espaço mariano ano 1 - n.01

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O "Espaço Mariano" é um subsídio, o material didático que serve de apoio para a Associação Nossa Senhora das Dores.

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APRESENTAÇÃO

Animadas pela presença do Senhor Ressuscitado, nós irmãs Servas de Maria Reparadoras (SMR) queremos possibilitar, através deste subsídio, um maior conhecimento sobre Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus. Sendo também nossa Mãe, queremos possibilitar não somente conhecimento, mas uma maior proximidade a esta mulher que nos ensina, através de seu jeito de ser e agir, a viver mais intensamente nossa vida de discípulas e discípulos de Jesus Cristo. É importante aprofundar a pessoa de Maria aquela que foi nesta ótica mãe, irmã, discípula, anunciadora do Senhor Ressuscitado. Este primeiro número do nosso subsídio pretende responder as perguntas que surgem ao querermos conhecer mais profundamente Maria e inspirar-nos nela no nosso dia a dia. Portanto, irmã Mônica Gomes Coutinho, smr, conduzirá nossa dinâmica de aprendizado, motivando-nos a refletir sobre Maria de Nazaré. Sabemos que a dinâmica da inclusão na vida atual exige integração do humano e o divino, da razão e a fé, síntese evidenciada na vida de Maria que nos será explicitada pela irmã Isa Schirlene Prates Nunes, smr, com o tema sobre Espiritualidade. A experiência de inclusão do humano-divino requer uma atitude da misericórdia cujo valor vivido intensamente pelo nosso Deus em relação ao ser humano, será apresentado pela irmã Corina Bressan, smr. Estes temas são iluminados pelos valores cristãos e explicitam a essência evangélica da nossa espiritualidade como Servas de Maria Reparadoras que queremos compartilhar com você que caminha conosco, a fim de vivermos em comunhão este estilo de vida inspirando-nos em Maria, a primeira discípula, qualificando a nossa vida como missionárias e missionários do seu Filho Jesus, o Senhor Ressuscitado.

A redação

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QUEM É MARIA DE NAZARÉ?

Irmã M. Mônica Gomes Coutinho, smr

Uma presença viva e forte no catolicismo. Maria é considerada como a mãe de Deus e nossa mãe. Ao mesmo tempo faz parte da esfera do transcendente, onde habitam Deus e os santos e santas, Maria se mantém próxima. Maria está distante, enquanto não é vista como um ser humano normal, vivendo todas as limitações que experimentam o comum dos mortais. O título mais comum dado a Maria, de Nossa Senhora, coloca-a na mesma dignidade da pessoa de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Em vez de Maria, chamam-na Santa, aquela que habita do lado de lá, no céu, na eternidade da perfeição e da paz. Por outro lado, Maria é tida como a mãe amorosa, que escuta sempre os clamores dos seus filhos e filhas, especialmente nas situações de maior dificuldade. Com um coração imenso volta-se sempre para aqueles que a ela recorrem. Maria, a Santa do lado de lá, ajuda enormemente os que estão do lado de cá. A proximidade não reside pelo fato de ser igual a nós, mas em que, sendo alguém que está muito perto de Deus, na esfera do sagrado, Nossa Senhora se volta para auxiliar os habitantes deste mundo. Maria quer dizer: ternura, bondade e meiguice, o sagrado, proteção divina. No meio do catolicismo popular sincrético há uma imensa gama de manifestações religiosas que incluem a pessoa de Maria. Caso mais comum se mostra na mescla de significações de Iemanjá com a mãe de Jesus, a partir da fusão da religiosidade popular colonial, de origem portuguesa, com ritos e imagens de precedência africana.

Manifestações devocionais

A visita de Maria de casa em casa, muito conhecida, tem suscitado aumento da relação afetiva e cultual com a mãe de Jesus. E em resposta às acusações dos evangélicos a respeito da idolatria das imagens, criou-se uma visita de Maria que guarda todas as características da tradicional, com exceção da presença da imagem santa.

