estrutura e mecanismo dos produtos

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Estrutura e Mecanismo dos Produtos Curso de Bacharelado em Design UEPA – Campus VI Profº Aldeci Costa

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Aula da disciplina Estrutura e Mecanismo dos Produtos do curso de Bacharelado em Design da Universidade do Estado do Pará

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  • Estrutura e

    Mecanismo dos

    Produtos

    Curso de Bacharelado em Design

    UEPA Campus VI

    Prof Aldeci Costa

  • Ementa

    Tipos, Resistncia, Unio e Funcionamento de elementos Estruturais;

    Sntese e aplicao no projeto de produto.

    Articulado ao Projeto do Produto II e Ergonomia I.

  • Objetivo

    Conhecer os conceitos fundamentais sobre os elementos que compem os

    sistemas que envolvem um projeto de produto.

    Bibliografia

    BEER,F, Mecnica vetorial para engenheiros esttica vol 1 e Dinmica vol II,

    Ed McGraw Hill,1981.

    NASH, w. A, Resistncias dos materiais, Ed. Livro Tcnico S. , 1969.

  • Competncias

    1. Criatividade: Conectar repertrios existentes no cenrio da cultura para a

    produo de conhecimento;

    2. Planejamento do Design: Planejar, elaborar, supervisionar e coordenar projetos

    de produtos e servios de Design;

    3. Inovao: Implementar novos conhecimentos, procedimentos, fazer de modo

    novo.

  • Habilidades

    1.1 - Ampliar o repertrio de alternativas projetuais;

    1.2 - Possuir capacidades multidisciplinares;

    1.3 - Atuar em atividades interdisciplinares;

    2.1 - Trabalhar em equipe;

    2.2 - Projetar sistemas de produtos e processos;

    2.3 - Aplicar conhecimentos culturais, cientficos, tecnolgicos no projeto;

    3.1 - Identificar demandas sociais e propor solues;

  • Metodologia

    Aulas expositivas com projeo de slides

    Exibio de vdeos

    Leitura e produo de textos para promover a acumulao de conhecimento e

    assimilao do contedo trabalhado nas aulas expositivas

    Desenvolvimento de trabalhos individuais e em grupo

  • Critrios de avaliao

    Freqncia por aula

    Participao nos trabalhos em equipe

    Seminrios

    Mdia de aprovao: 8,0

  • Sumrio

    EngrenagensParafusosPorcasArruelasArrebites CorreiasPoliasCorrentesEixosRolamentos

  • Avaliaes

  • Cronograma de atividades

  • Hiostria das

    Engrenagens

  • Histrico

    Desde pocas muito remotas utilizam-se cordas e

    elementos fabricados em madeira para solucionar os

    problemas de transporte, impulso, elevao e

    movimento. Ningum sabe ao certo onde nem quando

    surgiram as engrenagens. A literatura da antiga China,

    Grcia, Turquia e Damasco mencionam engrenagens

    mas no chegam a muitos detalhes dos mesmos.

  • Histrico

    Tudo comea com a roda. Segundo algumas

    hipteses, a roda foi inventada na sia, h 6000 anos,

    na Mesopotnia talvez.

    Foi uma inveno de importncia extraordinria,

    no s porque promoveu uma revoluo no campo dos

    transportes e da comunicao, mas tambm porque a

    roda, com diferentes modificaes, passou a fazer

    parte de numerosos mecanismos e contribuiu para um

    incrvel impulso ao progresso humano.

  • Histrico

    Como nasceu a idia de se

    construir a roda? Talvez dos troncos que

    muitos povos, inclusive assrios e

    egpcios, colocavam sob grandes massas

    de pedra, a fim de que estas corressem

    melhor pelo terreno, quando queriam

    transport-las.

  • Histrico

    Os veculos com rodas, puxados nos

    primeiros tempos por bois, depois por asnos

    e finalmente por cavalos, pouparam muito

    trabalho e muito cansao ao homem.

  • Histrico

    No incio a roda era feita de uma pea de madeira

    inteiria, compacta e pesada. Para que ela se tronasse

    veloz e de mais fcil manejo, fizeram-se inmeras

    aberturas, originando-se, pouco a pouco, a roda com

    raios.

    Estes eram em nmero de quatro, mas com o

    passar do tempo foram aumentando.

