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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NA MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

GIL, Raquel Mattos1 CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves de (Orientadora)2

Resumo: O presente artigo tem por objetivo divulgar o trabalho de pesquisa desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, do Governo do Estado do Paraná, no qual abordamos o papel do gestor escolar na melhoria da qualidade da educação. Consideramos que os gestores são profissionais que desempenham um papel de extrema importância, abordaremos alguns aspectos relacionados à gestão democrática na escola, a formação, ao plano de ação e o papel do gestor escolar. Assim, embasados nos princípios da gestão democrática, buscaremos refletir sobre essa temática a fim contribuir para que a escola cumpra seu principal objetivo – a transmissão do conhecimento científico. Palavras-chave: Gestão Democrática, Qualidade da Educação, Formação Continuada, Papel do Gestor. Introdução

Esse artigo constitui-se como resultado das atividades do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE) – da Secretaria Estadual de Educação do

Paraná-SEED/PR, tendo por temática “o papel do gestor escolar na melhoria

da qualidade da educação pública”.

O interesse pelo tema estudado decorreu da necessidade de refletir

sobre o papel do gestor escolar da rede pública, de forma a repensar sua

importância, com base nos princípios da gestão democrática. Isso porque,

consideramos que para se construir uma escola verdadeiramente democrática,

ou seja, que efetivamente assegure aos alunos a aprendizagem, é necessário

que a mesma possua condições organizacionais e pedagógicas que

possibilitem tal construção. Assim, os gestores são profissionais que

desempenham um papel de extrema importância nesse processo, pois cabe à

ele, juntamente com a equipe pedagógica, organizar o trabalho pedagógico, 1 Professora da Rede Pública do Estado do Paraná, participante do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE/2013-2014), na área de Gestão Escolar, na Universidade Estadual de Maringá (UEM). 2 Professora do Departamento de Teoria e Prática da Educação e do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá Universidade Estadual de Maringá – UEM.

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além de gerir as diversas demandas relacionadas aos aspectos

administrativos, financeiros e humanos das escolas da rede pública.

Sendo assim, esse artigo tem como objetivo principal abordar o papel do

gestor escolar, na perspectiva da gestão democrática, como um dos fatores

fundamentais para a efetivação de uma educação escolar pública de qualidade.

Para isso, analisaremos alguns aspectos relacionados à gestão democrática na

escola a, formação do gestor escolar, ao plano de ação e o papel do gestor

escolar para a melhoria da qualidade na educação.

1. Gestão democrática na escola

Durante anos, a preocupação da política educacional brasileira esteve

voltada para a expansão do sistema educacional. Sendo assim, todos os

esforços foram direcionados no sentido de aumentar a oferta de vagas nas

instituições públicas de ensino brasileiras, relegando a segundo plano a

qualidade do ensino e da aprendizagem.

Entretanto, tendo o problema anterior sido praticamente resolvido, à

medida no Brasil mais de 90% das crianças em idade escolar tem acesso a

educação básica, atingindo quase a universalização do ensino fundamental,

atualmente o grande problema a ser enfrentado pela rede pública de educação

passou a ser a busca de um ensino de qualidade, concebida como a garantia

de acesso, permanência e conclusão com sucesso na trajetória educativa. Para

tanto, vem sendo realizadas constantes reformas no sentido de promover

novas metodologias, novas formas de organização e gestão escolar

envolvendo novas relações entre professores, alunos e comunidade.

Importa relembrarmos que, no Brasil, o processo de democratização da

gestão escolar teve seu início na década de 1980, o objetivo era superar os

entraves burocráticos e centralizadores na administração das escolas, e

reorganizar a gestão, de modo a fortalecer a instituição escolar, dar maior

autonomia às escolas, ampliar a participação da comunidade escolar no seu

cotidiano e fortalecer a capacidade de gestão dos diretores escolares. A

introdução desse novo modelo de administração escolar era necessária, pois,

segundo Prais:

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Desafia-se na administração escolar a capacidade de superar uma ação meramente técnica (administração de normas, pessoal e material), efetivando-se uma função política há muito desgastada pela atuação meramente executora das decisões de gabinete dos tecnoburocratas. A novidade da proposta reside em exigir do administrador-educador que ele compreenda a dimensão política de sua ação administrativa, que se respalda na ação colegiada, rompendo com a rotina alienada do mundo impessoal e racionalizada da burocracia, que permeia, ou melhor, cimenta a dominação das organizações modernas. Em síntese, propõe-se recuperar com vigência o papel do diretor-educador na liderança do processo educativo (PRAIS, 1994, p. 60).

