ensino fundamental e mÉdio - colégio estadual de ... · democrática, tendo como líder do...

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I PARTE “De nada valem as ideias sem homens que possam pô-las em prática”. Marx

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  • I PARTE

    De nada valem as ideias sem homens

    que possam p-las em prtica. Marx

  • - 2 -

    I PARTE

    IDENTIDADE DO COLGIO ................................................................................................................... 4

    IDENTIFICAO DA INSTITUIO DE ENSINO .................................................................................. 7

    Histrico do Colgio ................................................................................................................................ 8

    Dados Demogrficos ................................................................................................................................ 9

    ORGANIZAO DA ENTIDADE ESCOLAR ........................................................................................ 10

    Caracterizao da Comunidade Escolar ................................................................................................ 10

    Organizao Curricular .......................................................................................................................... 11

    Matriz Curricular do Ensino Fundamental........................................................................................12

    Matriz Curricular do Ensino Mdio.................................................................................................13

    MARCO SITUACIONAL ........................................................................................................................ 14

    MARCO CONCEITUAL ......................................................................................................................... 17

    Concepo de Homem e Mundo ............................................................................................................ 19

    Concepo de Sociedade e Cultura ...................................................................................................... 20

    Concepo de Educao e Conhecimento ............................................................................................ 21

    Concepo de Escola Pblica e de Contedos Curriculares ................................................................ 22

    Fundamentos Filosficos ....................................................................................................................... 24

    Fundamentos Didticos e Pedaggicos ................................................................................................. 25

    Pressupostos Epistemolgicos .............................................................................................................. 27

    Linha Pedaggica do Colgio ............................................................................................................... 27

    Princpio Norteador do Colgio .............................................................................................................. 28

    Misso do Colgio .................................................................................................................................. 29

    SISTEMA DE AVALIAO ................................................................................................................... 30

    Sistema de Cores ................................................................................................................................... 33

    Conselho de Classe ............................................................................................................................... 34

    Organizao Didtico-Pedaggica ......................................................................................................... 35

    MARCO OPERACIONAL ...................................................................................................................... 37

    Metas.....................................................................................................................................................38

    Aes.....................................................................................................................................................39

    PROGRAMAS E PROJETOS ................................................................................................................ 40

    Atividades Complementares .................................................................................................................. 41

    Agenda Escolar ...................................................................................................................................... 42

    Aluno Monitor ......................................................................................................................................... 43

    SUMRIO

  • 3

    Associao de Pais, Mestres e Funcionrios ........................................................................................ 44

    Avaliao Institucional ............................................................................................................................ 45

    Biblioteca Escolar ................................................................................................................................... 46

    Calendrio Cultural ................................................................................................................................. 47

    CELEM ................................................................................................................................................... 48

    Conselho Escolar ................................................................................................................................... 49

    Formao Continuada ............................................................................................................................ 50

    Fica Comigo ........................................................................................................................................... 51

    Grmio Estudantil ................................................................................................................................... 52

    Jogos Escolares .................................................................................................................................... 53

    Noite Cultural .......................................................................................................................................... 54

    Olimpada Brasileira de Matemtica ...................................................................................................... 55

    Olimpada Brasileira de Lngua Portuguesa .......................................................................................... 56

    Acompanhamento Pedaggico .............................................................................................................. 57

    Professor Coordenador .......................................................................................................................... 58

    SAREH ................................................................................................................................................... 59

    Sala de Apoio Aprendizagem .............................................................................................................. 60

    Sala de Recursos Multifuncional ............................................................................................................ 61

    Brigada Escolar ...................................................................................................................................... 62

    AVALIAO DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO ..................................................................... 63

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA .......................................................................................................... 64

    ANEXOS................................................................................................................................................65

    Plano de Ao da Equipe Mutidisciplinar..............................................................................................66

    Plano de Estgio ................................................................................................................................... 69

    Plano de Ao da Brigada Escolar.......................................................................................................71

    Plano de Ao Pedaggico...................................................................................................................72

    Projeto de Leitura..................................................................................................................................79

    Calendrio Escolar................................................................................................................................81

    UMA CONSTRUO COLETIVA:

    Se, na verdade, no estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transform-lo;

    se no possvel mud-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade

    que tenha para no apenas falar de minha utopia, mas participar de prticas com ela coerentes.

    (PAULO FREIRE)

  • 4

    IDENTIDADE DO COLGIO

    O Projeto Poltico Pedaggico do Colgio Estadual Laranjeiras do Sul sendo a

    identidade da instituio escolar, reflete a proposta educacional da escola pblica, tendo

    como referncia os princpios apontados na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional

    9.394/96, a Constituio Brasileira, o Estatuto da Criana e do Adolescente e o disposto no

    Regimento das Escolas Pblicas do Paran.

    O Projeto Poltico Pedaggico do Colgio em sua proposta pedaggica vai

    privilegiar o ensino enquanto construo do conhecimento, o desenvolvimento pleno das

    potencialidades do aluno e sua insero no ambiente social tendo como parmetro as

    Diretrizes Curriculares do Estado do Paran e a opo pelo currculo disciplinar, trabalhados

    em sua contextualizao.

    Uma das premissas da Educao Bsica deve ser com o comprometimento com a

    democracia e a cidadania, uma vez que, a LDBEN 9.394/96 tem na cidadania seu eixo

    orientador e se compromete com valores e conhecimentos que viabilizam a participao

    efetiva do aluno na vida social.

    O presente Projeto originou-se a partir do compromisso e da necessidade da

    instituio escolar na elaborao do seu prprio Projeto Pedaggico e administr-lo de tal

    forma que ele no se torne somente um mero documento formal, mas que a escola o

    implante num processo contnuo de reflexo sobre a prtica pedaggica, em que a equipe

    escolar discute, prope, realiza, acompanha, avalia e registra as aes que vai desenvolver

    para atingir os objetivos coletivamente propostos.

    Vale ressaltar que, a instituio escolar tem uma cultura prpria permeada por

    valores, expectativas, costumes, tradies, condies construdas a partir de contribuies

    individuais e coletivas, uma vez que no interior de cada escola as realidades econmicas,

    sociais e culturais esto presentes e lhe conferem uma identidade prpria.

  • 5

    Ao elaborar o Projeto Poltico Pedaggico, o colgio discute e expe de forma clara,

    valores coletivos, delimita prioridades e define resultados desejados em funo do

    conhecimento da comunidade em que atua e de sua responsabilidade para com ela.

    Por meio do diagnstico realizado com a comunidade escolar, observou-se que

    estas aspiraes so comuns entre as partes interessadas, sentindo a necessidade de se

    organizar o colgio como um espao vivo, onde a cidadania possa ser exercida a cada

    momento e o aluno possa ser sujeito da prtica social.

    Para construir um Projeto Poltico Pedaggico deve-se ter planejado o que se tem

    inteno de realizar buscando um (re) direcionamento, tendo em vista um compromisso

    definido coletivamente.

    Sendo assim, deve-se entender como dimenso poltica o compromisso com a

    formao de um cidado participativo, responsvel, compromissado, crtico e criativo e

    como dimenso pedaggica a definio das aes educativas e das caractersticas

    necessrias para que a escola possa cumprir com seu propsito.

    A ancoragem do Projeto Poltico Pedaggico est na busca pela autonomia da

    escola e de sua capacidade de delinear sua prpria identidade.

    A instituio educacional pblica, pela sua fora identitria, capaz de ver,

    sintetizar e construir relaes pedaggicas autonomizantes a partir da diversidade em que

    se encontra, assumindo a dignidade humana e a vida, como universais.

    A autonomia pensada como emancipao no ocorre distanciada da coletividade

    o processo histrico de conquista tratando-se da formao do sujeito capaz de se definir e

    de ocupar espao prprio, recusando ser reduzido a objeto. A cidadania democrtica

    configura-se na relao entre autonomia e identidade na medida em que a

    sociedade/comunidade construda a partir das concepes, ideais, dilogos e

    possibilidades democrticas conquistadas com a autonomizao dos sujeitos, das

    instituies e das relaes sociais.

    No possvel separar autonomia de identidade porque, ou se estar

    comprometendo a autonomia autntica, no considerando a comunidade, o contexto, os

    sujeitos, que so os fins das aes autnomas, ou no se identificando o processo histrico

    cultural com o anseio, o desejo e a construo humanizadora do mundo. Ficando nada para

    ningum ou ningum com nada, como ocorre na sociedade em que vivemos onde cada um

    procura se resolver como der, sua maneira e onde a fora e o poder do controle so

    sempre vitoriosos sobre o homem e sobre a vida.

    Se h autonomia porque ela foi construda pela comunidade e ao tomar essa

    conscincia, cria-se o vnculo da identidade onde se insere a educao, onde se constroem

    as relaes pedaggicas e onde as escolas tm valor e a comunidade valorizada.

  • 6

    O perigo da democracia representativa, da prtica costumeira do fazer pelos outros,

    da intransigente supremacia do poder e de suas artimanhas para continuar no poder, est

    no fato de havendo o poder opressor no tem como haver identidade e se no houver

    identificao, nem autonomia pode haver.

    O poder da representao impede as vozes, os sons, os ecos e impossibilita ideias

    dificultando a conscincia da autonomia porque o prprio representante no se identifica

    com a comunidade.

    Identidade conduz a autonomia, portanto, resgatar a escola como espao pblico,

    lugar de debate, dilogo fundado na reflexo coletiva, sendo que, buscar uma nova

    organizao para o colgio constitui uma ousadia para os educadores, pais, alunos e

    funcionrios.

    Esta proposta no encerra o processo nem acarreta resultado final, ao contrrio,

    sempre far reiniciar a discusso sobre o papel da escola pblica e sua importncia para a

    sociedade, estando aberta ao que h de novo, no mundo e na rea educacional.

