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DÉBORA DUARTE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DAS MATÉRIAS PEDAGÓGICAS IV

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DÉBORA DUARTE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DAS MATÉRIAS

PEDAGÓGICAS IV

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE PONTA

PORÃ-MS

2008

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DÉBORA DUARTE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DAS MATÉRIAS

PEDAGÓGICAS IV

Estágio Supervisionado das Matérias Pedagógicas IV apresentado ao 6º semestre do curso de Pedagogia, da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Ponta Porã, sob orientação da professora Elizabete Bono Brianez Rodrigues.

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE PONTA

PORÃ-MS

2008

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ESTUDOS DE CASO

Situação 1:Carla é uma criança atualmente com 12 anos, portadora, de deficiência

auditiva grave, a professora está preocupada com o desempenho da referida aluna, uma vez

que, falta-lhe conhecimento e preparo necessário para desempenhar adequadamente sua

função e segundo a LDB/96 o portador de necessidades especiais precisam ser inclusos no

ensino regular.

Considerando essa realidade e baseando-se no conhecimento trabalhado no curso

de Pedagogia, apresente propostas que ajudem essa professora.

Solução

Com certeza, nós, profissionais de educação não devemos fazer distinção de

alunos. Porém, em alguns casos, tratamos alguns alunos de maneira diferente, por exemplo:

algum aluno em sala que não consegue acompanhar, tem baixo rendimento, na maioria das

vezes, alguns professores, excluem esse aluno, para não ter o trabalho de procurar saber o que

acontece e dar atividades diferenciadas, acabara diferenciando o aluno.

Situação 2:Trato a meus alunos como se fossem iguais porque, na situação de

ensino, devemos tratar a todos de forma indistinta.

Partindo desse texto, explique se esta situação é correta e proponha sugestões de

atividades que possam ser realizadas.

Solução

A professora deveria pedir para a coordenação uma intérprete e também ir atrás de

cursos de capacitação sobre D.A., desta maneira, estaria incluindo deforma pratica esta

criança.

Situação 3: Os professores da escola “A” não aceitam João na sala de aula, pois

ele está sempre praticando atos de indisciplina e outros atos indesejáveis, dando mau exemplo

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aos colegas. Na referida escola em todos os turnos são constatados casos de brigas entre

alunos.

Baseando-se nos conhecimentos adquiridos, levando em conta a LDB, os

Parâmetros Curriculares Nacionais e, especialmente os Temas Transversais por eles

propostos, analise a situação apresentada.

Solução

Os professores da escola não podem expulsar João da sala, muito menos da escola,

nesta situação seria recomendável avisar o Conselho Tutelar para analisar e acompanhar João

e os alunos indisciplinados, juntamente com suas famílias e encaminhá-las para projetos

sociais que geralmente existem nas cidades.

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Joanita e o Ensino Supletivo

Joanita foi designada pelo diretor do SESIDR/MS assumir a secretaria escolar do

Curso Supletivo, Função Suplência de 1º grau (Formação Geral), recém implantado na cidade

de Felicidade d’Oeste.

Por ocasião da matricula, compareceram diversos candidatos que não

completaram, a seu tempo, nem mesmo as séries do Primeiro Grau.

A escola não oferece C urso Supletivo de 1º grau, além de que os candidatos

fazem questão de se matricular no Curso Supletivo de 2º Grau.

Um dos alunos, diante da indecisão de Joanita, disse ter ouvido a tia, professora

em São Paulo, que existe uma tal de lei do Conselho Federal de Educação que permite

matricular-se no Supletivo de 2º Grau mesmo sem ter concluído o Primeiro.

Mas, Joanita está perdida, ainda mais diante da insistência e impertinência dos

candidatos.

Ela nem mesmo sabe claramente quais as exigências legais para realizar a

matricula dos requerentes. Não sabe quais os documentos que deve exigir dos candidatos,

como e quando deve exigir a ementa curricular, quais os documentos e fichas que deve

preparar para fazer o acompanhamento da vida escolar do aluno, etc.

