edição 153

32
1 2.NOV.2012

Upload: o-caxiense-revista

Post on 08-Mar-2016

282 views

Category:

Documents


23 download

DESCRIPTION

O desafio de preservar faz parte da rotina para as famílias caxienses que vivem em prédios tombados pelo Patrimônio Histórico

TRANSCRIPT

Page 1: Edição 153

12.nov.2012

Page 2: Edição 153

2Fotos: 4, 12 e 16: Paulo Pasa/O Caxiense | 9: Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

Preparando a pelee o corpo para o verão

A parceria que levará 4 pós em Direito à Faculdade Murialdo

Vida moderna em casas quase centenárias

O impacto das representações no Ministério Público

Descerrando a gestão:as obras – pequenas e grandes – inauguradas pela prefeitura

O que Geni perdeuquando escolheu ser fiel à política

30

5

16

6

9Preocupe-se com o tamanho da próstata, não do pênis

Novos personagens no palco e na plateia

7 20

12

moda e beleza

Desesperopara azular o boletim

4

Page 3: Edição 153

32.nov.2012

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

[email protected]

diretor executivo - PublisherFelipe Boff

Paula Sperb

diretor administrativoLuiz Antônio Boff

editor-chefe | revista Marcelo Aramis

editora-chefe | site Carol De Barba

Andrei AndradeDaniela Bittencourt

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

designerLuciana Lain

ComeRCIal

executivas de contasPita Loss

aSSINaTURaS

atendimentoEloisa Hoffmann

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

foTo de CaPa

Paulo Pasa/O Caxiense

TIRaGem

5.000 exemplares

Pesquisadora sobre hipermídia, ambien-tes digitais e jornalismo online, a doutora em Comunicação Pollyana Ferrari tem au-toridade sobre o campo e legitimou, usando conceitos do sociólogo Pierre Bourdieu, o projeto editorial de O CAXIENSE. Na última semana, a professora comentou no Twitter:

“Primeira coisa do dia em Caxias, ler @oca-xiense! Matéria sobre domésticas está muito boa :-)”

Micael de Avila, outro jornalista, também deixou seu comentário em menos de 140 caracteres:

“Parabéns aos colegas do @ocaxiense sempre me deixando muito bem informado via redes sociais”

Entretanto, o que mais engajou nos-sos leitores foi a notícia compartilhada no Facebook contando sobre o dentista caxiense Gustavo Sebben, de 31 anos, que irá percorrer 11 mil quilômetros para atender crianças carentes. Gustavo já havia sido personagem da seção Boa Gente da versão impressa mostrando o projeto que desenvolveu na Amazônia para colaborar com a saúde dos índios. Desta vez, a viagem pela América do Sul dos Expedicionários da Saúde vai levar atendimento odontoló-gico para regiões afastadas do continente. Abaixo, alguns comentários selecionados:

Parabéns e desejo tudo de bom para ele! Essas atitudes merecem e de-veriam ser muito melhor valorizadas! Fabio Camargo

Esse merece muitas curtidas! Eduardo Soares Dos Santos

Essa é uma atitude digna de admiração, de coragem e de amor ao próximo. Parabéns. Se existissem mais pessoas como você, o mundo seria melhor. Continue assim e terás um retor-no merecido!Sônia Acioly Vieira

Que sirva de inspira-ção....Achei fantástico o que ele disse: “Não somos meros consumido-res de oxigênio. Temos responsabilidade pelo outro e preocupar-se com as pessoas é preocu-par-se com nós mesmos”. Gabriele Piccoli

Existem pessoas no mundo que são real-mente diferenciadas e que fazem a diferença. Esse cara é uma delas. Parabéns! Zoltir Luza

Exemplo que deveria ser seguido por muitas pessoas. Sonia Frison

Muitos deviam fazer o mesmo... não só dentis-tas, médicos também. Eliane Frison

Próximo de completar 3 anos da primeira edição, O CAXIENSE começa a celebrar seu aniversário com uma campanha transmídia veiculada para todo o Rio Grande do Sul. Para saber do que se trata, assista à TVE (para sintonizar em Caxias aponte a antena em direção da CIC, no canal 47), de segun-da a sexta, entre 18:30 e 20:00.

Boa leitura! Paula Sperb, diretora de Redação

EngajamEnto nas rEdEs sociais | campanha transmídia | anivErsário dE 3 anos

Page 4: Edição 153

4

baSTIdoReSpalavra dE promotor: o mEnsalão E as ElEiçõEs municipais | 5 mitos sobrE a saúdE do homEm | sustEntabilidadE Em sala dE aula

Aluno modelo (com 8 meses de atraso)

por Daniela Bittencourt

A menos de dois meses do final do ano letivo, chegou a hora de encarar a reali-dade. Pelo menos é esta a postura que o estudante Gustavo Ferronato, aluno do 2º ano do Ensino Médio no colégio La Salle, adotou nas últimas semanas. Com alguns meses de atraso – mas não o suficiente para perder a esperança de aprovação –, Gustavo decidiu tomar uma providên-cia quanto à preguiça de estudar, como ele mesmo define. “Sei que não estudo em casa. A gente até tenta reunir alguns colegas para ver a matéria juntos, mas sempre acaba jogando videogame”, conta, divertido, o jovem de 17 anos. Ele é um dos estudantes que, nos últimos 4 meses do ano, buscam nas aulas particulares de reforço escolar o recurso final para salvar o semestre. São os desesperados de fim de ano. Nesta época, eles se tornam os alunos mais dedicados da escola. E fora dela também. O professor aposentado Luiz Mezzomo, de 69 anos, um dos do-centes da escola Apoio, que oferece aulas particulares de reforço, conhece bem o tipo. Professor de Matemática e Física, as duas matérias vilãs dos boletins, ele rece-be tanto alunos que têm dificuldade de aprendizagem como os que, como Gus-tavo, apresentaram uma dedicação, diga-mos, tardia para os estudos. “Tem aqueles que vêm porque estão com a nota baixa. Geralmente, quem marca as aulas são as

mães. Muitos destes vêm sem nada para estudar. Às vezes, gazearam a aula, nem anotaram a matéria. Aí é mais complica-do. Quando eles trazem a lista de exercí-cios para tirar as dúvidas, o rendimento é maior”, exemplifica.

Seja para melhorar a nota ou entender o conteúdo, os desesperados fazem fila para conseguir horário na escola. A coordena-dora Márcia Mazzochi conta que, em no-vembro passado, o número de estudantes em lista de espera para aulas de reforço chegou a 30. “Em setembro começa o flu-xo maior, temos aumento de 50% em alu-nos particulares. Nos meses seguintes, a procura aumenta quase 90%”, conta. Nes-tes meses de maior fluxo, a escola atende cerca de 45 alunos por dia, somente em reforço escolar. Alguns têm aulas fixas se-manais, conforme a dificuldade. Mas há os que marcam aulas com o único obje-tivo de estudar para as provas seguintes, como Kimberly Caroline de Souza Bonat-to, de 17 anos, aluna do 3º ano do colégio Santa Catarina. A estratégia de esperar o segundo semestre para recuperar as notas do primeiro não deu certo. Na tentativa de eliminar o maior número de matérias possível em que ficará pendente, Kimber-ly começou aulas de reforço em Física, Matemática e Química, que paga com o trabalho como secretária. “Não quis ficar dependendo do provão para todas elas. Vai ficar só Inglês, que, como é língua es-trangeira, a gente não tem obrigação de

saber, então os professores são menos exi-gentes”, argumenta. Esta é a segunda vez que ela procura a Apoio. Conta que, na 8ª série, quando estudava na escola Coronel José Pena de Moraes, só passou de ano por causa das aulas de reforço em Mate-mática e Português.

Para Kimberly, o excesso de conteúdo explicado em sala de aula e o número alto de alunos são os obstáculos para um aprendizado mais proveitoso. O professor Mezzomo concorda com a estudante e enumera mais alguns vilões: “Em esco-las públicas, às vezes, tem muita troca de professor e os alunos ficam perdidos. Não há uma continuidade de conteúdo. Mui-tos deles chegam aqui sem a base, prin-cipalmente de cálculos simples. E tem aqueles que são muito ligados na comuni-cação, no celular, e não se concentram nas aulas”, avalia, ponto destacado também por Gustavo: “Aqui, tenho certeza de que vou ver uma hora de matéria sem nada que possa me distrair. Na sala de aula, é difícil não perder a atenção para o celu-lar”, diz o estudante que, por não querer relembrar a sensação que teve na 7ª série, quando repetiu de ano, se matriculou por conta própria nas aulas de reforço pagas pela mãe. “As dúvidas já vinham se ar-rastando, mas chegou uma hora em que eu precisava fazer algo, senão não ia dar”, assume. A torcida é para que o senso de responsabilidade não tenha despertado tarde demais.

Gustavo Ferronato |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Luiz Mezzomo |

Page 5: Edição 153

52.nov.2012

CamPUS

Para falar de comunicação

Os Cristãos e o Direito

Hoje e o amanhã

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Duas palestras e um debate estão programados para a Sema-na Acadêmica de Comunicação, que ocorre na terça (6), quarta (7) e quinta (8 ), na UCS. Na terça (6), o gerente comercial da empresa VTEX, Fábio Schimidt, abre o evento com a palestra E-commerce como diferencial competitivo para as empresas, no auditório do bloco J, às 20:00. Na quarta (7), Shirlei Paravisi, coordenadora da RBS TV Caxias; Patrícia Camassola Tomé, se-cretária municipal de Turismo de São Marcos; e Carla Segalla, analista de marketing da empresa Express Restaurantes – egres-sas dos cursos de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda –, debaterão sobre O atual cenário e perspectivas para os comunicadores, a partir das 20:00, no UCS Teatro. Para encerrar, o diretor nacional de criação da Agência Escala, Régis Montagna, ministra palestra com tema Para entrar no mercado de Comunicação tem que ter brevê, quinta (8), no auditório do bloco J, às 20:30. O evento tem entrada franca nos 3 dias.

A parceria entre a Faculdade Murialdo e a Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul (FMP), firmada na quinta (25), teve grande colaboração do professor e juiz da 16ª Zona Eleitoral de Caxias do Sul, Sérgio Augustin. Saudado na assinatura do contrato – que traz 4 cursos de pós-graduação em Direito a Caxias (Direito Penal e Processual Pe-nal, Direito Privado Contemporâneo, Direito da Criança e do Adolescente e Gestão Pública) –, Augustin analisou as faculda-des caxienses e apontou ao FMP a Faculdade Murialdo. Um dos fatores favoráveis à instituição, segundo o juiz, é a ideologia cris-tã da faculdade administrada por padres.

Com Doutorado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comu-nicação e Artes, da Universidade de São Paulo (USP), a jornalista Pollya-na Ferrari Teixeira ministra o semi-nário Jornalismo Digital Hoje, no dia 10 de novembro, no Cetel, da UCS. Com 3 horas de duração, o encontro debaterá o jornalismo digital e as di-ferenças entre o novo e o velho para-digma da comunicação. O seminário destinará 55 vagas a alunos e profis-sionais da comunicação, que podem ser preenchidas até o domingo (4), no site da instituição. O investimen-to é de R$ 55.

Universidade de Caxias do SulAcuracidade das Informações. 10 e 24/11. Inscrições até 3 de novembro. R$ 190. Nova Ortografia da Língua Portuguesa. 10/11. Inscrições até 3 de novembro. R$ 70.Estratégias para Falar em Público. 10 e 17/11. Inscrições até 3 de novembro. R$ 90. Administração do Tempo. 24/11 a 8/12. Ins-crições até 17 de novembro. R$ 230

+ VESTIBULARUniversidade de Caxias do Sul. Prova: 9 de dezembro. Inscrições até 23 de novembro. R$ 50Faculdade da Serra Gaúcha. Prova: 11 de de-zembro. Inscrições até 10 de dezembro. R$ 40Faculdade Anglo-Americano/IDEAU. Pro-va: 22 de novembro. Inscrições até 21 de no-vembro. Faculdade Inovação. Prova: 4 de dezembro. Inscrições até 3 de dezembro. R$ 20Faculdade América Latina. Prova: 12 de de-zembro. Inscrições até 11 de dezembro. R$ 25FTSG. Prova: 6 de dezembro. Inscrições até 5 de dezembro. R$ 25Faculdade de Tecnologia. Prova: 8 de dezem-bro. Inscrições até 7 de dezembro. R$ 35

WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 3536-4404 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.AMERICALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.FTSG.EDU.BR. 3022-8700 | WWW.PORTALFAI.COM. 3028-8700

Page 6: Edição 153

6

“ É uma função do eleitor filtrar aquilo que é fidedigno”, diz o presidente da Escola Superior do MP

por Leonardo Portella

Criada em 1983, por promotores e procuradores de Justiça do Rio Grande do Sul, a Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul (FMP) trabalha para dar suporte aos candidatos dos concursos realizados pelo MP. Além disso, é mantenedora da Faculdade de Direito, que firmou parce-ria com a Faculdade Murialdo na quin-ta (25), para oferecer 4 cursos de pós-graduação em Caxias. O presidente da FMP, Mauro Luís Silva de Souza revela os problemas da publicização das repre-sentações do MP em eleições.

