estrutura curricular. diretrizes curriculares nacionais. joaquim edson vieira cedem – centro para...

51
Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

105 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Estrutura curricular.Diretrizes Curriculares Nacionais.

Joaquim Edson VieiraCEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação

Médica.FMUSP – março 2006

Page 2: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Estrutura Curricular.Diretrizes Curriculares Nacionais

Objetivos desta apresentação

• Contexto histórico resulta em Diretrizes.– Flexner vs Integralidade.

– Diretrizes em Saúde.

• Apresentação do Currículo FMUSP como “modelo”.– Conhecimentos em medicina e “Desospitalização”.

– Currículo Nuclear e sua evolução 1998-2005.

• Investigação na FMUSP sobre Diretrizes.– Alunos de graduação.

• O Planejamento Curricular...

© JEV 2006

Page 3: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Relatório Flexner (1910)• Regulamentar a diversidade da formação médica.

– Hospital equivalente ao laboratório– Dados “trancados” no paciente para serem “investigados”.

– Estudo do “progresso da natureza” combinado com terapêutica.

– Professores com prática clínica (MODELO)– Associação Escola médica - Hospital.

– Retorno à sociedade: melhor prática = maior confiança.

Diretrizes Curriculares NacionaisHistórico: modelo Flexneriano.

© JEV 2006

Page 4: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

– Prática ou atitude do médico• Recusa em reduzir o paciente ao aparelho biológico.

– Reconhece outras necessidades de ações em saúde.

» FATORES DE RISCO, MED. BASEADA EVID.

– Organização de Serviços• Princípio de assimilar necessidade local

– Política de Estado• Ação em saúde deve corresponder à resolução

Diretrizes Curriculares NacionaisIntegralidade - definição

Pinheiro R, Mattos RA. Os Sentidos da Integralidade. 2001© JEV 2006

Page 5: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Diretrizes– Aponta perfil do

profissional– Valoriza processo de

formação

• Implica:– Projeto Pedagógico

institucional– Formação didática e

pedagógica

• Currículo mínimo– Necessidade profissional

do/para mercado– Valoriza produto final

(formando)

• Implica: – Disciplinas e conteúdos

das áreas– Especialistas

Diretrizes Curriculares Nacionais

© JEV 2006

Page 6: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• As Diretrizes prevêem que profissionais da medicina tenham formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano.

Diretrizes Curriculares Nacionais http://www.abem-educmed.org.br/dir_med_2001.htm

© JEV 2006

Page 7: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Competências e habilidades gerais:– Atenção à saúde.

• Promoção, proteção, prevenção, reabilitação.– Individual e coletivo.

– Tomada de decisão.• Uso, eficácia e custo-efetividade.

– Comunicação.– Liderança.– Administração e Gestão.– Educação permanente.

Diretrizes Curriculares NacionaisArtigo 4º

© JEV 2006

Page 8: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• I - conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados...

• II - compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúde-doença;

• III - abordagem do processo saúde-doença do indivíduo e da população... determinação, ocorrência e intervenção;

• IV - compreensão e domínio da propedêutica médica... compreensão ética, psicológica e humanística da relação médico-paciente;

• V - diagnóstico, prognóstico e conduta terapêutica nas doenças... em todas as fases do ciclo biológico... prevalência, letalidade, potencial de prevenção e importância pedagógica; e

• VI - promoção da saúde e compreensão dos processos fisiológicos... gestação, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento e... morte, atividades físicas, desportivas e as relacionadas ao meio social e ambiental.

Diretrizes Curriculares NacionaisArtigo 6º - CONTEÚDOS

© JEV 2006

Page 9: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Estágio curricular obrigatório de treinamento em serviço, em regime de internato, em serviços próprios ou conveniados, e sob supervisão direta dos docentes da própria Escola/Faculdade. A carga horária mínima do estágio curricular deverá atingir 35% (trinta e cinco por cento) da carga horária total do Curso de Graduação.

• Enfermagem: estágio supervisionado, … participação dos enfermeiros do serviço de saúde... carga horária mínima... 20% do total do Curso.

• Fisioterapia: supervisão docente... 20% do total do Curso.• Fonoaudiologia: idem.• Nutrição: ibidem.• Psicologia: estágios diferenciados (bacharel, professor, psicólogo) sem

determinação de carga horária.

– Primeiro, segundo e terceiro níveis de atenção em cada área.

