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INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA – IMIP

I Congresso de Nutrição

Clínica e Esportiva do IMIP

VI Jornada de Nutrição do IMIP

Anais

Realizado de 26 a 29 de abril de 2018,

no Espaço Ciência e Cultura do IMIP.

Recife

2018

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©2018 Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP Todos os direitos desta obra são reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por

nenhuma forma ou por qualquer meio, eletrônico ou físico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema de

armazenamento e recuperação, exceto por citações breves as quais devem ser atribuídas a publicação correspondente

dos autores.

INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA – IMIP

PRESIDENTE DE HONRA

Professor Fernando Figueira(In memoriam)

DIRETORIA DO IMIP

Presidente: Gilliatt Hanois Falbo Neto

Vice-Presidente: Carlos dos Santos Figueira

1º Secretário: Vilneide Maria Santos Braga Diegues Serva

2º Secretário: Paulo Macedo Caldas Bompastor

1º Tesoureiro: Ítalo Rocha Leitão

2º Tesoureiro: Alex C. Azevedo

Chefe de Gabinete: Carlos Fernando Asfora

SUPERINTENDÊNCIAS DO IMIP

Superintendente Geral: Tereza Campos

Superintendência de Administração e Finanças: Maria Silvia Vidon

Superintendência de Atenção à Saúde: Fátima Rebêlo

Superintendência de Ensino, Pesquisa e Extensão: Afra Suassuna

CONSELHO CIENTÍFICO

Presidente: Bertoldo Kruse Grande de Arruda

Membros: João Guilherme Bezerra Alves, Malaquias Batista Filho, Maria de Fátima Costa Caminha,

Gilliatt Hanois Falbo Neto, Geraldo José Ribeiro Furtado, Antonio Cavalcanti Martins, Jailson de Barros

Correia e Taciana Duque de Almeida Braga.

_________________________________________________________________

Capa: Marketing IMIP

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP

Ficha Catalográfica BAB-048/2018

C749p

Congresso de Nutrição Clínica e Esportiva do IMIP (1. : 2018 :

Recife, PE) I Congresso de Nutrição Clínica e Esportiva do IMIP ; VI Jornada

de Nutrição do IMIP : Anais [recurso eletrônico] / Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. – Recife : IMIP, 2018.

168 p. Realizado de 26 a 29 de abril de 2018, no Espaço Ciência e

Cultura do IMIP. Inclui bibliografias ISBN 978-85-5525-020-0

1. Nutrição - Congresso. 2. Ciências da nutrição e do esporte -

Congresso. I. Jornada de Nutrição do IMIP (6. : 2018 : Recife, PE). II. Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. III. Título.

CDD 613.2

Elaborada por Ediane Santos CRB-4/1893

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Alyne Cristine Souza da Silva Chika Wakiyama

Edijane Maria de Castro Silva Lidiane Conceição Lopes

Maria da Guia Bezerra da Silva Maria Josemere de Oliveira Borba

COMISSÃO CIENTÍFICA Alyne Cristine Souza da Silva

Bruno Soares de Sousa Chika Wakiyama

Edijane Maria de Castro Silva Maria da Guia Bezerra da Silva

Maria Josemere de Oliveira Borba

COMISSÃO AVALIAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICO Adriana Carla Santos de Menezes Ramos

Alyne Cristine Souza da Silva Ana Monique David da Silva

Bruno Soares de Sousa Tokiko Camila Lima Chagas

Camila Yandara Sousa Vieira de Melo Carol Beatriz da Silva Souza Caroline Neves de Morais

Chika Wakiyama Derberson José do Nascimento Macêdo

Edijane Maria de Castro Silva Elda Silva de Augusto Andrade

Larissa de Andrade Viana Lidiane Conceição Lopes

Lígia Pereira da Silva Barros Maria da Guia Bezerra da Silva

Maria Josemere de Oliveira Borba Milena Damasceno de Souza Costa

Mirela Gondim Ozias Aquino de Oliveira

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SUMÁRIO

MENÇÕES HONROSAS ................................................................................................................................ 8

APRESENTAÇÃO ORAL .......................................................................................................................... 8

AVALIAÇÃO DO CONSUMO PROTEICO EM IDOSOS ATENDIDOS EM UNIDADE GERONTO GERIÁTRICA .............8

APRESENTAÇÃO ORAL ........................................................................................................................ 10

RELAÇÃO ENTRE CAFEÍNA, PESO CORPORAL E ANSIEDADE: ANÁLISE EM RATOS ALBINOS EM DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................................................................ 10

PÔSTERES .................................................................................................................................................... 12

A BAIXA ADESÃO AO TRATAMENTO NUTRICIONAL PODE LEVAR AO MAIOR GANHO DE PESO NO PÓS-TRANSPLANTE RENAL TARDIO? ........................................................................................................................................... 12

O RISCO NUTRICIONAL AUMENTA O TEMPO DE INTERNAMENTO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE GRANDE PORTE............................................................................................................................................... 14

ADEQUAÇÃO AO CANAL DE CRESCIMENTO IDEAL NA AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO LINEAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ................................................................................................................................................ 16

ADESÃO A DIETAS DA MODA POR ESTUDANTES DO CURSO DE NUTRIÇÃO EM UMA FACULDADE PRIVADA DO RECIFE-PE ............................................................................................................................................................................. 18

ADESÃO NUTRICIONAL EM PÓS-TRANSPLANTADOS RENAIS TARDIOS E SUA RELAÇÃO COM PARÂMETROS BIOQUÍMICOS ............................................................................................................................................................................ 20

ALTERAÇÕES DE NÍVEIS SÉRICOS DE LIPÍDIOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES E SUAS RELAÇÕES COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL............................................................................................................................................... 22

ANÁLISE DO ACESSO AO CUIDADO NUTRICIONAL DE MULHERES PORTADORAS DE CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA NA REDE DE ATENÇÃO EM DOIS MUNICÍPIOS DA PARAÍBA (PB) ............................................ 24

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN COMO ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO DE CUSTOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO .................... 26

APLICAÇÃO DA PAPAÍNA NA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES PARA REDUÇÃO DE CUSTOS EM UMA INICIATIVA EXITOSA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO: USO DA METODOLOGIA LEAN SEIS SIGMA ................................................................................................................................................................................. 28

ASSOCIAÇÃO ENTRE O ESTADO NUTRICIONAL, TIPO DE CARDIOPATIA E O TEMPO DE INTERNAMENTO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS CARDÍACAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO NORDESTE .................................................................................................................................................................................. 30

ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E TEMPO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES CRÍTICOS............................................................................................................................................................... 32

ASSOCIAÇÃO ENTRE O TEMPO DE INTERNAMENTO, DESNUTRIÇÃO E EXCESSO DE PESO DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ESCOLA DE RECIFE-PERNAMBUCO ........................................................................................................................................................................... 34

ASSOCIAÇÃO ENTRE RAZÃO DA CINTURA/ESTATURA E PRESENÇA DE HIPERTENSÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ........................................................................................................................................................................ 36

ASSOCIAÇÃO ENTRE TEMPO DE ATINGIR NECESSIDADES NUTRICIONAIS E DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL .......................................................................................................... 38

AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR DE CAFEÍNA E MICRONUTRIENTES DA EQUIPE DE FUTEBOL DE CAMPO DE UMA UNIVERSIDADE DA CIDADE DO RECIFE .............................................................................................. 40

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO NUTRICIONAL DE USUÁRIAS DO PROGRAMA ACADEMIA DA CIDADE DO RECIFE ......................................................................................................................................................................................... 42

AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE PRATICANTES DE TREINAMENTO RESISTIDO DE UMA ACADEMIA DA CIDADE DO RECIFE-PE ................................................................................................................................ 45

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DINAMOMETRIA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE RECIFE-PERNAMBUCO ................................................................................................... 47

AVALIAÇÃO DO GANHO DE PESO GESTACIONAL ENTRE PUÉRPERAS ATENDIDAS NA MATERNIDADE DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM JOÃO PESSOA ........................................................................................................... 50

AVALIAÇÃO DO GANHO PONDERAL DE CRIANÇAS GRAVEMENTE DESNUTRIDAS EM USO DO PROTOCOLO PROPOSTO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE PARA RECUPERAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL ..... 52

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE RESTO-INGESTÃO DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HOSPITALAR .............................................................................................................................................................................. 54

AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDIO DE PACIENTES EM TRATAMENTO RENAL SUBSTITUTIVO EM UM HOSPITAL PÚBLICO FILANTRÓPICO DE RECIFE–PE ......................................................................................................... 56

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS ......................................... 58

COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS .......... 60

COMPOSIÇÃO CORPORAL E ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR (PRÉ-DIÁLISE) ........................................................................................ 63

COMPOSIÇÃO CORPORAL E INTERVENÇÃO DIETÉTICA EM ATLETAS MARATONISTAS E FUNDISTAS EM PETROLINA – PE ........................................................................................................................................................................ 65

CONSUMO ALIMENTAR ANTES E APÓS O TREINO DE PRATICANTES DE EXERCÍCIO EM UMA ACADEMIA DO MUNICÍPIO DECARUARU .................................................................................................................................................. 67

CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DE UMA INSTITUIÇÃO DA REDE PRIVADA DA CIDADE DO RECIFE ......................................................................................................................................... 69

CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO CARDIOVASCULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SOBREVIVENTES DE CÂNCER INFANTO-JUVENIL ............................................................................................................ 71

CORRELAÇÃO ENTRE GANHO DE PESO INTERDIALÍTICO E RISCO CARDIOVASCULAR ........................................ 73

DESNUTRIÇÃO E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DE ACORDO COM A MODALIDADE DE DIÁLISE ............................................................................................. 75

DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE IDOSOS DE ACORDO COM O TIPO DE CÂNCER .................................................... 77

EFEITO DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL SOBRE OS PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS EM IDOSOS DIABÉTICOS A NÍVEL AMBULATORIAL .............................................................................................................................. 79

EFEITO ERGOGÊNICO DO CONSUMO DE SUCO DE BETERRABA EM PRATICANTES DE JIU JITSU ........................ 82

ESCORE DE RISCO NUTRICIONAL OBTIDO ATRAVÉS DE FERRAMENTA DE TRIAGEM NUTRICIONAL STRONGKIDS E PRÁTICAS ALIMENTARES DE LACTENTES HOSPITALIZADOS ......................................................... 85

ESTADO NUTRICIONAL E DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ESCOLA DO RECIFE-PE ................................................................................... 87

ESTADO NUTRICIONAL E INFLAMATÓRIO PRÉ-CIRÚRGICO E SUA ASSOCIAÇÃO NAS COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ................................................................................................................ 89

ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES PÓS-TRANSPLANTE CARDÍACO TARDIO ................ 91

ESTADO NUTRICIONAL, HIDRATAÇÃO E SINTOMAS DE TRANSTORNO ALIMENTAR EM PRATICANTES DE BALLET CLÁSSICO .................................................................................................................................................................... 93

ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL E GESTACIONAL DE PACIENTES ADMITIDAS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA PARA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO DO NORDESTE BRASILEIRO .......................................................... 95

ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA ...................................................................................................................... 97

ESTATURA REAL X ESTATURA ESTIMADA PELA FÓRMULA DE CHUMLEA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 99

EVOLUÇÃO PONDERAL E QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA ... 101

FATORES DE RISCO NO DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE PETROLINA-PE ............................................................................................................................... 103

FATORES QUE INTERFEREM NO ALEITAMENTO MATERNO DE LACTENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA ...................................................................................................................................................................... 105

FOME SILENCIADA: O DESCOMPASSO ENTRE A PRESCRIÇÃO E A VIVÊNCIA DO JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA ....................................................................................................... 107

IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO DO PER CAPITA NA REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA CIDADE DO RECIFE – PE ........................................................................................................................ 109

INÍCIO PRECOCE DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PERFIL GLICÊMICO EM PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ESCOLA .................................................................. 111

INGESTÃO DE ALIMENTOS FONTE DE VITAMINA B12 EM IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO RECIFE – PE ............................................................................................................................................... 113

ORIENTAÇÕES REPASSADAS ÀS PUÉRPERAS PARA FAVORECER O ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM UM HOSPITAL INICIATIVA AMIGO DA CRIANÇA ..................................................................................................... 115

PADRONIZAÇÃO DE LANCHES DE CARDÁPIOS DE DIETAS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO ............................................................................ 117

PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ALIADA AOS CUSTOS DE UM SERVIÇO DE NUTRIÇÃO ENTERAL E LACTÁRIO DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA .................................................................... 119

PERFIL BIOQUÍMICO DOS PACIENTES NO PRÉ OPERATÓRIO DE BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE UM HOSPITAL ESCOLA DE PERNAMBUCO ..................................................... 121

PERFIL DO ALEITAMENTO MATERNO EM LACTENTES HOSPITALIZADOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA PEDIÁTRICA NO NORDESTE ................................................................................................................................................. 123

PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE EXCESSO DE PESO ACOMPANHADOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DO NORDESTE BRASILEIRO ....................................................... 125

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PERFIL NUTRICIONAL DE GESTANTES INTERNADAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE REFERÊNCIA EM GESTAÇÃO DE ALTO RISCO DE RECIFE-PE ....................................................................................................................... 127

PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSAS DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA INTERNADAS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA DE RECIFE- PE ............................................................................................................................. 129

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES NEUROLÓGICOS EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ATENDIDOS EM HOSPITAL ESCOLA DO RECIFE/PE ............................................................................................................................... 131

PRÁTICAS ALIMENTARES DE LACTENTES PRECOCEMENTE DESMAMADOS INTERNADOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO NORDESTE .......................................................................................................................................... 133

PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES LIPÍDICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE PORTADORES DE EXCESSO DE PESO, ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA DO NORDESTE .......................................................... 135

PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM PACIENTES GRAVES ..................................................................................................... 137

PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO E FORÇA MUSCULAR EM PACIENTES NEFROPATAS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE .......................................................................................................................................................................... 139

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA ..................................................................................................... 141

PREVALÊNCIAS DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO APÓS INTERVENÇÃO EM REDE SOCIAL ON-LINE143

RACIONALIZAÇÃO DO CUSTO DE FÓRMULAS LÁCTEAS E DIETAS ENTERAIS DE UM SERVIÇO DE NUTRIÇÃO ENTERAL E LACTÁRIO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO ....................................... 145

RECUPERAÇÃO DO CRESCIMENTO EM CRIANÇAS NASCIDAS PRÉ-TERMO: UM ESTUDO LONGITUDINAL ..... 147

RELAÇÃO ENTRE MASSA GORDA CORPORAL E CAPACIDADE FUNCIONAL EM MULHERES .............................. 149

RELAÇÃO ENTRE RISCO NUTRICIONAL, TIPO DE TRATAMENTO E PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM CÂNCER EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA EM PERNAMBUCO ......................................................................................................................................................................... 151

REPERCUSSÃO ESTATURAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO NORDESTE BRASILEIRO ....................................................... 153

RISCO CARDIOVASCULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SOBREVIVENTES DO CÂNCER ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL ESCOLA DE PERNAMBUCO .............................................................................. 155

SELETIVIDADE ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE AUTISTAS NA REGIÃO DO VALE DO SÃO FRANCISCO ............................................................................................................................................................................... 157

SORO DO LEITE CAPRINO MODULA MEMÓRIA EM RATOS SUBMETIDOS A DIFERENTES CONDIÇÕES NUTRICIONAIS: POSSÍVEL PAPEL DO ÁCIDO SIÁLICO .................................................................................................. 159

STRONGKIDS NO PRÉ-CIRÚRGICO E SUA ASSOCIAÇÃO COM COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS E TEMPO DE HOSPITALIZAÇÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES .............................................................................................. 161

TEMPO DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO E DE REALIMENTAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS ........................................................................................................................................................................... 163

USO DE SUPLEMENTOS PROTEICOS EM ESTUDANTES PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO EM UMA FACULDADE DE SAÚDE NO ESTADO DE PERNAMBUCO ............................................................................................... 165

UTILIZAÇÃO DA CURVA ABC NA GESTÃO DE CUSTOS DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) DE UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM PERNAMBUCO .............................. 168

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MENÇÕES HONROSAS

APRESENTAÇÃO ORAL

AVALIAÇÃO DO CONSUMO PROTEICO EM IDOSOS ATENDIDOS EM UNIDADE GERONTO GERIÁTRICA

ALINE DUARTE DE SOUZA, Maria da Conceição Chaves de Lemos

Universidade Federal de Pernambuco

Introdução: O rápido e acentuado envelhecimento da população brasileira mostra que, segundo o

Censo Demográfico de 2010 do IBGE, 7,4% da população era considerada idosa, e atualmente esse

número tende a se elevar, sobretudo em detrimento das ações na saúde. O envelhecimento é um

processo natural e leva o organismo a diversas mudanças, tanto fisiológicas quanto psicológicas,

que de certa forma podem se refletir no consumo alimentar do idoso e em seu estado de nutrição e

saúde. Dentre essas alterações podemos citar a redução na taxa metabólica basal; com diminuição

da musculatura que concorre ainda mais para o quadro sarcopênico, onde a nutrição com

diminuição da cota proteica poderá favorecer a perda de massa magra. Concomitante a depleção

muscular, observa-se aumento do tecido adiposo; diminuição da água corporal; alterações no trato

gastrintestinal, entre outros (SILVA; MURA, 2010) (CATÃO; XAVIER; PINTO, 2011).

Objetivo: Avaliar o consumo proteico de idosas atendidas em Unidade geronto geriátrica.

Material e Método: O presente estudo apresenta delineamento observacional e é do tipo série de

casos com amostra final de 65 idosas acompanhadas na referida unidade. A pesquisa foi submetida

ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, sob o CAAE 27851614.1.0000.5208. Foi

verificado o peso das pacientes utilizando-se uma balança eletrônica digital para posterior avaliação

da proteína em g/kg/dia. A avaliação dietética foi realizada através do recordatório de 24 horas,

onde o entrevistador preencheu conforme o que o paciente informava e relembrava das quantidades

de todos os alimentos que consumiu nas últimas 24 horas. Para avaliação ser mais fidedigna, foi

realizada 2 vezes para o mesmo indivíduo em 20% da amostra. As calorias e macronutrientes foram

quantificados por meio do software Avanutri Revolution versão 4.0. A partir disso, foi realizado o

cálculo do Valor Calórico Total (VCT) da dieta e a % de cada macronutriente em relação ao VCT.

Dessa forma, as proteínas foram quantificadas e comparadas com as recomendações da DRI’s 2011

e ESPEN 2014.

Resultados: Por meio da análise dos recordatórios alimentares obtidos, foi observado que o VCT

apresentou em média 1329,9 Kcal, cujas cotas diárias expressam 65,1g de proteína. Assim, foi

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possível identificar que a média de consumo de proteínas nessa população estava em torno de

1g/kg/dia. Em relação ao VCT, o consumo médio de proteínas estava em 19,14%. O peso médio das

participantes foi de 66 kg.

Conclusão: Apesar das cotas diárias de proteínas mostrarem-se acima daquelas citadas pelas DRI’s

2011, a amostra avaliada consome uma quantidade de proteína (g/kg/dia) inferior a recomendada

pela ESPEN 2014, caracterizando um consumo proteico inadequado, o que pode acarretar em um

quadro sarcopênico.

Referências

CATÃO, M. H. C. V.; XAVIER, A. F. C.; PINTO, T. C. A. O Impacto das alterações do Sistema

Estomatognático na Nutrição do Idoso. Rev. Bras. Ciênc. Saúde, João Pessoa, v. 9, n. 29, p.

73-8, 2011.

DEUTZ, N. E. P. et al. Protein intake and exercise for optimal muscle function with aging:

Recommendations from the ESPEN Expert Group. ESPEN endorsed recommendation. Clin.

Nutr. ESPEN, Edinburgh, v. 33, n. 6, p. 929-36, 2014.

DIETARY REFERENCE INTAKES. Recommended Dietary Allowances and Adequate

Intakes, total water and macronutrients. [S.l.]: Institute of Medicine; National

Academies, 2011.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010.

2010. Disponível em:

<http://censo2010.ibge.gov.br/noticiascenso?%20view=noticia&id=1&idnoticia=%201866

&t=primeiros-resultados-definitivos-censo-2010-populacao-brasil-190-755-799-pessoas>.

Acesso em: 18 jun. 2016.

SILVA, S. M. C. S da; MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. 2. ed.

São Paulo: Roca, 2010.

Palavras-Chave: Idosos. Avaliação dietética. Proteína.

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APRESENTAÇÃO ORAL

RELAÇÃO ENTRE CAFEÍNA, PESO CORPORAL E ANSIEDADE: ANÁLISE EM RATOS ALBINOS EM DESENVOLVIMENTO

JOYCE CAROLINE CORDEIRO LOPES SILVA, Camila Lima Chagas,

Regina de Deus Lira Benevides, Louise Cavalcante de Medeiros Carneiro

Universidade Federal de Pernambuco

Introdução: A cafeína é um psico estimulante que parece agir através dos receptores da adenosina

dos tipos A1 e A2 e dos receptores de dopamina do tipo D2. Seu consumo tem sido associado à

melhora da cognição e desempenho de atletas, além do aumento do gasto energético e diminuição

da ingestão energética. No entanto, quando consumida em doses altas (acima de 40mg/kg) pode

provocar insônia, irritabilidade e até mesmo ansiedade. Em ratos, observa-se que certas alterações

comportamentais devidas ao consumo de cafeína dependem da quantidade consumida.

Objetivo: Investigar, no rato albino, a ação de diferentes doses de cafeína, aplicadas durante o

desenvolvimento do sistema nervoso, no que se refere aos seus efeitos sobre o comportamento de

ansiedade e peso corporal.

Material e Método: O estudo foi realizado com ratos albinos Wistar machos. A cafeína foi

administrada por gavagem, do 7º ao 27º dia de vida pós-natal, (n=15 por grupo). Os grupos

receberam solução contendo respectivamente 15, 30 ou 45 mg de cafeína/kg de peso corporal/dia

(grupos Caf15, Caf30 e Caf45, respectivamente). Além desses, um grupo recebeu água destilada,

isto é, o veículo usado para diluir a cafeína (grupo-V) e outro grupo não recebeu nenhuma gavagem

(grupo ingênuo-I). Os pesos corporais foram aferidos aos 7, 14, 21, 28 dias de vida. O teste de

avaliação comportamental no labirinto em cruz elevado foi realizado aos 28 dias de vida e o teste do

campo aberto aos 30 dias de vida. O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética (protocolo nº

23076.034601/2015-22). Para as análises estatísticas utilizou-se a ANOVA, seguida, quando

necessário, pelo teste de Holm-Sidak. Foram consideradas significativas as diferenças em que

p<0,05.

Resultados: Aos 28 dias de vida os grupos Caf30 e Caf45 apresentaram pesos corporais menores

(respectivamente 64,6±4,0g e 58,9±3,8g) em comparação aos grupos ingênuo (73,6±5,5g), veículo

(72±3,7g) e Caf15 (70,5±4,5g) (p<0,05). Os testes comportamentais sugeriram um efeito ansiolítico

da cafeína. Na análise do tempo por entrada, houve um aumentou de forma dose-dependente nos

animais tratados com cafeína no labirinto em cruz elevado e campo aberto, com valores

significativamente maiores no grupo Caf45 em comparação ao grupo ingênuo. No teste do labirinto

em cruz elevado o número do comportamento de levantar-se foi significativamente menor no grupo

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Caf45 em relação aos grupos controles, o número desse comportamento nos grupos ingênuo,

veículo, CAF15, CAF30 e CAF45 foram respectivamente, 10,6±1,4, 10,8±1,2, 9,5±1,3, 8,8±0,9,

6,9±1,4 (p<0,05). No campo aberto o número de comportamento de levantar-se foi

significativamente menor no grupo Caf45 em relação aos grupos controles e Caf15. O número do

comportamento de levantar-se dos grupos ingênuo, veículo, Caf15, Caf30 e Caf45 foram

respectivamente, 9,5±1,4, 9,8±1,4, 7,5±1,2, 6,6±1,4, 4,8±0,9 (p<0,05).

Conclusão: Esse estudo sugere que o tratamento com cafeína, em sua maior dose, durante o

período de desenvolvimento cerebral causa redução do ganho do peso corporal e reduz o efeito de

ansiedade. No entanto, extrapolar para seres humanos os dados encontrados nesse estudo é algo que

requer cuidado, assim como a dose de cafeína consumida, visto que, em excesso, essa substância

pode ter efeitos não desejáveis. As complexas interações entre cafeína, peso corporal e ansiedade

necessitam de mais investigações.

Referências

AGUIAR, M. J. L.; AGUIAR, C. R. A.; GUEDES, R. C. A. Caffeine/Nutrition interaction in the rat

brain: Influence on latent inhibition and cortical spreading depression. Eur. J. Pharmacol.,

Amsterdam, v. 650, n.1, p. 268-74, 2011.

BLOMS, L. P. et al. The effects of caffeine on vertical jump height an execution in collegiate

athletes. J. Strength. Cond. Res., Lincoln, v. 30, p. 1855-61, 2016.

LISKO, J. G. et al. Caffeine Concentrations in Coffee, Tea, Chocolate, and Energy Drink Flavored

E-liquids. Nicotine Tob. Res., Abingdon, v. 19, n. 4, p. 1-9, 2016.

Palavras-Chave: Cafeína. Comportamento de ansiedade. Desenvolvimento cerebral.

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PÔSTERES

A BAIXA ADESÃO AO TRATAMENTO NUTRICIONAL PODE LEVAR AO MAIOR GANHO DE PESO NO PÓS-TRANSPLANTE RENAL TARDIO?

ADAUTO CEZAR MELO PAIVA, Marcele Araújo Gonçalves,

Camila Araújo de Brito, Ana Monique David da Silva

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: O ganho de peso após o transplante renal tem se tornado cada vez mais frequente

devido o uso crônico de imunossupressores, sedentarismo e menores restrições alimentares. A

obesidade é o problema nutricional mais sério em longo prazo, pois aumenta a demanda metabólica

renal, esse excesso de peso leva ao desenvolvimento de complicações como resistência à insulina,

dislipidemia e hipertensão. O surgimento ou agravamento de repercussões nutricionais negativas

pode estar diretamente relacionado com a baixa adesão ao acompanhamento nutricional na fase

tardia do pós-transplante.

Objetivo: Avaliar se a baixa adesão ao tratamento nutricional pode elevar o ganho de peso em

pacientes pós-transplantados tardios.

Material e Métodos: Estudo transversal realizado em um centro de referência do Nordeste

brasileiro, em indivíduos transplantados há, pelo menos, um ano, de ambos os sexos com idade

acima de 18 anos, no período de agosto de 2017 a janeiro de 2018. A coleta dos dados do

acompanhamento nutricional (realização de, pelo menos, um atendimento nutricional no pós-

transplante tardio) foi obtida a partir de prontuários do ambulatório de nutrição. A avaliação

nutricional foi composta pelos dados antropométricos coletados, os quais foram: o peso atual e peso

seco anterior ao transplante (dado coletado pelo pesquisador no prontuário) e posteriormente foi

calculado o ganho de peso. Os dados foram tratados no programa SPSS e aplicado Teste t para

comparar as médias dos pesos e do ganho de peso nos subgrupos que realizaram atendimento

nutricional ou não no pós transplante tardio. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa sob o nº CAAE 65363417.4.0000.5201 e os participantes assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados: A amostra foi composta por 74 pacientes, com idade média de 43,91 ± 14,926, dos

quais 56,8% (42) eram do sexo masculino. Do total de pacientes avaliados 47,3% (35) não foram as

consultas nutricionais, comparados aos 52,7% (39) que foram em, pelo menos, uma consulta após o

transplante. Os grupos apresentaram médias de peso pré-transplante semelhantes (p=0,33), com

64,50±14,83 para grupo sem adesão ao acompanhamento nutricional e 61,29±13,62 para os que

foram para, pelo menos, uma consulta nutricional. Em relação ao peso pós-transplante, observamos

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médias significativamente maiores nos pacientes que não realizaram consultas (72,39±15,19) em

relação aos pacientes que realizaram (64,46±13,88, p=0,02). Desta forma, o ganho médio de peso

dos pacientes transplantados renais tardios que não foram a nenhuma consulta nutricional foi

significativamente maior (7,88±8,97) em comparação aos que foram para, pelo menos, uma

consulta nutricional (3,17±8,43 p=0,02).

Conclusão: Os dados apresentados demonstram que os pacientes que receberam um

acompanhamento nutricional tiveram um menor ganho de peso em relação aos pacientes que não

foram para nenhuma consulta nutricional. Assim, o acompanhamento nutricional no pós-transplante

controla o ganho de peso e contribui para diminuição do surgimento ou agravamento de

repercussões nutricionais negativas associadas ao excesso de peso.

Referências

CHO, Y. E. et al. Oxidative stress is associated with weight gain in recipients at 12-months

following kidney transplantation. Clin. Biochem., Toronto, v. 49, n. 3, p. 237-42, 2016.

KURNATOWSKA, I. et al. Long-Term Effect of Body Mass Index Changes on Graft Damage

Markers in Patients After Kidney Transplantation. Ann. Transplant., Warsaw, v. 11, n. 21,

p. 626-31, 2016.

KWAN, J. M. et al. Effect of the Obesity Epidemic on Kidney Transplantation: Obesity Is

Independent of Diabetes as a Risk Factor for Adverse Renal Transplant Outcomes. PLos

ONE., San Francisco, v.11. n. 11, p. 1-14, 2016.

Palavras-Chave: Aproveitamento integral. Diabetes. Fibra alimentar.

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O RISCO NUTRICIONAL AUMENTA O TEMPO DE INTERNAMENTO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE GRANDE PORTE

JANAYNA GONCALVES SILVA, Milena Damasceno de Souza Costa, Jéssica Cristina

Guedes Lima da Silva, Maria da Guia Bezerra da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A presença de risco nutricional no período pré-cirúrgico aumenta a incidência de

complicações no pós-operatório e conseqüentemente o tempo de internação hospitalar. Pacientes

submetidos à cirurgia do trato gastrointestinal, geralmente possuem um estado nutricional

comprometido. Dessa forma, uma triagem e avaliação nutricional completa e continuada são

necessárias paraestabelecer estratégias e tratamento adequado, no intuito de manutenção ou

recuperação da saúde.

Objetivo: Caracterizar a amostra quanto ao estado nutricional e avaliar se o risco nutricional

através da Triagem de Risco Nutricional (KONDRUP, 2002) aumenta o tempo de internamento de

pacientes submetidos à cirurgia de grande porte em hospital de referência de Pernambuco.

Material e Metódos: Estudo transversal realizado na clínica de cirurgia geral de um centro de

referência do Nordeste brasileiro. Participaram da pesquisa pacientes de ambos os sexos, com idade

acima de 18 anos submetidos à cirurgia de grande porte, no período de setembro de 2017 a fevereiro

de 2018. A coleta dos dados do risco nutricional (KONDRUP, 2002) e da avaliação nutricional

através dos parâmetros antropométricos (índice de massa corporal e percentual de perda de peso) foi

realizada através da ficha de acompanhamento nutricional da instituição. Esses dados foram

coletados em até 72 horas após admissão do paciente. Os pacientes que apresentavam Nutritional

Risk Screening -2002 igual ou superior a três foram considerados como risco nutricional e os que

apresentavam valores abaixo de três foram considerados sem risco. O Índice de Massa Corporal foi

avaliado conforme valores propostos pela World Health Organization (1995) para adultos e

Lipschitz (1994) para pacientes idosos. O percentual de Perda de peso acima de 10 %, independente

do período, foi considerado grave. O tempo de internamento hospitalar em dias foi obtido a partir

do prontuário do paciente. Os dados foram avaliados pelo Programa Statistical Package for the

Social Sciences. Para caracterização do estado nutricional foi calculada as frequências das variáveis

em percentuais e posteriormente foi aplicado Teste Mann-Whitney para comparar as medianas de

dias de internamento nos subgrupos com e sem risco nutricional. O projeto foi aprovado pelo

Comitê de Ética em Pesquisa sob o n° CAAE:33725714.5.0000.5201 e os pacientes assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados: A amostra foi composta por 68 pacientes sendo 57,35 % (N=39) do sexo feminino,

com idade de 58,86 ± 13,27 anos e mediana de internamento hospitalar de 7,5 ± 7,75 dias. Do total

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de pacientes avaliados, 39,7% (N=27) apresentavam-se com risco nutricional, 30,9 % apresentavam

perda de peso grave e 23,5 % (N=16) eram desnutridos segundo o Índice de Massa Corporal. A

mediana de internamento hospitalar foi significativamente menor no grupo sem risco nutricional

(7,0 ± 4,0 dias) em comparação ao grupo com risco nutricional (10,0 ± 10,5 dias p=0,02).

Conclusão: Observamos alta prevalência de risco nutricional e perda de peso grave nesta

população. A presença de risco nutricional, no período pré-cirúrgico, aumentou o tempo de

internação hospitalar.

Referências

ALMEIDA, A. I. et al. Length of stay in surgical patients: nutritional predictive parameters

revisited. Br. J. Nutr., Cambridge, v. 109, n. 02, p. 322-8, 2017.

LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Prim. Care, Philadelphia, v. 21,

n. 1, p. 55-67, 1994.

KONDRUP, J. et al. ESPEN guidelines for nutrition screening 2002. Clin. Nutr., Edinburgh, v. 22,

n. 4, p. 415-21, 2003.

PEIXOTO, M. I. Comparação entre diferentes métodos de triagem nutricional em pacientes

oncológicos ambulatoriais. Nutr. Clin. Diet. Hosp., Madrid, n. 3, p. 35-43, 2017.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and interpretation of

anthropometry. Geneva: Whorld Health Organizations, 1995.

Palavras-Chave: Cirurgia. Avaliação nutricional. Estado nutricional.

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ADEQUAÇÃO AO CANAL DE CRESCIMENTO IDEAL NA AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO LINEAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

LARISSA DE ANDRADE VIANA, Derberson José do Nascimento Macêdo,

Catarina Tenório de Cerqueira, Ana Carolina Barros da Silva, Yanka Lie Vilella da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O crescimento linear do ser humano está influenciado por fatores intrínsecos e

extrínsecos que atuam acelerando ou retardando tal processo. Sendo assim, pode-se dizer que a

altura final do indivíduo resulta da interação entre sua carga genética e os fatores do meio ambiente,

os quais permitirão a maior ou menor expressão de seu potencial genético. O aspecto importante na

avaliação do crescimento linear é a determinação do alvo parental. Este conceito é muito relevante,

pois relativiza a altura da criança à altura dos pais. Pode-se esperar que haja correlação intrafamiliar

positiva quanto ao estado nutricional de mães e filhos, por compartilharem tanto informações

genéticas quanto condições socioeconômico e ambientais. Assim é primordial considerar o Canal de

Crescimento Ideal na avaliação antropométrica de crianças e adolescentes.

Objetivo: Avaliar o crescimento linear de crianças e adolescentes segundo o potencial genético

através do obtido a partir do alvo parental.

Metodologia: Estudo transversal descritivo com crianças e adolescentes, realizado na clínica

médica pediátrica de um hospital de referência do Nordeste, localizado em Recife Pernambuco. A

coleta de dados ocorreu após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob o número: (CAAE)

51877115.0.0000. 5201. Foi aplicado um questionário para coleta de informações

sociodemográficas e foram aferidas as medidas antropométricas de peso e estatura dos menores e de

suas genitoras, e referidos as dos genitores. Para obtenção do Canal de Crescimento Ideal foi

utilizada a altura parental (segundo os critérios de Tanner, 1962) obtida para cada indivíduo para

localizar, na curva de estatura para idade (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007), o escore Z

correspondente na idade de 19 anos (quando foi considerado o pico máximo de crescimento

baseado nos estudos de Prader, Labhart e Willi (1985) e Velásquez e Correia (2004), que afirmam

que meninas estacionam seu crescimento em torno de 16 anos e meninos aos 18 anos). Este valor de

escore Z foi utilizado para encontrar, na idade atual do escolar, o canal de crescimento ideal,

respeitando o limite superior (altura máxima esperada) e inferior (altura mínima esperada) do

percentil correspondente. O estado nutricional foi avaliado de acordo com os pontos de corte para

os índices antropométricos preconizados pela Organização Mundial de Saúde.

Resultados: A amostra foi composta por 340 indivíduos, com média de idade de 5,6 anos (± 4,22)

dos quais 56,2% do sexo masculino. Segundo as medidas reais aferidas, para o indicador estatura

para idade 10,6% dos indivíduos apresentaram baixa estatura. Já quando aplicada a adequação ao

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Canal de Crescimento Ideal, as crianças e adolescentes apresentaram um maior percentual de

inadequação (25% abaixo do Canal de Crescimento Ideal), e observou-se que 30,9% foram

classificados como adequados e 44,1% superaram seu potencial genético máximo de crescimento

p=<0,001.

Conclusão: O déficit estatural pareceu ser flagrado precocemente pela adequação ao Canal de

Crescimento Ideal, entretanto, a maior parte das crianças e adolescentes estudados está crescendo

acima do seu potencial máximo de crescimento, o que possivelmente reflete melhoria das condições

de vida da população quando comparados aos seus genitores. Evidencia-se então a possibilidade de

utilização do Canal de Crescimento Ideal na avaliação do crescimento linear e principalmente na

adequação ao potencial genético de crescimento da criança e do adolescente.

Referências

BENÍCIO, M. H. D. et al. Estimativas da prevalência de desnutrição infantil nos municípios

brasileiros em 2006. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 47, n. 3, p. 560-70, 2013.

BRASIL. Ministério da saúde. Vigilância alimentar e nutricional (sisvan): incorporação da curva

de crescimento da Organização Mundial da Saúde. Brasília: Secretaria de Atenção à Saúde,

2006-2007.

MAGALHÃES, E. I. S. M. et al. Déficit estatural e fatores associados em crianças de 6 a 24 meses

atendidas em unidades de saúde do sudoeste da Bahia. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, v.

24, n. 1, p. 84-91, 2016.

PONTUAL, J. P. D. S.; FALBO, A. R.; GOUVEIA, J. D. A. Estudo etiológico da diarréia em

crianças hospitalizadas no Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira, IMIP, em

Recife, Pernambuco. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 6, supl. 1, p. S11-S7,

2006.

PRADER, A.; LABHART, A.; WILLI, H. Ein syndrom von adipositas, kleinwuchs, kryptorchismus

und oligophernie nach myotonieartigem zustand im neugeborenenalter. Schweiz Med.

Wochenschr, [S. l.], v. 86, p. 1260-1, 1956.

ROMANI, S. A. M.; LIRA, P. C. Fatores determinantes do crescimento infantil. Rev. Bras. Saúde

Mater. Infant., Recife, v. 4, n. 1, p. 15-23, 2004.

TANNER, J. M. Growth at adolescence. Oxford: Blackwell, 1962.

VELÁSQUEZ, M.; CORREIA, P. E. Indicadores de crescimento físico. Ver. CES Odont., [S.l.], v.

17, n. 1, p. 75-9, 2004.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Growth reference data for 5-19 years. 2007. Disponível

em: <http://www.who.int/growthref/en/>. Acesso em: 4 fev. 2018.

Palavras-Chave: Estatura alvo parental. Baixa estatura. Adolescentes. Estado nutricional.

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ADESÃO A DIETAS DA MODA POR ESTUDANTES DO CURSO DE NUTRIÇÃO EM UMA FACULDADE PRIVADA DO RECIFE-PE

SHENIA CAVALCANTI SAMPAIO MESQUITA, Amanda Costa de Lima,

Jullyana Flávia

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: As dietas da moda podem ser consideradas como padrões alimentares não usuais que

são seguidas com entusiasmo por seus defensores. Principalmente, são utilizadas na tentativa de

perda de peso rápida e controle de obesidade, contudo carecem de respaldo científico ou são

utilizadas de forma indiscriminada, sem acompanhamento profissional. Dessa forma, o profissional

de nutrição deve estar atento ao que se passa no mercado midiático, uma vez que a prescrição e

divulgação de práticas alimentares saudáveis podem ser prejudicadas pela forte influência que o

público recebe da mídia.

Objetivo: Avaliar a adesão de dietas da moda como as dietas sem glúten, sem lactose e low carb,

por estudantes de nutrição do primeiro ao sexto período de uma faculdade privada de Recife.

Material e Método: Foi realizado um estudo transversal em estudantes do curso de nutrição de

uma faculdade privada de Recife que estavam cursando entre o primeiro e sexto período, a amostra

foi determinada por livre demanda dos estudantes. A coleta de dados foi realizada em estudantes de

ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, entre os meses de novembro e dezembro de 2017,

participando todos aqueles que se predispuserem como voluntários ao estudo. Todos os dados foram

tratados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. O projeto foi

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 73176417.3.0000.5569).

Resultados: Foram avaliados 103 estudantes do curso de nutrição, dos quais 85,4% são do sexo

feminino e 14,5% do sexo masculino. Desses estudantes, 54,3% afirmaram que realizou alguma

alteração no padrão alimentar nos últimos meses. Sendo que 34,9% teve acompanhamento de um

nutricionista, 3,88% de um médico e 19,4% alteraram seus hábitos alimentares sem

acompanhamento profissional. Dos motivos que levaram os estudantes a mudarem seus hábitos

alimentares, destacam-se: perda de peso (26,2%), restrição alimentar (3,8%), patologia específica

(7,7%) e outros motivos (16,5%), que seriam para reeducação alimentar e hipertrofia muscular.

