estudo de caso: proposta de otimização no controle de inventário numa empresa de varejo

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USCS UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM COMPUTAÇÃO DEMETRIO FONTES DE LOS RIOS JONATA TADEU RIBEIRO LEANDRO DE MOURA FÉ LEANDRO POSTIGO ZANOLLA ESTUDO DE CASO: PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO NO CONTROLE DE INVENTÁRIO NUMA EMPRESA DE VAREJO SÃO CAETANO DO SUL 2012

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USCS – UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM COMPUTAÇÃO

DEMETRIO FONTES DE LOS RIOS

JONATA TADEU RIBEIRO

LEANDRO DE MOURA FÉ

LEANDRO POSTIGO ZANOLLA

ESTUDO DE CASO: PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO NO

CONTROLE DE INVENTÁRIO NUMA EMPRESA DE

VAREJO

SÃO CAETANO DO SUL

2012

USCS – UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM COMPUTAÇÃO

DEMETRIO FONTES DE LOS RIOS

JONATA TADEU RIBEIRO

LEANDRO DE MOURA FÉ

LEANDRO POSTIGO ZANOLLA

ESTUDO DE CASO: PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO NO

CONTROLE DE INVENTÁRIO NUMA EMPRESA DE

VAREJO

Monografia apresentada no curso de

graduação à Universidade Municipal de

São Caetano do Sul, para conclusão do

curso de Ciências da Computação.

Orientação: Professor Oswaldo Fernandes

SÃO CAETANO DO SUL

2012

Ficha Catalográfica

DEMETRIO FONTES DE LOS RIOS

JONATA TADEU RIBEIRO

LEANDRO DE MOURA FÉ

LEANDRO POSTIGO ZANOLLA

ESTUDO DE CASO: PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO NO

CONTROLE DE INVENTÁRIO NUMA EMPRESA DE

VAREJO

Área de Concentração

Data de Defesa:

Resultado: ____________________________

BANCA EXAMINADORA

RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo de caso numa empresa de varejo, onde será

proposta a automatização no processo de controle de inventário de estoque.

Inicialmente foi feito um estudo sobre o cenário atual, ou seja, a metodologia de

controle de inventário de estoque vigente. Baseado nessa análise identificou-se alguns

fatores que podem ser melhorados com a proposta de otimização, atacando o problema

foco desta monografia. A fim de aperfeiçoar o processo, será proposto um controle

rígido da quantidade física dos produtos, para que não tenha defasagem dos mesmos

no saldo de estoque e principalmente que não haja intervenção humana acarretando

possíveis erros humanos. Por fim, para tornar o processo mais funcional, serão

acoplados aos produtos etiquetas RFID, onde serão lidas por uma antena móvel que

será acoplada a um robô móvel, que percorrerá todo o espaço físico da loja.

Palavras-chave: robô móvel; RFID; inventário.

ABSTRACT

This paper presents a case study in a retail company, where it is proposed to automate

the process of inventory control inventory. Initially a study was done on the current

scenario, ie the method of inventory control inventory current. Based on this analysis

we can identify some factors that can be improved with the proposed optimization,

attacking the problem focus of this monograph. In order to improve the process, will

be proposed strict control of the physical quantity of the products, so you do not have

the same gap in the balance of stock and especially that no manual intervention

leading to possible human errors. Finally, to make the process more functional

products are coupled to the RFID tags, which are read by a mobile antenna which is

coupled to a mobile robot, which traverse the whole space of the store.

Keywords: mobile robot; RFID; inventory

Lista de Figuras

Figura 1 – Comparação entre RFID x Código de Barras....................................................................... 13

Figura 2 – Tags RFID Passivos e Tags RFID Ativos ............................................................................ 14

Figuras 3 – Tags RFID –Especiais para Plástico ................................................................................... 15

Figura 4 – Classes Padrão EPC ............................................................................................................. 16

Figura 5 – Leitor RFID .......................................................................................................................... 17

Figura 6 – Funcionamento do RFID ...................................................................................................... 18

Figura 7 – Funcionamento da cadeia do RFID ...................................................................................... 18

Figura 8 – Tag RFID ATIVA ................................................................................................................ 19

Figura 9 – Placa Micro controlador Arduíno ......................................................................................... 22

Figura 10 – Características do micro controlador Arduíno ................................................................... 23

Figura 11 – Placa Seguidora de Linha ................................................................................................... 23

Figura 12 – Leitor de RFID ................................................................................................................... 24

Figura 13 – Base Móvel ........................................................................................................................ 25

Figura 14 – PenBs ................................................................................................................................. 26

Figura 15 – Especificação das Correntes dos Componentes do Robô ................................................... 28

Figura 16 – Pilha Sony .......................................................................................................................... 29

Figura 17 – Layout Rebal ...................................................................................................................... 32

Figura 18 – Detalhamento de Custos ..................................................................................................... 33

Figura 19– Organograma de Empresas ................................................................................................. 34

Figura 20 – Seqüência de Recebimento de Material ou Produto ........................................................... 35

Figura 21– Layout de estoque ............................................................................................................... 36

Figura 22– Layout de estoque com definição do trajeto do robô contador .......................................... 37

Figura 23 – Layout de estoque com a linha base .................................................................................. 38

Figura 24 – Linhas guias ....................................................................................................................... 39

Figura 25 – Layout com linhas guias..................................................................................................... 40

Figura 26 – Identificação/Representação de um Checkpoint ................................................................ 41

Figura 27 – Layout com os Checkpoints ............................................................................................... 41

Figura 28 – Cenário de exemplo do funcionamento da ferramenta ....................................................... 47

Figura 29 – Cenário de exemplo com robô posicionado no inicio da trilha .......................................... 48

Figura 30 – Robô em funcionamento e recebendo informações das TAGs RFID ................................ 49

Figura 31 – Consolidação das informações ........................................................................................... 50

Figura 32 – Representação das linhas guias para identificação do fim do processo ............................. 50

Figura 33 – Identificação na trilha para representar o fim do processo ................................................. 51

Figura 34 – Fluxograma do processo da proposta ................................................................................. 52

GLOSSARIO

A - Ampère, unidade de corrente elétrica.

API - Application Program Interface, interface de Programação de Aplicativos.

ASCII - American Standard Code for Information Interchange, cógido padrão americano

para troca de informações.

B - Byte, geralmente unidade de memória de dispositivos.

c - centi, multiplicador por 10^-2, ex: 1cm = 0,01m.

CLP - Controlador Lógico Programável.

DC - Direct Current, Corrente contínua.

EAN - European Article Numeric, equivalente ao UPC (código universal do produto)

americano.

EPC - Eletronic Product Code, código do produto eletrônico.

f - força, conceito da física.

FAT - File Allocation Table, tabela de alocação de arquivos.

g - grama, unidade de massa.

G - Giga, multiplicador por 10^9, ex: 1 GHz = 1000000000Hz.

Hz - Unidade de medida de Frequência.

IBM - International Business Machines, empresa americana.

ICSP - In Circuit Serial Program, programação serial no circuito.

IFF - Identify Friend or Foe - identificador ativo de contra inimigo.

ISM - Industrial-Scientific-Medical, indústria científica-médica.

ISO - International Organization for Standardization, norma internacional de

padronização.

K - Kilo, multiplicador por 10^3, ex: 1 KHz = 1000Hz.

LED - light-emitting diode, diodo emissor de luz.

m - metro, unidade de medida.

m - mili, multiplicador por 10^-3, ex: 1mA = 0,001A.