A reorganização administrativa passou a exigir do gestor escolar uma

atuação pautada na discussão, no debate, no envolvimento da comunidade,

ensejando uma gestão mais participativa e representativa do consenso

comunitário escolar.

Entretanto, compreendemos que a democracia na escola vai além da

gestão participativa, ou seja, a democracia tem como fundamento a

participação de todos, mas não se esgota nesse aspecto. Na concepção de

Saviani, uma educação essencialmente democrática e emancipadora, pauta-se

numa perspectiva em que a prática educativa escolar pode ser entendida como

prática social crítica. Assim, a produção e apropriação do saber é condição

indispensável à participação do indivíduo na democratização da sociedade.

A educação é “[...] uma atividade mediadora no seio da prática social

global. Tem-se, pois, como premissa básica que a educação está sempre

referida a uma sociedade concreta e historicamente situada” (SAVIANI, 1980,

p. 120). Para o autor, “[...] Como atividade mediadora, a educação se situa em

face às demais manifestações sociais em termos de ação recíproca [...] sobre

os diferentes setores da sociedade, bem como o tipo de ação que sofre das

demais forças sociais [...]” (SAVIANI, 1980, p. 120).

O caráter mediador da educação nos é explicitado por Cury (1986, p.

66), quando afirma que: “[...] A educação como mediação tanto funciona,

embora em graus diferentes, para afloração da consciência, como para impedi-

la, tanto para difundir, como para desarticular”. Portanto, a mediação possui um

caráter contraditório de revelar e encobrir o conteúdo do real, cooperando tanto

para reproduzir as relações sociais, como para a sua transformação.

O sentido dessa mediação, em termos da administração escolar, pode

ser encontrado na afirmação de Prais: “[...] o processo de administração

colegiada surge como condição determinada e determinante de uma

4

perspectiva transformadora de educação” (PRAIS, 1994, p. 25). Ressaltamos,

entretanto, que para assegurar essa perspectiva é fundamental pensar a

gestão democrática como o resultado de uma série de fatores interligados com

um propósito único, a transmissão e apropriação do conhecimento.

Assim, a democratização da escola deve ser pensada com base na

expectativa de que a gestão contemple os interesses e necessidades coletivas

e, acima de tudo, busque assegurar o acesso e apropriação do conhecimento

socialmente elaborado e historicamente acumulado por parte do aluno, uma

vez que o cerne da democratização da educação é a democratização do saber.

Nesses termos, cabe lembrar Saviani (1995, p. 23) quando afirma que, o papel

da escola é de “[...] transmissão-assimilação do saber sistematizado. Este é o

fim a atingir”. E, esclarece:

Vejam bem: eu disse saber sistematizado; não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; á cultura erudita e não á cultura popular (SAVIANI, 1995, p. 19).

Assim, ao nos referiremos às escolas públicas, o conceito de gestão

democrática envolve, além da participação dos professores, também a

participação da equipe pedagógica, funcionários, pais, alunos e comunidade

escolar. Devendo-se, no entanto, tomar o cuidado para que essa participação

não desconsidere nunca os fins mais amplos da educação, conforme indicado

anteriormente.

Portanto, o gestor escolar da escola pública, precisa não só criar espaços

de discussões que possibilitem a construção de um projeto educativo

elaborado e vivenciado por todos os segmentos da comunidade escolar, como

também necessita consolidar tais espaços a fim de assegurar que a escola

pública cumpra seu papel social, qual seja, transmitir o saber

científico/elaborado.

2. Escola de qualidade e prática pedagógica

Para uma melhor compreensão do tema proposto, é importante

destacarmos os conceitos de qualidade, qualidade na educação, gestão

democrática e formação continuada.

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Vejamos que significado traz o Dicionário Aurélio acerca da palavra

qualidade: s.f. Maneira de ser, boa ou má, de uma coisa: a qualidade de um tecido, de um solo. / Superioridade, excelência em qualquer coisa: preferir a qualidade à quantidade. / Aptidão, disposição favorável: este menino tem qualidades. / Condição social, civil, jurídica etc.: qualidade de cidadão, de administrador, de legatário. (Sin.: atributo, modalidade, propriedade, virtude.) // Homem de qualidade, homem de origem nobre. // Voto de qualidade, voto de desempate atribuído ao presidente de uma assembleia. // &151; loc. prep. Na qualidade de, a título de, no desempenho de (cargo ou função).

Percebe-se que a palavra qualidade tem significado subjetivo, ou seja,

muitas vezes depende de critérios pessoais de quem analisa a existência ou

não de qualidade, ademais se tende a achar que qualidade sempre é positiva.

Entretanto, verifica-se, a partir do acima exposto, também a existência da má

qualidade.

