role of the nurse.

Journal of Advanced Nursing, v. 66, n.7, p. 1543-1555, jul. 2010. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20492016>. Acesso em: 24 maio 2018.

WARNOCK, C. Breaking bad news: issues relating to nursing practice. Nursing

Standard, v. 28, n. 45, p. 51-58, jul. 2014. Disponível em: <doi:

10.7748/ns.28.45.51.e8935>. Acesso em: 18 junho 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Fernanda Lopes de Souza¹

Leidi L. S. Raposo²

Sandra Marcia Soares Schmidt³

Elenir Terezinha Rizzetti Anversa4

A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL DE BAIXO

RISCO

1 INTRODUÇÃO

Destaca-se a atenção ao pré-natal com a publicação em 1983 da Politica Nacional de

Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM). O papel da assistência ao pré-natal é

assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo assim que o bebê nasça de forma

saudável sem complicações (BRASIL, 2012). No pré-natal a enfermagem poderá ajudar

nas práticas de identificação, tratamento e controle de algumas possíveis complicações

que possam vir a ocorrer na gestação, reduzindo assim os índices de morbimortalidade

materna e fetal, além de promover um bom desenvolvimento para ambos (VIELLAS et

al; 2014). Esse estudo tem como objetivo refletir sobre o papel da enfermagem na

assistência ao pré-natal de baixo risco.

2 MÉTODO

Trata-se de estudo teórico-reflexivo a partir da assistência ao pré-natal de risco habitual.

Foi realizada a busca aleatória de artigos, em que foram utilizados 3 trabalhos

relevantes, disponibilizados na íntegra no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)

no dia 01 e 02 de outubro de 2018.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Segundo a organização mundial de saúde (OMS) o número adequado de consultas pré-

natal seria igual ou superior a 6 (seis), o início do pré-natal ideal é na décima segunda

semana de gestação (BRASIL, 2012). As consultas devem ser mensais até a 28°

semanas, quinzenais entre 28º e 36º semanas. O profissional de saúde deverá permitir

que as gestantes expressem suas preocupações garantindo, atenção resolutiva

articulando com outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e, assim

possibilitando um vínculo da gestante com a equipe de saúde (RODRIGUES et al;

2011). Os enfermeiros e os enfermeiros obstetras (estes últimos com titulação de

especialistas em obstetrícia) estão habilitados para atender ao pré-natal, aos partos

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normais sem distócia e ao puerpério em hospitais, centros de parto normal, unidades de

saúde ou em domicílio. Caso haja alguma intercorrência durante a gestação, os referidos

profissionais devem encaminhar a gestante para o médico continuar a assistência.

4 CONCLUSÕES

A assistência de enfermagem na consulta de pré-natal é de extrema importância para um

acolhimento com escuta qualificada deixando com que as gestantes expressem suas

angústias, mantendo um vínculo com a equipe, assim a possibilidade a elas a

continuidade ao pré-natal e evitando as possíveis complicações.

REFERÊNCIAS

1. BRASIL, Ministério da Saúde, Atenção ao pré-natal de baixo risco, Brasília;

2012. 318 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção

Básica, n° 32).

2. RODRIGUES, Edilene Matos; NASCIMENTO, Rafaella Gontijo do; ARAUJO,

Alisson. Protocolo na assistência pré-natal: ações, facilidades e dificuldades dos

enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. Rev. esc. enferm. USP, São

Paulo, v. 45, n. 5, p. 1041-1047, Oct. 2011 .

3. VIELLAS, Elaine Fernandes et al . Assistência pré-natal no Brasil. Cad. Saúde

Pública, Rio de Janeiro , v. 30, supl. 1, p. S85-S100, 2014 .

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Melissa Gewehr11

Leatrice da Luz Garcia12

Clarita Souza Baroni Silveira13

Jhonathan Barbosa da Silva 14

Fernanda Puntel Rutsatz5

Thaynara Lima Lessing6

A ESPIRITUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: Uma

Revisão Narrativa

1 INTRODUÇÃO

Considera-se que a abordagem da espiritualidade, trazida pelo usuário, no atendimento

pelos profissionais de saúde, seja investigada, uma vez que esta dimensão está

intimamente relacionada com o conceito ampliado de saúde e poderá não estar sendo

considerada e incluída na prática profissional. O objetivo geral foi identificar e analisar

as produções cientificas sobre o uso da espiritualidade no contexto da Atenção Primária

a Saúde (APS). Os objetivos específicos foram identificar os motivos que interferem no

uso ou não da espiritualidade como parte do plano de cuidados da equipe da APS e

analisar como os profissionais da saúde abordam, no cuidado, as questões relacionadas

à espiritualidade trazidas pelo usuário.

2 MÉTODOS:

Trata-se de uma revisão narrativa que se utilizou da coleta de dados em artigos nas

bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

(LILACS). Como critérios de inclusão foram utilizados os artigos completos e

disponíveis ao público, no período de 2011 à 2015, relacionados a temática.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

Foi elaborado um formulário de coleta de dados com informações e utilizou-se

estatística descritiva e análise temática de Minayo (2008) que resultou em 2 categorias:

a) resiliência do usuário e b) dificuldades em incluir a espiritualidade na prática

profissional. Rocha et al (2013) apontam que é notório observar que as pessoas

religiosas parecem lidar mais facilmente com os estresses da vida, recuperam-se mais

11 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 12 Mestranda PPGERONTO/UFSM; 13 Assistente Social, mestranda PPGERONTO/UFSM; 14 Acadêmico de medicina da UFSM; 5Academica de educação especial da UFSM; 6Academica de música da UFSM.

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rapidamente de depressão e apresentam menos ansiedade e outras emoções negativas do

que as pessoas menos religiosas. Os profissionais revelam barreiras para lidar com a

espiritualidade do paciente, tais como medo de ofender e de impor suas próprias

crenças, de lidar com religiões divergentes as deles e a falta de tempo (SANTO et al,

2013). Assim, após a análise do material parece não haver dúvidas de que a

espiritualidade, a religiosidade e a religião podem se relacionar positivamente com a

saúde. A falha do não uso dessa ferramenta encontra-se: na formação profissional, por

ser pouco ou nada considerada no contexto acadêmico; na complexidade da abordagem

e no perfil profissional.

4 CONCLUSÃO:

Dessa forma, a capacitação dos profissionais de saúde acerca destas questões na

abordagem ao paciente e a utilização de novos recursos interventivos, como o trabalho

envolvendo a família, a comunidade religiosa e a oração, surgem como possíveis

alternativas que permitiriam resultados mais efetivos na integralidade do cuidado aos

sujeitos.

REFERENCIAS:

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11 ed.

São Paulo: Hucitec, 2008.

ROCHA, I. A. et al. Terapia comunitária integrativa: situações de sofrimento emocional

e estratégias de enfrentamento apresentadas por usuários. Rev Gaúcha Enferm, v. 34,

n. 2, p.155-162, 2013. Disponível em: <

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472013000300020>.

Acesso em: 01 de novembro de 2018.

SANTO, C. C. E. et al. Diálogos entre espiritualidade e enfermagem: uma revisão

integrativa da literatura. Cogitare Enferm, v. 18, n. 2, p.372-8, 2013. Disponível em: <

https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/32588>. Acesso em 01 de novembro de

2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Carolina Schmitt Colomé15

Mikaela Aline Bade München16

Amanda Valério Espíndola17

Alberto Manuel Quintana18

A EXPERIÊNCIA DE CUIDADORES FAMILIARES DE SUJEITOS EM

FIM DE VIDA: O CUIDADO COMO UM IMPERATIVO

1 INTRODUÇÃO

O aumento da longevidade e os grandes avanços tecnológicos na área da saúde,

relacionados à busca excessiva pela manutenção da vida, são aspectos que vêm levando

ao aumento de doenças crônico-degenerativas. Nesse cenário, a família destaca-se como

fonte de apoio, uma vez que se constitui como espaço de proteção frente aos

descompassos da vida. Dessa forma, o presente estudo – recorte de uma pesquisa maior,

intitulada “Significações atribuídas às relações familiares em fim de vida” – propõe-se a

compreender como os doentes e seus familiares vivenciam suas relações frente à

situação de terminalidade em decorrência de um adoecimento crônico-degenerativo.

2 MÉTODO

A pesquisa teve como participantes seis familiares cuidadores de indivíduos adultos em

processo de fim de vida, que estavam recebendo cuidados paliativos exclusivos em

acompanhamento pela equipe de Serviço de Atenção Domiciliar de um hospital

universitário no interior do Rio Grande do Sul. Seguiu-se os princípios éticos regidos

pela Resolução nº 510/2016, do Conselho Nacional de Saúde, contando com aprovação

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria através do

CAAE 63065216.9.0000.5346. Como instrumento foram utilizadas entrevistas

semidirigidas, as quais foram analisadas através da análise de conteúdo, elencando-se

categorias, de modo que, optou-se por abordar “O cuidado como um imperativo”.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Identificou-se que em muitos casos os familiares cuidadores podem sentir que o

comprometimento com os cuidados de seus familiares adoecidos é inerente a sua

relação com eles, como uma retribuição de afeto e carinho. Isso pode ser exemplificado

a seguir “Eu disse ah, eu não posso abandonar minha vó né? [...] Se toda a vida ela

sempre fez tudo por mim né? [...] Não existia uma possibilidade mínima que eu não

fizesse isso por ela”. Assim, a discussão dos resultados sugere que pode haver, na oferta

de cuidado, um sentido de recompensa, bem como de cumprimento de expectativas

15 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 16 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 17 Mestre em Psicologia pela UFSM; 18 Phd em Bioética, Professor do curso de Psicologia, UFSM.

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sociais que possibilitam a emergência de sentimentos de reconhecimento social,

realização pessoal e evitação de culpa. Contudo, por outro lado, os cuidadores muitas

vezes acabam por ter que recusar-se a si mesmos – seus desejos, vontades, identidades,

papéis e espaços ocupados anteriormente ao adoecimento – em prol do doente, o qual

demanda cuidados concretos e imediatos: “Ah, pra mim tá... Ah, é difícil né, é

cansativo, porque tu vê eu passo o dia inteiro, a noite... Toda né. Então assim, é difícil.

Mas... Tem que fazer né? Levanto seis, sete, oito vezes por noite. Tem dias que é bem

complicado. Mas... Tem que cuidar, não adianta, né.”

4 CONCLUSÕES

Dessa maneira, conclui-se que, apesar de o cuidado poder ser significado como positivo,

deve-se atentar para a sobrecarga do cuidador familiar. Ainda que a paliação

compreenda o doente e sua família como uma unidade, na maior parte das vezes pode

ser que as intervenções dirijam-se ao paciente. Dessa forma, sugere-se que esses

cuidadores sejam também assistidos pelas equipes de saúde, buscando-se intervenções

que os aproximem de suas redes de suporte familiar e comunitário, tendo em vista que o

cuidado domiciliar ocorre em seus territórios.

REFERÊNCIAS

BERNAL, I. L. La familia en la determinación de la salud. Rev. Cub. de Salud Pública.

n. 1, v. 29, p. 48-51. 2003. Disponível em:

<http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-34662003000100007>.

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BRASIL, Ministério da Saúde. Manual Instrutivo do Melhor em Casa. 2011. Disponível

em: <http://189.28.128.100/dab/docs/geral/cartilha_melhor_em_casa.pdf>. Acesso em:

08 de agosto de 2018.

BRASIL. Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016. 2016. Disponível em:

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BRASIL. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. 2017. Disponível em:

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Acesso em: 08 de agosto de 2018.

CARMO, E. H.; BARRETO, M. L.; SILVA JR, J. B. Mudanças nos padrões de

morbimortalidade da população brasileira: desafios para o novo século. Revista

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CATTANI, R. B.; GIRARDON-PERLINI, N. M. O. Cuidar do idoso doente no

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2018.

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MAFRA, S. C. T. A tarefa do cuidar e as expectativas sociais diante de um

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MESQUITA, A. S. L. O Psicólogo em Cuidados Paliativos: intervenção em fim de vida.

Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto, Porto. 2012. Disponível em:

<https://sigarra.up.pt/reitoria/pt/pub_geral.pub_view?pi_pub_base_id=29026>. Acesso

em: 08 de agosto de 2018.

MINAYO, M. C. S. (org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:

Vozes, 2010.

NAOKI, Y. et al. Association between family satisfaction and caregiver burden in

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Practice Guidelines for Quality Palliative Care. Pittsburgh: National Consensus Project

for Quality Palliative Care. 2013. Disponível em:

<https://www.nationalcoalitionhpc.org/ncp-guidelines-2013/>. Acesso em: 08 de agosto

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TURATO, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção

teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas.

Petrópolis: Vozes, 2013.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). National cancer control programmes:

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Roselene Silva Souza19

Rosane Seeger da Silva20

A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS

1 INTRODUÇÃO

O aumento da população idosa é percebido mundialmente, no Brasil não é diferente.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020 o contingente

de pessoas com 60 anos ou mais atingirá 13,8% da população total brasileira, passando

para 33,7% em 2060. O envelhecimento traz alterações físicas, cognitivas, funcionais e

sociais, gera alguns problemas comuns a população idosa, como as quedas. A queda

pode ser definida como um deslocamento não intencional do corpo para um nível

inferior à posição inicial, com incapacidade à tempo hábil determinado por

circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade. Suas causas são

múltiplas e podem ser agrupadas em fatores intrínsecos e extrínsecos. Entre eles

destacam-se condições patológicas e efeitos adversos de medicações ou o uso

concomitante de fármacos. Há ainda ênfase para os perigos ambientais e o uso de

calçados inadequados. Dentro deste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar as

causas de quedas sofridas por idosos.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo bibliográfico, de natureza descritiva, no qual buscou-se, nas

bases de dados eletrônicos, artigos já elaborados, que apresentassem as principais e mais

efetivas causas de quedas sofridas por idosos. Utilizou-se os seguintes descritores:

acidentes por quedas, idosos e prevenção de quedas. Os artigos identificados pela

estratégia de busca foram avaliados, de forma independente, pelas pesquisadoras

(autoras), obedecendo rigorosamente aos critérios de inclusão: texto na íntegra, tempo

de busca (sem delimitação), população-alvo (idoso), tipo de estudo (sem delimitação) e

idioma (português, inglês e espanhol). Optou-se por utilizar como material apenas

artigos científicos devido à facilidade de acesso deste tipo de publicação.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Associando os termos de busca, foram encontrados 36 artigos, desses nove foram

selecionados para análise. A baixa inclusão de artigos sugere que ainda são raros os

estudos que abordam essa problemática tão urgente em nossa sociedade. Ressalta-se

que, em geral, os idosos caem ao realizarem atividades rotineiras. As quedas podem ser

19 Enfermeira; 20 Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana/UFSM.

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causadas por fatores intrínsecos, ou seja, decorrentes de alterações fisiológicas

relacionadas ao processo de envelhecimento, a doenças e efeitos causados por uso de

fármacos e extrínsecos, atribuídos aos fatores que dependem de circunstancias sociais e

ambientais criando desafios ao idoso.

4 CONCLUSÕES

Tomando por base esses achados, sabe-se que pequenas modificações no ambiente

podem evitar o risco de cair e as complexidades geradas pelas quedas. Assim, torna-se

fundamental que profissionais da s

aúde e educação estejam envolvidos com essas questões, as quais influenciam, na

qualidade de vida das pessoas idosas.

REFERÊNCIAS

GOMES, E. C. C., et al. Fatores associados ao risco de quedas em idosos

institucionalizados: uma revisão integrativa. Ciências e Saúde coletiva. v.19 n.8, p.

3543-3551. 2014.

GONÇALVES, L. G, et al. Prevalência de quedas em idosos asilados do município de

Rio Grande, RS. Revista Saúde Pública. v.42, n.5, p. 938-945. 2008.

MENEZES, R. L.; BACHION, M. M. Estudo da presença de fatores de riscos

intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados. Ciências e Saúde coletiva. v.13,

n.4, p.1209- 1218. 2008.

COUTINHO, E. S. F.; SILVA, S. D. Uso de medicamentos como fator de risco para

fratura grave decorrente de queda em idosos. Cad. Saúde Pública, v. 18, n. 5, p. 1359-

1366, 2002.

DRECH, D. M.; DORING, M. Prevalência de acidentes domésticos em idosos

residentes em uma área de abrangência da Estratégia de Saúde de Família. RBCEH,

Passo Fundo, v. 6, n. 1, p. 87-89, jan./abr. 2009.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

RAPOSO, Leidi Luzia da Silva1

SOUZA, Fernanda Lopes de2

SCHMIDT, Sandra Márcia Soares3

A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PROTOCOLO CHECKLIST

EM SALA CIRÚRGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

INTRODUÇÃO

O tratamento cirúrgico é componente do cuidado em saúde em todas as classes sociais e

comunidades, e também em todas as regiões do mundo. A cirurgia tornou-se parte

associada dos cuidados de saúde global, com uma estimativa de 234 milhões de

operações realizadas anualmente, resultando em uma operação a cada 25 pessoas,

evidenciando que a segurança do paciente é de grande importância para a saúde pública

(HAYNES et al., 2009). No ano de 2007 a Organização Mundial da Saúde criou o

segundo Desafio Global para a Segurança do Paciente: Cirurgias Seguras Salvam Vidas,

com o intuito de aperfeiçoar a segurança da assistência cirúrgica e minimizar óbitos no

mundo (WHO, 2009).

OBJETIVO

Conhecer a importância do uso do checklist em sala cirúrgica visando a segurança do

paciente

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão de literatura do tipo narrativa. A busca foi realizada

em julho de 2018, na BVS, na base de dados LILACS. Para seleção dos artigos foram

empregados os descritores, checklist AND cirurgia segura AND enfermagem. Foram

encontrados 13 artigos, desses 8 responderam a pergunta de pesquisa. A análise dos

dados foi a Análise de conteúdo de Bardin (2011).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No Centro Cirúrgico, a implantação do Checklist de Cirurgia Segura é uma das medidas

adotadas pelas instituições hospitalares para assegurar cirurgias com local de

intervenção, procedimento e paciente correto, atingindo assim a meta quatro da Joint

Commission Internationale evitando, também mortalidade e complicações pós-

operatórias (CRUZ; ALFONSO; PÉREZ, 2012). A partir da leitura dos artigos

publicados, foi possível concluir que a adesão ao instrumento checklist vem

contribuindo para minimizar danos e falhas por parte das equipes em centros cirúrgicos.

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CONCLUSÃO

A realização do checklist em sala cirúrgica é de extrema relevância, uma vez que este

reduz riscos de eventos adversos propiciando a segurança do paciente cirúrgico. O

enfermeiro é o organizador do serviço de saúde, este acaba por ser o profissional mais

indicado para a realização do checklist. A não realização do checklist pode ocasionar

diversos danos ao paciente inclusive o aumento da taxa de mortalidade nos pós

cirúrgico.

BIBLIOGRAFIA

1. HAYNES, A.B.et al. Safe Surgery Saves Lives Study Group. A surgical safety

checklist to reduce morbidity and mortality in a global population. New Egland

Journal of Medicine, Boston, v.360, no. 5, p. 491-499, Jan. 2009.

2. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 1ª ed. São Paulo: Edições Brasil,

2011.

3. CRUZ, Y. L.; ALGONSO, P. M.; PÉREZ, A. C. D. Seguridad del paciente em

la cirugía refractiva com láser. Revista Cubana de Oftalmología, La Habana,

v. 25, n. 1, [10 telas], 2012. Disponível em:

http://www.revoftalmologia.sld.cu/index.php/oftalmologia/article/view/29/html_

42 Acesso em: 1 Nov 2018.

4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Orientações da OMS para Cirurgia

Segura 2009. Cirurgia Segura Salva Vidas. World Health Organization.

Direção Geral da Saúde/Ministério da Saúde, 2010.[acesso em 1 nov 2018]

Tradução e adaptação para o português por Manuela Lucas. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_cirurgia_salva_

manual.pdf

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Sabrina Da Silva Santos21

Thalia Brites Muniz22

A IMPORTÂNCIA DE UM GRUPO PSICOTERAPÊUTICO NAS

ESCOLAS PARA PAIS DE ALUNOS "PROBLEMAS":

DESENVOLVENDO UM GRUPO PSICOTERAPÊUTICO PARA PAIS

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho vem apresentar a experiência de um grupo na escola EMEF - Escola

Municipal de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria RS. Este grupo tem como

finalidade oportunizar que pais de alunos daquela instituição de ensino possam se

encontrar para problematizar questões referentes aos seus filhos dentro do âmbito

escolar. Ao trazermos estes pais para participar de um grupo onde o assunto principal a

ser abordado será tudo que envolve os seus filhos, acredita-se oportunizar a troca de

ideias e pensar o não pensado com a ajuda do grupo.

2 MÉTODO

O presente trabalho que é parte da vivência no estágio básico II está sendo realizado na

Escola Dom Luiz Victor Sartori, situada na rua Tamanday, número 325, bairro Nossa

Senhora De Lurdes. A metodologia é a formação de grupo Operativo (2010) onde os

componentes sentam-se em círculo para realizar aprendizados a partir de

problematizações trazidas pelo coordenador ou membros do grupo. O estágio básico II

tem a duração de 72 horas, essas horas foram divididas em 15 encontros com duração de

uma hora cada, sendo os encontros semanais, e o restante em atividades desenvolvidas

no local e supervisões de estágio que ocorrem uma vez por semana na faculdade Fisma.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O grupo propõe oportunizar um movimento de pensamento a partir de demandas de

saúde, mas focando em um desenvolvimento dentro do ambiente escolar. No grupo é

observado uma grande demanda dos pais de crianças com o Transtorno de Déficit de

Atenção e Hiperatividade/ Impulsividade (TDAH), um dos transtornos mais comuns na

infância. É encontrado a partir daí uma certa dificuldade de relação entre professor e

aluno através de seus comportamentos prejudiciais a si e aos outros colegas. Essas

crianças demonstram uma grande dificuldade de aprendizagem, impossibilitando muitas

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vezes o foco e a atenção (ROCHA, PRETTE; 2010). Aprendizagem, aqui, é vista de

duas formas, ou seja, por um lado é discutido a questão da aprendizagem dos filhos

dentro do ambiente educacional, mas também destacasse um aprendizado do grupo com

o grupo.

4 CONCLUSÕES

De acordo com o levantamento realizado no estágio, conclui-se que o grupo com os pais

das crianças institucionalizadas nas escolas tem uma grande importância, pois, o que a

família não consegue dar conta em termos de estratégias educacionais o grupo

problematiza e oferece métodos novos de educação escolar e em saúde. Assim a

proposta principal do grupo, foi de que as mães compartilhassem ideias, vivencias e

experiências para estar trabalhando essas dificuldades dos filhos.

REFERÊNCIAS

1. MATESCO ROCHA, Margarette; PEREIRA DEL PRETTE, Zilda Aparecida.

HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS PARA MÃES DE CRIANÇAS COM

TDAH E A INCLUSÃO ESCOLAR. Psicologia Argumento, [S.l.], v. 28, n. 60,

nov. 2017. ISSN 1980-5942. Disponível em:

<https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/19723>.

Acesso em: 04 nov. 2018.

2. BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-

Rivière e Henri Wallon. Disponível em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415880920100001

00010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 04 nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Simone Rodrigues de Sousa23

Denise Pasqual Schmidt24

A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL EM UMA UNIDADE DE

ONCOLOGIA PEDIÁTRICA

1 INTRODUÇÃO

O diagnóstico de uma doença oncológica provoca diretamente na vida das famílias de

crianças e/ou adolescentes, inúmeras mudanças na rotina e nas relações cotidianas. O

tratamento é longo, muitas vezes realizado fora de sua cidade de origem e para enfrentá-

lo a família é imersa em um novo ambiente, o hospital¹. É um período intercalado por

momentos de esperança, mas também de medos, inseguranças e incertezas.

O serviço social atua na intersecção da situação de saúde/doença dos usuários com as

demais dimensões de sua vida, na formulação de estratégias para que se efetive nos

serviços de saúde o direito ao acesso e a participação da família em todos o processo².

Assim, objetiva-se neste resumo refletir sobre a atuação do assistente social no suporte

familiar de crianças e/ou adolescentes em tratamento oncológico.

2 MÉTODO

A metodologia consiste a partir da observação sobre a intervenção do assistente social

junto às famílias de crianças e/ou adolescentes em tratamento oncológico a partir de

revisão da literatura narrativa, está caracterizada por não utilizar critérios específicos e

sistemáticos, para a análise crítica.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

23Assistente Social Residente do Programa de Residência Multiprofissional e em Área

Profissional da Saúde; 24Mestre em Educação; Assistente Social do Centro de Transplantes de Medula Óssea - CTMO,

Centro de Tratamento da Criança com Câncer - CTCRIAC e Radioterapia do Hospital

Universitário de Santa Maria.

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Quando uma criança é diagnosticada com câncer, sua vida passa por rápida e intensa

transformação, assim como o cotidiano familiar. De um momento para o outro, ela se vê

em um ambiente desconhecido, submetido a uma série de exames invasivos, internações

longas ou constantes idas ao hospital, afastamento da escola e da convivência com

familiares e amigos¹.

No processo de internações para o tratamento não é raro um dos pais deixar seu

emprego para prestar o cuidado contínuo, a diminuição da renda e o afastamento da

convivência familiar atinge o emocional do paciente e outros membros da família

podem passar a receber menos atenção como os irmãos menores.

O serviço social se insere na equipe cuja intervenção pressupõe o conhecimento da

população que atende e seu núcleo familiar, quais sãos as dificuldades apresentadas, em

que contexto cultural, social e econômico se inserem, identificar a fonte e o grau de

recursos e flexibilidades sociais e financeiras da família, identificar quais recursos

podem ser acionados na rede para dar o suporte necessário com vistas a garantia de

acesso aos cuidados propostos². Assim, a intervenção deste profissional na saúde

articula-se necessariamente com as demais políticas sociais, para formulação de

estratégias para que se efetive nos serviços de saúde o direito ao acesso e a participação

da família em todos o processo.

4 CONCLUSÕES

A intervenção do assistente social se defronta diversas vezes com questões que

ameaçam a continuidade do tratamento, diante das repercussões do mesmo no contexto

familiar. Nesta lógica, é no contato do assistente social com a família durante todo o

tratamento que se identifica inúmeras demandas, sendo situações socioeconômicas

precárias, desavenças familiares, dificuldades em acesso à saúde, educação e

assistência.

Portanto a identificação dessas demandas leva o assistente social a acionar os recursos

existentes na sociedade de modo a dar suporte à família, garantindo a plena informação

e discussão sobre as possibilidade e consequências das situações apresentadas,

respeitando sempre as decisões dos pacientes e familiares.

REFERÊNCIAS

3. SILVA, TSC. Crianças e Adolescentes em Cuidados Paliativos oncológicos: a

intervenção do serviço social junto às famílias. Revista Pol. Públ. São Luís, v.14, n 1,

p 139-146, jan./jun. 2010.

4. MENEZES, Catarina Nívea Bezerra et al.Câncer infantil: organização familiar

e doença. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2007, vol.7, n.1, pp. 191-210. ISSN 2175-

3644.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores: Rosani Viera Lunardi25

A OBESIDADE SOB A ÓTICA DO CÂNCER DE MAMA

1 INTRODUÇÃO

O câncer de mama, segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é

considerado um problema de saúde pública e se constitui no câncer mais comum entre

as mulheres brasileiras, sendo este uma das mais principais causas de morte. No Brasil,

segundo os dados do INCA, no biênio 2018-2019 estima-se que para cada ano sejam

diagnosticados 59.700 novos casos. O desenvolvimento do câncer de mama está

associado a diversos fatores de risco, podendo ser classificados em dois grupos. O

primeiro denominado não modificáveis constitui-se pelos fatores de risco que estão

ligados a idade, fatores endócrinos, fatores genéticos, representado por envelhecimento,

histórico familiar, raça, origem étnica. Já o segundo é composto pelos fatores de risco

modificáveis, que estão ligados principalmente à hábitos de vida, representados por

obesidade, alcoolismo, tabagismo, terapia de reposição hormonal. Dentre os fatores de

risco modificáveis, a obesidade está intimamente ligada à fatores não modificáveis tais

como idade e fatores endócrinos. Por este motivo, justifica-se a importância de se

estudar a obesidade como fator de risco para o câncer de mama. Este estudo teve por

objetivo analisar a obesidade como fator de risco associado ao câncer de mama inserido

no contexto bibliográfico.

2 MÉTODO

Para tanto foi utilizado como método o estudo exploratório a partir da coletânea de

artigos científicos obtidos das principais bases bibliográficas online. O recorte temporal

utilizado foi 2014 a 2018, sendo excluídos destes dissertações e teses, bem com artigos

que não abordassem os temas obesidade e câncer de mama simultaneamente.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir da análise dos resultados, a obesidade foi apontada como um fator de impacto

negativo na saúde da mulher, principalmente quando associado ao câncer de mama, uma

25 Pós-graduação em enfermagem, enfermeira, Técnica em Enfermagem no Hospital

Universitário de Santa Maria.

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vez que a obesidade aumenta a quantidade de inflamação e o nível de insulina o que

torna o processo de multiplicação celular acelerado favorecendo o surgimento de

tumores. Da mesma forma o excesso de peso desregula o processo metabólico e

hormonal apontadas igualmente como potencializadores dos riscos de câncer. Em

contrapartida, os dados analisados evidenciam que o controle do peso corporal

constitui-se numa significativa medida de prevenção, uma vez que os taxas de gordura

sendo mantidas em níveis adequados os riscos de desenvolvimento de câncer de mama

são estimativamente reduzidos em aproximadamente 30%.

4 CONCLUSÃO

Conclui-se com este estudo, se por um lado a obesidade é considerada um fator de risco

significativo para o desenvolvimento do câncer de mama por outro o seu controle

representa um mecanismo de prevenção associados à redução no risco de desenvolver

câncer de mama.

PALAVRAS CHAVES: câncer de mama; obesidade; fatores de risco.

REFERÊNCIAS

1. BRUNO, B. C. R. B.; RIBEIRO, S. T.; TEIXEIRA, C. R. D.; et al. CÂNCER DE

MAMA: É POSSÍVEL PREVENIR? REVISTA UNINGÁ REVIEW, v. 28, n. 1,

2016. Disponível em:

<http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1843>. Acesso em:

16/10/2018.

2. HÖFELMANN, D. A.; ANJOS, J. C. DOS; AYALA, A. L. Sobrevida em dez anos e

fatores prognósticos em mulheres com câncer de mama em Joinville, Santa Catarina,

Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 6, p. 1813–1824, 2014. ABRASCO -

Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

81232014000601813&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 27/10/2018.

3. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA. Estimativa 2018. Incidência de

Câncer no Brasil. Disponível em:

<http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/index.asp>. Acesso em: 25/8/2018.

4. LAUTER, D. S.; BERLEZI, E. M.; ROSANELLI, C. D. L. S. P.; LORO, M. M.;

KOLANKIEWICZ, A. C. B. Câncer de mama : estudo caso controle no Sul do

Brasil/ Breast cancer : case control study in Southern Brazil. Revista Ciência &

Saúde, v. 7, n. 1, p. 19–26, 2014.

5. MEIRELLES, R. M. R.; MEIRELLES, R. M. R. Menopausa e síndrome metabólica.

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 58, n. 2, p. 91–96,

2014. ABE&M. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-

27302014000200091&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 27/10/2018.

6. MUNHOZ, M. P.; OLIVEIRA, J. DE; GONÇALVES, R. D.; ZAMBON, T. B.;

OLIVEIRA, L. C. N. DE. Efeito do Exercício Físico e da Nutrição na Prevenção do

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Câncer. Revista Odontológica de Araçatuba, v. 37, n. 2, p. 09-16, 2016. Disponível

em: <http://apcdaracatuba.com.br/revista/2016/08/trabalho5.pdf>. .

7. PEREIRA, D. C. L.; LIMA, S. M. R. R. Arquivos Medicos dos Hospitais e da

Faculdade de Ciencias Medicas da Santa Casa de Sao Paulo. Santa Casa de São

Paulo, Faculdade de Ciencias Médicas, 2018.

8. PINHEIRO, A. B.; BARRETO-NETO, J. S.; RIO, J. A.; et al. Associação entre

índice de massa corpórea e câncer de mama em pacientes de Salvador , Bahia.

Revista Brasileira Mastologia, v. 24, n. 3, p. 76–81, 2014. Disponível em:

<http://www.rbmastologia.com.br/wp-content/uploads/2015/06/MAS_v24n3_76-

81.pdf>. .

9. SENA, R.; GRAPIUNA, P.; CAROLINA, A.; et al. A INTERFERÊNCIA DA

OBESIDADE NO SURGIMENTO DO CÂNCER DE MAMA. , p. 1–6, 2017.

10. WANNMACHER, L. Obesidade como fator de risco para morbidade e

mortalidade: evidências sobre o manejo com medidas não medicamentosas.

Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde

(OPAS/OMS) no Brasil, v. 1, n. 7, p. 1–10, 2016. Disponível em:

<http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&categ

ory_slug=serie-uso-racional-medicamentos-284&alias=1535-obesidade-como-fator-

risco-para-morbidade-e-mortalidade-evidencias-sobre-o-manejo-com-medidas-nao-

medicamentosas-5&Itemid=965>.