Dentre os estudantes que aderiram a dietas da moda, 4,8% era dietas sem glúten, 9,7% sem lactose,

10,6% low carb e 34,9% relataram adesão a outras dietas, como hiperproteica e hipocalóricas.

Conclusão: Diante dos resultados obtidos, ressalta-se que o estudante de nutrição reconhece a

importância de acompanhamento profissional para planejamento alimentar, porém ainda é relevante

o número de estudantes que fazem dietas sem orientação de um nutricionista. A formação

acadêmica no curso de nutrição introduz basilares de alimentação saudável e equilibrada, com perda

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de peso gradual. Contudo, os estudantes de nutrição que aderiram a dietas da moda buscavam a

perda de peso rápida, sem ser acompanhada por uma reeducação alimentar. Com isso, ressalta-se a

forte influência da mídia, devendo existir um trabalho mais forte de conscientização e pesquisas por

mais embasamento científico.

Referências

BETONI, Fernanda; ZANARDO, Vivian P. Skzypek; CENI, G. Cristina. Avaliação de utilização de

dietas da moda por pacientes de um ambulatório de especialidades em nutrição e suas

implicações no metabolismo. ConScientia e Saúde, São Paulo, v. 9, n. 3, p. 430-40, 2010.

BRAGA, Patrícia Déa; MOLINA, Maria del Carmen Bisi; CADE, N. Valadão. Expectativas de

adolescentes em relação a mudanças do perfil nutricional. Ciênc. Saúde Colet., Rio de

Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1221-8, 2007.

Palavras-Chave: Dietas da moda. Alimentação. Nutrição.

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ADESÃO NUTRICIONAL EM PÓS-TRANSPLANTADOS RENAIS TARDIOS E SUA RELAÇÃO COM PARÂMETROS BIOQUÍMICOS

MARCELE ARAÚJO GONÇALVES, Adauto Cézar Melo Paiva,

Amanda Kelly de Medeiros Sena, Ana Monique David da Silva.

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: No pós-transplante tardio, o uso de crônico de imuno supressores, sedentarismo,

menores restrições alimentares associado com o aumento da ingestão alimentar são alguns dos

fatores que contribuem para diversas alterações bioquímicas nesta população. A baixa adesão ao

acompanhamento nutricional pode estar diretamente relacionada com surgimento ou agravamento

de repercussões nutricionais negativas.

Objetivos: Avaliar as alterações bioquímicas de pacientes transplantados renais tardios e sua

relação com adesão ao acompanhamento nutricional.

Material e Métodos: Estudo transversal realizado em um centro de referência do Nordeste

brasileiro, em indivíduos transplantados renais há, pelo menos, um ano, de ambos os sexos com

idade acima de 18 anos, no período de agosto de 2017 a janeiro de 2018. A coleta dos dados do

acompanhamento nutricional (realização de, pelo menos, um atendimento nutricional no pós-

transplante tardio) foi obtida a partir de prontuários do ambulatório de nutrição. A avaliação

bioquímica foi composta por colesterol total, triglicerídeos e glicemia de jejum. Os parâmetros

bioquímicos foram coletados, no máximo, até os últimos 3 meses anteriores ao momento da coleta.

Os dados foram tratados no programa SPSS e aplicado Teste t para comparar as médias dos valores

bioquímicos nos subgrupos que realizaram atendimento nutricional ou não no pós transplante

tardio. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o nº CAAE

65363417.4.0000.5201 e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados: A amostra foi composta por 74 pacientes, com idade média de 43,91 ± 14,926, dos

quais 56,8% (42) eram do sexo masculino. Na população que não compareceu a nenhuma consulta

nutricional no pós-transplante, 43,7% (35), as médias do colesterol total, triglicerídeos e glicemia de

jejum foram, 192,49 ± 50,37, 184,31 ± 70,72, 90,66 ± 18,49, respectivamente. Nos pacientes que

compareceram ao menos uma consulta no pós-transplante, as médias foram de 184,16 ± 42,15,

136,76 ± 35,73 e 96,18 ± 40,86, respectivamente. Comparando-se as duas populações, as médias de

triglicerídeos apresentaram-se significativamente maiores nos pacientes que não realizaram

consultas (p<0,0001). Não foi observada diferença significativa em relação à comparação das

médias de colesterol total (p=0,44) e glicemia (p=0,46).

Conclusão: Pode-se observar a baixa adesão ao acompanhamento nutricional no pós-transplante

tardio. A população que não compareceu as consultas nutricionais se mostrou mais propensa a

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elevações no triglicerídeo sérico, podendo comprometer o prognóstico no pós-transplante. Contudo,

não observamos diferença significativa nas médias da glicemia de jejum e colesterol total com a

baixa adesão ao acompanhamento nutricional.

Referências

ANNEMA, W. et al. HDL Cholesterol Efflux Predicts Graft Failure in Renal Transplant Recipients.

J. Am. Soc. Nephrol., Baltimore, v. 27, n. 2, p. 595-603, 2016.

CARMINATTI, M. et al. Are Kidney Transplant Patients Receiving Chronic Kidney Disease

Treatment? A Comparative Study to Predialysis Patients in a Multidisciplinary Setting. Exp.

Clin. Transplant., Ankara, v. 14, n. 5, p. 491-96, 2016.

MIKOLASEVIC, I. et al. Dyslipidemia in patients with chronic kidney disease: etiology and

management. Int. J. Nephrol. Renovasc. Dis., New Zealand, v. 7, n. 10, p. 35-45, 2017.

Palavras-Chave: Assistência ambulatorial. Transplante de rim. Estado nutricional.

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ALTERAÇÕES DE NÍVEIS SÉRICOS DE LIPÍDIOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES E SUAS RELAÇÕES COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

SDIRRAL MILENA SOARES DE BRITON, Gabriela Duarte de Melo Silva,

Caroline Neves de Morais, Samanta Siqueira de Almeida

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: O excesso de peso na população infantil está cada vez mais evidente, este é um fato

preocupante, visto que a obesidade é um dos agentes causadores das comorbidades, o que pode

comprometer o crescimento e o desenvolvimento da população infanto juvenil. Por este motivo

torna-se importante verificar a relação entre as alterações lipídicas e o excesso de peso em crianças

e adolescentes.

Objetivo: Correlacionar às alterações dos níveis séricos de lipídios e o índice de massa corporal em

crianças e adolescente.

Material e Métodos: Estudo transversal realizado no ambulatório de nutrição infantil em um centro

de referência do Nordeste brasileiro, com crianças e adolescentes portadores de excesso de peso,

com faixa etária igual e superior a 8 anos e menor de 18 anos, no período de outubro de 2015 a

setembro de 2016. Foram tomadas medidas antropométricas de peso, estatura e Índice de Massa

Corporal. A avaliação nutricional foi realizada mediante curvas de crescimento de Índice de Massa

Corporal para idades propostas pela Organização Mundial da Saúde (2007). Os dados bioquímicos

selecionados foram: colesterol total, lipoproteína de alta densidade e lipoproteína de baixa

densidade, este foram coletados nos prontuários e fichas de acompanhamentos dos pacientes. Seus

valores foram classificados segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005). Para análise de

correlação utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Spearman´s. O nível de significância foi

definido com p< 0,05. Os dados foram tratados no programa Statistical Package for Social Science

versão 20.0. O presente estudo foi aprovado sob o n.º 33760514.6.0000.5201 pelo Comitê de

Bioética e Pesquisa. Os responsáveis dos participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido.

Resultados: Amostra foi composta por 27 crianças e adolescente com faixa etária de 8 a 18 anos.

Foram estudados 6 crianças e 21 adolescentes, dentre os quais 70,7% (n= 17) apresentavam risco de

sobrepeso/sobrepeso. A prevalência de pacientes com níveis elevados de colesterol sérico foi de

22%, assim como os níveis séricos de lipoproteínas de baixa densidade estavam aumentados em

apenas 3,7%, já os níveis séricos de lipoproteína de alta densidade estavam diminuídos em 77,8%

(n= 21). A correlação entre o índice de massa corporal e os níveis séricos estudado foi positiva

apenas para as dosagens de colesterol total (p= 0,05), enquanto que para as dosagens de lipoproteína

de baixa e alta densidade não foram positivas (p= 0,363) e (p= 0,9).

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Conclusão: O estudo evidenciou uma correlação positiva entre o índice de massa corporal e o

colesterol, no entanto para as variáveis de lipoproteína de baixa e alta densidade os resultados não

foram favoráveis. Toda via na amostra houve uma alta prevalência de indivíduos portadores de

excesso de peso e que também apresentavam os níveis séricos de lipoproteína de alta densidade

diminuídos.

Referências

ALCÂNTARA NETO, O. D. et al. Fatores associados à dislipidemia em crianças e adolescentes de

escolas públicas de Salvador, Bahia. Rev. Bras. Epidemiol., São Paulo, v. 15, n. 2, p. 335-

45, 2012.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e

Tratamento da Síndrome Metabólica. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 84, p. 1-28, 2005.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Growth reference data for 5-19 years. 2007. Disponível

em: <http://www.who.int/growthref/en/>. Acesso em: 4 fev. 2018.

Palavras-Chave: Criança. Adolescente. Obesidade. Colesterol.

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ANÁLISE DO ACESSO AO CUIDADO NUTRICIONAL DE MULHERES PORTADORAS DE CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA NA REDE DE

ATENÇÃO EM DOIS MUNICÍPIOS DA PARAÍBA (PB)

TAZLA INGRIDE DE SOUSA LINS, Andressa Karine Montes Gomes,

Gabriela Magalhães Medeiros, Gabriella Yandra Fernandes Souza

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A morbidade e mortalidade por câncer de colo do útero e câncer de mama no Brasil,

sozinhas, justificam a implantação de melhores estratégias para o controle/cuidado destas doenças.

O adequado funcionamento das Redes de Atenção à Saúde pode ter impacto significativo frente a

redução da mortalidade por essas patologias no país, tendo em vista o incremento no diagnóstico

precoce e na possibilidade de realização do tratamento adequado e oportuno às mulheres, dentro da

condição que se detectar. A terapia nutricional no câncer pode ser introduzida como terapia

adjuvante durante o tratamento, ou na forma de administração de nutrientes a pacientes que não

conseguem manter uma ingestão adequada em longo prazo. O comprometimento do estado

nutricional (EN) está relacionado com o aumento da morbimortalidade no câncer, onde uma

avaliação nutricional periódica deve fazer parte da rotina do tratamento. A melhoria do estado

nutricional além de visar reduzir os efeitos colaterais do tratamento, aumenta a resposta do paciente

à terapia utilizada. Um ótimo atendimento nutricional aumenta a taxa de sobrevida dos pacientes e

promove uma melhor adaptação aos programas de reabilitação. Assim, a terapia nutricional deve

estar presente com o objetivo de: prevenir e tratar a desnutrição, garantindo a oferta adequada de

nutrientes para melhorar o balanço nitrogenado e reduzir a proteólise; aumentar a resposta imune,

melhorar a qualidade de vida e reduzir o número de complicações provenientes dos tratamentos

evitando suas possíveis interrupções.

Objetivo: Analisar o acesso de mulheres a informação nutricional como dimensão do cuidado dos

cânceres do colo do útero e de mama.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, utilizando metodologia qualitativa

com abordagem fenomenológica. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais e

semi-estruturados com mulheres dos municípios de João Pessoa e Cabedelo, no estado da Paraíba,

no Nordeste do Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com CAAE:

44590115.0.0000.5188.

Resultados: Através dos relatos, foi possível observar dificuldades no diagnóstico precoce trazendo

um pior prognóstico de tratamento e, portanto maior impacto no estado nutricional, além dos efeitos

psicológicos e do(s) tratamento(s) instituído(s). Constatou-se inadequação na história alimentar

anterior, alterando alguns hábitos alimentares após o diagnóstico, porém a intervenção e a

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informação nutricional não foram valorizadas, não sendo indicada pelos profissionais responsáveis

pelo tratamento.

Conclusão: Deve-se reforçar a importância do profissional de nutrição na abordagem do tratamento

das portadoras de câncer de mama e de colo de útero, tendo em vista a qualidade de vida dessas

pacientes, proporcionando o acesso a informações a serem colocadas em prática durante a vida.

Referências

FONSECA, D. A; GARCIA, R. R. M; STRACIERI, A. P. M. Perfil nutricional de pacientes

portadores de neoplasias segundo diferentes indicadores. Rev. Digit. Nutr., Ipatinga, v. 3, n.

5, p. 444-61, 2009.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa

2016: Incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2015.

OLIVEIRA, T. A importância do acompanhamento nutricional para pacientes com câncer. Rev.

Prática Hosp., São Paulo, n. 51, p. 150-54, 2007.

PALMIERI, B. N. et al. Aceitação de preparações e sua associação com os sintomas decorrentes do

tratamento de câncer em pacientes de uma clínica especializada. Alimentação e sintomas em

pacientes com câncer. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p.2-9, 2013.

SILVA, M. P. N. Revisão de Literatura: Síndrome da Anorexia-Caquexia em portadores de câncer.

Rev. Bras. Cancerol., Rio de Janeiro, v. 52, n. 1, p. 59-77, 2006.

Palavras-Chave: Neoplasias da mama. Neoplasias do colo do útero. Intervenção nutricional.

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APLICAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN COMO ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO DE CUSTOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO

CHIKA WAKIYAMA, Edijane Maria de Castro Silva,

Luciana Bezerra de Lira, Adriana Carla Santos de Menezes Ramos

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A premissa para a evolução organizacional e gestão de processo é necessária a

modificação de valores e aprendizado dos profissionais, com a possibilidade de inovação e

aquisição de novas competências. Porém, é primordial introduzir metodologias/filosofias

direcionadas a mudanças e melhorias contínuas por meio de eliminação de desperdícios (LOPES et.

al., 2010). O programa Lean Seis Sigma é uma filosofia direcionada para melhoria contínua por

meio da eliminação de desperdícios. A sobra de alimentos pode ocasionar o desperdício durante

todo o processo de produção, desde o recebimento até a distribuição. Os principais motivos da

existência do desperdício nas UANs ocorrem quando não há planejamento adequado do volume de

refeições a ser preparado, erros no planejamento dos cardápios, utensílios inadequados para

porcionamento e ainda a aceitação do cliente quanto aquela preparação.

Objetivos: Implantar através da aplicação da metodologia Lean iniciativas de melhoria de fluxo

e/ou custo de uma Unidade de Alimentação e Nutrição.

Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo que utilizou como inspiração a metodologia

Lean. Tal iniciativa faz parte de um Projeto Institucional a partir da Gestão Matricial de Despesas

em parceria com o Grupo Neoenergia. Essa metodologia foi desenvolvida para empresas que

almejam implementar ciclos de melhoria contínua para atingir um nível benchmark de eficiência em

despesas fixas. Foram selecionados 5 setores de maior custo, denominados de pacote para iniciar a

busca de iniciativas de redução de fluxos e processos. Tal trabalho apresentará dados do pacote de

nutrição realizada a partir de 3 iniciativas no período de setembro a dezembro/2017. A seleção das

iniciativas foi baseada na curva ABC de consumo. O método da curva ABC serve para identificar

quais são os itens prioritários, os mais caros e com a maior rotatividade e consumo (OLIVEIRA et

al., 2018), e assim foram escolhidos os seguintes gêneros alimentícios: carne moída, inhame e leite

integral como iniciativas para o pacote de nutrição.

Resultados: As ações implantadas para cada iniciativa foram: Carne moída: aquisição de moedor e

troca da matéria prima. Antes da iniciativa comprava-se a carne moída congelada, a qual

apresentava perda de rendimento médio de 45% a depender do fabricante. A substituição da carne

moída congelada por músculo moído no próprio serviço possibilitou um rendimento médio de 87%.

Leite desnatado: ajuste no porcionamento e controle de estoque. Inhame: ajuste no per capita,

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técnica de preparo, porcionamento e treinamento da equipe. A partir dos resultados obtidos foi

comparado os resultados do período de setembro a dezembro/2017 com os dados do mesmo período

do ano anterior (setembro a dezembro/2016). A soma dos valores em reais (R$) das 3 iniciativas

possibilitaram uma economia de 14,75%.

Conclusão: As soluções implementadas possibilitam uma economia financeira expressiva, para

atingir um nível benchmark de eficiência. A continuidade e monitoramento periódico dessas

iniciativas são de extrema importância para o sucesso do projeto, e o grande desafio é multiplicar

entre colaborados o pensamento/compromisso no método. A disseminação desse pensamento

inspirativo na equipe de trabalho, não só entre os coordenadores de área se apresenta como o grande

desafio, e de grande importância para a ampliação dos resultados.

Referências

BUSATO, M. A.; FERIGOLLO, M. C. Desperdício de alimentos em unidades de alimentação e

nutrição: uma revisão integrativa da literatura. Holos, Natal, v. 34, n, 1, p. 91-102, 2018.

FERGUSON, D. Lean and six sigma: the same or different?. Manag. Services, [s.l.], p. 12-3, 2007.

LOPES, C. P. et al. A aplicação do Lean Seis sigma como método para redução de custos nos

serviços logísticos para DHL global Forwarding. eGesta. Rev. Eletr. Gest. Negócios,

Santos, v. 6, n. 1, p. 21-45, 2010.

OLIVEIRA, C. K. et. al. Stock Management. Conference SEMAT 2017. Cornell University

Library, 2018. Disponível em: <https://arxiv.org/abs/1802.10003>. Acesso em: 23 mar.

2018.

Palavras-Chaves: Lean. UAN. Custo. Seis Sigma.

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APLICAÇÃO DA PAPAÍNA NA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES PARA REDUÇÃO DE CUSTOS EM UMA INICIATIVA EXITOSA DE UM HOSPITAL DE

REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO: USO DA METODOLOGIA LEAN SEIS SIGMA

CHIKA WAKIYAMA, Sandra Regina Silva de Moura, Gabriela Maria da Silva Rocha

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A premissa para a evolução organizacional e gestão de processo é a necessária

modificação de valores e aprendizado dos profissionais, com a possibilidade de inovação e

aquisição de novas competências, porém, também é primordial introduzir metodologias e filosofias

direcionadas a mudanças e melhorias contínuas por meio de eliminação de desperdícios. O

programa Lean Seis Sigma é uma filosofia direcionada para melhoria contínua por meio da

eliminação de desperdícios, o hidrogel e a papaína são alternativas viáveis utilizadas na cicatrização

de lesões, porém com custos distintos. O tratamento de feridas vem evoluindo através dos tempos,

proporcionando grandes avanços na compreensão dos processos e fenômenos envolvidos nas

diversas fases da reparação tecidual. Muito se tem investido em pesquisa e desenvolvimento de

recursos e tecnologias com o objetivo de favorecer esses avanços e redução de custos.

Objetivos: Aplicar a metodologia Lean para avaliar a redução de custos através da substituição do

hidrogel pela papaína.

Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo que utilizou como inspiração a metodologia

Lean. Tal iniciativa faz parte de um Projeto Institucional, intitulado Gestão Matricial de Despesas

em parceria com o Grupo Neoenergia. Tal metodologia foi desenvolvida para empresas que

almejam implementar ciclos de melhoria contínua para atingir um nível benchmark de eficiência em

despesas fixas. Foram selecionadas cinco categorias de despesas de alto custo, denominados de

pacotes para iniciar a busca de iniciativas de redução de fluxos e processos. Tal trabalho apresentará

dados de uma iniciativa exitosa do pacote de penso no período de Out./17 a Jan./18. A ação

implantada foi à substituição do uso de hidrogel pela papaína manipulada na instituição.

Resultados: A iniciativa realizada foi à substituição do hidrogel pela papaína, o custo da

manipulação da papaína representa 22% do valor da aquisição do hidrogel, em Nov./2017 foi

iniciada a substituição gradativa do hidrogel. Comparando o valor gasto com essas coberturas em

Out./2017 (utilizando apenas o hidrogel) e Jan./2018 (substituição em andamento) já foi observada

uma economia de 35%. Antes dessa iniciativa o valor gasto na aquisição mensal do hidrogel era em

média R$ 22.340, após três meses, com alguns setores ainda utilizando o hidrogel, o custo com as

duas coberturas foi de R$ 7.811.

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Conclusão: A solução implementada da substituição do hidrogel por papaína manipulada

possibilitou uma economia financeira expressiva, para atingir um nível benchmark de eficiência

sem comprometer assistência ao paciente, já que a literatura mostra a segurança e eficácia no uso da

papaína para cicatrização de feridas.

Referências

FERGUSON, D. Lean and six sigma: the same or different?. Manag. Services, p. 12-3, 2007.

Disponível em: <http://findarticles.com/p/articles/mi_qa5428/is_200710/ai_n21295894>.

Acesso em: 20 fev. 2009.

LOPES, C. P. et. al. A aplicação do Lean Seis sigma como método para redução de custos nos

serviços logísticos para DHL global Forwarding. eGesta. Rev. Eletr. Gest. Negócios,

Santos, v. 6, n. 1, p. 21-45, 2010.

SZWED, D. N.; SANTOS, V. L. P. Fatores de crescimento envolvidos na cicatrização de pele. Cad.

Esc. Saúde, Curitiba, v. 1, n. 15, p. 7-17, 2016.

Palavras-Chave: Custo. Tecido de granulação. Regeneração. Papaína.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE O ESTADO NUTRICIONAL, TIPO DE CARDIOPATIA E O TEMPO DE INTERNAMENTO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

SUBMETIDOS A CIRURGIAS CARDÍACAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO NORDESTE

JÉSSICA CRISTINA GUEDES LIMA DA SILVA, Erika Andréa Bonner de Almeida,

Tatiana Vanessa Nascimento da Silva, Camila Yandara Sousa Vieira de Melo

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Cardiopatias congênitas são caracterizadas como anormalidades na estrutura e função

cardiocirculatória presentes desde o nascimento, podendo ser classificadas como cianóticas e

acianóticas, de acordo com a oxigenação e fluxo sanguíneo. Conforme sua gravidade pode ocorrer

alterações nutricionais que interferem no crescimento e desenvolvimento normais, com consequente

aumento da morbimortalidade. Portanto, a reposição das reservas nutricionais no pré-operatório de

cardiopatias congênitas influencia positivamente nos resultados pós-operatórios.

Objetivos: Avaliar o estado nutricional pré-operatório e a evolução pós-operatória de crianças e

adolescentes submetidos à cirurgia cardíaca.

Material e Método: Estudo do tipo longitudinal e descritivo, realizado nos setores de Cardiologia e

Unidade de Terapia Intensiva pediátricas em hospital de referência do Nordeste, no período de

janeiro a junho de 2017. O estudo foi composto por 77 crianças e adolescentes com idades de 0 a 16

anos e 5 meses, de ambos os sexos, internados para realização de cirurgia cardíaca. Foram coletados

dados referentes à patologia de base, tempo de permanência hospitalar e medidas antropométricas

para todos os pacientes no momento da admissão, mediante a confirmação através termo de

consentimento livre e esclarecido e/ou o termo de livre assentimento. Na análise estatística foi

utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences, versão 22.0 para Windows,

considerando um nível de significância menor que 0,05. O projeto de pesquisa foi aprovação pelo

Comitê de Ética e Pesquisa sob o CAAE 39934514.9.0000.5201 com o protocolo número 4637-15.

Resultados: O tempo de internamento, incluindo o tempo em Unidade de Terapia Intensiva,

apresentou uma mediana de 11 dias, variando de 6 a 71 dias. Houve significância estatística quando

comparado o tempo de internamento de pacientes com cardiopatias cianóticas e acianóticas

(p=0,003). Ao comparar o estado nutricional pré e pós-operatório da população estudada observou-

se que houve uma quantidade significativa de pacientes cianóticos com desnutrição de 65,5%. No

tocante, a associação entre tempo de internamento e o tipo de cardiopatia, observou-se significância

estatística quando comparado o tempo de internamento de pacientes com cardiopatias cianóticas e

acianóticas, mostrando que pacientes portadores de cardiopatias cianóticas permaneceram

internados por mais tempo.

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Conclusão: Observa-se influência positiva entre o tempo de internamento, o tipo de cardiopatia

congênita e o estado nutricional, apresentando uma quantidade significativa de pacientes cianóticos

com desnutrição no pré e pós-operatório. Esses dados demonstram que pacientes portadores de

cardiopatias cianóticas permaneceram internados por mais tempo e com isso elevam-se também os

riscos de desnutrição e infecção hospitalar.

Referências

BELO, W. A.; OSELAME, G. B.; NEVES, E. B. Perfil clínico-hospitalar de crianças com

cardiopatia congênita. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 216-20, 2016.

QUARESMA, L. et al. Nutrição Entérica do Lactente com Cardiopatia Congénita. Acta Ped.

Portuguesa, Lisboa, v. 46, p. 119-25, 2015.

SANTOS, T. D. et al. Intervenção nutricional pré-operatória e a evolução de crianças submetidas à

cirurgia cardíaca para correção de cardiopatias congênitas: estudo piloto. Braspen. J., [s. l.],

v. 32, n. 1, p. 8, 2017.

Palavras-Chave: Cardiopatias. Cirurgia. Estado nutricional.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E TEMPO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES CRÍTICOS

BRUNA OLIVEIRA DE MEDEIROS, Bruno Soares de Sousa, Claudete Xavier do

Nascimento, Marry Aneyts de Santana Cirilo, Maria da Guia Bezerra da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O ambiente moderno é um potente estímulo para a obesidade. A diminuição dos níveis

de atividade física e o aumento da ingestão calórica são fatores determinantes ambientais mais

fortes. Há um aumento significativo da prevalência da obesidade em diversas populações do

mundo, incluindo o Brasil. A obesidade está associada a comorbidades e alterações fisiológicas,

limitações físicas que interferem na evolução da doença aguda e prejudicam a implementação e

eficácia de intervenções no paciente crítico. Alguns estudos relatam que a obesidade está

independentemente associada com maior mortalidade, tempo de internação e necessidade de suporte

ventilatório prolongados.

Objetivo: Identificar se a associação da obesidade com o tempo em ventilação mecânica invasiva.

Material e Métodos: Estudo observacional analítico de corte transversal, realizado de março a

novembro de 2016, acompanhando os pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva com

necessidade de ventilação mecânica invasiva até seu desfecho clínico. O presente estudo foi

aprovado pelo Comitê de Ética, através da plataforma Brasil, sob o número: 52453115.0.0000.5201.

Resultados: A amostra foi composta por 41 pacientes, sendo 60,9 % do sexo feminino. A média de

idade foi de 51,3 ± 17,6 anos. Os pacientes apresentaram peso médio de 61,6 ± 14,5 Kg e altura

média de 1,61 ± 0,1 m. O índice de massa corporal médio foi de 23,6 kg/m² (± 5,5) e 31,9% (n=13)

apresentavam sobrepeso/obesidade segundo classificação do índice de massa corporal. O índice de

massa corporal médio apresentou correlação positiva com o tempo de ventilação mecânica (r=0,22,

p=0,18), aqueles que tinham um índice elevado comparado a média da população apresentaram uma

maior média de tempo de ventilação mecânica (8,69 ± 3,79), em comparação aos abaixo da média

(7,50 ± 4,39). Este estudo comparou pacientes obesos com não obesos avaliando o fator obesidade

na assistência ventilatória invasiva, visto que as propriedades mecânicas do sistema respiratório, a

força de contração dos músculos respiratórios e as trocas gasosas dos obesos mórbidos são

caracterizadas por distúrbios marcadamente preditoras em comparação com indivíduos de peso

normal.

Conclusão: As alterações na mecânica respiratória secundárias à obesidade implicam no aumento

da resistência do sistema respiratório, onde o tempo em ventilação mecânica apresentou correlação

com o peso dos pacientes durante internação na unidade de terapia intensiva, sendo os pacientes

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com sobrepeso e obesidade o grupo que apresentou maior tempo em assistência ventilatória

invasiva.

Referências

DIRETRIZES Brasileiras de Obesidade. São Paulo: ABESO, 2016.

EL-SOLH, A. A. et al. Combined oral appliance and positive airway pressure therapy obstructive

sleep apnea: a pilot study. Sleep Breath., Titisee-Neustadt, v. 15, n. 2, p.203-8, 2011.

MCCLAVE, S. A. et al. Guidelines for the Provision and Assessment Nutrition Support Therapy in

the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and American

Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). J. Parenter. Enteral Nutr.,

Baltimore, v. 40, n. 2, p. 159-211, 2009.

SCHLEDER, J. C. et al. Relação do estado nutricional e dependência de ventilação mecânica em

pacientes críticos oncológicos. Fisioter. Pesq., São Paulo, v. 20, n. 2, p. 104-10, 2013.

Palavras-Chave: Obesidade. Ventilação mecânica. Terapia intensiva.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE O TEMPO DE INTERNAMENTO, DESNUTRIÇÃO E EXCESSO DE PESO DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE

TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ESCOLA DE RECIFE-PERNAMBUCO

ANA KAROLYNA RODRIGUES SILVA DOS SANTOS, Camila Tomé da Cunha,

Ednádila Farias Santos, Paola Frassinette de Oliveira Albuquerque Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Pacientes em estado crítico apresentam um grande estresse catabólico decorrente de

um estado inflamatório sistêmico preexistente. O estado de má nutrição está ligado com a perda de

massa muscular que, por sua vez, pode ser responsável pelo mal prognóstico dos pacientes, já que

estes estão mais suscetíveis a cursar com infecções, edema, redução da imunidade, maior tempo de

dependência de ventilação mecânica e dificuldade de cicatrização dos tecidos lesados. Por outro

lado, os estudos são controversos a respeito dos pacientes com sobrepeso/obesidade em relação ao

desfecho clínico.

Objetivo: Verificar a relação do estado nutricional de pacientes críticos com o tempo de

internamento em uma Unidade de Terapia Intensiva.

Material e Método: Estudo do tipo retrospectivo tendo como amostra pacientes internados em uma

Unidade de Terapia Intensiva Clínica. A coleta de dados ocorreu através dos registros das fichas de

terapia nutricional de pacientes internados no período entre fevereiro 2015 e fevereiro de 2016. Para

os dados antropométricos foram utilizadas as medidas de circunferência do braço e a altura do

joelho dos pacientes. As estimativas do peso e da altura foram realizadas através das equações

sugeridas por Chumlea, Roche e Mukherjee (1987). O estado nutricional foi classificado pelo índice

de massa corporal. Para adultos, utilizou-se a classificação da World Health Organization (WORLD

HEALTH ORGANIZATION, 1995) para idosos a classificação de Lipschitz (1994). A análise

estatística foi realizada pelo programa Statistical Package for Social Sciences, versão 13.0. O

projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, obtendo número de Certificado

de Apresentação para Apreciação Ética 5362017900005201.

Resultados: A amostra foi composta por 54 pacientes, com média de idade 59,11 ± 17,90 anos,

havendo 53% de indivíduos do sexo feminino. A média de dias de internamento foi 18,00 ± 12,22

dias. Referente ao índice de massa corporal, 25,9% apresentou desnutrição, 50% eutrofia e 24,1%

excesso de peso. Verificou-se que houve maior tempo de internamento nos pacientes que

apresentavam desnutrição (23,8%) e excesso de peso (31,0%). No entanto, não ocorreu associação

estatisticamente significante entre essas variáveis (p=0,327).

Conclusão: O estado nutricional de pacientes críticos pode estar relacionado com o tempo de

permanência na Unidade de Terapia Intensiva, uma vez que a composição corporal sofre influência

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das mudanças funcionais que são modificadas de acordo com o tempo. Por isso, um adequado

acompanhamento nutricional é considerado de fundamental importância na evolução clínica e

nutricional dos pacientes criticamente enfermos.

Referências

CHUMLEA, W. C.; ROCHE, A. F.; MUKHERJEE, D. Nutritional assessment of the elderly

through anthropometry. Columbus, Ohio: Ross Laboratories, 1987.

LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Prim. Care, Philadelphia, v. 21,

n. 1, p. 55-67, 1994.

SCHLEDER, J. C. et al. Relação do estado nutricional e dependência de ventilação mecânica em

pacientes críticos oncológicos. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 20, n. 2, 2013.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and interpretation of

anthropometry. Geneva: Whorld Health Organizations, 1995.

Palavras-Chave: Avaliação nutricional. Alta do Paciente. Cuidados Críticos.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE RAZÃO DA CINTURA/ESTATURA E PRESENÇA DE HIPERTENSÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

SDIRRAL MILENA SOARES DE BRITON, Gabriela Duarte de Melo Silva,

Samanta Siqueira de Almeida, Juliana Machado Wanderley Corrêa de Oliveira

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica, patologia comumente associada à população adulta,

hoje é freqüentemente encontrada na população pediátrica, estando intrinsecamente relacionada ao

distúrbio crescente da obesidade nesta população. Por isso investigar as associações entre o excesso

de peso e as alterações de níveis pressóricos é fundamental, visto que esta patologia está cada vez

mais frequente na população infanto-juvenil.

Objetivo: Avaliar a associação entre a razão da cintura-estatura e presença de hipertensão em

crianças e adolescente.

Material e Métodos: Estudo transversal realizado em um ambulatório de nutrição infantil de um

centro de referência do Nordeste brasileiro, com crianças e adolescentes portadores de excesso de

peso. Foram tomadas medidas antropométricas de Peso, Estatura e Índice de Massa Corporal e

Circunferência da Cintura. A avaliação nutricional foi realizada mediante Curvas de Crescimento

propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Circunferência da Cintura foi avaliada

segundo Freedman et al. (1999), já a Razão Circunferência da Cintura/Estatura (superior a 0,5)

utilizou-se as referências de Frisancho (1990). A Pressão Arterial foi mensurada mediante um

tensiômetro analógico apropriado para idade ou espessura do braço e seus valores de acordo com as

normas da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2005. Os dados foram tratados no programa

estatístico Statistical Package for Social Science versão 13.0. Para análise de correlação utilizou-se

o Coeficiente de Correlação de Spearman´s. O nível de significância foi definido com p<0,05. O

trabalho foi aprovado pelo Comitê sob o n.º 33760514.6.0000.5201. Todos os responsáveis pelos

participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados: Amostra foi composta por 24 crianças e adolescente com faixa etária de 6 a 18 anos.

Foram estudados 6 crianças e 18 adolescentes, dentre os quais 69,6% (n= 16) apresentavam risco de

sobrepeso/sobrepeso, 30,4% (n= 7) apresentavam obesidade grave e hipertensão, 16% (n= 4) da

amostra apresentaram circunferência da cintura elevada 41,6% (n= 10) e 37,5% (n= 9) apresentaram

a para a razão circunferência da cintura estatura > 0,50. Este estudo não encontrou associação entre

os níveis pressóricos e a circunferência da cintura (p= 0,92).

Conclusões: Embora este estudo não tenha encontrado uma associação positiva entre as variáveis

estudas, pode se observar um número elevado de crianças e adolescentes com elevações de níveis

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pressóricos, assim como portadores de obesidade central. Sugerindo que mais estudos sejam

realizados a fim de verificar estas associações.

Referências

FREEDMAN, D. S. et al. Relation of circumferences and skinfold thicknesses to lipid and insulin

concentrations in children and adolescents: the Bogalusa Heart Study. Am. J. Clin. Nutr.,

Beteshda, v. 69, p. 308-17, 1999.

FRISANCHO, A. R. (Ed.). Anthropometric standards for the assessment of growth and

nutritional status. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1990.

GOMES, M. J.; MORAES, S. F.; SCHERER, A. F. Associação positiva entre razão cintura-estatura

e presença de hipertensão em adolescentes. Rev. Port. Cardiol., Lisboa, v. 35, n. 9, p. 479-

84, 2016.

Palavras-Chave: Criança. Obesidade. Pressão arterial. Circunferência da cintura.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE TEMPO DE ATINGIR NECESSIDADES NUTRICIONAIS E DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL

MARIA CECÍLIA MARTINS DA SILVA, Nathaly Maria Monte dos Santos,

Paola Frassinette de Oliveira Albuquerque Silva, Jessica Cristina Guedes Lima da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A terapia nutricional tem como objetivos fornecer aporte nutricional adequado,

prevenir deficiências nutricionais, atenuar a perda de massa magra, evitar complicações e melhorar

os desfechos clínicos. E neste contexto a terapia nutricional enteral tem sido empregada

rotineiramente como alternativa bem-sucedida para melhorar as condições nutricionais nos

pacientes hospitalizados.

Objetivo: Analisar a associação entre o tempo para atingir as necessidades nutricionais estimadas e

o desfecho clínico de pacientes em terapia nutricional enteral.

Materiais e Métodos: Trate-se de um estudo transversal, descritivo realizado na enfermaria e

unidade de terapia intensiva neurológica de um hospital escola do Recife. A amostra foi composta

por pacientes internado com acidente vascular cerebral de setembro de 2017 a fevereiro de 2018. As

variáveis coletadas foram, idade, tipo de terapia nutricional, a via de administração da terapia

nutricional, tempo de uso, se atingiu as necessidades nutricionais estimadas até 72 horas e desfecho

clínico. Os dados foram tabulados no Excel 2016 e análise estatística foi realizada pelo programa

Statiscal Package for Social Science versão 13.0, adotando o nível de significância p=0,05. O

presente estudo foi aprovado no comitê de ética, parecer número 2170.013/2017.

Resultados: A amostra foi composta por 83 pacientes internados, com média de idade de 69,5 anos

(±12). De acordo com o tipo de terapia nutricional e via de administração 98,8% (n=82) foram

terapia nutricional exclusiva e sonda nasoenteral, respectivamente, com tempo médio de uso de 18,4

dia (±21). Destes pacientes 72,3% não atingiram as necessidades nutricionais e 53% apresentaram

como desfecho clínico o óbito. Associado o tempo para atingir as necessidades nutricionais com o

desfecho clínico 52,5% que não atingiram foram a óbito (p=0,9).

Conclusão: Nos pacientes críticos, durante a utilização da terapia nutricional enteral pode ocorre

condições que interferem na oferta nutricional planejada, causando suspensão temporária e/ou

permanente da terapia, podendo levar a um declínio nutricional. Essas condições incluem jejum

para procedimentos e exames, intolerância a dieta (vômitos, distensão abdominal, diarreia) e

instabilidade hemodinâmica do paciente inerente ao quadro clínico.

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Referências

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críticos no final da primeira semana na unidade de terapia intensiva. Rev. Bras. Ter.

Intensiva, São Paulo, v. 24, n. 3, p. 263-9, 2012.

ISIDRO, M. F.; LIMA, D. S. C. Adequação calórico-proteica da terapia nutricional enteral em

pacientes cirúrgicos. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 58, n. 5, p. 580-6, 2012.

LEANDRO-MERHI, V. A.; MORETE, J. L.; OLIVEIRA, M. R. M. Avaliação do estado

nutricional precedente ao uso de nutrição enteral. Arq. Gastroenterol., São Paulo, v. 46, n.

3, p. 219-24, 2009.

PASINATO, V. F. et al. Terapia nutricional enteral em pacientes sépticos na unidade de terapia

intensiva: adequação ás diretrizes nutricionais para pacientes críticos. Rev. Bras. Ter.

Intensiva, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 17-24, 2013.

Palavras-Chave: Nutrição enteral. Estado nutricional. Adequação.

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AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR DE CAFEÍNA E MICRONUTRIENTES DA EQUIPE DE FUTEBOL DE CAMPO DE UMA UNIVERSIDADE DA CIDADE

DO RECIFE

LETÍCIA VILLAR DE LIRA, Joao Victor Monteiro do Nascimento

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: A dieta é um grande fator de influência no desempenho, uma nutrição adequada é

fundamental para otimizar a produção de energia, maximizar o desempenho e contribuir para

minimizar o risco de lesões. Uma alimentação apropriada e balanceada, adequada para competições,

é essencial para o desempenho do jogador seja otimizado. Nesse trabalho, abordaremos a

participação e a importância dos micronutrientes na dieta desses atletas

Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de cafeína e micronutrientes de atletas de futebol de uma

Universidade da cidade do Recife.

Material e Métodos: A pesquisa tipo transversal, com o propósito de analisar o consumo de

cafeína, ferro, cálcio e fibras dos jogadores de futebol através do registro de 3 dias, com analise pelo

NutWin® e utilizando planilhas do excel com as médias, os desvios padrão, variação máxima e

mínima, por meio da estática descritiva. As amostras foram coletadas de atletas da equipe de futebol

de campo de uma universidade da cidade do Recife, por fichas de anamnese e registro alimentar,

calculando médias de consumo diário dos micronutrientes por cada atleta e a média do grupo para

comparação entre as quantidades e a sua recomendação diária, baseada no consenso da SBME

2009, as recomendações da ANVISA e DRI. O estudo foi aprovado, com o CAAE

64773717600005569.

Resultados: O consumo alimentar de fibras foi 42,41 ± 15,40, a ingestão de cafeína foi 50,57 ±

36,56, já o consumo de cálcio foi 1017,96 ± 448,86 e o de ferro 25,47 ± 7,23.

Conclusão: Fibra: o consumo médio de fibras foi de 42,41 ± 15,40 g e apresentou-se acima da

recomendação da DRI que seria de 38g/dia. Em excesso prejudica a absorção dos micronutrientes,

prejudicando o trânsito intestinal, podendo se agravar com o baixo consumo de água. As fibras são

extremamente saudáveis ao corpo, mas, em excesso podem se tornar prejudicial ao organismo.