Na última eleição, tivemos 3 repre-sentações contra 3 candidatos à pre-feitura, vindas do Ministério Público. Qual a saída que o MP encontra para que essas representações não sejam usadas a favor de outras candidaturas?

Esses processos, em regra, são públi-cos e eles têm essa carga de publicida-de. É muito difícil que outras pessoas não tomem conhecimento disso, dada a necessidade de publicização das coisas, que é da própria essência. O MP tem tomado cuidado, a própria Procurado-ria-Geral de Justiça tem orientado os promotores no sentido de divulgar essas ações quando já haja decisão definitiva do Poder Judiciário. Agora, nós não te-mos como controlar que os advogados das partes envolvidas comuniquem os partidos, a imprensa, e divulguem es-ses dados. É uma questão muito difícil, porque eleição é uma coisa pública. E as pessoas, os cidadãos, os eleitores, preci-sam conhecer os seus candidatos. Às ve-zes, há um certo exagero na divulgação dessas representações.

Essadivulgação é um problema para o eleitor?

O eleitor, felizmente, tem condições de ver isso. É uma função dele filtrar, no meio dessa gama de informações, aqui-lo que é fidedigno. A gente tem que ver quem fala e de onde fala para ver com que interesse a pessoa divulga isso.

Quais efeitos o julgamento do men-

salão pode ter no Sistema Judiciário?Nós temos um julgamento inédito,

histórico. Não se tem notícias da conde-nação de outros políticos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O STF mostrou que é um tribunal condicional, um tri-bunal político, mas também um tribunal independente, que está disposto a fazer valer a Constituição. Deu um passo his-tórico e muito grande para demonstrar que, desde que foi proclamada a Repú-blica, embora ninguém tenha sido con-denado por isso, administrador público tem suas responsabilidades. Ele tem que cumprir o que manda a legislação, senão ele vai ser punido por isso. E hoje nós vimos aí que já temos o anúncio das penas de Marcos Valério em mais de 60 anos. Efetivamente, a se confirmarem essas penas, tudo indica que o pessoal do mensalão vai ser condenado, sim. Isso é uma mudança naquela visão, até certo ponto equivocada que se tinha, que justiça não é para políticos e é ape-nas para ladrão de galinha, como se diz no popular. As pessoas têm que valori-zar as leis.

Como o MP vê a tese do “domínio do fato”, que está embasando a condenação de réus do mensalão sem prova física?

A teoria do domínio do fato se ba-seia na ideia de que ‘eu tomei conheci-mento da situação e tinha poderes para impedi-la mas, por algum motivo, eu não impedi’. Essa é a teoria. Se eu tenho conhecimento da situação e tenho po-deres para impedir o ilícito, eu também sou responsável por ele. Não te parece? Se eu conheço o que está acontecendo, tenho plena consciência de que aqui-lo é ilegal e tenho o dever jurídico de impedir que aconteça, há o domínio de fato. Eu acho essa teoria muito adequa-da para o Poder Público, para a gestão pública. Porque dizer que não há provas ali, eu acho um tanto quanto forçado. Provas haviam e isso depende muito do que se considera prova. Não dá para di-zer que temos que pegar o sujeito com a mão na massa para afirmar que ele é culpado. Existem outras provas que po-dem ser consideradas. E é isso que está sendo mostrado.

Mauro Luís Silva de Souza |Divulgação/O Caxiense

“E as pessoas, os cidadãos, os

eleitores, precisam conhecer os seus

candidatos. Às vezes, há um

certo exagero na divulgação dessas

representações”, diz Mauro Luís Silva

Page 7: Edição 153

72.nov.2012

Quem nunca?“Em algum momento da vida, o homem falha. É natural, é do jogo”, afirma. Fábio explica que,

antes dos 40 anos, a disfunção erétil é um sinal de alerta. E o problema pode ser resolvido em uma consulta ao urologista. Ou seja, nada de desespero antes da visita ao médico.

Urina curta“Dificuldade para urinar não quer dizer que seja câncer na próstata”, explica o urologista. De

acordo com Fábio, a urina com jato fraco não é, necessariamente, sintoma de câncer na próstata. “Apenas 1/3 dos casos de difi-culdade para urinar pode ser considerado, após diagnóstico, câncer. Muitos homens já chegam no consultório desesperados

achando que vão morrer porque a urina está curta”, conta.

TabagismoO tabagismo é um grave problema para os homens. “Além de ser um causador de câncer de próstata, na

boca e na bexiga, acaba levando homens a ter problemas de ereção também”, conta. A maioria dos casos, segundo ele, ocorre em homens acima de 40 anos.

ExameO exame de toque, temido pela grande parcela masculina, é o méto-do mais seguro para o diagnóstico

do câncer de próstata. “O exame de sangue pode ajudar, mas não apresenta a mesma eficácia e confiança que o tradicional exame de toque”, conta.

Há 3 anos e meio o microempre-sário Rafael de Lucena Perini, de 38 anos, sócio da caxiense Flabélia Chocolates, passou a colocar em prática uma outra vocação além de administrador: ensinar. Foi a for-ma que encontrou para contribuir com a construção de uma socie-dade melhor. “Gosto de estar em contato com jovens e poder insti-gar o pensamento crítico, a toma-da de iniciativa”, conta. Professor de disciplinas de Administração na Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), entre elas Ética e Filosofia, ele propôs aos 32 alunos um desa-fio: implantar, em suas casas, ações que diminuíssem o consumo de energia elétrica. Durante o semes-tre, eles teriam que comprovar a eficácia destas ações. O desafio foi inscrito como projeto no concurso do Santander Práticas de Educação para Sustentabilidade, se destacan-do como um dos 6 melhores entre 257 inscritos – o único da Serra. Embora não tenha sido um dos

3 vencedores, Perini conta que o projeto só teve resultados positi-vos. “Em um primeiro momento, os alunos ficaram preocupados sobre convencer os familiares a aderir. É fácil falar em reduzir, mas quando chegou a parte de fazer, eles sentiram dificuldade”, conta, lembrando que alguns familia-res tiveram resistência em mudar, mesmo com ações simples, como trocar um tipo de lâmpada ou de chuveiro. “Mas no final foi mui-to interessante”, avalia. Os alunos apresentaram para a turma suas ideias, dificuldades e resultados. As ações sustentáveis diminuíram cerca de 10% o consumo de ener-gia nas casas. Além de professor e administrador, Perini tem estuda-do, em sua dissertação de mestra-do em Administração com ênfase em Sustentabilidade pela UFRGS/FSG, a melhor forma de introduzir as práticas de sustentabilidade em sala de aula. Uma delas já se com-provou eficaz.

BOAGENTE

Um educador para a sustentabilidade

Jana

ína

Silv

a, D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

“Hoje, as chances de cura do câncer de próstata são enormes. A grande maioria dos casos que resulta em óbito acontece devido a um diagnós-tico muito tardio”, afirma o urologista Fábio Pasqualotto, mestre e doutor em Urologia pela Universidade de São Paulo (USP). É ele que derruba alguns mitos da saúde masculina.

Aumento do pênisEsticar, massagear, deixar de molho... Segundo Fábio, não existe nenhum estudo que

comprove a eficácia de métodos para aumentar o tamanho do pênis. “Mui-tos homens acabam querendo que o pênis fique maior para sua própria autoestima, mas isso varia conforme cada organismo”, explica.

Mitos da saúde do homemTOP5

Page 8: Edição 153

8

“Tive que abrir mão da mi-nha eleição, de tudo aquilo que eu mais queria”, diz Geni Pe-teffi (leia perfil na página 12), que se despede da Câmara na presidência, após 6 mandatos. Pressionada pela família para cuidar da saúde, a legisladora reluta em se afastar da política. E até provoca: quem sabe não concorre a deputada em 2014?

Menores de 18 anos não podem comprar tinta em spray em Caxias. Desde o ano passado, além da proi-bição, as lojas deveriam cadastrar os consumidores do produto. Tudo para tentar coibir as pichações que se alastram, como no caso da Capela Santo Sepulcro, em Lourdes. A lei, de autoria da vereadora Geni Pe-teffi (PMDB) com aditivo do vereador Gustavo Toi-go (PDT) seria perfeita se funcionasse. Além de não respeitarem a norma (veja o teste realizado pelo O CAXIENSE, no qual somente 2 estabelecimentos exi-giram documentação, em www.ocaxiense.com.br), as lojas não enviam os dados exigidos à prefeitura, que alega não ter condições de fiscalizar. A multa para quem não cumpre a lei varia de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil, podendo levar à cassação do alvará.

Na sessão ordinária de quarta-feira (31), após a manifestação do presidente do Sindi-serv, João Dorlan, a vereadora reeleita Denise Pessôa (PT) lembrou o projeto que apresentou para coibir o assédio moral no serviço público. Projeto que não foi bem recebido pelo Executi-vo. Denise lembrou que o prefeito eleito Alceu Barbosa Velho (PDT), quando era vereador, foi o primeiro parlamentar a propor matéria de igual teor. Disse esperar que, depois de em-possado, Alceu faça o tema avançar.

A deputada estadual Marisa Formolo (PT) será uma das caxienses integrantes da comis-são oficial da Missão Governamental a Cuba, entre os dias 2 e 5 de novembro. Além de Mari-sa, representantes da Marcopolo e Agrale irão ao país de Castro. “Nós temos em Cuba a chan-ce de ter uma indústria de tratores e a Agrale pode ser uma das investidoras”, conta Marisa. O governador Tarso Genro (PT) lidera o grupo que tem entre seus interesses parcerias na área de reciclagem de resíduos sólidos. Outra pro-posta é formar uma agenda permanente entre o Rio Grande do Sul e Cuba na área cultural.

A DRSUL de Caxias é a primeira concessionária do Estado a adotar o programa Renault Pro+, lançado em março deste ano e incorporado por 6 lojas do Brasil. Espalhadas por 30 países, já são 450 concessio-nárias inseridas no Pro+. Com foco no frotista, o objetivo é fornecer ra-pidamente uma solução para qual-quer necessidade do cliente profis-sional. “Os clientes comerciais da

DRSUL vão encontrar uma equipe qualificada de atendimento, ofere-cendo um serviço especializado, que vai desde o primeiro contato do cliente com os recepcionistas e consultores de vendas, até o atendi-mento de pós-venda realizado por consultores técnicos e mecânicos da oficina”, afirma a diretora da re-venda em Caxias do Sul, Adriane Santarem.

Anualmente, a Associação de Dirigentes Cris-tãos de Empresas (ADCE) de Caxias do Sul presta uma homenagem a um líder que tenha contribuído significativamente para a socieda-de. Encerrando a gestão do presidente Moacir Basso, a solenidade de 23 de novembro reco-nhecerá o prefeito José Ivo Sartori como Diri-gente Cristão 2012. No mesmo evento, que será realizado no Dom Augusto Gastronomia, toma posse o presidente do próximo ano, Milton José Cemin, acompanhado do vice-presidente Jairo Antunes. Moacir Basso passa a ser presidente do Conselho Consultivo da ADCE. Já recebe-ram a honraria Paulo Poletto, em 2011, e o rei-tor da UCS, Isidoro Zorzi, em 2010.

edição do prêmio Gigia Bandera re-conhecerá Dolai-mes Maria Stedile Angeli (in memo-rian), Darte Car-valho Labatut e José Alceu Loran-di. A homenagem do Simecs será em 23 de novembro, no Clube Juvenil.

foi a queda da eco-nomia caxiense em setembro, se-gundo os números divulgados pela CIC e CDL.