Vamos ajudar Joanita a encontrar o rumo e dar a ela todo o embasamento legal,

assim como auxilia-la a montar os documentos de escrituração da Secretaria para acompanhar

a vida escolar dos alunos.

Solução

Primeiramente os candidatos devem fazer um requerimentos para um aprova de

classificação para o 2º Grau (Ensino Médio), cuja média de cada aluno por prova deve ser 6,0

em todas as disciplinas. Logo após esta prova, obtendo essa nota, Joanita deve fazer uma

portaria e por fim a matricula do aluno.

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Métodos de Alfabetização

a) As professoras retratadas na figura usam o processo de alfabetização

baseado no:

a) método analítico.

b) método sintético.

c) método sintético alfabético.

d) método analítico da palavração.

e) todos estão corretas.

A alfabetização da figura é baseada no método sintético analítico

b) Elabore uma análise crítica da situação retratada, baseando-se nos

conhecimentos dos métodos de alfabetização trabalhados em sala de aula.

Método sintético. Diante da Metodologia que ambas as professoras estão

utilizando são tradicionais, ou seja, partida do método sintético. A primeira professora

somente fala e os alunos ficam na escuta, sem poder questionar ou falar algo. A segunda

professora apresenta seu conteúdo somente aparentemente diferenciado, pois a mesma mostra

alguns símbolos para chamar atenção dos alunos, porém, a sua postura é tradicionalista, pois,

está “parecendo” que a professora vão “comer” os alunos pelos olhos. Os alunos permanecem

sentados e “atentos” à aula. Da mesma maneira, como a da primeira, sem poder questionar ou

se expressar.

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Fragmentos

1- As crianças constroem hipóteses sobre como se escreve, e muitos professores

já ouviram falar disso. No entanto, parte importante e pouco conhecida das investigações

sobre aquisição da escrita se refere ao que poderíamos chamar “hipóteses de leitura”, isto é, as

idéias que as crianças constroem sobre o que está ou não grafado em um texto escrito e o que

se pode ler ou não nele. As crianças, antes de aprender a ler e escrever, constroem idéias e

distinções que parecem estranhas aos nossos olhos alfabetizados.

Você acha possível as crianças construírem hipóteses a respeito da leitura,

assim como fazem com a escrita? Justifique.

Sim. Pois as crianças possuem uma grande imaginação, cabe ao professor

trabalhar essa imaginação através de histórias, textos, contos, etc.

Se sua reposta anterior foi afirmativa, quais as idéias sobre a leitura você

acredita que as crianças tem antes de ler e escrever convencionalmente?

Além de contar histórias na sala de aula, o professor deve usar muito da sua

imaginação dos alunos. Por exemplo: colar cartazes com figuras na sala, explicar oq eu está

escrito, símbolos com palavras (nome de objetos do cotidiano).

2- “Fábio, de 5 anos, olhando um carrinho de brinquedo, aponta para as letras

impressas num adesivo do carrinho e diz\: aqui esta escrito carrinho. O texto na verdade diz

ambulância. O que leva Fábio a pensar que esta escrito carrinho?

Fábio relacionou a palavra ambulância com carrinho, na verdade sua professora

deve ter trabalhado em sala, a relação símbolo com a leitura, fazendo assim, com que o aluno

tenha um a ideia do que está escrito. Associou ambulância com carrinho, objeto.

SITUAÇÃO 5

Daniela, professora de Língua Portuguesa no curso de Educação de Jovens e

Adultos, Ensino Supletivo de Nível Fundamental, mantido pela Secretaria Municipal de

Rodapião, é recém formada no curso de Letras da Universidade Federal de Jacomina do Sul.

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Ela leciona para um grupo de jovens e adultos da Primeira e Segunda Etapa do

Ensino Fundamental e pretende aplicar todos os princípios pedagógicos e didáticos que

aprendeu durante o curso universitário.

