entendendo o sistema Único de saúde brasileiro

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Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro.

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Page 1: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro.

Page 2: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

O que é efetivamente o SUS?

Page 3: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

O que é o SUS?

•Na forma do art. 4º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 trata-se do conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).

Page 4: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Qual é a história do SUS?

Page 5: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

História do SUS• Início século passado, até o final da década de

60, o sistema de saúde era centrado no combate em massa de doenças, pela realização de campanhas.

• Em 1975, pela Lei nº 6.229, foi criado o Sistema Nacional de Saúde, separando as ações de saúde pública das ações de atenção às pessoas.

• Em 1977, foi criado o INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, com o fito de atender exclusivamente as pessoas que possuíam carteira de trabalho.

Page 6: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

História do SUS• Somente a partir dos anos 80, devido as

mudanças econômicas e políticas ocorridas no país, passaram a exigir a substituição do modelo médico-assistencial privatista por outro modelo de atenção à saúde;

• Em 1979, surge o PIASS – Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento

• Em 1983, se implantou a AIS – Ações Integradas de Saúde, o primeiro desenho estratégico de co-gestão, de desconcentração e de universalização da atenção à saúde.

Page 7: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

História do SUS

•Em 1986 foi realizada a 8ª Conferência Nacional de Saúde e, no ano seguinte, se criou o SUDS – Sistema Unificado e Descentralização da Saúde, que representou a desconcentração das atividades do INAMPS para as Secretarias de Saúde.

Page 8: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

História do SUS• A Constituição Federal de 1988, fixou:

• Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

• Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Page 9: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

História do SUS• Na sequência, o sistema foi regulamentado:

▫ Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção

e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

▫ Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão

do Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.

Page 10: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

História do SUS• Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011

▫ Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências

• Resolução nº 453, de 10 de maio de 2012▫ Aprovar as seguintes diretrizes para

instituição, reformulação, reestruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde:

Page 11: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

PRINCÍPIOS DO SUS

Page 12: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

PRINCÍPIOS

Éticos Doutrinário

s

Equidade Universalidade Integralidade

OrganizacionaisOperativos

Regionalização Resolubilidade Controle Social Participação do Setor privado

Descentralização

Page 13: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

PRINCÍPIOS ÉTICOS/DOUTRINÁRIOS

Page 14: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

EQUIDADE• O SUS deve tratar desigualmente os

desiguais;

• Os serviços de saúde devem identificar as diferenças da população e trabalhar para cada necessidade, oferecendo mais a quem mais precisa;

• Reduzir disparidades regionais e sociais;

• Todo cidadão é igual perante o Sistema Único de Saúde e será atendido conforme as suas necessidades;

Page 15: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

UNIVERSALIDADE• CF/88, art. 196: A saúde é direito de todos e dever do

Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

• Todas as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc

• Deixa de existir diferenças entre as populações urbanas e rurais; entre contribuintes da previdência e não contribuintes; deixa de existir os “indigentes” - não incluídos no mercado formal de trabalho-.

Page 16: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

INTEGRALIDADE• Lei nº 8.080, art. 7º, inc. II: ...entendida como

conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

• A visão do indivíduo como um todo!

• São as ações de promoção, de prevenção e de recuperação.

• Necessidade da hierarquização do sistema de saúde

Page 17: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS/OPERATIVOS

Page 18: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

REGIONALIZAÇÃO/HIERARQUIZAÇÃO

•Este principio está ligado aos gestores municipais e estaduais.

•Hierarquização em níveis crescentes de complexidade.

•Regulação adequada entre os níveis do sistema (fluxo de referências e contra-referencias )

Page 19: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Nível terciário• Hospitais de referência• Resolvem 5% dos problemas de saúde

Nível secundário• Centros (ambulatórios) de referência

• Resolvem 15% dos problemas de saúde

Nível Primário• PSF e UBS• Responsáveis por 80% dos problemas de saúde

Page 20: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

RESOLUBILIDADE

•É a exigência de que quando indivíduo buscar o atendimento ou quando surgir um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua complexidade.