Assédio moral

Política e negócios em Cuba

Deputada?

A lei é boa, mas...

Mais Renault

Sartori homenageado

A CDL Jovem ele-geu por unanimidade a diretoria para a ges-tão 2013 na reunião-almoço da última terça-feira (30), no Palácio do Comércio. Mateus Formolo será o próximo presidente, auxiliado pela 1ª vice-presidente, Gabriele Picoli, e o 2º presiden-te, Diego Rizzo.

Nova geração

5,6%

20ª

PleNaRIo

Paul

o Pa

sa/O

Cax

iens

e

Page 9: Edição 153

92.nov.2012

Faltando apenas dois meses para en-cerrar o ciclo de 8 anos de comando do prefeito José Ivo Sartori (PMDB), O CA-XIENSE lança o seu “inaugurômetro” com intuito de acompanhar e informar a comunidade sobre as obras públicas. A partir desta edição, o gráfico será atuali-zado mensalmente na sua versão digital em www.ocaxiense.com.br.

Em 2011, foram inauguradas 41 obras. Em 2012, deverão ser 69 (algumas a se-rem entregues), um aumento de 68,2% em relação ao ano anterior. O ápice de inaugurações deste ano foi no mês de junho, com 15 descerramentos. Para o cálculo, contabilizamos obras de porte variado – da reforma de uma escola à construção de uma barragem –, excluin-do apenas aquelas que se configuram como simples manutenção, como a “re-vitalização” de calçadas.

Sartori deixará legados para seu suces-sor Alceu Barbosa Velho (PDT). É o caso da Estação Principal de Integração (EPI) Imigrante, uma estação de transporte coletivo que atenderá 20 mil usuários to-dos os dias. Tratada pela prefeitura como uma das grandes obras planejadas nos últimos anos, começou a ser construída em junho deste ano e deverá ficar pronta apenas em março de 2013. Enquanto isso, o trabalho segue em ritmo acelerado no Sistema Marrecas.

A marca mais importante do governo de Sartori – “a maior obra da História de Caxias” (e a mais cara também) – deve-rá ser inaugurada em dezembro, mesmo

após embargos e irregularidades. “Esta-mos na expectativa de que a presidente Dilma Rousseff (PT) venha para a inau-guração”, conta o chefe de gabinete, Ed-son Néspolo. Na agenda do prefeito, o grande dia, quando o Sistema Marrecas enfim represará seus 33 bilhões de litros de água, está agendado para 17 de de-zembro. A data é uma previsão a partir de uma brecha na agenda da presidente, entre 15 e 20 de dezembro. Se Dilma não vier, Sartori corta a faixa sem ela.

Se o abastecimento de água e a mobili-dade estão contemplados, a gestão tam-bém realizou obras e executou projetos nas áreas da Saúde, Infraestrutura e Lazer, como a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), o Programa de Asfalta-mento do Interior (PAI) e as Academias da Melhor Idade (AMEI). Entre reformas e construção de novas UBSs, a UPA da Zona Norte teve as obras autorizadas em setembro deste ano e deverá funcionar somente em 2014 (os mais otimistas ga-rantem que a obra ficará pronta ainda no final de 2013). Com recursos do governo federal – a obra custará R$ 3.646.045,88, sendo que R$ 2.566.265,10 foram repas-sados pela União – a unidade terá a fun-ção de descentralizar os atendimentos no Postão 24 horas. O espaço, com 1.500m², ficará no bairro São Luiz, e contará com 18 salas de observação, 4 leitos de ur-gência e emergência, 10 consultórios, 8 poltronas/macas, além de equipamentos de raio-x e consultório odontológico. A projeção, segundo a secretária da Saúde,

Maria do Rosário Antoniazzi, é que a UPA tenha uma abrangência de 90 mil pessoas, de 12 bairros da Zona Norte.

Quanto ao Programa de Asfaltamento do Interior (PAI), o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Norber-to Luiz Soletti, conta que o governo não apenas trabalhou nas áreas centrais da cidade, como se importou também com o agricultor do interior. Para ele, o PAI está ao lado do Sistema Marrecas como a maior obra caxiense. “Nos últimos anos, ao menos uma estrada que liga o Centro com o interior recebeu asfalto. É um in-centivo que a gestão Sartori deu ao agri-cultor, para que ele continue no interior e que possa gerar progresso econômico. As frutas e verduras que nós compramos no supermercado passam pelas estradas asfaltadas do interior”, diz.

Até o final deste ano, 23 academias es-peciais para idosos, ao ar livre, estarão em funcionamento. Cada uma delas re-cebe média de investimento de R$ 15 mil a R$ 20 mil para ficar pronta. Segundo o secretário municipal de Esporte e Lazer, José Luiz Plein Filho, a Academia da Me-lhor Idade representa mais que a prática de exercícios físicos, tão importante para os 29.938 idosos do Município, de acordo com o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). “Nós ouvimos das pessoas que frequentam as academias que elas ajudaram na convi-vência entre os vizinhos. O diálogo ficou mais fortalecido entre as pessoas”, conta Plein.

O levantamento das 69 obras do último ano do governo Sartori culmina com a grande inauguração que espera a presença de Dilma para descerrar a fita

por Leonardo Portella

Inaugur metroFotos: Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense

Page 10: Edição 153

10

● Assina convênio para im-plantação do Policiamento Comunitário em 18 bairros● Entrega reforma na Galeria Municipal● Entrega da pavimentação da Rota do Sol, DalAgno - Criú-va (PAI)

● Inaugura Monumento Epopeia Imigrante em Ana Rech● Inaugura Acade-mia da Melhor Idade (Amei) na Codeca● Entrega pavimentação asfáltica no trecho que liga Caravággio a São Luiz da 6ª Légua (PAI)

● Entrega quadra de esportes no Complexo Esportivo Zona Norte (parceria com o Esta-do)

● Inaugura nova estrutura do Som & Luz● Inaugura área de lazer no bairro Mariani● Entrega da obra de revitali-zação Parque Getúlio Vargas● Entrega Ecoponto (Codeca)

● Inaugura UBS Belo Horizonte● Inaugura pavimentação em trecho de 1.570 metros, que liga São Luiz a Caravaggio da 6ª Légua (PAI)● Inaugura Academia da Melhor Idade (Amei) e área de lazer no bairro Cohab● Entrega reforma na Biblioteca Pública● Entrega revitalização da praça Cordeiro de Farias e Academia da Melhor Idade (Amei) em Vila Seca

● Inaugura Academia da Melhor Idade (Amei) no bairro Cristo Redentor● Inaugura Pista Municipal de Motocross na Vila Ma-estra● Inaugura Centro Comu-nitário do bairro Fátima

● Entrega área de lazer no bair-ro São Ciro● Entrega ampliação/reforma da UBS Bela Vista● Entrega 23 sobrados do Lote-amento Victório Trez● Entrega pavimentação do tre-cho que liga Santo Homo Bom até a Rota do Sol (PAI)● Entrega obras na Escola Mu-nicipal Professora Ilda Clara Sebben Barazzetti● Inaugura nova rotatória na Perimetral Norte com Hum-berto de Campos● Entrega obras de ampliação da Escola Municipal Osvaldo Cruz● Inaugura trecho de 160 me-tros de asfaltamento em São

João da 4ª Légua● Inaugura trecho de 1.530 me-tros de asfalto na estrada que liga São Pedro da 3ª Légua a São Luiz da 3ª Légua● Inaugura trecho de 1.670 metros, que liga São João da 4ª Légua, em direção a São Braz, até a Escola Municipal Felipe Camarão● Inaugura área de lazer no Co-lina do Sol● Entrega reforma da Escola In-fantil Carinha de Anjo● Entrega reforma da Escola Rubem Bento Alves● Inaugura a Estação de Trata-mento de Esgoto Samuara● Entrega o 4° Residencial Tera-pêutico

JaNeIRo 3 obRaS / 2011: 3 obRaS

feveReIRo 4 obRaS / 2011: 1 obRa

abRIl 4 obRaS / 2011: 4 0bRaS

maIo 5 obRaS / 2011: 2 obRaS

maR o 3 obRaS / 2011: 4 obRaS

JUNho 15 obRaS / 2011: 2 obRaS

Page 11: Edição 153

112.nov.2012

● Inaugura Acade-mia da Melhor Idade (Amei) em Ana Rech● Inaugura Acade-mia da Melhor Idade (Amei) em Vila Cris-tina● Entrega área de lazer

no bairro São Cristó-vão● Entrega área de pavi-mentação asfáltica em São Marcos da Linha Feijó (PAI)● Entrega reforma na Casa da Cidadania

● Obras de pavimen-tação no bairro Fátima Baixo● Asfaltamento e aber-tura de acesso a Galó-polis● Entrega pavimenta-

ção asfáltica na locali-dade DallAgno, Criú-va (PAI)● Entrega pavimenta-ção asfáltica no trecho que liga São Virgílio a São Francisco (PAI)

● Inaugura Academia da Melhor Ida-de (Amei), bairro Cruzeiro● Inaugura a Ciclofaixa na Perimetral Norte● Entrega do novo acesso a Ana Rech● Entrega UBS São Caetano

● Entrega UBS Rio Branco● Inaugura Academia da Melhor Ida-de (Amei) em Vila Gauchinha● Entrega 9.160 metros de asfalto no trecho que liga Morro Grande a Santa Lúcia do Piaí

● Entrega 8 novas viaturas à Guarda Municipal● Entrega reforma no Centro Especia-lizado de Saúde● Entrega pista de skate no loteamento Castanheiras

● Inauguração Sistema Marrecas

JUlho 10 obRaS / 2011: 2 obRaS

SeTembRo 8 obRaS / 2011: 4 obRaS

oUTUbRo 5 obRaS / 2011: 5 obRaS NovembRo

4 obRaS / 2011: 9 obRaS

dezembRo 1 obRa / 2011: 1 obRa

aGoSTo 7 obRaS / 2011: 4 obRaS● Entrega a Estação de Tra-tamento de Esgoto Tega● Entrega Academia da Melhor Idade (AMI), Petrópolis● Entrega pavimentação as-fáltica em 1,2 mil metros em São Luiz da 9ª Légua (PAI)● Entrega 13,5 km de asfalta-mento entre Fazenda Souza

e Vila Oliva (PAI)● Entrega duplicação da pon-te sobre o rio Ranchinho, na divisa com São Marcos● Entrega Academia da Me-lhor Idade (Amei) no bairro Exposição● Entrega Academia da Me-lhor Idade (Amei) no bairro Lourdes

● Entrega Academia da Melhor Idade (Amei) em Fazenda Souza● Entrega Academia da Melhor Idade (Amei) em Santa Lú-cia do Piaí● Entrega Academia da Melhor Idade (Amei) no Jardim América● Entrega Academia da Melhor Idade (Amei) no Parque dos

Vinhedos● Entrega 20 unidades habitacionais no Lo-teamento Campos da Serra● Entrega pavimenta-ção asfáltica na Estra-da do Vinho (PAI)● Entrega quadra po-liesportiva e área de lazer no Planalto II● Entrega pavimen-tação da rua Cabo Machado Severo, no bairro Santa Corona

Page 12: Edição 153

12

Com 6 mandatos consecutivos, a vereadora abdicou da vida pessoal para ser fiel à política. Aos 66 anos, ela se descobre solitária e se despede, contra a vontade, de um

relacionamento que quase chegou às Bodas de Prata

por Daniela Bittencourt

O CASAMENTODE GENI PETEFFI

Primeira comunhão, 1954 |Acervo Pessoal de Geni Peteffi, Div./O Caxiense

Page 13: Edição 153

132.nov.2012

Um vento suave entrava pela janela enquanto ela olhava para a rua. Falava devagar, depois de algumas pausas para pensar. Quase sempre repetia as últimas palavras da sentença e, por vício de polí-tica, se referia a si mesma pela primeira pessoa do plural. Depois de um suspiro fundo, voltou os olhos para a interlocu-tora e refletiu, dessa vez trazendo o dis-curso para si. “Agora, tenho que abrir a cabeça e dizer: Geni, teu tempo passou. Teu tempo passou”. A portas fechadas na sala da presidência da Câmara de Vere-adores, em uma tarde ensolarada de se-gunda-feira (22), Geni Peteffi, meio que a contragosto, se despedia da sua vida política. Aos 66 anos, cabelos curtinhos quase totalmente brancos, o rosto redon-do com algumas inevitáveis rugas, ela mantinha a teimosia de criança. Depois de 24 anos, a vereadora precisa passar adiante o brinquedo mais precioso: seu lugar na Câmara.

