estudo de caso no setor administrativo de uma...
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NO TRABALHO EM EQUIPE:
ESTUDO DE CASO NO SETOR ADMINISTRATIVO DE UMA EMPRESA DE TRANSPORTE DE VALORES EM PORTO ALEGRE (RS).
MICHELE BORBA DA SILVA
ALVORADA
2017/02
Michele Borba da Silva
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NO TRABALHO EM EQUIPE:
ESTUDO DE CASO NO SETOR ADMINISTRATIVO DE UMA EMPRESA DE TRANSPORTE DE VALORES EM PORTO ALEGRE (RS).
Projeto de pesquisa (PPII) apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração pela Faculdade Luterana São Marcos.
Orientador: Prof. Ms. Alexandre Viegas da Silva.
Alvorada 2017/02
FICHA DE APROVAÇÃO
Michele Borba da Silva
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NO TRABALHO EM EQUIPE:
ESTUDO DE CASO NO SETOR ADMINISTRATIVO DE UMA EMPRESA DE
TRANSPORTE DE VALORES EM PORTO ALEGRE (RS).
Projeto de pesquisa (PPII) apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração pela Faculdade Luterana São Marcos.
Aprovado em: _____ / _____ / _____
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________________________
Prof. Amanda Bifano Balbinot
___________________________________________________________________
Titulação e Nome do Avaliador II
Prof. Ms. Alexandre Viegas da Silva
Dedico este trabalho a todos que contribuíram
direta ou indiretamente para eu chegar ate
aqui.
AGRADECIMENTOS
Durante minha trajetória no Curso de Bacharelado em Administração,
algumas pessoas estavam sempre ao meu lado, incentivando e apoiando minhas
ações. Minha gratidão vai especialmente para:
A Deus, a quem devo minha vida.
A minha família que sempre me apoiou nos estudos e nos momentos difíceis.
Ao orientador Prof. Ms. Alexandre Viegas da Silva que teve papel
fundamental na elaboração deste trabalho.
Aos meus colegas e amigos pelo companheirismo e disponibilidade para me
auxiliar em vários momentos.
RESUMO
Este artigo tem como objetivo compreender como a motivação influencia o comportamento da equipe no ambiente organizacional. Para tanto, adotou-se, como base teórica, as abordagens referentes à motivação e ao trabalho em equipe. O estudo, de natureza qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, com base em um estudo de caso único, foi realizado em uma empresa de transporte de valores, localizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram realizadas entrevistas com 12 funcionários que tivessem mais de um ano na empresa e que trabalhassem no administrativo desta mesma organização. Por meio destas entrevistas, buscou-se compreender de que forma a motivação influencia o comportamento da equipe no ambiente organizacional. Os dados foram analisados, mediante análise de conteúdo, possibilitando três categorias: a) Estímulo da motivação no trabalho em equipe; b) Fatores motivacionais dentro do ambiente organizacional; e c) Práticas organizacionais relacionadas à motivação no trabalho em equipe. Através das categorias, foram obtidos alguns resultados que se destacaram como a falta de comunicação entre a equipe, a falta de reconhecimento profissional e também a falta de algumas práticas organizacionais que estimulem a motivação. Dessa forma, podem ser assinaladas algumas ações de melhoria nessas áreas deficitárias, tais como: treinamentos para os funcionários e gestores, feedback contínuo e criação de um plano de carreira. Mesmo que as sugestões sejam colocadas em prática e resultem em um aumento da motivação, e os funcionários se sintam motivados, é preciso que haja também o comprometimento e compreensão dos funcionários, para que essas práticas resultem em motivação e pontos positivos que venham somente a somar dentro da empresa.
PALAVRAS CHAVE: Recursos Humanos. Ambiente de trabalho. Motivação. Trabalho em equipe.
ABSTRACT
This article aims to understand how motivation influences team behavior in the organizational environment. Thus, it was adopted, as a theoretical basis, the approaches related to motivation and teamwork. The qualitative, exploratory and descriptive study, based on a single case study, was carried out in a securities transport company, located in Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Interviews were conducted with 12 employees who had more than one year in the company and that they worked in the administration of this same organization. Through these interviews, we sought to understand how motivation influences team behavior in the organizational environment. The data were analyzed through content analysis, allowing three categories: a) Encouragement of motivation in teamwork; b) Motivational factors within the organizational environment; and c) Organizational practices related to motivation in teamwork. Through the categories, some results were obtained that stood out, such as the lack of communication between the team, the lack of recognition professional, and also the lack of some organizational practices that stimulate motivation. In this way, some improvement actions in these deficit areas can be pointed out, such as: training for employees and managers, continuous feedback and creation of a career plan. Even if the suggestions were put into practice, the results were related to increase in motivation, and the employees felt motivated, there also must be the commitment and understanding of the employees, so that these practices result in motivation and positive points to improve the company.
KEYWORDS: Human Resources. Labor environment. Motivation. Team work.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 - Conceitos de Motivação.................................................................16
Quadro 2 - Teorias da Motivação.....................................................................18
Figura 1 - Pirâmide das Necessidades de Maslow ..........................................21
Figura 2 - Teoria dos Dois Fatores...................................................................22
Quadro 3 - Tipos de Equipes............................................................................23
Quadro 4 - Conceitos de Equipes.....................................................................25
Figura 3 - Mapa Conceitual da Pesquisa..........................................................29
Quadro 5 - Perfil do Público Entrevistado.........................................................31
Figura 4 - Técnicas da Coleta de Dados...........................................................33
Figura 5 - Fatores Motivacionais no Ambiente de Trabalho..............................42
Quadro 5 - Práticas Organizacionais.................................................................44
Quadro 6 - Critérios para o roteiro do púbico entrevistado................................53
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................11
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................13
2.1. Motivação no Ambiente Organizacional........................................................13
2.2. Conceitos de Motivação...............................................................................15
2.3. Teorias da Motivação....................................................................................17
2.3.1. Teoria da Hierarquia das Necessidades.......................................................19
2.3.2. Teoria dos Dois Fatores................................................................................21
2.4. Trabalho em Equipe no Ambiente Organizacional........................................23
2.5. Conceitos de Equipe.....................................................................................25
2.6. O Impacto da Motivação no Trabalho em Equipe.........................................27
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................................30
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS......................................................34
4.1. Motivação no trabalho em equipe.................................................................34
4.2. Fatores motivacionais no ambiente organizacional......................................38
4.3. Práticas organizacionais...............................................................................43
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................45
REFERÊNCIAS.............................................................................................48
APENDICE A – ROTEIRO SEMIESTRUTURADO DE ENTREVISTAS.......53
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1. INTRODUÇÃO
A motivação é uma temática com relevância no ambiente organizacional.
Pois, a motivação pode estimular um melhor desempenho dos funcionários que
impacta no desenvolvimento e na qualidade do trabalho realizado. Um funcionário
motivado é um funcionário que busca alcançar os objetivos traçados pela
organização de acordo com o contexto que ele esta inserido.
Bergamini (1997) explica que a motivação é um aspecto intrínseco às
pessoas, e ninguém pode motivar ninguém, havendo alternativas e meios para a
motivação da mesma. O comportamento das pessoas pode ser moldado por muitos
meios, fazendo com que o funcionário se sinta motivado e envolvido com suas
tarefas, trazendo inovações, criatividades e buscando agrada-los de maneira que
incentivam as suas necessidades. (VIEIRA DE CARVALHO, 2012; NASCIMENTO,
2012; GOMES SERAFIM, 2012).
Nesse sentido, as transformações organizacionais que estão acontecendo
cobram mudanças internas, e as organizações visam unir pessoas para atingir
objetivos que, sozinhos, demoraria a ser alcançados ou seriam de forma mais
trabalhosa. De certa forma as organizações estimulam os funcionários no ambiente
de trabalho, trazendo uma relação agradável entre equipes, funcionário e
organização. Portanto o trabalho em equipe ainda é muito raro, pela dificuldade que
as pessoas têm em relacionarem-se umas com as outras. (SENA, 2005).
Luecke (2010) ao falar também sobre o trabalho em equipe, diz que este é
formado por um grupo de pessoas em pequena quantidade, com conhecimentos que
se completam uns aos outros, juntos se responsabilizam por um mesmo objetivo,
que se dedicam e se esforçam, para realizar uma tarefa em comum. Para uma
equipe que busca resultados positivos, os integrantes possuem habilidades
diferenciadas, compartilham ideias e seguem juntos na mesma direção, com
respeito, cooperação e mente aberta elevada (MOSCOVICI, 2013).
De certa forma, algumas organizações estão valorizando mais os seus
funcionários, escutando-os, deixando um ambiente agradável e propício para se
trabalhar, este relacionamento com os funcionários os motiva, sendo sempre
importante para a empresa, o qual faz parte do seu crescimento e desenvolvimento.
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Assim, conseguem adotar estratégias, a fim de selecionar uma equipe de trabalho,
em busca de metas e objetivos comuns.
As organizações estão utilizando mais o trabalho em equipe, com o objetivo
voltado para o relacionamento entre as pessoas, dando o poder de autonomia aos
funcionários e incentivando-os ao trabalho em conjunto, o que possibilita o alcance
de melhores resultados e um desempenho satisfatório.
Para um bom desempenho da equipe, não é necessário focar-se somente nas
habilidades do funcionário, mas, sim, mas sim, na motivação que ele tem para o
trabalho, e, para que isto aconteça, as organizações vêm estimulando a motivação,
não considerando somente as competências, mas valorizando o seu comportamento
e suas necessidades, recebendo recompensas quando seu desempenho atinge os
objetivos desejados (NEPOMUCENO, 2012; BORLOT, 2012; MARQUES, 2012).
A motivação e o trabalho em equipe são peças fundamentais dentro de uma
organização, e, com foco na importância da motivação no trabalho em equipe, foi
realizado um estudo de caso único, em uma empresa multinacional de Transporte
de Valores, com mais de quarenta anos no mercado e com uma equipe de 160.000,
que oferece serviços nas áreas de: Logística de Valores, Gestão de
Numerário, Soluções Integradas de Segurança e Alarmes. A empresa tem doze
filiais no Rio Grande do Sul.
Desta forma, no presente estudo, optou-se pelo setor administrativo da filial
de Porto Alegre, sendo a filial matriz do RS, onde se concentra o maior número de
funcionários, na qual são realizadas as tomadas de decisões. O setor administrativo
possui trinta funcionários, divididos nas áreas: Recursos Humanos, Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT),
Financeiro, Técnicos de Informática e o Comercial, que prestam serviços para as
outras 11 filiais do estado, que tem um total de três mil funcionários. No setor
administrativo, na filial de Porto Alegre, os funcionários comparecem para tirar
dúvidas no que concerne aos benefícios, pagamentos, descontos, admissões,
integrações e demissões.
