entrevista panorâmica #03

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origem destino SUCESSO/2012 CRESCIMENTO/2011 DIÁRIO DO TURISMO entrevistapanorâmica www. diariodoturismo.com.br EDIÇÃO #03 JAN 2012 número 03 ! entrevistapanorâmica ANO I - #02 - DEZ 11 DIÁRIO DO TURISMO www.diariodoturismo.com.br APOIO BRASILEIROS GASTARAM MAIS DE US$ 20 BILHÕES APENAS EM VIAGENS INTERNACIONAIS, EM 2010 DECOLAR!

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Terceira Edição da Revista digital Entrevista Panorâmica

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Page 1: Entrevista Panorâmica #03

origem

destino SUCESSO/2012CRESCIMENTO/2011

DIÁRIO DO TURISMO

entrevistapanorâmica

www.diariodoturismo.com.br

EDIÇÃO #03JAN 2012

número03!

entrevistapanorâmicaANO I - #02 - DEZ 11

DIÁRIO DO TURISMOwww.diariodoturismo.com.br

APOIO

BRASILEIROS GASTARAM MAIS DE US$ 20 BILHÕES

APENAS EM VIAGENS INTERNACIONAIS, EM 2010

DECOLAR!

Page 2: Entrevista Panorâmica #03
Page 3: Entrevista Panorâmica #03
Page 4: Entrevista Panorâmica #03

Paulo R. von AtzingenEditor

VAREJO FIRME E FORTE DIANTE DAS TEMPESTADES GLOBAIS

A frase de Flávio Dino, presidente da Embratur, empregada no fim do ano passado em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO TURISMO pode traduzir o ano de 2011 e criar expectativas para este ano que se inicia, mesmo com a crise europeia e americana: “O melhor ano para o turismo de nossa história”. Essa confiança é transmitida também na entrevista do diretor de marketing da Azul, Gianfranco Beting, o Panda: “Prevemos um crescimento na aviação em torno dos 10% a 15%; acreditamos que a Azul terá um papel preponderante nesse crescimento”, disse ao DT.

Além destas duas entrevistas, abrimos o ano trazendo para os leitores duas entrevistas emblemáticas. Uma com Tarcísio Gargioni, vice-presidente Comercial & Marketing da Avianca, que não ficou atrás em termos de esperança nos negócios: “estamos crescendo a taxas asiáticas de 20% ao ano” e Toni Sando, diretor-superintendente do São Paulo Conventions & Visitors Bureau (SPCVB), que coordena o maior Conventions Bureau do Brasil, entidade que abarca os mais de 60 setores da economia do turismo, e que tem, atualmente, 580 associados-mantenedores.

Essas quatro entrevistas refletem a situação privilegiada que o país alcançou no mercado turístico e as expectativas para este ano que se inicia. O Turismo Mundial deve, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (World Travel & Tourism Council) desacelerar este ano de 2012 com a situação econômica na zona do euro, no entanto, a força do turismo interno (Alô Nordeste!) resistirá. O Banco Central estima que, em 2011, os brasileiros tenham gastado mais de US$ 20 bilhões em viagens internacionais, 22% a mais que em 2010. A estimativa é que esse percentual se reduza pela metade este ano, mas mesmo assim, é significativo.

A grande mobilidade social dos brasileiros - quase 30 milhões ascenderam à classe média nos últimos dez anos -, o aumento da renda e do crédito e a queda do desemprego (5,2% em novembro) contribuíram para mais viagens e gastos recordes dos brasileiros no exterior. Que o nosso varejo continue firme e forte diante das tempestades globais.

editorial

PROJETO VISUAL E DIAGRAMAÇÃO: MARCA DESIGN - 11 5564 5040 [WWW.MARCADESIGN.COM.BR]

número03!

Page 5: Entrevista Panorâmica #03

FLÁVIO DINO,PRESIDENTE DA EMBRATUR

GIANFRANCO BETING,DIRETOR DE MARKETING DA AZUL

TARCÍSIO GARGIONI,VICE-PRESIDENTE COMERCIAL &

MARKETING DA AVIANCA

TONI SANDO,DIRETOR SUPERINTENDENTE DO SPCVB

[01]

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[03]

[04]

nos próximos cliques...

Page 6: Entrevista Panorâmica #03

ÁRVORE DE NATALDO IBIRAOUERA

Foto: Renato Eck Zorn

1

Page 7: Entrevista Panorâmica #03

DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

“O MELHOR ANO PARA O TURISMO DE NOSSA HISTÓRIA”, ESSA FRASE EMBLEMÁTICA FOI A

PRIMEIRA DE UMA SÉRIE DE OUTROS ADJETIVOS E NÚMEROS EXPRESSOS PELO PRESIDENTE DA

EMBRATUR, FLÁVIO DINO EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO DIÁRIO. “FINALIZAMOS 2011 COM

TODAS AS METAS PREVISTAS NO PLANO AQUARELA CUMPRIDAS. TIVEMOS O MELHOR ANO DO

TURISMO INTERNACIONAL, ULTRAPASSANDO A MARCA DOS 5,4 MILHÕES DE TURISTAS E US$ 6,4

BILHÕES EM ENTRADA DE DIVISAS”, DISSE DINO AO DT. O EXECUTIVO FALA TAMBÉM DA

PARTICIPAÇÃO DA EMBRATUR NOS MERCADOS INTERNACIONAIS E DO CRESCENTE INGRESSO

DE LATINOAMERICANOS EM TERRITÓRIO NACIONAL, ENTRE OUTROS ASSUNTOS.

