reportagem panorâmica #03

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reportagem panorâmica 03 número DIÁRIO DO TURISMO www.diariodoturismo.com.br HISTÓRIAS E IMAGENS DE UM POVO QUE “VIVE O RIO” ESPECIAL COSTUMES FOLCLÓRE PAISAGENS APOIO:

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Edição ESPECIAL AMAZÔNIA da Revista digital Reportagem Panorâmica

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Page 1: Reportagem Panorâmica #03

reportagem panorâmica 03

número

DIÁRIO DO TURISMOwww.diariodoturismo.com.br

HISTÓRIAS E IMAGENS DEUM POVO QUE “VIVE O RIO”

ESPECIAL

COSTUMES FOLCLÓRE PAISAGENS

APOIO:

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UM POVO QUE

AMASEUS RIOS

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ÔNIA03

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A AMAZÔNIA NÃOAPENAS SE VÊ:VOCÊ A SENTE, VOCÊ A RESPIRA,VOCÊ A ESCUTA!VOCÊ A VIVE NUMTEMPO MÍTICO...

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CENTRO REVITALIZADO DE MANAUS

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Estar na Amazônia é como estar em um país sem fronteiras gravitando entre o exótico e números infinitos de árvores, rios, gentes e afluentes. Talvez por ser um destino raro, diferenciado e, temos que dizer, caro, os brasileiros preferem ir para as cidades shoppings-center iluminadas por esse hábito tupiniquim de acreditar que somos grandes se formos estrangeiros. Ao contrário somos muito mais autênticos quando conhecemos a nós mesmos, já dizia Sócrates. Frequentemente conhecemos mais o exterior que a Amazônia, bem como o estrangeiro conhece mais essa floresta do que nós a conhecemos. Estar na Amazônia remete à floresta, às tribos, à língua tupi. Uma “busca” não obrigatoriamente de origens, mas sim da brasilidade!

MANAUS: GRAVITANDO SOBRE UM MUNDOEXÓTICO E NÚMEROS INFINITOS

UMA SENSAÇÃO DE ESTAR CHEGANDO AO LITORAL, TAMANHO A GRANDEZA DO RIO

O avião aproxima-se de Manaus. É impressionante – uma sensação de estar chegando ao litoral, tamanho a grandeza do Rio Amazonas. Ao desembarcar, um bafo de floresta tropical lambe as nossas caras. Estamos se não no coração, no cérebro da Amazônia, capital desse imenso corpo verde com olhos de muiraquitã e cheiro de rio. E pensar que daqui a alguns dias estarei navegando nessas grandes avenidas líquidas do nosso norte brasileiro!

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UM MAR DE TRANSFORMAÇÕES

Um rio grande como o Amazonas provoca traços muito particulares nas comunidades que recorta. O rio é grande em tudo. Essa grandeza, se por um lado alimentou sua gente com seus frutos de água doce, por outro, sempre foi um obstáculo para o ir e vir até a construção da ponte estaiada Manaus-Iranduba, inaugurada em outubro de 2011. As balsas para veículos e para pedestres desapareceram do mapa. Considerada uma das maiores pontes fluviais do mundo com cerca de 3,6 quilômetros de extensão, carros, ônibus de turismo, caminhões de olarias e alimentos, pedestres e linhas de ônibus urbanos foram beneficiados! Agora, para alcançar os outros municípios, o trabalhador entra no ônibus próximo ao trabalho e chega ao ponto mais próximo de sua residência. A travessia, que antes levava 45 minutos, agora leva cerca de 5 minutos. Agora, o turista que queria se embrenhar pela Amazônia por terra, não precisa mais alugar barco para chegar do outro lado, basta atravessar a ponte.

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O TRÂNSITO DA PONTE SEMPRE FLUI BEM, A OBRA É BEM EXECUTADA E

SUA ILUMINAÇÃO POR LUZES LED’s DÃO UM CHARME À CIDADE,

MUDANDO A COR FREQUENTEMENTE. A PONTE CARTÃO-POSTAL INTEGROU-SE AO VISUAL DA CIDADE E É O NOVO

ATRATIVO TURÍSTICO.