Já que a organização deve estar sempre buscando competitividade de
mercado e contar com sua equipe para este engajamento e participação, ela precisa
estar sempre atenta para manter seus funcionários motivados e satisfeitos ao
máximo para o trabalho em equipe. Diante desse contexto, esta pesquisa tem o
13
seguinte problema de pesquisa: Como a motivação influencia o comportamento da
equipe no ambiente organizacional?
Como finalidade de responder ao problema de pesquisa, este estudo tem por
objetivo geral compreender como a motivação influencia o comportamento da equipe
no ambiente organizacional.
Para atingir o objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos
específicos:
a) Analisar a forma que a motivação estimula o trabalho em equipe;
b) Identificar fatores motivacionais no ambiente organizacional, a partir do
trabalho em equipe;
c) Propor práticas organizacionais em relação à motivação no trabalho em
equipe.
Nesse sentido, esse estudo propõe contribuir com informações teóricas e
empíricas pesquisadas a partir das abordagens exploradas nesse estudo, com o
propósito de investigar e apontar os fatores que estimulam os funcionários ao
trabalho em equipe e a motivação na referida empresa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta seção, apresenta-se a fundamentação teórica do trabalho, que aborda
os aspectos referentes à motivação e ao trabalho em equipe dentro das
organizações, bem como o impacto da motivação no trabalho em equipe.
Identifica-se, dentro desses conceitos, alguns autores principais, tais como
Moscovici (1994), Fiorelli (2004), Chiavenato (2009), Bomfim e Hastenreiter (2010),
Robbins (2010), Hitt, Miller e Colella, (2012), BERGAMINI (2013), Marchesan (2015),
e são apresentadas as duas principais teorias da motivação, que são de Abraham
Maslow e Frederik Herzberg, entre outros que serão apresentados.
2.1. Motivação no Ambiente Organizacional
14
A motivação é muito importante no ambiente organizacional e, para Robbins
(2010, p. 75) “trabalhos atraentes que proveem treinamento, variedade,
independência e controle, contentam a maioria dos funcionários”. Assim se a
organização disponibilizar treinamentos, especializações e oportunidades de
crescimento, tende o funcionário a ficar satisfeito em seu ambiente de trabalho.
A motivação para o trabalho é uma necessidade única das pessoas, ela pode
levar a uma descoberta de um processo de felicidade pessoal, mas isso só ocorre se
ela quiser, e a organização tem que cumprir com suas obrigações de ajudá-los. A
satisfação motivacional vem de cada escolha que cada um faz, sendo de
autoidentidade, autoestima ou autogerenciamento. (BERGAMINI, 2013).
Nesta perspectiva, Marchesan (2015) explica que motivar a equipe está além
de alternativas como salários. Além disso, estarem atentas às necessidades dos
funcionários e estar atentos aos aspectos que realmente motiva. Ainda, o autor
considera que ouvir, delegar e desafiar os funcionários é de muita importância, onde
proporciona que o funcionário seja valorizado pela tarefa desenvolvida.
A motivação organizacional é relativa à capacidade do desempenho e da
dedicação dos funcionários da organização. Para tanto, os funcionários precisam
estar estimulados ao crescimento, a um bom relacionamento com colegas e com
todo o ambiente de trabalho, ter um incentivo para alcançar metas junto a
organização, com o objetivo de ir a busca de melhores resultados. (SANTOS, 2015).
Carvalho (2010) esclarece que a motivação no trabalho anteriormente era
entendida como a procura por recompensas salariais e materiais, mas que
atualmente essa motivação no ambiente de trabalho mudou, pois o dinheiro não é o
único fator de satisfação profissional, e sim, o fato de haver recompensas sociais,
reconhecimentos profissionais e não, materiais.
Enfatiza-se que motivação esta relacionada ao sentimento de realização e de
reconhecimento profissional, manifestados por meios das tarefas e atividades que os
desafiam e trazem um significado para o trabalho, a pessoa se motiva no trabalho
buscando fatores como, salários melhores, reconhecimento e realização profissional.
(FERRI, 2014).
Santos (2015) diz que a motivação é um mito porque as organizações
acreditam que o resultado de satisfação é o funcionário estar feliz e fazer o que
gosta, com isso tende a estar sempre motivado. Segundo autor, um funcionário feliz
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e satisfeito com o ambiente de trabalho pode resultar no efeito ao contrario da
motivação, que é o comodismo.
Conforme Fidelis e Pizzighini (apud MAXIMIANO, 2007) a motivação dos
funcionários pode ser uma das principais causas dos resultados de uma
organização, visto que são eles que fazem o desempenho da organização funcionar.
O maior desafio das organizações em motivar seus funcionários é conciliar a
necessidades e os desejos deles com as expectativas da organização. Para manter
uma pessoa motivada não é fácil, pois cada pessoa tem suas necessidades,
experiências e valores diferentes, a organização tem que saber gerenciar bem estes
desafios para manter cada pessoa motivada.
Existem duas maneiras de motivação: motivação intrínseca e a motivação
extrínseca dentro das organizações. (SÁ, 2012). A intrínseca é referente ao
comportamento das pessoas dentro do ambiente de trabalho. O próprio trabalho
provoca bem estar no que se desempenha, fazendo as pessoas a trabalhar com
prazer, satisfação, sentindo-se motivado intrinsecamente. E a extrínseca é o
comportamento de cada pessoa. A motivação da pessoa é uma consequência dela
mesma, e pode estar associado aos fatores, como elogios, prêmios,
reconhecimento, promoção no ambiente de trabalho, ego e comparação com os
outros. (ROBBINS et al. 2010).
Com base no referencial, pode-se observar que a motivação é individual e
depende de alguns fatores, tias como, a maneira pela qual foram atingidas as
necessidades dos funcionários e como foi promovido o seu desenvolvimento e
reconhecimento para manterem-se motivados em seu ambiente de trabalho. A
motivação, seja ela intrínseca ou extrínseca, vem do próprio funcionário, quando ele
concilia sua vida profissional com a pessoal, quando suas necessidades são
atendidas, pois ninguém consegue forçar alguém a ser motivado, pois é alo pessoal.
2.2. Conceitos de Motivação
A motivação tem sido um grande desafio nas organizações. Muitas teorias
têm tentado explicar o funcionamento desta força, visto que ela faz com que as
pessoas sigam em busca de seus objetivos. Como propõe Robbins (2003) a
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motivação é à vontade, a ordenação e a energia que se tem, para atingir uma meta
traçada pela própria pessoa, afim de que, por meio desta energia seja possivel
satisfazer suas necessidades pessoais, assim é entendida como uma direção para
atingir uma meta.
Segundo Maximiano (2007) a motivação é a influencia entre o ambiente
proposto e os motivos internos de cada individuo. Cada ser se motiva de uma forma
diferente. No entanto a motivação leva as pessoas a procederem com dedicação,
esforço e energia para alcançar seus objetivos. (COSTA, 2015). No quadro 1
exposto a seguir apresenta alguns conceitos de motivação ao longo dos anos.
Quadro 1 – Conceitos de Motivação Autor, Ano Conceito Palavras Chaves
Castro, (2016).
A palavra motivação vem daquilo que se faz mover, de conquistar, de se realizar, correr e fazer andar. Motivar é tudo que leva a uma ação, esta muito ligada ao se sentir bem do que falar, se as pessoas estão motivadas elas andam em frente.
Mover, ação.
Marchesan, (2015).
Motivação é a forma de desafiar os funcionários e delegar tarefas importantes pode trazer a motivação e estimulo aos funcionários, também ouvir as opiniões e sugestões muitas vezes se torna motivador, por elas participarem mais no ambiente de trabalho, possibilitando que se sintam importantes.
Desafiar, participação.
Ferri, (2014). Motivação é o ato de motivar, natureza de uma ação psicológica ou preocupação que faz com que o organismo humano se movimente. A motivação envolve o desejo de realização e de reconhecimento no ambiente profissional, manifestados por tarefas e atividades que o desafia, o individuo se motiva no ambiente de trabalho buscando elementos como, realização profissional, reconhecimento, remuneração financeira, entre outros.
Desejo de realização, reconhecimento.
Hitt, Miller e Colella, (2012).
Motivação vem do interior de uma pessoa, que são responsáveis pelo encaminhamento dos esforços da pessoa, pela intensidade de alcançar objetivos específicos que não só dependem de capacidades e de demandas ambientais.
Esforços, Capacidades.
Silva, (2011). A motivação é uma ação responsável por incentivo do comportamento individual de cada pessoa para uma determinada atividade, que o estimula para realizar seus objetivos esperado e que seja atingido de forma satisfatória.
Incentivo, Comportamento.
Costa, (2008). A motivação corresponde ao conjunto de elementos psicológicos, necessidades de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam o comportamento das pessoas.
Necessidades, Comportamento.
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Bergamini, (2008).
A motivação depende de cada pessoa e o que ira favorecer a ela. Com isso, as pessoas em ambientes agradáveis exercem naturalmente suas atividades e podendo expor suas ideias, atendendo ás suas próprias necessidades e autoestima.
Necessidades, autoestima.
Chiavenato, (2006).
A motivação é o que estimula a pessoa agir de forma objetiva ou ter um comportamento especial, isso gera um incentivo para determinada ação, provocado por uma motivação externa ou gerada internamente no ambiente de trabalho.
Incentivo, Comportamento.
James, John e
Konopaske, (2006).
Motivação é a palavra usada para explicar as forças internas e externas que atingem as pessoas para iniciar ou direcionar comportamentos. Percebem-se as situações existentes e o comportamento das pessoas para intender a motivação.
Pessoas, Comportamento.
Robbins, (2005, p.132)
Conceitua “motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta”. Esta motivação é alterada de pessoa para pessoa, sendo o resultado da intensidade entre o mesmo e a condição em que se encontra.
Esforços, intensidade.
Castro, (2002).
Motivação é a influencia ou consequência de motivar, é a formação de causas, aspectos, motivos e fatores para que uma pessoa seja mais feliz e satisfatória em suas relações. É o método que constitui estímulos e interesses para a vida das pessoas e estimula o desempenho, as ações e comprometimento.
Pessoas mais felizes, estimular.
Dubrin, (1998).