    O presente documento a sistematizao dos ideais de toda a comunidade escolar

    e divide-se em trs partes principais: Marco Situacional, Marco Conceitual e o Marco

    Operacional:

    O mundo, um contexto e muitos desafios (Marco Situacional): explicita os desafios e as dificuldades frente execuo da sua proposta educativa;

    O homem, a sociedade e a educao (Marco Conceitual): elenca os princpios que devero sustentar as aes do colgio;

    Os ideais de mudana (Marco Operacional): elenca as diretrizes e metas relacionadas ao fazer do colgio, a organizao, gesto democrtica e avaliao.

  • 7

    IDENTIFICAO DA INSTITUIO DE ENSINO

    DADOS DA INSTITUIO DE ENSINO

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul Ensino Fundamental e Ensino Mdio,

    cdigo 41102622, est localizada no municpio de Laranjeiras do Sul, cdigo 1340; sito a

    rua: Capito Antnio Joaquim de Camargo, nmero 842; no Estado do Paran. CEP:

    85.301-230. Telefone nmero (42) 3635-2827. Dependncia Administrativa cdigo: 0001-5,

    pertencente ao Ncleo Regional de Laranjeiras do Sul (Cdigo 31) e tendo como

    mantenedora a Secretaria de Estado da Educao do Paran. O Colgio est localizada a

    uma distncia de aproximadamente 500 metros do NRE, portanto uma escola central.

    E-mail institucional: [email protected]

  • 8

    HISTRICO DO COLGIO

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul, foi criado no ano de 1946 com o nome de

    Grupo Escolar Tiradentes, em 10 de setembro de 1956 foi inaugurado o novo prdio que

    passou a denominar-se Grupo Escolar de Laranjeiras do Sul, em 22 de fevereiro de 1965,

    passou a chamar-se Grupo Escolar Alusio Maier em homenagem ao seu professor. Em

    1985 de acordo com a Resoluo n. 5543/85 o colgio passa a ofertar o ensino de 5 a 8

    sries. No ano de 1992, houve a municipalizao da Educao Infantil, do Ensino

    Fundamental de 1 a 4 sries e da Educao Especial, obrigando a diviso do Ensino

    Fundamental e a alterao do nome do colgio, conforme sua entidade mantenedora que

    a Secretaria de Educao do Estado do Paran. Em 24/02/1993 conforme a Resoluo n.

    0619/93 passou a denominar-se Escola Estadual Laranjeiras do Sul Ensino Fundamental

    de 5 a 8 sries, retornando assim ao seu antigo nome.

    Foi fundada em 1946 e reconhecida com autorizao de Funcionamento de 5 a 8

    sries pela Resoluo n. 5543/85 de 23/01/86 e teve seu curso reconhecido por meio da

    Resoluo 2986/90 de 30/10/90 e sua renovao do reconhecimento pela Resoluo 693/02

    de 18 de maro de 2002. Em 2010 foi implantado gradativamente o Ensino Mdio e dessa

    forma houve a alterao do nome para Colgio Estadual Laranjeiras do Sul Ensino

    Fundamental e Mdio.

  • 9

    DADOS DEMOGRFICOS

    O Municpio de Laranjeiras do Sul comemora seu aniversrio em 30 de novembro e

    teve seu decreto de instalao no ano de 1946.

    Est localizado no mdio centro-oeste do Paran, possui uma rea de 601.00Km2 e

    tem a agricultura como economia predominante.

    Considerando os aspectos demogrficos sua populao estimada em 30.063

    habitantes, sendo que a zona urbana tem populao de aproximadamente 23.601 e a zona

    rural tem aproximadamente 6.462 habitantes. A populao alfabetizada estimada em

    21.016 habitantes com taxa de alfabetizao de 89,3%.

    Os limites geogrficos do municpio so: Nova Laranjeiras, Marquinho, Virmond,

    Porto Barreiro e Rio Bonito do Iguau.

  • 10

    CARACTERIZAO DA COMUNIDADE ESCOLAR

    O carter mediador da administrao escolar manifesta-se de forma peculiar na

    gesto educacional, pois os fins a serem realizados relacionam-se emancipao cultural

    de sujeitos histricos, para os quais a apreenso do saber se apresenta como elemento

    decisivo na construo de sua cidadania. Por esse motivo, tanto o conceito de qualidade da

    educao quanto o de democratizao ganha novas configuraes, uma vez que a

    qualidade transcende a mera exposio de contedos em detrimento de uma prtica social.

    A atualizao cultural e histrica do educando mediado pela prtica social condio

    necessria para a construo de uma verdadeira democracia no mbito da unidade escolar,

    assumindo a participao da comunidade nas decises a serem tomadas.

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul reconhecido por toda comunidade por seu

    trabalho desenvolvido na rea da educao, com competncia, buscando novas alternativas

    para atender aos interesses da comunidade escolar compreendendo que a qualidade da

    educao depende da participao ativa de todos os envolvidos no processo educativo,

    enriquecendo assim, o trabalho coletivo.

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul incorpora os princpios da Gesto

    Democrtica, tendo como lder do processo educativo o Gestor Escolar na figura de Diretor

    que assessorado pela Equipe Pedaggica e demais membros que compe a comunidade

    escolar como: Corpo Docente, Funcionrios Administrativos, Agentes de Apoio e

    Bibliotecria.

    O colgio conta com 23 turmas e seu alunado composto por adolescentes e

    jovens somando aproximadamente um total de 654, sendo a maioria oriunda da rea urbana

    e rural.

    O colgio possui 13 salas de aulas, sendo que 01 adaptada para comportar a

    demanda de alunos, 01 Biblioteca, 01 Laboratrio de Informtica, 01 Auditrio, 01 Sala de

    Recursos Multifuncional Tipo I que adaptada e no possui Laboratrio de Qumica, Fsica

    e Biologia. O nvel scio-econmico e cultural dos alunos da classe B, C e D e o mercado

    de trabalho dos pais diversifica entre profissionais liberais, agricultores, comerciantes e

    assalariados.

    ORGANIZAO DA ENTIDADE ESCOLAR

  • 11

    ORGANIZAO CURRICULAR

    O currculo deve expressar a conscincia poltico-pedaggica do colgio e sendo

    um conjunto das atividades nucleares deve explicitar o papel que o colgio deve assumir

    diante da produo de conhecimento tendo como ponto de partida uma viso de sociedade,

    de educao e do homem que se pretende formar.

    A mudana de enfoque quanto aos contedos ministrados em uma disciplina deve

    abandonar postura de confinamento do ensino pelas paredes do colgio, tornando-o uma

    ferramenta para usufruir e compreender as informaes culturais, sociais e econmicas da

    sociedade em que o aluno vive.

    O colgio faz opo pelo currculo disciplinar para contrapor a fragmentao dos

    contedos posta pela viso mecanicista de conhecimento, encontrando ressonncia na

    abordagem histrico-cultural pela sua opo conceitual focada no papel do professor, do

    ensino e aprendizagem e na funo social da escola pblica.

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul possui organizao curricular seriada

    constituda por uma base nacional comum, tanto para o ensino mdio quanto para o ensino

    fundamental especificada por reas do conhecimento e a opo pelo currculo disciplinar

    organizado por Trimestre, garantindo s 800 horas distribudas em 200 dias letivos.

    O horrio de funcionamento do colgio distribudo em dois turnos: matutino e

    vespertino, onde no perodo da manh as aulas tm incio s 7 horas e 30 minutos e seu

    trmino s 12 horas e no perodo da tarde as aulas tem incio s 13 horas e trmino s 17

    horas e 15 minutos.

    A organizao da hora atividade do professor no horrio escolar por rea de

    conhecimento.

    A Matriz Curricular do Ensino Fundamental composta por disciplinas de base

    nacional comum, sendo: Lngua Portuguesa, Matemtica, Histria, Geografia, Cincias,

    Arte, Ensino Religioso, Educao Fsica e uma disciplina da parte diversificada que a

    Lngua Inglesa.

    A Matriz Curricular do Ensino Mdio composta por disciplinas de base nacional

    comum, sendo: Lngua Portuguesa, Matemtica, Histria, Geografia, Fsica, Qumica,

    Biologia, Arte, Sociologia, Filosofia, Educao Fsica e uma disciplina da parte diversificada

    que a Lngua Inglesa.

  • 12

  • 13

    COLGIO ESTADUAL LARANJEIRAS DO SUL

    MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MDIO

    ESTADO DO PARAN

    SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

    31 NRE: Laranjeiras do Sul 1340 Municpio: L. do Sul

    0001-5 ESTABELECIMENTO: Colgio Estadual Laranjeiras do Sul

    ENDEREO: Rua Capito Antonio Joaquim de Camargo, 842 Centro

    FONE: (42) 3635 2827

    ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARAN

    CURSO 0009 ENSINO MDIO

    FORMA GRADATIVA TURNO MANH - TARDE MDULO 40 SEMANAS

    BASE

    NACIONAL

    COMUM

    DISCIPLINAS

    SRIES

    1 Srie 2 Srie 3 Srie

    ARTE - 2 -

    BIOLOGIA 2 2 2

    EDUCAO FSICA 2 2 2

    FILOSOFIA 2 2 2

    FSICA 2 2 3

    GEOGRAFIA 2 2 2

    HISTRIA 2 2 2

    LNGUA PORTUGUESA 4 3 3

    MATEMTICA 4 3 3

    QUMICA 3 3 2

    SOCIOLOGIA 2 2 2

    TOTAL 25 25 23

    PARTE

    DIVERSIFICADA

    *L.E.M. ESPANHOL 4 4 4

    L.E.M. INGLS - - 2

    TOTAL 29 29 29

    OBSERVAES: Matriz Curricular de acordo com a LDB N. 9394/96

    *Disciplina de matrcula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrrio.

    .

  • 14

    A globalizao um processo determinado pelo funcionamento dos mercados e da

    economia que repercute diretamente na cultura e nos costumes dos povos, e notrio que o

    mundo tornou-se globalizado, mas as oportunidades no.