M - Mega, multiplicador por 10^6, ex: 1 MHz = 1000000Hz.

PWM - Pulse Width Modulation, modulação por largura de pulso.

SDK - Software Development Kit, kit de desenvolvimento de software.

SMA - Shape Memory Alloy, Liga com Memória de Forma.

RF - Radio Frequency - Radio frequência.

RFID - Radio Frequency Identify, Identificador de rádio frequência.

rpm - Rotações por minuto, unidade de medição de rotação de motores.

TAG - o Transponder da tecnologia RFID.

UHF - Ultra High Frequency - Ultra alta frequência.

USB - Universal Serial Bus, conexão de barramento universal para dispositivos.

v - Volts, unidade de tensão elétrica.

Sumário

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 9 1.1OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 9 1.2 IDEIA CENTRAL DO TRABALHO ............................................................................................... 9 1.3 PROBLEMA FOCO DO ESTUDO .................................................................................................. 9 1.4ASPECTOS ABORDADOS .............................................................................................................. 9 1.4.1 Acurácia x Nível de Serviço ao Cliente ............................................................................................ 9 1.4.2 Tecnologia RFID ............................................................................................................................ 10 2 RFID ............................................................................................................................................... 10 2.1 HISTÓRIA DO RFID ........................................................................................................................... 10 2.2 RFID X CÓDIGO DE BARRAS .................................................................................................... 12 2.3 COMPONENTES ............................................................................................................................ 13 2.3.1 Transponder (tag) ......................................................................................................................... 14

2.3.1.1 Características ................................................................................................................... 14 2.3.1.2 Padrão de Comunicação .................................................................................................... 15 2.3.1.3 Frequências de Operação .................................................................................................. 16

2.3.2 Transceiver (Leitor) ....................................................................................................................... 17 2.4 ENTENDENDO O FUNCIONAMENTO DO RFID ...................................................................... 17 2.5 ETIQUETA UTILIZADA E CUSTO ............................................................................................. 19 3 ROBÓTICA ...................................................................................................................................... 20 3.1 PLATAFORMA ARDUÍNO ........................................................................................................... 20 3.2 O ROBÔ MÓVEL APLICADO AO PROJETO ............................................................................. 21 3.2.1 Micro Controlador Arduíno UNO.................................................................................................. 21 3.2.2 Placa Seguidora de Linha .............................................................................................................. 23 3.2.3 Leitor de RFID ............................................................................................................................... 24 3.2.4 Base Móvel ................................................................................................................................... 25 3.2.5 Armazenamento de Dados ........................................................................................................... 26 3.3 CUSTOS .......................................................................................................................................... 27 3.4 CONSUMO TOTAL DE ENERGIA DO ROBÔ............................................................................... 27 3.4.1 Bateria Utilizada ........................................................................................................................... 28 3.4.2 Calculo da Duração da Pilha x Consumo do robô ......................................................................... 29 4. ESTUDO DE CASO DE CONTROLE DE INVENTÁRIO EM UMA EMPRESA DE

VAREJO ............................................................................................................................................... 29 4.1 CONHECENDO A EMPRESA ...................................................................................................... 30 4.2 CENÁRIO ATUAL ......................................................................................................................... 31 4.3 METODOLOGIA DE INVENTÁRIO APLICADA ....................................................................... 32 4.3.1 Tempo ........................................................................................................................................... 33 4.3.2 Custos ........................................................................................................................................... 33 5 PROPOSTA PRINCIPAL DA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NO NEGÓCIO ................. 33 5.1 A APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NO NEGÓCIO ................................................................... 34 5.2 APLICANDO A PROPOSTA ......................................................................................................... 34

5.2.1 Etiquetagem ................................................................................................................................. 35 5.2.2 – Navegação do Robô ................................................................................................................... 36

5.2.2.1 – Aplicação e funcionalidade da linha base ....................................................................... 37 5.2.2.2 – Aplicação e funcionalidade das linhas guias ................................................................... 38 5.2.2.3 – Aplicação e Funcionalidades dos Checkpoints ................................................................ 40

5.2.3 – Utilizando Antenas Fixas ............................................................................................................ 42 5.2.4 – Funcionamento geral da proposta ............................................................................................ 43

5.2.4.1 – Funcionamento da rotina. .............................................................................................. 43 6 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 53 Referências Bibliografias .................................................................................................................... 54

9

1 INTRODUÇÃO

1.1OBJETIVOS

O objetivo é estabelecer um meio seguro, confiável e eficaz de contagem de

produtos utilizando etiquetas RFID (Radio Frequency Identify) de rádio frequência e um

robô móvel que realizará a função de leitura e organização dos dados obtidos.

1.2 IDEIA CENTRAL DO TRABALHO

A ideia central é obter informações consistentes com maior precisão, praticidade,

dinamismo na contagem de produtos para realização do inventário de estoque de uma

forma que reduza o tempo de resposta e a mão de obra.

1.3 PROBLEMA FOCO DO ESTUDO

É possível estabelecer um controle de inventário implementado por um robô móvel

e/ou antenas de rádio frequência sendo prático, rápido e funcional?

1.4 ASPECTOS ABORDADOS

1.4.1 ACURÁCIA X NÍVEL DE SERVIÇO AO CLIENTE

10

Este trabalho visa abordar aspectos mercadológicos, nos quais serão abordados

mais profundamente em Acurácia e Nível de serviço ao cliente. Segundo [ Bertaglia 2009,

pag. 335-336] o nível de confiabilidade do sistema gerenciador da empresa em relação ao

seu próprio inventário físico, é definido por Acurácia. E de forma a garantir que esta

acurácia integre as necessidades do cliente, garante-se o nível de serviço ao cliente, que

significa uma acurácia de 100%. Nos próximos capítulos serão abordados esses assuntos

com mais ênfase, relacionando com o objetivo.

1.4.2 Tecnologia RFID

“RFID trata-se um método de identificação automática através de sinais de rádio, onde

é possível recuperar e armazenar dados remotamente através de dispositivos chamados

de tags RFID.” [Ramos & Nascimento, 2007]

Segundo [Santini, 2008], o RFID (Radio Frequency Identify) pode vir a substituir

o código de barras na etiquetagem de produtos no mercado. De acordo com [Junior, 2006,

pag.7] RFID é composto de três partes: antenas, tags e leitores.

2 RFID

RFID (Radio Frequency Identify) é o sistema que será empregado neste estudo de

caso, a seguir um pouco da história e suas especificações.

2.1 HISTÓRIA DO RFID

Segundo [Santos, 2011], RFID tem suas raízes nos sistemas de radares utilizados na

Segunda Guerra Mundial. Os alemães, japoneses, americanos e ingleses utilizavam

radares, que foram descobertos em 1937 por Sir Robert Alexander Watson- Watt, um

físico escocês, para avisá-los com antecedência de aviões enquanto eles ainda estavam bem

distantes. O problema era identificar dentre esses aviões, qual era inimigo e qual era aliado.

11

Os alemães então descobriram que se os seus pilotos girassem seus aviões quando

estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria refletido de volta

ao radar. Esse método simples alertava os técnicos responsáveis pelo radar que se tratava

de aviões alemães (esse foi, essencialmente, considerado o primeiro sistema passivo de

RFID).

Sob o comando de Watson - Watt, que liderou um projeto secreto, os ingleses

desenvolveram o primeiro identificador ativo de contra inimigo (IFF – Identify Friend or

Foe). Foi colocado um transmissor em cada avião britânico. Quando esses transmissores

recebiam sinais das estações de radar no solo, começavam a transmitir um sinal de

resposta, que identificava o aeroplano como Friendly (amigo).

