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ACONTECE NO IM E visite-nos www.ime.usp.br | curta: fb.com/imeusp Edição Especial Vestibulando Instituto de Matemática e Estatística da USP ESTUDE NO CONHEÇA TODOS OS CURSOS DE GRADUAÇAO OFERECIDOS PELO IME CARREIRA 710 (10,91/45)* Curso 13 Bacharelado em Ciência da Computação Diurno 50 vagas CARREIRA 825 (4,81/33) Curso 62 Licenciatura em Matemática Diurno 50 vagas Curso 63 Licenciatura em Matemática Noturno 100 vagas CARREIRA 790 (5,05/39) Curso 52 Bacharelado em Estatística Diurno 40 vagas Curso 53 Bacharelado em Matemática Diurno 30 vagas Curso 54 Bacharelado em Matemática Aplicada Diurno 20 vagas Curso 55 Bacharelado em Matemática Aplicada e Computacional Noturno 50 vagas Não é fácil escolher um curso dentre a enorme gama de opções oferecidas pela Universidade de São Paulo. É com a preocupação de esclarecer dúvidas constan- tes que produzimos essa edição especial com reportagens sobre os cursos oferecidos pelo Institu- to de Matemática e Estatística, o IME. Procuramos expor um novo pon- to de vista das carreiras da nossa unidade, mais próximo das úl- timas inovações tecnológicas e do atual mercado de trabalho e mais distante dos preconceitos que cercam a área. Assim, será possível desfazer as dúvidas mais comuns sobre ciência da compu- tação, estatística e os diferentes cursos de matemática. Tudo isso para que você possa to- mar uma boa e clara decisão na hora de se inscrever na FUVEST. O novo professor de matemática pág 2 Matemática Pura ou Aplicada? pág 3 Estatística cresce com os dados pág 3 Diferenças entre a Ciência e a Engenharia da Computação pág 4 *(Relação candidato vaga/Nota de Corte). Todos os cursos têm duração de 8 semestres, com exceção da Licenciatura em Matemática no período noturno, que tem duração de 10 semestres

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ACONTECE NOIMEvis i te -nos w w w.ime.usp.br | cur ta : fb.com/imeusp

Edição Especial Vestibulando

Instituto de Matemática e Estatística da USPESTUDE NO

CONHEÇA TODOS OS CURSOS DE GRADUAÇAO OFERECIDOS PELO IME

CARREIRA 710 (10,91/45)*

Curso 13 Bacharelado em Ciência da ComputaçãoDiurno 50 vagas

CARREIRA 825 (4,81/33)

Curso 62 Licenciatura em MatemáticaDiurno 50 vagas

Curso 63 Licenciatura em MatemáticaNoturno 100 vagas

CARREIRA 790 (5,05/39)

Curso 52 Bacharelado em EstatísticaDiurno 40 vagas

Curso 53 Bacharelado em MatemáticaDiurno 30 vagas

Curso 54 Bacharelado em Matemática AplicadaDiurno 20 vagas

Curso 55 Bacharelado em Matemática Aplicada e ComputacionalNoturno 50 vagas

Não é fácil escolher um curso dentre a enorme gama de opções oferecidas pela Universidade de São Paulo. É com a preocupação de esclarecer dúvidas constan-tes que produzimos essa edição especial com reportagens sobre os cursos oferecidos pelo Institu-to de Matemática e Estatística, o IME.Procuramos expor um novo pon-to de vista das carreiras da nossa

unidade, mais próximo das úl-timas inovações tecnológicas e do atual mercado de trabalho e mais distante dos preconceitos que cercam a área. Assim, será possível desfazer as dúvidas mais comuns sobre ciência da compu-tação, estatística e os diferentes cursos de matemática.Tudo isso para que você possa to-mar uma boa e clara decisão na hora de se inscrever na FUVEST.

O novo professor de matemática pág 2

Matemática Pura ou Aplicada? pág 3

Estatística cresce com os dados pág 3

Diferenças entre a Ciência e a Engenharia da Computação pág 4

*(Relação candidato vaga/Nota de Corte). Todos os cursos têm duração de 8 semestres, com exceção da Licenciatura em Matemática no período noturno, que tem duração de 10 semestres

Longe do antigo mito de que o professor sempre tem razão, o docente de hoje já não tem o mesmo perfil de décadas atrás. Os alunos, por sua vez, tam-bém mudaram. Para não criar um profissional defa-sado, é necessário que a formação do professor de matemárica esteja baseada em uma grade curricular consistente. “O curso do IME tem um currículo mo-derno e é modelo para as demais licenciaturas, não só de matemática, por ofe-recer um equilíbrio entre as disciplinas na instituição de

origem, o IME, e na Facul-dade de Educação”, opina o Prof. Antônio Carlos Bro-lezzi, docente do departa-mento de Matemática do IME.