Diretrizes Curriculares NacionaisArtigo 7º

© JEV 2006

Page 10: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Atividades complementares: Monitorias e estágios; programas de iniciação científica; programas de extensão; estudos complementares e cursos realizados em outras áreas afins.

• Projeto pedagógico: Centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem... buscar a formação integral e adequada do estudante por meio de uma articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão e assistência.

• [NO FINAL DO ARTIGO 5º]: • sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra-referência e o

trabalho em equipe.

Diretrizes Curriculares NacionaisArtigos 8º e 9º

© JEV 2006

Page 11: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• I - Ter como eixo curricular as necessidades de saúde dos indivíduos e das populações...

• II - ...participação ativa do aluno na construção do conhecimento e a integração entre os conteúdos... estimular a interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão/assistência;

• III - incluir dimensões éticas e humanísticas...orientados para a cidadania;

• IV -integração e a interdisciplinaridade... dimensões biológicas, psicológicas, sociais e ambientais;

• V - inserir o aluno precocemente em atividades práticas• VI - utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem• VII - ...interação ativa do aluno com usuários e profissionais de

saúde desde o início de sua formação... assumindo responsabilidades crescentes... que se consolida na graduação com o internato; e

• VIII – vincular (integração ensino-serviço) a formação médico-acadêmica às necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS.

Diretrizes Curriculares NacionaisArtigo 12 - Estrutura

© JEV 2006

Page 12: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Reforma Curricular 1998Faculdade de Medicina da USP

• Área Nuclear (disciplinas obrigatórias),

corresponde(ria), do primeiro ao quarto ano, a 70 a

75% das atividades – 7 períodos da semana.

• Área Complementar (disciplinas optativas),

corresponde(ria) até 30% - 3 períodos semanais.

– “Áreas verdes”.

© JEV 2006

Page 13: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Reforma Curricular 1998

Faculdade de Medicina da USP

• Área Nuclear (disciplinas obrigatórias), corresponde(ria),

do primeiro ao quarto ano, a 70 a 75% das atividades – 7

períodos da semana.

• Área Complementar (disciplinas optativas),

corresponde(ria) até 30% - 3 períodos semanais.

– “Áreas verdes”.

• Porque adotar um modelo com disciplinas eletivas?

© JEV 2006

Page 14: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Investimento de tempo em horas (10.000 h)Termos: medicine (review) - 2 horas por artigo

http:www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi [English]

5.52

0.200.31

1.670.12

1.173

2.048 3.439

5.866 7.653

-

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

1966-74 1975-84 1985-94 1995-2004 2004

Período

Tem

po

de

um

cu

rso

m

édic

o (

6 an

os)

Quantos anos para obter conhecimentos?Pesquisa com descritor “Medicine” somente para REVIEW

http:www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi [English]

Curso médico “padrão” com 10.000 horas. Para cada REVISÃO considerar 2 HORAS de estudo.

Pub Med: 1995-2004 = 27598 artigos. ERIC (philosophy): 9801 artigos. J. Immunol – número de páginas/vol

© JEV 2006

Page 15: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Quantos anos para manter conhecimentos?Pesquisa com termos descritores na Fisiopatologia da Asma

bronchospasm/asthma E inflammatory-asthma/asthma

Evolução publicações - Fisiopatologia da Asma

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

1966-73 1974-83 1984-93 1994-2003

Espasmo

Inflamação

Espasmo: tratamento “único”, não controla doença = novos espasmos!!

Inflamação: tratamento mantido, controla doença = melhor qualidade de vida.

© JEV 2006

Page 16: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Desospitalização.The ecology of medical care revisited.

N Engl J Med, Vol. 344, No. 26 · June 28, 2001

1000

800

217

8

1 ou <1

H.U.

1961 1996

Hospital

© JEV 2006

Page 17: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Reforma CurricularFaculdade de Medicina da USP

• Área Nuclear (disciplinas obrigatórias),

corresponde(ria), do primeiro ao quarto ano, a 70 a

75% das atividades – 7 períodos da semana.

• Área Complementar (disciplinas optativas),

corresponde(ria) até 30% - 3 períodos semanais.

– “Áreas verdes”.

• Porque adotar um modelo com disciplinas eletivas?

© JEV 2006

Page 18: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

INTEGRADONuclear Eletiva Nuclear Eletiva Nuclear Eletiva Nuclear

* com tempo as eletivas têm seu tempo reclamado pelas nucleares.