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É interessante perceber o grande número de Igrejas dedicadas a Maria e considerando Maria como mulher, talvez fosse mais coerente chamá-la de madroeira ou madrinha. Faz-se necessário mudar porque, caso contrário parece que ela arrebatou das mãos dos santos do sexo masculino o direito de paternidade das Igrejas. Maria tem um grande valor na vida de grande parte dos fiéis católicos, tanto em nível privado, quanto em nível comunitário. Este fato nos põe uma pergunta: como unir a devoção a Maria com nosso culto que é Trinitário: três pessoas e não quaternário: quatro pessoas? Maria na Igreja da libertação Os membros das Comunidades de Base, da pastoral de juventude e de várias pastorais sociais estão descobrindo uma nova face de Maria, isto é, a de uma mulher concreta. Vêem-se em Maria traços que a religiosidade tradicional deixou na sombra: pessoa perseverante até a cruz, defensora da vida. Com efeito, a vocação de Maria realiza a plenitude da vocação dos profetas. Eles anunciavam a Palavra de Deus; Maria gera a Palavra, o Verbo. Muitas músicas expressam esse jeito de ser de Maria, sua feição humana, solidária e conscientizadora, tão frutífero para a mística e as práticas transformadoras e para o surgimento de algumas perguntas. Maria na renovação carismática Maria é revalorizada como o lugar por excelência onde o Espírito fez sua morada. Maria, a mulher orante, guiada pelo Espírito, prepara o momento da efusão dos carismas em Pentecostes. Maria é considerada como a poderosa mãe de Deus, revestida em plenitude pelo Espírito do Senhor Jesus. Toda pura e sem pecado, sua virgindade outra vez é pregada como modelo moral para a prática sexual dos jovens, especialmente das mulheres. A renovação carismática põe questões espinhosas: como entender a relação de Maria com o Espírito Santo? Como equilibrar a imagem de Maria templo do Espírito Santo com a de mulher peregrina na fé? Quais os critérios para discernir uma possível comunicação espiritual de Maria em alguém que possui dons carismáticos?

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É justo e necessário manter uma certeza: a pessoa de Maria é de alguém que soube progredir como toda pessoa que acredita na ação de Deus, do seu modo próprio, com sua maneira de ser. Maria ocupou seu espaço no plano da Salvação e, historicamente, ninguém conseguiu minimizar, apesar de tantas incompreensões que provocaram discussões acaloradas em pessoas menos esclarecidas sobre quem é Maria e sua importância por ter sido a Serva do Senhor (Lc 1-2). Quem tentou ficou frustrado, pois Maria foi, é e continuará sendo a Mãe do Salvador, e nada se pode dizer ao contrário daquilo que sua vida escreveu historicamente: Maria é quem é! Somente através de uma leitura atenta e aprofundada dos escritos do Definitivo Testamento (NT) é possível chegar a conhecer quem é esta mulher! Questões para ajudar a leitura individual ou em grupo:

1. Qual a dúvida que você tem sobre a mãe que roga por nós pecadores.

E a mãe que: ó vem conosco vem caminhar, Santa Maria vem?

2. Maria é colocada devocionalmente, como núcleo do culto cristão que é trinitário dirigido ao Pai, pelo Filho no Espírito. Quais seriam os critérios para evitar os exageros?

3. Como passar do jeito de ver Maria só como mãe, dona de casa, para

uma nova visão?