Para ela é indispensável terminar todo o conteúdo previsto para o curso, já que

os alunos não podem ficar prejudicados com relação aos demais alunos uqe tenham

frequentado o Ensino Fundamental no período regular, além do prejuízo para a sua imagem

diante da direção da Escola, se ela não conseguir terminar o conteúdo.

Outro dogma introjetado na mestra é que os alunos jovens e adultos não podem

ser tratados como especiais, nem como alunos com necessidades e características diversas dos

alunos concluintes regulares, primeiro porque eles não são pessoas de inteligência inferior,

segundo, porque na sua formação acadêmica não lhe ensinaram didática diferenciada no

ensino da Língua Portuguesa.

Daniela tem certeza que um bom planejamento se cumpre independente da

condição e realidade da classe, insignificante para isso são as características reais

encontradas pela professora nem, tão pouco, as eventuais dificuldades de aprendizagem dos

alunos.

Já que é chegado o mês de novembro e Daniela considera-se muito atrasada no

cumprimento de seu planejamento e do conteúdo programado, decide por em dia a as atuação

e mostrar sua eficiência didática.

Assim, solicita aos alunos que não façam perguntas durante a sua explanação,

que leiam em casa o conteúdo que ela não conseguir explicar na sala, reduz ao mínimo os

exercícios em sala sobre a maneira estudada, fixa uma quantidade enorme de exercícios ara

serem feitos em casa, não corrige os exercícios solicitando que os alunos o façam entre si,

fora da escola, como auto-avaliação.

Análise do caso

1- Quais os equívocos detectados na prática de Daniela?

R: Daniela

2- Com quais ideias pedagógicas de Daniela poderíamos concordar?

R:

3- O que poderia ser corrigido na postura teórica de Daniela?

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R: Deveria

4- Quais as sugestões que poderiam ser oferecidas a Daniela para resolver

sua preocupação principal?

R: sendo

5- Com quais princípios didático-pedagógicos, adequados ao Ensino de

Jovens e Adultos, poderíamos substituir as idéias e os dogmas

equivocados de Daniela?

R: Adultos

SITUAÇÃO 6

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Joãozinho era pequeno. Mas já sabia fazer muitas coisas. Aprendera algumas

coisas com o pai, outras com a mãe e ainda outras com amigos e muitas outras aprendera

sozinho, tentando no fundo do pátio de sua casa, no seu quarto, na copa de sua árvore

preferida.

Ele estava muito entusiasmado, pois iria iniciar mais uma nova aventura: IR

PARA A ESCOLA!

Chegando à escola, ele a achou enorme. Com sua sacola pendurada sobre o ombro,

ele olhava tudo com assombro e curiosidade (o que lhe era muito peculiar). “Puxa, quanta

coisa farei aí!”, pensava Joãozinho.

Certo dia sua professora anunciou:

__ Hoje vamos fazer um desenho!

Joãozinho vibrou. Ele adorava desenhar. Sabia fazer um monte de coisas.

Apressadamente, pegou seu lápis de cor para começar. Porém, para surpresa sua, a professora

impediu que ele começasse, pois ela nem havia dito o quê e nem como deveriam fazer.

__ Muito bem, disse a professora. Agora que todos têm a folha na mesa, e se todos

sentarem direitinho, podemos começar. Vamos desenhar uma arvore!

Joãozinho se entusiasmou novamente. Pois ele sabia desenhar árvores. Ele sempre

desenhava as árvores que havia em sua casa. “Vou desenhar o meu pé de cinamomo. Ele está

cheio de flores... ah! Vou desenhar a casinha que eu construí na árvore...”, ia pensando o

Joãozinho. Mas novamente foi interrompido.

__ Prestem atenção! Olhem bem para esta árvore que a professora desenhou.

Observem as cores... De que cor é o tronco? E a copa?