A palavra qualidade tem sido amplamente explorada, principalmente, na

área empresarial e de prestação de serviços, relacionada em geral à eficácia, a

eficiência, a produtividade e a competitividade, para obter bens e serviços pelo

menor custo e melhor qualidade, objetivando atender as expectativas dos

clientes, em um mercado cada vez mais diversificado e em constante mutação.

Essas discussões não deixaram de influenciar o campo da gestão

educacional nas reformas dos anos de 1990. O tema qualidade ganha ênfase

no marco da reforma educacional, sendo um dos princípios orientadores da

gestão escolar.

A partir de nossa investigação pudemos obter informações sobre a gestão

escolar nas escolas públicas do Estado do Paraná, tanto por meio das

discussões realizadas em forma de grupo de estudos3, durante a execução de

nosso projeto de intervenção na escola, quanto por meio de depoimentos

coletados junto aos professores da rede estadual participantes do Grupo de

Trabalho em Rede (GTR)4.

3O trabalho com o grupo teve duração de 32 horas, sendo que o material utilizado nos encontros havia sido produzido para esse objetivo específico. O projeto de intervenção foi realizado junto ao Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP) da Universidade Estadual de Maringá, com o objetivo de refletir sobre a participação do Conselho Escolar na escola pública. O grupo de estudos envolveu membros da escola pesquisada e professores da rede Estadual. 4 Uma das atividades do curso de formação continuada do Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado do Paraná (PDE/PR). Esta atividade acontece de forma online (ambiente virtual de aprendizagem). O professor que está no PDE/PR é o tutor e dialoga com outros professores da rede, e nesse grupo tem como objeto de estudo seu projeto de pesquisa.

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Analisando os dados obtidos, podemos observar que a escola pública

vem, ao longo dos anos, perdendo sua função primordial de transmissora do

conhecimento científico, devido à falta de planejamento adequado; a

diversidade de conteúdos a serem trabalhados que resulta em inúmeras

informações sem o aprofundamento necessário; na valorização de

aprendizagens decorrentes de experiências cotidianas dos alunos; de

concepções pedagógicas que invadem o cotidiano da escola secundarizando o

conhecimento e o trabalho do professor, dentre outros aspectos que levam a

escola a deixar de primar pelo que é essencial. A escola pública vive, ainda, o

dilema oriundo da falta de políticas públicas efetivas de investimentos, da

ausência pais/responsáveis e do desinteresse por parte dos alunos em relação

aos estudos, além da infraestrutura precária, associados a outros problemas de

ordem social, que acabam refletindo na má qualidade da educação.

Frente a estes desafios vêm sendo buscadas diferentes medidas para

enfrentá-los, dentre as quais se destacam a gestão escolar democrática.

Considerando que a chave para a solução de todos os problemas não se

encontra apenas na gestão, mas que ela se constitui em um aspecto relevante,

entendemos que, na busca da garantia da oferta de uma educação de

qualidade como direito social, a gestão democrática não deve primar apenas

pela participação de seus pares, mas, que deve ser condição sine qua non

para assegurar que a escola desempenhe sua função social primeira – a

apropriação dos conhecimentos por parte dos alunos. “Ao diretor cabe, então, o

papel de garantir o cumprimento da função educativa que é a razão de ser da

escola. Nesse sentido, é preciso dizer que o diretor da escola é antes de tudo,

um educador; antes de ser um administrador ele é um educador [...]” (SAVIANI,

1980, p. 189-190). Isto porque, “lhe compete a responsabilidade máxima em

relação ao à preservação do caráter educativo da instituição escolar” (SAVIANI,

1980, p. 190).

Assim, verificamos que o desafio maior do ato de ensinar, é fazer com

que o aluno se aproprie dos conhecimentos, e que a gestão democrática é um

dos mecanismos para que a educação escolar alcance esse objetivo. Portanto,

a mesma precisa ser repensada para que a “tomada de decisões” coletivas

realmente atinja a alma da escola, ou seja, o acesso ao saber elaborado.

Nesse sentido, concordamos com Saviani (1995) ao afirmar que:

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O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo (SAVIANI, 1995, p. 17).

Partindo dessa premissa, o trabalho educativo alcança sua finalidade

quando cada indivíduo singular apropria-se dos conhecimentos científicos e

culturais necessários à sua formação como ser humano. Os conhecimentos

que precisam ser assimilados são os clássicos, ou seja, “aquilo que se firmou,

como fundamental, como essencial”. Enquanto que, as formas adequadas de

desenvolvimento do trabalho pedagógico “trata-se da organização dos meios

(conteúdo, espaço, tempo e procedimentos) através do quais,

progressivamente, cada indivíduo singular realize, na forma de segunda

natureza, a humanidade produzida historicamente” (SAVIANI, 1995, p. 18).