Page 21: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

DESCENTRALIZAÇÃO• Redistribuição das responsabilidades quanto as

ações e os serviços de saúde entre os vários níveis de governo

• Municipalização

• A Lei nº 8.080 e as NOBs - Norma Operacional Básica do Ministério da Saúde - que se seguiram definem precisamente o que é obrigação de cada esfera de governo.

Page 22: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Divisão de competências

Fonte: SAS/MS.

70,6% dos municípios brasileiros são responsáveis apenas por ações e serviços da atenção básica de saúde.

29,4 % dos municípios brasileiros assumiram serviços de média e alta complexidade e recebem o Limite Financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC);

Total de Municípios 5.563 % de pactuação

Atenção Básica de Saúde 3.930 70,6

Assumiram Média e Alta Complexidade - MAC 1.633 29,4

Aderiram ao Pacto pela Saúde 2.826 50,8

Page 23: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

CONTROLE SOCIAL • É a garantia constitucional de que a

população através de suas entidades representativas, poderá participar do processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis desde o federal até o local.

• Conselhos de saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviços, com poder deliberativo (50%)

Page 24: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

CONTROLE SOCIAL

•CF/88▫Garante a participação da população na

formulação e controle da execução das políticas de saúde.

•Lei nº 8.142▫Conselhos de Saúde ▫Paridade entre gestores, profissionais de

saúde e usuários do sistema ▫Municipal, Estadual e Federal

Page 25: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

CONTROLE SOCIAL

• As Conferências de Saúde ▫nas três esferas de governo▫são as instâncias máximas de deliberação▫devendo ocorrer periodicamente ▫definem as prioridades e linhas de ação

sobre a saúde. • É dever das instituições oferecerem informações

e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à suasaúde!

Page 26: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

PARTICIPAÇÃO DO SETOR PRIVADO• Fixa o art. 199 da CF/88: Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

• § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

• § 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

• § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

• § 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

• Quando o setor público for insuficiente, o serviços privados devem ser contratados

• Sob três condições: • A celebração do contrato conforme as normas de direito público; • A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas

do SUS • A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS em termos de

posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços.

Page 27: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

OBJETIVOS DO SUS

Page 28: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Sistema Único de Saúde (SUS)

“O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições

públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”

(Lei 8.080, art. 4º)

Page 29: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Definidos na Lei nº 8.080 – art. 5º

•Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;

•Formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, o acesso universal e igualitário;

•Assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e preventivas;

Page 30: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Objetivos do SUS – Lei nº 8.080, art. 5º• Execução de ações:

a) de vigilância sanitária;b) de vigilância epidemiológica;c) de saúde do trabalhador; d) de assistência terapêutica integral, inclusive

farmacêutica;• Formulação da política e na execução de

ações de saneamento básico• Ordenação da formação de recursos

humanos na área de saúde

Page 31: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Objetivos do SUS – Lei nº 8.080, art. 5º•Vigilância nutricional e a orientação

alimentar;

•Colaboração na proteção do meio ambiente (trabalho);

•Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;

Page 32: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Objetivos do SUS – Lei nº 8.080, art. 5º•Controle e fiscalização

▫de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde (substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos);

▫de alimentos, água e bebidas para consumo humano;

▫Sangue e seus derivados.

•Incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico

Page 33: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

FINANCIAMENTO DO SUS

Page 34: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

FINANCIAMENTO NA CF/88• CF/88, art. 198, § 2º: A União, os Estados, o Distrito Federal

e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:

▫ I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; 

▫ II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;

▫ III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.