Os RFID funcionam no mesmo princípio básico. Um sinal é enviado a um

transponder, um dispositivo de comunicação eletrônico que amplifica e retransmite um

sinal em uma frequência diferente ou transmite de uma fonte uma mensagem pré-

determinada em resposta à outra fonte pré-definida, o qual é ativado e reflete de volta o

sinal (sistema passivo) ou transmite seu próprio sinal (sistemas ativos).

Avanços na área de radares e de comunicação RF (Radio Frequency) continuaram

através das décadas de 50 e 60. Cientistas e acadêmicos dos Estados Unidos, Europa e

Japão realizaram pesquisas e apresentaram estudos explicando como a energia RF poderia

ser utilizada para identificar objetos remotamente.

Companhias começaram a comercializar sistemas antifurto que utilizavam ondas de

rádio para determinar se um item havia sido roubado ou pago normalmente. Era o advento

das etiquetas RFID denominado de “etiquetas de vigilância eletrônica” as quais ainda são

utilizadas até hoje. Cada etiqueta utiliza um bit. Se a pessoa paga pela mercadoria, o bit é

posto em 0 (Zero). E os sensores não dispararam o alarme. Caso o contrário, o bit continua

em 1 (Um) e caso a mercadoria saia através dos sensores, um alarme será disparado.

Mario W. Cardullo requereu a patente para uma etiqueta ativa de RFID com uma

memória regravável em 23 de janeiro de 1973. Nesse mesmo ano, Charles Walton, um

empreendedor da Califórnia, recebeu a patente por um transponder passivo usado para

destravar uma porta sem a utilização de uma chave. Um cartão com um transponder

embutido comunicava com um leitor/receptor localizado perto da porta. Quando o receptor

detectava um número de identificação válido armazenado na etiqueta RFID, a porta era

destravada através de um mecanismo.

O governo dos Estados Unidos também tem voltado atenção para os sistemas

RFID. Na década de 1970, o laboratório nacional de Los Alamos, teve um pedido do

12

departamento de energia para desenvolver um sistema para rastrear materiais nucleares.

Um grupo de cientistas idealizou um projeto onde seria colocado um transponder em cada

caminhão transportador, o qual corresponderia com uma identificação e potencialmente

outro tipo de informação, como, por exemplo, a identificação do motorista.

No começo da década de 90, engenheiros da IBM desenvolveram e patentearam um

sistema de RFID baseado na tecnologia UHF (Ultra High Frequency). O UHF oferece um

alcance de leitura muito maior (aproximadamente 6 metros sobre condições boas) e

transferência de dados mais velozes. Apesar de realizar testes com a rede de

supermercados Wal-Mart, não chegou a comercializar essa tecnologia. Em meados de

1990, a IBM vendeu a patente para a Intermec, um provedor de sistemas de código de

barras. Após isso, o sistema de RFID da Intermec tem sido instalado em inúmeras

aplicações diferentes, desde armazéns até o cultivo. Mas a tecnologia era muito custosa

comparada ao pequeno volume de vendas, e a falta de interesse internacional.

O RFID utilizando UHF teve uma melhora na sua visibilidade em 1999, quando o

Uniform Code Concil, o EAN internacional, a Procter & Gamble e a Gillette se uniram e

estabeleceram o Auto-ID Center, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Dois

professores, David Brock e Sanjay Sarma, têm realizado pesquisas para viabilizar a

utilização de etiquetas de RFID de baixo custo em todos os produtos feitos, e rastreá-los. A

ideia consiste em colocar apenas um número serial em cada etiqueta para manter o preço

baixo (utilizando-se apenas de um microchip simples que armazenaria apenas pouca

informação). A informação associada ao número serial de cada etiqueta pode ser

armazenada em qualquer banco de dados externo, acessível inclusive pela Internet.

2.2 RFID X CÓDIGO DE BARRAS

RFID possui uma tecnologia de identificação por sinais de rádio, mais conhecido

como radio frequência, sem a necessidade de fios para troca de dados entre dispositivos

móveis. RFID fisicamente falando, é uma etiqueta com uma antena e um chip mantido por

algum material específico. Código de barras, segundo [Rocha, entre 2005 e 2010], é um

conjunto de barras monocromáticas que representam letras e números que o leitor os

interpreta.

13

A maior diferença entre eles está em seus conceitos, enquanto o código de barras

armazena pouca informação e o leitor tem que estar próximo para realizar a leitura, o RFID

pode armazenar grandes quantidades de informações e não necessariamente o leitor precisa

estar próximo da TAG (Bastos; Silva, 2007). Segue abaixo a figura 1 que demonstra um

comparativo entre etiquetas RFID e Código de Barras.

Figura 1 – Comparação entre RFID x Código de Barras

Fonte: (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO... [entre 2005 e 2010]).

Nesse comparativo entre RFID e Código de Barras, apresenta-se uma série de

fatores favoráveis à tecnologia RFID, como por exemplo, alta vida útil e segurança dos

dados.

2.3 COMPONENTES

Concordamos com [UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO... (entre

2005 e 2010)] quando foi dito:

“o RFID é composto basicamente por elementos de captação dos dados,

executado por um leitor, e um elemento que emite sinais para o leitor tanto ativamente

como passivamente, o transponder, ou tag.”

14

2.3.1 Transponder (tag)

“O transponder representa o dispositivo que carrega os dados reais de um sistema de

RFID. Consiste normalmente de uma antena e um microchip eletrônico.”

[UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO... (entre 2005 e 2010)]

2.3.1.1 Características

Os transponders ou tags são os equivalentes ao código de barras, com a função de

armazenar os dados reais dos produtos. São construídos por uma antena e um microchip

(micro placa eletrônica) e dependendo se emitem ou não sinais espontaneamente são

classificados como ativos ou passivos, conforme figura 2 abaixo:

Figura 2 – Tags RFID Passivos e Tags RFID Ativos

Fonte: (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO [entre 2005 e 2010])

No mercado existe uma enorme variedade de tags para diversos ramos, pode-se

citar: Hospitais (Controle de Enxovais), Logística e Distribuição (Controle de

Recebimento), Varejo (Controle de Ativos) e Tecnologia da Informação (Controle de

Acesso de Pessoas). Ressalta-se também que existem etiquetas especificas para

15

determinadas características de produtos. Abaixo um exemplo de uma tag que é muito

utilizada no mercado na figura 3.

Exemplo: Tag específica para Plástico

Figuras 3 – Tags RFID –Especiais para Plástico

Fonte: RRETIQUETAS, 2012.

Essa figura demonstra uma Tag especifica para materiais plásticos na sua

aplicabilidade e suas dimensões. Abaixo as especificações:

Produto: Carrier

Aplicação: Caixas retornáveis, palletes e contêineres

Memória de usuário (bits): 512

Faixa de freqüência: 860-960 MHz

Superfícies aplicáveis: Plásticas

Fabricante: Confidex

2.3.1.2 Padrão de Comunicação

“o EPC (Eletronic Product Code) foi um padrão criado para tentar padronizar o RFID

visando a troca de informações entre indústria – distribuição - varejo – consumidor.

Existem outros padrões como a norma ISO, por exemplo, mas por disponibilidade de

fontes de consulta, o padrão EPC foi definido para elaboração do projeto. O EPC é um

padrão dividido em várias classes, conforme mostra a figura abaixo:” (JUNIOR, 2006)

A figura 4 abaixo representa as classes do padrão EPC Global.