Cafeína: o consumo diário de cafeína foi de 50,57 ± 36,56 e apresentou-se dentro da recomendação

da ANVISA que indica a ingestão de 420 mg deste nutriente por dia. A cafeína pode reduzir a

fadiga, melhorando o rendimento esportivo. É importante o seu baixo consumo, pois pode causar

vertigem, dor de cabeça, ansiedade entre outros efeitos colaterais. Cálcio: o consumo médio de

cálcio foi de 1017,96 ± 448,86 mg e apresentou-se acima da recomendação da SBME que preconiza

a ingestão de 1000mg deste nutriente. O cálcio é importante para manutenção e formação da massa

óssea, principalmente para o atleta na época de competição que tem que evitar ao máximo qualquer

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tipo de lesão. Ferro: o consumo médio de ferro foi de 25,47 ± 7,23 mg, o valor encontrou-se acima

da recomendação da SBME que seria de 10mg/dia. O ferro tem grande importância no rendimento

dos atletas. A quantidade adequada de ferro corporal é vital para a performance atlética. As

atividades físicas de longa duração são dependentes de adequado suprimento de oxigênio para os

músculos solicitados no metabolismo aeróbio para liberação de energia. Com este trabalho podemos

concluir que a ingestão alimentar desses atletas não estava adequada, se fazendo necessária uma

intervenção nutricional por um profissional nutricionista para regularizar a quantidade das fibras e

oferecer educação nutricional. A avaliação dos hábitos alimentares dos atletas é importante,

permitindo diagnosticar carências e excessos nutricionais introdução de práticas alimentares

saudáveis, que além de melhorar o desempenho esportivo e a saúde, atendem às necessidades

nutricionais.

Referências

BERNAUD, F. S. R; RODRIGUES, T. C. Fibra alimentar: ingestão adequada e efeitos sobre a

saúde do metabolismo. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., São Paulo, v. 57, n. 6, p. 397-405,

2013.

BIESEK, S. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Manole: São Paulo, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 18, de 27 de abril de

2010. Dispõe sobre alimentos para atletas. Diário Oficial da União, Brasília, 28 abr. 2010.

DRI Dietary Reference Intakes: energy, carbo- hydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein,

and amino acids. Washington, D.C.: Institute of Medicine of the National Academies Press,

2005.

GOSTON, J. L. Recursos Ergogênicos Nutricionais: atualização sobre a cafeína no esporte. Nutr.

Esporte, 2011.

NACIF, M. D. A. L.; VIEBIG, R. F. Recomendações nutricionais para atividade física e o esporte.

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REBELLO; W. L. C. et al. A importância da avaliação nutricional no controle de uma equipe de

jogadores de futebol juniores. Rev. Bras. Med. Esporte, São Paulo, v 5, n. 5, p. 173-77,

1999.

TIRAPEGUI, J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. São Paulo:

Atheneu, 2005.

Palavras-Chave: Futebol. Micronutrientes. Cafeína. Nutrição.

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO NUTRICIONAL DE USUÁRIAS DO PROGRAMA ACADEMIA DA CIDADE DO RECIFE

THAYSA DE AGUIAR BATISTA, Leopoldina Augusta Souza Sequeira de Andrade

Universidade Federal de Pernambuco

Introdução: O Brasil, assim como outros países no mundo, tem passado pela transição nutricional

caracterizada pela redução dos índices de desnutrição e aumento da prevalência de indivíduos com

excesso de peso. Sabe-se que o acúmulo de gordura visceral está relacionado com o

desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão arterial e

dislipidemias, modificando assim as causas de mortalidade na população. Este grande problema de

saúde pública em ascensão é consequência da má-alimentação e da inatividade física, resultadas dos

processos de urbanização e industrialização sofridos neste século. Por outro lado, o conhecimento

em nutrição contribui para formação de práticas de alimentação saudáveis que juntamente com a

prática de atividade física tem obtido grandes resultados na diminuição dos índices de excesso de

peso e doenças crônicas não transmissíveis.

Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento em nutrição de usuárias do Programa Academia da

Cidade, do município de Recife.

Material e Métodos: Estudo do tipo observacional tendo como amostra usuárias do Programa

Academia da Cidade. A coleta de dados foi iniciada em 16 de maio de 2016 e se estendeu por um

período de 2 meses, baseada no modelo de questionário eletrônico do Vigitel (BRASIL, 2014) e o

nível de conhecimento em nutrição foi avaliado a partir da aplicação da Escala de Conhecimento

Nutricional desenvolvida por Harnack et al. (1997) adaptada e validada no Brasil por Scagliusi et al.

(2006). O questionário é composto por 12 questões, sendo a classificação feita de acordo com a

pontuação obtida: de zero a seis = baixo conhecimento nutricional; entre sete e dez = moderado

conhecimento nutricional e acima de dez indica alto conhecimento nutricional. Os dados foram

validados com o uso do programa Validate do software Epi Info, versão 6.04. As variáveis

contínuas foram analisadas sob a forma média e desvio padrão, e as categóricas quanto às

frequências absoluta e relativa. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa,

obtendo número de CAAE 49341615.9.0000.5208.

Resultados: A amostra foi composta por 75 usuárias do Programa Academia da Cidade do Recife,

com média de idade em faixas mais elevadas, 45 a 59 e 60 anos (36% e 37,3%, respectivamente).

Observou-se que a maioria apresentou nível de conhecimento em nutrição moderado, com média de

9,5 ± 2,5. Quando representada a distribuição dessa variável segundo os pontos de cortes

preconizados, encontramos 12,0% que consideraram como “baixo”, 50,7% como “moderado” e

37,3% como “alto” conhecimento nutricional.

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Conclusão: O moderado conhecimento nutricional pode indicar que o aprimoramento do

conhecimento sobre nutrição e alimentação é uma das ferramentas para prevenção e tratamento de

excesso de peso e obesidade, uma vez que o estado nutricional sofre influência das mudanças de

hábitos alimentares. A maioria dos estudos salienta que promover melhor conhecimento nutricional

e incentivar a população a incorporá-lo no dia a dia, auxilia na redução de doenças crônicas não

transmissíveis ou no tratamento das mesmas.

Referências

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária em Saúde. Departamento de

Análise de Situação em Saúde. Avaliação de efetividade de programas de educação física

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de

Doenças e Agravos Não-Transmissíveis e Promoção de Saúde. Lançamentos Vigitel Brasil

2014: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito

telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. Nota técnica 16/2011: Redefine o

Programa Academia da Saúde no âmbito do SUS e dá outras providências. Brasília:

CONASS, 2013.

CORPO são, mente sã, nas praças e parques do Recife. Radis, Rio de Janeiro, n. 109, p. 14-7, set.

2011.

CRUZ, D. K.; ALBUQUERQUE, G., DAMASCENA, W. Determinantes Sociais da Saúde portal

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<http://dssbr.org/site/experiencias/programa-academia-da-cidade-do-recife-minimizando-

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motivação, auto-estima e auto-imagem. Rev. Bras. Cineantrop. Desemp. Hum.,

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PROGRAMA Academia da Saúde: Nota técnica 16-2011. Brasília: CONASS, 2011.

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Palavras-Chave: Fatores de risco. Exercício físico. Política pública.

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AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE PRATICANTES DE TREINAMENTO RESISTIDO DE UMA ACADEMIA DA CIDADE DO RECIFE-PE

ANDRÉ LUIZ ALVES DO NASCIMENTO, Joyce Gomes de Moraes

UNINASSAU

Introdução: Com a disseminação de padrões estéticos com corpo magro e baixo percentual de

gordura, intensificou a procura por academias de ginástica, principalmente, por indivíduos sem

vínculo profissional com esportes. A modalidade mais praticada, atualmente, é o treinamento

resistido, também conhecido como musculação ou treinamento de força. Este exercício melhora o

desempenho esportivo, o condicionamento físico e crescimento de massa muscular (hipertrofia).

Apesar desse aumento, tem-se observado que as informações a respeito da alimentação são,

geralmente, fornecidas por profissionais não habilitados em nutrição esportiva, os quais não

possuem conhecimento técnico-científico para orientar um planejamento alimentar individualizado

podendo, dessa forma, levar a um consumo dietético inadequado e prejudicar a obtenção de

resultados satisfatórios nos praticantes de musculação.

Objetivo: Diante do exposto o presente trabalho tem como objetivo avaliar o consumo alimentar de

praticantes de musculação em uma academia da cidade do Recife-PE.

Material e Métodos: Tratou-se de um estudo do tipo transversal analítico, onde foram incluídos na

pesquisa, indivíduos maiores de 20 anos, matriculados há pelo menos três meses no estabelecimento

do estudo e que apresentassem frequência maior ou igual a três vezes por semana. Foram excluídos

do estudo indivíduos que recebiam acompanhamento nutricional e/ou atletas. A avaliação do

consumo dietético foi realizada por meio de um Recordatório Alimentar de 24 horas referente a um

dia útil da semana. Os dados foram analisados no programa Diet Smart. As análises foram

concretizadas utilizando-se o pacote estatístico Statistical Package for the Social Science versão

22.0. Os dados foram apresentados conforme distribuição de frequência, média, variância e desvio

padrão. Para análise estatística foi utilizado o test t student. Os resultados foram considerados

estatisticamente significativos quando p<0,05. O referido trabalho foi aprovado pelo Comitê de

Ética em Pesquisa (CEP), sob o CAAE nº 64871916.7.0000.5199.

Resultados: No presente estudo foram avaliados, 46 indivíduos, sendo 52,2% (n=24) homens e

47,8% (n=22) mulheres, com idade média de 32 anos ±7,5 anos, com idade entre 20 a 51 anos. Em

relação ao consumo alimentar, foi realizada uma análise descritiva da ingestão média de energia e

dos macronutrientes, onde foi observada uma grande variação entre os valores mínimos e máximos,

havendo uma diferença significativamente estatística no consumo de calorias entre homens e

mulheres (p<0,05), onde os homens apresentaram um consumo energético diário maior. No que diz

respeito à distribuição de macronutrientes, 80,4% (n=37) dos indivíduos apresentam uma dieta

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hipoglicídica, 58,8% (n=27) hipoproteica e 56,5% (n=26) hipolipídica. A ingestão média de

carboidrato, proteína e lipídio por massa corpórea foi de 3,4g/kg/dia (DP=1,3g/kg/dia), 1,4g/kg/dia

(DP=0,8g/kg/dia) e 0,8g/kg/dia (DP=0,3g/kg/dia), respectivamente. Houve uma diferença

estatisticamente significativa entre o consumo de energia e proteína, segundo o gênero (p=0,001).

Conclusão: Verificou-se que a alimentação dos participantes da pesquisa não se encontrava

adequada do ponto de vista nutricional, o que poderia estar influenciando diretamente na obtenção

de seus resultados, indicando a necessidade de haver uma orientação nutricional especializada.

Referências

ADAM, B. et al. Conhecimento nutricional de praticantes de musculação de uma academia da

cidade de São Paulo. Rev. Bras. Nutr. Esportiva, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 24-36, 2013.

FRADE, R. et al. Avaliação do consumo de suplementos nutricionais por frequentadores de uma

academia da cidade de São Paulo-SP. Rev. Bras. Nut. Esportiva, São Paulo, v. 10, n. 55, p.

50-8, 2016.

KILIKEVICIUS, A.; BUNGER, L.; LIONIKAS, A. Baseline Muscle Mass Is a Poor Predictor of

Functional Overload-Induced Gain in the Mouse Model. Front. Physiol., Switzerland, v. 7,

n. 534, p. 1-6, 2016.

PEREIRA, J.; CABRAL, P. Avaliação dos conhecimentos básicos sobre nutrição dos praticantes de

musculação em uma academia da cidade de Recife. Rev. Bras. Nut. Esportiva, São Paulo,

v. 1, n. 1, p. 40-47, 2007.

VIEIRA, F. et al. O uso de suplementos alimentares, em praticantes de musculação: uma revisão de

literatura. Saúde Foco., Teresina, v. 2, n. 1, p. 1-11, 2015.

Palavras-Chave: Consumo alimentar. Musculação. Hábitos alimentares.

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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DINAMOMETRIA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE RECIFE-

PERNAMBUCO

THAYSA DE AGUIAR BATISTA, Ricardo Nascimento de Oliveira,

Bruna Nascimento da Silva, Isabella Monick Farias dos Santos

Instituto de Medicina Integral Profesor Fernando Figueira

Introdução: O câncer é uma doença crônica não transmissível caracterizada pelo crescimento

anormal e desordenado de células, e afeta, de modo crescente, a população mundial. A desnutrição

é um fator frequentemente encontrado no paciente com câncer sendo de importância identificar o

risco nutricional de forma precoce com o objetivo de minimizar a desnutrição bem como os efeitos

colaterais do tratamento específico. A avaliação nutricional é um recurso de fácil aplicabilidade e

possibilita reduzir o risco da desnutrição por meio da identificação do estado nutricional. Além

disso, a dinamometria é uma ferramenta que complementa a avaliação nutricional, mensurando a

capacidade funcional dos indivíduos e avaliando a eficácia da terapia nutricional.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional e a dinamometria de pacientes oncológicos em atendimento

ambulatorial e hospitalizados em um hospital de referência de Recife, Pernambuco.

Metodologia: O estudo foi realizado com pacientes oncológicos atendidos nas unidades de

internação da Oncologia Adulto e no Núcleo de Acolhimento e Triagem do paciente Oncológico. A

amostra foi composta por 35 pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos sexos.

Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e antropométricos (idade, sexo, diagnóstico,

índice de massa corporal e dinamometria). Para variáveis de distribuição normal foi calculado a

média e seu desvio padrão e aplicado teste t de Student. Foi considerado significante

estatisticamente quando p menor que 0,05. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética

e Pesquisa, obtendo número de CAAE 84969317.2.0000.5201.

Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (68,57%), com idade média de 57 ± 13

anos. De acordo com índice de massa corporal, nenhum paciente do estudo apresentou desnutrição,

sendo a média para cabeça e pescoço e trato gastrointestinal 23,07 kg/m², 31,82 kg/m² para mama,

25,27 kg/m2 para Pulmão e Pleura e 28,77 kg/m2 para Geniturinário. Com relação à dinamometria,

observou-se que os pacientes com câncer de cabeça e pescoço e trato gastrointestinal apresentaram

valores inferiores aos demais tipos de câncer (cabeça e pescoço e trato gastrointestinal=18,89 ±

7,68; Mama=19,04 ± 6,9; Pulmão e Pleura=19,07 ± 7,25; geniturinário=19,33 ± 7,85).

Conclusão: Em pacientes oncológicos, independentemente do tipo do tumor, o valor médio

distingue-se do ponto de corte para indivíduos saudáveis, não sendo possível comparar os valores

de referência com os aferidos neste perfil de paciente. Isto porque há uma perda de força

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relacionada à diminuição da massa muscular, característico da doença. Sendo assim, os valores

obtidos na dinamometria não podem ser utilizados isoladamente para diagnóstico nutricional, mas

podem avaliar a curto prazo a eficácia da terapia nutricional.

Referências

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Palavras-Chave: Hospitalar. Ambulatório. Grupos de risco. Neoplasias.

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AVALIAÇÃO DO GANHO DE PESO GESTACIONAL ENTRE PUÉRPERAS ATENDIDAS NA MATERNIDADE DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM JOÃO

PESSOA

DAYANA BARBOSA DA SILVA, Renata Beuttenmüller Bezerra de Pádua,

Débora Silva Cavalcanti, Caroline Sousa Cabra

Instituição Universidade Federal da Paraíba

Introdução: A gestação é um período em que são vivenciadas mudanças corporais na mulher,

necessárias ao adequado desenvolvimento do feto. O ganho de peso durante este período é

importante e necessário para manter todas essas alterações corporais. Necessita-se que esse aumento

ocorra de maneira adequada, haja vista que o ganho de peso excessivo tem sido apontado como

importante determinante para o surgimento de intercorrências durante a gestação, podendo causar

prejuízos à saúde da mulher e da criança. Para tanto, é essencial que aconteça e prevaleça o

equilíbrio do estado nutricional sendo uma compensação entre a ingestão de nutrientes e o gasto de

energia pelo organismo visando suprir as necessidades diárias de forma atenuada e completa de

todos os nutrientes.

Objetivo: Avaliar o ganho de peso gestacional de puérperas atendidas em um Hospital

Universitário da cidade de João Pessoa. Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal,

cuja coleta ocorreu entre os meses de agosto de 2016 e fevereiro de 2017, na maternidade desta

instituição, durante a internação hospitalar dessas mulheres. A pesquisa encontra-se aprovada pelo

Comitê de Ética em Pesquisa com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética

(54328116.8.0000.5183).

Resultados: A amostra foi composta por 266 puérperas, entrevistadas por meio de questionários

estruturados. Conforme dados coletados verificou-se que, de acordo com o IMC pré-gestacional,

24,1% (n=64) das gestantes apresentavam sobrepeso e 22,6% (n=60) obesidade. A média de ganho

ponderal foi de ±12,09 Kg. Observou-se que 28% das puérperas (n=74) apresentaram ganho de peso

insuficiente, 34,8% (n=92) evoluíram adequadamente e 37,1% (n=98) adquiriram peso excessivo

durante a gestação. Avaliando-se as mulheres que iniciaram o período gestacional com

sobrepeso/obesidade, 45,52% (n=56) delas apresentaram ganho de peso excessivo. Das mães que

ganharam pouco peso, 33,8% eram primíparas (n=25); das que ganharam peso adequadamente,

50% eram primigestas (n=46) e das que ganharam peso excessivamente, 55,1% (n=54). Além disso,

observou-se maiores percentuais de partos cirúrgicos entre as usuárias com ganho de peso excessivo

em detrimento das demais (65,3% vs 54,3%, p=0,024). Os dados obtidos neste estudo sinalizam a

problemática existente em decorrência do excesso de peso adquirido durante a gestação. Salienta-se

a necessidade da realização de ações de promoção da alimentação adequada e saudável, além de

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reforçar a necessidade e importância de um acompanhamento nutricional, contribuindo para o

ganho de peso gestacional adequado, sendo fundamental na prevenção e preservação da saúde do

binômio mãe-filho.

Referências

CHAGAS, D. C. et al. Efeitos do ganho de peso gestacional e do aleitamento materno na retenção

de peso pós-parto em mulheres da coorte BRISA. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.

35, n. 5, 2017.

MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição e

dietoterapia. Amsterdam: Elsevier, 2012.

Palavras-Chave: Gestantes. Estado Nutricional. Ganho de Peso.

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AVALIAÇÃO DO GANHO PONDERAL DE CRIANÇAS GRAVEMENTE DESNUTRIDAS EM USO DO PROTOCOLO PROPOSTO PELA ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL DE SAÚDE PARA RECUPERAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

JULIANE DE PAULA SILVA, Inara Miranda Nascimento de Mendonça,

Derberson José do Nascimento Macêdo, Larissa de Andrade Viana,

Conciana Maria Andrade Freire Neves

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a desnutrição energético-proteica é

definida como um conjunto de condições patológicas decorrentes da deficiência simultânea de

substratos, em proporções variadas de proteínas e energia, ocorrendo mais frequentemente em

lactentes e crianças pequenas. Para reduzir as taxas de mortalidade e sistematizar os cuidados de

tratamento hospitalar, foi proposto, em 2005, um modelo básico de condutas com o objetivo de

tratar a criança de forma global e, dessa forma, fazer com que sua utilização diminua

substancialmente as taxas de letalidade associadas à desnutrição.

Objetivo: Avaliar o ganho ponderal para recuperação do estado nutricional de crianças gravemente

desnutridas que fizeram uso do tratamento durante o internamento hospitalar.

Material e Métodos: Estudo do tipo transversal retrospectivo com os dados obtidos através da

consulta em prontuários de crianças menores do que cinco anos de idade, de ambos os sexos,

gravemente desnutridas, que receberam o preparado alimentar proposto para esta condição nos

últimos dois anos. O presente estudo foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da

instituição coparticipante e a coleta de dados foi iniciada após sua referida aprovação (Certificado

de Apresentação para Apreciação Ética 32836716.1.0000.5182), em conformidade com a Resolução

do Conselho Nacional de Saúde 466/12. Foram coletados dados sociodemográficos,

antropométricos e clínicos. Quanto à análise dos dados foi utilizado o software Statistical Package

for Social Sciences versão 13.0, com atribuição dos testes de correlação de Pearson para as

variáveis numéricas e o teste Qui-quadrado para as variáveis categóricas.

Resultados: A amostra obtida foi composta por dezoito crianças, de ambos os sexos, na qual houve

predominância dos indivíduos do sexo feminino (61,1%) com uma média de 8,1 meses (±6,9).

Quando avaliado o diagnóstico obtido pela curva de peso para comprimento, foi verificado que

houve uma melhora do estado nutricional durante o internamento hospitalar, entretanto esse

resultado não pôde ser evidenciado na análise obtida através do parâmetro de comprimento para

idade, onde se avaliou que os pacientes permaneceram com a mesma classificação do estado

nutricional apresentada no momento da admissão. Porém, mesmo havendo uma evidente melhora

no perfil clínico dos pacientes quanto aos parâmetros avaliados no gráfico, ainda assim, a maioria

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permaneceu com desnutrição. Foi observado que a maioria dos pacientes alcançou um ganho

ponderal considerado mais satisfatório segundo os critérios adotados pela Organização Mundial de

Saúde. Quando avaliado o ganho ponderal por quilo por dia, a amostra obteve uma média de 13,2

gramas (±10,2). De acordo com a análise obtida, os indivíduos do sexo masculino apresentaram

ganho de peso por quilo por dia, mais suficiente do que aqueles do sexo feminino, porém sem

diferença estatisticamente significante (p=0,117).

Conclusão: Evidenciou-se que as intervenções da Organização Mundial de Saúde através do

protocolo de tratamento pareceram ser eficientes em promover um ganho ponderal satisfatório.

Porém, um percentual considerável de crianças ainda permaneceu com desnutrição no momento da

alta hospitalar, possivelmente pelo curto tempo de internamento e, consequentemente, alta precoce,

colocando em risco a continuidade do tratamento. Dessa maneira, percebe-se que é de fundamental

importância que o seguimento de cada etapa seja realizado adequadamente.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em

nível hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

CHANG, C. Y. et al. Children successfully treated for moderate acute malnutrition remain at risk

for malnutrition and death in the subsequent year after recovery. J. Nutr., Springfield, v.

143, n. 2, p. 215-20, 2013.

FALBO, A. R. et al. Implementação do protocolo da Organização Mundial da Saúde para manejo

da desnutrição grave em hospital no Nordeste do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de

Janeiro, v. 22, n. 3, p. 567-70, 2006.

SAITORIA, E. P. et al. Treating severe Malnutrition. Child Health Dialogue, [S.l.], v. 19, 2000.

VITOLO, M. R. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.

Palavras-Chave: Terapia Nutricional. Desnutrição. Proteico-Calórica. Recuperação Nutricional.

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AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE RESTO-INGESTÃO DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HOSPITALAR

ENÉSIA ELOYNA DA COSTA BENÍZIO, Rita de Cássia Rodrigues Silva,

Adriana Carla Santos de Menezes Ramos, Julyana Priscila de Souza Ribeiro

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Em um hospital, a Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é um espaço destinado

ao preparo e distribuição de refeições, com a finalidade de garantir a qualidade nutricional e

fornecer uma refeição segura aos comensais, sejam pacientes ou funcionários. Neste contexto, deve

ser assegurada a qualidade higiênico-sanitária das preparações, desde a aquisição de matérias

primas e o preparo até o momento da distribuição. É possível avaliar a qualidade dos serviços de

uma UAN por meio de sobras ou restos de alimentos. Para isso, é fundamental um correto

planejamento para evitar os riscos sanitários e prevenir as altas taxas de desperdício.

Objetivos: Avaliar o desperdício alimentar dos funcionários de uma Unidade de Alimentação e

Nutrição hospitalar, através do índice resto-ingestão.

Material e Métodos: O estudo, com caráter qualitativo, foi desenvolvido em uma UAN de um

hospital de referência do estado de Pernambuco. A coleta de dados foi realizada no almoço dos

funcionários, no período de julho a fevereiro de 2017. Os dados foram coletados no turno do

almoço, por ser considerada uma refeição com maior número de comensais atendidos, quando

comparada às demais. Foi realizada a pesagem das preparações servidas (total produzido) antes do

início da distribuição. Após refeição, os pratos foram deixados na área de higienização, onde os

auxiliares de serviços gerais realizaram a limpeza, descartando os restos de alimentos em uma

lixeira. Neste momento, os descartáveis (copos, guardanapos e outros) foram descartados

separadamente. Ao final do turno do almoço, o auxiliar de serviços gerais realizou a pesagem dos

restos alimentares desprezados pelos funcionários. Para a pesagem foi utilizada a balança da marca

Micheletti, com capacidade mínima de 1 kg, máxima de 150 kg e sensibilidade de 0,05 g. Para o

cálculo do índice de resto-ingestão, utilizou-se a seguinte fórmula: índice de resto-ingestão

(%)=peso do resto/ peso da refeição distribuída x 100, onde, peso da refeição distribuída (kg)=total

produzido - sobra pronta após servir as refeições.

Resultados: Os níveis de desperdício de uma UAN podem variar muito e estão relacionados com

diversos fatores, tais como rejeição do alimento por falta de sabor e outros aspectos sensoriais,

inexistência de opções de escolha no cardápio, preferências alimentares e ausência de treinamento

dos colaboradores. A avaliação da média de consumo alimentar e resto de refeição visa gerar dados

para que se possam avaliar o desempenho da mesma e, se necessário, implementar ações corretivas.

Após coleta e cálculo do índice de resto-ingestão, a média encontrada no período estudado foi de

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8,47 ± 0,31. Os valores encontram-se dentro do citado pela literatura, que preconiza valores abaixo

de 10%, e podem ser classificados como aceitáveis. Resultados acima dos encontrados na literatura

indicam necessidade de rever estratégias de distribuição, para minimizar a quantidade de sobras no

serviço.

Conclusão: Com base nos resultados obtidos observou-se que o índice de resto-ingestão foi

satisfatório, no entanto, a avaliação diária das sobras deve continuar, bem como o esclarecimento

dos colaboradores e comensais da UAN, quanto à importância da realização contínua de

capacitações periódicas e campanhas contra o desperdício.

Referências

ABREU, E. S. et al. Avaliação de desperdício alimentar na produção e distribuição de refeições de

um hospital de São Paulo. Rev. Simbio-Logias, Botucatu, v. 5, n. 7, p. 42-50, 2012.

BRITTO, A. D. P.; OLIVEIRA, F. R. G. Desperdício alimentar: conscientização dos comensais de

um serviço hospitalar de alimentação e capacitações periódicas e campanhas contra o

desperdício nutrição. Arq. Ciênc. Saúde, São José do Rio Preto, v. 24, n. 2, p. 61-4, 2017.

SILVÉRIO, G. A; OLTRAMARI, K. Desperdício de alimentos em Unidades de Alimentação e

Nutrição brasileiras. Ambiência - Rev. Setor de Ciênc. Agr. Ambien., Guarapuava, v. 10,

n. 1, p. 125-33, 2014.

Palavras-Chave: Alimentação coletiva. Rejeito. Conscientização.

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AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDIO DE PACIENTES EM TRATAMENTO RENAL SUBSTITUTIVO EM UM HOSPITAL PÚBLICO FILANTRÓPICO DE RECIFE–PE

THAMIRES OTAVIANO MARQUES DE SOUZA, Halanna Celina Magalhães Melo,

Bruno Soares de Sousa, Samanta Siqueira de Almeida

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A doença renal crônica caracteriza-se pela perda funcional irreversível dos rins, sendo

considerada um grande problema de saúde pública. Pacientes portadores desta doença apresentam,

geralmente, alteração no metabolismo lipídico. Pode ocorrer aumento no nível de triglicerídeos,

relacionado com a diminuição da lipase hepática e lipase lipoprotéica, diminuição da lipoproteína

de alta densidade com aumento da lipoproteína A e acúmulo da lipoproteína de baixa densidade,

contribuindo para a formação de placas ateroscleróticas. Acredita-se que a resistência à insulina,

aumento do estresse oxidativo e alterações na estrutura e funções das apolipoproteínas sejam os

principais fatores desencadeantes da dislipidemia. Estas alterações nos parâmetros lipídicos

favorecem a progressão da lesão renal, por danificarem a células endoteliais e mesangiais. A

dislipidemia presente na doença renal crônica contribui para o aumento do risco cardiovascular

destes pacientes, principalmente naqueles que realizam hemodiálise, constituindo a principal causa

de morte nesta população.

Objetivo: Avaliar o perfil lipídico de pacientes portadores de doença renal crônica em tratamento

renal substitutivo.

Materiais e Métodos: Estudo do tipo transversal, realizado em um hospital público filantrópico de

Recife-PE, no período de março a outubro de 2015. Foram selecionados pacientes com idade

superior a 19 anos, submetidos ao programa de hemodiálise regular há mais de 3 meses. Para

avaliação do perfil lipídico foram observados os níveis séricos de colesterol total, triglicerídeos e

lipoproteínas de alta e baixa densidade, sendo utilizados os pontos de corte propostos pela Diretriz

Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. A pesquisa foi aprovada pelo

Comitê de Ética em Pesquisa, de acordo com a Resolução no 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde CAAE: 39806914.0.0000.5201. Mediante aprovação do paciente, foi assinado um termo de

consentimento livre e esclarecido.

Resultados: O estudo foi realizado com 27 pacientes em tratamento renal substitutivo, sendo 55,6%

do sexo feminino e 44,4% do sexo masculino. Os níveis de colesterol total, lipoproteína de baixa

densidade e triglicerídeos mostraram-se adequados na grande maioria dos pacientes,

respectivamente 85,22%, 92,6% e 70,4%. No entanto, a lipoproteína de alta densidade encontrava-

se reduzida em 80% das pacientes do sexo feminino e em 75% dos pacientes do sexo masculino.

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Conclusão: Pacientes portadores de doença renal crônica possuem alteração no metabolismo

lipídico. Sendo, a lipoproteína de alta densidade o único parâmetro que se mostrou alterado no

presente estudo.

Referências

MORAES, L. L. et al. Identificação de risco cardiovascular pela razão triglicerídeo/HDL-colesterol

em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Sci. Med., Porto Alegre, v. 27, n. 3,

p. 1-7, 2017.

PERES, L. A. B.; BETTIN, T. E. Dislipidemia em pacientes com doença renal crônica. Rev. Soc.

Bras. Clin. Med., São Paulo, v. 13, n. 1, p. 10-3, 2015.

Palavras-Chave: Insuficiência Renal Crônica. Lipídios.

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS

NARA RAYANNE TANOUSS PEREIRA ARAUJO, Eduarda Caluete Vieira da Cunha,

Larissa de Andrade Viana, Derberson José do Nascimento Macêdo,

Catarina Tenório de Cerqueira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: As doenças de etiologia renal causam um estado de desajuste metabólico favorecendo

a perda súbita da capacidade dos rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue, além da

diminuição da síntese proteica e consequentemente, a produção de energia celular. Assim, a

desnutrição energético proteica constitui uma frequente complicação em crianças portadoras de

doença renal, sendo a baixa estatura o principal sinal clínico. O diagnóstico precoce retarda a

progressão da doença renal em indivíduos com comprometimento da função renal. O desajuste

nutricional pode ser realizado por técnicas práticas e simples favorecendo o tratamento,

minimizando as complicações e melhorando o prognóstico dos pacientes.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional de crianças e adolescentes acometidos por doenças renais e

internados em um serviço de referência pediátrica da cidade do Recife, PE.

Material e Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório, desenvolvido com

crianças e adolescentes internados por doença renal. Foi utilizado um questionário estruturado,

elaborado para pesquisa. Os dados foram tabulados com o auxílio do software EPI INFO versão

3.5.2. Foram respeitadas as normas e diretrizes da Resolução 466/2012 da Comissão Nacional de

Ética em Pesquisa /CONEP, sendo o projeto aprovado pelo Comitê de Ética, a partir do protocolo

CAAE nº 51877115.0.0000.5201.

Resultados: A pesquisa envolveu 41 sujeitos, houve predomínio do gênero masculino. Os extremos

etários variaram de 0,41 a 13 anos, com média de 6,46 anos, mediana de 6 anos e desvio padrão de

3,62 anos. Dentre os entrevistados, houve destaque para a hipótese diagnóstica de Síndrome

Nefrótica, seguida de Infecção do Trato Urinário (ITU) e Glomerulonefrite. Dos participantes,

58,53% são da raça parda, 26,8% brancos, 9,7% preto, 2,4% indígena e 2,4% amarelo. Foi possível

constatar também que 78% da amostra frequenta a escola, 56% recebem algum tipo do benefício do

governo, 73,1% bebem água mineral e 43,9% possuem a fossa como esgotamento sanitário. No

tocante a avaliação nutricional, a maioria representada por 53,5% dos avaliados encontrava-se

abaixo do peso, sendo evidenciado pelo cálculo do Índice de Massa Corporal, destes, 40,9%

possuem magreza grau I, 22,7% grau II e 36,3% grau III. Por fim, 9,7% apresentaram obesidade

grau I.

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Conclusão: O presente estudo reforça que a desnutrição é um achado comum na doença renal e

conclui que o acompanhamento multiprofissional e as orientações nutricionais específicas são

essenciais para manutenção e/ou recuperação nutricional da população pediátrica renal.

Referências

ABREU, I. S. et al. Crianças e adolescentes com insuficiência renal em hemodiálise: percepção dos

profissionais. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 68, n. 6, p. 1020-6, 2015.

PEREIRA, E. R. S. et al. Doença renal crônica na Estratégia de Saúde da Família. J. Bras. Nefrol.,

São Paulo, v. 38, n. 1, p. 22-30, 2016.

Palavras Chaves: Avaliação Nutricional. Criança. Adolescente. Nefropatias.

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COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

GABRIELLA YANDRA FERNANDES SOUZA, Poliana Coelho Cabral,

Gabriela Magalhães Medeiros, Tazla Ingride de Sousa Lins

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A desnutrição hospitalar é um quadro comum em pacientes hospitalizados, sendo esta

responsável por um agravamento na condição clínica dos indivíduos, uma vez que resulta em um

aumento da morbidade e da mortalidade. Apesar da elevada prevalência de desnutrição, ela ainda é

um problema frequentemente não diagnosticado e não tratado na área hospitalar. A identificação

precoce do risco nutricional possibilita uma intervenção e cuidados mais adequados, sendo essa

detecção na admissão hospitalar um fator preditor de complicações em pacientes durante o período

de internamento. Esse rastreamento deve ocorrer através de uma ferramenta de triagem nutricional

que é capaz de selecionar pacientes que apresentam déficits nutricionais, possibilitando uma

intervenção nutricional adequada. Contudo, com o aumento de admissões hospitalares, muitas vezes

a identificação da desnutrição e/ou o risco nutricional ficam comprometidas, seja pela falta de

informações dos profissionais de saúde, falta de procedimentos de detecção, ou desconhecimento de

sua importância. Com isso, diferentes instrumentos têm sido propostos, dentre eles o Malnutrition

Universal Screening Tool recomendado para uso na comunidade e o Nutritional Risk Screening-

2002 para pacientes hospitalizados. Apesar disso, o Malnutrition Universal Screening Tool também

pode ser aplicado para pacientes ambulatoriais e hospitalizados.

Objetivos: Comparar dois métodos de triagem nutricional, o Malnutrition Universal Screening Tool

e o Nutritional Risk Screening-2002, aplicados em pacientes adultos admitidos para internamento

em um hospital público de Pernambuco, com a finalidade de avaliar seus resultados na detecção do

risco nutricional.

Material e Método: Estudo do tipo série de casos, realizado em pacientes adultos hospitalizados,

com a aplicação de dois métodos de triagem nutricional, realizados nas primeiras 48 horas de

internação. A ocorrência do risco nutricional foi comparada entre o Malnutrition Universal

Screening Tool e o Nutritional Risk Screening-2002 e, ao final sua concordância foi avaliada pelo

coeficiente Kappa. Para avaliar a associação entre variáveis clínicas e demográficas com o risco

nutricional em ambos os métodos, foi realizado o teste do Qui-quadrado. O projeto de pesquisa foi

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo CAAE n° 42945715.2.0000.5208.

Resultados: O estudo envolveu 171 pacientes, sendo 59,1% do sexo feminino e a idade média foi

de 51,1 ± 15,3 anos. Ambos os métodos de triagem nutricional concordaram no diagnóstico de risco

nutricional em 90,4% dos casos e, em 19,4% dos pacientes considerados sem risco pelo

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Malnutrition Universal Screening Tool foram incluídos como risco no Nutritional Risk Screening-

2002. Na análise realizada pelo Kappa houve moderada concordância entre os dois diagnósticos

(k=0,50; p=0,000).

Conclusão: Em relação à concordância final do diagnóstico de risco nutricional realizada pelo

Malnutrition Universal Screening Tool e o Nutritional Risk Screening-2002, observou-se uma

concordância moderada na análise feita pelo coeficiente Kappa, que consideramos uma

concordância satisfatória para a prática clínica, por tratar-se de métodos de triagem de risco

nutricional e não métodos diagnósticos para condições graves. Por outro lado, a frequência

encontrada de risco nutricional foi elevada, o que talvez tenha ocorrido pela amostra ter sido

oriunda de um hospital público, com pacientes de baixo nível socioeconômico.

Referências

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Palavras-Chave: Risco nutricional. Triagem nutricional. Malnutrition Universal Screening Tool

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COMPOSIÇÃO CORPORAL E ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO

CONSERVADOR (PRÉ-DIÁLISE)

IZA CRISTINA DE VASCONCELOS MARTINS, Juliana Watts Cavalcanti,

Maria Eduarda Caluête Vieira da Cunha, Carolina Beatriz da Silva Souza

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A desnutrição e o déficit de crescimento são consequências frequentes da doença renal

crônica na população pediátrica. Há redução da massa celular corporal, depleção de proteína

muscular e de aminoácidos, contribuindo para agravos nutricionais significativos neste grupo etário.

Objetivo: Descrever o estado nutricional de crianças e adolescentes com doença renal crônica em

tratamento conservador (pré-diálise).

Material e Métodos: Estudo transversal com crianças e adolescentes portadoras de doença renal

crônica em tratamento conservador (pré-diálise), idade de 2 a 19 anos, ambos os sexos,

acompanhados ambulatorialmente em hospital de referência do Nordeste no Brasil, no período de

setembro 2017 a fevereiro de 2018. Dados socioeconômicos, bioquímicos e antropométricos foram

coletados de prontuários e durante as consultas, com preenchimento de formulário estruturado para

o estudo. Foram mensuradas circunferências do braço e muscular do braço e a prega cutânea

tricipital, sendo aferidas no braço não-dominante dos pacientes, com valores abaixo do percentil 5

classificados como risco de desnutrição para as circunferências. O estado nutricional foi

classificado de acordo com os valores de z escores para peso e estatura para idade, segundo a

Organização Mundial da Saúde, considerando valores abaixo de – 2 z escores como baixo peso e

baixa estatura para a idade. Pacientes que apresentaram outra patologia de base, edema, prévio

internamento ou que se negaram a participar foram excluídos do estudo. O presente estudo foi

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 751441, em 13 de agosto de 2014.

Resultados: Após elegibilidade foram selecionados 28 pacientes com média de idade de 97 meses

(8 anos), sendo 51,9% do sexo masculino. A renda familiar abaixo de 1 salário mínimo foi em

51,9% dos pacientes e a escolaridade materna ou do responsável foi igual ou inferior ao ensino

fundamental em 33,3% da amostra. Médias dos valores dos níveis séricos de hemoglobina,

hematócrito, sódio, potássio, cálcio, fósforo e albumina estavam dentro da normalidade esperada

nesta população. A medida de circunferência muscular do braço revelou um resultado de baixa

reserva protéica em 82,1% das crianças. A desnutrição por baixa estatura para a idade foi a mais

prevalente (67,8%), sem diferença significativa entre os sexos (p>0,05).

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Conclusão: Crianças e adolescentes com doença renal crônica em tratamento conservador (pré-

diálise) podem sofrer alterações da composição corporal e desnutrição decorrentes da doença

necessitando de melhor suporte nutricional especializado nesta condição.

Referências

MASTRANGELO, A.; PAGLIALONGA, F.; EDEFONTI, A. Assessment of nutritional status in

children with chronic kidney disease and ondialysis. Pediatr. Nephrol., Berlin, v. 29, n. 8,

p. 1349-58, 2013.

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n. 2, supl. 2, p. S1-S246, 2002.

PAGLIALONGA, F.; EDEFONTI, A. Nutrition assessment and management in children on

peritoneal dialysis. Pediatr. Nephrol., Berlin, v. 24, n. 4, p. 721-30, 2009.

SOUZA, C. B. S.; ARAÚJO, A. F. C. Doença renal crônica. In: BARBOSA, J. M. et al. (Org.).

Guia ambulatorial de nutrição materno-infantil. Rio de Janeiro: Medbook, 2013.

Palavras-Chave: Avaliação nutricional. Doença renal crônica. Composição corporal.