Currículo NuclearModelos

CONCORRENTENuclear

Eletivas

* há competição entre as ofertas de disciplinas nucleares e eletivas, o tempo não é protegidopara eletivas.

Harden RM Davis M. AMEE Education Guide #5, 2001© JEV 2006

Page 19: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

SEQUENCIAL - cicloNuclear Eletiva Nuclear Eletiva Nuclear Eletiva

* modelo utilizado (adaptado) pela SEEducação de modo incorreto – traz ‘preconceito’contra o método.

Currículo NuclearModelos

INTERMITENTENuclear Eletiva Nuclear

* disciplinas podem não estar relacionadas entre si (eletivas – nucleares), tempo protegidopara eletivas.

Modelo adotado na FMUSP

© JEV 2006

Page 20: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

ANO SEM. M T M T M T M T M T

11 B A

2 B A B B A A

21 A B A A B B

2 A B A A B B

31 B A B B A A

2 B A B A

41 A A B B

2 B B A A

Faculdade de Medicina da USP.Disciplinas optativas 1998

© JEV 2006

Page 21: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

ANO SEM. M T M T M T M T M T

11 X X2 X A B B A X

21 X A B B A X2 X A B B A X

31 X A B B A X2 X A B B A X

41 X A B B A X2 X A B B A X

Faculdade de Medicina da USP.Disciplinas optativas 2005

© JEV 2006

Page 22: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

1ª série Necessidades de Saúde 1

Prática Profissional 1 2ª série

Unidade Integrada I Unidade Integrada II Eletivo

3ª série Ciclo de Vida 1 Ciclo de Vida 2

Interação Comunitária 3 Eletivo Interação Comunitária 3

Habilidades Profissionais 3 Habilidades Profissionais 3 4ª série

Apresentações Clínicas 1 Apresentações Clínicas 2 Eletivo Interação Comunitária 4

5ª série

Eletivo/férias Saúde do Adulto I Emergência e Trauma

Saúde Materno- Infantil I

6ª série Eletivo/férias Saúde do Adulto II Saúde Materno- Infantil II

Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA.Currículo em ABP/PBL – Aprendizado Baseado em Problemas

© JEV 2006

Page 23: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Reforma Curricular – FMUSP Disciplinas obrigatórias

© JEV 2006

Page 24: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

QUADRO – Dificuldades para disciplinas FMUSP 2004COORDENADORES DE DISCIPLINAS 1o – 6o anos

falta de espaço físico adequado

falta de manequins

falta de recursos em relação laboratórios de treinamento prático.

falta de salas

falta de salas de discussão

faltam vídeos didáticos

infra-estrutura

local e material para realização de várias atividades

material cadavérico para dissecções

material de consumo /manutenção de instrumental e de equipamento: não existe orçamento

tipo de doente internado / programa a ser cumprido /espaço físico no ambulatório inviabiliza aulas

utilização de um texto básico adequado Conteúdo vs Processo

temos poucos pacientes disponíveis AINDA BEM!! PROBLEMATIZAÇÃO??

Laboratório

Habilidades

Clínicas

© JEV 2006

Page 25: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Utilização Referências sugeridas

12 3

45

67

8

9

10

11

12

13

14

15

16

1718

19202122232425

2627

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

3839

4041

42 43

75-100%

Linhas concêntricas delimitam valores de 25% a 100%.Número de disciplinas que responderam ao questionário.

Avaliação do processo – PAC FMUSP Oferta e utilização de Bibliografia - 2003

© JEV 2006

Page 26: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Avaliação do processo – PAC FMUSP 2003

Integração utiliza Referência

R2 = 0,3974

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Uso da bibliografia sugerida

Inte

gra

çã

o n

o c

urs

o m

éd

ico

© JEV 2006

Page 27: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

__________________ TRANSDISCIPLINAR ____ INTERDISCIPLINAR ____ MULTIDISCIPLINAR ____ COMPLEMENTAÇÃO (MI – 4o ano) ____ CONCOMITÂNCIA - CORRELAÇÃO _____ COMPARTILHAR – COOPERAÇÃO (At. Primária – 3o

ano) ____ COORDENAÇÃO TEMPORAL ____ INSERÇÃO DE CONTEÚDOS _____ HARMONIA ENTRE CONTEÚDOS _____ CONSCIENTIZAÇÃO DE CONTEÚDOS (2005 - Conteúdos Humanísticos) _____ ISOLAMENTO

Integração curricular

© JEV 2006

Page 28: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Reforma CurricularFaculdade de Medicina da USP

• Área Nuclear (disciplinas obrigatórias),

corresponde(ria), do primeiro ao quarto ano, a 70 a

75% das atividades – 7 períodos da semana.