Ela trouxe muitos aspectos positivos a Manaus. Nos dois extremos há postos

de fiscalização e muitos veículos são parados pela polícia para averiguações

de rotina. Nos finais de semana há pessoas caminhando e praticando

esportes. O trânsito acabou e as viagens são mais curtas, eficientes e

agradáveis. Ponto facilitador para toda a economia.

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LUZES LED’s DÃO UM CHARME À CIDADE, MUDANDO A COR FREQUENTEMENTE

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HISTÓRIAS DO RIO - Os tempos de cheia e vazantes obedecem o calendário da mãe-natura. Claro, todo ano há a preocupação em relação à cheia. É comum o assunto entre aqueles que vivem literalmente à beira do rio. “Será que esse ano o rio invade?”, perguntam os familiares entre si referindo-se ao nível do rio em relação às suas casas... Essas e outras histórias típicas e pitorescas foram contadas ao REPORTAGEM PANORÂMICA pela Assessora de Promoção e Marketing da AMAZONASTUR, Nazaré Pacheco, manauara autêntica e viajada. “Em uma dessas cheias uma cobra sucuri de 4 metros de comprimento apareceu na cada de mamãe. Isso é comum por aqui”, explica.

ESSE ANO ORIO INVADE?

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NAZARÉ PACHECO

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EM PROSAPERSONAGENS INESQUECÍVEISMERCADO E IMAGENS - TODOS QUEREM VER BELEZAS NATURAIS, PLANTAS, AVES, ANIMAIS E PAISAGENS. CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS E BELOS HOTÉIS. AS ALDEIAS E OS INDÍGENAS. EM MANAUS TEM TUDO ISSO.

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CONFUSÃO TIPICAMENTE URBANA ASSOCIADA À BEIRA DO RIO, O CALOR E AS CORES PRESENTES NO COMÉRCIO POPULAR E NOS BARCOS PODEM

LEVAR O TURISTA, POR UM INSTANTE, À UMA PAISAGEM INDIANA

PORTO ANTIGO DE MANAUS

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Manaus tem um centro interessante, ótimas lojas de artesanato e prédios históricos, alguns conservados, outros nem tanto. Mas bem próximo do centro há uma região portuária, comércio local e concentração da população humilde. Muita confusão, trânsito, alguma sujeira e dezenas de alegres barcos coloridos atracados. Um contra-ponto ao turismo da natureza selvagem, mas ponto de interesse. Aparentemente o local não oferece riscos para passeios. A confusão tipicamente urbana associada à beira do rio, o calor e as cores presentes no comércio popular e nos barcos podem levar o turista, por um instante, à uma paisagem indiana (não de índios mas, sim, da Índia!).

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NOVOSNOMES,CORES EAROMAS

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Um enorme mercado de peixes, carnes, miúdos e outros é visita obrigatória! As barracas com dezenas de temperos nos apresentam novos nomes, cores e aromas. Centenas de lâmpadas penduradas, todas à mesma altura e espalhadas por todo o galpão, criam uma atmosfera única. Excelente para fotos artísticas. Esse é o mercado (ou feira) da Panair, que traz o nome da antiga companhia aérea que operou nessa região.

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Foi aqui, na feira da Panair, que conheci a vendedora de temperos e outros ingredientes; uma típica personagem manauara. Sua pequena barraca me surpreendeu e logo, de longe, chamou minha atenção: dezenas de itens perfeitamente organizados e alinhados; uma arrumação impressionante! A bela vendedora, como eu esperava, transbordava simpatia – mas ao contrário do Rio Negro que estava a poucos metros, ela transbordava sua simpatia o ano todo! Apenas por ela já valeria a visita naquele mercadão popular. Atenciosa, posa para muitas fotos ao REPORTAGEM PANORÂMICA. Na hora da despedida, a surpresa. “Muito obrigado pelas fotos e sua atenção”, eu disse. E completei: “Ah!, você é muito linda. Qual seu nome?”. A resposta será inesquecível: “Me chamo Linda. Linda Cardoso!”