    Visivelmente, os princpios dos pases cujas bases fundamentam-se no capitalismo,

    propagam-se pelo mundo, estabelecendo uma relao de poder entre dominantes e

    dominados. Esse contexto social gera a excluso dos pases pobres e dos pases em

    desenvolvimento, restringindo o acesso a condies de vida digna gerando problemas de

    toda ordem. Tais problemas sociais se afirmam por meio do empobrecimento da maior parte

    da populao que expresso na misria e na fome, por meio das condies precrias de

    sade fsica e mental, no descaso com a educao, na precarizao das condies de

    trabalho expressa em elevadas taxas de desemprego e nos baixos nveis salariais.

    H tambm os problemas polticos que so fortalecidos pela concentrao do poder

    sustentado pela fora econmica, nas perdas de direitos sociais adquiridos, na ruptura com

    preceitos ticos expressos em corrupo e na m administrao dos bens pblicos.

    Os problemas econmicos que geram a constituio de blocos de poder que

    determinam as relaes econmicas baseadas na maximizao dos lucros, na concentrao

    do conhecimento cientfico e tecnolgico nas mos de grandes grupos econmicos; na

    imposio de princpios ditados pelas empresas transnacionais; no protecionismo aos

    pases desenvolvidos; na queda em investimentos no setor industrial e rural; na expanso

    no setor de servios cada vez mais caracterizado pela informalidade das relaes de

    trabalho.

    H tambm os problemas ambientais gerados pelo consumo irresponsvel de

    recursos naturais e pela degradao do meio ambiente devido a explorao inadequada dos

    recursos ambientais e pela falta de polticas pblicas que possam garantir o uso dos

    recursos de forma sustentvel.

    No Brasil, especificamente, a privatizao dos recursos do estado, ao

    superfaturamento de bancos, falta de credibilidade no comrcio exterior repercute na

    queda de renda per capita e instala a falta de perspectivas sociais.

    MARCO SITUACIONAL

  • 15

    No Estado do Paran, como em outros estados brasileiros, h o empobrecimento

    urbano gerado pela migrao da populao rural, ocasionando o aumento da violncia, do

    desemprego e da precariedade das condies de vida.

    O quadro scio histrico-educacional exposto parece expressar uma viso negativa

    da sociedade, ressaltando uma gama de problemas de tal amplitude que sugere ser

    intangvel qualquer possibilidade de transformao. Entretanto, necessrio registrar que a

    escola imbuda de sua funo social poder contribuir com as transformaes atuando

    criticamente para reconstruir as representaes que os sujeitos tm da realidade, de modo a

    promover a mudana de postura e de prtica diante dessa realidade.

    A anlise dos dados estatsticos do colgio indica que o ndice de reprovao

    inexpressvel e praticamente no h evaso escolar.

    Um dos maiores entraves que o colgio possui em relao a seu ndice de

    reprovao est na defasagem que os alunos apresentam ao chegarem no estabelecimento

    escolar, pois h uma ruptura entre o ensino fundamental dos anos iniciais com o ensino

    fundamental dos anos finais e tambm a falta de acompanhamento familiar, pois muitos pais

    acabam deixando de assumir suas obrigaes no acompanhamento escolar e sendo assim,

    a educao vai ficando apenas a cargo da instituio de ensino. Em uma era na qual

    homem e mulher trabalham fora acaba sobrando cada vez menos tempo para os filhos e

    dessa forma, pai e me acabam jogando a responsabilidade pela educao dos filhos sobre

    a instituio escolar, por sua vez sobrecarregada e desnorteada diante de crianas que

    chegam sem ter recebido noes de limites da famlia.

    Muitos pais tm se omitido do seu papel e acabam terceirizando a educao dos

    filhos apenas instituio escolar. Diante de desafios que surgem a cada dia com a

    velocidade dos avanos tecnolgicos, os pais esto colocados diante de uma tarefa

    espinhosa: a de reaprender seu papel, ou seja, significa reconhecer que uma parcela muito

    expressiva da formao de seus filhos responsabilidade deles e no pode ser transferida.

    Outro fator preponderante so as novas configuraes familiares, pois a partir da

    revoluo industrial, as relaes familiares adquiriram novas caractersticas. Assim, as

    famlias numerosas e extensas tornam-se nucleares medida que se deslocam para as

    reas urbanas em busca de trabalho e de melhores condies de vida.

    Considerando os ndices de aprovao e reprovao, bem como a qualidade de

    ensino ofertado pelo colgio verifica-se que o nvel de aprendizagem bom e os resultados

    so frutos de um trabalho coletivo preocupado com uma educao de qualidade. Os

    professores, em sua maioria, esto preocupados com a aprendizagem dos alunos, esto

    comprometidos com suas atividades docentes e procuram ter uma prtica pedaggica que

    atenda aos objetivos propostos no Projeto Poltico Pedaggico e na Proposta Curricular.

  • 16

    Os professores esto sempre buscando formao continuada para subsidiar sua

    prtica docente, por meio de um aporte terico e metodolgico que realmente venha de

    encontro com as suas expectativas. Nesse sentido, a hora atividade um espao de

    reflexo sobre a prtica, integrao curricular entre as diferentes reas do conhecimento,

    planejamento das aulas e atendimento aos pais e alunos.

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul tem como misso a qualidade do ensino

    pblico e a construo/socializao do conhecimento produzido, sistematizado e

    historicamente acumulado, necessrio para a formao de sujeitos histricos.

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul dessa forma tem sua qualidade comprovada

    pelo IDEB, que calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar

    (aprovao) e mdia de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo INEP. Os

    ndices de aprovao so obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo

    INEP. As mdias de desempenho utilizadas so as da Prova Brasil e do SAEB.

    O Sistema de Avaliao da Educao Bsica do Paran, SAEP-2013, se configura

    como uma poltica pblica de avaliao da educao, capaz de monitorar a qualidade do

    ensino e da aprendizagem. Participam da avaliao estudantes do 9 ano do ensino

    fundamental e do 3 ano do ensino mdio.

    IDEB 2005 2007 2009 2011

    BRASIL 3,3 3,6 3,8 4,7

    PARAN 3,9 4,0 4,1 5,4

    MUNICPIO 3,7 4,7 4,8 5,9

    COLGIO ESTADUAL LARANJEIRAS DO SUL

    4,3 5,6 5,0 5,7

    SAEP-2013

    9 ANO

    MAT

    9 ANO

    PORT

    3 SRIE

    MAT

    3 SRIE

    PORT

    PARAN 249 243 271 265

    NRE 249 241 276 267

    COLGIO ESTADUAL LARANJEIRAS DO SUL

    281 261 327 314

  • 17

    O Projeto Poltico-Pedaggico perpassa a histria da educao brasileira, uma vez

    que a instituio escolar est inserida no cenrio social e no pode desconsiderar que os

    impactos scio-econmicos e culturais que velozmente se propagam e afetam em diferentes

    graus a rotina dos segmentos sociais tem suas consequncias na educao.

    O colgio por meio do Projeto Poltico Pedaggico norteia suas prticas e visibiliza

    seus valores socioculturais. Quando alunos, pais, professores, pedagogos, direo e demais

    membros da comunidade escolar defendem a solidariedade, a tica, a igualdade social, o

    reconhecimento das diferenas, a liberdade e o respeito natureza e polticas apropriadas

    para eles, est afirmando que esses devem ser os valores a sustentarem as suas prticas

    cotidianas.

    Uma instituio escolar comprometida com uma educao assim concebida insere-

    se no debate da sociedade para poder refletir sobre os problemas de modo que o aluno

    vincule-se s diferentes realidades, no como mero observador, mas como sujeito de sua

    histria. Dessa forma necessrio tratar da produo pedaggica como prtica dos

    homens, em que o contedo pedaggico determinado pelo contedo social e vice-versa.

    Todas essas consideraes delineadas levam a definio dos seguintes princpios

    que atendem a uma abordagem progressista da educao:

    1. Princpio scio-histrico do conhecimento, entendendo o conhecimento como produto da

    construo histrica do ser humano, que nas suas interaes o constri e reconstri,

    conforme suas necessidades.

    2. Princpio de uma concepo de sociedade com maior justia social, o que pressupe

    melhor qualidade de vida, por meio de diferentes formas de pensar e atuar sobre a

    realidade.

    3. Princpio da compreenso das diferenas, formadora da sociedade brasileira. As

    diferenas de etnia, gnero, classe etc. que do origem a diferentes modos de organizao

    da vida, valores e crenas apresenta-se para a educao como um desafio de forma que

    impossvel desconhec-lo e ignor-lo.

    MARCO CONCEITUAL

  • 18

    4. Princpio da compreenso da pesquisa como processo educativo, enquanto fio condutor e

    elemento aglutinador dos demais componentes curriculares, constituindo-se em elemento

    articulador entre teoria/prtica.

    5. Princpio da compreenso da prxis, enquanto unidade teoria-prtica.

    Sendo assim, a escola pblica tem a responsabilidade de conceber ao sujeito, uma

    educao pela qual, a partir do conhecimento, seja possvel compreender a sociedade e

    suas contradies, para que este possa mobilizar esforos para conquistas sociais, polticas

    e culturais. Nessa viso, necessrio explicitar:

    A concepo de homem e de mundo;

    A concepo de sociedade e de cultura;

    A concepo de educao e conhecimento;

    A concepo de escola e contedo.

  • 19

    CONCEPO DE HOMEM E MUNDO

    O homem considerado um ser situado num mundo material, concreto, social,

    econmico e ideologicamente determinado, o qual lhe cabe transformar e conviver com

    outras pessoas; pois ele no est isolado no contexto e sua prtica demarcada pelas

    relaes que mantm.

    O homem capaz de admirar o mundo e transform-lo e ao transformar a natureza,

    os homens criam cultura, refinam tcnicas e instrumentos, enfim, o saber; e sendo assim,

    transformam a si mesmos por meio do aperfeioamento das suas funes mentais e da sua

    personalidade. Os homens, por meio do trabalho, se organizam para alcanar determinados

    fins, respondendo os impasses que a natureza coloca sobrevivncia e usam do

    conhecimento acumulado por geraes produzindo outros conhecimentos.