  • Histrico

    As rodas com raios apareceram na Mesopotmia e

    na Prsia, no ano 2000 antes de Cristo. Nessa mesma

    poca, a coroa, ou seja, a parte externa da roda que

    mantm contato com o solo, foi protegida com inmeros

    pregos de cobre, muito prximos uns dos outros, para

    que no se estragasse.

    Os assrios e os persas colocaram-lhe depois um

    crculo metlico.

  • Histrico

    A posio das rodas uma atrs da outra tpica

    das bicicletas que nasceram h duzentos anos. A

    primeira bicicleta era um veculo muito simples; foi

    inventada pelo francs De Siorac, no ano de 1790 e era

    composta por duas rodas no mesmo tamanho, ligadas

    por uma travessa de madeira. Possua tambm um

    cabo ou manivela para apoio das mos.

    Mais tarde, 1818, o alemo Carlos Drais

    aperfeioou este veculo, fazendo com que a roda

    dianteira pudesse mover-se para a direita e para a

    esquerda.

  • Histrico

    Com seu movimento giratrio, a roda

    tornou-se logo parte integrante das mquinas

    que auxiliam o homem a levantar pesos. O

    guindaste, por exemplo.

    No guindaste a roda mudou de aspecto,

    transformando-se em uma roldana, ou seja, em

    uma roda estriada de modo que uma corda

    pudesse correr dentro dela, dando origem

    polia.

  • Histrico

    Os primeiros guindastes usados pelos

    gregos e pelos romanos para suspender

    blocos de pedras, eram formados por traves

    fortes, chamadas mastros, quase sempre

    inclinadas. No ponto de encontro fixava-se

    uma polia.

  • Histrico

    Muito mais recentemente a roda de gua ou

    hidrulica, conhecida entre os gregos e os

    romanos, usada ainda hoje no campo. Era provida

    de caixinhas ou de pequenas ps e servia para

    transportar a gua at os canais de irrigao.

    No sculo I d.C., a roda hidrulica passou a

    fazer parte de uma inveno revolucionria: o

    moinho hidrulico.

  • Histrico

    Muito mais recentemente a roda de gua ou

    hidrulica, conhecida entre os gregos e os

    romanos, usada ainda hoje no campo. Era provida

    de caixinhas ou de pequenas ps e servia para

    transportar a gua at os canais de irrigao.

    No sculo I d.C., a roda hidrulica passou a

    fazer parte de uma inveno revolucionria: o

    moinho hidrulico.

  • Histrico

    Os automveis mais antigos possuam rodas

    com raios de madeira ou arame, ou rodas de

    artilharia, fabricadas em uma nica pea de ferro

    fundido. Na dcada de 1930 essas rodas foram

    substitudas pelas de ao estampado, mais leves,

    mais resistentes e de menor preo.

    Roda Carruagem - Carro

  • Histrico

    Veculo vem do Latim vehiculum, meio de

    transporte, de vehere, levar, carregar. Isto, por

    sua vez, veio do Indo-Europeu wegh-, ir,

    transportar, que originou tambm o atual vago.

    J carro vem do Latim carrum, originalmente

    o nome dado a um veculo de guerra celta de duas

    rodas, do Gauls karros, duma base Indo-Europia

    kers-, correr.

  • Histrico

    Veculo vem do Latim vehiculum, meio de

    transporte, de vehere, levar, carregar. Isto, por

    sua vez, veio do Indo-Europeu wegh-, ir,

    transportar, que originou tambm o atual vago.

    J carro vem do Latim carrum, originalmente

    o nome dado a um veculo de guerra celta de duas

    rodas, do Gauls karros, duma base Indo-Europia

    kers-, correr.

  • Histrico

    Veculo vem do Latim vehiculum, meio de

    transporte, de vehere, levar, carregar. Isto, por

    sua vez, veio do Indo-Europeu wegh-, ir,

    transportar, que originou tambm o atual vago.

    J carro vem do Latim carrum, originalmente

    o nome dado a um veculo de guerra celta de duas

    rodas, do Gauls karros, duma base Indo-Europia

    kers-, correr.