Nessa perspectiva, a escola, ao tomar para si o objetivo de produzir no

homem a sua humanidade, deve buscar caminhos que possibilite tal

cumprimento. Sendo que, um bom gestor escolar é aquele que torna tal

objetivo em um verdadeiro filtro balizador para todas as ações escolares.

Nesse sentido, uma educação de qualidade é entendida com aquela

que:

[...] visa à emancipação dos sujeitos sociais e não guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimitem. É a partir da concepção de mundo, sociedade e educação esposada, que a escola procura desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes que irão encaminhar a forma pela qual o indivíduo vai se relacionar com a sociedade, com a natureza e consigo mesmo. Assim, a “escola de qualidade” é aquela que contribui para a formação dos estudantes nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos e políticos, para o desempenho de seu papel de cidadão no mundo, tornando-se, assim, uma qualidade referenciada no social. Neste sentido, o ensino de qualidade está intimamente ligado à transformação da realidade (BRASIL, MEC/SEB, 2004, p. 31-35).

Isto posto, é importante destacar que uma gestão só é democrática

quando produz práticas democráticas, ou seja, é necessário dar vida ao que

preconiza a legislação e a ambição social. Para isso, é preciso que os sujeitos

escolhidos para estar à frente, como dirigentes das escolas da rede pública,

conheçam profundamente como se processa uma gestão alicerçada nos

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princípios democráticos e participativos, bem como os aspectos pedagógicos

da prática educativa pelos quais ele deve primar em sua atuação.

3. O papel do gestor escolar e a formação continuada

Na investigação realizada identificamos ser consenso o reconhecimento

da relevância da formação do gestor escolar para a administração de uma

escola pública. Os depoimentos dos professores/gestores, coletados ao longo

de nossa pesquisa, nos permitiram perceber que a formação específica em

gestão escolar, não só inicial, mas continuada, precisa ser requisito para o

desempenho das funções de gestor escolar. Isto porque, considera-se que a

formação do gestor escolar, ou a falta da mesma, tem implicações positivas ou

negativas na organização do trabalho pedagógico e administrativo das escolas,

podendo influenciar nos seus resultados.

Concordamos com Barreto (2007, p. 15) quando afirma que: O processo de formação dos educadores, enquanto espaço reflexivo teórico-prático da ação educativa deve, portanto, envolver um repensar dos princípios, valores e atitudes que compõe a realidade concreta da escola. Nessa dinâmica, a formação profissional de professores e diretores contribui para que o “fazer da escola” passa a se dar de forma compartilhada, responsável e consoante com as funções sociais que a escola tem o dever de resguardar.

Também a esse respeito Lück (2000, p. 29) pontua que:

Não se pode esperar mais que os dirigentes escolares aprendam em serviço, pelo ensaio e erro, sobre como resolver conflitos e atuar convenientemente em situações de tensão, como desenvolver trabalho em equipe, como monitorar resultados, como planejar e implementar o projeto político pedagógico da escola, como promover a integração escola-comunidade, como criar novas alternativas de gestão, como realizar negociações, como mobilizar e manter mobilizados atores na realização das ações educacionais, como manter um processo de comunicação e diálogo abertos, como estabelecer unidade na diversidade, como planejar e coordenar reuniões eficazes, como articular interesses diferentes, etc. Os resultados da ineficácia dessa ação são tão sérios em termos individuais, organizacionais e sociais, que não se pode continuar com essa prática. A responsabilidade educacional exige profissionalismo. (LÜCK 2000, p. 29).

Seguindo essa mesma linha de pensamento Torres e Garske (2000)

defendem que:

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Há que se considerar também que o processo eletivo só será eficaz, quando amparado por critérios que permitam a verificação da competência na sua dimensão técnica e na sua dimensão política. Técnica, no que se refere ao conjunto de conhecimentos, meios e estratégias de ação. Política, no que diz respeito ao compromisso do diretor eleito com o direcionamento a ser dado ao trabalho da escola. Tal direcionamento, entendemos, deve estar consubstanciado na clara determinação de assumir a tarefa educativa da escola: a de ensinar e ensinar bem a todos (TORRES & GARSKE, 2000, p. 68).

Observamos haver um reconhecimento, também por parte dos

governos, sobre a importância da formação continuada para a atuação dos

gestores escolares. No que concerne ao embasamento legal para a formação

continuada, tem-se que a mesma se encontra amplamente prevista na

legislação brasileira: na Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9394/1996); no Plano

Nacional de Educação (Lei 10.172/2001); no Plano de Desenvolvimento da

Educação (PDE-2007) e na Lei 13.005/2014, que aprova o novo Plano

Nacional de Educação.

