estrutura e analise_de_balancos cap 4
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Curso de Especialização em Controladoria e Auditoria Disciplina: Estrutura e Análise de Balanços
Prof. Benedito Albuquerque da Silva [email protected]
A grande sacada da vida,
É saber transformar perdas em ganhos
Cuiabá-MT 01 e 02 Setembro 2007
FACULDADES AFIRMATIVO
Estrutura e Análise de Balanços Prof. Benedito Albuquerque da Silva
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Sumário e Programa de Disciplina:
EMENTA: Analise das demonstrações contábeis; interação das demonstrações contábeis; Estrutura do balanço patrimonial; Situação econômica e financeira; Objetivos e limitações da analise. Estrutura das Demonstrações Contábeis ajustada para analise. Analise vertical e horizontal. Analise por índices; Estrutura de capitais. Quociente de atividades. Estudos de casos e relatórios de análises.
Conteúdo Programático Página Unidade I – O Processo Contábil 03 Unidade II – Estrutura dos Demonstrativos Contábeis 09 Unidade III – Introdução à Análise dos Demonstrativos Contábeis 19 Unidade IV – Reclassificação e Padronização das Contas para Análise 24 Unidade V – Análise por Quocientes ou Índices 27 Unidade VI – Análise Horizontal e Vertical 33 Unidade VII – Alavancagem Financeira 35 Unidade VIII – Modelos de Previsão de Falencias 35 Unidade IX – Relatório de Análise 37
OBJETIVOS DA DISCIPLINA: - Possibilitar ao pós-graduando uma revisão da estrutura dos principais demonstrativos contábeis a serem analisados, bem como, dotá-lo de conhecimentos suficientes para analisar os demonstrativos contábeis e apresentar relatórios com pareceres sobre a situação econômico-patrimonial e financeira da empresa.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS - Aulas Expositivas com utilização de recursos multimídia - Estudos de Casos
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO - Exercícios em Sala sendo atribuída nota de avaliação - Estudo de caso, sendo atribuída nota
BIBLIOGRAFIA: BÁSICA: MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços – Abordagem básica e gerencial. 6.ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. SILVA, José Pereira da. Análise Financeira das Empresas. 6.ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis – Contabilidade Empresarial. 2.ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. COMPLEMENTAR: IUDICIBUS, Sérgio de & MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 5.ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10.ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. KASSAI, José Roberto et all. Retorno de Investimento. 2 ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial – Um enfoque em sistema de informação contábil. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços Fácil. 6.ª ed. São Paulo:Saraiva, 2002
Sites Internet: www.analisefinanceira.com.br www.pwc.com.br www.cvm.org.br
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1.1 –ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
O IPECAFI (Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) elaborou o trabalho intitulado “Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade”, que foi analisado e aprovado, cujo conteúdo foi discutido pelo IBRACON (Instituto Brasileiro de Contadores) em conjunto com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e com outras entidades e profissionais do meio contábil.
A estrutura conceitual básica da contabilidade trata dos seguintes tópicos: � Objetivos da contabilidade � Cenários Contábeis � Princípios fundamentais de contabilidade Todos os conceitos acima listados visam nortear os procedimentos contábeis a serem aplicados
a uma entidade (pessoa física ou jurídica). Toda entidade tem um patrimônio. O patrimônio compreende em seu sentido mais amplo e simples, os bens, direitos e obrigações os quais a empresa possui o domínio e a posse. O patrimônio é dividido em Ativo e Passivo que por sua vez se subdivide em Passivo Exigível (PC + PELP) e Passivo não Exigível (PL).
1. – Objetivos da Contabilidade
A contabilidade pode ser considerada como sistema de informações destinado a prover seus usuários de dados para ajuda-los a tomar decisões
Usuários podem ser qualquer pessoa física ou jurídica que se utilize dos relatórios ou qualquer informação produzida pela contabilidade.
2. – Cenários Contábeis A contabilidade é uma ciência social, pois conforme a sociedade apresenta novas necessidades,
conforme o patrimônio se diversifica, ela se ajusta para atender à essas novas necessidades, por isso, a denominação de ciência social.
Ainda que a contabilidade tenha sua origem da matemática e que se utilize de métodos quantitativos, não se pode confundi-la com as ciências matemáticas (ou exatas) que têm por objetivo as quantidades consideradas abstratas que independem das ações humanas. Na contabilidade, as quantidades são simples medidas dos fatos que ocorrem em função da ação do homem.
A contabilidade surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio que desejavam mensurar, acompanhar a variação e controlar suas riquezas, tendo como principal percussora a Igreja Católica Romana.
A contabilidade surgiu em um cenário contábil primitivo, onde as entidades comerciais e industriais estavam em um estágio embrionário (em relação aos nossos dias), onde diversos fatores ocorreram na sociedade que fizeram com que a contabilidade tomasse força, iniciando desde a idade média com a queda do feudalismo, até os dias atuais com a globalização, caracterizada com cenário contemporâneo da contabilidade. O QUE É CONTABILIDADE?
Para uns, uma ciência, para outros, uma arte, a Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem como finalidades controlar o patrimônio das entidades, apurar o resultado das entidades e prestar informações sobre o patrimônio e o resultado das entidades, aos diversos usuários da informação contábil.
O conceito oficial de contabilidade segundo o I Congresso Brasileiro de Contabilistas – RJ – 1924: “Contabiidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativas à
administração econômica”. Segundo o pronunciamento do Ibracon (Instituto Brasileiro de Contadores) a CVM (Comissão de Valores
Mobiliários): “Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus
usuários com demonsrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à
entidade objeto de contabilização”.
CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se a contabilidade às entidades econômico-administrativas, também chamadas de aziendas. Essas
entidades, para atingir seus objetivos, sejam eles econômicos ou sociais, se utilizam de bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo que execute os atos necessários a seus fins.
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Portanto, uma entidade é qualquer pessoa física ou jurídica detentora de um patrimônio. A pessoa física é o individuo ou pessoa natural enquanto a pessoa jurídica é o individuo de existência abstrata. Porém, tanto a pessoa física, como a pessoa jurídica, ao possuir um patrimônio, passa a assumir a condição de entidade econômico-administrativa ou azienda (palavra de origem italiana que em português é equivalente a FAZENDA, mas tem o sentido etimológico de “coisa a fazer”. Daí, por exemplo, é que o termo “azienda pública” é equivalente ao termo “fazenda pública”).
No caso da Contabilidade Empresarial, objeto de estudo deste curso, o campo de aplicação restringe a todas as empresas, ou seja, entidades jurídicas de fins lucrativos.
1) Pessoa Física (ou pessoa natural) � Ê qualquer ser humano considerado individualmente, sujeito a direitos e obrigações.
Nascimento da Pessoa Física: De fato � por meio do parto, com a vida. De direito � por meio do registro no Cartório Cível de Pessoas Físicas. 2) Pessoa Jurídica � É toda entidade resultante de uma organização humana, com vida e patrimônio próprios,
a qual, de forma semelhante às pessoas físicas, está sujeita a direitos e obrigações. Nascimento da Pessoa Jurídica: De fato � através dos atos praticados De Direito � No caso das empresas comerciais, que, segundo o Livro II do
Código Civil, que trata do Direito Empresarial, são agora denominadas de SOCIEDADES EMPRESÁRIAS, são as empresas industriais, comerciais ou prestadoras de serviços (exceto serviços de natureza cientifica ou intelectual), através do registro na Junta Comercial do Estado.
� No caso das empresas prestadoras de serviços de natureza cientifica ou intelectual (empresas cíveis), que, segundo o Livro II do Código Civil, que trata do Direito Empresarial, são agora denominadas de SOCIEDADES SIMPLES, através do registro no Cartório Cível de Pessoas
Jurídicas. FUNÇÕES DA CONTABILIDADE Função Administrativa: Controlar o patrimônio da entidade, tanto sob o aspecto Estático quanto o dinâmico. Função Econômica: Apurar o resultado (redito), isto é, apurar o Lucro ou o Prejuízo da entidade. Em termos práticos, controlar o patrimônio sob o aspecto estático significa controlar sua posição em dado momento (fazer o balanço). Controlar o patrimônio sob o aspecto dinâmico significa controlar suas mutações sob o aspecto qualitativo (o que é o patrimônio: ex: Veículos, Duplicatas a receber, Duplicatas a Pagar, etc..) e quantitativo (quanto vale o veículo, quanto se possui de Duplicatas a receber, quanto de Duplicatas a pagar, etc). USUÁRIOS DA CONTABILIDADE A finalidade da Contabilidade, que também pode ser entendida como o seu principal objetivo, é fornecer informações às pessoas ou entidades interessadas na situação patrimonial e econômica da entidade, bem como na aferição de suas capacidade produtiva. Quando se fala em Situação Patrimonial de uma entidade, se refere aos seus BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES. Quando se fala em Situação Econômica, refere-se ao seus resultado, isto é, ao seu LUCRO ou PREJUÍZO. Dentre os diversos usuários das informações produzidas pela Contabilidade, temos: Sócios, acionistas, Administradores, Bancos, Governo etc... que dividem-se em grupos de usuários Internos e Externos. OBJETO DA CONTABILIDADE
O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-administrativas. Patrimônio é o conjunto de elementos necessários à existência de uma entidade. Na unidade II, você terá mais informações sobre Patrimônio.
GESTÃO
Gestão é o conjunto de eventos ocorridos na entidade, consentidos ou não pela administração. Avalia-se a gestão por períodos de tempo chamados de períodos administrativos.
A gestão divide-se em duas partes: uma de caráter temporal e natureza econômica, e outra de caráter permanente a natureza técnica e administrativa.
Estas duas formas de gestão se manifestam de maneiras diferentes nas entidades, conforme a finalidade destas. Nas entidades que objetivam o lucro, Istoé, nas empresas, predomina o aspecto temporal e a natureza econômica, mediante a apuração dos resultados, enquanto nas entidades com finalidades sociais este aspecto é menos significativo.
A gestão de natureza técnica realiza o objetivo social da entidade, como a produção de bens e serviços, enquanto a gestão de natureza administrativa procura orientar a utilização dos recursos humanos disponíveis em busca dos objetivos sociais da entidade.
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RÉDITO Redito é o resultado da atividade econômica a qual provoca variações patrimoniais, segundo a ótica do regime
contábil adotado pela entidade. O Resultado pode ser: Positivo, Lucro ou Superavitário, como também, pode ser: Negativo, Prejuízo ou
Deficitário. São dois regimes contábeis: o regime de caixa, pelo qual o redito é apurado pelo confronto entre os
recebimentos e os pagamentos efetuados no decorrer do período administrativo, e o regime de competência, por meio do qual se apura o redito pelo confronto entre as receitas realizadas e as despesas incorridas durante o exercício social.
As entidades com fins lucrativos devem adotar, obrigatoriamente, o regime de competência enquanto o regime de caixa é adotado pelas entidades sem fins lucrativos. EXERCÍCIO SOCIAL
A gestão econômica denomina-se exercício social, que consiste no espaço de tempo em que, ao seu término, as entidades apuram e demonstram seus resultados, podendo coincidir ou não com o ano calendário, conforme dispuser o estatuto ou contrato social da entidade. Por disposição da Lei das Sociedades Anônimas, o exercício social terá a duração de um ano, podendo ter duração diversa quando da constituição da empresa ou no caso de alteração estatutária. Assim, o exercício social poderá ter inicio em qualquer dia do ano-calendário e término no dia correspondente do ano calendário subseqüente.
Quando do inicio e do encerramento de atividades, e na transformação da sociedade por fusão, cisão e incorporação, o exercício social poderá ter duração diferente de um ano, se assim dispuser o estatuto ou contrato social.
TÉCNICAS CONTÁBEIS A atividade contábil compreende quatro funções técnico-administrativas, a saber:
••••Escrituração - consiste no registro dos fatos patrimoniais de forma contínua e metódica, tendo como apoio a documentação relativa a esses fatos.
••••Demonstração expositiva - é o processo de prestação de informações úteis, oportunas e adequadas, conforme as necessidades específicas dos usuários.
• Auditoria ou revisão - é a inspeção que se realiza sobre a escrituração contábil, com a finalidade de se verificar a exatidão quanto aos registros e demonstrações e, também, quanto à adequação dos fatos administrativos ocorridos aos objetivos sociais da entidade.
• Análise de balanços - consiste no processo de transformação dos dados constantes das demonstrações financeiras em informações úteis aos diversos usuários as informação contábil.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade. Eles ditam normas e procedimentos que devem ser seguidas pelos contabilistas e administradores, no momento de reconhecer os fatos contábeis.
No Brasil, há duas correntes de princípios: 1) A que considera a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, onde há uma Hierarquização dos
Princípios, sendo eles divididos em Postulados, Princípios propriamente ditos e Normas e Convenções ou Restrições à aplicação dos princípios. Postulados � Entidade e Continuidade Princípios Propriamente Ditos � Oportunidade, Registro pelo valor original, Atualização monetária, competência dos Exercícios e Prudência.
Normas e Convenções ou Restrições � Objetividade, Materialidade, Denominador comum Monetário etc. 2) Através da Resolução nº 750 de 29 de Dezembro de 1993 do Conselho Federal de Contabilidade, tem-se
os denominados “Princípios Fundamentais de Contabilidade”, que oficialmente deverão ser seguidos pelos profissionais:
São os princípios Fundamentais de Contabilidade: • O da Entidade; • O da Continuidade; • O da Oportunidade; • O do Registro pelo Valor Original; • O da Atualização Monetária; • O da Competência; • O da Prudência; Através da Resolução 750/93 não há uma hierarquização mas sim, todos são princípios com o mesmo grau de
importância e relevância, devendo todos eles, serem obedecidos na sua integridade.
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1.1 PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE
Os Princípios Fundamentais da Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos cientifico e profissional de nosso País.
O Princípio da Entidade – Reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
O Principio da Continuidade – a continuidade ou não da Entidade, bem como sua vida, definida ou
provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e,em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos ,especialmente quando a extinção da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
O principio da Continuidade afirma que o patrimônio da Entidade, na sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. A suspensão das suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.
A modificação no estado de coisas citado pode ocorrer por diversas causas, entre as quais as seguintes: A. modificação na conjuntura econômica que provoquem alterações na amplitude do mercado em
que atua a Entidade. Exemplo nesse sentido é a queda de poder aquisitivo da população, que provoca redução no consumo de bens, o que, a sua vez, resulta na redução do grau de ocupação de muitas Entidades;
B. Mudanças de política governamental, como, por exemplo, na área cambial, influenciando diretamente o volume das exportações de determinados ramos econômicos, com efeito direto nos níveis de produção de determinadas entidades;
C. Problemas internos das próprias entidades, consubstanciados em envelhecimento tecnológico dos seus processos ou produtos, superação mercadológica destes, exigência de proteção ambiental, falta de capital, falta de liquidez, incapacidade administrativa, dissensões entre os controladores da Entidade e outras causas quaisquer que levem a Entidade a perder suas condições de competitividade, sendo gradativamente alijada do mercado;
D. Causas naturais ou fortuitas que afetem a manutenção da Entidade no mercado, tais como inundações, incêndios, ausência de materiais primários por quebras de safras.
A situação limite na aplicação do Principio da Continuidade é aquela em que há completa cessação das
atividades da Entidade. Nessa situação, determinados ativos, como, por exemplo, os valores diferidos, deixarão de ostentar tal condição, passando à condição de despesas, em face da impossibilidade de sua recuperação mediante as atividades operacionais usualmente dirigidas à geração de receitas. Mas até mesmo ativos materiais, como estoques, ferramentas ou máquinas, podem ter seu valor modificado substancialmente. As causas da limitação da vida da Entidade, não se influenciam o conceito da Continuidade; entretanto, como constituem informação de interesse para muitos usuários, quase nem sempre são de divulgação obrigatória, segundo norma específica. No caso de provável cessação da vida da Entidade, também o passivo é afetado, pois, além do registro das exigibilidades, com fundamentação jurídica, também deve ser contemplados os prováveis desembolsos, advindos da extinção em si.
O Principio da Oportunidade – Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do
patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
O principio da Oportunidade exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações sofridas pelo
patrimônio de uma Entidade, no momento em que elas ocorrem. Cumprindo tal preceito, chega-se ao acervo máximo de dados primários sobre o patrimônio, fonte de dados os relatos, demonstrações e analises posteriores, ou seja, o Principio da Oportunidade é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da Entidade, relativas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos. É o fundamento daquilo e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos. É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam de “ representação fiel” pela informação, ou seja, que esta espelhe com precisão e objetividade as transações e ventos a que concerne. Tal tributo é, outrossim, exigível, em qualquer circunstancia, a começar sempre nos registros contábeis, embora as normas tendem a enfatiza-los nas demonstrações contábeis.
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O principio da Oportunidade deve ser observado, como já dito, sempre que haja variação patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes:
A. transações realizadas com outras Entidades, formalizadas mediante acordo de vontades,
independentemente da forma ou da documentação de suporte, como compra ou venda de bens e serviços;
B. eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da administração, mas com efeitos sobre o Patrimônio, como modificações nas taxas de câmbio, quebras de clientes, efeitos de catástrofes naturais, etc.
C. movimentos internos que modificam predominantemente a estrutura qualitativas do Patrimônio, como as transformação de materiais em produtos semifabricados ou destes em produtos prontos, mas também a estrutura quantitativo-qualitativa, como na sucatagem de bens inservíveis.