1

DIÁRIO - Qual o balanço que o senhor faz do turismo brasileiro no ano de 2011? Quais os pontos positivos que se destacam? FLÁVIO DINO: O ano de 2011 foi o melhor ano para o turismo de nossa história, crescemos acima da média mundial, cumprimos as m e t a s e s t a b e l e c i d a s p e l o n o s s o planejamento estratégico e consolidamos uma posição expressiva em nossa economia e ultrapassaremos a marca dos 5,4 milhões de turistas além de US$ 6,4 bilhões em entrada de divisas. Esses indicadores favoráveis vêm do esforço de nossos empresários e profissionais do turismo que junto com os programas dos governos federal, estaduais e municipais, que

tem investido crescentemente em infraestrutura e promoção turística. Fazendo um breve balanço sobre a atuação da Embratur , podemos ressaltar a participação do Brasil em 46 feiras internacionais de turismo, e o trabalho de nossas agências de Relações Públicas no exterior, que garantiram a publicação de mais de três mil matérias sobre o Brasil publicadas em países da América do Sul, América do Norte e Europa. Além disso, a campanha publicitária da Embratur para que o público estrangeiro conheça nossos destinos turísticos foi veiculada em 15 mercados internacionais.

FLÁVIO DINO,

PRESIDENTE DA EMBRATUR

Page 8: Entrevista Panorâmica #03

DIÁRIO - Quais foram os destinos mais procurados pelos brasileiros e pelos estrangeiros, no Brasil? Flávio Dino: Tradicionalmente, os principais destinos de turistas estrangeiros no país são, São Paulo e Rio de Janeiro – que supera a capital paulista quando o motivo da viagem é lazer. Em terceiro lugar, vem Foz do Iguaçu – com grande entrada de turistas sul-americanos, por terra, além dos europeus, que também usam a estrada. Em quarto, Florianópolis, com grande procura de turistas sul-americanos, pela proximidade, seguido de Salvador.

Diário – Qual a expectativa de ingresso de turistas oriundos de nossos países vizinhos? O senhor acredita que a recessão em países tradicionalmente emissores possa trazer nossos vizinhos para cá?FLÁVIO DINO: As promoções já tem sido feitas e serão mantidas, porém vamos intensificar as ações na América do Sul. Para alcançarmos a meta, de 10 milhões de turistas estrangeiros em 2020, é necessário aumentarmos o número de sul-americanos para 7 milhões. Em 2010, a entrada de visitantes sul-americanos representaram 46% dos turistas estrangeiros. Com a intensificação das ações promocionais podemos estimular esse intercâmbio e atrair mais vizinhos ao Brasil em 2012. É hora de superar os entraves e caminhar com firmeza para a marca dos 10 milhões de turistas estrangeiros, pautando o tema da competitividade de nossos destinos e produtos turísticos como uma questão nacional. Nesse processo, qualidade e preço são debates fundamentais, já que tenho dito que não podemos “matar a galinha dos ovos

de ouro” ao ter preços muito altos na Copa, que caracterizariam o Brasil como um destino caro. DIÁRIO – Quais são as perspectivas do turismo brasileiro em 2012?FLÁVIO DINO: Esperamos crescer e chegar a 5,7 milhões de turistas e US$ 7 bilhões em divisas, conforme estabelecido no Plano Aquarela. Para alcançar esses resultados a Embratur utilizará as ferramentas já conhecidas e pretende ainda, desenvolver novas, por exemplo, na

área de comunicação digital, por exemplo. Além disso, vamos apoiar voos fretados, visando complementar a malha aérea comercial e levar estrangeiros a pontos turísticos com pouca acessibilidade, como é o caso de tantas capitais do Norte e Nordeste. Pensando na Copa como um evento que deve beneficiar a todos os brasileiros estamos desenvolvendo uma série de roteiros associados às 12 cidades-sede, para estimular o turista que vem para a Copa do Mundo a conhecer outras cidades e estados no período entre os jogos, como a nossa querida capital – que completa

400 anos em 2012. DIÁRIO - Quais ações de promoção estão previstas para 2012? FLÁVIO DINO: Neste ano, a Embratur vai focar suas ações em 17 mercados, os 15 principais emissores (Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru, Uruguai, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Holanda, Portugal, Bolívia), além de Canadá e México.

SE O BRASIL É PARA TODOS, O TURISMO TAMBÉM DEVE ESTAR

ACESSÍVEL A TODOS QUE DESEJAM DESFRUTÁ-LO.