Esse reconhecimento pode ser identificado, ainda, nas instâncias dos

governos federal e estaduais que têm investido na formação continuada dos

gestores escolares, por meio, por exemplo, de programas como Escola de

Gestores, do MEC, que teve início em 2005 e a Capacitação a Distância para

Gestores Escolares – PROGESTÃO criado pelo Conselho dos Secretários de

Estado da Educação – CONSED a partir de 2001. Em geral eles objetivam

subsidiar professores, pedagogos e diretores com conhecimento científico,

metodológico, pedagógico, organizacional, financeiro e tecnológico, a fim de

que possam contribuir e auxiliar no papel do gestor frente o trabalho

administrativo e pedagógico das escolas públicas.

Embora, possamos questionar o conteúdo da formação oferecida pelos

diversos programas, as quais muitas vezes comprometidas com uma visão

gerencial, podendo vir a corroborar com a formação de competências técnicas

requeridas pelos novos modelos administrativos, não podemos deixar de

reconhecer que tem havido um interesse crescente pela formação desse

profissional.

Entretanto, embora esteja havendo um maior reconhecimento da

importância da formação do gestor escolar, o que mais nos chamou atenção

nos depoimentos foi o fato de que há também o entendimento de que a

formação (inicial ou continuada) é insuficiente para o exercício de sua função.

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Além disso, um aspecto a ser considerado é que os conhecimentos

sobre a gestão escolar não são contemplados nos cursos de licenciatura,

mesmo o Curso de Pedagogia, que em suas diretrizes atenta para essa

formação, ainda não supre totalmente as necessidades e demandas

necessárias para que haja uma formação condizente com o bom desempenho

da função de gestor escolar. Assim, tem ficado sob o interesse ou

responsabilidade do profissional da educação no exercício da função de gestor

escolar, a tarefa de buscar uma formação continua que supra tais lacunas.

4. Plano de ação do gestor escolar

O plano de ação do gestor escolar, muito mais que uma exigência legal

para os candidatos à direção das escolas públicas do Estado do Paraná, é um

documento onde o candidato a gestor escolar propõe ações a serem realizadas

durante o período em que irá desempenhar tal função.

Em nossa investigação, pudemos constatar que, embora todos

concordem que é importante conhecê-lo, em grande parte, apenas a equipe

técnica pedagógica revelou ter conhecimento sobre o mesmo. O

desconhecimento, segundo os depoimentos coletados, decorre de sua pouca

divulgação, também porque ele tem servido somente para cumprir uma

exigência legal à candidatura do gestor escolar.

É certo que não podemos afirmar que isso ocorre em todas as escolas

da rede pública estadual do Estado do Paraná, dada a importância da

elaboração e cumprimento do referido plano, que tem por base propor ações

levando em consideração os aspectos pedagógicos, além do manejo de

recursos financeiros e humanos, planejamento estratégico, a utilização dos

recursos tecnológicos e a formação continuada.

De acordo com Libâneo (2008), o funcionamento da escola interfere nos

resultados dos alunos e, por consequência, na qualidade da escola. Assim

alguns pontos devem ser considerados e observados pelo gestor escolar no

exercício de sua função, que deve ser pautado na busca da qualidade do

ensino/aprendizagem.

Consideramos que as características apontadas por Libâneo como

sendo necessárias ao gestor escolar no desempenho de suas funções devem

ser levadas em conta quando da elaboração de seu plano de ação:

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Características organizacionais positivas eficazes para o bom funcionamento de uma escola: professores preparados, com clareza de seus objetivos e conteúdos, que planejem as aulas, cativem os alunos. Um bom clima de trabalho, em que a direção contribua para conseguir o empenho de todos, em que os professores aceitem aprender com a experiência dos colegas (LIBÂNEO, 2005, p. 302).

Ao pensar seu plano de ação o gestor escolar deve ter em mente que a

escola é uma instituição social com objetivos claros: o desenvolvimento das

capacidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio do ensino e

aprendizagem, por parte dos alunos, dos conteúdos historicamente

constituídos. Isso requer o planejamento de estratégias que contribuam para o

processo educativo de forma que promova “para todos, os domínios dos

conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas

indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais”

(LIBÂNEO, 2005, p.117).