11. ZANOTTI, J.; MAIA, P. R. CÂNCER DE MAMA E OBESIDADE: REVISÃO

DA LITERATURA. ANAIS-UNIC-Congresso de Iniciação Científica-UNIFEV,

v. 5, n. 5, p. 40–42, 2017. Disponível em:

<http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao/article/view/2713>.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Leatrice da Luz Garcia¹

Marco Aurélio Figueiredo Acosta²

Elaine de Oliveira Vieira Caneco³

Roselaine Brum da Silva Soares4

Melissa Gewehr5

Clarita Souza Baroni Silveira6

A PERCEPÇÃO DA SAÚDE ENTRE IDOSOS PERTENCENTES A

GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DO NÚCLEO INTEGRADO DE

ESTUDOS E APOIO À TERCEIRA IDADE (NIEATI) DA CIDADE DE

SANTA MARIA-RS

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é marcado por um conjunto de alterações orgânicas e funcionais de

caráter continuo e irreversível, que podem ser vistas pelo idoso de diferentes formas. A

auto percepção da saúde do idoso é um preditor importante para mensurar a sua

capacidade funcional, por esse motivo é relevante que se entenda como o idoso avalia e

percebe sua saúde e quais as implicações desta no seu dia a dia. Objetivo: analisar os

dados sócio demográfico e a percepção de saúde do idoso.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter exploratório e descritivo realizado através

da aplicação do questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS) em 27 idosos no período

de setembro a outubro de 2018, pertencentes a três grupos de terceira idade do NIEATI,

os dados foram registrados, organizados e tabulados no Programa Microsoft Office

Excel 2013; e apresentados em tabelas e gráficos, utilizando-se a média, desvio padrão,

valor mínimo, valor máximo e porcentagem.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Constata-se a predominância de idosos do sexo feminino, na faixa etária dos 60 aos 74

anos, casadas, de religião católica, alfabetizadas, com uma renda mensal entre um e dois

salários mínimos, com uma média de dois a três filhos. Em relação à presença de

patologias, observa-se que 81,48% dos idosos referem ter algum tipo de doença

associada, entre estas aparecem hipertensão, cardiopatias, alterações na tireoide,

osteoporose e diabetes. Em relação à saúde em geral, 77,77% dos idosos mencionam

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que sua saúde é boa, 11,11% relatam que é ótima e 7,40% referem que é pior. No que

diz respeito ao comparativo de sua saúde com os últimos cinco anos, 40,70 %

afirmaram estar melhor ou a mesma coisa, enquanto 18,51% relataram ter piorado.

Quanto à sua percepção de saúde comparada à de outras pessoas da sua mesma idade,

66,66% relataram estar melhor. Foi analisada também a participação dos idosos no que

concerne à realização de atividades física. Entre os idosos, 92,59% praticam atividade

física regularmente. No que diz respeito aos serviços de saúde utilizados pelo idoso,

70,37% referem utilizar a rede pública de saúde, sendo que a satisfação com os serviços

utilizado chega a 59,25%.

4 CONCLUSÕES

Os dados sociodemograficos confirmam a feminização da velhice, revelando que a

maioria dos idosos que fazem parte deste estudo são mulheres. No que diz respeito à

percepção da saúde os idosos pesquisados referem ter uma boa saúde, apesar do alto

índice de patologias relatas por estes, evidenciando a ideia de que nem sempre a doença

vem associada a incapacidades física, não sendo vista pelo idoso como um fator

limitante.

REFERÊNCIAS

1. HARTMANN, ACVC. Fatores associados a autopercepção de saúde em

idosos de Porto Alegre [tese]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica

do Rio Grande do Sul, Instituto de Geriatria e Gerontologia, Programa de Pós-

Graduação em Gerontologia Biomédica; 2008.

2. SILVA,I.T. ; JUNIOR, E. P. P.; VILELA; A. B. A. Autopercepção de saúde de

idosos que vivem em estado de corresidência, Rev. Bras. Geriatr. Gerontol.,

Rio de Janeiro, 2014; 17(2):275-287

3. BORGES; A. M. B.; SANTOS, G.; KUMMER, J. A.; et. al. Autopercepção de

saúde em idosos residentes em um município do interior do Rio Grande do Sul,

Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2014; 17(1):79-86

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Natália Tonn¹

Izadora Czarnobai ²

Amanda Boff³

Priscila Ferst Longhi4

Julia Canci5

ABDOME AGUDO PERFURATIVO – RELATO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

No abdome agudo perfurativo a dor tem início súbito, provocada pela difusão da

secreção gastrointestinal para a cavidade peritoneal, condição denominada peritonite.

Esse relato tem como objetivo descrever o caso de um paciente, adulto, do sexo

masculino, vítima de ferimento na região abdominal, entre a cicatriz umbilical e a fossa

ilíaca esquerda, por arma branca.

2 MÉTODO

Através da observação, se realiza relato de caso baseado na vivência de médicos e

acadêmicos de medicina de uma vítima de ferimento ocasionado por arma branca.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ao exame clinico realizado, o paciente apresentou-se com bom estado geral, dor a

palpação da região, mas sem sinais de peritonite. Ainda, a tomografia computadorizada

de abdome total, solicitado pelo médico, não demonstrou pneumoperitônio ou liquido

na cavidade peritoneal. Cerca de 6 horas após a admissão hospitalar e administração de

analgésicos, o paciente não apresentou melhora, sendo solicitado raio x de abdome

agudo, que também não mostrou pneumoperitônio. Devido a dor abdominal persistente,

o paciente foi reavaliado, sendo explorado e aplicado incisão com anestésico local. A

partir daí, pode-se identificar pequena perfuração da cavidade abdominal. Devido ao

quadro clínico do paciente e considerando que houve perfuração peritoneal, foi indicado

laparotomia exploradora, encaminhando o paciente ao centro cirúrgico. Durante o

procedimento, identificado perfuração do intestino delgado e mesocolon, sendo

realizado rafia primária. É importante, a partir desse caso, salientar que as perfurações

abdominais baixas costumam apresentar dor abdominal e sinais de irritação peritoneal

mais discretos. No entanto, causam casos sépticos mais rapidamente em relações as

perfurações abdominais mais altas, devido a flora bacteriana da região.

4 CONCLUSÕES

Levando em consideração esse fato, é necessário analisar quando existe a necessidade

de métodos mais invasivos para o diagnóstico e tratamento precoce de peritonite, antes

da manifestação de complicações.

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REFERÊNCIAS

1. OLIVEIRA, André Vitorio Câmara et al. Abdome agudo perfurativo por

corpo estranho em paciente com situs inversus totalis. Arq Bras Cir Dig, v. 21,

n. 4, p. 215-217, 2008.

2. MAGI, João Carlos et al. Minimal abdominal incisions. Journal of

Coloproctology (Rio de Janeiro), v. 37, n. 2, p. 140-143, 2017.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores: Patrícia Herrmann26

Cecília Pletschette Galvão27

Dani Laura Peruzzolo28

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR EM AMBULATÓRIO DE

INTERVENÇÃO PRECOCE.

1 INTRODUÇÃO

Com o aprimoramento de tecnologias de suporte avançado de vida tem-se

aumentado a viabilidade de recém-nascidos que apresentam alterações pré, peri ou pós-

natais. Contudo, as pesquisas revelam um aumento do número absoluto de crianças com

sequelas secundárias a gestação e ao nascimento. Essas crianças estarão passíveis a

alterações no desenvolvimento motor, transtornos de integração sensorial, que podem

influenciar também as atividades psicossociais e dificuldades acadêmicas no futuro

(AARNOUDSE-MOENS, C. S. H., 2009). Os benefícios da intervenção precoce em

bebês de risco têm sido descritos por diversos autores. A identificação de alterações no

desenvolvimento o mais precoce possível, possibilita intervir antes que as sequelas

progridam. Este estudo busca apresentar o trabalho realizado em um ambulatório de

reabilitação de crianças na primeira infância, que está vinculado ao HUSM.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência escrito a partir das vivências em um ambulatório

de reabilitação de crianças na primeira infância no ano de 2018.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O Ambulatório de Intervenção Precoce, vinculado ao Departamento de Terapia

Ocupacional da UFSM e ao Hospital Universitário de Santa Maria, recebe crianças com

idade de 0 a 3 anos, com risco ao desenvolvimento, encaminhadas de diversos setores

da saúde do município de Santa Maria e região. O ambulatório conta hoje com uma

terapeuta ocupacional Docente, um terapeuta ocupacional e uma fisioterapeuta

residentes do Programa de Residência Multiprofissional Integrado em Gestão e atenção

Hospitalar com Ênfase em saúde Materno Infantil e estagiários do curso de Terapia

Ocupacional e Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria. Inicialmente é

realizada uma avaliação conjunta entre fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, com

escuta qualificada da família, quando as questões motoras são identificadas como

obstáculo para o desenvolvimento da criança. Em um segundo momento o caso é

26 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 27 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 28 NATS da GEP/HUSM/EBSERH;

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apresentado pelas avaliadoras e discutido com o restante da equipe. Então são

estabelecidos objetivos e um plano terapêutico que integra os diferentes saberes de cada

uma das profissões. Nos próximos atendimentos o plano que foi discutido em equipe é

pactuado pelas fisioterapeuta e terapeuta ocupacional com os pais e a criança. O

atendimento é realizado em conjunto entre as profissionais, estabelecendo como

profissional de referência aquela que tiver produzido maior vínculo com a família. O

tratamento é acompanhado por meio de supervisão da docente cujo plano vai sendo

retomado a medida que o paciente avança. A intervenção fisioterapêutica deve-se iniciar

antes que os padrões de postura e movimentos anormais tenham se instalados

(TUDELLA, 1989). Diversos autores determinam o início dos atendimentos nos

primeiros quatro meses de vida, tomando o tratamento no sentido de instrumentalizar o

bebê e seus pais para que assumam seus papéis ocupacionais (PERUZZOLO,

BARBOSA, SOUZA, 2018), outros buscam uma perspectiva socioambiental centrada

na família (NAVAJAS; CANIATO, 2003). Todos estes buscam a formação de

equipes interdisciplinares como fundamentais para o estabelecimento de uma clínica

que considere o bebê e seus pais como único e não fragmentado em partes e suas

funções (BORTAGARAI et al., 2015).

4 CONCLUSÕES

Portanto, destacamos a importância de uma equipe interdisciplinar comprometida com

objetivo de minimizar e prevenir os riscos ao desenvolvimento neuropsicomotor.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. AARNOUDSE-MOENS, C. S. H. et al. Meta-Analysis of Neurobehavioral

Outcomes in Very Preterm and/or Very Low Birth Weight Children. Pediatrics,

v. 124, n. 2, p. 717–728, 2009.

2. BORTAGARAI, F.M.; PERUZZOLO D. L.; AMBRÓS, T. M. B.; SOUZA, A.

P. R. de. A interconsulta como dispositivos interdisciplinar em um grupo de

intervenção precoce. Distúrb. Comun. v. 27, n. 2, p. 392-400. São Paulo, 2015.

3. FORMIGA, C. K. M. R.; PEDRAZZANI, E. S.; TUDELLA, E.

Desenvolvimento Motor De Lactentes Pré-Termo Participantes De Um

Programa De Intervenção Fisioterapêutica Precoce. Revista Brasileira de

Fisioterapia, v. 8, n. 3, p. 239–245, 2004.

4. PERUZZOLO, D. L.; BARBOSA, D. M.; SOUZA, A. P. R. de. Terapia

Ocupacional e o tratamento de bebês em intervenção precoce a partir de uma

Hipótese de Funcionamento Psicomotor: estudo de caso único. Cad. Bras. Ter.

Ocup. v. 26, n. 2, p. 400-421. São Carlos, 2018.

5. TUDELLA E. Tratamento precoce no desenvolvimento neuromotor de crianças

com diagnóstico sugestivo de paralisia cerebral. [dissertação]. Rio de Janeiro:

Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro; 1989.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Sthefany Possamai Gomes29

Laura da Silva Heinle30

Caroline Coutinho31

Ariane Erthur Flores32

ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAUDE: UMA ANALISE A

PARTIR DA ATENÇÃO BASICA EM SANTA MARIA

1 INTRODUÇÃO

Com a implantação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) (BRASIL, 2006A),

a saúde da família assumiu o lugar de estratégia prioritária para organização da Atenção

Básica. Em 2012, a Estratégia Saúde da Família (ESF) estava presente em 94,4% dos

municípios brasileiros (32.498 equipes, com cobertura populacional de 53,7%). O

conceito de acesso é complexo e, muitas vezes, empregado de forma imprecisa na sua

relação com o uso de serviços de saúde. Objetivo: Analisar a acessibilidade aos serviços

de saúde de Atenção Básica em Santa Maria e os aspectos que favorecem ou dificultam

a entrada e a permanência do usuário no sistema de saúde.

2 MÉTODO

Trata-se de estudo descritivo de corte transversal com base nos dados do PMAQ-AB.

Realizado em Santa Maria/RS. Foi analisado através de questionário semiestruturado

pelos avaliadores para analisar a acessibilidade aos serviços de saúde de atenção básica

em toda região de Santa Maria e os aspectos que favorecem ou dificultam a entrada e a

permanência do usuário no sistema de saúde.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Observou-se a expansão da Atenção Básica com acessibilidade geográfica. Porém, as

unidades ainda apresentam dificuldades na acessibilidade sócio organizacional:

barreiras arquitetônicas para acesso a pessoas com deficiência e idosos. Dentre as

unidades analisadas pelo censo, 31% eram Posto de Saúde de bairros da região Oeste de

Santa Maria, 42% da região leste,17% da região sul e norte e 10% da região nordeste.

4 CONCLUSÕES

Pode-se concluir que as UBS não apresentaram barreiras de acesso relacionadas à

distância e ao horário de funcionamento, embora tenham se observado evidências, nos

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diários de campo, quanto ao não funcionamento de parcela das UBS no período da

tarde. Em relação à acessibilidade as pessoas idosas, com deficiência ou com

dificuldades de ler ou escrever, foi considerado alto índice de acessibilidade dos

serviços de saúde básica.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1.ALMEIDA, P. F. et al. Estratégias de integração entre atenção primária à saúde e

atenção especializada: paralelos entre Brasil e Espanha. Saúde em Debate, Rio de

Janeiro, v. 37, n. 98, p. 400-415, 2013.

2.ALMEIDA, P. F. et al. Desafios à coordenação dos cuidados em saúde: estratégias

de integração entre níveis assistenciais em grandes centros urbanos. Cad. Saúde

Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, p. 286-298, 2010.

3.BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília:

Ministério da Saúde, 2006

4.CASTRO, S. S. et al. Acessibilidade aos serviços de saúde por pessoas com

deficiência. Rev Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n.1, p. 99-105, 2011.

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ÁREA TEMÁTICA: Gestão/ Assistência

Andreza Zancan33

Luciane Silva Ramos34

Verginia Medianeira Dallago Rossato35

Vera Maria Simonetti 36

AÇÕES DO NÚCLEO DE VIGILÂNCIA DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA –RS FRENTE AO SURTO DE

TOXOPLASMOSE NO MUNICÍPIO EM 2018.

RESUMO

O Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, NVEH/HUSM realiza ações de

Vigilância Epidemiológica das Doenças de Notificação Compulsória e outros agravos

de interesse epidemiológico no ambiente hospitalar, em abril de 2018, a Vigilância em

Saúde (VS) da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) do estado do Rio Grande do

Sul recebe um comunicado sobre o aumento expressivo do número de atendimentos de

pacientes apresentando uma síndrome febril, até aquele momento não especificada.

Foram realizadas reuniões, a primeira com a equipe da 4ªCRS e Secretaria Municipal da

Saúde juntamente com os infectologistas do município, outras reuniões aconteceram

com a Superintendência de Vigilância em Saúde, Atenção Básica e Regulação para

desencadear a investigação dos casos e organização da rede de atenção à saúde.

Objetivo: Relatar as ações desenvolvidas pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do

HUSM, frente ao surto de Toxoplasmose no município em 2018. Na medida em que os

03 primeiros casos internados no HUSM apresentaram sorologias positivas para

toxoplasmose, alguns pactos foram firmados com apoio de técnico do Centro Estadual

de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS-RS), sendo formado um gabinete

de crise. Em meados de abril, foi criado o ambulatório emergencial para atendimento de

adultos sintomáticos e/ou com confirmação laboratorial para toxoplasmose, no HUSM.

Foram agendadas pela equipe do NVEH, 333 pessoas sintomáticas que haviam acessado

os diferentes serviços do município, dessas, 251 compareceram ao atendimento, entre

abril e maio, destes 05 apresentaram lesões oculares. Após discussão para reestruturação

de fluxos, as gestões municipais e estaduais organizaram serviços de referência para

atendimento dos casos suspeitos e confirmados, em infectologia e oftalmologia.

Considerando que a toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita causada pelo protozoário

Toxoplasma gondii, especialmente relevante quando a mulher se infecta pela primeira

vez durante a gestação, devido ao risco de acometimento fetal, foi criado junto ao

33 Enfermeira, Residência Multiprofissional, Vigilância em Saúde UFSM. 34 Enfermeira, Msc em Enfermagem, Técnica Administrativa do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do

Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil. 35Enfermeira, Drª em Educação e Ciências, Responsável Técnica pelo Núcleo de Vigilância

Epidemiológica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil. 36 Enfermeira Integrante da equipe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário de

Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil.

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ambulatório de Gestação de Alto Risco do HUSM, o ambulatório de toxoplasmose com

atendimento conjunto de obstetrícia e infectologia. As equipes do NVEH, juntamente

com os infectologistas envolvidos, construíram um fluxograma de acompanhamento de

toxoplasmose na gestação e congênita. Foi elaborado material informativo com medidas

de prevenção a toxoplasmose, para ser distribuídos nos locais de atendimento às

gestantes. Foram organizadas coletas das placentas junto ao Centro Obstétrico do

HUSM para análise laboratorial e monitoramento das cepas circulantes. Até o final de

outubro de 2018 foram notificados 98 casos de gestantes com toxoplasmose. Entre os

recém-nascidos expostos,17apresentaram toxoplasmose congênita e estão sendo tratados

e acompanhados no serviço de Infectologia Pediátrica do HUSM. O Município de

Santa Maria/RS, desde o início de 2018, tem confirmando 809 casos de toxoplasmose

aguda até outubro, sendo mais de 2000 casos notificados. Nesse contexto, o

NVEH/HUSM, tem papel fundamental na notificação/investigação, no envio de

material para confirmação diagnóstica junto ao Laboratório Central do Estado-LACEN-

RS, de todas as gestantes e recém-nascidos com toxoplasmose congênita, assim como

monitoramento da adesão ao tratamento e acompanhamento, dos casos junto aos

ambulatórios de referência.

DESCRITORES: toxoplasmose, vigilância, epidemiologia.

REFERÊNCIAS:

TELESSAÚDE-UFRGS. Telecondutas Toxoplasmose na Gestação. Porto Alegre:

Telessaúde. RS,2018. Disponível em:

https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_toxoplasmosegestacao.p

df. Acesso em:10 out. 2018.

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ÁREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores: Liliane Carvalho Baggio37

Aline Oliveira da Silva38

Ângela Barbieri Soder39

Camila Freitas Hausen40

Karenina Correa Sampson41

Viviane Dutra Piber42

ACOLHIMENTO: ESTRATÉGIAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO

SERVIÇO DE PRÉ-NATAL DE ALTO-RISCO

1 INTRODUÇÃO

O acolhimento é uma estratégia utilizada para mudar positivamente o processo de

trabalho em saúde. Significa um momento de construção entre toda equipe, a fim de

proporcionar respostas às necessidades das usuárias. O acolhimento, como ferramenta

de humanização, permite refletir sobre o atendimento que está sendo oferecido às

usuárias, para que se possa aproximar o máximo possível de uma prática de qualidade,

por meio de um processo de cuidar sistemático, e contextualizado, requerendo uma

efetiva comunicação entre todos os profissionais envolvidos neste processo de cuidado.

Diante disso, este trabalho teve como objetivo descrever as ações educativas realizadas

com gestantes de alto risco e seus familiares/ acompanhantes, por meio de um grupo de

acolhimento.

2 MÉTODO

O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo qualitativo, desenvolvido a partir

do relato de experiência referente à promoção de saúde, durante a sala de espera

realizada pela equipe de Residência Multiprofissional, com ênfase materno-infantil,

junto à equipe do serviço de um hospital público no sul do país. A atividade ocorre duas

vezes por semana e conta com a participação dos seguintes núcleos profissionais:

psicologia, serviço social, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

As gestantes e os seus acompanhantes, que aguardam a consulta de pré-natal, são

convidados a participarem de uma roda de conversa, a fim de esclarecer dúvidas a

respeito de gestação, parto e cuidados com o recém-nascido.

37 Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 38 Assistente Social residente do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 39 Psicóloga Mestre em Psicologia da Saúde do HUSM / EBSERH; 40 Enfermeira residente do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 41 Fonoaudióloga do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 42Terapeuta Ocupacional residente do Programa de Residência Multiprofissional da

UFSM.;

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No período de 08 de março a 5 de julho de 2018, a sala de espera foi conduzida pelas

profissionais residentes do primeiro ano, acompanhados pela preceptora de campo.

Realizaram-se 28 encontros, com a participação de 153 gestantes e 55 acompanhantes.

As principais temáticas discutidas incluíram: importância do pré-natal, sintomas

comuns na gravidez, modificações corporais e emocionais, hábitos alimentares

saudáveis, trabalho de parto, rotinas hospitalares, cuidados com recém-nascidos,

importância do aleitamento materno, planejamento familiar e direitos sociais para

gestantes/pais. O acolhimento proporciona o esclarecimento das dúvidas relacionadas à

gestação, à construção e ao estreitamento do vínculo entre os profissionais atuantes e os

usuários. A realização do pré-natal de qualidade possibilita o diagnóstico precoce de

doenças, assim como o tratamento e a redução de complicações no decorrer da gestação

e do puerpério. Durante estas atividades, é possível desenvolver ações

multidisciplinares, que ampliam o olhar dos profissionais envolvidos e qualificam a

atenção à saúde da gestante. Este espaço é uma das estratégias utilizadas pelo serviço

para fornecer suporte, empoderamento e educação em saúde, preparando a gestante e/ou

familiares para o momento do nascimento.

4 CONCLUSÕES

Constatou-se que a atividade contribui para aprimoramento do pré-natal e autonomia

das mulheres durante o processo de parto, nascimento e puerpério. Diante disso,

destaca-se a importância dos serviços de saúde fornecerem e fortalecerem formas de

acolhimento e humanização nas salas de espera, qualificando a assistência em saúde.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

GUERREIRO, E. Et al. O cuidado pré-natal na Atenção Básica de Saúde sob o olhar de

gestantes e enfermeiros. Revista Mineira de Enfermagem, v.16, n.3.p.315-323,2012.

VIEIRA, S.M. et al. Percepção das puérperas sobre a assistência prestada pela equipe de

saúde no pré-natal. Texto & Contexto - Enfermagem, Florianópolis, v. 20, p. 255-262,

2011.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Mikaela Aline Bade München43

Carolina Schmitt Colomé44

Luísa da Rosa Olesiak45

Leonardo Soares Trentin 46

Alberto Manuel Quintana5

ALTERAÇÕES NA DINÂMICA FAMILIAR FRENTE AO PROCESSO

DE ENVELHECIMENTO

1 INTRODUÇÃO

O crescente envelhecimento populacional tem sido um fenômeno característico da

contemporaneidade, relacionando-se com o aumento dos níveis de expectativa média de

vida e com a diminuição da natalidade. Ressalta-se que, apesar de existirem certos

marcos para definir a velhice – sendo a idade um dos principais - tais marcos por si só

não a caracterizam, uma vez que a mesma ocorre de modo singular para cada indivíduo,

conforme suas experiências pessoais e o grupo social ao qual pertence. O processo de

envelhecer envolve, assim, diversos aspectos da vida humana, com transformações

sociais, biológicas, físicas, econômicas, demográficas e comportamentais. Compreende-

se, ademais, que ao envelhecer, os papéis que os sujeitos desempenhavam na família

podem adquirir certas modificações, acarretando em transformações na dinâmica

familiar.

2 MÉTODO

Em vista disso, o presente trabalho se propõe a compreender alguns aspectos acerca da

organização familiar nessa fase da vida. Para tanto, realizou-se uma revisão narrativa da

literatura, por meio de pesquisa em artigos e livros que tratassem da temática.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Constata-se que, uma vez que se estima viver mais e com maior qualidade de vida, o

envelhecimento populacional se coloca como um dos maiores desafios da atualidade.

Em relação às suas implicações, sabe-se que o processo de envelhecer tende a conduzir

as famílias à construção de significados para o cuidado, os quais serão marcados pelas

constituições históricas e pelos valores éticos e morais de cada rede familiar. De modo

geral, enquanto algumas famílias são determinadas pelos fatores genético e biológico,

43 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 44 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 45 Psicóloga; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia – UFSM –

[email protected]; 46 Acadêmico do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 5 Orientador; Psicólogo; PhD em Bioética; Professor do Curso de Psicologia – UFSM –

[email protected].

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outras são constituídas por escolha, sendo os membros determinados conforme o afeto e

o vínculo. Nesse sentido, apreende-se que a família não é uma instituição natural, mas

sim histórica e social, podendo assumir diversas configurações dentro de uma mesma

sociedade. Apesar das diversas singularidades, compreende-se que, em geral, a família

pode ser capaz de promover redes de sociabilidade e de solidariedade, por meio da

afetividade e do suporte entre as gerações. Nesse sentido, no tocante aos desafios

impostos pelo envelhecimento, sabe-se que um melhor funcionamento familiar está

associado com uma melhor qualidade de vida dos idosos. Além disso, considera-se que,

em relação às alterações na dinâmica familiar que levam à prestação de cuidados a

idosos, esse costuma ser um processo complexo e multidimensional, influenciado por

variações das necessidades e sentimentos de quem presta e de quem recebe os cuidados.

Outros fatores que afetam esse processo são questões como nível, tipo e evolução de

dependência, contexto e fase do ciclo familiar e rede de apoio social da família.

4 CONCLUSÕES

Desta forma, entende-se que o envelhecer, ainda que com suas particularidades,

costuma implicar em mudanças nas dinâmicas e papéis familiares, sendo que, de forma

geral, a família passa a se colocar enquanto elemento de cuidado dos sujeitos idosos.

Essa reestruturação aponta a importância de direcionar ações de cuidado tanto para o

idoso quanto para a família, a fim de promover uma significação positiva desse cuidar e,

aliado a isso, uma melhor qualidade de vida dos envolvidos.

REFERÊNCIAS

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Idosos: possibilidades contemporâneas de moradia. Revista Kairós : Gerontologia,

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BATISTA, N. C.; CRISPIM, N. de F. A interferência das relações familiares no

processo de envelhecimento: Um enfoque no idoso hospitalizado. Revista Kairós :

Gerontologia, [S.l.], v. 15, n. 3, p. 169-189, jun. 2013. ISSN 2176-901X. Disponível

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Construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde

e humanas. Petrópolis: Vozes. 2013.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Daniela Iop Moreira47

Mônica Strapazzon Bonfada48

Silviamar Camponogara³

Thailini de Silva Mello4

ANÁLISE DA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO EM PRONTO-

SOCORRO: NOTA PRÉVIA

INTRODUÇÃO

O Pronto Socorro atende pacientes em situações de urgência e emergência, com ou sem

risco de vida. A assistência nestas unidades é fornecida por equipe multiprofissional,

dentre os membros da equipe encontra-se o enfermeiro, profissional de suma

importância por atuar na liderança da assistência de enfermagem prestada ao paciente.

Este profissional no ambiente pronto socorro, deve tomar decisões rápidas e precisas e

capazes de distinguir as prioridades. Para isso, o enfermeiro deve possuir conhecimento

clínico e científico, instrumentos de importância para a sua autonomia profissional. A

autonomia profissional, é um pressuposto importante para o desenvolvimento do

trabalho em benefício do cuidado, se dando através de experiência e busca por

conhecimento. O exercício da autonomia pelo enfermeiro em pronto socorro está

associado a inúmeros fatores, como: tomada de decisões, capacidade de avaliar,

gerenciar e cuidar. Entretanto, o enfermeiro se depara com grandes dificuldades, por ser

uma unidade crítica e possuir alta complexidade. Entre os desafios, está a sobrecarga do

trabalho, relações interpessoais e a falta de conhecimento técnico científico. Este

trabalho tem como objetivo geral conhecer como ocorre o exercício da autonomia por

enfermeiros no pronto-socorro sob a ótica da ergologia.

MÉTODO

Para responder ao objetivo proposto, considerando a coerência com o objeto de estudo,

será desenvolvida uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, com base no

referencial da ergologia. O campo de investigação será o pronto-socorro de um Hospital

Universitário. As estratégias para obtenção dos dados são: a observação não-

participante, pesquisa documental e entrevista semiestruturada. Os participantes são os

enfermeiros que entrarem nos critérios de inclusão: enfermeiro vinculado ao local e

atuar na assistência e/ou gerência do pronto-socorro por, no mínimo, 6 meses. A

pesquisa respeitará os princípios éticos previstos para pesquisa com seres humanos

(Parecer de aprovação nº 2.457.876).

47Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem. UFSM; 48Mestranda de Enfermagem. UFSM;

³ Docente do Departamento de Enfermagem. UFSM; 4Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem. UFSM;

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ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A análise dos dados ocorrerá pela análise temática de conteúdo, fundamentada por

Minayo (2014), a qual ainda está em processo de análise. Este estudo pretende

contribuir para a consolidação da enfermagem como ciência, uma vez que esta é uma

profissão que busca constantemente pelo reconhecimento do seu trabalho. Neste caso,

oferecendo subsídios que oportunizem compreender como ocorre a autonomia do

enfermeiro em sua prática laboral em unidades de pronto socorro a partir da ótica da

ergologia. Para posteriormente desenvolver estudos de cunho interventivo visando o

reconhecimento do enfermeiro enquanto um profissional autônomo.

CONCLUSÕES

Acredita-se que a investigação poderá contribuir para a compreensão sobre o trabalho

do enfermeiro em pronto socorro, especificamente no que tange ao exercício da

autonomia. Também, este estudo pode oportunizar importantes reflexões do enfermeiro

sobre o seu trabalho e a relação com a equipe multiprofissional e o meio em que está

inserida. E através das experiências de cada profissional da enfermagem, buscar

atualizações e aperfeiçoamento na assistência.

REFERÊNCIAS

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde, 14. Ed.

São Paulo: Hucitec, 2014.

MUNHOZ, O. L.; ANDOLHE, R.; MAGNADO, T. S. B. S.; MENDES, T.;

CREMONESE, L.; GUEDES R. Atuação do enfermeiro em unidade de pronto socorro:

relato de experiência. Disponível em: <http://www.index-

f.com/lascasas/documentos/lc0882.php>. Acesso em: 31 out. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Julia Dalcin Pinto49

Déborah Aurélio Temp50

Amália El Hatal de Souza51

Eliara Pinto Vieira Biaggio52

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DO MISMATCH NEGATIVITY EM

CRIANÇAS

1 INTRODUÇÃO

O Mismatch Negativity (MMN) caracteriza-se como um componente negativo dos

potenciais relacionados a eventos (PRE). Tal potencial corresponde a uma resposta

eletrofisiológica das estruturas centrais da via auditiva eliciada a partir da detecção de

mudanças discrimináveis em uma sequência repetitiva de estimulação auditiva. Sua

ocorrência reflete a atividade das áreas cerebrais relacionadas com as habilidades de

discriminação e memória auditiva, independente da capacidade atencional da criança¹.

Dentre sua aplicabilidade, destaca-se na investigação cognitiva e do processamento

auditivo central (PAC) e seus transtornos na população infantil. A partir disso, este

estudo teve como objetivo analisar a ocorrência do MMN em crianças.

2 MÉTODO

Estudo do tipo transversal, descritivo, quantitativo aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (sob o número 23081.032787-78) e

pela Gerência de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário de Santa Maria.

Participaram da pesquisa 30 crianças de ambos os gêneros com idades entre cinco e 10

anos. Compuseram o grupo amostral crianças com desenvolvimento típico (n=6),

crianças com alteração de PAC (n=11) e crianças com transtorno fonológico (n=13),

ambas previamente diagnosticadas. Todas foram submetidas à avaliação audiológica

básica e ao registro e análise do MMN por meio do módulo Smart EP da Intelligent

Hearing Systems (IHS). Para tal avaliação utilizou-se estímulos acústicos verbais, sendo

a sílaba /da/ o estímulo frequente e a silaba /ta/ o estímulo raro. O teste foi apresentado

em intensidade de 60 dBnHL, de forma binaural utilizando fones de inserção. O número

total de estímulos foi de 750 com o objetivo de se obter no mínimo 150 estímulos raros,

os mesmos foram apresentados aleatoriamente conforme a taxa de estimulação de 80%

49 Acadêmica de Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Bolsista

de Iniciação Científica IC-HUSM; 50 Acadêmica de Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Bolsista

de Iniciação Científica FIPE SENIOR CCS; 51 Fga. Mestranda em Distúrbios da Comunicação Humana pelo PPGDCH da Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM); 52 Fga. Dr. Professora Adjunto do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa

Maria (UFSM).