A motivação é o estimulo para atingir resultados positivos. Motivação é um importante principio para a produtividade e o desempenho. As habilidades, as competências e o ambiente de trabalho também são grandes incentivos.
Resultados, produtividade.
Fonte: Elaborado pela autora.
Com base no Quadro 1, pode-se observar que, a motivação vem de cada
pessoa, por suas necessidades e os desejos de realizações emocionais, biológicas
ou sociais, sempre relacionados ao seu comportamento. As pessoas se motivam
para atingir seus objetivos ou metas a serem cumpridas, e a motivação é um impulso
para uma ação e para se chegar a um resultado positivo.
2.3. Teorias da Motivação
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As teorias de conteúdo da motivação frequentemente se centralizam em
identificar os elementos específicos que motivam as pessoas, e as teorias de
processo da motivação que estão associadas ao processo dos elementos que
interagem para produzir a motivação. No quadro 2 exposto abaixo, são
apresentadas as teorias da motivação (CHIAVENATO 2010).
Quadro 2 – Teorias da Motivação
Autor Teoria Conceito Abraham Maslow Teoria da Hierarquia das
Necessidades, de Maslow. Propõe-se que as pessoas são motivadas
por sua vontade de satisfazer as necessidades, que ordenou em ordem
hierárquica, com as necessidades fisiológicas na parte abaixo, logo depois as
necessidades de segurança, as necessidades sociais e de pertença, as
necessidades de estima e, na parte superior as necessidades de
autorealização.
Frederick Herzberg
Teoria dos Dois Fatores A teoria trabalha mais nas recompensas e nos resultados do desempenho do que em satisfazer as necessidades dos indivíduos.
A teoria aponta dois conjuntos de recompensas e resultados: o que esta
relacionada á satisfação no trabalho e os relacionados à insatisfação no trabalho.
Clayton Alderfer Teoria ERG A teoria ERG tem cinco necessidades a menos que as de Maslow são as três necessidades essenciais: Existência,
relacionamento e crescimento.
David McClelland Realização, Aflição e Poder.
Teoria também chamada de necessidades aprendidas, pois se aplica nas
necessidades de realização, de afiliação e de poder, que se influencia pelas origens
culturais e pode se obter através de treinamentos.
Victor Vroom Teoria da Expectativa A teoria enfatiza que para agir de certo modo depende da força da expectativa de que o comportamento pode ser seguido
por resultados e da influencia desse resultado para a pessoa. A teoria tem três aspectos: Expectativa, Instrumentalidade e
Valência.
J. Stacey Adams Teoria da Equidade Nesta teoria a motivação é fundamentada na analise que uma pessoa faz sobre a
remuneração ou as recompensas que ela recebe por seu trabalho em faz uma comparação com a mesma analise
referente a outra pessoa por exemplo um colega de trabalho.
Edwin Locke Teoria da Fixação de A teoria propõe objetivos que reforçam o
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Objetivos desempenho das pessoas, uma vez que afetam o desempenho, a persistência e o
direcionamento do comportamento. A teoria aborda vários fatores, incluindo
dificuldade dos objetivos, a especificidade dos objetivos, o comprometimento com os
objetivos, a participação na fixação de objetivos e as contrapartidas em relação
aos objetivos.
Fonte: Adaptado de Hitt, Miller e Colella (2012) e Chiavenato (2010).
Com base no Quadro 2, pode-se observar que as teorias da motivação estão
relacionadas aos fatores que destacam a motivação das pessoas e ao processo de
como produzi-la. Estes fatores apontam as necessidades das pessoas dentro e fora
do ambiente de trabalho, e o objetivo das teorias é mostrar que é possível incentivar
o funcionário a atenderem ás suas necessidades. As teorias vêm se aperfeiçoando
para que a motivação permaneça dentro das organizações, que os funcionários se
sintam bem com o trabalho executado, com o ambiente de trabalho, com seu
desempenho, para isto é preciso que eles deixem claro seu objetivo e necessidades
dentro da organização.
O objetivo do trabalho é focar nas duas principais correntes motivacionais, a
Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow e a Teoria dos Dois Fatores, de
Herzeberg.
2.3.1. Teoria da Hierarquia das Necessidades
Teoria da Hierarquia das Necessidades de Abraham Maslow de 1940 é uma
das mais conhecidas teorias sobre motivação. De acordo com Maslow, para que as
pessoas sejam motivadas, suas necessidades tem que ser atendidas e são
ajustadas em uma pirâmide, aspecto relevante no comportamento humano. Na
base, estão às necessidades primarias, são as necessidades mais baixas e usuais,
e no topo estão às secundárias mais requintadas. Para Maslow, as necessidades
que estão no nível mais baixo devem ser atendidas antes que as necessidades que
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ocupam um nível mais elevado, e as primárias estão divididas em necessidades
fisiológicas e de segurança (HITT; MILLER; COLELLA, 2012):
Fisiológicas: são as necessidades básicas: alimentação, sono, repouso e
abrigo. São necessidades que servem como um canal para a satisfação de outras
necessidades. É uma necessidade que é relacionada ao comportamento humano,
por sua vez não atendida uma destas necessidades seu comportamento ira mudar
em relação à insatisfação;
Segurança: é uma necessidade em que a pessoa se protege de algum perigo
real, imaginário ou físico. Ela busca proteção contra ameaça, como a garantia no
emprego, de poder planejar o orçamento familiar, um bom relacionamento no
ambiente de trabalho para se mantiver empregado. Estas necessidades surgem
quando as necessidades fisiológicas estão atendidas relativamente. As pessoas que
estão neste nível acreditam que seu emprego seja fator de segurança e acham
como um meio de manter o que conquistaram.
Para Chiavenato (2009), as Necessidades Secundárias são divididas em
sociais, de estima e de autorealização:
Sociais: é uma necessidade ligada ao desejo da pessoa em se relacionar
com outras no trabalho, fazer parte de grupos, no amor e amizades. Esta
relacionada à vida social da pessoa. Em decorrente, pessoas que estejam neste
nível já atenderam as necessidades fisiológicas e de segurança e agora estão
preocupadas em estabelecer boas relações com outras pessoas, pode ser no
trabalho, com familiares, o importante é ter um bom relacionamento com outras
pessoas;
Estima: é uma necessidade de autoconfiança e de autovalorização, na qual a
pessoa tem o sentimento de respeito consigo mesma, bem como o respeito e
confiança dos colegas no ambiente de trabalho. Envolve a necessidade de
aprovação de ser alguém no mundo, o reconhecimento social, prestígio,
consideração, status e a reputação;
Auto-realização: é necessidade relacionada ao desejo de a pessoa quer
mostrar o seu potencial, não economizando o uso de suas capacidades e de suas
competências. As pessoas que estão nesse nível são pessoas automotivadas
menos propensas aos quatro tipos de necessidades iniciais. Não são todas as
pessoas que chegam a este nível, essas pessoas aceitam suas próprias realizações
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e buscam sempre novas oportunidades, não deixam suas capacidades e seus
talentos de lado;
A seguir, na Figura 1, é apresentada a Pirâmide das Necessidades de Maslow.
Figura 1 – Pirâmide das Necessidades de Maslow
Fonte: Adaptado de Lopes (2012 p.8).
A Teoria da Hierarquia das Necessidades se denomina “hierarquia dos
motivos humanos”, já que são necessidades ligadas diretamente ao individuo. É a
necessidade É a necessidade ligada ao grau de sua prioridade, pois cada um tem
seu tempo, suas responsabilidades e suas demandas bem como as recompensas
que ajudariam a satisfazer suas necessidades.
2.3.2 Teoria dos Dois Fatores
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A motivação baseia-se nas recompensas e nos resultados de desempenho do
que em satisfazer as necessidades das pessoas, como a Teoria de Maslow, como
salienta Frederick Herzberg (apud CHIAVENATO, 2009), Essa teoria mostra dois
fatores de recompensas ou resultados, aqueles relacionados à satisfação no
trabalho e os relacionados à insatisfação no trabalho. Herzberg (apud HITT;
MILLER; COLELLA, 2012) explica que a teoria no ambiente de trabalho e no
ambiente externo das pessoas está dividida em dois fatores.
Higiênicos: Fatores relacionados ao ambiente de trabalho, onde condições
são administradas pela empresa, que podem causar insatisfação no trabalho, visto
que, quando esses fatores estão precários, a insatisfação aumenta. Porém, se
houver maiores quantidades destes fatores não causam satisfação e, sim menor
quantidade causara a insatisfação. Esses fatores incluem salário, condições de
trabalho, políticas da empresa e administração, segurança no cargo, relações com
colegas e status;
Motivacionais: Fatores relacionados à capacidade e competência da pessoa,
que quando aumentados causarão níveis mais elevados de satisfação. Eles geram
efeito continuo e aumento de produtividade com qualidade e excelência. E também
se inclui a promoção, a realização, a responsabilidade, o reconhecimento, o próprio
trabalho e o potencial para crescimento pessoal. Na Figura 2, a seguir, está exposta
a Teoria dos Dois Fatores.
Figura 2 – Teoria dos Dois Fatores
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2009, p.56).
De acordo com Herzberg (apud CHIAVENATO, 2009) a Teoria dos Dois
Fatores se baseia em um conjunto de recompensas ou resultados, aqueles
23
associados à satisfação no trabalho e aqueles relacionados à insatisfação no
trabalho, sendo que o oposto da alta satisfação no trabalho não é alta insatisfação.
Como assevera Chiavenato (2009) as Teorias de Maslow e Herzberg
possuem alguns pontos de concordância que proporcionam um entendimento mais
claro a respeito da motivação do comportamento humano.
2.4. Trabalho em Equipe no Ambiente Organizacional
Uma equipe eficaz apresenta efeito sinergético, e isto significa que uma
equipe de sucesso é a soma das competências de todos os membros e não, de
cada um sozinho, como acreditam Hitt et al.(2012). Com o trabalho em equipe gera-
se uma união positiva entre os funcionários, resultando os esforços em um alto nível
de desempenho e aumentando os objetivos organizacionais para o atingimento das
metas, sem precisar de investimento. Robbins, Judge e Sobral (2010) enfatizam que
o uso do trabalho em equipe gera a competência para a organização aumentar os
seus resultados sem necessidade de aumentar os investimentos.
Bomfim e Hastenreiter (2010) apresentam alguns tipos de equipes: a)
multidisciplinar, b) autogerenciável, c) virtual, d) a de tomada de decisão, e) de
desenvolvimento, f) de resolução de problemas e g) multifuncional entre outros. O
quadro 3 apresenta os tipos de equipes e seus conceitos.