No curso de Licenciatu-ra em matemática, parte da carga horária é cum-prida na Faculdade de Educação, o que possibi-lita que o aluno também esteja em contato com as diversas (e novas) corren-tes pedagógicas, formando

um profissional com auto-nomia intelectual para es-colher as metodologias, os procedimentos didáticos e os métodos de avaliação mais adequados para cada situação.

“No início histórico das licenciaturas em matemá-tica, existia o modelo que ficou conhecido como 3+1. Eram três anos de ba-charelado e depois um ano de disciplinas pedagógi-cas”, explica o Prof. Brolezzi. “O modelo não funcionou, pois os cursos de peda-gogia e licenciatura têm objetivos diferentes. Com

o tempo, o modelo foi se alterando e disciplinas de conteúdo matemático pas-saram a ter um enfoque mais próprio para a forma-ção do professor da edu-cação básica. Além disso, foram sendo criadas outras disciplinas específicas para a formação do professor.“

Ele também chama aten-ção para o fato de que, além de conhecer as novas tendências no ensino de matemática, também é ne-

cessário ter um olhar críti-co sobre certos modismos. “[O curso pretende] dar ao futuro professor possi-bilidades de entender os fenômenos que giram em torno da educação mate-mática, incluindo uma aná-lise crítica dos modismos. Creio que nosso aluno não tem um viés muito forte em nenhuma tendência da educação matemática, ele transita bem pela maioria delas e sabe o que é neces-sário fazer na sala de aula: formar matematicamente bem o aluno da educação básica.”

Para lidar com alunos for-mados dentro da cultura digital, o novo professor deve estar apto a avaliar quais conteúdos podem ser ensinados com o auxí-lio das novas tecnologias. Contudo, o uso dessas tec-nologias em sala de aula

também deve ser encara-do de maneira crítica: “A es-sência da educação mate-mática é mais importante que a ânsia por novidades”, defende o Prof. Brolezzi. Para ele, essa nova configu-ração no perfil profissional não deve perder de vista a formação matemática mais sólida possível durante o curso de licenciatura.

“É importante saber que os alunos da nos-sa licenciatura podem, além de fazer a pós-graduação em ensino de matemática, seguir a carreira acadêmica de matemática pura se de-sejarem, fazendo algu-mas disciplinas comple-mentares”, ele alerta. “Em minha opinião, é preciso que o aluno da licenciatu-ra sinta-se livre para seguir a carreira de professor da educação.”

O NOVO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

“O curso do IME tem um currículo moderno e é modelo para as demais licenciaturas”

Prof. Antônio Carlos Brolezzi

Caros alunos,

Preparamos esse jornal para contar um pouco sobre os cursos que o Instituto de Matemática e Estatística ofe-rece. São seis no total: a Licenciatura em Matemática (diurno e noturno) e os Bacharelados em Matemática (diurno), em Matemática Aplicada (diurno), em Mate-mática Aplicada e Computacional (noturno), em Esta-tística (diurno) e em Ciência da Computação (diurno). Por ano, são oferecidas 340 vagas nesses cursos que estão entre os melhores do país nas áreas de matemá-tica, estatística e ciência da computação.

Nos textos desse jornal, tentamos explicar um pouco o que esperar de cada um dos cursos e das respectivas profissões, e convencê-los do grande leque de possíveis aplicações no cotidiano que uma formação no IME propicia a seus alunos.

Venham nos visitar e descobrir o que o IME tem a oferecer! Esperamos por vocês no próximo ano!

Clodoaldo Grotta RagazzoDiretor do IME-USP

Duzentos petabytes de dados armazenados pelo CERN foram necessários para achar a partícula de Higgs. Por dia, o Google necessita processar cerca de 24 petabytes. Antes, o problema enfrentado era a ausência de dados. Hoje, o problema é o excesso. E para a coleta, organização e análise desses dados, é necessário contar com um profissional formado em es-tatística.