UMA BARRACA

LINDA!

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Box do Tempero – Produtos naturais regionais diversos, temperos (alguns moídos na hora), farinhas regionais (tapioca, d'água e tipo ovinha), tucupi, colorau, alho, etc. Mercado da Panair, Rua 02, box 52. Tel. (92) 9292 4285.

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PIMENTAS, BANCA DE TEMPEROS

OS IRMÃOS VENDEDORES, FEIRA DA PANAIR

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Na região portuária, embrenhei-me numa selva de barraquinhas, lojinhas, toldinhos e comércio exclusivamente popular. Conversas e curiosidades por todos os lados. Minhas parafernalhas profissionais – máquina, mochila, tripé, chamavam a atenção. Alguém arrisca: 'bate uma foto minha' Bati. 'bate outra foto minha'. Bati. Outros pediram, cliquei, cliquei, cliquei..

Um círculos de manauaras e índios urbanizados se formou ao meu redor. “Por que você não bate uma foto dele?”; “De onde você é?”; “Aonde você vai aparecer?”. Por fim alguém conseguiu prender minha atenção: “Olha, aquele ali é índio mesmo, ele é de tribo! Fotografa ele!”. O personagem em questão era tanto que sisudo. Confesso, fiquei preocupado. Fui até ele e escutei uma afirmação quase imperativa e em tom forte: “Bate uma foto minha!”, disse o índio batendo suas mãos no próprio peito. Enquanto o fotografava ele permanecia imóvel – entenda-se sem qualquer expressão amigável. Só depois pude perceber, o caboclo estava gostando, e essa era minha única certeza.

Foi impossível entender seu nome, mas ficou a lembrança!

ÍNDIO SEM NOME

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FEIRA DA PANAIR - VENDEDORA ORGANIZA OS PEIXES FRESCOS NO BALCÃO.

FEIRA DA PANAIR - NOS ARREDORES DO LOCAL, MUITAS PESSOAS

CONSOMEM BEBIDAS ALCOOLICAS.

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SR. MIGUEL - “LEGÍTIMO ÍNDIO”, COMO SE AUTODESCREVE; MORA E TRABALHA NO CENTRO CULTURAL DOS POVOS DA AMAZÔNIA.

FEIRA DA PANAIR - BARRACA DE ALIMENTOS E BEBIDAS.

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Em meio aquele povo hospitaleiro, uma mulher chamou-me a atenção. Talvez uma “profissional do amor”, que pedia para ser fotografada. Usava uma blusinha puída, com estampa de onça. Fez pose para dessa vez, quem sabe, realizar os seus desejos e não os desejos dos outros. Voltou à infância certamente pobre e simples, e como criança dava risadas e se envergonhava ao ver seu retrato no visor LCD da máquina fotográfica: a mulher vestida de onça viu sua imagem, levou a mão ao próprio rosto e escondeu um sorriso de poucos dentes, mas de muita sinceridade. A máquina fotográfica só registrava imagens, mas de coração aberto pude registrar momentos únicos – retratos da Amazônia, de um Brasil real.

CARA-A-CARA COM A ONÇA

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CENTRO REVITALIZADO DE MANAUS

TEATRO AMAZONAS (INTERNO / EXTERNO)

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PALÁCIO RIO NEGRO (EXTERNO / INTERNO)

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A barraca de Dona Ivete é uma das mais tradicionais da capital do Amazonas. A barraca é simples, mais urbana e metropolitana do amazonense, com estrutura de alumínio e coberta com lona azul. Montada no meio da calçada e cercada de banquinhos plásticos, está na região central da cidade. O cenário não traria nenhum convite para o turista parar por lá, pois exatamente em frente ao famoso Teatro Amazonas há uma outra barraca, organizada e que segue os padrões visuais estabelecidos para a região (nota: até jornaleiros e o pipoqueiro seguem esse padrão!). Olhando mais atentamente vê-se muitas reportagens de jornais e revistas elogiando a barraca da Dona Ivete: veículos de mídia local e outros mais conhecidos citam e enaltecem as comidas e sua proprietária.