Quadro 3 – Tipos de Equipes Equipe Multidisciplinar É um grupo de formação intelectual, material ou de ambos,
formada por pessoas que atuam em áreas diferentes, mas que se completam para o desenvolvimento de uma mesma tarefa.
Equipes Auto gerenciável Grupo de funcionários que fazem tarefas muito relacionadas e interdependentes e assumem responsabilidades que antes eram de seus superiores.
Equipes Virtuais
São reuniões eletrônicas que permite que seus componentes se reúnam sem se preocupar com espaço ou tempo.
Equipe de tomada de decisão
Pratica de explorar os problemas e todos os aspectos envolvidos e tomar decisões assertivas na busca dos melhores resultados.
Equipe de desenvolvimento
Trabalham com objetivos específicos com pesquisas e desenvolvimento de tarefas ou produtos.
24
Equipe de resolução de problemas
Grupos compostos por cinco a doze membros, todos do mesmo setor, se reúnem por horas e semanas para debater meios de melhorar qualidade, a competência e o ambiente de trabalho.
Equipe Multifuncional Formada por membros de igual nível hierárquico, sendo de diferentes setores, que se juntam para cumprir um objetivo.
Fonte: Adaptado de Bomfim e Hastenreiter (2010).
Para as organizações o foco é o fortalecimento dos funcionários, o
crescimento de mercado e sempre melhoria da qualidade. Para alcançar esses
objetivos traçados, é imprescindível o papel desempenhado pelos seus funcionários,
devendo existir uma boa gestão de pessoas disciplinadas e ágeis, onde todos os
setores têm que caminhar juntos com um trabalho em equipe. (CHIAVENATO,
2014).
De acordo com Rodrigues e Stankowitz (apud BEJARANO, 2005) as equipes
têm competência para aumentar a produtividade e a redução de custos da
organização. Baseadas em suas capacidades, enquanto equipes, as organizações
nas ultimas décadas vem apresentando mudanças no modelo organizacional,
porque, ao invés de organizar o trabalho somente em funções e setores elas estão
aderindo ao trabalho em equipes.
Muitas organizações optam para o trabalho em equipe, pois pessoas que
visam e executam tarefas em conjunto, com cooperação e comunicação frequente,
são capazes de identificar formas de melhorias e criatividade dentro do ambiente de
trabalho, trazendo ideias e informações, que trazem qualidade e satisfação em
diferentes atividades. Um dos motivos que as organizações buscam no trabalho em
equipe é de reduzir os custos e melhorar a produtividade. (HARDINGHAM, 2000).
Nesse sentido, o trabalho em equipe proporciona a organização membros de
confiança, por suas competências e comprometimento com suas tarefas, propicia a
redução da rotatividade e do índice de faltas, também a melhoria na qualidade no
trabalho e nas mudanças tecnológicas com melhor aceitação e rapidez. (WEBER;
GRISCI, 2013).
Segundo Franco e Santos (2010) o trabalho em equipe passa a ser
identificado como uma solução para os problemas organizacionais pelo grande
conhecimento dos membros, agilidade com as informações, boa comunicação,
comprometimento e rapidez na aprendizagem organizacional.
25
Já Sousa; Campos e Ramos (2001) dizem que para conseguir ter um apoio e
iniciativa de todos os funcionários de uma organização para um determinado
objetivo, é preciso mostrar que os caminhos mais trilhados é os que levam a ter
responsabilidades pelo crescimento organizacional e reconhecendo o trabalho de
todos os membros da equipe. Torna-se claro que o ser humano dentro das
organizações é peça-chave, tendo em vista diferentes pensamentos, atitudes e
habilidades, mas todos fazem parte de uma só equipe e caminhando junto em busca
do resultado positivo.
Hardingham (2000) explica a diferença de grupo e uma equipe, que o objetivo
ou objetivos comuns são à diferença entre um grupo e uma equipe. Dentro de uma
organização existem grupos que compartilham um mesmo ambiente de trabalho,
que saem para almoçar juntos, um grupo que esta disponível para certos tipos de
trabalhos num período complementar. O trabalho em equipe, dentro da organização,
ocorre, quando se tem um mesmo objetivo que exija a união de todos os membros,
sem medir esforços, o qual desenvolve um projeto, podendo levar a um
aprimoramento na eficiência da atividade traçada pela organização.
2.5. Conceitos de Equipe
Equipes são grupos de trabalho que atuam com um forte sistema participativo
de tomada de decisões, funções compartilhadas e responsabilidades pelo trabalho
realizado, e cada membro deve ter habilidades que desempenhem diferentes
tarefas, como esclarece Chiavenato (2009). Equipes são responsáveis pelo
atingimento de metas e resultados, ajudam uns aos outros, analisam a qualidade da
equipe e pela melhoria continua. No quadro 4 exposto a seguir, faz uma síntese de
alguns conceitos sobre equipes.
Quadro 4 – Conceitos de Equipe Autor, Ano Conceito Palavras Chaves
Hitt et al. (2012),
Define o conceito de equipe como dois ou mais funcionários em um setor dentro da organização com funções interdependentes, desempenhando papéis
Papeis diferentes, metas.
26
diferentes, em busca da mesma meta.
Bonfim e Hastenreiter,
(2010),
Destacam que a equipe é constituída por um grupo de pessoas com atividades que se acrescentam com o mesmo propósito, com objetivo de desempenho, tática de trabalho e responsabilidades.
Atividades, Desempenho.
Robbins, (2005).
Conceitua equipes de trabalho não apenas como um compartilhamento de informações e sim um objetivo com desempenho coletivo. Quanto à cooperação, à responsabilidade e às atividades dos funcionários, nas equipes há muito mais sucesso devido à semelhança e de união entre os membros e a liderança.
Desempenho, União.
Hardingham, (2000).
Equipes é a soma de indivíduos que se unem para alcançar um objetivo em comum, que este objetivo tem que ser entendido por todos os membros da equipe, e os esforços ser devidamente divido entre todos.
União, Esforços.
Fiorelli, (2004).
Uma equipe é o conjunto de pessoas com pensamentos semelhantes, com comportamento otimizado, união dos integrantes, que caminham em busca de objetivos de interesse comum de todos.
Comportamento, Objetivos em
comum.
Mello e Andrade, (1999).
Diz que as equipes existem desde a antiguidade, quando os indivíduos perceberam os benefícios que teriam ao fazer as atividades em equipes em busca do mesmo objetivo.
Benefícios, Mesmo objetivos.
Moscovici, (1994).
A equipe tem uma comunicação segura entre os membros, com opiniões diferentes que se juntam. Habilidades que se completam para alcançar resultados e assumem riscos, cooperação uns com os outros, respeito e visão no crescimento.
Comunicação, Respeito e Visão de
Crescimento.
Davis e Newstrom,
(2004).
Equipe é um pequeno grupo de pessoas que se encontra habitualmente, sempre comprometido com uma ação determinada. Os membros estão cientes de seus objetivos, cooperam com responsabilidade e com entusiasmo em suas atividades e se dão apoio mutuo.
Comprometidos e Responsabilidades.
Dalft, (2010)
Equipe é uma unidade de dois ou mais membros que se ajudam e coordenam o trabalho para chegar ao resultado positivo de uma meta especifica que provoca um equilíbrio de atividades compartilhadas e responsabilidades coletivas.
Resultado positivo e Atividades
Compartilhadas.
James, John e
Konopaske, (2006).
Equipe é um tipo de grupo especial de tarefas, composto por dois ou mais membros, todos responsáveis pelo desempenho de um mesmo objetivo e o atingimento de metas. As equipes tem objetivo de resolver problemas frequentemente.
Grupo de tarefas e Responsáveis pelo
desempenho.
Fonte: Elaborado pela autora.
Com base no Quadro 4, pode-se observar que com o passar dos anos, o
trabalho em equipe esta cada vez se aperfeiçoado, integrando pessoas com
diferentes competências que juntas vão em busca de um mesmo objetivo. Trabalhar
em equipe é todos os membros saberem da tarefa de cada um e reconhecerem a
27
importância que se tem para a conclusão de todas as tarefas, tendo a consciência
de que um precisa do outro para atingir o tão almejado resultado. A união dos
esforços de uma equipe supera e da força a motivação e rapidez para a realização
do objetivo com mais precisão, visto que sozinho talvez fosse um pouco mais
demorado.
2.6. O Impacto da Motivação no Trabalho em Equipe
A motivação estabelece ações para guiar pessoas em busca de benefícios
para si mesmas e para a equipe no qual estão inseridas. Os funcionários
desmotivados e sem qualidade de vida no trabalho podem gerar problemas para a
organização, já que necessita de pessoas capazes de ajudar e colaborar para obter
respostas para os problemas, trabalhando em equipe, motivadas para a busca de
melhores resultados, e contribuindo para uma melhor produtividade (SILVA;
PEIXOTO; BATISTA, 2011).
As organizações antigamente tratavam seus funcionários apenas como
equipes de produção, contudo, nos tempos de hoje, se percebe uma relação entre
satisfação de necessidades e o resultado esperado. As organizações estão usando
as teorias da motivação para incentivar os funcionários, valorizando-os nas
empresas através de suas competências (TEIXEIRA, 2015).
Para Castro (2016) sem uma equipe motivada, é difícil de alcançar as metas.
Desta forma, a organização tem que saber motivar cada membro de sua equipe e,
ao mesmo tempo, estimular a equipe num todo, porque uma equipe com todos
motivados é a que tem os melhores resultados e um rendimento melhor.
O bom desempenho de uma equipe depende de quanto motivados estão os
funcionários. Nesta perspectiva, a motivação é conceituada como o esforço e as
competências exercidas pelos membros da equipe para fazer ou alcançar algo. A
motivação é um dos maiores fatores que incentiva para o bom desempenho no
trabalho. Por este motivo que as organizações se focam na motivação, eis que ela é
influenciável e leva ao atingimento de metas (CHIAVENATO, 2005).
Segundo Hartman (2004), o trabalho em equipe é uma forma de se conduzir
as mudanças organizacionais que ocorrem no ambiente de trabalho, através da
28
participação das pessoas nos processos decisórios dos gestores, envolvendo-os em
tarefas importantes. Esse incentivo gera motivação, comprometimento com as metas
estabelecidas e melhorias na produtividade
As organizações buscam motivar os funcionários para atingir altos níveis de
produtividade, satisfação e desempenho. Para isso, eles preparam suas equipes,
apresentando teorias, determinando conceitos e situações motivadoras, entendendo
comportamentos e condutas, elaborando metas e objetivos no processo
motivacional e apresentando planos de ação (PEREZ-RAMOS, 1990).