    Segundo Saviani (1996, p.146), o homem necessita produzir continuamente sua

    prpria existncia. Para tanto, em lugar de se adaptar natureza, ele tem que adaptar a

    natureza a si, isto , transform-la. E isto feito pelo trabalho.

    O saber construdo dessa forma percebe a necessidade de transformar o mundo,

    porque assim os homens se descobrem como seres histricos.

    tambm neste contexto atual, que se discute o ensinar e o aprender num

    processo de formao, de construo de cidadania, no apenas preparando para a tcnica

    de uma ocupao temporal, mas formando valores ticos e morais e desenvolvendo a

    criticidade, referentes transformao social.

    Entretanto alguns desafios so fundamentais no que se refere formao do

    sujeito, desenvolver uma aptido para contextualizar e integrar, para situar qualquer

    informao em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande desafio

    de formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas. Dessa forma,

    acredita-se ser possvel formar um cidado capaz de mediar conflitos, propor novas

    solues criativas em favor da solidariedade humana e do equilbrio ambiental; uma pessoa

    capaz de mobilizar todo seu conhecimento para enfrentar de modo satisfatrio as situaes

    que surgirem em seu dia-a-dia, e embasado nessa nova concepo que as escolas esto

    repensando sua prtica de educar.

  • 20

    CONCEPO DE SOCIEDADE E CULTURA

    A cultura do sujeito formada desde o momento de sua concepo, onde os

    fatores culturais existentes iro contribuir na formao da identidade, pois a cultura no

    pronta e acabada, mas que esta em constante transformao.

    A sociedade mundial e brasileira passa por inmeras transformaes, onde

    vivenciamos globalmente uma mudana de paradigma onde os limites geopolticos so

    descortinados pela globalizao e a nova sociedade que se desenha uma sociedade do

    conhecimento, onde os avanos da cincia e da tecnologia so elementos que iro definir

    as relaes polticas, econmicas e sociais.

    Uma mudana estrutural est transformando as sociedades modernas neste

    sculo, fragmentando as paisagens culturais de classe, gnero, tnica e de nacionalidade

    que em outros tempos forneciam slidas localizaes aos sujeitos.

    Dessa forma, estas transformaes esto mudando nossas identidades pessoais

    abalando a idia que temos de ns prprios como sujeitos integrados, causando um

    deslocamento ou descentrao do sujeito tanto de seu lugar no mundo social e cultural

    quanto de si mesmo. Dessa forma ocorre uma crise de identidade que abala os quadros de

    referncia que davam aos sujeitos uma ancoragem estvel no mundo social.

    A instituio escolar deve acompanhar o desenvolvimento cientfico e tecnolgico,

    pois esta inserida na sociedade e nesta relao a escola a principal responsvel pela

    organizao, sistematizao e desenvolvimento das capacidades cientficas, ticas e

    tecnolgicas de uma nao, portanto a escola deve tambm, refletir paulatinamente sobre o

    seu papel social que no reproduzir o status quo, mas posicionar-se frente aos

    modernismos e as mudanas contemporneas chamadas de globalizao.

    O eixo estrutural entre educao, escola e sociedade o conhecimento e dessa

    relao entre esses componentes que resultar o modelo de educao, de escola e de

    sociedade. No possvel pensar em educao sem pensar em sociedade, sabendo que a

    cidadania plena passa pelo conhecimento, pois a cincia e o desenvolvimento tecnolgico

    so meios de compreenso e transformao da realidade e da sociedade.

    Desta forma, o conhecimento o mais eficiente instrumento do homem, sem o qual

    no possvel alcanar o xito pessoal e coletivo e pela via da escola que os sujeitos

    tero acesso ao conhecimento e cultura produzida historicamente e podem se entender

    como parte determinante da histria.

  • 21

    CONCEPO DE EDUCAO E CONHECIMENTO

    A educao se relaciona dialeticamente com a sociedade. Assim, apesar de sua

    vinculao aos determinantes histrico-sociais, ela constitui-se em um instrumento

    importante no processo de transformao social. Sua funo elevar o nvel de conscincia

    do educando respeito da realidade social que o cerca, a fim de capacit-lo a atuar no

    sentido de sua emancipao social, econmica, poltica e cultural.

    A educao acontece nas mais variadas esferas da vida social (famlia, grupos

    sociais, instituies educacionais ou assistenciais, nos meios de comunicao de massa,

    etc...) por isso assume diferentes formas de organizao. Entretanto, a escola a

    instituio social que se apresenta como responsvel pela educao sistemtica das

    crianas, jovens e adultos. Por meio da educao democratizam-se os conhecimentos

    cientficos e histricos, formando a capacidade de pensar criticamente os problemas e os

    desafios apresentados pela realidade social.

    A sociedade brasileira demanda uma educao de qualidade, que garanta as

    aprendizagens essenciais para a formao de cidados e que este consiga mobilizar o que

    aprendeu em situaes reais de seu dia-a-dia e possa continuar aprendendo ao longo de

    sua vida.

    Ao se determinar objetivos em educao, a premissa segundo Saviani de que a

    educao visa o homem e na verdade que sentido ter a educao se ela no estiver

    voltada para a promoo do homem.

    Dessa forma a educao ser entendida como um processo que se caracteriza por

    uma atividade mediadora no seio da prtica social global, segundo Saviani e ainda tm-se

    como premissa bsica que a educao est sempre referida a uma sociedade concreta,

    historicamente situada.

    Com efeito, em educao deve-se priorizar o que muitas vezes na escola

    secundarizado, ou seja, o conhecimento. Se a escola o meio pelo qual se torna possvel a

    assimilao dos instrumentos da cultura erudita, estes s podem ser assimilados por meio

    de um processo sistemtico e duradouro e medida que est tarefa for deixada de lado

    para se dar prioridade as funes secundrias, a transmisso do conhecimento fica

    comprometida o que caracteriza a fragmentao da escola em atividades variadas

    desvirtuando o foco da sua real funo.

  • 22

    CONCEPO DE ESCOLA PBLICA E DE CONTEDOS

    CURRICULARES

    O papel da escola pblica a socializao do saber sistematizado e de acordo com

    Saviani o fim a atingir transmisso-assimilao deste saber. Mas, no basta existncia

    na escola do saber sistematizado necessrio viabilizar este saber que deve ser

    sequenciado e dosado de modo que o aluno passe gradativamente de seu no-domnio ao

    seu domnio passando a ser saber escolar organizado no conjunto das atividades da

    escola, isto , do currculo.

    A funo social da escola pblica a de promover o acesso aos conhecimentos

    socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao educando condies de

    emancipao humana.

    Sendo assim, mais especificamente a funo essencial da escola pblica consiste

    na socializao do saber sistematizado, indispensvel ao exerccio da cidadania, assim

    como na produo e sistematizao de um novo saber, nascido da prtica social.

    Portanto, o papel da escola pblica deve ser humanizar o sujeito, propiciando a

    sua emancipao, procurando desenvolver todas as suas potencialidades humanas, uma

    vez que o papel transformador da escola est na compreenso crtica do mundo, a qual s

    possvel por meio da apropriao dos conhecimentos historicamente produzidos pelo

    conjunto da humanidade, pois o conhecimento no e no pode ser individualmente

    construdo.

    A escola pblica deve possuir um carter democrtico alicerada no direito de todos

    os cidados possibilitando condies de acesso, permanncia e apropriao do

    conhecimento a todos.

    A escola pblica precisa ter uma dimenso tica, onde haja a formao de valores

    e atitudes que orientem o uso correto do saber cientfico, esttico e tecnolgico, na defesa

    ativa da natureza e da vida, para que os alunos sejam membros ativos e teis sua

    comunidade.

    Dessa forma, a escola pblica no deve ser conteudista e sem criatividade

    formando pessoas para executar tarefas repetitivas onde o ensino seja baseado apenas na

    memorizao de dados, fatos e frmulas; mas dever possibilitar ao aluno o domnio, da

    leitura, da escrita e das diversas linguagens utilizadas pelo homem; a resoluo de

    problemas e clculos, anlise, sntese, interpretao de dados, fatos e situaes e a

    compreenso do seu meio social.

  • 23

    Os contedos devem ser culturais e universais, constantemente reavaliados de

    acordo com as realidades sociais e devem ser significativos na razo humana e social e

    distinguem-se em conceituais, procedimentais e atitudinais.

    Os contedos conceituais o incio e por meio deles que o aluno entra em

    contato com os fatos e princpios e so responsveis por toda construo da aprendizagem,

    pois so as bases para assimilao e organizao dos fatos da realidade.

    At ento, uma escola era considerada apenas pelo volume de contedo que seus

    professores ministravam, mas hoje, a escola deve capacitar o aluno a mobilizar todo seu

    conhecimento e informao, para resolver de modo satisfatrio, as situaes que surgirem

    no seu cotidiano possibilitando a participao social efetiva e transformadora.

    Os contedos procedimentais so as aes, fornecer instrumentos para que o

    aluno possa resolver diferentes questes.

    Os contedos atitudinais esto presentes em todo conhecimento escolar, no dia a

    dia e proporcionam ao aluno posicionar-se perante o que apreendem. Detentores dos fatos

    e de como resolv-los, imprescindvel que o aluno tenha uma postura perante eles.

    O currculo est sempre em construo e necessrio acompanhar os resultados

    junto s salas de aula para melhor-los sempre e compartilhar as descobertas e

    experincias de um professor com todos os outros.

    Deste modo, as disciplinas escolares no so fechadas em si, mas, a partir de suas

    especialidades, chamam umas s outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos

    contedos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prtica pedaggica

    que leve em conta as dimenses cientfica, filosfica e artstica, buscando a superao da

    fragmentao do conhecimento.

    Cada disciplina contextualiza os interesses polticos, econmicos e sociais que

    interferiram na seleo dos contedos e nas prticas de ensino trabalhados na escola

    bsica. Portanto, elas so indispensveis no processo de socializao e sistematizao dos

    conhecimentos, pois o projeto de sociedade chega ao currculo, mas somente se efetivar

    se, de fato, se concretizar na sala de aula o currculo em ao.

