epidemiologia das doen as transmiss veis p

23
Profa. Ana Beatriz Vasconcelos Lima Araú ú jo

Upload: thais-abreu

Post on 26-May-2017

234 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

Page 1: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Profa. Ana Beatriz Vasconcelos Lima Araúú jo

Page 2: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p
Page 3: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

As doenças transmissíúveis constitúem importante caúsa de morte e ainda afligem milhoõ es de pessoas em númerosas regioõ es, especialmente nos paíúses em desenvolvimento.

Page 4: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

“ A doença pode ser definida como úm desajústamento oú úma falha nos mecanismos de adaptaçaõo do organismo oú úma aúseência de reaçaõ o aos estíúmúlos a cúja açaõ o estaú exposto. O processo condúz a úma pertúrbaçaõ o da estrútúra oú da fúnçaõo de úm oú rgaõ o , oú de úm sistema oú de todo o organismos (Jenicek e Cleú roúx, 1982).

A histoú ria Natúral da doença mostra qúe de úm estado inicial de saúú de passa-se a úma sitúaçaõo interativa na qúal o organismo sadio se encontra em presença de agentes patogeênicos oú fatores de risco qúe viraõo a pertúrbar súa normalidade. O estaú gio inicial eú segúidos de oútros ateú o estado avançado da doença onde ocorrem, alteraçoõ es irreversíúveis podendo evolúir ateú a morte.

Page 5: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Etiologia: Doenças infecciosas: eú a doença clinicamente

manifesta do homem oú dos animais , resúltante de úma infecçaõo.

Doenças não-infecciosas (naõo-transmissiveis) : naõo resúltam de infecçaõo (Doenças coronarianas, Diabetes e oútras).

Duração: Doenças Crônicas: se desenrolam a longo prazo e

agudas saõ o as de cúrta dúraçaõo

Page 6: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Infecção – Penetraçaõo e desenvolvimento oú múltiplicaçaõo de úm agente infeccioso no organismo de úma pessoa oú animal (OPAS)

Infestação- alojamento e desenvolvimento e reprodúçaõo de artroú podes na súperfíúcie do corpo oú nas vestes

Doença contagiosa- doenças infecciosas cújos agentes etioloú gicos atingem os sadios atraveús do contato direto desses com o individúo infectado

Doença Transmissível- eú qúalqúer doença caúsada por úm agente infeccioso especíúfico oú seús prodútos toú xicos , qúe se manifesta pela transmissaõo deste agente oú de seús prodútos , de úma pessoa oú animal infectado oú de úm reservatoú rio a úm hospedeiro súscetíúvel , direta oú indiretamente por meio de úm hospedeiro intermediaú rio , de natúreza vegetal oú animal , de úm vetor oú do meio ambiente inanimado (OPAS) .

Page 7: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

As doenças infecciosas podem assúmir vaú rias formas: Manifesta :eú aqúela qúe apresenta todas as caracteríústicas clíúnicas

qúe lhe saõo tíúpicas Infecção inaparente: naõo apresenta sinais oú sintomas clíúnicos

manifestos (forma súbclíúnica e assintomaú tica da doença). Ex meningite meningocoú cita

Latente: períúodo de eqúilíúbrio no qúal naõo existem sinais clíúnicos manifestos da doença e o doente ainda naõo constitúi fonte de infecçaõo.

Abortiva ou frustra: nem todos os sinais clíúnicos da doença emergiraõo acima do horizonte clíúnico.

Fulminante : a doença ocorre de forma excepcionalmente grave com úm coeficiente de letalidade elevado .

Page 8: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Período de incubação: eú o intervalo de tempo qúe decorre entre a exposiçaõo a úm agente infeccioso e o aparecimento de sinais e sintomas da doença.

Período de transmissibilidade : aqúele dúrante o qúal o agente infeccioso pode ser transferido , direta oú indiretamente, de úma pessoa infectada a oútra , oú de úm animal infectado ao homem, oú de úm homem infectado a úm animal .

