entrevista panorâmica #10

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entrevistapanorâmica ANOII - #10 - OUT 12 DIÁRIO DO TURISMO www.diariodoturismo.com.br APOIO: 10! DEZ! EDIÇÃO DESTACAMOS ESSE RUBI, ESSA ESMERALDA OU ESSE DIAMANTE DO COROAMENTO

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Quatro entrevistas para coroar a DÉCIMA edição!

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Page 1: Entrevista Panorâmica #10

entrevistapanorâmicaANOII - #10 - OUT 12

DIÁRIO DO TURISMOwww.diariodoturismo.com.br

APOIO:10!

DEZ!EDIÇ

ÃO

DESTACAMOS ESSE RUBI, ESSA ESMERALDA OU ESSE DIAMANTE DO COROAMENTO

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Page 4: Entrevista Panorâmica #10

UM COROAMENTO DOTEMPO E DO TRABALHO

Com vocês, mais uma pedra de nossa coroa, a 10ª edição da ENTREVISTA PANORÂMICA!

Chegamos a 10ª edição da ENTREVISTA PANORÂMICA trazendo aos nossos exigentes leitores as palavras de Goiaci Guimarães, presidente da Rextur-Advance, Eduardo Pereira, diretor de marketing da rede Tropical de Hotéis, José Efromovich, presidente da companhia aérea Avianca e Danielle Novis, secretária de turismo do Estado de Alagoas.

Estas entrevistas e essas 10 primeiras edições coroam o excelente relacionamento que o DIÁRIO DO TURISMO construiu em oito anos de veiculação ininterrupta com os mais diferentes setores da economia do turismo, de esferas públicas ou privadas, de instituições de ensino à empresas de economia mista.

Esse coroamento vem, ao que tudo indica, e corrijam-me se estiver errado, cravejado de algumas características inerentes à uma publicação mais preocupada com a informação do que com o negócio, mesmo sabendo, evidentemente, que uma não vive sem a outra.

Por sua natureza mais jornalística que marqueteira, os entrevistados, antes, depois, ou mesmo durante a entrevista, mostravam sua identidade pessoal, falando dos projeto dos filhos, dos cuidados com a saúde, dos hábitos alimentares, dos hobbys, dos amigos em comum, das práticas de solidariedade e, por fim, da contribuição que davam (e dão) ao mercado do turismo, criando empregos, auxiliando na formação de profissionais, fazendo o setor crescer.

É justamente aqui que destacamos esse rubi, essa esmeralda ou esse diamante do coroamento, da coroa. Uma entrevista nunca deve ser um monólogo, carregado de informações unilaterais objetivas e irrefutáveis, mas ao contrário, deverá vir permeada de observações, ponderações, pausas, lapsos de memória, brincadeiras e até gargalhadas surgidas às vezes da própria seriedade.

Esta aí um segredo para os iniciantes da arte de perguntar e uma verdade irrefutável para a longevidade, tanto do corpo, da alma, quanto do negócio: riam de sua própria seriedade e tenham vida longa.

Page 5: Entrevista Panorâmica #10

10!

[01]

[02]

[03]

[04] DANIELLE NOVIS,SEC. DE TURISMO DE ALAGOAS

JOSÉ EFROMOVICH,PRESIDENTE DA AVIANCA

EDUARDO PEREIRA, VENDAS E MKT DA TROPICAL

GOIACI GUIMARÃES,PRES. DA REXTUR-ADVANCE

Paulo R. von Atzingen - Editor

Page 6: Entrevista Panorâmica #10

QUEM MANDA NAS AÉREAS É O YIELD

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DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