  • The Fayton, uma carruagem de vidro para o Terceiro Milnio

  • Histrico

    O mecanismo de engrenagens mais antigo de cujos

    restos dispomos o mecanismo de Anticitera. Trata-se de

    uma calculadora astronmica datada entre os anos 150 e

    100 a. C. e composta ao menos por 30 engrenagens de

    bronze com dentes triangulares. Apresenta caractersticas

    tecnolgicas avanadas que, at a descoberta deste

    mecanismo, acreditavam-se inventados no sculo XIX. Por

    citas de Cicern sabe-se que o de Anticitera no foi um

    exemplo isolado seno que existiram ao menos outros dois

    mecanismos similares nessa poca, construdos por

    Arqumedes e por Posidonio .

  • Histrico

    As engrenagens possuem uma histria longa. Um

    aparato denominado Carroa chinesa apontando para

    o Sul (120-250 d. C.) supostamente usada para navegar

    pelo deserto de Gobi nos tempos pr-Bblicos, continha

    engrenagens rudimentares (prximo slide).

    As primeiras engrenagens foram provavelmente

    feitas cruamente de madeira e outros materiais fceis

    de serem trabalhados. Sendo meramente constitudos

    por pedaos de madeira inseridos em um disco ou roda.

  • Histrico

    As bssolas de ferro foram criadas durante a

    Dinastia Han, e no foram utilizadas para

    navegao. Na verdade, elas eram usadas para

    adivinhar o futuro dentro de grandes tigelas.

    Havia tambm o Sul Apontando Chariot, por

    volta do sculo 3 d.C., que era uma figura em uma

    carruagem que sempre apontava para o sul,

    originalmente sem a utilizao de ms. Essa

    bssola era operada por um diferenciado sistema

    de engrenagem, sistema este que pode ser

    encontrado nos carros de hoje.

  • Histrico

    As engrenagens possuem uma histria longa. Um

    aparato denominado Carroa chinesa apontando para

    o Sul (120-250 d. C.) supostamente usada para navegar

    pelo deserto de Gobi nos tempos pr-Bblicos, continha

    engrenagens rudimentares.

    Leonardo Da Vinci mostra muitos arranjos de

    engrenagens em seus desenhos. Aps um grande

    desenvolvimento e o advento da revoluo industrial,

    as engrenagens passaram a ser construdos com

    materiais metlicos muito mais resistentes.

  • Histrico

    Os mecanismos de Leonardo da Vinci

    O grande Leonardo da Vinci, talvez o maior artista do

    Renascimento, era um personagem multifacetado: pintor,

    arquiteto, cientista, matemtico, poeta, msico e, no menos

    importante, inventor. Da sua imaginao delirante saram

    inventos incrveis e mquinas fabulosas, a maioria delas

    impossveis de concretizar com a tecnologia da poca.

    o caso do helicptero, que teve de esperar anos para

    poder ser construdo. Mas o que primeira vista parece

    chocante num tal gnio que grande parte das suas invenes

    eram terrveis mquinas de guerra.

  • Histrico

    A metralhadora talvez tenha sido uma das primeiras armas que concebeu, cerca de 1480,

    quando ainda trabalhava em Florena. Pensa-se que ter sido uma primeira aproximao ao

    Poder, que haveria de o levar pouco tempo depois ao servio do Duque de Milo.

    constituda por um conjunto de 12 bocas de fogo dispostas em leque montadas sobre

    um carro. Esta disposio permite-lhe no s uma frente de tiro muito larga como tambm

    torna o carregamento fcil, uma vez que as culatras se juntam num nico ponto. Alm disso as

    rodas permitiam-lhe uma grande mobilidade no campo de batalha. No se sabe se chegou

    alguma vez a ser construda.

  • 1 - Engrenagens

    Engrenagens so rodas com dentes padronizados que

    servem para transmitir movimento e fora entre dois eixos.

    Muitas vezes, as engrenagens so usadas para variar o

    nmero de rotaes e o sentido da rotao de um eixo para o

    outro.

    Os dentes so um dos elementos mais importantes das

    engrenagens. Para produzir o movimento de rotao as rodas

    devem estar engrenadas. As rodas se engrenam quando os

    dentes de uma engrenagem se encaixam nos vos dos dentes

    da outra engrenagem.

  • Tipos de Engrenagens

    Engrenagens Cilndricas Retas: Possuem

    dentes paralelos ao eixo de rotao da

    engrenagem. Transmitem rotao entre eixos

    paralelos.

    Engrenagens Cilndricas Helicoidais:

    Possuem dentes inclinados em relao ao eixo

    de rotao da engrenagem. Podem transmitir

    rotao entre eixos paralelos e eixos

    concorrentes (dentes hipoidais).

