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entrelinha tecnologia apps redes sociais web comportamento Revista-laboratório do curso de Jornalismo da Universidade de Caxias do Sul 2015/4

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entrelinha

tecnologia

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redes sociais

web

comportamento

Revista-laboratório do curso de Jornalismo da Universidade de Caxias do Sul 2015/4

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-editorial

sumário3 Tecnologia para todas as idades

4 Internet X consumo 6 Wi-fi nas praças de Caxias

8 Vidas conectadas

12 Perigos nas redes sociais

14 Sedentarismo infantil e o mundo virtual

15 O mundo digital a passos lentos

expediente

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Falar sobre tecnologia envolve muitos aspectos, tanto positivos quanto negativos.Nesta edição do Entrelinha, apresentamos matérias sobre o avanço da wi-fi gratuita, nas praças de Caxias do Sul; o modo como os idosos aprendem a conviver com o mundo virtual e a conexão de vidas e comportamentos por meio de redes socias. Pareceu-nos importante, também, mostrar o lado negativo do intenso convívio com a tecnologia, como, o sensacionalismo da internet, o consumo abusivo das pessoas, quando o assunto é comprar em sites, os perigos do sedentarismo infanti.l e o volume de informações falsas divulgadas impunemente.Somos um grupo de alunos conectados, ligados às novas tecnologias, pois esse mundo não para de girar e principalmente como futuros jornalistas precisamos, sempre, estar inseridos nesse contexto.Desconecte-se das redes sociais por algumas e curta a leitura.

Coordenador do curso de Jornalismo

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tecnologia para todas as idades

Falar de tecnologia é algo comum nos tempos de hoje. Com o avanço tec-nológico, cada dia mais cedo crianças sabem mexer em celulares e computa-dores. Em virtude disso, muita gente fica ultrapassada quando o assunto é internet.

Mas engana-se quem pensa que re-des sociais, sites de entretenimento e o famoso WhatsApp são apenas vocabu-lário do mundo jovem. Muitas pessoas da geração Baby Boom resolveram en-trar nesse mundo e garantem que foi uma das melhores coisas que já apren-deram na vida.

Esse é caso de Jorgina de Carvalho Zulian, 58 anos, recepcionista. Ela conta que entrou nesse “novo mundo” para poder fazer parte de grupos, já que a tecnologia está em toda parte e ela não queria se sentir excluída.

Mas não foi fácil aprender a mexer na internet. Durante um ano, Jorgina fez o curso de informática oferecido pela Unti – Universidade da Terceira Idade – e também conta com a ajuda de seus dois filhos que a incentivam.

“Me ensinam uma coisa, depois quando eu peço eles dizem que já me ensinaram e me fazem relembrar e rea-prender”, relata Jorgina.

Outra senhora nesse meio tec-nológico é Neiva Elizabeth Klagen-berg Ruzzarin, 60 anos. Pela exigência da sua profissão (economista e em-presária), na década de 80 começou a se atualizar e daí por diante não parou mais. Ela conta que tem perfil no Fa-cebook e Whats-App; confessa que até Orkut tinha.

O mais bacana dos sites de rela-cionamento é sempre encontrar aque-les amigos dos quais não se tinha notí-cias.

“Pelo Facebook reencontrei ami-gos que eu não tinha notícias há mais de 30 anos.”

Neiva, porém, acha péssimo os jovens que não largam seus celulares por nada. Ela conta que sente falta do diálogo direto, de olho a olho e con-clui:

“Hoje as pessoas são muito indi-vidualistas; vivem em seus próprios mundos; estão almoçando juntas e nem conversam”, analisa Neiva.

por Franciele [email protected]

Todos sabem que o mundo das tecnologias digitais corre muito rápido, e o exemplo de que oito anos fazem muita dife-rença nesse meio são os irmãos Matheus e Gabriel Santos.

Matheus lembra que, com a idade atual do irmão, oito anos, ele brincava com bola de gude, de esconde-esconde e de carta com seus primos. Hoje, Gabriel não desgruda do celular e do computador. Ele conversa com os amiguinhos pelo WhatsApp, já Matheus tinha que ir na casa dos colegas quando queria conversar.

A mãe deles, Andréia, diz que tenta mudar um pouco essa

reali dade. Comprou jogos como dominó e cartas com desenhos infantis, para poder entreter o garoto, mas não deu muito re-sultado.

“O Gabi pega esses brinque-dos e fica cinco minutos jogando, depois larga em um canto e já pega seu computador”, revela.