O Principio da Oportunidade abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a integridade ( necessidade
de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, isto é, sem qualquer falta ou excesso) e a tempestividade ( obriga a que as variações sejam registradas no momento em que ocorrem).
O Princípio do Registro pelo Valor Original- os componentes do Patrimônio devem ser registrados pelos
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do país, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade.
O principio do Registro pelo Valor Original ordena que os componentes do patrimônio tenham seu registro
efetuado pelos valores ocorridos na data das transações havidas com o mundo exterior à Entidade, estabelecendo, pois, a viga mestra da avaliação patrimonial: a determinação do valor monetário de um componente do patrimônio.
O principio da Atualização Monetária- os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional
devem ser reconhecidos nos registros contábeis através de ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o ajustamento dos valores
originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em dado período.
O Principio da Atualização Monetária existe em função do fato de que a moeda – embora universalmente
aceita como medida de valor- não representa unidade constante de poder aquisitivo. Por conseqüência, sua expressão formal deve ser ajustada, a fim de que permaneçam substantivamente corretos- isto é, segundo as transações originais- os valores dos componentes patrimoniais e, via de decorrência, o Patrimônio Liquido. Como se observa , o Principio em causa constitui seguimento lógico daquele do Registro pelo Valor Original, pois preceitua o ajuste formal dos valores fixados segundo este, buscando a manutenção da substância original, sem que isso implique qualquer modalidade de reavaliação.
O Principio da Competência- as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
O Princípio da Competência determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou
diminuição no Patrimônio Líquido estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Principio da Oportunidade.O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
As receitas consideram-se realizadas:
a. Nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetiva-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados;
b. Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
c. Pela geração natural de novos ativos, independentemente da intervenção de terceiros; d. No recebimento efetivo de doações e subvenções. As despesas consideram-se incorridas:
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a. quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiros;
b. pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; c. pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. O Principio da Prudência- Também conhecido como Conservadorismo, determina a adoção do menor
valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio liquido.
O principio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor Patrimônio Liquido,
quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da Contabilidade. A aplicação do Principio da Prudência ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às
variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. A aplicação do Principio da Prudência- de forma a obter-se o menor Patrimônio Liquido, dentre aqueles
possíveis diante de procedimentos alternativos de avaliação está restrita às variações patrimoniais posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes. Esta é a razão pela qual a aplicação do Principio da Prudência ocorrerá concomitantemente com o Principio da Competência.
1.2 CONVENÇÕES CONTÁBEIS
As Convenções Contábeis são restrições aos princípios, no sentido de delimitar-lhes conceitos,
atribuições e direções a seguir e de sedimentar toda a experiência e o bom senso da profissão no trato de problemas contábeis.
A Convenção da Objetividade – A Contabilidade não deve ser subjetiva em suas avaliações, mas sim
imparcial, neutra, junto aos seus usuários. Portanto, sempre que possível, os registros contábeis deverão ter suporte em documentação gerada na transação.
A Convenção da Materialidade- A Contabilidade não deve ser um tratamento rígido para as ciosas
triviais ou insignificantes que trarão benefícios que não justifiquem o custo do seu trabalho. O bom senso deve prevalecer em estabelecer aquilo que é relevante, que trará utilidade para os seus usuários.
A Convenção do Conservadorismo – entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,
igualmente válidos, segundo os Princípios Fundamentais, a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as Obrigações.
A Convenção da Consistência – a permanência dos mesmos critérios de apropriação contábil, propicia
ao usuário maior eficiência na comparação dos relatórios contábeis de diversos períodos ( anos). Isto não implica que por motivo de força maior, esporadicamente,não possa haver alterações nos critérios. Todavia, se houver tais alterações, deverão ser evidenciadas em Notas Explicativas ( notas de rodapé).
A uniformização dos relatórios contábeis contribui notavelmente para a comparação entre as diversas
empresas, mesmo de atividades diferentes, porém do mesmo setor.
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Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial divide-se em grupos de contas, de mesmas características, facilitando,
dessa forma, a sua leitura, interpretação e análise. Os grupos de contas, bem como as contas, serão apresentados em ordem de liquidez (conversão
em dinheiro) decrescente. Balanço Patrimonial – Cfe Lei 6.404 de 15.12.1976 – Artigos 178 a 182
ATIVO Ativo Circulante Disponível Créditos Estoques Despesas Antecipadas Ativo Realizável a Longo Prazo Créditos Estoques Investimentos Ativo Permanente Investimentos Imobilizado Diferido PASSIVO Passivo Circulante Fornecedores Obrigações Sociais e Trabalhistas Obrigações Tributárias e Fiscais Empréstimos e Financiamentos Provisões Participações Passivo Exigível a Longo Prazo Fornecedores Empréstimos e Financiamentos Contas a Pagar Resultado de Exercícios Futuros Receitas Futuras (-) Custos Correspondentes Patrimônio Líquido Capital Social Reservas Lucros/Prejuízos Acumulados
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EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO: 1) Para uma indústria, qual o conjunto de contas é classificado no circulante: a) ( ) Caixa, Estoque, Duplicatas a receber e Máquinas b) ( ) Fornecedores, Caixa, Bancos conta Movimento e Estoques c) ( ) Bancos, Caixa, Duplicatas a receber, Investimentos d) ( ) Estoque, Contas a pagar, Salários a pagar, Capital 2) O Ativo Circulante também é conhecido como: a) ( ) Capital de Movimentação b) ( ) Capital corrente fixo c) ( ) Capital de Giro Próprio d) ( ) Capital de giro 3) Ativo Permanente Significa: a) ( ) Ativo total não circulante b) ( ) Ativo total c) ( ) Ativo Real d) ( ) Ativo Fixo 4) O permanente subdivide-se em: a) ( ) Investimentos, Imóvel e Diferido b) ( ) Investimentos, Imobilizado e Imóvel c) ( ) Investimentos, Imobilizado e Diferido d) ( ) Investimentos, Imobilizado e Fixo 5) Como Exemplo de Diferido temos: a) ( ) Gastos de Reorganização b) ( ) Gastos de Administração c) ( ) Gastos financeiros d) ( ) Gastos de Assessoria 6) Como grau de liquidez decrescente, temos: a) ( )Caixa, Estoques, Investimentos b) ( ) Caixa, Estoques, Duplicatas a receber c) ( ) Bancos, Estoques, Caixa... d) ( ) Estoques, Diferido, Investimentos 7) Um empréstimo obtido com prazo de seis anos será classificado como: a) ( ) Realizável a longo prazo b) ( ) Exigível a longo prazo c) ( ) Patrimônio Líquido d) ( ) Permanente
2) Assinale se as afirmativas a seguir são verdadeiras ou falsas: 1. As contas deverão ser demonstradas em ordem Decrescente de Ativo. 2. O ativo é formado pelos seguintes grupos: Circulante, realizável a longo prazo e Ativo Permanente. 3. O Ativo Permanente se divide em dois Subgrupos: Investimentos e Imobilizado. 4. O ativo Permanente destinado a venda, integra o Subgrupo do Diferido. 5. As contas bancárias vinculadas as operações passivas, podem ser demonstrassem conjunto com as contas
movimento. 6. As Leis das S.A usa o termo “ direitos” para designar Direitos de crédito e de propriedade. 7. As aplicações em despesas do exercício seguinte, são Classificáveis no Circulante e referem-se ao Pagamento
antecipado de despesas. 8. Para que um direito seja classificado no Realizável a Longo Prazo depende de dois fatores: tempo e condição do
devedor. 9. A Lei determina que sejam classificadas como Investimentos as participações permanentes e os direitos de
qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ao fim de cada exercício social a empresa apurará o resultado de sua atividade e apresentará a Demonstração do Resultado do Exercício como segue:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (Cfe Lei 6.404 de 15.12.1976 – artigo 187)
Receita Bruta de Vendas Vendas de Mercadorias Vendas de Produtos Vendas de Serviços (-) Deduções Impostos sobre Vendas Devoluções de Vendas Abatimentos sobre Vendas (=) Receita Líquida de Vendas (-) Custos CPV/CMV/CSP (=) Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais Despesas com Vendas Despesas Administrativas Despesas Tributárias Resultado Financeiro Líquido Receitas Financeiras (-) Despesas Financeiras (+/-) Outros Resultados Operacionais Outras Receitas Operacionais (-) Outras Despesas Operacionais (=) Resultado Operacional (+/-) Resultado Não Operacional Receitas não operacionais Despesas não operacionais (=) Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social (-) Provisão para Imposto de Renda (-) Provisão para Contribuição Social (-) Lucro Antes das Participações (-) Participações Debenturistas Empregados Administradores Partes Beneficiárias Fundos de Pensão e Previdência Privada (=) Lucro/Prejuízo do Exercício Lucro por Ação R$
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EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA APRENDIZAGEM:
1) A forma adequada de apresentação da DRE é: a) ( ) Horizontal b) ( ) Vertical c) ( ) Optativa d) ( ) Diagonal 2) Deduções são: a) ( ) Ajustes b) ( ) Despesas c) ( ) Perdas c) ( ) Custos 3) Os impostos dedutíveis da receita bruta são identificáveis a) ( ) Por serem de âmbito federal e estadual b) ( ) Por incidirem sobre a fabricação do produto c) ( ) Por incidirem sobre a circulação do produto d) ( ) Pela proporcionalidade com vendas 4) Como despesas administrativas têm: a) ( ) Pessoal de fábrica, encargos sociais, comissão bancária b) ( ) Pessoal de vendas, comissões, aluguel c) ( ) Pessoal de escritório, aluguel, assinaturas de revistas... d) ( ) Pessoal da administração, juros, depreciação de móveis e utensílios 5) Lucro Real é: a) ( ) Lucro Líquido b) ( ) Lucro Tributável c) ( ) Lucro Verdadeiro d) ( ) Lucro Econômico 6) Como Participações no Lucro, temos: a) ( ) Empregados, Administradores, Debêntures... b) ( ) Administradores, vendedores, partes beneficiárias c) ( ) Debêntures, partes beneficiárias, Secretárias d) ( ) Partes beneficiárias, Prefeitura, administradores 7) Resultado não operacional a) ( ) Perdas previstas b) ( ) Perdas com a inflação c) ( ) Perdas ou ganhos extraordinários d) ( ) Correção monetária de poupança 8) Deduzindo-se do montante da Receita Operacional Bruta os Impostos Incidentes sobre Vendas , os Abatimentos e
as Vendas Canceladas, tem-se: ( ) a) Lucro Operacional Bruto ( ) b) Receita Operacional Líquida ( ) c)Lucro Operacional Liquido ( ) d)
Total das Receitas Operacionais Faturadas.
9) Da Diferença entre o montante da Receita Operacional Líquida e o Custo das Mercadorias Vendidas tem –se o conceito de:
( ) a) Resultado Operacional Liquido ( ) b) Lucro Liquido do Exercício ( ) c)Lucro Real ( ) Resultado Operacional Bruto
10) Assinale com “ X , no espaço apropriado, as contas que normalmente são incluídas na Demonstração do
Resultado do Exercício: ( ) a- Mercadorias em estoque ( ) b- Custos de Produção em Andamento ( ) c- Custos de Produtos Vendidos ( ) d- Custo de Produtos Elaborados ( ) e- Vendas Canceladas ( ) f- Abatimentos ( ) g- Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional ( ) h- Despesas Administrativas ( ) i- Depreciação de Bens de Uso Administrativo, não apropriada a custos de produção. ( ) j- Custo de Produtos em Estoque ( ) l- Saldo devedor do Resultado da correção Monetária ( ) m- Participação em Sociedades Coligadas ( ) n- Perdas de Investimentos Relevantes ( ) o- Ganhos de investimentos Relevantes.
11)Indique com ‘X” as contas que se classificam na Demonstração do resultado, como deduções diretas das Vendas Brutas, segundo normas da Lei n. 6.404/76:
( ) a- Vendas de Mercadorias
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( ) b- Custos de Mercadorias Vendidas ( ) c- ICMS s/ Vendas ( ) d- Despesas comerciais ( ) e- Vendas Canceladas ( ) f- Receitas de serviços ( ) g- Despesas Administrativas ( ) h- Abatimentos ( ) i- Custo de Produtos Vendidos ( ) j- Venda de Sucata ( ) l- PIS sobre a Receita Bruta ( ) m- Devoluções de Produtos ( ) n- COFINS sobre Receita Bruta.
12)Indique com “X”, as receitas, custos e despesas de natureza não-operacional: ( ) a- Vendas de Produtos ( ) b- Venda de Subprodutos ( ) c- Lucro na Venda dos Bens Usados ( ) d- Multas por infrações fiscais ( ) e- Despesas Comerciais ( ) f- Despesas Administrativas ( ) g- Doações a Instituições Filantrópicas ( ) h- Sinistros Descobertos ( ) i- Custo de Mercadorias Vendidas ( ) j- Dividendos Recebidos das Participações Societárias ( ) l- Despesas Provisionadas ( PDD) ( ) m- Despesas Provisionadas ( perdas Prováveis de Investimentos Permanentes).
13)Indique com “X’ contas normalmente apresentadas como Despesas Operacionais: ( ) a- Custos de Produtos Vendidas ( ) b- Despesas de Vendas ( ) c- Custos das mercadorias Vendidas ( ) d- ICMS s/ Vendas ( ) e- Despesas Administrativas ( ) f- Vendas Canceladas ( ) g- Custo de prestação de serviços ( ) h- Abatimentos ( ) i- Despesas Provisionadas ( ) j- depreciação sobre Mobiliário e Equipamentos de Escritório ( não computada nos custos de produção). ( ) l- Receita com Sucata Vendida ( ) m- Receitas com Subprodutos Vendidos ( ) n- PIS s/ Receita Bruta.
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DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS - DLPA
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) deverá ser apresentada pelas
empresas em conjunto com as outras Demonstrações Financeiras. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é Facultativa (exceto cias abertas). No entanto, a apresentação da DMPL desobriga a publicação da DLPA, uma vez que esta está contida naquela.
