câncer gastrico

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Câncer Gástrico Hospital das Clínicas - UFPE Serviço de Cirurgia Geral Recife, 21 de Outubro de 2015

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Câncer Gastrico

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Page 1: Câncer Gastrico

Câncer Gástrico

Hospital das Clínicas - UFPEServiço de Cirurgia Geral

Recife, 21 de Outubro de 2015

Page 2: Câncer Gastrico

2ª causa de morte por câncer no Brasil e no mundo em ambos os sexos;

Sexo masculino 3:2 (terceiro tumor maligno mais frequente entre os homens e quinto entre as mulheres)

50-70 anos, geralmente negros Adenocarcinoma gástrico - 95% Linfomas (3%)- sítio extranodal linf.não Hodgkin Tu Estromal (GIST) – 1%

EPIDEMIOLOGIA - TU maligno comum

Page 3: Câncer Gastrico

• Alta mortalidade: América Latina, principalmente na Costa Rica, Chile e Colômbia;

• O maior número de casos ocorre no Japão, onde são encontrados 780 doentes por 100.000 habitantes

• Número de mortes: 13.328, sendo 8.608 em homens e 4.720 mulheres (2011 – SIM).

Page 4: Câncer Gastrico

Dieta (consumo elevado de nitratos, alimentos defumados e produtos em conserva)

Gastrite crônica atrófica pelo H.Pylori Anemia perniciosa (gastrite atrófica

autoimune – estado crônico de HIPOCLORIDIA por Ac anti-células parietais)

Fatores de risco

Metaplasia intestinal

Displasia Carcinoma

Page 5: Câncer Gastrico

Hipocloridia METAPLASIA INTESTINAL Grupo sanguíneo A Nitrosaminas efeito carcinogênico Tabagismo História Familiar Baixo NSE

Fatores de risco

Page 6: Câncer Gastrico

Cirurgia gástrica prévia: Gastrectomia (gastrite alcalina)

Gastrite Hipertrófica (doença de Ménétrier) Pólipos (adenomas) gástricos SEMPRE

DEVEM SER RESSECADOS

Fatores de risco

Page 7: Câncer Gastrico

Classificação Histológica de Lauren (1965):Adenocarcinoma Gástrico

Núcleo deslocado

para periferia

INTESTINAL

BEM DIFERENCIADO

(estrutura glandular)MELHOR

PROGNÓSTICO

DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA

HOMENS / IDOSOSMAIS COMUM

DIFUSO

INDIFERENCIADO (céls em anel de

sinete) E INFILTRATIVO

DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA E POR CONTIGUIDADE

MULHERES/ JOVENS

MENOS COMUMGRUPO SANG A

Page 8: Câncer Gastrico

Classificação Macroscópica

V= CA gástrico sem encaixe nas outras

categorias

Polipoide/fungoide - Exofítico

Ulcerado bordos nítidos

Ulcerado e infiltrante (bordos não nítidos) – mais comum

Infiltrativo difuso (“linite plástica”)

Page 9: Câncer Gastrico

Tipo 3 até serosa Tipo 4 por todo estômago=linite plástica CA gástrico precoce: limitado a mucosa e

submucosa (T1), independente de ln (tipo 1,2,3)

*ressecção endoscópica

Macroscopia

Page 10: Câncer Gastrico

Queixas dispépticas inespecíficas, sintomático em casos avançados:

- Perda ponderal- Epigastralgia- Saciedade precoce- Anemia ferropriva- Vômitos (piloro), Disfagia (cárdia) Síndromes Paraneoplásicas:

◦ Acantose Nigricans◦ Sinal de Leser-Trélat (ceratose seborreica

disseminada),

◦ Nefropatia membranosa, dermatomiosite, Síndrome de Trosseau (tromboflebite

migratória)...- Não indicam intratabilidade!!!

META: fígado, pulmão, peritônio

Quadro ClínicoConstante

, sem melhora

com alimento,

sem irradiação

Page 11: Câncer Gastrico

Linfonodo de Virchow / Irish Supraclavicular Esquerdo / Axilar Esquerdo

Implante da irmã Maria José Nódulo Periumbilical

Prateleira de Blumer metástase peritonial palpável pelo TR

Tumor de Krukenberg massa ovariana palpável

Clínica: metástases à distância – Doença Avançada

Page 12: Câncer Gastrico

EDA: + biópsias, escovados e citologia do lavado

gástrico Dispepsia + >45anos ou sinais de

alarme (perda peso, anemia, sangramento, disfagia, vômitos recorrente, massa ABD palpável, gastrectomia previa, historia familiar CA gástrico)

Mucosa de transição corpo-antro na pequena curvatura (úlcera péptica gástrica)

Margem + base= 7 biópsias

Diagnóstico 98%Precisão Diagnóstica

=

Page 13: Câncer Gastrico

Exame baritado (seriografia esôfago-estômago-duodeno “SEED”): baixo custo =

= TRIAGEM (80%) > suspeitos > EDA+biópsia

DiagnósticoCEA e CA 72.4: DESNECESSÁRIOS PARA O DIAGNÓSTICO / SERVEM PARA ACOMPANHAMENTO!!!