Deve-se pensar nas próxi-mas gerações: Até onde serão dependentes das redes sociais? Com isso, aquelas brincadeiras do passado serão esquecidas, e os jogos no computador ganham o espaço do dominó de domingo à tarde na casa dos avós.

Jorgina de Carvalho Zulian fez curso de informática e contou com a ajuda dos filhos para aprender a mexer na internet

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irmãos com infâncias diferentes

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internet X consumo

O mundo das compras cresceu mais de 200% após o surgimento da internet. Antes, era necessário sair de casa e ir até a loja para adquirir um produto. Atualmente, se consegue tudo com alguns cliques. Além da fa-cilidade e das ofertas encontradas na Web, não precisar sair de casa é um dos fatores que mais conta na hora de es-colher a internet como ferramenta de compra. Porém, além dos cuidados, é preciso coerência nos gastos.

Segundo dados do SPC Brasil, mesmo com os altos níveis de endivid-amento e inadimplência, 53% dos con-sumidores admitiram que fize ram uma compra por impulso nos últimos três meses. A motivação que mais levou essas pessoas a gastarem sem plane-jamento prévio foram as promoções – 51% dos casos. Ainda de acordo com o órgão, as compras por impulso são consideradas as principais respon-sáveis pela falta de controle no orça-mento, impedindo que os consumi-dores tenham uma reserva financeira. O estudo mostra que lojas de departa-mento e os sites na internet são os que mais facilitam o crédito, estimulando as compras de itens não considerados tão necessários.

Mas quando o consumo excessivo

é considerado doença? A internet con-tribuiu para a compulsão pelas com-pras? Conforme a psicóloga Márcia Tolotti, a melhor definição para con-sumismo é o vício de compra sem uti-lidade real.

“Muitas vezes, o consumo desen-freado satisfaz o impulso e aplaca a angústia que as pessoas sentem. Na maior parte dos casos, as pessoas nem usam integralmente o que compram. O motivo consciente é porque precisa e o inconsciente é porque está aprisionado em processo de compra sem parada”, explica.

De acordo com Márcia, a internet não torna ninguém consumista.

“A pessoa usa a Web como mais uma desculpa para ‘se largar’ nas com-pras. Ela facilita um pouco, mas não desencadeia nenhum comportamento que já não existisse”, complementa.

Além disso, a psicóloga salienta que a pessoa consumista deve procurar ajuda.

“Através de coaching psicofinan-ceiro ou de análise, é possível curar-se do consumismo. Como é um vício, raramente conseguirá a cura sozinha. O primeiro passo é dar-se conta e manter-se focado com a ajuda de um profissional”, explica.

solução foi pedir ajuda

A jovem A. V. L., 24, chegou ao seu limite de gastos com roupas, acessórios e calçados. Quando perce-beu que gastava o dobro do seu salário e não conseguia mais dar a volta nas dívidas, decidiu procurar ajuda.

“Precisava comprar aquela peça de roupa, aquele brinco ou aquele calçado. Se usasse a mesma peça mui-tas vezes, sentia que as pessoas me olhavam, que eu era julgada pelo que vestia. Cheguei a ponto de ter várias regatas iguais, com cores diferentes e, muitas vezes, acabava não usando tudo que tinha”, afirma.

A estudante procurou uma psicólo-ga para auxiliar na compulsão e salien-ta que essa é a única forma de con-trolar a doença.

“A primeira coisa que tem que reconhecer é que está doente. Para curar ou controlar uma doença, é necessário procurar um médico. Sem a ajuda da minha psicóloga, não teria conseguido controlar minha necessi-dade de ter tudo que via pela frente. Hoje, só compro o que preciso e não sinto aquela ansiedade por novas roupas ou calçados”, declara.

por Karina [email protected]

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dicas do profissional

Mesmo quando não se trata de consumismo, o fato de comprar algo pela internet exige cuidados, pois ali você expõe seus dados como números de documentos e endereços. Mesmo considerada uma prática ilegal, alguns sites ainda usam recurso para enganar os consumidores.

Segundo o coordenador do Procon Caxias do Sul, Dagoberto Machado, realizar compras pela internet pode ser tentador pela facilidade e comodidade, porém é preciso tomar uma série de cuidados antes de efetuar uma compra online.

“A primeira dica é observar o site, verificar sua procedência, a marca que vende e o produto oferecido. Muitas vezes, o site não é confiável ou pode ser fan-tasma”. Cuide com as ofertas por email, pois elas podem ser enganosas. Desconfie de preços

muito baixos e, antes de con-cluir a compra, verifique se na loja virtual contém o CNPJ, en-dereço físico e telefones para reclamações ou dúvidas”, explica.