1GOIACI ALVES GUIMARÃES DISPENSA APRESENTAÇÕES. PRESIDENTE DA REXTUR-ADVANCE, UM DOS MAIS BEM SUCEDIDOS EXECUTIVOS DAS AGÊNCIAS CORPORATIVAS QUE OPERAM CONTAS COMERCIAIS ATENDEU O JORNALISTA PAULO ATZINGEN, EDITOR DO DIÁRIO, CONCEDENDO ESTA BEM HUMORADA ENTREVISTA QUE ACONTECEU NO TERRAÇO ITÁLIA, EM SÃO PAULO. GOIACI NÃO ACREDITA QUE AS TURBULÊNCIAS DO SETOR AÉREO POSSAM AFETAR O ÓTIMO MOMENTO DAS CONTAS CORPORATIVAS E FAZ TIRADAS PRECIOSAS PARA DESCREVER TEMAS ÁRIDOS DA ECONOMIA DO TURISMO: 'AS PERSPECTIVAS SÃO MUITO BOAS. EU COMPARO A UM CAMINHÃO CHEIO DE MELANCIAS QUE APÓS UMA FREADA, TODA A CARGA FICA BEM ACOMODADA', DIZ PARA DESCREVER OS AJUSTES DO MERCADO PARA 2013. ESSA BRINCADEIRA, NO ENTANTO, É SUBSTITUÍDA QUANDO NOS DEPARAMOS COM OS NÚMEROS DO SETOR. “NO PRIMEIRO SEMESTRE AS CONTAS COMERCIAIS FATURARAM R$ 5.6 BILHÕES, E A PERSPECTIVA É QUE ISSO CRESÇA DE 3% A 4% SOBRE O PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)", DIZ. A FUSÃO DA REXTUR E A ADVANCE FOI ANUNCIADA NO INÍCIO DE ABRIL DESTE ANO. JUNTAS AS EMPRESAS POSSUEM 570 COLABORADORES E 31 PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO PELO BRASIL. EM 2011, AS CONSOLIDADORAS VENDERAM 3 MILHÕES DE BILHETES AÉREOS (800 MIL REXTUR E 2,2 MILHÕES ADVANCE). ESTE ANO, ELAS QUEREM FECHAR O ANO COM 3,3 MILHÕES DE PASSAGENS COMERCIALIZADAS. ACOMPANHE A SEGUIR A ENTREVISTA:

GOIACI GUIMARÃES,PRESIDENTE DA REXTUR-ADVANCE

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DIÁRIO - Qual sua perspectiva para 2013 para as contas comerciais?GOIACI – As melhores possíveis e te dou um exemplo daquela imagem de um caminhão cheio de melancia e a carga só ficando ajustada quando acontece uma freada. Então, as pessoas estão entendendo que não é só preço baixo que vende, mas também qualidade e tecnologia. Está havendo uma concentração de vendas do setor, e poucas empresas operando. Isso é bom por um lado, mas é ruim para outro, por causa do desemprego. No entanto, a tecnologia tem criado também novas frentes de trabalho, já que é n e c e s s á r i o t e r u m homem por trás para fazê-la funcionar. A p e r s p e c t i v a é q u e s e m p r e c r e s c a , n o mínimo de 3% a 4% no a n o , a c i m a d o P I B nacional. No primeiro semestre, as contas comerciais faturaram R$ 5.6 bilhões.

DIÁRIO - No entanto, há um acidente de percurso c h a m a d o c r i s e d a s companhias aéreas. O senhor vê isso apenas como um problema pontual?GOIACI - Vejo isso como um problema pontual, não como uma crise no setor, já que existem muitas empresas tendo lucro, obrigado. Acontece que (as aéreas) erraram, colocaram mais oferta que a demanda, e estão pagando um preço alto por isso. E é preciso dizer que hoje em dia quem manda nas companhias aéreas não é o presidente, nem os acionistas, nem o conselho de administração, mas o Yield. E parece que esse pessoal do yield fez phd da imbecilidade, Às vezes o avião sai vazio e eles (a companhia aerea) não libera uma tarifa média para poder vender, e eles acreditam em estatística e nem sempre a estatística é a mesma. O outubro do ano passado não será o mesmo outubro deste ano. Não acreditam em tendência. Eu não estou falando de

uma companhia mas de várias companhias em que o yield manda mais que o comercial é eles que determinam o preço, determinam a revenue (receita) da companhia. Isto não é porque as companhias querem andar com baixa ocupaçao, mas é porque calculam mal. DIÁRIO - Como o senhor posiciona hoje a Rextur-Advance no mercado corporativo?GOIACI - A Rextur individual é a maior vendedora de tarifas internacionais. a Rextur-Advance tem o maior faturamento de consolidadora do país,

t u d o f r u t o d e u m p r i n c í p i o c h a m a d o trabalho e de acreditar q u e t o d o m u n d o é honesto até que provem o contrár io . Muitas e m p r e s a s e s t ã o tentando fazer fusões e não conseguiram. Nós, da Rextur-Advance, nos despimos de vaidade, e conseguimos, depois da fusão admit i r mais pessoas. Qual o segredo disso? Tradição, meu p i o n e i r i s m o , e p r i n c i p a l m e n t e a tecnologia que vem da Advance. Eles estão 10 anos à frente de qualquer companhia.