Page 9: Entrevista Panorâmica #03

O Brasil estará presente, inicialmente, em 23 feiras de turismo no exterior. A primeira será a BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), que acontece entre os dias 29 de fevereiro e 4 de março, em Lisboa, Portugal, onde um novo estande brasileiro será lançado. Com layout altamente tecnológico e painéis de LED, o estande irá se destacar pela visibilidade e uso sustentável, já que utilizará menos lona de vinil. O novo projeto terá também área para gastronomia e o Espaço Copa. Outra novidade para 2012 será o lançamento da nova campanha publicitária, no encerramento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres. Também pretendemos lançar uma ferramenta que vai integrar a Embratur com o apoio à comercialização. Vamos unir redes sociais a site de vendas, permitindo que as empresas possam fazer anúncios e veicular suas ofertas e promoções. A ferramenta será lançada em fevereiro, em um evento no Rio de Janeiro e Nova York, nos Estados Unidos. DIÁRIO - Sobre o programa “Turismo sem Limites” o que já está sendo feito? E quais os principais benefícios que ele pode trazer? FLÁVIO DINO: Pretendemos divulgar, no exterior, destinos turísticos brasileiros adaptados às pessoas com deficiência. No início, o programa vai trazer turistas da América do Sul para

conhecer a Estância Hidromineral de Socorro (SP), destino de turismo de aventura adaptado a pessoas com deficiência. A partir da publicação do edital, haverá a contratação da empresa que fará as primeiras viagens em 2012. Depois, o programa se estenderá para promoção junto a operadores de turismo e jornalistas para conhecer os produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros que sejam acessíveis às pessoas com deficiência. A partir desse passo inicial, vamos continuar apoiando as ações do Ministério do Turismo para oferecer a todos a possibilidade de desfrutar de nossos destinos turísticos. Se o Brasil é para todos, o turismo também deve estar acessível a todos que desejam desfrutá-lo.

CRESCEMOS ACIMA DA MÉDIA MUNDIAL E

ULTRAPASSAREMOS A MARCA DOS 5,4

MILHÕES DE TURISTAS ALÉM DE US$ 6,4

BILHÕES EM ENTRADA DE DIVISAS.

Lago do Ibirapuera - iluminação para o Natal (Renato Eck Zorn)

EM 2012, A EMBRATUR VAI FOCAR SUAS AÇÕES EM 17 MERCADOS, ENTRE ELES A ARGENTINA, O CHILE, O CANADÁ E O MÉXICO.

EM 2010, A ENTRADA DE VISITANTES SUL-AMERICANOS REPRESENTARAM 46% DOS TURISTAS ESTRANGEIROS.

Page 10: Entrevista Panorâmica #03

2ANTENA DA TV GLOBO(AV. PAULISTA) - iluminaçãode NatalFoto: Renato Eck Zorn

Page 11: Entrevista Panorâmica #03

DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

A ENTREVISTA COM GIANFRANCO BETING, O PANDA, DIRETOR DE MARKETING DA AZUL, NÃO PODERIA TER SIDO EM OUTRO LUGAR: RESTAURANTE TERRAÇO ITÁLIA, UM ESPAÇO CHARMOSO DO CENTRO DE SÃO PAULO E COM UMA VISTA ESPETACULAR DO CÉU DA CIDADE. ESPECIALISTA EM AVIAÇÃO, BETING ENQUANTO CONVERSAVA COM PAULO ATZINGEN, EDITOR DO DIÁRIO, OBSERVAVA OS AVIÕES CRUZAREM O ESPAÇO E DESCREVIA O MODELO DA AERONAVE, A COMPANHIA AÉREA E O SEU PROVÁVEL DESTINO. SOB ESSA MESMA DESCONTRAÇÃO, GIANFRANCO DESCARTOU QUALQUER TURBULÊNCIA NOS PLANOS DA COMPANHIA E GARANTIU QUE MESMO COM A QUEDA DE MEIO PONTO DO PIB NO BRASIL NESTE ANO QUE SE INICIA, ANUNCIADA PELOS JORNAIS, PODE-SE, MESMO ASSIM, PREVER UM CRESCIMENTO NA AVIAÇÃO EM TORNO DOS 10% A 15%; "NÓS ACREDITAMOS QUE A AZUL TERÁ UM PAPEL PREPONDERANTE NESSE CRESCIMENTO; TEMOS TODOS OS NOSSOS PLANOS DE CRESCIMENTO MANTIDOS, COM ENTREGA DE AERONAVES, PREVISTAS PARA O ANO QUE VEM, SEM ALTERAÇÃO", AFIRMOU AO DIÁRIO. ACOMPANHE:

2GIANFRANCO BETING,

DIRETOR DE MARKETING DA AZUL

DÍARIO- A Azul firmou recentemente um acordo com o banco Santander e a PUC do Rio Grande do Sul, para a criação de um curso de pilotos. Como está o mercado de pilotos e como funciona esse acordo que vocês firmaram?GIANFRANCO BETING – Esse é um acordo pioneiro, como boa parte das ações que a Azul vem tomando desde que começou a voar no Brasil. Pioneiro no sentido de que ele, com essa alavanca financeira, trazida pelo nosso parceiro Santander, em conjunto com esse enorme cabedal de conhecimento, grande centro formador e capacitador de mão de obra que é a PUC do Rio grande do Sul, verdadeiro berço de excelência em formação de talentos da aviação comercial brasileira. Acredito que é uma combinação vencedora, maravilhosa, da empresa mais inovadora com uma instituição financeira sólida, bacana, moderna com uma

grande instituição de ensino que juntas vão conseguir capacitar anualmente um grande número de jovens que de outra maneira não teriam como “bancar” o número de horas necessárias para se formarem como pilotos. A gente sabe que um dos grandes problemas hoje na formação de pilotos no Brasil é justamente a questão econômica, estamos cheios de jovens talentos, pessoas que gostariam de ser pilotos e seguir essa carreira que é promissora, uma carreira com diversas carências no Brasil e no mundo, mas que não teriam condições econômicas de arcar com o custo que gira em torno de 60, 70 mil reais, ao menos para fazer a parte prática. Esse acordo, essa ideia inovadora da Azul, visa resolver um dos problemas que é a formação de pilotos e dessa maneira conseguir atrair e reter talentos para essa indústria.

Page 12: Entrevista Panorâmica #03

DIARIO- Qual será o número de alunos formados por ano?GIANFRANCO - Nós não temos essa estimativa porque vai depender de quantos alunos se inscreverem, de quantos alunos fizeram a aplicação. O que a gente sabe é que a taxa de juros é diferenciada para os alunos que aplicarem e gira em torno de 1,8% ao ano para quem fizer esse financiamento; tem um prazo de até cinco anos para que esse financiamento seja pago e o financiamento não garante o emprego, não é algo que faz com que o aluno seja automaticamente aprovado como piloto da Azul, mas é mais uma iniciativa pioneira, mais uma grande parceria que tem tudo para dar certo.

DIÁRIO- Você acha que a crise européia pode afetar o mercado aéreo brasileiro e se sim, de que forma?GIANFRANCO - Independentemente dos prognósticos mais ou menos alarmistas é praticamente certo que exista um teor de contaminação e, em havendo contaminação, temos uma desaceleração da atividade econômica. Desaceleração da atividade econômica é igual a diminuição das viagens a negócios e, portanto, um impacto pode ser mais ou menos sensível. Está nos jornais a queda de meio ponto no PIB do ano que vem, uma previsão passando de 4% para 3,5%; se nós mantivermos a média histórica de crescimento dos últimos três anos, podemos prever aí para a aviação algo variando de 10% a 15%; ainda é um número espetacular em escala planetária, abaixo dos últimos três anos no Brasil, nós tivemos crescimento de 25%, mas é um número muito respeitável, crescer 15% no ano que vem e nós acreditamos que a Azul terá um papel preponderante nesse crescimento; temos todos

os nossos planos de crescimento mantidos, com entrega de aeronaves, previstas para o ano que vem, sem alteração; temos 10% do mercado hoje, 40 destinos, 39 cidades, 40 aviões, sendo 32 jatos e oito Turboélice ATR. Estou indo na semana que vem receber o primeiro ATR novo de fábrica, lá em Toulouse; no dia 7 (de outubro) vai chegar mais um avião para nós; são mais três ATR chegando até o final do ano; então eu estou muito confiante que o céu é o limite para a Azul em 2012 e nos

anos que vem aí pela frente.

DIÁRIO - A respeito do livro “Estratégias do Oceano Azul”; como é trabalhar na parte estratégica, no setor de marketing e se antecipar a esse mercado tão exigente? O subtítulo é “como formar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante”, existe esse pensamento quando se trabalha a imagem da empresa?GIANFRANCO - Seria muita pretensão para uma empresa pequenininha como a Azul, imaginar que ela pode transformar competidoras tão

formidáveis como TAM, GOL, Avianca, em irrelevantes. Irrelevantes elas nunca vão ser até pela importância histórica que elas tem no Brasil e seu belíssimo trabalho. O que a gente tenta fazer é a nossa lição de casa bem feitinha e tenta trazer para o consumidor brasileiro uma equação que andava meio esquecida que é a equação de valor. Equação de valor é aquela que faz com que cada pessoa que entre no nosso avião olhe para trás e veja na nossa aeronave, no sorriso da nossa comissária, no bom atendimento do aeroporto essa sensação de que pagou pouco pelo muito que recebeu, isso, claro, é fácil de falar e difícil de imitar, mas a gente acredita que vem conseguindo.

A AZUL ESTÁ CRESCENDO SEM CONGONHAS E PODE CONTINUAR CRESCENDO SEM CONGONHAS.