-“Quer provar o Tacacá?” ela me pergunta.

Respondi que sim, já que frente a tal simpatia seria impossível responder o contrário. O jambu, o camarão, o tucupi e a goma de mandioca compõem esse prato exótico e delicioso. Mais um ponto turístico (e experiência sensorial) obrigatório. “Quanto foi, Dona Ivete?”, perguntei a ela me referindo ao valor. “Não é nada não, meu filho! ...quando o turista não conhece e quer apenas provar, eu não cobro!”. Saí dali aprendendo essa sabedoria.

Point do Tacacá (Dona Ivete e “Seu” Nonato): Rua Ramos Ferreira, esquina com Av. Tapajós. Tel. (92) 3633 2846. Além do tradicional tacacá, serve tapioca, croquete (camarão ou carne), bolos (macaxeira ou milho) e outras guloseimas.

CONHECETACACÁ?

INGREDIENTES DO TACACÁ:CAMARÃO E JAMBU

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QUER PROVARO TACACÁ?

TUCUPI E A TRADICIONAL CUIAPARA SERVIR O TACACÁ

Dona Ivete, Point do Tacacá

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O TROPICAL HOTEL ESTÁ IMERSO EM UMA IMENSA ÁREA VERDE E PLANTAS DE TODAS AS ESPÉCIES SOBEJAM POR ALI. CIRCUNDADO POR UMA TRILHA, O HOTEL FICA ÀS MARGENS DO RIO NEGRO E SUA ESTRUTURA – SÃO CERCA DE 600 QUARTOS, UMA AERONAVE PRONTA PARA ZARPAR!

Vista aérea, Tropical Hotel

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Vista aérea, Tropical Hotel

Piscina princial, Tropical Hotel43

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O café da manhã é um mergulho nos aromas, sabores e texturas da Amazônia. Na mesa nossa viagem reinicia. Itens genuinamente brasileiros, uns tropicais e outros totalmente amazonenses como o pão com tucumã . Alguns viajantes tradicionais vão direto aos pães do dia-a-dia, embutidos (presunto, salame e mortadela não faltam), salsichas e ovos mexidos. A tapioca, claro, feita na hora, com diversas opções de recheios é o primeiro item obrigatório. Depois dela dois tipos de pão me surpreendem: o primeiro parecido a um pão-de-queijo, feito com certeza com goma de tapioca e o outro, mais firme e textura crocante, que levava ingredientes tirados da floresta, no mínimo castanha do Brasil.

CAFÉ DA MANHÃTROPICALIZADO

Farinha “ovinha”

Salão de café da manhã, Tropical Hotel

Tropical Hotel Ponta Negra, Manaus/AM

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O açaí batido, matéria-prima amazonense, nos aguarda numa larga cuia. Chama atenção pela cor , aroma e sabor ultra-marcante que nos arremessa para um estágio dos sentidos que lembra terra molhada e frutos não-maduros. Os baristas, experts em cafés, nos ensinam que mesmo que você prefira um café adoçado, dê o primeiro gole sem açúcar, conheça o sabor e conheça a bebida: o mesmo vale para o açaí – antes da granola (sim, acompanha muito bem!), ou antes do açúcar/adoçante, ou da farinha de tapioca granulada, prove-o in natura. É uma sensação particular ao fruto amazonense. Por fim, não deixe de experimentar o verdadeiro suco de guaraná: o símbolo mais brasileiro dos brasileiros! Delicioso, leve, refrescante mesmo sendo encorpado e agradavelmente ácido; difícil descrevê-lo para aqueles que só conhecem o produto industrial.