DIÁRIO - Qual a principal lição que o senhor teve como presidente das maiores associações de turismo do Brasil, como a Abav e o Favecc, atual Abracorp?GOIACI - Satisfação, mas também muitas decepções. Às vezes você defende algo e sai com a bandeira desfraldada e os soldados vão atrás de você. Quando vê, chega ao fim da linha e está com a bandeira toda rasgada e sozinho. Mas mesmo assim não falaram para mim que era impossível e eu fui lá e venci. É muito árduo o trabalho. Todo mundo gosta de atirar pedras e cobrar. Fico feliz em ter contribuído. Valeu a pena.

AS PESSOAS ESTÃO ENTENDENDO QUE NÃO É SÓ PREÇO BAIXO QUE VENDE, MAS

TAMBÉM QUALIDADE E TECNOLOGIA

Page 9: Entrevista Panorâmica #10

É MUITO ÁRDUO O TRABALHO. TODO MUNDO GOSTA DE ATIRAR PEDRAS E COBRAR. FICO FELIZ EM TER CONTRIBUÍDO. VALEU A PENA

Page 10: Entrevista Panorâmica #10

PISCINA DO TROPICAL MANAUS (FOTO: RENATO B. ECK ZORN)

Page 11: Entrevista Panorâmica #10

DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

2O PAULISTA EDUARDO PEREIRA FILHO ESTÁ NA REDE TROPICAL HÁ SETE

ANOS E À FRENTE DO SETOR DE VENDAS E MARKETING HÁ EXATOS TRÊS.

VIAJANDO O PAÍS DE NORTE A SUL TODA A SEMANA, EDUARDO FAZ VISITAS

REGULARES À UNIDADE DE MANAUS, PORTO SEGURO E JOÃO PESSOA, ALÉM,

É CLARO – DE VOLTAR PARA CASA EM SÃO PAULO, NOS INTERVALOS. “A

NOSSA VIDA É MUITO AGITADA. A GENTE VIAJA PRA CIMA, PRA BAIXO, ESTÁ

SEMPRE EM GRANDE ATIVIDADE. É PRAZEROSO. SE EU PARAR, ENFERRUJO,

MAS ME SINTO UM GAROTO DE 55 ANOS TRABALHANDO COM ESSA

ATIVIDADE NA TROPICAL”, DISSE AO EDITOR DO DIÁRIO, JORNALISTA PAULO

ATZINGEN. ESTA ENTREVISTA, CONCEDIDA NA SEMANA EM QUE O TROPICAL

TAMBAÚ, EM JOÃO PESSOA, COMPLETA 41 ANOS DE IDADE SERVIU TAMBÉM

PARA ELE DESCREVER ASPECTOS DAS OUTRAS DUAS UNIDADES, COMO AS

REFORMAS, POSICIONAMENTO NO MERCADO CORPORATIVO E DE LAZER,

ALÉM DO PERFIL DOS HÓSPEDES. ACOMPANHE:

EDUARDO PEREIRA, VENDAS E MKT DA TROPICAL

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DIÁRIO – Coincidências ou não, o Tropical Tambaú, em João Pessoa, completa hoje (11 de setembro) 41 anos de idade. Fale um pouco sobre esse hotel...EDUARDO PEREIRA FILHO – Ele realmente faz 41 anos, mas tem um corpinho de 20 (risos), porque nós re-estilizamos 120 dos 173 apartamentos, e até o início de 2013 todos os apartamentos já estarão re-estilizados. Apesar de ter 41 ele está muito bem apresentável. Esse hotel tem uma característica interessante, pois ele marcou o desenvolvimento do t u r i s m o d e J o ã o Pessoa, é o cartão-posta l da cap i ta l p a r a i b a n a . N o s workshops em que e s t a m o s a p r e s e n t a n d o o destino Paraíba, uma pessoa me disse: “Há 20 anos atrás, não e x i s t i a h o t e l n a P a r a í b a ' e e u complementei: só o Tropical” Hoje é um destino muito bom. A Praia de Tambaú é uma ótima região e um dos principais focos turísticos de João Pessoa. Trata-se de um empreendimento c o n s o l i d a d o , basicamente de lazer, mas temos também a parte de eventos, mas são eventos mais locais. Fazemos eventos para até 1.800 pessoas lá. Nós trabalhamos com as operadoras, clubes de férias, é um público nacional. Até mesmo porque a Paraíba é pouco explorada, ou visitada, por estrangeiros. Diferente de Porto Seguro, que recebe muitos turistas do exterior, principalmente argentinos. Então, o principal público do hotel vem de São Paulo, interior de São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. É um destino ainda pouco divulgado, nós estamos fazendo um esforço junto com a PBTur e a ABIH da Paraíba, para divulgá-lo, porque é a bola da vez. É um destino que está