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ESPIRITUALIDADE

Irmã M. Isa Schirlene Prates Nunes, smr Toda pessoa batizada é chamada, através do seguimento a Jesus Cristo, a experimentar o amor de Deus e a dar uma resposta concreta ao chamado por meio da vivência da espiritualidade cristã. A espiritualidade vem de Deus, o amante, e perpassa o coração da pessoa amada tornando-a sensível ao ponto de perceber que Deus se relaciona, ama e se deixa amar em seu Filho Jesus. Logo, a espiritualidade é o sustento da vida cristã. É um processo e requer tempo para o exercício cotidiano de diálogo profundo entre Deus e a pessoa. É no exercício cotidiano do diálogo com Deus por meio da sua Palavra, da Liturgia e da vida comunitária, que experimentamos o amor. Este amor não é uma teoria a ser estudada, mas uma opção de vida que requer esforço na busca de Deus. Ele nos leva a ter um relacionamento de amor mútuo. A espiritualidade leva a pessoa à experiência de salvação. Ela conduz ao reconhecimento do verdadeiro rosto de Deus que vem ao encontro e passa a ser o que Ele é: Amor, Bondade, Misericórdia. A espiritualidade descentraliza a pessoa de si mesma abrindo espaço para Deus, a fim de mais amar e servir. A espiritualidade nos torna sensíveis para perceber a presença de Deus em nós e além de nós. É neste sentido que adentramos ao conteúdo da espiritualidade da Família das Servas de Maria Reparadoras. O sonho de Deus sobre Madre Elisa, fundadora da Congregação das SMR Elisa Andreoli, formada e acompanhada por sua mãe Margarida Ferraretto, sentiu profunda sintonia ao conhecer a Espiritualidade da Ordem dos Servos de Maria. Então sonhou e fez por onde agregar-se a esta Ordem propondo-se a viver a espiritualidade da comunhão inspirada na Regra de Santo Agostinho que gera fraternidade; do serviço assumido com humildade, no jeito mariano de ser e agir; da dedicação a Nossa Senhora. Madre Elisa acrescenta, ainda, com a colaboração de Maria Inglese, depois irmã M. Dolores Inglese, para sua Família religiosa, a espiritualidade e a ação da Reparação tendo como base a prevenção gerando o bem que vence o mal propalado, mas que já perdeu o combate.

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Espiritualidade da comunhão

Tinham um só coração e uma só alma (At 4,32). Eram assíduos a escutar os ensinamentos dos apóstolos,

na união fraterna, na fração do pão e nas orações (At 2,42).

Um só coração e uma só alma caracteriza a primeira comunidade cristã (At 4,32). “Viver em comunhão” é compromisso a ser assumido pelas irmãs, a Associação Nossa Senhora das Dores, e demais pessoas que desejam seguir esta espiritualidade tão atual e necessária aos nossos dias, que madre Elisa Andreoli nos transmitiu desde os inícios da Congregação. A vivência da comunhão com os irmãos e irmãs é fundada na comunhão com Deus. Foi através desta comunhão com Deus e, a exemplo de Maria, a discípula fiel do Senhor, que madre Elisa modelou o seu jeito de viver a “espiritualidade da comunhão” e a transmitiu para a Família religiosa que ela fundou em 1900, em Vidor – Itália.

Espiritualidade do serviço inspirado em Santa Maria

O Filho do Homem não veio para ser servido,

mas para servir e dar a própria vida em resgate de muitos (Mc 10,45). O nosso serviço inspirado em Maria, a Serva do Senhor, é expressão visível da comunhão sororal (fraterna), onde cada comunidade de irmãs e grupo local da Associação, é empenhado a servir os irmãos através do seguimento de “Jesus que veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”! Desde as origens da Congregação, madre Elisa fez sua opção em favor dos mais fracos e indefesos; ela alimentava um ardente desejo de conquistar para Deus “milhões de corações”. Este profundo apelo pelo anúncio do Evangelho, tornou madre Elisa uma “empreendedora” corajosa e sempre aberta para iniciar novos caminhos de serviço na Igreja e entre os povos. Hoje, também nós queremos dar continuidade a este empenho tornando-nos companheiras e companheiros de caminho dos nossos irmãos e irmãs aonde somos enviadas e enviados a discernir os novos horizontes que o Deus da vida nos indicar para servi-Lo com estilo mariano.

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Espiritualidade da reparação

«Mulher, eis o teu filho! Eis a tua mãe”.» (Jo 19,26-27).