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de estímulo frequente e 20% de estímulo raro, regidos pelo paradigma oddball.

Realizou-se análise descritiva dos dados.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Do total de 30 crianças avaliadas, 24 (80%) delas apresentaram presença de resposta no

MMN, enquanto que 6 (20%) demonstraram ausência de resposta deste componente. A

alteração mais encontrada nos casos de ausência do MMN foi a alteração de PAC (n=4),

seguida pelo transtorno fonológico (n=2). Ressalta-se que todas as crianças com

desenvolvimento típico apresentaram normalidade neste potencial. Tais dados

consistem com estudos anteriores, que comprovam que tanto a alteração de PAC quanto

o transtorno fonológico podem causar dificuldades em nível cortical, dificultando a

percepção e discriminação dos estímulos acústicos, sobretudo os verbais, ocasionando a

ausência de resposta deste componente².

4 CONCLUSÕES

A ausência de resposta do MMN pode ser atribuída a diversos fatores, dentre eles

destacam-se a alteração de PAC e o transtorno fonológico, ambas alterações

influenciaram as respostas do MMN neste estudo. Tal dado reforça a utilidade deste

potencial para avaliar possíveis alterações relacionadas a discriminação e memória

auditiva, tão evidentes nos transtornos da audição e linguagem.

REFERÊNCIAS

1. Roggia, S.M. Tratado de Audiologia. Santos. Editora Santos. Ed. 2, 2015.

2. Rocha-Muniz, C.N.; Lopes, D.M.B.; Schochat, E. Mismatch Negativity in

children with specific language impairment and auditory processing disorder.

Braz J Otorhinolaryngol. 2015; 81:408-15.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Raira Fernanda Altmann53

Eduarda Pinheiro Oliveira¹

Tainá Rossato Benfica¹

Plinio Marco de Toni ²

Karin Zazo Ortiz³

Karina Carlesso Pagliarin¹

ANÁLISE DE JUÍZES NÃO ESPECIALISTAS E ESPECIALISTAS DE

UM INSTRUMENTO BREVE DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM

1 INTRODUÇÃO

Indivíduos acometidos por lesão cerebral podem apresentar déficits comunicativos. Por

isso, a avaliação da linguagem por meio de instrumentos de rastreio, realizadas ainda à

beira do leito, permitem a detecção de alterações nas capacidades comunicativas de

forma precoce e auxiliam no processo de reabilitação. Para isso, a utilização de testes

confiáveis e validados é indispensável, porém os instrumentos de rastreio linguístico

ainda são escassos no Brasil, devido à rigidez psicométrica. O objetivo deste estudo foi

buscar evidências de validade de conteúdo para um instrumento breve de avaliação da

linguagem.

2 MÉTODO

Primeiramente, foi realizado um levantamento dos estímulos a serem utilizados na

versão breve de avaliação da linguagem. Para tanto, foram analisados os estímulos,

protocolo de aplicação e instruções dos seguintes instrumentos: Bateria Montreal-

Toulouse de Avaliação da Linguagem (MTL-BR, Parente et al. 2016), MTL-BR versão

B (não comercializada) e M1-Alpha (Nespoulous, Joanette &, Lecours, 1986, adaptado

para o Português Brasileiro e disponível apenas para pesquisa). Com base nessa análise,

realizou-se uma adequação dos novos estímulos, seguida de uma pré- análise realizada

por 28 juízes não especialistas os quais julgaram a representatividade de cada item. Os

juízes não especialistas foram orientados a nomear cada figura apresentada, podendo

acrescentar sugestões de modificações. Os dados foram analisados por meio do

percentual de concordância entre juízes, sendo considerado item válido aqueles que

apresentaram percentual de concordância >80%. Após adequações propostas, cinco

juízes especialistas (fonoaudiólogas) julgaram as palavras e frases com seu respectivo

desenho como adequadas ou inadequadas, além de realizar sugestões de modificações

quando necessário. Posteriormente, realizou-se o cálculo da Razão de Validade de

Conteúdo (RVC) para cada item analisado e o Kappa Fleiss.

53 Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de Santa Maria;

² Universidade Estadual do Centro- Oeste-PR;

³ Universidade de São Paulo.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Em relação à pré análise de juízes não especialistas, pode-se verificar que das 65

figuras, 33 tiveram 100% de concordância, 19 tiveram 96%, seis 93% e duas tiveram

89%. Cinco figuras obtiveram menos de 80%, as quais sofreram readequações ou

substituições. Posteriormente, 66 desenhos passaram pela análise de juízes especialistas,

verificando que 22 itens obtiveram RVC entre -0,2 e 0,60, os quais foram redesenhados

por apresentarem índices indesejáveis. Para mostrar que a concordância entre os juízes

não foi ao acaso, é necessário para cinco juízes um valor mínimo do RVC de 0,99

(Pacico & Hutz, 2015). Quarenta e quatro itens obtiveram RVC = 1, os quais foram

mantidos. Para medir o nível de concordância entre juízes, realizou-se análise por meio

do Kappa Fleiss, sendo obtido k=-1,96, corroborando com o resultado do RVC.

4 CONCLUSÕES

A partir das análises realizadas, verificou-se que algumas figuras não foram

consideradas adequadas predominantemente pela RVC e Kappa Fleiss. Estes itens

foram redesenhados e encaminhados novamente para os mesmos juízes especialistas, e

posteriormente, passarão por estudo piloto.

REFERÊNCIAS

1. LANDIS, JR; & KOCH, GG. The measurement of observer agreement for

categorical data. Biometrics, v. 33, n.1, p. 159-174, 1997.

2. LIMA, SM.; MALDONADE, I. Avaliação da linguagem de pacientes no leito

hospitalar depois do Acidente Vascular Cerebral. Distúrb. Comun, São Paulo,

28(4): 673-685, 2016.

3. MARCHI, FHAG. Aplicabilidade do BEST-2 para avaliação da comunicação

de afásicos em ambiente hospitalar. Dissertação. (Mestre em Clínicas) -

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010

4. PACICO, JC. Validade. In: HUTZ, CS; BANDEIRA, SR; TRENTINI, CM;

ORGANIZADORES. Psicometria. Porto Alegre: Artmed, p. 71-84,2015.

5. PASQUALI, L. Instrumentos psicológicos: manual prático de elaboração.

Brasília, 1999.

6. PERNANBUCO, L. et al. Recomendações para elaboração, tradução,

adaptação transcultural e processo de validação de testes em fonoaudiologia.

Codas, v. 29, n. 3, 2017.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Natália da Silveira Colissi¹

Anibal Pereira Abelin²

Mateus Diniz Marques²

Alessandra Rebelatto Boesing¹

Andressa Duarte Seehaber¹

Stefano Antola Aita³

ANÁLISE DOS PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

COM SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST ATENDIDOS EM

HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO

1 INTRODUÇÃO

O infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCST)

permanece como importante causa de morbimortalidade mundial. Com isso, a avaliação

do perfil dos pacientes, como as suas características clínicas e seus desfechos, é

importante para guiar estratégias no tratamento e prevenção dos pacientes com

IAMCST atendidos em um hospital público terciário.

2 MÉTODO

O projeto é um estudo de coorte prospectivo, integrante de um banco de dados

multicêntrico de IAMCST. Foram incluídos os pacientes internados no Hospital

Universitário de Santa Maria (HUSM) com diagnóstico de IAMCST com menos de 12

horas de duração ou mais de 12 horas na presença de angina persistente, no período de

setembro de 2016 a dezembro de 2017, na qual foram avaliadas as características

clínicas, tempo de internação (em dias) e eventos cardiovasculares maiores (ECVM)

durante o período hospitalar. As variáveis foram apresentadas como frequências e

porcentagens, média ± desvio-padrão ou mediana com intervalo interquartil.

¹ Acadêmico do curso de Medicina da UFSM.

² Docente do departamento de Clínica Médica da UFSM.

³ Residente Médico do HUSM.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dos 107 pacientes internados com IAMCST no período, 100 pacientes apresentavam

dados epidemiológicos completos; a média de idade foi de 61+11,6 anos e predomínio

do gênero masculino (72,6%). Dentre os fatores de risco, 46 (46%) pacientes eram

tabagistas, 73 (73%) apresentavam Hipertensão Arterial Sistêmica, 28 (27,7%) com

Diabetes Mellitus, 43 (43%) com Dislipidemia e 44 (44,9%) apresentavam história

familiar para Doença Arterial Crônica. O infarto de parede anterior foi diagnosticado

em 56,6% dos casos e a classificação de Killip e Kimball = IV foi encontrada em 11,3%

dos pacientes. O fármaco AAS foi utilizado em 100% dos casos, Clopidogrel em 98%,

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Betabloqueadores em 62%, IECA ou BRA em 64% e Estatinas em 82%. A mediana do

tempo de início dos sintomas até o tratamento foi de 7 horas (3,2-9,0) e o tempo médio

de internação foi 10,7+10 dias. Para a análise de ECVM e mortalidade foram incluídos

os dados de toda a amostra, com incidência de ECVM de 21,4% e mortalidade de 8,6%.

4 CONCLUSÕES

A análise demonstra os dados da prática clínica diária de um hospital público terciário, e

nos mostra que a mortalidade é elevada se comparada a outros registros de IAMCST.

Isso indica a necessidade de melhorias na prevenção e atendimento na região de

abrangência do HUSM.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Ylana de Albeche Ambrosio 54

Sabrina de Oliveira de Christo 55

Sara Soares Milani 56

Carlos Eduardo Mendes Vargas 57

Roberta Weber Werle ⁵

ANÁLISE DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES DE

PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

ATRAVÉS DO QNSO

1 INTRODUÇÃO

O registro de distúrbios osteomusculares tem se tornado cada vez mais frequente entre

os trabalhadores. As atividades laborais favorecem o aparecimento de distúrbios

osteomusculares, como as queixas álgicas na coluna, pernas, braços, cãibras e dores em

geral, que podem ser consequência do trabalho excessivo ou relacionado ao ambiente de

trabalho e o cargo que o profissional exerce. O objetivo desta pesquisa foi analisar os

sintomas osteomusculares de profissionais de uma instituição de ensino superior.

2 MÉTODO

A pesquisa foi realizada em agosto de 2017. Foi solicitado aos participantes que

respondessem o QNSO. O questionário consiste em escolhas múltiplas ou binárias

quanto à ocorrência de sintomas nas diversas regiões anatômicas nas quais são mais

comuns. O respondente deve relatar a ocorrência dos sintomas considerando os 6 meses

e os sete dias precedentes à entrevista, bem como relatar a ocorrência de afastamento

das atividades rotineiras no semestre.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A amostra foi composta por 30 funcionários de ambos os sexos (22 mulheres e 8

homens) da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), localizada em Santa Maria. Os

funcionários ocupam diferentes cargos e funções dentro da universidade. No que se

refere à ocorrência semestral de sintomas musculoesqueléticos, verificou-se que dos

trinta participantes, 96,6% apresentaram sintomas como dor, formigamento ou

dormência em alguma parte do corpo. Os funcionários apresentaram ocorrência maior

de sintomas osteomusculares principalmente nas regiões da parte superior das costas

(70%), parte inferior das costas (63,33%), ombros (60%), pescoço (53,33%) e

punho/mão (53,33%). Em relação à prevalência nos últimos 7 dias, as áreas corporais

mais citadas foram ombros (43,33%), quadril/coxas (40%), parte superior das costas

54 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 55 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 56 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 57 Acadêmico do Curso de Graduação em Educação física na UNOPAR- ROSÁRIO DO SUL 5Professora do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM.

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(30%), cotovelos (30%) e pescoço (23,33). As regiões que mostraram maior

porcentagem de queixas para incapacidade funcional foram parte inferior das costas

(23,33%), punho/mão (16,66%), ombros, parte superior das costas, quadril/coxas e

joelhos tiveram o mesmo resultado (13,33%). Em relação às regiões mais citadas quanto

à procura por algum profissional da área da saúde nos últimos 6 meses destacaram-se a

parte inferior das costas (43,33%), parte superior das costas (40%) e ombros (33,33%).

Os funcionários apresentaram uma alta prevalência de sintomas musculoesqueléticos,

nos últimos 6 meses assim como nos últimos 7 dias. Como conseqüência às queixas

relatadas, os funcionários apresentaram ocorrência considerável de impedimento na

realização de atividades normais e procura por algum profissional da área da saúde.

Esses dados sugerem que os sintomas osteomusculares representam um risco

ocupacional.

4 CONCLUSÕES

De acordo com o resultado dessa pesquisa foi possível concluir que a atividade laboral é

um fator de aparecimento de distúrbios musculoesqueléticos, tornando-se necessário

que haja uma assistência da parte da instituição e estratégias para melhorar e prevenir

disfunções relacionadas ao ambiente de trabalho, para uma maior qualidade de vida. Os

resultados da pesquisa confirmam a necessidade de novos estudos quanto aos aspectos

psicossociais, ergonômicos e organizacionais do trabalho.

REFERÊNCIAS

1. MORAES, Deborah Santos Ferreira; et. al. Análise dos sintomas

osteomusculares utilizando o questionário nordico em trabalhadores

ribeirinhos do município de parintins - am, brasil. 2014. Disponível em:

<http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/cadernos-educacao-saude-

fisioter/article/view/25>. Acesso em 31 de outubro de 2018.

2. PINHEIRO, Fernanda Amaral; et. al. Validação do Questionário Nórdico de

Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Brasília, 2002.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n3/10492.pdf>. Acesso em:

31 de outubro de 2018.

3. SANTOS, VIVIANA MAURA et. al. Aplicação do questionário nórdico

musculoesquelético para estimar a prevalência de distúrbios

osteomusculares relacionados ao trabalho em operárias sob pressão

temporal. Fortaleza, 2015. Disponível em:

<http://www.abepro.org.br/biblioteca/tn_sto_209_240_27130.pdf> . Acesso

em: 31 de outubro de 2018.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores: Fabryciane de Lima Grecco58

Margrid Beuter59

Tatiele Paula¹

Eliane Raquel Rieth Benetti60

Carolina Backes⁴ Larissa Venturini⁵

APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE KATZ EM PESQUISAS COM IDOSOS:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

A avaliação da capacidade funcional nos idosos, que se define como as habilidades

necessárias para a realização de atividades do cotidiano de forma autônoma e

independente, tem grande importância no contexto da internação hospitalar, visto que

esta é conhecida como um fator de risco para o seu declínio. O Índice de Katz, por sua

vez, é um instrumento difundido nas pesquisas da área da saúde devido à sua facilidade

e sensibilidade em identificar dependências nas Atividades de Vida Diária (AVDs).

Neste âmbito, alguns pontos podem ser explorados com a experiência adquirida com o

uso deste instrumento. Ante o exposto, esse relato tem por objetivo descrever e refletir

sobre a utilização do Índice de Katz em pesquisas com idosos hospitalizados.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, de cunho reflexivo, construído a partir da

utilização do Índice de Katz em pesquisas realizadas com idosos hospitalizados.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O Índice de Katz baseia-se numa avaliação da independência funcional dos idosos para

banhar-se, vestir-se, usar o sanitário, mobilizar-se, ser continente e comer sem ajuda

(1963) e os classifica em: A – independente para comer, ser continente, mobilizar-se,

usar o sanitário, vestir-se e banhar-se; B - Independente para realizar todas estas

funções, exceto uma; C – Independente para realizar todas as funções, exceto banhar-se

e outra função mais; D - Independente para realizar todas as funções, exceto para

banhar-se, vestir-se e outra função mais; E - Independente para realizar todas as

funções, exceto banhar-se, vestir-se, usar o sanitário; F - Independente para realizar

58 Discente da Graduação em Medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista PROIC-HUSM 2018. 59Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação

em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 60Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 4 Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 5 Enfermeira do Serviço de Emergência Universitário. Doutoranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem.

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todas as funções, exceto banhar-se, vestir-se, usar o sanitário, mobilizar-se e outra

função mais; G - Dependente para realizar as seis funções; e Outro. A Independência

significa que a função se cumpre sem supervisão, direção ou ajuda pessoal ativa, exceto

a que se indica em cada caso. Neste contexto, sua aplicação em pacientes idosos

hospitalizados incita algumas reflexões sobre os seus benefícios, como por exemplo,

delinear o perfil de idosos hospitalizados e subsidiar um plano de cuidados

individualizado, que se adapte às particularidades identificadas pelo Katz e que vise a

manutenção/aumento do nível de autonomia e independência do início da internação.

Além disso, destaca-se que ele pode mensurar a percepção do declínio na capacidade

funcional causada pela hospitalização nos idosos e, também a relação entre as

comorbidades e estado funcional. Em contrapartida, são encontradas algumas

dificuldades para a sua aplicação, que incluem a alteração da cognição do paciente e seu

nível de compreensão.

4 CONCLUSÕES

A hospitalização impõe certo grau de imobilidade a qualquer paciente, mas o declínio

funcional pode manifestar-se rapidamente no idoso. Nesse contexto, o Índice de Katz se

destaca, inclusive em pesquisas, como um instrumento que permite avaliar a

independência para as AVDS, delinear o perfil de idosos hospitalizados e planejar um

plano de cuidado individualizado por meio da avaliação do estado funcional.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. 1. KATZ, S et al. Studies of illness in the aged — The index of ADL: a

standardized measure of biological and psychosocial functions. JAMA. 1963;

185(12):914-9.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Nathália Ruviaro¹

Bruna Schmitz²

Caroline de Oliveira¹

Ernani de Oliveira Mascarenhas de Souza³

Pedro Schmitz Wieckzorek³

¹Hospital São Francisco de Assis – Santa Maria/RS

²Departamento de Psicologia, Curso de Psicologia, Universidade Federal de Santa Maria

³ Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Medicina, Universidade Federal de Santa Maria

ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO SUICÍDIO: UMA REVISÃO

NARRATIVA DA LITERATURA

1 INTRODUÇÃO

O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo,

cuja intenção seja a morte, usando um meio que acredita ser letal (Associação Brasileira

de Psiquiatria, 2014). É considerado um grande problema de saúde pública, sendo a 11ª

principal causa de mortes entre todos os grupos etários configurando-se como a segunda

nos adultos entre 25 a 34 anos. O Brasil é o oitavo país em número absoluto de

suicídios. Entre os anos de 2000 e 2012 houve um aumento de 10,4% na quantidade de

mortes, sendo observado um aumento de mais de 30% em jovens. Além disso, cada

suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas que fazem

parte da rede do indivíduo (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014).

2 MÉTODO

O presente estudo consiste em uma revisão narrativa da literatura, na qual foram

consultados livros clássicos e artigos de periódicos para obtenções relativas ao tema

estudado. Foram utilizados os seguintes descritores para a revisão da literatura:

“suicídio” e “aspectos etiológicos”. Os trabalhos considerados de maior relevância pelos

pesquisadores foram selecionados e incluídos nesta revisão.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O risco de um comportamento suicida é dado por indicadores sociodemográficos e

clínicos. Fatores genéticos, cuja influência direta ainda está sendo estudada, também

parecem estar envolvidos no comportamento, embora sejam passíveis de inferência a

partir da história familiar do sujeito (Bertolote, Mello-Santos & Botega, 2010).

Conforme postulado por Mann e Arango (1999), o processo suicida como uma

predisposição, a partir de uma complexa interrelação de fatores socioculturais, vivências

traumáticas, história psiquiátrica e vulnerabilidade genética.

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Uma outra forma de entendimento acerca da suscetibilidade ao comportamento suicida

considera a participação da propensão biológica combinada a fatores ambientais.

(Mann et al., 1999). Outras variáveis, como traços de impulsividade e/ou agressividade,

experiências traumáticas na infância, desamparo, pessimismo, carência de apoio social,

rigidez cognitiva, prejuízo na capacidade de solução de problemas e acesso a meios

letais são alguns componentes desse modelo (Mann, 2013).

Neste sentido, relações parentais violentas e histórico de abuso durante a infância (Dube

et al., 2001), estão associados com níveis maiores de perturbações psiquiátricas e com

uma maior chance de engajamento em atos suicidas (Dube et al., 2001; Wenzel et al.,

2010). Conforme Labonté e Turecki (2010) a vivência de situações traumáticas durante

a infância pode acarretar em desregulação da expressão de genes envolvidos em funções

cerebrais. Tal desregulação funcional tem sido cada vez mais ligada a expressão do

comportamento suicida.

Assim, pode-se sugerir que o comportamento suicida é, em parte, hereditário. A

estimativa da herdabilidade na propensão para o suicídio pode chegar a 55% (Staham et

al. 1998). Estudos em genética apontaram que diversos genes estão implicados na

manifestação do comportamento suicida. Tais genes candidatos regulam proteínas

envolvidas no metabolismo da serotonina, da monoaminoxidase, da dopamina, do ácido

gama-aminobutírico e da catecol-o-metiltransferase (Jimenez-Treviño et al., 2011).

Outro foco de investigação são as alterações do eixo hipófise-hipotálamo-adrenal, com

consequente resposta deficiente de glicocorticóides, principalmente do cortisol, em

situação de estresse (Coryell & Schlesser, 2001). Tais alterações têm sido encontradas

em indivíduos com história de comportamento suicida e em seus familiares (Guintivano

et al., 2014).

Conforme Wenzel et al., (2010) há um número considerável de perturbações

psiquiátricas que podem ser associadas a tentativas de suicídio e ao ato suicida. As mais

comumente descritas na literatura são Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Afetivo

Bipolar, transtornos relacionados ao uso de substâncias, transtornos com presença de

psicose e alguns transtornos de personalidade, como o Transtorno de Personalidade

Borderline.

Um estudo de Hughes e Kleespies (2001) identificou que entre 30 e 40% dos indivíduos

que morrem por suicídio possuem alguma condição médica, sendo o comportamento

suicida mais presente em portadores de doenças físicas que causam comprometimento

funcional, desfiguração, dor e dependência de cuidados de outrem (Botega, 2015).

Isoladamente, as doenças físicas não aumentam o risco do comportamento suicida.

Porém, aliadas à presença prévia de vulnerabilidade ao suicídio, pode levar à

desesperança, falta de sentido percebido para a vida e perda significativa de papéis

sociais (Levenson & Bostwick, 2005).

Bertolote et al. (2010) destaca que nenhum dos fatores supracitados possui força

suficiente para, isoladamente, provocar ou prevenir comportamentos suicidas. Entende-

se que é a combinação de inúmeras variáveis relacionadas a questões biológicas,

ambientais e psicológicas que resulta na crise suicida. Os fatores de risco podem ter um

papel causal no desenvolvimento da crise, isto é, aumentam a probabilidade de uma

tentativa de suicídio, mas não são nem necessários nem suficientes para que o ato ocorra

(Dattilio & Freeman, 2004).

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4 CONCLUSÕES

O objetivo deste estudo foi verificar, por meio de uma revisão narrativa da literatura, os

principais aspectos etiológicos envolvidos no desenvolvimento do comportamento

suicida. Podemos, a partir desta breve análise, compreender o suicídio enquanto um

comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma interação de

fatores psicológicos e biológicos.

O conjunto de fatores que predispõem vulnerabilidade ao comportamento suicida inclui

perturbações emocionais e psiquiátricas, fatores socioculturais, vivências traumáticas,

história psiquiátrica e vulnerabilidade genética. Tais fatores não nos permitem, por si

só, prever quais serão os indivíduos que, futuramente, cometerão suicídio, mas nos

permite uma visão ampliada sobre quais são os indivíduos que apresentam maior risco

para tal.

Assim, conhecer a etiologia do comportamento suicida nos permite pensar em

alternativas para prevenção ou minimização de fatores de risco. Uma vez que os índices

de morte por suicídio têm tido um crescimento alarmante no Brasil e no mundo,

conhecer os fatores de riscos implicados no suicídio se mostra indispensável para todos

aqueles atuando na área da promoção e prevenção em saúde.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. Associação Brasileira de Psiquiatria. Suicídio: informando para prevenir.

Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio. Brasília: CFM/ABP, 2014.

2. BERTOLOTE, J. M., MELLO-SANTOS, C., BOTEGA, N.J. Detecção do risco de

suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. Ver Bras Psiquiatria: 2010.

3. BOTEGA, N. J. Crise suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015.

4. CORYELL, W., SCHLESSER, M. The dexamethasone suppresion test and

suicide prediction. Am J Psychiatry: 158(5):748-53, 2001.

5. DATTILIO, F. M., FREEMAN, A. Estratégias cognitivo-comportamental de

intervenção em situações de crise. Porto Alegre: Artmed, 2004.

6. DUBE S.R., et al. Childhood abuse, household dysfunction, and the risk of

attempted suicide throughout the life span: findings from the Adverse

Childhood Expreriences Study. JAMA.;286(24):3089-96, 2001.

7. GUINTIVANO J. et al. Identification and replication of a combined epigenetic

and genetic biomarker predicting suicide and suicidal behaviors. Am J

Psychiatry: 171(12):1287-96, 2014.

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8. HUGHES, D., KLEESPIES, P. Suicide in the medically ill Suicide and Life

Threatening Behavior, 31, 48-59, 2001.

9. LABONTÉ, B., TURECKI, G. The epigentics of suicide: explaining the

biological effects of early life environmental adversity. Arch Suicide Res:

14(4):291-310, 2010.

10. JIMENEZ-TREVIÑO, L, et al. Endophenotypesand suicide behaviour. ActasEsp

Psiquiatr.: 39(1):61-9, 2011.

11. LEVENSON, J.L., BOSTWICK J. M. Suicidality in the medically ill. Primary

Psychiatry: 12, 16-18, 2005.

12. MANN, J.J., et al. Toward a clinical model of suicidal behavior in psychiatric

patients. Am J Psychiatry: 156:181-9, 1999.

13. MANN, J.J. The serotonergic system in mood disorders and suicidal behavior.

Philos Trans R SocLond B Biol Sci. 368(1615):20120537, 2009.

14. STAHAM, D.J., et al., Suicidal behavior: an epidemiological and genetic study.

Psychol. Med. 28(4):839-55, 1998.

15. WENZEL, A., BROWN, G. K., , A. T. Terapia cognitivo-comportamental para

pacientes suicidas. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Adrielle Trindade Muniz de Oliveira¹

Bruna Beskow Hogem ¹

Margrid Beuter²

Eliane Raquel Rieth Benetti³

Carolina Backs4

Francine Feltrin de Oliveira4

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HOSPITALIZADO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, e essa realidade implica em

desafios, especialmente para a área da saúde. Além da condição de agravo que exige a

hospitalização, os idosos apresentam particularidades do processo de envelhecimento,

as quais devem ser consideradas pela equipe de enfermagem. No ambiente hospitalar

observa-se uma discordância entre a demanda dos idosos e a assistência de enfermagem

prestada. Desse modo, tem-se por objetivo relatar e refletir acerca da assistência de

enfermagem ao idoso hospitalizado.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, de cunho reflexivo, construído a partir das

vivências de acadêmicas de enfermagem e enfermeiras diante do cuidado de

enfermagem ao idoso hospitalizado.

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1Discente da Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista

PROIC-HUSM 2017.

² Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de Enfermagem e do

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde

e Enfermagem. 3Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 4

Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM.

Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Na conformação da assistência de enfermagem ao idoso hospitalizado, em geral,

verifica-se que os profissionais são generalistas, o que revela uma lacuna entre o

preparo profissional e as necessidades de cuidado das pessoas idosas. Destaca-se, que o

cuidado de enfermagem requer um direcionamento específico ao idoso, pois durante sua

permanência no hospital, as situações mais simples podem revestir-se de um caráter de

gravidade antes não pensado (DIAS et al., 2014). Assim, além do tratamento instituído,

exames e atendimento às necessidades físicas, é importante que os aspectos emocionais

também sejam considerados quando se cuida de idosos (PROCHET et al., 2012). Ante o

exposto, é imperativo que os profissionais de enfermagem estejam preparados e

qualificados para atender essas pessoas, visto que o cuidado aos idosos demanda

conhecimentos, habilidades e atitudes, pautadas em valores éticos. Uma vez que,

diferentes dificuldades e desafios são enfrentados pela equipe de enfermagem no

cuidado e assistência aos idosos hospitalizados, como a necessidade de uma assistência

direcionada às diversas especificidades da pessoa idosa e de seu processo de

envelhecimento como um todo (SANGUINO et al., 2018). Embora existam

dificuldades, os profissionais de enfermagem têm de estar aptos a desenvolver ações

efetivas na atenção à saúde desse grupo populacional, permeado de particularidades.

4 CONCLUSÕES

A assistência de enfermagem ao idoso hospitalizado enfrenta limitações e o cuidado

prestado a ele requer atenção às particularidades, características do envelhecimento. Isso

exige esforços no planejamento de intervenções de enfermagem que contemplem a

promoção, prevenção e recuperação da saúde dos idosos, numa perspectiva de

valorização do ser humano.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. DIAS, K. C. C. O. et al. O cuidado em enfermagem direcionado para a pessoa

idosa: revisão integrativa. Rev enferm UFPE on line. v. 8, n. 5, p. 1337-46, 2014.

2. PROCHET, T. C. et al. Affection in elderly care from the nurses’ perspective.

RevEscEnferm USP. v. 46, n.1, p. 96-102, 2012.

3. SANGUINO, G. Z. et al. The nursing work in care of hospitalized elderly: limits

and particularities. J res fundam care. v.10, n.1, p160-6, 2018.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Thais Ribeiro Lauz61

Clarissa Faverzani Magnago 62

Juliana Spolaor Warth 63

ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA NO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como propósito realizar um relato da assistência pela psicologia

junto à Unidade de Apoio Pedagógico do Centro de Ciências da Saúde. Essa inserção

surgiu a partir da crescente necessidade de atenção e prevenção à saúde mental desse

Centro, visando implementar ações ao cuidado pessoal, oportunizando aos alunos

espaços de acolhimento as demandas emocionais suscitadas durante a permanência dos

mesmos na Universidade Federal de Santa Maria. Esta assistência psicológica tem por

objetivo geral atender as necessidades da comunidade acadêmica, tanto individuais

como coletivas, com Acompanhamentos Terapêuticos (AT) e grupos de apoio

psicológico e de convivência, no que se refere à prevenção, intervenção,

acompanhamento e orientação no âmbito dos diversos aspectos do processo psico-

sócio-educativo (PIZZINATO, et al, 2010). Assim, proporcionando reflexões e

discussões aos alunos frente às situações da vivência acadêmica, visando a promoção da

saúde mental dos mesmos e oferecendo suporte emocional que possam interferir no

desenvolvimento discente, tendo como objetivo auxilia-los no crescimento acadêmico,

profissional e pessoal. Outro propósito é também atuar sobre os conflitos discentes que

surgem no período de sua formação, como por exemplo a motivação para os estudos,

sua estrutura de personalidade, a capacidade de resiliência no curso e durante os

estágios, as relações aluno-aluno e professor-aluno e dentre outras demandas

relacionadas que surgem ao longo do trabalho.

2 MÉTODO

Foram criados grupos de apoio psicológico, buscando suscitar reflexões acerca das

potencialidades e limitações de cada um, atentando às dificuldades emocionais que

incidem na vida acadêmica (Oliveira, et al. 2008). Também são utilizadas ferramentas

como o Acompanhamento Terapêutico (AT), a realização de oficinas e orientações

psicológicas e pedagógicas, tendo como intuito auxiliar no desenvolvimento da

identidade pessoal, na prevenção de comportamentos de risco, crises e vulnerabilidades

61 Acadêmica do curso de Psicologia e bolsista da Unidade de Apoio Pedagógico UAP/CCS; 62 Psicóloga da Unidade de Apoio Pedagógico UAP/CCS; 63 Pedagoga da Unidade de Apoio Pedagógico UAP/CCS;

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dos alunos, ajudando-os na construção de seu projeto de vida e nas práticas que

demandam a academia.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Através da assistência psicológica junto a Unidade de Apoio Pedagógico do Centro de

Ciências da Saúde, criou-se espaços de discussões e reflexões acerca das dificuldades

relacionais que incidem na vivência acadêmica. Além disso, buscou-se a prevenção de

riscos que implicam a saúde mental dos estudantes e a promoção do desenvolvimento

global dos mesmos, buscando trabalhar aspectos relacionais, de convivência em grupo,

auxiliando no crescimento acadêmico, profissional e pessoal.

4 CONCLUSÕES

Através da interlocução com outras Unidades de Apoio Pedagógico, viu-se a

importância da assistência proposta pela psicologia no Centro de Ciências da Saúde, já

que as demandas psicológicas têm cada vez mais interferido no desempenho, na

interação social e na complexidade da vivência do dia-a-dia dos estudantes e professores

universitários.

REFERÊNCIAS

1. OLIVEIRA, Lizete Malagoni de Almeida Cavalcante et al. Uso de fatores

terapêuticos para avaliação de resultados em grupos de suporte. Acta paul. enferm.

São Paulo, v. 21, n. 3, p. 432-438, 2008. Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103210020080003000

08&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 Nov. 2018.

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002008000300008.