Page 13: Entrevista Panorâmica #03

No nosso entender, a Azul vem ganhando mercado porque os consumidores que experimentam o nosso produto vem, ainda que não formalizem isso de maneira tão lógica, tão racional, eles vem sentindo isso, vem experimentando a Azul e saem com a sensação de terem feito um bom negócio. É por isso que a Azul vem crescendo mais rápido que as suas concorrentes, é por isso que nessa semana nós estamos celebrando 12 milhões de passageiros transportados, é por isso que a Azul é a empresa que mais rápido cresceu na história da aviação comercial mundial.

DIÁRIO- Dentro desse aspecto de merecimento, de crescimento, vocês receberam um prêmio de melhor low cost pela Skytrax World Airline. Comente...GIANFRANCO - Esse é um prêmio extremamente relevante. Em primeiro lugar porque ele é um prêmio que reflete o voto popular, e foi obtido através de uma votação de 8 milhões de clientes no mundo inteiro; então não se trata de você pegar um painel de notáveis ou de escutar a opinião de experts. A Skytrax é uma empresa com sede no Reino Unido e elas simplesmente colocam pesquisas na web e pedem a passageiros - que tem que comprovar que voaram - que votem, que opinem sobre a qualidade dos serviços experimentados e depois votem. A Azul saiu vitoriosa como a melhor companhia aérea de low cost da América do Sul. Isso para nós é um tremendo reconhecimento principalmente porque nós somos uma empresa jovem, não temos nem três anos de vida e nós conseguimos bater companhias que já estão estabelecidas, companhias poderosas, companhias que fazem um belíssimo trabalho. Então, esse prêmio, ao mesmo tempo que nos

dá uma tremenda injeção de ânimo nas veias, também eleva a nossa barra de qualidade, a gente passa a ter que acordar um pouco mais cedo e dormir um pouco mais tarde para poder competir contra nós mesmos e tentar ganhar o prêmio de novo no ano que vem. É muito bacana, é um belo reconhecimento.

DIÁRIO- A Azul opera um vôo semanal para Congonhas. Há intenção da Azul tentar novos vôos ali?GIANFRANCO - Congonhas é um aeroporto disputado, interessante, é um aeroporto central no maior mercado doméstico brasileiro, mas a Azul cresceu sem ter nenhuma participação significativa em Congonhas, nós temos um vôo por semana apenas, que é um vôo ida e volta para Porto Seguro. Se Congonhas for aberto para outras empresas operarem, com horários interessantes, nós iremos examinar essa possibilidade, se não for, a Azul vai continuar linda e loira crescendo em Campinas e nos outros mercados. Esse crescimento é avassalador, notável, e com segurança, qualidade, eficiência, pontualidade. Somos líderes na indústria, com 20 pontos de aproveitamento acima da média, com um produto que os clientes reputam como excelente ou muito bom, pelo menos. Nós vamos olhar essas oportunidades aparecerem e se elas realmente forem oportunidades dignas, porque essa coisa de abrir para inglês ver, “Abriu mas é um horário que chega às 8h da manhã e outro para sair às 6h da tarde” isso não é abertura coisa nenhuma, isso não interessa para ninguém. Agora, é um aeroporto interessante e nós adoraríamos sim, em condições ideais, servir Congonhas; mas repito, a Azul está crescendo sem Congonhas e pode continuar crescendo sem Congonhas. A nossa presença em Campinas, no interior de São Paulo é fantástica, somos a maior transportadora dentro do Estado de São Paulo, em níveis históricos, somos a maior companhia aérea transportando Paulistas, dentro do Estado de São Paulo e nós estamos muito, muito felizes com tudo o que aconteceu até agora. Congonhas seria a cereja no nosso Sunday.

RESUMO DA AZUL HOJE: 10% DO MERCADO, 40 DESTINOS, 39 CIDADES, 40 AVIÕES, SENDO 32 JATOS E 8 TURBOÉLICE ATR.

Page 14: Entrevista Panorâmica #03

3FONTE MULTIMÍDIA

DO IBIRAPUERA

FOTO: RENATO ECK ZORN

Page 15: Entrevista Panorâmica #03

DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

3TARCÍSIO GARGIONI, VICE-PRESIDENTE COMERCIAL & MARKETING DA

AVIANCA CONTA SOBRE AS NOVIDADES DE SUA COMPANHIA AÉREA

QUE INVESTIRÁ US$ 1,5 BILHÃO (R$ 2,4 BILHÕES) ATÉ 2016 PARA

AMPLIAR SUAS OPERAÇÕES E ATENDER A CRESCENTE DEMANDA DO

MERCADO NACIONAL. GARGIONI FALA SOBRE INFRAESTRUTURA,

PANORAMA INTERNACIONAL DA AVIAÇÃO E SOBRE O PROGRAMA DE

FIDELIDADE DA AVIANCA, AO MESMO TEMPO QUE APRESENTA UMA

ANÁLISE SOBRE A PRIVATIZAÇÃO DOS AEROPORTOS BRASILEIROS.