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (Lei 6.404 de 15.12.1976 – art. 186 Saldo no inicio do período (+/-)Ajustes de Exercícios Anteriores (+/-)Correção Monetária do Saldo Inicial (=) Saldo Ajustado e Corrigido (+) Reversões de Reservas Reservas de Lucros Outras reservas (+/-) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício (-) Destinações durante o exercício Dividendos antecipados, cfe AGE (ou RD) de......../......../........ Parcela de lucros Incorporada ao Capital, cfe AGE (ou RD) de ......./......../........ (=) Saldo à disposição da Assembléia Geral (-) Destinações propostas à AGO (Art. 176, § 3°) Transferência para reservas Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva para Contingência Lucros retidos para financiar planos de investimentos Reservas de lucros a realizar Dividendos propostos SALDO NO FINAL DO PERÍODO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Lei 6.404 de 15.12.1976 art. 186 § 2° CAPITAL RESERVAS
DE CAPITAL
RESERVAS DE LUCROS
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
TOTAL
Saldos em 31.12.200 (+/-) Ajustes de Exercícios
(-) Aumento de Capital (+) Reversões de reservas
(+/-) Lucro Líquido do Exercício ou Prejuízo Líquido do Exercício
(-) Proposta da Administração
Destinação do Lucro Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva para Contingência
Reserva de Lucros a Realizar
Dividendos propostos
SALDO EM 31.12.200
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EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA APRENDIZAGEM:
1) A DLPA é: a) ( ) Obrigatória b) ( ) Facultativa c) ( ) Optativa d) ( ) Dispensável 2) A DLPA representa interligação entre: a) ( ) DLPA e DMPL b) ( ) BP e DLPA c) ( ) DRE e BP d) ( ) DMPL e DRE 3) Como Retificação dos Erros de exercícios anteriores, podemos citar: a) ( ) Mudança de PEPS para Preço Médio b) ( ) Mudança do regime de caixa para o de competência c) ( ) Mudança de avaliação de investimentos d) ( ) Contagem de estoques 4) Normalmente, as reversões ocorrem com as reservas: a) ( ) Legal e Estatutária b) ( ) Para contingência e orçamentária c) ( ) Lucros a realizar e estatutária d) ( ) Para Contingências e Lucros a realizar 5) Na hipótese do Estatuto ser Omisso, o Dividendo obrigatório será calculado a) ( ) 50% x lucro líquido ajustado b) ( ) 25% x Lucro líquido ajustado c) ( ) 50% x Lucro operacional d) ( ) 25% x Lucro operacional 6) No fim da DLPA encontramos a) ( ) Lucro por ação do capital social b) ( ) Dividendo por ação do capital social c) ( ) Valor patrimonial da ação d) ( ) Valor venal da ação 7) A demonstração das mutação do PL: a) ( ) É idêntica à DLPA b) ( ) Contém a DLPA c) ( ) É menos abrangente que a DLPA d) ( ) É menos indicativa que a DLPA 8) O limite de serva legal é: a) ( ) 5% sobre o Capital Social b) ( ) 30% sobre o capital social c) ( ) 20% sobre o capital social d) ( ) 25% sobre o capital social 9) A DLPA apresentava a CM de lucros acumulados, que: a) ( ) foi extinta no final de 1994 b) ( ) foi extinta no final de 1995 c) ( ) foi extinta no final de 1996 d) ( ) Foi extinta no inicio de 1997
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DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS A Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos mostra a procedência de novos recursos
que ingressaram na empresa durante o período contábil e que afetaram o seu capital circulante. Mostra, também, a aplicação desses novos recursos aplicados de diferentes maneiras pela
empresa naquele período. A DOAR será elaborada em duas etapas: 1. – Separar o Circulante do não circulante; calcular o CCL e determinar
a variação do mesmo de um ano para outro 2. Calcular a variação dos itens não circulantes e determinar o que é
origem e o que é aplicação que afetam o CCL A DOAR será estruturada da seguinte forma: ORIGENS (destacando por grupo) -� Das operações normais da empresa � Dos acionistas (ou sócios) da empresa � De terceiros (-) APLICAÇÕES = Aumento/Diminuição do Capital Circulante Líquido
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (Lei 6.404 de 15.12.1976 Art. 188)
1. – Origens de Recursos Das Operações Lucro Líquido (+) Depreciação (+/-) Resultado Equivalência Patrimonial Dos Acionistas Aumento de Capital em Moeda De Terceiros Empréstimos e Financiamentos (=) TOTAL DAS ORIGENS 2. – Aplicações de Recursos Aquisições de Investimentos Aquisições de Imobilizado Dividendos Propostos (=) TOTAL DAS APLICAÇÕES 3. – Aumento/Redução do Capital Circulante Líquido 4. – MODIFICAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo Circulante (-) Passivo Circulante (=) Capital Circulante Líquido
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EXERCÍCIOS PARA VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM: 1) Indique a denominação a que a DOAR não corresponde: a) ( ) Demonstração de fluxo de fundos b) ( ) Demonstração de fontes e usos de capital de giro líquido c) ( ) Demonstração das Modificações na Posição Financeira d) ( ) Demonstração de Fluxo de Caixa 2) A DOAR serve para indicar: a) ( ) A entrada de todos os recursos, inclusive os de curto prazo, bem como todas as aplicações b) ( ) A variação do disponível c) ( ) A variação do CCL d) ( ) A situação econômica da empresa 3) CCL é: a) ( ) AC + PC b) ( ) PL – AP c) ( ) PL + PELP + RF – PERMANENTE d) Ativo – Passivo 4) A DOAR evidencia operações resultantes de: a) ( ) Circulante x Circulante b) ( ) Circulante x não circulante c) ( ) Não circulante x não circulante c) ( ) todas as operações financeiras 5) Indique a operação que não afeta o CCL: a) ( ) Aumento de capital em dinheiro b) ( ) Vendas de permanente recebíveis à longo prazo c) ( ) Aquisição de empréstimo Bancário (CP) d) ( ) Pagamento de fornecedores de matéria-prima 6) Indique a operação que afeta o CCL a) ( ) Aquisição de financiamento (LP) b) ( ) Vendas de permanente recebíveis a longo prazo c) ( ) Aquisição de empréstimo bancário (CP) d) ( ) Pagamento de Fornecedores de Matéria-Prima 7) Como principal origem de recursos podemos citar: a) ( ) Aumento de capital b) ( ) Financiamentos c) ( ) Venda de permanente d) ( ) Lucro líquido 8) Indique qual é o elemento monetário que interfere no lucro: a) ( ) Depreciação b) ( ) Exaustão c) ( ) Juros pagos d) ( ) Variação cambial não paga 9) Indique qual aumento do Permanente representa aplicação a) ( ) Nova avaliação b) ( ) Novas aquisições c) ( ) Reavaliação d) ( ) Equivalência patrimonial 10) Uma empresa de Capital Fechado deverá apresentar a DOAR a) ( ) Sempre b) ( ) Nunca c) ( ) É Facultativa d) ( ) Quando for considerada grande empresa
11) Analise as operações a seguir, e marque com “A” as que provocam aumento no CCL com “D” diminuição
e com “N” as que não alteram o CCL: ( ) a) Aumento do Capital, em dinheiro ( ) b) Venda ações a vista, constante Realizável a Longo Prazo ( ) c) Obtenção de Empréstimo a Curto Prazo ( ) d) Aquisição de Imóvel a Vista. ( ) e) Pagamento de Salários e Encargo Trabalhistas ( ) f) Aquisição de Patente Industrial a Vista. ( ) g) Venda, a Prazo (6meses) de veículo usado constante Ativo Permanente ( ) h) Pagamento de um Parcela de Financiamento (ELP) ( ) i) Realização de Financiamento (ELP), junto ao Banco de Investimento para Aquisição de vários itens Imobilizado. ( ) j) Aquisição de ações da própria empresa. ( ) k) Integralização de Capital, em Mercadorias. ( ) l) Compra de Mercadorias a Vista.
12) Se o CCL for negativo teremos: ( ) a) Ativo = Passivo ( ) b) Ativo = Patrimônio liquido
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NOTAS EXPLICATIVAS E OUTRAS EVIDENCIAÇÕES:
Também conhecidas como “notas de rodapé”, as Notas Explicativas são normalmente destacadas após as Demonstrações financeiras (quando publicadas)
Apesar de já serem obrigatórias para as sociedades anônimas de capital aberto, a nova lei das sociedades por ações as estende a outros tipos de societários, estabelecendo que “as demonstrações serão complementadas por Notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício”.
COMENTÁRIOS DO AUDITOR Para maior segurança do usuário, as empresas auditadas apresentam parecer do auditor, onde se
expressa haver um exame nas Demonstrações Financeiras, efetuado de acordo com os padrões de auditoria geralmente aceitos.
O auditor emite sua opinião informando se as Demonstrações Financeiras representam, adequadamente, a Situação Patrimonial e a Posição Financeira na data do exame. Informa se as Demonstrações financeiras foram levantadas de acordo com os Princípios fundamentais de contabilidade e se há uniformidade em relação ao exercício anterior.
Muitas vezes ocorre que informações contidas nos comentários do auditor já constam de Notas Explicativas. Esta dupla evidenciação vem trazer maior segurança ainda para o usuário das Demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras das companhias abertas serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes, registrados na CMV.
RELATÓRIO DA DIRETORIA
São informações normalmente de caráter não financeiro que abrangem: � dados estatísticos diversos � indicadores de produtividade � desenvolvimento tecnológico � a empresa no contexto socioeconômico � políticas diversas: recursos humanos, exportação, etc � expectativas com relação ao futuro � dados do orçamento de capital � projetos de expansão � desempenho em relação aos concorrentes, balanço social etc.
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3.1 – CONCEITOS DE ANÁLISE
Seja como Análise Contábil, Análise Financeira, Análise Econômico Financeira, Análise de Balanços etc. A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS têm por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa. CONCEITO: “Analisar uma demonstração é decompô-la nas partes que a formam, para melhor interpretação de seus componentes”. Uma análise pode ser entendida como um processo de decomposição de um todo em suas partes constituintes, visando ao exame das partes para entendimento do todo ou para identificação de suas características ou de suas anormalidades.
A análise “de Balanços” objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para tomadas de decisões. Para Matarazzo (1998:17):
As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir.
Perez Júnior (1995:31) ao mostrar a diferenciação entre dado e informação diz que:
Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação; Informação é o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões”.
Assim pode-se concluir que a Análise consiste num exame minucioso da composição qualitativa e de sua
expressão quantitativa, através de processos utilizados pelos analistas para obtenção de conclusões acerca da situação econômica e financeira da entidade ou de outros aspectos relacionados com o patrimônio, de acordo com os interesses dos usuários.
A análise auxilia a contabilidade gerencial, pois utiliza indicadores que permitem uma análise comparativa, sendo que a comparação pode ser feita em vários aspectos, como:
� Comparação com períodos passados; � Comparação com períodos orçados; � Comparação com padrões setoriais; � Comparação com padrões internacionais; � Comparação com padrões internos da empresa;
3.2 - EVOLUÇÃO DA ANÁLISE DE BALANÇOS Os grandes responsáveis pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento do termo “Análise de Balanços” foram os banqueiros, na Segunda metade do século XIX, quando passaram a exigir de seus clientes tomadores de empréstimo, cópia assinada das demonstrações financeiras das entidades (mais especificadamente o Balanço Patrimonial – daí decorre o surgimento da terminologia Análise de Balanços). O empréstimo só seria liberado, após uma análise das demonstrações. A medida foi tão aceita, que em 09 de fevereiro de 1895, o "CONSELHO EXECUTIVO DA ASSOCIAÇÃO DE BANCOS NO ESTADO DE NEW YORK" resolveu recomendar a todos seus membros que solicitassem de seus tomadores de empréstimos esta mesma demonstração assinada, estendendo com isso a todo o mundo capitalista em ascensão. Em função da falta de um padrão pré- determinado, efetuava-se as análises, mas não tinham a segurança da comparação. Ou seja, com quem deveria ser comparado tais índices.
Em 1900, o "CONSELHO EXECUTIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS BANCOS NO ESTADO DE NEW YORK" divulgou um formulário de proposta de crédito, que incluía espaços para o "Balanço Patrimonial".
Nota-se com isso, que a partir desta época, para atender a exigências de emprestadores, inicia-se a organização das demonstrações para análises.
Em 1915, o Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve Board), determina que só poderiam ser descontados os títulos negociados as empresas que tivessem apresentado seu balanço ao banco. Medida que consagrou definitivamente o uso de demonstrações financeiras como base para a concessão de créditos.
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Em 1918 o Mundo Contábil recebe uma contribuição muito importante para a melhoria das análises. O Federal Reserve Board lança um livreto com formulários padronizados para elaboração de Balanço e Demonstração de Lucros e Perdas, bem como um esboço de procedimentos de auditoria e princípios de preparação de demonstrações financeiras.
Alexander Wall, apresentou em 1919 um modelo de análise através de índices, demonstrando a
necessidade de se considerar outras relações além de ATIVO CIRCULANTE CONTRA PASSIVO CIRCULANTE. Desenvolveu posteriormente em parceria com outros autores, fórmulas matemáticas de avaliação de empresas ponderando diversos índices de balanços.
"Em 1923, afirmava-se no prefácio da obra FINANCIAL AND OPERATING RATIOS IN MANAGEMENT, de James H. Biss, que em todos os ramos de atividades há certos coeficientes característicos que podem ser obtidos através de médias." Em 1925 inicia-se a análise horizontal, por algumas críticas de STEPHEN GILMAN à análise de coeficientes, sugerindo que seja analisado a variação havida nos principais itens em relação a um ano base. Na década de 30 surgiu dentro da empresa Du Pont um modelo de análise da rentabilidade de empresa que decompunha a taxa de retorno em taxa de margem de lucro e giro dos negócios, chamando análise do ROI (Return
on Investiment)-Retorno Operacional dos Investimentos. No Brasil, até 1968, a análise de Balanços era ainda um instrumento pouco utilizado para resultado interno nas empresas. Sendo efetuado na maioria das vezes por exigência dos bancos emprestadores e financiadores. Foi criado ainda em 1968 o SERASA, empresa que passou a operar como central de análise de balanços para bancos comerciais. O surgimento das grandes corporações, o desenvolvimento do mercado de ações possibilitando a participação de pequenos ou grandes acionistas à procura por empresas mais sólidas e rentáveis, a busca pela eficiência administrativa e o desempenho em relação aos concorrentes auxiliaram a transformar a Análise num instrumento extremamente importante e útil para o processo de tomada de decisões. 3.3 – FINALIDADES DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O principal objetivo da análise das demonstrações financeiras é fornecer informações aos interessados, sobre a real situação econômica e financeira da empresa, para fortalecer e assegurar as “tomadas de Decisões”. Há um grande número de razões que levam a análise dos demonstrativos, objeto do setor contábil das empresas, interna ou externamente, dentre as quais destacam-se as seguintes:
a) Verificação da capacidade de manutenção e absorção de créditos junto às entidades financeiras; b) Mensuração dos níveis de endividamento perante os fornecedores e avaliação do prazo médio de vencimento das dívidas; c) Medir a garantia dos capitais de terceiros e o equilíbrio da estrutura operacional com base nos recursos próprios; d) Acompanhar o volume de vendas a prazo e o tempo médio de recebimento de seus respectivos clientes; e) Verificar tendências; f) Fornecer informações à administração quanto aos custos e despesas das atividades sociais, bem como verificar o comportamento dos negócios perante os concorrentes e expectativas do mercado consumidor, etc.
Portanto, aplica-se a análise econômico-financeira nos seguintes campos:
� CAMPO MICROECONÔMICO: 1. Empresa isolada, com a finalidade de verificar periodicamente se sua estrutura econômico-
financeira é adequada ou não às suas operações, acompanhar sua rentabilidade e as tendências de expansão e crescimento.
2. Mercado de capitais, preliminarmente para atender às exigências da Comissão de Valores Mobiliários e das Bolsas de Valores nos pedidos de inscrições de empresas, para se constituírem sociedades abertas e para terem suas ações negociadas, respectivamente.
3. Financiamento e concessões de créditos, onde através da análise determinam-se limites de crédito e suas possibilidades de resgate e as garantias a serem oferecidas.
4. Projetos de instalação ou implantação de empresas, quando se exige o estudo da viabilidade econômico-financeira tanto dos projetos como das empresas que irão executá-los.
5. Fiscalização tributária, onde repartições fiscais procuram verificar através da análise dos demonstrativos, se as empresas contribuintes erram ou sonegam impostos e tributos a que estão obrigadas.
6. Grupos de empresas, cujo controle acionário ou associado é exercido por grupos econômicos ou grupos de pessoas, os quais necessitam analisar o comportamento patrimonial do grupo, ou estudar as influências recíprocas que cada sociedade isolada recebe ou contribui para o grupo.
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7. Seleção de empresas em concorrências públicas, onde as demonstrações de cada concorrente são analisadas no tocante ao vulto dos equipamentos e instalações ou ao volume do capital de giro próprio, que, se suficiente, poderá tornar desnecessária a existência de equipamentos próprios, substituindo-os pela facilidade em alugá-los; faz-se também uma análise quanto à sua solidez econômico-financeira demonstrada, que constituirá garantia acessória para a continuidade das obras ou serviços a contratar.
� CAMPO MACROECONÔMICO:
1. Mercados setoriais, com levantamento de demonstrações de empresas que exercem a mesma atividade para análise regional de tais atividades, de suas correlações com outros mercados setoriais, das tendências de comportamento e expansão desses setores e verificação/acompanhamento das tendências de comportamento e expansão de outros setores.
2. Contabilidade Nacional, quando os Balanços consolidados de mercados setoriais e das grandes empresas fornecem dados para a apuração das contas nacionais e de seus parâmetros, tais como o Produto Interno Bruto, a renda nacional, a renda per capita.
3.4 – USUÁRIOS DA ANÁLISE A análise auxilia a suprir os usuários da contabilidade com um conjunto de informações que os auxiliem no processo de tomadas de decisões. Os principais usuários da análise e os tipos de informações almejados são:
USUÁRIOS TIPOS DE INFORMAÇÕES
Administração da empresa
• Visão abrangente e detalhada dos resultados alcançados; • Acompanhamento dos indicadores de rentabilidade; • Verificação do nível de endividamento; • Capacidade de pagamento das obrigações de curto e longo prazo; • Comparação dos indicadores da empresa com os dos concorrentes; • Acesso a informações que possibilitem comparação dos resultados
alcançados com as metas estabelecidas.
Acionistas e proprietários
• Remuneração do capital próprio; • Retorno sobre o ativo e o capital investido; • Avaliação da eficiência administrativa, em face das expectativas de
lucro, segurança, continuidade e imagem da entidade.
Investidores
• Assessoramento através de recomendações sobre decisões de investimento considerando o risco e o retorno esperado;
• Análise dos processos de incorporações, fusões e cisões de entidades.
Instituições Financeiras
• Avaliação do rating (classificação do risco do cliente e constituição da provisão para perdas com créditos);
• Verificação da situação econômico-financeira dos clientes com ênfase no grau de endividamento e capacidade de geração de resultado e fluxo de caixa para honrar compromissos nas datas de vencimentos;
• Capacidade gerencial e caráter dos administradores.
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USUÁRIOS TIPOS DE INFORMAÇÕES
Fornecedores e clientes
• Avaliação do risco dos clientes visando evitar perdas com inadimplências;
• Avaliação da solidez financeira do fornecedor para não correr o risco de adquirir bens que não terão peças de reposição, assistência técnica ou matéria prima cujo atendimento da demanda necessária é insuficiente (principalmente em caso de expansão).
Governo
• Missão do Banco Central do Brasil: Assegurar a estabilidade do
poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro
nacional => para garantir a segurança dos depositantes do SFN é necessária a fiscalização das Instituições Financeiras e a aferição da “saúde” do sistema através da análise das demonstrações contábeis dos Bancos;
• A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem como missão normatizar e fiscalizar as empresas de capital aberto, além de emitir normas contábeis para orientação dos padrões de divulgação das informações contábeis. A análise é um dos instrumentos voltados às empresas do mercado de capital.
• Gestão de empresas estatais; • Planejamento dos diversos setores da economia.
Sindicatos e Associações de
Classe
• Estudos e estatísticas sobre as características e o desempenho dos respectivos segmentos de atuação;
• Planejamento das reivindicações.
Auditoria
• Verificação da situação econômico-financeira dos clientes visão obtenção de subsídios para emissão dos pareceres.