Joãozinho olhou para a árvore da professora. Até que era bonitinha, mas achava

que as suas eram bem mais bonitas.

Calado, pegou o lápis e desenhou a árvore da professora: tronco marrom e copa

verde.

Num outro dia, a professora anunciou que teriam uma surpresa!

O que seria?

A professora apresentou para as crianças uma barra de argila e anunciou:

__ Hoje vocês vão modelar!

Joãozinho adorou a ideia, pois gostava e sabia modelar. Perto de sua casa havia um

riacho e no barranco tinha muito barro preto. Ele e seus irmãos faziam coisas lindas com

aquele barro.

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Amassando entusiasmado o seu pedaço de argila. Joãozinho ia pensando no que

iria inventar. Mas o entusiasmo durou pouco. A professora falou:

__ Vamos fazer um cinzeiro para presentear o papai. Olhem para o cinzeiro que eu

trouxe. Hoje vamos modelá-lo e, no outro dia, o pintaremos. O papai de vocês vai adorar. Vai

ficar lindo!...

Joãozinho, muito calado, começou a modelar o seu cinzeiro. Não gostou do

cinzeiro, e o pior, o seu pais nem fumava! Que graça teria?

Joãozinho que antes adorava seus desenhos, suas modelagens, sua histórias, de

inventar teatro, mudou muito. Já não se entusiasmava mais frente às “surpresas” apresentadas

pela professora. Fazia tudo. Aprendeu a esperar e a fazer as coisas iguais às da professora. E

tirava boas notas.

Aconteceu que a família de Joãozinho mudou de cidade e o menino teve que ir

para outra escola.

A nova professora contava histórias e solicitava para que todos a ajudassem a

contar ou dramatizar a história. Joãozinho só respondia o que lhe perguntavam.

Após a história a professora falou:

__ Vamos desenhar o que mais gostamos da história?

Que bom, pensou Joãozinho, e ficou esperando que a professora dissesse o que

deveriam desenhar mesmo.

Mas a professora não disse. Ela ficava andando pela sala e conversando com todos.

Chegando perto de Joãozinho e, vendo que ele ainda não havia começado, perguntou:

__ Você não quer desenhar?

__ Sim senhora, mas o que devo fazer?

__Aquilo que você quiser. Você é que sabe do que mais gostou da história. E, se

não gostou de nada, pode fazer o que você quiser.

__ Mas como devo fazer?... Que cor devo usar?

__ Assim como você achar que fica melhor. O dono do desenho é você. Todos têm

um jeito de ver as coisas. Que graça teria se todo mundo fizesse tudo igual?...

Joãozinho voltou-se para sua folha e começou o “seu” desenho... “Uma árvore de

tronco marrom e uma copa verde...”

Análise do caso

1- Qual a metodologia aplicada a esta situação?

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R:

2- As atividades de aprendizagem foram organizadas com a participação dos

alunos para que pudessem agir com autonomia e criatividade, buscando

soluções e realizando descobertas?

R: A

SITUAÇÃO 7

Aprendizagem baseado em problemas

Menina com oito anos, cursando o segundo ano, vai mal na escola e deveria ter

“repetido” o primeiro ano; erra muito na escrita e lê muito devagar e soletrando. Não é

distraída, é ater muito observadora. Filha única, sempre foi muito medrosa. Não se alimenta

bem, mas não é de ficar doente. À noite sempre quer ir para cama dos pais, porque tem medo.

Não sai sozinha, não brinca na ruía porque a mãe não deixa, as amizades “não são boas”. Na

escola tem amiga. No inicio tinha medo de ir para escola, a mãe ficava junto, agora gosta

muito. Mas só quer brincar, estudar não.

Solução

A mãe, deveria dar mais espaço para a filha, deixando-a, por exemplo, brincar

com outros colegas, colocá-la em algum projeto no período vago, onde há interação maior

entre crianças. Na escola, a professora deveria usar uma metodologia diferenciada para com a

menina. Por exemplo: aulas em grupos, inserir nas aulas teatros, tentar trabalhar as crianças

em grupos, onde os mesmos vão conversar e se soltar. A professora também, deveria

estimulá-la, em especial, em relação ao estudo.