    Engrenagens Cnicas: Possuem a forma

    de tronco de cones. So utilizadas

    principalmente em aplicaes que exigem eixos

    que se cruzam (concorrentes). Os dentes

    podem ser retos ou inclinados em relao ao

    eixo de rotao da engrenagem.

  • 2 - Correias

    So elementos de mquina que transmitem movimento de

    rotao entre eixos por intermdio das polias. As correias

    podem ser contnuas ou com emendas. As polias so

    cilndricas, fabricadas em diversos materiais. Podem ser

    fixadas aos eixos por meio de presso, de chaveta ou de

    parafuso.

    3 - Correntes

    So elementos de transmisso, geralmente metlicos,

    constitudos de uma srie de anis ou elos. Existem vrios

    tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicao especfica.

  • 4 - Polias

    Uma roldana (tambm chamada de polia no

    Brasil) uma pea mecnica muito comum a

    diversas mquinas, utilizada para transferir fora e

    movimento.

    Uma polia constituda por uma roda de

    material rgido, normalmente metal, mas outrora

    comum em madeira, lisa ou sulcada em sua

    periferia. Acionada por uma correia, corda ou

    corrente metlica a polia gira em um eixo,

    transferindo movimento e energia a outro objeto.

    Quando associada a outra polia de dimetro

    igual ou no, a polia realiza trabalho equivalente

    ao de uma engrenagem.

  • 5 - Eixos

    Eixos so elementos mecnicos utilizados para articular um ou mais elementos de

    mquinas. Quando mveis, os eixos transmitem potncia por meio do movimento de

    rotao.

    6 - Rolamentos

    Rolamentos so suportes mecnicos montados nos eixos. Basicamente, so

    constitudos por dois anis fabricados de ao especial, separados por fileiras de esferas,

    ou de rolos cilndricos ou cnicos e estas esferas ou rolos so separados entre si por

    meio de porta esferas ou porta rolos. Desenvolvem a funo de suportar eixos

    permitindo-os realizar movimentos rotacionais com facilidade, minimizar a frico entre

    as pecas moveis da maquina e suportar uma carga.

  • O parafuso pode ser definido como um fixador cilndrico, externamente rosqueadocom ou sem cabea. So projetados para trs aplicaes bsicas:

    unir peasajudar peas com referncia entre sitransmitir esforos

    Os parafusos possuem trs componentes:cabeacorpoextremidade

    7 - O parafuso

  • CABEAExistem diversos tipos de parafusos. Cada um deles possui um tipo de cabea especfica

    CORPOO corpo do parafuso pode ser totalmente rosqueado ou parcialmente rosqueado.

  • Detalhando um pouco mais a rosca (figura ao lado), verifica-se que existem uma terminologia prpria de elementosconsiderados essenciais ao desenho. Esses elementos so:crista, raiz, passo, flanco, dimetro maior, dimetro menor edimetro efetivo.

    Na representao da roscaexistem algumas formaspossveis alm da real:convencional, americana ea representao da ABNT.Adotando a representaoda ABNT, deve-se atentarque a representao dacrista do parafuso feitaem trao largo. Por suavez, a raiz do parafuso efetuada em traoestreito.

  • Extremidade

    Existem diversos tipos de extremidades em

    parafusos. A figura ao lado apresenta algumas

    dessas representaes.

    Furo

    Existem quatro tipos de furos em peas que

    normalmente sero fixadas com parafusos.

    Quanto a profundidade do furo pode-se ter furos

    passantes e no passantes. Quanto a rosca

    interna do furo pode-se ter furos rosqueados e

    no-rosqueados.

    Para representao da espessura dos traos da

    rosca deve-se salientar que a crista da rosca do

    furo desenhada em trao largo. J a raiz da

    mesma rosca, desenhada em trao estreito.

  • 8 - Porcas e Arruelas

    Para garantir uma fixao maior entre peas que apresentam furos passantes, pode-se

    lanar mo de porcas e arruelas. A figura abaixo apresenta alguns exemplos de porcas.

    A simplicidade da representao das arruelas faz que sua exemplificao seja desnecessria.

    Desenho de Parafuso

    com cabea sextavada

    Para exemplificar o desenho de um parafuso,

    explicitaremos os passos para o desenho de um

    parafuso com cabea sextavada. Conforme se

    pode perceber, o parafuso abaixo utilizado

    para fixar as peas A e B. O furo das peas A e B

    so passantes e no-rosqueados. Dessa forma,

    as peas A e B so fixadas ao se atarraxar a

    porca com a parte rosqueada do parafuso.