16

Figura 4 – Classes Padrão EPC

Fonte: Junior, 2009

Conforme figura 4 acima, notam-se seis tipos de classes do padrão EPC Global,

cada uma com suas particularidades, entretanto visando especificadamente o custo

benefício à classe que se enquadra melhor nesse Estudo de Caso é a Classe 4, pois cada

produto distinto terá uma correlação de tags com respectivos identificadores únicos já

definidos pelo fabricante.

2.3.1.3 Frequências de Operação

Sistemas RFID, segundo [UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO...

(entre 2005 e 2010)], operam por frequências de rádio, para não atrapalhar frequências de

outros serviços que também utilizam ondas de rádio, tais como polícias, controle de tráfego

aéreo e marítimo, por exemplo, foram definidos padrões de faixa de frequência de

operação para o RFID.

Sistemas de Baixa Frequência (30KHZ a 500KHZ) – Para curta distância de leitura

e de baixo custo operacional.

Sistemas de Alta Frequência (850MHZ a 950MHZ e 2,4GHz a 2,5GHz) – Para

leitura em médias e longas distâncias.

17

2.3.2 Transceiver (Leitor)

De acordo com a publicação em [UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO... (entre 2005 e 2010)].

“[...] o leitor é o dispositivo que ativa a tag para extrair suas informações

localizadas na memória. Seu funcionamento não difere muito do leitor de código de

barras, a grande vantagem está no fato do leitor de RFID não precisar estar próximo da

tag para realizar a leitura e a capacidade de ler várias tags por vez.”

Abaixo a figura 5 ilustra um leitor RFID.

Figura 5 – Leitor RFID

Fonte: [UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (entre 2005 e 2010)]

2.4 ENTENDENDO O FUNCIONAMENTO DO RFID

Basicamente o funcionamento do RFID segundo [CONGRESSO BRASILEIRO

DE RFID, 2012] é composto por um transceptor ou leitora que transmite uma onda de

frequência de rádio através de uma antena para um transponder, mais conhecido por tag. O

tag absorve a onda de RF e responde com alguma informação que é gerenciada por um

sistema computacional. As leitoras, ou transceptores, operam em conjunto com antenas e,

através de um sinal de rádio, conversam com os transponder, ou tags, para a troca de

informações. Abaixo se encontra a figura 6 mostrando um exemplo ilustrativo do

funcionamento citado.

18

Figura 6 – Funcionamento do RFID

Fonte: [CONGRESSO BRASILEIRO DE RFID, 2012]

A ilustração citada acima é um exemplo do funcionamento teórico, atualmente

existem funcionamentos mais robustos onde se pode mapear a comunicação em cadeia

desde a tag em um produto no estoque até o usuário final em velocidade real, demonstrado

na figura 7 abaixo.

Figura 7 – Funcionamento da cadeia do RFID

Fonte: [CONGRESSO BRASILEIRO DE RFID, 2012]

19

2.5 ETIQUETA UTILIZADA E CUSTO

Dentre todas as opções de etiquetas disponíveis no mercado, a equipe optou por

uma etiqueta ATIVA, pois comparada com as tags PASSIVAS tem-se várias vantagens

quando relacionado com a proposta de aplicação.

A principal vantagem é à distância em que o leitor poderá identificar a tag ativa,

diferentemente da tag passiva onde essa distância é bem limitada. Além de que a etiqueta

abaixo foi praticamente a única encontrada no mercado com uma versão especifica para

metais, pois de acordo com a necessidade da aplicação utilizando um caso de uso de uma

empresa de equipamentos industriais, isso é extremamente importante.

Quando se imagina a aplicação, considerando que a leitora RFID estará localizada

em um robô móvel, ou até mesmo em pontos fixos e estratégicos, necessitasse que a tag

RFID fosse ATIVA, pois a distância da leitora RFID sempre será considerável.

Assim, definimos utilizar a Tag RFID de modelo ATIVE50.

Figura 8 – Tag RFID ATIVA

Fonte: [RFID CONTROL, 2012]

Detalhes:

Baixo Custo

Bateria longa duração.

20

Comunicação Criptografada (alta segurança).

Funcionamento na banda ISM de 2.4 GHZ (não necessita licença).

Sensor de deslocamento / vibração opcional- aumentando assim a segurança do ativo

monitorado.

Aviso de autonomia de bateria (enviado à leitora).

3 ROBÓTICA

Concordamos com [FERREIRA, 2008] quando ele afirma que a robótica é a ciência

ou o estudo da tecnologia associado com o projeto, fabricação, teoria e aplicação dos

robôs. A palavra robótica foi utilizada primeiramente impressa na história de ficção

científica de Isaac Asimov "Liar!" (1941). Nela, o autor se refere às 'três regras da robótica'

que posteriormente se tornaram as "Três Leis da Robótica" na publicação de ficção Eu,

Robô.

A robótica requer conhecimentos sobre eletrônica, mecânica e software. A parte

mecânica requer conhecimentos sobre cinemática, pneumática, hidráulica e a parte

eletrônica e de programação, conhecimentos sobre o tipo de unidade processadora a ser

utilizado, que podem ser micro controlador ou CLPs ( Controlador Lógico Programável ).

O processo padrão de criação de robôs começa pela exploração dos sensores, algoritmos e

atuadores que serão requeridos para o projeto. Algumas ideias como a relação entre o peso

do robô e sua fonte de alimentação primária também são decisivas para o projeto.

Após a base mecânica estar montada, os sensores e as outras entradas e saídas do

robô são conectados a um dispositivo que tomará as decisões, sendo mais comum o uso de

um micro controlador como unidade de processamento. Este circuito avalia os sinais de

entrada e calcula a resposta apropriada para cada combinação, enviando sinais aos

atuadores de modo a causar uma ação ou reação.

3.1 PLATAFORMA ARDUÍNO

21

Conforme [BENTES, 2011], o Arduíno é uma ferramenta que torna os

computadores capazes de detectar e controlar elementos do mundo físico. É uma

plataforma open-source de computação física baseada em um micro controlador a bordo de

uma placa simples, além de um ambiente de desenvolvimento para escrever softwares para

a placa. O Arduíno pode ser utilizado para desenvolver objetos autônomos ou iterativos

(como um sistema de controle que necessita de acesso aos objetos do mundo físico),

tomando as entradas a partir de uma variedade de sensores ou switches e controlando

atuadores como LEDs, servos-motores, relés ou outros tipos de saída. Os projetos podem

ser autônomos baseados na rotina escrita para o micro controlador ou podem se comunicar

com um software em execução no computador.

Essa tecnologia tende a crescer no mercado, pois existe uma série de vantagens que

o beneficiam ex: Preço relativamente baixo, programação em multiplataforma, Open

Source e capacidade de expansão.

Segundo [André, 2010], O Arduíno Uno é uma placa de micro controlador baseado

no ATMEGA328 (datasheet). Ele tem 14 pinos de entrada/saída digital (dos quais 6 podem

ser usados como saídas PWM), 6 entradas analógicas, um cristal oscilador de 16MHz, uma

conexão USB, uma entrada de alimentação uma conexão ICSP e um botão de reset. Ele

contém todos os componentes necessários para suportar o micro controlador, basta

conectar a um computador pela porta USB ou alimentar com uma fonte adequada.

3.2 O ROBÔ MÓVEL APLICADO AO PROJETO

Para o projeto propõe-se implementar um robô que realizará o inventário da loja.