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SITUAÇÃO 8

A (DES)EDUCAÇÃO ESCOLAR

Parábola sobre o (des)fazer do desejo de aprender a saber e de saber

Era uma vez...

...uma vontade de escrever histórias que habitava a alma e o corpo de Zezinho e

Mariazinha. Viviam muito tempo em roda de amigos, sentados no chão ou em pé, contando

suas histórias e inventando casos. As crianças moravam numa linda região, cheia de paisagens

encantadoras. As crianças conviviam com muitos amigos de infância e aproveitavam todas as

ocasiões para conversar de outros rincões.

Seus pais carregavam a mágoa de não terem tido muito estudo. No tempo deles só

deu para fazer o primário. Agora olhavam cheios de esperança para Zezinho e a Mariazinha.

Estes, sim, pensavam eles, vão ter chance de estudar. A esperança e o entusiasmo deles

aumentavam quando Zezinho e Mariazinha revelavam seu grande desejo de escrever suas

histórias.

Um dia Zezinho e Mariazinha acordaram mais cedo, levantaram rapidamente,

alegres e felizes. Era o seu primeiro dia de escola. Finalmente iriam aprender a escrever.

Poderiam, em breve, escrever suas histórias. Ficaram perplexos, assustados e desapontados

com essa historia de “a, e, i, o, u; ba, be, bi, bo, bu”. Não era bem isto o que eles esperavam.

Com paciência impaciente foram esperando. Eles queriam mesmo era aprender a escrever

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suas histórias. Fora da sala de aula, manifestavam sua liderança. Organizavam grupos de

estudo, de esporte, etc... E contavam suas histórias.

Um dia, na sala de aula, apareceu “a Eva viu a uva”. Ficaram muito

entusiasmados. Agora sim, a coisa começava a fazer sentido. Aprendiam a escrever palavras.

Muito em breve poderiam escrever suas histórias.

Entretanto, a professora dava tantos deveres e mandava fazer coisas que estavam

num caderno, bem direitinho e certinho. Com o passar do tempo as suas histórias foram

encolhendo, encolhendo e murchando, murchando... E foram aumentando e aumentando a

obediência e a submissão à professora e ao livro didático. Não tinha outro jeito. O jeito era ir

se acostumando e se adaptando. Mesmo porque, assim, tiravam notas boas e deixavam sua

professora e seus pais contentes e realizados.

Souberam, mais tarde, que isto acontecia porque a professora tinha sido preparada

para agir assim num curso Normal e na Pedagogia. Além disso, ela tinha que obedecer a um a

política que seguia leis feitas por senadores, deputados e vereadores. O presidente tinha um

ministro, os governadores e os prefeitos tinham secretários e um monte de gente e dinheiro

para fazer a escola funcionar assim.

E a vida foi passando com esta mediocridade toda, produzida pelo montão de

dinheiro e de pessoas acomodadas e submissas...

A última notícia que se tem de Zezinho e de Mariazinha é que, neste mundo de

sossegados, ele é um político e ocupa um cargo público, e Mariazinha é uma delicada

professora. Com seu trabalho estão continuando o assassinato politico-pedagógico do desejo

de escrever e de saber, que habitam as almas e os corpos das nossas Mariazinhas e Zezinhos.

Perpetua-se assim, a cacofonia escolar num país que mais parece um grande circo

de jogo de máscaras e mascarados, onde uns fingem que ensinam e outros fingem que

aprendam, uns fingem que pagam e outros fingem que trabalham.

Felizmente estamos vivendo numa época em que o número crescente de Marias e

Josés se reúne para ressuscitar e reforçar o desejo e a alegria de escrever e de aprender.

