estrutura sindical no brasil estrutura sindical conjunto de normas de funcionamento e organização...

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  • Estrutura Sindical no Brasil Estrutura Sindical Conjunto de normas de funcionamento e organizao dos sindicatos. Estas normas podem, em alguns momentos, ser estipuladas livremente pelos trabalhadores. Em outros, so impostas pelo Estado burgus. Dois modelos de estrutura LIVRE E AUTNOMA ATRELADA AO ESTADO
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  • Historia do Movimento Sindical no Brasil Fase III (1970-80): Novo sindicalismo - nascido nas greves de 78/79 Fase IV (1990-2000): Retorno da predominncia da poltica de colaborao de classes Fase I (1900-1930): Anarco-sindicalismo (estrutura autnoma) Fase II (1930-1960): sindicalismo baseado na colaborao de classes
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  • Estratgia: Greve geral Destruio do Estado Burgus. Mtodo: Ao direta Negao de qualquer autoridade (inclusive a idia de dirigentes sindicais) Objetivo: A greve geral levaria ao colapso do capitalismo. A nova sociedade seria auto-gestionria. Anarco-sindicalismo:
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  • Limites do anarco-sindicalismo Os anarco-sindicalistas negavam: A ao parlamentar e a luta poltica; A necessidade do partido e da tomada do poder. Luta politica associada luta sindical. Outra corrente: os socialistas Norte de atuao reformista > mudana gradual Defesa da atuao parlamentar.
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  • Em 1906, os trabalhadores fundam a COB Confederao Operria Brasileira
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  • Crise de 1929: novos rumos Colapso do modelo agrrio- exportador brasileiro; Salrios rebaixados pela metade / desemprego; Industrializao como sada para a crise; Necessidade da classe dominante de derrotar o movimento para promover acumulao de capital (disciplinalizar o trabalho). 1930 - crise econmica se alastra CGTB realiza Marcha contra fome do Rio de Janeiro Muitas greves.
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  • Revoluo de 1930 Deposio de Washington Luiz Fim da Primeira Repblica (1889-1930) 1930: Getlio chega ao poder
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  • Reflexos na legislao trabalhista e sindical 1931 Criao Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio. Decreto 19.770: Unicidade, direito de interveno em diretorias, assemblias e finanas dos sindicatos. Estatutos deveriam ser registrados e aprovados pelo Min. do Trabalho. Sindicatos entendidos como rgos consultivos e de colaborao com o Estado.
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  • Reflexos na legislao trabalhista e sindical -1932 Greve dos Sapateiros e Ferrovirios. Mais categorias aderem. Lei de frias, jornada de 8 horas. So criadas as Juntas de Conciliao e Julgamento. -1933 (maro) Instituio da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdncia Social). - 1934 Decreto prev que s trabalhadores filiados aos Sindicatos oficiais tm direito legislao trabalhista (Lei de frias).
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  • Novos mecanismos de atrelamento dos sindicatos ao Estado sero criados. 1937 Volta a unicidade sindical / proibio de greves ou lockout. 1939 Organiza-se a Justia do Trabalho (regulamentada em 1941). Lei do Enquadramento: regulamentao das Confederaes / Federaes e Sindicatos.
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  • Legislao trabalhista e controle sindical 1940 Lei do Salrio Mnimo Salrios diferenciados para cada regio. 1941 Lei do Imposto Sindical Financiamento da estrutura sindical 60% Sindicatos, 15% Federaes, 5% Confederaes, 20% Ministrio do Trabalho Instituio do assistencialismo. Base material para o peleguismo 1943 CLT - unio das leis e decretos desde 1930.
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  • Estrutura sindical consolidada: Vargas impe um fim ao sindicalismo autnomo Verticalizada Confederao / Federao / Sindicato Por ramo de atividade Sem permisso para existncia de centrais sindicais Atrelada ao Estado: Unicidade, definio das funes e normas de funcionamento (Estatuto) dos sindicatos, Finanas controladas (MS/CS).