Page 14: Câncer Gastrico

Exame clínico, Radiografia de tórax e exames laboratoriais (hemograma,hepatograma, bioquímica, albumina)

USG endoscópica – Define T e N (melhor exame)

TC de Tórax e ABD / PET – Define M, se TC normal e doença aparentemente localizada:

Videolaparoscopia com Bx (confirmar carcinomatose peritoneal = inoperabilidade)

***Obrigatória se ASCITE

Como Estadiar ?

Page 15: Câncer Gastrico

ESTADIAMENTO

T1 – submucosaT2 – muscular própriaT3 – subserosaT4 – estruturas vizinhas

N0 – sem linfonodoN1 – 1 ou 2 linfonodosN2 – 3 a 6 linfonodosN3 – ≥ 7 linfonodos

M0 – sem metástaseM1 - metástaseAdenocarcinoma indiferenciado do estômago

(padrão difuso de Lauren) com metástase linfonodal

Page 16: Câncer Gastrico

Estadiamento

Page 17: Câncer Gastrico

CIRURGIA CURATIVA (ausência de metástases à distância e risco cirúrgico proibitivo): Ressecção (margem de 6 cm) + Linfadenectomia a D2 (+ linfonodos ao redor de aa. Hepática, gástrica E, celíaca, esplênica...)

 (1) Tumor Terço DISTAL- Gastrectomia Sub-Total + Reconstrução a Bilrroth II (2) Tumor Terço MÉDIO- Gastrectomia total + Esôfagojejunoatomia em Y de Roux (3) Tumor Terço PROXIMAL (Tus de fundo gástrico e cárdia)- Gastrectomia total + Esofagectomia Distal + Esofagojejunostomia em Y de Roux

Terapia adjuvante (após): QT/RT (5-fluorouracil+ácido folínico)

Tratamento

Page 18: Câncer Gastrico

Terapia paliativa (metástase): QT / gastrect. Parcial / RT - dor, sangramento, obstrução (fornecer alívio sintomático)

*CA gástrico precoce (restrito à MUCOSA + Tipo Intestinal + Não-ulcerado + <2cm diâm + S/invasão linfovascular) = RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA !!!

Tratamento

Page 19: Câncer Gastrico

Tratamento

Gastrectomia subtotal com

anastomose de Billroth II.

Y de Roux parcial

Page 20: Câncer Gastrico

Tratamento

Y de Roux total

Page 21: Câncer Gastrico

Incomum:<5% CA gástricos e <2% dos linfomas

Estômago é o sítio extralinfonadal mais comum de ocorrência de linfomas

Linfoma difuso de grandes celulas B (não Hodgkin agressivo) – 55% (Mais comum)

Linfoma MALT ou de célula marginal linfonadal (não Hodgkin com altas chances de cura) – 40% (2º mais comum) Ligado ao H.pylori

Linfoma Gástrico

Page 22: Câncer Gastrico

A erradicação do H. Pylori faz regredirem 75% dos linfomas MALT gástricos.

O tratamento do Linfoma de célula B grande e difuso é a gastrectomia total seguida de radio e quimioterapia

Tratamento

Page 23: Câncer Gastrico

Os leiomiossarcomas e GIST respondem por 1-3% das neoplasias gástricas.

O GIST é o tumor mesenquimal mais comum do TGI (60-70% surge no estômago). Deriva-se de células neurológicas autônomas localizadas na parede muscular da parede gástrica.

# Quadro clínico: sangramento intestinal e a dor ou dispepsia.

# Diagnóstico: histologia da peça cirúrgica (biópsia da EDA confirma em 50% dos casos). MAIORIA É BENIGNA!!!

SARCOMAS GÁSTRICOS

Page 24: Câncer Gastrico

SARCOMAS GÁSTRICOS GISTs O prognóstico é feito com base na biópsia:

1. Número de mitoses:

- 5 ou menos mitoses/50 campos de grande aumento → GIST benigno;

- >5 e < 50 mitoses → GIST maligno;

- > 50 mitoses → GIST altamente maligno.

2. Tamanho do tumor:

- 5 ou menos centímetros geralmente são benignos

- Probabilidade de metástase aumenta em proporção ao tamanho do tumor.

Page 25: Câncer Gastrico

TRATAMENTO GISTs

Ressecção cirúrgica (sem linfadenectomia);

Radioterapia: não traz benefícios;

Quimioterapia: apenas 5% dos casos respondem à doxorrubicina.

O uso de mesilato de Imatinibe demonstrou resultados encorajadores e está aprovado para o uso nos GISTs metastáticos ou irressecáveis.

Page 26: Câncer Gastrico

As maiores taxas anuais de incidência, ajustadas por idade, foram encontradas em São Paulo (38,8/100.000 em homens e 15,0/100.000 em mulheres) e Distrito Federal (32,7/100.000 em homens e 14,7/ 100.000 em mulheres).

Baixo nível sócio-econômico, tabagismo e baixo consumo de frutas e de vegetais foram considerados como fatores de risco para o câncer de estômago em São Paulo.

Verdecchia et al. (2002) avaliaram a sobrevida do câncer gástrico em registros de base populacional em cidades de quatro continentes, incluindo o registro de Campinas, e concluíram que as grandes diferenças observadas entre tais áreas foram quase que exclusivamente devidas aos diferentes tipos de casos de câncer de estômago, destacando-se a importância do estádio da doença como um indicador do efeito do diagnóstico tardio sobre o prognóstico dos paciente acometidos

NO BRASIL

Page 27: Câncer Gastrico

Muito obrigado!!!