Marias e Josés das escolas, das faculdades, das várias instâncias da administração, da política

e das organizações da sociedade civil se reúnem para construir uma educação relevante em

novos tempos.

Nestas reuniões, professores de sala de aula, educadores de apoio, como

administradores escolares, supervisores, orientadores, responsáveis pela direção da escola e

pela administração municipal da educação, políticos, representantes de organizações da

comunidade e outros interessados e comprometidos com a educação se juntam com o objetivo

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de avançar na construção de uma escola competente, democrática, gratuita e de qualidade,

para aumentar o desejo e alegria de aprender e saber que habitam nos Zezinhos e Mariazinhas

deste mundo.

Solução

•Metodologia Tradicional

As atividades de aprendizagem não foram organizadas e planejadas, pois em

relação a professora, o que ela segue é um livro já estipulado e mostra-se acomodado, não

tendo esforço em melhorar seus métodos.

Para Zezinho e Mariazinha, ambos, estão continuando a assassinato politico-

pedagógico do desejo de escrever e de saber, que habitam as almas e os corpos dos novos

Mariazinhas e Zezinhos.

Tanto para Zezinho e Mariazinha. Zezinho usou seu dom e inteligência para se

dedicar a política e Mariazinha para ser professora.

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DIVERSIDADE: COMO ATENDER A DIVERSIDADE DE ALUNOS QUE TEMOS

EM CLASSE?

Um Caso

Flávio é o professor de Matemática e dá aulas para as primeiras séries do Ensino

Médio.

Apesar de ser uma escola particular ele está cada vez mais perplexo com a

composição heterogênea dos alunos em sala de aula. Não se trata somente de haver distintos

níveis de pontos de partida muito diferentes entre si, mas, mesmo entre esses diferentes

grupos, encontra alunos que possuem uma enorme capacidade para aprender e outros que

sofrem muito para aprender o conceito mais elementar de cada temática.

De outro lado, existem ao menos dois grupos no que se refere a motivação para

aprender, que não tem nada a ver com capacidade: alguns alunos que apresentam uma enorme

facilidade e não querem aprender nada, enquanto outros que apresentam mais dificuldades se

mostram bastante interessados.

Além de tudo isso Flávio se deu conta de que existem não dois, mas muitos estilos

de aprendizagem diferentes: alguns casos precisam de um descanso entre um exercício e

outro, mas outros não; uns utilizam um estilo analítico enquanto outros, um estilo sintético de

aprendizagem; uns usam mais a modalidade auditiva, enquanto outros a visual... E com tudo

isso o anteriormente já dito, ainda há a questão dos interesses dos alunos, pois alguns já

sabem muito claramente que desejam seguir no futuro carreira na área de exatas e portanto

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tem muito interesse em matemática e outros, fazem questão de dizer: nada que tenha ciências

exatas! Deus me livre!

Para não dizer que não há mais nada, ainda existem os indisciplinados, os que

conversam durante as explicações, os que não fazem as tarefas nem em aula, nem em casa e,

segundo Flávio, há um desgaste muito grande em ficar chamando a atenção destes alunos o

tempo todo.

Flávio está desesperado. É impossível atender a todos de uma forma

individualizada com tantas classes, tantas provas, tantas reuniões. Como um professor

interessado que é, ele pergunta: que posso fazer?

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A carta-bomba que João escreveu

No Nordeste, apenas 10% das crianças que entram na escola concluem a 8ª série

(uma triste estatística que se repete pelo país). João dos Santos, um dos milhares de meninos e

meninas à beira de desistir, escreveu um pedido de socorro que chegou às mãos de muitos

professores. O desafio funcionou e as respostas começam a chover.

A carta de João na forma que ele a escreveu:

“Estudo na 5ª série e sou um aluno médio; nem craque nem lanterninha. Sempre gostei da escola porque conheço muitas pessoas, os professores ajudam a gente tem merenda e às vezes livro ou caderno. Mas de uns tempos para cá estou com vontade de largar da escola porque não vou passar de ano outra vêis.