Além dessas informações, Machado destaca que, na hora de efetuar o pagamento do produto, o consumidor deve certificar-se que o site possui dados blindados. Para isso, haverá a presença de um cadeado no canto superior di-reito da página. Isso significa que os dados fornecidos sobre cartões e endereço estão seguros e não serão hackeados. É interessante procurar pessoas que já compra-ram na loja online, para compro-var se o produto foi recebido e deu tudo certo com a compra. O Procon ainda disponibiliza uma lista de sites não confiáveis para compras que pode ser conferida no site do Órgão: https://www.caxias.rs.gov.br/procon/.

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Dagoberto Machado, coordenador do Procon, alerta os consumidores sobre os perigos de comprar pela internet

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wi-fi nas praças de Caxias

Desde agosto de 2016, Caxias do Sul conta com sinal de wi-fi gratuito em praças ou locais públicas. Por meio do projeto Ilumina Caxias, da Prefeitura Municipal, a recém-inaugurada Praça do Trem foi pioneira na parceria com a Bitcom Informática – Empresa de Tecnologia da Informação e Comuni-cação do Município de Caxias do Sul. A coordenadora pedagógica do Setor de Programas e Projetos da Secre-taria Municipal do Meio Ambien te, Flávia Canali, explica a escolha do lo-cal: “Como ela foi recém-estruturada, achamos por bem utilizar esse espaço para o lançamento”, relata.

Já no começo do mês de outubro foi a vez da Praça Dante Alighieri, lo-calizada no coração da cidade, receber o sinal de wi-fi gratuito. O início do projeto coincidiu com a abertura da 31° Feira do Livro de Caxias.

O projeto não termina nesses dois locais. Em novembro houve disponi-bilidade do sinal gratuito na Praça de Ana Rech e, no próximo ano, novos locais devem ser beneficiados, inclu-sive chegando aos distritos.

promoção de humanizaçãoFlávia explica que o objetivo do

sinal de internet livre em espaços públicos é torná-los acolhedores, con-tribuindo para que as pessoas sintam-se bem.

“Esse serviço de internet é uma promoção de humanização. Com ele, se pretende que as pessoas ocupem espaços de lazer, e ao mesmo tempo fiquem ligadas no mundo digital, que é o mundo em movimento”, argumenta.

A Bitcom Informática, que cede o serviço de internet livre, ao disponibi-lizar o sinal e colocar os equipamentos e a infraestrutura, tem a sua marca di-vulgada.

Ao fazer uso da rede por meio de notebooks, tablets, smartphones ou qualquer outro dispositivo, um soft-ware na plataforma pede a identifi-cação do usuário, que pode fazê-lo pelo Facebook ou preencher um ca-dastro.

“Isso vai ao encontro do marco civil da internet”, explica Fabiano Ver-gani, diretor da Bitcom.

Segundo ele, deve-se ter bom sen-so na utilização desse serviço, que não conta com limites de horário, tempo ou velocidade, mas isso depende das boas práticas de uso da população.

“Se no futuro precisar, a ferramen-ta permite isso”, ressalta.

O alcance do sinal nos espaços segundo as características técnicas é de até 100 metros do equipamento, porém a Bitcom prefere divulgar 30 metros para não gerar desconforto ao do usuário.

por Diego Luan [email protected]

Praça do Trem, em São Pelegrino, é pioneira em receber sinal de wi-fi gratuito por meio do projeto Ilumina Caxias

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wi-fi nas praças de Caxias

No final da manhã do dia 5 de outubro, o porto-alegrense César Brum, 45 anos, era uma das pes-soas que fazia uso do sinal gra-tuito de internet na Praça do Trem, no Bairro São Pelegrino em

Caxias do Sul.Há um mês em Caxias, o

auxil iar de produção na cons-trução civil veio para a cidade em busca de emprego. Brum fi-cou sabendo do acesso livre por

amigos e aprovou a qualidade do sinal. “Tri bom. Isso chama o pessoal para se reunir no local, que é tranquilo, com segurança. Um ambiente bom.”

um ambiente bomFoto: Diego Luan PereiraPraça do Trem, em São Pelegrino, é pioneira em receber sinal de wi-fi gratuito por meio do projeto Ilumina Caxias

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vidasconectadas

por Ana Carolina [email protected]

Já imaginou passar um dia off-line? Talvez o café da manhã não tivesse a companhia de jornais online e das redes sociais. Talvez o caminho do escritório não tivesse a playlist do famoso app. E os e-mails matinais? E as

atualizações nas redes sociais? Ok, para quem está acostumado com a vida online é praticamente um pesadelo pensar viver em um mundo sem conexão. E olha que nem teria passado do meio-dia.