  • 24

    FUNDAMENTOS FILOSFICOS

    A ps-modernidade emerge como resultado da evoluo do prprio capitalismo e

    de sua fora que pretende tornar indivduos consumidores, presos a uma estetizao do

    cotidiano em detrimento da possibilidade de forjar o futuro. Essa etapa de evoluo da

    sociedade que isola o sujeito num individualismo sem contexto em que os apelos do coletivo

    se esvaem no atendimento das motivaes privadas precisa ser enfrentada como fato,

    possivelmente com novas foras.

    Na posio filosfica dentro da modernidade a educao aparece como um meio de

    promoo do humano e do desenvolvimento da racionalidade destes sujeitos que, ao tornar-

    se livre dos impulsos e das foras instintivas estaria sob o governo da sua razo.

    Em pouco mais de uma dcada estamos tendo que lidar com dois impactos de alto

    poder destrutivo no campo da educao: o primeiro se d por meio das polticas neoliberais

    e o segundo agrega-se ao primeiro sob a forma de tendncia ps-moderna.

    A ps-modernidade promove, portanto, um estado de desamparo para o terreno

    educacional ao afirmar a crise de legitimao dos discursos com que a educao opera e

    como o seu predomnio se d no campo da cincia e da cultura, pode levar a uma

    proletarizao cultural muito mais profunda do que a proletarizao social.

    Dentro desse contexto histrico, o neoliberalismo cumpre o seu papel

    desestabilizando e desmobilizando os sujeitos e a influncia ps-moderna promove um dos

    fenmenos mais avassaladores de nossos tempos; uma juventude cada vez mais sem

    horizontes que constri sua personalidade e sua identidade em meio ao caos e termina por

    entregar-se ao imediatismo que nada mais que seu prprio futuro, onde estudar no

    garantia de sucesso, a drogatizao acaba sendo um recurso e o tribalismo outro.

    Em meio ao caos, a educao escolar tem a tarefa de promover a apropriao de

    saberes, atitudes e valores por parte dos alunos, pela ao mediadora dos professores e

    pela organizao e gesto da escola. A principal funo social e pedaggica da escola a

    de assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas, sociais e morais

    pelo seu empenho na dinamizao do currculo, no desenvolvimento dos processos de

    pensar, na formao da cidadania participativa a na formao tica.

    Sendo todo e qualquer ato humano baseado em determinados valores, a

    construo dos mesmos esta intimamente ligada aos interesses que movem as aes dos

    sujeitos. Esses princpios e valores ticos devem guiar e orientar as relaes humanas e

    devem possuir caractersticas universais e imutveis, sendo vlidas para todas as pessoas e

    o colgio deve desenvolver esses valores baseados na formao de atitudes de

    colaborao, responsabilidade, determinao, solidariedade, participao, justia, amizade,

    respeito consigo e com o outro e a preservao da vida.

  • 25

    FUNDAMENTOS DIDTICOS E PEDAGGICOS

    Os fundamentos didtico-pedaggicos devem direcionar o trabalho pedaggico em

    toda a sua dimenso. O processo de apropriao e construo do conhecimento, a

    organizao coletiva do trabalho de sala de aula e o relacionamento interpessoal so

    elementos fundamentais que se constituem na unidade de um trabalho pedaggico.

    Os fundamentos didtico-pedaggicos implicam em novos papis para alunos e

    professores, pois o carter democratizador da escola passa pelo professor que um

    mediador na interao com o aluno, o meio social, os objetos e os instrumentos do

    conhecimento. Partindo deste pressuposto:

    Papel da Escola: valorizao da escola como espao social responsvel pela apropriao do saber universal. A socializao do saber elaborado, entendendo a apropriao crtica e

    histrica do conhecimento enquanto instrumento de compreenso da realidade social e

    atuao crtica e democrtica para a transformao desta realidade. A escola o espao

    por meio do qual o aluno tem acesso ao conhecimento produzido pelo conjunto da

    humanidade de forma sistematizada. Portanto deve ser um espao democrtico de

    socializao de um conhecimento que possibilite a compreenso das contradies do real

    para modific-lo. nesta compreenso que se situa a intencionalidade do papel da escola

    que no trabalhar no acaso, na espontaneidade, no experimentalismo, ou seja, no vazio

    do pragmatismo do cotidiano.

    A sala de aula: deve ser aberta para o mundo, um espao de interaes, onde os alunos organizam, de forma sistemtica, os conhecimentos e valores significativos para a

    sua vida pessoal e para a vida em sociedade, numa articulao permanente entre o

    cotidiano e o conhecimento escolarizado.

    A relao professor/aluno: a relao interativa entre professor e aluno, em que ambos so sujeitos ativos, sujeitos scio-histricos situados em uma classe social, sntese de

    mltiplas determinaes. O professor tem como funo primordial ensinar garantindo ao

    aluno o direito de aprender e principalmente deve estar comprometido com a aprendizagem

    do aluno. Deve estar ciente que o seu desempenho est atrelado ao seu desenvolvimento

    profissional, sendo assim, deve buscar constantemente a formao continuada apoiando-se

    numa reflexo sobre sua prtica educativa. O professor a autoridade competente,

    direciona o processo pedaggico, interfere e cria condies necessrias apropriao do

    conhecimento, enquanto especificidade da relao pedaggica. Ao elaborar o seu Plano de

    Trabalho Docente deve considerar a avaliao como parte do processo de ensino e

  • 26

    aprendizagem e a mesma deve ser realizada em funo dos contedos sendo coerente com

    os pressupostos e metodologias da disciplina.

    O aluno: visto como uma pessoa ativa e participativa na construo do seu conhecimento, ele representa a fonte e o centro de todo processo educativo. Sendo o sujeito

    determinante do processo educativo, o compromisso da escola numa concepo

    progressista a democratizao, apropriao, sistematizao e produo do saber para e

    com este aluno.

    O mtodo de ensino: o mtodo da prtica social que decorre das relaes estabelecidas entre contedo mtodo e concepo de mundo. Confronta os saberes trazidos pelo aluno

    com o saber elaborado, na perspectiva da apropriao de uma concepo

    cientfico/filosfica da realidade social, mediada pelo professor. Incorpora a dialtica como

    teoria de compreenso da realidade e como mtodo de interveno nesta realidade,

    fundamentando-se no materialismo histrico. A metodologia deve ser diversificada,

    contextualizada e levar o aluno a apropriao do conhecimento e deve estar em

    consonncia com o Plano de Trabalho Docente.

    O Livro Didtico: ser um entre vrios recursos didticos utilizados tanto pelo aluno como pelo professor. H uma necessidade que o livro didtico seja um apoio para o professor,

    podendo o mesmo utilizar outros recursos didticos para enriquecer as suas aulas.

    O currculo: organizado por ano (Ensino Fundamental) e por srie (Ensino Mdio), pretendendo ser integrado e vivo, oportunizando ao aluno uma verdadeira aprendizagem. A

    opo pelo currculo disciplinar, pelos contedos de ensino, como via de acesso ao

    conhecimento.

    O contedo: deve ser trabalhado de forma contextualizada, priorizando o essencial e atendendo ao mnimo necessrio garantindo uma unidade terico-metodolgica, deve

    basear-se nas Diretrizes Curriculares para a Escola Pblica do Paran e atender a

    transposio didtica onde o saber cientfico ser transformado em saber escolar para que

    possa ser ensinado pelos professores e aprendido pelos alunos.

    Funo da Avaliao: a avaliao tem funo diagnstica (permanente e contnua) que se configura como um meio de obter informaes necessrias sobre o desenvolvimento da

    prtica pedaggica para a interveno/reformulao desta prtica pedaggica e dos

    processos de aprendizagem.

  • 27

    PRESSUPOSTOS EPISTEMOLGICOS

    O conhecimento tem origem na interao do homem com o mundo que

    estabelecido por meio de relaes entre as representaes mentais de que tem do mundo

    fsico e social frente a um conhecimento cientfico sistematizado. O conhecimento

    organizado historicamente o instrumental de anlise de compreenso do mundo em que

    se est inserido. O conhecimento no se baseia no acmulo de informaes, mas sim numa

    reelaborao mental que deve se traduzir em forma de ao transformadora sobre o mundo.

    A apropriao de saberes e conhecimentos, ou seja, o processo de ensino e

    aprendizagem se d na interao do sujeito consigo mesmo, com outros sujeitos e com os

    objetos do conhecimento. O sujeito, ao aprender, incorpora aos conhecimentos

    preexistentes um novo saber, que se integra em uma rede ampla de significados,

    provocando a transformao, isto , a aprendizagem significativa. Aprender

    significativamente implica elaborar, construir e resolver problemas, pois somente aprendeu

    quem trocou, construiu e ressignificou.

    Ensinar/aprender uma ao compartilhada entre educador e educando,

    acontecida por meio da dinmica contnua que se estabelece entre os significados que o

    educador possui e as significaes que o educando traz.

    A anlise da apropriao e produo do conhecimento e sobre o tipo de

    conhecimento que se quer ensinar, auxilia qualitativamente a compreenso das questes

    curriculares. Ento todo conhecimento pode ser reconstrudo e transformado de acordo com

    a linha pedaggica adotada pela escola.

    A educao um processo fundamental para o homem porque por meio dela

    que, do ponto de vista histrico, o individuo vai se apropriando da herana cultural da

    humanidade ao longo de sua existncia e ao mesmo tempo vai criando novas objetivaes

    correspondentes s suas idias e aos desafios de seu tempo. Cabe educao propiciar

    que tal apropriao ocorra, bem como dotar o indivduo de instrumentos para criar essas

    novas objetivaes.