Três andares acima do escritório da presidência, na sala 306 da Casa do Povo, o gabinete da vereadora já está sendo desmontado. No lugar que foi a segunda casa de Geni nos últimos 16 anos (desde quando o novo prédio da Câmara de Ve-readores foi construído), cabia toda a sua vida: a política, o futebol, a família e o partido. Paixões materializadas por obje-tos decorativos, como as minibandeiras do Caxias e do PMDB; os porta-retratos com fotografias dos sobrinhos-netos e o retrato dos irmãos, além de imagens de Nossa Senhora Aparecida. Os primeiros quadros já foram retirados da parede. Entre eles, um pôster de um metro de altura, em preto e branco, de um John Lennon descabelado empunhando um violão, presente de um amigo há quase 15 anos. É apenas questão de tempo até que tudo seja removido. Em dezembro, Geni deixa seu cargo na Câmara de Ve-readores de Caxias do Sul após 6 manda-tos consecutivos.

“Foram 24 anos de campanha”, lem-bra uma Geni mais cansada pela luta dos últimos meses do que pelo seu estado de saúde, embora as duas questões estejam intimamente ligadas. No início de 2012, quando se preparava para a sétima cam-panha à Câmara, a peemedebista teve duas surpresas que atalhariam o final de sua atuação política. Se não fosse assim, talvez, em futuro próximo, ainda tivesse realizado o sonho de ser prefeita de Ca-xias do Sul por mais de 22 dias – tempo total em que ocupou a cadeira de Sarto-ri, somando todas as substituições dele

na prefeitura. Em março, quando sentia pela primeira vez o gosto de ser prefei-ta em exercício, Geni teve um tombo em casa, que lhe causou uma fratura no quadril e lhe tirou 5 dias de atuação no Executivo e um mês da Câmara. O anda-dor, escorado em um canto da sala, ainda é suporte necessário para a locomoção. “A saúde dela ficou debilitada. Por causa da diabetes, ela não pôde fazer a cirurgia que precisaria”, conta Renata Gaio, uma das sobrinhas que Geni considera como filha e hoje atua como assessora pessoal da vereadora.

Geni foi parada pela única pessoa que poderia fazer isso: ela mesma. A queda representou o início de uma renúncia à vida para a qual ela se dedicara inte-gralmente. Após o final do mandato, em dezembro, ela deve permanecer como presidente municipal do PMDB, mas a carreira na Câmara termina. “Bom, veja bem, eu tenho que começar a amadure-cer para isso. Tive que deixar (a represen-tação na Câmara) de lado por motivo de doença, senão não teria deixado. Ficou essa marca dos 24 anos, que acho que nunca vou perder, vou levar sempre co-migo”, constata.

Mais decisivo do que muitos embates políticos, o que foi travado no primeiro semestre de 2012 pautou estes últimos meses de vida política. Mesmo depois do tombo e da internação, Geni continuou atuando na Câmara, mas não resistiu ao apelo da família e dos médicos. Retirou a candidatura à reeleição mais pela pres-são familiar do que pela representação movida pelo promotor Rafael Festa, pe-dindo sua impugnação, já que a candida-ta havia assumido a cadeira do prefeito e, por isso, estaria inelegível, conforme a legislação eleitoral. “Nós tínhamos pa-receres médicos que diziam que ela não tinha condições de se candidatar. A pre-ocupação da família não foi com a vere-adora, foi com a pessoa Geni Peteffi. Nós tínhamos que cuidar da tia, da irmã, da familiar”, argumenta Renata. Mesmo um mês depois do pleito, Geni não se con-forma com a desistência forçada. “Tudo ajudou”, resume, visivelmente contraria-da. Ela garante que nem por um segundo ficou dividida entre a saúde e a política. “Fiquei indignada! Mas fazer o que?”, ar-remata, mantendo a expressão séria que dominou a maior parte da conversa.

É natural que uma dedicação de mais de 24 anos à vida política gere um vazio ao ser interrompida. Em 1988, quando se elegeu pela primeira vez à Câmara,

Com os pais, no final da década de 70 |Fotos: Acervo Pessoal de Geni Peteffi,

Divulgação/O Caxiense

Graduação em Ciências Econômicas, em 1967 |

1957 |

Page 14: Edição 153

14

Geni já tinha descoberto a vocação para a liderança. Começou nos negócios da família. Aos 14 anos já ajudava o pai no escritório da empresa. A segunda filha do casal Alfredo Belizário Peteffi e Olin-da Pontalti Peteffi contrariou a ordem seguida pelas moças da sociedade na época. Junto com o irmão mais velho, começou a se interessar pelo frigorífi-co da família – hoje uma empresa mais abrangente no ramo alimentício. Her-dou do pai o gosto pela liderança e to-mou para si a condução da própria vida.

Dos 6 filhos do casal, foi a única que não casou. Antes de entrar para a po-lítica, até 1983, não teve vontade de casar. Depois, também não teve espa-ço. Mesmo na adolescência, quando os namoricos costumam ser prioridade, o foco da jovem Geni era outro. “Eu sem-pre fui mais caseira, não saía muito. Eu trabalhava o dia todo e estudava à noi-te. Então nem tinha tempo para sair”, conta, lembrando que já nesta época era envolvida com a política estudantil. Relacionamento que evoluiu para um casamento fiel com a política. “Tu dei-xas completamente a tua vida de lado, tu deixas tua vida pessoal em benefício dos outros. Porque quando tu és can-didata, tens que abrir mão de alguma coisa”, argumenta. No final, foi obrigada a inverter os papéis: “Eu tive que abrir mão da minha eleição, de tudo aquilo que era o que eu mais queria”, lamenta.

Geni Peteffi, a vereadora, parece ter muito mais espaço para se desenvolver do que Geni Peteffi, a pessoa. Ou, pelo menos, está mais acessível. A mulher que sempre mimou e brincou com os

sobrinhos, que aproveita as festas de Natal para presentear, que gosta mais de comemorar os aniversários alheios do que os seus e que não abre mão dos almoços em família aos finais de sema-na pouco revela sobre a vida fora da Câ-mara. Assim como aquela que coleciona mais de 60 fitas K7 de artistas como Be-atles, Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo e Ângela Maria; que elegeu O Poderoso Chefão e O Alquimista como seus livros preferidos; que se aventura na cozinha para agradar à família; que assiste filmes (mas não novela) na televisão para re-laxar e que brinca com o cachorro. “Eu sou muito quieta. Não sou de me abrir muito”, limita-se.

Os sorrisos aparecem à medida em que ela relaxa durante a conversa. No entanto, são sempre discretos, silen-ciosos. Ela não deixa transparecer nada que possa denunciar o que não lhe con-vém. O temperamento forte vem desde criança. Na escola, ela lembra que era boa aluna, mas já tinha personalidade. “Eu gostava de estudar, mas também era meio arteira. Às vezes brigava com os professores... Eu era teimosa”, conta. Decorar os conteúdos de História e Ge-ografia não lhe agradava. Preferia usar o raciocínio para cálculos nas aulas de Matemática. Geni se formou em Ciên-cias Econômicas e em Administração, ambas na Universidade de Caxias do Sul.

A paixão pelo futebol do S.E.R Caxias e a adoração a Nossa Senhora Apareci-da são poucas das facetas que ela se per-mite mostrar. A primeira, contrariando

a herança do pai, que torcia pelo Juven-tude. Alfredo perdeu quase todos os fi-lhos para o rival grená. Geni e Osmar, o irmão mais velho, já falecido, chegaram a ser dirigentes do Caxias. Entre 2000 e 2003, ao deixar o expediente na Câma-ra no final da tarde, diariamente Geni se deslocava até o Estádio Centenário, de onde só saía à noite. Era responsável pela área financeira do clube. Hoje, seus pitacos estão mais limitados à torcida em casa, com críticas ferrenhas ao juiz.

Alfredo Peteffi, se estivesse vivo, tal-vez não tivesse orgulho do time esco-lhido pela filha, mas com certeza ficaria satisfeito com a carreira que ela susten-tou até então. O homem, que era uma espécie de consultor para os vizinhos do bairro Lourdes – mesmo não tendo car-gos políticos, Alfredo era referência na administração de seus negócios –, não via com bons olhos, no início, o envol-vimento da filha mais velha na política, despertado pelo apoio à emancipação de Ana Rech, localidade onde a família tinha amigos. Depois, percebeu que era inevitável que Geni seguisse os passos da militância. Morreu antes de vê-la eleita vereadora. “Meu pai não conse-guiu acompanhar minha vida política, mas se tivesse conseguido, iria gostar muito. Porque eu ia muito para o In-terior e ele ia junto. Ele gostava disso”, lembra.

Antes do corpo a corpo político nas áreas rurais, Geni já tinha desenvolvido um carinho especial pelo campo. Em-bora a família tenha morado sempre no bairro Lourdes, as férias na colônia, na casa dos avós maternos, são as lembran-

Posse em sua primeira legislatura, em 1988 |Acervo Pessoal de Geni Peteffi, Divulgação/O Caxiense

O gabinete em clima de mudança |Paulo Pasa/O Caxiense

Page 15: Edição 153

152.nov.2012

ças mais gostosas da infância. “Gostava muito de passar mi-nha época de férias na casa dos meus avós. A gente ajuda-va a colher uva, aprendi a tirar leite, essas coisas que hoje o pessoal da colônia ainda faz. A gente chegava a fazer sor-teio para ver quem ia passar as férias lá. Não tinha lugar para todo mundo”, se diverte: “Eles tinham inclusive uma máqui-na de bater trigo, nós gostá-vamos de brincar com ela”. A engenhoca perdia somente para a bicicleta, companheira inclusive em dias de chuva, quando Geni, desafiando a mãe, se aventurava nas “vale-tas”. “Eu não era muito arteira nem muito quieta, era uma criança normal. Mas quando a gente é jovem, não tem o que não goste. Tudo é festa”, define.

É ao falar da saudade dos pais que ela se mostra mais sensível. A perda da mãe, Olinda, em 1996, deixou uma lacuna e obrigou Geni a en-frentar as consequências de algumas escolhas. Nos últimos anos antes da morte da mãe, vítima do Mal de Alzheimer, moravam somente as duas na casa grande localizada na Rua Humberto de Campos, no bairro de Lourdes. O irmão mais novo, que havia muda-do com elas para a nova resi-dência quando o pai faleceu, em 1980, já tinha se casado. Geni e Olinda eram compa-nheiras. Enquanto a filha se preocupava em voltar para casa em horários determi-nados para não deixar a mãe sozinha com a enfermeira, Olinda, durante período em

que a saúde permitiu, apoiou a carreira da filha. E chegou ao ponto de, mesmo doente, sair na vizinhança distribuindo santinhos para as amigas. “Ela pegava os santinhos e ia para a rua. Fazia de conta que estava vendendo, achava que vendia. Eu chegava em casa de noite e ela dizia: vendi um monte de santinhos...”, lembra. Quando ela morreu, Geni percebeu que muito pouco havia resta-do. A família continua próxi-ma, mas a companhia diária não existe mais. “Depois que fiquei sozinha, acho que me arrependo de ter me dedicado menos à vida pessoal. Eu tinha meu pessoal... Um casou, o outro casou e eu fiquei sozi-nha. Aí que tu te dás conta que tu és sozinha”, avalia. Não ca-sar, segundo ela, foi mais uma consequência da sua trajetória do que uma opção. “Como escolhi a vida pública, muito pouco sobrou para a gente fa-zer uma outra coisa. Eu gosto de brincar de carrinho, gosto de brincar com a minha so-brinhada”, conta. Valeu a pena tanta dedicação? Geni silen-cia. Pensa e responde depois de um suspiro: “Não sei”, ri, pensativa. “Não sei se valeu a pena. Só o tempo vai dizer. Agora aconteceu tudo o que tinha que acontecer. E, se ti-ver que acontecer de novo, vai acontecer”, diz, referindo-se à vida política. “Quem sabe vou ser candidata a deputada, né?”, sorri e olha para Renata, que tenta disfarçar a reprovação. Ignorando o olhar da sobri-nha, Geni não se dá por venci-da: “A gente nunca sabe”.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE INTIMAçãO PARA CUMPRIMENTO DE SENTENçA CívEL (LEI 11.232/2005)

4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (VINTE) dias. Natureza: Ação Monitória - Fase de cumprimento de sentença Processo: 010/1.08.0035969-3 (CNJ:.0359691-02.2008.8.21.0010). Autor: Banco Brasdesco S.A.. Réu: TTF Inport Eletrônicos Ltda e outros. Objeto: INTIMA-ÇÃO de TTF Inport Eletrônicos Ltda (CNPJ n.º 08.998.721/0001-44) e Giancarlo Scomazzon (CPF n.º 802.202.310-87), atu-almente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital, paga-rem, por depósito judicial ou diretamente ao credor (com recibo), o débito indicado abaixo, mais correção monetária e juros de mora incidentes no período, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o total e prosseguimento com penhora e alienação judicial de bens. Valor do Débito: R$10.192,69 + 261,26 (custas fase de cumprimento de sentença).