É comprovado que o número de celulares aumentou: são mais de 288 de milhões aparelhos para 204 mil-hões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento no mundo dos apps não fica para trás. O Facebook, por exemplo, tem 94 milhões de usuários no País. Com tantos

recursos disponíveis, é difícil não se acostumar com as facilidades da tecnologia. E há aplicativos para tudo. Haja memória no telefone!

São tantas opções que é possível ter acesso ao mundo na palma da mão. De diferentes formas, as histórias das pessoas relatadas nesta matéria conectam-se com o meio digital.

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unidas por uma causa

Sair do trabalho, voltar da facul-dade ou voltar de um encontro com os amigos. Quem percorre as ruas e praças escuras das cidades, durante a noite, convive com o medo e a insegu-rança. As maiores vítimas são as mu-lheres. E não estamos falando apenas de assaltos. A violência sexual acaba sendo a maior preocupação. Foi por essa aflição – que atinge grande parte das mulheres – que surgiu o movimen-to “Vamos Juntas?”, em Porto Alegre.

O movimento concretizou-se no dia 30 de julho. Porém, a idealizadora do projeto e jornalista Babi Souza, 24 anos, já tinha o sonho de mudar o mundo. A relevância que atribuía ao tema, não tanto quanto jornalista, mas principalmente como ser humano, a fez estudar e pesquisar o colaborativ-ismo e empreendedorismo social.

“Entrei em contato com a incrível ideia de que as pessoas têm o poder de melhorar as sua vida através da união e que juntos podemos mais e somos mais felizes. A velha ideia de que a união faz a força e de que, ao invés de reclamar dos problemas, devemos nos propor, juntos, a deixar o nosso mundo um pouquinho melhor”, reflete.

O estalo de Babi foi no caminho de volta para casa quando precisou cami-nhar pelo centro de Porto Alegre à noite.

“Junto com uma designer fiz um card explicando a ideia do movimen-to. O objetivo era postar apenas nas minhas redes sociais para espalhar a ideia entre minhas amigas. A reper-cussão foi tanta que, em menos de duas horas, pessoas que eu nem conhe-cia estavam compartilhando a imagem

e perguntando se tínhamos pá gina. Aí me senti obrigada a criá-la”, ex-plica.

A ideia do movimento é simples: incen-tivar mulheres a andarem juntas para se sentirem mais seguras con-tra a violência. Hoje, pouco mais de dois meses após o início do movimento, são mais de 222 mil curtidas na fanpage. Além de Babi, a página também conta com a ajuda de três voluntárias para adminis-trar os grupos – há um para cada região do país – e responder as mensagens de meninas que contam suas histórias – são cerca de 80 mensagens diárias.

“A página recebe histórias de mulhe res que colocaram a ideia em prática e que tiveram um ‘final mais feliz’ por isso. Elas enviam muitas mensagens de todos os cantos do País e uma vai inspirando a outra. Além dis-so, estamos trabalhando em um portal que será um encontro de referên cias e conteúdos sobre os assuntos relaciona-dos ao tema”, conta.

As mulheres formam o público dominante da página. Dentro desse universo, 48% delas têm entre 18 e 24 anos. Mas o movimento não conta ape nas com o apoio feminino. Cerca de 2% dos seguidores são homens. Muitos deles interagem via mensagem parabenizando o movimento e agra-decendo por sentirem que sua mãe,

irmã(s) e namorada não estão sozinhas. “Eu acredito que é uma boa ideia

os homens participarem da página e acompanharem os relatos para que te- nham uma conscientização sobre como a gente se sente nas ruas. Acho que é impossível resolver um proble-ma de violência contra a mulher, tra-zendo para o diálogo apenas as mul-heres”, afirma.

Uma novidade do projeto é a cria ção de um aplicativo para que as mulhe res possam encontrar as amigas que estão próximas. A ideia inicial é que seja um app de geolocalização, que notifique as meninas quando outra menina conhecida ou amiga estiver próxima a ela a um raio de 1 km.