2. PIZZINATO, A; VALLADÃO, L. I; BRUNNET, A. E; MARTINATO, L; PAZ, T;

LORETO, T. O Acompanhamento terapêutico como uma proposta de reinserção

social. XI Salão de Iniciação Científica: PUCRS, 9 à 12 de ago., 2010. Disponível

em

<http://www.pucrs.br/edipucrs/XISalaoIC/Ciencias_Humanas/Psicologia/83802-

LARISSAIRIGARAYVALLADAO.pdf> Acesso em: 07 Nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Amanda Zapola da Silva64

Natália da Silveira Colissi1

Thiago Corrêa Cardoso1

Daniel Capalonga1

Ana Paula Fioravanti Schacht2

Roseane Cardoso Marchiori3

ASSOCIAÇÃO ENTRE PARACOCCIDIOIDOMICOSE E

TUBERCULOSE, DIFICULDADE DE DIAGNÓSTICO: RELATO DE

CASO.

1 INTRODUÇÃO

A associação entre paracoccidioidomicose (PCM) e tuberculose (TB) é reconhecida há

muito tempo. As doenças podem ocorrer de forma simultânea ou sequencial, sendo que

a frequência dessa associação varia de 5,5 a 19%. A queda da imunidade celular parece

ser a principal responsável pelo desencadeamento de ambas e como a apresentação

clínica das duas doenças pode ser semelhante, observou-se que vários pacientes com

diagnóstico definido de PCM fizeram tratamento prévio para TB, porém sem

confirmação baciloscópica.

2 MÉTODO

Relato de caso retrospectivo do Hospital Universitário de Santa Maria.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A. C. S., sexo masculino, 48 anos, cor branca, casado, natural e procedente de Três

Barras, agricultor aposentado. Histórico de tabagismo: 150 cigarros ou 7, 5 maços por

dia, dos 16 aos 48 anos e etilista até 10 anos atrás. Tuberculose pulmonar

adequadamente tratada em 2009 e 2010 (BAAR positivo no escarro em ambas). Há um

ano apresenta dispneia aos esforços, com piora significativa nos últimos 4 meses.

Atualmente a dispneia é aos pequenos esforços, apresenta tosse com expectoração

purulenta, sem hemoptise. Nega febre, sudorese noturna, perda de apetite e de peso,

síncope, cianose, dor. Em atendimento na UPA de Santa Maria, a TC de tórax

apresentou achados compatíveis com doença infecciosa granulomatosa e a

fibrobroncoscopia foi normal, com lavado broncoalveolar e escarro negativos para

BAAR e fungos, no exame direto. Transferido ao HUSM para investigação. Ao exame,

encontrava-se em estado regular, mucosas úmidas, coradas e acianóticas, PA de

121/85mmHg, FC 92 bpm, temperatura 35,3°C e saturação O2 91%. Sem alterações

64 Acadêmico do curso de medicina da UFSM. 2 Residente Médico do HUSM. 3 Professora do departamento de Clínica Médica da UFSM.

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cardiovascular e abdominal. Murmúrio vesicular diminuído, com estertores finos em

ápice pulmonar esquerdo e sibilos em bases pulmonares bilaterais. Na investigação da

dispneia, foi afastada a possibilidade de TEP e confirmado DPOC grave, com

VEF1/CVF de 47%. Na investigação da alteração imagética, foi exaustivamente

investigada a presença de BAAR e fungos em escarro e lavado broncoalveolar, sempre

negativos ao exame direto. Devido à indefinição diagnóstica, foi submetido à biópsia

pulmonar por videotoracoscopia, cujo anatomopatológico evidenciou a presença do

Paracoccidioides brasiliensis. Foi iniciado Itraconazol 100mg, 2 comprimidos VO ao

dia, teve alta hospitalar com orientação de completar 6 meses de tratamento.

4 CONCLUSÕES

A PCM acomete indivíduos do sexo masculino (proporção de 15:1, trabalhadores do

campo, com idade entre 30 e 50 anos. Habitualmente são oligossintomáticos, mas com

significativas alterações radiológicas, habitualmente bilaterais e simétricas (nódulos,

micronódulos, reticulação, cavidades, lesão em “asa de borboleta”). A TB, por outro

lado, acomete ambos os sexos, em qualquer idade, habitualmente são sintomáticos, com

exame físico e imagem radiológica torácica apresentando alterações predominantemente

nos segmentos ápico-posteriores, de um ou de ambos pulmões. A associação entre PCM

e TB não é rara e o diagnóstico diferencial entre elas, baseado na história clínica e em

dados radiológicos pode ser difícil. O tratamento incorreto ou o não tratamento aumenta

a chance de sequelas pulmonares e morte, o que torna fundamental a pesquisa exaustiva

e até invasiva, como no caso, do agente etiológico.

REFERÊNCIAS

1. JÚNIOR, R.Q.; GRANGEIA, T.A.G.; MASSUCIO, R.A.C.; REZENDE, S.M.;

BALTHAZAR, A.B. Associação entre paracoccidioidomicose e tuberculose:

realidade e erro diagnóstico. Jornal Brasileiro de Pneumologia - 2007 -

Volume 33 - Número 3 (Maio/Junho). Disponível em:<

http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=614>.Acesso

em: 27 de outubro de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores: Cecília Pletschette Galvão65

Viviane Dutra Piber66

Dani Laura Peruzzolo67

ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO TRATAMENTO

INTENSIVO EM UNIDADE NEONATAL

1 INTRODUÇÃO

A gestação compreende um período de grandes mudanças na vida da mulher e sua

família, de impacto físico, psíquico e cotidiano. Em situações de risco, para a mãe ou

para o bebê, há uma mudança no ritmo natural do processo de nascimento e seu impacto

pode acarretar situações estressantes e desafiadoras para a família (DITZZ, et. al.,2011).

A necessidade de internação após o nascimento do bebê em Unidades de cuidado

especializado de alto nível tecnológico pode ocasionar, nos pais, sentimentos de medo,

negação e culpa, além de uma sensação de desamparo frente à inúmeros aparelhos,

profissionais, normas e condutas, que nunca foram pensados como fazendo parte de seu

cotidiano. Dessa forma, a internação pode acarretar em desorganização familiar,

conflito de papéis e dificuldade de manter atividades cotidianas (DITZZ, MOTTA e

SENNA, 2008). Nesse sentido, o Terapeuta Ocupacional atua de modo a oferecer

cuidado integrado, baseando-se nas teorias de Cuidado centrado na Família. Esse

modelo de atenção configura-se por um reconhecimento do importante papel que a

família desempenha na vida da criança, identificando suas preocupações, prioridades e

recursos. A TO oferece conhecimento de técnicas de cuidado, fortalece a família para

que possam exercer/assumir seus papéis ocupacionais de pais, mesmo em ambiente tão

especializado (UTIN). O trabalho é fundamentado numa parceria mútua e benéfica entre

família e equipe, implicados nos cuidados e bem-estar do bebê, além do fortalecimento

de vínculo (DITZZ, MELO e PINHEIRO, 2006). Este trabalho tem o objetivo de

apresentar a atuação do Terapeuta Ocupacional na UTI neonatal do HUSM.

2 MÉTODO

Relato reflexivo escrito a partir das práticas em UTIN e das discussões feitas nas

supervisões realizadas pela tutoria de núcleo da Terapia Ocupacional vinculada à

Residência Multiprofissional

65 Terapeuta Ocupacional Residente do segundo ano 66 Terapeuta Ocupacional Residente do primeiro ano 67 Professora Doutora do curso de Terapia Ocupacional/UFSM

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O núcleo de Terapia Ocupacional iniciou sua inserção na equipe da UTI neonatal por

meio do programa de Residência Multiprofissional, inicialmente na Unidade Canguru.

A partir das observações da dinâmica do serviço e das características dos bebês e suas

família foram propostas diversas intervenções para oferecer apoio à mãe/família,

buscando minimizar o sofrimento inerente à condição de ter um filho internado em

UTIN, bem como desenvolver habilidades de enfrentamento diante desta condição. O

Terapeuta Ocupacional visa garantir à família o desempenho dos papéis ocupacionais de

cuidadores primários, muitas vezes substituído pela equipe de saúde. O Terapeuta

incentiva a participação durante as tarefas de cuidados (troca fraldas, banho, medição de

temperatura, etc), enfatiza a importância e orienta o contato olho-no-olho, o falar para o

bebê, e dar colo (estímulos sensoriais). Orienta o aleitamento materno, viabiliza a troca

de informações entre a equipe e a família e estimula/orienta a manutenção de vínculos

familiares além da UTIN. Tais intervenções colocam os pais em uma posição mais ativa

frente aos cuidados com seu filho, aumentando a satisfação frente o desejo de cumprir

com os papéis ocupacionais, qualificando o vínculo, aumentando a sensação de

competências no pós-alta. Reduz o estresse decorrente da internação e aumenta a

prevalência do aleitamento materno. Estes resultados interferem positivamente na

assistência, pois os profissionais de saúde também fiquem mais satisfeitos com os

resultados positivos de seu trabalho.

4 CONCLUSÕES

O cuidado ao recém-nascido pré-termo e sua família é extremamente complexo e

inúmeros fatores impactam sua permanência durante a internação na UTIN. A Terapia

Ocupacional, considerando ações multiprofissionais, oferece tratamento voltado para

bom desenvolvimento do bebê, para a sustentação/produção de vínculo, através da

valorização/orientação dos papéis ocupacionais dos pais frente a assistência necessária

ao bebê prematuro.

REFERÊNCIAS

1. DITTZ, E.S. et al . Cuidado Materno ao recém-nascido na Unidade de Terapia

Intensiva Neonatal: possibilidade e desafios. Cienc. enferm., Concepción , v.

17, n. 1, p. 45-55, 2011.

2. DITTZ, E.S.; MOTA, J.A.C.; SENA, R.R. O cotidiano no alojamento materno,

das mães de crianças internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife , v. 8, n. 1, p. 75-81, Mar. 2008.

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3. DITTZ, E.S; MELO, D.; PINHEIRO, Z. A Terapia Ocupacional no contexto da

assistência à mãe e à família de recém-nascidos internados em unidade de

terapia intensiva . Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São

Paulo, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 42-47, 1 abr. 2006.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa

Autores:

Hentielle Feksa Lima68

Jônatas Morelatto²

Rafaela Andolhe³

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO

CLÍNICA CIRÚRGICA ADULTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

Planejar e organizar um serviço de modo que funcione em conformidade com os

padrões de qualidade exigidos, é um desafio contínuo para os gestores de saúde. A

melhoria da qualidade e da segurança está associada à assistência de enfermagem

prestada, constituindo um ponto imprescindível no aprimoramento das ações

promovidas e executadas pela equipe de enfermagem (ROSSETTI; GAIDZINSKI,

2011). Nessa perspectiva, com relação a Unidade de Internação Clínica Cirúrgica,

campo de vivência desse relato, Magalhães e Juchem (2001), apontam que as funções

primordiais do enfermeiro, neste local, constituem-se em disciplinar, supervisionar e

administrar as práticas de enfermagem.

2 MÉTODO

Este trabalho trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas durante

o período de janeiro a fevereiro de 2018 por uma acadêmica de Enfermagem do sexto

semestre da Universidade Federal de Santa Maria, acompanhada pelo enfermeiro da

unidade e supervisionada por uma professora.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Durante as experiências oportunizadas foi possível identificar que o profissional

enfermeiro possui autonomia e está inserido nos diferentes espaços do setor, atuando

como um gestor em saúde. Tal competência exige a prática de habilidades como a

comunicação, organização, tomada de decisão, boa relação interna com a equipe

multiprofissional e com o indivíduo hospitalizado e/ou familiares. Segundo Greco

(2004), a enfermagem atual é responsável pela gerência de unidades, atividade esta que

engloba a previsão, provisão, manutenção, controle de recursos materiais e humanos

para o funcionamento do serviço e pela gerência do cuidado.

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4 CONCLUSÕES

Ao término das vivências em uma Unidade de Internação Clínica Cirúrgica Adulta foi

possível aprimorar competências distintas e de suma importância, como gerenciamento,

manejo de paciente e comunicação entre equipes. Concluo, assim, que tal experiência

proporcionou além do aperfeiçoamento de técnicas, uma reflexão profunda enquanto

acadêmica, uma vez que carregamos conosco todos os aprendizados que vivenciamos

no decorrer da graduação, ensinamentos teóricos e, também, legados de profissionais

corretos, éticos, que enxergam o paciente de forma integral, respeitando sua história e o

contexto que estão inseridos. Tais características elevam a importância do profissional

enfermeiro nos espaços de gerenciamento do cuidado, exercendo a profissão de forma

íntegra, mostrando seu diferencial e unindo equipes que, muitas vezes, trabalham de

forma isolada e fragmentada.

REFERÊNCIAS

1. Rossetti AC., Gaidzinski RR. Estimativa do quadro de pessoal de

enfermagem em um novo hospital. Rev. Latino am. enferm. 2011;19(4).

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n4/pt_21.pdf >. Acesso em:

24 out 2018.

2. Magalhães AM.; Juchem BC. Atividades do enfermeiro em unidade de

internação cirúrgica de um hospital universitário. R. gaúcha Enferm. Porto

Alegre, v. 22. jul. 2001. Disponível em:

<http://www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/viewFile/4382/2

330>. Acesso em: 24 out. 2018.

3. Greco RM. Ensinando administração em enfermagem através da educação

em saúde. Rev Bras Enferm.2004;57(4):472-4. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n4/v57n4a26.pdf>. Acesso em: 24 out.

2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Melissa Gewehr69

Margrid Beuter70

Larissa Venturini71

Carolina Backes72

Francine Feltrin de Oliveira4

Jamile Lais Bruinsma3

AULA PRÁTICA EM ILPI: EXPERIÊNCIA EM DOCÊNCIA

ORIENTADA DE ALUNOS DA PÓS-GRADUAÇÃO

1 INTRODUÇÃO

O avançar da idade traz consigo, comumente, limitações físicas e/ou cognitivas,

dependência em atividades de vida diária, básicas e instrumentais que acometem os

idosos, principalmente os mais longevos. Essas restrições estão associadas ao declínio

nas condições de saúde da população idosa, causados, em especial, pelos elevados

índices de doenças crônicas não transmissíveis nesta população (DUARTE; LEBRÃO,

2013). Nessa perspectiva, como opção para atender às necessidades sociais da sociedade

moderna, surgiram as Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI`s) mantidas

pelo governo, por associações religiosas e beneficentes, ou por familiares. Nesse

contexto, o presente trabalho objetiva relatar a experiência de alunos da pós-graduação

na participação em aulas práticas em uma ILPI da região central do Estado do Rio

Grande do Sul (RS).

2 MÉTODOS:

Trata-se de um relato de experiência baseado na participação de discentes de dois

Programas de Pós-Graduação da UFSM (Enfermagem e Gerontologia), nos meses de

agosto a novembro de 2018, na Disciplina de Docência Orientada desenvolvido em

aulas práticas da Disciplina Enfermagem Gerontogeriátrica, ofertada ao 6º semestre do

Curso de Graduação em Enfermagem da UFSM. As aulas práticas são desenvolvidas

em uma ILPI feminina localizada na região central do RS.

69 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 70 Enfermeira. Doutora. Docente do Departamento de Enfermagem da UFSM; 71 Enfermeiras, mestrandas PPGENF/UFSM; 72 Enfermeiras, doutorandas PPGENF/UFSM;

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

A referida ILPI abriga aproximadamente 190 idosas. Na Instituição residem idosas com

diferentes níveis cognitivos, apresentando consequentemente distintos graus de

autonomia e de independência. Como método organizacional e assistencial a Instituição

busca distribuir as idosas residentes de acordo com suas capacidades cognitiva e

funcional. Assim, em uma das alas da Instituição abrigam-se somente idosas com

incapacidade cognitiva. Ao acompanhar o grupo de graduandos do 6º semestre, no

decorrer das aulas práticas na Instituição, percebeu-se que a atuação do grupo junto às

idosas com incapacidade cognitiva, em especial às que apresentam algum tipo de

transtorno mental, foi a que se mostrou embaraçosa e repleta de estigmas. Estudo com

acadêmicos de medicina no reino unido revelou que os idosos com transtornos mentais

são vistos como objetos de estigma e exclusão social, favorecido pela falta de um

entendimento claro sobre a natureza e as consequências das doenças mentais

(MEDEIROS; FOSTER, 2014). Atitudes e ações de algumas idosas com transtornos

mentais graves que encontravam-se em crises agudas ocasionaram impacto e

sentimentos de impotência nos acadêmicos.

4 CONCLUSÃO:

Essa experiência permitiu aos discentes vivenciar parte da realidade dos idosos em ILPI,

bem como refletir sobre a compreensão acadêmica acerca de pessoas com transtornos

mentais. Reflete-se por meio desse relato a importância de mais espaços para discussão

e sensibilização dos acadêmicos acerca de idosas com incapacidade cognitiva a fim de

instrumenta-los e preencher essa lacuna acadêmica.

REFERENCIAS:

1. DUARTE; LEBRÃO. Fragilidade e envelhecimento. In: FREITAS, E.V.; PY,

L.; CANÇADO, F.A.; GORZONI, M.L. Tratado de geriatria e gerontologia.

3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013; p. 1131-41. Disponível em: <

https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria-e-

gerontologia-3c2aa-ed.pdf>. Acesso em: 05 de novembro de 2018.

2. MEDEIROS, B.; FOSTER, J. A doença mental no idoso: representações sociais

de estudantes de medicina no Reino Unido. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo ,

v. 48, n. spe2, p. 132-138, Dec. 2014 . Disponível em: <

http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe2/pt_0080-6234-reeusp-48-nspe2-

00132.pdf> Acesso em: 05 de novembro.

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AREA TEMÁTICA Ensino/ Pesquisa

Autores:

Thailini Silva de Mello73

Silviamar Camponogara74

Camila Pinno75

Thaís Brasil Brutti76

Daniela Moreira5

AUTONOMIA, PADRÕES DO CONHECIMENTO E A ENFERMAGEM:

UMA REFLEXÃO

1 INTRODUÇÃO

A proposta de prestar um cuidado de qualidade, está baseada em teorias que se tornam

cada vez mais necessárias para oferecer uma assistência de qualidade e com vistas na

conquista de enfermagem como ciência. Diante disso, discussões e reflexões sobre

autonomia e os padrões de conhecimentos de Bárbara Carper, demostram-se essenciais

para a enfermagem. Portanto, objetivou-se realizar uma reflexão crítica sobre o

envolvimento dos padrões de conhecimento em vista da autonomia profissional de

enfermagem.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão narrativa da literatura científica, realizada por meio de busca

online, em setembro de 2018, na biblioteca Scientific Electronic Library Online

(SCIELO) e na base de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da

Saúde (LILACS) utilizando as palavras-chave "autonomia” AND “padrões do

conhecimento”.

73 Graduanda em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista de

iniciação científica CNPq; 74 Docente do Departamento de Enfermagem UFSM; 75 Doutoranda em Enfermagem UFSM; 76 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica CNPq; 5 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica PROIC-HUSM.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Autonomia, segundo Rosenfield e Alves (2011) é uma necessidade que leva os

profissionais a buscarem maior qualificação, competência e desenvolvimento de

condutas e comportamentos frente as atividades. É uma condição essencial e inevitável

do desenvolvimento da competência profissional. A autonomia pode ser definida como

uma ferramenta para a tomada de decisão, participação das organizações e intervenção

nos processos de trabalho (KOVÁCS,2006). A partir do conceito de autonomia e tendo

em vista a melhora na qualidade da assistência de enfermagem, aproxima-se os padrões

de conhecimento de Bábara Carper, que integram a gama de teorias que contribuem

para enfermagem. Os conhecimentos apresentados por Carper são: O conhecimento

empírico, descrito como ciência da enfermagem, factual, descritivo e verificável. O

conhecimento estético, representa a arte da enfermagem, é subjetivo e concretiza-se no

cuidado. O padrão ético envolve o conhecimento de códigos e normas éticas de

enfermagem. E, o conhecimento pessoal, o entendimento de si, buscando estabelecer

um relacionamento de reciprocidade com o outro (PERSEGONA, et al. 2009).

Portanto, o cuidado do ser humano é amplo e precisa estar baseado em teorias

consistentes. Para isso, autonomia e padrões do conhecimento são utensílios teóricos

que podem ser utilizados pelos profissionais no cuidado integral dos pacientes. A

autonomia permite que o profissional se torne mais seguro a partir do conhecimento que

busca, permite um melhor entendimento sobre os cuidados desenvolvidos e contribui

para a participação de enfermeiros na tomada de decisões. Os padrões de conhecimento,

permitem uma melhor visibilidade das ações dos profissionais, possibilitando uma

compreensão do cuidado no aspecto empírico, ético, pessoal e estético.

4 CONCLUSÕES

Assim, a evolução do saber em enfermagem é baseada em princípios científicos para

planejamento da assistência e formulação de concepções teóricas que deem conta da

complexidade que envolve o cuidado. Recomenda-se a realização de estudos da área de

enfermagem visando o envolvimento dos padrões do conhecimento, em vista a

autonomia de enfermagem.

REFERÊNCIAS

KOVÁCS, I. Novas formas de organização do trabalho e autonomia no trabalho.

Sociologia, Problemas e Práticas, n.52, p.41-65,2006.

PERSEGONA, K. R. et al. O conhecimento político na atuação do enfermeiro. Escola

Anna Nery, Revista de Enfermagem. Vol13, p 645-650,2009.

ROSENFIELD, C. L.; ALVES, D. A. Autonomia e trabalho informacional: o

teletrabalho. Revista de Ciências Sociais, vol54, p207-233, 2011.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Ylana de Albeche Ambrosio 77

Sabrina de Oliveira de Christo 78

Sara Soares Milani 79

Carlos Eduardo Mendes Vargas 80

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS

RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

Atualmente observa-se, no mundo todo, o aumento absoluto e proporcional da

população idosa e, sabendo-se que o declínio da capacidade funcional aumenta com a

idade, todos os esforços devem ser envidados no sentido de prevenir a dependência

física e de retardá-la o máximo possível. O desempenho das atividades de vida diária é

considerado um parâmetro aceito e legítimo para firmar essa avaliação, sendo utilizado

pelos profissionais da área de saúde, e de extrema valia para o enfermeiro, para avaliar

graus de dependência de seus clientes. Pode-se entender avaliação funcional, dentro de

uma função específica, como sendo a avaliação da capacidade de autocuidado e de

atendimento às necessidades básicas diárias, ou seja, do desempenho das atividades de

vida diária, tarefas do cotidiano, consideradas banais e, portanto, de fácil execução, vão

paulatinamente e muitas vezes de forma imperceptível, tornando-se cada vez mais

difíceis de serem realizadas, até que o indivíduo percebe que já depende de outra pessoa

para tomar um banho, por exemplo. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a habilidade

do idoso em desempenhar suas atividades cotidianas, as atividades básicas de vida,

indicando se existe independência ou dependência parcial ou total para a sua realização.

2 MÉTODO

A pesquisa foi realizada em setembro de 2018 e a amostra foi composta por 65 idosos,

residentes de clínicas de longa permanência localizadas na cidade de Santa Maria. O

instrumento de avaliação utilizado foi o Índice de Katz para AVDs, esse índice foi

desenvolvido para ser usado em pacientes institucionalizados sendo freqüentemente

utilizado para a avaliação das AVDs em idosos. O grau de assistência exigida foi

avaliado em seis atividades: tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência,

continência e alimentar-se. Os dados foram coletados dos cuidadores dos idosos tendo

em vista as alterações cognitivas e as fragilidades dos participantes.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Definiu-se como incapacidade funcional para cada domínio a necessidade de ajuda

parcial ou total para a realização de, no mínimo, uma atividade da vida diária. Para ser

77 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia na ULBRA- SM; 78 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia na ULBRA- SM; 79 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia na ULBRA- SM; 80 Acadêmico do Curso de Graduação em Educação física na UNOPAR- ROSÁRIO DO SUL.

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classificado como independente o idoso precisa conseguir realizar todas as atividades

sem nenhum tipo de ajuda, para dependência moderada no mínimo quatro atividades e

para muito dependente conseguir realizar duas ou menos atividades.

Dos 65 idosos avaliados, 64,61% foram classificados como muito dependente, 13,84%

com dependência moderada e 21,53% como independente.

Idosos Independente Dependência

Moderada

Muito dependente

65 21,53% 13,84% 64,61%

Total 14 idosos 09 idosos 42 idosos

4 CONCLUSÕES

Conclui-se que a incapacidade funcional em atividades básicas adquirida com o

aumento da idade é um importante indicador para que os serviços de saúde planejem

ações visando prevenir ou postergar a incapacidade funcional, garantindo independência

e maior qualidade de vida ao idoso. A incapacidade funcional constitui um forte preditor

de mortalidade na população de idosos, devendo, portanto, ser incluída na rotina de

avaliação diagnóstica dos profissionais de saúde que lidam com este público-alvo.

REFERÊNCIAS

1. ARAÚJO, Maria Odete Pereira Hidaldo; CEOLIM, Maria Filomena. Avaliação

do grau de independência de idosos residentes em instituições de longa

permanência. Rev Esc Enferm USP 2007; 41(3):378-85. Disponível em:

<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/21702/1/S0080-

62342007000300006.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.

2. DUARTE, Yeda Aparecida de Oliveira; ANDRADE, Claudia Laranjeira de

Andrade; LEBRÃO, Maria Lúcia. O Índex de Katz na avaliação da

funcionalidade dos idosos. Rev Esc Enferm USP 2007; 41(2):317-25.

Disponível em:

<http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcio

nalidade.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.

3. DUCA, Giovâni Firpo; SILVA, Marcelo Cozzensa; HALLAL, Pedro Curi.

Incapacidade funcional para atividades básicas e instrumentais da vida

diária em idosos. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Faculdade de

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Medicina. Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Pelotas, RS, Brasil.

Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/rsp/2009.v43n5/796-805/pt/>.

Acesso em: 12 de outubro de 2018.

4. LINO, Valéria Teresa Saraiva et al. Adaptação transcultural da Escala de

Independência em Atividades da Vida Diária (Escala de Katz). Cad. Saúde

Pública, Rio de Janeiro, 24(1):103-112, jan, 2008. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n1/09.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de

2018.

5. MARRA TA; PEREIRA LSM; FARIA CDCM; PEREIRA DS 2; MARTINS

MAA; E TIRADO MGA .Avaliação das atividades de vida diária de idosos

com diferentes níveis de demência. Revista Brasileira de Fisioterapia. São

Carlos, v. 11, n. 4, p. 267-273, jul./ago. 2007. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n4/a05v11n4>. Acesso em:12 de outubro de

2018.

6. OLIVEIRA DLC, GORETTI LC, PEREIRA LSM. O desempenho de idosos

institucionalizados com alterações cognitivas em atividades de vida diária e

mobilidade: estudo piloto. Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol. 10, No. 1

(2006), 91-96. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbfis/v10n1/v10n1a12.pdf>. Acesso em: 12 de

outubro de 2018.

Page 103: ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL ...coral.ufsm.br/depe/images/Anais_Parte_I_-compactado.pdfANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA PRESIDENTE

AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Sabrina de Oliveira de Christo81

Ylana de Albeche Ambrosio82

Sara Soares Milani83

Larissa Teresita Rodriguez Pintos84

AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM IDOSOS

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento gera diminuição da força muscular respiratória, nesse sentido,

estudos demonstraram que a idade é um preditor negativo da força muscular

respiratória, com significância estatística tanto em homens quanto em mulheres. Uma

das principais mudanças no sistema respiratório com o avançar da idade é a diminuição

do recolhimento elástico dos pulmões e da complacência da caixa torácica.

2 MÉTODO

A pesquisa foi realizada com 15 idosos, dos quais 9 são institucionalizados, de ambos

os sexos com idades entre 60 e 88 anos sem diagnóstico prévio de patologias

respiratórias. A avaliação realizada foi a manovacuometria, que avalia a pressão

inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (Pemáx). As pressões

respiratórias máximas foram verificadas por um manovacuômetro digital com os

pacientes sentados, usando clipe nasal e bocal firmes entre os lábios. Foram realizadas

duas manobras de aprendizado e cinco manobras para a obtenção de cada pressão e

considerado o maior valor entre elas.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dos 15 idosos avaliados, 6 apresentaram a Pimáx entre -40 a -75cmH20, significando

fraqueza muscular respiratória e 9 idosos apresentam força muscular respiratória acima

desse valor, sendo considerado um resultado normal. Um idoso com fraqueza muscular

respiratória pode apresentar dispneia profunda, diminuição progressiva da capacidade

de tosse, aumento do trabalho em ventilação profunda, aumento da frequência

respiratória e diminuição da capacidade vital entre 20 a 40%. Os dados coletados foram

tabelados no Excel (versão 2007) sendo calculados as médias e desvio padrão, a média

Pimáx (84,88) e Pemáx (86,38), desvio padrão Pimáx (14,89) e Pemáx (21,51).

4 CONCLUSÕES

Com base nesses resultados conclui-se que os idosos da instituição não possuem

fraqueza muscular respiratório, porém mesmo que os resultados da pesquisa

81 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 82 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 83 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 84 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM.

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demonstram que 9 dos participantes possuem força muscular respiratória normal foi

possível perceber que há uma necessidade de um acompanhamento multiprofissional

para esse idosos, já que alguns apresentaram resultados um pouco abaixo do normal,

tornando-se necessário intervenções e fortalecimento dos músculos respiratórios.

REFERÊNCIAS

1. ALVES, Monaline do Nascimento; BARBOSA, Fernando Policarpo; CRUZ, Maria

do Socorro. Avaliação da força da musculatura respiratória em idosas ativas e

sedentárias. 4º congresso internacional de envelhecimento humano 2015.

Disponível em:

<http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_M

D4_SA7_ID2932_25082015142544.pdf>. Acesso em: 31 out. 2018.

2. PASCOTINI, Fernanda dos Santos et al. Força muscular respiratória, função

pulmonar e expansibilidade toracoabdominal em idosos e sua relação com o

estado nutricional. Fisioter Pesqui. 2016;23(4):416-422. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/fp/v23n4/2316-9117-fp-23-04-00416.pdf>. Acesso em:

31 out. 2018.

3. SANTOS, Taismara Taismara Castelli; TRAVENSOLO, Cristiane de Fátima.

Comparação da força muscular respiratória entre idosos sedentários e ativos:

estudo transversal. Revista Kairós Gerontologia, 14(6). ISSN 2176-901X. São

Paulo (SP), Brasil, dezembro 2011: 107-121. Disponível em:

<https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/11702/8425>. Acesso

em: 31 out. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

SABIN, Luiza Dressler¹;

SILVA, Jaqueline Scalabrin²;

MAGNAGO, Tânia Solange Bosi de Souza³

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SONO DOS FAMILIARES DE

CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO

1. INTRODUÇÃO: O sono representa uma das necessidades primordiais e básicas do

ser humano. Para o organismo se restabelecer em suas funções fisiológicas é necessário

realizar um período de descanso para que um novo ciclo de atividades possa ter inicio.

Porém, ao estar na situação de cuidador de uma criança ou adolescente em tratamento

oncológico, esta função pode encontrar-se alterada.

2. OBJETIVO: identificar a qualidade de sono dos familiares e cuidadores de crianças

e adolescentes em tratamento oncológico de um hospital universitário do Sul do Brasil.

3. MÉTODO: estudo transversal, quantitativo, realizado com 62 familiares de crianças

e adolescentes internados para tratamento oncológico, que obedeciam aos critérios de

inclusão e exclusão. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa

(CAAE: 61553616.6.0000.5346), seguindo os preceitos éticos da Resolução 466/2012.

Foram aplicados os instrumentos de Escala de Estresse Percebido (PPS-14), qualidade

de vida (WHOQOL-bref) e Distúrbio Psíquico Menor (SRQ-20).

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: no instrumento SRQ-20,

51,06% (n= 32) referiram “dormir mal”. Na escala WHOQOL-bref quando

questionados “quão satisfeito voce esta com o seu sono?” 21% (n= 13) referiram estar

insatisfeitos e 21% (n= 13) nem satisfeitos, nem insatisfeitos. Quando questionados

sobre, ”quão satisfeito voce está com sua capacidade de desempenhar as atividades de

seu dia a dia?” 59,7% (n=37) referiram estar satisfeitos. Na escala PPS-14 quando

questionados, “voce tem conseguido controlar as irritações em sua vida?” 41% (n=25)

referiram quase sempre. A maioria dos participantes referiu dormir mal e quando

questionados quanto à satisfação com o sono, a maioria está entre insatisfeito e nem

satisfeito, nem insatisfeito, mostrando que a qualidade do sono destes familiares

encontra-se prejudicada. Evidenciando que há fatores que levam os familiares a

refletirem suas condições e acometimento, identificando um padrão ineficaz do sono,

repercutindo em déficits de memória, menos disposição e maior fadiga. Em

contrapartida a má qualidade do sono não influenciou quanto à capacidade de

desempenhar atividades do dia a dia, nem no controle das irritações em sua vida.

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Este resultado pode ser devido à atenção dos pais estar voltada para o paciente, pois eles

tomam para si este papel de cuidador não delegando esta função, onde cuidar é uma

doação a um ser que pertence, que envolve responsabilidade, afeto, apego, prazer e

muita força, onde a criança vem em primeiro lugar.