De acordo Teixeira (2015) as organizações, no passado, olhavam seus
funcionários como apenas equipes de produção, já, nos tempos de hoje, estão
centrando-se na relação entre satisfação de necessidades e o objetivo esperado.
Com isso, estão utilizando as teorias da motivação para incentivar as equipes, como
fora abordado anteriormente, com grande reconhecimento dos funcionários através
de suas habilidades.
A motivação pessoal, dentro do trabalho em equipe, afeta a ação, o caminho,
a energia e o empenho do esforço. Um funcionário motivado segue em frente,
centraliza para a correta direção dos esforços, trabalha com intensidade e mantem o
foco. A intenção de motivar os membros da equipe é fazer com que eles alcancem
resultados positivos para a organização (DUBRIN, 1998).
Diante do exposto, verifica-se que a motivação para o trabalho em equipe,
dentro do ambiente organizacional, é de suma importância para alcançar resultados
positivos, para as tomadas de decisões e para desenvolvimento e competências dos
membros da equipe. Os funcionários são motivados por meio da qualidade de seu
trabalho e pelo convívio onde se encontra. Onde a um funcionário motivado, a
equipe chega ao objetivo proposto com competência e qualidade (SILVA; PEIXOTO;
BATISTA, 2011).
A partir da definição conceitual adotada neste estudo sobre as abordagens
motivação e trabalho em equipe, a figura 3 apresenta o mapa conceitual da
pesquisa, com base no referencial teórico utilizado.
29
Figura 3 – Mapa Conceitual da pesquisa.
Fonte: Elaborado pela autora.
A Figura 3 demonstra que as abordagens referentes à motivação e ao
trabalho em equipe se interligam.
Como propõe o autor Castro (2016) sem uma equipe motivada, não se
consegue alcançar metas com bons resultados. A organização tem que saber
contribuir para esta motivação estimulando a equipe num todo, porque uma equipe,
com todos motivados, é a que possui os melhores resultados e um desenvolvimento
melhor em suas atividades.
A motivação baseia-se nas teorias da motivação, e, no mapa conceitual,
mostram-se duas delas: Teoria das Necessidades, na qual as pessoas se motivam
através da satisfação de suas necessidades; e Teoria dos Dois Fatores que motiva
por meio das recompensas e dos resultados. Essas necessidades ligadas às teorias
satisfeitas influenciarão no trabalho em equipe.
30
Nota-se, no mapa conceitual, a ligação entre o trabalho em equipe e a
motivação, e os tipos de equipes que se ligam com as teorias motivacionais e ambas
ligadas ao ambiente de trabalho, buscam sempre motivar, incentivar e ter uma
equipe com um bem estar, satisfeita e que trabalhe no que goste com resultados
positivos e com qualificação.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este capítulo tem por finalidade apresentar as descrições de como a
investigação foi executada e as técnicas de coleta e análise de dados que foi
utilizada para realização desse estudo.
A presente pesquisa foi qualitativa, de caráter exploratório e descritivo,
realizada por meio de um estudo de caso único. Exploratória, pois realizou uma
abordagem bibliográfica sobre o assunto, para melhor compreendê-lo. Descritiva,
visto que pretendeu apurar o nível de motivação no trabalho em equipe, a fim de
obter o conhecimento acerca dos motivos que auxiliam a promoção da motivação. A
coleta de dados feita por meio de uma entrevista semiestruturada (YIN, 2005).
De acordo com Yin (2015) o estudo de caso tem por objetivo auxiliar o grau
de conhecimento do pesquisador sobre os fenômenos sociais, individuais e
organizacionais, entre outros, podendo dar-lhe maior clareza quanto ao tema de
interesse. O autor também sugere que o estudo de caso único é de grande
importância, e é preciso levar em consideração a etapa da escolha da unidade única
de análise, para certificar-se de que, no andamento deste estudo, possa ter
relevância para ao assunto investigado.
A empresa onde foi feita a pesquisa é uma multinacional que atua no ramo de
transporte de valores e segurança. Com mais de 40 anos de história
e presença em cinco continentes, é a empresa líder em segurança em todo o
mundo.
Para a realização dessa pesquisa, foi escolhida a filial de Porto Alegre, base
matriz do RS, onde se concentra o maior numero de funcionários, sendo o setor
administrativo selecionado para a realização das entrevistas, por possuir um grupo
de diferentes setores que trabalham juntos para um melhor atendimento aos
31
funcionários das doze filiais. Desta maneira, esta seleção possibilita uma análise
mais completa da amostragem.
Dentro do departamento escolhido para a amostra, foram selecionados doze
funcionários do setor de administrativo. Este setor é responsável pelo controle de
horas dos funcionários, recrutamento e seleção, benefícios em geral dos
funcionários, admissão e demissão, reciclagens, entre outros. Para esta seleção,
foram utilizando os seguintes critérios:
a) Estar atuando na empresa no mínimo um ano;
b) Ser funcionário (a) do administrativo da empresa;
c) Ter interesse em participar da pesquisa;
d) Ter conhecimento sobre a motivação no trabalho em equipe no
ambiente de trabalho.
Foi utilizado o parâmetro de saturação neste estudo, conforme os seguintes
autores Kaplan (1975) e Cherques (2006). O parâmetro de saturação é usado para
determinar ou finalizar o tamanho final de uma amostra em estudo, e para apontar
os tipos de respostas e anotar as repetições, a fim de que não haja novas
informações ou algum tema novo que seja registrado, atinge-se o ponto de
saturação.
Após a seleção do grupo a ser entrevistado, foi realizado um contato com o
supervisor do setor administrativo para a apresentação da pesquisa e sua
autorização bem como a definição dos entrevistados. A partir de então, se traçou o
perfil, como pode ser observado no Quadro 5, abaixo:
Quadro 5 - Perfil do público entrevistado
Nome Cargo Idade Gênero Tempo de Empresa
Entrevistado 1 Assistente Administrativo 25 Feminino 4 Anos
Entrevistado 2 Assistente Administrativo 24 Feminino 1 Ano
Entrevistado 3 Técnico Segurança do
Trabalho SR 30 Masculino 3 Anos
Entrevistado 4 Técnico Segurança do
Trabalho SR 34 Feminino 4 Anos
Entrevistado 5 Técnico Segurança do
Trabalho PL 30 Feminino 4 Anos
Entrevistado 6 Analista Contas a Pagar PL 59 Feminino 9 Anos
32
Entrevistado 7 Analista Regional Adm.
Financeiro 44 Masculino 11 Anos
Entrevistado 8 Supervisor RH 49 Masculino 7 Anos
Entrevistado 9 Analista Regional Recursos
Humanos PL 37 Feminino 4 Anos
Entrevistado 10 Analista Regional Recursos
Humanos SR 61 Feminino 10 Anos
Entrevistado 11 TI 46 Masculino 14 Anos
Entrevistado 12 Assistente Administrativo 28 Feminino 5 Anos
Fonte: Elaborado pela autora (2017).
De acordo com Coutinho (2014), as entrevistas têm por finalidade esclarecer
opiniões, comportamentos dos entrevistados, de modo a mencionar determinados
dados, os quais não foram obtidos por meio de observação. As entrevistas
semiestruturadas servem para se alcançar informações comparativas de
participantes distintos.
Por este motivo neste, estudo de caso, aplica-se a técnica de entrevista
semiestruturada em profundidade (Apêndice A), para poder proporcionar descrição
detalhada do assunto pesquisado no campo, por meio de diferentes entendimentos
dos entrevistados. A entrevista semiestruturada contribui não só para a descrição
dos fenômenos sociais, mas também seu esclarecimento e a percepção de sua
totalidade, além de manter a presença consciente e participante do pesquisador no
processo de coleta de informações.
Neste estudo, foi utilizada também a técnica de observação participante, uma
vez que a pesquisadora faz parte do ambiente de trabalho onde foi realizado o
estudo de caso. A observação participante é uma forma especial de observação na
qual a pessoa não é apenas observadora passiva, mas também pode assumir outras
funções dentro de uma pesquisa e participar dos eventos que estão sendo
estudados (YIN, 2005).
Para analisar os dados, foi escolhida a análise categorial da autora Bardin,
(1977) que mostra as prováveis técnicas utilizadas na análise de conteúdo: análise
categorial; análise de avaliação; análise da expressão; análise das relações e
análise do discurso.
Nesta pesquisa, foi utilizada a análise de conteúdo (BARDIN, 1977) e
interpretação dos dados, conforme fundamentadas na análise qualitativa, visa a
33
segmentar em níveis, como meios mais eficazes a serem utilizado nesta
investigação, para a interpretação das informações dos entrevistados.
Bardin (1977) explica que a análise de conteúdo é usada quando se quer ir
além das interpretações, de uma simples leitura e da real. Concentra-se em tudo
que é falado nas entrevistas ou depoimentos, também o que é escrito em jornais,
livros, textos, como as imagens de filmes, desenhos, cartazes, televisão, em um todo
da comunicação entre outros.
Para Gil (2010) a análise e interpretação de dados é um processo que, no
estudo de caso, esta relacionado com a coleta de dados. A rigor, a análise começa
durante a primeira entrevista e a primeira observação. Dessa forma, fica dificil definir
o prosseguimento exato de algumas etapas do processo de análise e interpretação
de dados.
As categorias adotadas atuam de forma interligada à questão de pesquisa,
assim como os objetivos desse estudo e são estabelecidas da seguinte forma:
a) Estimulo da motivação no trabalho em equipe;
b) Fatores motivacionais dentro do ambiente organizacional;
c) Práticas organizacionais relacionadas à motivação no trabalho em
equipe.
Para uma melhor visualização dos objetivos propostos na pesquisa,
apresentam-se através da figura 4, abaixo os procedimentos escolhidos para a
coleta de dados, desta pesquisa:
Figura 4 - Técnicas da coleta de dados
34
Fonte: Elaborado pela autora (2017).
Os resultados da pesquisa bem como a inferência e a interpretação dos
dados obtidos serão relatados em capítulo posterior, no qual foi realizada uma
análise aprofundada dos resultados obtidos.
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Neste capítulo, são apresentados os resultados obtidos através da análise
dos dados coletados por meio do instrumento de pesquisa aplicado, destinando-se a
apresentar as respostas ao objetivo geral bem como aos objetivos específicos.