“No app, as meninas poderão for-mar sua rede de amigas do Facebook ou amigas de amigas do Facebook ou apenas algumas amigas que adiciona-rem. Também será possível visualizar quem é a menina, mas não onde ela está. Se ela sentir confiança na outra menina, tem a opção de iniciar um bate-papo com ela para combinarem de se encontrar e irem juntas”, explica.

bastidores dos appsAmante da tecno logia e sem pre à pro-

cura de no vas oportunidades, Guilherme Vieira, 27 anos, viu a chance de trazer o mercado mobile para Caxias do Sul. Graduado em Ciências da Computação, passou por um processo complicado para que os empresários da região entendessem as vantagens das plataformas móveis. E o resultado valeu a pena. Hoje, coordena a equipe de uma agência especializada na criação de plataformas para dispositivos móveis.

O processo de desenvolvimento é se-melhante ao de outros softwares. A diferen-ça mais importante, segundo Vieira, é o esforço destinado ao design das interações com o usuário. “Geralmente, há um grande esforço para avaliar a melhor maneira pela qual podemos ‘conversar’ com o usuário e isso acaba tendo um grande valor para as pessoas”, explica.

Depois das fases técnicas, como o de-senvolvimento em si e os testes, a “versão piloto” está pronta e é lançada para um

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Guilherme Vieira viu no mercado mobile a chance para investir

A jornalista de Porto Alegre Babi Souza é a criadora do movimento “Vamos Juntas?”

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grupo de pessoas ainda em teste. So-mente então, o app pode ser liberado para o mercado. Quando Guilherme iniciou a empresa, o mercado entendia que todo e qualquer negócio precisaria ter um aplicativo. Mas hoje a situação já mudou.

“Está mais claro que são tipos de negócios que requerem um app especí-fico para dispositivos móveis. Por ou-tro lado, nos casos em que o aplicativo é imprescindível, as empresas estão dispostas a investir mais. Resumindo, diminuiu a quantidade, mas aumentou a qualidade do nosso trabalho”, reflete.

Nem todas as empresas necessitam de um aplicativo. Há duas grandes ca-tegorias que se encaixam no perfil para criar um: as agências de publicidade e a indústria.

“Para agências, a criação de apps tem um valor relacionado à inovação e ao buzz que eles criam para as mar-cas de seus clientes. Por outro lado, as indústrias buscam funcionalidade nos dispositivos móveis, ou seja, querem usar um app para trazer algum tipo de aumento de produtividade para sua equipe”, explica Guilherme.

No caso das agências, os apli-cativos geralmente têm uma vida útil determinada pelas campanhas pu-blicitárias e realizam pequenas tarefas. Além disso, Guilherme ressalta que o caso das agências é mais divertido, mas o da indústria realmente resolve problemas e tem maior duração.

Não há dúvidas de que o mundo tecnológico muda com uma veloci-dade muito rápida. E os aparelhos celulares não ficam para trás. A cada ano, os fabricantes investem mais em novas funcionalidades para os aparel-hos, crian do novos mecanismos de in-teração e novas possibilidades.

“Funções como a possibilidade de utilizar o aparelho como uma carteira ou sistemas avançados de reconheci-mento de voz trazem novas experiên-cias para os usuários. Falando em novidades, já foram lançados os novos dispositivos que prometem revolu-cionar o mercado: os smartwatches – relógios com diversos novos elemen-tos para criar novas facilidades aos usuários”, revela.

na palma da mão

“Sou bem viciadinha.” É com esta expressão e muito bom humor que a estudante de Produção Multimídia, Raísa Casagrande, 20 anos, define sua relação com o celular. A lista dos aplicativos mais usados não passa de 20 – que vão desde as redes sociais até aplicativos de música, anotações e lo-calização.

“Faço muita coisa pelo celular, tan-to para o trabalho quanto para a facul-dade. Utilizo aplicativos úteis para o meu dia a dia. Não é apenas para di-versão”, conta.

Por não gostar muito de usar note-book, Raísa passa ainda mais tempo no smartphone. É no aparelho que ela lê seus e-mails, consulta a previsão do tempo, atualiza as redes sociais, ouve músicas e faz listas para lembrar o que precisa fazer, por exemplo. E o celular precisa estar sempre perto.

“Não vivo longe dele e nem con-sigo sair de casa sem celular. Mesmo se não estou usando, preciso saber que ele está perto”, confessa.

O máximo de tempo que Raísa ficou longe do aparelho foi por duas semanas. Antes de embarcar para o intercâmbio em Portugal, houve um acidente com o celular.