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COMPOSIÇÃO CORPORAL E INTERVENÇÃO DIETÉTICA EM ATLETAS MARATONISTAS E FUNDISTAS EM PETROLINA – PE

JULIANA FONSECA NOGUEIRA, Gisélia Santana Muniz

Universidade Estadual de Pernambuco

Introdução: O estado nutricional é a condição que o organismo assume em decorrência da sua

nutrição e gasto metabólico, representando o somatório da interação de elementos somáticos e

funcionais do indivíduo. Os atletas das modalidades de fundo e maratona buscam melhorar seu

rendimento visando maiores resultados. Pensando nisso, há consenso de que a capacidade de

rendimento físico, além dos parâmetros corporais, tem relação direta com a ingestão equilibrada de

todos os nutrientes.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional e ingestão alimentar relacionando esse parâmetro nutricional

ao desempenho físico dos atletas, fundistas e maratonistas, de Petrolina-PE antes e após intervenção

dietética.

Material e Métodos: E o estudo seguiu as diretrizes e normas que regulamentam as pesquisas

envolvendo seres humanos, contidos na Resolução nº466/2012 CEP-UPE PE/2015. O projeto foi

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, número 1.400.950.

As avaliações foram iniciadas após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecidas

pelos participantes. A amostra foi composta por oito atletas do sexo masculino com idade

33,37±9,51 anos, de elite das modalidades de fundo e maratona. Foi determinação a massa corporal

por bioimpedância e dobras cutâneas, além da aferição de circunferências e altura. Como sequência

foi realizado o índice de massa corporal e obtidos percentuais de gordura corporal e massa magra.

Além de recordatório 24 horas para avaliar o consumo alimentar dos atletas, após a análise do

consumo alimentar, foi proposto para cada atleta um plano alimentar individualizado, com

quantidades adequadas de energia, macronutrientes e micronutrientes A comparação foi realizada

em dois grupos, antes e após intervenção nutricional, na comparação utilizou-se o teste t pareado,

seguidos do pós teste Mann-whitney.

Resultados: Foram encontradas diferenças estatísticas com diminuição no pós intervenção dos

dados corporais de peso 63,41 ± 4,28 kg antes e 62,27 ± 4,10 kg depois, índice de massa corporal

21.47 ± 1.14kg/m² antes e 20.9 ± 0.71 kg/m² depois com valor de p=0,025, dobras abdominal

(p=0,034) e da panturrilha (p=0,001) demonstraram redução do teor lipídico subcutâneo. Bem

como, aumento do percentual de massa magra 42,62 ± 2,23 antes e 43,75 ± 1,95 com o valor de

p=0,010. O valor energético (p=0,015), carboidrato e lipídeo foram abaixo das recomendações.

Baseando-se na quantificação por peso corporal, o consumo de 6 a 8 g de carboidratos por kg de

peso e para corredores que estão em treinamento intenso, a ingestão deve ser de 8 a 10 g. Ademais,

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apenas a proteína não diferenciou entre o consumido e a recomendação (p=0,07) e a recomendação

utilizada foi de 1,6 g/kg de peso corporal.

Conclusão: Os conhecimentos em nutrição, aplicados em atletas fundistas e maratonistas,

demonstram uma grande interdependência entre alimento-exercício, compreendendo-se, que a

ingestão alimentar interfere diretamente nas medidas antropométricas.

Referências

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Sports Nutr., Woodland Park, v. 8, n. 7, p. 2-7, 2011.

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17, n. 1, p. 13-7, 2011.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA.

Nutrição no esporte. Brasília: Fundação Vale, 2013. 44 p.

Palavras-Chave: Atletismo. Composição corporal. Consumo alimentar. Rendimento.

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CONSUMO ALIMENTAR ANTES E APÓS O TREINO DE PRATICANTES DE EXERCÍCIO EM UMA ACADEMIA DO MUNICÍPIO DE CARUARU

REBECCA PEIXOTO PAES SILVA, Gabriela Teixeira de Brito Guedes,

Rebeca Monteiro Martins

Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP

Introdução: A alimentação desempenha um papel muito importante no exercício físico, pois

prepara o organismo para o esforço fornecendo os nutrientes necessários. No entanto, as maiorias

dos praticantes de exercício físico não apresentam uma alimentação adequada antes e após o treino,

podendo prejudicar o alcance de seus objetivos bem como aumentar os riscos de desenvolvimento

de doenças crônicas não transmissíveis.

Objetivo: Avaliar o consumo alimentar antes e após o treino aeróbio e de força em alunos de uma

academia do município de Caruaru.

Métodos: Foi realizado um estudo do tipo transversal descritivo com indivíduos de ambos os sexos,

matriculados em uma academia de exercício físico há pelo menos três meses, com frequência igual

ou superior a três vezes por semana. Foram excluídos do estudo aqueles que não saibam dar

informações acerca do consumo alimentar. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um

questionário com informações sobre tipo e rotina de treinamento, além da avaliação do consumo

alimentar antes e após os treinos através do recordatório alimentar. Foi avaliada a ingestão dos

macronutrientes através do software Dietwin. Foram consideradas adequadas às refeições que

atenderem as recomendações da Sociedade Brasileira de Medicina e do Esporte (SBME)

(HERNANDEZ; NAHAS, 2009). O estudo foi realizado após a aprovação pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da UNIFAVIP/DeVry, com o CAAE n° 452360 15.9.0000.5666.

Resultados: Foram entrevistados 80indivíduos com idade média de 27,86 ± 9,9 anos, sendo 55,0%

do feminino. Do total, 67,5% realizavam exercício aeróbio e anaeróbio, e 30,0% realizavam apenas

atividade anaeróbia. Com relação a frequência do exercício, 58% praticavam quatro ou mais vezes

por semana, e 70,0% despendiam mais de 1 hora para realização do exercício. No tocante as

praticas alimentares, 63,8% referiram realizar mais de cinco refeições ao dia. A maioria dos

indivíduos referiram consumir antes do treino uma refeição com baixo teor de carboidrato (78,8%),

de proteína (53,8%) e de lipídio (82,5%). Quanto ao padrão do consumo alimentar no pós-treino,

houve maior frequência de consumo de refeição normoglicídica (57,5%), normolipídica (78,8%) e

hiperproteica (47,5%). Quando avaliado a associação entre tipo de exercício com o consumo

alimentar, verificou-se que os indivíduos que praticavam exercício combinado (anaeróbio e aeróbio)

apresentavam maior inadequação do consumo dos macronutrientes, tanto no pré-treino, quanto no

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pós-treino. Dentre os macronutrientes o lipídeo foi o que apresentou maior inadequação no pré e no

pós-treino, com valores de 98% (p=0,511) e 92% (p=0,539), respectivamente.

Conclusão: Ao avaliar o consumo alimentar dos praticantes de exercício físico no pré e no pós-

treino observou-se uma maior frequência de ingestão inadequada dos macronutrientes. Tendo em

vista que uma dieta desequilibrada pode prejudicar o desempenho durante o exercício físico, é

necessário um acompanhamento nutricional, para orientar e auxiliar no alcance dos seus objetivos.

Referências

DURAN, A. C. F. L. Correlação entre consumo alimentar e nível de atividade física habitual de

praticantes de exercícios físicos em academia. Rev. Bra. Ciênc. e Mov., Distrito Federal, v.

12, n. 3, p. 15-9, 2004.

HERNANDEZ, A. J.; NAHAS, R. M. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos

alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênicas e potenciais riscos para a saúde.

Rev. Bras. Med. Esporte, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 3-12, 2009.

LIMA, C. C.; NASCIMENTO, P. S.; MACEDO, E. M. C. Avaliação do consumo alimentar no pré-

treino em praticantes de musculação. Rev. Bra. Nutr. Espo., São Paulo, v. 7, n. 37, p. 13-8,

2013.

MACEDO, C. S. G. et al. Benefícios do exercício físico para a qualidade de vida. Rev. Bra. de

Ativ. Física, [S.l.], v. 8, n. 2, p. 19-27, 2014.

SANTOS, N. A. et al. Consumo alimentar de praticantes de musculação em academias na cidade de

Pesqueira-PE. Rev. Bra. Nutr. Espo., São Paulo, v. 10, n. 55, p. 68-78, 2016.

Palavras-Chave: Consumo alimentar. Nutrição. Academia.

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CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DE UMA INSTITUIÇÃO DA REDE PRIVADA DA CIDADE DO RECIFE

JESSIKA RODRIGUES CLEMENTINO, Marta Lira da Silva,

Samanta Siqueira de Almeida, Danielle Erilane Silva Pereira, Elda Silva Augusto de Andrade

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Tanto no Brasil como no mundo a transição nutricional tem fomentado discussões

quanto a sua causa, que possui suas raízes intrinsecamente ligadas as mudança no estilo de vida e

dos hábitos alimentares e como consequência alterações nutricionais. O consumo de doces e

refrigerantes tem tido um aumento significativo, enquanto que o consumo de frutas e hortaliças tem

se mantido estável na última década, não alcançando o valor recomendado pelo Guia Alimentar

para a População Brasileira. A obesidade, doença de grandes repercussões orgânicas e

psicossociais, tem-se mostrado como uma patologia de difícil controle. De acordo com a Pesquisa

de Orçamentos Familiares (POF) de 2008 a 2009 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA

ESTATÍSTICA, 2010), no Brasil o excesso de peso é frequentemente encontrado em crianças a

partir dos cinco anos de idade em todas as regiões brasileiras e independente de classe social.

Crianças em idade escolar tendem a consumir alimentos altamente calóricos e baixa ingestão de

frutas e vegetais, principais fontes de vitaminas e minerais.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional e relacioná-lo com o consumo alimentar dos escolares de

uma instituição da rede privada de ensino da cidade do Recife.

Material e Métodos: A pesquisa refere-se a um estudo de natureza quantitativa, do tipo transversal

desenvolvido através da análise do banco de dados cedidos por uma unidade de ensino da rede

privada após ação realizada pela Unidade de Saúde da Família, Distrito sanitário III do bairro da

macaxeira e aprovado pelo CAAE sob o número 63439516.3.0000.5201. Foi avaliado o estado

nutricional e o consumo alimentar dos escolares. Foram aferidos peso e altura e a partir disso

calculado o índice de massa corporal e analise a partir das curvas de crescimento da Organização

Mundial da Saúde. Os dados secundários foram disponibilizados mediante a carta de anuência

cedida pela direção da escola. A amostra analisada continha o total de 49 estudantes, de ambos os

sexos, com faixa etária entre 6 a 9 anos. Os dados antropométricos obtidos foram tabulados e

consolidados através do programa Anthro Plus, a correlação entre consumo alimentar e estado

nutricional foi realizada através da análise estatística Statistical Package for Social Science versão

13.0.

Resultados: Os estudantes avaliados apresentaram peso adequado (Eutrofia) para ambos os sexos.

A prevalência de eutróficos foi de 57,1% (n=28), sobrepeso/obesidade 42,9% (n=21). O consumo

de embutidos de (55%) e de biscoitos recheados e guloseimas (91,8%), refrigerantes (83,7%), e um

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baixo consumo de verduras e legumes (51%), demonstrando assim resultados negativos e

preocupantes.

Conclusão: A presente pesquisa mostrou que apesar dos escolares apresentarem estado nutricional

de eutrofia, segundo o Índice de Massa Corporal, foi observado um alto consumo de alimentos ricos

em açúcares e uma baixa ingestão de frutas e verduras importante para esta fase da vida. Sendo

necessárias estratégias educativas para assegurar a formação de hábitos alimentares saudáveis.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Guia Alimentar para

a População Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

FAGUNDES, A. L. N. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da região de

Parelheiros do município de São Paulo. Rev. Paul. Pediatr., São Paulo, v. 26, n. 3, p. 212-7,

2008.

GOMES, E. B.; OLIVEIRA, H. P.; VILELA JUNIOR, G. B. Estado nutricional de uma amostra de

escolares da cidade de Ponta Grossa-PR. Rev. Centr. de Pesq. Avanc. Qual. de Vida, [S.

l.], v. 1, n. 1, p. 124-30, 2009.

GOMES, F. S.; ANJOS, L. A.; VASCONCELLOS, M. T. L. Antropometria como ferramenta de

avaliação do estado nutricional coletivo de adolescentes. Rev. Nutr. PUCCAMP,

Campinas, v. 23, n. 4, p. 591-605, 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de orçamentos

familiares 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos

no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

OLIVEIRA, K. Avaliação do material didático do projeto “Criança saudável, educação dez".

Interface Comunic. Saúde Educ., Botucatu, v. 12, n. 25, p. 401-10, 2008.

Palavras-Chave: Obesidade. Antropometria. Reeducação Alimentar. Nutrição.

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CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO CARDIOVASCULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SOBREVIVENTES DE CÂNCER INFANTO-JUVENIL

JULLYANA FLAVIA DA ROCHA ALVES, Derberson José Nascimento Macedo,

Rafaela Santos Siqueira, Daniella Claudia de França Cavalcanti

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Seguindo as tendências epidêmicas de má alimentação na infância, é comum encontrar

em crianças e adolescentes sobreviventes de câncer a preferência por alimentos mais palatáveis e

prazerosos, na maioria das vezes processados ou ultra processados, em que o consumo é justificado

pelos pais ou pelo próprio paciente como necessário devido aos efeitos colaterais que geralmente

acomete o trato gastrointestinal quando em tratamento ativo, adquirindo assim hábitos que se

mantém após término do tratamento.

Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de risco de crianças e adolescentes sobreviventes de câncer

infanto-juvenil.

Material e Métodos: Estudo do tipo transversal, sendo a amostra por conveniência, envolvendo

crianças e adolescentes sobreviventes de câncer de 5 a 19 anos, de ambos os sexos. Os dados

referentes ao consumo alimentar foram coletados por meio de um questionário de frequência

alimentar, do tipo qualitativo, desenvolvido e validado por Slater et al, 2003, para o estudo da dieta

habitual de adolescentes. A fim de caracterizar o padrão alimentar de risco para obesidade e

complicações associadas em crianças e adolescentes sobreviventes de câncer, foi avaliado, através

de escores, o consumo de 28 itens alimentares considerados de risco, tendo por base as

recomendações do Instituto Nacional do Câncer e o Guia Alimentar para população Brasileira.

Adicionalmente, a classificação do perfil socioeconômico também foi avaliada, sendo utilizados os

critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas para Critério de Classificação

Econômica Brasil. O projeto de pesquisa foi submetido à apreciação e aprovado pelo Comitê de

Ética em pesquisa do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), CAAE

65883117.8.0000.5201. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS® versão 23.0.

Na validação das associações investigadas foi adotado o valor de p < 0,05.

Resultados: Foram avaliados no presente estudo 118 crianças e adolescentes sobreviventes de

câncer infanto-juvenil, sendo a maioria do sexo masculino (57,6%) e com faixa etária entre 10 a 19

anos (66,1%). A mediana de idade do grupo estudado foi de 12 anos. Na amostra foi possível

observar um maior consumo de alimentos de risco entres os maiores de 10 anos, do sexo masculino,

e que moravam no interior do estado de Pernambuco. Além disso, esse mesmo consumo foi

observado para aqueles pertencentes à classe econômica de menor poder aquisitivo, com mais de 5

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anos fora de tratamento antineoplásico e praticantes de atividade física, embora achados não

estatisticamente significantes.

Conclusão: O elevado consumo de alimentos do grupo de risco sugere a necessidade de

intervenções nutricionais mais efetivas voltadas para ações de promoção e proteção da saúde, já que

a obesidade é um efeito colateral bem conhecido em crianças e adolescentes sobreviventes de

câncer infantil.

Referências

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia alimentar para população

brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

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ZHANG, F. F. et al. Comparison of Childhood Cancer Survivors' Nutritional Intake with US

Dietary Guidelines. Pediatr. Blood. Cancer, Hoboken, v. 62, n. 8, p. 1461-67, 2015.

Palavras-Chave: Consumo de alimentos. Neoplasias. Sobrevivente.

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CORRELAÇÃO ENTRE GANHO DE PESO INTERDIALÍTICO E RISCO CARDIOVASCULAR

ELLEN DIANA SILVA DE SOUZA, Halana Celina Magalhães Melo,

Samanta Siqueira de Almeida, Bruno Soares de Sousa, Marilia Tokiko Oliveira Tomiya

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A doença renal crônica está associada a altos índices de morbidade e mortalidade,

sendo as doenças cardiovasculares a principal causa. Vários fatores estão associados a elevada

prevalência de doenças cardiovasculares em pacientes com insuficiência renal crônica, em especial

para aqueles em hemodiálise, dentre os fatores destaca-se o ganho de peso interdialítico. Elevados

valores de ganho de peso interdialítico são considerados como indicadores de não adesão às

recomendações quanto à ingestão de água e sódio, além disso, está intimamente relacionado ao não-

controle da pressão arterial, fator associado à mortalidade em pacientes em hemodiálise. Há vários

métodos utilizados para avaliar o Risco Cardiovascular na prática clínica, sendo a antropometria um

instrumento de fácil aplicação, reprodutibilidade, baixo custo e com alto valor preditivo de eventos

cardiovasculares. Dentre os indicadores antropométricos, pode-se destacar as circunferências de

cintura e a razão cintura-estatura.

Objetivo: Correlacionar o ganho de peso interdialítico com o risco cardiovascular.

Material e Métodos: Estudo do tipo transversal, realizado em um hospital filantrópico em Recife,

Pernambuco, no período de março a outubro de 2015. Foram selecionados pacientes com idade

superior a 19 anos, submetidos ao programa de hemodiálise regular há mais de 3 meses. Para

avaliação do risco cardiovascular, foi utilizada a circunferência da cintura e a relação cintura-

estatura, sendo definida como risco cardiovascular a circunferência da cintura ≥ 94 cm para homens

e ≥ 80 cm para mulheres e relação cintura-estatura ≥ 0,52 para homens e ≥ 0,53 para mulheres. Foi

apontado como ganho de peso interdialítico elevado valores acima de 5%. A pesquisa foi aprovada

pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira, de acordo

com a Resolução no 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Certificado de Apresentação para

Apreciação Ética: 39806914.0.0000.5201. Mediante aprovação do paciente, foi assinado um termo

de consentimento livre e esclarecido.

Resultados: Foi avaliado o total de 27 pacientes, desse total 18 (66,7%) apresentaram Risco

Cardiovascular de acordo com a circunferência da cintura e 21 (77,8%) de acordo com a razão

cintura-estatura, onde os mesmos encontravam-se com ganho de peso interdialítico elevado

(P<0,001 e P=0,001, respectivamente).

Conclusão: O ganho de peso interdialítico está relacionado ao aumento do risco cardiovascular, o

que eleva exponencialmente a morbimortalidade nessa população.

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DESNUTRIÇÃO E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DE ACORDO COM A

MODALIDADE DE DIÁLISE

CAROLINA BEATRIZ DA SILVA SOUZA, Rayanne Cybelly Silva Monteiro,

Conciana Maria Andrade Freire Neves, Larissa de Andrade Viana

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O tratamento dialítico na doença renal crônica traz impactos nutricionais significativos

às crianças e adolescentes como desnutrição e déficit de crescimento, devido às perdas de nutrientes

através do dialisato e ao hipercatabolismo.

Objetivo: Descrever o estado nutricional e composição corporal de crianças e adolescentes com

doença renal crônica de acordo com a modalidade de diálise: diálise peritoneal e hemodiálise.

Material e Métodos: Estudo transversal com crianças e adolescentes de 2 a 19 anos com doença

renal crônica em diálise, ambos os sexos, de um hospital de referência do Nordeste do Brasil, em

novembro 2014 a fevereiro de 2015. Dados socioeconômicos, bioquímicos e antropométricos foram

coletados de prontuários e durante as consultas, com preenchimento de formulário estruturado para

o estudo. O estado nutricional foi classificado de acordo com os valores de z escores para peso e

estatura, segundo a Organização Mundial da Saúde, considerando valores abaixo de - 2 z escores

como baixo peso e baixa estatura para a idade. Circunferências do braço e muscular do braço e a

prega cutânea tricipital foram aferidos no braço contrário ao de posição do cateter para os que

realizam hemodiálise e no braço não-dominante para os que realizam diálise peritoneal, com valores

abaixo do percentil 5 classificados como risco de desnutrição. Pacientes que apresentaram outra

patologia de base, impossibilitados de aferição de estatura, edema, prévio internamento ou que se

negaram a participar foram excluídos da amostra. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de

Ética em Pesquisa sob o número 751441, em 13 de agosto de 2014.

Resultados: Após elegibilidade foram selecionados 36 pacientes com média de idade de 130 meses

(10 anos), sendo 58,3% do sexo feminino. A renda familiar abaixo de 1 salário mínimo foi em

38,9% dos pacientes e a escolaridade materna ou do responsável foi igual ou inferior ao ensino

fundamental em 66,7%. Níveis séricos de hemoglobina, sódio, potássio, cálcio e fósforo foram

menores em pacientes que realizaram hemodiálise. A desnutrição por baixa estatura para a idade foi

a mais prevalente (58,3% da amostra), sendo mais elevada em pacientes em hemodiálise (75%)

(p=0,02). Circunferências do braço e muscular do braço mostraram risco de desnutrição com baixa

reserva proteica em 75% da amostra e em pacientes em hemodiálise.

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Conclusão: Crianças e adolescentes com doença renal crônica que realizam hemodiálise podem

sofrer maiores efeitos da desnutrição e alterações da composição corporal necessitando de melhor

suporte nutricional especializado nesta condição.

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Palavras-Chave: Avaliação nutricional. Composição corporal. Hemodiálise.

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DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE IDOSOS DE ACORDO COM O TIPO DE CÂNCER

CAMILLA MESSIAS FRANÇA DA SILVA, Marília de Melo Freire Lyra,

Bruna Nascimento da Silva, Mirella Ozias Aquino de Oliveira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O processo de transição demográfica mundial favoreceu o envelhecimento

populacional e o aumento significativo da população idosa. Consequentemente ocorreu mudanças

no perfil das enfermidades, as doenças infecciosas e parasitárias deixaram de ser a principal causa

de morbimortalidade, dando lugar às doenças não transmissíveis como o câncer. O paciente idoso

oncológico apresenta risco elevado de desnutrição devido aos impactos da doença e aos efeitos

colaterais dos tratamentos, que podem comprometer o estado nutricional, o que contribui para um

mau prognóstico.

Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a relação entre o estado nutricional e o tipo de câncer

de pacientes em internamento hospitalar.

Material e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo composto por idosos (>60 anos)

diagnosticados com câncer internados na enfermaria de oncologia de um hospital referência do

Nordeste. A amostra foi classificada em: câncer de cabeça, pescoço e trato gastrointestinal; mama;

pulmão e pleura; geniturinário; e outros. Para estabelecer o estado nutricional foi utilizado o Índice

de Massa Corporal da admissão específico para idosos preconizado pela Organização Pan-

Americana de saúde (2003). Os dados foram digitados no programa EXCEL para Windows, versão

2013 e a análise estatística no programa SPSS, versão 21.0. O valor de p <0,05 foi considerado para

rejeição da hipótese de nulidade. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Instituição sob o CAAE de número: 10241612.7.0000.5201.

Resultados: Foram avaliados 406 idosos, sendo 162 (39,9%) com diagnóstico de câncer cabeça,

pescoço e trato gastrointestinal; 133(32,7%) geniturinário; 47 (11,5%) pulmão e pleura; 42 (10,3%)

mama; 22 (5,4%) outros. O grupo de cabeça e pescoço e trato gastrointestinal apresentaram a maior

porcentagem de pacientes com baixo peso (59,3%), seguidos pelos grupos de pulmão e pleura

(57,4%), outros (54,5%), geniturinário (43,6%) e mama (26,3%). Enquanto o câncer de mama foi o

grupo que apresentou a maior porcentagem de pacientes com obesidade (19%), seguidos pelos

grupos outros (18,2%), geniturinário (12%) e cabeça e pescoço e trato gastrointestinal (8,6%). O

grupo de pulmão e pleura não apresentou paciente com sobrepeso ou obesidade. Observamos

diferença estatística entre a média do IMC e os tipos de câncer (p<0,0001).

Conclusão: A maior prevalência de baixo peso em pacientes com neoplasia de câncer de cabeça,

pescoço e trato gastrointestinal é compreensível devido a sua localização e geralmente ser

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diagnosticado tardiamente. Além disso, o paciente idoso oncológico, de maneira geral apresenta

diminuição do apetite, do paladar e dificuldades de mastigação e deglutição. Em relação às

pacientes com câncer de mama os resultados encontrados corroboram com inúmeros estudos que

apontam a possível relação entre ganho de peso e a obesidade em mulheres no período pós

diagnóstico em decorrência principalmente do tratamento quimioterápico adjuvante. Com isso,

observa-se a importância da identificação de desvios nutricionais como parte essencial na

abordagem do paciente idoso com câncer.

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Palavras-Chave: Estado Nutricional. Idoso. Neoplasia.

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EFEITO DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL SOBRE OS PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS EM IDOSOS DIABÉTICOS A NÍVEL AMBULATORIAL

GABRIELA MAGALHÃES MEDEIROS, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos,

Gabriella Yandra Fernandes Souza, Andressa Karine Montes Gomes,

Tazla Ingride de Sousa Lins

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Entre os problemas atuais de saúde pública no país, a maioria está relacionada com o

estado nutricional. Há uma crescente demanda de saúde atrelada à dupla carga de doenças não

transmissíveis como obesidade, diabetes e doenças coronarianas, fome/desnutrição e anemia. Esse

cenário díspar e complexo está relacionado com outra particularidade: o envelhecimento

populacional. A diabetes mellitus tipo 2 caracteriza-se por ter elevada prevalência em idosos,

apresentando diferentes graus de deficiência e resistência à ação da insulina. Sendo assim, faz-se

necessário conhecer as alterações corporais atrelados ao envelhecimento. A avaliação nutricional

através da antropometria como índice de massa corporal, circunferência da cintura e circunferência

da panturrilha tem se mostrado importante indicador do estado nutricional, pois, além de fornecer

informações das medidas físicas e de composição corporal, são métodos não invasivos e de fácil e

rápida execução. No caso de idosos, as medidas antropométricas mais utilizadas são: peso, estatura

e circunferências. O processo de envelhecimento acarreta alterações corporais, as quais são

importantes de serem avaliadas num plano nutricional. O peso, a estatura e a massa magra sofrem

alterações que acompanham o envelhecimento, os quais tendem a diminuir além de modificar o

padrão de gordura corporal, onde o tecido gorduroso dos braços e pernas diminui, mas aumenta no

tronco. Diante da escassez de estudos avaliando parâmetros antropométricos em idosos diabéticos,

este estudo objetivou avaliar o efeito do acompanhamento nutricional sobre os parâmetros

antropométricos nesta faixa em diabéticos.

Objetivos: Avaliar o efeito do acompanhamento nutricional sobre parâmetros antropométricos de

idosos diabéticos.

Material e Métodos: Estudo transversal envolvendo indivíduos idosos com diabetes mellitus tipo

2, de ambos os sexos, atendidos em ambulatório de nutrição/diabetes. Foram coletados dados

demográficos (sexo, faixa etária e procedência), antropométricos (peso e a altura, circunferência da

cintura e circunferência da panturrilha e de estilo de vida (atividade física). O projeto de pesquisa

foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo CAAE nº 55357216.0.0000.5208.

Resultados: Houve predominância de mulheres (90,7%), na faixa etária de 60 a 70 anos (57%) e

procedentes da região metropolitana do Recife (52,3%). Nos pacientes do sexo masculino, ocorreu

redução no índice de massa corpórea (p=0,020) e manutenção da circunferência da cintura

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(p=0,035) na classificação elevada e a circunferência da panturrilha (p=0,009) manteve-se eutrófica;

nas mulheres esta redução foi detectada na circunferência da cintura e da panturrilha (manutenção

de eutrofia). O estilo de vida, evidenciou 63,6% de sedentarismo, em ambos os sexos e nas

diferentes faixas de idade.

Conclusão: O acompanhamento nutricional durante 1 ano promoveu modificações antropométricas

significativas. Ocorreu redução no índice de massa corpórea masculino com manutenção de eutrofia

e a circunferência da cintura e da panturrilha evidenciaram redução nas mulheres com manutenção

de circunferência da panturrilha dentro da faixa de normalidade.

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EFEITO ERGOGÊNICO DO CONSUMO DE SUCO DE BETERRABA EM PRATICANTES DE JIU JITSU

YLANA GOMES DE SANTANA BARROS LEAL, Paulo Adriano Schwingel,

Juliana Fonseca Nogueira, Edson Rafael Pinheiro dos Anjos, Ana Beatriz Ferreira dos Santos

Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina

Introdução: O número de praticantes de atividade física que buscam melhora da performance

através dos suplementos tem aumentado. A suplementação de nitrato diminui a necessidade

energética de oxigênio, modulando o fluxo sanguíneo e a respiração mitocondrial durante o

exercício intenso, aumentando os processos de reparação tecidual. Essa resposta fisiológica é cada

vez mais esperada por praticantes de artes marciais, uma vez que o nitrato, presente em quantidade

significativa na beterraba, pode ser considerado um recurso ergogênico de baixo custo, fácil acesso

e aplicabilidade. Porém estudos utilizando este recurso em esportes de combate são raros.

Objetivo: Verificar os possíveis efeitos ergogênicos do consumo de suco de beterraba por um

período de seis dias no desempenho atlético de praticantes de Brazilian Jiu-Jitsu.

Material e Método: Sete competidores de Brazilian Jiu-Jitsu do gênero masculino com idade de

24,7 ± 5,2 anos, massa corporal total de 71,3 ± 5,9 kg e estatura de 1,77 ± 0,06 metros, participaram

do estudo. Foram avaliados parâmetros cardiovasculares (frequência cardíaca, pressão arterial

sistólica e diastólica) e realizados testes de força e resistência muscular (flexão abdominal, flexão

de braços, salto horizontal), além de testes específicos do Brazilian Jiu-Jitsu (Special Judo Fitness

Test) antes e após a ingestão com suco de beterraba por seis dias consecutivos. Este trabalho foi

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco sob número CAAE:

23698013.0.0000.5207.

Resultados: Os parâmetros experimentais pré e pós-suplementação com suco de beterraba e

demonstra diferenças significativas na comparação antes e após os seis dias de suplementação com

suco de beterraba em quatro das variáveis analisadas. A velocidade específica no Brazilian Jiu-Jitsu

reduziu significativamente em torno de 15% entre os dois momentos (p < 0,001; d=15.404) e a

resistência específica no Brazilian Jiu-Jitsu aumentou aproximadamente 20% (p=0,01; d=5,516). De

mesmo modo, a resistência abdominal (p=0,04; d=0.149) aumentou significativamente e a pressão

arterial sistólica em repouso reduziu (p=0,05; d=13.237). Não foram verificadas diferenças

estatisticamente significativas para a frequência cardíaca de repouso, pressão arterial diastólica em

repouso, percepção subjetiva do esforço em repouso, salto horizontal, flexão de braços e nos

resultados do Special Judo Fitness Test.

Conclusão: O consumo de suco da beterraba, foi efetivo em melhorar a performance atlética dos

avaliados e surge como artifício promissor para o Brazilian Jiu-Jitsu.

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ESCORE DE RISCO NUTRICIONAL OBTIDO ATRAVÉS DE FERRAMENTA DE TRIAGEM NUTRICIONAL STRONGKIDS E PRÁTICAS ALIMENTARES DE

LACTENTES HOSPITALIZADOS

DANIELLA CLAUDIA DE FRANÇA CAVALCANTI,

Conciana Maria Andrade Freire Neves, Mayara Rayssa Vieira de Santana,

Diego Rafael Farias da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Os indicadores antropométricos e de composição corporal são preditores de risco

nutricional e frequentemente utilizados como critério único no diagnóstico nutricional. Apesar

disso, esses dados isoladamente não fornecem uma abordagem completa, e informações adicionais

tornam o diagnóstico diferencial. A STRONGkids é uma ferramenta de triagem nutricional prática e

rápida, que consiste na análise da presença de doença com alto risco de desnutrição; avaliação

clínica subjetiva; ingestão alimentar e presença de vômitos ou diarreia; e perda de peso recente. Os

dois primeiros anos de vida caracterizam-se por intenso crescimento e desenvolvimento, e a

alimentação nesse período têm repercussões ao longo da vida.

Objetivo: Verificar o risco de desnutrição e as práticas alimentares de crianças internadas em um

hospital de referência de Pernambuco.

Material e Método: Estudo transversal, constituído por 101 indivíduos, de ambos os sexos, que

foram internados no período de junho a agosto de 2017 em um hospital pediátrico de Pernambuco.

Foram realizadas entrevistas com os responsáveis pelas crianças mediante questionário estruturado,

e a triagem nutricional foi feita em até 72h da admissão hospitalar. As práticas alimentares foram

analisadas segundo recomendações dos “Dez passos para uma alimentação saudável” do Ministério

da Saúde (BRASIL, 2008), que recomenda aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses

de vida, e após deve ser iniciado a introdução da alimentação complementar balanceada e

equilibrada, e manutenção do aleitamento até dois anos ou mais. Em relação aos aspectos éticos, a

pesquisa recebeu aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa sob o parecer de número

64742417.8.0000.5201. A análise dos dados foi feita com o programa S.P.S.S. versão 23, e

trabalhou-se com teste do qui-quadrado e, quando necessário, o valor de p de Fisher. O nível de

significância adotado para a rejeição da hipótese nula foi de 5%.

Resultados: A média de idade foi de 107,26 dias (mediana de 47 dias), sendo 61,24% do sexo

masculino, e 47,5% de cor parda. Do total da amostra, 64 (63,3%) crianças apresentaram risco

nutricional médio, 29 (28,7%) baixo risco e 8 (7,9%) risco nutricional elevado. Entre as crianças

com alto risco nutricional, 75% apresentaram práticas alimentares inadequadas. Aquelas com médio

e baixo risco, 64,1% e 44,8% respectivamente, apresentavam hábitos alimentares inadequados.

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Conclusão: Diante dos resultados encontrados nesta pesquisa, foi possível observar que quanto

maior as práticas inadequadas de alimentação, maior o risco nutricional segundo a STRONGkids.

Portanto é necessário estimular hábitos alimentares apropriados em lactentes, evitando assim

prejuízos nutricionais.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a

alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

DIAS, M. C. A. P.; FREIRE, L. M. S.; FRANCESCHINI, S. C. C. Recomendações para

alimentação complementar de crianças menores de dois anos. Rev Nutr., Campinas, v. 23,

n. 3, p. 475-86, 2010.

HULST, J. M. et al. Dutch national survey to test the STRONGkids nutritional risk screening tool

in hospitalized children. Clin. Nutr., Edinburgh, v. 29, p.106-11, 2010.

JOOSTEN, K. F.; HULST, J. M. Nutritional screening tools for hospitalized children:

Methodological considerations. Clin. Nutr., Edinburgh, n.3, p. 1-5, 2014.

LING, R. E.; HEDGES, V.; SULLIVAN, P. B. Nutritional risk in hospitalised children: an

assessment of two instruments. E. Spen. Eur. E. J. Clin. Nutr. Metab., Oxford, v. 6, 153-7,

2011.

Palavras Chave: Triagem Nutricional. Desnutrição. Alimentação Infantil.

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ESTADO NUTRICIONAL E DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL

ESCOLA DO RECIFE-PE

ELLEN DIANA SILVA DE SOUZA, Claudete Xavier do Nascimento, Danielle Erilane Silva

Pereira, Camilla Araújo de Brito, Paola Frassinette de Oliveira Albuquerque Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O envelhecimento populacional acelerado contribui para o crescimento do número de

idosos hospitalizados. A dificuldade de nutrir o idoso em estado crítico está, na maioria das vezes,

relacionada com as complicações clínicas ou relativas ao uso da terapia nutricional. Vários

instrumentos de avaliação nutricional têm sido utilizados na prática clínica para minimizar as

alterações de composição corporal encontradas nesses pacientes. Diante disso, a identificação

precoce da desnutrição contribui para elevação da expectativa de vida e o auxílio de técnica simples

e segura facilita a detecção precoce, sendo a avaliação antropométrica um método eficiente para tal

finalidade.

Objetivo: Avaliar a associação entre estado nutricional e desfecho clínico de pacientes idosos

internados em uma Unidade de Terapia Intensiva.

Material e Método: Estudo transversal realizado durante o período de março a outubro de 2015,

com pacientes críticos idosos que estavam recebendo nutrição enteral por sonda nasoenteral, em um

período mínimo de 48 horas. Para os dados antropométricos foram utilizadas as medidas de

circunferência do braço e da panturrilha e a altura do joelho dos pacientes. A estimativa do peso e

da altura foi realizada através das equações sugeridas por Chumlea et al. (1988). O estado

nutricional foi classificado pelo índice de massa corporal, adotando-se a classificação proposta pela

World Health Organization (1995) para adultos. Para os pacientes com idade igual ou superior a 60

anos, os pontos de corte foram os propostos por Lipschitz (1994). A circunferência da panturrilha

foi classificada de acordo com o proposto pela World Health Organization (1995), sendo

considerada desnutrição o valor menor que 31 cm. Os pacientes foram acompanhados até o seu

desfecho clínico (alta ou óbito). A análise estatística foi realizada pelo programa Statistical Package

for Social Sciences versão 13.0. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e

Pesquisa, obtendo número de Certificado de Apresentação para Apreciação Ética

39934214.6.0000.5201.

Resultados: Foram avaliados 33 pacientes idosos, de ambos os sexos, com idade média de 63,6 ±

15,0 anos, sendo 51,5% (n=17) do sexo feminino. Pela circunferência do braço foi encontrado

54,5% (n=18) de desnutrição, seguido de 39,4% (n=13) eutrofia e 6,1% (n=2) excesso de peso.

Enquanto que pelo índice de massa corporal, 42,4% (n=14) estavam desnutridos, 36,4% (n=12)

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eutróficos e 21,2% (n=7) excesso de peso. Avaliando-se a circunferência da panturrilha, foi

constatada uma prevalência de eutrofia, 66,7% (n=22). Como desfecho clínico destes pacientes, a

maioria recebeu alta 72,7% (n=22).

Conclusão: Pacientes em estado grave geralmente têm estresse catabólico resultante do estado

inflamatório preexistente. Correlacionam-se a isso o aumento na morbimortalidade, a disfunção de

múltiplos órgãos, o aumento dos dias de ventilação mecânica e a hospitalização prolongada. Nessas

condições, o estado nutricional prévio auxilia na redução da perda de massa corporal, do equilíbrio

imunológico e diminuição das complicações metabólicas, culminando com melhor desfecho clínico.

Referências

CHUMLEA, W. C. et al. Prediction of body weight for the nonambulatory elderly from

anthropometry. J. Am. Diet. Assoc., Chicago, v. 88, n. 5, p. 564-8, 1988.

CRUZ, L. B. et al. Perfil antropométrico dos pacientes internados em um hospital universitário.

Rev. HCPA, Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 177-81, 2012.

DE LARA LUZ, E. R.; MEZZOMO, T. R. Estado nutricional e indicadores de qualidade em terapia

nutricional enteral em pacientes institucionalizados com paralisia cerebral. DEMETRA

Aliment. Nutr. Saúde, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 23-8, 2016.

GRACIANO, R. D. M., FERRETI, R. E. L. Nutrição Enteral em Idosos na Unidade de Terapia

Intensiva: prevalência e fatores associados. Rev. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, v. 2, n.

4, p.151-5, 2008.

LEANDRO-MERHI, V. A.; MORETE, J. L.; OLIVEIRA, M. R. M. Avaliação do estado

nutricional precedente ao uso de nutrição enteral. Arq. Gastroenterol., São Paulo, v. 46, n.

3, p. 219-24, 2009.

LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Prim. Care, Philadelphia, v. 21,

n. 1, p. 55-67, 1994.

REZENDE, E. M. et al. Mortalidade de idosos com desnutrição em Belo Horizonte, Minas Gerais,

Brasil: uma análise multidimensional sob o enfoque de causas múltiplas de morte. Cad.

Saúde Pública., Rio de Janeiro, v. 26, p. 1109-21, 2010.

SOUZA, M. A.; MEZZOMO, T. R. Estado Nutricional e Indicadores de Qualidade em terapia

Nutricional de idosos sépticos internados em uma unidade de Terapia Intensiva. Rev. Bras.

Nutr. Clín., Porto Alegre, v. 31, n. 1, p. 23-8, 2016.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and interpretation of

anthropometry. Geneva: Whorld Health Organizations, 1995.

Palavras-Chave: Idoso. Avaliação nutricional. Unidade de Terapia Intensiva.

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ESTADO NUTRICIONAL E INFLAMATÓRIO PRÉ-CIRÚRGICO E SUA ASSOCIAÇÃO NAS COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS EM CRIANÇAS E

ADOLESCENTES

IZA CRISTINA DE VASCONCELOS MARTINS,

Juliana Machado Wanderley Corrêa de Oliveira, Alcinda de Queiroz Medeiros,

Janine Maciel Barbosa, Camila Lima Chagas

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O comprometimento do estado nutricional aumenta o risco de desenvolver

complicações pós-cirúrgicas, podendo afetar a evolução clínica dos pacientes, aumentando o tempo

de permanência hospitalar, retardando a cicatrização de feridas e aumentando a taxa de mortalidade.

Vale ressaltar que quanto maior o estado de depleção, maior o risco de desenvolver complicações

no pós-operatório, no entanto, não existe método considerado padrão ouro para avaliar o estado

nutricional de adultos e/ou crianças. Alguns estudos começaram a indicar que a atividade

inflamatória constitui um importante elemento contribuinte para a patogênese da desnutrição, uma

vez que pode reduzir a massa celular corporal e levar a prejuízo na composição corporal e na

resposta funcional. Neste contexto, a avaliação nutricional e da atividade inflamatória é de grande

importância no período pré-cirúrgico, quando executada adequadamente pode identificar

precocemente a desnutrição, reduzindo os riscos de complicações intra-hospitalar.