Caxias do Sul, 15 de fevereiro de 2012. SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUÍZA: Cláudia Rosa Brugger.

“Depois que fiquei sozinha, acho que me arrependo

de ter me dedicado menos à vida pessoal”, diz Geni.

Dedicada ao trabalho, ela demorou para perceber a casa

esvaziando de irmãos

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE CITAçãO - EXECUçãO5ª Vara Cível. Comarca de Caxias do Sul.

Prazo de: 30 (trinta) dias. Natureza: Execução de Título Extrajudicial Processo: 010/1.09.0025898-8 (CNJ:.0258981-37.2009.8.21.0010). Exeqüente: Nichelplast Indústria e Comércio Ltda. Executados: Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda, Juraci de Oliveira Correa e Bárbara Correa Ramos. Objeto: Citação dos executados acima referidos para que no prazo legal de três dias, efetuem o pagamento do débito no valor de R$ 2.177,80 (dois mil, cento e setenta e sete reais e oitenta centavos) em data de 10/07/2009, que deverá ser devidamente atualizado, e demais com-inações legais. Poderão oferecer embargos à execução, querendo, no prazo legal de quinze dias, independentemente de seguro o juízo pela penhora. Ficam, ainda, cientes de que no prazo de embargos, reconhecendo os citandos o crédito do exequente e comprovando o depósito de, no mínimo, 30% do valor exequendo, inclusive as cus-tas judiciais e a verba honorária estipulada, poderão os executado sr e quererem seja admitido a pagar o saldo restante em até seis parcelas mensais, acrescidas de juros de mora de 1% ao mês, sob pena, em não o fazendo, serem-lhes penhorados tantos bens quan-tos bastem para garantir a execução.Caxias do Sul, 13 de maio de 2011. Servidor: Rosane Zattera Freitas.

Juiz: Zenaide Pozenato Menegat.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE CITAçãO - CívEL1ª Vara Cível. Comarca de Caxias do Sul.

Prazo: 30 (trinta) dias. Natureza: Ação Monitória. Processo: 010/1.09.0025900-3 (CNJ:.0259001-28.2009.8.21.0010). Au-tor: Nichelplast Indústria e Comércio Ltda. Réu: Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda. Objeto: citação de Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, acerca da presente ação, para pagamento da soma em dinheiro, entrega da coisa móvel fungível ou do bem(ns) determinado(s), além das cominações legais, no prazo de quinze (15) dias, ou, querendo, no mesmo prazo oferecer embargos, sem prévia segurança do juízo. será computado o prazo a partir do término do prazo do edital. a parte destinatária efetuando o cum-primento do objeto da ação ficará isento de custas e honorários advocatícios. Oferecidos embargos suspender-se-ão a eficácia da presente carta. Caso não opostos embargos constituir-se-ão em título executivo judicial, convertendo-se o mandado em executivo, com prosseguimento na forma do processo de execução (entrega de coisa ou quantia certa contra devedor solvente), e, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados na inicial.Caxias do Sul, 07 de junho de 2011. Servidor: Miriam Buchebuan

Lima, Ajudante Substituta. Juiz: Darlan Élis de Borba e Rocha15 2.nov.2012

GRANDE OPORTUNIDADEvENDEDORES (AS)

EMPRESA LíDER EM SEU SEGMENTO INvESTINDO NA AMPLIAçãO DE SUA EQUIPE DE vENDAS CONvIDA vOCÊ A PARTICIPAR DO

PROCESSO DE SELEçãO.

POSSIBILIDADE DE GANHOS SUPERIORES A: R$ 2.000,00

COMPARECER MUNIDO DE CURRíCULO 2ª FEIRA DIA 05/11/2012 HORÁRIO COMERCIAL NA RUA PINHEIRO MACHADO, 685 - CENTRO -

(PRÉDIO DA COLETIVO LABS)

BENEFíCIOS- Treinamento / Acompanhamento- Ótimo ambiente de trabalho- Pagamento semanal- Prêmio por metas semanais- Plano de carreira- Trabalho em equipe- Carro da empresa

REQUISITOS- Ensino médio completo- Dinamismo / Ambição- Ótima comunicação- Disponibilidade p/ viagens- Início imediato- Trazer currículo

Page 16: Edição 153

16

Page 17: Edição 153

172.nov.2012

MORANDONA HISTÓRIA

Na localidade de São Braz, próximo à Rota do Sol, em Caxias do Sul, há uma casa de madeira que ainda insiste em ser amarela. Está erguida sobre um grande porão de pedras basálticas e chão de ter-ra batida, com um arco na fachada e al-gumas janelas gradeadas, por onde entra uma luz que quase ilumina o ambiente. Mais do que os donos da casa, seus 3 ca-chorros adoram circular por esse porão. Em um terreno de 2.400 m², que tem ainda duas construções menores e um pouco menos antigas, a moradia man-tém vivo mais de um século de história de uma família caxiense. Tombada pelo município em 2002, a residência de Si-lena Bachi Scopel, falecida em 2009, teve seu cômodo maior – uma sala de estar – transformada em um museu da imigração italiana naquela comunida-de. Os dois quartos, a cozinha e o sótão ainda servem de moradia e aguardam ser ocupados pelo filho que herdou a propriedade, Ronei Scopel, tão logo a restauração, iniciada há 8 anos, fique pronta. Ronei, de 55 anos, e sua esposa, Assunta, 56, vivem a realidade curiosa de quem opta por preservar o que tal-vez seja o maior patrimônio da família tradicional, a casa e suas histórias, mas não abre mão de viver na propriedade, mesmo após o tombamento.

Em troca da certeza de que a casa não será demolida por seus descendentes ou por algum comprador (a vontade de tombar surgiu após a demolição da casa da bisavó de Ronei, na mesma comuni-

dade), o casal convive com algumas re-gras impostas pela prefeitura para a pre-servação do local. A continuidade fiel das características originais do imóvel (da cor aos lambrequins que enfeitam os beirais do telhado) e o impedimento de novas construções nos arredores da casa, cujo terreno também é tombado, são algumas delas. Segundo Ronei, essa última foi o único problema que enfren-tou até agora, desde o início do proces-so, em 2002. “Na época, eu não me dei conta de que entraria toda essa parte (aponta para o terreno), e que não pode-ria fazer nada depois. Foi inexperiência”, lamenta, justificando que um dia seus filhos poderiam erguer suas casas por ali. Após o tombamento, a verba para a restauração da casa, construída em 1935 pelos avós maternos de Ronei, Fermino e Agada Bachi, foi obtida através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, em 2004. Segundo o neto, ainda falta en-contrar empresas interessadas em ban-car a terceira e última parte da obra, que inclui a pintura externa e interna, com tinta especial. “É muita burocracia e os empresários não se interessam”, lamen-ta. Para o agricultor, que parou de tra-balhar na roça por problemas de coluna e hoje garante seu sustento com a venda dos pães que fabrica toda manhã – cer-ca de 500 por semana –, tombar foi a única forma de garantir a preservação da memória dos Scopel. Apesar disso, a falta de informação já lhe causou alguns problemas, mesmo entre a família. “As

pessoas confundem tombamento com doação, acham que agora a casa é da prefeitura. Muita gente que doou obje-tos para o museu veio pedir de volta por causa disso”, comenta Ronei, que hoje vive com a esposa e dois dos 3 filhos em uma casa a 50 metros da propriedade da mãe.

Segundo a diretora do Departamen-to de Memória e Patrimônio Cultural de Caxias do Sul, Liliana Henrichs, tem crescido o número de pessoas preocu-padas com a questão da preservação em Caxias do Sul, especialmente conside-rando a quantidade de denúncias e re-clamações sobre demolições de prédios antigos, que é cada vez maior. Porém, pedir o tombamento pode ser uma ta-refa difícil em uma cultura que Liliana define como a do “bastantão”, em que a regra parece ser “quanto maior, melhor”. “No aquecimento imobiliário que Ca-xias vive aliado à cultura da verticaliza-ção e da terra arrasada, em que as casas têm que dar lugar a prédios muito altos ou a estacionamentos, a reação mais co-mum do proprietário é achar que o imó-vel preservado vai perder valor, que não vai ser um bom negócio”, avalia.

Atualmente, Caxias conta com 37 imóveis inscritos no Livro do Tombo (o que significa que já passaram por todo o trâmite legal para tombamento). As re-sidências de família constituem grande parte da lista. Porém, poucas ainda ser-vem de moradia. Para citar alguns

Como é viver no museu da família e ter a responsabilidade de serguardião do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade

por Andrei Andrade

Ronei Scopel e sua herança histórica, em São Braz |Paulo Pasa/O Caxiense

Page 18: Edição 153

18

exemplos, o palacete de Abramo Eber-le é locado por uma imobiliária e a re-sidência da família Otolini, erguida no século XIX, abriga o Museu Municipal. Mas existem herdeiros que optam por morar em imóveis tombados, como é o caso das famílias Sassi e Bedin, cujas residências são ocupadas por herdeiros.

A psicóloga Renata Sassi, de 50 anos, vive há 5 anos com o marido e a filha no andar superior da casa erguida pelo bisavô, o comerciante Adelino Sassi, em 1922. O imóvel, de arquitetura eclética, está na esquina das ruas Dr. Montaury e Júlio de Castilhos e atrai olhares encan-tados e curiosos de quem passeia pela praça Dante Alighieri. Segundo a pro-prietária, é normal ver alguém espiando para o pátio, por cima do muro. A casa foi tombada em 2004, por sugestão da prefeitura e o consentimento imediato do pai de Renata, Adelino Sassi Neto, falecido há dois anos. Os filhos também concordaram, não ligando para o boom imobiliário da região, e não cogitam se desfazer do imóvel quase centenário, cujo térreo é ocupado por uma loja de roupas. “Sempre me orgulhei muito da

residência. Pela localização e por ser um patrimônio construído pela família. Além da casa, nós também preservamos os móveis do meu avô, os quadros an-tigos, as fotos. Nossa história toda está aqui. E isso é importante passar para meus filhos e meus sobrinhos. Pratica-mente, eu moro em um museu”, comen-ta. A psicóloga, que também é professo-ra da UCS, acredita que a preservação de bens históricos precisa ser mais va-lorizada em Caxias. Para isso, o poder público, segundo ela, deveria dar uma atenção maior a essa questão, ajudando as famílias que queiram preservar mas não dispõem de tantos recursos. “Claro que inovar é importante, mas com cons-ciência. Existe uma grande possibilida-de de transformar algo que é antigo em algo moderno, com funcionalidade. E é isso que nós procuramos: dar uma fun-ção atual a algo que tem uma história”, observa.