Para quem já teve a oportunidade de provar o suco natural de tamarindo, vai conseguir associar seus sabores, texturas e refrescância encorpada. Além disso, a farta mesa de café-da-manhã oferece outras dezenas de opções, para todos os sabores, exigências e públicos.

Os estrangeiros, e olhe que o número deles no Tropical Hotel Manaus é muito grande, se extasiam com essa gama de sutilezas para os olhos e para a língua.

Açaí batido

Granola

Salão de café da manhã, Tropical Hotel

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O homem de cidade é prevenido: traz na bagagem repelente, protetor solar, boné, óculos escuros, cantil abastecido e, certamente, máquina fotográfica com bateria bem carregada e muito espaço no cartão de memória. Com tudo isso, saio para conhecer os arredores.

CAMINHADA NOS ARREDORES

Área interna de lazer e rio artificial,Tropical Hotel Manaus

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ÁREA DO PIER DA BALSA, TROPICAL HOTEL

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O Tropical Hotel Manaus oferece opções para todos os gostos – bosques, pista de cooper, trilha, piscinas, arco e flecha (bem mais sofisticado que o indígena), bicicletas e até um mini-zoo com uma onça pintada (um dos símbolos da Amazônia), araras, papagaios, diversos macacos, entre outros. Tudo regulamentado pelo Ibama. A enorme estrutura do hotel proporciona uma caminhada segura e inquietante, grande parte dela margeando o Rio Negro, que mesmo muito de perto faz jus ao nome: águas negras e limpas. A agradável caminhada nos arredores leva ao hidroavião, ancorado às margens do rio à espera de um aluguel. O retorno da caminhada pede uma visita à piscina tipo praia, com queda/descida tipo rampa. Nessa mesma área há uma espécie de rio artificial ao redor do hotel, com peixes, tartarugas e até uma arraia de água doce. Agradável para toda a família, para todas as idades.

Tartarugas, rio artificial, Tropical Hotel Manaus

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ÁREAS COMUNS CENTRAIS DOTROPICAL HOTEL MANAUS

NO MÊS DE ABRIL A NOITE COMEÇA SURGIR POR VOLTA DAS 19 HORAS. AS NOITES SÃO QUENTES E A ÁREA DA PISCINA, COM BAR, CACHOEIRA E VAPORIZADORES DE ÁGUA TORNA-SE UMA EXCELENTE OPÇÃO PARA CURTIR E, PRINCIPALMENTE, DESCANSAR PARA O DIA SEGUINTE.

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PISCINA DO TROPICALHOTEL MANAUS

PASSEIO DE HIDROAVIÃO,PONTA NEGRA

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Gerente do Tropical Hotel Manaus desde fevereiro de 2011, Antonio M a g l i o n i é f o r m a d o e m Administração de Empresas e desde 1979 labuta na área de turismo e hotelaria. Durante a permanência da Reportagem Panorâmica em Manaus, Maglioni adiantou algumas novidades do empreendimento. Entre elas a de que o hotel acaba de receber o selo Official Accomodation – Fifa World Cup – Brazil da Match/FIFA que garante a qualidade das acomodações para a Copa do Mundo de 2014. Com isso, o hotel passa a compor a lista de hotéis habilitados para hospedar os turistas que prestigiarão o mundial. Para ter o certificado, o estabelecimento deve preencher os requisitos de infraestrutura e serviços estabelecidos pela instituição. A outra grande novidade é a reforma de grande parte dos apartamentos do hotel, que agora contam com piso frio. Acompanhe:

ANTONIO MAGLIONE, GERENTE GERAL DOTROPICAL HOTEL MANAUS, FALA À RP

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REPORTAGEM PANORÂMICA (RP) – Quais foram os principais investimentos na reforma do Tropical Manaus? Especifique, se possível, alguns itens principais.A N T O N I O M A G L I O N I - B u s c a m o s principalmente melhorar o conforto de nossos hóspedes e usuários. Pelas características climáticas de Manaus, quente e úmido, buscamos substituir os carpetes por pisos frios. Além disso, entregamos recentemente 37 novos apartamentos, a u m e n t a n d o n o s s a o f e r t a p a r a aproximadamente 600 apartamentos.