Objetivo: Avaliar a associação entre o estado nutricional e inflamatório com a presença de

complicações pós-cirúrgicas e tempo de hospitalização em crianças submetidas a cirurgia.

Material e Métodos: Série de casos realizada com crianças e adolescentes internados na clínica de

Cirurgia Pediátrica de um Centro de referência do Nordeste brasileiro (Recife/PE), entre março e

outubro de 2015. Coletaram-se dados antropométricos e bioquímicos pré-cirúrgicos, onde após as

cirurgias, foi feita a associação das complicações pós-cirúrgicas. Esse estudo foi aprovado pelo

Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, sob o número 4553.

Resultados: Amostra foi composta por 21 pacientes, sendo a maioria do sexomasculino 11

(52,4%). Através das variáveis clínicas, observou-se que a maioria internou devido cirurgia no trato

gastrointestinal (52,4%) e média de tempo de internamento foi de 7,76 dias. Na avaliação dos

indicadores antropométricos e bioquímicos, evidenciou-se baixa frequência de déficit nutricionais,

devido a maioria dos parâmetros demonstrarem eutrofia para Altura/Idade, circunferência do braço,

prega cutânea triciptal, circunferência muscular do braço e níveis séricos de albumina. Na análise

dos indicadores de inflamação, encontrou-se 19% da amostra com níveis de proteína C reativa

elevados. A maioria apresentou algum tipo de complicação (57,1%), sendo as maiores frequências

de complicações infecciosas (52,4%) seguida de complicações no trato gastrointestinal (23,8%) e

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não infecciosas (19%), cerca de 60% da amostra realizou antibióticoterapia pós-cirurgia. O tempo

de hospitalização foi maior entre aqueles com complicações (p=0,012).

Conclusão: O estado nutricional e a resposta inflamatória inadequada podem influenciar no

desfecho pós-operatório, aumentando as chances de desenvolver complicações pós-cirúrgicas e

elevando o tempo de internamento hospitalar. Porém, o reduzido tamanho amostral do presente

estudo pode ter restringido o poder do mesmo. Portanto, sugere-se a realização de outros estudos

que avaliem esta metodologia entre pacientes cirúrgicos pediátricos.

Referências

BARBOSA, M. D.; BARROS, A. J., LARSSON, E. Phase angle reference values for brazilian

population. Int J. Body Compos. Res., London, v. 6, n. 2, p. 67-8, 2008.

DIAS, C. A.; BURGOS, M. G. P. A. Diagnóstico nutricional de pacientes cirúrgicos. ABCD, Arq.

Bras. Cir. Dig., São Paulo, v. 22, n. 1, p. 2-6, 2009.

FALCÃO, M. C.; TANNURI, U. Nutrition for the pediatric surgical patient: approach in the peri-

operative period. Rev. Hosp. Clín., São Paulo, v. 57, n. 6, p. 299-308, 2002.

JOOSTEN, K. F. M.; HULST, J. M. Malnutrition in pediatric hospital patients: current issues.

Nutrition, Burbank, v. 27, n. 2, p. 133-7, 2011.

SAMPAIO, R. M. M; VASCONCELOS, C. M. C. S.; PINTO, F. J. M. Prevalência da desnutrição

segundo a avaliação nutricional subjetiva global em pacientes internados em um Hospital

Público de Fortaleza (CE). Rev. Baiana Saúde Pública., Salvador, v. 34, n. 2, p. 311-20,

2010.

WESSNER, S.; BURJONRAPPA, S. Review of nutritional assessment and clinical outcomes in

pediatric surgical patients: does preoperative nutritional assessment impact clinical

outcomes. J. Pediatr. Surg., New York, v. 49, p. 823-30, 2014.

Palavras Chave: Avaliação nutricional. Inflamação. Criança. Adolescente.

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ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES PÓS-TRANSPLANTE CARDÍACO TARDIO

LILIANE CABRAL CAVALCANTI, Aline Figueirôa Chaves de Araújo,

Marília Tokiko Oliveira Tomiya, Nailma Louise Mendonça de Araújo

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O transplante cardíaco é o tratamento padrão ouro para insuficiência cardíaca

refratária. Após o transplante, o uso de imunossupressores cronicamente pode trazer efeitos

colaterais como excesso de peso, hipertensão arterial, dislipidemia e hiperglicemia. Um estudo

recente demonstrou que a vasculopatia do enxerto cardíaco, principal causa de rejeição, apresenta

relação com dislipidemias, principalmente baixos níveis de High Density Lipoprotein, sendo

crescente o uso de hipolipemiantes no pós-transplante tardio.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional e perfil lipídico dos pacientes no pós-transplante cardíaco

tardio de um hospital de referência de Pernambuco.

Material e Métodos: Estudo descritivo de corte transversal, com pacientes transplantados

cardíacos, atendidos no ambulatório de cardiologia, no período de agosto de 2017 a fevereiro de

2018, sendo incluídos os pacientes com tempo pós-transplante superior a 6 meses, de ambos os

sexos e idade superior a 18 anos. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (Certificado de Apresentação para Apreciação Ética n 71410517.8.0000.5201). Foram

aferidos peso, altura, índice de massa corporal e circunferência da cintura. O perfil lipídico foi

resgatado do prontuário físico e avaliados de acordo com a diretriz de dislipidemias da sociedade

brasileira de cardiologia. A análise estatística utilizou o teste t de Student e/ou teste U de Mann-

Whitney para avaliar a relação da circunferência da cintura com o perfil lipídico, com nível de

significância de p<0,05.

Resultados: Foram avaliados 37 pacientes, dos quais 81% do sexo masculino com idade mediana

de 48 anos. A média do índice de massa corporal foi 25,3 ± 4,6 kg/m², sendo 48,6% classificados

com excesso de peso/obesidade. A circunferência da cintura mostrou-se elevada em 43,2% dos

pacientes, principalmente no sexo masculino, representando 68,8%. Em relação ao perfil lipídico o

colesterol total apresentou-se elevado em 52,9%dos pacientes, a Low Density Lipoprotein foi

elevado em 33,3% e a High DensityLipoprotein reduzido em 35,3% dos pacientes. Na comparação

do perfil lipídico em relação a circunferência da cintura, observa-se que nos pacientes com

circunferência da cintura elevada apresentaram uma tendência de maiores concentrações de

colesterol total (223,6 ± 68,0 versus 184,1 ± 40,7, p=0,061) e de Low Density Lipoprotein (143,1 ±

62,6 versus 103,2 ± 29,7, p=0,097),apesar de mostrar uma tendência a dislipidemia nenhum dos

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resultados apresentou significância estatística. O tratamento farmacológico para dislipidemias foi

observado em 16,7 % dos pacientes.

Conclusão: O estudo demonstrou que uma grande proporção dos pacientes transplantados

cardíacos apresentou excesso de peso e circunferência da cintura elevada. Mesmo sem diferença

estatística, houve uma tendência à dislipidemia. Esses fatores associados podem influenciar no

acometimento de uma nova doença cardiovascular e consequentementefalha do tratamento. Desta

forma podemos concluir a importância do profissional de nutrição para acompanhar estes pacientes

no intuito de minimizar estas complicações.

Referências

BOCCHI, E. A. et al. Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica. Arq.

Bras. Cardiol., São Paulo, v. 98, n. 1, supl. 1, p. 1-33, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Antropometria: como pesar e medir. Brasília: Ministério da Saúde,

2004. 62 p.

CARLOS, D. M. O. et al. Impacto da variabilidade de peso na estabilidade metabólica dos pacientes

transplantados cardíacos no Ceará. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 90, n. 4, p. 293-8,

2008.

FALUDI, A. A. et al. Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da

aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 109, n. 2, supl. 1, p. 1-76, 2017.

SOBIESZCZAŃSKA-MAŁEK, M. et al. Heart Transplantation and Risk of Cardiac Vasculopathy

Development: What Factors Are Important? Ann. Transplant., Warsaw, v. 22, p. 682-8,

2017.

Palavras-Chave: Dislipidemias. Doenças cardiovasculares. Pós-transplante cardíaco. Avaliação

nutricional.

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ESTADO NUTRICIONAL, HIDRATAÇÃO E SINTOMAS DE TRANSTORNO ALIMENTAR EM PRATICANTES DE BALLET CLÁSSICO

REBECCA PEIXOTO PAES SILVA, Mariana Maria Bezerra de Almeida

UNIFAVIP

Introdução: Na atualidade o ballet é praticado em grande maioria por adolescentes e adultos

jovens, e sua pratica requer resistência, embora apresente leveza e graciosidade. Por esse motivo os

bailarinos estão sempre em busca do corpo perfeito e com preocupações excessivas com a auto-

imagem, aumentando desse modo o desenvolvimento de transtornos alimentares. Além disso, os

cuidados com a hidratação geralmente são considerados de menor importância, quando comparados

com a imagem corporal, fato que pode comprometer a performance dos bailarinos.

Objetivos: Avaliar a hidratação, estado nutricional e a frequência de transtorno alimentar nos

praticantes de ballet clássico de um estúdio de dança de Gravatá-PE.

Materiais e Métodos: Foi realizado estudo quantitativo de caráter transversal, com praticantes de

ballet clássico de um estúdio de dança de Gravatá-PE, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 30

anos. Para coleta de dados foi realizado a avaliação nutricional (peso, altura e IMC), e um

questionário validado (EAT-26) para verificar risco de surgimento de transtornos alimentares. Além

disso, também foi avaliada a ingestão hídrica antes, durante e após as aulas de ballet. Esta pesquisa

foi elaborada seguindo as normatizações contidas na Resolução nº 466/12, do Conselho Nacional de

Saúde (CNS). O projeto só foi iniciado após autorização e aprovação do comitê de ética, com

CAAE n. 57085316.6.0000.5666.

Resultados: Foram avaliados 13 participantes de ballet clássico com idade variada entre 18 e 30

anos, com idade média de 22,7 ± 3,5 anos. Destes, 53,8 % eram do sexo feminino. Em relação ao

estado nutricional, 15,4% encontrava-se com baixo peso, 46,2% eutróficos e 38,5% com excesso de

peso. Do total dos participantes, 23,1% se encontram com risco para desenvolvimento de

transtornos alimentares. No tocante a ingestão hídrica diária foi observado que 46,2% apresentavam

ingestão hídrica abaixo do recomendado. Quando avaliado a ingestão durante a aula de ballet,

verificou-se que a maioria apresentava ingestão de líquidos inadequada antes (84,6%) e durante

(100%) o exercício. Já em relação à ingestão de líquidos após o exercício, apenas 23,1%

apresentavam ingestão inadequada.

Conclusão: Os bailarinos apresentam uma considerável parcela de fator de risco de transtornos

alimentares, e inadequada ingestão de líquidos o que pode interferir negativamente no desempenho

da dança. No entanto mais estudos com essa população esportiva devem ser realizados, visto que é

uma população pouco estudada, que tende a ter maior carência de informação, como também maior

chance de desenvolverem práticas dietéticas inadequadas.

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Referências

ANJOS, K. S. S.; OLIVEIRA, R. C.; VELARDI, M. A construção do corpo ideal no balé clássico:

uma investigação fenomenológica. Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade

de São Paulo. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 439-52, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO ESPORTIVA. Profissionais. In: ______.

Associação Brasileira de Nutrição Esportiva. 2016. Disponível em

<http://www.abne.org.br/profissionais/enb.php>. Acesso em: 26 fev. 2018.

MENDES, L. T. Análise da composição corporal de praticantes de ballet clássico de nível

avançado. Rev. Bras. Nutr. Esport., São Paulo, v. 5. n. 30. p. 482-7, 2011.

MOURA, U. I. S. et al. Consumo alimentar, perfil antropométrico e imagem corporal de bailarinas

clássicas do Vale do São Francisco. Rev. Bras. Nutr. Esport., São Paulo, v. 9. n. 51. p.

237-46, 2015.

Palavras-Chave: Ballet. Transtornos alimentares. Estado nutricional. Hidratação.

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ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL E GESTACIONAL DE PACIENTES ADMITIDAS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA PARA GESTAÇÃO

DE ALTO RISCO DO NORDESTE BRASILEIRO

ANDRESSA LAÍS FERREIRA SILVA, Maria Gabriella Moura de Albuquerque,

Jéssica Sybelle da Silva Menezes, Nayara Abdon Ferreira, Jefferson Danilo de Santana Silva

Hospital Barão de Lucena

Introdução: O período gestacional compreende desde a fecundação até o nascimento do bebê.

Caracteriza-se por de intensas mudanças no corpo da mulher, sendo o ganho ponderal uma das mais

perceptíveis, resultando dos produtos da concepção (placenta, feto e líquido amniótico) e do

aumento de tecidos maternos, como expansão do volume sanguíneo e hipertrofia uterina. O ganho

ponderal esperado para a gestação é influenciado pelo estado nutricional prévio da gestante. Assim

sendo, é preconizado que mulheres com estado nutricional pré-gestacional adequado apresentem

ganho de peso superior àquelas com excesso de peso, numa faixa que pode oscilar entre 7 a 18 kg

para gestações únicas. O status nutricional impacta na saúde materno-fetal e, quando inadequado,

pode acarretar condições de risco como eclâmpsia, diabetes gestacional, entre outros.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional pré-gestacional e gestacional de pacientes admitidas na

enfermaria de gestação de alto risco.

Métodos: O estudo, aprovado pelo Comitê de Ética da UFPE, CAAE:66285317.0.0000.5208, foi

realizado em hospital de referência para gestação de alto risco, com pacientes maiores de 18 anos,

internadas em enfermaria para tratamento de gestantes patológicas no período de março a dezembro

de 2017. Excluíram-se as gestações múltiplas e aquelas sem dado de peso pré-gestacional. O estado

nutricional pré-gestacional foi definido a partir do peso e da altura presentes no cartão da gestante

até o final do 1º trimestre gestacional ou dado referido antes da gestação e ambos parâmetros usados

para cálculo do índice de massa corpórea. O estado nutricional gestacional foi classificado através

do normograma de Atalah, Castillo e Castro (1994) considerando índice de massa corporal e idade

gestacional.

Resultados: Foram avaliadas 60 pacientes, com média de idade gestacional de 29 semanas na

admissão. Das pacientes diagnosticadas com baixo peso gestacional (n=8), metade apresentava

baixo peso antes do período gestacional e as demais eram eutróficas. Tal informação corrobora com

achados de que o baixo peso pré-gestacional é uma condição de difícil reversão no período

gestacional. Além disso, ficou evidente que o diagnóstico pré-gestacional de eutrofia não garante

uma adequação do peso no período gestacional. Das pacientes com adequado estado nutricional pré-

gestacional (36,6% da amostra, n=22), 7 cursaram com inadequação do estado nutricional

gestacional (4 baixo peso e 3 excesso de peso). Quanto ao excesso de peso pré gestacional

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(sobrepeso e obesidade), 33 (55%) pacientes o apresentaram e, destas, apenas 3 evoluíram com

adequado estado nutricional gestacional, mostrando que o excesso de peso se manteve durante a

gestação. Mesmo não objetivando a perda ponderal durante o período gestacional, a nutrição tem

importante papel para a adequação do ganho ponderal durante a gestação, quer seja na gestante

hígida quer seja na patológica.

Conclusão: A gestação é um período crítico para a saúde materna e de seu bebê, por isso é

indispensável a assistência nutricional. O acompanhamento nutricional viabiliza a recuperação ou

manutenção de um adequado estado nutricional, cabendo ao nutricionista estar atento às

importantes alterações durante a gestação, fazendo-se presente nessa delicada fase da vida.

Referências

ATALAH, S. E.; CASTILLO, C. L.; CASTRO, R. S. Propuesta de un nuevo estandar de evaluación

nutricional en embarazadas. Rev. Med. Chile, Santiago, n. 125, p. 1429-36, 1997.

BARBOSA, J. N. (Org.) et al. Guia Ambulatorial de Nutrição Materno-Infantil. Rio de Janeiro:

MedBook, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações

Programáticas Estratégicas. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada.

Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

VASCONCELOS, M. J. B. (Org.) et al. Nutrição Clínica: obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro:

Medbook, 2013.

Palavras-Chave: Estado nutricional. Gestação. Nutrição.

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97

ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA

CAMILA YANDARA SOUSA VIEIRA DE MELO, Tatiana Vanessa Nascimento da Silva,

Érika Andréa Bonner Almeida, Conciana Maria Andrade Freire Neves

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A avaliação do estado nutricional é um importante indicador das condições gerais de

saúde da criança e do adolescente, especialmente durante a hospitalização. A rotina de identificar

alterações nutricionais no momento da admissão bem como ao longo do internamento hospitalar é

de fundamental importância para que seja iniciada intervenção dietoterápica individualizada de

maneira precoce, a qual pode ser efetiva para prevenir ou minimizar a piora do estado nutricional,

bem como proporcionar melhor prognóstico clínico e menor tempo de internamento. A

antropometria destaca-se por ser um método simples de avaliação do estado nutricional, de baixo

custo, não invasivo, e de boa aceitação pela criança e de grande praticidade em diagnosticar o

estado nutricional.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional de crianças e adolescentes internados em hospital de

referência.

Material e Métodos: Estudo do tipo transversal, analítico e observacional, com crianças de 1 mês a

16 anos e 11 meses, de ambos os sexos, internadas em hospital de referência do Recife – PE. Foram

coletados dados antropométricos de peso e altura na admissão hospitalar, no período de janeiro a

junho de 2017. A avaliação nutricional foi realizada por meio da aferição de peso e estatura e

aplicação dos indicadores antropométricos peso-para-idade, altura-para-idade, índice de massa

corporal-para-idade, e o diagnóstico nutricional feito de acordo com padrão de referência da

Organização Mundial da Saúde. O projeto da pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa com Seres Humanos sob número 692.381.

Resultados: A amostra foi composta por 110 crianças e adolescentes, sendo a maioria dessa

população composta por crianças maiores de 1 ano (59,1%), e do sexo feminino (51,8%). A maioria

das crianças apresentou estado nutricional adequado de acordo com os indicadores antropométricos

de peso para idade em menores de 1 ano e de índice de massa corporal para idade para as crianças

acima de 1 ano. Das crianças menores de 1 ano, 53,3% estavam desnutridas segundo o indicador

peso para idade, 44,4% com peso adequado e 2,2% com sobrepeso. A maioria das crianças maiores

de 1 ano apresentou estado nutricional indicativo de eutrofia (67,7%), enquanto que magreza e

sobrepeso foram diagnósticos nutricionais observados em 20% e 12,3% da amostra

respectivamente.

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Conclusão: A realização de um acompanhamento nutricional de maneira precoce e individualizada

é de extrema importância para propiciar conduta dietoterápica adequada, evitando e/ou

minimizando assim os agravos nutricionais. O estado nutricional adequado na infância proporciona

não somente melhora do quadro clínico como também garante crescimento e desenvolvimento

adequados.

Referências

GIUGLIANO, R.; MELLO, A. L. P. Diagnostico de sobrepeso e obesidade em escolares: utilização

do índice de massa corporal segundo padrão internacional. J. Pediatr., Rio de Janeiro, v. 80,

n. 2, p. 129-34, 2004.

ROSSI, C. E. et al. Perfil antropo-métrico e socioeconômico de escolares da rede publica de ensino

de município paranaense. Rev. Eletr. Gest. Saúde, Brasília, v. 6, n. 2, p. 1463-76, 2015.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Growthreference 5-19 years. 2007. Disponível em:

<http://www.who.int/growthref/who2007_bmi_for_age/en>. Acesso em: 7 mar. 2018.

Palavras-Chave: Hospitalização. Desnutrição. Antropometria. Pediatria.

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99

ESTATURA REAL X ESTATURA ESTIMADA PELA FÓRMULA DE CHUMLEA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

LARISSA DE ANDRADE VIANA, Derberson José do Nascimento Macedo,

Eliziane Costa da Silva, Ellen Cocino Correia, Rafaella Ordônio Pinheiro

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A infância e a puberdade são as únicas fases da vida humana em que a velocidade do

crescimento aumenta e exerce grande influência sobre as necessidades de nutrientes e,

consequentemente, no estado nutricional. Aproximadamente, 50% do peso e 20 a 25% da estatura

adulta final são adquiridos na fase infantil ou na pubescência, e que diversos fatores estão

relacionados ao processo de crescimento e maturação sexual. A avaliação do estado nutricional é

um tema amplo, que envolve diversas variáveis clínicas. Por isso, a estatura é considerada um

importante indicador clínico para estimar a taxa metabólica basal e necessidades calóricas. Portanto,

o seu conhecimento é essencial para a avaliação nutricional e a conduta dietoterápica da criança e

do adolescente.

Objetivo: O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a aplicabilidade dos métodos de estimativa

de estatura em crianças e adolescentes internados em um hospital de referência do Nordeste

brasileiro e sua repercussão no diagnóstico do estado nutricional.

Metodologia: Foi realizado um estudo de caráter transversal, aprovado pelo Comitê de Ética da

instituição proponente, sob registro no Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE):

51877115.0.0000. 5201, seguindo a Resolução 466, de 2012, realizado em uma clínica médica

pediátrica da instituição coparticipante entre agosto de 2016 e fevereiro de 2017, com pacientes

entre 6 a 18 anos, de ambos os sexos, internados, capazes de deambular e/ou de serem aferidas suas

medidas reais com os métodos convencionais. A coleta de dados foi realizada após autorização,

mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos responsáveis legais, e da

assinatura do Termo de Assentimento. Foram coletados dados clínicos, antropométricos e sócio

demográficos por pesquisadores treinados, e a avaliação do estado nutricional seguiu os critérios

propostos pela Organização Mundial de Saúde.

Resultados: A amostra foi composta por 201 crianças e adolescentes, com prevalência do sexo

masculino, representando 57,2% dos indivíduos. A média de idade obtida foi de 10,03 anos (±2,60),

e a maioria dos indivíduos declarou ser de etnia parda (60,2%) e residentes no interior do estado de

Pernambuco (42,7%). A média da estatura dos indivíduos obtida segundo as medidas reais foi de

136,6 cm (±15,4), já segundo a estimativa proposta por Chumlea (1994) foi obtida uma média de

118,4 cm (±13,2) apresentando diferença estatisticamente significativa (p<0,001); em relação a

avaliação do estado nutricional segundo as medidas reais, 92% foram classificados com estatura

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adequada para idade e 81,1% como eutróficos segundo o índice de massa corporal para idade; já

quando considerado a estatura estimada, os indivíduos apresentaram para esses mesmos

indicadores, 74,5 e 46,8% respectivamente.

Conclusão: Foi constatado que o método desenvolvido por Chumlea, Guo e Stenbaugh (1994)

subestima a estimativa da estatura em crianças e adolescentes, e, consequentemente, interfere no

diagnóstico do estado nutricional quando atribuídos os parâmetros propostos pela Organização

Mundial de Saúde, aumentando o diagnóstico de déficit de estatura e de excesso de peso em

crianças e adolescentes.

Referências

BARBOSA, V. M. et al. Ulna length to predict height in English and Portuguese patient

populations. Eur. J. Clin. Nutr., London, v. 66, n. 2, p. 209-15, 2012.

CARVALHO, M. H. et al. Aplicabilidade dos diferentes métodos de estimativa de estatura em

adolescentes. Adolesc. Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 42-50, 2015.

CHUMLEA, W. M. C; GUO, S. S; STENBAUGH, M. L. Prediction of stature from knee height for

black and white adults and children with application to mobility-impaitedor handicapped

persons. J. Am. Diet. Assoc., Chicago, v. 94, n. 12, p. 1385-91, 1994.

HOSS, G. J. Comparação entre nomograma e fórmula simplificada no cálculo da superfície corporal

em crianças desnutridas, eutróficas, com sobrepeso e obesas, em UTI pediátrica de hospital

terciário. In: SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 26., 2014, Porto Alegre.

Anais Eletrônicos... Porto Alegre: UFRGS, 2014. Disponível em:

<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/113846> Acesso em: 12 mar. 2018.

NEUSS, M. N. et al. Chemotherapy administration safety standards including standards for the safe

administration and management of oral chemotherapy. J. Oncol. Pract., Alexandria, v. 9, n.

2, p. 5S-13S, 2013.

Palavras-Chave: Estatura-Idade. Avaliação nutricional. Estado nutricional. Necessidades

nutricionais.

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EVOLUÇÃO PONDERAL E QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA

THAYS KALLYNE MARINHO DE SOUZA, Anielly Ramos de Lima,

Liviane da Silva Brito, Marília Tokiko Oliveira Tomiya

Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina

Introdução: A cirurgia bariátrica é um método eficaz de tratamento para obesidade, pois leva a

uma diminuição do peso e conseqüente redução das morbidades associada ao excesso de peso e

melhora a qualidade de vida.

Objetivo: Avaliar a perda ponderal e a qualidade de vida dos indivíduos que realizaram cirurgia

bariátrica.

Material e Métodos: Foram avaliados pacientes de ambos os sexos com idade acimade 18 anos,

submetidos à cirurgia bariátrica há pelo uma semana. Para coleta dos dados, foi utilizado um

questionário, contendo informações acerca de dados gerais do paciente. Também foram coletados

dados antropométricos como o peso, altura e circunferência da cintura (CC). O diagnóstico do

estado nutricional foi realizado através do Índice de Massa Corporal (IMC), enquanto a

circunferência da cintura foi utilizada para determinar o risco cardiovascular. A obtenção do peso

pós-cirúrgico foi coletado no prontuário do paciente.Também foram realizados questionamentos

sobre a qualidade de vida através do instrumento de pesquisa World Health Organization Quality of

Life (Whoqol-bref). O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

(CAAE:45817415500005666).

Resultados: Foram estudados 29 indivíduos com idade média de 43,9 ±; 9,4 anos, sendo 96,6% do

sexo feminino e 72,4% casados. Quanto à escolaridade, 24,1% apresentavam ensino fundamental

incompleto, 27,6% ensino médio completo e 27,6% ensino superior completo. Os entrevistados

tinham em maior proporção período pós-operatório inferior a um ano (58,6%). Foi verificado que o

peso, CC e IMC apresentaram redução significativa (p<0,001) após a cirurgia bariátrica. O grau de

obesidade também apontou alteração significativa, já que antes da cirurgia 62,5% apresentavam

obesidade grau III e 25,0% grau II e após a cirurgia, apenas 6,9% apresentavam obesidade grau III,

20,7% grau II e 27,6% grau I. Pode-se observar que a perda ponderal foi significativa após o

primeiro mês, houve uma redução do peso em 6,9% e após >12 meses foi de 33,1%, beneficiando a

qualidade de vida, principalmente em relação aos aspectos sociais e psicológicos onde foi verificado

maior destaque.

Conclusão: O procedimento cirúrgico realizado por estes pacientes foi eficaz em provocar a perda

de peso, ratificando o sucesso do tratamento. A cirurgia bariátrica beneficiou os indivíduos em

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102

relação às comorbidades, seu bem estar e melhora da qualidade de vida, ofertando novas

perspectivas na vida dos pacientes que se submeteram a essa cirurgia.

Referências

CHAVES, L. C. L. et al. Qualidade de vida de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, por meio

da aplicação do questionário BAROS. Rev. Para. Med., Belém, v. 26, n. 3, p. 1-8, 2012.

COSTA, D. Eficiência do acompanhamento nutricional no pré e pós-operatório da cirurgia

bariátrica. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v. 7,

n. 39, p. 57-68, 2013.

SILVA, P. R. B. et al. Estado nutricional e qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia

bariátrica. ABCD, Arq. Bras. Cir. Dig., São Paulo, v. 27, p. 35-8, 2014.

Palavras-Chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Perda ponderal. Qualidade de vida.

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103

FATORES DE RISCO NO DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE

PETROLINA-PE

DANIELA ALMEIDA GONÇALVES, Jessica Maria da Silva,

Giselia Santana Muniz, Aline Figueirôa Chaves de Araújo

Instituição de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: As doenças cardiovasculares vêm se destacando na atualidade como protagonista no

cenário de mortes por todo o mundo. Estima-se que 80% desses casos estão associados a fatores de

risco já conhecidos, dentre esses são considerados como riscos não modificáveis: idade, sexo e

herança genética e como modificáveis: dislipidemias, sobrepeso e obesidade, tabagismo,

sedentarismo, alcoolismo, hipertensão e hiperhomocisteinemia, que são diretamente relacionados

aos hábitos de vida.

Objetivo: Avaliar os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento de doenças cardiovasculares

de uma Unidade Básica de Saúde de Petrolina – Pernambuco.

Material e Métodos: Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, realizada entre o período de

fevereiro a abril de 2015, que teve como público-alvo, pacientes atendidos em Unidade básica de

Saúde no município de Petrolina após a aprovação no Comitê de Ética

(CAAE:42528414.3.0000.5207). Os dados foram tabulados no programa Excel 2010 e processados

pelo programa Sigma Star 3., utilizando o teste t, seguido do pós teste Mann-whitney, considerando

o nível de significância foi de p< 0,05.

Resultados: Foram avaliados 51 indivíduos, dos quais 40 (78,4%) eram do sexo feminino, com

predomínio da população idosa (60,9 ± 3,53 anos). Além disso, foi evidenciado que 70,6% dos

pesquisados apresentavam histórico familiar para as principais doenças cardiovasculares (infarto,

acidente vascular cerebral, hipertensão arterial). A hipertensão arterial foi a mais presente em 92,1%

dos participantes, seguido de acidente vascular cerebral (5,9%) e infarto (2%). Em relação ao hábito

de fumar, houve o predomínio de indivíduos não fumantes (92,2%), porém foi demonstrada a

preeminência de histórico de tabagismo (56,9%), indicando que os mesmos são ex-tabagistas. Com

relação à prática de atividade física 32 entrevistados (62,8%) declararam não praticar nenhum tipo.

O outro fator de risco, para doenças cardiovasculares, avaliado foi a circunferência da cintura,

apontando que 89,3% do grupo apresentavam risco moderado e elevado, e 62,7% dos mesmos

foram classificados com estado nutricional de sobrepeso e obesidade. Entretanto, a prega tricipital

refletiu que 72,5% encontravam-se com redução de massa muscular. Foi demonstrando ainda, uma

correlação positiva entre o índice de massa corpórea e a circunferência de cintura

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(r=0,864/p=0,006), indicando que, quanto maior essa relação maior o risco para o desenvolvimento

das cardiopatias vasculares.

Conclusão: Nesse trabalho, os fatores de riscos sugeridos como determinantes das doenças

cardiovasculares foram o estado nutricional de sobrepeso e obesidade com acúmulo de gordura na

região abdominal, com o desenvolvimento das doenças em questão. Baseado nisso, torna-se

pertinente intervenções no campo da Nutrição através de incentivo, conscientização e viabilidade

para meios de adoção de uma alimentação com boa qualidade, onde estas funcionem como

ferramenta na prevenção, promoção e recuperação da saúde.

Referências

GAROFÓLO, L; FERREIRA, S. R. G.; MIRANDA JUNIOR, F. Estudo dos fatores de risco

associados à arteriopatia periférica em nipo-brasileiros de Bauru (SP). Arq. Bras. Cardiol.,

São Paulo, v. 102, n. 2, p. 143-15, 2014.

JARDIM, T. V. et al. Comparação entre fatores de risco cardiovascular em diferentes áreas da

saúde num intervalo de vinte anos. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 103, n. 6, p. 493-501,

2014.

REZENDE, F. A. C. et al. Índice de Massa Corporal e Circunferência Abdominal: Associação com

Fatores de Risco Cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 87, n. 6, p. 728-34,

2006.

SILVA, V. S. Prevalência de sobrepeso/obesidade e fatores associados em adultos no Brasil.

2010. 78 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Federal de Santa de

Catarina, Florianópolis, 2010.

Palavras-Chave: Coração. Estilo de vida. Composição corporal.

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105

FATORES QUE INTERFEREM NO ALEITAMENTO MATERNO DE LACTENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA

DANIELLA CLAUDIA DE FRANÇA CAVALCANTI,

Conciana Maria Andrade Freire Neves, Dayse Rafaele Lima dos Santos Silva,

Marcele Araújo Gonçalves

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Além de nutrir a criança, a amamentação é um processo que envolve interação

profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de

se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e em

sua saúde no longo prazo, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. As práticas de

amamentação são afetadas por uma ampla gama de fatores históricos, socioeconômicos, culturais e

individuais. A idade materna aparece como um dos fatores que podem influenciar a duração do

aleitamento materno. Entre outros problemas mais comuns observa-se o ingurgitamento mamário,

dor/trauma mamilar, infecção mamilar, bloqueio de ductos lactíferos, mastite, abscesso mamário e

galactocele, além da hipogalactia.

Objetivo: Verificar os fatores que interferem na amamentação de crianças internadas em um

hospital de referência de Pernambuco.

Material e Métodos: Estudo transversal, constituído por 101 indivíduos, de ambos os sexos, que

foram internados no período de junho a agosto de 2017 em um hospital pediátrico de Pernambuco.

Foram realizadas entrevistas com as genitoras mediante questionário estruturado. Para uma melhor

classificação as dificuldades relacionadas a amamentação foram divididas em maternas e próprias

da criança. Em relação aos aspectos éticos, a pesquisa recebeu aprovação do Conselho de Ética em

Pesquisa (CEP) do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - IMIP/PE, sob o

parecer de número 64742417.8.0000.5201. A análise dos dados foi feita com oprograma S.P.S.S.

versão 23, e trabalhou-se com teste do qui-quadrado e, quando necessário, o valor de p de Fisher. O

nível de significância adotado para a rejeição da hipótese nula foi de 5%.

Resultados: A média de idade foi de 107,26 dias (mediana de 47 dias), sendo 61,24% do sexo

masculino, e 47,5% de cor parda. Cerca de 67% da amostra estava sendo amamentada no período

da coleta de dados. Porém, a mediana de término do aleitamento materno exclusivo foi de 30 dias, e

a de desmame total foi de 60 dias, sendo este último correspondente aos 33% da amostra que já

haviam sido desmamados. As dificuldades maternas como baixo fluxo (22,8%), vontade própria de

introduzir outro alimento (12,9%), retorno ao trabalho (8,9%), dor nos mamilos (2,0%), e outros

(9,8%) foram os principais fatores que interferiram no sucesso da amamentação (56,4%), quando

comparado com as questões relacionadas com as crianças, como dificuldade de pega e

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prematuridade extrema. O uso de mamadeira e chupeta também interferem na amamentação

(p<0,001 e p=0,04).

Conclusão: Os resultados encontrados nesta pesquisa mostram que é preciso cada vez mais

estimular o aleitamento materno, visto que essa prática pode ser afetada por problemas facilmente

solucionáveis com o auxílio de profissionais capacitados e genitoras conscientizadas de que este é o

melhor alimento para o seu filho.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.

Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2. ed. Brasília:

Ministério da Saúde, 2015.

MATHUR, N. B.; DHINGRA, D. Breastfeeding. Indian J. Pediatr., New Delhi, v. 81, n. 2, p. 143-

9, 2014.

ROLLINS, N. C. et al. Por que investir e o que será necessário para melhorar as práticas de

amamentação?. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 2016.

Palavras-Chave: Amamentação. Desmame precoce. Bicos artificiais.

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107

FOME SILENCIADA: O DESCOMPASSO ENTRE A PRESCRIÇÃO E A VIVÊNCIA DO JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA

EM ONCOLOGIA

SABRINA GOMES FERREIRA CLARK, Isabel Cristina Leal,

Carolline Araújo Mariz, Juliana Barros Maranhão

Hospital de Câncer de Pernambuco

Introdução: A nutrição do paciente oncológico influencia sua evolução terapêutica afetando

particularmente o resultado de cirurgias. Apesar da aparente resistência à incorporação na rotina

hospitalar, numerosas evidências científicas fortalecem a recomendação de que o jejum abreviado

não acrescenta riscos e tem reduzido nível de ansiedade, intercorrências alimentares, tempo e custos

da hospitalização. No entanto, a realidade do jejum prolongado persiste a despeito de seu impacto

negativo na segurança do paciente cirúrgico. Como uma prática trivial em rotinas de hospitalização,

avalia-la para subsidiar o processo de otimização da prescrição e cumprimento do jejum por meio

do conhecimento científico aponta para benefícios ao verdadeiro protagonista da saúde, o paciente.

Desse modo, este estudo investigou a ocorrência do jejum, alimentar e hídrico, bem como sua

prescrição no pré-operatório de pacientes oncológicos.

Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, com coleta de março a julho de 2016, nas

enfermarias de cirurgia digestiva e de cabeça e pescoço de um serviço de referência em oncologia

no estado de Pernambuco, Brasil. Através da prescrição médica foram acessados dados

sociodemográficos, clínicos e dietéticos; junto ao paciente foi realizada a quantificação do tempo de

jejum (pré-operatório); do referimento de intercorrências alimentares (náuseas, êmese, tontura e/ou

astenia), sensação de sede e fome. Os dados foram analisados descritivamente através de

freqüências absolutas e percentuais para as variáveis qualitativas e, como mediana (mínimo-

máximo), através do software SPSS, na versão 23. Considerou-se a margem de erro de 5%. A

execução deste trabalho obteve aprovação ética sob o CAAE 50732015.5.0000.5205.

Resultados: Entre os 60 pacientes estudados, o tempo de jejum alimentar e hídrico pré-operatório

foi de, respectivamente, 17,0 e 14,1 horas, diferindo gravemente das recomendações disponíveis no

meio cientifico da cirurgia e anestesiologia.Adota-se, oficialmente, 2 horas de jejum para líquidos

claros (inclusive a água) e, 6-8 horas para alimentos sólidos no pré-operatório. Além disso, 78,3%

dos pacientes apresentaram intercorrências alimentares durante o jejum pré-operatório e os

percentuais dos que referiram náusea, tontura, astenia ou mais de uma intercorrência variaram entre

1,7% e 8,3%. Cerca de 40,0% expressou o desejo de realizar um jejum mais curto do que o que

estava vivenciando antes da cirurgia. A idade média encontrada foi de 61 anos; 53,3% mulheres;

35% de hipertensos e 10% portadores de hipertensão e diabetes associadas. Quanto às

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108

características dos períodos de jejum real versus o jejum prescrito (alimentar e hídrico), 58,3% dos

pacientes vivenciaram um jejum maior do que o prescrito e, o segundo maior percentual (21,7%)

correspondeu aos que a prescrição pré-operatória sequer orientava quanto ao jejum. Apenas 6,7%

seguiram um jejum real conforme o prescrito.

Conclusão: O elevado contraste entre o período de jejum real versus o jejum prescrito, quando de

fato prescrito, demonstra um dos reflexos da ausência de padronização que compreende desde a

aplicação da percepção pessoal dos membros da equipe assistencial, até a falha da comunicação

informativa ao paciente. Suscitando a necessidade de discutirmos um cuidado perioperatória

permeado pela prestação de informação ao paciente, bem como pela escuta ativa das suas vivências

e queixas, como um dos pilares para a segurança do mesmo.

Referências

AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS COMMITTEE. Practice guidelines for

preoperative fasting and the use of pharmacologic agents to reduce the risk of pulmonary

aspiration: application to healthy patients undergoing elective procedures: an updated report

by the ASA on Standards and Practice Parameters. Anesthesiology, Philadelphia, v. 114, n.

3, p. 495-511, 2011.

FRANCISCO, S. C.; BATISTA, S. T.; PENA, G. G. Jejum em pacientes cirúrgicos eletivos:

comparação entre o tempo prescrito, praticado e o indicado em protocolos de cuidados

perioperatório. ABCD, Arq. Bras. Cir. Dig., São Paulo, v. 28, n. 4, p. 250-4, 2015.

GEBREMEDHN, E. G.; NAGARATNAM, V. B. Audit on Preoperative Fasting of Elective

Surgical Patients in an African Academic Medical Center. World J. Surg., New York, v.

38, n. 9, p. 2200-4, 2014.

LOPES, A. A. F. Cuidado e Empoderamento: a construção do sujeito responsável por sua saúde na

experiência do diabetes. Saude Soc., São Paulo, v. 24, n. 2, p. 486-500, 2015.

PIMENTA, G. P.; AGUILAR-NASCIMENTO, J. E. Prolonged Preoperative Fasting in Elective

Surgical Patients: Why Should We Reduce It?. Nutr. Clin. Pract., Baltimore, v. 29, n. 1, p

22-8, 2014.

Palavras-Chave: Assistência Perioperatória. Trato Gastrointestinal. Oncologia Cirúrgica. Nutrição

Oncológica.

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109

IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO DO PER CAPITA NA REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA CIDADE DO RECIFE –

PE

JULYANA PRISCILA DE SOUZA RIBEIRO, Chika Wakiyama,

Maria Josemere de Oliveira Borba Vasconcelos, Enésia Eloyna da Costa Benízio

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) tem como objetivo fornecer uma

alimentação segura, que garanta os principais nutrientes necessários para manter ou recuperar a

saúde de todos aqueles que usufruem do seu serviço. A equipe executora são os manipuladores de

alimentos, responsáveis diretos pelas atividades e devem ser treinados sobre a importância do

controle de perdas de alimentos em todo o processo de produção até a distribuição, para evitar o

desperdício. A padronização dos complexos sistemas que envolvem a produção de refeições

coletivas é primordial. A sobra de alimentos pode ser influenciada por vários fatores, entre eles o

treinamento dos funcionários na produção e no porcionamento das refeições, além disso, é

necessário subsidiar medidas de controle. Outro ponto importante é a falta de conscientização e

capacitação destes colaboradores que pode resultar em prejuízos. Dessa forma, a supervisão e

controle são ações primordiais para redução de desperdícios.