sendo descoberto. Nossa ocupação nesse empreendimento é alta, em torno de 80%, é muito acima da média nacional, com picos; para te adiantar, no Réveillon nós já estamos com over e Carnaval já está tudo vendido. Então é um destino muito vendável, muito bonito, quem não conhece, tem que conhecer. DIÁRIO – A promoção dessas unidades é feita em conjunto ou de forma individualizada?EDUARDO – Elas são feitas em conjunto e

i n d i v i d u a l i z a d a s . Quando nós vamos para uma feira, para a Avirrp, para a Abav, ou na feira de uma grande operadora, CVC, Trend, n ó s f a z e m o s a promoção conjunta. Por exemplo, nós vamos para a Abav agora, vamos para Gramado em novembro, vamos pra FIT, na Argentina, e a gente apresenta todas como um conjunto de possibilidades. Então a gente tem até um material de promoção em conjunto. E fazemos a divulgação individual aproveitando as ações de cada Estado, por exemplo, acabamos de fazer a divulgação da Paraíba na Argentina e em São Paulo com os

principais operadores. Na Argentina foram quatro dias e aqui em São Paulo foram três. Nesse caso, nós fazemos a divulgação do empreendimento envolvido para aquele destino. Então no caso específico da Paraíba, nós fomos lá para divulgar o Hotel do Tambaú, mas tem ações desenvolvidas pelo Conventions de Manaus, pela Secretaria de Turismo do Amazonas e aí eu vou lá divulgar o de Manaus e o de Porto Seguro também. Em feiras, nós divulgamos o conjunto da obra e não a individualidade, porque aí nós ganhamos pelo material de divulgação mais econômicos e nós aparecemos como rede também.

UMA PESSOA DISSE: HÁ 20 ANOS ATRÁS NÃO EXISTIA HOTEL NA PARAÍBA, E EU

CORRIGI - SÓ O TROPICAL TAMBAÚ!

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DIÁRO – O mercado hoteleiro, em tese, está aquecido e os hoteleiros não estão reclamando.. Numericamente, o senhor poderia passar os dados da rede para a gente?EDUARDO – A nossa rede se caracteriza por um volume muito grande de turistas nacionais, com exceção de Manaus, onde temos um fluxo um pouco maior de turistas estrangeiros, o nosso mercado é nacional. Então, apesar dessa crise mundial, o mercado nacional está aquecido e isso nos favoreceu muito. Então, nesse primeiro semestre, nós tivemos um aumento de geração de receita em relação ao ano passado, na ordem de 22%, que é um número bastante significativo. Então nós estamos muito satisfeitos com esses primeiros seis/ sete meses, e isso nos permite ter a continuidade de revitalizar e melhorar muito nossos produtos, nossos hotéis, porque boa parte dessa geração de receita está voltando para a própria melhoria do empreendimento. Nós falamos que entramos agora no ciclo virtuoso, a gente melhora a receita, melhora o aproveitamento e melhora o produto, melhorando o produto, eu aumento a receita e daí em diante. Isso tem dado certo, a gente tem tido um bom retorno do mercado, mas também chama a atenção que o mercado nacional está fazendo a diferença. Tanto que as grandes operadoras, que se dedicavam quase que exclusivamente para o mercado internacional, estão voltando os seus canhões para o produto nacional. DIÁRIO –Como é que tem sido a captação de

hospedagens através dos agentes de viagens?EDUARDO – Nós trabalhamos com as principais operadoras e trabalhamos com o mercado .com, mas damos condições super iguais e favoráveis para os dois mercados. O agente de viagens para nós é fundamental. Passa por uma reformulação de serviços prestados, tem que se repensar a questão do agente de viagens, mas para nós ele é fundamental, tanto que nós temos a tarifa Agente de Viagens que é igual a de um funcionário. Para a Tropical, nós consideramos que os agentes de viagens são uma extensão de funcionários numa equipe de vendas.