A espiritualidade da Reparação, inspira-se na generosa colaboração da Virgem Maria na obra redentora do seu Filho Jesus. Em união com ela e a seu exemplo, nos empenhamos no Serviço Apostólico para cooperar na obra da redenção-reconciliação realizada por Cristo, reparando o mal com o bem inclinando-nos misericordiosamente diante de cada irmã e irmão que sofre; a ação reparadora age em oposição à indiferença, à ofensa, à ingratidão que gera sofrimento e dor, enquanto que o amor gera a misericórdia, recompõe a harmonia, a vida porque o amor perdura apesar de tudo. O sacrifício do Calvário descrito por João 19,25-27, objeto de contemplação, torna-se fonte de inspiração para a Família das SMR. A Mãe das Dores junto à cruz do Filho morrendo pela nossa salvação, suscita em nós sentimentos de compaixão e de ação. Nesta cena evangélica, pode-se reconduzir seja à piedade mariana de madre M. Elisa, serva fiel de santa Maria, como de cada Serva de Maria Reparadora e Associados/as. De fato, a reparação constituiu para a nossa Família religiosa, uma tradição ininterrupta e fecunda que marcou a nossa espiritualidade e missão. Segundo Pe. Raniero, houve somente um SIM na Cruz redentora: do Crucificado que é o Ressuscitado e de santa Maria, sua e nossa Mãe. Espiritualidade da dedicação a santa Maria

«Maria disse: Eu sou a serva do Senhor

faça-se em mim segundo a tua palavra». (Lc 1, 38).

A dedicação a Nossa Senhora, elemento do carisma das Servas de Maria Reparadoras, tem suas raízes na tradição da Ordem dos Servos de Maria, fundada pelos Sete Primeiros Pais, no início do seu itinerário espiritual. As diversas orações marianas, a dedicação da vida e do próprio serviço inspirado na Serva do Senhor, toda uma vida pessoal e comunitária marcada por pequenos gestos cotidianos, encontros significativos com a Mãe de Deus e nossa, expressam nossa dedicação a santa Maria. De fato, para nós a dedicação é um ato de veneração à Virgem, de confiante pedido da sua presença, de reconhecimento da sua exemplaridade para nossa vida.

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Enfim, a dedicação a Nossa Senhora é vivida por nós, também no aprofundamento do lugar de Maria no mistério da salvação para conhecê-la como mulher que escuta o Filho e nos ensina a escutá-lo nos irmãos e irmãs, para propô-la como exemplo de discípula de Cristo, por ela ser Mulher como Deus quis, humana, irmã, mãe que acolheu e cuidou do Filho e o doou, porque amou incondicionalmemte; “Mulher semente regada que gera vida no riso e na dor, no calor materno das mãos do Criador” (Canto: Mulher semente de irmã Jurandir).

Questões para ajudar a leitura individual ou em grupo:

1. O que significa para você, seu grupo e sua comunidade, a espiritualidade cristã?

2. De que modo você se identifica e manifesta a espiritualidade cristã?

3. Quais expressões da espiritualidade da Família das SMR iluminam a sua caminhada no dia a dia?

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O OLHAR MISERICORDIOSO DE MARIA