Acoplado ao robô estará o leitor das etiquetas RFID instalada nos produtos unitariamente e

no topo estará a antena para identificação das etiquetas. A sua locomoção será através de

uma base móvel com rodas, que seguirão uma linha já determinada preta e branca,

percorrendo todo o espaço da loja. A seguir a especificação de todos os componentes que

possuem total integração com o Arduíno necessário para a construção do robô que será

utilizado nesse estudo de caso.

3.2.1 Micro Controlador Arduíno UNO

22

Abaixo na figura 9 encontra-se a imagem de um micro controlador Arduíno.

Figura 9 – Placa Micro controlador Arduíno

Fonte: ANDRÉ, 2010

Responsável por todo o processamento e controle de entradas e saídas. Abaixo a

figura 10 com as principais características do micro controlador Arduíno.

Micro Controlador ATmega 328

Voltagem Operacional 5V

Voltagem de entrada (recomendada) 7-12V

Voltagem de entrada (limites) 6-20V

Pinos E/S digitais 14 (dos quais 6 podem ser saídas PWM)

Pinos de entrada analógica 6

Corrente CC por pino E/S 40 mA

Corrente CC para o pino 3,3V 50 mA

Flash Memory 32 KB (ATmega328) dos quais 0,5KB

são utilizados pelo bootloader

SRAM 2 KB (ATmega328)

EEPROM 1 KB (ATmega328)

Velocidade de Clock 16 MHz

23

Figura 10 – Características do micro controlador Arduíno

Fonte: ANDRÉ, 2010

Esse micro controlador pode ser alimentado pela conexão USB ou com uma fonte

de alimentação externa (pilha).

Segundo [André, 2010] O ambiente de desenvolvimento do Arduíno torna fácil

escrever o código e enviar para a placa de entrada e saída. Pode ser codificado em

Windows, Mac OS X e Linux. O ambiente de programação é escrito em Java e baseado em

Processing, avr-gcc e outros softwares de código livre.

3.2.2 Placa Seguidora de Linha

A figura 11 a seguir representa um exemplo de uma placa seguidora de linha.

Figura 11 – Placa Seguidora de Linha

Fonte: Mercado Livre (2012a).

Com esse sensor pode-se construir um robô que segue uma linha no chão e

consegue detectar as cores pretas. Acompanham 3 sensores infrared em um mesmo

circuito o que facilita bastante a programação.

24

Especificação:

Alimentação: +5 v

Temperatura de funcionamento: 0° C

5 Fios de cobre

Tipo de Saída: Digital.

3.2.3 Leitor de RFID

A seguir a figura 12 ilustra um exemplo de leitor de RFID.

Figura 12 – Leitor de RFID

Fonte: [RFID CONTROL, 2012]

Principal componente responsável pela captura de todas as tags, esse leitor é

composto basicamente por dois elementos. O primeiro é a antena que possui um alcance de

50m de raio, esse componente é responsável por captar todas as tags que emitirem o sinal

para a antena e o segundo componente é o leitor que trata todas as informações emitidas

pela antena que são convertidas em caracteres ASCII.

Segundo [RFID CONTROL, 2012] o leitor de RFID possui conexão direta à porta

USB, não necessitando assim de alimentação externa, operação é plug and play (basta

conectar o dispositivo que ele já funcionará adequadamente), saída para antena adicional

com conector SMA (Shape Memory Alloy ou Liga com Memória de Forma), permite

aplicações de leitura setorial (combinada com antena adequada) e API/SDK (Application

25

Program Interface/ Software development kit ou Interface de Programa Aplicativo/ Kit de

Desenvolvimento de Software) de comunicação abertos.

3.2.4 Base Móvel

A seguir a figura 13 demonstra exemplos de Base Móvel utilizadas em Robôs.

Figura 13 – Base Móvel

Fonte: [TATO EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS, 2012]

Especificações:

2 Chapas de Acrílico uma superior e outra inferior

2 Rodas com pneu de borracha, sendo o diâmetro 6,5cm e a largura de 3cm

1 Roda Omni Direcional de Metal

Parafusos e espaçadores

2 Motores

Suporte p ara Pilhas (4 Pilhas AA)

Especificações dos motores:

Tensão: 4.5V DC

Velocidade sem carga: 90+-10rpm

Corrente sem carga: 190mA

Torque: 800 gf.cm min.

26

Máxima corrente requerida: 1 A

Responsável pela locomoção do robô, esse componente é totalmente preparado para

comportar todos os demais componentes citados para o projeto.

3.2.5 Armazenamento de Dados

A seguir a figura 14 representa um exemplo de uma placa que pode ser acoplada ao

Arduíno e assim adquire função de armazenamento de dados.

Figura 14 – PenBs

Fonte: [TATO EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS, 2012]

Com a necessidade de armazenar dados de forma flexível e portátil. O componente

citado acima é especifico para a plataforma Arduíno.

Segundo [TATO EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS, 2012], o PenBS foi criado

para permitir o uso de pen drives como forma de armazenamento de massa para micro

controladores. Com a popularização dos pen drives no mercado, o seu preço caiu muito e

hoje um modelo com 16GB de memória pode ser encontrado por menos de R$ 50,00. Esta

alta capacidade de armazenamento, aliado ao seu preço baixo o torna muito atraente para o

armazenamento de dados em micro controladores. E um problema que parecia insolúvel

era como interligar um micro controlador e um pen drive. O pen drive funciona como se

27

fosse um disco rígido para o Windows, ou seja, possui FAT, diretórios, arquivos e etc.

Além destes detalhes, a sua ligação é USB o que dificulta ainda mais o seu uso em um

micro controlador. O PenBS veio para fazer esta interligação entre os dois. Ele se

encarrega de fazer todo o trabalho e conversões necessárias.

3.3 CUSTOS

Após mostrar a relação de todos os componentes necessários para a construção do

robô móvel que será utilizado no projeto, será apresentada uma relação de todos os

componentes com os respectivos custos.

Custo Robô

Produto Quantidade Custo unitário Custo total item

Leitora RFID 1 R$ 400,00 R$ 400,00

Plataforma Robô 1 R$ 120,00 R$ 120,00

Armazen. Dados 2 R$ 50,00 R$ 100,00

Arduíno 1 R$ 119,00 R$ 119,00

Leitora linha 1 R$ 69,00 R$ 69,00

Custo TAG

Produto Quantidade Custo unitário Custo total item

Tag RFID Ativa 300 R$ 65,00 R$ 19.500,00

Custo Total

Aplicação Quantidade Valor Total

Robô + Tag 305 R$ 20.308,00

3.4 CONSUMO TOTAL DE ENERGIA DO ROBÔ

28

A figura 15 abaixo demonstra o consumo máximo de cada componente a fim de

determinar a carga total do robô para especificar a fonte necessária de alimentação.

Componente Especificação elétrica máxima (fabricante)

Leitora RFID 500mA ( 5V )

Plataforma Robô ( 2 Motores ) 2000mA ( 4,5V )

Arduíno 800mA ( 5V )

Placa Seguidora de Linha 10mA ( 5V )

Total 3310mA

Figura 15 – Especificação das Correntes dos Componentes do Robô

Fonte do autor

Baseado nos dados fornecidos acima a carga total que o circuito necessita é a soma

de todas as correntes especificadas, num total de 3310mA.

3.4.1 Bateria Utilizada

Após estudo sobre uma forma de obter maior rendimento de carga elétrica e de

baixo custo, o grupo definiu a pilha que será utilizada nessa monografia.