Para o arquiteto urbanista Roberto Filippini, autor do livro Formas Ignora-das: ornamentos, estilos e memórias, a preocupação com a preservação de casas antigas começou tarde em Caxias. Filip-

pini lamenta especialmente a demolição de casas de estilo modernista na região onde mora, no bairro Exposição, para dar lugar a prédios enormes, e também um edifício próximo ao colégio Emílio Meyer, exemplo raro de art déco (mo-vimento de design que influenciou a arquitetura nas décadas de 20 e 30) em Caxias. Segundo o arquiteto, esse último caso poderia ter sido evitado se o pré-dio estivesse sob proteção da nova Lei de Proteção ao Patrimônio Histórico, elaborada pelo Executivo e recentemen-te aprovada pela Câmara de Vereado-res, substituindo a lei antiga, de 1987. Entrando em vigência, a lei obriga que toda demolição de prédios com mais de 50 anos seja autorizada previamente pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural. “Essa lei, e também a da poluição visual (aprovada no último mês de maio), são dois ganhos impor-tantes para a cidade, mas é preciso um olhar mais amplo para a questão da pre-servação, começando por um plano di-retor menos acadêmico e mais eficiente, que não seja apenas uma formalidade”, critica.

Também satisfeito com as alterações

Residência da família Scopel |Paulo Pasa/O Caxiense

Page 19: Edição 153

192.nov.2012

previstas pela nova lei, Ronei Scopel acredita que pode obter alguma ren-da com o terreno de sua propriedade tombada. Com a atualização, proprie-dades rurais também passam a receber o potencial construtivo (benefício que permite ao proprietário transferir para outro lote ou vender o seu direito de construir, proporcional à área tomba-da), antes restrito à zona urbana. Ronei, que viu sua renda diminuir significati-vamente quando parou de trabalhar na roça, acha que pode ganhar um bom dinheiro com esse benefício. Além do potencial construtivo, proprietários de imóveis tombados também recebem como benefício a isenção de IPTU, em áreas urbanas, e de ITR, o imposto equi-valente nas áreas rurais. Mas é um be-nefício insuficiente, concordam Renata Sassi e Roberto Filippini. Ambos acre-ditam que mais proprietários adotariam medidas de preservação se houvesse recursos públicos destinados para ma-nutenção. Seria a chance de Caxias ver mais casos como o de Ronei, que man-tém com orgulho o museu que era o so-nho da mãe, e de Renata, que delega às paredes de casa um pouco da educação das novas gerações da família.

Residência da família Sassi |Paulo Pasa/O Caxiense

Page 20: Edição 153

20

PlaTeIaPlaTeIaPlaTeIaA 16ª Mostra de Teatro Estudantil, que ocorre de terça (8)

a quinta (9) no Teatro Municipal, terá 37 espetáculos de es-colas e centros de assistência social. O evento que estimula a

entrada de crianças e adolescentes no teatro – forma palco e plateia – cumpre todas as cotas do que se espera para um festival do gênero: duas adaptações de Shakespeare, 9 peças inspiradas em con-tos de fadas e punhados de mistério, bruxos, heróis e vilões. Ainda há espaço para surpresas, como Branco das Neves, uma versão mas-culina do clássico, onde o padrasto tem inveja da beleza do enteado. Os espetáculos têm entrada gratuita. Confi ra a programação.

SeGUNda (5) | 8:30

•Quando CrescerE.E.E.M. Mª Araci Trindade RojasEm uma redação, crianças traçam seus planos para o futuro.

•high School Drama ClubColégio La Salle Caxias

Comédia e drama inspira-dos no texto A Aurora da Minha

Vida, de Naum Alves de Souza.

•A Pílula DominatorE.M.E.F. Ítalo João Balen

Uma espécie de Liga da Justiça luta contra vi-lões para proteger o invento do Dr. Lelé, uma pílula que pode salvar ou arruinar o mundo.

•Caixinhas do SulCentro Assistencial Joana D’ArcInspirada em livro infantil de Helô Bacichette e Elô Fernandes e na

pesquisa Presença Africana na Região Serrana, de Loraine Slomp Giron, a peça resgata a cultura a partir de histórias contadas pelos avós dos alunos.

SeGUNda (5) | 14:15

•Ida ao TeatroE.M.E.F. Presidente Trancredo de Almeida Neves

Um casal ganha de uma vizinha ingressos para o teatro. Apressados, não ouvem o que a mulher tem a dizer. É o princípio da confusão.

•Apaixonados Trapalhados Centro Cruzeiro do SolUma comédia de dois amigos que tentam con-quistar duas garotas em um parque.

•O Segredo da Natureza | Centro Educativo MurialdoUm mago e um bando de bruxas estão amea-

çando a Mãe Natureza. Uma fada e duas crianças vão ter que salvar o dia.

•Encontre sua Princesa | E.E.E.M. João TrichesSem castelo, cavalo branco ou fada madrinha.

O príncipe procura a sua amada entre várias can-didatas em um programa de TV. Dança, gatinho.

•O Soldadinho de Chumbo | E.E.E.M. João TrichesGabi procura um velho que conserta brinque-

dos, para descobrir o problema de sua caixinha de música: a melodia toca, mas a bailarina não dança.

TeRCa (6) | 8:30

•Quem matou o leão? | E.M.E.F Erico VerissimoUm detetive e seu assistente investigam o enve-

nenamento de um leão de circo, chamado Musso-lini. Será a vitima um vilão?

•Romeu e Julieta | E.E.E.F Victório WebberNa peça, a tragédia de Shakespeare é comédia.

•A história da Bruxa | E.E.E.F Victório WebberUma – ótima – bruxa está avacalhando com os

contos de fadas. Mistura as histórias, desorganiza os textos e enlouquece os personagens clássicos.

•Faroeste | E.E.E.F Victório WebberKid Leão é o sujeito mau que domina uma cida-

de interiorana. Lampião é o herói que chega para salvar o povo e conquistar o coração da mocinha.

TeRCa (6) | 14:15

•Burrolândia | E.M.E.F. Villa Lobos

Criatividade infantil

Page 21: Edição 153

212.nov.2012

O roteiro dos alunos: Cansada de es-tudar, Duda viaja para um mundo de diversão. A possível intervenção do pro-fessor: veja o nome da peça.

•Um Certo Capitão | E.M.E.F. Erico VerissimoA escola homenageia o patrono com

uma peça baseada em Um Certo Capitão Rodrigo.

•Bruxas não são malvadasE.E.E.M. Santa Catarina

Vilões dos contos infantis se reúnem em um tribunal para provar sua inocên-cia e corrigir um erro histórico dos clás-sicos – malvadas são as princesas.

•Branco das NevesE.E.E.M. Santa Catarina

Segue a sinopse original, porque não convém mudar uma só palavra, “Branco das Neves é perseguido por seu padrasto por ser mais lindo que ele, nesta aventu-ra faz amigos e consegue encontrar sua princesa que o salva com um beijo de amor verdadeiro.”

•Super CarregadorEscola Preparatória de Dança

Com movimentos inspirados nas HQs e estética da Pop Art, o teatro dança da EPD mostra uma visão sobre a mulher, na história e no mundo contemporâneo.

QUaRTa (7) | 8:30

•Por um Mundo MelhorE.M.E.F. Ramiro Pigozzi

Aqui, salvar o mundo é tarefa de aula. E o trabalho é em grupo.

•Os Olhos do BruxoCentro Educativo Cruzeiro do Sol

Com inveja de um casal que tem filhas gêmeas, uma negra e uma branca, uma cigana procura um bruxo para que, por um encanto, consiga ter um filho tam-bém. E descobre que o bruxo é cego e precisa de ajuda para ser curado.

•O Vento e a Magia das CoresCentro Educativo Laços da Amizade

O Vento tem seu sonho realizado. Agora vive a experiência de colorir os lugares por onde passa.

• Espera aí?E.M.E.F. José Protázio S. de Souza

Em um tempo muito remoto (para os atores da peça), um famoso escritor, que não precisava se preocupar com o plágio

(porque sem computador não havia Ctrl C e Ctrl V), acaba de escrever mais um livro. Mas uma empregada vai acabar com a tranquilidade da época. E não há Ctrl S que salve.

• Saladas de CenasArte e Cultura Popular SMC

Os exercícios de improviso do grupo se transformaram em esquetes. A peça inclui letras de músicas “cantadas” basi-camente com a expressão corporal.

QUaRTa (7) | 8:30

•Deixa eu contar uma anedotaCentro Educativo Laços da Amizade

A história de um “namorico” é a piada do grupo.

•Onde as coisas dãoE.M.E.F. Santa Corona

Em uma mostra predominantemente cômica, a escola conta um drama. Uma família problemática, uma criança pro-blema e uma história de abandono que vai parar no Ministério Público.

•Deu a Louca na CinderelaE.M.E.F. Nova Esperança

A peça é uma sátira ao clássico, com bruxas boas, um mordomo impaciente e fadas que não são o que parecem.

•Um Gato entre as PombasColégio La Salle Carmo

O mistério invade um internato femi-nino com a chegada de um professor.

•Cinderela de NeveE.M.E.F. Nova Esperança

Nessa adaptação de contos de fadas, Cinderela e Branca de Neve pertencem à mesma história, os anões são princesas e a madrasta é ainda mais vaidosa.

QUINTa (8) | 8:30

•Casa de BrinquedosCasa do Adolescente - LEFAN

Duas crianças são levadas pelo avô até uma loja de brinquedos. Ao som de To-quinho, os brinquedos ganham vida.

•Vampiros me mordamCentro Educativo Arco-Íris

É dia de jogo no campinho. E Dario, um garoto inventor, criou uma máquina e acabou levando parte do seu time de para uma toca de vampiros.

Pai tem 3D... Dar atenção, Dar amor e Dar carinhoE.E.E.F. José Venzon Eberle

Quando se aproxima o Dia dos Pais, uma professora propõe um debate sobre o papel do pai. Todos dão suas opiniões, menos Florentina, que não tem pai. E o depoimento dela pode ser o grande dis-curso da turma.

•João e MariaE.M.E.F. Dolaimes Stédile Angeli

É a história tradicional, dessa vez sem alterações: das crianças famintas perdi-das na floresta ao felizes para sempre.

•As aparências não enganam, nós nos enganamos com as aparênciasE.M.E.F. Ramiro Pigozzi

O tema é bullying. Na história, um grupo de adolescentes terá uma lição após constranger uma aluna nova.

QUINTa (8) | 14:15

•As GatasE.M.E.F. Giuseppe Garibaldi

Julieta, uma gata preta, torna-se ami-ga de uma gata de outra raça ao ajudá-la quando esta estava ferida. Mas a família de Julieta não aceita a diferença, o que ameaça a amizade das duas.

• O Feitiço do Sapo e a Fórmula da JuventudeCasa do Adolescente - LEFAN

As bruxas Zilda e Zelda, que sempre tentam roubar as invenções do cientis-ta Boris e de seu ajudante Nicolino, são uma espécie de Coiote: muito mais es-trategista que o Papa Léguas mas com muito menos sorte.

• Sonho de Uma Noite de VerãoE.M.E.F. Basílio Tcacenco

O clássico de Shakespeare, a história de um casal separado pela decisão do pai da moça, ganha roteiro de fantasia. Eles fogem para a floresta e, com ajuda de seres encantados, encontram uma poção capaz de fazer qualquer pessoa se apaixonar instantaneamente e resolver o problema do casal.

•Aconteceu na FlorestaCentro Educativo Arco-Íris

O filho da Lua quer usar os amuletos da tribo Taquim para fazer um feitiço e impedir que o sol volte a nascer. Mas a tribo conta com a ajuda das índias Gua-ximin e Inaê para salvar a aldeia.

Criatividade infantil

Page 22: Edição 153

2222

Page 23: Edição 153

232.nov.2012

INTOCáVEISA história real da amizade de

um tetraplégico rico com seu cuidador, um drama bem-hu-morado, virou filme por uma teimosia do diretor. Quando buscou patrocínio, Toledano ganhou pouca confiança dos investidores. Pediram até se o protagonista não poderia an-dar no final do filme. Não ima-ginavam os investidores, nem o diretor, que longa se tornaria o francês mais visto no mundo e um dos favoritos ao Oscar. Com François Cluzet. Omar Sy. De Oliver Nakatache e Eric Toledano. 3ª semana.