Irmã M. Corina Bressan, smr

Significado da Palavra “misericórdia”: Compaixão, indulgência, graça, perdão, piedade, socorro. Compaixão = sentir paixão: envolver-se. Trata-se de sentimento que transforma. Indulgência: perdão, benevolência, remissão das penas. Graça: gratuidade, benevolência, sentimento de paz, beneficio, dádiva. Fonte da Misericórdia: Deus. Não podemos falar, refletir, rezar sobre o Olhar misericordioso de Maria, sem falar da fonte da misericórdia. A misericórdia vem de Deus, é o próprio Deus. Maria fez experiência na fonte da misericórdia, isto é, no Deus misericordioso. O olhar de Maria traduz a sua experiência de Deus. Misericórdia A palavra hebraica Hésèd, uma das mais belas na Bíblia, que muitas vezes se traduz em amor, significa também misericórdia. A Palavra misericórdia faz parte da aliança de Deus para com o ser humano. Designa um amor inabalável; é capaz de manter a comunhão para sempre, seja o que for ou que vier acontecer: “O meu amor por ti nunca mais será abalado” (Is 54,10). Mas, como a aliança de Deus para com o seu povo, desde o início, é uma história de ruptura e de recomeço (cf Ex 32-34), é evidente que tal amor implica perdão e misericórdia. A misericórdia ou compaixão é amor profundo, afeição de Deus Pai-Mãe pelo seu Filho (cf Is 49,15), a ternura de um pai pelos seus filhos e filhas (cf Sl 103,13). Maria, com seus olhos misericordiosos se descobre como um reflexo da misericórdia infinita de Deus que se exprime sendo Mãe de seu Filho. Deus se chama “misericórdia”: “Senhor, Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade” (Ex 34,6). A misericórdia é o que há de mais divino e humano em Deus. É também o que há de mais completo no ser humano: “ele se enche de graça e de ternura” (Sl 103). É a misericórdia e a ternura que nos fazem participar da própria vida de Deus.

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Maria se torna mensageira de misericórdia em nome de Deus. Ela canta no Magnificat: “A sua misericórdia se estende de geração em geração” (Lc 1,50). A misericórdia é a humanidade de Deus. A Palavra de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36), faz eco a um antigo e novo mandamento: “Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus sou Santo” (Lv 19,2). A misericórdia, na vida humana, é o reflexo mais puro de Deus. Basílio, o grande, diz: “Pela misericórdia que tens para com o próximo, te tornas parecido com Deus”. A misericórdia é a humanidade de Deus. Para Jesus, santidade significa misericórdia. “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). Às pessoas misericordiosas, Jesus não promete nada mais, pois a misericórdia já é a plenitude de Deus. As pessoas misericordiosas já estão vivendo uma parcela da vida de Deus.

O que significa o Olhar misericordioso de Maria

Imagem do Olhar misericordioso de Maria Santuário de Rovigo – Itália

O olhar significa movimento interior de quem se dá conta de alguma coisa ou situação e olha; desse olhar brota um sentimento: gozo, ação de graças, beleza, ternura ou: dor, misericórdia, compaixão, perdão, tristeza. Olhar: além do movimento, o olhar envolve o coração, envolve o sentimento.

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Hoje, somos convidados, convidadas a olhar tomando emprestados os olhos misericordiosos de Maria. Olhar para o mundo como um todo e perceber as particularidades. Portanto, olhemos os que sofrem; os pobres; os marginalizados; os excluídos; as crianças; os jovens; os drogados; os presos; os trabalhadores; os escravos... Quem mais nós queremos ou devemos olhar? A Mãe das Dores, através do seu olhar misericordioso, colocou em movimento também seu coração; seus pés; suas mãos... em direção, especialmente, dos filhos e filhas sofredores, ensinando-nos a confiar na fonte de Misericórdia que é o próprio Deus. Questões para ajudar a leitura individual ou em grupo:

1. O que significa para você a palavra misericórdia?

2. Qual a experiência de Maria em relação à misericórdia?

3. Descreva uma experiência em que você, o seu grupo, ou sua comunidade viveu, a exemplo de Maria, a misericórdia.

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ORAÇÃO DE OFERECIMENTO DO DIA Ó Deus, Pai de todas as criaturas, recebo das tuas mãos este novo dia, dom da tua bondade, com a admiração reconhecida de Maria, que acolheu em si e deu ao mundo Cristo, nossa vida. Ofereço-te a oração e a esperança, a alegria e as dores, os pensamentos e os afetos, a fadiga e o repouso deste dia, para cooperar, como Maria, na salvação do mundo e reparar os males que o pecado traz ao advento do Reino. Que o teu Espírito sustente o meu querer e transforme cada ação minha em alegre testemunho do teu amor. Amém.

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