Não é a toa que Hal Va-rian, economista chefe do Google já disse: o “sexy job“ dos próximos dez anos será dos esta-tísticos. Cláudia Monteiro, docente do departamento

de Estatística do IME, con-firma a boa absorção dos graduandos em Estatística no mercado. “Há uma dis-puta pelos nosso alunos. Você abre os classificados do jornal e não encontra oferecimento de vagas. Isso porque as empresas vêm direto aqui. “

Abrangente, o curso e a carreira em estatística ainda oferecem uma boa varie-dade de áreas do conheci-mento onde se trabalhar. O estatístico pode aplicar

seus conhecimentos em diversas áreas, como na medicina, no mercado fi-nanceiro e também na área governamental. Hoje, cres-ce o número de estatísticos trabalhando com dados re-lacionados ao marketing e à publicidade, já que anún-cios personalizados na web são selecionados com base na estatística e na análise das informações disponibi-lizadas pelos internautas.

Há também aplicação da estatística em linhas de trabalho cada vez mais ne-cessárias e em crescimento, como a coleta e análise da enorme quantidade de da-dos utilizados em pesquisas sobre o genoma humano.

Por conta disso, o curso da USP oferece aos seus estudantes a possibilida-de de cursar disciplinas optativas fora do IME, como nos institutos respon-sáveis pelos cursos de saú-de pública ou de economia.

Nos dois primeiros anos do curso, o ingressante de-para-se com disciplinas de formação básica, como cál-culo, álgebra linear e pro-babilidade. No terceiro ano, há mais ênfase nas técni-cas de aplicação. “O quarto ano é nosso equivalente à residência médica“, como diz Cláudia. Nele, os alunos colocam em prática a teoria em consultorias reais nas mais diversas áreas.

ESTATÍSTICA CRESCETANTO QUANTO OS DADOS

Na hora de tomar a decisão sobre qual curso seguir, a di-ferença entre a matemática pura e aplicada não é clara. Grosso modo, a matemática pura se ocupa de questões abstratas e fundamentais enquanto a matemática apli-cada está focada em resolver problemas concretos da so-ciedade.

Para a Profª. Joyce Bevilac-qua, docente IME, os regis-tros históricos indicam que a matemática nasceu aplicada, sendo usada inicialmente para contagens, transações comerciais e medidas de áreas. “Mas o caráter geral dos problemas foi percebido, principalmente pelos mate-máticos gregos, e a partir de então a matemática assumiu seu lado filosófico, puro.“

Por isso mesmo, acredita-se que a matemática pura é mais teórica que a matemá-

tica aplicada. “Atualmente os problemas a que se dedicam os matemáticos aplicados são tão comple-xos, que exigem um tra-tamento teórico bastante profundo para a constru-ção de sua solução“, den-fende a Profª. Joyce.

Ao contrário do que mui-tos imaginam, a matemáti-ca aplicada não diz respeito apenas à engenharia e à fisica, que acabam sendo as aplicações mais conhecidas por serem as mais antigas. “Com a evolução da com-putação, todas as áreas do conhecimento passaram a se utilizar de modelagens e simulações“, ela explica. “Nas áreas sociais, podemos ver vários modelos matemáti-cos que identificam padrões de crescimento de cidades a partir de imagens de satéli-te; em biologia molecular, o

desenvolvimento de novos fármacos ocorre através de simuladores das dinâmicas das moléculas e seus aco-plamentos; na área médica, modelos de estudos da di-nâmica do HIV, rubéola, e ou-tras doenças são usados na definição de estratégias de desenvolvimento de novas drogas ou de esquemas de vacinação.“

O Bacharelado em Mate-mática (Pura), por outro lado, é um curso pensado para formar pesquisadores nas di-versas áreas da matemática. “O curso fornece uma sóli-da base em Matemática e o egresso está preparado para seguir a pós-gradua-ção nas melhores institui-ções de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior“, conta a Profª. Deborah Rafael, também docente do IME.

No mercado profissional, a

separação entre duas áreas é menos nítida. “Uma pes-soa com formação sólida em matemática pura poderá trabalhar sem problemas em áreas aplicadas, sendo tam-bém verdadeiro o contrário“, explica a Profª. Joyce. A Profª. Deborah concorda: “A dife-rença é pequena se estamos falando da formação de um estudante do IME, que transi-ta entre pura e aplicada sem muitos problemas.” A dica que ela dá é para que essa decisão não se torne um es-tresse na hora de escolher o curso.

“Um aluno da pura que decide que gosta de aplica-ções vai ter oportunidade de focar, mesmo durante a graduação, em disciplinas de seu interesse, e as transferên-cias entre os cursos também são soluções possíveis para os que mudam de ideia.“

MATEMÁTICA PURA OU APLICADA?