• Área Complementar (disciplinas optativas),

corresponde(ria) até 30% - 3 períodos semanais.

– “Áreas verdes”.

• Porque adotar um modelo com disciplinas eletivas?

© JEV 2006

Page 29: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Atividades Optativas (ou Eletivas)2 a 4 créditos

• Pesquisa Científica em Medicina– Iniciação Científica

• Introdução Profissional à Prática Médica– Estágios em Atividades Assistenciais

– Ligas CAOC-DC

• Introdução ao Ensino Médico– Atividades de Monitoria

• Disciplinas Optativas Propriamente Ditas.

• Extensão de Serviços à Comunidade.– Bandeira Científica

• Boletim Arroba e Vírgula no 2, novembro/2003 http://www.fm.usp.br/cedem/

Períodos

Protegidos na

Grade Horária

OU

Livres - CAOC

© JEV 2006

Page 30: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Pesquisa Científica em Medicinahttp://netsim.fm.usp.br/pcm/index.htm

Fonte (adaptado): Tomas Yoshio Makiyama

Laboratórios e Matriculados

178

319

500

766

475

628

847787

70150 127 159 132 128

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Matriculados Laboratórios

© JEV 2006

Page 31: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Introdução à Prática Profissional em Medicina - IPPM

• Disciplinas “guarda-chuva”. – Cursos oferecidos sem número de matrícula definido (por

exemplo MPT - Patologia, MCM - Clínica Médica) que pode ser “testado” pelo Departamento ou Docente.

• Ligas de assistência do Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz”.– Definição pelo atendimento ambulatorial.

– Definição de objetivos pedagógicos a serem atingidos ao longo dos anos de Liga.

– Plano de trabalho dos acadêmicos.

– Docentes Responsáveis e Acesso Universal.

© JEV 2006

Page 32: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Avaliação do currículo Optativas.http://www.usp.br/fm/grad-posgrad/graduacao/est_compl2002.htm

Vieira, Bellodi, Marcondes, Martins RBEM 2005, 29: 51

Zero procura (23) Alta procura (13) p

Pré-requisitos:Antes do 4o semestreDepois do 4o semestre

716

103

0.014

Com pré-requisito 18 7 0.153

Habilidades práticas* 7 11 0.004

A soma não totaliza os grupos (Zero e Alta) porque mais de uma qualificação pode ser escolhida.

Teste exato de Fisher.

© JEV 2006

Page 33: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Mais CR = aprofundar assunto

Menos CR = mais assuntos

Mais CR = acomodar grade

Sem resposta

Alunos de primeiro ao sexto ano0%

20%

40%

1 2 3 4 5 6

Como prefere a oferta de disciplinas optativas?

© JEV 2006

Page 34: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Pouco Razoável Muito

Primeiro 61,4 15,7 15,7 6,0 0,0

Segundo 56,6 11,3 10,4 10,4 4,7

Terceiro 52,5 11,9 20,3 3,4 10,2

Quarto 42,2 9,4 25,0 15,6 4,7

Quinto* 43,1 13,7 15,7 25,5 2,0

Média 51,2 12,4 17,4 12,2 4,3

Percentual de oportunidades para cursos em outras áreas da Universidade

* Currículo antigo Dados de 2001

© JEV 2006Vieira, Lopes Jr, Basile, Martins RBEM 2003, 27: 96

Page 35: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Introdução ao Ensino Médico. Atividades de Monitoria: Percentual de

alunos com oportunidades.

Pouco Razoável Muito

Primeiro 89,2 0,0 6,0 1,2 1,2

Segundo 61,3 10,4 7,5 6,6 7,5

Terceiro 59,3 11,9 11,9 10,2 3,4

Quarto 53,1 7,8 10,9 12,5 12,5

Quinto* 35,3 19,6 25,5 7,8 9,8

Média 59,6 9,9 12,4 7,7 6,9

© JEV 2006

* Currículo antigo Dados de 2001

Page 36: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Pouco Razoável Muito