Levando em conta as cargas necessárias, a pilha ideal para a carga seria uma de

3310mAh. Entretanto o grupo pesquisou pilhas recarregáveis e o produto fornecido mais

próximo é de 2500mAh as quais fornecerão 4,8 V para todo o sistema. O capítulo 3.2.3 a

seguir ilustra que a capacidade desta pilha atende os requisitos de funcionamento. Pode-se

ilustrar abaixo a pilha utilizada na figura 16.

29

Figura 16 – Pilha Sony

Fonte: Mercado Livre (2012b)

3.4.2 Calculo da Duração da Pilha x Consumo do robô

Calculando a durabilidade obtém-se o valor da duração da pilha em relação do

consumo estimado do robô:

min45min60*75,0

75,0)arg(3310

)(2500

horaduracao

horaaCmA

pilhamAduracao

Com base no calculo acima, chega-se ao valor de 45min de autonomia do robô com

as pilhas utilizadas.

4. ESTUDO DE CASO DE CONTROLE DE INVENTÁRIO EM UMA

EMPRESA DE VAREJO

A seguir um detalhamento sobre a empresa foco de estudo de caso dessa monografia.

30

4.1 CONHECENDO A EMPRESA

A Empresa foco de estudo de caso se chama Rebal. Fundada em 1971, atualmente

localizada na cidade de São Caetano do Sul no Estado de São Paulo. Varejista desde sua

fundação, com uma gama de produtos podendo citar: Equipamentos e Utensílios para

Cozinhas Industriais, Comerciais e Domésticas, Bares, Lanchonetes, Restaurantes,

Açougues, Padarias, Hotéis, Hospitais, Supermercados, Ambulantes entre outros,

atendendo assim a toda área alimentícia.

Controle de inventário físico e estoque vão além de simples entradas e saídas, nosso

estudo de caso aborda a um supermercado de médio porte, onde teremos um terreno pré-

disposto com algumas prateleiras de produtos, e contaremos com dois estoques, o estoque

entre o fornecedor e a loja, onde efetuaremos etiquetagem de unidades, e o estoque entre a

loja e o consumidor final, onde efetuaremos a baixa de unidades do estoque.

Nosso controle de estoque se arrebata em cálculo de resultados focados na acurácia,

segundo [Bertaglia, 2009, pág. 335]. É uma relação entre a quantidade existente, ou

quantidade física e aquela existente no sistema ou nos controles de registros. Esses

registros podem estar contidos em sistemas ou em pequenos formulários.

“Manter a acurácia dos estoques em um nível elevado, ou seja, isento de erros,

trará vantagens significativas para a organização” – [Bertaglia, 2009, pág. 336].

Tendo como foco ou resultado da implantação de tal tecnologia, visando trazer

números mais confiáveis e facilidade para obter tal controle, com mais precisão.

Segundo [Bertaglia, 2009, pág. 336]. A Determinação da acurácia e dada pela

seguinte fórmula:

Acurácia = (Quantidade Física / Quantidade Teórica) * 100

31

O principal quesito que será trabalhado em cima deste fator acima citado, segundo

[Bertaglia, 2009 pág. 334], será o nível de serviço ao cliente, que consiste em uma relação

dos produtos existentes em sua prateleira e a demanda do mercado ou consumo, ou seja,

tendo números reais com a tecnologia implantada, a empresa terá em mãos uma fonte de

dados muito confiável, podendo tomar decisões com maior precisão e objetividade.

Abaixo, um exemplo real do Conceito de Acurácia aplicado ao último Controle de

Inventário realizado pela Rebal.

Informações de Itens não contabilizados

Tipos de Prod. Utensílios não localizados: 56 Produtos

Quantidade Total não localizada: 196 unidades

Total de Prejuízo: R$ 19.313,20

4.2 CENÁRIO ATUAL

A empresa Rebal realiza o controle de inventário de estoque dos produtos apenas

uma vez por ano, para ser mais especifico, esse processo acontece nos dois últimos dias

úteis do ano. Para conclusão desse processo é estipulado um tempo máximo de 48 horas,

ou seja, dois dias para inventariar toda a empresa, sendo que durante esse processo toda a

loja fica fechada.

Nesse estudo de caso será abordado somente o inventário de produtos disponíveis

nas prateleiras da loja, onde acontece o contato dos produtos com o consumidor final.

Abaixo uma figura que ilustra o Layout da empresa em especifico a loja, onde contêm

diversas prateleiras no centro da figura e na parte inferior os caixas para efetuar o

pagamento dos produtos. Conforme figura 17 abaixo:

32

Figura 17 – Layout Rebal

Fonte – Empresa Rebal

4.3 METODOLOGIA DE INVENTÁRIO APLICADA

O conceito que será abordado é aplicado por diversos mercados não exclusivamente

do ramo de varejo, mas também por outros segmentos. A contagem dos produtos é feita

manualmente por duplas de pessoas que se intercalam para obter uma visão diferente sobre

a contagem nas prateleiras de forma unitária, ou seja, uma prateleira por vez. Para cada

prateleira pode ser realizada até três contagens de produtos, onde a 1° e 2° contagem são

obrigatórias, caso haja alguma diferença em relação a quantidade informada então uma

terceira dupla realizara a 3° contagem e o resultado dessa contagem será registrada como a

quantidade final contagem.

Ao final da contagem de todas as prateleiras é realizado um somatório de todas as

quantidades por produtos para obter o saldo final de cada produto, após isso é feito um

comparativo do saldo contado com o saldo vigente dos produtos já imputados em algum

33

controle especifico e a partir de uma possível diferença, é ajustado o saldo vigente ao novo

saldo.

4.3.1 Tempo

Utilizando este método convencional de controle de inventário, para esta empresa

em especifico o tempo total do processo, desde o início das contagens até obter o número

final dos resultados é de 48 horas.

4.3.2 Custos

Abaixo a figura 18 com o detalhamento sobre os custos.

Faturamento de Dezembro/2011: R$ 2.338.418,16

Total de Dias Úteis no Mês de Dezembro: 22 Dias

Faturamento Diário (Faturamento Mensal /

Dias Úteis):

2.338.418,16 / 22 = R$106.291,73

Figura 18 – Detalhamento de Custos

Fonte: Empresa Rebal

Considerando que o tempo do inventário seja de 48 horas, ou seja, durante este

período a loja estará fechada por conta dessa contagem, a Rebal deixará de faturar em

torno de R$ 212.583,46.

5 PROPOSTA PRINCIPAL DA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NO NEGÓCIO

34

5.1 A APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NO NEGÓCIO

Segundo [Gomes et. al, 2004]. A implantação da Tecnologia de RFID para controle

de estoques e inventariados visa em um ambiente de fortes mudanças, onde a

competitividade é constante, sempre gerar números confiáveis para o crescimento do

negócio. A obtenção de informação é de suma importância, ou vital para a adaptabilidade

estratégica.

Segundo [Ching, 2001, pág. 90 (Nossa tradução)]. A apuração da Logística envolve

duas etapas: A Primeira etapa envolve o processo que parte da venda da mercadoria do

estoque 1 do fornecedor até a compra da mercadoria pela empresa, a segunda etapa se

inicia pela venda dos produtos do estoque 2 à empresa e a compra dos mesmos pelo cliente

final. A figura 19 abaixo mostra essa organização em organograma.

Figura 19– Organograma de Empresas

Fonte Ching (2002)

5.2 – APLICANDO A PROPOSTA

35

Dividiremos a implementação da proposta em 3 partes. Sendo elas, a etiquetagem

das TAGs RFID nos produtos, a preparação física do ambiente para a navegação do robô e

o funcionamento geral da proposta.