4.1. Motivação no trabalho em equipe
A primeira categoria refere-se à motivação no trabalho em equipe dentro do
administrativo da empresa. Castro (2016) explica que, sem uma equipe motivada, é
difícil alcançar as metas e os resultados positivos. Pode-se dizer que a organização
tem que saber motivar cada membro de sua equipe e, ao mesmo tempo, estimular a
equipe num todo, porque uma equipe com todos os seus componentes motivados,
tende a ter um desempenho mais assertivo.
De um modo geral, das entrevistas realizadas, observou-se que os
entrevistados não relataram um bom trabalho em equipe:
Entrevistado 1 – “A equipe é desproporcional, pois há funcionários com ensino superior completo que trabalham com funcionários que tem apenas o ensino médio e que recebem o mesmo salario”. Entrevistado 2 – “Avalio como sendo uma boa equipe, [..] A equipe poderia ser melhor ainda se os funcionários contratados recentemente tivessem um perfil parecido com o restante da equipe e tivessem experiências coerentes com o setor, pois isso traz dificuldades ao dia de trabalho”. Entrevistado 4 – “Tem pessoas que fazem questão de não agregar atividades para evitar se comprometer, acredito que se cada um desse um
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pouquinho de melhor saíssem da zona de conforto poderíamos desenvolver mais atividades em equipe”.
Com os relatos acima pode-se perceber que não há um bom relacionamento
entre a equipe, e isto causa a desmotivação em alguns funcionarios, por falta de
união e comunicação entre eles. Os entrevistados acima relatam que a equipe é
desproporcional, com funcionários mais novos sem experiência e perfil bem
diferente do restante da equipe, e isto, portanto, acaba prejudicando o andamento
do trabalho.
O bom desempenho de uma equipe depende de quanto motivados estão os
funcionários. A motivação é conceituada como o esforço e as competências
exercidas pelos membros da equipe para fazer ou alcançar algo, é um dos maiores
fatores que incentiva para o bom desempenho no trabalho (CHIAVENATO, 2005). A
partir disso a equipe tem que ser unida para, junto, alcançar o bom desempenho e
criar competências semelhantes para caminhar no mesmo ritmo e a buscar o
sucesso.
Conforme Moscovici, (1994) a equipe tem uma comunicação segura entre os
membros, com opiniões diferentes que se juntam. Habilidades que se completam
para alcançar resultados e assumem riscos, cooperação uns com os outros, respeito
e visão no crescimento. Uma boa comunicação entre a equipe é de suma
importância para o relacionamento entre os membros, e, a partir disso, foi
questionado aos entrevistados como ocorre o comportamento e relacionamento da
equipe:
Entrevistado 1 – “A comunicação é maior entre os membros da equipe, porem a comunicação com o gestor não é muito clara, pois o mesmo não nos passa informações precisas. [...]. Há um grupo de cinco pessoas que se relacionam bem que se ajudam o restante da equipe não se ajuda e o gestor não sabe liderar sua equipe”. Entrevistado 2 – “Falta comunicação do gestor com o restante da equipe. Pouquíssimas vezes recebemos feedback [...]. Atualmente, a equipe esta dividida, uma parte da equipe trabalha realmente em equipe e a outra parte trabalha de forma individual, na minha opinião isso é reflexo de uma má gestão por parte do supervisor, que em vez de trabalhar e incentivar o trabalho em equipe, prefere que a equipe não se relacione dentro do setor e fora da empresa.” Entrevistado 3 – “Acredito que em todas as empresas, tem alguma dificuldade na comunicação, [...], mas com compreensão e dedicação de cada individuo acredito que seja muito viável ajustar estas dificuldades, e o relacionamento é bem profissional não se estende além da empresa”.
36
Entrevistado 4 – “Tem pessoas que fazem questão de não agregar atividades para evitar se comprometer, acredito que se cada um desse um pouquinho de melhor saíssem da zona de conforto poderíamos desenvolver mais atividades em equipe”. Entrevistado 6 – “[...], quanto maior o circulo da equipe, a comunicação começa a perde-se e fica mais difuso o que dificulta o entendimento da informação muitas vezes de relevância”. Entrevistado 8 – “Ainda a falta de maturidade de alguns integrantes da equipe o que é normal, como temos algumas pessoas novas na equipe essas pessoas ainda não estão no ritmo”. Entrevistado 12 – “Temos dificuldade na comunicação, digamos uma deficiência na maioria das vezes, um ponto a melhorar”.
Esses relatos demonstram que, na equipe, falta comunicação, tanto entre os
membros da equipe quanto com a gestão. Com isso constata-se que a equipe está
desmotivada, com a desunião dos membros e a falta de supervisão incentivadora.
Os entrevistados alegam a falta feedback do gestor, para que todos trabalhem
na mesma proporção. Conforme afirmam os entrevistados 1 e 2, o que dificulta o
desenvolvimento da equipe é não ter uma boa comunicação entre os membros da
equipe com o gestor, e, para eles, esta ação é muito importante para o
desenvolvimento do todo. Para os demais entrevistados, a falta de comunicação,
feedback e a maturidade dos membros da equipe é o que dificulta o trabalho em
equipe. Isso quer dizer que a falta de comunicação e feedback acabam dificultando
algumas tarefas, gerando resultados negativos, bem como conflitos entre a equipe e
estresse. A falta de maturidade e experiência de alguns membros causa transtornos
e atrasos nas atividades exercidas, promovendo a desarmonia e o atrito entre os
demais.
Hartman (2004) destaca a importância do trabalho em equipe, como forma de
serem conduzidas as mudanças organizacionais que ocorrem no ambiente de
trabalho, através da participação das pessoas nos processos decisórios dos
gestores, envolvendo-os em tarefas importantes. Este incentivo gera motivação,
comprometimento com metas e atividades e melhorias nas atividades exercidas. Em
relação ao ambiente de trabalho e as atividades exercidas, abaixo o relato dos
entrevistados 2, 3 e 5:
Entrevistado 2 – “O ambiente de trabalho é bom, porem as vezes falta comunicação entre áreas e isso dificulta a realização rápida de algumas
37
atividades, o que gera desgaste entre o RH e os funcionários da área operacional”. Entrevistado 3 – “Por vezes conturbado, mas isso não é habitual até porque em função da grande autoria que temos algumas pessoas confundem liberdade com insubordinação”. Entrevistado 5 – “Em relação as atividades exercidas temos um bom desempenho, acredito que o ambiente de trabalho se torne mais agradável quando entendemos nosso papel dentro dele, tanto como seres humanos, quanto profissional, estamos sempre caminhando para alcançar o melhor”.
Com base nos relatos acima, pode-se observar que o ambiente de trabalho é
bom, mas a falta de comunicação e atitude de alguns membros aparecem mais uma
vez como fatores que dificultam o desenvolvimento das atividades em equipe,
gerando, assim, um desgaste e o não rendimento das atividades exercidas.
A motivação é o que estimula a pessoa a agir de forma objetiva ou ter um
comportamento especial, e isso gera um incentivo para determinada ação,
provocado por uma motivação externa ou interna no ambiente de trabalho
(CHIAVENATO, 2006). Em um ambiente de trabalho bom, realizando atividades que
vão ao encontro de seus gostos, a pessoa estará motivada a fazer suas atividades
com prazer e a gerar resultados positivos para a empresa e para si mesmo.
Como enfatiza Bergamini (2008), a motivação depende de cada pessoa e o
que irá favorecer a ela. As pessoas, em ambientes agradáveis, exercem
naturalmente suas atividades, com prazer e alegria, e se puder expor suas ideias,
atender às suas próprias necessidades e autoestima, mais motivada ficará. Pessoas
que fazem o que gostam e trabalham em ambientes agradáveis tendem a
desenvolver suas atividades com qualidade e prazer, em relação ao
desenvolvimento das atividades e à atuação dentro da empresa. Nesse sentido, os
entrevistados foram questionados acerva dos fatores que os motivam:
Entrevistado 1 – “Gosto da área administrativa, isso me motiva bastante, porem a gestão decepciona”. Entrevistado 2 – “[...], por ser a área de atuação que escolhi, por gostar da função que realizo, pelo bom ambiente de trabalho e pelo bom relacionamento com a maior parte da equipe” Entrevistado 3 – “A liberdade que temos para tratar sobre diversos assuntos sem ter receio de represálias. [...], O ambiente, apesar de agitado por grande parte do tempo, é confortável de um ponto de vista empresarial.” Entrevistado 6 – “O tempo que trabalho na empresa é o fator primordial para que cada vez mais me sinta motivada porque já aconteceram diversas
38
mudanças na administração geral e adequação, tanto de equipamentos quanto sistemas e principalmente pessoas.” Entrevistado 8 – “Muito feliz e motivado, pois trabalho com uma das coisas que mais gosto, posso ajudar e ajudo muitas pessoas diariamente, contribuo positivamente para os resultados da empresa e me relaciono muito bem com as pessoas além de estar em continuo desenvolvimento”. Entrevistado 12 – “Os principais fatores que me motivam a trabalhar é a satisfação de ajudar os funcionários a resolverem os problemas, a equipe (colegas) e a nossa marca no mercado de trabalho”.
Os entrevistados acima demonstram a satisfação na área em que atuam
dentro da empresa, na profissão que exercem e no ambiente agradável, fatores que
geram motivação e a realização profissional. Como relatam os entrevistados 8 e 12,
a maior motivação é ajudar os funcionários/pessoas no que precisam e desenvolver
suas experiências para agregar valor à empresa.
A realização profissional motiva qualquer pessoa, deixando-a feliz e satisfeita
com suas atividades e com o ambiente de trabalho. A motivação pessoal, dentro do
trabalho em equipe, afeta a ação, o caminho, a energia e o empenho do esforço. Um
funcionário motivado segue em frente, centraliza para a correta direção dos
esforços, trabalha com intensidade e mantém o foco (DUBRIN, 1998). Uma das
grandes motivações pessoal é a realização profissional, e uma pessoa trabalhando
feliz e realizada com sua profissão e atividades exercidas focaliza em um plano de
carreira e segue em busca do sucesso.
4.2. Fatores motivacionais no ambiente organizacional
A motivação no ambiente organizacional é relativa à capacidade do
desempenho e da dedicação dos funcionários. Para tanto, os funcionários precisam
estar estimulados ao crescimento, a um bom relacionamento com colegas e com
todo o ambiente de trabalho, para alcançar metas para a organização, com o
objetivo de buscar melhores resultados (SANTOS, 2015).