DIÁRIO – Tem alguma unidade na rede hoje que se caracteriza mais com as contas corporativas?EDUARDO – Sem dúvida nenhuma, Manaus é o hotel que trabalha mais com as contas corporativas, porque o espaço para eventos de Manaus é privilegiado, então nós temos vários salões, nós conseguimos fazer eventos para até 4 mil pessoas. Manaus também é uma cidade que está se desenvolvendo na parte industrial de empresas enormemente, então tem uma demanda muito grande de corporativo, então lá é o grande foco do corporativo. Tambaú tem ainda um pouco de corporativo, mas comparado com Manaus é muito menor. E nós trabalhamos com as principais operadoras que atuam no segmento, operadoras que trabalham com o nicho do corporativo são visitadas constantemente pela Tropical e nós temos uma relação de décadas. Desde o início dessas operadoras nós já estávamos no mercado trabalhando com elas.

NÓS TRABALHAMOS COM AS PRINCIPAIS OPERADORAS QUE ATUAM NO SEGMENTO TANTO CORPORATIVO, QUANTO DE LAZER

TROPICAL MANAUS (FOTO: RENATO B. ECK ZORN)

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IREMOS FECHAR O ANO COM OITO AVIÕES NOVOS INCORPORADOS À FROTAJOSÉ EFROMOVICH

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DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

3COM UM BOM HUMOR REFINADO E UMA CLAREZA NAS RESPOSTAS QUASE

PEDAGÓGICA, O PRESIDENTE DA AVIANCA BRASIL, JOSÉ EFROMOVICH

CONCEDEU ESTA ENTREVISTA PARA O EDITOR DO DIÁRIO, JORNALISTA

PAULO ATZINGEN. INTEGRANDO A EDITORIA ENTREVISTA NO TERRAÇO, O

EXECUTIVO ANTECIPOU ALGUNS NÚMEROS: “PRETENDEMOS

TRANSPORTAR ESSE ANO 5,3 MILHÕES DE PASSAGEIROS. EU PODERIA TE

DIZER QUE NÃO TEMOS UM CRESCIMENTO TÃO GRANDE PREVISTO PARA O

ANO QUE VEM, MAS AINDA ASSIM VAMOS CRESCER PELO MENOS UNS 30% A

40%, - DE 1.5 A 2 MILHÕES - ACIMA DOS 5 MILHÕES PARA O ANO QUE VEM”,

DISSE COM EXCLUSIVIDADE. NESTA ENTREVISTA, QUE OCORREU DURANTE

UM ALMOÇO NO RESTAURANTE TERRAÇO ITÁLIA, EFROMOVICH FALA

ESPECIALMENTE SOBRE A AVIANCA BRASIL, COMO O CRESCIMENTO DA

FROTA, PARTICIPAÇÃO NO GRUPO SYNERGY E RELAÇÃO COM OS AGENTES

DE VIAGENS.

JOSÉ EFROMOVICH,PRESIDENTE DA AVIANCA

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DIÁRIO - Qual o percentual que a Avianca tem no grupo Synergy?EFROMOVICH - São duas empresas separadas, independentes, com contabilidade, estrutura e governança totalmente separadas. Avianca Taca nós temos aproximadamente 60% do controle e Avianca Brasil nós controlamos 100%. Se juntarmos as duas, elas podem vir a representar 50% dos nossos negócios, aproximadamente.

DIÁRIO – Esse ano a Avianca tinha planejado incorporar cinco aeronaves Airbus 318 à frota, mas parece que esse número já subiu para oito. Por que está acima do planejado? Mudança de planos?EFROMOVICH - O pacote inicialmente planejado era de 15 aviões (A318)e estamos mantendo os 15 aviões. Para falar a verdade eram 25, 10 já estão incorporados à frota da Avianca Taca e 15 c o m e ç a r a m a s e r incorporados à frota da Avianca. Eram cinco em 2011, mais cinco em 2012 e cinco em 2013. Os cinco de 2011 já estão na frota operando desde o ano passado e dos cinco de 2012 só chegou um que está passando pelo processo de regularização documental e na próxima semana deve ser incorporado à frota. Então nós já temos seis no Brasil; chegam esse ano mais quatro conforme planejado e mantemos o planejamento de mais cinco no ano que vem. Para esse ano também chegou um A-319 e irá chegar mais dois A-320. Então iremos fechar o ano com oito aviões novos incorporados à frota; em dezembro teremos 34 aviões no total. DIÁRIO - Quanto é o investimento disso tudo?EFROMIVICH - Isso tudo faz parte daquele investimento inicial de R$2,6 bi em seis anos, até 2016. Isso em relação à Avianca Brasil.