3.5 - ETAPAS DE UMA ANÁLISE FINANCEIRA
Silva (2004:26-7) subdivide as atividades da análise nas seguintes etapas: � COLETA: obtenção das demonstrações financeiras e outras informações, como dados sobre mercado de
atuação da empresa, seus produtos, seu nível tecnológico, seus administradores e seus proprietários, bem como sobre o grupo a que a empresa pertence, entre outras.
� CONFERÊNCIA: consiste em uma pré- análise no sentido de verificar se as informações estão completas, são compreensíveis, se foram corretamente classificadas, se são confiáveis e se os critérios básicos de publicação foram atendidos.
� PREPARAÇÃO: fase de padronização e reclassificação das demonstrações financeiras para adequá-las aos padrões internos da instituição que vai efetuar a análise. Organização do material de leitura e demais dados disponíveis para análise.
� PROCESSAMENTO: Processamento das informações e emissão de relatório no formato interno da instituição ou do analista. Normalmente, este processo é feito através de processamento eletrônico de dados.
� ANÁLISE: fase de análise dos dados disponíveis, compreendendo a consistência das informações, a observação das tendências apresentadas pelos números e todas as demais conclusões que possam ser extraídas do processo como um todo. Essa fase exige do analista capacidade de observação, conhecimento e experiência.
� CONCLUSÃO: consiste em identificar, ordenar, destacar e escrever sobre os principais pontos e recomendações sobre a entidade analisada. Não basta ser um bom analista, é preciso saber expor seu parecer em linguagem simples, clara e consistente, de modo que qualquer usuário da análise, pela leitura do relatório, conheça a empresa e possa tomar decisão sobre a mesma.
3.6 – PROCESSOS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES São técnicas utilizadas por Analistas de Balanços para obtenção de conclusões acerca de situação econômica e financeira da entidade ou de outros aspectos relacionados com o patrimônio, de acordo com os interesses dos usuários . ANÁLISE PRELIMINAR =>>É um exame minucioso abrangendo cada uma das contas que compõem a demonstração financeira. É o momento em que o analista passa a familiarizar-se com os pormenores que envolvem a composição de cada conta, bem como seus respectivos grupos. ANÁLISE VERTICAL =>> Consiste na determinação do percentual de participação de cada item, em relação ao total da demonstração analisada. Mostra a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que
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pertence e, através de comparações com padrões estabelecidos com base em atividades do ramo ou da própria empresa (índices padrões), permite inferir se há itens fora das proporções normais. Esse tipo de análise vem suprir principalmente a necessidade periódica de se conhecer a distribuição dos valores no sistema Patrimonial e de Resultados em termos Percentuais. ANÁLISE HORIZONTAL =>>"É a comparação feita entre componentes do conjunto em vários exercício, por meio de números-índices, objetivando a avaliação ou o desempenho de cada conta ou grupo de contas, ao longo dos períodos analisados". Esta análise é utilizada para medir a evolução dos itens que compõem a massa patrimonial da empresa, e caracterizar tendências. ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO =>> Através do cálculo dos índices de rotação ou prazos médios é possível construir um modelo de análise dos investimentos e financiamento do capital de giro. ANÁLISE ATRAVÉS DE INDICADORES =>> Os principais conjuntos de indicadores são os que evidenciam a capacidade de pagamento a curto e longo prazo, o nível de endividamento, o aumento ou redução na rentabilidade e os prazos médios praticados (todos utilizando dados do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício). Além destes há outros indicadores aplicáveis a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado. 3.6 - PRINCIPAIS TIPOS DE ANÁLISE: - Análise Horizontal e Vertical - Análise Financeira - Análise de Rentabilidade - Análise de Lucratividade - Análise de Prazos Médios 3.7 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A SEREM ANALISADAS: A análise abrange, os aspectos estáticos e dinâmicos do patrimônio, tendo por objeto as demonstrações financeiras da estática patrimonial e da dinâmica patrimonial. Cada usuário das demonstrações contábeis (acionista, credor, fornecedor, cliente, administrador e governo) poderá ter interesse por diferentes aspectos da análise, tais como liquidez ou rentabilidade. As demonstrações contábeis que melhores e mais completos elementos oferecem para análise são:
1) O Balanço Patrimonial (BP), síntese de todos os componentes do patrimônio em determinado momento.
2) A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), síntese dos componentes da dinâmica patrimonial (receita, custo e resultado).
3) A Demonstração Das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), que já é uma análise das origens e aplicações de recursos efetuados pela empresa em dado período, além de evidenciar o Capital Circulante Líquido (CCL)e suas variações aumentativas ou diminutivas.
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Na fase de preparação citada anteriormente falamos em padronização e reclassificação das contas. A padronização consiste em converter as demonstrações contábeis para um padrão que atenda às diretrizes da Entidade analisada ou do profissional que esteja desenvolvendo a análise. Além de que cada análise pode ser desenvolvida com um propósito específico, devendo a padronização orientar a análise em função dos diversos fatores que a caracterizam que podem, segundo Silva (2004:192) serem:
a) objetivo da análise: crédito, investimento, fusões, incorporações, análise de concorrência, entre outros; b) análise para crédito: concessão de prazos; c) análise para investimentos.
A padronização objetiva: � Simplificação: um Balanço apresentado segundo a Lei das S.A, por exemplo, compreende cerca de 60
contas. Isto dificulta a visualização do Balanço como um todo. � Comparatividade: com exceção das companhias que operam em ramo onde exista um plano de contas
legal obrigatório (exemplo: Bancos, seguradoras, etc.) toda empresa tem seu próprio plano de contas, com maior ou menor grau de detalhes e títulos. Como a análise se baseia em comparação, devemos enquadrar o balanço dentro de um modelo que permita comparação com outros balanços.
� Precisão na classificação das contas: pode ocorrer de encontrarmos balanços que apresentam falhas na classificação das contas e isto deve ser corrigido antes de se efetuar a análise;
� Adequação aos objetivos da análise: há pelo menos uma conta que deve ser sempre reclassificada, pois para a análise deve ser apresentada em outro “lugar” do Balanço.
A reclassificação se faz necessário porque alguns itens das Demonstrações Contábeis são interpretados de forma diferenciada para efeito de análise: � Devemos efetuar o devido reagrupamento das contas de acordo com a ordem decrescente do grau de liquidez do
Ativo e prazo de maturação do passivo, de maneira que possam atender aos diversos tipos de análises a serem efetuadas;
� Para possibilitar uma melhor e maior visualização os demonstrativos podem apresentar somente os grupos e subgrupos. No Ativo as contas sujeitas à provisões, depreciações, amortizações e exaustões devem ser apresentadas pelo valor líquido.
Os analistas, escritores da área contábil divergem entre si sobre quais os itens que devem ser reclassificados. Considerando as hipóteses mais prudentes e a opinião destes autores apresentamos a seguir os principais itens a serem reclassificados;
CONTAS
PATRIMONIAIS
CLASSIFICADAS
SEGUNDO A
LEGISLAÇÃO
SOCIETÁRIA NO
PARA EFEITO DE ANÁLISE
SÃO RECLASSIFICADAS
PARA O:
MOTIVOS
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Títulos descontados
Ativo Realizável a
Longo Prazo
Passivo Exigível a Longo Prazo
Representam, para efeito de análise,
financiamentos efetuados pela
empresa (captação de recursos com
aplicação de taxas de juros) – e se,
não forem pagas pelo cliente a
obrigação de pagamento é da
empresa, que efetuou o desconto do
título.
Contas a receber de
coligadas, controladas,
diretores, sócios ou
acionistas
Ativo Realizável a
Longo Prazo
Verificar se estão classificadas
corretamente. Se não estiverem
reclassificá-las para o grupo
adequado (ARLP)
Representam, para efeito de análise,
valores a receber de
pessoas/empresas ao mesmo grupo
empresarial da empresa analisada,
portanto, no caso de necessidade,
com certeza, os valores não serão
recebidos no prazo do Ativo
Circulante.
Ativo Circulante
Despesas Antecipadas
Ativo Realizável a
Longo Prazo
Patrimônio Líquido:
-Adicionando aos Prejuízos
Acumulados; ou,
-Reduzindo os Lucros Acumulados
Por se tratarem de despesas que já
foram efetivamente pagas, alteram,
para efeito de análise os resultados
acumulados da empresa e não devem
ser considerados, para efeito de
análise, como elementos de ativo
(bem ou direito).
Ativo Diferido
Ativo Permanente
Patrimônio Líquido:
-Adicionando aos Prejuízos
Acumulados; ou
-Reduzindo os Lucros Acumulados
Por se tratarem de despesas que já
foram efetivamente pagas, alteram,
para efeito de análise os resultados
acumulados da empresa e não devem
ser considerados como elementos de
ativo (bem ou direito).
Contas a pagar de
coligadas, controladas,
diretores, sócios ou
acionistas
Passivo Exigível a
Longo Prazo
Verificar se estão classificadas
corretamente. Se não estiverem
reclassificá-las para o grupo
adequado (PELP).
Representam, para efeito de análise,
valores a pagar de pessoas/empresas
ao mesmo grupo empresarial da
empresa analisada.
CONTAS
PATRIMONIAIS
CLASSIFICADAS
SEGUNDO A
LEGISLAÇÃO
PARA EFEITO DE ANÁLISE
SÃO RECLASSIFICADAS
PARA O:
MOTIVOS
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SOCIETÁRIA NO
Resultado de Exercícios
Futuros
(Receitas antecipadas
deduzidas dos custos e
despesas
correspondentes)
Resultado de
Exercícios Futuros
Os valores agrupados normalmente
em Resultado de Exercícios
Futuros ganham duas conotações:
-Se a análise estiver sendo
elaborada para fins de liquidez e
levando-se em consideração a
descontinuidade das atividades,
devem ser reclassificados para o
Passivo Circulante ou PELP.
-Se a análise estiver sendo feito para
avaliação de tendências, costuma-se
reclassificar esses recursos para o
Patrimônio Líquido em adição aos
Lucros Acumulados ou em redução
aos Prejuízos acumulados.
Representam lucros/prejuízos
antecipados da empresa – já que para
serem classificados como Resultado
de Exercícios Futuros não são
passíveis de devolução por parte
da empresa analisada.
Participações
Minoritárias
Entre Resultado de
Exercícios Futuros e
Patrimônio Líquido
Patrimônio Líquido
Capital Social
Representam ações que, apesar de
não pertencerem ao grupo
controlador, integram o Capital
Social da Entidade analisada.
CONTAS DE
RESULTADO
CLASSIFICADAS
SEGUNDO A
LEGISLAÇÃO
SOCIETÁRIA NO
PARA EFEITO DE ANÁLISE
SÃO RECLASSIFICADAS
PARA O:
MOTIVOS
Receitas e Despesas
Financeiras
Despesas/Receitas
Operacionais
Resultado não Operacional
Não representam, para efeito de
análise, valores decorrentes do
objeto social da empresa – portanto
são não operacionais.
Participações
Minoritárias
Antes do Lucro Líquido
do Exercício
São contemplados apenas com o
valor dos dividendos a distribuir.
Por representarem participações nos
lucros que serão pagas a acionistas
que não pertencer ao Grupo
Controlador.
A análise por intermédio de quocientes consiste em estabelecer uma “razão” entre duas ou mais
quantidades monetárias ou físicas. Necessita-se, portanto, de pelo menos duas dessas quantidades aparecendo uma no numerador e outra no denominador. O método segundo (Braga 1999:134) é denominado QUOCIENTES porque é o número que indica quantas vezes o “divisor” está contido no “dividendo”, obedecendo, portanto, aos princípios da operação matemática divisão. Os quocientes classificam-se em:
QUOCIENTES DISCRIMINAÇÃO EXEMPLOS
Estáticos
Referem-se à situação da empresa em uma determinada data, sendo calculados a partir de dados do Balanço Patrimonial (evidenciam a situação financeira).
-Índices de Liquidez -Índices de Estrutura de capitais
Dinâmicos
Relacionam-se com o resultado do período (receitas, custos e despesas) – portanto, a partir de dados da Demonstração do Resultado do Exercício e também do Balanço Patrimonial (evidenciam a situação econômica).
-Índices de rentabilidade -Índices de rotação ou atividades
Evidenciam a capacidade de pagamento da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta o pagamento de compromissos assumidos a longo ou curto prazo ou prazo imediato. São calculados com base em valores extraídos do Balanço Patrimonial. Como avaliam a capacidade de pagamento, alguns autores utilizam o seguinte jargão quanto a interpretação destes quocientes: Quanto maior, melhor.
5.1.1 - LIQUIDEZ IMEDIATA ou INSTÂNTANEA
Fórmula: Disponibilidades Passivo Circulante
Revela a capacidade pagamento da empresa para saldar seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa possui de dinheiro em caixa, bancos e aplicações de liquidez imediata para cada um real de Passivo Circulante. Limitações da Liquidez Imediata
• Faz relação entre valores imediatamente disponíveis com obrigações vencíveis até o final dos próximos doze meses;
• Apesar das empresas terem certos limites de valores a integrarem o disponível um alto índice na liquidez imediata demonstra falta de planejamento financeiro.
5.1.2 – LIQUIDEZ CORRENTE ou COMUM
Fórmula: Ativo Circulante Passivo Circulante
Revela a capacidade financeira da empresa para cumprir os seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa tem de Ativo Circulante para cada um real de Passivo Circulante. Limitações da Liquidez Corrente
• Não revela a composição dos itens do Ativo Circulante e nem a qualidade dos mesmos; • Não evidencia a sincronização entre recebimentos e pagamentos;
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5.1.3 – LIQUIDEZ SECA
Fórmula: Ativo Circulante_- Estoques Passivo Circulante
Considerando que os estoques dependem de diversos fatores para sua venda (a vista ou a prazo) inclusive imprevistos, este quociente revela a capacidade da empresa para cumprir os seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa tem de Ativo Circulante sem utilização de seus estoques para cada um real de Passivo Circulante.
5.1.4 – LIQUIDEZ GERAL
Fórmula: Ativo Circulante+ Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante+Passivo Exigível a Longo Prazo*
* Exigível Total
Evidencia se os recursos financeiros aplicados no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo são suficientes para cobrir as obrigações totais (Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo). Limitações da Liquidez Geral
• Assim como a Liquidez Corrente não revela a composição dos itens do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo e nem a qualidade dos mesmos;
• As divergências na sincronização entre recebimentos e pagamentos tendem a aumentar, em função de que neste índice consideramos também o longo prazo;
Os quocientes de estrutura de capitais servem para evidenciar o grau de endividamento da empresa em decorrência das origens dos capitais investidos no patrimônio. Eles mostram a proporção existente entre os Capitais próprios e os Capitais de Terceiros, quais obrigações tem suas datas de vencimentos em maior parte (curto ou longo prazo) ,sendo calculados com base em valores extraídos do Balanço Patrimonial. As obrigações com terceiros decorrem basicamente de:
• Dívidas de funcionamento: fornecedores, salários a pagar, impostos a pagar, outras contas a pagar (aluguéis, luz, água, seguros,etc);
• Dívidas para aplicações no Ativo: decorrentes da necessidade de ampliação, expansão, modernização. Apesar de serem elevadas geram aplicações que deverão gerar recursos futuros ajudando a saldar os compromissos assumidos;
• Refinanciamento de dívidas: empréstimos e financiamentos sucessivos por dificuldade de geração de recursos para liquidação das obrigações.
Como avaliam a relação entre os capitais investidos na empresa alguns autores utilizam o seguinte jargão quanto à interpretação destes quocientes: Quanto menor, melhor. 5.2.1 – PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS Revela qual a proporção existente entre Capital de Terceiros e o Capital próprio, isto é, quanto a empresa utiliza de Capital de Terceiros para cada um real de Capital Próprio, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos.
Fórmula: Exigível Total* Patrimônio Líquido
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•••• Exigível Total= Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação Capital de Terceiros/ Patrimônio Líquido, menor a liberdade de decisão financeira da empresa, ou maior a dependência a esses Terceiros. Do ponto de vista de obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com capitais de terceiros, desde que a remuneração para esses capitais de terceiros seja inferior ao lucro obtido com sua aplicação nos negócios. Portanto, sempre que se aborda o índice de participação de Capitais de Terceiros, está se fazendo análise exclusivamente do ponto de vista financeiro, ou seja, do risco de insolvência e não em relação ao lucro ou Prejuízo. 5.2.2 - GARANTIA DO CAPITAL PRÓPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS
Fórmula: Patrimônio Líquido Exigível Total
Revela qual a proporção do Capital próprio em relação ao Capital de Terceiros. 5.2.3 - COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO Este índice tem por objetivo evidenciar a composição da dívida em curto e longo prazo em relação às obrigações totais possibilitando uma análise da composição da dívida, pois:
• Endividamento a curto prazo normalmente é utilizado para financiar o curto prazo; • Endividamento a longo prazo geralmente é utilizado para financiar o Ativo Permanente.