  • Definio

    Porca uma pea de forma prismtica ou cilndrica geralmente metlica, com um furo

    roscado no qual se encaixa um parafuso, ou uma barra roscada. Em conjunto com um

    parafuso, a porca um acessrio amplamente utilizado na unio de peas.

    A porca est sempre ligada a um parafuso. A parte externa tem vrios formatos para

    atender a diversos tipos de aplicao. Assim, existem porcas que servem tanto como

    elementos de fixao como de transmisso.

  • 9 - REBITES

    Um mecnico tem duas tarefas: consertar uma panela

    cujo cabo caiu e unir duas barras chatas para fechar uma

    grade.

    A questo a seguinte: qual elemento de fixao o

    mais adequado para ambas? Solda ou rebite? Nos dois casos

    necessrio fazer unies permanentes. Que o cabo fique bem

    fixado panela e que as duas barras fiquem bem fixadas

    entre si.

    A solda um bom meio de fixao mas, por causa do

    calor, ela causa alteraes na superfcie da panela e das

    barras.

    O elemento mais indicado, portanto, o rebite. A

    fixao por rebites um meio de unio permanente.

    O mecnico usou rebites para consertar a panela e unir

    as grades. Veja o resultado:

  • Composio

    Um rebite compe-se de um

    corpo em forma de eixo cilndrico

    e de uma cabea. A cabea pode

    ter vrios formatos.

    Os rebites so peas

    fabricadas em ao, alumnio,

    cobre ou lato. Unem

    rigidamente peas ou chapas,

    principalmente, em estruturas

    metlicas, de reservatrios,

    caldeiras, mquinas, navios,

    avies, veculos de transporte e

    trelias.

  • Tipos de rebite e suas

    propores

    O quadro a seguir mostra a

    classificao dos rebites em

    funo do formato da cabea e

    de seu emprego em geral.

  • A fabricao de rebites

    padronizada, ou seja, segue normas

    tcnicas que indicam medidas da

    cabea, do corpo e do

    comprimento til dos rebites.

    No quadro a seguir

    apresentamos as propores

    padronizadas para os rebites. Os

    valores que aparecem nas

    ilustraes so constantes, ou seja,

    nunca mudam.

  • Processos de rebitagem

    Voc j tem uma noo do que rebite e de como ele deve ser especificado de

    acordo com o trabalho a ser feito.

    Mas como voc vai proceder, na prtica, para fixar duas peas entre si, usando

    rebites? Em outras palavras, como voc vai fazer a rebitagem?

    Na rebitagem, voc vai colocar os rebites em furos j feitos nas peas a serem

    unidas. Depois voc vai dar forma de cabea no corpo dos rebites. Esse procedimento

    est ilustrado nestas trs figuras:

  • Processos de rebitagem

    A segunda cabea do rebite pode ser feita por meio de dois processos:

    manual e mecnico.

    Processo manual

    Esse tipo de processo feito mo, com pancadas

    de martelo. Antes de iniciar o processo, preciso

    comprimir as duas superfcies metlicas a serem

    unidas, com o auxlio de duas ferramentas: o contra-

    estampo, que fica sob as chapas, e o repuxador, que

    uma pea de ao com furo interno, no qual

    introduzida a ponta saliente do rebite.

  • Aps as chapas serem prensadas, o rebite

    martelado at encorpar, isto , dilatar e preencher

    totalmente o furo. Depois, com o martelo de bola,

    o rebite boleado, ou seja, martelado at

    comear a se arredondar. A ilustrao mostra o

    boleamento.

    Em seguida, o formato da segunda cabea

    feito por meio de outra ferramenta chamada

    estampo, em cuja ponta existe uma cavidade que

    ser usada como matriz para a cabea redonda.

  • Processo mecnico

    O processo mecnico feito por meio de martelo

    pneumtico ou de rebitadeiras pneumticas e hidrulicas. O

    martelo pneumtico ligado a um compressor de ar por tubos

    flexveis e trabalha sob uma presso entre 5 Pa 7 Pa, controlada

    pela alavanca do cabo.