RP – Quais foram as áreas revitalizadas? MIGLIONI - Demos destaque para a hospedagem. Os apartamentos foram os mais beneficiados. Hoje todos nossos apartamentos contam com pisos frios, melhorando significativamente nosso produto. Outra área que teve significativa melhora foi a de eventos. Nossos salões também foram atualizados com pisos em vinil, ganharam novos tetos e melhor iluminação.

RP – Valores e perfis da Amazônia foram mantidos?MIGLIONI - Sem dúvida. Nenhuma característica original do nosso hotel foi modificada. Além da questão arquitetônica, buscamos sempre encontrar soluções locais para nossa culinária, shows, eventos e, principalmente, na contratação de nossos profissionais.

RP – Qual foi o investimento total da reforma?MIGLIONI - Não falamos em valores, mas devido à grandiosidade de nosso hotel, que tem 600 apartamentos, espaço para eventos que comportam até 5 mil pessoas e grandes áreas de preservação, o investimento feito guarda a mesma proporção. Só de piso, foram mais de 8 mil metros quadrados.

RP – O hotel já tem reservas para a Copa?MIGLIONI – Acabamos de receber o selo Official Accomodation – Fifa World Cup – Brazil da Match/FIFA que garante a qualidade das acomodações para a Copa do Mundo de 2014. Com isso, o hotel passa a compor a lista de hotéis habilitados para hospedar os turistas que prestigiarão o mundial. Para ter o certificado, o estabelecimento deve preencher os requisitos de infraestrutura e serviços estabelecidos pela instituição. Já estamos com todos os apartamentos pré-reservados para a Match, representante da FIFA. Temos certeza que será um sucesso.

RP - Qual o índice de ocupação atualmente?MIGLIONI - Estamos com ocupação média em torno de 60%, mas com períodos de ocupação total devido a grandes eventos constantemente realizados em nosso hotel.

RP – Qual o valor das tarifas, hoje?MIGLIONI - Nossa tarifa para venda direta varia entre R$ 280,00 e R$ 560,00, mas temos parcerias com as principais operadores e agentes de viagens, que elaboram pacotes e oferecem condições bastante atrativas.

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ANTONIO MAGLIONE, G.G. DOTROPICAL HOTEL MANAUS

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SHOWS TEMÁTICOS, NOTROPICAL HOTEL MANAUS

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SOL EM MANAUS

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CHUVA EM MANAUS

EU VOU CORRER E ME ABRIGAR NAQUELE PÉ DE ÁRVORE, POIS A CHUVA VEM AÍ E VAI SER FORTE!”. PARA MIM ERA ESTRANHO POIS AINDA HAVIA SOL

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U M A P E R G U N T A P A“VOCÊ SABE QUE FRUTO É ESSE?”

DENDEZEIRO, TROPICAL HOTEL

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R A P U X A R A S S U N T O

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O TROPICAL HOTEL ESTÁ IMERSO EM UMA IMENSA ÁREA VERDE E PLANTAS DE TODAS AS ESPÉCIES SOBEJAM POR AQUI. OS FRUTOS, ACESSÍVEIS, FICAVAM BEM NO TRONCO LARGO, MUITO PRÓXIMOS AO CHÃO, AO PONTO DE SER NECESSÁRIO ABAIXAR-SE PARA PEGÁ-LOS. INICIALMENTE SÃO VERDES, FICAM ALARANJADOS E, QUANDO MADUROS, INTENSAMENTE VERMELHOS.