C.E. = Passivo Circulante Exigível Total A proporção favorável geralmente é a de maior montante das obrigações de longo prazo, propiciando a empresa um tempo maior para geração de recursos. Se a composição do endividamento for maior a curto prazo dependendo da situação do mercado se houver reversão ou retração a empresa poderá não conseguir gerar recursos em tempo hábil para liquidação da obrigações gerando acréscimos financeiros e negociações com credores. Geralmente empréstimos de curto prazo são mais onerosos do que os de longo prazo. 5.2.4 – IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Este quociente demonstra quanto do Patrimônio Líquido a empresa aplicou no Ativo Permanente. I.P.L. Ativo Permanente Patrimônio Líquido Os principais pontos a serem observados em relação ao índice de imobilização segundo Silva (2004:292):
• De que formas ocorreram variações no Patrimônio Líquido no período; • Ocorrência de reavaliação de ativos; • A participação de cada um dos componentes no Ativo Permanente; • É importante conhecer a idade dos bens, o grau de modernização, a localização das unidades fabris e o
critério de depreciação. 5.2.5 – IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO-CORRENTES Revela a proporção existente entre o Ativo Permanente e os Recursos Não Correntes, isto é, quanto a empresa investiu no Ativo Permanente para cada um real de Patrimônio Líquido mais Exigível a Longo Prazo.
Fórmula: Ativo Permanente Patrimônio Líquido + Passivo Exigível a Longo Prazo
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Servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa. São calculados com base em valores extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial. 3.3.1 – GIRO DO ATIVO Este quociente evidencia a proporção existente entre o volume das vendas e os investimentos totais efetuados na empresa, isto é, quanto a empresa vendeu para cada um real de investimento total.
Fórmula: Vendas líquidas
Ativo Total 3.3.2 – MARGEM LÍQUIDA Revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento, isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada um real de vendas líquidas.
Fórmula: Lucro Líquido Vendas líquidas
3.3.3 – RENTABILIDADE DO ATIVO OU RETORNO DO INVESTIMENTO Esse quociente evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real de investimentos totais.
Fórmula: Lucro Líquido Ativo Total
Através da regra de três, é possível identificarmos a quantidade de anos necessários para que haja o retorno do capital investido. 3.3.4 – RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Esse quociente revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo Capital próprio investido na empresa, isto é, quanto a empresa auferiu de lucro líquido para cada real de capital próprio investido.
Fórmula: Lucro Líquido PL
3.3.5 – TAXA DE RETORNO E MARGEM Versus GIRO A Taxa de Retorno pode decompor-se em dois elementos que contribuem para a análise:
MARGEM LÍQUIDA E GIRO DO ATIVO A margem líquida evidencia quantos centavos restaram de lucro líquido de cada um real de vendas. O Giro do Ativo evidencia a eficiência com que a empresa utiliza seus Ativos na geração de receita. A taxa de retorno do investimento pode ser obtida por meio da multiplicação da Margem de Lucro pelo Giro do Ativo. As empresas que ganham mais na margem, normalmente ganham no preço e as que ganham mais no giro, visam quantidade. A rentabilidade de uma empresa é obtida por meio de uma boa conjugação entre Preço e Quantidade, ou seja entre lucratividade e giro. Margem Líquida X Giro do Ativo = TRI (Taxa de Retorno do Investimento) 3.3.5.1 – ANÁLISE DA MARGEM X GIRO ou MÉTODO DU PONT Através da análise dos itens que contribuem para a formação da Taxa de Retorno do Investimento é possível identificarmos quando cada item está contribuindo para o aumento ou queda da taxa de retorno.
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Os Quocientes de Rotação, também conhecidos de Quocientes de Atividades, obtidos pelo confronto dos elementos da Demonstração do Resultado do Exercício com elementos do Balanço Patrimonial, evidenciam o tempo necessário para os elementos do Ativo se renovarem. 5.4.1 - DETERMINAÇÃO DO FLUXO DE VENDAS MENSAIS OU DIÁRIA
Tem por finalidade, através das publicações anuais das demonstrações, visualizarmos seu fluxo de vendas. Média das Vendas mensais = Vendas 12 Média das Vendas diárias = Vendas 360 5.4.2 - PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS Indica quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas vendas. As vendas a prazo seguem uma política de crédito adotada pela empresa, que seja adequada ao seu tipo de atividade, e que seja alinhada com os objetivos estratégicos do negócio. Do ponto de vista de análise de risco, o prazo médio de recebimento das vendas é um indicador do tipo “quanto
maior, pior”. Tão importante quanto o volume de duplicatas a receber é a qualidade das duplicatas, considerando o risco do crédito concedido. P.M.R.V (anual)= Duplicatas a Receber x 360 Vendas Líquidas + Impostos (utilizando esta fórmula a resposta encontra é em dias)
5.4.3 – PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS Indica o tempo que a empresa dispõe, em média, para pagar as suas obrigações provenientes de compras de mercadorias a prazo.
P.M.P.C (anual) = Fornecedores ou Duplicatas a pagar x 360 Compras Um problema que surge no cálculo deste índice é o valor das compras, já que o seu valor não consta nas demonstrações contábeis tradicionais. Em empresas comerciais podemos encontrar o seu valor através da fórmula do Custo das Mercadorias Vendidas, todavia quando se tratar de uma empresa industrial, a dificuldade será maior pois no Custo dos Produtos Vendidos há a inclusão dos gastos gerais de fabricação. 5.4.4 - PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES Indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. O volume dos estoques mantido por uma empresa decorre fundamentalmente do volume de vendas e da política de estocagem. Quanto maiores os montantes investidos nos estoques, mais recursos estão comprometidos com os mesmos. P.M.R.E (anual) = Estoque x 360 Custo Mercadoria Vendidas 5.4.5 - ANÁLISE CONJUNTA DOS ÍNDICES DE ATIVIDADES Para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e renovação dos estoques, melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras, melhor. O ideal é a empresa atinja uma posição em que a soma do Prazo Médio de Renovação de estoques com o Prazo Médio de Recebimento das Vendas seja igual ou inferior ao prazo médio de pagamento das compras.
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Exemplo:
Prazo médio de renovação dos estoques Prazo médio de recebimento das vendas
30 dias 54 dias Ciclo Operacional = 84 dias
Prazo Médio de pagamento das compras = 90 dias
Folga
Portanto há uma folga de 6 dias PMRE + PMRV < 1 PMPC
Dessa forma, a empresa poderia vender e receber a mercadoria adquirida para, depois, liquidá-la junto ao seu fornecedor. Assim, se o PMRE for de 30 dias, o PMRV for de 54 dias e o PMPC for de 90 dias, a empresa terá ainda, em média, uma folga de seis dias. O seu posicionamento será de:
30 + 54 = 0,93 (favorável) 90
Trazer este índice em situação favorável não é tarefa fácil, contudo, deve ser sempre perseguida pela empresa.
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É através desses tipos de análise que é possível conhecer detalhes (pormenores) das Demonstrações Contábeis. 6.1 - ANÁLISE VERTICAL Também denominada como Análise por coeficientes, é através dela que é possível comparar cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto, evidenciando a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto. Calcula-se o percentual de cada conta em relação a um valor-base (no caso do Balanço Patrimonial em relação ao total do Ativo/Passivo ou em relação aos grupos a que pertencem e no caso da Demonstração do Resultado do Exercício conduz a evidenciação da estrutura de custos e despesas da empresa, em relação à Receita Operacional Líquida, propiciando evidenciar aspectos da avaliação da lucratividade da empresa analisada). A análise vertical mostra a participação de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence evidenciando a estrutura/composição dos elementos patrimoniais e de resultado. Através de comparações com padrões estabelecidos com base em atividades do ramo ou da própria empresa é possível inferir se há itens fora das proporções normais. Esse tipo de análise vem suprir a necessidade periódica de se conhecer a distribuição dos valores no sistema Patrimonial e de Resultados em termos Percentuais. Fórmula:
Balanço Patrimonial DRE PV item = Item x 100 Total
PV item = Item x 100 Receita líquida
Ou no caso de Calculadora HP: Total (enter) Item ( tecla %T) 6.2 - ANÁLISE HORIZONTAL Também denominada como Análise por meio de número índices ou Análise de tendência, tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo dos anos. Possibilita o acompanhamento do desempenho de cada uma das contas que compõem a demonstração em questão, ressaltando as tendências evidenciadas em cada uma delas, sejam de evolução positiva ou negativa.
PHitem = Valor do item período Subseqüente - 1 x 100 Valor do item período Base
PHitem = Participação Horizontal
Ou no caso de Calculadora HP: Valor do item do exercício anterior ou valor do item do período base (enter) Valor do item período subsequente ( tecla ∆%) 6.3 - OBJETIVOS DA ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL Conforme Matarazzo, na Análise Vertical/Horizontal conjuntamente, destacam-se os seguintes objetivos: a ) A estrutura do Ativo e Passivo, bem como suas modificações O balanço evidencia os recursos tomados, financiamentos e as aplicações desses recursos – investimentos. A análise Vertical mostra, de um lado qual a composição detalhada dos recursos tomados pela empresas, qual a participação dos capitais próprios e de terceiros, qual o percentual de capitais de terceiros a curto e longo prazo, qual a participação de cada um dos itens de capitais de terceiros (fornecedores, bancos, etc ). De outro lado a Análise Vertical mostra quanto por cento dos recursos totais foi destinado ao Ativo Circulante e quanto ao Ativo Permanente. Dentro do Ativo Circulante, a Análise Vertical mostra que percentagem de investimentos que foram destinadas a cada um dos itens principais, como estoques e Duplicatas a Receber. A comparação dos percentuais da Análise Vertical da empresa com os de concorrentes permite saber se a alocação dos recursos no Ativo é típica ou não para aquele ramo de atividade. A análise do percentual de cada item do Ativo permite detectar a política de investimento da empresa em relação a estoques, duplicatas, imobilizado, enquanto no Passivo permite visualizar a política financeira de obtenção de recursos. A Análise Horizontal do Balanço mostra quais itens do Ativo a empresa vem dando ênfase na alocação de seus recursos e, comparativamente, de quais recursos adicionais se vem valendo. Por exemplo, a Análise Horizontal pode mostrar que a empresa investe prioritariamente em bens do Ativo Permanente, enquanto o principal incremento de recursos se verifica no Passivo Circulante; daí se conclui que a empresa tomou financiamento de curto prazo para investir no Ativo Permanente. b ) Analisar em detalhes o desempenho da empresa A Análise Vertical atinge seu ponto máximo de utilidade quando aplicada à Demonstração do Resultado. Toda a atividade de uma empresa gira em torno das vendas. São elas que devem determinar o que a empresa pode consumir em cada item de despesa. Por isso, na Análise Vertical da Demonstração do Resultado, as Vendas Líquidas são igualadas a
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de Aplicação de Capitais, adotados pela empresa no período analisado, e assim termos condições de relatar a evolução patrimonial da empresa. Para os comentários deveremos procurar responder perguntas, tais como: ANÁLISE HORIZONTAL 1. Qual o crescimento verificado no período? 2. Esse crescimento foi sustentado por capital próprio, de terceiro ou ambos? 3. Se com capitais de terceiros, quais? Fornecedores, Contas a Pagar, Financiamentos, Debêntures, Desconto de
duplicatas (Curto ou Longo Prazo?). 4. Se com capital próprio, qual? Lucros, integralização em moeda ou reservas (Ágio Emissão de Ações, Ágio
Debêntures, etc.) 5. Houve alteração de Capital? de que forma? Integralização em moeda ou incorporação de reservas? 6. Houve alteração no Patrimônio Líquido? qual a causa da alteração? ANÁLISE VERTICAL 7. Onde estão aplicados os recursos no Ativo? Quais grupos? Quais subgrupos? 8. Como é a estrutura de aplicação de capitais na empresa? 9. Qual o crescimento das Vendas ? 10. O Resultado do Exercício cresceu tanto quanto às Vendas? 11. Quais os itens da DRE que causaram redução da receita ou que contribuíram para a melhoria do resultado? 12. Qual o comportamento dos custos e das despesas?
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A alavancagem financeira diz respeito ao uso de recursos de terceiros para financiar as atividades da empresa. Diz-se que a alavancagem é positiva (ou favorável), quando a taxa de retorno do investimento é maior que o custo do capital; ao contrário, é negativa (ou desfavorável) quando se está pagando um custo de capital superior ao retorno gerado pelo próprio negócio.É um índice composto de outros dois (rentabilidade do PL e o segundo índice é apurado ajustando-se como se a empresa substituísse o capital de terceiros por capital próprio. Fórmula:
Lucro Líquido do Exercício Patrimônio Líquido Médio
(Lucro antes do IR + Despesas Financeiras) – IR Patrimônio Líquido + Passivo total (ou Ativo Total)
No numerador temos a rentabilidade do Patrimônio Líquido e no Denominador a rentabilidade da utilização do capital de terceiros.
� Se o grau de alavancagem for igual a 1,00 significa que a rentabilidade seria a mesma com o uso de capitais alheios ou só de capitais próprios, portanto, não haveria vantagem e nem desvantagem no uso de capitais de terceiros.
� Se o grau de alavancagem for superior a 1,00 o quociente é positivo e, por isso, vantajoso. O endividamento tem um efeito de alavanca sobre o lucro que é levado para o acionista. Puxa para cima a taxa de retorno dos acionistas.
� Quando inferior a 1,00 o quociente é negativo e, portanto, oneroso. A vantagem da empresa operar com capitais alheios só se efetivará se os encargos financeiros forem inferiores a taxa de rentabilidade apresentada pela empresa em relação ao capital próprio, também conhecida como Retorno do Capital próprio. Alguns capitais de terceiros não são onerosos ou são de baixo custo. Então, para efeito de cálculo da alavancagem financeira, podem ser considerados somente os financiamentos de custo mais elevado, chegando-se assim a uma posição mais próxima da realidade.
Para que o analista não se sinta perdido diante de um grande volume de índices, quocientes, indicadores, muitas vezes repetidos ou até contraditórios, essas análises são dispostas em grupos ou modelos específicos que procuram verificar a situação de uma empresa sob os mais variados enfoques. As análises tradicionais são dispostas em grupos de indicadores que procuram avaliar as situações de liquidez, endividamento, rentabilidade, alavancagem, estrutura dos ativos, composição dos passivos, etc. Outras análises compõem-se de modelos com capacidade preditiva, estruturados a partir de uma cesta de informações e ponderadas de acordo com critérios estatísticos. 8.1 – MODELO DE PREVISÃO DE FALÊNCIA DE KANITZ Stephen Charles Kanitz, professor do Departamento de Contabilidade da FEA/USP, foi responsável, durante mais de 20 anos, pela elaboração da análise econômico-financeira das 500 Melhores e Maiores empresas brasileiras editadas pela Revista Exame (atualmente esse trabalho é efetuado pela FIPECAFI sob a coordenação de dois professores da FEA/USP). Fruto de seu trabalho junto às empresas e de suas pesquisas, elaborou um modelo de previsão de falências, também conhecido como fator de insolvência. Ao divulgar seu modelo, Kanitz não explicou como chegou a fórmula de cálculo, dizendo tratar-se de um ferramental estatístico. A fórmula desenvolvida por Kanitz é a seguinte: FATOR DE INSOLVÊNCIA: 0,51 x X1 + 1,65 x X2 + 3,55 x X3 + 1,06 x X4 + 0,33 x X5 X1 = Rentabilidade do Patrimônio Líquido X2 = Liquidez Geral X3 = Liquidez Seca X4 = Liquidez Corrente X5 = Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido
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Após o cálculo, obtém-se um número denominado de Fator de Insolvência que determina a tendência de uma empresa falir ou não. Para facilitar, o autor criou uma escala chamada de Termômetro de Insolvência, indicando três situações distintas: Solvente, Penumbra e Insolvente, a saber:
7 6 5 4 3 2 1 0
SOLVENTE
-1 -2 -3
PENUMBRA
-4 -5 -6 -7
INSOLVENTE
Os valores positivos indicam que a empresa está em uma situação boa ou “solvente”, se for menor que -3 a empresa encontra-se em uma situação ruim ou “insolvente” e que poderá levá-la à falência. O intervalo intermediário, de 0 a -3, chamada de “penumbra” representa uma área em que o fator de insolvência não é suficiente para analisar o estado da empresa, mas inspira cuidados.
Uma empresa que apresenta um fator de insolvência positivo tem menor possibilidade de vir a falir e essa possibilidade diminuirá à medida que o fator positivo for maior. Ao contrário, quanto menor o fator negativo, maiores serão as chances da empresa encerrar suas atividades.
No Brasil, o modelo de Kanitz foi um dos precursores (1972). Atualmente, outros pesquisadores brasileiros já desenvolveram modelos semelhantes e mais atualizados, como Pereira, Altman, Matias e Elizabetsky
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A análise dos relatórios contábeis de uma empresa poderá atender a vários objetivos diferentes;
dependendo do fim a que se destinam, as informações deverão apresentar um conteúdo e volumes específicos. Assim, a ótica da análise de um agente financeiro, de um fornecedor, da concorrência, do acionista e do governo (através do fisco), não possuem necessariamente a mesma identidade. Cada um desses usuários procurará detalhes e conclusões próprias e, muitas vezes, não coincidentes. Desta forma, torna-se um pouco arriscada a elaboração de um único modelo de apresentação das informações contábeis/financeiras e dos dados gerais de uma empresa para efeitos de análise, em função da pulverização dos interesses. Entretanto, procurar-se-á apresentar um modelo que poderia ser utilizado, com algumas adaptações, para os vários enfoques externos à empresa.