“Quase morri! Não sabia se com-

Raísa Casagrande, 20 anos, assume que não consegue viver longe das tecnologias e utiliza apps em sua rotina diária

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prava o aparelho novo aqui ou quando chegasse em Portugal. Enquanto isso, usava o do meu pai”, relembra. E o “desespero” foi maior. A viagem até Portugal também foi sem celular. “Foi horrível! Como viajei com dois conhe-cidos, pegava o celular emprestado para avisar a família que estava bem”, complementa.

Ao chegar em Portugal, Raísa comprou outro aparelho, é claro. E, durante os seis meses de intercâmbio, o celular foi um grande aliado da es-tudante.

“No início, eu me perdia muito na cidade. Foi o Google Maps que ajudou a me localizar por lá. E hoje, utilizar o aplicativo virou meio que um vício quando não conheço algum lugar”, conta. O WhatsApp – o app mais usa-do por Raísa – também foi útil durante a viagem, especialmente para matar a saudade da família. “Acordava e já tinha muitas mensagens da minha mãe querendo saber como eu estava”, relembra.

Sobreviver longe do aparelho? Ela não consegue. “Ficamos tão acostuma-dos em fazer, tudo no celular que nos tornamos reféns dele. É impossível me imaginar sem ele”, finaliza.

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teúdo para as re-des sociais, um dos maiores desafios é compreender as ex-pectativas de quem recebe a mensagem. Para isso, é preciso estar atendo ao que está acontecendo no mundo.

“Quando fala-mos de Facebook, por exemplo, per-cebemos que o sucesso de uma conta depende do envolvimento que as postagens des-pertam. Falar sobre temas que chamam a atenção do target (o alvo) a que se di-reciona a mensagem é essencial. Mas somente é possível se você conhecer o público, o que exige estudo e atenção à realidade”, frisa o jornalista.

O fácil acesso à informação e às novas tecnologias faz com que o leitor queira ler a notícia no momento em que ela está acontecendo. Logo, cada vez mais os veículos fazem coberturas ao vivo, além de uma atua-lização instantânea das informações. Para Espeiorin, a explicação para esse fenômeno é que hoje as pessoas se cansam muito facilmente.

“A democratização à informação, a expansão dos horizontes e a própria relação mais ‘viva’ com o mundo são

por trás das fanpagesA vida de quem gerencia redes so-

ciais não é tão simples quanto parece. E se engana quem pensa que é apenas ficar no Facebook. Aos 26 anos, o jornalista Vagner Espeiorin é um dos responsáveis pelo gerenciamento das redes sociais de uma instituição de ensino. Por isso, para ele o celular vai além das funções pessoais.

“Para mim, o celular também é utensílio de trabalho. Portanto, ele é indispensável (ou apenas me engano dizendo que não vivo sem ele). A vida sem celular? Deve ser ótima! Menos ansiedade, menos obrigação, menos pilhação. É assim que ima-gino. Mas só imagino. Na prática, acho que não conseguiria mais vi-ver sem estar conectado”, confessa.

Além de manter suas contas pes-soais, o social media precisa saber administrar o conteúdo das contas das empresas. É preciso planejar as postagens, gerenciar as informações publicadas, monitorar o que está sendo discutido e analisar os resultados. Na maioria das vezes, as contas do tra-balho tornam-se prioridade e as contas pessoais acabam sendo menos interes-santes.

“Na verdade, é uma fronteira líqui-da. Ao acompanhar as pessoas curtin-do e compartilhando teu trabalho, você tem uma dimensão na rede; na tua pes-soal é outra. É como se fosse um teatro e tu alternasses de personagem. Agora, vou falar para esse público. Agora, para esse outro. Opa, agora vou ser eu mesmo. Mas é legal, no fundo”, ex-plica Espeiorin.

Nessa transição de contas, o per-sonagem precisa saber o que, quando e onde falar. Na hora de criar con-

aspectos positivos da procura pela in-formação em tempo real. Porém, tem muitos problemas também. Recebe-mos informações a todo o momento, mas não as absorvemos mais. Acho que o ao vivo é um pouco isso: o de-sejo de ver o mundo em movimento e, assim, ver nossa vida se mexer – ape-sar de isso não acontecer na prática, já que a informação chega sem que você mude sequer de lugar. Mas o que vale é a impressão, o aparente. Nada é mais contemporâneo que isso”, finaliza.

1. Google Maps - 54 %2. Facebook - 44 %3. YouTube - 35 %4. Google+ - 30 % 5. Wixin/WeChat - 27 %

6.Twitter - 22 %7. Skype - 22 %8. Facebook Messenger - 22 %9. Whatsapp - 17 %10. Instagram - 11 %

Fonte: GlobalWebIndex

os 10 apps mais usados no mundo

Para o jornalista Vagner Espeiorin, o celular é artigo de trabalho

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A procura de um relacionamento pelas redes sociais faz com que as pessoas passem mais horas na frente de computadores e celulares.