ACOMPANHE:

TARCÍSIO GARGIONI,VICE-PRESIDENTE COMERCIAL & MARKETING DA AVIANCA

Page 16: Entrevista Panorâmica #03

DIÁRIO – O senhor deu uma enorme contribuição à aviação nacional auxiliando a implantação do sistema low-cost - low-fair (baixo custo – baixa tarifa), possibilitando que milhares de pessoas viajassem de avião pela primeira vez. Como esse modelo se posiciona no mercado hoje?TARCÍSIO GARGIONI – São dez anos desde o início desse sistema. Os resultados são públicos e fáceis de serem explicados. Neste período, a aviação brasileira triplicou. Nós saímos de 25 milhões de passageiros por ano para 80 milhões, no ano passado. E, realmente, o modelo é vitorioso. Nós já tínhamos essa expectativa porque o Brasil é um país continental e poucas pessoas voavam. Existia um glamour muito grande em voar e transformamos essa ideia em experiência, necessidade, fazendo com que as pessoas pudessem voar mais. E, também, dando oportunidade para as pessoas que não voavam a usar o transporte aéreo como seu meio para viagens a lazer, negócios ou motivos particulares.

DIÁRIO – A Avianca, com aquisição de novas aeronaves, pretende atingir destinos internacionais?GARGIONI – Nós temos de separar um pouco o projeto que vamos chamar de “Avianca Brasil” da “Avianca Internacional”, com sede na Colômbia, que opera vôos internacionais. A Avianca Brasil tem ligação com a Colômbia no vôo São Paulo-Bogotá, mas o projeto, a minha vinda para a Avianca é para desenvolver o tráfego doméstico. Nós estamos focados em rotas domésticas no mercado brasileiro.

DIÁRIO – A OMT declara que 80% dos vôos operados atualmente são de curta duração, até quatro horas. A Avianca vai apostar neste tipo de vôo e intensificar sua presença na América Latina?GARGIONI – A Avianca opera uma rota considerada nacional e, evidentemente, existem rotas regionais, assim como as outras companhias líderes operam em regiões no interior. No entanto, o foco será em rotas nacionais. Inauguramos em 2011 três novas rotas: Natal (RN), João Pessoa (PB) e Ilhéus (BA). Temos planos de fazer um reforço nas

rotas já existentes, aumentando a frequência. Estamos com o foco de aumentar o volume do hub em Brasília (DF). Este destino é um hub natural, pela localização. Estamos fazendo um esforço para concentrar nossas operações para ter uma musculatura maior nesse hub. Com as rotas, saindo do sul, indo para Brasília, e, automaticamente, de Brasília para o Nordeste.

DIÁRIO – Tarcísio, uma questão muito comentada atualmente é a respeito da privatização dos aeroportos. Como o senhor analisa, do ponto de vista da iniciativa privada?GARGIONI – Gostaria de

colocar um preâmbulo: a aviação brasileira se multiplicou por três nos últimos anos. E, evidentemente, a infraestrutura aeroportuária não acompanhou esse crescimento. Temos, hoje, um descompasso entre a demanda e infraestrutura. Este déficit acontece em toda cadeia do transporte aéreo, não é só no aeroporto. Estacionamentos, tráfego aéreo, falta terminal, falta acesso ao terminal. Então, tem de se criar uma infraestrutura global, em todos os segmentos, para adequar a

O PROJETO, A MINHA VINDA PARA A AVIANCA É PARA DESENVOLVER O

TRÁFEGO DOMÉSTICO. NÓS ESTAMOS FOCADOS EM ROTAS DOMÉSTICAS NO

MERCADO BRASILEIRO.

Page 17: Entrevista Panorâmica #03

infraestrutura às necessidades da demanda. Até porque estamos crescendo a taxas asiáticas de 20% ao ano e nós teremos, até 2020, mais de 150 milhões de passageiros por ano. Então, a infraestrutura tem de recuperar o déficit, para atender à demanda atual, e precisar ser suficientemente adequada para atender o crescimento da demanda futura. A iniciativa privada acelera o processo de equalização de demanda e oferta. O governo sozinho é burocrático, o processo é lento e é possível que, se não houver participação da iniciativa privada, pode ser que haja um obstáculo no desenvolvimento econômico do Brasil por falta de infraestrutura. Então, a iniciativa privada é fundamental, é necessária, é salutar para fazerem este equilíbrio. Uma boa dose de inteligência e cooperação mútua entre iniciativa privada e governo, onde cada um faz sua parte, podemos recuperar o déficit passado e, para aí, poder suportar o crescimento futuro.

DIÁRIO – O senhor pode dar alguns detalhes sobre o Programa Amigo?GARGIONI – O Programa Amigo é um dos objetivos de minha chegada à Avianca . Entre outras tarefas, ele faz parte do projeto. Este programa é de fidelização que começou de maneira lenta, mas hoje tem musculatura. Hoje tem quase 1 milhão de clientes. Nossa

intenção é fazer com que ele cresça muito rapidamente. Vamos fazer campanhas de incentivo e divulgação. Nós queremos que todos os clientes da Avianca realmente se sintam como parte de um clube de amigos. Não só voando como se estivesse em casa, como participando de um programa de fidelização simpático, atraente, simples e funcional.