5. CONCLUSÕES: o sono de familiares de crianças e adolescentes em tratamento

oncológico encontra-se prejudicado no momento da internação e isso pode refletir no

cuidado prestado às crianças e adolescentes. Desta forma é notório que os profissionais

da saúde, garantam maior suporte a esses familiares, ofertando-lhes um ambiente mais

tranquilo e confortável, com orientações e momentos de conversas com os profissionais,

melhorando sua qualidade de vida e assim exercendo da melhor forma possível o papel

de cuidador.

REFERÊNCIAS:

1. AMADOR, D. D. et al. Repercussões do câncer infantil para o cuidador familiar:

revisão integrativa. R. Bras. Enferm, v. 66, n. 2, p. 267-270, Brasília, 2013.

2. AMADOR, D.D. et.al. Concepções de cuidado e sentimentos do cuidador de

crianças com câncer. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.

Acta Paul Enferm. 2013; 26(6):542-6,2013.

3. FISCHER, Frida Marina; TEIXEIRA, Liliane Reis; BORGES, Flávio

Nortonicola; Percepção de Sono: duração, qualidade e alerta em profissionais da

área de enfermagem, in: Caderno de Saúde pública, Rio de Janeiro, 18(5): 1261-

1269, set-out, 2002.

4. FLECK, M. P. A. et al. Aplicação da versão em português do instrument de

avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref”. R. Saúde Pública, v. 34, n. 2,

p. 178-183, São Paulo, 2000.

5. SANTOS, K. O. B. et. al. Avaliação de um instrumento de mensuração de

morbidade psíquica: estudo de validação do Self-Reporting Questionnaire

(SRQ-20). Rev Baiana Saude Publica Miolo, v. 34, n. 3 indd 545, 2010.

1Graduanda em Enfermagema na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Bolsista Proic-HUSM.

2Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da

Universidade Federal de Santa Maria (PPGENF/UFSM).

3Enfermeira. Doutora em Enfermagem e Docente do PPGENF/UFSM. Orientadora.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

André Lucas Bezerra Pacheco85

Geovane de Almeida Saldanha86

André Valle de Bairros87

AVALIAÇÃO DE AMOSTRA SANGUÍNEA APROPRIADA PARA

ANALISE CROMATOGRÁFICA DE BENZODIAZEPÍNICOS

1 INTRODUÇÃO

Os benzodiazepínicos são uma classe de fármacos utilizados no tratamento de distúrbios

do sistema nervoso central como ansiedade, insônia e convulsões. Entretanto, o abuso

revela o seu potencial de dependência e intoxicações. Para determinar estas moléculas,

ensaios extrativos são empregados com posterior injeção em sistemas cromatográficos

como a cromatografia líquida com detector ultravioleta-visível (LC-UV/vis). A LC-

UV/Vis é um equipamento que permite a técnica dilute-and-shoot, do qual uma pequena

amostra de fluido biológico é desproteinizado com uma determinada solução (ácido,

base ou solvente) para liberação dos analitos de interesse e evitar interferentes da

matriz. Posteriormente, há homogeneização seguida de centrifugação e coleta do

sobrenadante, sendo que este líquido pode sofrer outras etapas conforme o objetivo

analítico para injeção no LC. O objetivo desse trabalho é selecionar uma técnica que

promova a eliminação de interferentes endógenos oriundos da matriz biológica em

análises cromatográficas.

2 MÉTODO

Neste estudo foi analisado o perfil cromatográfico de amostras biológicas de sangue

coletadas sem anticoagulantes (soro); plasma com EDTA; plasma com citrato de sódio;

plasma com heparina e, plasma com ácido cítrico, citrato de sódio di-hidratado, fosfato

de sódio mono-hidratado, adenina e glicose (CPDA-1). As condições cromatográficas

na realização dos testes utilizaram coluna C18 150 mm x 3,6 mm com tamanho de

partícula de 5 µm, a fase móvel foi água, metanol e acetonitrila (63:19:18), vazão de 1,0

mL/minuto e comprimento de onda de 230 nm. O volume de injeção cromatográfica era

de 20 µL. Foram avaliados 6 diferentes procedimentos de dilute-and-shoot para as

respectivas amostras. A 1° técnica testada utiliza 100 µL de matriz biológica com 200

µL de acetonitrila com posterior injeção no LC-UV/Vis. A 2° técnica usa 2 mL de

matriz biológica com 100 µL de ácido clorídrico e adiciona-se 100 µL de ácido

trifluoroacético na sequência e por fim a injeção cromatográfica. A 3° técnica utiliza 50

µL de matriz biológica com 150 µL de metanol e o sobrenadante é coletado e injetado

85 Núcleo Aplicado a Toxicologia (NAT), Universidade Federal de Santa Maria; 86 Núcleo Aplicado a Toxicologia (NAT), Programa de Pós-Graduação em Ciências

Farmacêuticas, Universidade Federal de Santa Maria; 87 Núcleo Aplicado a Toxicologia (NAT), Programa de Pós-Graduação em Ciências

Farmacêuticas, Universidade Federal de Santa Maria;

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no equipamento. Na 4° técnica, 2 mL de matriz biológica é misturado a 1 mL de

metanol e o sobrenadante é transferido para outro tubo e o pH é ajustado para 10 para

posterior injeção no LC-UV/Vis. A 5° técnica utiliza 1 mL de matriz biológica com 600

µL de acetonitrila, do qual se retira o sobrenadante que é injetado no equipamento. A

última técnica utilizou 250 µL de matriz biológica com 750 µL de acetonitrila, em

seguida retira-se o sobrenadante para injeção no equipamento.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os cromatogramas resultantes das técnicas de desproteinização mostram que há uma

similaridade entre eles nos minutos iniciais, que se referem as moléculas polares

presentes no soro ou plasma. A técnica que utiliza ácidos foi a que obteve

cromatogramas com menor quantidade de interferentes oriundo da matriz biológica. O

plasma EDTA foi o que apresentou melhor perfil cromatográfico aliado à técnica que

utiliza ácido clorídrico e ácido trifluoroacético. A escolha da matriz biológica mais

apropriada assim como a técnica dilute-and-shoot será empregada na determinação de

benzodiazepínicos em casos de intoxicação e/ou consumo destes fármacos em pacientes

oriundos do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

4 CONCLUSÕES

Este trabalho é parte de uma dissertação de mestrado em andamento e a escolha da

matriz biológica mais apropriada assim como a técnica dilute-and-shoot será empregada

na determinação de benzodiazepínicos em casos de intoxicação e/ou consumo de

fármacos psicotrópicos em pacientes oriundos do Hospital Universitário de Santa Maria

(HUSM).

REFERÊNCIAS

1. GHAMBARIAN, M. et al. Dispersive liquid–liquid microextraction with back

extraction using an immiscible organic solvent for determination of

benzodiazepines in water, urine, and plasma samples. RSC Advances, v. 6, n. 115,

p. 114198–114207, 2016. Disponível em:

<https://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2016/ra/c6ra23770c#!divAbstract>.

Acesso em: 07 de nov. de 2017.

2. GILL, R.; LAW, B.; GIBBS, J. P. High-Performance Liquid Chromatography

Systems For The Separation Of Benzodiazepines And Their Metabolites. Journal of

Chromatography. v. 356, p. 37-46. 1986. Disponível em: <

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0021967300914651> . Acesso

em: 09 de nov de 2017.

3. GOUDARZI, N. et al. Application of Ultrasound-Assisted Surfactant-Enhanced

Emulsification Microextraction Based on Solidification of Floating Organic

Droplets and High Performance Liquid Chromatography for Preconcentration and

Determination of Alprazolam and Chlordiazepoxide. Journal of Chromatographic

Science, v. 55, n. 6, p. 669–675, jul. 2017. Disponível em:

<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28334890>. Acesso em: 07 de out. de

2017.

Page 109: ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL ...coral.ufsm.br/depe/images/Anais_Parte_I_-compactado.pdfANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA PRESIDENTE

4. KURODA, N. et al. Preliminary studies on identification and quantitation of

several benzodiazepines in human serum by high-performance liquid

chromatography. Rinsho Kagaku (Nippon Rinsho Kagakkai), v. 24, n. 4, p. 228–

232, 1995. Disponível em:

<https://www.jstage.jst.go.jp/article/jscc1971b/24/4/24_228/_pdf>. Acesso em: 09

de nov.de 2017.

5. LARSEN, H. S. et al. Quantification of total and unbound concentrations of

lorazepam, oxazepam and temazepam in human plasma by ultrafiltration and LC-

MS/MS. Bioanalysis, v. 3, n. 8, p. 843–52, abr. 2011. Disponível em:

<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21510758 >. Acesso em: 06 de nov. de

2017.

6. MARIN, S. J. et al. Rapid Screening for 67 Drugs and Metabolites in Serum or

Plasma by Accurate-Mass LC-TOF-MS. Journal of Analytical Toxicology, v. 36, n.

7, p. 477–486, 1 set. 2012. Disponível em:

<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22802572>. Acesso em: 10 de nov. de

2017.

7. MOLAEI, K. et al. Surfactant-assisted dispersive liquid-liquid microextraction of

nitrazepam and lorazepam from plasma and urine samples followed by high-

performance liquid chromatography with UV analysis. Journal of Separation

Science, v. 38, n. 22, p. 3905–3913, nov. 2015. Disponível em:

<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26450514>. Acesso em: 07 de nov. de

2017.

8. WILLEMS, H. J. et al. Determination of some anticonvulsants, antiarrhythmics,

benzodiazepines, xanthines, paracetamol and chloramphenicol by reversed phase

HPLC. Pharmaceutisch weekblad. Scientific edition, v. 7, n. 4, p. 150–7, 23 ago.

1985. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007/BF02097252>.

Acesso em: 09 de nov. de 2017.

9. ZHOU, Y. et al. Simultaneous determination of remimazolam and its carboxylic

acid metabolite in human plasma using ultra-performance liquid chromatography-

tandem mass spectrometry. Journal of chromatography. B, Analytical technologies

in the biomedical and life sciences, v. 976–977, p. 78–83, 22 jan. 2015. Disponível

em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25486614>. Acesso em: 10 de nov. de

2017.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Sthefany Possamai Gomes88

Emanuelli Lopes89

Caroline Coutinho90

Ariane Erthur Flores91

AVALIAÇÃO DE EQUILIBRIO EM PACIENTE COM ESCLEROSE

MULTIPLA: RELATO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

Esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e incapacitante do sistema nervoso

central (SNC) que cursa com períodos variáveis de piora e melhora, e evolui com o

acumulo de déficits neurológicos e para incapacidade. Biomarcadores, segundo a

definição do Biomarkers Definition Working Group (2001) é a característica

objetivamente medida e avaliada como um indicador de um processo biológico,

patogênico, ou resposta a uma intervenção terapêutica (Miller DH; 2004).

Finalidade do estudo é de as alterações de equilíbrio e coordenação em um indivíduo

com Esclerose Múltipla.

2 MÉTODO

Trata-se de estudo de caso, com paciente do sexo masculino de 62 anos. Morador da

cidade de Santa Maria. Participante foi submetido a avaliações do equilíbrio, por meio

da Escala de Equilíbrio de Berg, e da qualidade de vida, através da DEFU (Escala de

Determinação Funcional da Qualidade de Vida em indivíduos com EM), . A EEB é uma

escala que avalia o equilíbrio funcional, sendo constituída de 14 itens. Para cada item a

pontuação oscila entre 0 a 4 pontos, onde o escore máximo é de 56 pontos. A pontuação

varia de acordo com o nível de dependência para a realização da tarefa, baseando no

tempo em que uma posição pode ser mantida, na distância em que o membro superior é

capaz de alcançar à frente do corpo e no tempo para completar a tarefa. Escores de 0 a

20 pontos correspondem à restrição a cadeira de rodas, 21 a 40 referem-se à assistência

durante a marcha, e 41 a 56 pontos correspondem à independência.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

88 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 89 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 90 NATS da GEP/HUSM/EBSERH; 91 Superintendente do HUSM/EBSERH.

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Cerca de um quarto das gestantes era constituído de adolescentes (menos de 20 anos de

idade) e pouco mais de 30% tinham 30 anos ou mais de idade; a idade média foi de 26,6

anos (desvio padrão = 6,9); 38% delas eram de cor da pele parda ou preta; 20% viviam

sem companheiro; 3% não sabiam ler nem escrever e, para 20% delas, a escolaridade

era de, no máximo, quatro anos; uma em cada três tinha renda familiar inferior a um

salário mínimo mensal; cerca de um quarto vivia em casas construídas com outros

materiais que não tijolos, 5% não tinham, em seus domicílios, água encanada e sanitário

com descarga, respectivamente.10% delas já tiveram pelo menos um aborto, sendo 31%

espontâneos e 5% provocados. Em relação ao conhecimento sobre pré-natal, a grande

maioria (95%) disse saber da sua utilidade, mas somente 41% delas afirmaram que uma

mulher deveria ir ao médico no primeiro mês de gravidez. A quase totalidade (96%)

disse que toda gestante deveria realizar pelo menos seis consultas durante todo o pré-

natal.

Dos conceitos estudados foi possível compreender que provavelmente não há outra

doença com um resultado final tão imprevisível e com manifestações multiformes. Os

autores concordam que as lesões desmielinizastes no cerebelo e tratos cerebelares são

comuns na EM, produzindo sintomas cerebelares como: ataxia, tremores posturais e

intencionais, hipotonia, fraqueza de tronco e disartria. Na análise dos dados do

participante obteve escore de 34 pontos correspondendo a assistência durante a marcha.

A menor pontuação que ele obteve na escala, foi nos itens de ficar em pé com os olhos

fechados, girar 36 graus, e reclina a frente com os braços estendidos. A maior pontuação

do participante foi nos itens de ficar em pé sem apoio, transferência, apanhar objeto do

chão.

4 CONCLUSÕES

Este trabalho teve como finalidade discorrer sobre as alterações de equilíbrio e

coordenação na Esclerose Múltipla. Conclui-se que o trabalho do equilíbrio e

coordenação motora em paciente com esclerose múltipla são muito importantes.

Melhorando principalmente sua qualidade de vida.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. Biomarkers Definitions Working Group. Biomarkers and surrogate

endpoints: preferred definitions and conceptual framework. ClinPharmacolTher. 2001;.

2. Cattaneo D, De Nuzzo C, Fascia T. Risks of falls in subjects with multiple

sclerosis. Arch Phys Med Rehabil. 2002;.

3. Lanzetta D, Cattaneo D, Pellegatta D, Cardini R. Trunk control in unstable

sitting posture during functional activities in healthy subjects and patients with

multiple sclerosis. Arch Med Phys Rehabil. 2004.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Carina Dinah Merg92

Juliane Matiazzi93

Marcel Henrique Marcondes Sari94

Leticia Cruz95

Cristina WayneNogueira5

AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DE NANOCÁPSULAS

CONTENDO UM BIOATIVO EM MODELO ANIMAL

1 INTRODUÇÃO

O 3,3’-diindolmetano (DIM) é um bioativo obtido a partir da ingestão de vegetais

como brócolis e couve-flor e apresenta interessantes efeitos anti-inflamatórios. O DIM

pode ser usado como suplemento alimentar, entretanto, apresenta baixa solubilidade nos

fluidos biológicos e baixa biodisponibilidade oral, sendo interessante a sua incorporação

em nanocápsulas (NC). NC são sistemas de liberação de fármacos de diâmetro

nanométrico, constituídos por um invólucro polimérico englobando um núcleo oleoso,

nos quais o fármaco pode se encontrar adsorvido ou dissolvido. Considerando-se a

inter-relação entre a inflamação e a dor e o potencial anti-inflamatório apresentado pelo

DIM, o objetivo deste trabalho foi investigar o efeito antinociceptivo de suspensão de

NC de DIM em modelo animal de nocicepção térmica.

2 MÉTODO

Os experimentos foram aprovados pela CEUA – UFSM (n°4428090217/2017).

Camundongos Swiss machos (25-35 g) foram divididos em quatro grupos (n=6-8

animais/grupo) e tratados com: veículo (solução aquosa contendo tensoativos); DIM

livre (solubilizado no veículo, 1 mg/mL); NC contendo DIM (NC-D, 1 mg/mL); e NC

sem DIM (NC-B). Os animais foram tratados por gavagem intragástrica, com volume

de administração de 10 mL/Kg e dose de 10 mg/Kg (curva tempo-resposta) e 5 e 2,5

mg/Kg (curva dose-resposta). As análises comportamentais foram realizadas pelo teste

de nocicepção aguda da chapa quente com superfície metálica aquecida à 55 ± 0,5° C,

onde cada animal foi colocado previamente ao tratamento e cronometrado seu índice

basal de latência de resposta térmica (tempo que o animal leva até erguer alguma das

patas ou pular). Para a curva tempo-resposta, após 30 min., 1, 2, 4, 6 e 8h do tratamento,

repetiu-se o mesmo procedimento, a fim de observar o tempo de latência pós-

tratamento. O tempo de tratamento utilizado para realizar a curva dose-resposta foi

escolhido de acordo com o melhor efeito obtido na curva tempo-resposta, o qual foi de

.

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2h de tratamento. Os dados foram expressos em porcentagem do máximo efeito

possívelalta definição, softwares para a modelagem 3D dos biomodelos e impressoras

3D. Os custos de manutenção periódicos serão contrapartida do Hospital membro da

Rede EBSERH.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A administração de DIM na dose de 10 mg/Kg, tanto na forma livre quanto na NC-D,

promoveu aumento significativo no tempo de latência após 1 h da administração do

bioativo, em relação ao grupo controle. Após 2 h de tratamento, este efeito foi mantido

apenas nos animais tratados com NC-D. Além disso, na dose de 5 mg/Kg, apenas a NC-

D apresentou efeito antinociceptivo, o qual não foi observado na dose de 2,5 mg/Kg,

independente do DIM estar na forma livre ou nanoencapsulada. A formulação NC-B

não demonstrou ação antinociceptiva neste teste.

4 CONCLUSÕES

Pode-se concluir que a nanoencapsulação promoveu melhora na ação farmacológica do

DIM, podendo prolongar seu tempo de ação e proporcionar efeito antinociceptivo

mesmo em doses reduzidas. Estes resultados também sugerem que o efeito

antinociceptivo apresentado pelo DIM pode ocorrer através da ativação de nociceptores

periféricos termossensíveis e de mecanismos de ação no sistema nervoso central. Sendo

uma abordagem alternativa às formas farmacêuticas convencionais para o tratamento da

dor.

REFERÊNCIAS

1. GEHRCKE, M. et al. Nanocapsules improve indole-3-carbinol photostability and

prolong its antinociceptive action in acute pain animal models. European Journal of

Pharmaceutical Sciences, v.111, p.133–141, 2018.

2. ROY, S. et al. Studies on aqueous solubility of 3,3’-diindolylmethane derivatives

using cyclodextrin inclusion complexes. Journal of Molecular Structure, v. 1036, p.

1–6, 2013.

3. WOOLFE, G.; MACDONALD, A. D. The evaluation of the analgesic action of

ethidine hydrochloride (DEMEROL). Journal of Pharmacology and Experimental

Therapeutics, v. 80 (3), p. 300-307, 1944.

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AREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Sabrina de Oliveira de Christo96

Ylana de Albeche Ambrosio97

Sara Soares Milani98

Larissa Teresita Rodriguez Pintos99

Roberta Weber Werle5

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM FUNCIONÁRIOS DE UMA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

1 INTRODUÇÃO

O estresse é uma doença crônica recorrente que, em longo prazo, pode ocasionar

incapacidade para o trabalho, gerando custos, perda de renda vitalícia e aposentadoria

antecipada. O estresse ocupacional é um estado em que ocorre desgaste do organismo

humano e/ou diminuição da capacidade de trabalho, é um conjunto de perturbações que

caracterizam o desequilíbrio físico e psíquico e que ocorrem no ambiente de trabalho. O

objetivo desta pesquisa foi avaliar o estresse ocupacional em funcionários de uma

instituição de ensino superior.

2 MÉTODO

A pesquisa foi realizada em agosto de 2017. Foi solicitado aos participantes que

preenchessem o Questionário sobre estresse ocupacional (adaptado), que é dividido em

12 domínios. Os participantes foram orientados a preencher o questionário com um “X”

na resposta em quem mais se identificavam.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A amostra foi composta por 12 funcionários da Universidade Luterana do Brasil

(ULBRA), localizada em Santa Maria. Sendo eles de ambos os sexos e diferentes

setores de trabalho. Os resultados são dados por porcentagem, aplicado a cada domínio:

1.Você tem influência na maneira de organizar seu trabalho? (75% sim e 25% não);

2.Os eventos no seu trabalho são claramente previsíveis ou estão sujeitos a ajustes “de

última hora”? (30,8% sim e 69,2% não); 3.Voce sabe o que é exatamente requerido de

você no trabalho? (100% sim); 4.Você é extremamente requisitado no trabalho? (100%

sim); 5.Seu trabalho envolve contato com o público, pessoalmente ou por telefone?

96 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 97 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 98 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 99 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 5Professora do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM.

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(91,7% sim e 8,3 % não); 6.Você foi treinado para executar seu trabalho

adequadamente? (35,7% sim e 64,3% não); 7.Você vivencia conflito no trabalho?

(69,2% às vezes, 23,1% frequentemente e 7,7% nunca); 8.Você foi submetido à

mudanças organizacionais no trabalho durante os últimos doze meses?( 60% sim e 40%

não); 9.Você saiu de licença durante os últimos doze meses devido a tensão no

trabalho? (16,7% sim e 83,3% não); 10.Se SIM para a questão nove, que tipo de

licença? (66,7% férias e 33,3% médica); 11.Se SIM para a questão dez, qual é a causa

de sua tensão? (100% mudança/reestruturação organizacional); 12.Onde estaria a

solução para sua tensão no trabalho? (42,9% redução da carga de trabalho, 42,9%

melhor treinamento/informação e 14,3% outro). A exigência de trabalho parece ser o

principal fator estressor ocupacional, seguido de mudanças e reestruturação

organizacional e falta de treinamento e informação tornando necessário uma atenção da

instituição para melhorar estas condições, pois o estresse tende a afetar a saúde das

pessoas, contribuindo para o surgimento de transtornos ou doenças cardiovasculares,

doenças musculoesqueléticas, Síndrome de Burnout (esgotamento) e depressão.

4 CONCLUSÕES

O estresse ocupacional afeta o indivíduo, a prestação de serviço e a qualidade dele,

sendo necessário o trabalho preventivo. A prevenção é de fundamental importância

porque enfatiza a dimensão humana e sinaliza os cuidados quanto ao respeito à saúde do

trabalhador. O enfrentamento do estresse tem como objetivo principal minimizar ou

moderar os efeitos sobre o bem-estar emocional e físico do indivíduo.

REFERÊNCIAS

1. MURTA, Sheila Giardini. Avaliação de Intervenção em Estresse Ocupacional.

Psicologia: Teoria e Pesquisa Jan-Abr 2004, Vol. 20 n. 1, pp. 039-047. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v20n1/a06v20n1>. Acesso em: 30 de out. 2018.

2. PRADO, Claudia Eliza. Estresse ocupacional: causas e consequências.

Revista Brasileira de Medicina do Trabalho. São Paulo, 2016. Disponível em:

<http://www.rbmt.org.br/details/122/pt-BR/estresse-ocupacional--causas-e-

consequencias>. Acesso em: 30 de out. 2018.

3. SOUZA, Maristela. Estresse ocupacional. 2011. Disponível em:

<http://www.medtrab.ufpr.br/arquivos%20para%20dowload%202011/saude%20

mental/ESTRESSE%20OCUPACIONAL.pdf>. Acesso em: 30 de out. 2018.

4. STEFANO, Silvio Roberto; BONANATO, Flavia Marcela; RAIFUR, Léo. Estresse em

funcionários de uma instituição de ensino superior: diferenças entre gênero. Revista Economia & Gestão da PUC Minas- Belo Horizonte – MG. 2013. Disponível

em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/3944>.

Acesso em: 30 de out. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Ylana de Albeche Ambrosio 100

Sabrina de Oliveira de Christo 101

Sara Soares Milani 102

AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS

INSTITUCIONALIZADOS

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é fenômeno mundial. Em 1950, havia cerca de 204

milhões de pessoas idosas no mundo. Em 2050, as projeções indicam que esta

população será de 1.900 milhões. Entre as justificativas para este fenômeno está o

aumento da esperança de vida ao nascer, identificado não só nos países desenvolvidos

como também naqueles em desenvolvimento (IBGE, 2002). Esta expansão populacional

resulta em demanda crescente por serviços de atenção à saúde e em investimentos na

melhoria da qualidade de vida e da capacidade funcional daqueles que envelhecem.

Com o avançar da idade, surge maior susceptibilidade à queda, vista como preocupante

problema de saúde pública. É um dos fatores de maior morbidade e mortalidade entre os

indivíduos idosos, sendo considerado marcador de fragilidade e de declínio da saúde.

No Brasil, entre os idosos, a queda ocupa o terceiro lugar em mortalidade por causas

externas e o primeiro lugar entre as causas de internação.

2 MÉTODO

Para avaliar a mobilidade funcional dos idosos, foi utilizado o teste do levantar e

caminhar cronometrado, o Timed and Up Go Test (TUG), que tem o objetivo de avaliar

o risco de quedas. Nesse teste o idoso era instruído a levantar-se, andar um percurso

linear de três metros, regressar e tornar a sentar-se apoiando braços e costas na mesma

cadeira; todo o período do teste foi cronometrado. Foi utilizado um cronômetro digital e

o local exato da cadeira, assim como o ponto de retorno três metros à frente foram

claramente marcados com cones amarelos. Todos os idosos foram avaliados em um

único dia. Esta pesquisa foi realizada com idosos institucionalizados residentes na

clínica Renascer, que é uma instituição de longa permanência, localizada na cidade de

Santa Maria. A pesquisa foi realizada com 8 idosos, dos quais 6 eram do sexo feminino

e 2 do sexo masculino com idades entre 60 e 89 anos.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dos 8 idosos avaliados, todos apresentaram risco de quedas. Seis idosos realizaram o

teste entre 10 e 19 segundos e dois idosos realizaram o teste em 20 segundos ou mais. O

100 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 101 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 102 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM.

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maior tempo de teste foi de 24 segundos e o menor tempo de teste foi de 14 segundos. O

teste é considerado normal quando o tempo do percurso for inferior a 10 segundos. Se o

tempo estiver entre 10 e 19 segundos, considera-se que o idoso apresenta risco

moderado de queda, sendo este risco aumentado, quando o tempo obtido for acima de

19 segundos, ou seja, 20 segundos ou mais. Nenhum dos idosos avaliados utilizou

algum tipo de acessório de marcha (bengala, andador).

4 CONCLUSÕES

De acordo com os resultados, há uma alta prevalência de quedas em idosos

institucionalizados, tonando-se necessário uma maior atenção por parte da equipe

multidisciplinar, a fim de buscar soluções para prevenir a queda, eliminando ou

minimizando os fatores causadores, principalmente os extrínsecos.

1. REFERÊNCIAS

2. CAMPOS, Maria Paula; CAMPOS, Afonso da Rocha; VIANNA, Lucy Gomes.

Os testes de equilíbrio Alcance Funcional e “Timed Up and Go” e o risco de

quedas em idosos. Disponível em: <http://docplayer.com.br/37014935-Os-

testes-de-equilibrio-alcance-funcional-e-timed-up-and-go-e-o-risco-de-quedas-

em-idosos.html>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.

3. FERREIRA, Lidiane Maria de Brito Macedo et al. Prevalência de quedas e

avaliação da mobilidade em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de

Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, 2016; 19(6): 995-1003. Disponível

em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v19n6/pt_1809-9823-rbgg-19-06-

00995.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.

4. NASCIMENTO, Fernanda Alves et al. Prevalência de quedas, fatores

associados e mobilidade funcional em idosos institucionalizados. Arquivos

catarinenses de medicina. Disponível em:

<http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/543.pdf>. Acesso em: 12 de outubro

de 2018.

5. SOUZA, Cardenaz et al. Mobilidade funcional em idosos institucionalizados e

não institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, vol. 16,

núm. 2, abril-junio, 2013, pp. 285- 293, Universidade do Estado do Rio de

Janeiro, Brasil. Disponível em:

<http://www.redalyc.org/pdf/4038/403838811008.pdf>. Acesso em: 12 de

outubro de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Nathalie da Costa Nascimento103

Carolina Quintana Castro104

Miriam Cabrera Corvelo Delboni105

AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS OROFACIAIS EM PACIENTES

SUBMETIDOS A TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

POTENCIALMENTE NEUROTÓXICO

1 INTRODUÇÃO

A Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia (NPIQ) é a complicação

neurológica mais frequente secundária ao tratamento antineoplásico. A NPIQ é uma

polineuropatia sensitivo-motora simétrica, bilateral, de caráter agudo e crônico e seus

efeitos aparecem logo nas primeiras infusões e se estendem após o tratamento (COSTA

et al, 2015). Este trabalho tem por objetivo apresentar os sintomas prevalentes de NPIQ

na região orofacial de pacientes em tratamento com quimioterapia neurotóxica.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo de campo descritivo, com abordagem quantitativa. A pesquisa

está sendo realizada com pacientes internados na Clínica Médica I do Hospital

Universitário de Santa Maria e registrada sob o número CAEE 88006517.3.0000.5346.

Para coleta de dados, dentre outros instrumentos, utiliza-se o Questionário de

Neurotoxicidade Induzida por Antineoplásicos (QNIA), validado no Brasil em 2005 e

composto por 29 itens que avaliam sintomas de neuropatia aguda e crônica em membros

inferiores e superiores e região orofacial. Se os sintomas estiverem presentes, a

frequência e intensidade com que afetam as Atividades de Vida Diária (AVDs) são

classificadas em 4 graus (LEONARD et al, 2005). A amostra deu-se por conveniência

no período de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018; 29 pacientes iniciaram tratamento

com quimioterápicos neurotóxico e desses, 21 contemplavam os critérios da pesquisa

(iniciando protocolo quimioterápico neurotóxico; maiores de 18 anos). Foram excluídos

aqueles pacientes que não tinham cognição preservada e/ou estavam sedados. Os dados

103Residente no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e

Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde CCS/HUSM/UFSM; Mestranda do

PPG em Gerontologia; Universidade Federal de Santa Maria.

2Residente no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e

Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde CCS/HUSM/UFSM; Mestranda do

PPG em Mestrado Profissional em Ciências da Saúde; Universidade Federal de Santa

Maria. 3Docente do Departamento de Terapia Ocupacional. Professora do PPG em Gerontologia;

Universidade Federal de Santa Maria.

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apresentados são referentes à metade do tratamento quimioterápico. Dos 21 pacientes

avaliados inicialmente, atualmente 8 seguem na pesquisa, formando a população desse

estudo, pois os demais trocaram o protocolo ou foram a óbito. Os resultados foram

analisados por graus e presença-ausência de NPIQ.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dos 8 pacientes, 7 relataram sintomas na região orofacial. Os sintomas relatados foram:

queimação ou desconforto nos olhos (5 relatos), dor no maxilar (3), desconforto na

garganta (3), pálpebras caídas (3), formigamento na boca (2), dificuldade na fala (2),

perda de uma das vistas (2), dificuldade em respirar (2), sensação de choque ou dor nas

costas (2) e dor de ouvido (1). Em relação a interferência nas AVDs, três pacientes

referiram sintomas de Grau 4 (são persistentes e incapacitantes nas AVDs) e três

referiram sintomas de Grau I (são de curta duração e não interferiram nas AVDs) e um

relatou intensidade de Grau I para os sintomas: dor no maxilar, pálpebras caídas e

dificuldades em respirar e Grau IV para os sintomas: queimação ou desconforto no

olhos e sensação de choque ou dor nas costas.

4 CONCLUSÕES

Os sintomas prevalentes na região orofacial foram queimação ou desconforto nos olhos,

dor no maxilar, desconforto na garganta e pálpebras caídas. Para metade dos pacientes,

os sintomas foram de curta duração e não interferiram nas AVDs. No entanto, para os

demais pacientes, esses sintomas interferiram de nas suas AVDs e, portanto, faz-se

necessário instigar o desenvolvimento de estratégias pelos profissionais de saúde que

amenize os efeitos causados por esses quimioterápicos e melhore a qualidade de vida

dessas pessoas.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. COSTA, TC; LOPES, M.; ANJOS, AC Yokoyama; ZAGO, MM Fontão. Neuropatia

periférica induzida pela quimioterapia: revisão integrativa da literatura*. Revista da

Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, v. 49, p. 335-345, 2015.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n2/pt_0080-6234-reeusp-49-02-

0335.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2018.

2. LEONARD, D.; WRIGHT, MA.; QUINN, MG.; FIORAVANTI, S.; HAROLD, N.;

SHULER, B.; THOMAS, R. R.; GREM, J. L. Survey of oxaliplatin-associated

neurotoxicity using an interview-based questionnaire in patients with metastatic

colorectal cancer. BMC Cancer, Oxford, v. 5, p. 116, 2005. Disponível em:

<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16168057>. Acesso em: 11 nov. 2018.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Elissa Noro106

Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini1

Larissa de Carli Coppetti1

CARACTERÍSTICAS ATITUDINAIS DE CUIDADORES FAMILIARES DE

PACIENTES ONCOLÓGICOS: NÍVEIS DE HABILIDADE, SOBRECARGA,

ESTRESSE E COPING.