O fator de a empresa ter um bom ambiente de trabalho demonstra que os
funcionários se sentem mais estimulados a trabalhar, pois, segundo os depoimentos
desses funcionários, trabalhar em um ambiente agradável, no qual ele se sinta bem,
39
estimula a bons resultados e, como consequência, gera prazer e bem-estar. Os
relatos, a seguir, demonstram o que pensam os funcionários.
Entrevistado 2 – “Salários, benefícios, por ser a área de atuação que escolhi, por gostar da função que realizo, pelo bom ambiente de trabalho e pelo bom relacionamento com a maior parte da equipe”. Entrevistado 3 – “A liberdade que temos para tratar sobre diversos assuntos sem ter receio de represálias. [...] O ambiente, apesar de agitado por grande parte do tempo, é confortável de um ponto de vista empresarial”. Entrevistado 7 – “Na minha visão o ambiente é acolhedor e amigável na maioria do tempo”. Entrevistado 8 – “Considero o ambiente de trabalho muito bom, a equipe possui um nível de relacionamento muito bom”. Entrevistado 10 – “É um ambiente bom”. Entrevistado 11 – “É um ambiente bom de trabalhar, limpo, organizado e nunca falta material para se trabalhar”.
O bom relacionamento foi apontado pelos entrevistados como um dos
principais fatores que gera motivação no ambiente organizacional, pois, quando se
tem um diálogo e entendimento bom entre os funcionários, esta troca de
conhecimento gera um clima agradável para se trabalhar.
De acordo com Robbins (2010), existem dois tipos de motivação: a intrínseca
e a extrínseca. A primeira se refere ao comportamento das pessoas dentro do
ambiente de trabalho. O próprio trabalho provoca bem-estar no que se desempenha,
fazendo as pessoas a trabalhar com prazer, satisfação, sentindo-se motivado
intrinsecamente A segunda está associada ao comportamento de cada pessoa. A
motivação da pessoa é uma consequência dela mesma e pode estar relacionado
aos fatores: como elogios, prêmios, reconhecimento, promoção no ambiente de
trabalho, ego e comparação com os outros.
Pode se observar que os entrevistados citam como motivadores os
benefícios, salários e pagamentos em dia, que são recompensas óbvias que as
empresas usam para incentivar a motivação dos seus funcionários.
Entrevistado 1 – “Os benefícios são bons, me sinto satisfeita em relação aos benefícios”. Entrevistado 2 – “Em minha opinião, os benefícios são bons. Mas poderia ter mais benefícios, pois a empresa é líder de mercado, tendo o poder
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aquisitivo para proporcionar mais benefícios aos funcionários do que apenas o acordado em CCT”. Entrevistado 3 – “Os benefícios é um dos maiores atrativos que a empresa oferece, [...] e a empresa tem muitos benefícios que são diferenciais positivos em relação a outras empresas, o pagamento em dia, autonomia do gerenciamento das minhas atividades”. Entrevistado 4 – “Em relação aos benefícios poderia ter a opção vale combustível, referente ao salario obvio que poderia ser mais, o vale refeição acho que esta ate acima dos padrões vistos em outras empresas, Odontológicos e medico não tenho o que reclamar são baratos e bons”. Entrevistado 5 – “Me sinto privilegiada, não tenho queixas sobre os benefícios oferecidos pela empresa [...]”. Entrevistado 6 – “Considero os benefícios oferecidos bons, principalmente no momento de crise que o país atualmente está”. Entrevistado 8 – “Me sinto satisfeito, pois a empresa oferece benefícios muito bons, principalmente se comparar com as empresas em geral”. Entrevistado 9 – “Satisfeita em relação aos benefícios que a empresa oferece”. Entrevistado 10 – “Acho os benefícios muito bons, mas gostaria poder optar por um outro plano de saúde”.
Com base nos relatos acima, fica evidenciada que os entrevistados seguem a
Teoria dos Dois Fatores, já que, para Hitt, Miller e Colella (2012), o foco desta teoria
está nas recompensas ou resultados, aqueles relacionados à satisfação no trabalho
e aqueles relacionados à insatisfação no trabalho. Ela está dividida em higiênicos e
motivacionais. Os higiênicos abrangem todos os benefícios oferecidos pela
empresa, tais como: salário, condições de trabalho, políticas da empresa e
administração, segurança no cargo, relações com colegas e status os fatores
motivacionais; já os motivacionais estão associados à capacidade e competência da
pessoa, que se inclui a promoção, a realização, a responsabilidade, o
reconhecimento, o próprio trabalho e o potencial para crescimento pessoal.
Podemos observar que os entrevistados 5, 6, 8 e 10 estão satisfeitos
profissionalmente e 1, 2, 9 e 12 não veem o reconhecimento dentro da empresa,
além de apontarem a falta de treinamentos. As entrevistas, descritas a seguir,
demonstram essas evidências.
Entrevistado 1 – “Não há muito crescimento na área de RH da empresa, e também não há muito reconhecimento por parte do gestor e superiores, mas o salario é bom”.
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Entrevistado 2 – “[...] mas me sinto desmotivada quando penso em crescimento profissional dentro da empresa por não ver para onde posso crescer dentro do meu setor”. Entrevistado 5 – “Me sinto realizada por nunca ter saído da área depois da formação, mas sempre quero mais”. Entrevistado 6 – “Dentro de um mercado que escolhi nos últimos anos, considero-me em um bom ciclo para encerrar futuramente minha carreira sentindo-me realizada profissionalmente [...]”. Entrevistado 8 – “Muito feliz e motivado, pois trabalho com uma das coisas que mais gosto, posso ajudar e ajudo muitas pessoas diariamente, contribuo positivamente para os resultados da empresa e me relaciono muito bem com as pessoas além de estar em continuo desenvolvimento”. Entrevistado 9 – “Sinto que alguns ainda não têm conhecimento do meu potencial, às vezes o meu trabalho não é reconhecido”. Entrevistado 10 – “Gosto do que faço, e faria tudo novamente, pois me sinto realizada”. Entrevistado 12 – “Acredito que falta treinamento mais especifico para atingir novos resultados e chegar a excelência”.
Como se pode verificar nos relatos acima, alguns funcionários apontam não
ter reconhecimento do seu trabalho, crescimento profissional e falta de treinamentos,
em outras palavras, afirmam que não estão sendo vistos pela organização. Mas, de
um modo geral, a maioria dos entrevistados acredita que seu trabalho é satisfatório
e estão realizados com suas funções.
Maximiano (2007) explica que a motivação dos funcionários pode ser uma
das principais causas dos resultados de uma organização, pois são eles que fazem
o desempenho da organização funcionar. Para manter uma pessoa motivada não é
fácil, pois cada pessoa tem suas necessidades, experiências e valores diferentes, e
a organização tem que saber gerenciar bem esses desafios, para manter cada
pessoa motivada.
Entende-se o que motiva uma pessoa pode não motivar a outra, com isso
obtêm-se, inclusive, denominações variadas da satisfação em relação à motivação
no ambiente organizacional, e a falta de comunicação e reconhecimento podem ser
os principais fatores desta desmotivação de alguns funcionários.
A partir das entrevistas com os doze entrevistados que compõem parte da
equipe de trabalho do administrativo da empresa, percebeu-se que os fatores
motivacionais no ambiente de trabalho, que mais foram apontados pelos
funcionários foram: (a) liberdade para tratar diversos assuntos; (b) um bom ambiente
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de trabalho; (c) bom relacionamento; e (d) salários e benefícios. A Figura 5, a seguir,
apresenta uma síntese dos fatores motivacionais, identificados a partir dos relatos
dos entrevistados:
Figura 5 - Fatores Motivacionais no Ambiente de Trabalho.
Fonte: Elaborado pela autora.
Por fim, pode-se dizer que, a partir da Figura 5 acima, observa-se que os
fatores motivacionais dos funcionários se interligam entre eles e determinam o bom
relacionamento entre a equipe, o ambiente de trabalho bom e agradável, o salário e
os benefícios fornecidos pela empresa e o reconhecimento profissional. Esses
fatores fazem a diferença para os funcionários, porém, com base neles,
identificamos que há divergências de opiniões, pois metade dos funcionários está
insatisfeita e a outra metade com plena satisfação. De acordo com a figura,
constata-se que, se os funcionários estiverem com esses fatores satisfeitos, há
retornos positivos, tanto para os funcionários quanto para a empresa.
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4.3. Práticas organizacionais
De acordo com os objetivos propostos neste trabalho e com os resultados
atingidos, a partir das duas primeiras categorias, apresenta-se, a seguir, a
contribuição de práticas organizacionais para a motivação no trabalho em equipe.
Desta forma, observa-se que a motivação é um fator que impacta no
comportamento das pessoas em diversos ambientes, inclusive, as boas práticas
organizacionais, aliadas a uma gestão que incentive ao trabalho em equipe,
reconhecimento e uma boa orientação para mantê-los motivados.
Os temas que estão destacados nas categorias analisadas para pontos de
melhorias são: trabalhar mais em equipe, a falta de gestão e de líderes no comando,
os treinamentos, a comunicação e a motivação individual. As entrevistas, descritas a
seguir, demonstram os fatores assinalados acima.
Entrevistado 1 – “Trabalhar mais em equipe, o gestor trabalhar mais a motivação de seus funcionários. O gestor trabalhar junto com seus funcionários e dividir o que lhe é passado”.
Entrevistado 2 – “A empresa deveria incentivar mais os gestores e supervisores dos setores a serem bons lideres e buscarem aprende mais sobre como ser um bom líder e manter a equipe motivada e com foco no trabalho, acredito que deveriam dar cursos, palestras e disponibilizar materiais sobre isso. [...]”. Entrevistado 3 – “[...] Criando condições onde haja o respeito e a compreensão entre os indivíduos já é um diferencial por agregar qualidade de vida no dia a dia”. Entrevistado 4 – “Uma equipe precisa de um bom líder, onde ele consiga administrar diferenças, mas sem usar de privilégios para aquele que tem mais dificuldades ou beneficiam de algumas facilidades”. Entrevistado 7 – “Ninguém consegue motivar alguém se o receptor da motivação não tiver o autocontrole e ele mesmo querer se motivar”. Entrevistado 9 – “Talvez tivesse que ter um treinamento mais focado com os procedimentos da empresa”. Entrevistado 12 – “Falta treinamento e desenvolvimento da equipe para ter mais conhecimento das atividades dos outros colegas, muitas vezes impacta nos resultados devido alguns não ter conhecimento da gravidade de um detalhe da operação”.