DIÁRIO - Como será a divisão das aeronaves com a Avianca-Taca?EFROMOVICH - A Avianca-Taca tem um planejamento isolado e, só para você ter uma ideia, ela comprou no ano passado 51 Airbus 320, alguns para substituir frota e alguns para incorporar. Desses 51 estão previstos 34 da nova série, mais econômicos. A Synergy está sempre atenta ao mercado e eventualmente comprando aviões para acomodar onde seja necessário: ou Equador ou no Peru ou na Colômbia ou no Brasil; mas tudo isso está fora do que nós falamos de planejamento normal que é os R$ 2.6 no Brasil e as unidades que foram compradas pela Avianca Taca.

DIARIO - Vocês anunciaram há pouco tempo um novo destino aqui no Brasil que é Maceió. Você poderia adiantar se vai haver a expansão da malha para outras cidades?EFROMOVICH - Sim, Maceió era a única capital do Nordeste que nós não atendíamos, então foi uma decisão e nos próximos 60 dias nós já devemos estar voando para Maceió do Rio, de São Paulo, de Brasília e de Salvador também, mas o de Salvador sai de São Paulo. Dessa maneira fechamos com todas as capitais do Nordeste.

DIÁRIO - E outras regiões do país como o Norte?EFROMOVICH - Estamos estudando. Devemos ter uma definição até final de setembro se vamos abrir ainda esse ano para o Norte ou deixaremos para o ano que vem, porque nossa prioridade é tornar nossa malha mais densa para oferecer um produto melhor ainda do que o que já estamos oferecendo e, eventualmente, abri uma ou duas bases novas. O nosso objetivo não é espalhar nossa malha e sim torná-la um produto melhor do que já vem sendo.

DIÁRIO - A Avianca pretende transportar quantos passageiros nesse ano de 2012 e qual a perspectiva para 2013?EFROMOVICH - Pretendemos transportar esse ano de

QUEREMOS QUE A INTERFACE COM O AGENTE DE VIAGEM SE FORTALEÇA

Page 19: Entrevista Panorâmica #10

5.3 a 5.4 milhões de passageiros. Eu poderia te dizer que não temos um crescimento tão grande previsto para o ano que vem, mas ainda assim vamos crescer pelo menos uns 30% a 40%, - de 1.5 a 2 milhões - acima dos 5 milhões para o ano que vem. Esse ano o prognóstico é de chegar e eventualmente ultrapassar os 5,3 milhões de passageiros.

DIÁRIO - O programa Amigo é um programa de relacionamento com um nome super sugestivo. Ele tem conquistado muita gente?EFROMOVICH - No ano passado nós atingimos um milhão de amigos. Esse ano nós já ultrapassamos 1.3 milhões. Isso nos faz sentir que o nosso passageiro vem se fidelizando cada vez mais, vem mantendo o hábito de voltar a voar conosco. Nós não temos grandes programas de marketing para esse ano, estamos utilizando uma ferramenta primária de comunicação em marketing, que é o boca a boca e que têm funcionado de maneira muito satisfatória.

DIÁRIO - Como o Senhor analisa essa relação entre a companhia aérea e um dos seus principais distribuidores que é o agente de viagem?EFROMOVICH - Nós acreditamos que é uma relação de dependência e extremamente positiva; não existe possibilidade de imaginar em criarmos um canal diretor e vender diretamente. Nós precisamos do agente e em função disso estamos sempre procurando esse canal de comunicação promovendo produtos e situações para poder facilitar e para poder fazer com que cada vez mais essa interface agente de viagens e companhia aérea se fortaleça. Nós somos transportadores de passageiros, o agente de viagens e turismo, em suas várias categorias, é que cuida do passageiro e resolve todos os problemas com relação à viagem. Nós somos um pedaço disso, nós não cuidamos de transfer, nós não cuidamos de hotel, nós não modificamos reservas, nós não fazemos esse trabalho; então um trabalho desenvolvido nessa linha que ajude e agregue valor ao passageiro é extremamente bem vindo e nós estamos sempre preocupados em achar ferramentas para estabelecer e consolidar, tornando-o cada vez mais forte. Temos e prestigiamos ao máximo o agente de viagem e turismo mesmo porque ele que pega o feedback do passageiro e um passageiro feliz vai fazer com que aquele agente possa oferecer as mesmas condições de viagem para outros passageiros então é uma troca super salutar e buscamos constantemente ferramentas para estreitar cada vez mais essa relação.