★ ★ ★ ★ ★GNC 19:50

14 1:52

FRANkENwEENIEDepois de 27 anos do lançamento do curta Frankenweenie em live action, Tim Burton realiza o

sonho de adaptá-lo para um longa em stop motion, uma homenagem aos filmes de terror. O filme conta a aventura de Victor e seu cão. Após o atropelamento do amigo Sparky, protagonista de seus vídeos caseiros de terror, Victor passa a pesquisar uma forma de ressuscitá-lo. E consegue, com uma receita científica do livro de Frankenstein. Mas o cachorro já não é o mesmo da primeira vida. Marcada pela estética gótica de filmes B dos anos 50, a animação é estranha, macabra e em preto e branco. Além disso, é vítima de um par perfeito: sucesso absoluto de crítica e fracasso de bilheteria. Então, corra para o cinema. Filmes assim têm vida curta em cartaz. Estreia.

CINÉPOLIS 3D 12:50-15:00-17:00-19:00GNC 3D 13:30-15:30-17:30 19:45 10 1:27

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

De Tim BURTON

POSSESSãOUm casal em processo de separação tenta manter a boa convivência

pelo bem das duas filhas. A crise reinicia quando a caçula, após abrir uma caixa comprada em uma feira de jardim, passa a ouvir vozes e manifestar comportamento estranho. Sem convencer a mulher sobre os eventos so-brenaturais, o pai procura ajuda em uma comunidade judaica, “um novo conceito” em exorcismo no cinema. Com Jeffrey Dean Morgan e Kyra Sedgwick. De Ole Bornedal. Estreia.

CINÉPOLIS 13:00-15:10 (SEX.-DOM.) 17:20-19:30-21:40GNC 17:00-19:30-21:50 14 1:32

O MAR NãO ESTá PARA PEIxE 2: TUbARõES à VISTATreinado em lutas ancestrais, o peixinho Pê (no original é Pi, bem me-

lhor do que a abreviação para... peixe) é o guardião do seu recife. Agora um grupo de tubarões ameaça a vizinhança e Pê é o primeiro alvo. O peixe capaz de derrotar um tubarão, mas não um cardume deles, vai treinar os amigos para vencer a luta. Estreia. De Mark A. Z. Dippé

GNC 13:20-15:10 L 1:28

Page 24: Edição 153

24

MAGIC MIkEAos 32 anos, Channing Tatum interpreta um personagem baseado nas suas pró-

prias experiências do início da carreira, aos 19 anos, quando atuou como stripper. “Você é o marido que elas nunca tiveram. É o garoto dos sonhos que elas nunca conheceram.” É nisso que Mike acredita. É disso que ele vive. Enquanto ensina um amigo a ganhar dinheiro seduzindo as mulheres no palco, Mike se apaixona pela irmã do cara e pensa em deixar a vida fácil. Haverá muita crítica à crise america-na, música de balada e homens depilados. E gritinhos femininos, na tela e na sala cinema. Estreia

CINÉPOLIS 14:00-16:30-19:10-22:00GNC 14:20-16:40-21:30 16 1:50

ATIVIDADE PARANORMAl 4No 1° filme, um casal assombrado pelos es-

píritos descobre que a mulher é possuída pelo demônio. No 2°, ela vai embora com o sobri-nho. O 3° mostra a infância da protagonista. Atividade Paranormal – Tóquio, que não entrou para a contabilidade da franquia, conta outra história e somente menciona Katie. Agora ela volta com o garoto. Eles moram em uma nova casa e pararam com essa bobagem de filmar as-sombrações. Mas os vizinhos gostam de filmes caseiros. Com Katie Featherston. Matt Shively. De Henry Joost e Ariel Schulman. 3ª semana.

CINÉPOLIS 21:10GNC 14:00-22:00 3D

16 1:35

PROIbIDO FAlAR ITAlIANO Dirigido por Robinson Cabral e produzido

por Luciano Balen, o documentário conta a história de Agnolino Capobanda, de 90 anos, descendente de imigrantes italianos. O filme resgata o período do Regime do Estado Novo, durante as décadas de 30 e 40, quando o go-verno tentou unificar a identidade do país e proibiu outros idiomas. O filme, que estreia oficialmente no dia 10, data que marca os 75 anos do Estado Novo, terá sessão na Semana do Cinema Italiano, promovida pela Associa-ção Vêneta do Rio Grande do Sul. A Avergs (Bento Gonçalves, 1.283) exibirá 5 sessões, de segunda (5) a sexta (9), sempre às 19:00: Pinocchio - 1ª parte (SEG.), Novecento -Atto 2 (TER.), Mine Vaganti (QUA.), É proibido falar italiano (QUI.) e Pinocchio - 2ª parte (SEX.).

ATé QUE A SORTE NOS SEPAREQuanto mais falamos mal do filme,

mais ele ganha sessões nos cinemas ca-xienses. Faremos o contrário, só desta vez. Combinado? Há um mês em cartaz, a estreia de Leandro Hassum como pro-tagonista no cinema já é o segundo filme nacional mais visto em 2012, atrás de E aí, comeu?. O longa, que nesta semana ganha uma sessão no Cinematerna, para que mães com bebês não percam a opor-tunidade de ver a comédia na telona, já foi assistido por mais de 2 milhões de espectadores. Agora deu? Com Leandro Hassum e Daniele Winits. De Roberto Santucci. 5ª semana.

CINÉPOLIS 13:40-16:00-18:30-20:50GNC 14:00 (Cinematerna) 16:20-19:00-21:20 12 1:44

O DIáRIO DE TATIO Diário de Tati, o livro de Heloísa

Pérrisé que deu origem ao filme, é uma lista de perguntas que uma adolescente não consegue responder. Depois de pas-sar pelo teatro e pela TV, Tati conta no cinema os seus dilemas: passar de ano, enfrentar uma inimiga para ficar com o cara mais bonito da escola, suportar a mãe que procura um novo amor... Com Heloísa Périssé, Márcia Cabrita e Marcelo Adnet. De Mauro Farias. 4ª semana.

CINÉPOLIS 13:00-15:10 (SEG.-QUI.) L 1:30

TOMbOyQuando Laure, de 10 anos, sai para explorar

a nova vizinhança, Lisa, outra garota da sua ida-de, a confunde com um menino. E Laure prefe-re assim. O filme francês mostra a vida dupla de Laure, que tem que esconder a verdade dos no-vos amigos e a mentira dos pais. Depois da ses-são de domingo, tem bate-papo no cinema. Os convidados são a professora de Artes da UCS e doutoranda em Artes Visuais pela UFRGS Sil-vana Boone e o psiquiatra Caetano Fenner de Oliveira. Com Zoé Héran e Malonn Lévana. De Céline Sciamma.

ORDOVáS SEX. (2). 19:30 SáB. (3) e DOM. (4). 20:00. 14 1:22

007 – OPERAçãO SkyFAllO agente encontrará soluções brilhantes para

se livrar da morte, baterá mais do que apanha e irá para cama com belas mulheres. Até aqui, nenhum spoiler – é sempre isso. Continuemos assim. Considerado um dos melhores da série, o filme reserva boas surpresas. 007 tem cons-ciência do envelhecimento, é mais humano e, apesar do rodízio de musas na cama, talvez seja bissexual. Com Daniel Craig, Judi Dench e Ja-vier Bardem. De Sam Mendes.

CINÉPOLIS 12:00 (SEX.-DOM.)14:50-15:40-18:00-21:50 12:30-18:50-22:10GNC 15:00-18:20-21:10-21:40

16:00-18:50 14 2:25

ARMADA O FIlMEFilmado em Galópolis, o curta mostra a

Caxias dos anos 70. Em um porão da Su-pervisão de Ordem Política e Social, du-rante a ditadura militar, o jornalista Pedro (Davi Souza) acorda em um porão som-brio onde é interrogado sobre um levante armado na cidade. O filme trata da ditadu-ra, da tortura e dos limites humanos.

ORDOVáS TER. (6). 21:00. Drama

Davi de SOUzA. De Filipe FERREIRA.

Channing TATUM. Matthew MCCONAUGhEy. De Steven SODERBERGh

Page 25: Edição 153

252.nov.2012

+ SHOWS

MUSICASExTA-FEIRA (2)

Fabricio beck Trio 22:00. R$ 10. Bier Haus Ale Ravanello blues Combo 22:00. R$ 12 e R$ 18. MississippiEvânio e Gaita 22:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolSwing Natural 22:00. R$ 20. Portal BowlingMersey Trio 00:30. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic

SábADO (3)

banda Hardrockers 22:00. R$ 10. Bier HausCasarão do Samba 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13Fúlvio Motta Trio + Agente Ed 23:00. R$ 15 e R$ 20. Bukus AnexoDJs Paulinho S. e Samu P. 23:30. R$ 12 e R$ 15. Level Cult

Luiz

Cha

ves,

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Hemberger, Cibele e Tita

A balada dos 8

No ano passado, quando completou 25 anos, a Orquestra Municipal de Sopros recebeu com muita honra o maestro Dr. Glen J. Hemberger. Importante repre-sentante do trabalho de banda sinfônica realizado nos Estados Unidos, Hember-ger gosta da troca de experiências – só para exemplificar, ele foi o primeiro ame-ricano a reger a banda da Polícia Armada Militar Chinesa –, mas adorou nossa orquestra. Tanto que, desta vez, fará dois concertos, com participações especiais das solistas Cibele Tedesco e Tita Sachet.

SáB. (3) e DOM. (4). 20:30. R$ 5. Teatro Municipal

A festa Local House vai reunir 8 DJs que curtem e tocam o gênero: Ander Oliveira, Beto Biasio, Lee Batista, Junior Secco, Ismael Censi, Juliano Cortiana, Daniel Crespi e Fer Oliveira. E duvido alguém reclamar por ter que encarar essa quase jornada de trabalho na pista.

SáB. (3). 23:00. R$ 15 a R$ 40. havana

Page 26: Edição 153

26

Ale Ravanello blues Combo 22:00. R$ 12 e R$ 18. MississippiDJs convidados + Rodri-go Dias + Giiu Emer 23:00. De R$ 12 a R$ 25. NoxEvânio e Grupo 21:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolRodeio Drive + Showdi + DJ Rodrigo Salvador 23:00. R$ 25 e R$ 40. Place Des SensInfiltrados 22:00. R$ 20. Portal BowlingMequetrefes + Sandinistas (Sex Pistols + The Clash) 00:30. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic

DOMINGO (4)

Pagode Junior + Fabiano Fon-toura & banda 21:00. R$ 20. Portal Bowling

TERçA (6)

Acústico Cris Caberlon 21:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13The blugs 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

QUARTA (7)

barbarah e banda 23:00. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13black & Dog(Tributo a led Zeppelin) 22:00. R$ 10 e R$ 15. MississippiJhonatan e Carlos 21:00. Gratuito. Paiol

QUINTA (8)

Fabricio beck Trio 22:00. R$ 10. Bier Haus Alaude 23:00. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13DJ Ander Oliveira 23:00. R$ 10 e R$ 15. HavanaDelta Jam 22:00. R$ 10 e R$ 15. MississippiGrupo Macuco 22:00. R$ 15 e R$ 5. PaiolMateus & Fabiano 22:00. R$ 20. Portal Bowling

+ SHOWS

Instrumental hermano-tupiniquimO Duo Finlândia, formado pelos músicos Mauricio Candussi, da Argentina,

e Raphael Evangelista, do Brasil, volta à cidade para apresentar o show que é fruto de seu terceiro álbum, Carnavales. A performance da dupla – cuja mistura de gêneros já seria interessante o suficiente para atrair a atenção da plateia – é instrumental, com violoncelo, acordeon, teclado e programações eletrônicas.

QUI. (8). 21:00. Gratuito. zarabatana

Hits da OspaComo a Osucs e a Orquestra Municipal de Sopros, a Orquestra Sinfônica de

Porto Alegre (Ospa) também tem programas que investem na popularização da música sinfônica e formação de novas plateias. Um deles, o Ospa pelos caminhos do Rio Grande, passa por Caxias e pela regência do maestro Manfredo Schmiedt essa semana. O repertório do concerto terá desde reconhecidas obras do acervo da literatura musical universal, como Suíte nº 1 – Peer Gynt, O Guarani e Bachia-nas Brasileiras nº 4, até canções do mestre das trilhas sonoras John Williams, de Harry Potter e a Pedra Filosofal, Inteligência Artificial e O Patriota.

TER. (6). 20:30. Gratuito. Igreja Pio X

Reggae de garagemApesar de não ser muito popular por aqui, a banda norte-americana The Sla-

ckers tem mais de uma década de estrada. Seu reggae de garagem, como eles mesmos definem, já que é bem mais pesado e cru do que os clássicos do gênero, surgiu no Brooklyn e angariou influências da Jamaica, do ska, do rock, do blues e até de Jack Kerouac. O show de abertura é com a caxiense Rutera, que também representa muito bem a herança de Bob Marley.