O sensacionalismo na internet faz com que as pessoas se interes-sem por alguém que não conhecem pessoalmente. O importante é ter pessoas com quem interagir, e isso muitas vezes gera tragédias.

Há vídeos postados na internet que abalam a vida das pessoas en-volvendo-as, em muitos casos, com

atos de pedofilia.Que a internet virou o lugar para

relacionamentos de diversos tipos é fato, mas para que realmente encon-tros aconteçam é necessário marcar um lugar para se conhecer frente a frente, e aí pode começar o perigo. Dificilmente se sabe até que ponto o internauta conectado está realmente falando a verdade.

Para o blogueiro Luis H. Fritsch, a procura do parceiro perfeito faz com que se deposite confiança na pessoa

com quem conversamos. Começa-se conhecendo o indivíduo por dentro, depois por fora, ou seja, gera-se uma possível discrepância entre o ser de verdade e o das redes sociais, que não vemos, necessariamente.

“A internet dá a segurança e a liberdade de fazer o que se quiser em um curto espaço de tempo; porém, o que muitos internautas não sabem, principalmente os adolescentes, é que o perigo pode estar muito próximo”, afirma.

perigos nas redes sociaispor Patrícia de [email protected]

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use a lei a seu favor

Qualquer forma de exibição não autorizada de alguma pes-soa pode ser considerada ilegal e combatida na justiça. Gisele Paz, advogada e especialista em assuntos penais, comenta que é muito difícil conseguir proces-sar um site que divulga algum conteúdo, a menos que se con-siga provar que a pessoa pediu para retirarem o conteúdo e esse pedido foi recusado. Não existe uma lei específica que combata

o uso do material, em sites por-nográficos, ou em qualquer rede que possa difamar a imagem da pessoa. Caso o dispositivo foi invadido ou roubado, o máximo possível é impedir os criminosos de usá-lo na internet.

Para a advogada, os ca-sos de pedofilia na internet começam com os adolescentes que dão liberdade para amigos ou desconhe cidos interagirem de maneira muito íntima com eles.

“A lei 11.829, de 25 de No-vembro de 2008, aprimora o combate à produção, venda e distribuição de pornografia infan-til e outras condutas relaciona-das à pedofilia na internet. Com isso, sempre temos que orien tar os jovens a tomarem cuidado, para que não deem confiança a qualquer pessoa com quem estão conversando. Hoje, já não existe a palavra privacidade, ainda mais em redes sociais”, conclui.

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sedentarismo infantil e o mundo virtual

O sedentarismo infantil atinge crian ças em todo mundo e é, de aordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a segunda maior causa de morte (cerca de 5,4 milhões de pessoas por ano). Isso porque sedentarismo leva à hipertensão arterial, ansiedade, ao diabetes, aumento do colesterol, in-farto do miocárdio e à obesidade.

É o caso do Vítor Diniz Parizotto que, com apenas 9 anos, já causa preo-cupação ao tio. “No aniversário dele, ele me pediu um roller de presente. Fiquei animado com o fato de ele tro-car jogos eletrôni-cos por uma ativi-dade física. Mas essa animação durou pouco tempo. Ele usou o presente ape-nas no dia em que ganhou e depois simplesmente o esqueceu”, conta o tio, Lucas Parizotto.

Ele diz sentir-se preocupado com o fato de o sobrinho não interagir com outras crianças, e preferir passar o tempo com o tablet, o computador e o videogame.

“Como se já não bastasse, o Vítor também se alimenta enquanto joga, as-sim ele perde a noção da quantidade”,

enfatiza o tio.Como nos adultos, a obesidade in-

fantil é identificada por um acúmulo excessivo de massa de gordura. Con-forme a nutricionista Juliana Veber, ela é considerada um grave problema de saúde pública. Nos países desen-volvidos, a obesidade infantil chega a proporções epidêmicas. No Brasil, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde afirma que, em 15 anos, o País pode se tornar o mais obeso do mundo, tendo em vista que 47% das crianças brasileiras estão com sobrepeso.

Juliana, especializada em Nutrição Clínica e Esportiva, observa que as crianças, que passam horas sentadas, jogando em aplicativos de tablets e smartphones, são mais ansiosas.