Primeiro 26,5 32,5 19,3 13,3 7,2

Segundo 18,9 39,6 26,4 9,4 4,7

Terceiro 20,3 45,8 30,5 3,4 0,0

Quarto 17,2 28,1 32,8 15,6 6,3

Quinto* 19,6 41,2 21,6 15,7 2,0

média 20,5 37,4 26,1 11,5 4,0

Treinamento para o gerenciamento de recursos como tempo e atividades de

colaboração com colegas

© JEV 2006

* Currículo antigo Dados de 2001

Page 37: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Pouco Razoável Muito

Primeiro 16,9 32,5 37,3 8,4 4,8

Segundo 10,4 34,9 38,7 13,2 2,8

Terceiro 33,9 33,9 27,1 5,1 0,0

Quarto 21,9 42,2 31,3 3,1 1,6

Quinto* 11,8 51,0 21,6 13,7 2,0

Média 19,0 38,9 31,2 8,7 2,2

Percentual de alunos que declaram ter clareza das bases moleculares em medicina

© JEV 2006

* Currículo antigo Dados de 2001

Page 38: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Capacidade para informar e indicar prevenção e promoção da saúde

Pouco Razoável Muito

Primeiro 12,0 33,7 34,9 15,7 2,4

Segundo 4,7 18,9 43,4 24,5 4,7

Terceiro 3,4 23,7 52,5 18,6 0,0

Quarto 6,3 7,8 43,8 35,9 6,3

Quinto* 3,9 19,6 41,2 31,4 2,0

Média 6,1 20,8 43,2 25,2 3,1

© JEV 2006

* Currículo antigo Dados de 2001

Page 39: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Pouco Razoável Muito

Primeiro 39,8 36,1 19,3 3,6 1,2

Segundo 16,0 39,6 33,0 11,3 0,0

Terceiro 25,4 37,3 30,5 5,1 1,7

Quarto 18,8 32,8 32,8 12,5 3,1

Quinto* 19,6 31,4 29,4 19,6 0,0

Média 23,9 35,4 29,0 10,4 1,2

Você conhece bem o SUS -Sistema Único de Saúde?

© JEV 2006

* Currículo antigo Dados de 2001

Page 40: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Primeiro ano (início em 2004):• Um período semanal de atividades, anual (160 horas).• Acompanhando atividades dos Agentes Comunitários de Saúde.• Realizando visitas domiciliares e o diagnóstico de saúde da

comunidade.• Terceiro ano (início em 2005):

• Um período semanal de atividades, semestral (80 horas).• Acompanhando atividades da Equipe de Saúde da Família.• Planejamento da UBS e do trabalho da ESF.

• Quinto ano (2007?):• Um período semanal de atividades, anual (192 horas).• Atendimento como médicos de família em treinamento sob

supervisão.

• SEGUIMENTO DA COMUNIDADE, FAMÍLIAS, PACIENTE.• HISTÓRIA SOCIAL DA DOENÇA.

Disc. Atenção Primária em Saúde.Distrito de Saúde Escola do Butantã - USP.

© JEV 2006

Page 41: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Qualificações adquiridas - AttPrim2004

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Visão crítica

Conhecer Sistema deSaúde

Aproximar-se e conhecerpopulação

Reconhecer AtençãoPrimária em Saúde

Conhecer o ProgramaSaúde da Família

Conhecer o trabalho doACS

Reconhecer realidadesocial/saúde

Pontuação para ordem importância© JEV 2006

Page 42: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Não

Sim, optativo +CR contratação

Sim, obrigatório

Alunos de primeiro ao sexto ano0%

20%

40%

1 2 3 4 5 6

Docentes devem participar de atividades para desenvolvimento da didática?

Page 43: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Residência Médica HCFMUSP 2004-2005Média final das provas

Prova 1 – 75 testes e 10 dissertativasProva 2 – 10 estações (modelo OSCE)

Entrevista – 10% nota final

USP (2004)

Estadual Federal Particular

20

40

60

80

nota

(USP 2003)

© JEV 2006

Page 44: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Planejamento Curricular• “Uma nova verdade...não triunfa convencendo seus oponentes e sim pelo

fato de que estes morrem e uma nova geração cresce em familiaridade com esta nova “verdade”.

» Max Planck [1858-1947]

• Um currículo deve mostrar o que é significante de ser ensinado.– Prioridades

• Cultural, Social, Individual, Técnica• Presente – Futuro?

– Necessidades

© JEV 2006

Page 45: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Necessidades...da medicina?– O estudo de condições de vida pode revelar maior identidade

com grupos sociais à mesma medicina que procura se impor responsabilidades estendidas de promover saúde, humanização e inovação... O resultado: pretensão de ser o interlocutor de demandas ou mesmo o tradutor político de grupamentos pouco organizados.