NÓS PRECISAMOS DO AGENTE E EM FUNÇÃO DISSO ESTAMOS SEMPRE PROCURANDO ESSE CANAL DE COMUNICAÇÃO PROMOVENDO PRODUTOS E SITUAÇÕES PARA PODER FACILITAR E PARA PODER FAZER COM QUE CADA VEZ MAIS ESSA INTERFACE ‘AGENTE DE VIAGENS E COMPANHIA’ AÉREA SE FORTALEÇA

Page 20: Entrevista Panorâmica #10

“TEMOS QUE TRABALHAR COMO UMA ORQUESTRA”DANIELLE NOVIS

Page 21: Entrevista Panorâmica #10

DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

4DURANTE A REALIZAÇÃO DO FIPTUR – COPA & MEGAEVENTOS, QUE ACONTECEU EM MACEIÓ, NOS ÚLTIMOS DIAS DE AGOSTO (30 E 31), O DIÁRIO OUVIU A SECRETÁRIA DE TURISMO DO ESTADO DE ALAGOAS, DANIELLE NOVIS. BASTANTE ACESSÍVEL E RECEPTIVA, DANIELLE DEMONSTROU UMA POSTURA MAIS TÉCNICA QUE POLÍTICA, MESMO CONSIDERANDO QUE PARA ESSE CARGO É PRECISO TER HABILIDADE EM AMBOS OS QUESITOS. POR MÉRITO PRÓPRIO, DANIELLE VEIO OCUPAR A CADEIRA QUE ERA DE VIRGÍNIO LOUREIRO, UMA DAS LEGENDAS DO TURISMO NACIONAL – RESPONSÁVEL EM SEMEAR BOAS SEMENTES NO TURISMO DO NORDESTE, EM ESPECIAL NA BAHIA E EM ALAGOAS. NESTA CONVERSA QUE TEVE COM JORNALISTAS DO TRADE, A SECRETÁRIA COMEMORA A INDICAÇÃO DE MACEIÓ COMO UMA DAS TRÊS CIDADES DO NORDESTE QUE TERÁ CENTROS DE TREINAMENTO PARA A COPA DO MUNDO. “HÁ 20 DIAS A FIFA DIVULGOU O SEU PRIMEIRO CATÁLOGO DE POSSÍVEIS CENTROS DE TREINAMENTO. DOS 54 CENTROS PRE-SELECIONADOS, 30 DELES ESTÃO EM SÃO PAULO E O NORDESTE TEVE TRÊS. MACEIÓ ESTÁ ENTRE ESTES TRÊS, É UMA HONRA COMO TAMBÉM RESPONSABILIDADE”, DISSE. DANIELLE FALA AO EDITOR DO DT, JORNALISTA PAULO ATZINGEN, SOBRE A BOA RELAÇÃO QUE O GOVERNO ESTADUAL TEM COM A INICIATIVA PRIVADA, SOBRE O FEITO DE TER INAUGURADO 13 HOTÉIS EM MACEIÓ NO ÚLTIMO ANO E SOBRE A INFRAESTRUTURA DO ESTADO DE ALAGOAS, FUNDAMENTAL PARA QUE O TURISMO DESLANCHE. ACOMPANHE O DEPOIMENTO:

DANIELLE NOVIS,SECRETÁRIA DE TURISMO DE ALAGOAS

Page 22: Entrevista Panorâmica #10

Centro de Treinamento“Há 20 dias a FIFA divulgou o seu primeiro catálogo de possíveis centros de treinamento. Dos 54 centros pré-selecionados, 30 deles estão em São Paulo e o Nordeste teve três. Maceió está entre estes três; é um privilégio como também nos dá responsabilidades. É um grande privilégio porque demonstra que estamos fazendo o dever de casa nesses últimos anos, desde 2007. Estamos, portanto, credenciados para receber uma seleção e, digo mais, não apenas uma seleção mas todo o aparato que vem com ela, além dos turistas". “Nenhum estado do Nordeste inaugurou h o t é i s c o m o o nosso. No último ano inauguramos 13 h o t é i s n o v o s , acredito que nem no Brasil isto tenha ocorrido, sem falar n o s r e t r o f i t s , a d a p t a ç õ e s , e a m p l i a ç õ e s d o s a n t i g o s h o t é i s e x i s t e n t e s . N ó s t e m o s h o j e , indiscutivelmente, u m a d a s m a i s m o d e r n a s hotelarias do país. E uma hotelaria que foi capacitada buscando sempre um padrão diferenciado de qualidade. Empreendimentos que têm uma preocupação muito grande com a qualidade. É uma opção que Alagoas teve. Só em junho, dois hotéis que foram inaugurados aqui na capital, acrescentando 2200 novos leitos em apenas dois hotéis. Temos mais três hotéis que serão inaugurados no segundo semestre – dois aqui na capital – O Meridiano e Holiday inn – e o do grupo Ponta Verde, da praia do Francês. Temos também em construção quatro hotéis nos próximos dois anos. Até 2014 a gente praticamente duplica a

nossa oferta hoteleira. Trata-se de um conjunto de atributos. Condições hoteleiras, localização estratégica, credenciamento para a FIFA. Esse é o nosso conjunto para a Copa do Mundo. Público-Privada"Aqui em Alagoas, um dos privilégios que nós temos é a boa relação pública-privada. A secretária de turismo foi indicada pelo setor privado. É uma prova que isso pode dar certo.