Page 9: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Agente infeccioso: ser vivo, víúrico , ricketsial, bacteriano, fúú ngico, protozoaú rio oú helmíúntico qúe, atraveús de úma das formas qúe assúme no seú ciclo reprodútivo pode ser introdúzido em oútro ser vivo , onde eú capaz de se desenvolver oú de se múltiplicar , e dependendo das predisposiçoõ es intríúnsecas do novo hospedeiro , pode aíú gerar oú naõ o úm estado patoloú gico manifesto: doença infecciosa, qúe tambeúm eú transmissíúvel.

Page 10: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Infectividade: capacidade qúe teêm certos organismos de penetrar e de se desenvolver oú se múltiplicar no novo hospedeiro , ocasionando infecçaõo.

Patogenicidade: eú a qúalidade qúe tem o agente infeccioso de úma vez instalado no organismos do homem e de oútros animais , prodúzir sintomas em maior oú menor proporçaõ o dentre os hospedeiros infectados.

Virulência: eú a capacidade de úm bioagente prodúzir casos graves oú fatais.

Dose infectante : eú a qúantidade do agente etioloú gico necessaú ria para iniciar úma infecçaõo

Poder invasivo: eú a capacidade qúe tem o parasita de se difúndir , atraveús de tecidos , oú rgaõos e sistemas anatomofisoloú gicos do hospedeiro

Imunogenicidade : eú a capacidade qúe tem o bioagente para indúzir imúnidade no hospedeiro.

Page 11: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Indivíúdúo, pessoa oú animal ,qúe, em condiçoõ es natúrais, penetrada por bioagentes patogeênicos , concede súbsisteência a estes, permitindo-lhes seú desenvolvimento oú múltiplicaçaõo.

Indivíúdúo súscetíúvel oú infectaúvel : pessoa oú animal sújeitos a úma infecçaõ o

Indivíúdúo resistente: eú aqúele qúe , por via de algúm mecanismo natúral oú atraveús de imúnizaçaõ o artificial , tornoú-se capaz de impedir o desenvolvimento , em seú organismo, de agentes infecciosos.

Page 12: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Inclúi todos os fatores qúe naõo sejam especíúficos do agente infeccioso oú do hospedeiro . Pode ser visto como reservatoú rio de bioagentes.

Reservatório de agentes infecciosos: eú o ser húmano oú o animal , artroú pode ,planta, solo oú mateúria inanimada em qúe o agente infeccioso normalmente vive e se múltiplica em condiçaõo de dependeência primordial para a sobreviveência e no qúal se reprodúz de modo a poder ser transmitido a úm hospedeiro súscetíúvel (OPAS) .

Page 13: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Transmissão de agentes infecciosos : processo pelo qúal o agente infeccioso , oriúndo de úm indivíúdúo infectado, pessoa oú animal com passagem oú naõo por intermediaú rio vivo oú por objeto oú material inanimado , tem acesso ao meio interno de úm novo hospedeiro.

Saíúda do agente infeccioso estaú gio no ambiente

Entrada em úm novo hospedeiro

Page 14: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Mecanismo de cadeia 2 fatores vivos: o hospedeiro súscetíúvel aà infecçaõo e o

agente infeccioso 3 fatores vivos: hospedeiro primaú rio , o agente infeccioso

e úm hospedeiro intermediaú rio. 4 fatores vivos: úm hospedeiro normal , úm hospedeiro

súscetíúvel acidental, úm agente infeccioso e úm vetor.

Page 15: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Saõo objetos oú materiais contaminados qúe sirvam de meio mecaê nico , aúxiliando úm agente infeccioso a ser transportado e introdúzido em úm hospedeiro súscetíúvel.

Veículo Transportador e indutor: transposta e introdúz o agente infeccioso no hospedeiro súscetíúvel (ex. agúa, leite ..)Veículo de suporte :eú o meio fíúsico qúe coloca em comúnicaçaõo os fatores envolvidos no processo transmissivo (ar atmosfeúrico).

Page 16: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Corresponde a súa entrada no ecossistema oú, a entrada direta em oútro hospedeiro.

Substrato de eliminação: eú o material de origem vital prodúzido em processo fisioloú gico oú patoloú gico por organismos vivos e qúe qúando destacados desses , carreia consigo formas de sobreviveência de bioagente infectante.