» Vieira, JE RBEM 2003, 27: 153

• Currículo deve expor suas intenções:– Diretrizes: humanista, crítico e reflexivo; ético, saúde-doença,

promoção, prevenção, recuperação e reabilitação; integralidade da assistência, responsabilidade social e cidadania...

• Cognitivo, Atitudes e Habilidades.• Processos e Experiências.

Planejamento Curricular

Objetivos

© JEV 2006

Page 46: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• A mais importante função da avaliação é preparar os estudantes para avaliarem a si próprios.

• Avaliação:– Somativa – como estudantes mudaram... [final]– Formativa – como estudantes estão mudando... [meio]

1. Validade» Atingir a descrição do(s) objetivo(s)

2. Confiabilidade» Atingir a descrição mais precisa (pelo definidor...)

3. Eficiência» Atingir todo o assunto com uma amostra de testes.

4. Freqüência» Atinge proposta de “feedback” do aprendizado.

5. Humanidade [David Pratt]» O teste deve auxiliar no crescimento do indivíduo.

Planejamento Curricular

Avaliação

© JEV 2006

Page 47: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Dificuldade [item difficulty] – quantos respondem corretamente

– Média do % melhor desempenho e pior desempenho– Ideal em torno de 85%

• Discriminação [item discrimination]– Diferença entre % do melhor com o pior desempenho

– Ideal em torno de 30%

% melhor desempenho % pior desempenho Dificuldade Discriminação

100 100 1.00 0.00

90 50 0.70 0.40

60 70 0.65 -0.10

100 0 0.50 1.00

100 70 0.85 0.30

Planejamento Curricular

Avaliação

© JEV 2006

Page 48: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Princípios:1. Tempo na tarefa;2. Motivação;3. Domínio (mastery);

4. Expectativas;5. Habilidades de estudo (study skills);

6. Planejamento de temas ou aulas ou assuntos;7. Ambiente;8. Meios de aprendizagem ou técnicas;9. Trabalho cooperativo;10. Simulações – computadores;11. Ética institucional – ambiente de trabalho/convívio;12. Envolvimento social

Planejamento Curricular

Planejamento

© JEV 2006

Page 49: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

• Parcerias• “peer” – Médicos Residentes

• Recursos– Material

» Livros (10 anos) X softwares (2 anos?)– Equipamentos

» Aquisição X Manutenção– Facilidades (instalações)

» Sala para 90 X sala para grupo com 9 alunos– Pessoas (“recursos humanos”)– Tempo– Custo

• Avaliação curricular

– “O caminho para convencer alguém é expor seu caso de maneira cuidadosa, respeitosa e precisa, com a dúvida de que seja a melhor interpretação. Assim, se obtém parceria. Exponha o mesmo com arrogância e ganhará um oponente“ [Benjamin Franklin]

Planejamento Curricular

Destaques

© JEV 2006

Page 50: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Revisitando o Relatório Flexner 2007Research Project on the Professional Education of Physicians - 2004-2007

• What teaching and learning practices are employed in the formation of physicians? What evidence is offered that these practices are efficacious?

– How do students learn to think like a physician? How do they acquire the analytical knowledge of medicine? How is the knowledge structured in curriculum and instruction? How is this analytical knowledge related to clinical practice?

– How do they learn how to act like a physician? How do students learn clinical skills? How does this instruction differ at various points in the student’s development?

– How are professional attributes and abilities acquired? – How is learning assessed?

• What are examples of promising teaching practices that might improve medical education?

• How can we illuminate and reconceptualize assumptions about teaching and learning in medicine?

Page 51: Estrutura curricular. Diretrizes Curriculares Nacionais. Joaquim Edson Vieira CEDEM – Centro para Desenvolvimento da Educação Médica. FMUSP – março 2006

Janet Palmer Hafler, Ed.D.Director of Faculty Development

Office of Educational Development

HARVARD MEDICAL SCHOOL

© 2005 JPH

Two Main Principles Learning is enhanced when learners actively participate in setting educational goals

Feedback is necessary for learning

√ a knowledge base characterized by    • breadth • depth • flexibility

√ skills in the acquisition and use of knowledgewith a commitment to life-long learning

√ sensitivity to the world of the patient

Goals: have students acquire —

Pedagogical conflict: HOW vs WHAT to think