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  • 1964: os militares no poder
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  • Efeitos imediatos da represso Gregrio Bezerra, das Ligas Camponesas, preso De 1964 a 1970, o Ministrio do Trabalho destituiu diretorias em 563 sindicatos, metade de trabalhadores das indstrias. Das seis confederaes de empregados, quatro sofreram interveno. Desde 1964, as greves estavam praticamente proibidas. *Fonte dos dados estatsticos: Boris Fausto
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  • 1968: focos de resistncia no Brasil Morte do secundarista Edson Luiz 50 mil no enterro. Passeata dos 100 mil (21/06) Greves operrias em Contagem/MG e Osasco/SP. (16 mil e 15 mil trabalhadores em greve). Os maiores enfrentamentos com a Ditadura Militar desde seu inicio. Apesar do sindicato participar da linha de frente dessas greves, elas foram preparadas dentro das fabricas pelas comisses de empresa. I- At 1967 os sindicatos estiveram imobilizados pelo governo. A partir desse ano o Ministrio do Trabalho liberou algumas atividades sindicais. II- Apesar do controle implementado pelo Ministrio, militantes ligados s comisses de fabricas assumiram a direo de alguns sindicatos (Metalrgicos de Osasco) e iniciam a luta contra o arrocho salarial e a represso ao movimento sindical.
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  • A resposta da Ditadura s mobilizaes foi mais represso. A diretoria do sindicato de Osasco foi cassada, seus integrantes foram presos ou exilados. Aps essa greve muitos operrios foram jogados na clandestinidade. Era o prenuncio do AI-5. O governo Mdici (outubro/1969 a maro/1974) E Guerra contra os opositores terroristas Ascenso das prises, torturas, assassinatos. Propaganda anticomunista e em defesa do regime. Expanso da TV / instrumento servio do regime. Milagre Econmico de 1968 / 1973 Fazer crescer o bolo para somente depois distribu-lo Crescimento do PIB mdia de 11% ao ano (uma das maiores taxas do mundo na poca).
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  • FASE III 1970-1980 O novo sindicalismo
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  • Crise do Milagre Econmico em meados da dcada de 70. Extino, do AI-5 e anistia aos exilados polticos. Fim do bipartidarismo. Retomada da lutas dos trabalhadores, a partir das greves metalrgicas do ABC paulista. Se constitua o Novo Sindicalismo em contraposio ao velho sindicalismo.
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  • Sinais de mobilizao no movimento operrio
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  • Volkswagen a fbrica com maior concentrao operria no ABC Paulista
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  • A dcada de 1980 1- Ruptura com o modelo de atuao sindical do perodo pr-64: II- Pouco espao para a poltica dos PCs Aliana com setores progressistas da classe dominante; Atrelamento dos sindicatos ao Estado (estrutura montada por Getlio Vargas). III- Ofensiva do movimento sindical Os anos 1980 so marcados pela poltica de independncia de classe e luta pela liberdade e autonomia sindical.
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  • Nascem as Oposies Sindicais Os patres resistem, mas algumas Comisses de Fbricas, ao longo dos anos 1980, so conquistadas Volkswagen, Ford, Trorion, Arteb... Aos poucos, as oposies vo derrubando os antigos pelegos.
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  • A organizao vai tomando corpo CONCLAT (Conferncia Nacional da Classe Trabalhadora) 1981 5.036 delegados, 1.091 entidades sindicais presentes; No CONCLAT: dois grandes blocos, dois projetos. 1- Unidade sindical (PCB, PC do B e MR-8) 2- Setor ligado s greves de 1978-79 + oposies sindicais.
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  • Independncia de Classe Fundao do PT - 1980 Os PCs defendiam o apoio ao PMDB. O projeto do PT visava a organizao poltica independente da classe trabalhadora. Fundao da CUT, em 1983: A CUT nasce da ruptura poltica entre setores dirigentes do movimento. 1983: campanha das Diretas J se amplia.
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  • A ofensiva do Movimento Operrio
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  • A CUT se firma como central E como instrumento de luta da classe trabalhadora
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  • GREVES DOS ANOS 80 ABRIU UM NOVO CICLO HISTRICO NO BRASIL Colocou a ditadura militar em cheque. Representou o fim do monoplio da poltica pelos empresrios (Arena e MDB) A entrada em cena da nova classe trabalhadora, produto da industrializao do Brasil. Iniciou a crise e a derrubada dos dirigentes sindicais pelegos cuja orientao central era a conciliao de classes. Produziu o Novo sindicalismo
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  • CONCEPO E PRTICA SINDICAL Princpios do sindicalismo clasista
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  • Quais as caractersticas que o novo sindicalismo defendia para revolucionar a ao sindical?