PROGRAMA AMIGO: NÓS QUEREMOS QUE TODOS OS CLIENTES DA AVIANCA REALMENTE SE SINTAM COMO PARTE DE UM CLUBE DE AMIGOS.

Lago do Ibirapuera (Renato Eck Zorn)

Page 18: Entrevista Panorâmica #03

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Page 19: Entrevista Panorâmica #03

DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

'TALVEZ O DIRETOR SUPERINTENDENTE DO SÃO PAULO CONVENTIONS & VISITORS BUREAU (SPCVB), TONI SANDO, SEJA O EXECUTIVO DO TRADE TURÍSTICO MAIS ENTREVISTADO DO BRASIL. JORNAIS, REVISTAS, PORTAIS DA INTERNET E TELEVISÃO SEMPRE O PROCURAM. NO DIA QUE OCORREU ESTA ENTREVISTA, TONI HAVIA FALADO AO BOM DIA BRASIL, NA TV GLOBO E IRIA, APÓS O ALMOÇO, CONCEDER UMA ENTREVISTA À REDE RECORD. TODO ESSE ASSÉDIO TEM SUA RAZÃO DE SER. TONI ESTÁ NO OLHO DO FURACÃO DO MERCADO CORPORATIVO E TEM COMO FOCO A MEGALÓPOLE SÃO PAULO. COORDENA UMA ENTIDADE QUE ABARCA OS MAIS DE 60 SETORES DA ECONOMIA DO TURISMO, E QUE TEM, ATUALMENTE, 580 ASSOCIADOS-MANTENEDORES, QUE REPRESENTAM TODOS OS SEGMENTOS DO TRADE TURÍSTICO PAULISTANO, DESDE PEQUENOS RESTAURANTES E HOTÉIS FAMILIARES, ATÉ A GRANDES CORPORAÇÕES PROMOTORAS DE EVENTOS E REDES HOTELEIRAS. NESTA ENTREVISTA, TONI FALA DE ROOM TAX E DA NECESSIDADE DO EMPENHO DE TODOS (HOTELEIROS, CLIENTES E IMPRENSA ESPECIALIZADA) EM PROCURAR SABER DO QUE SE TRATA E DAR A ELA A IMPORTÂNCIA QUE MERECE; FALA DA MATURIDADE DO MERCADO HOTELEIRO PAULISTANO QUE, SEGUNDO ELE, ENCONTROU SEU EQUILÍBRIO, E DA POSIÇÃO DESTACADA DE SÃO PAULO NA ICCA (INTERNATIONAL CONGRESS AND CONVENTION ASSOCIATION), ENTRE OUTROS TEMAS IMPORTANTES. ACOMPANHE A ENTREVISTA COMPLETA A SEGUIR...

4TONI SANDO,

DIRETOR SUPERINTENDENTE DO SPCVB

DIÁRIO – Os hotéis são sócio-mantenedores significativos do SPCVB (são mais de 200). Eles estão em ótima fase...TONI SANDO – São Paulo chegou ao seu ponto de equilíbrio. Isso por conta de um esforço conjunto de empresários, investidores hoteleiros e toda uma cadeia produtiva de eventos e turismo. É notório de que quando São Paulo tem eventos acumulados, há uma dificuldade em se encontrar locais para se hospedar, mas o que não é diferente em nenhum lugar do mundo. O que acontece aqui é que, como havia uma oferta maior do que a demanda, as empresas tinham maior facilidade em arrumar hospedagem. Chegamos a um mercado maduro, onde as pessoas têm de se planejar. O SPCVB envia uma agenda de

eventos do mês seguinte para todos os seus parceiros. Para que eles possam se planejar, se antecipar e se organizar. A taxa de 68% - 70% de ocupação é menor do que cidade como Tóquio e Nova York ainda. Isso faz com que tenhamos hoje um equilíbrio de 90% a 100% durante a semana e 40% a 50% no final de semana. Há oportunidade, foi o que falamos hoje no Bom dia Brasil - de investidores no mercado hoteleiro, construindo os seus hotéis, existe oportunidade de investidores e novos eventos para a cidade. O que sinaliza que São Paulo tem um grande potencial para negócios, mais do que o conforto de ter as coisas disponíveis em seu momento, é saber que podemos investir e que o mercado é favorável a isso.

Page 20: Entrevista Panorâmica #03

DIÁRIO – Com a recente classificação hoteleira proposta pelo Ministério do Turismo, muda alguma coisa?TONI SANDO – A classificação hoteleira é boa para hotéis independentes. Para dar uma base de padrão para os turistas que visitam a cidade. Os hotéis de rede não necessariamente precisam dessa classificação porque eles são baseados de acordo com a marca que oferecem. DIÁRIO – Fale um pouco do room tax em São Paulo...TONI SANDO - O que a gente nota é que o room tax teve uma queda de contribuição no último ano porque os eventos corporativos dominaram o mercado paulistano. Então, há menos congressos feitos por inscrições, já que as pessoas vêm individualmente. E, de fato, São Paulo tem ficado em uma posição bastante interessante no mercado corporativo. E o grande desafio é convencer, fazer com que as empresas tragam seus executivos para São Paulo e fazer com que elas contribuam para o desenvolvimento da própria cidade. E o recurso utilizado para o desenvolvimento da cidade é o room tax.