    O martelo funciona por meio de um pisto ou mbolo que

    impulsiona a ferramenta existente na sua extremidade . Essa

    ferramenta o estampo, que d a forma cabea do rebite e

    pode ser trocado, dependendo da necessidade.

    Abaixo ilustramos, em corte, um tipo de martelo pneumtico

    para rebitagem.

    Pa vem dePascal e significaa fora de1 Newton (N),aplicada superfcie de1 metroquadrado (m2).

    Newton afora necessriapara deslocaruma pea de 1 kg auma distncia de1 metro em1 segundo, sobreuma superfcie sematrito.

  • A rebitadeira pneumtica ou hidrulica funciona por meio de presso contnua. Essa

    mquina tem a forma de um C e constituda de duas garras, uma fixa e outra mvel com

    estampos nas extremidades.

    Se compararmos o sistema manual com o mecnico, veremos que o sistema manual

    utilizado para rebitar em locais de difcil acesso ou peas pequenas.

    A rebitagem por processo mecnico apresenta vantagens, principalmente quando usada

    a rebitadeira pneumtica ou hidrulica. Essa mquina silenciosa, trabalha com rapidez e

    permite rebitamento mais resistente, pois o rebite preenche totalmente o furo, sem deixar

    espao.

    Entretanto, as rebitadeiras so mquinas grandes e fixas e no trabalham em qualquer

    posio. Nos casos em que necessrio o deslocamento da pessoa e da mquina, prefervel o

    uso do martelo pneumtico.

  • 10 - Autmatos

  • Autmatos

    A palavra autmato significa capaz de se mover por si

    mesmo.

    Um autmato uma mquina que leva, no seu interior, um

    fonte de energia capaz de mover um conjunto de mecanismos

    combinados engenhosamente para imitar o movimento de um

    ser vivo.

    Os primeiros exemplos de autmatos tm registro na

    Etipia antiga. No ano de 1500 A.C., Amenhotep, irmo de Hapu,

    constri uma esttua de Memon, o rei de Etipia, que emite sons

    quando a iluminam os raios do sol ao amanhecer.

  • Autmatos

    No ano 62, Heron de Alexandria descreve mtiplos

    aparelhos em seu livro Autmata. Entre eles, aves que voam,

    gorjeiam e bebem. Todos eles foram desenhados como

    brinquedos, sem maior interesse para dar-lhes aplicao.

    Entretanto, descreve alguns como o moinho de vento para

    acionar um rgo, ou um precursor da turbina a vapor, que

    tinham aplicaes prticas.

    Em Roma existia o costume de fazer funcionar brinquedos

    automticos para deleitar os hspedes. Trimalco ofereceu em seu

    famoso banquete, bolos e frutas que remessavam um jato de

    perfume quando se fazia uma ligeira presso sobre um

    dispositivo, em cujo regao estavam colocados os bolos e as

    frutas.

  • Autmatos

    A cultura rabe herdou e difundiu

    os conhecimentos gregos, utilizando-se

    no s para realizar mecanismos

    destinados diverso, como tambm

    deu-lhes uma aplicao prtica,

    introduzindo-os na vida cotidiana da

    realeza. Exemplos desses so os

    diversos sistemas dispensadores

    automticos de gua para beber ou

    lavar-se.

  • Autmatos

    So desse perodo tambm outros tipos de

    autmatos, sobre os quais at nossos dias s tem

    chegado referncias no suficientemente

    documentadas, como o Homem de Ferro de

    Alberto Magno (1204 1282) ou a Cabea Falante

    de Roger Bacon (1214 1294). No ano de 1235,

    Villard dHonnecourt escreve um livro que inclui

    sees de dispositivos mecnicos, como um anjo

    autmato, e indicaes com esboos para a

    construo de figuras humanas e animais.

  • Autmatos

    Constata-se a existncia de diversos autmatos utilizados

    como diverso nas cortes ou nas feiras populares durante a Idade

    Mdia e o Renascimento, que foram construdos por relojoeiros e

    homens da cincia. O mais conhecido de todos eles o famoso

    leo animado de Leonardo da Vinci.

    Veja o vdeo a seguir.

    http://www.youtube.com/watch?v=Hiy5rYlb8fQ

  • Autmatos

    Nos sculos XVII e XVIII criaram-se

    engenhos mecnicos que tinham alguma

    das caractersticas dos robs atuais. Esses

    dispositivos foram criados em sua maioria

    por artesos do grmio da relojoaria. Sua

    misso principal era a de entreter as

    pessoas da corte e servir de atrao nas

    feiras. Esses autmatos representavam

    figuras humanas, animais ou cidades

    inteiras.