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  • INDEPENDNCIA DE CLASSE Trincheira luta de classes, contra a explorao patronal, governo, juiz, estado. A independncia s se realiza na luta contra o patro e o governo. Independncia financeira fundamental INDEPENDNCIA DE CLASSE Trincheira luta de classes, contra a explorao patronal, governo, juiz, estado. A independncia s se realiza na luta contra o patro e o governo. Independncia financeira fundamental Estatuto da CUT: Central nica dos Trabalhadores uma organizao sindical de massas em nvel mximo, de carter classista, autnomo e democrtico Total independncia frente ao Estado e autonomia em relao aos partidos polticos, e que devam decidir livremente suas formas de organizao, filiao e sustentao material.
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  • MOBILIZAO E LUTA EM PRIMEIRO LUGAR A prioridade a luta direta. No se trata de no negociar ou de negar a importncia da negociao mas de priorizar a mobilizao. Usar a justia do trabalho, apenas como acessrio, um ltimo recurso. Ao direta de massa atravs de paralisaes, manifestaes, greves, controle coletivo de terras.
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  • DEMOCRACIA OPERRIA Consultar a categoria sobre projetos e propostas; As assembleias decidem sobre tudo; Passar poder de decises para base. Sempre eleger representantes de base nas lutas, comandos de greve, comandos de negociao, comisses de PLR, etc. DEMOCRACIA OPERRIA Consultar a categoria sobre projetos e propostas; As assembleias decidem sobre tudo; Passar poder de decises para base. Sempre eleger representantes de base nas lutas, comandos de greve, comandos de negociao, comisses de PLR, etc. CUT Garantir o exerccio da mais ampla democracia em todos os seus organismos e instncias sero constitudos proporcionalmente ao nmero de votos obtidos pela chapa no respectivo congresso. Dever ser mantida a proporo de delegados de diretoria e de base no conjunto da delegao que participa do congresso. A CUT luta pela transformao dos atuais sindicatos em entidades classistas e combativas, organizados a partir de seus locais de trabalho;
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  • COMBINAR A LUTA ECONMICA E LUTA PELO SOCIALISMO Combinao da luta sindical com luta para mudar o sistema, derrubar o capital, limite do sindicato reproduz sistema, origem da explorao: propriedade privada,; Por isso, estatizao/nacionalizao (fim do grande setor privado). Combinar luta sindical com luta geral da sociedade para mudar o pas. COMBINAR A LUTA ECONMICA E LUTA PELO SOCIALISMO Combinao da luta sindical com luta para mudar o sistema, derrubar o capital, limite do sindicato reproduz sistema, origem da explorao: propriedade privada,; Por isso, estatizao/nacionalizao (fim do grande setor privado). Combinar luta sindical com luta geral da sociedade para mudar o pas. CUT: O compromisso com a defesa dos interesses imediatos e histricos da classe trabalhadora, a luta por melhores condies de vida e trabalho e o engajamento no processo de transformao da sociedade brasileira em direo democracia e ao socialismo.
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  • AUTONOMIA FRENTE AOS PARTIDOS POLTICOS Apesar de serem bem vindos os partidos, de ser importante a livre organizao de membros das categoria partidos operrios, as decises so soberanas das assemblias e diretorias do sindicato.
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  • INTERNACIONALISMO PROLETRIO A Maioria das empresas hoje so multinacionais que esto explorando em muitos pases. A classe trabalhadora e a burguesia so internacionais. A luta de classes internacional. INTERNACIONALISMO PROLETRIO A Maioria das empresas hoje so multinacionais que esto explorando em muitos pases. A classe trabalhadora e a burguesia so internacionais. A luta de classes internacional. CUT Solidariza-se com todos os movimentos da classe trabalhadora, em qualquer parte do mundo.