1 INTRODUÇÃO

A pessoa acometida por câncer pode se tornar dependente de auxílio para ações

rotineiras. Ordinariamente é um familiar que assume como cuidador principal desse

enfermo, embora possa não dispor de preparação prévia para desempenhar tal papel,

necessitando apresentar/desenvolver características atitudinais que favoreçam o cuidar e

a adaptação.

2 MÉTODO

Estudo quantitativo, descritivo, transversal, realizado no ano de 2017, no ambulatório de

oncologia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), com 132 cuidadores

familiares. Teve por obejtivo identificar os níveis de habilidade de cuidado, sobrecarga,

estresse e coping de cuidadores familiares de pacientes com câncer. Na coleta dos

dados, foi utilizado um questionário sociodemográfico do cuidador e das características

do cuidado e escalas de habilidade de cuidado, sobrecarga, estresse percebido e COPE

breve. Os dados numéricos foram analisados por meio de distribuição absoluta e

relativa, tendência central e variabilidade.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Constatou-se que a maioria de cuidadores era do sexo feminino (78%), de idade média

de 48,68 anos, com companheiro, média de 9,08 anos de estudo, cuidando por um

período de 10 a 18 meses, e com o auxílio de outra pessoa para o cuidado. Quanto à

habilidade de cuidado, 67,42% apresentam nível médio. A Escala de Zarit demonstrou

que 49,2% dos cuidadores apresentam sobrecarga, sendo destes 40,1% leve à moderada

e 9,1% moderada à severa. Quanto ao estresse percebido predominou nível médio de

estresse (46,21%). Com relação às estratégias de enfrentamento, prevaleceram as

atitudes focadas no problema (37,88%).

4 CONCLUSÕES

Os cuidadores familiares têm habilidade para cuidar, necessitando reforço positivo e

apoio para diminuir a sobrecarga e o estresse e desenvolver diferentes estratégias de

enfrentamento. Os resultados apresentados podem servir de subsídio para fomentar a

106 Departamento de Enfermagem UFSM

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proposição de políticas que contemplem a saúde do cuidador, bem como direcionar a

atuação do enfermeiro para à adoção de estratégias que fortaleçam os familiares

cuidadores de pacientes oncológicos.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. COPPETTI, L.C. Habilidade de cuidado de cuidadores familiares de pacientes

em tratamento oncológico e sua relação com a sobrecarga, estresse e coping.

2017. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – PPGEnf, Universidade Federal

de Santa Maria, Santa Maria.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Camila Martins Nacke1

Aline C. Ribeiro2

Giana R. Beltrame3

Graciela D. Sehnem2

Maira D. S. Oliveira3

CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA CRÔNICA EM CRIANÇA E

ADOLESCENTE: REVISÃO DE LITERATURA

1 INTRODUÇÃO

A criança e adolescente que vivenciam uma doença crônica apresentam mudanças

significativas no seu cotidiano, como um cuidado contínuo em uma rede de serviços

para a manutenção de sua saúde. Algumas fases da doença crônica podem ser

previsíveis, outras não, porém todas podem causar impactos e danos à

criança/adolescente e sua família (ROLLAND, 2001). Esses impactos podem

desencadear situações de vulnerabilidade, que se refletem nos espaços como a escola,

atenção básica e hospital. Tem-se como objetivo desta pesquisa de revisão: Conhecer

quais são as características associadas à doença crônica de criança e adolescente.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, que possibilita a síntese e análise do

conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado. Buscou-se realizar esta

revisão de literatura para subsidiar o desenvolvimento do projeto Multicêntrico

Vulnerabilidades da criança e adolescente com doença crônica: cuidado em rede de

atenção à saúde. Foi realizada uma busca na base de dados junto à Biblioteca Virtual em

Saúde, acessando o portal Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da

Saúde. A busca foi realizada nos meses de julho e agosto de 2018. Após a busca inicial

aplicou-se os critérios de seleção na leitura das produções encontrados. Foram

selecionadas pesquisas originais quantitativas que respondessem a temática, na língua

portuguesa, inglês ou espanhol. Analisados de maneira descritiva ao final dessa etapa,

obtiveram-se 71 artigos selecionados de um total de 380 na plataforma LILACS.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Após seleção e leitura criteriosa foi possível conhecer a partir da abordagem de pesquisa

quantitativa as características clínicas das doenças crônicas em crianças e adolescentes

que consistem em métodos diagnósticos e terapêuticos, alterações comportamentais,

afetivas e sociais; e características sociais que estão relacionadas a rotina e qualidade de

vida da criança, adolescente e família, e ainda a análise de recursos e custos de

programas de assistência à crianças e adolescentes com doenças crônicas.

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4 CONCLUSÕES

Conclui-se que estudos relacionados às crianças e adolescentes com doenças crônicas

são frequentemente realizados no âmbito dos exames clínicos, parâmetros e

características das enfermidades, diagnóstico e tratamento. Considera-se imprescindível

estudos relacionados às questões clínicas, no sentido de avançar os tratamentos e nas

possíveis curas de doenças. No entanto, percebe-se que outros fatores são importantes

serem estudados e expandidos na temática em questão, como a qualidade de vida da

criança e adolescente e de sua família, visto que possuem uma condição crônica que

afeta sua rotina, para além do serviço assistencial; além de alterações

psicocomportamentais e sociais que vêm sendo relatadas na literatura associada a

diferentes doenças crônicas, quanto pelo próprio processo de adoecimento e suas

implicações para a criança e adolescente.

Palavras-chave: Criança; Adolescente; Doença Crônica.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

1. ROLLAND, J.S. Doença crônica e o ciclo de vida familiar. In: ROLLAND J.S

(ORG). As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a

terapia familiar. 2a ed. Porto Alegre (RS): Artes Médicas; 2001.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa

Autores:

Gisele Miollo107

Maria Denise Schimith108

Gabriela Oliveira109

CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

TIPO 2 EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL

1 INTRODUÇÃO

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são consideradas um grave

problema de saúde pública em diversos países (OPAS, 2011), isto porque, afetam a

qualidade de vida das pessoas, além de possuírem um alto custo aos sistemas de saúde.

Essas DCNT vêm apresentando significativa prevalência, em especial a Diabetes

Mellitus(DM), decorrente da influência do desenvolvimento da industrialização e do

contexto socioeconômico nos hábitos de vida da população.A DM caracteriza-se como

um distúrbio metabólico que se propaga ao longo da vida, sendo a tipo 2 responsável

por 90 a 95% dos casos de incidência(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES,

2018).Ela ocorre devido a defeitos na atuação e secreção de insulina, podendo ocasionar

lesões cutâneas, feridas com cicatrização lenta, fadiga, alterações na visão,

formigamento nos pés e infecções recorrentes, como manifestações clínicas

características. Dentre os agravos gerados pela DM, as ulcerações nos membros

inferiores, também denominadas de pé diabético, são consideradas as mais sérias, pois

se não tratadas podem acarretar em possíveis amputações. Diante desse contexto, o

objetivo do presente resumo é relatar o desenvolvimento do projeto de pesquisa

intitulado “caracterização dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 em atendimento

ambulatorial”.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência oriundo da participação de uma discente do curso

de graduação em enfermagem na coleta de dados referente ao projeto de pesquisa

registrado no portal da UFSM e aprovado pelo CEP com CAAE 55238316.2.0000.5346,

do Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão “Práticas de Cuidado nos Cenários de

Atenção à Saúde”. A pesquisa é quantitativa, do tipo descritiva e exploratória, realizada

no Ambulatório ALA 1 do Hospital Universitário de Santa Maria, com a coleta de

dados sendo realizada por meio da aplicação de uma entrevista estruturada, com o

intuito de caracterizar os pacientes atendidos no ambulatório e identificar os seus

cuidados em relação aos pés.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

107Curso de Enfermagem, UFSM; 108Departamento de enfermagem, UFSM; 109Programa de Pós-graduação em Enfermagem, UFSM;

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As coletas deram início em agosto do corrente ano. Realizou-se o levantamento do

número de pacientes agendados para a equipe de enfermagem, que correspondeu a 221

agendamentos, dos quais 34,84% eram diagnosticados com DM, em dois meses de

coleta. Ademais, a coleta ainda está em andamento, totalizando 38 pacientes até o

presente momento. Durante a pesquisa, além da investigação dos cuidados com os pés

dos usuários, são realizadas as devidas orientações, proporcionando aprendizado à

acadêmica.

4 CONCLUSÕES

O projeto colaborou para identificar o impacto da DM nos atendimentos de enfermagem

do ambulatório. Além disso, com a realização das orientações, auxilia na prevenção de

maiores agravos, possibilitando perceber a relevância de se desenvolver pesquisas

referentes à temática abordada, contribuindo na formação como futura profissional de

enfermagem e pesquisadora.

DESCRITORES: Diabetes mellitus tipo 2; Pé diabético; Enfermagem.

REFERÊNCIAS

1. OPAS.ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE.Doenças crônicas

não transmissíveis:estratégias de controle e desafios e para os sistemas de

saúde.Traduzido por Flávio Goulart, Brasília(DF):Organização Pan-americana

da Saúde, 2011.

2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Diretrizes da Sociedade

Brasileira de Diabetes:2017-2018.São Paulo:AC Farmacêutica, 2015.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Maira Daniele Soares de Oliveira110

Aline Cammarano Ribeiro111

Maria da Graça Corso da Motta112

Eliane Tatsch Neves113

Victória de Quadros Severo Maciel114

Camila Martins Nacke115

COLETA DE DADOS QUANTITATIVOS COM O

FAMILIAR/CUIDADOR DE CRIANÇA E ADOLESCENTE COM

DOENÇA CRÔNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

A doença crônica consiste em problemas que demandam tratamento contínuo, de longa

duração, exigindo cuidados permanentes que são realizados na maioria das vezes pelo

familiar/cuidador (MOREIRA, 2013). O familiar/cuidador envolve-se de maneira

intensa, busca conhecer as peculiaridades da criança e da doença, uma vez que, adapta-

se conforme as situações necessárias para manter o possível bem-estar da criança e

adolescente. O objetivo desse trabalho é descrever a experiência na coleta de dados com

os familiares/cuidadores de crianças e adolescentes com doenças crônicas, referentes

aos aspectos socioeconômicos da família e clínicos e sociais da criança e adolescente.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência que ocorreu a partir do desenvolvimento de uma

pesquisa multicêntrica que apresenta duas etapas, uma quantitativa e outra qualitativa,

aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Em Santa Maria a etapa quantitativa foi

realizada no período de junho/2017 à junho /2018, no Hospital Universitário (HUSM)

em dois dos serviços de pediatria (ala de internação e o centro de tratamento de crianças

com câncer - CT-Criac). A coleta da etapa quantitativa foi desenvolvida a partir de um

instrumento com 44 familiares/cuidadores de criança ou adolescentes com doença

crônica, no momento em que a criança ou adolescente estavam internados em um dos

serviços. O instrumento de coleta é constituído de variáveis referentes ao

familiar/cuidador, criança ou adolescente com doença crônica, com idade entre 6 anos e

18 anos, nos espaços hospitalar, atenção primária e escola.

110 Acadêmica em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Bolsista de Iniciação

Científica PROIC/HUSM; 111 Doutora em Enfermagem. Professora em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

(UFSM); 112 Doutora em Enfermagem. Professora em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS); 113 Doutora em Enfermagem. Professora em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

(UFSM); 114 Acadêmica em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); 115 Acadêmica em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir desta experiência observou-se interesse do familiar/cuidador em participar,

sendo que somente um não quis participar pois relatou que se encontrava cansado e

triste para falar da doença da criança ou adolescente. Todos que participaram relataram

que queriam contribuir com as perguntas para melhoria do bem-estar da criança e

adolescente. Apesar das perguntas realizadas serem objetivas, algumas vezes o familiar

se emocionou ao responder, uma vez que retoma todos os sentimentos vividos. A partir

desta coleta observou-se de informações importantes em relação a realidade

socioeconômica desses familiares/cuidadores como fatores de localidade, idade média,

sexo e principalmente renda que vão ser determinantes para uma continuidade do

tratamento.

4 CONCLUSÕES

Conclui-se que essa experiência de coletar os dados quantitativos com o

familiar/cuidador, vai para além de obter dados, propicia um contato com o vivido do

familiar/cuidador, que muitas vezes precisa ser ouvido e compreendido, nesse mundo de

cuidados com a criança e adolescente com doença crônica, permitindo uma atenção

direcionada às suas necessidades e angustias.

Palavras-chave: Criança; Adolescente; Doença Crônica.

REFERÊNCIAS

1. MOREIRA, M. C. N; GOMES, R; SA, M.R.C. Doenças crônicas em crianças e

adolescentes: uma revisão bibliográfica. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 19,

n.7,p. 2083-2094, July 2014. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

81232014000702083&lng=en&nrm=iso>. Accesso em: 11 Nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores:

Adriana Farret Brunhauser¹

Bruna Martins Trindade²

Luiza Rosa Nunes³

Sthéfany P. Gomes4

COMPARAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM

IDOSOS SEDENTÁRIOS E ATIVOS

1 INTRODUÇÃO

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população

brasileira está envelhecendo em ritmo acelerado, gerando mudanças na estrutura etária

da população brasileira que passa a ter um maior número de idosos (IBGE, 2008). A

Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve como idoso qualquer pessoa acima de

60 anos de idade para países em desenvolvimento e 65 anos para países desenvolvidos,

embora nem sempre a idade cronológica seja um marcador preciso para as mudanças

que acompanham o envelhecimento (OPAS, 2005; Santos & Barros, 2008). Já a

presença de fatores de risco para inúmeras doenças e a maior prevalência de doenças

crônico-degenerativas, que ocasionam certo grau de dependência e perda de autonomia

(Guimarães, Galdino, Martins, Abreu, Limae Vitorino, 2004), podem ilustrar melhor as

mudanças relacionadas ao envelhecimento.

Além disso, a diminuição da massa muscular esquelética e respiratória relacionada à

idade, denominada sarcopenia, e definida como um processo multifatorial que inclui

inatividade física, remodelação de unidades motoras, diminuição dos níveis hormonais e

síntese proteica (Vasconcellos, Britto,Parreira, Cury & Ramiro, 2007; Simões, Castello,

Auad, Dionísio & Mazzonetto, 2010; Pícoli, Fiqueiredo & Patrizzi, 2011), e que

interfere na capacidade funcional e nas atividades de vida diária do idoso (Pícoli,

Fiqueiredo &Patrizzi, 2011). Nesse sentido, estudos demonstraram que a idade é um

preditor negativo da força muscular respiratória, com significância estatística tanto em

homens quanto em mulheres (Neder, Andreoni, Lerario & Nery, 1999; Gonçalves,

Tomaz, Cassiminho & Dutra, 2006). O objetivo deste estudo foi analisar se a força da

musculatura respiratória de idosos sedentários difere daquela dos ativos.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal. A população foi constituída pelos idosos que

participam do programa de atividade física do Programa de Idosos Alegria de Viver do

bairro Tancredo Neves, em Santa Maria (RS) e os idosos moradores da mesma região

que eram sedentários. A amostra foi composta por 23 indivíduos, oito homens e 15

mulheres, com idades entre 60 e 89 anos, divididos em dois grupos. O grupo ativo foi

constituído por idosos que participavam de atividade física no mínimo três vezes por

semana, de 40 minutos a 1 hora e o grupo inativo foi composto por oito idosos

sedentários, cadastrados pelo posto de saúde da mesma região. O convite foi realizado

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pessoalmente. Os idosos sedentários foram convidados de maneira aleatória, em contato

realizado no posto de saúde durante consultas médicas. Todos os idosos aceitaram

voluntariamente participar do estudo. Os critérios de exclusão foram: idosos que

tiveram infecção respiratória ou qualquer outra doença pulmonar nos últimos sete dias,

indivíduos fumantes e com doenças respiratórias que pudessem resultar em disfunção,

como tuberculose, asma, cirurgia torácica, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

(DPOC). Também foram excluídas pessoas com histórico de patologias

neuromusculares, cardíacas e alterações cognitivas que comprometessem o aprendizado

e a execução dos testes. Para caracterização da amostra, foi realizada uma entrevista

que consistia em perguntas relacionadas aos hábitos de vida incluindo questões quanto

ao tabagismo, ao grau de atividade física e às doenças prévias e/ou atuais. Na sequência,

foi aplicado o Questionário Internacional de Atividade Física, versão 8 - IPAQ, com o

intuito de classificar o nível de atividade física de cada participante.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Participaram do presente estudo 23 indivíduos, 15 mulheres e oito homens, sendo nove

mulheres ativas e seis inativas e quatro homens ativos e quadro inativos com idades de

60 e 89 anos, divididos em dois grupos, um grupo ativo e um grupo inativo. Todos os

participantes do grupo ativo responderam ao questionário IPAQ que mostrou que todos

realizavam atividades do tipo moderada (atividades que precisam de algum esforço

físico e fazem respirar um pouco mais forte que o normal), no mínimo Três vezes por

semana com o tempo de 40 minutos a 1hora. Foram excluídos cinco idosos

participantes do grupo ativo, sendo que três estavam com a pressão arterial alta no dia

da realização do teste, e dois tinham histórico de doença cardíaca. O grupo inativo foi

composto por oito participantes para que a amostra pudesse ser homogênea. Não houve

diferença estatisticamente significante na idade, IMC, variação da frequência cardíaca e

respiratória entre os grupos. Contudo, observou-se que a frequência respiratória

diminuiu no grupo ativo após a realização dos testes com valor médio negativo. Não

houve diferença estatisticamente significante na variação da pressão arterial sistólica e

diastólica entre os grupos ativo e inativo, quando se comparou o grupo ativo com o

inativo, também se observou diferença estatisticamente significante, com valores

maiores para o grupo ativo. Contudo, esses valores foram inferiores aos demonstrados

por Neder et al. (1999), para a população saudável, conforme a faixa etária.

4 CONCLUSÕES

Observamos maiores pressões inspiratórias e expiratórias máximas nos idosos ativos,

quando comparados aos sedentários no grupo estudado, mas inferiores aos valores de

normalidade encontrados na literatura. Sabendo-se que, com o processo de

envelhecimento, há uma diminuição da força muscular respiratória, inserir o

treinamento específico dessa musculatura nos Programas de exercício físico para a

terceira idade pode ser uma estratégia de prevenção de complicações respiratórias nessa

faixa etária.

REFERÊNCIAS

1. Freitas, F.S.; Ibiapina, C.C.; Alvim, C.G.; Britto,R.R. & Parreira, V.F. (2010).

Relação entre força de tosse e nível funcional em um grupo de idosos. Rev

Bras Fisioterapia,14(6): 470-6. São Carlos (SP).

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2. Gonçalves, M.P.; Tomaz, C.A.B.; Cassiminho, A.L.F. & Dutra, M.F. (2006).

Avaliação da força muscular inspiratória e expiratória em idosas praticantes

de atividade física e sedentárias. Rev. Bras. Ci e Mov. 14(1): 37-44.

3. Guimarães, L.H.C.T.; Galdino, D.C.A.; Martins, F.L.M.M.; Abreu, S.R.; Lima, M.

& Vitorino, D.F.M. (2004). Avaliação da Capacidade Funcional de Idosos em

Tratamento Fisioterapêutico. Rev. Neurociências. 12(13): 130-3.

4. Ide, M.R.; Belini, M.A.V. & Caromano, F.A. (2005). Effect of an aquatic versus

nonaquatic respiratory exercise program on the respiratory muscle strength in

healthy aged persons. Clinics. 60(2): 151-8

5. Neder, J.A.; Andreoni, S.; Lerario, M.C. & Nery, L.E. (1999).Reference values for

lung function tests: II. Maximal respiratory pressures and voluntary

ventilation.Braz J Med Biol Res, 32(6): 719-27. Ribeirão Preto (SP).

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Melissa Gewehr116

Sheila Kocourek117

Jhonathan Barbosa da Silva 118

Thaynara Lima Lessing 119

Fernanda Puntel Rutsatz5

Gabriela Nascimento Moreira5

CONCEITO DE SAÚDE NA VISÃO DE PESSOAS VINCULADAS A

GRUPOS DE PROMOÇÃO A SAÚDE

1 INTRODUÇÃO

Vive-se no Brasil um período de tripla transição: demográfica, nutricional e

epidemiológica. Observa-se que o processo de transição impacta diretamente na saúde

dos indivíduos, dessa forma ressalta-se a importância de ações de promoção à saúde,

como grupos de saúde. O trabalho com grupos fez parte das intervenções realizadas por

residentes do Programa Multiprofissional Integrado em parceria com uma Estratégia de

Saúde da Família, e considerou-se relevante a percepção dos usuários sobre grupos de

saúde. Assim, o presente trabalho objetiva descrever o conceito de saúde sob a

percepção dos usuários.

2 MÉTODOS:

Trata-se de um recorte do projeto Promoção de Saúde em Estratégia de Saúde da

Família: Limites e Possibilidades para o trabalho em saúde com CAAE

19349113.0.0000.5346. Trata-se de um estudo descritivo exploratório conduzido pela

abordagem qualitativa e análise de conteúdo de Minayo (2008). Os sujeitos da pesquisa

foram 11 participantes, com idades entre 18 e 80 anos.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

Quando questionados sobre o seu conceito de saúde a maioria relacionou com hábitos

de alimentação e atividade física: “saúde é ter uma alimentação correta, é comer frutas,

verduras e legumes. (E2, E3, E5, E8, E9). Para se ter boa saúde é necessário tomar um

café da manhã forte, um almoço colorido e uma janta leve. Uso muito os grãos integrais

nas minhas refeições” (E7). “Saúde é [...] estar desposta para caminhar, fazer as

atividades da casa, andar de bicicreta, correr, sair para passear”. (E3, E5, E8, E9).

Alguns trouxeram uma compreensão ampliada, usando o conceito de completo bem-

estar biopsicossocial e espiritual. “Eu penso que saúde seja um completo bem estar [...],

116 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 117 Doutora em Serviço Social, chefe do Departamento de Serviço Social da UFSM;; 118 Acadêmico de medicina da UFSM; 119 Acadêmica de música da UFSM. 5 Acadêmicas de educação especial da UFSM;

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envolve meus sentimentos, as relações que eu tenho com amigos e familiares, pessoas

com quem posso contar, meus hábitos de vida, como alimentação, exercício físico, não

fumar, não beber, dormir bem, pegar sol... também envolve a forma que eu me relaciono

com Deus, a crença que tenho nele. Acho que era isso”. (E6, E7). Uma minoria

relacionou com o uso da medicação e com não sentir dor nem desconforto. “eu fico com

saúde quando tomo meus medicamentos certinho, quando eu não tenho dor” (E10). Nos

relatos obtidos por Gehlen et al (2011) a saúde foi considerada apenas como ausência de

doenças.

4 CONCLUSÃO:

Compreender os significados que os usuários atribuem a saúde possibilita argumentar

que houve avanços na apreensão conceitual de saúde, mesmo que para alguns

entrevistados, ainda esteja pautado em concepções reducionistas e pontuais.

REFERENCIAS:

2. MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.

11 ed. São Paulo: Hucitec, 2008.

3. GEHLEN, M. H. et al. Percepção de usuários de saúde em relação às ações

desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde. Disc Sci, Ser Ciênc Saúde,

v. 12, n. 1, p. 27-37, 2011. Disponível em: <

https://www.periodicos.unifra.br/index.php/disciplinarumS/article/viewFile/974/

917> Acesso em: 01 de novembro de 2018.

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AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência

Autores: Cecília Pletschette Galvão120

Patrícia Herrmannr121

Dani Laura Peruzzolo122

CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL E FISIOTERAPIA

NO AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE PREMATUROS

1 INTRODUÇÃO

O ministério da saúde, por meio da Portaria nº 693 de 5/7/2000, institui a Norma de

Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso como uma estratégia pública de

proposta interdisciplinar para melhor atender o prematuro e sua família (BRASIL,

2011). Sabe-se que o recém-nascido pré-termo necessita acompanhamento integral ao

seu desenvolvimento considerando os aspectos orgânicos e relacionais. Para tanto,

também garante-se o seguimento ambulatorial do prematuro, preferencialmente com

equipe multidisciplinar, até os 7 anos de idade (KLOSSOSWSKI, 2016). O Hospital

Universitário de Santa Maria (HUSM), além de diversos serviços de diferentes

complexidades, conta com o ambulatório de pediatria, ao qual está vinculado o

Programa de Seguimento de Prematuros Egressos de Unidades de Tratamento Intensivo

Neonatal (UTINs). Atualmente o seguimento de prematuros conta com o trabalho de

duas médicas pediatras, residentes de pediatria, uma Terapeuta docente do curso de

Terapia Ocupacional, uma Terapeuta Ocupacional e uma Fisioterapeuta residentes do

Programa de Residência Multiprofissional Integrada ao Sistema Público de Saúde da

UFSM, e estagiários do curso de Terapia Ocupacional. Além da avaliação médica, as

crianças são avaliadas pelo Terapeuta Ocupacional e pelo Fisioterapeuta a fim de

identificar possíveis atrasos no desenvolvimento neuropiscomotor, e colaborar com a

equipe médica no diagnóstico diferencial.

2 MÉTODO

Este relato reflexivo foi escrito a partir das experiências vivenciadas junto a Terapeuta

Ocupacional, docente de referência do programa, e das supervisões vinculadas à

Residência Multiprofissional

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A participação da Terapia Ocupacional e da Fisioterapia na equipe multidisciplinar do

seguimento de prematuros traz contribuições importantes para a avaliação do

desenvolvimento do bebê pré-termo. Cada núcleo, com sua especificidade, amplia o

olhar sobre a criança, deslocando a avaliação do modelo médico-centrado. O Terapeuta

Ocupacional, por meio de uma escuta qualificada, consegue identificar dificuldades na

120 Terapeuta Ocupacional Residente do segundo ano 121 Fisioterapeuta Residente do segundo ano 122 Professora Doutora do curso de Terapia Ocupacional/UFSM

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produção dos pais em seu papel ocupacional, avaliar possíveis déficits no

processamento sensorial do bebê, fazer uma avaliação cognitiva aprofundada, e avaliar

a adaptação da criança aos contextos cotidianos (casa, escola, comunidade,etc.)

(PERUZZOLO, 2014). Utiliza-se como norteador da avaliação o protocolo IRDI

(Indicadores de Risco ao Desenvolvimento Infantil) (KUPFER, 2008), que tem como

finalidade analisar como está se dando a produção relacional entre o bebê e seus pais,

possibilitando sinalizar risco ao desenvolvimento e/ou risco psíquico entre as idades de

quatro a dezoito meses. Quando é identificado que o bebê ou os pais estão com alguma

questão que pode colocar em risco o desenvolvimento do bebê, amplia-se a avaliação da

equipe na busca do que está desencadeando este problema. São comuns

encaminhamentos para neurologia, para o próprio ambulatório da Terapia Ocupacional,

Fisioterapia e Fonoaudiologia, além de orientações específica à família e/ou a escola

infantil.

4 CONCLUSÕES

O seguimento longitudinal regular e sistematizado do desenvolvimento do bebê

prematuro possibilita a identificação de déficits e/ou atrasos motores, cognitivos e

psíquicos. Com isso é possível identificar em tempo a origem do problema e intervir por

meio do encaminhamento a rede de atenção disponível. Acredita-se que, com este tipo

de assistência ampliada é possível diminuir os resultados estatísticos de frequente atraso

no desenvolvimento de bebês prematuros.

REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção

humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método mãe-canguru: manual do

curso. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

2. KLOSSOSWSKI, D. G. et al . Assistência integral ao recém-nascido prematuro:

implicações das práticas e da política pública. Rev. CEFAC, São Paulo , v. 18,

n. 1, p. 137-150, Feb. 2016 .

3. KUPFER, M. C. M. Relatório científico final: Leitura da constituição e da

psicopatologia do laço social por meio de indicadores clínicos: uma abordagem

multidisciplinar atravessada pela psicanálise (PT Fapesp) – nº 2003/09687. São

Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 2008

4. PERUZZOLO, et al. Participação da Terapia Ocupacional na equipe do

Programa de Seguimento de Prematuros Egressos de UTINs. Cad. Ter. Ocup.

UFSCar, São Carlos, v. 22, n. 1, p. 151-161, 2014

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Adaiane Amélia Baccin123

Anniara Lúcia Dornelles de Lima 124

Leila Mara Piasentin Claro 125

Juliana Kuster de Lima Maliska 126

Vanessa Cirolini Lucchese 127

Silvio José Lemos Vasconcellos128

COPING E ENGAJAMENTO NO TRABALHO DA ENFERMAGEM

HOSPITALAR.

1 INTRODUÇÃO

A pesquisa teve como objetivo investigar e correlacionar Coping Ocupacional

(estratégias utilizadas para enfrentar as situações de estresse no trabalho) e o

Engajamento no Trabalho - experiência positiva relacionada ao bem-estar e ao

desempenho das tarefas no trabalho (Vasquez, Magnan, Pacico, Hutz e Schaufeli,

2015). A amostra foi de 250 profissionais da enfermagem de um hospital escola, sendo

83% do sexo feminino, com idades entre 23 e 64 anos. A pesquisa foi aprovada pelo

Comitê de Ética e Pesquisa, com Parecer CAAE: 73711417.4.0000.5346.

2 MÉTODO

A coleta de dados ocorreu no hospital. Os instrumentos utilizados foram a Escala de

Coping Ocupacional e a Escala de Avaliação do engajamento, além de um questionário

desenvolvido pela pesquisadora e validado por dois pesquisadores independentes.

Tratou-se de uma pesquisa exploratória, de cunho quali-quantitativa. Os dados foram

analisados no programa SPSS versão 2.0. Utilizou-se a estatística descritiva, com

médias e desvio padrão e o coeficiente de correlação de Pearson (r).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados demonstraram a existência de relação entre as variáveis, foi detectado

baixo índice de Engajamento Total no trabalho, ressaltando a importância em investir

no desenvolvimento dos aspectos que o compõem como forma de fortalecimento das

estratégias de Coping Ocupacional. O estudo qualitativo demonstrou que os

participantes apresentam elevado índice de estresse e buscam formas para enfrentar e

superar situações estressoras, com destaque para o equilíbrio emocional, espiritual,

auxílio de colegas e as capacitações, inclusive citaram que por vezes chegam ao ponto

de necessitar auxílio psicológico e médico. Para a Psicologia Positiva, é essencial que a

Instituição valorize as potencialidades dos colaboradores, utilizando alternativas

123 Psicóloga Mestra em Psicologia (UFSM) 124 Acadêmica do Curso de Psicologia (UFSM) 125 Psicóloga (FISMA) 126 Acadêmica do Curso de Psicologia (UFSM) 127 Acadêmica do Curso de Psicologia (UFSM) 128 Psicólogo Dr. PPGP (UFSM)

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alinhadas com aspectos comportamentais positivos (Seligman, 2011). Os resultados

demonstraram que há relação entre os aspectos em estudo, pois pessoas engajadas

ampliam seu repertório de Coping.

4 CONCLUSÕES

Conclui-se que é essencial dar atenção aos resultados do estudo quanto aos aspectos

apontados como relevantes para o desenvolvimento das estratégias de enfrentamento ao

estresse no trabalho. É necessário tratar e prevenir o estresse, além de realizar ações que

promovam o desenvolvimento interpessoal e a valorização das potencialidades dos

trabalhadores.

REFERÊNCIAS

1. ALVES, G. A. S.; BAPTISTA, M.N. Construção de uma Escala de Coping

Ocupacional (ESCO): Estudos psicométricos preliminares. Dissertação de Mestrado.

Universidade São Francisco, Itatiba, 2010.

2. BAPTISTA, M. N. et al . Depressão e Coping organizacional: evidências de validade

para a escala baptista de depressão. Bol. psicol, São Paulo, v. 63, n. 138, p. 35-47, 2013.

3. HUTZ, C. S. (Org.). Avaliação em Psicologia Positiva. Técnicas e Medidas. 1ed. São

Paulo: Hogrefe CETEPP, v. 1, p. 75-90, 2016.

4. SANTOS, Glauber Eduardo de Oliveira. Cálculo amostral: calculadora on-line.

Disponível em: <http://www.calculoamostral.vai.la>.2011.