REGRAS ESSENCIAIS PARA O ANALISTA:
- Dar sempre ênfase às tendências; - Demonstrar a situação corrente; - Ressaltar os pontos fracos; - Ser claro e objetivo; - Datar e assinar.
Os relatórios, sempre que possível, devem ser ilustrados com gráficos, permitindo assim uma melhor visualização do comportamento da empresa. A estrutura do Relatório e o grau de profundidade em análise e apresentação de cada item componente do relatório dependem do objetivo do relatório e do volume de negócios e dos riscos relativos às decisões a serem tomadas. Segundo Hale in Silva (2004:332) há seis regras básicas para elaboração de um relatório: 1. Seja um analista e não um escritor, no sentido de que o analista pensa sobre os efeitos relevantes para
análise do risco e retrata esses pontos relevantes em seu relatório. Portanto, devemos prender-nos às informações relevantes na concepção do leitor do relatório que terá de tomar decisões, ao invés de concentrarmo-nos em descrições que não contribuam com a tomada de decisão.
2. Faça quadros que falem por si, escolhendo gráficos e tabelas que facilitem a interpretação do leitor. Tabelas e gráficos bem estruturados e não poluídos falam melhor que longas frases.
3. Use palavras simples, dando preferência às palavras curtas em relação às longas, ao concreto em relação ao abstrato, ao simples em relação ao complicado.
4. Omita palavras desnecessárias, evitando a idéia de que um relatório vale pelo peso, ou seja, quanto maior melhor.
5. Apresente primeiro o sumário e a conclusão, no sentido de satisfazer à expectativa dos leitores do relatório que querem saber qual a recomendação técnica do analista. O sumário introduz o leitor no contexto da empresa e facilita a compreensão da recomendação do analista contida no relatório. Se o leitor tiver interesse por qualquer detalhe do próprio relatório, pode ir diretamente ao item específico que trata desse assunto.
6. Siga uma estrutura planejada, no sentido de desenvolver a análise e enquadrar seu conteúdo dentro de uma estrutura lógica de apresentação, por exemplo: 6.1. Introdução: Objetivos, explicar o quê, porquê e para quem foi feito 6.2. Sumário : Resumo genérico dos pontos observados na análise de forma suscinta 6.3. Conclusão e recomendações: Opiniões sobre a situação geral e particular dos itens observados,
destacando os mais relevantes. Se for o caso, apontar soluções que na opinião do analista, seriam desejáveis para corrigir distorções porventura encontradas na situação atual.
6.4. Corpo: Descrição analítica do sumário 6.5. Anexos
SUMÁRIO: Conterá a descrição das análises efetuadas:
- Análise Horizontal e Vertical - Análise do cálculo dos Índices Econômico-Patrimonial e Financeiros - Análise Complementar – outros indicadores que o analista julgar conveniente.
INTRODUÇÃO: Deverá ou poderá conter:
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• Aspectos Internos da Empresa: Composição da diretoria e breve informação sobre seus membros, estatuto social e alterações ocorridas, estrutura do capital social e sua evolução, inclusive de outras empresas nas quais a cia tem participação.
• Aspectos Contábeis: Apresentação dos demonstrativos contábeis dos 3 (três) últimos exercícios, Notas Explicativas e Relatório da Administração sobre os Demonstrativos Contábeis.
CONCLUSÃO/RECOMENDAÇÕES:
Fazer um breve posicionamento sobre a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa, comparação interempresas e destacar as perspectivas futuras da cia, além de citar também recomendações do próprio analista para melhorar/reverter a situação corrente. CORPO: Este conterá a descrição analítica do sumário a) ANÁLISE HORIZONTAL: Explicitar a evolução da empresa e das principais contas, evidenciando o
crescimento das receitas, do lucro líquido, dos custos e das despesas operacionais e suas implicações no resultado.
b) ANÁLISE VERTICAL: Comentar sobre a estrutura das contas no balanço, evidenciando aquelas que tem maior percentual de participação e a sua situação/reflexo nas operações da empresa.
c) ANÁLISE FINANCEIRA: Nesta análise, comentaremos sobre: Liquidez ==���� Fazer breve comentário sobre a liquidez da empresa, indicando se os índices encontrados são positivos ou negativos à cia. Participação de Capitais Próprios ==� Comentar como está sendo efetuada a manutenção das atividades da empresa, se com capitais próprios ou se com a participação de terceiros. Participação de Capitais de Terceiros ==� Relatar como está se comportando o endividamento da empresa, se dentro ou acima dos níveis ideais. Imobilização de Capitais ==� Comentar sobre a política de imobilização da cia, qual o percentual dos recursos totais que estão sendo direcionados para o permanente, destacando desse percentual, quanto são investimentos e quanto são imobilizado e, se essas imobilizações estão sendo feitas com recursos próprios ou de terceiros e, se o mesmo garante os recursos de terceiros.
d) ANÁLISE ECONÔMICA: Comentar sobre o comportamento da rentabilidade da empresa, evidenciando a TRPL (Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido), destacando também a margem de lucro Líquida.
e) QUOCIENTES DE ROTAÇÃO: Evidenciar sobre o giro da empresa, comentando os prazos médios de recebimento e de pagamento, destacando a defasagem favorável ou desfavorável.
f) LEVERAGE FINANCEIRA: Relatar sobre a rentabilidade da empresa com a utilização de recursos próprios e de terceiros, evidenciando se essa utilização está sendo Vantajosa ou Onerosa para a cia e, como se encontra a situação de solvabilidade (através do termômetro de Kanitz).
g) ANÁLISE COMPLEMENTAR: Apuração das necessidades de capital de giro, análise das ações ou de bolsa etc.
ANEXOS:
• Planilhas e quadros com as demonstrações contábeis, indicadores e instrumentos de análise devem ser apresentados em anexo, visando facilitar a leitura e consultas, caso haja interesse em maiores detalhes.
• Outros documentos que apresentem certo volume que justifiquem ser anexados. CONSIDERAÇÕES GERAIS E ESTRUTURA DO RELATÓRIO O relatório de análise de uma empresa é desenvolvido para uma finalidade específica. É importante que tenha uma boa aparência visual, com a devida caracterização em sua capa. Deve ser usado um tamanho padrão de papel (A4). A redação deve ser simples e cuidadosa, evitando palavras que possibilitem dupla interpretação e usando o português correto. Os quadros e tabelas devem conter informações efetivamente facilitadoras da interpretação do relatório. O perfil da empresa e do grupo deve ser transmitido com objetividade, assim como as características do setor de atuação e correlação do comportamento da empresa com o setor. A análise econômico-financeira deve destacar os pontos efetivamente relevantes e decisivos para o emprego/grupo. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO Normalmente o relatório é desenvolvido pelo analista e submetido à apreciação de um Comitê. Esse procedimento otimiza o conhecimento do analista e permite que ele preste as informações de que
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QUADRO RESUMO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ
ÍNDICE
FÓRMULA
INDICA
LIQUIDEZ IMEDIATA
(LI)
DISPONÍVEL =------------------------------- PASSIVO CIRCULANTE
Quanto de dinheiro a empresa possui para fazer face as
suas obrigações a curto prazo
LIQUIDEZ CORRENTE
(LC)
ATIVO CIRCULANTE = --------------------------------- PASSIVO CIRCULANTE
Quanto a empresa possui do Ativo Circulante para cada
R$ 1, de Passivo Circulante
LIQUIDEZ SECA
(LS)
ATIVO CIRCUL. - ESTOQUES = ----------------------------------------------
PASSIVO CIRCULANTE
Quanto a empresa possui de Ativo líquido para cada R$
1, do Passivo Circulante
LIQUIDEZ GERAL (LG)
AT. CIRCUL + AT. REAL. A L P = ---------------------------------------------- PAS. CIRCUL. + PAS. EXIG. A L P
Quanto a empresa possui de Ativo Circulante + Real. a
curto prazo para cada R$ 1, de dívida total.
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QUADRO RESUMO DOS ÍNDICES DE ATIVIDADE
ÍNDICE
FÓRMULA
INDICA
PRAZO MÉDIO DE
RENOVAÇÃO DO ESTOQUE (PMRE)
ESTOQUE MÉDIO = ----------------------------- X 360
CUSTO DAS VENDAS
Tempo médio que o estoque fica
parado até a venda
PRAZO MÉDIO DE
RECEBIMENTO DAS VENDAS (PMRV)
DUPLIC. A RECEB. MÉDIO = --------------------------------------- x 360
VENDAS A PRAZO
Tempo de espera para receber suas
vendas a prazo
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS ( PMPC)
FORNECEDORES MÉDIO = -----------------------------------
COMPRAS A PRAZO
Tempo que a empresa tem para
liquidar suas compras
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QUADRO RESUMO DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE
ÍNDICE FÓRMULA INDICA
TAXA DE RETORNO S/ INVESTIMENTOS (TRI)
LUCRO LÍQUIDO = ----------------------------- X 100
ATIVO TOTAL MÉDIO
Quanto o Ativo da empresa rendeu.
TAXA DE RETORNO
S/PATRIMÔNIO LÍQUIDO (TRPL)
LUCRO LÍQUIDO = --------------------------------------- x 100
PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO
Quanto foi o rendimento do Capital Próprio
MARGEM BRUTA (MB)
LUCRO BRUTO = -----------------------------------
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Lucro da empresa deduzidos os custos das vendas
MARGEM OPERACIONAL (MO)
LUCRO OPERACIONAL = ---------------------------------------
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Lucro da empresa deduzidos os custos das vendas e as despesas operacionais
MARGEM LÍQUIDA (ML)
LUCRO LÍQUIDO = ---------------------------------
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Lucro que sobra para os sócios depois de deduzidos os custos , as despesas , os impostos e as participações
GIRO DO ATIVO ( GA)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA = --------------------------------------------------
ATIVO TOTAL MÉDIO
Desempenho da empresa em relação as suas vendas
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QUADRO RESUMO DOS ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
ÍNDICE
FÓRMULA
INDICA
PARTICIPAÇÃO DO
CAPITAL DE TERCEIROS (PCT)
CAPITAL DE TERCEIROS =------------------------------------------------ CAP. TERCEIROS + CAP.PRÓPRIO
A participação do capital de terceiros no
financiamento do ativo
GARANTIA DO CAPITAL
PRÓPRIO AO CAPITAL DE TERCEIROS (GCT)
CAPITAL PRÓPRIO = ---------------------------------------
CAPITAL DE TERCEIROS
Quanto de capital próprio cobre os recursos captados
junto a terceiros
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
(CE)
PASSIVO CIRCULANTE =---------------------------------------
CAPITAL DE TERCEIROS
Quanto das dívidas totais da empresa são a curto
prazo
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QUADRO RESUMO DOS OUTROS ÍNDICES RELEVANTES
ÍNDICE
FÓRMULA
INDICA
FATOR DE INSOLVÊNCIA (FI)
FI =X1 + X2 + X3 - X4 - X5
ONDE:
X1= LUC. LÍQU/PAT. LÍQUIQ x 0,05 X2= LIQUIDEZ GERAL x 1,65 X3= LIQUIDEZ SECA x 3,55
X4= LIQUIDEZ CORRENTE x 1,06 X5= CAP.TERC/PAT. LÍQUID x 0,33
O grau de solvência ou insolvência da empresa
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
(GAF)
Lfa - IR ---------------------
CAP TERCEIROS = -------------------------------------
(Lfa + DF) - IR --------------------------
CAP TERC. + CAP PRÓPRIO
Eficiência com que os administradores aplicaram recursos provenientes de terceiros
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ANÁLISE DE BALANÇOS INDICADORES - GRUPO/TITULOS FÓRMULA INTERPRETAÇÃO DOS ÍNDICES 1) Corrente AC/PC Qto a cia possui de Ativo Circulante
para cada R$ de Passívo Circulante Análise
LIQUIDEZ
2) Geral (AC+ARLP)/(PC+PELP) Qto a cia possui de Valores Conversíveis de Curto e L. Prz p/ Liquidar cada R$ de dívidas de Curto e L. Prz.
Financeira De Liquidez
3) Seca (AC-ESTOQUES)/PC Qto a cia possui em R$ para liquidar suas obrigações de CP sem precisar vender seus estoques, apenas com os valores já conversíveis
4) Imediata
DISP./PC
Qto a cia possui para liquidar imediatamente cada R$ de dívida de curto prazo.
QUOCIENTES DE 1) Comparação ente o PL e o CC
PL/CC (AC+ARLP) Qto a cia possui de recursos próprios em seu circulante.
Análise PARTICIPAÇÃO 2) Comparação entre o PL e o AT ou AR
PL/AT Qto do Ativo Total da empresa é financiado por recursos próprios.
DE 3) Comparação entre o PL e o CN
PL/CN Qto a empresa possui de PL ou Patrimônio Real para cada R$ de capital nominal.
Financeira: CAPITAIS 4) Comparação entre o PL e o CG
PL/CG (Capital em Giro) Qto a empresa possui de Capital próprio em cada R$ de capital em giro.
De PRÓPRIOS
5) Comparação entre o PL e o PR
PL/PR (PC+PELP)
Qto o capital próprio da empresa garante em cada R$ de capitais de terceiros aplicados em sua atividade
Estrutura QUOCIENTES DE 1) Comparação entre o PC+PELP e o PL (Endividamento)
PC+PELP/PL Ou CT/PL
Qto a empresa possui de capital de terceiros para cada R$ de capital próprio investido
PARTICIPAÇÃO DE 2) Comparação ente o PC + PELP e o Capital em Giro ou AT ou AR
PC+PELP/CG ou AT ou AR Qto a empresa possui de Dívidas de Curto e Longo Prazos para cada R$ de Capital em Giro, de Ativo Total ou Ativo Real.
CAPITAIS 3) Composição do Endividamento
PC/CT Das dívidas totais da empresa, qto é de curto e quanto é de longo prazo.
De DE
4) Comparação entre o Passívo Circulante o AR
PC/AR
Qto do Ativo da empresa é financiado por Capitais de Terceiros de Curto Prazo.
TERCEIROS 5) Comparação entre o PELP e o IMOBILIZADO (Medida de Estabilidade)
PELP/IMOBILIZADO Qto o das Dívidas de LP da empresa é financiado com Capitais de Terceiros ou, quanto o Imobilizado da empresa garante das dívidas de terceiros a longo prazo.
IMOBILIZAÇÃO DE
1) Comparação ente o AP e o PL
AP/PL INVEST/PL IMOB./PL
Qto do capital Próprio é investido/direcionado para o AP ou, Qto do Permanente é financiado com capital próprio.
Capitais CAPITAIS
2) Imobiliz. Do Capital em Giro/Ativo Real
AP/CG (Capital em Giro) Qto do Investimento Total da empresa é direcionado para o Ativo Permanente.
Capital 1) Próprio ou CCL AC – PC DE 2) Em Giro ou Em
Circulação. PL + CT
GIRO 3) Capital Circulante AC+ARLP
1) Do Capital Nominal LLE/CN ou CNM Qto a empresa obtém de rendimento para cada R$ investido no Capital Social.
RENTABILIDADE
2) Do PL ou TRPL LLE/PLM Qto os sócios da empresa estã o obtendo de retorno para cada R$ investido no PL ou, Qual o Rendimento do PL.
3) Do Capital em Giro LLE/C em Giro Qto a empresa obtém de retorno sobre o capital em giro.
Rentabilidade
4) Do Investimento Total (Ativo) ou TRI
LLE/ATM
Qto é o poder de Ganho da Empresa ou, Qual o rendimento/retorno para os investimentos totais efetuados na cia.
RENTABILIDADE 1) Margem Bruta LB/VL Para cada R$ de Venda, qto a cia ganha para remunerar suas Despesas e Acion/Sóc.
DAS 2) Margem Operacional LO/VL Qto é ganho de LO em cada R$ de Vendas
VENDAS 3) Margem Líquida LL/VL Qto é ganho de LL em cada R$ de Vendas para remunerar os proprietários.
1) Pay-Back 100%/TRPL OU TRI Quantos anos a cia levará para obter de volta o Investimento efetuado no AT ou PL
Quocientes ROTAÇÃO 2) Rotação do Capital Próprio
VL/PL Quantas vezes o Capital próprio foi girado no ano ou, quantas vezes o volume de vendas atingiu o valor do Capital Próprio
DE
3) Rotação do Ativo ou do Ativo Operacional
VL/AT OU VL/Aop Aoper. = AC+ARLP+Aim.
Quantas vezes o Ativo foi girado no período ou, quantas vezes as vendas
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Ou 2) Rotação de Créditos ou PMRV
SMCR/VMD (a prazo) VMD = VB (a prz)/360 Ou VB (a Prz)/SMCR = Indice --> Indice/360 = Prazo.
Quantos dias a empresa espera para receber as suas vendas a prazo ou, qual o prazo médio que ela dá aos seus clientes nas vendas a prazo
MÉDIOS 3) Prazo Médio de Pagamentos (PMP ou PMPC)
FORN. MÉDIOS/CMD CMD = Compras (a Prz)/360
Quantos dias em média, a empresa demora para liquidar suas obrigaçoes.
De 4) QPR PMRV - PMPC Quantos dias favoráveis ou desfavoráveis a empresa possui c/ relação aos seus prazos.
Atividades PMRV/PMPC Qual o posicionamento dos prazos médios adotados pela cia.