Temos 200 hotéis associados, distribuídos em todo o estado de São Paulo. Os parceiros hoteleiros não tem dificuldade em passar a contribuição, mas a questão é a conscientização do hóspede que tem que saber a importância da colaboração. O grande

esforço é saber explicar o sentido do room tax. Estamos trabalhando para conscientizar o mercado corporativo e empresarial de sua importância.

A taxa de ocupação cresceu e a taxa de room tax estagnou. Nem todas as empresas estão tão empenhadas assim em cobrar e pagar. Nosso trabalho hoje, junto à mídia especializada, é fazer

uma ação junto aos hoteleiros, e agentes de viagens corporativos e aos gestores de viagem de que se a gente trabalhar junto, o resultado vai ser bom para todos.

DIÁRIO – Quanto é o room tax, hoje?TONI SANDO – De R$ 2.20 a R$ 4.00 por diária, dependendo do tamanho do hotel. DIÁRIO – Como estão os programas de capacitação?TONI SANDO – Qual é a missão de um CVB? Captar eventos. É convencer um grupo de pessoas a trazer milhares de pessoas para um determinado destino. O

compromisso que o convention teve com este grupo desde o início. É importante mobilizar, junto com outras entidades, na capacitação para que possamos receber bem aqueles que convidamos para vir à nossa casa. O programa Bem Receber do CVB contempla os públicos LGBT, árabe, chinês, estamos negociando com a Blue Tree como receber os japoneses, capacitação com policiais militares, mostrando a importância dos turistas para a cidade, trabalho com a CET, Guarda Civil Metropolitana. Fizemos um piloto agora com capacitação para frentistas, em postos de gasolina nas entradas de São Paulo, e com os taxistas, que são os embaixadores da cidade, é o primeiro

A TAXA DE OCUPAÇÃO CRESCEU E A TAXA DE ROOM TAX ESTAGNOU. NEM TODAS AS

EMPRESAS ESTÃO TÃO EMPENHADAS ASSIM EM COBRAR E PAGAR ROOM TAX.

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contato que o turista tem com a cidade. Ou seja, o DNA do programa Bem Receber é esse: estimular as pessoas que fazem o atendimento a entenderem a importância do visitante e colaborar para que ele se sinta bem em uma cidade como a nossa.

DIÁRIO –São Paulo enfrenta o estrangulamento do Pavilhão de Exposições do Anhembi. O SPCVB acompanha a novela do novo Centro de Convenções em Pirituba?TONI SANDO – O SPCVB trabalha com vetores setoriais, que são eventos que podem trazer de 50 a 40 mil pessoas. Na verdade, o porte não é o nosso foco. O nosso foco é dar suporte aos que desejam realizar um evento na cidade. Na parte de pavilhão de exposições, é um mercado muito bem definido, profissional e qualificado. Todas as principais feiras já têm uma data e local e, naturalmente, quando você projeta um novo espaço que possa incentivar promotores de feiras a trazer outros eventos para cá, a estimular economicamente vida da cidade, será melhor. O projeto lá de Pirituba é que ele possa ser criado para 2015 e que seja projeto para a Expo São Paulo de 2020. Como somos promotores do Estado, quanto mais equipamentos, instrumentos para que possamos convencer as pessoas de que São

Família e lago (Renato Eck Zorn)

Paulo é o melhor local para a realização de eventos é bom para todos. Como o CVB tem associados que vão desde hotelaria a organizadores de eventos, enfim, toda a cadeira produtiva no turismo, isso faz com que estejamos sempre preocupados em trazer pessoas para cá. E o nosso trabalho não é de curto prazo. O SPCVB trabalha a médio e longo prazo. Estamos trabalhando em eventos para 2014, 2015 e 2016. Quando se fala que a cidade está lotada, não significa que São Paulo não precisa trabalhar cada vez mais para receber para os próximos anos. É uma bicicleta, ela não pode parar, senão cai. Tem de estar o tempo todo fomentando a vinda de mais eventos, ao mesmo tempo que investe em capacitação das pessoas que recebem os visitantes.

QUAL É A MISSÃO DE UM CVB? CAPTAR EVENTOS. É CONVENCER UM GRUPO DE PESSOAS A TRAZER MILHARES DE PESSOAS PARA UM DETERMINADO DESTINO.

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DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

RICARDO ALY, DIRETOR DE MKT DA BOURBON

LUIZ FERNANDO DESTRO, DIRETOR DA COMISSÃOEUROPÉIA DE TURISMO

PATRICK VAYSE, DIRETOR DE DESENVOLVIMENTOPULLMAN AMÉRICA LATINA

FEDERICO SCIURANO, PREFEITO DE USHUAIAnúm

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