Seguindo essa linha de raciocínio, é de fundamental importância que o

gestor escolar, ao elaborar e executar seu plano de ação tenha conhecimento

sobre o trabalho desenvolvido por sua equipe docente, pois ali pode encontra-

se um elemento importante para o sucesso ou fracasso de todos os envolvidos

no processo educativo. Assim, é imprescindível saber se os professores estão

preparados ou necessitam de subsídios didático-pedagógicos; se há clareza

nos objetivos e conteúdos propostos pelos mesmos; se os mesmos fazem

seus planos de trabalho docente, levando em conta o projeto político-

pedagógico da escola; se conseguem envolver os alunos; se utilizam

metodologias e procedimentos de acordo com as especificidades de cada

disciplina e em consonância com os objetivos que desejam alcançar; se tem

conhecimento sobre a fundamentação teórico-metodológica trabalhada; se de

fato compreendem como seu aluno aprende, ou seja, se conhecem as

especificidades do processo de aprendizagem; e, por último, se de fato a

avaliação proposta é contínua e de acordo com as dificuldades acadêmicas

dos alunos. Portanto, esta reorganização pedagógica deve ser o foco da ação

do gestor escolar na busca de uma escola de qualidade em que os processos

de ensino contribuam para a aprendizagem de todos os alunos.

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5. A importância da gestão escolar para a melhoria da qualidade na educação

Quando falamos em gestão escolar para a melhoria da qualidade na

educação é preciso deixar claro a que qualidade nos referimos. Recordemos

que nos encaminhamentos das políticas educacionais, a partir dos anos de

1990, pudemos observar uma grande valorização da qualidade tanto por parte

dos organismos internacionais, quanto por parte das orientações nacionais.

Entretanto, essa valorização, tem se pautado principalmente numa

perspectiva de educação voltada para atender as demandas do mercado de

trabalho, com características flexíveis, a fim de estar em consonância com as

constantes mudanças do mundo capitalista. Também, nesses

encaminhamentos, a gestão da educação assume um modelo empresarial,

onde o conceito de qualidade acaba tendo por referência a qualidade de

gerenciamento encerrada nas salas dos administradores, a exemplo da

“qualidade total” (modelo taylorista de produção). Krawczyk (2008, p. 67-68)

nos esclarece a esse respeito:

O pressuposto da proposta da proposta de gestão de Qualidade Total é que quanto mais claro seja o entendimento que as pessoas tem da organização que integram, e quanto maior o poder decisório e o compromisso delas com os objetivos da instituição/empresa, maior a produção melhor o produto. Assim, em linhas gerais, busca-se a cumplicidade do trabalhador individualizado, por meio da participação, o compromisso e o poder de decisão na resolução dos problemas, considerados elementos-chaves do êxito de uma gestão. O modelo de gestão de Qualidade Total – ou de gestão participativa – dá ênfase à importância do trabalho em equipe e da extensão de responsabilidades, mas ressalta, de modo especial a liderança da gestão. Outro de seus aspectos é que uma boa gerência é a alma do êxito institucional [...]

Na passagem do âmbito empresarial para o escolar, Libâneo (2001,

p.53), afirma que:

Quando aplicada ao sistema escolar e às escolas, a qualidade total tem como objetivo o treinamento de pessoas para serem competentes no que fazem, dentro de uma gestão eficaz de meios, com mecanismos de controle e avaliação dos resultados, visando atender a imperativos econômicos e técnicos.

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Segundo essa concepção administrativa, “o diretor é o gestor da escola:

controlador e avaliador da unidade escolar” (OLIVEIRA, 2008, p. 141). Nesses

termos, há um aumento da reponsabilidade das instituições e dos diretores em

particular por seus resultados, suprimindo as obrigações governamentais. Portanto, há de se diferenciar as concepções de qualidade da educação.

Numa perspectiva oposta, Libâneo aponta que (2001, p. 54): A educação de qualidade é aquela que promove para todos o domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais necessários ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, à inserção no mundo do trabalho, a constituição da cidadania, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Para promover essa educação de qualidade, ele afirma que:

[...] O que as escolas precisam buscar, de fato, é a qualidade cognitiva das experiências de aprendizagem dos alunos [...] em consonância com as exigências sociais e educacionais contemporâneas significa prestar atenção nos conteúdos que estão sendo ensinados, na afetividade desses conteúdos para a vida prática. (LIBÂNEO, 2001, p. 56 - 57).

Para haver uma educação de qualidade, duas formas de atividades são

essenciais nos espaços escolares:

[...] a primeira corresponde aos objetivos da escolarização obrigatória [...] tais como a aquisição do conhecimento e da cultura, o desenvolvimento da personalidade, a formação para a cidadania, a inserção no mundo”. E em segundo, as atividades-meio que são as condições de realização desses objetivos, incluindo-se, entre essas condições, o planejamento pedagógico e curricular, a organização e gestão da escola, a cultura organizacional, a tecnologia, o desenvolvimento profissional dos professores (LIBÂNEO, 2001, p. 56-57, grifos nossos).