  • Autmatos

    Segundo P.Labat, o general de Gennes construiu em 1688

    um pavo que caminhava e comia. Esse engenho pde servir de

    inspirao a Jacques de Vaucanson (1709-1782) para construir seu

    incrvel pato mecnico, que foi a admirao de toda Europa.

    Sir David Brewster em um escrito de 1868,descreve este

    pato dizendo que a pea mecnica mais maravilhosa que j se

    tem feito. O pato espichava seu pescoo para tomar o gro da

    mo e logo o engolia e o digeria. Podia beber, chapinhar na gua

    e grasnar. Tambm imitava os gestos que faz um pato quando

    bebe com precipitao. Digeria os alimentos por dissoluo e

    esses eram conduzidos por tubos at o nus, onde havia um

    esfncter que permitia evacu-los.

  • Autmatos

    O relojoeiro suo Pierre Jacques Droz ( 1721-1790 ) e seus

    filhos Henri-Louis e Jaquet construram diversos brinquedos

    capazes de escrever (1770), desenhar (1772) e tocar diversas

    melodias em um rgo (1773).

    Estes se conservam no Museu de Arte e Histria de

    Neuchtel, Sua. Pierre Jaquet-Doz foi um brilhante matemtico

    que especializou-se na mecnica aplicada e na arte da fabricao

    de relgios e instrumentos para medio do tempo.

    Com o auxlio de seu filho e filho adotivo, produziu trs

    autmatos, os quais ainda hoje so considerados maravilhas da

    cincia e da engenharia mecnica. O Escritor, juntamente com

    outros dois tipos de autmatos de Pierre, ainda existe e est no

    Museu de Arte e Histria, na Sua.

  • Autmatos

    Os autmatos do sculo XIX eram caracterizados pelo

    idealismo emocional e faziam homenagem aos entretenimentos

    do dia a dia. Eles eram caros, mesmo aps a introduo de

    mtodos de produo de baixo-custo, e no eram destinados s

    crianas.

    Seguindo uma srie de vitrias navais durante as guerras

    napolenicas, milhares de prisioneiros franceses lotaram as

    prises Britnicas. Os habilidosos relojoeiros, artesos e

    joalheiros entre eles tiveram que trocar seus servios pela magra

    poro de comida para sobreviverem.Os materiais eram

    limitados, porm havia ossos suficientes nos compartimentos dos

    navios, o que explica porque tantas peas eram pequenas e

    brancas (embora muitas fossem pintadas).

  • Autmatos

    Ao final da I Guerra Mundial, autmatos eltricos

    substituram os modelos a corda nas janelas de exposio

    elaboradas.

    Os mecanismos a corda podiam funcionar apenas alguns

    minutos, mas a ao em uma pea eltrica poderia funcionar ou

    mesmo repetir ciclos at que a energia fosse desligada.

    Pedidos de autmatos diminuram e eles entraram em

    declnio. Em um mundo que se desenvolvia rapidamente tornava-

    se extremamente difcil encontrar arteses habilidosos e/ou

    engenheiros para constru-los.

    Os preos vieram a baixo com a linha de produo, que foi

    aperfeioada para fazer nmeros idnticos de peas, fornecendo

    entretenimento uma recm prspera classe mdia.

  • Referncias

    http://pessoal.utfpr.edu.br/mariano/arquivos/23manu2.pdf

    http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT102-Aula03.pdf

    http://andreysmith.files.wordpress.com/2011/08/elementos-de-maquinas-apostila.pdf

    - http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/roda/roda.php

    - http://tecnicotubar.blogspot.com.br/2012/04/o-leao-robo-de-leonardo-da-vinci.html

    - http://www.jeferson.silva.nom.br/2012/06/um-automato-de-200-anos.html#.UVxr7jcoldg

    - http://brinquedosautomatos.blogspot.com.br/2010/11/automatos-na-historia-i.html

    - http://nano-robotica.blogspot.com.br/2008/12/histria-dos-autmatos-rudimentares-aos_5778.html

    - http://museudosbrinquedos.wordpress.com/category/automatos/

    - http://janeentrelinhas.blogspot.com.br/2011/12/automatos-historias-e-lendas.html