“Isso as deixa mais propensas a compulsões alimentares e ao con-sumo excessivo de alimentos prontos e industrializados. Assim, os hábitos alimentares e o estilo de vida saudável são diretamente afetados”, pontua.

Conforme dados do Ministério da Saúde, uma criança, que pratica exer-cícios físicos regularmente, apresenta

um cérebro exercitado com 15% mais chances de obter maior escolaridade, além de apresentar melhor equilíbrio físico, agilidade e coordenação mo-tora. Nas relações socioafetivas, a cri-ança sedentária fica limitada e prejudi-cada na interação com outras crianças. Porém, o problema maior fica por conta da obesidade infantil.

Para a psicopedagoga clínica e ins-titucional Simone Gastaldello Garcia, a tecnologia da informação rouba o es-paço do convívio familiar, desestimula o contato físico e diminui o desejo de ler e estudar. Segundo ela, a escola possui um papel importante nesses casos, proporcionando atividades que despertem no aluno o desejo de prati-car exercícios físicos, participar de competições esportivas e auxiliar as famílias através de campanhas e ativi-dades educativas.

“É de extrema importância que os pais sejam bons exemplos para os filhos, mantendo uma alimentação saudável, bem como realizando ativi-dades físicas regularmente”, conclui a psicopedagoga.

por Leticia Barea de [email protected]

Aos 9 anos, Vitor Diniz Parizotto prefere brincar com eletrônicos ao invés das atividades com outas crianças

Foto: Arquivo pessoal

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Mesmo com a crise, mercado digital continua crescendo e pode precisar de 750 mil novos profissionais

Foto: Francine Boff

o mundo digital a passos lentos

Na década de 80, começaram rumores de que o uso dos computadores e da in-ternet seriam os responsáveis por uma revolução no modo de vida das pessoas. Ainda de maneira tímida, a internet começou a ser utilizada nos anos 90 nas empresas, res-tringindo-se às necessidades comerciais. Mais para o final da década de 90 e início dos anos 2000, ela passou a ser utilizada na sociedade, seja como fonte de pesquisa, ou seja como entretimento.

A partir desse momento, o setor não parou de crescer, indústrias começaram a vol-tar suas atividades para o ramo. A cada ano que pas-sava, novos computadores eram lançados no mercado e diversos aprimoramentos foram feitos num curto es-paço de tempo. Do universo dos computadores à tecnolo-gia digital, ,invadiu o mundo dos games, fazendo com que os jogos desenvolvidos tivessem muita proximidade com o mundo real. Mas to-dos esses avanços não foram suficientes para que a crise econômica não chegasse ao setor.

Ouve-se muito falar que o cenário econômico brasileiro está em crise. Se não bastasse a guerra travada entre os políticos e grande parte do produto in-terno bruto (PIB) estar comprometida, o setor tecnológico também acabou sentindo os efeitos. Apesar do seg-mento da telefonia estar em alta por conta dos smartphones, não se pode dizer o mesmo dos demais segmentos.

De acordo com a professora Si-mone Cristine Mende Paiva, do curso de Ciências da Computação, da Uni-versidade de Caxias do Sul, a crise econômica afetou o setor, quando a as-sunto se trata da venda de computado-res e de outros dispositivos tecnológi-cos. Mas o mercado se mantém em

por Francine [email protected]

crescimento.Ela explica que as empresas se vol-

tam para ele em busca do aumento da produtividade com custos menores.

“A tecnologia está em constante expansão. O momento agora é de apri-morar os sistemas de ge-renciamento nas organizações por meio de consul-torias.” Simone diz, ainda, que até 2020 a demanda por esses profissio-nais chegue a 750 mil.

O professor André Adami, também do curso de Ciências da Computação, afirma que as grandes demandas desse segmento giram em torno de consulto-rias e de trocas de sistemas. Para ele a crise teve forte impacto no setor com-ercial.

“As empresas não querem parar de vender. Por isso estão revendo seus

processos, buscando consultorias, tro-cando seus sistemas. Elas querem es-tar preparadas para quando o mercado voltar a crescer.”

A docente Elisa Boff, do curso de Ciências da Computação da UCS, diz que a área comercial sentiu os efeitos da crise especialmente pela alta do dólar. Por outro lado, outros setores têm se desenvolvido.

“As iniciativas têm surgido pela crise; aplicativos, por exemplo, estão sendo utilizados em grandes centros, como São Paulo, para a organização das empresas e a área de logística.” A educação também é alvo da crise. “As matrículas na educação de modo tradicional têm diminuído e os cursos a distância são alternativas”, diz.

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