Objetivo: Avaliar a variabilidade de per capita do gênero alimentício inhame no porcionamento de

uma UAN.

Material e Métodos: Trata-se de um estudo comparativo descritivo que utilizou como inspiração o

programa Lean Seis Sigma, uma filosofia direcionada para melhoria contínua por meio da

eliminação de desperdícios. O período escolhido para o estudo foi de dez/2017 a fev/2018 em

comparação ao período de dez/2016 a fev/2017. Inicialmente foi realizada uma avaliação

diagnóstica, através do levantamento de sobra limpa e resto-ingesta, do inhame oferecido no

desjejum de pacientes internados em todo hospital. Em seguida, foi analisada a variação do per

capita e por fim treinamento da equipe para a padronização do novo per capita.

Resultados: As ações implantadas, para iniciativa do gênero alimentício inhame foram: ajustes na

variação do per capita, orientação da equipe sobre técnica de pré-preparo, preparo e porcionamento,

além do treinamento da equipe durante o momento do porcionamento. As ações da iniciativa do

inhame possibilitaram uma economia de 9,35%, mais especificamente no valor absoluto de R$

22.841,45 (período de dez/2016 a fev/2017) e R$20.706,84 (período de dez/2017 a fev/2018) e

economia de 18% na quantidade de consumo (607 kg).

Conclusão: As ações implementadas possibilitaram uma economia financeira expressiva, para

atingir um nível benchmark de eficiência. A continuidade e monitoramento periódico dessas

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iniciativas são de extrema importância para o sucesso do projeto. A disseminação desse pensamento

inspirativo na equipe de trabalho, não só entre os coordenadores de área, se apresenta como o

grande desafio e de grande importância para a ampliação dos resultados.

Referências

AMARAL, L. B. Redução do desperdício de alimentos na produção de refeições hospitalares.

2008. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização)–Faculdade IBGEN, Instituto

Brasileiro de Gestão de Negócios, Porto Alegre, 2008.

BUSATO, M. A.; FERIGOLLO, M. C. Desperdício de alimentos em unidades de alimentação e

nutrição: uma revisão integrativa da literatura. Holos, Natal, v. 34, n, 1, p. 91-102, 2018.

FONSECA, K. Z.; SANTANA, G. R. Guia prático para gerenciamento de unidades de

alimentação e nutrição. Cruz das Almas: Editora UFRB, 2012.

Palavras-Chave: Desperdício de alimentos. Porcionamento. Unidade de alimentação e nutrição.

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INÍCIO PRECOCE DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PERFIL GLICÊMICO EM PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA DE UM HOSPITAL ESCOLA

MARCELA LUIZA CORREIA SILVA, Claudete Xavier do Nascimento,

Danielle Erilane Silva Pereira, Camilla Araújo de Brito

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O paciente criticamente doente é definido como aquele que se encontra em risco

iminente de perder a vida ou função de órgão/sistema do corpo humano. É freqüente nestes

pacientes o hipercatabolismo, caracterizado pela elevação do gasto energético e episódios de

disglicemia, independente da presença ou não de diabetes mellitus. A instituição da terapia

nutricional é adotada como estratégia que visa minimizar a depleção nutricional durante o

internamento e contribuir com uma melhor evolução clínica do paciente.

Objetivo: Verificar a freqüência do início precoce de terapia nutricional e da disglicemia em

pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital Escola do Recife-

Pernambuco.

Material e Métodos: Estudo transversal realizado entre março e outubro de 2015, com pacientes

críticos internados por um período de no mínimo 48 horas. Foi considerado início precoce da

terapia nutricional quando ocorreu em um período igual ou inferior a 48 horas, conforme o

estabelecido no estudo de Aranjues et al (2008). Para avaliação da glicemia capilar, utilizou-se um

glicosímetro (Accu-Ctu K Active), sendo coletado diariamente pelo balanço da enfermagem os

valores mínimos e máximos e calculadas as médias diárias dos dez primeiros dias de internamento.

Os valores de glicemia capilar foram classificados de acordo com o proposto pela American

Association of Clinical Endocrinologists e American Diabetes Association: hipoglicemia (<70

mg/dL) e hiperglicemia (>180 mg/dL). Para análise estatística utilizou-se o programa Statistical

Package for the Social Sciences versão 13.0. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de

Ética e Pesquisa do Instituto de Medicina Professor Fernando Figueira, obtendo Certificado de

Apresentação para Apreciação Ética 39934214.6.0000.5201.

Resultados: Foram avaliados 56 pacientes com idade média de 57,3 ± 17,7 anos, sendo 51,8%

(n=29) do sexo masculino. O início precoce da terapia nutricional ocorreu em 89,3% (n=50) dos

pacientes. A média do Hemoglicoteste mínimo foi 97,1 ± 22,4 mg/dL e a do Hemoglicoteste

máximo foi 165,4 ± 62,3 mg/dL. Verificou-se que 62,5% (n=35) dos pacientes apresentaram

normoglicemia e 37,5% (n=21) disglicemia, sendo 10,7 (n=6) hipoglicemia e 26,8% (n=15)

hiperglicemia.

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Conclusão: O início precoce da terapia nutricional e o controle glicêmico de pacientes críticos são

de grande relevância para uma melhor evolução clínica e nutricional destes pacientes, com

conseqüente redução nas complicações e no tempo de internamento e custos hospitalares.

Referências

ARANJUES, A. L. et al. Monitoração da terapia nutricional enteral em UTI: indicador de

qualidade?. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 16-23, 2008.

LUCAS, M. C. S.; FAYH, A. P. T. Estado nutricional, hiperglicemia, nutrição precoce e

mortalidade de pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva. Rev. Bras. Ter.

Intensiva, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 157-61, 2012.

RADUAN, R. A. Controle da hiperglicemia intra-hospitalar em pacientes críticos e não críticos. In:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diabetes na prática clínica. São Paulo:

SBD, 2011. Disponível em: <http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/228--

posicionamento_sbd_hiperglicemia.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2018.

Palavras-Chave: Cuidados críticos. Glicemia. Terapia nutricional.

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INGESTÃO DE ALIMENTOS FONTE DE VITAMINA B12 EM IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO RECIFE – PE

VANESSA TAVARES DE ALMEIDA, Amanda Costa de Lima, Eliziane Costa da Silva,

Maria Luiza Barros Diniz, Rafaela Albuquerque de Santana

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: Estudos recentes sugerem que a má absorção de cobalamina torna-se um problema

comum em idosos e tem causas multifatoriais. Estima-se que a prevalência da carência dessa

vitamina na população idosa tem uma variação entre 5-25%. A baixa ingestão de vitamina B12

pelos idosos pode ser justificada pelo fato da maior preferência por alimentos de menor custo e de

consistência mais branda. Diante disso, as recomendações alimentares para essa população devem

levar em consideração estas alterações fisiológicas relacionadas a esse período da vida.

Objetivo: Avaliar a ingestão de alimentos fonte de vitamina B12 por idosos hospitalizados em um

centro de referência do nordeste do Brasil.

Material e Métodos: Estudo prospectivo, composto por 64 pacientes, de ambos os sexos, com

idade entre 60 e 93 anos, internados em um hospital de referência em Recife (PE), no período de

setembro a outubro de 2017. Foi aplicado um questionário quantitativo de freqüência alimentar

(QQFA) de acordo com grupos fontes de vitamina B12. Para o cálculo da média de consumo da

vitamina, os valores das porções anuais, mensais e semanais foram transformadas em valores

diários. Desta forma, foi obtida a média do valor de cobalamina diário. Esse valor médio foi

comparado com a recomendação diária, sendo categorizado em: consumo abaixo do recomendado,

consumo adequado, e consumo acima do recomendado. Todos os dados foram tratados no programa

Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de

Ética em Pesquisa (CAAE:73176417.3.0000.5569).

Resultados: A idade média em anos dos idosos que conseguiram atingir a recomendação diária foi

de 72,77 ± 8,3, em contraste com os que não atingiram, com idade média de 75,55 ± 5,9. Em

relação a correlação entre níveis de ingestão de vitamina B12 e consumo alimentar das principais

fontes dessa vitamina foi verificado que 18,2% e 18,5% dos idosos que consumiam

respectivamente, leite e derivados e legumes e ovos, apresentavam ingestão abaixo da RDA dessa

vitamina. Enquanto que apenas 13,8% dos idosos que consumiam carnes apresentavam ingestão

abaixo da RDA dessa vitamina. Não houve associação estatisticamente significante entre um menor

consumo de alimentos fonte de vitamina B12 e valores abaixo da RDA dessa vitamina.

Conclusão: O processo de envelhecimento traz consigo importantes alterações nos hábitos de

ingestão alimentar da população, além dos processos fisiológicos inerentes à velhice, como a menor

absorção de nutrientes, como é o caso da vitamina B12. Diante disso, a investigação da ingestão

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insuficiente de alimentos fonte dessa vitamina é uma estratégia importante na avaliação clínica e

nutricional dos idosos.

Referências

CLARKE, R. et al. Vitamin B12 and folate deficiency in later life. Age Ageing, London, v. 33, n. 1,

p. 34-41, 2004.

PANIZ, C. et al. Fisiopatologia da deficiência de vitamina B12 e seu diagnóstico laboratorial. J.

Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 41, n. 5, p. 323-34, 2005.

VARELA-MOREIRA, G.; MURPHY, M. M.; SCOTT, J. M. Cobalamin, folic acid, and

homocysteine. Nutr. Rev., Washington, v. 67, p. S69-72, 2009.

Palavras-Chave: Idoso. Vitamina B12. Consumo alimentar. Estado Nutricional.

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ORIENTAÇÕES REPASSADAS ÀS PUÉRPERAS PARA FAVORECER O ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM UM HOSPITAL INICIATIVA AMIGO

DA CRIANÇA

DAYANA BARBOSA DA SILVA, Wilma Kelly Melo de Oliveira, Débora Silva Cavalcanti,

Caroline Sousa Cabral, Gina Araújo Martins Feitosa

Universidade Federal da Paraíba

Introdução: O aleitamento materno é uma prática salutar que contribui para proteger e fortalecer a

saúde do recém-nascido e da puérpera. Os conhecimentos das nutrizes sobre os benefícios do leite

materno podem influenciar na duração da amamentação. Desde o acompanhamento no pré-natal e

no pós-parto, as mulheres devem ser orientadas pelos profissionais de saúde sobre as vantagens da

amamentação exclusiva.

Objetivo: Identificar as orientações que as puérperas receberam dos profissionais de saúde para

favorecer o aleitamento materno exclusivo.

Material e métodos: Trata-se de um estudo de campo descritivo transversal com abordagem

quantitativa, realizado em uma maternidade de um hospital que faz parte da Iniciativa Hospital

Amigo da Criança, no período de agosto de 2016 a fevereiro de 2017. Esta pesquisa foi aprovada

pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética

(54328116.8.0000.5183).

Resultados: A amostra foi constituída de 251 mulheres voluntárias que foram entrevistadas por

meio de formulários. Conforme dados coletados verificou-se que o repasse de informações pelos

profissionais sobre as vantagens do aleitamento materno alcançou 74,1% (n=186) das mães e sobre

o manejo da amamentação, atingiu um percentual de 81,3% (n=204) das mulheres. Quanto a não

ofertar nenhum outro alimento ou bebidas ao recém-nascidos além do leite materno, 66,9% (n=168)

das puérperas alegaram ter recebido instrução sobre essa temática. Com relação a não oferecer ao

lactente bicos artificiais ou chupetas apenas 56,6% (n=142) das lactantes, afirmaram ter sido

orientadas. Acerca da conscientização de não estipular horários e amamentar o bebê em livre

demanda 62% (n=155) das lactantes afirmaram que foram alertadas pelos profissionais do hospital a

esse respeito. Quando indagadas se receberam informações sobre como manter o aleitamento

materno exclusivo, caso precisassem ficar longe de seus filhos somente 23,1% (n=58) foram

informadas de como solucionar essa questão.

Conclusão: A conscientização das puérperas a respeito da importância e manejo do aleitamento

materno exclusivo é fundamental, já que a falta desse conhecimento pode contribuir para um

eventual desmame precoce. Sendo necessário dessa forma o comprometimento dos profissionais de

saúde na promoção do aleitamento materno e o fortalecimento das orientações para o sucesso do

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aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade da criança, além de facilitar a obtenção de

soluções para possíveis dificuldades inerentes desse período.

Referências

MARTINS, M. Z. O.; SANTANA, L. S. Benefícios da amamentação para a saúde materna.

Interfaces Científicas, Aracaju, v. 1, n. 3, p. 87-97, 2013.

RAIMUNDI, D. M. et al. Conhecimento de gestantes sobre aleitamento materno durante

acompanhamento pré-natal em serviços de saúde em Cuiabá. Saúde (Santa Maria), Santa

Maria, v. 41, n. 2, p. 225-32, 2015.

Palavras-Chave: Aleitamento materno. Conhecimento. Puerpério.

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PADRONIZAÇÃO DE LANCHES DE CARDÁPIOS DE DIETAS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL DE

REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO

ADRIANA CARLA SANTOS DE MENEZES RAMOS, Luciana Leocádio de Almeida Souza,

Edijane Maria de Castro Silva, Rita de Cassia Rodrigues da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP

Introdução: A UAN hospitalar é a responsável pela produção de refeições, que tem a finalidade de

comprar, receber, armazenar e processar alimentos, para posterior distribuição de refeições aos

pacientes. A padronização dos processos garante eficácia no produto final, auxiliando na oferta

energética adequada, a fim de atender às diferentes necessidades dos pacientes hospitalizados, bem

como na redução da taxa de desperdício dos alimentos, possibilitando a melhoria da qualidade dos

serviços oferecidos.

Objetivos: Obter porções padrão de frutas e refrescos de frutas com adequadas diluições, para

serem oferecidos na colação, lanche da tarde e ceia dos pacientes internados em um Hospital de

Referência em Pernambuco.

Material e Métodos: Foi realizada pesagem das fatias de porções das frutas que estavam sendo

servidas no lanche, realizando registro fotográfico. As frutas analisadas foram: abacaxi, mamão,

melancia e melão, a média de peso de 3 fatias foi contabilizada durante 5 dias deacompanhamento.

Os pesos das fatias de frutas foram coletados antes e após intervenção através de treinamento

funcional. De acordo com a instrução normativa nº 19, de 19 de junho de 2013 (BRASIL, 2013),

refresco de fruta é aquele obtido de suco de fruta ou de polpa de fruta, ou da combinação destes.

Para a diluição padrão do refresco oferecido na unidade foi considerado o volume a ser servido aos

pacientes, 250mL. Para os testes foram avaliados 4 sabores de polpas de frutas: manga, goiaba, caju

e acerola. A avaliação se deu pela verificação das características sensoriais do refresco pronto. Os

refrescos foram preparados com 20g, 30g, 40g e 50g polpa, todos diluídos em 200ml água e

adicionados 12g de açúcar. O treinamento funcional foi aplicado para os Auxiliares de cozinha e

Copeiros, abrangendo funcionários de ambos os plantões e diaristas, com temática sobre

higienização e padronização do porcionamento e os cuidados no armazenamento, embalagem e

seleção de frutas.

Resultados: Foram observadas grandes discrepâncias entre as fatias de frutas, com as seguintes

variações por frutas: abacaxi 70g a 145g, mamão 65g a 150g, melancia 105g a 250g, melão 125g a

165g. O per capita da unidade foi estabelecido com base no valor energético médio oferecido no

lanche, 100 a 150 kcal. O peso médio das fatias estabelecido para a unidade foi de 120 a 150g para

abacaxi e mamão e 150 a 200g para melancia e melão. Os registros fotográficos com as variações

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dos tamanhos das fatias foram demonstrados na apresentação do treinamento. De acordo com o

fabricante de polpa da UAN, o per capita indicado é de 50 g para todas os sabores. Os valores

mínimos de sólidos solúveis de polpa para preparo de suco de manga é de 20g, goiaba 15g, caju 10g

(BRASIL, 2013). Para os refrescos analisados com diferentes sabores foram observados que para o

de manga, as características sensoriais ficaram evidentes com a utilização a partir de 40g de polpa;

para o de goiaba 20g de polpa apresentou sabor característico da fruta; para o de caju e acerola só a

partir de 30g foi possível obter refrescos com características sensoriais aceitáveis.

Conclusão: Com base nos resultados obtidos pode-se observar que a pesquisa foi relevante, após

análise, intervenção, treinamento e implantação no serviço de aspectos importantes na etapa de

porcionamento de frutas e refrescos de frutas servidas nos lanches, que repercutem sobre a

aceitabilidade e aporte nutricional dos pacientes.

Referências

BARTHICHOTO, M. et al. Avaliação da padronização do porcionamento de uma unidade de

alimentação e nutrição de um centro educacional infantil. Demetra, Rio de Janeiro, v. 10,

n.2, p.419-28, 2015.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa n° 19, de 19 de

junho de 2013. Estabelecer em todo território nacional a complementação dos padrões de

identidade e qualidade para as seguintes bebidas: I - refresco; II - refrigerante; III - bebida

composta; IV - chá pronto para consumo; e V - soda. Diário Oficial da União, Brasília, 20

jun. 2013. Seção 1, p.1-12.

MOLINARI, L. et al. Avaliação do cardápio das dietas especiais de uma UAN hospitalar. Visão

Acadêmica, Curitiba, v.18, n. 4, p. 116-34, 2017.

Palavras-Chave: Padronização. Lanches. Aporte nutricional.

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PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ALIADA AOS CUSTOS DE UM SERVIÇO DE NUTRIÇÃO ENTERAL E LACTÁRIO DE UM

HOSPITAL DE REFERÊNCIA

ALYNE CRISTINE SOUZA DA SILVA, Camila Yandara Sousa Vieira de Melo,

Chika Wakiama, Maria da Guia Bezerra da Silva, Natália Karine Muniz

Instituto Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A Terapia nutricional adequada é considerada como estratégia eficaz e oportuna no

combate à desnutrição intra-hospitalar, no entanto, decisões equivocadas e falta de monitoramento

periódico, podem influenciar negativamente na sua efetividade, bem como provocar aumento nos

custos diretos. A Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional possui importante papel no

monitoramento e análise do custo-benefício das fórmulas e dietas enterais, auxiliando no processo

de decisão que envolve a indicação, a manutenção ou a suspensão da terapia nutricional enteral, tais

medidas podem constituir importante estratégia para a utilização racional de dietas enterais, bem

como a possibilidade de auxiliar na elaboração de indicadores para a gestão dos recursos destinados

a Terapia Nutricional sem comprometer a assistência ao paciente. A padronização dos

procedimentos operacionais dentro de um Serviço de Nutrição Enteral e lactário, possibilita que as

práticas sigam um modelo padrão, o que contribui para a organização do serviço, promovendo

segurança acerca da atividade a ser desenvolvida, garantindo respaldo não somente ao funcionário

responsável pela atividade, como também ao profissional nutricionista responsável técnico pelo

setor, e ainda, à instituição em que essa unidade está inserida.

Objetivo: Comparar as variações de custo da terapia nutricional enteral em dois períodos distintos:

janeiro a março de 2017 e janeiro a março de 2018, associado a mudanças nos protocolos

operacionais de um Serviço de Nutrição Enteral e Lactário.

Material e métodos: Foi realizado um estudo descritivo comparativo do custo de dietas enterais no

período de janeiro a março dos anos de 2017 e 2018, sendo esse último ano acompanhado por

revisão do manual de Procedimentos Operacionais Padronizados. Para o cálculo e análise dos custos

foram utilizados registros de custo contidos no Relatório de um Sistema Controle de Estoque

informatizado, o Programa MV 2000.

Resultados: Foi observada uma redução de custo de 11,42% do setor em comparaçãoao mesmo

período do ano anterior. Atribui-se esse resultado de economia expressiva do setor principalmente a

revisão dos Procedimentos Operacionais Padronizados e Protocolos específicos para diluição de

fórmulas infantis e dietas enterais em pó, forma de envase e armazenamento adequado de dietas

semi-prontas (líquidas) após abertas, situações essas que, quando realizadas de maneira correta, e

diária pelo nutricionista foram importantes para a garantia da segurança alimentar ao reduzir

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possíveis erros de manipulação e diluição de dietas, mas principalmente no fato de minimizar

desperdícios e otimização/redução de custos financeiros.

Conclusão: As terapias nutricionais representam um custo considerável de pacientes hospitalizados.

As atividades inerentes ao Serviço de Nutrição Enteral e Lactário exigem atenção, cuidado e

supervisão constante para garantir a segurança do alimento manipulado. Realizar revisões

constantes da padronização de procedimentos operacionais é uma prática importante não apenas na

promoção à saúde dos pacientes que se beneficiam da Terapia Nutricional, mas também para a

instituição a qual conta com redução significativa de custos que podem ser melhor direcionados.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada

- RCD n° 63, de 6 de julho de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para fixar os requisitos

mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição. Diário Oficial da União, Brasília, 29 jun.

2000.

FIDELIX, M. S. P.; SANTANA, A. F. F.; GOMES, J. R. Prevalência de desnutrição hospitalar em

idosos. RASBRAN, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 60-8.

GALEGO, D. S. Manual de lactários: lactário em estabelecimentos assistenciais de saúde e

creches. São Paulo: International Life Sciences Institute Brasil, 2017.

HYEDA, A.; COSTA, E. S. M. Análise econômica dos custos com terapia nutricional enteral e

parenteral conform desfecho. Einstein, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 192-9, 2017.

PEREIRA, L. R. et al. Avaliação de procedimentos operacionais padrão implantados em um serviço

de saúde. Arq. Ciênc. Saúde, São José do Rio Preto, v. 24, n. 4, p. 47.51, 2017.

Palavras-Chave: Terapia Nutricional. Custos. Procedimento Operacional Padrão. EMTN.

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PERFIL BIOQUÍMICO DOS PACIENTES NO PRÉ OPERATÓRIO DE BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE UM

HOSPITAL ESCOLA DE PERNAMBUCO

JANAYNA GONCALVES SILVA, Andreia Carla Vilar Soares,

Maria Helena Silva Bastos, Tamyres Nunes Batista

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O bypass gástrico em Y de Roux é uma das técnicas cirúrgicas mais utilizadas para o

tratamento da obesidade. Esta é uma técnica mista onde há combinação do elemento restritivo e de

um elemento disabsortivo, cuja sua extensão irá determinar a diminuição da absorção de nutrientes.

Os pacientes submetidos à essa técnica cirúrgica podem apresentar deficiências nutricionais já no

período pré-operatório sendo estas agravadas após a realização da cirurgia.

Objetivo: Traçar o perfil bioquímico dos pacientes no pré operatório de bypass gástrico em Y de

Roux.

Material e Métodos: Estudo retrospectivo transversal com coleta de dados em fichas de

acompanhamento nutricional do ambulatório de nutrição de um hospital escola de Pernambuco.

Foram coletados entre os meses de fevereiro e maio de 2017 os dados de 147 pacientes com idade

maior de dezoito anos, de ambos os sexos e que estavam no pré-operatório de bypass gástrico em Y

de Roux. As variáveis demográficas (idade e sexo), clínicas (comorbidades), nutricionais (peso,

altura, índice de massa corporal) e bioquímicas (glicemia de jejum, hemoglobina, hematócrito,

ferritina, ferro sérico, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, vitamina D, vitamina B12 e cálcio)

foram coletadas diretamente na ficha de acompanhamento nutricional do paciente. A classificação

bioquímica assumida para a normalidade/alteração dos exames foi de acordo com os fornecidos

pelo laboratório do referido hospital. Como a coleta dos dados foi realizada a partir de fichas de

acompanhamento do serviço houve, portanto, dispensa do uso do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido como requisito ético de participação na pesquisa. O projeto de pesquisa foi submetido à

aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa de acordo com a resolução nº 466/12 do Conselho

Nacional de Saúde, obtendo CAAE 51802015.0.0000.5201.

Resultados: Do total de pacientes 79,6% era do sexo feminino, com idade média de 39,6 ± 9,7

anos. Das comorbidades avaliadas a hipertensão destacou-se como mais frequente atingindo 56,5%

da amostra. Na avaliação nutricional, 56,5% apresentava índice de massa corporal entre 40 -

49,99kg/m² tendo 45,88 (42,28-51,28) kg/m² como mediana e seus respectivos intervalos

interquartílicos. A maior parte dos pacientes apresentava valores normais de glicemia de jejum

(66,36%). Em relação ao perfil lipídico foram verificados que o maior número da amostra

apresentava valor desejável de colesterol total (67,92%), valor desejável/ótimo de LDL (74,39%),

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valor normal de triglicerídeos (73,74%) e valor baixo de HDL (64,05%). Já a hemoglobina sérica

esteve adequada na maioria da amostra (79,83%) assim como o hematócrito (83,33%), a ferritina

(76,74%) e o ferro sérico (86,52%) também estavam adequados na maior parte dos pacientes. A

análise da vitamina D demonstrou maior frequência de níveis séricos deficiente/insuficiente

(58,34%). Os valores bioquímicos do cálcio estiveram adequados na maior parte da população

(87,88%) e os valores da vitamina B12 estiveram adequados em toda população estudada (100%).

Conclusão: Os resultados deste trabalho mostram que entre os parâmetros bioquímicos a vitamina

D e o HDL foram os que tiveram maior frequência de inadequação. O conhecimento bioquímico

desses é de extrema importância para detecção de deficiências nutricionais já no período pré-

operatório.

Referências

ABELL, T.; MINOCHO, A. gastrointestinal complications of bariatric surgery: diagnosis and

therapy. Am. J. Med. Sci., Philadelphia, v. 4; n. 331; p. 214-8, 2006.

ALVAREZ-LEITE, J. I. Nutrient deficiencies secondary to bariatric surgery. Curr. Opin. Clin.

Nutr. Metab. Care, London, v. 5; n. 7; p. 569-75, 2004.

RAVELLI, M. N. et al. Obesidade, cirurgia bariátrica e implicações nutricionais. RBPS, Fortaleza,

v. 20, n. 4, 259-66, 2007.

SANTOS, L. A. dos. Avaliação nutricional de pacientes obesos antes e seis meses após a

cirurgia bariátrica. 2007. 156 f. Dissertação (Mestrado em Ciência de Alimentos)–

Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.

Palavras-Chave: Bypass gástrico. Estado nutricional. Deficiência nutricional. Obesidade.

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123

PERFIL DO ALEITAMENTO MATERNO EM LACTENTES HOSPITALIZADOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA PEDIÁTRICA NO NORDESTE

MARCELE ARAÚJO GONÇALVES, Ililian Kleisse Ferreira da Silva,

Conciana Maria Andrade Freire Neves, Alyne Cristine Souza da Silva

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: É consenso que durante os seis primeiros meses de vida a criança necessita apenas do

leite materno, visto que este constitui alimento adequado para suprir suas necessidades e manter um

bom ritmo de crescimento e desenvolvimento. Adicionalmente, a amamentação protege a saúde do

lactente, favorece o vínculo entre a mãe e o filho, reduz a taxa da morbimortalidade garantindo

assim a sobrevivência da criança, além de não representar ônus para orçamento familiar. O sucesso

do aleitamento materno depende de fatores biológicos, socioeconômicos, culturais e demográficos

que podem influenciar positiva ou negativamente na sua duração.

Objetivo: Descrever o perfil do aleitamento materno de pacientes hospitalizados em um centro de

referência pediátrica no Nordeste.

Material e Métodos: Estudo transversal, realizado em clínicas médicas pediátricas de um hospital

de referência em Recife (PE), com 77 lactentes com idade entre 0 e 12 meses. Foram excluídas

crianças portadoras de síndrome genéticas ou de patologias que impossibilitem a sucção ao peito,

que estivessem de terapia nutricional enteral por sonda ou a impossibilidade de avaliação

antropométrica pelas curvas da Organização Mundial de Saúde. Após o esclarecimento sobre a

pesquisa, todos os pais ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAE: 01540612.7.1230000.5201). A coleta dos dados

foi realizada por observação de prontuário associado a entrevista estruturada na qual consta os

dados relativos às condições socioeconômicas, clínicas, nutricionais, hábito alimentar, orientação

dietética e avaliação antropométrica de acordo com as curvas preconizadas pela Organização

Mundial de Saúde. Para a análise estatística, utilizou-se o pacote estatístico SPSS, versão 20.0 para

Windows. O software Excel 2013 foi utilizado para efetuar a construção do banco de dados. Os

dados foram organizados em tabelas e analisados com base em frequências absolutas, percentuais e

média (desvio padrão). Após tabulados, foram analisados de acordo com a literatura vigente.

Resultados: A amostra foi composta na sua maioria por lactentes do sexo masculino com idade

média de 4 meses (±3,1) e média de peso ao nascer de 2980g (±715). Dos entrevistados 53,2% dos

lactentes estavam em aleitamento materno, destes apenas 26% em aleitamento exclusivo e com

relação ao desmame 36,4% sofreram antes dos 4 meses de vida e/ou nunca foram amamentados,

sendo introduzido precocemente fórmulas adequadas para idade ou leite integral. A maioria das

famílias participantes residia no interior do estado de Pernambuco (37,7%) e detinham renda per

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capita menor que meio salário mínimo (60,8%). A média de idade materna foi de 24,9 anos (± 6,9),

sendo que a maioria encontrava-se entre 18 e 30 anos de idade e havia estudado oito anos ou menos

(39%).Quanto à ocupação materna, 79,2% não trabalhavam fora do lar e 80,5% moravam com o

companheiro.

Conclusão: Os resultados deste estudo possibilitaram visualizar um cenário em que se insere o

desmame precoce, no entanto faz-se necessário a realização de novas pesquisas, pois a problemática

do estudo possui um complexo conjunto de fatores determinantes, que em um estudo transversal

descritivo não se obtém associações e riqueza de detalhes no seu entendimento e acompanhamento.

Referências

CAMINHA, M. F. C. et al. Aspectos históricos, científicos, socioeconômico e institucionais do

aleitamento materno. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 10, n. 1, p. 25-37, 2010.

CARDOSO NETO, A. C.; CARDOSO, A. M. M.; OLIVEIRA, M. S. Fatores que levam ao

desmame precoce com puérperas da unidade básica de saúde Palmares em Santa Inês

Maranhão. In: SAFETY, HEALTH AND ENVIRONMENT WORLD CONGRESS, 15.,

2015, Porto. Proceedings... Porto: SHEWC, 2015.

LEAL, A. B. et al. Perfil do aleitamento materno exclusivo e fatores determinantes do desmame

precoce em municípios do Semi-árido da Região Nordesde. Rev. Bras. Pesq. Saúde,

Vitória, v. 16, n. 3, p. 84-91, 2014.

MARANHÃO, T. A. et al. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo entre mães

adolescentes. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 132-9, 2015.

Palavras-Chave: Amamentação. Desmame precoce. Lactentes.

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125

PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE EXCESSO DE PESO ACOMPANHADOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DO

NORDESTE BRASILEIRO

GABRIELA DUARTE DE MELO SILVA, Sdirral Milena Soares de Brito,

Juliana Machado Wanderley Corrêa de Oliveira, Aline Figueroa Chaves de Araújo

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: Habito alimentares irregulares, como excesso de alimentos ricos em carboidratos

simples e gorduras saturadas, associados ao sedentarismo podem ser os principais fatores que

justifica o alarmante excesso de peso na população infanto-juvenil. Saber o perfil nutricional deste

grupo é fundamental, visto que a mudança no estilo de vida e na alimentação favorece a qualidade

de vida desta população. Objetivo deste estudo foi traçar o perfil nutricional de crianças e

adolescentes portadores de excesso de peso acompanhados em um serviço de referência do nordeste

brasileiro.

Material e Métodos: Estudo transversal descritivo, realizado em um ambulatório de nutrição

infantil de um centro de referência do Nordeste brasileiro (Recife/PE) com crianças e adolescentes

portadores de excesso de peso do período de janeiro de 2018 a março de 2018. Neste estudo foram

coletados dados antropométricos: peso, estatura e circunferência da cintura, seguido calculado o

Índice de Massa Corporal e a razão da circunferência da cintura e estatura. O socioeconômico

adotado foi questionário de classificação socioeconômica da Associação Brasileira de Empresa e

Pesquisa. O estado nutricional foi c7assificado pelo Índice de Massa Corporal para idade segundo

referência da Organização Mundial da Saúde (2006; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007),

a circunferência da cintura foi avaliada por Freedman et al (1999), já para razão circunferência da

cintura /estatura (superior a 0,5) e utilizou-se as referências de Frissancho, 1990. Os dados foram

tratados no programa Statistical Package for Social Science versão 20.0. O presente estudo foi

aprovado sob o n.º70089217.0.0000.5569 pelo Comitê de Bioética e Pesquisa e os responsáveis dos

participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados: A amostra foi composta por 24 indivíduos com faixa etária entre 6 a 18 anos e média

de idade de 11,73 anos +/- 2,89DP, a maior parte da população estudada foi composta pelo sexo

feminino (54,2%). Segundo o perfil socioeconômico ABEP 41,7% da amostra pertencia as classes

sociais D e E, enquanto 37,5% foram classificados na classe social C2 e apenas 4,2% na classe

social B2. Como se tratava uma amostra de crianças e adolescente com excesso de peso a

antropometria identificou que segundo o Índice de massa corporal para idade 34,8% estavam com

risco de sobrepeso o mesmo valor também foi encontrado para o grupo com sobrepeso, já a

obesidade grave foi observada em 30,4%. As medidas de composição corporal apontaram que

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126

segundo a circunferência da cintura e a razão da circunferência da cintura/estatura 39,1% e 65,2%

respectivamente estavam com obesidade.

Conclusões: A população estudada corrobora com outros estudos, aonde a prevalência de obesidade

no grupo infanto-juvenil vem aumentando, da mesma forma nas classes sociais menos favorecidas.

Referências

BARBOSA FILHO, V. C. et al. Anthropometric indices among schoolchildren from a municipality

in southern Brazil: a descriptive analysis using the LMS method. Rev. Paul. Pediatr., São

Paulo, v. 32, n. 4, p. 333-41, 2014.

FREEDMAN, D. S. et al. Relation of circumferences and skinfold thicknesses to lipid and insulin

concentrations in children and adolescents: the Bogalusa Heart Study. Am. J. Clin. Nutr.,

Beteshda, v. 69, p. 308-17, 1999.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Trabalhando juntos pela saúde. Brasília:

Organização Mundial da Saúde, 2007.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Child growth standards: methods and development.

Geneva: WHO, 2006.

Palavras-Chave: Criança. Adolescente. Obesidade. Sobrepeso.

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127

PERFIL NUTRICIONAL DE GESTANTES INTERNADAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE REFERÊNCIA EM GESTAÇÃO DE ALTO RISCO DE RECIFE-PE

MARIA GABRIELLA MOURA DE ALBUQUERQUE, Andressa Laís Ferreira Silva,

Nayara Abdon Ferreira, Jefferson Danilo de Santana Silva, Darllety Canto da Silva

Universidade Federal de Pernambuco

Introdução: A gestação é um período de grandes mudanças corporais que incluem ganho ponderal

na mulher e intenso crescimento e desenvolvimento do feto. Uma alimentação adequada provém

nutrientes essenciais para que essas mudanças aconteçam. A garantia de uma ingestão alimentar

satisfatória durante a gestação, assim como o ganho de peso adequado, cursará com a redução dos

riscos de complicações tanto no período gestacional como no pós-parto. Dentre as situações de alto

risco com maior interface com o cuidado nutricional encontram-se os desvios ponderais, onde, os

recém-nascidos de gestantes com ganho de peso insuficiente apresentam maior risco de baixo peso

ao nascer, morbidade no primeiro ano de vida e comprometimento do seu crescimento pós-natal. Já

o excessivo ganho de peso constitui um importante fator de risco para diversas doenças como:

macrossomia fetal, diabetes gestacional, síndromes hipertensivas e complicações no parto,

comprometendo a saúde materno-infantil. Portanto, a utilização de métodos antropométricos é de

extrema importância, por expressar tamanho corporal e suas proporções, assim sendo indicadores

diretos do estado nutricional.

Objetivo: Traçar o perfil nutricional de gestantes internadas em um hospital público de referência

em gestação de alto de risco de Recife-PE.

Material e Métodos: Realizou-se um estudo observacional, do tipo transversal. Participaram da

pesquisa gestantes internadas entre os meses de fevereiro a dezembro de 2017, com idade entre 18 a

59 anos de gestação única e tópica. A pesquisa seguiu as normas éticas e foi aprovada no Comitê de

Ética sob o número CAAE 66285317.0.0000.5208. Para avaliação do Perfil nutricional utilizou-se o

índice de massa corporal calculado por meio da relação peso/estatura² e aplicou-se o normograma

de Atalah et al. (1997), adotado pelo Ministério da Saúde, no momento da admissão. A idade

gestacional foi registrada conforme as informações contidas em prontuário. O peso foi aferido em

balança antropométrica tipo plataforma (marca Welmy, com capacidade para 150kg) e a estatura foi

obtida através da régua antropométrica acoplada à balança. Para organização e análise, os dados

foram digitalizados e codificados no programa Microsoft Excel 2010.

Resultados: Foram avaliadas um total de 62 gestantes entre 20 a 37 anos (média de 31 anos). A

idade gestacional variou entre 4 e 40 semanas, com predominância nos segundo e terceiro

trimestres. No momento da admissão, apenas 21% mantiveram a eutrofia, enquanto o índice de

excesso de peso foi de 33%, sendo 13% para sobrepeso e 20% para obesidade. Já para baixo peso,

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128

8% das gestantes avaliadas foram diagnosticadas nesta condição.De modo geral, na população

estudada, menos da metade das gestantes apresentaram peso adequado para a idade gestacional.

Conclusão: Maior parte da população estudada encontrara-se fora do perfil de adequação de peso

preconizada. Um dado muito preocupante uma vez que a inadequação do índice de massa corporal

reflete prognóstico negativo para a gestação. Várias patologias podem ser evitadas a partir de um

bom acompanhamento pré-natal. A presença de um profissional de nutrição analisando as

particularidades de cada caso, atuando na prevenção e orientando as gestantes é fundamental para a

saúde de mãe e feto.

Referências

AMORIN, S. M. R. F. Perfil nutricional de gestantes atendidas por duas unidades básicas de saúde

de Londrina - PR. Journal of Health Sciences, Londrina, v. 10, n. 2, p. 75-81, 2015.

ATALAH, S. E. et al. Propuesta de um nuevo estándar de Evaluación nutricional em embarazadas.

Rev. Med. Chile, Santiago, v. 125, n. 12, p. 1429-36, 1997.

CAMPOS, J. A. Acompanhamento às gestantes com estado nutricional: sobre peso e obesidade.

2014. 19 f. Projeto de Intervenção (Especialiação)– Universidade Federal de Mato Grosso

do Sul, Coronel Sapucaia, 2016.

CUNHA, L. R. et al. Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso de gestantes atendidas em

uma Unidade Básica de Saúde de Pelotas-RS. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e

Emagrecimento, São Paulo, v. 10, n. 57, p. 123-32, 2016.

ROSA, R. L.; MOLZ, P.; PEREIRA, C. S. Perfil nutricional de gestantes atendidas em uma unidade

básica de saúde. Cinergis, Santa Cruz do Sul, v. 15, n. 2, p. 98-102, 2014.

XIMENES, J. E. P. Estado nutricional de gestantes indígenas das aldeias Bororó e Jaguapirú

no município de Dourados, MS. 2015. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)–

Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2015.

Palavras-Chave: Gravidez. Avaliação nutricional. Estado nutricional.

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129

PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSAS DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA INTERNADAS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA DE RECIFE- PE

CAMILLA MESSIAS FRANÇA DA SILVA, Marília de Melo Freire Lyra,

Bruna Nascimento da Silva, Mirella Gondim Ozias Aquino de Oliveira

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: O câncer de mama é a neoplasia mais prevalente nas mulheres em países

industrializados. A etiologia do câncer de mama é multifatorial e está intimamente relacionada ao

avançar da idade, seus fatores de risco incluem aspectos hereditários e ambientais como a

alimentação e estado nutricional. Nessa enfermidade, a obesidade é tida como um importante fator

prognóstico negativo para a sobrevida e tem sido relacionada com a progressão ou recidiva da

doença. Contudo o paciente idoso oncológico apresenta elevado risco de desnutrição, em virtude

das alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento, visto que pode apresentar diminuição do

apetite, do paladar e dificuldades de mastigação e deglutição, que podem comprometer o estado

nutricional, e favorecer um pior prognóstico.

Objetivos: Avaliar o perfil nutricional de pacientes idosas diagnosticadas com câncer de mama

internadas em um hospital de referencia no nordeste.

Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, composto por idosas

(>60 anos) internadas no serviço de oncologia de um hospital de referência do Nordeste. Para

avaliação do diagnóstico nutricional foi utilizado o índice de massa corporal (IMC) específico para

idosos preconizado pela Organização Americana de saúde (2003), sendo considerado o IMC<23

kg/m² baixo peso, entre23 kg/m² e <28 kg/m² eutrofia, 28 kg/m² e <30 kg/m² sobrepeso e 30 kg/m²

obesidade. Os dados foram digitados no programa EXCEL para Windows, versão 2013 e a análise

estatística foi feita no programa SPSS, versão 21.0. Foi adotado um intervalo de confiança de 95%.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição sob o CAAE de número:

10241612.7.0000.5201.