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  • COLOCAR TODA A ESTRUTURA SINDICAL A SERVIO DAS OLTs Para se ter uma idia do peso disto e da necessidade de construir OLTs, caso se implantasse comisses de empresa em todo o Brasil (empresas com mais de 50 trabalhadores) se elegeriam cerca de 140 mil dirigentes de base (quase o mesmo tanto de dirigentes sindicais afastados do local de trabalho, que so 170 mil dados de 2001). COLOCAR TODA A ESTRUTURA SINDICAL A SERVIO DAS OLTs Para se ter uma idia do peso disto e da necessidade de construir OLTs, caso se implantasse comisses de empresa em todo o Brasil (empresas com mais de 50 trabalhadores) se elegeriam cerca de 140 mil dirigentes de base (quase o mesmo tanto de dirigentes sindicais afastados do local de trabalho, que so 170 mil dados de 2001). CUT Lutar para a superao da estrutura sindical corporativa vigente, desenvolvendo todos os esforos para a implantao da sua organizao sindical baseada na liberdade e autonomia sindical; Defender o direito de organizao nos locais de trabalho, independentemente das organizaes sindicais, atravs de comisses unitrias, com o objetivo de representar o conjunto dos trabalhadores e dos seus interesses.
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  • No. Ficou na metade do caminho. Onde defendia a independncia de classe, em 1990 passou a defender o pacto social e acordos rebaixados com a patronal e secundarizou a luta de classes. Abandonou a democracia operria e passou a decidir tudo na cpula da Central. Abandonou a luta pelo socialismo e passou a defender a democracia, se adaptando ao status quo. Passou a defender as cmaras setoriais com a indstria multinacional e a flexibilizao das leis trabalhistas, inclusive mudanas para pior na aposentadoria, chegando agora ao absurdo de defender o ACE. Se adaptou a estrutura getulista e passou a viver do imposto sindical e recursos do governo; acomodou-se aos privilgios individuais levando ao parasitismo das organizaes operrias (sindicatos e central). Revoluo da estrutura sindical ficou pela metade e retrocedeu.
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  • O imposto sindical e a subordinao ao estado e aos governos I- Em 2008 o governo Lula reconheceu e legalizou as centrais sindicais. II- A partir de ento as centrais sindicais passaram a receber 10% do imposto sindical. III-Em 2012 as centrais governistas receberam 160 milhes de reais em Imposto sindical.
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  • Entre 2008 e 2012 as centrais governistas receberam aproximadamente R$ 530 milhes. A CUT recebeu em 2012 cerca de R$ 45 milhes, o equivalente a 60% do oramento da Central. A Fora Sindical recebeu R$ 40 milhes, o que corresponde a 80% do seu oramento A Nova Central ( NCST) recebeu R$ 18 milhes. A CTB recebeu R$ 8,8 milhes, que representa 90% das receitas.
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  • Em 2005,o alto escalo da Volkswagen da Alemanha informou que teria pago com dinheiro da empresa orgias para corromper executivos e sindicalistas. Um alto dirigente do sindicato dos metalrgicos do ABC e da CUT fazia parte da orgia. "Para as lideranas, tudo era perfeitamente organizado. Com hotis de luxo e tudo o mais --portanto, tambm mulheres." Um ex-sindicalista bancrio de SP, dirigia a Previ, fundo de penso dos funcionrios do Banco do Brasil, que movimenta oramento de R$ 140 bilhes, mais de 5 vezes o oramento da cidade de So Paulo para o ano de 2010. Participou da privatizao da Vale, CSN, Embraer, eltricas, telefnicas, etc. Ganhou na Previ em 2009, R$ 41.592,00 por ms. Embolsava mais de 20 mil reais mensais por ser do Conselho de Administrao da Vale, outros 20 mil por ser do Conselho da Brasil Telecom. Um ex presidente da CUT, agora presidente Nacional do Sesi (ligado as federaes patronais), ganhava em 2010 um salrio 22.500,00 reais por ms. Se estivesse como metalrgico no ABC, seu salrio seria de apenas R$ 3.500,00.
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  • Presidente do sindicato de comercirios do Rio tem frota area e de barcos a vela H 18 anos no Sindicato dos Trabalhadores da Construo Civil Pesada de SP, o presidente vai para o trabalho de Mercedes Benz, tem manso em Campos do Jordo, avaliada em meio milho de reais. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodovirio de Cargas de So Paulo, foi preso em 2003 acusado de participar do assassinato do presidente do Sindicato dos Motoristas de Guarulhos. Em 2010, novamente, o sindicato acusado do assassinato de dois outros sindicalistas Presidente da Federao dos Empregados no Comrcio do Estado de So Paulo, viaja no pas a bordo de seu prprio avio. A federao tem Colnia de frias em praia de SP. Na colnia, tem sute presidencial que s presidente pode usar: tem sete cmodos, com sala de vdeo, sute para hspedes, hidromassagem, sala de estar, etc.