Conversei com a professora de religião e ela mim disse pra fala o problema na secretaria. Nao tenho quem me leve e também não sei se é serto falar com a altoridade.

Diretora eu vou pra escola di manha de tarde vou vender cafesinho na Lapa. Entrego o dinheiro a minha mãe e sempre da tudo serto. Di noite faço a lição quando tem o livro ou dever no caderno. Os problemas de matemática não sei entender e nem serve aquelas expressões tão grandes. Na vida da rua nunca precisei dessa coisa e também nunca vi ninguém fazendo aquilo nem seu Antonio la do armazem. Quando vendo o café faco o resiosinio na cabeça e nao erro não mas na escola não sei nada so tiro 0 1 ou 2. A professora da a aula dela la no quadro ou na carteira dela mas eu não entendo é nada e só tiro nota baixa. A turma toda ta do mesmo jeito todo mundo vai leva pau. A pro diz que com ela so passa quem sabe que os burro que estude mais até aprender que com ela é assim.

Ela grita passa o esercisio no quadro pra nos copiar e senta na cadeira dela fica corrigindo prova das otras salas e agente não entende nada. Será que a Secretaria não pode manda umas mais aulas a mais pra ver si a gente aprende? Ou então sera que não podia agente passa e no outro ano agente dava conta da matematica com a ajuda da Secretaria? Diretora num tem jeito de passa com essa pro. Eu não sou inteligente pro ensino dela. E porque eu aprendo a mim vira na rua? Não sei si a senhora vai ajudar mas que ta ruim ta. Si eu perder de novo não quero mais saber de escola. Vou mim vira na rua que insina mais que a escola”.

Solução

Resposta: a Diretora, poderia sugerir, primeiramente aulas de reforço, para

ajudar não só João, como também todos os alunos que estão com dificuldades, por exemplo,

na parte da manhã, estudar normalmente e, na parte da tarde ter aulas de reforço,

complementando lanches e outras disciplinas.

Outro meio viável seria a professora mudar a sua metodologia, com aulas

práticas e dinâmicas.

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A diretora, juntamente com a coordenação poderiam solicitar para os professores

mais cursos de capacitação e assim incentivá-los a trabalhar com mais ânimo e entusiasmo.

SITUAÇÃO 11

A cartilha e o método das famílias silábicas

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1- Por que não usar cartilha? Não existe nenhuma boa?

A questão não é porque não usar, a questão é por que usar a cartilha, já que ela é

apenas um objeto de leitura (portador do texto) como tantos outros, mas com textos que, na

sua maioria, deixam muito a desejar. As mais freqüentes críticas às cartilhas ressaltam sua

desvinculação e distanciamento da realidade do aluno. Os textos? Um tédio! Impregnados de

esteriótipos e “modos de usar”, contrariam o processo como a criança adquire a língua escrita

bem como ignoram o que ela já sabe e as hipóteses que elabora. Os autores de cartilhas

partem do pressuposto de que a criança de seis anos precisa aprender primeiro as palavras que

eles acham fáceis e depois as que eles acham difíceis; por isso, durante alguns meses, ela tem

de se contentar com a “bola é de Babinete” ou “Pimpão pegou o pato” até chegar a “galinha

do vizinho bota ovo amarelinho”. Ou seja, apostam na ignorância da criança, que só

aprenderia o que ensinariam suas cartilhas e na seqüência estabelecida por eles.

2- É errado falar em família silábica?

A sílaba não tem significado para a criança. O que é ba? O que é pri? Existe a

família Silva, a família Oliveira, a família Antunes, mas não existe família silábica. Decide-se

fazer ou não fazer alguma coisa em razão de objetivos claros. Por que então trabalhar a

família silábica? Trata-se de uma estratégia destinada à aquisição da leitura e da escrita,

responderiam. Mas é bom refletir: É possível aprender a ler e escrever sem o estudo das

famílias silábicas? Supondo que haja outras estratégias, elas seriam melhores ou piores do que

o trabalho com famílias silábicas? Aqui o termo “melhor” é empregado no sentido de

qualidade da relação do aluno com o texto, do nível de compreensão e prazer decorrentes

dessa relação.