Resultados: A amostra foi composta por 41 pacientes, destes 27% estavam abaixo do peso (IC 95%

14,2-42,9), 49% estavam com peso adequado (IC 95% 32,9-64,9), 5% apresentavam sobrepeso

(IC% 95% 0,6-16,5) e 20% eram obesas (IC 95% 8,8-34,9).

Conclusão: Os resultados da pesquisa demonstram que as pacientes estudadas apresentaram uma

importante variação no estado nutricional, indo de encontro à literatura onde a maior parcela dessa

população apresenta sobrepeso ou obesidade. Vale ressaltar, que do ponto de vista estatístico, os

intervalos de confiança foram muito amplos. Logo, propõe-se que maior atenção seja dada a

classificação correta do estado nutricional dos pacientes com câncer de mama para que os déficits

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130

nutricionais sejam corrigidos precocemente e as complicações ao quadro sejam evitadas, já que o

estado nutricional está fortemente associado ao prognóstico da doença.

Referências

RUBIN, B. A. et al. Perfil antropométrico e conhecimento nutricional de mulheres sobreviventes de

câncer de mama do sul do Brasil. Rev. Bras. Cancerol., Rio de Janeiro, v. 56, n. 3, p. 303-

9, 2010.

SANTOS, C. A. Estado nutricional e fatores associados à desnutrição em idosos em

tratamento oncológico. 2013. 148 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Nutrição)–

Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2013.

SILVA, P. A; RIUL, S. S. Câncer de mama: fatores de risco e detecção precoce. Rev. Bras.

Enferm., Brasília, v. 64, n. 6, p. 1016-21, 2011.

Palavras-Chave: Idoso. Neoplasia. Diagnóstico nutricional. Câncer de mama.

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131

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES NEUROLÓGICOS EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ATENDIDOS EM HOSPITAL ESCOLA DO RECIFE/PE

LILIAN GUERRA CABRAL DOS SANTOS, Nathaly Maria Monte dos Santos,

Catarina Figueiredo Borges, Bruna Nascimento da Silva,

Jessica Cristina Guedes Lima da Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A avaliação nutricional antropométrica de pacientes hospitalizados em uso de terapia

nutricional enteral tem como objetivo identificar risco de desnutrição nos pacientes, diminuir o

número de complicações e medir a eficácia da terapia nutricional para manter ou recuperar o estado

nutricional e garantir uma evolução clínica mais favorável. O acidente vascular cerebral, destaca-se

como umas das mais prevalentes doenças cardiovasculares, sendo a segunda causa de déficits

neurológicos importantes. Os indivíduos com acidente vascular cerebral apresentam

susceptibilidade a déficits nutricional, indicando a importância de se estabelecer um diagnóstico

nutricional.

Objetivos: Avaliar o perfil nutricional dos pacientes atendidos no setor de neurologia em um

hospital escola na cidade do Recife/PE.

Material e Métodos: Trate-se de um estudo transversal, descritivo realizado na enfermaria e

unidade de terapia intensiva neurológica de um hospital escola do Recife. A amostra foi composta

por pacientes internado com acidente vascular cerebral de setembro de 2017 a fevereiro de 2018, de

ambos os sexos. As variáveis coletadas foram gênero, idade, patologias associadas, tipo de terapia

nutricional, a via de administração da terapia nutricional, tempo de uso, componentes

antropométricos, diagnóstico nutricional e desfecho clínico. Os dados foram tabulados e analisados

no Excel 2016. O presente estudo foi aprovado no comitê de ética, parecer número 2170.013/2017.

Resultados: A amostra foi composta por 83 pacientes internados. Quanto ao gênero prevaleceu o

sexo masculino com 55,2% do sexo masculina (n=46), em relação a idade a média foi de 69,5 anos

(±12). Dentre as patologias associadas aos pacientes com acidente vascular cerebral destacaram-se

o Diabetes Melittus e Hipertensão Arterial (40,9%). De acordo com o tipo de terapia nutricional e

via de administração 98,8% (n=82) foram terapia nutricional exclusiva e sonda nasoenteral,

respectivamente, com tempo médio de uso de 18,4 dia (±21). Dos componentes antropométricos a

média de peso e índice de massa corporal foram respectivamente 63,8 kg (±12) e 25,4 kg/m2 (±4,8).

E o diagnóstico nutricional mais prevalente foi o de eutrofia (49,5%) e com desfecho clínico em

53% dos pacientes a óbito.

Conclusão: O envelhecimento populacional traz diversos desafios para o sistema de saúde, pois a

medida que o tempo avança, o risco para desenvolver doenças que persistem por tempo prolongado,

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132

aumentando a chance de internações. A avaliação nutricional é importante na definição na conduta

e adequação nutricional, e desta maneira, a terapia nutricional enteral é uma das estratégias mais

utilizadas para atingir esse objetivo.

Referências

GIROLDI, M.; BOSCAINI, C. Perfil nutricional e bioquímico de pacientes internados em uso de

terapia nutricional enteral. Rev. Bras. Nutr. Clin., São Paulo, v. 31, n. 1, p. 65-9, 2016.

MARQUES, S.; RODRIGUES, R. A. P.; KUSUMOTA, L. Cerebrovascular accident in the aged:

changes in family relations. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 3, p.

364-71, 2006.

OLIVEIRA, D. R.; FRANGELLA, V. S. Músculo adutor do polegar e força de preensão palmar:

potenciais métodos de avaliação nutricional em pacientes ambulatoriais com acidente

vascular encefálico. Einstein, São Paulo, v. 8, n. 4, p. 467-72, 2010.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma política de saúde.

Brasília: Organização Pan Americana de Saúde, 2005.

SILVA, A. P. R. et al. Perfil nutricional e bioquímico de pacientes em uso de terapia nutricional

enteral internados em um hospital particular de Belém/PA. Rev. Bras. Nutr. Clin., São

Paulo, v. 30, n. 1, p. 21-5, 2015.

Palavras-Chave: Nutrição no idoso. Doença crônica. Senescência.

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133

PRÁTICAS ALIMENTARES DE LACTENTES PRECOCEMENTE DESMAMADOS INTERNADOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO NORDESTE

NATÁLIA MENEZES VASCONCELOS, Adauto Cézar Melo Paiva,

Simone Raposo Miranda, Conciana Maria Andrade Freire Neves

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Segundo recomendações do Ministério da Saúde o aleitamento materno deve ser

ofertado exclusivamente nos seis primeiros meses de vida, e após esse período complementado com

alimentos adequados para cada faixa etária e que façam parte de um padrão alimentar saudável

disponível na unidade familiar, assegurando dessa forma o crescimento e desenvolvimento

adequados da criança. Entende-se que o abandono da prática do aleitamento materno e a

substituição parcial ou total do leite materno precocemente por outros alimentos é ainda mais

nefasta quando adotada para as crianças pobres, uma vez que essas estão mais expostas a agentes

infecciosos, têm menor capacidade de resposta imunológica e difícil acesso a centros de saúde.

Objetivo: Avaliar a prática alimentar de lactentes precocemente desmamados ao internamento

hospitalar.

Material e Métodos: Estudo transversal, realizado em clínicas médicas pediátricas de um centro de

referência em Pernambuco, com 77 lactentes com idade entre 0 e 12 meses. Foram excluídas

crianças portadoras de síndrome genéticas ou de patologias que impossibilitassem a sucção ao peito,

que estivessem em terapia nutricional enteral por sonda ou na impossibilidade de avaliação

antropométrica pelas curvas da Organização Mundial de Saúde. Após o esclarecimento sobre a

pesquisa, todos os pais ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAE: 01540612.7.1230000.5201). A coleta dos dados

foi realizada por observação de prontuário associado à entrevista estruturada. Para a análise

estatística, utilizou-se o pacote estatístico SPSS, versão 20.0 para Windows. O software Excel 2013

foi utilizado para efetuar a construção do banco de dados. Os dados foram organizados em tabelas e

analisados com base em freqüências absolutas e percentuais. Após tabulados, foram analisados de

acordo com a literatura vigente.

Resultados: A amostra foi composta na sua maioria por lactentes do sexo masculino com idade

média de 4 meses (±3,1 DP). O tipo de alimento introduzido precocemente na alimentação das

crianças variou conforme sua idade, sendo mais comum, no primeiro mês, o consumo de leite não

materno (64,9%) e dentre esse leite foi observado que 38,9% das crianças consumiam leite

modificado para idade, porém com diluição incorreta, 13% consumiam leite de vaca integral com

diluição incorreta, 11,2% utilizavam leite integral acrescido de açucares e mucilagem. E da amostra

total 30% já haviam consumido algum alimento industrializado antes do sexto mês de vida.

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134

Conclusão: A amamentação exclusiva e a adequação nutricional dos alimentos complementares em

tempo oportuno são fundamentais na prevenção da morbidade infantil. Os resultados deste estudo

permitiram conhecer as práticas alimentares dos lactentes, nas quais se constatou o desmame

precoce e inclusão de alimentos açucarados e industrializados. Assim, atingir uma alimentação

saudável no período de introdução alimentar para a maioria das crianças é uma estratégia essencial

para assegurar a qualidade de vida de uma população até a vida adulta.

Referências

CAMINHA, M. F. C. et al. Aspectos históricos, científicos, socioeconômico e institucionais do

aleitamento materno. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 10, n. 1, p. 25-37, 2010.

CARDOSO NETO, A. C.; CARDOSO, A. M. M.; OLIVEIRA, M. S. Fatores que levam ao

desmame precoce com puérperas da unidade básica de saúde Palmares em Santa Inês

Maranhão. In: SAFETY, HEALTH AND ENVIRONMENT WORLD CONGRESS, 15.,

2015, Porto. Proceedings... Porto: SHEWC, 2015.

LEAL, A. B. et al. Perfil do aleitamento materno exclusivo e fatores determinantes do desmame

precoce em municípios do Semi-árido da Região Nordesde. Rev. Bras. Pesq. Saúde,

Vitória, v. 16, n. 3, p. 84-91, 2014.

MARANHÃO, T. A. et al. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo entre mães

adolescentes. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 132-9, 2015.

Palavras-Chave: Amamentação. Desmame precoce. Alimentação infantil.

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PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES LIPÍDICAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE PORTADORES DE EXCESSO DE PESO, ACOMPANHADOS

EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA DO NORDESTE

GABRIELA DUARTE DE MELO SILVA, Sdirral Milena Soares de Brito,

Danielle Erilane Silva Pereira, Maria Lara de Sá Pessoa

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: A obesidade infantil tem se tornando a epidemia do século, sendo agentes promotores

das doenças crônicas a exemplo as dislipidemias. Saber a prevalência de alterações lipídica nesta

população é fundamental, visto a fase desenvolvimento e crescimento em esta população se

encontra.

Objetivo: Avaliar a prevalência de alterações lipídicas em crianças e adolescente portadores de

excesso de peso, acompanhados em um hospital de referencia do nordeste.

Material e Métodos: Estudo transversal realizado em um ambulatório de nutrição infantil de um

centro de referência do Nordeste brasileiro, com crianças e adolescentes portadores de excesso de

peso, com faixa etária igual e superior a 8 e menor de 18 anos, no período de outubro de 2015 a

setembro de 2016. Foram tomadas medidas antropométricas de peso, estatura e Índice de Massa

Corporal. A avaliação nutricional foi realizada mediante curvas de crescimento de Índice de Massa

Corporal para idade propostas pela Organização Mundial da Saúde 2006-2007. Os dados

bioquímicos foram coletados nos prontuários e fichas de acompanhamentos dos pacientes. Seus

valores classificados segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os dados foram tratados no

programa SPSS versão 20.0 e aplicado. O presente estudo foi aprovado sob o n.º

33760514.6.0000.5201 pelo Comitê de Bioética e Pesquisa e os responsáveis dos participantes

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados: A amostra foi composta por 34 pacientes, com média de idade de 11,97 ± 2,4 anos, dos

quais 58,8% (20) eram do sexo feminino. A obesidade foi diagnosticada segundo indicador Índice

de Massa Corporal Para Idade em 73,52% (25) da amostra. Dos pacientes avaliados44,1% (15)

apresentava algum tipo de elevação dos níveis de colesterol total, enquanto 20,6% (7) tinham

alterações séricas da lipoproteína de baixa densidade, no entanto os valores mais elevados foram

para as dosagens das lipoproteínas de alta densidade 64,7% (22) dos avaliados. As dosagens de

colesterol estavam elevadas em 32,35% (11) da população estudada. A avaliação bioquímica dos

pacientes obesos evidenciou alterações expressivas para os níveis de colesterol total e para as

lipoproteínas de alta densidade com 56% (14) e 60% (15), respectivamente.

Conclusões: Foi alarmante a prevalência da dislipidemia em crianças e adolescente portadores de

excesso de peso, sendo maior na população obesa. Isto reforça que o excesso de peso na infância

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136

pode ser preditor no desenvolvimento de doenças crônica, favorecendo a chegada desta criança a

fase adulto já portando algum tipo de doenças crônicas não transmissíveis.

Referências

MORAES, C. M. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade no Diabetes Tipo 1. Arq. Bras.

Endocrinol. Metab., São Paulo, v. 47, n. 6, p. 677-83, 2003.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq.

Bras. Cardiol., São Paulo, v. 95, n. 1, p. 1-51, 2010.

Palavras-Chave: Criança. Adolescente. Obesidade. Dislipidemias.

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137

PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM PACIENTES GRAVES

NATÁLIA MENEZES VASCONCELOS, Marry Aneyts de Santana Cirilo,

Bruno Soares de Sousa, Paola Frassinete de Oliveira Albuquerque Silva

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Pacientes graves desenvolvem um quadro de inflamação sistêmica, associado a

alterações hormonais e metabólicas que podem impactar no tempo de hospitalização e desfecho

clínico. O desenvolvimento de anemia é uma condição freqüente em pacientes graves e está

associada a diversos fatores, tais como, anormalidades no metabolismo do ferro, diluição secundária

a reposição volêmica, além de déficit da eritropoese em resposta a inflamação sistêmica. É

importante ressaltar que a presença de anemia está relacionada a maior probabilidade de óbito.

Objetivo: Descrever a prevalência de anemia ferropriva em pacientes críticos no momento

admissional e seu desenvolvimento após internamento.

Material e métodos: Estudo observacional analítico de corte transversal realizado em uma Unidade

de Terapia Intensiva Clínica de um hospital escola em Recife – Pernambuco, durante o ano de 2016,

após aprovação do comitê de ética em pesquisa da Instituição, sob o CAEE 52453115.0.0000.5201.

Foram inclusos pacientes que permaneceram na unidade por pelo menos 7 dias de internamento, e

realizada a dosagem de hemoglobina e hematócrito séricos em até 48 horas pós admissão e no 7º dia

de internamento, a mudança nos parâmetros foi observada e descrita. Os dados foram coletados e

arquivados através do programa Excel para Windows, versão.

Resultados: Estudo realizado com 41 pacientes, sendo 60,9% (n=25) mulheres e 39% (n=16) de

homens, com média de idade de 51,3 ± 17,6 anos. A anemia se mostrou prevalente em 100% dos

pacientes, com diminuição gradativa da hemoglobina e hematócrito do 1º ao 7º dia de internamento

apresentando uma média de HG 10 ± 4,4 mg/dl para HG 9,5 ± 3,5 mg/dl e HTC de 27,2 ± 7,8 mg/dl

para 26,1 ± 6,3 mg/dl respectivamente. Foi observado que esse grupo amostral apresentou um

período de internamento longo, com média de 10,8 ± 5 dias. Em relação ao desfecho clinico 53,6%

evoluíram a óbito (n=22) e 46,3% (n=19) receberam alta da unidade crítica.

Conclusão: Observou-se que 100% dos pacientes já tinham diagnóstico de anemia, o que pode ser

explicado pelo fato de que a maioria dos pacientes apresentava em seu diagnóstico de base alguma

patologia crônica e 34,1% eram casos oncológicos, onde já é bem datada a prevalência de anemia.

Com a permanência do internamento os pacientes tenderam a apresentar piora do quadro anêmico,

com queda da hemoglobina e hematócrito séricos, o que reforça os conhecimentos literários atuais,

onde pacientes graves desenvolvem anemia ao longo de sua evolução, apresentando significativa

taxa de mortalidade.

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Referências

LOBO, S. M. Anemia e transfusão de hemáceas em pacientes críticos. Rev. Bras. Ter. Intensiva,

São Paulo, v. 16, p. 7-8, 2004.

LOBO, S. M. et al. Anemia e transfusões de concentrados de hemácias em pacientes graves nas UTI

Brasileiras (pelo FUNDO-AMIB). Rev. Bras. Ter. Intensiva, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 234-

41, 2006.

RIBEIRO, L. M. K. et al. Adequação dos balanços energético e proteico na nutrição por via enteral

emterapia intensiva: quais são os fatores limitantes?. Rev Bras Ter Intensiva, São Paulo, v.

26, n. 2, p. 155-62, 2014.

SANT’ANA, I. E. S.; MENDONÇA, S. S.; MARSHALL, N. G. Adequação energético-proteica e

fatores determinantes na oferta adequada de nutrição enteralem pacientes críticos. Comun.

Ciên. Saúde, Brasília, v. 22, n. 4, p. 47-56, 2013.

VINCENT, J. L.; SAKR, Y.; CRETEUR, J. Anemia in the intensive care unit. Can. J. Anesth.,

Toronto, v. 50, n. 16, p. 53-9, 2003.

Palavras-Chave: Paciente crítico. Anemia.

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PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO E FORÇA MUSCULAR EM PACIENTES NEFROPATAS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

RODRIGO RÊGO BARROS FIGUEIREDO, Ricardo Victor Pedroza de Alcântara,

Márcia Virgínia Rodrigues dos Santos, Caroline Neves de Morais

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: A doença renal crônica caracteriza-se por uma perda progressiva e irreversível da

função renal, sendo necessário o uso de terapia renal substitutiva, como a hemodiálise. Contudo, as

condições impostas pela doença e pelo próprio tratamento dialítico resultam em uma série de

alterações nutricionais, resultando em desnutrição e reduzida força muscular.

Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes com doença renal crônica submetidos à

hemodiálise.

Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado em hospital de referência do Nordeste

Brasileiro, em 53 indivíduos com doença renal crônica, ambos os sexos, idade entre 20 e 60 anos,

realizado entre outubro de 2017 e março de 2018. Os dados coletados foram índice de massa

corporal, circunferência do braço, circunferência muscular do braço, força de preensão palmar e

albumina sérica. O índice de massa corporal foi avaliado conforme valores propostos pela

Organização Mundial de Saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1995). A circunferência

do braço e a circunferência muscular do braço foram classificadas conforme os pontos de corte

preconizados por Blackburn e Thornton (1979). Quanto à força de preensão palmar, considerou-se

reduzida força muscular valores menores que 30 kg para homens e menores que 20 kg para

mulheres. Quanto à albumina, os pacientes foram classificados como desnutridos quando os valores

foram menores que 3,8 mg/dL. Os dados foram analisados no programa SPSS e usou-se o

coeficiente de correlação de Pearson para avaliar a correlação entre a força de preensão palmar e as

demais variáveis. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IMIP sob o nº

CAAE 72813517.4.0000.5201 e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

Resultados: Dos 53 portadores de doença renal crônica avaliados, com idade média de 40,11 ±

12,14 anos, 55% (n=29) eram mulheres. O índice de massa corporal demonstrou eutrofia em

37,74% (n=20) da amostra e desnutrição em 13,21% (n=7). Quanto à circunferência do braço,

37,74% (n=20) dos pacientes apresentaram-se eutróficos, enquanto 47,17% apresentaram-se

desnutridos (n=25). De acordo com a circunferência muscular do braço, 60,38% (n=32) dos

pacientes encontravam-se eutróficos e 39,62% (n=21) encontravam-se desnutridos. Quanto à força

de preensão palmar, observou-se que 11,32% (n=6) apresentaram força muscular adequada e

88,68% (n=47) apresentaram baixa força muscular. A albumina sérica mostrou-se adequada em

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71,70% (n=38) da amostra e baixa em 28,30% (n=15). Não foi observada correlação significativa

entre a força de preensão palmar e as demais variáveis do estado nutricional (p>0,05).

Conclusão: Observou-se elevada prevalência de desnutrição associada à baixa massa muscular,

principalmente através da inadequação da circunferência do braço e circunferência muscular do

braço, fato que pode ter contribuído para a baixa força muscular observada nesta população.

Referências

BLACKBURN, G. L.; THORNTON, P. A. Nutritional assessment of the hospitalized patient. Med.

Clin. North Am., Philadelphia, v. 14, n. 5, p. 1102-8, 1979.

CUPPARI, L.; KAMIMURA, M. A. Avaliação nutricional na doença renal crônica: desafios na

prática clínica. J. Bras. Nefrol., São Paulo, v. 31, n. 1, p. 28-35, 2009.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and interpretation of

anthropometry. Geneva: Whorld Health Organizations, 1995.

Palavras-Chave: Doença renal crônica. Avaliação nutricional. Desnutrição.

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PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO

ALCOÓLICA

ERICA LOPES BARRETO, Ana Monique David da SiIva,

Emerson Iago Garcia e Silva, Camilla Araújo de Brito

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica é definida pelo acúmulo de gordura

superior a 5% do peso do fígado, sem uma ingestão de álcool em risco. A esteatose hepática não

alcoólica vem se firmando como um grave problema de saúde global e principal causa de doença

hepática no mundo. Pesquisadores europeus forneceram evidências biológicas, clínicas e

epidemiológicas para a teoria de que a doença hepática gordurosa não alcoólica deve ser

considerada como a manifestação hepática da síndrome metabólica. Além disso, se a doença

hepática gordurosa não alcoólica e a síndrome metabólica coexistem, a regressão da doença é

menos provável.

Objetivo: Verificar a presença e associação da síndrome metabólica em indivíduos portadores de

doença hepática gordurosa não alcoólica.

Material e Método: Estudo transversal, multicêntrico, quantitativo, realizado nos ambulatórios de

nutrição do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira e Instituto do Fígado de

Pernambuco, ambos, localizados em Recife, Pernambuco no período de abril a novembro de 2017.

A amostra foi formada por pacientes em acompanhamento ambulatorial de ambos os sexos, acima

de 18 anos, com diagnóstico de esteatose hepática via ultrassonografia. Foram coletados dados de

peso e altura, para o calculo do índice de massa corporal, além dos parâmetros relacionados à

síndrome metabólica, segundo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III

(2001): circunferência de cintura, dosagens séricas de triglicerídeos, glicemia, HDL-colesterol e

pressão arterial média. Realizou-se estatística descritiva com frequências, médias e desvio padrão.

A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa sob o número: 64898517.1.0000.5201.

Resultados: Participaram da pesquisa 110 indivíduos com diagnóstico de esteatose hepática não

alcoólica, com idade média de 54,8±11,6 anos, sendo a maior parte do sexo feminino (80,9%). O

índice de massa corporal médio foi de 32,9± 5,3 kg/m². Os critérios para síndrome metabólica

estavam presentes em 67,3% da amostra. Dos componentes individuais da síndrome metabólica:

40,9% (n=45) apresentavam glicemia elevada; 80% (n=88) pressão arterial sistólica elevada; 84,5%

(n=93) CC elevada; 54,5% (n=60) HDL baixo e 33% (n=37) triglicerídeos elevado.

Conclusão: Os critérios para síndrome metabólica são prevalentes em pacientes portadores de

esteatose hepática, o que aponta para uma possível relação entre estas duas condições. Dentre os

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componentes individuais, a pressão arterial e a circunferência da cintura foram significativamente

elevados na população. Por outro lado, os níveis elevados de glicemia e triglicerídeos observados

sugerem a necessidade de mais estudos.

Referências

AKALA, F. A.; EL-SAHARTY, S. Public-health challenges in the Middle East and North Africa.

Lancet, London, v. 367, n. 9515, p. 961-4, 2006.

BELLENTANI, S. The epidemiology of non-alcoholic fatty liver disease. Liver Int., Oxford, v. 37,

n. 1, p. 81-4, 2017.

CORTEZ-PINTO, H. et al. Non-alcoholic fatty liver: another feature of the metabolic syndrome?.

Clin. Nutr., Edinburgh, v. 18, n. 6, p. 353-8, 1999.

LANKARANI, K. B. et al. Non alcoholic fatty liver disease in southern Iran: a population based

study. Hepat. Mon., Tehran, v. 13, n. 5, p. 1-7, 2013.

LONARDO, A. Fatty liver and nonalcoholic steatohepatitis. Where do we stand and where are we

going?. Dig. Dis., Basel, v. 17, n. 2, p. 80-9, 1999.

MARCHESINI, G. et al. Association of nonalcoholic fatty liver disease with insulin resistance. Am

J Med., New York, v. 107, n. 5, p. 450-5, 1999.

NATIONAL CHOLESTEROL EDUCATION PROGRAM (NCEP). Expert Panel on the detection,

evaluation, and treatment of high blood pressure in adults. Executive summary of the Third

Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP). Adult Treatment Panel III

(ATP III). JAMA, Chicago, v. 285, n. 19, p. 2444-9, 2001.

YOUNOSSI, Z. M. et al. Global epidemiology of nonalcoholic fatty liver disease-Meta-analytic

assessment of prevalence, incidence, and outcomes. Hepatology, Baltimore, v. 64, n. 1, p.

73-84, 2016.

Palavras-Chave: Fígado Gorduroso. Avaliação nutricional. Doenças cardiovasculares.

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PREVALÊNCIAS DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO APÓS INTERVENÇÃO EM REDE SOCIAL ON-LINE

MIRANEIDE ALVES RODRIGUES DOS SANTOS, Débora Silva Cavalcanti,

Caroline Sousa Cabral, Gina Araújo Martins Feitosa

Universidade Federal da Paraíba

Introdução: O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de idade e continuado até

os dois anos de vida ou mais, sendo importante para a saúde da mãe e do lactente. O leite materno é

considerado um aliado natural na proteção e nutrição do bebê, além de favorecer a redução dos

índices de morbimortalidade infantil. No Brasil, a prevalência de aleitamento materno exclusivo

entre menores de seis meses de idade ainda está muito abaixo do recomendado e na última década

apresentou declínio. Sendo assim, é necessário identificar ações efetivas que estimulem as mães a

amamentarem por períodos maiores.

Objetivo: Verificar as prevalências do aleitamento materno exclusivo após uma intervenção por

meio de um grupo em rede social on-line.

Material e Métodos: O estudo caracteriza-se como um ensaio clínico randomizado, que envolveu

251 binômios mãe-filho de uma maternidade de um hospital universitário da Paraíba e foram

acompanhados por um período de seis meses após o parto. Esta pesquisa encontra-se aprovada pelo

Comitê de Ética em Pesquisa com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética

(54328116.8.0000.5183). O grupo intervenção foi acompanhado em um grupo fechado no facebook

por meio de uma metodologia participativa promovida por profissionais de saúde. Uma vez por

semana, publicava-se nesse grupo um cartaz sobre um tema relacionado ao aleitamento materno que

foi elaborado pela equipe da pesquisa. Além disso, as mães podiam tirar as suas dúvidas e trocar

experiências a qualquer momento. A coleta de dados de ambos os grupos foi realizada por contato

telefônico mensal. O teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado para comparar as prevalências

entre os grupos. Adotou-se para as análises estatísticas o nível de significância de 5%.

Resultados: A prevalência de aleitamento materno exclusivo no primeiro mês de acompanhamento

foi de 91,9% no grupo intervenção e 82,8% no grupo controle (p=0,031) e após seis meses pós-

parto essas prevalências diminuíram para 33,3% no grupo intervenção e 8,3% no grupo controle

(p<001). Portanto, verifica-se a importância da promoção e do apoio ao aleitamento materno

exclusivo após a alta hospitalar promovidos por profissionais de saúde com o auxílio de redes

sociais conectadas à internet para melhorar as prevalências do aleitamento materno exclusivo nos

primeiros seis meses de vida da criança. Dessa forma, contribuindo também para o fortalecimento

do décimo passo da iniciativa Hospital Amigo da Criança.

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144

Referências

BOCCOLINI, C. S. et al. Tendência de indicadores do aleitamento materno no Brasil em três

décadas. Rev. Saude Publica, São Paulo, v. 51, n. 108, p. 1-9, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.

Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2. ed. Brasília:

Ministério da Saúde, 2015.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Baby-friendly hospital initiative: revised, updated and

expanded for integrated care. Geneva: WHO, 2009.

Palavras-Chave: Amamentação. Estudo de intervenção. Mídias sociais. Puerpério.

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RACIONALIZAÇÃO DO CUSTO DE FÓRMULAS LÁCTEAS E DIETAS ENTERAIS DE UM SERVIÇO DE NUTRIÇÃO ENTERAL E LACTÁRIO EM

HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO

EDIJANE MARIA DE CASTRO SILVA, Lidiane Conceição Lopes,

Chika Wakiyama, Enésia Eloyna da Costa Benízio

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A gestão da qualidade é um importante fator de identificação de disperdício e

racionalização dos custos, no sentido da melhoria da utilização dos recursos. A própria gestão e o

controle de estoque são técnicas de gerenciamento importante na administração de uma organização

por contribuir na redução dos custos financeiros. A curva ABC é uma ferramenta para auxiliar a

gestão de estoque na obtenção da realidade dos itens e dos valores financeiros que colaboram para o

desempenho, avaliação da gestão de custo, além da melhoria contínua e reforço de produtividade da

organização, particularmente, quando tratado de serviços de administração pública na área de saúde.

As empresas devem estudar com eficácia e eficiência seus estoques para constatar a real

necessidade das cadeias produtivas, e investirem em estoque de forma consciente e necessária, sem

qualquer tipo de desperdício/ociosidade mantendo em valores os mais baixos possíveis e de

segurança para o atendimento da demanda.

Objetivo: Analisar a utilização da ferramenta curva ABC como indicador financeiro para controle

de custo em um Serviço de Nutrição Enteral e Lactário.

Material e Métodos: Estudo descritivo realizado através da análise do consumo dos gêneros

alimentícios específicos (fórmulas lácteas e dietas enterais) no período de janeiro a dezembro de

2017, através da utilização da ferramenta “curva ABC”. Como instrumento para análise foi

utilizado relatório informatizado gerado pelo Sistema de Controle de Estoque, MV 2000. Os itens

foram classificados como: Classe A, composto de poucos itens (de 10 a 20% dos itens), exige maior

investimento, correspondendo 60 a 80% do custo; Classe B, constituído de um numero médio de

itens (20 a 30% dos itens) e representa 20 a 30% do custo; Classe C,constituído de um grande

numero de itens (50 a 70% dos itens) e representa 5 a 10% do total de custo.

Resultados: Na média anual dos gêneros do setor as distribuições dos itens foram: de 22,5% para

classe A, correspondendo a 79,1% do custo, os itens da classe B foram de 26,5%, equivalente a

15,4% do custo; e os da classe C foram de 51%, abrangendo 5,5% do custo. A utilização dos itens

da classe A encontrou-se apenas 2,5% acima do percentual recomendado pela classificação da curva

ABC, e os da classe B e C apresentaram-se dentro dos percentuais das recomendações. Em relação

ao custo, na classe A apresentou-se dentro do limite desejável, apesar de um percentual máximo de

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146

custo para esta classe, diferente dos da classe B e C, que se apresentaram, respectivamente, abaixo e

dentro dos percentuais recomendado.

Conclusões: Observa-se que há uma necessidade adequação aos itens da classe A e os custos da

classe B, ou seja, de reduzir no mínimo de 2,5% dos produtos utilizados na classe A, e assim,

equilibrando-o no custo da classe B, já que nesta classe verificou-se o custo abaixo do padrão

recomendado. Desta forma, a gestão de qualidade do Serviço de Nutrição Enteral e Lactário através

das atividades de controle, pode influenciar de forma positiva a fim de minimizar desperdícios e

atender aos padrões de contenção dos gastos, sem comprometer a assistência nutricional destinado

aos pacientes que utilizam desse serviço.

Referências

BORGES, C. T.; CAMPOS, S. M.; BORGES, C. E. Implantação de um sistema para o controle de

estoques em uma gráfica/editora de uma universidade. Revista Eletrônica Produção &

Engenharia, Juiz de Fora, v. 3, n. 1, p. 236-47, 2010.

LOPRETE, D. et. al. Gestão de estoque e a importância da curva ABC. Lins, 2009. Disponível

em: <http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/CC35509178809.pdf>.

Acesso em: 3 abr. 2018.

PINTO, C. V. Organização e gestão da manutenção. 2. ed. Lisboa: Edições Monitor, 2002.

POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2010.

VALENTE, R. P.; ESTEVES, M.; PADILHA, J. A metodologia Lean na área hospitalar: a gestão

de qualidade enquanto factor de melhoria contínua e humanização do esforço de

racionalização dos recursos. In: SEMINÁRIO DE I&DT, 3., 2012, Portalegre. [Anais]...

Portalegre: Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do Instituto Politécnico de

Portalegre, 2012.

VENDRAME, F. C. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 2008. 66 p. Apostila

da Disciplina de Administração, Faculdades Salesianas de Lins.

Palavras-Chave: Custo. Qualidade. Enteral. Lactário.

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147

RECUPERAÇÃO DO CRESCIMENTO EM CRIANÇAS NASCIDAS PRÉ-TERMO: UM ESTUDO LONGITUDINAL

IVALDO JOSÉ ALVES JÚNIOR, Karoline Lauriano Costa Vila,

Derberson José do Nascimento Macêdo, Camila Yandara Sousa Vieira de Melo,

Juliana Flávia da Rocha Alves

Faculdade São Miguel

Introdução: Considera-se prematuro um bebê nascido vivo antes de completar 37 semanas de

gestação. O catch-up caracteriza-se pela taxa de crescimento mais rápida que o esperado, ou seja,

velocidade acelerada de crescimento, que ocorre após um período de crescimento lento ou ausente,

permitindo recuperar a deficiência prévia. A expectativa é que a maioria apresente catch-up,

atingindo seu canal de crescimento entre os percentis de normalidade nas curvas de referência até os

2 a 3 anos de idade. Geralmente, o catch-up ocorre primeiro no perímetro cefálico, seguido pelo

comprimento e depois pelo peso. A relação peso/comprimento nos primeiros dois anos de vida

traduzem proporcionalidade, sendo, portanto, útil para monitorar a adequação do crescimento.

Objetivo: reconhecer o período da ocorrência do catch up growth em crianças nascidas pré-termo

acompanhadas em hospital de referência do nordestebrasileiro.

Material e Métodos: estudo longitudinal, retrospectivo e descritivo realizado com crianças até dois

anos de idade corrigida nascidas pré-termo, acompanhadas em follow up de Método Canguru em

hospital de referência. Foram coletados dados clínicos e antropométricos do nascimento, e dados

antropométricos de três consultas subseqüentes no período de março a junho de 2017. Para

avaliação do estado nutricional foram aplicados os parâmetros Comprimento para Idade, Peso para

Idade e Peso para Comprimento das curvas de crescimento para idade propostas pela Organização

Mundial de Saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006). Para a análise dos dados foi

utilizado o programa SPSS 22.0. O trabalho foi previamente aprovado pelo comitê de ética em

pesquisa da instituição coparticipante sob o CAAE 64457716.1.0000.5201.

Resultados: A amostra foi composta por 100 crianças, havendo prevalência do sexo masculino

(55%), com idade gestacional média de 31,41 semanas (±2,58). Dentre as principais situações

clínicas associadas à prematuridade diagnosticadas ao nascimento, 80% dos pacientes apresentaram

distúrbios respiratórios, 12% problemas metabólicos, 4% nasceram cardiopatas e outros 4% com

alguma malformação congênita. Para estimar o desenvolvimento antropométrico, foram resgatados

dados de três reavaliações, classificando seu estado nutricional segundo os parâmetros de avaliação.

Nas curvas de peso para a idade foi constatado que os pacientes já apresentavam o peso adequado

na primeira reavaliação, havendo uma melhora progressiva nas reavaliações subsequentes. No

parâmetro peso para comprimento ficou evidenciado que não houve diferenças significativas nas

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148

três reavaliações. Quanto ao parâmetro comprimento para a idade, os pacientes apresentaram um

desvio padrão abaixo do adequado na primeira reavaliação, porém seguidas de melhoras

estatisticamente significantes nas duas avaliações posteriores (p< 0,05).

Conclusão: os indivíduos avaliados apresentaram uma evolução do estado nutricional favorável e

progressiva conforme as reavaliações, visto que a maioria dos pacientes atingiu o catch up antes de

completarem os dois anos de idade cronológica.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Brasília, 2017. Sistema de Informações Sobre Nascidos

Vivos (SINASC). Disponível em:

<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinasc/cnv/nvuf.def>. Acesso em: 8 ago. 2017.

FRANCESCHINI, D. T. B.; CUNHA, M. L. C. Associação da vitalidade do recém-nascido com o

tipo de parto. Rev. Gaúch. Enferm., Porto Alegre, v. 28, n. 3, p. 324-30, 2007.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Nota descriptiva n° 363. Nov. 2015. Disponível

em: <http://who.int/mediacentre/factsheets/fs363/es>. Acesso em: 8 ago. 2017.

RODRIGUES, O. M. P. R.; BOLSONI-SILVA, A. T. Efeitos da prematuridade sobre o

desenvolvimento de lactentes. Rev. Bras. Crescimento Desenvolv. Hum., São Paulo, v. 21,

n. 1, p. 111-21, 2011.

RUGOLO, L. M. S. S. Crescimento e desenvolvimento a longo prazo do prematuro extremo. J.

Pediatr. (Rio J), Rio de Janeiro, v. 81, n. 1, p. S101-10, 2005.

RUGOLO, L. M. S. S. et al. Crescimento de prematuros de extremo baixo peso nos primeiros dois

anos de vida. Rev. Paul. Pediatr., São Paulo, v. 25, n. 2, p. 142-9, 2007.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Child growth standards: methods and development.

Geneva: WHO, 2006.

Palavras-Chave: Prematuro. Morbidade. Método Canguru. Desenvolvimento Infantil.

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149

RELAÇÃO ENTRE MASSA GORDA CORPORAL E CAPACIDADE FUNCIONAL EM MULHERES

LILIAN GUERRA CABRAL DOS SANTOS, Vitória Felício Souto,

Álvaro Nóbrega de Melo Madureira, André dos Santos Costa

Universidade Federal de Pernambuco

Introdução: Alterações funcionais e estruturais defluem do processo natural de envelhecimento,

refletindo negativamente a aptidão funcional com o avançar da idade. Dentre as alterações

vinculadas a este processo, evidencia-se a diminuição da flexibilidade, da força além da limitação

na capacidade de exercício e redução da massa óssea e muscular, seguido de uma elevação do

índice de massa corporal, o qual apresenta-se diretamente associado ao acúmulo de massa gorda. O

aumento no conteúdo da gordura corporal está associado com o surgimento de comorbidades como

hipertensão, diabetes, dislipidemias, bem como com impedimentos na mobilidade, e

consequentemente na capacidade funcional dos indivíduos.

Objetivo: Avaliar a relação entre a massa gorda com a potência de membros inferiores e a força de

membros superiores em mulheres.

Material e Métodos: O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer

número 385.616. Trata-se de um estudo observacional com delineamento de corte transversal com

62 mulheres, idades entre 57 e 83 anos, Índice de Massa Corporal=28,86 ± 5,33 Kg/m²,

pertencentes ao projeto de extensão Envelhecimento Saudável, em uma universidade de Recife-PE.

Foram inclusas voluntárias que não apresentassem problemas osteomioarticulares, com controle

sobre doenças metabólicas e que assinaram o Termo de Consentimento Livree Esclarecido. A

avaliação da composição corporal foi realizada por absorciometria de raios-x de dupla energia

(Lunar Prodigy, GE-Health). Para determinar a capacidade funcional foi utilizado o dinamômetro

hidráulico de mão (SAEHAN®) e o teste de sentar e levantar durante 30 segundos. Após teste de

normalidade Kolmogorov-Smirnov, o coeficiente de correlação de Spearman (não paramétrico) foi

utilizado para descrever a relação entre os escores da massa gorda com as variáveis de força de

membros superiores e inferiores com o Software SPSS 20.0, adotando o nível de significância

p<0,05.

Resultados: Os valores de massa gorda, força de preensão manual e número de repetições no teste

de sentar e levantar foram 28,13(9,40)kg, 22,75(5,55)kgf e 12,9(2,44) repetições, respectivamente.

Foi observada relação negativa e fraca entre a massa gorda e o escore do teste de sentar e levantar

(=-0,280; p=0,035) e relação positiva e fraca para massa gorda e força de preensão manual (=0,273;

p=0,04).

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150

Conclusão: Nossos achados não evidenciaram relação entre a massa gorda corporal e a capacidade

funcional avaliada pela força de preensão manual e pelo teste de sentar e levantar em mulheres.

Referências

ARAÚJO, C. G. S. Teste de sentar-levantar: apresentação de um procedimento para avaliação em

medicina do exercício e do esporte. Rev. Bras. Med. Esporte, São Paulo, v. 5, n. 5, p. 179-

82, 1999.