5. SELIGMAN, M.E.P. Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da

felicidade e do bem-estar. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

6. VAZQUEZ, A. C. S., MAGNAN, E. S., PACICO, J. C., HUTZ, C. S., &

SCHAUFELI, W. B. (2015). Adaptation and Validation of the Brazilian Version of the

Utrecht Work Engagement Scale. Psico-USF, 20(2), 207-217. (2015).

https://doi.org/10.1590/1413-82712015200202.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Maria Luisa Souza Maidana129

Camila Lopes Marafiga 2

Priscila Kurz Assumpção3

CUIDADOS COM A PELE DO RECÉM-NASCIDO

1 INTRODUÇÃO

O cuidado com a pele do recém-nascido (RN) é muito importante no período neonatal,

pois proporciona uma barreira protetora auxiliando na prevenção de infecções, facilita a

termorregulação, ajuda no controle da perda hídrica insensível e no equilíbrio

eletrolítico. Após o nascimento as camadas da pele, epiderme, derme e tecido

subcutâneo são poucos espessas e os anexos cutâneos ainda não foram totalmente

desenvolvidos, sendo frágeis e imaturas, por isso os profissionais de saúde devem ter

cuidado redobrado, mantendo a integridade e evitando alterações na função protetora

dos órgãos contra agentes externos (SCHAEFER et al., 2016). A profilaxia dessas

lesões deve-se em especial a enfermagem, na qual é responsável pelo cuidado delicado e

contínuo ao paciente, buscando soluções na melhoria do cuidado com a pele do RN

internado, devendo ser capacitada sobre medidas de proteção e promoção da integridade

da pele (SANTOS et al., 2015). O objetivo desse trabalho foi identificar nas publicações

cientificas a importância do cuidado com a pele do recém-nascido.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa sobre o cuidado com a pele do

recém-nascido. Realizou-se a busca durante o mês de novembro de 2018 nas bases de

dados LILACS e BDENF com a seguinte estratégia: “PELE” AND “RECÉM-

NASCIDO”. Encontrou-se 170 produções. Foram incluídas produções em português,

que estivessem disponíveis e atendessem a temática. Assim, foram incluídas no estudos

11 produções visto que as duplicadas foram consideradas apenas uma vez.

3 RESULTADOS

A idade gestacional (IG) e peso ao nascer são fundamentais para avaliação do RN. O

recém-nascido pequeno para IG requer internação prolongada, utilização de materiais e

equipamentos que oferecem riscos a lesões de pele. As principais causas de lesões

129Autora: acadêmica de enfermagem, 6ºsemestre, Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.

[email protected]. 2Coautora: Acadêmica de enfermagem, 6º semestre, Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.

[email protected]. 3Orientadora: Enfermeira, mestre em pediatria e docente na Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.

[email protected]

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destacadas, uso e fixação de dispositivos, punções venosas, dermatite de fralda ou de

contato. Para enfermagem é um desafio manter a integridade da pele do RNs, por serem

constantemente manuseados na prática de procedimentos necessários. O estudo

observou a utilização de óleo para hidratação da pele e retirada de adesivos de fixação,

descontaminação da pele para procedimentos invasivos, limpeza do coto umbilical e

mudança de decúbito, como as principais práticas adotadas no cuidado para a

manutenção da integridade da pele do RN.

4 CONCLUSÃO

Portando, cuidados que preservem a integridade da pele do RN devem ser prioritários,

assim como importância do enfermeiro aprimorar o conhecimento acerca das

especificidades neonatais.

REFERÊNCIAS

1. SANTOS, SV; COSTA, R. Cuidados com a pele do recém-nascido: o estado da arte.

Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental online 2015. jul./set. 7(3):2887-2901.

Disponível em:<

http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3814/pdf_1643 >.

Acesso em: 03 out 2018.

2. SCHAEFER, TIM; NAIDOM, AM; NEVES, ET. Cuidados com a pele do recém-

nascido internado em unidade de terapia intensiva neonatal: revisão integrativa. Revista

Fund Care Online. 2016 out/dez; 8(4):5156-5162. Disponível em:<

http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3791/pdf_1 >.

Acesso em: 03 nov 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Luiza Arend 130

Silviamar Camponogara 131

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO POTENCIAL DOADOR DE

ÓRGÃOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

A Morte Encefálica provoca alterações hemodinâmicas que levam à falência múltipla

dos órgãos, exigindo da equipe de saúde uma adequada manutenção das funções vitais

para garantir a estabilidade hemodinâmica do potencial doador. Entretanto, para isso, é

necessário que tenha conhecimento científico e técnico a respeito de todos os aspectos

envolvidos no cuidado a pessoas com morte encefálica.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência, elaborado a partir das vivências em aulas práticas,

que ocorreram na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário de Santa

Maria, durante o segundo semestre do ano de 2018.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Durante o período de aulas práticas na Unidade de Terapia Intensiva, foi possível

acompanhar os cuidados da equipe de enfermagem ao potencial doador de órgãos em

morte encefálica. Os cuidados foram: mensuração dos sinais vitais, aspiração do tubo

endotraqueal, higienização corporal, cuidados com pele para evitar lesões, controle

hídrico, avaliação da diurese, avaliação e controle hemodinâmico, preparação e

acompanhamento da realização de exames e protocolos. No decorrer desse período, foi

possível observar que o paciente em morte encefálica demanda uma série de cuidados

de enfermagem devendo a equipe multiprofissional possuir conhecimento científico,

proatividade e engajamento. Além disso, evidenciou-se que há uma variedade de

questões ético-legais envolvidas em todo esse processo.

4 CONCLUSÕES

O papel da enfermagem diante de paciente em morte encefálica na Unidade de Terapia

Intensiva deve ser executado sempre com dignidade e respeito. É fundamental que o

enfermeiro tenha conhecimentos científicos a respeito de todos os processos, incluindo

o fisiopatológico, pois exerce uma função importante no controle de todos os dados

hemodinâmicos, hídricos e monitorização dos pacientes.

130 Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. 131 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento e Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria.

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REFERÊNCIAS

1. BECKER, S. et al. A enfermagem na manutenção das funções fisiológicas do

potencial doador. SANARE. v.13, n.1, p. 69-75, jan./jun. 2014.

2. COSTA, C. R.; COSTA, L. P.; AGUIAR, N. A enfermagem e o paciente em

morte encefálica na UTI. Rev. Bioét. v. 24, n. 2, p. 367-368, 2016.

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ÁREA TEMÁTICA: Extensão

Autores:

Maiara Leal da Trindade132

Rosângela Marion da Silva133

Michele Zarantonelo134

DESAFIOS DO TRABALHO MULTIPROFISSIONAL RELACIONADOS

AO AUTOCUIDADO DE PACIENTES COM DOENÇA VASCULAR:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

O Sistema Único de Saúde – SUS e a Política Nacional de Humanização – PNH

preveem que as equipes de saúde realizem um atendimento integral aos pacientes de

forma a responder as necessidades de saúde dos indivíduos. Objetiva-se relatar a

experiência de uma acadêmica de Enfermagem acerca da percepção dos desafios de

uma equipe multiprofissional relacionados ao fortalecimento do autocuidado de

pacientes com alteração vascular.

2 MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência oportunizado por um projeto de extensão de uma

universidade federal do interior do Rio Grande do Sul. Este projeto propõem a

participação de uma bolsista em ações interdisciplinares (consultas individuais e

coletivas), promovidas por uma equipe da Residência Multiprofissional, que visam

consolidar o autocuidado de pacientes com doença vascular crônica, após a alta

hospitalar. Estas ações ocorrem semanalmente, desde maio de 2018 no ambulatório de

um hospital universitário.

3 RESULTADOS/DISCUSSÃO

Em cinco meses, percebeu-se problemáticas que comprometiam o avanço das ações

interdisciplinares. Relacionado ao paciente, notou-se baixa adesão ao tratamento e

orientações. Um estudo identificou fatores que implicam na adoção efetiva do

tratamento farmacológico, como inúmeras medicações; existência de comorbidades;

baixa renda; baixa ou nenhuma escolaridade; má autopercepção da sua saúde

(TAVARES et al., 2016). Concernente à Rede de Atenção à Saúde – RAS visualizou-se

dificuldades na transferência de cuidados para outros serviços de saúde. Falta de

comunicação entre os trabalhadores; desconhecimento sobre os serviços disponíveis;

carência de educação permanente; ausência de retorno dos serviços e a falta de

responsabilização dos profissionais envolvidos são fatores que um estudo pontuou como

entraves da rede assistencial (BRONDANI et al., 2016). E, a própria equipe

132 Departamento de Enfermagem UFSM; 133 Departamento de Enfermagem UFSM; 134 Residência Multiprofissional UFSM.

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institucional apresenta uma comunicação deficiente entre os profissionais da Residência

e equipe médica. As diferentes formações acadêmicas; as individualidades; o efeito da

hierarquia de poder e o “treinamento” para o diálogo são os principais desafios para

uma comunicação efetiva (NOGUEIRA; RODRIGUES, 2015). Ademais, a PNH (2013)

defende a comunicação entre os trabalhadores, a fim de promover práticas coletivas que

estimulem a produção de um cuidado compartilhado e integral ao paciente.

5 CONCLUSÕES

Verifica-se que os desafios referidos interferem no fortalecimento do paciente frente ao

autocuidado, mas, são questões possíveis de serem reavaliadas, por meio de medidas

que efetivem as políticas de saúde vigentes; de estratégias de educação em saúde e

otimização da comunicação.

REFERÊNCIAS

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da

Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e

trabalhadores do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo

Técnico da Política Nacional de Humanização. – 4. ed. – Brasília: Editora do Ministério

da Saúde, 2008.

2. NOGUEIRA, J. W. S; RODRIGUES, M. C. S. Comunicação efetiva no trabalho

em equipe em saúde: desafio para a segurança do paciente. Cogitare Enferm, Brasília,

v. 20, n. 3, pg. 636-640, 2015.

3. TAVARES, et al. Fatores associados à baixa adesão ao tratamento

farmacológico de doenças crônicas no Brasil. Rev Saúde Pública, São Paulo, v. 50, n.

2, 2016.

4. BRONDANI, et al. Desafios da referência e contrarreferência na atenção em

saúde na perspectiva dos trabalhadores. Curitiba, Cogitare Enferm. v. 21, n. 1, pg. 01-

08, 2016.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Otávio Ferreira Moraes135

Jaqueline Scalabrin Silva136

Tânia Solange Bosi de Souza Magnago137

DISTÚRBIOS PSÍQUICOS MENORES EM FAMILIARES

CUIDADORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE EM TRATAMENTO

ONCOLÓGICO: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS

1 INTRODUÇÃO

Cuidar de um filho com câncer pode representar uma grande carga emocional e física,

afetando a saúde psíquica dos familiares responsáveis. Nesse contexto, fatores

ambientais, psicológicos e espirituais desempenham um papel importante no

aparecimento de distúrbios psíquicos menores (DPM). Assim, objetiva-se avaliar o

perfil sociodemográfico, a prevalência de DPM e os fatores supracitados em cuidadores

de crianças e adolescentes em tratamento oncológico.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, de caráter quanti-qualitativo, realizado entre

fevereiro e setembro de 2018, com 62 familiares cuidadores de crianças e adolescentes

em tratamento oncológico em um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Foram

incluídos os familiares presentes durante a internação, independente do período de

tratamento ou tempo internado. E, excluídos os menores de idade. Utilizou-se um

questionário sociodemográfico, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e entrevistas

com 14 cuidadores. O ponto de corte para suspeição de DPM foi sete ou mais respostas

positivas para ambos os sexos (GRECO et al., 2015). Para a análise dos dados

quantitativos utilizou-se a estatística descritiva. O estudo obteve a autorização do

Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE nº 61553616.6.0000.5346) e segue

as normativas da Resolução 466/12.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Predominaram cuidadoras femininas (80,6%, n=50), da família nuclear do paciente

(88,7%, n=55), com idade média de 37 anos (±9,1, entre 20 e 66 anos), vivendo fora de

Santa Maria (80,6%, n=50). Dos participantes, 64,5% (n=40) não praticavam atividade

física, 67,7% (n=42) possuíam alguma atividade de lazer e 77,4% (n=48) praticavam

135 Graduando em Psicologia na UFSM. Bolsista ProIC-HUSM. E-mail:

[email protected]; 136 Enfermeira do HUSM/EBSERH. Mestranda em Enfermagem no PPGEnf/UFSM; 137 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento e Pós-Graduação em

Enfermagem da UFSM.

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alguma religião. A suspeição para DPM foi de 45% (n=27), sendo a média de respostas

afirmativas 6,97 (±4,25). Dentro do SRQ-20, a questão com mais respostas afirmativas

foi “Sente-se nervoso(a), tenso(a) ou preocupado(a)?” (79%, n=49). Em relação às

entrevistas, a maioria dos cuidadores relata que sua relação com a fé os ajuda durante as

internações, bem como o apoio de família, amigos e a empatia dos profissionais de

saúde. Outro fator positivo é a possibilidade de entrar em contato com outros

cuidadores, pessoas que passam pela mesma situação. Entretanto, relatam que a

distância da família é um fator negativo. Ademais, referem que, durante as internações,

as suas preocupações estão destinadas somente aos pacientes, deixando de lado suas

vontades e necessidades. O percentual de DPM encontrado sinaliza as perturbações

psicológicas vivenciadas pelos familiares, relacionadas a sintomas depressivos ou

ansiosos. Residir em um município distante do hospital, e, consequentemente, afastado

da família, pode ser entendido como fator de risco para a saúde mental do cuidador. A

internação, amiúde, resulta na perda de fatores de proteção como exercício físico,

atividades de lazer e contato direto com a rede de apoio. A religião desempenha um

importante papel protetivo, estando frequentemente presente nos relatos e na maioria

dos questionários.

4 CONCLUSÕES

Abnegar das próprias necessidades, em detrimento do paciente, pode gerar efeitos

reversos, visto que o adoecimento do familiar pode interferir no processo de cuidado na

internação. Assim, ressalta-se a importância de olhar para os cuidadores, que, muitas

vezes, acabam à margem do foco da atenção dos profissionais.

REFERÊNCIAS

1. GRECO, P. B. T.; et al., A. Prevalência de distúrbios psíquicos menores em

agentes socioeducadores do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de

Enfermagem, Brasília, v. 68, n.1, fev. 2015. Disponível em:

<http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680113p>. Acesso em: 11 nov. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Mikaela Aline Bade München138

Carolina Schmitt Colomé139

Taiane Klein dos Santos Weissheimer140

Alberto Manuel Quintana141

DOENÇA RENAL CRÔNICA NO CENÁRIO HOSPITALAR: O PAPEL

DA PSICOLOGIA

1 INTRODUÇÃO

O cenário hospitalar é um espaço carregado de tensão e que provoca diversos

sentimentos negativos, principalmente relacionados à dor e ao sofrimento frente a

situações nas quais o indivíduo é colocado em contato com a fragilidade da condição

humana. Nessa perspectiva, a manifestação de uma doença física vem seguida de um

impacto emocional que acarreta mudanças nas rotinas dos envolvidos. Esses aspectos

emocionais podem estar relacionados às alterações de autoimagem do indivíduo, à

sensação de incapacidade e ao consequente prejuízo na qualidade de vida. Em relação à

doença renal crônica, esses fatores associam-se com algumas restrições: a ingestão de

líquidos é limitada, o paciente deve controlar seu peso, deve tomar várias medicações e

seguir uma dieta alimentar balanceada. Tais condições tendem, frequentemente, a

causar sentimentos de ansiedade, irritação e tristeza. Frente a isso, o trabalho do

psicólogo no Serviço de Nefrologia vem no sentido de acolher esses sentimentos e

promover a comunicação entre equipe-paciente-família, com a finalidade de auxiliar na

busca por recursos adaptativos diante da situação de adoecimento.

2 MÉTODO

A partir disso, o presente trabalho se propõe a compreender o papel da psicologia frente

às implicações da doença renal crônica aos sujeitos. Para tanto, realizou-se uma revisão

narrativa da literatura, por meio de buscas em livros e artigos que tratassem da

temática.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados apontam que o contexto hospitalar implica diversas situações advindas de

processos de adoecimento, as quais acarretam variados impactos tanto no paciente

diagnosticado quanto na família. Nesse sentido, o trabalho de um profissional da

psicologia se torna fundamental, uma vez que se compreende a importância de reduzir

os impactos do diagnóstico sobre a vida dos sujeitos e aliviar o sofrimento dos mesmos.

No tocante à doença renal crônica, o processo, desde a descoberta da DRC, passando

138 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 139 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 140 Psicóloga – [email protected]; 141 Orientador; Psicólogo; PhD em Bioética; Professor do Curso de Psicologia – UFSM –

[email protected].

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pela possibilidade de realização de hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante, é

permeado pela ansiedade diante dos procedimentos e/ou a espera pelo órgão. Isso faz

com que os profissionais do Serviço de Nefrologia se deparem com as mais diversas

reações emocionais por parte dos pacientes: negação da doença, não adesão ao

tratamento, tristeza e revolta, os quais podem potencializar alguns mecanismos de

defesa psíquicos tais como racionalização, isolamento de sentimentos penosos e

banalização da enfermidade. Nessa lógica, o trabalho do psicólogo visa compreender o

que está envolvido na queixa do paciente, no sintoma e na sua patologia, objetivando ter

uma visão ampla do que está se passando com o sujeito e buscando facilitar a

elaboração de medos e angústias, bem como das incertezas do tratamento e de seu

prognóstico.

4 CONCLUSÕES

Considera-se, com isso, que a saúde mental e, nesse sentido, o serviço de psicologia, são

elementos importantes na busca por uma maior qualidade, humanização e eficácia do

atendimento aos sujeitos portadores de doença renal crônica e suas famílias. Além

disso, coloca-se como desafio e proposição para a equipe multiprofissional como um

todo, a valorização e compreensão das variáveis psicossociais, com vistas à constante

busca por melhorias na qualidade de vida desses sujeitos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, A. M. Revisão: A importância da saúde metal na qualidade de vida e

sobrevida do portador de insuficiência renal crônica. Jornal de Nefrologia, São Paulo,

2003; 25 (4): p.209-14.

BARROS, T. M. Psicologia e saúde: Intervenção em hospital geral. In: CAMINHA, R.

M. et al (Orgs). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: teoria e prática. São

Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 239-246.

BASTOS, M. G.; BREGMAN, R.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: frequente

e grave, mas também prevenível e tratável. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 56,

n. 2, p. 248-253, 2010 . Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-

42302010000200028&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 out. 2017.

http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302010000200028.

CORDEIRO, A. M. et al . Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Rev. Col. Bras.

Cir., Rio de Janeiro , v. 34, n. 6, p. 428-431, Dez. 2007 . Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

69912007000600012&lng=en&nrm=iso>. acessos em 09 Mar. 2017.

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-69912007000600012

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MACIEL, S. C. A importância do atendimento psicológico ao paciente renal crônico em

hemodiálise. In: CAMON, V. A. A. (Org.). Novos rumos na psicologia da saúde. São

Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

ROTHER, E. T. Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista de

Enfermagem. São Paulo, v. 20, n.2, p. v-vi, 2007. Disponível em:

http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307026613004 Acesso em 01 mar 2017.

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STENZEL, G. Q. L.; ZANCAN, N.; SIMOR, C. Reflexões acerca da atuação do

psicólogo no contexto hospitalar. In: ______ (Orgs.). A Psicologia no Cenário

Hospitar: Encontros Possíveis. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. p. 39-49.

TURATO, E. R. Tratado de metodologia da pesquisa clínico- qualitativa:

Construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde

e humanas. Petrópolis: Vozes. 2013.

VALLE, B.; SALVADOR, C. N.; SANTOS, J. B. Psicanálise e hospital: a escuta da dor

além do corpo. In: ______ (Orgs.). A Psicologia no Cenário Hospitar: Encontros

Possíveis. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. p. 111-118.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Sthefany Possamai Gomes142

Cíntia De Ugalde Gründling143

Adriana Farret Brunhauser144

Ariane Erthur Flores145

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATEGIA DE PROMOÇÃO DA

QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE

INTRODUÇÃO

O envelhecimento da população mundial é um dos grandes desafios a serem enfrentados

no século XXI. A tendência mundial à diminuição da mortalidade e da fecundidade,

bem como o prolongamento da expectativa de vida das pessoas têm levado ao

envelhecimento da população (Paschoal, 2006). Os números do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), em 2006 mostraram que, no mundo, uma em cada dez

pessoas tem 60 anos de idade ou mais, estimando-se que em 2050 esta relação será de

uma para cinco pessoas com 60 anos de idade ou mais em todo o mundo, e de uma para

três nos países desenvolvidos. A expectativa de vida é um processo que vem

aumentando com o decorrer do tempo, no Brasil é acompanhado por modificações no

perfil de saúde de sua população e predomínio de doenças crônicas, com limitações

funcionais, incapacidades e maiores gastos e desafios para o sistema de saúde. Com esse

aumento, a capacidade de desfrutar um estilo de vida ativo e independente na velhice

dependerá, em grande parte, da manutenção do nível pessoal de aptidão física das

pessoas. À medida que o ser humano envelhece, quer continuar tendo força, resistência,

flexibilidade e mobilidade para permanecer ativo e independente de modo a poder

atender as próprias necessidades pessoais e domésticas, como fazer compras ou

participar de atividades recreativas e esportivas. Envelhecer sem incapacidade passa a

ser um fator indispensável para a manutenção de boa qualidade de vida. Desta forma,

uma maneira de se identificar a qualidade de vida de um indivíduo é através do grau de

autonomia com o que o mesmo desempenha as suas funções, tornando-o independente

dentro do seu contexto sócio econômico e cultural. Objetivo do estudo foi investigar se

o nível de qualidade de vida da terceira idade e influenciado pelo ensino de exercícios

psicomotores como estratégia de educação em saúde.

2 MÉTODO

Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa e delineamento quase

experimental apenas com o pós-teste. A amostra foi composta por 28 idosos (14 ativos e

14 inativos), com características biogeográficas semelhantes. Utilizou-se um formulário

biodemográfico, o instrumento WHOQOL-bref e a escala de Berg.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os domínios presentes no construto qualidade de vida (físico, psicológico, relações

sociais e ambiental) e a qualidade de vida total apresentaram diferenças estatísticas

significantes entre idosos ativos e inativos bem como no teste de Berg, que foi favorável

aos idosos ativos quanto ao equilíbrio funcional, representando menor risco de quedas.

4 CONCLUSÕES

Desta forma, conclui-se que a prática de exercícios psicomotores é indicativa de melhor

qualidade de vida.

REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)

Fonseca, V. (1998). Psicomotricidade:Filogênese, Ontogênese e Retrogênese. (2ª ed).

Porto Ale-gre: Artes Médicas.

Guedes, R. M. L. (2001). Motivação de idosos praticantes de atividades físicas. In,

Guedes, O. C. (org.). Idoso, Esporte e Atividades Físicas João Pessoa: Idéia.

Papaléo Netto, M. (2007). Tratado de gerontologia. (2ª ed.) Rio de Janeiro: Atheneu

Paschoal, S. M. P, Salles, R. F. N, & Franco, R.P. (2006). Epidemiologia do

Envelhecimento. In: Carvalho Filho, E. T., & Papaléo Netto, M. Geriatria

Fundamentos, Clínica e Terapêutica. São Paulo: Atheneu.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Deborah Paula Almeida Zaltron146

Eduarda Friedrich147

Clandio Timm Marques3

Lilian Oliveira de Oliveira4

Alethéia Peters Bajotto5

EFEITO DO DRY NEEDLING NA DOR LOMBAR DE IDOSAS

1 INTRODUÇÃO

A lombalgia é uma das doenças musculoesqueléticas mais comuns na população,

devido a sua alta incidência e prevalência, gerando uma significativa causa de

incapacidade física. A dor miofascial lombar pode ser reconhecida por um relato de

desconforto, rigidez muscular ou fadiga localizada no terço inferior da coluna vertebral,

encontrada em 50% a 90% dos adultos e, muito presente no processo de

envelhecimento. Dentre as causas de dor lombar ressalta-se elementos

musculoesqueléticos, como as síndromes dolorosas miofasciais (SDM) e instabilidades

do segmento lombar. A dor deixa a zona referida suscetível à diminuição da

flexibilidade devido a disfunção miofascial que ocorre em pontos gatilho no músculo

que são causados normalmente por zonas tensas nos músculos ou nas fáscias.

2 MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de intervenção quase experimental sem grupo

controle, onde foram realizadas aferições antes e após a intervenção. As coletas de

dados foram realizadas no Laboratório de Ensino Prático (LEP) do Curso de

Fisioterapia da Universidade Franciscana, na Estratégia de Saúde da Família Roberto

Binato, na Unidade Básica de Saúde Floriano Rocha e Posto de saúde José Erasmo

Crossetti em Santa Maria/RS, no período de março de 2018 a maio de 2018. A

população foi composta por mulheres sedentárias oriundas da cidade de Santa Maria,

RS, com idade igual ou superior a 60 anos e inferior ou igual à 80 anos. Foi realizada

uma aplicação do Dry needling nos pontos dolorosos da região lombar e a avaliação

realizada em três momentos: pré-agulhamento, 5 minutos após a intervenção e

transcorridas 24 horas, em relação à dor.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram realizadas duas avaliações, em três momentos - antes do agulhamento (1), 5

minutos após a retirada da agulha (5) e após 24 horas após a intervenção (24) - em

relação à dor, utilizando a escala visual-analógica (EVA). Após o período de

tratamento, foi evidenciada uma significativa redução da intensidade da dor (p<0,001).

146 Dicente do curso de Fisioterapia da Universidade Franciscana – UFN; 147 Fisioterapeuta; 3 4 5 Docentes do curso de Fisioterapia da Universidade Franciscana – UFN.

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O estudo realizado apresentou limitações importantes quanto à sua população e amostra.

A população definida para este estudo, idosas sedentárias, não obteve o número

esperado de participantes voluntárias, o que permite considerar os resultados

encontrados apenas para a população em questão. A definição da amostra também pode

ser considerada um fator limitante, tendo em vista o fato dela não ser aleatória.

4 CONCLUSÕES

Nesta amostra, o Dry Needling mostrou-se capaz de reduzir o quadro álgico e aumentar

a flexibilidade de idosas sedentárias com dor lombar de origem inespecífica. Ademais,

como houve uma melhora expressiva da dor local e flexibilidade quando usada a técnica

de agulhamento seco, presume-se que a desativação dos pontos-gatilho miofasciais deve

ser uma prioridade na terapia da dor miofascial. Apesar dos resultados favoráveis de

estudos sobre o uso de DN no tratamento da dor miofascial, existe uma lacuna na

literatura de estudos com alto nível de evidência que comprovem a efetividade e

eficácia da técnica em diferentes faixas etárias. Este é um método minimamente

invasivo, de baixo custo, seguro, que fornece efeitos locais, segmentais e extra

segmentares.

REFERÊNCIAS

1. Reinehr FB, Carpes FP, Mota CB. Influência do treinamento de estabilização

central sobre a dor e estabilidade lombar. Fisioterapia em Movimento. 2008;

21(1): 123-129.

2. Coelho DM et al. Prevalência da disfunção miofascial em indivíduos com dor

lombar. ActaFisiátrica. 2014; 21(2): 71-74.

3. Liu L et al. Evidence for Dry Needling in the Management of Myofascial Trigger

Points Associated With Low Back Pain: A Systematic Review and Meta-

Analysis. Archives Of Physical Medicine And Rehabilitation. 2018; 99(1): 144-

152.

4. Tüzün EH et al. Effectiveness of dry needling versus a classical physiotherapy

program in pa-tients with chronic low-back pain: a single-blind, randomized,

controlled trial. Journal of Phys-ical Therapy Science. 2017; 29(9): 1502–1509.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Danieli Pillar 148

Tábada Samantha Marques Rosa 149

Fernanda Barbisan 150

Aron Ferreira da Silveira 151

Ivana Beatrice Mânica da Cruz 152

Verônica Farina Azzolin153

EFEITO NEUROPROTETOR DA ERVA MATE EM UM MODELO IN

VITRO DE DOENÇA DE PARKINSON

1 INTRODUÇÃO

A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa crônica, progressiva e

multisistêmica. Embora, a etiologia seja desconhecida, o aumento do estresse oxidativo

(EO) parece estar relacionado com a fisiopatologia da DP. Neste contexto, estratégias

terapêuticas neuroprotetoras com origem dietética para o combate do EO estão sendo

cada vez mais estudadas. Entre os fatores dietéticos associados à neuroproteção,

destacam-se os compostos com propriedades antioxidantes, os quais podem combater a

formação das Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) retardando os danos celulares.

Neste contexto, o extrato de Ilex paraguariensis, a qual é popularmente conhecida como

erva-mate, é uma importante fonte de antioxidantes, sendo potencial alternativa a

prevenção da DP. Diante disso, objetivo desse estudo foi avaliar in vitro o efeito do

extrato aquoso de Ilex paraguarienses em neurônios SH-SY5Y expostos a rotenona.

2 MÉTODO

As células SH-SY5Y foram cultivadas em condições apropriadas, tratadas com erva-

mate na concentração de (10µg/mL) por 24 horas, logo após com rotenona (40 µM),

uma toxina aceita como mimetizadora da DP in vitro. As células foram incubadas por

24 e 72 horas para realização dos seguintes testes: viabilidade celular através do teste de

MTT, modulação de marcadores do metabolismo oxidativo (TBARS, carbonilação,

DCFH-DA e superóxido) via ensaios espectrofotométricos e fluorimétricos, expressão

148 Graduação em Farmácia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-

Universidade Federal de Santa Maria- RS; 149 Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 150

Programa de Pós Graduação em Gerontologia- Universidade Federal de Santa Maria- RS;

Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 151 Programa de Pós Graduação em Distúrbios da comunicação humana -Universidade Federal de Santa

Maria; Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 152 Programa de Pós Graduação em Distúrbios da comunicação humana -Universidade Federal de Santa

Maria; Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria;

Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 153 Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de

Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS;

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gênica das enzimas antioxidantes (SOD, CAT, GPX), e ação genotóxica pelo ensaio da

8- OHdG.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A erva-mate parece possuir efeito protetor sobre a ação da rotenona em células neurais.

Devido à queda dos marcadores do metabolismo oxidativo (TBARS, carbonilação de

proteínas, DCFH-DA, e superóxido) e aumento da expressão gênica das enzimas

antioxidantes (SOD, CAT e GPX), uma vez que quando as células foram expostas

somente a rotenona os parâmetros oxidativos se elevaram e as enzimas antioxidantes

diminuíram. Em contrapartida, o tratamento prévio coma erva-mate ocasionou a queda

dos parâmetros oxidativos e aumento das enzimas antioxidantes.

4 CONCLUSÕES

Apesar das restrições metodológicas relacionadas aos protocolos in vitro, nossos

resultados sugerem que o extrato aquoso da Ilex paraguaienses é um potencial

composto neuroprotetor contra os danos causados pela rotenona em células SH-SY5Y,

todavia, mais estudados precisam ser realizados a fim de se comprovar seu efeito

preventivo a DP.

REFERÊNCIAS:

1. XU, K.; XU, Y.H.; CHEN, J.F.; SCHWARZSCHILD, M. Neuroprotection by

caffeine: time course and role of its metabolites in the MPTP model of Parkinson’s

disease. Neuroscience. v. 167, p. 475–481, 2010.

2. QI, H.; LI, S. Dose-response meta-analysis on coffee, tea and caffeine consumption

with risk of Parkinson’s disease. Geriatr Gerontol Int. v. 14, p. 430–439, 2014.

3. SOKOL, L.L.; YOUNG, M.J.; ESPAY, A. J.; POSTUMA, R.B. Cautionary optimism:

caffeine and Parkinson’s disease risk. J Clin Mov Disord. v. 3, p. 7, 2016.

4. MAO Y. R.; JIANG L.; DUAN Y. L.; AN L. J; JIANG B. Efficacy of catalpol as

protectant against oxidative stress and mitochondrial dysfunction on rotenone-

induced toxicity in mice brain. Environ. Toxicol. Pharmacol. v. 23, p. 314–318, 2007.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Danieli Pillar 154

Ivo Emílio da Cruz Jung 155

Fernanda Barbisan 156

Marta Medeiros Frescura Duarte 157

Ivana Beatrice Mânica da Cruz 158

Verônica Farina Azzolin159

EFEITO NEUROPROTETOR DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÓLEO DE

ABACATE EM CÉLULAS NEURAIS SH-SY5Y: UM MODELO DE

ESTRESSE IN VITRO

1 INTRODUÇÃO

O estresse vem sendo descrito por muitos autores como um possível gatilho para o

desenvolvimento de uma série de patologias psiquiátricas e metabólicas. O hormônio

cortisol em altos níveis parece ser o elo entre o estresse e o desenvolvimento de

disfunções, sendo o estresse um desencadeador de morte neuronal e desenvolvimento de

doenças crônicas na população. Nesse contexto, cada vez mais opções terapêuticas não

farmacológicas estão sendo buscadas, como fatores que possam contribuir

positivamente no tratamento farmacológico. E essa busca envolve, fortemente

elementos nutricionais que possam contribuir para o combate ao estresse. Umas das

moléculas encontradas na dieta que parece estar associada com a proteção ao estresse

psicossocial e doenças psiquiátricas e neurodegenerativas é o ácido graxo poliinsaturado

ômega-3 (PUFA n-3). Esta molécula tem um papel critico na estrutura e função

cerebral. Geralmente, a suplementação de PUFA n-3 é feita com óleo de peixe.

Entretanto, existem outros alimentos vegetais que poderiam apresentar efeito na

modulação do estresse psicossocial considerando a sua matriz nutricional, como é o

caso do abacate (Persea americana), um fruto amplamente distribuído em todas as

regiões do Brasil. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar in vitro o potencial

efeito neuroprotetor do abacate frente a células neurais (SH-SY5Y) expostas ao cortisol.