Sendo assim, os objetivos e as atividades-meio devem estar previstos

tanto no Plano de Ação do Gestor quanto no Projeto Político-Pedagógico da

escola, pois uma inexiste sem a outra. Portanto, não basta o gestor se

preocupar com o prédio da escola, deixando-o bonito, se relegar a um segundo

plano, o currículo, os aspectos pedagógicos e as relações entre alunos,

professores e comunidade escolar. Há que se ter um planejamento coletivo,

envolvendo todos os sujeitos que fazem parte do ambiente escolar, de forma a

não se ter dissociação os objetivos e as atividades-meio. .

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Observamos nos relatos obtidos durante nossa investigação que a

comunidade escolar vê na gestão democrática escolar um caminho para

promoção de uma educação escolar de qualidade e, que, a participação, a

colaboração e a ações efetivas de toda comunidade escolar, são de suma

importância para que isso ocorra de fato. Isso significa que, o tipo de gestão

escolar, desenvolvida por seu gestor, pode interferir de forma positiva ou

negativa sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola.

6. Papel do gestor escolar

O papel do gestor deve ser o de incentivar a participação, respeitando as

pessoas e suas opiniões, desenvolvendo um clima de confiança entre os vários

segmentos das comunidades escolar e local e ajudando a desenvolver

conhecimentos básicos necessários à participação como, por exemplo, saber

ouvir e saber comunicar suas ideias.

Entretanto, não pode o gestor escolar esquecer-se da essência de seu

trabalho que é primar pela qualidade cognitiva do ensino e aprendizagem dos

alunos, além de promover uma gestão democrática que de fato envolva toda

comunidade na busca desse objetivo. No desenvolvimento do nosso trabalho

foi possível constatar que a maior parte dos professores e funcionários das

escolas da rede pública do Estado do Paraná, entendem que o papel do gestor

não se resume ao trabalho administrativo, cabendo-lhe também o

pedagógico, conforme citamos a seguir:

Sendo assim o gestor democrático orienta, organiza e sistematiza as atividades desenvolvidas pela escola dando significado e envolvendo ativamente uma construção coletiva e participativa dos diversos segmentos escolares, fazendo com que todos participem e cumpram a proposta do Projeto Político e Pedagógico do estabelecimento (L.M/2013).

Sobre as atribuições do gestor escolar, Libâneo (2004) descreve-nos

que ele deve:

1. Supervisionar e responder por todas as atividades administrativas e pedagógicas da escola bem como as atividades com os pais e a comunidade e com outras instâncias da sociedade civil. 2. Assegurar as condições e meios de manutenção de um ambiente de trabalho favorável e de condições materiais necessárias à

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consecução dos objetivos da escola, incluindo a responsabilidade pelo patrimônio e sua adequada utilização. 3. Promover a integração e a articulação entre a escola e a comunidade próxima, com o apoio e iniciativa do Conselho de Escola, mediante atividades de cunho pedagógico, científico, social, esportivo, cultural. 4. Organizar e coordenar as atividades de planejamento e do projeto pedagógico-curricular, juntamente com a coordenação pedagógica, bem como fazer o acompanhamento, avaliação e controle de sua execução. 5. Conhecer a legislação educacional e do ensino, as normas emitidas pelos órgãos competentes e o Regimento Escolar, assegurando o seu cumprimento. 6. Garantir a aplicação das diretrizes de funcionamento da instituição e das normas disciplinares, apurando ou fazendo apurar irregularidade de qualquer natureza, de forma transparente e explícita, mantendo a comunidade escolar sistematicamente informada das medidas. 7. Conferir e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou correspondências e expedientes da escola, de comum acordo com a secretaria escolar. 8. Supervisionar a avaliação da produtividade da escola em seu conjunto, incluindo a avaliação do projeto pedagógico, da organização escolar, do currículo e dos professores. 9. Buscar todos os meios e condições que favoreçam a atividade profissional dos pedagogos especialistas, dos professores, dos funcionários, visando à boa qualidade do ensino. 10. Supervisionar e responsabilizar-se pela organização financeira e controle das despesas da escola, em comum acordo com o Conselho de Escola, pedagogos especialistas e professores (LIBÂNEO, 2004, p. 217).

Nesses termos, mais uma vez, vemos reforçada a tese de que o papel do

gestor escolar é imprescindível na construção de gestão verdadeiramente

democrática, que tem por compromisso primordial a educação de qualidade.

Para atingir tal objetivo a gestão da escola pública deve voltar mais seu olhar

para o trabalho pedagógico, uma vez que por meio dele que a educação

escolar atinge seus fins.