CRUZ-JENTOFT, A. J. et al. Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis: Report

of the European Working Group on Sarcopenia in Older People. Age Ageing, London, v.

39, n. 4, p. 412-23, 2010.

LAVIE, C. J.; MILANI, R. V.; VENTURA, H. O. Obesity and cardiovascular disease, risk factor,

paradox, and impact of weight loss. J. Am. Coll. Cardiol., New York, v. 53, n. 21, p. 1925-

32, 2009.

VAGETTI, G. C. et al. Association of body mass index with the functional fitness of elderly

women attending a physical activity program. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de

Janeiro, v. 20, n. 2, p. 214-24, 2017.

VINCENT, H. K.; VINCENT, K. R.; LAMB, K. M. Obesity and mobility disability in the older

adult. Obes. Rev., Oxford, v. 11, n. 8, p. 568-79, 2010.

Palavras-Chave: Senescência. Função muscular. Meia-idade.

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151

RELAÇÃO ENTRE RISCO NUTRICIONAL, TIPO DE TRATAMENTO E PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS

COM CÂNCER EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA EM PERNAMBUCO

JOYCE CAROLINE CORDEIRO LOPES SILVA, Camila Lima Chagas,

Larissa Pessoa Vila Nova, Louise Cavalcante de Medeiros Carneiro

Hospital Universitário Oswaldo Cruz

Introdução: O câncer e outras doenças crônicas não transmissíveis vêm se tornando cada vez mais

comuns no mundo e a presença de comorbidades como o diabetes e desnutrição são complicações

freqüentes em pacientes oncológicos. As causas do câncer incluem fatores genéticos, composição

corporal e fatores ambientais. Dentre os fatores ambientais, a alimentação se apresenta como um

aspecto importante na prevenção e no tratamento do câncer, sendo a avaliação nutricional capaz de

predizer o desfecho clínico e prognóstico do paciente. Estudos têm demonstrado que avaliar

isoladamente algum indicador nutricional pode gerar falhas no diagnóstico nutricional e que o

comprometimento do estado nutricional está associado ao aumento da morbimortalidade no câncer.

Objetivo: Asociar o risco nutricional com a prevalência de diabetes e tipo de tratamento realizado

em pacientes hospitalizados com câncer.

Material e Métodos: Estudo transversal, realizado com 122 pacientes oncológicos internados em

um hospital de referência em oncologia de Pernambuco. Foram aplicados métodos de avaliação

nutricional: índice de massa corporal, circunferência do braço e prega cutânea tricipital além de um

questionário específico para verificar risco nutricional em pacientes oncológicos: avaliação

subjetiva global produzida pelo próprio paciente. Os pacientes incluídos na pesquisa e/ou

responsáveis foram previamente informados sobre os objetivos da mesma e assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde, autorizando a realização da mesma, sob o número 671.955.

Resultados: O estudo encontrou que 61,5% dos pacientes eram do sexo feminino e 38,5% do sexo

masculino, 59% apresentaram média de idade entre 20 e 59 anos e 34,4% eram diabéticos. A

maioria dos pacientes eram virgem de tratamento (38,5%) e a quimioterapia foi o tratamento mais

realizado (29,5%). De acordo com a avaliação subjetiva global produzida pelo próprio paciente,

23,9% dos pacientes eram bem nutridos, 47,6% dos pacientes apresentaram suspeita de desnutrição

ou desnutrição moderada e 28,5% desnutrição grave. A desnutrição foi verificada em 35,7%, 47,6%

e 59,5% dos pacientes de acordo com o índice de massa corporal, circunferência do braço e prega

cutânea tricipital, respectivamente.

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152

Conclusão: O câncer é uma doença crônica não transmissível, constituindo um importante

problema de saúde coletiva em países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo o diabetes um

dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer. Os tratamentos antineoplásicos podem

agravar o estado nutricional do paciente, sendo a assistência e a avaliação nutricional de extrema

importância para minimizar ou reverter o declínio do estado nutricional, proporcionando assim

adequada intervenção nutricional no paciente oncológico.

Referências

BIANGULO, B. F.; FORTES, R. C. Métodos subjetivos e objetivos de avaliação do estado

nutricional de pacientes oncológicos. Comun. Ciênc. Saúde, Brasília, v. 24, n. 2, p. 131-44,

2013.

COLLING, C. et al. Pacientes submetidos à quimioterapia: avaliação nutricional prévia. Rev. Bras.

Cancerol., Rio de Janeiro, v. 58, n. 4, p. 611-7, 2012.

FONSECA D. A; GARCIA R. R. M; STRACIERI A. P. M. Perfil nutricional de pacientes

portadores de neoplasias segundo diferentes indicadores. Rev. Digit. Nutr., Ipatinga, v. 3, n.

5, p. 444-61, 2009.

GONZALEZ, M. C. et al. Validação da versão em português da avaliação subjetiva global

produzida pelo próprio paciente. Rev. Bras. Nutr. Clin., São Paulo, v. 25, n. 2, p.102-8,

2010.

TARTARI, R. F. et al. Perfil nutricional de pacientes em tratamento quimioterápico em um

ambulatório especializado em quimioterapia. Rev. Bras. Cancerol., Rio de Janeiro, v. 56, n.

1, p. 43-50, 2010.

Palavras-Chave: Câncer. Risco nutricional. Diabetes mellitus.

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REPERCUSSÃO ESTATURAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA EM UM HOSPITAL DE

REFERÊNCIA DO NORDESTE BRASILEIRO

DANIELLE MACHADO FEITOSA DA SILVA, Derberson José do Nascimento Macêdo,

Larissa de Andrade Viana, Simone Raposo Miranda

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A osteogênese imperfeita é uma doença considerada rara, é provocada por

anormalidades na estrutura e na síntese do colágeno tipo I, e sua deficiência acarreta prejuízos na

formação e remodelação da matriz óssea. É conhecida como “doença dos ossos de vidros”, visto

que a fragilidade óssea é a sua principal característica, juntamente com a baixa estatura. Indivíduos

portadores de osteogênese imperfeita costumam apresentar dezenas e até centenas de fraturas

espontâneas durante a vida. A saúde óssea é influenciada por diversos fatores, entre eles o estado

nutricional, visto que existem associações positivas entre o número de fraturas e a inadequação

deste, a estatura é considerada um marcador tardio do estado nutricional, e sua aferição nos

portadores de osteogênese imperfeita é comprometida devido a presença de fraturas deformantes.

Objetivo: Reconhecer o diagnóstico estatural de crianças e adolescentes portadores de osteogênese

imperfeita e sua correlação com o número de fraturas e o tempo de tratamento.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo do tipo série de casos, na clínica médica pediátrica

de um hospital de referência com crianças maiores de cinco anos e adolescentes portadores de

osteogênese imperfeita. A estatura atual foi mensurada na posição supina e classificada segundo as

curvas da Organização Mundial de Saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006). Os dados

sobre o tempo de início do tratamento e o número de fraturas foram obtidos em prontuários. Para a

análise dos dados foi utilizado o software SPSS v 22.0. Todos os testes utilizaram o intervalo de

confiança de 95%. O trabalho foi previamente aprovado pelo comitê de ética da instituição

coparticipante sob o CAEE 24219213.5.0000.4333.

Resultados: a amostra foi composta por 16 indivíduos, sendo 69% do sexo feminino, a idade média

dos pacientes foi de 98 meses (8,2 anos). De acordo com a estatura aferida em posição supina 74 e

12,5% encontravam-se com muito baixa estatura para a idade e baixa estatura para idade

respectivamente, indicando assim, 87,5% dos indivíduos com comprometimento estatural. A média

de ocorrência de fraturas por ano de vida foi de 4,45 (±4,8). Os dados do presente estudo

corroboram com os descritos na literatura, em que os indivíduos classificados com o tipo III

possuíram um maior número de fraturas (5,51) quando comparados aos do tipo I (1,28). A maioria

dos pacientes receberam o diagnóstico clínico após o nascimento, o que possivelmente contribuiu

para um maior número de fraturas, e consequentemente um maior comprometimento estatural.

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Além disso, 62,5% não receberam diagnóstico nutricional, dos que receberam, 50% estavam

desnutridos e os outros 50% com excesso de peso, evidenciando assim a importância de um

acompanhamento nutricional precoce. No presente estudo foi constatado uma correlação

estatisticamente significativa entre o número de fraturas totais com a o déficit estatural (p < 0,00), já

quando avaliado a influência do período que ocorreu o diagnóstico com a ocorrência de fraturas não

foi encontrado significância estatística (p=0,07).

Conclusão: Os resultados obtidos evidenciaram o comprometimento estatural significante nos

portadores de osteogênese imperfeita, principalmente naqueles classificados como o tipo III, e que a

ocorrência de fraturas é correlacionada positivamente com o déficit da estatura. Dados que

fortalecem a necessidade de um adequado acompanhamento nutricional e multidisciplinar para a

promoção de uma melhor qualidade de vida nesta população.

Referências

BRIZOLA, E. S.; ZAMBRANO, M. B.; FELIX, T. M. Aspectos fisioterápicos e estado nutricional

de pacientes pediátricos com osteogênese imperfeita tipo III. Rev. HCPA, Porto Alegre, v.

31, 2011.

ROQUE, P. R. Avaliação nutricional de adolescentes e adultos com osteogênese imperfeita.

2009. Dissertação–Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo,

2009.

SOUZA, A. S. R. et al. Diagnóstico pré-natal e parto transpelviano na osteogênese imperfeita:

relato de caso. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 28, n. 4, p. 244-50, 2006.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Child Growth Standards: length/height-for-age,

weight-for-age, weight-forlength, weight-for-heightand body mass index-for-age. Geneva,

Switzerland: WHO, 2006.

Palavras-Chave: Osteogênese imperfeita. Avaliação nutricional. Pediatria.

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155

RISCO CARDIOVASCULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SOBREVIVENTES DO CÂNCER ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL

ESCOLA DE PERNAMBUCO

DERBERSON JOSÉ DO NASCIMENTO MACÊDO, Isadora Perrusi Provazzi,

Gabriella Maria Macêdo Ramos da Silva, Jullyana Flávia da Rocha Alves,

Karem Christine Souza de Melo

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: O câncer infantil corresponde no Brasil e na maior parte do mundo a primeira causa de

morte por doenças entre pacientes de 1 a 19 anos. As diversas modalidades de tratamento podem

não só afetar o bem-estar físico dos seus sobreviventes mais também o bem-estar psicossocial. O

tratamento oncológico pode ocasionar complicações cardiovasculares, síndrome metabólica e

déficit de desenvolvimento físico e cognitivo, estimativas sugerem que até 90 % dos pacientes

curados do câncer na infância terão um transtorno de saúde crônico até os 45 anos. A identificação

precoce de grupo de alto risco, seguida de um plano de tratamento com base em avaliação

metabólica e nutricionais que incluía o aumento de atividade física é um componente essencial na

prevenção da obesidade.

Objetivo: Avaliar a prevalência do risco cardiovascular em crianças e adolescentes sobreviventes

do câncer e sua correlação com o estado nutricional.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo do tipo transversal, envolvendo crianças e

adolescentes sobreviventes de câncer de 5 a 19 anos, de ambos os sexos, após término de tratamento

oncológico, acompanhados no ambulatório do serviço de Oncologia Pediátrica de um centro de

referência do Nordeste. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição coparticipante

sob o número: CAAE 65883117.8.0000.5201, de acordo com a resolução 466/2012 do Conselho

Nacional de Saúde. A coleta dos dados aconteceu após o consentimento do responsável ou do

próprio paciente (se igual ou maior de 18 anos), após leitura e assinatura do termo de consentimento

livre e esclarecido e para os maiores de 8 anos, após assinatura também do termo de assentimento

livre e esclarecido. Foram coletas variáveis socioeconômicas e antropométricas. Para a classificação

do estado nutricional segundo o indicador índice de massa corporal para a idade foram utilizados os

pontos de corte propostos pela Organização Mundial de Saúde, já para o diagnóstico do risco

cardiovascular foram adotados os critérios propostos por Taylor et al. (2000), no qual define

obesidade abdominal como a circunferência da cintura; percentil 80, ajustado para idade e sexo.

Resultados: A amostra foi composta por 118 crianças e adolescentes sobreviventes de câncer,

sendo a maioria do sexo masculino (57,6%) e sobrevivente de tumor hematológico (61,7%), a

média de idade foi de 12 anos (± 3,9) assim como sua mediana, e a maior parte dos indivíduos

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156

residiam no interior do estado. A mediana do tempo fora de tratamento foi de aproximadamente 2,5

anos. Em relação ao estado nutricional houve uma maior prevalência dos indivíduos com

odiagnóstico de eutrofia (68,1%), seguido de sobrepeso (16,4%) e obesidade (10,3%). Quanto ao

risco cardiovascular segundo a medida da circunferência da cintura 33,6% dos indivíduos

apresentaram um risco cardiovascular, e que se associou de maneira estatisticamente significativa

com o diagnóstico do estado nutricional obtido segundo o índice de massa corporal para a idade

(p<0,00).

Conclusão: Foi possível constatar na amostra estudada que o déficit nutricional não é uma condição

comum em sobreviventes de câncer infantil, por outro lado o risco cardiovascular é uma condição

prevalente nessa população, e que este está diretamente relacionado com o estado nutricional.

Assim é de fundamental importância que o cuidado nutricional permanece após a cura de câncer a

fim de reduzir esses índices e melhorar a qualidade de vida destes indivíduos.

Referências

AQUINO, R. C; PHILIPPI, S. T. Consumo infantil de alimentos industrializados e renda familiar na

cidade de são paulo. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 36, n. 6, p. 655-60, 2002.

AZEVEDO, E. C. et al. Consumo alimentar de risco e proteção para as doenças crônicas não

transmissíveis e sua associação com a gordura corporal: um estudo com funcionários da área

de saúde de uma universidade pública de Recife (PE), Brasil. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio

de Janeiro, v. 19, n. 5, p. 1613-22, 2014.

BARBOSA, J. M. Excesso de peso e fatores associados em sobreviventes de leucemia linfóide

aguda tratados em um centro de referência do nordeste do Brasil. 2015. Tese–

Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015.

BERDAN, C. A. et al. Childhood cancer survivors anda adherence to the American Cancer Society

Guidelines on Nutrution and Physical Activity. J. Cancer. Surviv., New York, v. 8, n. 4, p.

671-9, 2014.

Palavras-Chave: Avaliação nutricional. Risco cardiovascular. Câncer.

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SELETIVIDADE ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE AUTISTAS NA REGIÃO DO VALE DO SÃO FRANCISCO

THAYS KALLYNE MARINHO DE SOUZA, Caroene de Lima Araújo,

Janaína Alves Januário Martins, Amanda Alves Marcelino

Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina

Introdução: As pesquisas sobre o comportamento alimentar de crianças com transtorno do espectro

autista (TEA) sugerem que o comportamento de seletividade e resistência a novos alimentos

apresentados pelos autistas, pode influenciar na carência de vitaminas e minerais, bem como causar

alterações no estado nutricional destas.

Objetivo: Determinar o perfil nutricional e hábitos alimentares de uma população de crianças e

adolescentes com diagnóstico de TEA em Petrolina - PE.

Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo de corte transversal, que foi

realizado em três escolas municipais selecionadas pela Secretaria de Educação e em duas

associações de apoio a pessoa com autismo da cidade em Petrolina-PE, tendo como amostra

crianças e adolescentes que possuem diagnóstico de TEA. O trabalho foi aprovado pelo comitê de

ética da Universidade de Pernambuco (CAAE: 59983416.4.0000.5207). Foram avaliadas as

características clínica-nutricional (identificando as preferências e aversões alimentares) e

demográficas dos portadores, bem como os dados antropométricos (peso e altura para cálculo do

índice de massa corporal, adotando o referencial da OMS, 2006 e 2007) e de consumo alimentar

(questionário de frequência alimentar).

Resultados: Foram avaliadas 31 crianças, das quais 83,9% eram do sexo masculino, com idade

média de 7,1±2,5 anos. O tempo de diagnóstico inferior a três anos foi observado em 45,2% das

crianças e a maioria não fazia uso de medicação (54,8%), 25,0% dos que faziam uso utilizavam

Risperidona. A maioria dos autistas tinha excesso de peso (64,5%), sendo que 6,5% possuíam

obesidade grave. Verificou-se preferência alimentar por arroz/raízes/massas (41,9%), seguido dos

alimentos de cores escuras (22,5%) e das frutas (29,0%), e elevada prevalência de crianças que não

consomem legumes (58,1%), principalmente vegetais folhosos (80,60%). Entre as aversões

destacam-se os alimentos com texturas cremosas (41,9%), as carnes/vísceras e ovos (35,5%) e as

leguminosas (22,6%).

Conclusão: Diante do exposto viu-se que crianças e adolescentes com TEA possuem alteração no

seu estado nutricional, podendo ter relação com a seletividade alimentar. Crianças autistas são

muito seletivas e resistentes ao novo, fazendo bloqueio a novas experiências alimentares. Dessa

forma, deve-se ter o cuidado de não deixá-las ingerir alimentos que não sejam saudáveis e é

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158

imprescindível que haja maior exposição e controle sobre o padrão alimentar dos autistas, para que

sua saúde não seja prejudicada.

Referências

BANDINI, L. G. et al. Food selectivity in children with autism spectrum disorders and typically

developing children. J. Pediatr., São Paulo, v. 157, n. 2, p. 259-64, 2011.

DIOLORDI, L. et al. Eating habits and dietary patterns in children with autism. Eat Weight

Disord., Milano, v. 19, n. 3, p. 295-301, 2014.

RANJAN, S.; NASSER, J. A. Nutritional status of individuals with autism spectrum disorders: do

we know enough?. Adv. Nutr., Bethesda, v. 6, n. 4, p. 397-407, 2015.

SILVA, N. I. Relação entre hábito alimentar e síndrome do espectro autista. 2011. Dissertação–

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba,

2011.

Palavras-Chave: Autismo. Crianças. Hábitos alimentares. Estado nutricional.

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159

SORO DO LEITE CAPRINO MODULA MEMÓRIA EM RATOS SUBMETIDOS A DIFERENTES CONDIÇÕES NUTRICIONAIS: POSSÍVEL PAPEL DO ÁCIDO

SIÁLICO

SUÊNIA MARCELE VITOR DE LIMA, Larissa de Brito Medeiros,

Regina de Deus Lira Benevides, Rita de Cássia Ramos do Egypto Queiroga

Universidade Federal de Pernambuco

Introdução: O soro do leite de cabra, subproduto geralmente descartado durante a fabricação do

queijo, é uma boa fonte de ácido siálico, oligossacarídeo envolvido em processos como memória

cerebral. Em animais, seu uso durante o desenvolvimento pode afetar funções neurais. A

desnutrição precoce pode alterar vários eventos maturacionais no sistema nervoso, resultando, ao

longo da vida, em anormalidades de comportamento, alterações no funcionamento cognitivo e

distúrbios de aprendizagem e memória.

Objetivos: Avaliar os efeitos da administração oral do soro do leite de cabra e do Ácido N-

acetilneuramínico (forma predominante da família do oligossacarídeo ácido siálico), sobre a

memória, tendo como modelo animal o rato nutrido e desnutrido.

Material e Métodos: Todos os procedimentos experimentais foram previamente aprovados pelo

comitê de ética em pesquisa (processo Nº23076.041458/2014-44). Ratos Wistar recém-nascidos

provenientes de diferentes ninhadas foram agrupados e destinados a serem amamentados em

condições normais ou desfavoráveis, representados respectivamente, por ninhadas de nove filhotes

e quinze filhotes (grupos L9 e L15, respectivamente). Nos dias pós-natais (P) 7 a 14, os animais

receberam por gavagem 17,45 g/kg/dia de soro, ou Ácido N-acetilneuramínico (20 mg/kg/dia, ou

100 mg/kg/dia). O teste comportamental (tarefa de reconhecimento de objetos) que avalia a

memória dos animais ocorreu no P28-30.

Resultados: Nossos dados claramente mostram que no teste de reconhecimento da posição espacial

de objetos, os ratos L15 tratados com o soro, gastaram um maior tempo explorando o objeto numa

nova posição espacial (57.4 ± 16.1%) do que os ratos controles-L15, ingênuo (27.1 ± 8.6%) e salina

(31.3 ± 22.0%) [P < 0.05]. No teste de reconhecimento da forma do objeto o grupo L9 que foi

tratado com o soro desempenhou um maior tempo de exploração (53.2 ± 24.3%) da nova forma do

objeto do que seu respectivo grupo controle ingênuo (14.7 ± 8.4%). Na condição L15 os grupos

tratados com soro e 100 mg/kg/dia de Ácido N-acetilneuramínico explorou o novo objeto por um

tempo maior (respectivamente 52.0 ± 30.4% and 42.1 ± 10.3%) do que os grupos controle ingênuo

(13.9 ± 13.3%) e salina (14.0 ± 6.7%) [P <0.05; ANOVA]. Em linha com esta observação, ratos

alimentados com uma dieta baseada em leite de cabra, têm melhor capacidade cognitiva espacial

comparada aos ratos controle (XU et al., 2015).

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Conclusão: O soro de cabra foi eficaz na melhora da memória de ratos que sofreram restrição

alimentar no período crítico de desenvolvimento. Embora extrapolar os resultados para os seres

humanos exija cautela, o soro de cabra pode ser uma alternativa econômica e ecologicamente viável

para a suplementação de crianças desnutridas. Mais estudos são necessários para investigar tal

potencial.

Referências

XU, M. et al. Effects of goat milk-based formula on development in weaned rats. Food Nutr. Res.,

Bålsta, v. 59, p. 28610, 2015.

Palavras-Chave: Soro do leite. Memória. Cérebro. Desnutrição.

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161

STRONGKIDS NO PRÉ-CIRÚRGICO E SUA ASSOCIAÇÃO COM COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS E TEMPO DE HOSPITALIZAÇÃO EM

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

CAMILA LIMA CHAGAS, Juliana Machado Wanderley Corrêa de Oliveira,

Alcinda de Queiroz Medeiros, Janine Maciel Barbosa

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A desnutrição infantil constitui um problema universal de saúde pública, sendo sua

fisiopatologia multifatorial e por vezes pouco reconhecida. Alguns fatores colaboram para o estado

nutricional inadequado em indivíduos hospitalizados, como a doença de base e o tratamento, assim

como fatores nutricionais, como a ingestão alimentar inadequada, perda de apetite e má absorção, o

que pode elevar consideravelmente o risco de infecções, aumentando assim, a permanência e os

custos da internação hospitalar, desfavorecendo a rotatividade dos leitos e o atendimento à

população. Neste contexto, a identificação precoce do risco nutricional no momento da

internação/admissão hospitalar, por meio de um método de triagem de risco nutricional efetiva,

possibilita uma intervenção dietoterápica adequada, previne o agravo do estado nutricional e

permite a recuperação do paciente.

Objetivo: Comparar a triagem nutricional StrongKids com a presença de complicações pós-

cirúrgicas e o tempo de hospitalização em crianças e adolescentes submetidas a cirurgias

pediátricas.

Material e Métodos: Uma série de casos realizada com crianças e adolescentes internados na

clínica de Cirurgia Pediátrica de um Centro de referência do Nordeste brasileiro (Recife/PE), entre

março e outubro de 2015. Coletaram-se as triagens nutricionais pré-cirúrgicas, onde após as

cirurgias foram realizadas as associações com complicações pós-cirúrgicas. O estudo foi aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 4553.

Resultados: Amostra foi composta por 21 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino(52,4%).

Observou-se que a maioria internou devido a cirurgia no trato gastrointestinal (52,4%) e a média de

tempo de internamento de 7,76 dias. A triagem nutricional StrongKids mostrou que todos os

avaliados apresentaram algum grau de risco nutricional, sendo 95,2% de médio risco. A maioria

apresentou algum tipo de complicação (57,1%), sendo as maiores frequências de complicações

infecciosas (52,4%) seguida de complicações no trato gastrointestinal (23,8%) e não infecciosas

(19%). O tempo de hospitalização foi maior entre aqueles com complicações (p=0,012).

Conclusão: Os resultados obtidos apontam para uma associação entre a triagem nutricional

pediátrica, e os desfechos no período pós-operatório. Porém, o reduzido tamanho da amostra do

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presente estudo pode ter restringido o poder do estudo. Portanto, sugere-se a realização de outros

estudos que avaliem esta metodologia entre pacientes cirúrgicos pediátricos.

Referências

ARAÚJO, M. A. R. et al. Análise comparativa de diferentes métodos de triagem nutricional do

paciente internado. Comun. Ciênc. Saúde, Brasília, v. 21, n. 4, p. 331-42, 2010.

CARVALHO, F. C. et al. Tradução e adaptação cultural da ferramenta Strongkids para triagem do

risco de desnutrição em crianças hospitalizadas. Rev. Paul. Pediatr., São Paulo, v. 31, n. 2,

p. 159-65, 2013.

DIAS, C. A.; BURGOS, M. G. P. A. Diagnóstico nutricional de pacientes cirúrgicos. ABCD, Arq.

Bras. Cir. Dig., São Paulo, v. 22, n. 1, p. 2-6, 2009.

JOOSTEN, K. F. M.; HULST, J. M. Malnutrition in pediatric hospital patients: current issues.

Nutrition, Burbank, v. 27, n. 2, p. 133-7, 2011.

LIMA, L. S. et al. Validação de instrumento de triagem nutricional. Acta Med. Port., Lisboa, v. 25,

n. 1, p. 10-4, 2012.

TEIXEIRA, A. F; VIANA, K. D. Nutritional screening in hospitalized pediatric patients: a

systematic review. J. Pediatr. (Rio J), Rio de Janeiro, v. 92, n. 4, p. 343-52, 2016.

Palavras-Chave: Desnutrição. Cirurgia. Criança. Adolescente.

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163

TEMPO DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO E DE REALIMENTAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS

DANIELA ALMEIDA GONÇALVES, Natália Menezes Vasconcelos,

Ililian Kleisse Ferreira da Silva, Kellyane Correia da Cruz

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: Os procedimentos cirúrgicos em pacientes pediátricos envolvem mais do que realizar

uma incisão. Vários aspectos devem ser ponderados favorecendo a recuperação no pós-operatório.

Quando associado ao jejum pré-operatório prolongado, as alterações metabólicas oriundas do

trauma cirúrgico podem ocasionar prejuízos ao estado nutricional do paciente, além de provocar

diminuição da integridade intestinal, aumento da resistência à insulina e do risco de infecção. Vale

destacar que realimentar o paciente tardiamente promove o adiamento da recuperação pós-

operatória, aumentando o desconforto e Consequentemente à permanência hospitalar.

Objetivo: Avaliar o tempo de jejum pré-operatório e de realimentação pós-operatória em pacientes

pediátricos.

Material e Método: Realizou-se um estudo observacional, do tipo longitudinal na unidade de

Cirurgia Pediátrica de um hospital de referência terciária em Pernambuco, durante os meses de abril

a novembro de 2017. Os critérios de exclusão foram: pacientes que não podiam ser avaliados pelas

curvas da Organização Mundial de Saúde por necessitarem de curvas de avaliação específicas,

como os portadores de paralisia cerebral e de Síndrome de Down e indivíduos com impossibilidade

de avaliação antropométrica em decorrência de edemas, síndromes genéticas e amputações. Os

dados foram coletados através de questionário estruturado contendo dados socioeconômicos e

clínicos além da consulta ao prontuário. Foram tabulados no programa Excel 2010 e processados

pelo programa Statistical Package for Social Sciences 2.0. Os dados foram apresentados como

média (desvio padrão) e frequência. Utilizou-se o teste qui-quadrado para testar variáveis

categóricas independentes e considerou-se estatisticamente significante quando p <0,05. A coleta só

foi realizada após aprovação do comitê de ética (CAAE 65050017.0.0000.5201) e assinatura do

Termo de consentimento livre e esclarecido.

Resultados: A amostra correspondeu a 47 pacientes das quais 24 eram do sexo masculino (51,1%).

A média de idade correspondeu a 26 meses (±144 meses). As cirurgias predominantes foram do

trato gastrointestinal (63,8%) seguida das cirurgias urinárias (34%). A média de tempo de jejum

pré-operatório para essas cirurgias foi de 9,64 horas (±2,2h). Quanto ao tempo de realimentação no

pós-operatório: (44,7%) reiniciaram dieta com menos de 24h da realização da cirurgia; (19,1%)

reiniciaram após 24h; (10,6%) após 48h; (10,6%) e após 72h; (15%). Com relação ao tipo de

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procedimento cirúrgico realizado, o tempo de internamento e de reinicio de dieta foi

significativamente maior para os pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais (p=0,031).

Conclusão: Tempo de jejum prolongado está associado ao aumento do estresse cirúrgico do

paciente pediátrico e pode ocasionar efeitos deletérios ao estado nutricional. Ainda, a realimentação

precoce é uma opção factível e segura, além de favorecer a diminuição da permanência hospitalar

assim como o risco de infecções.

Referências

FALCONER, R. et al. Preoperative fasting: current practice and areas for improvement. Updates

Surg., Milano, v. 66, n. 1, p. 31-9, 2013.

FLORES, P. F.; EL KIK, R. M. Jejum pré-operatório em pacientes hospitalizados. Ciência &

Saúde, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 214-21, 2013.

LUDWIG, R. B. et al. Menor tempo de jejum pré-operatório e alimentação precoce no pós-

operatório são seguros?. ABCD, Arq. Bras. Cir. Dig., São Paulo, v. 26, n. 1, p. 54-8, 2013.

YURTCU, M. et al. Effects of fasting and preoperative feeding in children. World J.

Gastroenterol., Beijing, v. 15, n. 39, p. 4919, 2009.

Palavras-Chave: Pediatria. Nutrição. Operação.

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165

USO DE SUPLEMENTOS PROTEICOS EM ESTUDANTES PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO EM UMA FACULDADE DE SAÚDE NO ESTADO DE

PERNAMBUCO

ANA BEATRIZ SARMENTO BRAZ, Thaís Pinheiro Ramos Parrolas,

Amanda Costa de Lima, Gerlane Henrique de Lima

Faculdade Pernambucana de Saúde

Introdução: É comum que indivíduos que iniciam ou realizam regularmente musculação em

academias associem o ganho de massa muscular aoconsumo extra de proteínas. Fato esse justificado

pelas necessidades nutricionais de praticantes de academia serem um pouco diferenciadas das

necessidades de pessoas com outros estilos de vida. Pontes (2013), afirma que muitos alunos de

academias e atletas procuram atender suas necessidades proteicas com o uso de suplementos

alimentares, porém muitas vezes o fazem sem a procura por um nutricionista, que é o profissional

indicado para a prescrição de suplementação. Sendo assim o objetivo do presente estudo foi avaliar

a ingestão de suplementos alimentares em estudantes praticantes de exercício físico de uma

faculdade de saúde no estado de Pernambuco.

Objetivo: Avaliar a ingestão de suplementos alimentares em estudantes praticantes de exercício

físico de uma faculdade de saúde no estado de Pernambuco.

Materiais e Métodos: Tratou-se de um estudo transversal com análise descritiva, a população do

estudo foi composta por estudantes de uma faculdade de saúde da cidade de Recife – PE, de ambos

os sexos, que praticassem exercício físico resistido (musculação). Os dados foram colhidos somente

após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Pernambucana de Saúde, (número

do CAAE: 62995916.6.0000.5569). Para a coleta dos dados foi aplicado um questionário, elaborado

pelos autores que visava investigar, o tempo de prática de musculação, acompanhamento

nutricional, uso de suplementos alimentares e a prescrição destes por nutricionista. As informações

foram processadas de forma quantitativa e qualitativa. Para isso foram utilizados os Softwares SPSS

13.0 (Statistical Package for the Social Sciences) para Windows e o Excel 2010. Os resultados estão

apresentados com suas respectivas frequências absoluta e relativa. Todos os testes foram aplicados

com 95% de confiança. As variáveis numéricas estão representadas pelas medidas de tendência

central e medidas de dispersão.

Resultados: Dos entrevistados, 70,2% (n=73) são do sexo feminino e 29,8% (n=31) do sexo

masculino, totalizando uma amostra de 104 estudantes. Em relação à idade, podemos observar que a

maioria, 51% (n=53) está na faixa etária de 20 a 30 anos. Acompanhamento nutricional é realizado

por apenas 28,8% dos estudantes (n=30), enquanto 71,2% (n=74) não possuem orientação de um

profissional nutricionista. Do total de estudantes, 39,4% (n=41) fazem uso de algum suplemento

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alimentar (SA) e 60,6% (n=63) não fazem uso de nenhum tipo, porém dos que fazem uso, 53,7%

(n=22) relataram que o mesmo foi prescrito por um nutricionista, enquanto 46,3% (n=19) fazem uso

por conta própria. Já em relação a frequência do uso dos suplementos alimentares, cerca de 53,7%

(n=22) fazem uso pelo menos 1 vez ao dia.

Conclusão: O elevado percentual de estudantes de saúde que realizam exercício físico sem

acompanhamento nutricional é um dado que chama atenção nesse estudo. Associado a isso, foi

encontrado um frequente uso de suplementos proteico nesse público, e grande parte dos estudantes

realizam esse consumo sem a correta prescrição de um nutricionista. Dessa forma os dados desse

trabalho demostram uma maior necessidade de educação nutricional nesse público com a finalidade

de trazer maiores esclarecimentos a cerca de uma alimentação equilibrada.

Referências

ADAM, B. et al. Conhecimento nutricional de praticantes de musculação de uma academia da

cidade de São Paulo. Rev. Bras. Nutr. Esportiva, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 24-36, 2013.

ALMEIDA, C.; BALMANT, B. Avaliação do hábito alimentar pré e pós-treino e uso de

suplementos em praticantes de musculação de uma academia no interior do estado de São

Paulo. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 11, n. 62, p. 104-17, 2017.

BEZERRA, C. C.; MACÊDO, E. M. C. Consumo de suplementos a base de proteína e o

conhecimento sobre alimentos proteicos por praticantes de musculação. Revista Brasileira

de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 7, n. 40, p. 224-32, 2013.

CAPARROS, D. et al. Análise da adequação do consumo de carboidratos antes, durante e após

treino e do consumo de proteínas apóstreino em praticantes de musculação de uma academia

de Santo André – SP. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 9, n. 52, p.

298-306, 2015.

MORAIS, A. C. L.; SILVA, L. L. M.; MACÊDO, E. M. C. Avaliação do consumo de carboidratos

e proteínas no pós-treino em praticantesde musculação. Revista Brasileira de Nutrição

Esportiva, São Paulo, v. 8, n. 46, p. 247-53, 2014.

PELLEGRINI, A.; CORRÊA, F.; BARBOSA, M. Consumo de suplementos nutricionais por

praticantes de musculação da cidade de São Carlos – SP. Revista Brasileira de Nutrição

Esportiva, São Paulo, v. 11, n. 61, p. 59-73, 2017.

PONTES, M. C. F. Uso de suplementos alimentares por praticantes de musculação em academias

de João Pessoa – PB. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 7, n. 37, p.

19-27, 2013.

RODRIGUES, A.; CHAVES, R. Consumo de suplementos alimentares por praticantes de

musculação em uma academia de Fortaleza – CE. Revista Brasileira de Nutrição

Esportiva, São Paulo, v. 10, n. 60, p. 596-602, 2016.

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167

TROG, S. D.; TEIXEIRA, E. Uso de suplementação alimentar com proteínas e aminoácidos por

praticantes de musculação domunicípio de Irati-PR. Cinergis, Santa Catarina, v. 10, n. 1, p.

43-53, 2009.

Palavras-Chave: Suplementos alimentares. Treinamento de resistência. Hipertrofia.

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168

UTILIZAÇÃO DA CURVA ABC NA GESTÃO DE CUSTOS DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) DE

UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM PERNAMBUCO

EDIJANE MARIA DE CASTRO SILVA, Lidiane Conceição Lopes,

Maria Josemere de Oliveira Borba, Lígia Pereira da Silva Barros

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Introdução: A gestão e o controle de estoque são técnicas de gerenciamento importante na

administração de uma organização por contribuir na redução dos custos financeiros. O estoque deve

ser bem organizado, controlado e utilizado sem comprometer os processos. O gestor é responsável

por planejar e controlar a cadeia produtiva e de suprimentos. As empresas devem estudar com

eficácia e eficiência seus estoques para constatar a real necessidade das cadeias produtivas, e

investirem em estoque de forma consciente e necessária, sem qualquer tipo de

desperdício/ociosidade mantendo em valores os mais baixos possíveis e de segurança para o

atendimento da demanda. A curva ABC é uma ferramenta para auxiliar a gestão de estoque, com

melhor controle de informações e materiais. Auxilia na obtenção da realidade dos itens e dos

valores financeiros que colaboram para o desempenho e avaliação da gestão de custo. Também é

usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a

programação de produção. Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa

como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens - mercadorias ou

matérias-primas - essenciais para o controle do estoque.

Objetivo: Analisar a utilização do método da curva ABC como indicador financeiro para controle

de custo em uma Unidade de Alimentação e Nutrição.

Material e Métodos: Estudo descritivo realizado em um hospital de referência de Pernambuco. Os

dados dos gêneros alimentícios foram referentes ao consumo de janeiro a dezembro de 2017,

analisados através da curva ABC. Como instrumento para análise foi utilizado relatório

informatizado gerado pelo Sistema de Controle de Estoque, MV 2000. Os itens foram classificados

como: Classe A, composto de poucos itens (de 10 a 20% dos itens), exige maior investimento,

correspondendo 60 a 80% do custo; Classe B, constituído de um número médio de itens (20 a 30%

dos itens) e representa 20 a 30% do custo; Classe C, constituído de um grande número de itens (50 a

70% dos itens) e representa 5 a 10% do total de custo (LOPRETE, et. al, 2009).

Resultados: Na média anual dos gêneros alimentícios as distribuições dos itens foram de 24% para

classe A, correspondendo a 80% do custo. Os itens da classe B foram de 20%, equivalente a 15%

do custo. Os da classe C foram de 56%, abrangendo 5% do custo. A utilização dos itens da classe A

encontrou-se apenas 5% acima do percentual recomendado pela classificação da curva ABC, e os

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da classe B e C apresentaram-se dentro dos percentuais das recomendações. Em relação ao custo, na

classe A apresentou-se dentro do limite desejável, apesar de um percentual máximo de custo para

esta classe, diferente dos da classe B e C, que se apresentaram, respectivamente, abaixo e dentro dos

percentuais recomendados.

Conclusões: Observa-se com os resultados apresentados que há uma necessidade de adequar

melhor os itens da classe A e os custos da classe B, ou seja de reduzir no mínimo de 4% dos

produtos utilizados na classe A, e assim, equilibrando-o no custo da classe B, já que nesta classe

verificou-se o custo abaixo do padrão recomendado. Desta forma, a Unidade de Alimentação e

Nutrição consegue otimizar o controle de custo em relação aos produtos utilizados para atender um

cardápio de custo reduzido e dos padrões de contenção dos gastos estabelecidos pelo hospital.

Referências

BETTS, A. et. al. Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de impacto

estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2008. 552 p.

BORGES, C. T.; CAMPOS, S. M.; BORGES, C. E. Implantação de um sistema para o controle de

estoques em uma gráfica/editora de uma universidade. Revista Eletrônica Produção &

Engenharia, Juiz de Fora, v. 3, n. 1, p. 236-47, 2010.

LOPRETE, D. et. al. Gestão de estoque e a importância da curva ABC. Lins, 2009. Disponível

em: <http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/CC35509178809.pdf>.

Acesso em: 3 abr. 2018.

PINTO, C. V. Organização e gestão da manutenção. 2. ed. Lisboa: Edições Monitor, 2002.

POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2010.

VENDRAME, F. C. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 2008. 66 p. Apostila

da Disciplina de Administração, Faculdades Salesianas de Lins.

Palavras-Chave: Curva ABC. Custos. Unidade de Alimentação e Nutrição.

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I Congresso de Nutrição Clínica e Esportiva do IMIP, VI Jornada de Nutrição do IMIP: Anais (2018)

EXPEDIENTE

Comissão Organizadora Alyne Cristine Souza da Silva

Chika Wakiyama

Edijane Maria de Castro Silva

Lidiane Conceição Lopes

Maria da Guia Bezerra da Silva

Maria Josemere de Oliveira Borba

Comissão Científica Alyne Cristine Souza da Silva

Bruno Soares de Sousa

Chika Wakiyama

Edijane Maria de Castro Silva

Maria da Guia Bezerra da Silva

Maria Josemere de Oliveira Borba

Comissão Avaliação de Trabalhos Científico Adriana Carla Santos de Menezes Ramos

Alyne Cristine Souza da Silva

Ana Monique David da Silva

Bruno Soares de Sousa Tokiko

Camila Lima Chagas

Camila Yandara Sousa Vieira de Melo

Carol Beatriz da Silva Souza

Caroline Neves de Morais

Chika Wakiyama

Derberson José do Nascimento Macêdo

Edijane Maria de Castro Silva

Elda Silva de Augusto Andrade

Larissa de Andrade Viana

Lidiane Conceição Lopes

Lígia Pereira da Silva Barros

Maria da Guia Bezerra da Silva

Maria Josemere de Oliveira Borba

Milena Damasceno de Souza Costa

Mirela Gondim Ozias Aquino de Oliveira

Periodicidade da Publicação Irregular

Autor Corporativo Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira

Rua dos Coelhos, 300, Boa Vista, Recife, PE. CEP 50070-550.