Temos uma relação muito próxima com a ABIH (Associação B r a s i l e i r a d a Indústria de Hotéis – A L ) c o m o Convention Bureau, com os sindicatos e c o m o S e b r a e . Temos inc lus ive a ç õ e s compartilhadas. Por exemplo, as nossas d e c i s õ e s s ã o tomadas de forma compart i lhada e participativa. Aqui e m A l a g o a s , sentamos na mesa e discutimos o que se vai fazer e assim o t i m i z a m o s recursos, esforços e pessoas. Somos um estado pequeno geograficamente e c o m m u i t o s

desafios. Ou a gente se junta para fazer a coisa acontecer ou os problemas continuam os mesmos." Captação de novos empreendimentos"Não adianta dobrar, ou triplicar o número de leitos se não tivermos outros aspectos trabalhados de forma harmoniosa como acessibilidade, modais aéreo e terrestre. A infraestrutura terrestre básica deve caminhar conjuntamente com essa captação de hotéis. Outra coisa é trabalhar a captação e promoção para atrair turistas, não adianta inaugurar hotéis se não tivermos turistas."

É UM GRANDE PRIVILÉGIO PORQUE DEMONSTRA QUE ESTAMOS FAZENDO O DEVER DE CASA NESSES ÚLTIMOS ANOS

Page 23: Entrevista Panorâmica #10

Fatores externos e orquestramento"Temos que trabalhar nossa qualificação – não só de mão de obra, mas de produtos e serviços turísticos.O turismo é uma atividade que depende de todos, é muito vulnerável. Temos fatores externos que não estão sob o nosso controle, mas temos que ter um orquestramento para que tudo dê certo. Nós somos organizadores das demandas pública e privada. Esse é um esforço contínuo. Saneamento, acessibilidade, rodovias, qualificação, saúde, tudo tem que estar orquestrado para termos os resultados que a gente precisa. " Tipo de Turismo"Queremos equilibrar o segmento de negócios com o segmento de lazer. Temos trabalhado com o Conventions Bureau. Temos, comprovadamente, nesses últimos anos mantido uma excelente taxa de ocupação em função dos eventos que vêm acontecendo por aqui. Em junho, por exemplo, tivemos vários eventos de médio a grande porte e índices de 80% a 100% de ocupação. O turista de eventos não precisa de sol para viajar, não precisa de férias, ele vem financiado pela empresa , é um turista que gasta em média 275 dólares por dia." “TODAS ESSAS MELHORIAS TÊM NO TURISMO UMA CONSEQUÊNCIA, MAS O PRINCIPAL BENEFICIADO É O NOSSO POVO”

Infraestrutura"Estamos inaugurando dia 22 de setembro a duplicação da AL 101. Uma das rodovias que nos leva para o litoral sul e para grandes destinos turísticos. Estamos ampliando a questão do saneamento geral, não só nos destinos turísticos. Temos também uma estrada que sai do aeroporto e vai para o litoral norte diminuindo em quase 40 minutos o acesso para o polo de Maragogi. Todas essas melhorias têm no turismo uma consequência, mas o principal beneficiado é o nosso povo. Eu quero que nossas praias tenham balneabilidade pois nós, alagoanos, usufruímos deste destino."

Virginio Loureiro“Fantástica a experiência que tive com ele. Em 2007, o trade turístico conseguiu convencer os candidatos a governo e ele veio e formou sua equipe. Virgínio foi um divisor de águas para o Estado de Alagoas. A partir de todo o trabalho que desenvolveu, trouxe credibilidade para o destino. Com a partida dele, além de perdemos um grande profissional perdemos um amigo. Demos continuidade ao processo construído por ele, amadurecemos outros processos e com certeza estamos aos poucos colhendo o resultado deste trabalho."

PARA A SECRETÁRIA, O TURISMO É UMA

ATIVIDADE QUE DEPENDE DE TODOS

MAESTRO (IMAGEM: RENATO B. ECK ZORN)

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