1 PETABYTE =1000000 GIGABYTESIsso corresponde à

capacidade de armazenamento de

212,8 mil DVDs

Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo

EX

PED

IEN

TE

tiragem: 5000 exemplares

DiretorClodoaldo Grotta Ragazzo

Vice-DiretorSeverino Toscano do Rego Melo

Assistente Técnica AdministrativaPaixão de Mattos P. Saldanha

Assistente Técnica AcadêmicaDaniela Santana Carvalho

Assistente Técnico FinanceiroJoaquim Vilemar de Sousa Rocha

Redação e EdiçãoRicardo Kuraoka

Revisão e FotografiaJuliana Frutuoso

Conselho EditorialGislaine Olivi Lima, Roberto Hirata Júnior,

Severino Toscano do Rego Melo

fale com a gente: [email protected] |

ENTENDA O QUE DIFERE A CIÊNCIAE A ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

Há muita confusão sobre as fronteiras de atuação da ciência e da engenha-ria da computação. Em-bora parecidos, os cursos possuem suas particulari-dades e é necessário co-nhecê-las bem antes de decidir que rumo tomar.

Segundo o Prof. Marco Dimas Gubitoso, do IME, o cientista da computação é o responsável pelo projeto e pelo desenvolvimento de programas e sistemas para o computador. Além de buscar maneiras efica-zes de resolver esses pro-blemas computacionais, o cientista da computação também deve propor ma-neiras melhores e mais in-teligentes de usar compu-tadores em áreas repletas de desafios como a robó-tica e a visão computacio-nal.

Já o engenheiro da com-putação está mais foca-do em criar sistemas para integrar esses programas ao hardware, lidando também com máquinas e equipamentos computa-cionais. Dispositivos como celulares, aparelhos de áu-dio digitais e até máquinas de raios-X e ferramentas cirúrgicas a laser - todos requerem integração de hardware e software, e são resultados da engenharia da computação.

Para o Prof. Gubitoso, foi com a separação das car-reiras no vestibular, em 2011, que as pessoas co-meçaram a ficar mais aten-

tas às diferenças entre as duas áreas. Segundo ele, a dica para não errar é sim-ples: “se você gosta mesmo é de programar, o curso de Ciência da Computação é o ideal“. O que acaba con-fundindo os alunos é que há uma sobreposição en-tre os dois cursos, e que envolve exatamente pro-gramação - ou seja, o en-genheiro da compuação também vai aprender a programar, porém em um nível menos avançado que o cientista da computa-ção, já que o foco do curso é o hardware.

“O cientista da computa-ção trabalha em um nível mais abstrato“, explica o

Prof. Gubitoso, que já avi-sa que o curso envolve bastante Matemática. “A tarefa, na verdade, é pegar um problema da vida real e atribuir a ele um modelo matemático para que pos-sa ser representado dentro do computador.”

Para ele, o ponto forte do curso do IME é a preo-cupação com a formação básica. “O aluno tem a ex-periência de programação aliada a uma formação teórica muito forte, o que permite que ele se adapte muito bem a novas tecno-logias, podendo inclusive propor novos paradigmas.“ Apesar disso, ele alerta para o fato de que não se

trata de um curso teórico, e sim de um curso que va-loriza a teoria.

A demanda por profis-sionais de informática tem crescido muito nos últi-mos anos, principalmente no campo dos dispositivos móveis, mas muitas em-presas ainda encontram dificuldade na hora de se-lecionar o profissional que procuram. Isso acontece porque a demanda é por profissionais altamente qualificados, que são rela-tivamente raros e disputa-dos no mercado. Por isso a escolha da instituição onde o aluno conduzirá sua graduação é um mo-mento importante em sua carreira.

Deve-se olhar não ape-nas o renome da institui-ção e a qualificação do corpo docente, mas tam-bém a possibilidade de fa-zer uma pós-graduação já que grande parte da ino-vação vivenciada na área vem dos crescentes inves-timentos em pesquisas e, consequentemente, em pesquisadores.

No caso do IME, além da possibilidade do aluno realizar iniciação científica ainda na graduação, são muitos os docentes dedi-cados a orientar mestra-dos e doutorados. “Aqui, como em outras institui-ções qualificadas, você não vai ter aula somente com quem entende do as-sunto, e sim com quem faz o assunto.“

“Se você gosta mesmo é de programar, o curso de Ciência da Computação é o ideal“

Prof. Marco Dimas Gubitoso