    LINHA PEDAGGICA DO COLGIO

    A linha pedaggica do colgio se embasa na Pedagogia Histrico-Crtica, a qual

    tem seu fundamento epistemolgico assentado no Materialismo Histrico-Dialtico. A escola

    est condicionada pelos aspectos sociais, polticos e culturais, mas contraditoriamente

    existe nela um espao que aponta a possibilidade de transformao social e a educao

    possibilita a compreenso da realidade histrico-social e explicita o papel do sujeito

    construtor/transformador dessa mesma realidade.

  • 28

    PRINCPIO NORTEADOR DO COLGIO

    O colgio tem como princpio norteador de sua ao uma Gesto Democrtica

    Participativa, que precede o envolvimento de professores, funcionrios, pais, alunos e

    qualquer outro representante da comunidade que esteja envolvido no processo pedaggico.

    Organizar o trabalho pedaggico em escola pblica no uma tarefa fcil algo

    abrangente e requer uma formao de boa qualidade alm de exigir do gestor um trabalho

    coletivo que busque incessantemente a autonomia, liberdade, emancipao e a

    participao na construo do Projeto Poltico-Pedaggico. Numa gesto democrtica, o

    gestor precisa saber como trabalhar os conflitos e desencontros, deve ter competncia para

    buscar novas alternativas e que as mesmas atenda aos interesses da comunidade escolar

    devendo compreender que a qualidade da escola depende da participao ativa de todos

    membros e do enriquecimento do trabalho coletivo.

    O entendimento desse conceito de gesto j pressupe em si a idia de

    participao, isto , do trabalho associado de pessoas analisando situaes, decidindo

    sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto. A escola pblica uma

    organizao e como tal precisa ser administrada e a ao administrativa do colgio deve

    estar referida permanentemente sua misso que, por sua vez define-se pelas concepes

    dos elementos sua razo de existir o homem, a sociedade e o conhecimento; ao seu

    pblico-alvo e ao ambiente em que opera.

    A racionalidade necessria expressa por intermdio desse processo decisrio

    participativo, da conscincia coletiva, do critrio no atendimento das necessidades, da

    descentralizao, da co-responsabilidade e da ao planejada, caracteriza atualmente, a

    dimenso pedaggica peculiar da atividade administrativa na escola e a transforma num ato

    pedaggico ao se assumir novos paradigmas de conhecimento, superando o individualismo.

    Dessa forma, o exemplo ensina melhor que o discurso, ou seja, aprende-se a

    construir coletivamente vendo a coletividade da qual fazemos parte, ser capaz de participar

    da busca de solues para seus problemas e desafios.

    Na proposta da administrao colegiada o mais importante manter a significao

    pedaggica, preocupar-se com o fenmeno educativo, na medida em que est se firmando

    como exerccio participativo no processo decisrio escolar, busca-se uma prtica de

    verdadeira democratizao institucional. Ao se efetivar realmente na escola pblica a

    administrao colegiada, esta poder garantir a participao de todos os membros da

    comunidade escolar, a fim de que assumam o papel de co-responsveis no projeto

    educativo da escola pblica e por extenso, na comunidade social.

  • 29

    Compreender que o colgio uma comunidade que por sua vez est inserida

    dentro de outras permite desenvolver propostas que levam em conta as caractersticas mais

    significativas da realidade que circunda a instituio escolar.

    O Projeto Poltico Pedaggico visa a melhoria da qualidade pedaggica do

    processo educacional contemplando um currculo escolar enfatizado na realidade e na

    atualidade e garantindo a participao de todos os envolvidos no processo educacional

    estabelecendo a estrutura organizacional do colgio. Dessa forma, devemos problematizar a

    escola que temos na tentativa de construirmos a escola que queremos. Nesse processo, a

    articulao entre os diversos segmentos que compem a escola e a criao de espaos e

    mecanismos de participao so prerrogativas fundamentais para o exerccio da

    democracia, na construo de um processo de gesto democrtica.

    MISSO DO COLGIO

    O colgio enquanto instituio pblica deve ser espao de sociabilidade, formador

    de sujeitos histricos, possibilitando a construo e a socializao do conhecimento

    produzido, do saber sistematizado e historicamente acumulado, necessrio ao processo de

    tomada de conscincia, emancipao e formao do cidado.

  • 30

    b

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul tem seu sistema de avaliao pautado na

    LDBEN 9394/96, na Deliberao 007/99 CEE que fixa as normas gerais para Avaliao do

    Aproveitamento Escolar, Recuperao de Estudos e Promoo de Alunos, do Sistema

    Estadual de Ensino, em Nvel do Ensino Fundamental e Mdio e na Deliberao 09/01 CEE

    que fixa as normas para Matrcula de ingresso.

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul tem em seu Projeto Poltico Pedaggico a

    descrio dos princpios filosficos que norteiam prtica pedaggica e a linha pedaggica

    do colgio e em seu Regimento Escolar, documento administrativo e normativo, as

    especificidades da organizao e suas normativas legais.

    Sendo assim, a avaliao dever diagnosticar as dificuldades de aprendizagem dos

    alunos e ser um instrumento de investigao da prtica pedaggica e os critrios de

    avaliao, de responsabilidade das instituies de ensino, devem constar no Regimento

    Escolar, obedecida a legislao vigente.

    A partir do diagnstico obtido na avaliao realizada, decises devem ser tomadas

    para que o Plano de Trabalho Docente seja repensado e diferentes metodologias possam

    ser implementadas tendo em vista a aprendizagem dos alunos.

    A avaliao uma prtica pedaggica intrnseca ao processo ensino e

    aprendizagem, com a funo de diagnosticar o nvel de apropriao do conhecimento pelo

    aluno. Dever ser contnua, cumulativa e processual com preponderncia dos aspectos

    qualitativos sobre os quantitativos, ou seja, aprender com qualidade aprender com

    profundidade um conjunto de informaes e no significa dar mais ateno ao afetivo que

    ao cognitivo, e sim estar atento ao aperfeioamento, ao aprofundamento da aprendizagem.

    A avaliao realizada em funo dos contedos, utilizando mtodos e instrumentos

    diversificados, coerentes com as concepes e finalidades educativas expressas no Projeto

    Poltico-Pedaggico e o resultado da avaliao deve permitir a reflexo sobre a ao

    pedaggica, contribuindo para que se possa reorganizar contedos, instrumentos e mtodos

    de ensino.

    O registro da avaliao da aprendizagem ser contnuo, permanente e cumulativo,

    indicando a correspondncia da etapa em que o aluno se encontra e devem ser

    considerados os resultados obtidos pelo aluno, durante todo o perodo letivo.

    SISTEMA DE AVALIAO

  • 31

    Por meio da avaliao o professor poder interpretar os dados da aprendizagem e de

    seu prprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeioar o processo de

    aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar resultados e estabelecer-lhes valor.

    Os resultados das atividades avaliativas sero analisados durante o perodo letivo

    pelo aluno e pelo professor, observando os avanos e as necessidades detectadas, para o

    estabelecimento de novas aes pedaggicas.

    A avaliao da aprendizagem ser composta pela somatria da nota 3,0 (trs vrgula

    zero) referente aos trabalhos e a nota 7,0 (sete vrgula zero) resultante de no mnimo 02

    provas, totalizando nota final de 10,0 (dez vrgula zero).

    A Avaliao da Aprendizagem ter o registro de Notas Trimestrais para o Ensino

    Fundamental e Mdio e expressos numa escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vrgula zero), sendo

    que para promoo a mdia final mnima exigida de 6,0 (seis vrgula zero) e o clculo da

    mdia anual ser:

    M.A= 1 TRI + 2 TRI + 3 TRI = 6,0

    3

    Na elaborao dos instrumentos avaliativos no podero ser considerados para sua

    formao elementos subjetivos, tais como: comportamento, assiduidade e participao do

    aluno nas atividades.

    So considerados instrumentos de avaliao: atividades realizadas em aula,

    trabalhos de pesquisa, seminrios, debates, prova escrita, prova oral, atividades realizadas

    no caderno do aluno, tarefas de casa, e demais atividades que possam ser propostas pelo

    professor no decorrer do perodo letivo de acordo com seu Plano de Trabalho Docente.

    So considerados trabalhos: as atividades avaliativas de sala de aula orientadas pelo

    professor, pesquisa, seminrios, atividades realizadas no caderno do aluno, tarefas de casa

    e demais atividades que possam ser propostas pelo professor no decorrer do perodo letivo

    de acordo com seu Plano de Trabalho Docente.

    Os trabalhos no podero exceder a 30% da nota total utilizada para a avaliao. As

    notas dos trabalhos tero como soma um total de 3,0 (trs vrgula zero) e as disciplinas de

    Lngua Portuguesa, Educao Fsica e Arte tero avaliaes diferenciadas de acordo com o

    Regimento Escolar.

    A recuperao direito dos alunos independentemente do nvel de apropriao dos

    conhecimentos bsicos e dever estar em consonncia com o Projeto Poltico Pedaggico e

    com o Regimento Escolar

    A recuperao de contedos dar-se- de forma permanente e concomitante ao

    processo de ensino-aprendizagem e a recuperao do rendimento escolar ser ofertada

    pela instituio de ensino durante o trimestre.

  • 32

    A recuperao do rendimento escolar ter valor 10,0 (dez vrgula zero) e dever ser

    registrada no Livro Registro de Classe.

    Os resultados da recuperao sero incorporados s avaliaes efetuadas durante o

    perodo letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo

    obrigatria sua anotao no Livro Registro de Classe.

    O Colgio Estadual Laranjeiras do Sul tem como proposta de prtica avaliativa o uso

    das cores como indicativo do rendimento do aluno, as quais sero registradas nos

    documentos internos, respeitando a legalidade.

    A proposta avaliativa de cores est em consonncia com a identidade do colgio e foi

    construda a partir das concepes, ideais e possibilidades democrticas conquistadas

    historicamente pela comunidade escolar garantindo a autonomia da escola pblica, pois no

    possvel separar autonomia de identidade. Portanto, resgatar a escola como espao

    pblico, lugar de debate, dilogo e reflexo e buscar uma nova organizao para a escola o

    que constitui uma ousadia para os educadores, pais, alunos e funcionrios.