5.2.1 Etiquetagem

Será necessária a mão de obra para efetuar a etiquetagem dos produtos, e que as

etiquetas sejam mais resistentes e rígidas a fim de suprir os deslocamentos e a interação da

embalagem com o meio externo. O trabalho de etiquetagem dos produtos será de suma

importância para manter a organização e o controle automático, ela define o resultado da

implantação da nossa ferramenta.

A Etiquetagem será efetuada quando o produto chegar do fornecedor a empresa

sendo abertos os Pallets e etiquetando todos os produtos onde seria cadastrada juntamente

com a contagem de entrada, a figura 20 demonstra esse conceito.

Figura 20 – Seqüência de Recebimento de Material ou Produto

Fonte: Ching (2002)

É muito importante que as etiquetas estejam disponíveis nos produtos de uma forma

otimizada, visando a melhor forma de onde estará o percurso do robô contador.

36

Identificamos como melhoria a questão da segurança das TAGs RFID, pois através

dessa proposta, a garantia de que a TAG estará “instalada” ao produto é de inteira

responsabilidade da empresa cliente.

5.2.2 – Navegação do Robô

Nossa proposta é que a navegação do robô seja definida através de linhas guias, que

serão avaliadas e instaladas a partir do estudo de cada layout, ou seja, dependerá muito da

disposição física de paletes/prateleiras de cada local aonde a proposta será implementada.

Assim, primeiramente será necessário definir qual será o trajeto do robô contador.

A fim de ilustrar e exemplificar a utilização da nossa proposta, mostraremos na

figura 21 um layout de estoque.

Paletes

Figura 21– Layout de estoque

Fonte do Autor

Considerando o estoque ilustrado pela Figura 21, é necessário que o responsável

pela implementação da funcionalidade defina qual o caminho que o robô contador deverá

37

seguir garantindo a leitura de todas as etiquetas. A figura 22 a seguir define o caminho

traçado pelo robô.

Figura 22– Layout de estoque com definição do trajeto do robô contador

Fonte do Autor

Assim que definido qual o percurso que o robô irá percorrer partimos para

aplicação física.

5.2.2.1 – Aplicação e funcionalidade da linha base

Deverá ser aplicada uma linha base (podendo ser pintura ou adesiva) em toda a

trajetória do robô. Essa linha base é essencial para as próximas aplicações (linhas guias e

checkpoints). Pois ela ajudará à distinguir as linhas guias do chão do estoque, conforme

mostra a figura 23.

38

Figura 23 – Layout de estoque com a linha base

Fonte do Autor

Definimos como dimensão dessa linha base pelo menos 90cm de largura.

Lembrando que a linha base deverá ser utilizada como linha contraste das linhas

guias, ou seja, a linha base das linhas guias brancas deverá ser uma linha base preta, e a

linha base para as linhas guias pretas, deverá ser uma linha base branca.

5.2.2.2 – Aplicação e funcionalidade das linhas guias

Já com a linha base instalada, partiremos para as linhas guias. As linhas guias como

o próprio nome diz, servirá para guiar o robô contador. Conforme descrito no item 3.2.2.2,

o robô contador utilizara uma placa seguidora que identifica 3 linhas, podendo ser pretas

ou brancas.

Assim, para exemplificar adotaremos como linha principal central a linha de cor

preta, e as linhas laterais, linhas de cor branca. Conforme mostra a figura 24 abaixo.

39

B. Linhas Laterais Brancas

A. Linha Central Preta

Figura 24 – Linhas guias

Fonte do Autor

A. Linha Central (Preta)

A linha central de cor preta é simplesmente a linha guia mestre, que definira o

percurso do robô contador.

É a partir dela que o robô irá se basear para seguir o caminho definido.

B. Linhas Laterais (Brancas)

Essas linhas laterais podem ser consideradas como linhas delimitadoras para

orientação do robô. São elas que orientam se o robô deve se ajustar para direita ou

esquerda.

Assim, acima da linha base (figura 23) deverão ser instaladas as linhas guias,

conforme exemplifica a Figura 25 abaixo:

40

Figura 25 – Layout com linhas guias

Fonte do Autor

Definimos como dimensão dessas linhas base pelo menos 3cm de largura.

5.2.2.3 – Aplicação e Funcionalidades dos Checkpoints

Os Checkpoints são “pontos” de consolidação de informações. A ideia dos

checkpoints é garantirmos leituras parciais das informações, consolidando essas

informações de leitura ainda na memória do robô-contador para o arquivo consolidado.

Com esse mecanismo conseguimos garantir percentuais de leitura do processo total,

podendo assim retomar a contagem de ultimo ponto salvo, ou seja, do ultimo checkpoint.

A representação dos checkpoints será nas linhas guias, num mecanismo simples de

inversão das cores.

Conforme comentamos no item 5.2.2.2 acima, as linhas guias são representadas por

uma linha preta central e linhas brancas laterais.

Para criação/identificação de um checkpoint, basta invertemos as cores das linhas

guias.

Assim, um checkpoint deve ser representado por uma linha branca no centro, e

linhas pretas nas laterais, conforme mostra a figura 26

B. Linhas Laterais Pretas

A. Linha Central Branca

41

Figura 26 – Identificação/Representação de um Checkpoint

Fonte do Autor

Cada checkpoint deverá ser devidamente identificado (numerados). Nossa proposta

é identifica-los através de adesivos colados no chão, ao lado da representação do

checkpoint na trilha, contendo a numeração do mesmo, conforme exemplificamos na figura

27.

Figura 27 – Layout com os Checkpoints

Fonte do Autor

A definição da dimensão das linhas do Checkpoint também acompanha 3cm de largura.

Nossa recomendação é que no mínimo a cada 350 metros de percurso da trilha do

robô, seja implementado um checkpoint. Chegamos a essa conclusão com base nas

informações abaixo:

42

Conforme descrito no item 3.2.4 o raio R da roda do carrinho é de 3,25cm e seu

RPM sem carga é de 100 RPM, portanto com carga admitem-se 50% da rotação, 50 RPM.

Calculando o perímetro da circunferência da roda com a fórmula 2 * π * R e convertendo

as rotações por minuto em metros por segundo obtém-se:

smRPMR

/17,06000

50*25,3**2

6000

***2

De acordo com as informações obtidas, e baseadas no cálculo da duração da pilha I

no item 3.2.3, que resultou em 45 minutos ou 2700 segundos, adquire-se:

min)45(2700/4592700*17,0 sms

Sendo assim, para fins práticos, considerando uma margem de segurança de 20%,

calculamos 459m - 20% e obtemos os 350m de percurso a cada checkpoint.

Quando a rotina identificar um checkpoint através da inversão das linhas guias, ira

consolidar todas as informações contidas em memória (do arduíno) para o arquivo

magnético na memória flash.

Abordaremos com mais detalhes esse mecanismo no próximo item 5.2.4 –

Funcionamento geral da proposta.

5.2.3 – Utilizando Antenas Fixas

Também identificamos a possibilidade de viabilizar o projeto utilizando antenas

fixas. Tais antenas ficariam fixadas no teto ou parede do ambiente.

As antenas utilizadas para essa proposta é a mesma antena utilizada no robô,

conforme descreve o item 3.2.3.

As TAGs RFID utilizadas também seriam as mesmas apresentadas no projeto.