Page 35: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

APLICAÇÃO MÍNIMA

Ano União Estado Município

2008 8,5%

2009 9%

2010 9,5%

2011 10% 12% 15%

Page 36: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

GASTO COM SAÚDE NO BRASIL Gasto nacional em saúde: % do PIB e per capita,

estimativas para 2001 Em dólares/PPP

País % PIB Per capita Índice

Alemanha 10,8 2.820 492

Austrália 9,2 2.532 442

Brasil 7,6 573 100

Canadá 9,5 2.792 487

Espanha 7,5 1.607 280

Estados Unidos 13,9 4.887 853

Reino Unido 7,6 1.989 347

Fonte: OMS – The World Helath Report, 2003 Obs.: Em dólares internacionais.

Page 37: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Financiamento: Público x Privado

Participação (%) Pública e Privada no Financiamento da Saúde em Países Federativos e/ou de Cobertura Universal, Estimativas

para 1997.

44,1

48,7

70,6

72,0

72,0

77,5

51,3

29,4

28,0

28,0

22,5

3,196,9

55,9

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: OMS, Informe sobre la Salud en el Mundo, 2000.

Gasto Público Gasto Privado

Reino Unido

Alemanha

Austrália

Canadá

Espanha

Brasil

Estados Unidos

Page 38: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

PROBLEMA

Page 39: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Normatização complexa

Cenário de conflitos

Direito fundamental à saúde

Judicialização da saúde Competências dos entes

Page 40: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Cenário e Conflitos

A Federação Brasileira possui uma série de conflitos entre os governos da União, dos Estados e dos Municípios.

Conflitos de competência

A não regulamentação do art. 23 da CF ocasiona conflitos de responsabilidades e falta de definição de competências.

Regulamentação do art. 23 da CF

Page 41: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Os números mostram que o crescimento das receitas dos municípios

deve-se ao aumento da arrecadação, mas a fatia do bolo tributário que

cabe aos municípios permanece a mesma.

-

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007

Receita livre Carga tributária Total Distribuição

15,8%

15,7%

16,0%

15,8%15,8%

15,9%

Divisão do Bolo Tributário

Page 42: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Financiamento da Saúde Os recursos da União destinados à saúde deverão ser

distribuídos entre os Estados, Distrito Federal e Municípios.

Os recursos dos Estados distribuídos entre seus respectivos Municípios.

1. Garantir um financiamento estável e regular para a saúde;

2. Estabelecer percentuais mínimos de aplicação de recursos orçamentários em ações e serviços de saúde para cada ente público.

A Emenda Constitucional 29 objetivou:

• Estados 12% e Municípios 15% dos recursos próprios.

Page 43: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Regulamentação da EC-29

A EC-29 alterou a divisão federativa do financiamento do SUS

Participação da União, Estados e Municípios no financiamento do SUS, 2000 e 2005 (Em %)

72,70%

11,80%

15,40%

União Estados Municípios

59,80%18,50%

21,70%

49,90%

23,10%

27,00%

2000 2005

Page 44: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

A União não cumpre a EC 29/00 A União não cumpre a Emenda 29/00 porque inclui despesas que

ensejam questionamentos tais como o Bolsa-Família, diversas ações na área de saneamento, Farmácia Popular e Saúde Suplementar.

A União também não gastou conforme a variação nominal do PIB, considerando a base móvel, acumulando perdas no valor de R$ 2,4 bilhões, segundo o PIB antigo ou de R$ 2,7 bilhões, se considerado o PIB novo.