    Tenta-se desconstruir a cultura classificatria da nota dando nfase qualidade em

    detrimento da quantidade, por meio de uma reflexo em relao ao processo ensino e

    aprendizagem, de forma a incentivar um melhor desempenho, fazendo com que pais,

    professores e alunos no se detenham apenas no resultado numrico.

    Segundo LUCKESI, a avaliao, por ser avaliao, qualitativa. O termo avaliao

    provm de dois componentes latinos --- "a" e "valere" ---, que juntos querem dizer "atribuir

    valor a alguma coisa", ou seja, atribuir qualidade a alguma coisa. Seria um juzo de

    qualidade sobre dados relevantes, para uma tomada de deciso, significa atribuir qualidade

    a alguma coisa.

    Aquilo a que atribumos qualidade so dados da realidade. No caso da aprendizagem, so dados do desempenho do estudante na sua aprendizagem dos contedos; so dados da realidade de sua aprendizagem. A depender das caractersticas que essa aprendizagem, ns lhe atribumos esta ou aquela qualidade. Assim, a um estudante que manifeste um desempenho satisfatrio em noventa por cento de suas experincias e lhe atribuo uma qualidade de "satisfatrio", mas a um estudante que

    atinge somente dez por cento das aprendizagens possveis, eu lhe atribuo uma qualidade de "insatisfatrio". Foram os dados da realidade do aprendido que me permitiram fazer o

    juzo de qualidade ou a atribuir a essa experincia a tal qualidade. (LUCKESI, 2005)

    Em avaliao da aprendizagem o aspecto relevante de aprender a olhar o

    educando como um todo, pois a qualidade de um ato, seja ele cognitivo, afetivo ou

    psicomotor, tem a ver com seu refinamento, com seu aprofundamento e isso que a lei

    subscreve: na aferio do aproveitamento escolar, deve levar em contra a qualidade sobre a

    quantidade.

    A promoo o resultado das avaliaes e do aproveitamento escolar do aluno

    durante o ano letivo, aliada apurao da sua freqncia.

  • 33

    Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, que apresentarem

    freqncia mnima de 75% do total de horas letivas e mdia anual igual ou superior a 6,0

    (seis vrgula zero) em cada disciplina, sero considerados aprovados ao final do ano letivo.

    No final do perodo letivo regular ser calculada a mdia anula com os resultados da

    recuperao j incorporados.

    SISTEMA DE CORES

    Desconstruir a cultura classificatria da nota dando nfase a qualidade em detrimento da

    quantidade!

    AZUL - SIGA EM FRENTE!

    (Plenamente Satisfatrio)

    VERDE - ATENO!

    (Satisfatrio)

    VERMELHO CUIDADO!

    (Insatisfatrio)

    NOTA COR RENDIMENTO

    0,0 a 5,9

    VERMELHO

    INSATISFATRIO

    6,0 a 7,9

    VERDE

    SATISFATRIO

    8,0 a 10,0

    AZUL

    PLENAMENTE SATISFATRIO

  • 34

    CONSELHO DE CLASSE

    um rgo colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didtico-

    pedaggicos, com atuao restrita a cada classe, tendo por objetivo avaliar o processo

    ensino-aprendizagem na relao professor e aluno e os procedimentos adequados a cada

    caso. Instncia mxima e soberana de decises sobre promoo ou reteno de alunos.

    O Conselho de Classe deve ser presidido pelo diretor do colgio, que tem o papel

    fundamental de criar condies para que a equipe pedaggica possa organiz-lo de forma

    que seja um momento de avaliao coletiva e reflexo a partir dos resultados levantados.

    O Conselho de Classe torna-se um espao de adeso, reviso das concepes,

    dilogo, troca de experincias buscando a melhoria do processo ensino e aprendizagem

    onde devem ser valorizadas as recomendaes de interveno pedaggica, das quais os

    professores podem se utilizar para a melhoria da sua prtica.

    O Conselho de Classe estruturado a partir das dimenses:

    Pr-conselho possibilita a identificao das dificuldades dos alunos, alm da reflexo sobre a prtica pedaggica possibilitando a tomada de deciso para um novo fazer

    pedaggico buscando estratgias mais adequadas aprendizagem.

    Conselho de Classe momento de anlise e reflexo sobre a aprendizagem do aluno, sobre a prtica do professor e a busca de possveis solues para as dificuldades

    encontradas. So critrios de anlise sobre a aprendizagem do aluno: o conhecimento

    do nvel de desempenho inicial do aluno (constatao da realidade); a anlise do

    progresso do aluno comparando seu nvel inicial de desempenho com o nvel atual,

    considerando o que essencial e importante de ser aprendido e desenvolvido ao longo

    do processo educativo (qualificao da aprendizagem) e a tomada de decises que

    possibilitem a obteno dos resultados esperado.

    Ps-Conselho o momento de reflexo com a turma sobre os encaminhamentos apontados e as intervenes propostas pelos professores referentes a aprendizagem

    dos alunos, primando sempre pelo dilogo e pelo respeito.

  • 35

    ORGANOGRAMA DO CONSELHO DE CLASSE

    1 MOMENTO: PR- CONSELHO

    2 MOMENTO: CONSELHO DE CLASSE

    3 MOMENTO: PS-CONSELHO

    Professor Coordenador

    Apontamentos sobre a turma

    Professores Equipe Pedaggica

    Direo Pedagogas da SRM

    Apontamentos sobre os alunos de forma Individual

    O que fazer?

    Coordenador de Turma Direo Equipe Pedaggica

    Alunos

    Dificuldades? Atividades complementares de forma domiciliar.

    Reunio de pais: individual e/ou coletiva Pais

    ACOMPANHAMENTO PEDAGGICO

    PR

    CONSELHO

    Anlise do desempenho escolar do aluno, de forma individual e por disciplina.

    ACP- Apontamentos da Equipe Pedaggica em relao

    prtica docente e o desempenho escolar do aluno.

    ACP- Relato dos apontamentos da Equipe Pedaggica em relao prtica docente e o desempenho escolar do aluno propiciando momentos de reflexo sobre a prtica pedaggica.

    CONSELHO DE

    CLASSE

    ANALISE ALUNO/TURMA

    AES

    CONCRETAS

    PS

    CONSELHO

  • 36

    ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA

    1. PROCESSO DE CLASSIFICAO

    A Classificao o procedimento que a instituio de ensino adota para posicionar o aluno

    na etapa de estudos compatvel com a idade, e acontecer: por promoo, para alunos que

    cursaram, com aproveitamento, o ano ou srie anterior, no prprio colgio; por transferncia,

    para os alunos procedentes de outras escolas, do pas ou do exterior, considerando a

    classificao da escola de origem; independentemente da escolarizao anterior, mediante

    avaliao para posicionar o aluno no ano ou srie compatvel ao seu grau de

    desenvolvimento.

    2. PROCESSO DE RECLASSIFICAO

    A reclassificao um processo pedaggico que poder ser aplicado como verificao da

    possibilidade de avano da srie/ano ou carga horria da(s) disciplina(s) do nvel da

    Educao Bsica, quando devidamente demonstrado pelo aluno.

    Se concretiza por meio da avaliao do aluno matriculado e com frequncia na srie/ano da

    disciplina(s) sob a responsabilidade da instituio de ensino que, considerando as normas

    curriculares, encaminha o aluno etapa de estudos compatvel com o desempenho escolar

    demonstrados, independentemente do que registre o seu Histrico Escolar.

    3. PROGRESSO PARCIAL

    A instituio de ensino no oferta aos seus alunos matrcula com Progresso Parcial.

    Portanto a matricula por Progresso Parcial s ser realizada para alunos que vierem

    transferidos de outras escolas e devero ser cumpridas mediante Plano de Estudo por

    Progresso.

    4. ADAPTAO

    A adaptao uma atividade didtico-pedaggica desenvolvida sem prejuzo das atividades

    previstas na Proposta Pedaggica Curricular, para que o aluno possa seguir o novo

    currculo. A adaptao de estudos far-se- pela Base Nacional Comum e na concluso do

    curso, o aluno dever ter cursado, pelo menos, uma Lngua Estrangeira Moderna.

    A adaptao de estudos ser realizada durante o perodo letivo, por meio de um plano

    prprio, flexvel e adequado ao aluno.

    5. APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

    Os estudos concludos com xito sero aproveitados. A carga horria efetivamente

    cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino de origem, ser transcrita no Histrico

    Escolar, para fins de clculo da carga horria total do curso.

  • 37

    METAS E AES

    O entendimento do significado da escola e suas relaes no sistema educacional,

    bem como com a sociedade, tornou-se uma exigncia imprescindvel no planejamento

    realmente participativo. A escola influenciada por foras "externas" e "internas" a seus

    muros, so elementos que integram a vida escolar, em parte, transpostos de fora; e em

    parte, desenvolvidos internamente. Sendo assim, a realidade de cada escola deve ser

    pensada e planejada segundo as suas caractersticas especficas, pois ao se almejar uma

    sociedade democrtica deve-se estimular o desenvolvimento de prticas democrticas.

    As dificuldades para instituir uma cultura de participao na escola so muitas,

    entretanto o processo de planejamento da escola deve ser visto tambm como um

    mecanismo que pode contribuir para a superao do imobilismo da comunidade escolar

    para o desenvolvimento de uma ao coletiva.

    O planejamento um processo de construo desenvolvido numa perspectiva

    democrtica e participativa, que contribui para a organizao da gesto escolar na definio

    de metas e aes que so as intenes, expectativas e decises a serem desenvolvidas em

    funo de prioridades existentes e permite conhecer e organizar a dinmica escolar,

    possibilitando avaliar e acompanhar permanentemente a operacionalizao do projeto

    poltico-pedaggico da escola na busca de efetivao da gesto democrtica.