1) Do Ativo Total Do Ativo Real Do Capital em Giro
VL/AT VL/AR VL/C em Giro
Quanto o Ativo da Empresa Contribui para a Geração de Receitas ou, quanto o Ativo da Cia está produzindo de receita.
Outros PRODUTIVIDADE 2) Do Ativo Permanente (Medida de Eficiência Produtiva nas Indústrias)
VL/AP VL/INVEST. VL/IMOB.
Qual o percentual de produtividade dos valores permanentes da empresa.
Quocientes
3) Do Ativo Circulante (Medida de Eficiência Produtiva no Comércio)
VL/AC VL/ESTOQUE Médio
Quanto o Ativo Circulante da Empresa está contribuindo para a Geração de Receitas ou, qual o percentual de produtividade deste item do Ativo.
Operacional GAO = Var. % LO/Var. % VL
Qual o crescimento/alavancagem que a empresa obteve com suas operações no período.
Leverage ALAVANCAGEM
Financeira
GAF = LLE/PLM . LLE+DF/ATM
Qual a Vantagem ou Desvantagem que a cia obtém com a Utilização de Capitais de Terceiros, bem como, qual o custo em % dos recursos de terceiros que a cia poderá utilizar sem causar prejuízos ao seu resultado.
Financeira FATOR DE INSOLVÊNCIA
Termômetro De Kanitz
FI = X1 + X2 + X3 –X4 – X5
Determina/Evidencia se a empresa encontra-se em uma Situação Confortável, ou se em uma Situação Indefinida (Penumbra) ou, se já se encontra Falida (Insolvente).
APURAÇÃO DAS NCDG (total)
Pmre+Pmrv * Desp.Gerais 360
Quanto a empresa necessita de capital de giro total (Curto e Longo Prazo)
Análise NECESSIDADES DE
Neces. Suplementar NCD – CC = Nec. Supl. Ond. CC = AC + (ARLP – Créditos c/ Empr. Ligadas)
Qual a necessidade suplementar de capital de giro para a empresa, no curto e longo prazo.
CAPITAL DE GIRO NCDG (Curto Prazo) ACop - PCop Quanto a empresa necessita imediatamente de capital de giro para fazer face às suas obrigações de curto prazo.
Complementar Lucro Liquido Por Ação/Quotas do Capital
LLE/Nr. DE AÇOES Qual o Rendimento por Ação/Quota do Capital Social
AÇÕES
Valor Patrimonial das Ações - VPA
PL/NR. DE AÇÕES Quanto do Patrimônio Líquido refer-se a cada ação.
Preço/Lucro das Ações a) PREÇO DA AÇÃO . LUCRO POR AÇÃO Ou b)LUCRO P/ AÇÃO * 100 PREÇO DAS AÇÕES
a)Qto tempo o Investidor terá de volta o capital investido nas ações . b) Qual o rendimento das ações.
Indicadores de Situação Financeira e Patrimonial ÍNDICE DE ESTRUTURA PATRIMONIALÍNDICE DE ESTRUTURA PATRIMONIALÍNDICE DE ESTRUTURA PATRIMONIALÍNDICE DE ESTRUTURA PATRIMONIAL
• Capital de Terceiros/Capital Próprio = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Patrimônio Líquido
• Composição do Endividamento = Passivo Circulante / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) • Endividamento Geral = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo Total • Imobilização do Capital Próprio = Ativo Permanente / Patrimônio Líquido
• Imobilização dos Recursos Permanentes = Ativo Permanente / (Exigível a Longo Prazo + Patrimônio Líquido) ÍNDICES DE SOLVÊNCIAÍNDICES DE SOLVÊNCIAÍNDICES DE SOLVÊNCIAÍNDICES DE SOLVÊNCIA
• Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a L.P.) / (Passivo Circulante + Exigível a L.P.) • Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
• Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques - Despesas do Exerc. Seguinte) / Passivo Circulante ÍNDICE DE COBERTURAÍNDICE DE COBERTURAÍNDICE DE COBERTURAÍNDICE DE COBERTURA
• Cobertura dos Encargos Financeiros = (Lucro Oper. + Rec. Financ. + Outs Receitas) / Despesas Financeiras
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• Giro do Ativo Fixo = Receita Operacional Líquida / Sld. Médio do Imobilizado
• Giro do Ativo Operacional = Receita Operacional Líquida / Sld. Médio do Ativo Total ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOSÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOSÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOSÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS
• Prazo Médio de Estocagem = Saldo Médio dos Estoques / (Custos das Vendas / 360 dias) • Prazo Médio de Cobrança = Sld. Médio de Duplicatas / [(Receita Oper. Bruta - Devol. e Abatim.) / 360 dias)] • Prazo Médio de pagamento dos fornecedores = Saldo Médio de Fornecedores / (Compras Brutas / 360 dias) Indicadores de Rentabilidade MARGENS DE LUCRATIVIDADE DAS VENDASMARGENS DE LUCRATIVIDADE DAS VENDASMARGENS DE LUCRATIVIDADE DAS VENDASMARGENS DE LUCRATIVIDADE DAS VENDAS
• Margem Bruta = Lucro Bruto / Receita Operacional Líquida
• Margem Operacional = Lucro Operacional / Receita Operacional Líquida
• Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita Operacional Líquida
• Mark-up Global = Lucro Bruto / Custo das Vendas TAXAS DE RETORNOTAXAS DE RETORNOTAXAS DE RETORNOTAXAS DE RETORNO
• Retorno sobre Ativo Operacional = Lucro Operacional / Saldo Médio do Ativo Operacional • Retorno sobre Investimento Total = Lucro Líquido / Saldo Médio do Ativo Total • Retorno sobre o Capital Próprio = Lucro Líquido / Saldo Médio Ajustado do Patrimônio Líquido Indicadores de Avaliação das AçõesIndicadores de Avaliação das AçõesIndicadores de Avaliação das AçõesIndicadores de Avaliação das Ações
• Valor Patrimonial da Ação ($) = Patrimônio Líquido / Nº de Ações Emitidas
• Lucro por Ação (LPA) ($) = Lucro Líquido / Nº de Ações Emitidas • Dividendo por Ação ($) = Dividendos Propostos / Nº de Ações Emitidas
• Cobertura dos Dividendos Preferenciais (Nº de vezes) = Lucro Líquido / Total dos Dividendos Preferenciais
• Preço / Lucro (Nº de vezes) = Cotação da Ação / Lucro por Ação
• Pay-Out - Taxa de distribuição dos lucros (%) = Dividendo por Ação / Lucro por Ação Cash Yield - Taxa de recuperação do investimento (%) = Dividendo por Ação / Cotação da Ação ANÁLISE VERTICAL X ANÁLISE HORIZONTANÁLISE VERTICAL X ANÁLISE HORIZONTANÁLISE VERTICAL X ANÁLISE HORIZONTANÁLISE VERTICAL X ANÁLISE HORIZONTALALALAL Os Percentuais da análise vertical medem participações:
• dos elementos patrimoniais no ativo e no passivo (ou de cada conta em relação ao total do seu grupo operacional); • dos custos, despesas e outros elementos do resultado em relação à receita operacional líquida; e
dos elementos que modificam o capital circulante líquido (CCL).
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EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO 1) Dentro dos aspectos estritamente de uma análise contábil, pode-se indicar como certa: a) A análise das estruturas dos custos de produção e vendas; b) A análise das aplicações dos recursos em ativos circulantes e permanentes; c) A análise das receitas obtidas pela empresa; d) A análise dos custos de produção e dos produtos vendidos. 2) O grau de endividamento de uma empresa: a) explicita uma situação indesejável para qualquer tipo de empresa; b) indica que os ativos imobilizados não estão cobertos pelo patrimônio da empresa; c) é calculado pela relação entre o ativo circulante e o patrimônio líquido; d) diminui, em geral, com o aumento da participação relativa do patrimônio líquido no ativo total. 3) Uma empresa tem ativo circulante de R$ 1.800.000,00 e passivo circulante de R$ 700.000,00. Se fizer uma aquisição extra de mercadorias, a prazo, na importância de 400.000,00 , seu índice de liquidez corrente será de : a) 3,1 b) 2,6 c) 4,6 d) 2,0 4) O índice de imobilização do patrimônio líquido mostra: a) quantos cruzeiros a empresa imobilizou para cada cruzeiro do patrimônio líquido; b) quantos cruzeiros a empresa imobilizou para cada cruzeiro de recursos totais a longo prazo; c) quanto a empresa pode imobilizar sem comprometer a sua situação financeiras; d) quanto a empresa terá imobilizar para atingir um lucro razoável sobre o patrimônio líquido. 5) Uma empresa com índice de liquidez corrente igual a 0,80: a) está falida b) não consegue pagar suas dívidas c) deve providenciar urgentemente uma redução simultânea de mesma importância no Ativo e Passivo Circulante. d) dependendo de outros fatores, pode ser capaz de pagar suas dívidas sem problemas. 6)Para efeito de análise de balanço as Duplicatas Descontadas devem ser reclassificadas no Balanço Patrimonial em qual a grupo de contas : a) como exigibilidade; b) como ativo circulante; C) como dedução no ativo circulante; d) nenhuma das alternativas anteriores; 7) O termo de atividade onde é comum um elevado grau de imobilização do ativo é : a) Supermercado b) joalheria c) transportadora d) comércio de tecidos 8) Correlacionar os indicadores a seguir apresentados em exercícios sucessivos, por determinada empresa comercial, marcando a tendência mais provável: AP ---- = 0,75 0,55 0,45 PL AC ----- = 0,80 1,35 1,65 PC A) Há indícios de maior utilização de recursos próprios no financiamento o ativo circulante b) Há indícios de aumento de aplicação em ativos permanentes com a utilização de recursos de terceiros a longo prazo. c) Há indícios de aumento da capacidade financeira da empresa a curto prazo, em decorrência do crescimento de sua lucratividade. d) Há indícios de redução no volume de capital circulante líquido. 9) Considerando os indicadores da seguir, em três exercícios consecutivos, marque a tendência mais provável para certa empresa comercial. AP ------ = 0,45 0,60 0,80 PL A) A empresa está apresentando total independência financeira b) Há indícios de redução no volume de capital de giro próprio. c) Há indícios da existência de recursos de terceiros no financiamento do ativo permanente d) Há clara indicação de capital de giro negativo
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11) Assinale a tendência mais provável para determinada empresa comercial: DISP CX/BANCOS --------- = 0,30 0,90 1,30 ------------------- = 0,28 0,25 0,25 PC PC a) há indícios de dificuldades financeiras a curto prazo b) há indícios de superinvestimento em estoque de mercadorias c)há indícios de elevado nível de insolvência d) há indícios de elevada aplicação financeira no mercado aberto 12) Considerando os indicadores a seguir, marque a tendência mais provável para determinada empresa comercial: DISP+ CRED A CURTO PRAZO -------------------------------------------- = 1,30 0,60 0,45 PASSIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE ‘--------------------------- = 1,80 2,10 3,20 PASSIVO CIRCULANTE a) há indícios de maior utilização de recursos de terceiros a curto prazo b) há indícios de excelentes resultados financeiros , em função dos reduzidos investimentos em imobilizado. c) há indícios de aumento do grau de endividamento da empresa a curto prazo d) há indícios de elevação no volume de investimentos em estoques 13) Considerando os indicadores a seguir, marque a tendência mais favorável para determinada empresa comercial: AC ------ = 1,30 1,90 2,40 PC AC + ARLP ---------------- = 1,80 1,20 1,00 PC + PELP a) a empresa vem utilizando recursos de terceiros a longo prazo p/financiamentos do ativo circulante b) há indícios de utilização de recursos de terceiros a longo prazo no financiamento do ativo circulante c) há indícios de redução nas aplicações a curto prazo , em face da retratação do volume de capital circulante líquido d) parece estar ocorrendo uma perda gradativa da capacidade financeira da empresa a curto prazo, em função do aumento considerável de suas exigibilidades imediatas. 14) Quando o quociente imobilizado sobre o patrimônio líquido apresenta um índice maior do que 1, podemos dizer que a situação normalmente, não é das mais favoráveis, visto que: a) a empresa não tem recursos próprios suficientes para financiar , pelo menos, o seu imobilizador; b) a empresa pagará juros elevados; c) a empresa não terá lucro ,pois o volume da depreciação é elevado; d) haverá excesso de retirada pro-labore. 15) A regularidade de comportamento dos diversos itens das demonstrações financeiras é sinal de : a) insegurança da administração; b) uma elevação do risco empresarial; c) manutenção das condições empresariais; d) nenhuma das alternativas anteriores.
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ANEXOS
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Destaques Financeiros R$ R$ Índices Fórmulas 31-dez-05 31-dez-04
Imediata DISP / PC (Ativo disponível/Passivo Circulante) Corrente AC / PC (Ativo Circulante/Passivo Circulante) Seca (AC - EST) / PC (Ativo Circ-Estoques/Passivo Circ) Geral AC + ARLP / PC + PELP
Liquidez
Considerações: A Liquidez tem como objetivo demonstrar a capacidade de pagamento das obrigações da empresa, tanto a curto quanto médio ou a longo prazos.
Geral (Part. Cap.de Terceiros) CT / RT (Capitais de Terceiros/Recursos Totais) Longo Prazo ELP / RT (Exigível a longo prazo/Recursos Totais) Financeiro / Oneroso PCF / RT (Pass. Circ. Financeiro/Recursos Totais) Qualidade/Comp. Endividamento PC / CT (Pass. Circ./Capitais de Terceiros)
Endividamento
Considerações: Os indices de endividamento demonstram o quanto a empresa possui de dívidas com terceiros, o quanto o patrimônio da empresa está comprometido com obrigações.
Paticipação Capitais
Próprios PL/ RT (Lucro Líquido/Recursos Totais) Capacidade de Pagamento LL / CT (Patrimônio Líquido/Capitais de Terceiros)
Capitais Próprios
Considerações: Representa o quanto de recursos próprios os sócios investem nas atividades operacionais da empresa
ROI/Taxa Retorno de Investimento LL / AT (Lucro Líquido/ Ativo Total) Pay Back 100% / ROI Retorno PL/Taxa Retorno do PL LL / PL (Lucro Líquido/Patimônio Líquido) Pay Back 100% / TRPL Margem Bruta LB / VL (Lucro Bruto/Vendas Líquidas) Margem Líquida LL / VL (Lucro Líquido/Vendas Líquidas)
Rentabilidade
Margem Operacional LO / VL (Lucro Operacional/Vendas Líquidas)
Estrutura e Análise de Balanços Prof. Benedito Albuquerque da Silva
51
Considerações:
Tais indices revelam o retorno do investimento total investido (ativo) e daqueles investidos pelos sócios (patrimônio líquido), o tempo de retorno, bem como, as margens de lucro apresentadas e praticadas pela empresa.
Grau de Alavancagem Financeira (LLE/PLm)/((LLE+DESP FIN)/ATm)
GAF
Considerações: A alavancagem tem como objetivo demonstrar se os recursos utilizados pela empresa estão sendo benéficos ou prejudiciais aos seus resultados.
Fator de Insolvência X1 0,05 (LL / PL) x 0,05 X2 1,65 Liquidez Geral x 1,65 X3 3,55 Liquidez Seca x 3,55 X4 1,06 Liquidez Corrente x 1,06 X5 0,33 (PC + ELP / PL) x 0,33
Índice de Solvência de Kanitz X1 + X2 + X3 - X4 - X5
Combinados Considerações:
Este é um modelo de previsão de falências desenvolvido pelo Prof. Sthepen Kanitz, cujo objetivo é verificar e avaliar a capacidade que a empresa possui de liquidar dívidas, comparando-os com a sua rentabilidade e utilização de capitais de terceiros.
Destaques Financeiros R$ R$ Índices Fórmulas 31-dez-05 31-dez-04
Giro de Estoque CMV/ESTm (Custo Merc. Vendida/Estoque Médio)
Giro do Ativo Total VL/ATm (Vendas líquidas/Ativo Total Médio)
PMRE (EST/CMV) x 360 (Em dias) Estoque/Custo Merc Vend
PMRV (DR/VL) x 360 (Em dias) Dupl. Receb./Vendas Líquidas
Ciclo Operacional PMRE + PMRV (Em dias)
PMPC (FN. / CP) x 360 (Em dias) (Fonecedores/Compras)
Ciclo de Caixa PMRE + PMRV - PMPC (Em dias)
Atividades
Considerações: Os indices de atividade revelam os prazos médios praticados pela empresa.
Estrutura e Análise de Balanços Prof. Benedito Albuquerque da Silva
52
% Desp. Operacional D.O. / VL (Desp. Operacional/Vendas Líquidas)
% Desp. Administrativa D.A. / VL (Desp. Administrativas/Vendas Líquidas)
% Desp. Com Vendas D.V. / VL (Desp. Com Vendas/Vendas Líquidas) % Invest + Imobilizado INV+IMOB/VL Invest+imobilizado/Vendas Líquidas % Rec. Financeira REC. FIN. / VL (Receitas Financ./Vendas Líquidas) % Desp. Financeira DESP FIN/VL (Despesas Financ./Vendas Líquidas) % EBITDA (LAJIDA) L.O.+JUROS+DEPREC.+AMORT/VENDAS LÍQUIDAS Mark-up Global VL / LB (Vendas Líquidas/Lucro Bruto)
Gerenciamento
Considerações São indices que revelam dados gerenciais para acompanhamento interno pela organização.