Mecanismo de eliminação: natúral , extraçaõ o mecaênica, morte dos infectados.

Estágio Infectante :EÉ o estaú gio no qúal o infectante passa no meio interno do hospedeiro . O passado fora eú denominado estaú gio no ambiente.

Page 17: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Um novo hospedeiro qúe sirva de abrigo bioloú gico ao agente infeccioso , deve ser úm indivíúdúo súscetíúvel a úma possíúvel infecçaõo qúe possa ser prodúzida por esse agente. Caso contraú rio, o bioagente, tende a perecer.

Portas de entradas: orifíúcios natúrais, múcosas , pele e solúçaõo de continúidade.

Page 18: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p
Page 19: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p
Page 20: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

A varíúola foi erradicada em 1973 e a poliomielite em 1989. O sarampo encontra-se com a transmissaõ o interrompida desde o final

de 2000. O teú tano neonatal apresenta taxa de incideência múito abaixo do

patamar estabelecido para consideraú -lo eliminado enqúanto problema de Saúú de Púú blica (1/1.000 nascidos vivos).

A redúçaõ o na incideência e concentraçaõ o dos casos tambeúm permite prever úma proú xima eliminaçaõo da raiva húmana transmitida por animais domeústicos.

A difteria, a coqúelúche e o teú tano acidental, qúe teêm em comúm o fato de serem imúnopreveníúveis;

A doença de Chagas e a hanseníúase, ambas endeêmicas haú vaú rias deúcadas em nosso paíús;

A febre tifoú ide, associada a condiçoõ es sanitaú rias precaú rias; A oncocercose, a filariose e a peste, todas com aú reas de ocorreência

restritas.

Page 21: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

As hepatites virais – especialmente as hepatites B e C – e a túbercúlose, em fúnçaõo das altas prevaleências alcançadas, da ampla distribúiçaõ o geograú fica e do potencial evolútivo para formas graves qúe podem levar ao oú bito.

As meningites tambeúm se inserem nesse grúpo de doenças, destacando-se as infecçoõ es caúsadas pelos meningococos B e C, qúe apresentam níúveis importantes de transmissaõo e taxas meúdias de letalidade acima de 10%.

Ainda nesse grúpo, aleúm da manútençaõo de elevadas prevaleências, tem sido observada expansaõ o na aú rea de ocorreência para as leishmanioses (visceral e tegúmentar) e a esqúistossomose, em geral associada aà s modificaçoõ es ambientais provocadas pelo homem, aos deslocamentos popúlacionais originados de aú reas endeêmicas e aà insúficiente infra-estrútúra na rede de aú gúa e esgoto – oú na disponibilidade de oútras formas de acesso a esses serviços.

Page 22: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Um terceiro grúpo de doenças expressa, em nosso paíús, o fenoê meno múndial de emergência e reemergência de doenças transmissíúveis. Doenças emergentes saõo as qúe súrgiram, oú foram identificadas, nas úú ltimas dúas deúcadas; oú, ainda, as qúe assúmiram úma nova sitúaçaõo, passando de doenças raras e restritas para constitúíúrem problemas de Saúú de Púú blica. Reemergentes, por súa vez, saõo aqúelas qúe ressúrgiram, enqúanto problema de Saúú de Púú blica, apoú s terem sido controladas no passado.

Desde o iníúcio da deúcada de 80, algúmas doenças infecciosas passaram a ser registradas oú foram reintrodúzidas no paíús, destacando-se a aids (1980), o dengúe (1982), a coú lera (1991) e a hantavirose (1993), e, dentre estas, somente a coú lera apresentoú redúçaõo significativa na úú ltima deúcada. A raúpida disseminaçaõo da aids no paíús, por súa vez, tem-se refletido na ocorreência de úma seúrie de oútras doenças infecciosas, particúlarmente a túbercúlose.

Page 23: Epidemiologia Das Doen as Transmiss Veis p

Leitúra do artigo Mudanças nos padrões de morbimortalidade da população brasileira: os desafios para um novo século

Discússaõo das tendeências das doenças infecciosas