TER. (6). R$ 15 (antecipado) e R$ 20 (na hora). 21:30. Aristos

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Page 27: Edição 153

272.nov.2012

Mir

iam

Car

doso

de

Souz

a, D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

PALCO

Noite espanhola

Solteira na pista

No espaço anexo à escola La Cueva há um bar restaurante dedicado a uma viagem à Espanha. Neste sábado, as bailarinas Karine da Silva e Uyara Camargo animam a noite, às 22:00 depois de uma rodada de petiscos e jantar típico. Regado a sangria, o evento terá buffet de paella campeira e paella marinera.

SáB. (3). 20:00. R$ 35 (jantar) e R$ 10 (couvert artístico). La Cueva

Zica Stockmans interpreta uma solteiro-na que tem a lábia de uma vendedora da Barsa e o charme de uma consultora da Avon. Mas a vida amorosa – e, consequen-temente, sexual – é arruinada pelo espírito da Tia Gérdebra. A vendedora bem sucedi-da, no entanto, não é amarga. Divide com o público as suas histórias e investidas em busca do amor que pode estar em um ro-deio, bailes funk ou até mesmo em um ter-reiro de umbanda. Pode também estar na plateia. Memórias de uma Solteirona é a pe-núltima peça da programação especial da Tem Gente Teatrando. Em dezembro, Zica encerra o ano da escola com o espetáculo O Torto e Seu Duplo, inspirado na pesquisa da atriz sobre a vida de Vivi do Loló.

SáB. (3) e DOM. (4). 20:00. R$ 20 e R$ 10. SEG. (5). 20:00. R$ 5 (grupos de escolas

agendados). Casa de Teatro 12 1:00

Page 28: Edição 153

28

ARTE

O 6° Salão Campus 8, evento organizado pelo Centro de Artes e Arquitetura da UCS, teve 16 inscrições. E 10 alunos foram selecio-nados para a exposição nas categorias Desenho, Gravura, Objeto, Livro de Artista, Pintura Digital e Vídeo. Os premiados foram Les Pipes, objeto de Paulo Denílson Prusch; Ciclos, vídeo de Maysa Stedile; e Mortalha, desenho tríptico de Gelson Soares. Os vencedores foram eleitos por uma comissão julgadora de 5 membros convidados pela UCS. Como prêmio os alunos ganham 4 créditos gratui-tos, para o primeiro lugar, e 2 créditos gratuitos para segundo e terceiro.

6° Salão Campus 8 Coletiva. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Mortalha, de Gelson Soares |

Ciclos, de Maysa Stedile |Les Pipes, de Paulo Denílson Prusch |

Prêmios acadêmicos

Capelinhas: Memória e Fé Coletiva. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Geografia do AcasoGraça Marques. A partir de SEG. (5). SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Monumentos de uma trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

O brilho das Flores Iva Spinelli. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00. Ipam

Os Magos da Música Paulo Ricardo Vargas Pinto. Até DOM. (4). SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB.-DOM. 15:00-19:00. Ordovás

Page 29: Edição 153

292.nov.2012

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário.Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

MúsicaBlues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tradicionalista.

DançaClássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

ArtesAcervo. Desenho. Diversas Escultura. Fotografia. Grafite. Gravura. Instalação Pintura.

ENdERE OSCINEMAS:CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (IN-TEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER. R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOvÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARISTOS. AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BIER HAUS. TRON-CA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13. DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | BUkUS ANEXO. RUA OSMAR MELETTI, 275. CINQUENTENáRIO. 3215-3987 | HAvANA. DR. AUGUSTO PES-TANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEvEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004. | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX vERSUS. DARCy ZAPAROLI, 111. VILAGGIO IGUATEMI. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PARÓQUIA SãO PIO X. RUA MARCOS MORESCHI, 497. BAIRRO PIO X. | PLACE DES SENS. 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | PORTAL BOWLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RI-ZZO. 3220-5758 | TEATRO MUNICIPAL. DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | vAGãO CLASSIC. JúLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

TEATROS:LA CUEvA. 20 DE SETEMBRO, 2.986. SÃO PELEGRINO. 3217-4169 | CASA DE TEA-TRO. RUA OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130 |

GALERIAS:CAMPUS 8. ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MON-TAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | INSTITUTO BRUNO SEGALLA. R. ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027-6243 | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOvÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ ZOLO. 3901-1316 |

A Galeria do Ordovás abre na próxima quinta (8) a expo-sição Miserere – Visões do In-ferno de Dante, de Beatriz Ba-len Susin. E as fantásticas cores de Bea não serão vistas desta vez. A personalidade forte no traço e na expressão das suas criaturas, muito adequadas ao tema da exposição, sim. A sé-rie de gravuras em metal tem vernissage às 20:00. E vale a pena visitar a galeria na com-panhia da artista.

O Grupo Nós Sem Hora, que tem promovido encontros de debate cultural na cidade, realiza um evento especial de fim de ano. Nas próximas 3 segundas-feiras (5, 12 e 19), no Aristos, Gustavo Guertler, editor das Belas-Letras, minis-tra o curso gratuito O Desafio de Publicar, para escritores, livreiros, estudantes, agentes culturais e aspirantes a escri-tor. Em 3 módulos, o curso en-sina a vender o peixe, apresen-ta o marketing de guerrilha e as práticas dos escritores bem-sucedidos.

Inferno de bea

Esvazie a gaveta

CAMARIMMarcelo araMis

Re

prod

ução

/O C

axie

nse

Page 30: Edição 153

30

moda e beleza

A marca Osklen, dirigida pelo ca-xiense Oskar Metsavaht – que recen-temente anunciou a venda de parte da empresa para a Alpargatas, como você já leu na coluna Primeira Fila –, abriu a edição de Inverno 2013 da São Paulo Fashion Week. A grife apresentou uma coleção enxuta – e boa –, reflexo, talvez, do estado de espírito de Oskar, mas também da própria mudança de data e duração do evento, que foi antecipado e encurtado, exigindo esforço extra de estilistas e indústria.

Não é exagero dizer que o diretor criativo da marca voltou às suas raízes no conceito de seu próximo inverno. Antes de ser caxiense, Oskar é, diga-mos assim, um cidadão da neve. É a

imensidão branca e todo o seu entor-no que o fascinam. O tema da coleção, Into the Mountains, a sofisticação dos anos 60 de Aspen com a rusticidade da Patagônia, é autoexplicativo.

Com poucas cores na cartela – preto, off white, carmim, alpaca e dourado – e uma riqueza de materiais – lã ita-liana, alpaca, pele de ovelha, chamois, couro bovino, neoprene, jacquard de algodão, mohair e seda rústica feita em tear artesanal (e-fabrics), que che-garam a motivar discussões a respeito da sustentabilidade da empresa nas redes sociais –, a equipe de criação encarou e superou o desafio de fazer uma coleção simples porém nada simplória.

Oskar, a neve e a SPFW

por Carol De Barba* colaborou Paula Sperb

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Foto

s: M

árci

o M

adei

ra/O

Cax

iens

e

Empreendedorismo

Tendência

MapaO governo do Estado, por meio de um estudo encomendado pela Agência Gaúcha de Desenvolvi-mento e Promoção do Investi-mento (AGDI) à Fundação de Economia e Estatística (FEE), irá fazer um mapeamento da Indústria da Criatividade no Rio Grande do Sul. A pesqui-sa está sendo realizada com uma metodologia inovadora em termos mundiais e que irá ajudar na elaboração de projetos para o segmento. A Indústria Criativa envolve áreas distintas como artes visuais, espetáculos, produção de conteúdos e design. Justamente essa diversidade que faz do RS um dos principais polos criativos brasileiros.

A II Semana Municipal do Empreendedorismo, que tem entre seus apoiadores o Polo de Moda, também interessa ao setor criativo. O evento ocorre entre os dias 5 e 9 de novembro, com uma agenda intensiva de atividades. O objetivo principal é oportunizar à comunidade caxiense o acesso a noções de empreendedorismo e incentivar o surgimento de novas empre-sas e novos empreendedores. A programação completa está no site da prefeitura www.caxias.rs.gov.br.

Assim como a São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio, o Integramoda também está repensando o calendário e o con-ceito do evento. A mudança deve ser para melhor.

Page 31: Edição 153

312.nov.2012

Operação Verão

Make criativo

vITRINe

por Fabiana Griffante, fisioterapeuta

“Levar uma vida de forma saudável, alimentar-se de forma adequada e praticar atividade física com regula-ridade”

“Não se estressar. Levar a vida de forma leve, sem se preocupar com coisas que não merecem nossa atenção”

Relax

Hábitos saudáveis

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Com a correria entre trabalho e família, muitas mulheres conseguem parar – ou quase – para pensar na boa forma para desfilar na praia somente agora. Mas segundo a fisioterapeu-ta Fabiana Griffante, os próximos meses são suficientes para conseguir bons resultados estéticos e de saúde, claro. Para queimar calorias, a dica de Fabiana é apostar nas aulas de Muay Thai. A modalidade queima 1 mil calorias por aula fortalecendo coxas, glúteos, braços, principalmente o “músculo do tchau”, e barriga, sem deixar o corpo masculinizado. As

aulas de Fabiana têm no máximo 2 alunos por horário, com 75% de trei-no e 25% de luta com defesa pessoal. Fabiana, que também é professora de RPG e Pilates, indica como aliadas da boa forma as bandagens estéticas e a modelagem corporal.

A profissional também explica que, de acordo com o próprio criador do método Pilates, um novo corpo é possível com até 30 sessões. “Então, ainda há tempo de se preparar para o verão, com certeza!”, incentiva a fisio-terapeuta que inaugurou seu próprio estúdio em 1º de outubro.

A princesa da Festa da Uva Aline Casa-grande é também maquiadora no salão onde trabalha ao lado de sua mãe, e costuma inovar na hora de criar os makes. Cílios posti-ços, cores do arco-íris e até inspiração nas Empreguetes fazem a diferença nos looks criados por Aline, que também faz design de sobrancelhas.

Sun Marine FPS 50 Acqua Gel | Biomarine | R$ 69,90 (preço sugerido)

L’Bel | R$ 23,50

Borjouis Paris | R$ 39 (média)

Corporalité Bronze – Loção hidratante e auto-bronzeadora | Biomarine | R$107,54 (preço sugerido)

L’Occitane em Provence | R$ 90

É perfeito para quem tem pele mista ou oleosa, com tendência à acne. Ele espalha fácil, tem rápida absorção e previne os efeitos nocivos do sol (tem 95,3% de proteção UVA e PPD 21,5). Especialmente formulado para a área do rosto, é oil free, tem textura leve e delicada e é ideal para o uso diário.

O Protetor Solar para o Contorno dos Olhos e Boca (5g) protege, é claro, a pele do contorno dos olhos e lábios, mantendo-os umectados por 8 horas. Não comedogênico (não obstrui os poros).

No verão, ame tudo que tem fórmula ultra-resistente e à prova d’água. Isso signi-fica que o produto também é capaz de enfrentar incólu-me o suor do verão. Como esse lápis Contour Clubbing Waterproof, que é ideal tanto para delinear quanto esfu-maçar, não cola e não migra das pálpebras. O produto também é testado e recomen-dado para olhos sensíveis.

Graças à sinergia dos ativos (Eritrulose e DHA vegetal), acelera o bronzeado e deixa a pele mais uniforme, natural e sem manchas. Também hidrata e protege a pele. Indicado para ser usado sem exposição ao sol, tem efeito hidratante, iluminador da pele e pro-longador do bronzeado.

Os maiores entendedores de perfume do mundo, os franceses, elaboraram um trio de fragrâncias adequadas ao clima quente e abafado do Brasil, ou seja, extremamente le-ves. Dá para comprar separadamen-te, mas a edição em trio das águas de colônia, bacana para ter na necessai-re, é limitada. Tem 3 fragrâncias de 50 ml cada: Água Universal, Água Radiante e Água Cativante.

PROTETOR

DELICADO

CONTORNO

BRONzE SEM SOL

PERFUME

Page 32: Edição 153

3232