Número de Funcionários Vendas por Funcionários VENDAS LÍQUIDAS / FUNCIONÁRIOS Desp. Oper. Por Func. D.O. / FUNCIONÁRIOS Lucro Oper. Por Func. L.O. / FUNCIONÁRIOS Produtividade
Considerações Revelam a produtividade dos diversos itens que compõem o patrimônio, bem como, o resultado do exercicio da empresa.
Numero de Lojas Funcionários por Lojas FUNCIONÁRIOS / LOJAS Vendas por Lojas VENDAS LÍQUIDAS / LOJAS Desp. Oper. por Lojas D.O. / LOJAS Desp. Adm. por Lojas D.A. / LOJAS Lucro Oper. por Lojas L.O. / LOJAS
Desempenho
Considerações São dados estratégicos e gerenciais que podem ser obtidos através da análise e observação das demonstrações contábeis
BICICLETAS MONARK S.A.
RELATÓRIO SOBRE O EXAME DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Administradores e Acionistas Bicicletas Monark S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais (controladora e consolidado) da Bicicletas Monark S.A. em 31 de dezembro de 2006 e 2005 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido (somente controladora) e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da companhia e de suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia e de suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira (controladora e consolidado) da Bicicletas Monark S.A. em 31 de dezembro de 2006 e 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
São Paulo, 16 de março de 2007
MOORE STEPHENS LIMA LUCCHESI
Auditores Independentes CRC 2 SP 015.045/O-0
Sergio Lucchesi Filho Contador
CRC – 1SP 101.025/O-0
BICICLETAS MONARK S.A.
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BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 (Em milhares de Reais)
A T I V O
2006 2005 2006 2005CIRCULANTE
Disponibilidades 726 1.272 820 1.646 Aplicações financeiras (Nota 4) 76.139 43.697 152.804 118.546 Investimentos temporários (Nota 14) 734 - 734 - Contas a receber de clientes (Nota 6) 9.738 28.421 10.749 30.706 Estoques (Nota 5) 4.445 17.975 6.102 20.064 Impostos diferidos (Nota 7) 596 850 596 850 Impostos a recuperar (Nota 8) 6.936 10.830 8.864 12.868 Outros créditos 534 290 593 482
Total do circulante 99.848 103.335 181.262 185.162
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Depósitos por incentivos fiscais - - 33 33 Impostos diferidos (Nota 7) 2.312 1.734 2.312 1.734 Impostos a recuperar (Nota 8) 325 700 325 700 Investimentos temporários 551 - 551 -
3.188 2.434 3.221 2.467
PERMANENTE Investimentos Em controladas (Nota 9) 68.513 69.069 - - Outros - 1.285 12 1.297 Imobilizado (Nota 10) 22.546 24.380 23.263 25.223 Diferido 323 - 323 -
91.382 94.734 23.598 26.520
Total do não circulante 94.570 97.168 26.819 28.987
Total do ativo 194.418 200.503 208.081 214.149
Controladora Consolidado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
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3
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 (Em milhares de Reais)
P A S S I V O
2006 2005 2006 2005CIRCULANTE
Fornecedores e contas a pagar 1.974 3.625 2.011 3.388 Salários e encargos sociais 353 1.297 502 1.445 Impostos a pagar 3.752 5.695 5.555 7.914 Dividendos a pagar 11.547 11.982 11.761 12.054 Juros sobre capital próprio a pagar 273 273 273 273
Total do circulante 17.899 22.872 20.102 25.074
NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (Nota 11) Imposto de renda diferido 313 335 313 335 Provisão para contingências 6.265 4.564 6.260 4.564
Total do não circulante 6.578 4.899 6.573 4.899
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS - - 1.121 1.121
PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS - - 10.343 10.303
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 12)
Capital social 122.403 110.778 122.403 110.778 Reservas de lucros 36.931 50.329 36.931 50.329 Lucros acumulados 10.607 11.625 10.608 11.645
169.941 172.732 169.942 172.752
Total do passivo e patrimônio líquido 194.418 200.503 208.081 214.149
Controladora Consolidado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
(Em milhares de Reais, exceto o lucro líquido por ação)
2006 2005 2006 2005RECEITA OPERACIONAL Vendas de produtos 78.194 117.008 80.019 125.439 Imposto faturado (6.390) (9.589) (6.390) (9.593) Devoluções e impostos sobre vendas (10.575) (14.147) (10.931) (15.640)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 61.229 93.272 62.698 100.206
Custo dos produtos vendidos (46.924) (73.375) (48.240) (78.830)
LUCRO BRUTO 14.305 19.897 14.458 21.376
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Com vendas (6.119) (10.699) (6.464) (11.993) Gerais e administrativas (8.599) (5.230) (9.949) (6.307) Honorários dos administradores (547) (454) (598) (512) Depreciação (36) (34) (76) (99) Receitas financeiras 9.378 9.118 16.454 16.961 Despesas financeiras (345) (817) (1.927) (4.599) Equivalência patrimonial (Nota 9) 2.024 951 - - Outras receitas operacionais 1.584 507 1.949 998
LUCRO OPERACIONAL 11.645 13.239 13.847 15.825
Receitas não operacionais líquidas 203 581 203 582
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E PARTICIPAÇÕES 11.848 13.820 14.050 16.407
Imposto de renda e contribuição social (Nota 13) (2.990) (4.311) (4.742) (6.462) Participação dos empregados (117) (265) (117) (265) Participação dos administradores (230) (230) (230) (230)
LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOSMINORITÁRIOS 8.511 9.014 8.961 9.450
Participação dos minoritários - - (469) (465)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 8.511 9.014 8.492 8.985
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (com base nas ações em circulação no fim do exercício)-em R$ 18,72 19,82
Controladora Consolidado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
5
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA CONTROLADORA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
(Em milhares de Reais)
Reserva ReservaCapital Reserva de lucros para gastos Lucrossocial Legal a realizar de capital acumulados Total
Saldos em 31 de dezembro de 2004 99.535 12.251 16.537 35.954 11.243 175.520
Aumento do capital subscrito-AGE/AGO-29/04/2005 11.243 - - - (11.243) -Ajuste de exercícios anteriores - - - - 21 21Lucro líquido do exercício - - - - 9.014 9.014Realização da reserva para gastos de capital - - - (14.863) 14.863 -Reserva legal - 450 - - (450) -Dividendos propostos (R$ 26,00 por ação) - - - - (11.823) (11.823)
Saldos em 31 de dezembro de 2005 110.778 12.701 16.537 21.091 11.625 172.732
Aumento do capital subscrito-AGE/AGO-28/04/2006 11.625 - - - (11.625) -Ajuste de exercícios anteriores - - - - 66 66Lucro líquido do exercício - - - - 8.511 8.511Realização da reserva para gastos de capital - - - (13.824) 13.824 -Reserva legal - 426 - - (426) -Dividendos propostos (R$ 25,00 por ação) - Nota 12 - - - - (11.368) (11.368)
Saldos em 31 de dezembro de 2006 122.403 13.127 16.537 7.267 10.607 169.941
Reservas de lucros
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
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DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
(Em milhares de Reais)
2006 2005 2006 2005
ORIGENS DOS RECURSOS
Das operações
Lucro líquido do exercício 8.511 9.014 8.492 8.985
Ajuste de exercícios anteriores 66 21 66 21
Itens que não representam movimentação do
capital circulante:
Depreciação 1.280 1.532 1.406 1.800
Equivalência patrimonial (2.024) (951) - -
Imposto de renda e contribuição social
diferidos - ativo (578) (131) (578) (131)
Imposto de renda e contribuição social
diferidos - passivo (22) (79) (22) (79)
Impostos a recuperar 375 (117) 375 (117)
Custo da venda dos bens do imobilizado 715 164 715 164
Provisão para contingências cíveis 500 300 500 300
Provisão para contingências trabalhistas 1.200 85 1.200 85
10.023 9.838 12.154 11.028
De terceiros
Inversão de créditos em investimentos 1.285 - 1.285 -
Redução do realizável a longo prazo 72 1.199 72 1.199
Dividendos recebidos 2.580 2.129 - -
Variação na participação dos minoritários - - 40 136
Total das origens 13.960 13.166 13.551 12.363
APLICAÇÕES DE RECURSOS
Acréscimos no realizável a longo prazo 622 193 627 193
Adições ao imobilizado 161 620 161 753
Despesas diferidas 323 - 323 -
Dividendos propostos 11.368 11.823 11.368 11.823
Total das aplicações 12.474 12.636 12.479 12.769
1.486 530 1.072 (406)
VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE
Ativo circulante 99.848 103.335 181.262 185.162
Passivo circulante (17.899) (22.872) (20.102) (25.074)
Capital circulante final 81.949 80.463 161.160 160.088
Capital circulante inicial (80.463) (79.933) (160.088) (160.494)
ACRÉSCIMO (DECRÉSCIMO) NO CAPITAL CIRCULANTE 1.486 530 1.072 (406)
Controladora Consolidado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
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BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 (Em Milhares de Reais)
ATIVO CONTROLADORA CONSOLIDADO 2006 2005 2006 2005 CIRCULANTE 1.132 477 1.132 477 Disponível 1 1 1 1 Contas a Receber de Clientes 700 12 700 12 Estoques 32 23 32 23 Empréstimos a Empregados 142 234 142 234 Despesas Exercício Seguinte 197 198 197 198 Outras Contas a Receber 60 9 60 9 NÃO CIRCULANTE 1.606 9.328 1.606 9.328 Realizável a Longo Prazo Depósitos Judiciais 1.172 890 1.172 890 Investimentos em Controladas 0 7.961 0 7.961 Outros 114 114 114 114 Imobilizado Liquido 320 363 320 363 TOTAL DO ATIVO 2.738 9.805 2.738 9.805
BICICLETAS CALOI S.A.
COMPANHIA ABERTA - CNPJ Nº 56.994.924/0001-05
8
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 (Em Milhares de Reais)
PASSIVO
CONTROLADORA CONSOLIDADO 2006 2005 2006 2005 CIRCULANTE 113.898 107.929 113.898 107.929 Debêntures 112.241 106.370 112.241 106.370 Fornecedores Nacionais 33 18 33 18 Dividendos a Pagar 20 20 Salários e Contribuições Sociais 398 808 398 808 Impostos a Recolher 510 432 510 432 Demais Contas a Pagar 716 281 716 281 NÃO CIRCULANTE 103.754 96.756 103.754 96.756 Impostos a Recolher e Encargos Sociais – REFIS 80.378 75.754 80.378 75.754 Contas a Pagar a Controladas/Controladores 7.046 7.505 7.046 7.505 Impostos a Recolher 1.206 1.206 Provisão para Contingências 15.124 13.497 15.124 13.497 PASSIVO A DESCOBERTO (214.914) (194.880) (214.914) (194.880) Capital Social Integralizado 67.063 67.063 67.063 67.063 Reserva de Capital 52 52 52 52 Reserva de Reavaliação 2.518 2.570 2.518 2.570 Prejuízos Acumulados (284.547) (264.565) (284.547) (264.565) TOTAL DO PASSIVO E DO PASSIVO A DESCOBERTO 2.738 9.805 2.738 9.805
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005
(Em Milhares de Reais)
CONTROLADORA CONSOLIDADO 2006 2005 2006 2005 RECEITA BRUTA DE VENDAS 13.687 11.643 13.687 11.643 IMPOSTOS SOBRE VENDAS (1.311) (1.184) (1.311) (1.184) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 12.376 10.459 12.376 10.459 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (7.569) (7.957) (7.569) (7.957) LUCRO BRUTO 4.807 2.502 4.807 2.502 (DESPESAS)/RECEITAS OPERACIONAIS (27.707) (11.948) (27.707) (12.021) Com Vendas (279) (319) (279) (319) Gerais e Administrativas (480) (371) (480) (444) Depreciação e Amortização (1) (10) (1) (10) Despesas Financeiras (14.760) (12.771) (14.760) (12.771) Outras Despesas Operacionais (12.187) 1.523 (12.187) 1.523 PREJUÍZO OPERACIONAL ANTES DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS (22.900) (9.446) (22.900) (9.519)PREJUÍZO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS (3.507) (2.305) (3.507) (2.232) PREJUÍZO OPERACIONAL (26.407) (11.751) (26.407) (11.751)RESULTADO NÃO OPERACIONAL 6.373 (6) 6.373 (6) PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (20.034) (11.757) (20.034) (11.757)Prejuízo por Lote de 1.000 ações - R$ (0,2859) (0,3100)
10
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005
(Em Milhares de Reais)
CONTROLADORA CONSOLIDADO 2006 2005 2006 2005 ORIGENS DOS RECURSOS De Terceiros 3.192 376 3.192 376 Decréscimo no Realizável a Longo Prazo 18 114 18 114 Acréscimo no Exigível a Longo Prazo 3.174 262 3.174 262 TOTAL DAS ORIGENS 3.192 376 3.192 376 APLICAÇÕES DOS RECURSOS Nas Operações Sociais (Prejuízo Ajustado) 5.686 110 5.686 190 Acréscimo no Realizável a Longo Prazo 275 109 275 109 Decréscimo no Exigível a Longo Prazo 2.210 11.019 2.210 11.019 Transferência do Exigível a Longo Prazo para o Circulante 335 1.051 335 1.051 TOTAL DAS APLICAÇÕES 8.506 12.289 8.506 12.369 REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE (5.314) (11.913) (5.314) (11.993) DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE No Final do Exercício 1.132 477 1.132 477 No Início do Exercício 477 627 477 707 655 (150) 655 (230)PASSIVO CIRCULANTE No Final do Exercício 113.898 107.929 113.898 107.929 No Início do Exercício 107.929 96.166 107.929 96.166 5.969 11.763 5.969 11.763 REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (5.314) (11.913) (5.314) (11.993)
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CONTROLADORA CONSOLIDADO 2006 2005 2006 2005 DEMONSTRAÇÃO DO PREJUÍZO AJUSTADO DO EXERCÍCIO: Prejuízo do Exercício 20.034 11.757 20.034 11.757 Despesas que não Afetam o Capital Circulante: Resultado de Participações Societárias (3.507) (2.305) (3.507) (2.232) Depreciações e Amortizações (43) (163) (43) (163) Baixas de Imobilizado 0 0 0 0 Baixas de Investimentos (4.454) 0 (4.454) 0 Variações Monetárias e Cambiais Líquidas 0 (7) 0 0 Variações Monetárias do Realizável a Longo Prazo 25 40 25 40 Variações Monetárias e Cambiais Líquidas de Longo Prazo (6.369) (9.212) (6.369) (9.212) PREJUÍZO AJUSTADO (transferido para aplicações) 5.686 110 5.686 190
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PASSIVO A DESCOBERTO
(Em Milhares de Reais) CAPITAL RESERVA DE CAPITAL RESERVA DE PREJUÍZOS TOTAL SOCIAL DOAÇÕES E RESERVA DE REAVALIAÇÃO EM ACUMULADOS SUBVENÇÕES REAVALIAÇÃO CONTROLADA SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.004 67.063 52 0 2.625 (252.863) (183.123) Reavaliação em Controlada/Coligada 0 (55) 55 0 Prejuízo do Exercício 0 (11.757) (11.757)SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.005 67.063 52 0 2.570 (264.565) (194.880)Realização de Res. de Reav. Controlada 0 (52) 52 0 Prejuízo do Exercício 0 (20.034) (20.034) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 67.063 52 0 2.518 (284.547) (214.914)
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“PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES”
Ilmos. Srs. Administradores e Acionistas da BICICLETAS CALOI S/A 1. Examinamos os Balanços Patrimoniais Individual (controlada) e Consolidado de
Bicicletas Caloi S.A , em 31 de dezembro de 2006 e 2005, e as respectivas Demonstrações de Resultado, das Mutações do Passivo a Descoberto (controlada) e das Origens e Aplicações de Recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre essas Demonstrações Contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as Normas de Auditoria Aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; b) A constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e c) A avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião as Demonstrações Contábeis referidas no Parágrafo Primeiro representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira individual e consolidada de Bicicletas Caloi S.A em 31 de dezembro de 2006 e 2005, o resultado de suas operações, as mutações do seu passivo a descoberto e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as Práticas Contábeis adotadas no Brasil.
4. As Demonstrações Contábeis foram preparadas no pressuposto de continuidade normal dos negócios da Companhia. A Companhia tem sofrido contínuos prejuízos operacionais e apresentado passivo a descoberto, fatores estes que geram dúvidas quanto à possibilidade de continuar em operação. Conforme descrito na nota explicativa nº 6, a Administração está dando seqüência ao seu plano de equacionamento do exigível financeiro, objetivando a manutenção da continuidade normal dos negócios. As Demonstrações Contábeis não incluem quaisquer ajustes relativos à realização e classificação de valores de ativos ou de passivos, que seriam requeridos na impossibilidade de a Companhia continuar operando.
5. Conforme mencionado na Nota 14 - Fato Relevante, as ações de participação na Sociedade Coligada Caloi Norte S.A, foram alienadas à respectiva Sociedade Coligada, conforme Instrumento Particular de Confissão de Dívida, datado de 01/11/2006, que foi protocolado na CVM – Comissão de Valores Mobiliários em 04/01/2007, não havendo mais investimento de Bicicletas Caloi S/A. naquela sociedade.
São Paulo, 23 de Março de 2007.