Porém, focamos no funcionamento do robô pois entendemos ser mais flexível, podendo ler

43

áreas maiores utilizando apenas uma antena, tornando desnecessário investimento em

diversas antenas e estudos de cobertura de área.

5.2.4 – Funcionamento geral da proposta

Considerando todas as informações e especificações do projeto, a idéia principal é

etiquetar todos os produtos desejados com as TAGs RFID ativas, em seguida preparar todo

o ambiente físico para o funcionamento da leitura.

Salientamos que o a dimensão da linha base 90cm de largura é o espaço necessário

entre as prateleiras ou paletes para a navegação do robô.

Assim, quando desejado dar início ao processo de contagem, basta posicionar o

robô no início da trilha e liga-lo.

Nesse momento entrará em execução a rotina de funcionamento do robô. Essa

rotina será desenvolvida numa linguagem a definir, simpatizamos com a linguagem C ou

Java, pois ambas são compatíveis com a tecnologia Arduíno.

5.2.4.1 – Funcionamento da rotina

Iniciado a rotina, o primeiro passo será verificar o último arquivo criado na

memória flash. Caso não existir nenhum, cria o arquivo magnético na memória flash

incrementando um sequencial no fim do arquivo.

Quanto à estrutura do arquivo magnético que conterá as informações recebidas,

definimos que será de extensão TXT seguindo as definições abaixo.

Padrão de nome do arquivo criado: ARQINFO_000000001.txt

Onde “ARQINFO_” será sempre um nome fixo, definido pela rotina e

“000000001” será sempre um numero sequencial, ou seja, sempre o numero do último

arquivo na memória flash + 1 (mais um).

44

Este arquivo também conterá TAGs de identificação para abertura (início de

leitura), além das informações também existirá identificação dos Checkpoints realizados e

a TAG de encerramento.

1. Criação do arquivo com numeração sequencial.

Exemplo: ARQINF_000000002.txt

2. Escrever no arquivo magnético TAG de abertura, definida como [READ] (abre

chaves, “READ”, fecha chaves)

Exemplo: [READ]

3. Ao passar pelos Checkpoints, consolidar as informações obtidas, escrever

informação do Checkpoint realizado e limpar a memória do Arduíno.

A principio adotamos como conteúdo obtido pelas TAGs RFID Ativas que estarão

nos produtos, apenas um código de identificação.

Também definido como identificação do Checkpoint a TAG: [CP_999999], onde

“CP_” será uma define fixa (representa “Checkpoint”) e 999999 será um numero

sequencial de Checkpoint, onde representa a identificação do Checkpoint realizado.

Exemplo: ID0001

ID0002

ID0003

[CP_000001]

Informações do arquivo:

Informação Conteúdo Observação

Nome do

Arquivo

ARQINF_ Define fixa, representa ARQUIVO DE

INFORMAÇÕES

999999999

Numero sequencial, sempre se baseia no ultimo

arquivo criado + 1 (mais um). Caso não encontrado

nenhum arquivo na memória FLASH, considerar

como número inicial “000000001”

Extensão do TXT -

45

arquivo

Informações do conteúdo do arquivo:

Registro Conteúdo Observação Exemplo

ABERTURA [READ] Tag de identificação

de abertura do

arquivo.

[READ]

DADOS IDXXXXXXX Identificação da

TAG RFID

recebida. Definimos

que essa

identificação será de

acordo com o

código de

identificação da

TAG RFID

disponibilizada pelo

fabricante

ID0000001

ID0000002

ID0000003

.

.

.

ID0000016

ID0000017

.

.

.

CHECKPOINT [CP_999999] Tag de identificação

de um Checkpoint.

[CP_000001]

.

.

.

[CP_000002]

ENCERRAMENTO [/READ] Tag de

encerramento do

arquivo. Sabemos

identificar assim um

arquivo finalizado

por essa Tag.

[/READ]

Para exemplificar, mostraremos um exemplo de um arquivo com uma leitura

completa com 3 checkpoints:

46

5.4.2.2 – Exemplo da proposta em funcionamento

Para melhor entendimento, vamos demonstrar um caso de uso da ferramenta.

47

Considerando o ambiente de layout/configuração da Figura 28 abaixo:

Figura 28 – Cenário de exemplo do funcionamento da ferramenta

Fonte do Autor

Posicionaremos o robô contador no inicio da trilha e ligamos (figura 29):

48

Figura 29 – Cenário de exemplo com robô posicionado no inicio da trilha

Fonte do Autor

A partir deste momento, o robô começará a se locomover através das linhas guias, e

a receber as informações enviadas pelas TAGs RFID ativas, todas essas informações serão

armazenadas em memória interna do arduíno de 34k. Como demonstra a figura 30 a seguir:

MEMÓRIA INTERNA ARDUÍNO

ID000001

ID000002

ID000003

49

Figura 30 – Robô em funcionamento e recebendo informações das TAGs RFID

Fonte do Autor

Quando passar por um checkpoint, consolida-se as informações no arquivo TXT

contido na memória FLASH, ilustrada na figura 31 abaixo:

MEMÓRIA INTERNA ARDUÍNO

ID000001

ID000002

ID000003

ARQUIVO TXT – MEMÓRIA FLASH

ID000001

ID000002

ID000003

MEMÓRIA INTERNA ARDUÍNO

[LIMPA]

50

Figura 31 – Consolidação das informações

Fonte do Autor

Para identificar o fim do processo de contagem e parada do robô, proponhamos

utilizar as linhas guias, assim como fazemos para identificação dos Checkpoints, porém,

para identificar o fim do processo, utilizaremos as 3 linhas guias na cor branca, conforme

mostra figura 32 abaixo:

B. Linhas Laterais Brancas

A. Linha Central Branca

Figura 32 – Representação das linhas guias para identificação do fim do processo

Fonte do Autor

Quanto a rotina do robô contador identificar essas 3 linhas guias, interpretará que é

o fim do processo de contagem, realizará o ultimo Checkpoint consolidando as

informações contidas em memória no arquivo na memória Flash e por conta da linha guia

branca o robô para.

51

Figura 33 – Identificação na trilha para representar o fim do processo

Fonte do Autor

Quando houver qualquer tipo de interrupção no processo, seja por questões de

bateria ou qualquer outro motivo, o desenho do nosso processo é identificar aonde foi a

parada do robô, solucionar o problema, como por exemplo substituindo as pilhas, recolocar

o robô antes do ultimo Checkpoint passado e religá-lo.

Assim a rotina identificará o arquivo na memória flash ainda em aberto, sem a TAG

de identificação de fechamento [/READ] e voltará o processo de contagem quando

identificar o primeiro Checkpoint da trilha.

Para entendimento do processo da rotina utilizando o robô contador, vejamos o

fluxograma abaixo:

52

Figura 34 – Fluxograma do processo da proposta

Fonte do Autor

53

6 CONCLUSÃO

Após realizarmos o estudo de caso identificamos fatores que podem ser melhorados

visando os aspectos financeiros, baseado em algumas informações concluímos que com a

sugestão da proposta para otimização do controle de inventário, garantimos que a

contagem dos produtos pode ser agendada para o horário em que não há clientes, sendo

assim podendo reverter o prejuízo dos R$ 212.583,46 por a loja estar fechada

acrescentando o valor de R$ 19.313,20 pelos produtos não contabilizados, ou seja, não

localizados no último Inventário. Em contrapartida com a implantação do robô móvel e as

tags RFID no custo aproximado de R$ 20.308,00, será possível realizar a contagem de

forma rápida e descartando a possibilidade de erros humanos no resultado da contagem.

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