Se o critério for rapidez, não há dúvida de que o estudo de famílias silábicas

acelera a apropriação do código lingüístico. Tudo depende de objetivos a que se propõe a

professora e de sua imaginação pedagógica. Nada impede, porém, que ela utilize as sílabas em

jogos de formação de palavras, num contexto em que elas são necessárias ao desafio proposto

pela atividade. Nenhum procedimento metodológico pode ser analisado isoladamente.

Provocar sangramento em alguém com objeto perfurante pode ser ato sádico como ato

rotineiro em laboratório de análises clinicas.

No processo de construção da escrita, a criança vai formulando várias hipóteses.

Num determinado momento, por exemplo, ela pode achar que a quantidade necessária de

letras para escrever uma palavra é proporcional ao tamanho real do ser ou objeto que ela

nomeia. Assim, boi teria mais letras que passarinho (realismo nominal).

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As falhas de ortografia e a forte influência da oralidade na escrita vão sendo

superadas à medida que a criança faz uso social da escrita e tem oportunidades de confrontar

com a língua culta o que ela escreve, por meio de materiais gráficos variados, livros infantis,

jornais, revistas, cartazes, embalagens, etc., que devem estar sempre disponíveis em classe.

Como se vê, utilizar a família silábica como estratégia de ensino é ignorar o

processo de aquisição da língua escrita.

Análise do caso

SITUAÇÃO 12

A Fabula da Escola

Os animais de uma floresta que estava sendo devastada pelos homens reuniram-

se para discutir os seus problemas. Decidiram, após amplos debates, que a coisa mais

importante a fazer seria criar uma escola.

Organizaram um currículo que objetivava desenvolver as habilidades de voar,

saltar, nadar, correr e escalar, todas consideradas necessárias e importantes para quem vive

em uma floresta.

No entanto, apesar de terem utilizado métodos muito avançados, o desempenho

dos alunos não foi dos melhores e a maioria conseguiu apresentar rendimento satisfatório em

apenas uma ou duas habilidades.

O pato foi excelente em natação mas apenas razoável em vôos e péssimo em

corridas. Para melhorar em corridas treinou tanto que gastiu seus pés de palmípede e não

conseguiu nadar como antes, apresentando aproveitamento apenas médio em natação. Mesmo

assim foi aprovado, pois na escola o desempenho médio era aceitável e apenas o pato ficou

preocupado.

O coelho, que vinha se destacando em corrida desde o inicio do curso, acabou

sofrendo um colapso de tanto se esforçar para melhorar em natação.a capivara, que nadava e

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corria muito bem, acabou se esborrachando ao tênar voar. O susto foi tão grande que ela ficou

traumatizada e já não conseguiu mais nem correr nem nadar.

Ao final do ano, o único desempenho destacado coube à uma enguia anormal,

que podia nadar extremamente bem, correr, escalar e até voar um pouquinho.

Os pássaros, por sua vez, fizeram um protesto público porque a habilidade de

contar não estava incluída no currículo da escola e eles a consideravam de importância

fundamental para qualidade devida na floresta.

Resolução

A situação apresenta um exemplo claro que acontece nas escolas nos dias atuais,

que tem um sistema de ensino único, baseada em uma única concepção de aluno.

O professor deve valorizar e explorar a qualidade do aluno, a partir daí, explorar

o que “esta escondido”; todos tem habilidades, porem, umas diferentes das outras. Cabe ao

professor descobrir e aproveitar de maneira eficaz essas habilidades, não sufocando o

conhecimento do aluno, mas sim, estimulando-o a colocar em prática o que tem em potencial.

.