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  • A EXPERINCIA DA BUROCRATIZAO DA CUT
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  • Uma pesquisa coordenada por Maria Celina DArajo, da Fundao Getlio Vargas, indica que 45% dos cargos de alto comando dentro do governo esto hoje nas mos de sindicalizados. PT mantinha 47.500 filiados e sindicalistas em altos cargos. Burocracia sindical no poder.
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  • COLOCAR TODA A ESTRUTURA SINDICAL A SERVIO DAS OLTs Deslocar o centro de poder, que hoje est nas mos das diretorias dos sindicatos, para as bases, os trabalhadores e OLTs, para ajudar a controlar e dirigir os sindicatos. Podemos definir a Organizao por Local de Trabalho como uma forma dos trabalhadores adquirirem controle sobre as condies de trabalho. Est presente desde o inicio do capitalismo, sendo uma clara expresso da resistncia dos trabalhadores explorao e opresso. Assim as OLTs se confundem com a prpria historia da classe trabalhadora e, consequentemente, precedem at mesmo o nascimento do sindicato como instrumento de negociao entre capital e trabalho.
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  • Nossa Concepo de organizao de base 1- uma organizao dos trabalhadores no sentido de encaminhar a luta da categoria no seu local de trabalho. 3- O objetivo da organizao de base coordenar a resistncia contra a explorao capitalista e disputar a conscincia dos trabalhadores no local de trabalho. 3- Existem diferentes formas de organizar os trabalhadores no local de trabalho: Ex: CIPAS, Delegados Sindicais, Comisses de fabricas, grupos clandestinos.
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  • As principais caractersticas de uma OLT: 1- A prioridade a ao direta. As OLTs devem ser instrumentos dos trabalhadores para a luta pela sua prpria emancipao. II- Independente dos patres e da empresa. III- Independente do Estado e dos governos. IV- Autnoma frente aos partidos polticos. V- Democracia sindical e de base. VI- As OLTs devem ser autnomas s diretorias dos sindicatos.
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  • O trabalho mido e paciente. O trabalho mido e paciente. -O trabalho de base e as OLTs exigem muita pacincia. - necessrio partir sempre do nvel de conscincia dos trabalhadores. -No dia a dia das fabricas e empresas, preciso estar ao lado dos trabalhadores, as vezes, at puxando-os pela mo para que avancem. -Em cada oportunidade, em cada luta pela melhoria das condies de trabalho necessrio conscientizar politicamente os trabalhadores. - atravs do esforo consciente e sistemtico da direo dos sindicatos classistas e combativos que avanaremos na organizao de um rede de ativistas de base dentro das empresas.
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  • DEMOCRATIZAR A VIDA SINDICAL I- As OLT`s devem ser um ponto de apoio para democratizar a vida sindical. II- Para isso devem estar integradas ao processo de discusso e deliberao dos sindicatos. III- Isso implica na constituio de instancias nas entidades (conselhos de representantes, comisso salarial, comando de greve etc.) que permitam integrar estes ativistas. IV- Queremos construir com eles e no no lugar deles as lutas e atividades do sindicato.
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  • As OLTs e a sade do trabalhador: Nossas tarefas imediatas I-Dentro das empresas, fabricas e agencias bancarias h uma verdadeira epidemia de doenas ligadas ao trabalho. II- Os trabalhadores so vitimados pelas LER/Dort, problemas na coluna, mutilaes, depresso etc, alm de centenas de milhares que perdem a vida em acidentes de trabalho. III- Explodem inmeros conflitos motivados pelos baixos salrios, desrespeito aos direitos trabalhistas, descumprimento de acordos coletivos, pelo assedio moral e sexual. IV- impossvel enfrentar essa situao atravs de uma ao sindical que chegue somente ate a porta das empresas e agencias. V- necessria uma ao cotidiana nos locais de trabalho.