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Analisando os relatos acima, pode-se observar que a empresa não está
contribuindo com nenhuma prática organizacional que irá motivar os funcionários. A
partir das análises de coleta de dados, obtidos nas entrevistas, no Quadro 6 (a
seguir) apresentam-se sugestões de práticas organizacionais:
Quadro 6 - Práticas Organizacionais.
PRÁTICAS
ORGANIZACIONAIS
METODOLOGIA RESULTADOS
ESPERADOS
Desenvolver o bom relacionamento e a comunicação.
Investir na comunicação mais clara e direta.
Feedback positivo ou negativo direto aos membros.
Maior flexibilidade da equipe.
Melhorar o relacionamento entre a equipe e gestor.
Reuniões semanais
Pesquisa de clima e avaliação de desempenho
Entender a situação atual do ambiente de trabalho.
Avaliação dos funcionários e gestores.
Reuniões semanais.
Ambiente agradável.
Melhor desempenho.
Recrutamento interno
Melhorar o desempenho.
Projeto de Plano de carreira
Estabelecer metas.
Expectativa de crescimento.
Incentivar a motivação.
Planos de cargos e salários.
Desenvolvimento profissional.
Reconhecimento.
Estimular os funcionários a saírem da zona de conforto.
Distribuição de tarefas
Aperfeiçoar a distribuição do trabalho.
Divisão de papeis na equipe.
Plano de ação.
Organização da equipe.
Alcançar resultados e com qualidade.
Profissionais mais dinâmicos.
Aumentar a produtividade e motivação.
Programas para aprendizagem continuada.
Desenvolver treinamentos voltados para funcionários.
Desenvolver treinamentos para gestores e lideres.
Funcionários mais capacitados e motivados.
Gestores e lideres motivado a liderar sua equipe.
Fonte: Elaborado pela autora.
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As práticas organizacionais sugeridas visam a propor melhorias para os
funcionários se sentirem motivados a trabalhar em equipe. Através de ações
voltadas a motivação, visando a uma melhor comunicação entre os membros da
equipe e com os gestores, a divisão de tarefas, para não sobrecarregar funcionários,
com reuniões frequentes com pesquisa de clima e avaliação do desempenho,
desenvolvimento e qualidade nas atividades exercidas, a empresa, assim, terá uma
melhor dinâmica entre os funcionários, motivando-os e alcançando objetivos
traçados junto com sua equipe
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo buscou identificar como a motivação influencia o comportamento
da equipe no ambiente organizacional no administrativo da empresa. Com base
neste objetivo, pôde-se desenvolver revisões bibliográficas sobre as abordagens
teóricas motivação e trabalho em equipe.
Para corresponder ao objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos
específicos: a) Analisar a forma pela qual a motivação estimula o trabalho em
equipe; b) Identificar fatores motivacionais no ambiente organizacional, a partir do
trabalho em equipe; e c) Propor práticas organizacionais em relação à motivação no
trabalho em equipe.
Com relação ao primeiro objetivo, analisar a forma pela a motivação estimula
o trabalho em equipe, houve a necessidade de conhecer como os funcionários
estavam se sentindo no ambiente de trabalho e se estavam motivados ao trabalho
em equipe. Contatou-se que não há um bom relacionamento entre a equipe, o que
resulta na desmotivação de alguns funcionários; falta de comunicação entre os
membros da equipe; ausência de um feedback do gestor; um incentivo ao trabalho
em equipe são coisas que causam atritos e a desunião entre a equipe. Cabe
ressaltar que o trabalho em equipe gera um desempenho maior, cada um com uma
atividade a ser exercida, com isso conta com a realização profissional que é um dos
incentivos da motivação profissional dos funcionários. Mas os posicionamentos,
observados ao longo do estudo com relação à motivação no trabalho em equipe,
possibilitou concluir que comunicação entre uma equipe de trabalho é fundamental,
46
e os membros devem ir em busca de um mesmo objetivo, ajudando uns aos outros.
Sem esse envolvimento da equipe, não haverá um bom relacionamento e
desenvolvimento dentro do ambiente de trabalho.
No que se refere ao segundo objetivo específico, que foi identificar fatores
motivacionais no ambiente organizacional, percebeu-se que o ambiente de trabalho
é bom e agradável, um lugar onde os funcionários se sentem mais estimulados a
trabalhar, pois, como fora citado, pelos mesmos a pessoa estava trabalhando em um
ambiente agradável, no qual se sente bem, estimulando a obtenção de bons
resultados e, como consequência, gerando prazer e bem-estar. Constatou-se ainda
que o bom relacionamento é como um dos principais fatores que gera motivação no
ambiente organizacional, pois, quando se tem um diálogo e entendimento bom entre
os funcionários, esta troca de conhecimento gera um clima agradável de trabalhar.
Os benefícios e salários em dia foi algo citado como uma recompensa que a
empresa fornece, promovendo a motivação dos funcionários. Mas não há somente
incentivos à motivação, como fora assinalado por alguns funcionários, eis que não
tem reconhecimento do seu trabalho, crescimento profissional e há falta de
treinamentos, em outras palavras, afirmam que não estão sendo vistos pela
empresa. Cabe ressaltar que esses recursos interligados darão aporte para um bom
relacionamento e desempenho no ambiente organizacional.
Em relação ao terceiro objetivo específico, propor práticas organizacionais
relacionadas à motivação no trabalho em equipe, observou-se que a empresa
estudada tem um ambiente de trabalho bom, porém existe a necessidade de
melhoramento na comunicação entre os membros da equipe, eis que há falta de
comunicação entre equipe e gestor; bem como aperfeiçoamento nas tarefas e novas
práticas que devem ser levadas em conta.
Sugere-se à organização algumas práticas que possam contribuir para o bom
relacionamento e motivação no trabalho em equipe, são elas: a) Desenvolver o bom
relacionamento e a comunicação, investindo na comunicação mais clara e direta,
praticando feedback positivo ou negativo direto aos funcionários, para melhorar o
relacionamento entre a equipe e gestor. b) Realizar uma pesquisa de clima e
avaliação de desempenho, a fim de entender a situação atual do ambiente de
trabalho. c) Elaborar um Projeto de Plano de Carreira, para uma expectativa de
crescimento e incentivo à motivação; d) Distribuir tarefas, com vistas a perfeiçoar a
distribuição do trabalho, trazendo uma melhor organização da equipe e para
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alcançar resultados e com qualidade; e) Realizar programas para aprendizagem
continuada; f) Desenvolver treinamentos, voltados para funcionários e líderes, para
tornar os funcionários mais capacitados e motivados, e gestores e líderes motivados
a liderar sua equipe.
Entende-se que as práticas, sugeridas no estudo, são ações que poderão
impactar na motivação dos funcionários, ampliando e fomentando o conhecimento
organizacional, assim como o capital humano e ambiente de trabalho.
Importante destacar que as ações de melhorias, citadas acima, ainda que as
sugestões sejam aplicadas e resultem em um aumento da motivação e os
funcionários se sintam motivados, não se pode apenas realizar essas práticas, pois
é preciso haja o comprometimento e a compreensão dos funcionários para que tais
práticas resultem em motivação e pontos positivos que venham apenas a somar
dentro da empresa. Na sequência, são apresentadas as contribuições para o
presente estudo:
a) Teórica: ampliar o entendimento das abordagens: motivação no
trabalho em equipe a fim de compreender e colaborar com as
mudanças organizacionais, identificando os fatores que agregam nesse
processo e seus impactos dentro da organização;
b) Gerencial: Estimular a comunicação entre todos no ambiente
organizacional, realizar a integração do trabalho em equipe entre todos,
fortalecer os serviços voltados à motivação para estimular um melhor
desenvolvimento;
c) Propostas para pesquisas futuras: a) estudos voltados a motivação no
trabalho em equipe no ambiente organizacional; b) identificação de
fatores motivacionais que estimulam a comunicação e a união dos
funcionários; c) analisar o impacto que a motivação exerce no
desempenho e comprometimento dos funcionários com o trabalho em
equipe e
d) Elaborar indicadores de desempenho que compreendem a motivação
para os funcionários e gestores.
Como limitações desta pesquisa, é relevante apontar a dificuldade em fazer
com que as respostas tivessem maior veracidade em relação às entrevistas e
também quanto aos períodos de disponibilidades de alguns entrevistados. Inclusive,
fazer com que os entrevistados se sentissem à vontade para falar referente à
48
motivação no trabalho em equipe na organização, gerou algumas vezes certo
desconforto.
Nesta pesquisa, cabe ressaltar ainda que não há a pretensão de se esgotar
aqui, mas, sim, ser uma contribuição para continuidade de pesquisas futuras,
direcionadas motivação no trabalho em equipe no ambiente organizacional. O
presente trabalho visa a complementar o entendimento das abordagens teóricas
bem como promover a abertura para novas discussões sobre os temas estudados.
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APÊNDICE A - ROTEIRO SEMIESTRURADO DE ENTREVISTAS
O QUE A MOTIVAÇÃO INFLUENCIA O TRABALHO EM EQUIPE NO AMBIENTE DE TRABALHO?
Nome______________________________________________________________
Idade______________________________________________________________
Tempo de empresa:__________________________________________________
Cargo:____________________________________________________
Quadro 7 – Critérios para o roteiro de entrevista.
Critério Descrição das Perguntas
Motivação 1) Quais os principais fatores que lhe motivam a trabalhar no setor administrativo da empresa?
Equipe/Engajamento 2) Como é a comunicação entre os membros da sua equipe dentro da empresa?
Motivação/Ambiente de Trabalho
3) Como é o ambiente de trabalho em relação as atividades exercidas?
Motivação 4) Como você se sente em relação aos benefícios oferecidos pela empresa?
Trabalho em Equipe 5) Como você avalia a equipe em que trabalha?
Motivação 6) Em termos de realização profissional, como se sente?
Relacionamento/Equipe 7) Como é o relacionamento das pessoas da sua equipe?
Motivação/Equipe 8) Quais os fatores facilitadores que motivam você e sua equipe?
Motivação/Relacionamento/Engajamento
9) O relacionamento com os seus colegas ajuda na execução do seu trabalho?
Avaliação/Equipe 10) Que fatores dificultam o desenvolvimento da equipe?
Motivação 11) Qual prática da empresa que mais o motiva? E o que lhe motiva: fatores como reconhecimento, salários ou crescimento?
Trabalho em Equipe 12) O que você entende sobre motivação no trabalho em equipe?
Fonte: Elaborado pela autora.