154 Graduação em Farmácia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-

Universidade Federal de Santa Maria- RS; 155 Programa de Pós Graduação em Farmacologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório

de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 156

Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de

Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 157 Universidade Luterana do Brasil-Campus Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-

Universidade Federal de Santa Maria- RS; 158 Programa de Pós Graduação em Farmacologia-Universidade Federal de Santa Maria; Programa de

Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-

Universidade Federal de Santa Maria- RS; 159 Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de

Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS;

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2 MÉTODO

Foi avaliado o efeito da suplementação da cultura de células neurais SH-SY5Y com

óleo da polpa de abacate na concentração (5 μg/mL), expostas ao cortisol (1ng/mL). A

exposição ao cortisol é considerada um modelo in vitro de estresse. Os seguintes

parâmetros foram analisados em 24 e 72 horas: viabilidade, taxa de proliferação celular

e marcadores apoptóticos (BAX, BCL-2, caspase 3 e 8).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O abacate mostrou um efeito protetor frente à exposição das células neurais ao cortisol.

Aumentando a viabilidade e proliferação dessas e revertendo a apoptose causada pelo

cortisol. Uma vez que uma das consequências da exposição crônica ao estresse é a

morte de neurônios, o abacate mostra-se como um agente neuroprotetor.

4 CONCLUSÕES

Apesar das limitações metodológicas, por se tratar de um estudo in vitro, o abacate se

mostrou um potente neuroprotetor frente a células expostas ao estresse pelo cortisol,

sendo esse um importante fruto a se considerar para o desenvolvimento de um

suplemento para prevenção de estresse psicossocial e transtornos psiquiátricos.

REFERÊNCIAS:

5. ADAM, E.K.; KUMARI, M. Assessing salivary cortisol in large-scale,

epidemiological research. Psychneuroendocrinology. v.34, p.1423-143, 2009.

6. CANHADA, S. et al. Omega-3 fatty acids' supplementation in Alzheimer's disease:

A systematic review. Nutr Neurosci. v.3, p.1-10, 2017.

7. CHEN, W.Q. et al. Effects of epigallocatechin-3-gallate on behavioral impairments

induced by psychological stress in rats. Exp Biol Med. v.235, n.5, p.577-583, 2010.

8. FERRAZ, A.C. et al. Chronic omega-3 fatty acids supplementation promotes

beneficial effects on anxiety, cognitive and depressive-like behaviors in rats

subjected to a restraint stress protocol. Behav. Brain Res. v.219, p.116–122, 2011.

9. ORTIZ-AVILA, O. et al. Avocado Oil Improves Mitochondrial Function and

Decreases Oxidative Stress in Brain of Diabetic Rats. J. Diabetes Res. 2015.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Alex Velasques Santos¹

Darcieli Lima Ramos²

Luciane Sanchotene Etchepare Daronco³

¹Acadêmico de Educação Física UFSM-RS ; ²Departamento de clínica médica UFSM-RS;

³Departamento de Desportos Coletivos UFSM-RS.

EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA IMAGEM CORPORAL DE

MULHERES COM CANCÊR DE MAMA PACIENTES DO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL

1 INTRODUÇÃO

A investigação da imagem corporal em pessoas com câncer é fundamental para o

entendimento do estresse gerado pelas mudanças decorrentes da doença e do seu

tratamento (FRIERSON; THIEL; ANDERSEN, 2006). Em pessoas com câncer as

mudanças corpóreas estão relacionadas, principalmente, a aparência e a problemas

psicossociais como: ansiedade, sintomas depressivos, diminuição de libido, problemas

físicos, problemas sociais e problemas financeiros (BOGAARTS, 2012). O objetivo

deste estudo foi verificar a imagem corporal em pacientes do sexo feminino com câncer

de mama atendidas no HUSM – RS durante o tratamento de Radioterapia.

2 MÉTODO

Este foi um estudo quantitativo que estudou 16 mulheres em tratamento radioterápico

no HUSM durante os meses de Abril e Maio de 2017. Foi realizado um pré teste,

seguido de oito oficinas de atividade física leve (alongamentos e atividades lúdicas) e

um pós teste. Para avaliar a imagem corporal, decidiu-se utilizar o questionário Body

Image after Breast Cancer Questionnaire (BIBCQ), com o objetivo de acompanhar o

impacto do câncer de mama na imagem corporal.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ao analisar os dados relativos à imagem corporal entre as mulheres, demonstrou-se que

muitas delas estavam satisfeitas com sua aparência, gostavam do seu corpo e estavam

satisfeitas com o mesmo. Contudo, não se sentiam confortáveis em trocar de roupa em

vestiários públicos. Os informes dos pacientes demonstraram que não evitavam a

intimidade física nesse período e não tentavam esconder o seu corpo do parceiro. Foi

observado um discreto aumento em alguns itens depois da prática das 8 sessões de

Atividade Física.

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4 CONCLUSÕES

O presente se mostrou relevante pela importância do cuidado com o corpo,

principalmente no período em que o corpo apresenta uma doença tão mítica, como o

câncer. Ressalta-se que mais pesquisas devem ser realizadas nesse sentido.

REFERÊNCIAS

1. FRIERSON, G.; THIEL, D. L.; ANDERSEN, B. L. Body change stress for

women with breast cancer: the breast‑impact of treatment scale. Anals. In

Behavioral Medicine, v. 32, n. 1, p. 77‑81, 2006.

2. GONCALVES, Carolina de Oliveira et al . Instrumentos para avaliar a imagem

corporal de mulheres com câncer de mama. Psicol. teor. prat., São Paulo , v.

14, n. 2, p. 43-55, ago. 2012 . Disponível em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-

36872012000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 11 fev. 2017.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Lenize Nunes Moura 160

Silviamar Camponogara 161

José Luís Guedes dos Santos 162

Thailini Silva de Mello163

Silvana Silveira 5

EMPODERAMENTO E AMBIENTE DE PRÁTICA DE ENFERMEIROS

DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

1 INTRODUÇÃO

O estudo tem como objetivo analisar as características do ambiente da prática

profissional dos enfermeiros de um Hospital Universitário e mensurar o empoderamento

desses enfermeiros. Considera-se importante conhecer as características do ambiente de

trabalho do enfermeiro, bem como os níveis de empoderamento desses profissionais,

pois acredita-se que tais fatores podem vir a influenciar os cuidados de enfermagem.

2 MÉTODO

Trata-se de um projeto de dissertação de mestrado apresentado ao Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Caracteriza-se

como um estudo transversal e descritivo. A atual investigação foi realizada em um

Hospital Universitário do Sul do Brasil, durante o primeiro semestre de 2018. A coleta

de dados se deu por meio da aplicação de três instrumentos autorrespondidos: ficha de

caracterização pessoal; profissional e do ambiente de trabalho e a versão brasileira do

Nursing Work Index – Revised (NWI-R); Escala do Empoderamento: Conditions of

Work Effectiveness Questionnaire II (CWEQ). A população da pesquisa foi composta

por 237 enfermeiros que se enquadraram nos critérios de inclusão. O projeto encontra se

em fase de análise dos dados, estes foram realizados no programa SPSS Statistics

versão 21.0 para Windows. O estudo atendeu aos aspectos éticos conforme a Resolução

466/2012, obteve aprovação do comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de

Santa Maria, por meio da Plataforma Brasil Online, conforme parecer nº 2.865.806. Sob

o número do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE)

81601817.2.0000.5346.

160Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade

Federal de Santa Maria (PPGENF/UFSM); 161Doutora em Enfermagem. Docente no curso de enfermagem e PPGEnf/UFSM. Universidade

Federal de Santa Maria; 162Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC). Florianópolis, Santa Catarina, Brasil; 163Acadêmica de Enfermagem Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista de

Iniciação Científica CNPq; 5 Acadêmica de Enfermagem Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO PRÉVIA DOS RESULTADOS

Uma análise preliminar dos dados evidenciaram que em determinados setores o

ambiente de pratica é mais favorável do que em outros. Quanto ao empoderamento, os

níveis de empoderamento dos enfermeiros também foi mais elevado em alguns setores

específicos. Com esta pesquisa, espera-se contribuir para construção do conhecimento

na área da enfermagem, bem como para a melhoria do ambiente de prática dos

enfermeiros uma vez que tais resultados poderão subsidiar o desenvolvimento de

estratégias que proporcionem um ambiente favorável, bem como o aumento do

empoderamento dos enfermeiros, resultando em maior satisfação dos profissionais e

melhora na qualidade do cuidado oferecido ao paciente.

4 CONCLUSÕES

Os resultados preliminares já permitem concluir que os diversos fatores relacionados ao

ambiente de trabalho e o nível de empoderamento dos profissionais podem influenciar a

pratica profissional e o cuidado de enfermagem.

REFERÊNCIAS

BERNARDINO E, Dyniewicz AM, Carvalho KLB, Kalinowski LC, Bonat WH.

Adaptação transcultural e validação do instrumento Conditions of Work Effectiveness -

Questionnaire-II. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2013;21(5):1112-18.

BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Conselho Nacional de Saúde.

Comitê Nacional de Ética em Pesquisa em Seres Humanos. Diário Oficial da União

Ministério da Saúde, Brasília – DF, 2012.

GASPARINO, R.C. Adaptação cultural e validação do instrumento Nursing Work

Index - Revised para a cultura brasileira. 2008. 137p. Dissertação (Mestrado em

Enfermagem) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2008.

LAKE, E.T. Development of the Practice Environment Scale of the Nursing Work

Index. Res Nurs Health., v. 25, n. 3, p. 176-88, 2002.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Bruna Rossarola Pozzebon164

Tanise Martins dos Santos165

Suzinara Beatriz Soares de Lima 166

Vera Regina Real Lima Garcia 167 Valdecir Zavarese da Costa 5

Naiana Buligon Alba 6

ENFERMEIRO NA GESTÃO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

BRASILEIROS: ESTUDO DE TENDÊNCIA

1 INTRODUÇÃO

Seguindo a tendência de substituição do estilo autocrático e impositivo dos gestores, por

um estilo mais eficiente, voltado para a excelência organizacional, os hospitais têm

adotado modelos de gestão focados no compartilhamento das decisões, superando os

modelos tradicionais. Com isso, gestores modernos têm ocupado cargos diretivos para

que consigam implementar um novo modelo, inclusive, em hospitais universitários

federais (HUF) (ARAÚJO; LETA, 2014). As exigências da gestão da Empresa

Brasileira de Serviços Hospitalares nos HUF têm gerado transformações na formação

profissional, especialmente, na enfermagem (BRASIL, 2018). Ao considerar-se a

ocupação de diferentes cargos pelos enfermeiros, desponta-se o interesse das

instituições nesses profissionais devido à repercussão direta na qualidade da assistência

(MONTEZELI; PERES, 2009). Objetivo: Conhecer a tendência das produções científicas

acerca do enfermeiro na gestão em hospitais universitários.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo de revisão narrativa, realizada por meio das produções

encontradas no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento

Pessoal de Nível Superior. A busca foi executada durante o mês de maio de 2017, sendo

utilizados os termos “gestão enfermeiro” e “hospital universitário”, sem recorte

temporal. Foram selecionadas 18 produções, que foram analisadas, sendo os resultados

submetidos à análise temática, originando três categorias (MINAYO, 2014).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os estudos encontrados descrevem, verificam e/ou analisam diversos aspectos

referentes ao enfermeiro na gestão no contexto hospitalar universitário. E, com base,

nos principais resultados dos estudos definiram-se as categorias temáticas: 1) Mudanças

164 Acadêmica de Enfermagem, Bolsista PROIC-HUSM, UFSM; 165 Doutoranda em Enfermagem, UFSM; 166Pós-doutorado em Enfermagem, UFSM ; 167Doutora em Ciência do Movimento Humano, UFSM; 5 Doutor em Educação Ambiental, UFSM; 6 Mestranda em Enfermagem, UFSM.

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organizacionais e os custos com a saúde, que traz as repercussões das mudanças

organizacionais ocorridas em decorrência da adoção de um modelo de gestão, que visa a

modernização dos serviços, e o controle dos custos com a saúde. 2) Gestão de pessoas

nos hospitais universitários, que aborda as bases teóricas para a gerência em

enfermagem, quanto a avaliação de desempenho profissional, ainda reuniu resultados

dos estudos que apresentaram o importante papel do enfermeiro, enquanto líder da

equipe de enfermagem. 3) Gestão da qualidade e a acreditação hospitalar que versa

sobre o foco principal na gestão hospitalar que prima pela qualidade, vislumbrando os

padrões de acreditação.

4 CONCLUSÕES

As produções reforçam que os conhecimentos da enfermagem, vão além das

competências e habilidades do ser enfermeiro, havendo uma formação na graduação

superior que poderia subsidiar amplas tomadas de decisão dentro das organizações

hospitalares. No entanto, ressalta-se que os estudos selecionados não focam no

enfermeiro enquanto dirigente, pertencente ao alto escalão dos hospitais universitários,

mas na ocupação de cargos adjacentes.

REFERÊNCIAS

1. ARAÚJO, K. M.; LETA, J. Os hospitais universitários federais e suas missões institucionais no

passado e no presente. História, Ciências, Saúde. v. 21, n. 4, p. 1261-1281, out./dez. 2014.

2. BRASIL. Ministério da Educação. Hospitais Universitários Federais. Empresa Brasileira de

Serviços Hospitalares. 2018. Disponível em: <http://www.ebserh.gov.br/web/portal-ebserh>.

Acesso em: 18 jun. 2018.

3. MONTEZELI, J. H.; PERES, A. M. Competência gerencial do enfermeiro: conhecimento

publicado em periódicos brasileiros. Cogitare Enferm. v. 14, n. 3, p. 553-558, jul./set. 2009.

4. MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São

Paulo: Hucitec, 2014.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Karen Cristiane Pereira de Morais168

Rosângela Marion da Silva169

Liliane Ribeiro Trindade170

Carmem Lúcia Colomé Beck171

Juliane Rodrigues Guedes172

ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E A SOBRECARGA

DE TRABALHO.

1 INTRODUÇÃO

Introdução: A complexidade do processo de trabalho do enfermeiro e as exigências que

incidem sobre o mesmo, aliadas às condições precárias de trabalho e ao acúmulo de

atribuições são considerados elementos que determinam a sobrecarga de trabalho,

podendo repercutir em riscos para o paciente, comprometendo sua segurança, e também

a segurança do próprio profissional, uma vez que este durante o processo de trabalho

está exposto a diversos fatores, como citados anteriormente (ANDOLHE,2013). O

contato direto e contínuo com os pacientes é uma característica comum aos

trabalhadores da saúde. O conceito de sobrecarga de trabalho relaciona-se à percepção

da alta demanda nas situações rotineiras no ambiente de trabalho para a pessoa e à

dificuldade de enfrentamento frente às exigências que a atividade profissional impõe

aos trabalhadores (BANDEIRA; ISHARA; ZUARDI, 2007). Portanto, o presente

estudo teve como objetivo geral conhecer a percepção de enfermeiros que atuam no

trabalho em turnos sobre a sobrecarga de trabalho.

2 MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratório-descritivo. O

cenário foi um hospital universitário localizado em um município do interior do Estado

do Rio Grande do Sul, Brasil. Os participantes foram os enfermeiros atuantes nas

unidades de internação clínica e cirúrgica dessa instituição, ao todo a equipe de

enfermeiros é constituída por 39 profissionais. Após aplicação dos critérios de inclusão,

cinco enfermeiros foram excluídos, resultando na população elegível de 34 pessoas. A

partir do quantitativo de enfermeiros identificados nas unidades, optou-se por realizar

sorteio dos participantes por turno e unidade de trabalho. Foram critérios de inclusão:

atuar nas unidades estudadas há mais de seis meses, sendo excluídos os que estavam em

afastamento de qualquer natureza. A técnica de coleta dos dados ocorreu por meio da

observação sistemática não participante e entrevista semiestruturada, e foram analisados

por meio da técnica de análise do conteúdo temática. Seguiram-se as recomendações

168 Mestranda em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria; 169 Docente do departamento de enfermagem UFSM; 170 Mestre em enfermagem UFSM; 171 Docente do departamento de enfermagem UFSM. 172 Acadêmica de medicina UFSM

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previstas neste trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o número

CAAE 65329817.2.0000.5346.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para os enfermeiros os fatores que interferiam na sobrecarga de trabalho eram as

condições inadequadas de trabalho, atividades além da capacidade de resolução,

mudanças no perfil epidemiológico da população, atividades gerenciais e a extensão do

trabalho no domicílio e elementos que colaboram para o desenvolvimento do trabalho,

na qual foram retratados o auxílio das tecnologias no desenvolvimento do trabalho, o

reconhecimento e valorização da profissão. Situações como as condições inadequadas

de trabalho, atividades além da capacidade de resolução, mudanças no perfil

epidemiológico da população e atividades gerenciais e a extensão do trabalho no

domicílio têm influência direta na sobrecarga de trabalho.

4 CONCLUSÕES

Conclui-se que foi possível conhecer como os enfermeiros percebiam a sobrecarga de

trabalho oriunda de seu ambiente laboral. Nesse sentido, mostra-se imprescindível o

planejamento de ações que busquem preservar e promover a saúde dos trabalhadores,

proporcionando, assim, que esses estejam menos suscetíveis ao adoecimento, e que a

enfermagem seja mais valorizada e apoiada pela equipe de saúde, tornando possível a

oferta de uma assistência integral e de qualidade.

REFERÊNCIAS

1. ANDOLHE, R.Segurança do paciente em unidades de terapia intensiva:

estresse, coping e burnout da equipe de enfermagem e ocorrência de eventos

adversos e incidentes. 2013. 244 p. Tese – Escola de Enfermagem de São Paulo,

São Paulo, SP, 2013.

2. BANDEIRA, M.; ISHARA, S.; ZUARDI, A. W. Satisfação e sobrecarga de

profissionais de saúde mental: validade de construto das escalas SATIS-BR e

IMPACTO-BR. J Bras Psiquiatr.v. 56, n. 4, p. 280-286, 2007.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Jamir Pitton Rissardo173

Ana Letícia Fornari Caprara1

Aline Kegler174

Luiz Fernando Freire Royes175

Michele Rechia Fighera176

ENVOLVIMENTO DO POLIMORFISMO MnSODAla16Val NA

EPILEPSIA: ESTUDO CASO-CONTROLE

1 INTRODUÇÃO

A superóxido-dismutase (SOD) é considerada a primeira enzima antioxidante,

desempenhando um papel fundamental na proteção celular contra os danos induzidos

pelas espécies reativas de oxigênio. O polimorfismo de nucleotídeo único (SNP)

MnSODAla16Val foi associado à fisiopatologia do diabetes e de doenças hepáticas.

Dessa forma, esse polimorfismo pode ser relevante no estudo da epilepsia, uma vez que

o estresse oxidativo tem sido relacionado ao processo de epileptogênese. Portanto, o

objetivo deste estudo é descrever a influência do polimorfismo do gene

Ala16ValMnSOD nos parâmetros de inflamação, apoptose e dano ao DNA em

indivíduos com epilepsia idiopática (EI).

2 MÉTODO

Este é um estudo caso-controle com 41 indivíduos saudáveis (grupo controle) e 43

indivíduos com EI do ambulatório de Neurologia do Hospital Universitário de Santa

Maria. Uma análise bioquímica foi realizada para investigar a atividade da

acetilcolinesterase (AChE), os níveis de fator de necrose tumoral α(TNF-α), atividade

de caspase-8(CASP-8), picogreen(PG) e genotipagem do polimorfismo da

Ala16ValMnSOD. Os dados foram analisados através da análise de variância (two-way

ANOVA), seguida do Teste de Comparação Múltipla de Tukey. As análises estatísticas

foram realizadas no software SPSS. A análise de correlação foi efetuada utilizando o

coeficiente de correlação de Pearson. A significância estatística foi assumida quando

p<0,05.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O grupo epilepsia apresentou maior prevalência do genótipo-VV (46,5%) quando

comparado ao controle (29,26%). TNF-α[F(2,72)=8,4;p<0,0005], CASP-8

[F(2,75)=4,5;p<0,01], AChE[F(2,77)=3,7;p<0,05] e PG [F(2,73)=4,1;p<0,05] foram

173Acadêmico do curso de Medicina - Centro de Ciências da Saúde, Departamento de

Neuropsiquiatria, Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brazil; 174Centro de Ciências Naturais e Exatas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas:

Bioquímica Toxicológica, Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brazil; 175Centro de Educação Física e Desportos, Laboratório de Bioquímica do Exercício (BIOEX),

Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brazil; 176Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Universidade

Federal de Santa Maria, RS, Brazil;

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maiores nos indivíduos com epilepsia se comparados ao controle. Segundo o post-hoc, o

genótipo-VV do grupo epilepsia apresentou parâmetros bioquímicos mais altos (TNF-α,

CASP-8, AChE e PG) do que o genótipo AA dos grupos epilepsia e controle. Além

disso, dentro do grupo epilepsia, indivíduos com genótipo-VV e crises generalizadas

apresentaram correlação positiva dos níveis de TNF-α versus atividade de CASP-8 (r =

0,7; p<0,05).

4 CONCLUSÕES

Os biomarcadores inflamatórios, apoptóticos e de dano ao DNA foram elevados no

genótipo-VV do grupo epilepsia. No subconjunto de indivíduos com genótipo-VV e

crises generalizadas, o TNF-α esteve correlacionado à atividade da CASP-8; isso pode

sugerir uma ativação de vias inflamatórias e apoptóticas nestes indivíduos. Além disso,

acredita-se que um processo inflamatório mais grave e maior resistência ao tratamento

estejam presentes na epilepsia generalizada quando comparada à focal. Portanto, o SNP-

MnSODAla16Val pode ter um papel importante na fisiopatologia da epilepsia,

especialmente em indivíduos com genótipo-VV. Assim, considerando-se o

envolvimento das respostas imunes e da inflamação na epileptogênese, é possível que

futuras estratégias de manejo da epilepsia possam ser baseadas em imunoterapia, tendo

como alvo a prevenção da cascata de eventos inflamatórios na epilepsia. Para o

conhecimento dos autores, este é o primeiro estudo na literatura inglesa a relatar o papel

do Ala16ValMnSOD na EI.

REFERÊNCIAS

1. Vezzani, A.; French, J.; Bartfai, T.; et al. The role of inflammation in epilepsy.

Nature reviews neurology, v. 7, p. 31-40, 2011. Disponível em:

<https://www.nature.com/articles/nrneurol.2010.178>. Acesso em: 06 out. 2018.

2. Guo, K.; Janigro, D. New immunological approaches in treating and diagnosing

CNS diseases. Pharmaceutical patent analyst, v. 2, p. 361-371, 2013. Disponível

em: <https://www.future-science.com/doi/abs/10.4155/ppa.13.16>. Acesso em: 6

out. 2018.

3. Lehtimäki, K.; Keränen, T.; Huhtala, H.; et al. Regulation of IL-6 system in

cerebrospinal fluid and serum compartments by seizures: the effect of seizure type

and duration. Journal of neuroimmunology, v. 152, p. 121-125, 2004. Disponível

em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0165572804000499>.

Acesso em: 6 out. 2018.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa

Autores:

Marcelo Ribeiro Primeira177

Cid Gonzaga Gomes178

Patricia Eickhoff179

Stela Maris de Mello Padoin180

ESCALA DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS

VIVENDO COM HIV: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA

1 INTRODUÇÃO

Como resposta à epidemia provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV),

assume-se o compromisso com as diretrizes nacionais e internacionais em busca do

alcance da meta 90-90-90. Esta meta, proposta da Joint United Nations Program on

HIV/AIDS (UNAIDS), prevê que até o ano de 2020 90% das pessoas HIV positivas

tenham ciência do seu diagnóstico, 90% destas estejam em tratamento e 90% das

pessoas em tratamento apresentem carga viral (CV) indetectável (UNAIDS, 2015). A

CV indetectável (supressão viral) está relacionada à prevenção quanto ao risco de

transmissão do HIV e seu sucesso é diretamente ligado à adesão ao tratamento. A

qualidade de vida (QV), além da adesão à terapia antirretroviral, também apresenta

associação com as variáveis clínicas referentes ao tratamento. Os maiores escores dos

domínios avaliados pela QV são observados em indivíduos com supressão viral.

Portanto a avaliação de QV associada à avaliação da adesão são importantes para as

equipes de saúde planejarem o cuidado integral às pessoas com HIV, direcionando os

recursos e promoção de estratégias de saúde que possam abranger não apenas aspectos

físicos, mas também psicossociais, diminuindo morbidade, mortalidade e custos mais

elevados com saúde (CANINI; et al., 2004; SILVA; et al, 2014). Para avaliação da QV

foram criados questionários específicos para pessoas com HIV, além do amplamente

conhecido WHOQOL-HIV-Bref da Organização Mundial da Saúde. Dentre estes

instrumentos específicos destaca-se o HIV/AIDS-Targeted Quality of Life Instrument

(HAT-QoL), cujos domínios foram construídos totalmente a partir de sugestões de

pacientes (SÓAREZ; et al., 2009). O HAT-QoL busca avaliar a QV por meio de nove

domínios: funções gerais, sexuais, problemas de comunicação, preocupações com a

saúde e financeiras, aceitação do HIV, satisfação com a vida, preocupações com

medicamentos e confiança no profissional de saúde. Estes domínios estão divididos em

34 questões com as respostas configuradas em uma escala do tipo Likert (SÓAREZ; et

al., 2009). Dessa forma, a avaliação da QV torna-se relevante para criação de estratégias

de tratamento, a partir do conhecimento das condições que influenciam negativamente a

QV e que podem afetar diretamente a adesão ao tratamento (CANINI; et al., 2004).

177 Discente do Curso de Doutorado do PPGEnf/UFSM; 178 Discente do Curso de Graduação em Fisioterapia da UFSM, bolsista PROIC-HUSM; 179 Discente do Curso de Graduação em Medicina da UFSM, bolsista PROIC-HUSM; 180 Docente do Departamento de Enfermagem da UFSM.

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Objetivo: Avaliar a amplitude do uso do HAT-QoL para avaliação da QV das pessoas

com HIV.

2 MÉTODO

Encontra-se em desenvolvimento, no Grupo de Pesquisa Cuidado à Saúde das Pessoas,

Famílias e Sociedade, um estudo de revisão bibliográfica a partir dos métodos da

bibliometria e cientometria que permitirá planejar e encontrar uma quantidade

determinada de periódicos que respondam a uma pergunta específica e analisar

criticamente os estudos disponíveis nas bases de dados e a análise, o consumo e a

circulação da produção científica (SANTOS; KOBASHI, 2009). A busca utilizou 16

variações do nome do instrumento, incluindo sua sigla, e foi desenvolvida nas bases de

dados eletrônicas: US National Library of Medicine National Institutes of Health

(PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),

Elsevier SciVerse Scopus (SCOPUS), no mês de outubro. Resultados: Ao fim da busca

foram encontradas 421 produções, divididas nas diferentes bases: PUBMED (N=108),

LILACS (N=14) e SCOPUS (N=299). Os resultados foram exportados para o software

gerenciador de referências Mendeley, onde será realizada a leitura de títulos e resumos

para seleção e composição do corpus da pesquisa.

3 RESULTADOS

Ao fim da busca foram encontradas 421 produções, divididas nas diferentes bases:

PUBMED (N=108), LILACS (N=14) e SCOPUS (N=299).

4 CONCLUSÕES

Espera-se que esta revisão responda à questão de pesquisa e que os estudos disponíveis

nas bases de dados demonstrem o consumo e a circulação da produção científica acerca

da avaliação da QV de pessoas vivendo com HIV nos diferentes contextos.

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AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa

Autores:

Vitor Cantele Malavolta181

Rúbia Soares Bruno182

Sheila Jacques Oppitz²

Michele Vargas Garcia¹

ESCALA VISUAL ANALÓGICA: UM RECURSO PARA

AUTOAVALIAÇÃO DE SUJEITOS COM ZUMBIDO CRÔNICO EM UM

GRUPO DE ACONSELHAMENTO FONOAUDIOLÓGICO

1 INTRODUÇÃO

O zumbido tornou-se mais prevalente na população de modo geral, dando um salto de

15% para 25,3% de incidência nos últimos 15 anos. Dessa forma, o sintoma vem

exigindo maior preparo de fonoaudiólogos de diversos níveis de atenção à saúde.

Assim, a Escala Visual Analógica tornar-se aliada deste profissional no

acompanhamento e mensuração do sintoma, sendo um recurso simples, já conhecido e

de baixo custo. Portanto, o objetivo deste estudo é descrever a efetividade da Escala

Visual Analógica na mensuração do zumbido crônico em um grupo de aconselhamento

fonoaudiológico, sendo que espera-se, que a reposta seja fidedigna ao incomodo e possa

ser utilizada como um método de mensuração do zumbido crônico.

2 MÉTODO

Estudo de caráter transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Participaram

do estudo 10 sujeitos (número máximo de sujeitos por grupo) com média de idade de

61,3 anos, pertencentes ao Grupo de Aconselhamento Fonoaudiológico de um Hospital

Universitário. A Escala Visual Analógica foi aplicada antes e após cinco sessões de

aconselhamento fonoaudiológico em grupo, sendo que os sujeitos quantificaram, de

zero à dez, o incômodo com o sintoma.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Antes do aconselhamento fonoaudiológico 40% dos sujeitos deram nota dez, 10%

deram nota nove, 20% deram nota oito e 30% deram nota sete. Após o tratamento 20%

deram nota seis, 30% deram nota quatro, 20% deram nota dois e 30% deram nota zero.

A mensuração do incômodo com o sintoma foi realizada de forma rápida e simples,

refletindo de forma objetiva e quantitativa a melhora do incômodo com o zumbido.

181 Universidade Federal de Santa Maria (RS), Departamento de Fonoaudiologia;; 182 Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana.;

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4 CONCLUSÕES

A Escala Visual Analógica é uma maneira efetiva de mensurar o incômodo com o

zumbido, sendo fidedigna ao incomodo do paciente com o sintoma, já que o caracteriza

de forma quantitativa e ajuda a nortear a continuidade do tratamento, podendo ser

utilizada pelo fonoaudiólogo da Atenção Básica à Alta Complexidade, propiciando uma

intervenção rápida, efetiva e de baixo custo para o sistema de saúde.

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ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa Autores:

Caroline Canabarro Caurio

Diego Michelon de Carli

Luís Augusto Peukert Bassi

Luciane Flores Jacobi

ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS

PACIENTESCIRRÓTICOS INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO

DA REGIÃO SUL DO BRASIL

Introdução:

As doenças do aparelho gastrointestinal, especialmente as patologias hepáticas são

altamenteprevalentes e, dependendo da gravidade e evolução, geram enorme morbidade

e mortalidade. Cirrose é considerada uma doença evitável no contexto da promoção da

saúde visto que suascausas são potencialmente preveníveis ou tratáveis. Progressos têm

sido feitos noentendimento da história natural e fisiopatologia da doença hepática

crônica, bem como notratamento de suas complicações, o que resulta em melhor manejo

e qualidade de vida destespacientes. A avaliação do perfil clínico desses doentes se faz

necessária, visando programarestratégias de prevenção primária e

secundária.Objetivo:Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes internados no

Serviço de Gastroenterologiado Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) no

período de um ano, com ênfase nospacientes cirróticos e na análise de suas

complicações e mortalidade associada.Métodos :Estudo observacional e retrospectivo,

sendo a amostra composta pela análise de prontuáriosde 47 internações por cirrose no

serviço de Gastroenterologia do HUSM, Santa Maria, RS, noperíodo de janeiro a

dezembro de 2016. Para a coleta de dados, foi utilizada uma ficha deautoria própria,

onde foram avaliadas as seguintes variáveis: gênero, idade, motivo dainternação,

complicações durante a hospitalização, exames laboratoriais para classificação deChild-

Pugh, etiologia da cirrose, perfis virais para hepatites, comorbidades e mortalidadeintra-

hospitalar. Os dados foram avaliados por estatística descritiva (freqüências absolutas

erelativas). As associações foram verificadas através dos testes do Qui-quadrado ou

exato deFisher e teste t-Student. O nível de significância adotado foi de 95%.

Resultados: A média de idade observada nos doentes foi de 59,48 ± 10,91, sendo que os

mesmos erammais frequentemente do sexo masculino (76%). Apresentavam Child-

Pugh B ou C em 50% e43,5% dos casos, respectivamente, e a etiologia preponderante

da hepatopatia foi relacionadaao álcool (55,3%). O motivo da internação mais frequente

foi hematêmese (42,6%), sendo a maioria relacionada ao sangramento de varizes

esofago-gástricas. As complicações mais prevalentes foram ascite (67,4%), hemorragia

digestiva alta(51,1%), encefalopatiahepática(43,5%) e infecção(44,7%), sendo

peritonite bacteriana espontânea o principal focode infecção. Em nosso estudo, o único

fator que esteve associado diretamente à mortalidadeforam encefalopatia hepática, com

um RR de 2,61 (DP 1,16-5,87, IC 95%). Conclusão: A cirrose teve como principal

etiologia o alcoolismo, seguido da infecção pelo VHC. Houveassociação significativa

entre mortalidade intra-hospitalar e o surgimento de encefalopatiahepática.

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