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  • 1- O processo de reestruturao produtiva. 2- Grande onda de demisses do setor nos anos 90. 3-Automao. 4-Terceirizao. 5-A mudana na organizao do trabalho. 6-Introduo de novos mtodos de avaliao do trabalho. 7- Os trabalhadores so constrangidos a tornarem-se scios, colaboradores e parceiros dos bancos. 8 Este processo estimula o individualismo, a competio e o medo entre os trabalhadores. 9- A presso por metas abusivas, assedio moral e horas extras. COMO VIVEM OS TRABALHADORES BANCRIOS NOS SEUS LOCAIS DE TRABALHO?
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  • Assedio moral, adoecimento e insegurana do trabalhador bancrio Assedio Moral H uma tentativa de suicdio por dia no setor bancrio Para 66,4% dos bancrios a presso por metas abusivas o principal problema. 21.144 bancrios foram afastados do trabalho em 2012 por problemas de sade H cada 20 dias um bancrio se suicida no Brasil 27% dos afastamentos foram provocados por LER/Dort 25,7 % dos afastamentos correspondem a stress, depresso e sndrome do pnico
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  • Os patres e o Estado disputam a conscincia dos trabalhadores, nos locais de trabalho e buscam transforma-los em aliados, usam para isso de vrios instrumentos, entre eles a cooptao. H obstculos importantes que precisamos enfrentar: I- A situao da luta de classes e seus reflexos na conscincia dos trabalhadores. II- A represso e perseguio por parte dos patres, chefes, gerentes, ou ate mesmo das burocracias sindicais. Os obstculos no so absolutos. Um bom exemplo a conquista dos delegados sindicais em varias campanhas salariais em 2011. Os momentos de mobilizao so os mais propcios para avanar na organizao de base. Deve ser ponto de toda pauta de reivindicaes o direito de eleger representantes dos trabalhadores dentro das empresas, com estabilidade.
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  • E nos momentos de refluxo e calmaria... A organizao de base deve ser uma obsesso, devendo ser feita atravs do trabalho em torno aos problemas concretos que afligem a vida do trabalhador. Tambm nas atividades sociais, esportivas e culturais, nas lutas nos bairros por creche, moradia, postos de sade, mobilidade urbana, segurana etc. Um outro aspecto fundamental a organizao de espaos e atividades que envolvam os setores oprimidos que compem a classe trabalhadora, como as mulheres, os negros e os homossexuais.
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  • A Organizao por Local de Trabalho e a luta das mulheres As mulheres so as maiores vitimas do assedio moral e sexual nos locais de trabalho. O machismo uma ideologia que serve para superexplorar as mulheres e dividir o conjunto da classe trabalhadora. obrigao de toda direo sindical e OLT`s combater o machismo. preciso ampliar e fortalecer a presena de mulheres na direo dos sindicatos e OLTs. A presena de mais mulheres permite uma identificao importante com um setor da base das categorias, que em muitos casos maioria feminina. As mulheres hoje representam 50% da fora de trabalho no setor bancrio. Fortalecer o MML nas categorias O movimento Mulheres em Luta um movimento classista e feminista que luta pelo fim da opresso e violncia contra as mulheres. Essa luta contra o machismo no pode estar separada da luta contra a explorao da classe trabalhadora. Essa luta deve se construir a traves da aliana dos homens e mulheres da classe trabalhadora.
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  • Bancos OLTs -Individualismo -Competio -Desespero -Isolamento -Suicdio - Sofrimento - Assedio moral e sexual - Represso -Humilhao -Autoritarismo -Alienao -Constrangimentos -Horas extras -Baixos Salrios -Depresso -Medo -Insegurana -Terceirizao -Machismo -Homofobia -racismo - Resistencia -Ao direta -Independncia -Organizao -conscientizao -informao -Trabalho coletivo -Cooperao -Solidariedade -Ao coletiva -Denuncia -Ambiente de trabalho saudvel -Grupos de enfrentamento do desgaste mental. -democracia -participao
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  • O fortalecimento das OLTs so um poderoso instrumento para nossa estratgia de transformar a sociedade e construir uma sociedade livre de toda forma de opresso e explorao. Essa grandiosa tarefa no sobrevive em um ambiente sem democracia operaria, sem a participao e a autodeterminao dos trabalhadores.