Considerações Finais

Consideramos, ao final desse estudo que, para exercer a função de

gestor escolar é necessário bem mais que “ser escolhido pela comunidade

escolar”. Isso significa dizermos que, para estar à frente da gestão de uma

escola pública, são necessários conhecimentos específicos como: manejo de

recursos financeiros, planejamento estratégico e conhecimentos tecnológicos e

administrativos e, também, pedagógicos.

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A partir de informações obtidas sobre a importância da gestão escolar

para a melhoria da qualidade na educação e sobre quais seriam os meios de

promovê-la na escola, verificamos que o gestor deve: sensibilizar a

comunidade escolar para participar da tomada de decisões; reavaliar o plano

de ação, o projeto político pedagógico da escola e o regimento escolar, a fim

de que haja de fato uma gestão transparente, onde todos tenham consciência

sobre seu papel, sobre os objetivos a serem perseguidos e sobre a forma de

obtê-los.

Nesses termos, sem perder de vista nunca que a escola pública tem por

função vital a socialização dos conteúdos científicos, filosóficos e artísticos

produzidos pela humanidade e, ao mesmo tempo, a contribuição para a

humanização e emancipação dos sujeitos, fica claro o quanto o gestor escolar

possui um papel importante na organização das atividades-meio para que esse

fim seja alcançado.

Por fim, embora reconheçamos a importância da atuação do gestor,

cabe destacar que, o novo modelo de gestão dos sistemas educacionais, de

bases gerenciais, propõe uma descentralização da gestão para a escola,

promovendo sua autonomia administrativa, financeira e pedagógica. As

medidas descentralizadoras têm promovido mudanças significativas na rotina

administrativa da escola e no perfil do diretor escolar, trazendo “novas

exigências para a formação do diretor e novos desafios para sua identidade e

caracterização” (OLIVEIRA, 2008, p. 136), bem como fazendo com que o

diretor seja sobrecarregado com as exigências burocrático-administrativas, o

que acaba “servindo de desestímulo ao investimento do mesmo nas dimensões

pedagógicas de sua função” (OLIVEIRA, 2008, p. 141).

Em pesquisa realizada por Oliveira, com diretores e vice-diretores da

Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, a autora constata que, ao

descrever suas jornadas de trabalhos, os mesmos “demonstraram não ter, na

sua grande maioria, controle sobre seu tempo, trabalhado sem planejamento,

tentando responder ao imediatismo das demandas que lhes são apresentadas”.

A pesquisa demonstra haver uma “sobrecarga administrativa na rotina escolar,

sem uma correspondência nas condições materiais da escola, o que tem

resultado em um envolvimento quase absoluto do diretor nessas tarefas”

retirando-lhe tempo para se dedicar a outras dimensões de sua função

(OLIVEIRA, 2008, p. 142). Como consequência, “[...] o desempenho dessas

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atividades tem colocado serias dificuldades para que o diretor tenha uma

intervenção mais sistemática no cotidiano escolar como um profissional que

compreende as funções da escola em suas múltiplas dimensões e relações

com a sociedade, embora oficialmente isso seja o que mais se espera dele”

(OLIVEIRA, 2008, p. 142). Esse é ainda um grande desafio a ser enfrentado.

Não tivemos a pretensão de, nos limites deste artigo, esgotar a

discussão. Entendemos que assunto requer novas interrogações e reflexões

teóricas, buscando rumos que realmente nos levem a uma educação

verdadeiramente democrática. REFERÊNCIAS: AGUIAR, M. Â. da S. Gestão da Educação e a Formação do Profissional da Educação. In: FERREIRA, N.S.C; AGUIAR, M.A.S; Gestão da Educação: impasses, perspectivas e compromissos. 3ª ed. SP: Cortez, 2001. ARAÚJO, G. C. de. Tempo de unir esforços. Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril, ago. 2008. Edição Especial “Gestão Escolar”. BRASIL, MEC. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Básica. Conselho Escolar e a aprendizagem na escola. Elaboração Ignez Pinto Navarro et al. Brasília : MEC/SEB, 2004, p. 31-35 (Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, caderno 2, Parte V). ________, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC/ SECRETARIA DA EDUCAÇÃOBÁSICA – SEB- Diretrizes Nacionais do Curso de Especialização Em Gestão Escolar. Brasília, 2007. ________. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm – acesso em maio de 2013. _________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394/96. Brasília: Senado, 1996. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm – acesso em maio de 2013. _________. Plano Nacional de Educação (PNE). Lei 10.172/2001. Brasília: Senado, 2001. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10172.htm – acesso em maio de 2013. Dicionário Aurélio -http://www.dicionariodoaurelio.com/Qualidade.html

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