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Nessa área verde do hotel, restrita, fui abordado pelos seguranças várias vezes com a seguinte pergunta: “O senhor é hóspede do hotel?”. Nenhuma das vezes me incomodei, pois era sinal de que o lugar é seguro e realmente vigiado. Enquanto eu observava aqueles frutos coloridos e de doce aroma, mais uma dessas abordagens da equipe de segurança. Uma constatação que levei daqui é a capacidade que as pessoas da Amazônia têm para fazer amizade, já que são solícitos, espontâneos.

“Você sabe que fruto é esse?”, perguntou-me o homem de terno. Eu respondi que não sabia. “Esse é o fruto que, quando prensado, extrai-se o dendê”, disse o segurança. Tudo para mim era novidade e uma informação desta para o ser da metrópole pode ser apenas um detalhe, pois ele tem pressa. Eu não, já que aqui em Manaus vivemos o tempo mítico, o tempo do rio e da natureza.

- Dendê? Pergunto surpreso e jogando lenha na prosa que se desencadeou. Enquanto caminhava, lentamente, fotografando a flora e a fauna circundante do hotel o funcionário me contava mais detalhes da floresta. De repente o piauiense-manauara virou-se e disse:

“Eu vou correr e me abrigar naquele pé de árvore, pois a chuva vem aí e vai ser forte!”. Para mim era estranho pois ainda havia sol. Antes dele sair em disparada pude perguntar seu nome.

– “Amaro”, disse ele correndo para abrigar-se. Enquanto a chuva não caía esse nome ficou em minha cabeça e tive um pensamento. “Na Amazônia, a vida, os fatos podem ser duros, difíceis, mas as pessoas são dóceis, amáveis”. Incrível, pois o adjetivo “amaro” é sinônimo de “amargo”...

No dia seguinte embarco no navio Grand Amazon, da Iberostar, para minha viagem pelo Rio Negro

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GUIE-SE:

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IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO, CENTRO DE MANAUS

COMÉRCIO POPULAR, CENTRO DE MANAUS

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Centro de Atendimento ao Turista – CATAv. Eduardo Ribeiro, 666, Centro, tel. (92) 3622-0767 (próximo ao Teatro Amazonas). Segunda a sexta-feira, 8h às 18h, sáb. 8h às 13h e dom. 8h às 14h.CAT – Aeroporto Internacional Brigadeiro Eduardo GomesAv. Santos Dumont, s/nº, Flores, tel. (92) 3652-1120, das 7h às 23hsCAT – Amazonas ShoppingAv. Djalma Batista, 482, Chapada, tel (92) 3648-1369Segunda a sábado, 9h às 22h e domingo 15h às 21h.CAT – Porto de ManausRua Marquês de Santa Cruz, Terminal Regional, Centro, Tel. (92) 3233-8698Segunda a sexta, 8h às 17hCAT – RodoviáriaAv. Recife, s/nº Flores. Segunda a sábado, 7h às 13h.

INFORMAÇÕES -Teatro Amazonas – Pça. São Sebastião, s/nº tels. (92) 3234-0508 e 3232-1768-Palácio Rio Negro – Av. Sete de Setembro, 1546, tel. (92) 3232-4450-Usina Chaminé – Av. Lourenço da Silva Braga, s/nº tel.(92) 3633-3026-Mercado Municipal – Rua dos Bares, 46-Biblioteca Pública do Estado – Rua Barroso, 57. Tel. (92) 3232-4503-Museu das Ciências Naturais – Est. Belém, s/nº - Col. Cachoeira Grande tel. (92) 3644-2799-Museu do Índio – Rua Duque de Caxias, 296, tel. (92) 3635-1922-Porto de Manaus, Rua Taqueirinha, 25

AMAZONASTUR – EMPRESA ESTADUAL DE TURISMORua Saldanha Marinho, 321, Centro – tels. (92) 3233-1928 / 1095

PORTO ANTIGO, CENTRO DE MANAUS CENTRO DE MANAUS

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ENGRADADOS, PORTO DE MANAUS

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RUA DO PORTO

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Page 67: Reportagem Panorâmica #03

UM POVO QUE

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