    A gesto democrtica condicionada pela dimenso de organizao que tem como

    objetivo a preparao, a ordenao, a sistematizao e a realimentao do trabalho

    realizado e a dimenso de implementao desempenhadas com a finalidade de promover

    mudanas e transformaes no contexto escolar, com foco direto na promoo da

    aprendizagem e formao dos alunos, com qualidade social. So elas: gesto pedaggica,

    gesto administrativa, gesto de pessoas, gesto de resultados e gesto de incluso

    elencadas no Plano de Ao do Diretor:

    MARCO OPERACIONAL

  • 38

    1. METAS

    GESTO PEDAGGICA

    Promoo de uma gesto pedaggica mediante fortalecimento do currculo escolar que o conjunto de atividades nucleares que expressa a funo social o colgio tendo como

    foco a aprendizagem do aluno por meio da aquisio de conhecimentos necessrio para

    sua insero na sociedade e no mundo do trabalho.

    GESTO ADMINISTRATIVA

    Promoo e utilizao plena dos recursos financeiros, fsico e materiais do colgio, para a realizao do trabalho pedaggico e efetivao do processo ensino-aprendizagem.

    GESTO DE PESSOAS

    Efetivao de uma gesto configurada em uma mudana de paradigma focada na participao ativa e consciente, na tomada de decises de forma coletiva, na formulao

    e implementao do projeto poltico pedaggico, na diviso das preocupaes, no

    comprometimento coletivo e no dilogo como mtodo de resoluo dos conflitos.

    Promoo de um ambiente de trabalho onde se amplie horizontes e otimize resultados pessoais e profissionais, onde cada setor tenha o seu plano de ao, para que no se

    instale na escola a cultura do expontanesmo e do improviso.

    GESTO DE RESULTADOS EDUCACIONAIS

    Implementao de processos e prticas de gesto para a melhoria dos resultados de desempenho do colgio, no rendimento, frequncia e proficincia dos alunos;

    destacando como indicadores a avaliao e a melhoria contnua do Projeto Poltico

    Pedaggico; a anlise, divulgao e utilizao dos resultados alcanados; a identificao

    dos nveis de satisfao da comunidade escolar e a transparncia de resultados.

    GESTO DE INCLUSO

    Efetivao dos princpios da educao inclusiva no mbito escolar, buscando a redefinio dos conceitos, atitudes e prticas abordadas na tica da gesto democrtica,

    constituindo uma rede de relaes de promoo da participao, construo coletiva da

    identidade escolar e valorizao da diversidade no contexto educacional.

    Fortalecimento da gesto de incluso para a articulao de aes de incentivo formao de professores, promoo da acessibilidade, participao da comunidade.

  • 39

    2. AES

    Melhorar, gradativamente, os ndices de desempenho de aprendizagem do colgio;

    Incentivo a formao continuada;

    Instrumentalizar as instncias colegiadas, por meio de discusses e estudos dos respectivos estatutos, anlise do projeto poltico do colgio e textos reflexivos, no sentido

    de que estes compreendam a importncia de suas funes;

    Propor a participao dos representantes dos colegiados em momentos importantes que se discute o processo ensino-aprendizagem;

    Organizar reunies do conselho escolar com a participao de professores e funcionrios para avaliar os documentos organizadores da prtica avaliativa;

    Planejar com o coletivo do colgio as intervenes levantadas no Conselho de Classe;

    Promover reunies pedaggicas com a participao de todos os professores, buscando diagnosticar os problemas do processo educativo na busca de possveis solues;

    Garantir a participao dos alunos que precisam frequentar a Sala de Apoio e Sala de Recursos Multifuncional;

    Propiciar um ambiente de trabalho onde se amplie horizontes e otimize resultados pessoais e profissionais, mantendo o dilogo como mtodo de resoluo de problemas;

    Organizar com cada setor o planejamento anual de ao e com estes construir o planejamento geral do colgio;

    Buscar junto a APMF, formas de angariar recursos financeiros;

    Garantir que o Conselho de Classe tenha como objetivo a superao da fragmentao do trabalho escolar oportunizando momento de reflexo sobre a prtica pedaggica e a

    aprendizagem dos alunos.

    Aprimorar o atendimento e acompanhamento pedaggico aos alunos com necessidades educacionais especiais e aos alunos com dificuldades de aprendizagem;

    Trabalhar em parceria com os professores para implementao da proposta pedaggica curricular garantindo os contedos mnimos previstos;

    Desenvolver um trabalho em conjunto com a Equipe Pedaggica para a eficcia e eficincia da organizao do trabalho pedaggico no colgio;

    Incentivar a participao do grmio nas atividades e projetos educativos, culturais, cvicos, desportivos e sociais.

  • 40

    Escola o lugar onde se faz amigos, no se trata s de prdios, salas, quadros,

    programas, horrios, conceitos (...). Escola , sobretudo, gente que trabalha, que

    estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor gente, o coordenador

    gente, o professor gente, o aluno gente, cada funcionrio gente. E a escola

    ser cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo,

    irmo. Nada de ilha cercada de gente por todos os lados. Nada de conviver com as

    pessoas e depois descobrir que no tem amizade a ningum, nada de ser tijolo que

    forma a parede, indiferente, frio, s. Importante na escola no s estudar, no

    s trabalhar, tambm criar laos de amizade, criar ambiente de camaradagem,

    conviver, se amarrar nela! Ora, lgico... Numa escola assim vai ser fcil

    estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz.

    (Paulo Freire)

    Pensar em escola pblica e educao pblica pensar em qualidade de ensino!

    PROGRAMAS E PROJETOS

  • 41

    ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR

    As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno so atividades

    educativas, integradas ao Currculo Escolar, com a ampliao de tempos, espaos e

    oportunidades de aprendizagem que visam ampliar a formao do aluno e a expanso

    gradativa da jornada escolar e da Educao em Tempo Integral para a Educao Bsica

    Estadual do Paran.

    As atividades complementares so regulamentadas pela Instruo n 09/2013

    SEED/SUED, e se trata de um projeto educativo que se configura na participao dos

    sujeitos envolvidos por meio do contato com os equipamentos sociais e culturais existentes

    na escola ou comunidade. Assim, a escola visualiza e amplia as possibilidades educativas

    fora do espao escolar que podem ser utilizados mediante o estabelecimento de parcerias

    com rgos e entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Poltico Pedaggico.

    So organizadas a partir de Macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem,

    Experimentao e Iniciao Cientfica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da

    Informao, Comunicao e uso de Mdias, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoo

    da Sade, Mundo do Trabalho e Gerao de Rendas.

    Por meio desse programa o colgio poder propor atividades de ampliao de

    jornada de ensino, com o objetivo de:

    Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliao de tempos, espaos e oportunidades educativas em contraturno, a fim de atender s necessidades

    socioeducacionais dos alunos;

    Ofertar atividades complementares ao currculo escolar vinculadas ao Projeto Poltico Pedaggico, respondendo s demandas educacionais e aos anseios da comunidade;

    Possibilitar maior integrao entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

    AES DO COLGIO

    Incentivo a participao dos alunos para a efetivao das atividades complementares curriculares, como sendo uma via para o ensino integral;

    Viabilizao do PACC de Cultura e Arte, Experimentao e Iniciao Cientfica e outros macrocampos, conforme as demandas educacionais.

  • 42

    AGENDA ESCOLAR

    A Agenda Escolar um documento de registro da vida escolar do aluno e tem como

    objetivo a comunicao diria entre o colgio e a famlia. Na agenda consta o registro do

    desempenho do aluno que poder ser acompanhado pelos pais e/ou responsveis.

    A Agenda Escolar um importante documento, pois contempla o Regimento

    Escolar, a organizao do trabalho pedaggico do colgio e propicia o acompanhamento

    escolar dos alunos pelos pais e responsveis. um documento obrigatrio e de uso dirio

    pelo aluno.

    AES DO COLGIO

    Incentivo ao uso da Agenda Escolar pelo aluno;

    Busca de mecanismo para efetivao do compromisso com os cuidados na conservao da Agenda Escolar durante o ano letivo, pelo aluno;

    Sensibilizao dos pais e responsveis quanto ao comprometimento com a vida escolar do filho e no entendimento que a agenda um documento que contm todo

    registro acadmico do aluno.

    Doao da Agenda escolar, pela APMF, ao aluno de baixa renda e/ou que se encontra na impossibilidade de adquirir a mesma.

  • 43

    ALUNO MONITOR

    A Gesto Participativa exige que professores e alunos participem de forma atuante

    do cotidiano escolar.

    O aluno monitor importante, pois como representante da turma, desenvolve a

    liderana e o esprito cooperativo. a participao junto aos seus pares e tem como apoio o

    professor coordenador desenvolvendo um trabalho em parceria. necessrio que o aluno

    seja um lder democrtico, responsvel, honesto, imparcial e assduo em suas atividades

    escolares.

    Assim, como o significado da palavra monitor o aluno deve ser um exemplo de

    cidado, pois todo dever implica exemplo, uma vez que cidadania um processo poltico,

    social e histrico, que se constri a partir das dimenses individual e coletiva.

    AES DO COLGIO

    Incentivo e auxilio ao aluno monitor no desempenho de suas atribuies;

    Incentivo para que ocorra uma parceria entre alunos monitores e professores coordenadores de turma;

    Incentivo para que o aluno monitor participe do grmio como representante de turma.

  • 44

    A Associao de Pais, Mestres e Funcionrios do colgio reafirma a Gesto

    Democrtica que requer a participao de toda a comunidade escolar, num exerccio de

    gesto compartilhada para uma escola pblica de qualidade. O colgio deve ser um espao

    democrtico, onde todas as vozes possam ser ouvidas e a APMF deve ser um veculo para

    que haja a integrao de todos os segmentos da comunidade.

    AES DO COLGIO

    Implementao das metas e aes do Plano de Ao do colgio;

    Realizao de reunies com a APMF conforme o regimento escolar e o calendrio escolar a partir das necessidades da escola;

    Efetivao de aes administrativas e pedaggicas, como:

    acompanhamento e implementao do Projeto Poltico Pedaggico.

    mobilizao de recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade para assistncia ao educando e melho