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  • Formao estar bem informado da poltica da empresa, dos projetos, da conjuntura, dos direitos etc.. Buscar estar informado pelo SEEB-MA, pelos sites do movimento de luta, etc... Cursos de formao. Sugeses de leitura: Organizao de Base: Histrias, Formas, Experincias e atualidade. A FORMAO FUNDAMENTAL PARA UM REPRESENTANTE DA CATEGORIA
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  • A APRESENTAO DO LIVRO Toda uma parte dedicada aos ataques dos patres e como se do diante da crise mundial da economia capitalista: Pg 11 a 39 Um breve histrico da histria do Mov. Sindical brasileiro: ( Poderia ser um novo curso) Pg 45 at 91. As diferenas entre o sindicalismo combativo e o de conciliao de classes : Experincias de trabalho de base dos Metalrgicos de SBC e de SJC. (CUT/CSP CONLUTAS E FORA SINDICAL) Concepo de organizao de Base. Pg. 129. Orientaes para regimento/estatutos de comisso de base. Pg 147 Nossas tarefas imediatas Pg. 151.
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  • Operrios que produzem para Microsoft e Apple, ameaam suicdio coletivo na Foxconn na China O capitalismo no sculo XXI
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  • O lado oculto da Apple A Foxconn, a maior fabricante de componentes eletrnicos do mundo emprega 400 mil trabalhadores chineses que produzem componentes para empresas como a Apple, a Intel, a Microsoft e a Cisco, e ficou tristemente famosa pelas acusaes de ms condies de trabalho e superexplorao que deram origem a uma onda de 14 suicdios em 2010. O engenheiro, de 28 anos, morreu, segundo os seus familiares, por excesso de trabalho. Antes de morrer, tinha trabalhado nada menos de trinta e quatro horas ininterruptas. Esses jovens trabalhadores, desesperados com a sua situao, pulam, dramaticamente, das janelas dos alojamentos da empresa. Muitos dos trabalhadores so crianas de 11, 12 e 13 anos.
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  • Em janeiro de 2012, cerca de 300 operrios da fbrica da Foxconn em Wuhan ameaaram cometer um suicdio coletivo caso os seus salrios no fossem aumentados, e permaneceram no topo do prdio da fbrica durante dois dias. A partir desta luta os trabalhadores conseguiram um aumento de 60% e hoje ganham o equivalente a 532 reais. Segundo a empresa um dos motivos que pode ter levado a vrios suicdios seria o de que as famlias receberiam indemnizao. A onda de suicdios nas empresas a ponta do iceberg de um processo muito mais profundo de adoecimento dos trabalhadores, no qual os problemas com alcoolismo, drogas e remdios controlados so parte disso.
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  • () Se uma pessoa se atrasa, tem uma multa de 100 yuan por minuto. Se se recusar a fazer horas-extras, a pessoa pode ser retirada da sua linha. Nem pensar em ficar doente() Conversar durante o trabalho penalizado com 100 yuan. proibido usar telemveis dentro da empresa. O primeiro salrio retido como depsito de garantia para uniformes e outros itens. Eles alegam que vo devolver no final, mas ningum consegue receber a quantia integral, sofrendo grandes descontos.() Temos que dividir o quarto com mais 12 pessoas de diferentes partes da China, que falam dialetos distintos, que no d para entender.() Quando acaba a jornada de trabalho, preciso correr para tomar banho, antes de a gua quente ser desligada. O cansao to grande que muitas vezes deixamos de fazer a refeio matinal para poder dormir mais um pouco.() Sofremos assdio sexual dos encarregados, se recusamos esses avanos, temos de sofrer as consequncias durante o trabalho. O meu namorado foi agredido pelos seguranas da empresa e teve de ser levado ao hospital. (Depoimentos dos trabalhadores da Foxcon) Disponivel em: http://www.esquerda.net/artigo/china-onda-de-suic%C3%ADdios-na-foxconn
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  • Empleados de la factora Foxconn, en Longhua, donde se han suicidado varios trabajadores. Foxconn es la empresa que ensambla el iPad de Apple. / REUTERS Terry Gou, presidente de Foxconn, se limpia el sudor antes de iniciar la rueda de prensa. Ma Zishan llora la muerte de su hijo, Ma Xiang Qian, en la planta Lunghua de Foxconn en Shenshen (China). Ma Xiang Qian, empleado de Foxconn, muri tras precipitarse al vaco desde un edificio el pasado mes de enero de 2010