AnoGastos

(empenhado/ liquidado)Valor Mínimo PIB

antigoDiferença

(R$ milhão)Valor Mínimo PIB

Novo

Diferença (R$

milhão)2001 22.474,10 23.014,10 -540 22.539,20 -65,12002 24.736,80 25.051,30 -314,4 24.883,00 -146,22003 27.179,50 28.129,40 -949,8 28.240,30 -1.060,702004 32.701,20 32.521,20 180,1 32.484,90 216,32005 36.491,20 37.123,40 -632,2 37.347,90 -856,72006 40.746,20 40.716,20 29,9 41.319,20 -573

Comparativo dos Gastos Federais com Ações e Serviços de Saúde de 2001 a 2006

Page 45: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Emenda Constitucional 29

22

,17

20

,25

17

,53

14

,74

13

,82

13

,74

13

,71

13

,64

13

,46

13

,35

13

,30

13

,07

12

,80

12

,72

12

,63

12

,61

12

,44

12

,30

12

,14

12

,00

12

,00

11

,90

11

,77

10

,92

9,8

8

9,2

2

5,8

0

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Am

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ul

Fonte: SIOPS

2007 – De acordo com informações do FINBRA/STN 10 Estados não cumpriram a EC-29 e deixaram de

investir R$ 447 milhões em saúde.

1º semestre de 2008 – de acordo com o SIOPS, só 16 Estados apresentaram os gastos com saúde, dos quais,

somente 4 cumpriram a EC-29 – estima-se que os estados deixaram de investir em saúde R$ 1,9 bilhão de

reais.

Gastos dos Estados com saúde em 2007

Page 46: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

46

Segundo os gastos municipais em saúde coletados no Siops, aproximadamente 98% dos Municípios cumpriram com a EC-29. Os gastos dos municípios passaram de 65,35% que atingiram o mínimo constitucional exigido em 2001 para 97,95% em 2006.

Mesmo tratando-se das unidades federadas que menos arrecadam, os Municípios investem em saúde, em média, 30% a mais que o mínimo determinado pela EC-29.

Os municípios, em grande parte, estão conseguindo cumprir a EC-29

Page 47: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Em 2006 o mínimo era de R$ 17,7 bilhões e os municípios investiram R$ 23,7 bilhões, ou seja, R$ 6 bilhões a mais.

Nos anos de 2005 e 2006 os municípios gastaram R$ 43,7 bilhões, R$ 10 bilhões a mais que o mínimo constitucional exigido.

A participação dos municípios frente aos programas da União têm sido determinante na melhoria dos indicadores da saúde no país.

Os Municípios têm ampliado sua participação no financiamento do SUS, porém, a distribuição da receita fiscal brasileira deixa aos Municípios a menor parte do bolo tributário.

Os municípios, em grande parte, estão conseguindo cumprir a EC-29

Page 48: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

União 22,6 24,2 27,8 25,9 26,6 26,2

Estado 0,7 0,7 0,4 0,6 0,7 0,7

Município 76,7 75,1 71,8 73,5 72,8 73,2

2002 2003 2004 2005 2006 2007

Investimento de recursos próprios em saúde 2002 a 2007

Fonte: FINBRA/STN

2007 – De acordo com informações do FINBRA/STN de todo o investimento realizado no setor saúde, desde 2002, em média a União contribui com 25,5% e os Municípios brasileiros ficam responsáveis por 73,8%.

Já os Estados, contribuem com uma parcela média de 0,7% nos investimentos em saúde.

Page 49: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

Fragilidades no Financiamento

Em conseqüência é possível afirmar:

A União e os Estados não cumprem o previsto na EC-29;

98% dos Municípios cumprem o previsto na EC-29.

Portanto:

A regulamentação da Emenda Constitucional 29 tornou-se uma luta desigual, pois interessa apenas aos municípios que esperam um efetivo aporte de recursos financeiros na área da saúde pelos demais entes, principalmente, a União que retém mais de 60% dos tributos arrecadados no país.

Page 50: Entendendo o Sistema Único de Saúde Brasileiro

OUTROS PROBLEMAS• Sub-financiamento

PSF, PACS, Saúde Bucal, Tabela Unificada do SUS.

Saúde da Família – financiamento municípios e união.

• Perdas financeiras em decorrência de estimativas populacionais defasadas

• Depreciação dos valores dos incentivos financeiros

• Judicialização das demandas de saúde