engenharia de trÁfego - princípios básicos

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos 4. FLUXO DESCONTÍNUO - MÉTODOS DE ANÁLISE Eng.Hugo Pietrantonio, Prof.Dr. LEMT/PTR-EPUSP, ADDENDUM

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos. 4. FLUXO DESCONTÍNUO - MÉTODOS DE ANÁLISE Eng.Hugo Pietrantonio, Prof.Dr. LEMT/PTR-EPUSP, ADDENDUM. ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos 3. Fluxo Contínuo. ELEMENTOS QUE OPERAM EM FLUXO DESCONTÍNUO CONTROLE DE TRÁFEGO EM FLUXO DESCONTÍNUO - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos

4. FLUXO DESCONTÍNUO - MÉTODOS DE ANÁLISE

Eng.Hugo Pietrantonio, Prof.Dr.LEMT/PTR-EPUSP, ADDENDUM

Page 2: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Contínuo

ELEMENTOS QUE OPERAM EM FLUXO DESCONTÍNUO

CONTROLE DE TRÁFEGO EM FLUXO DESCONTÍNUO

INTERSEÇÕES NÃO SEMAFORIZADAS

INTERSEÇÕES SEMAFORIZADAS

CORREDORES ARTERIAIS

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...

condições operacionais determinadas por fatores "externos" à corrente de tráfego (semáforos, outras correntes de tráfego prioritárias) que causam interrupções periódicas do fluxo (podem afetar grande extensão da via).

Interseções: são os locais onde normalmente estão presentes os fatores que causam Interrupções e podem dominar as condições de tráfego à montante atrasos.

(segundo o U.S.HCM 2000, para espaçamentos até 3,6 km)

Outros Elementos:

- Rotatórias de pequeno diâmetro

- Travessias de pedestres

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...

Fluxo interrompido: (nd: no. de pontos de atraso ou demora no trajeto L)

V: velocidade de percurso média (diferente de média global)

função das características da via arterial (fora das filas)é pouco afetada pelo fluxo de tráfego !

: atraso médio por veículo (global: em veículos-hora)

função das condições de demanda e oferta nas vias,do tipo de interseção e de controle de tráfego

tipos: regular: fixo ou variável, de controle/fluxo, geométrico ...

sobre-atraso: aleatoriedade e sobre-demanda.

número médio de paradas por veículo: desaceleração/aceleraçãoafeta consumo de combustível, emissão de poluentes

( probabilidade de parar k vezes) (taxa de paradas global: )

atraso parado ( ) ou tempo dispendido em filas ( , atraso total)

TL

Vd

L

Vn d

V V

n

Ldd T

dT= . .

1 1

V

dT D q dT T .

d p dT k Tkk

. pk

h p kkk

. H q h .

dP dT

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...

Interseções: definições básicas

aproximação (chegada): cada trecho de via que chega à interseção;

afastamento (saída): cada trecho de via que sai da interseção;

movimento (manobra): cada origem/destinode veículos ou pedestres.

corrente de tráfego: conjunto demovimentos de uma aproximação.

- deve-se considerar os veículos e também os pedestres, ciclistas ...

- os conflitos entre manobras são mais comuns em interseções

- preferência no uso da via segundo a sinalização de controle de tráfego

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...

Conflitos em interseções: há conflito quando dois ou mais veículos procuram ocupar o mesmo espaço da via num mesmo instante.

- - relevância dos conflitos é função dos volumes de tráfego nos movimentos conflitantes (capacidade e desempenho dependem de brechas adequadas no fluxo conflitante)

- - outros fatores relevantes são n. ligações, n. de faixas, n. de mãos de direção, tipo de interseção e de controle de tráfego

- - periculosidade do conflito é função da intervisibilidade entre os movimentos conflitantes e da velocidade relativa de impacto

(VRI).

Tipos de Controle de Tráfego:

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Controle ...

Tipos de Controle de Tráfego em Interseções

Regras gerais de prioridade sem sinalização regulamentadora no local:

-cruzamento: Brasil, têm prioridade os fluxos que vêm da direita

Brasil, UVC/EUA: prioridade ao fluxo vindoda face interna (nearside=lado interno, oposto à posição do motorista no veículo).

UK, Austrália: prioridade ao fluxo vindoda face externa (offside=lado externo, do motorista).

-quem muda para via deve dar prioridade aos demais fluxos.

- CTB/1997: quem entra em rodovias ou rotatórias deve dar prioridade.

- ainda existem situações ambíguas, pelo menos do ponto de vista legal (exemplo: conversões direita e esquerda opostas, ...)

- pedestres: no Brasil, a lei é ambígua e, ainda assim, desrespeitada !?! (exemplo: preferência do pedestre diante de conversões ...)

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Interseções sem sinalização de preferência:

todas as correntes de tráfego são interrompidas (para qualquer fluxohá sempre uma outra corrente cruzando que vêm da direita).

tipos de movimento:

permitidos: podem ser realizadosquando não houver outro veículocom preferência (prioritário).

proibidos: não podem ser realizados.

regulamentação de circulação: positiva - sinais R25a, b, c, d negativa - sinais R3, R4a,b,

R5

-- em geral admissível para VDM até 1000 a 1500 (150 v/hora-pico)menos de 2 colisões angulares/ano (ou atropelamentos)

- - problemas: segurança - acidentes, conflitoscapacidade - veículos/horadesempenho - atrasos, filas

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Regulamentação de Circulação:

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Interseção com sinalização de prioridade:

somente fluxo secundário é interrompido (fluxo principal é contínuo)

tipos de movimentos:

principais: têm preferência no uso da via (nessa direção).

secundários: devem dar preferência ao fluxo principal.

proibidos: não podem ser realizados.

há uma hierarquia de prioridade entre os fluxos da via principal e secundária

- fluxos da via principal x fluxos da via secundária

- fluxos de conversão x fluxos diretos em cada via

- via principal: fluxos diretos x fluxos de pedestres x fluxos de conversão

- secundária: fluxos de pedestres x fluxos diretos x fluxos de conversão

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Objetivo da sinalização de prioridade:

-- definição afirmativa de fluxos prioritários;-- reduzir conflitos e acidentes (lateral, atropelamentos);- melhorar tráfego para fluxos prioritários

dê preferência: em geral VDM até 3000 (300 v/hora-pico)VSA maior que 15 à 30 km/hr

pare simples: em geral VDM até 8000 (800 v/hora-pico)VSA menor que 15 à 30 km/hraspectos locais de segurança

cuidados: Qp/Qs > 1,5 a 2,0;geometria consistente com prioridade.

dificuldade: regra estática (tráfego varia ao longo do dia)

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Interseção com sinalização semafórica:

programável, mas quase sempre todos os fluxos são interrompidos.

tipos de movimentos:

protegidos: movimentos autorizados e prioritários em algum estágio.

permitidos: movimentos autorizados mas secundários (usando brechas).

proibidos: movimentos não autorizados em nenhum estágio do semáforo.

durante a operação do semáforo, a indicação luminosa define movimentos:

autorizados: movimentos com operação autorizada em um período (verde ...)

interrompidos: movimentos não autorizados em um período (vermelho ...)

(existe um período de entreverdes para segurança na mudança de controle)

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Objetivos da instalação de semáforosreduzir conflitos por divisão no temporeduzir acidentes (lateral, atropelamentos)reduzir atrasos para fluxos “secundários”economizar policiamento em períodos normais

Justificativas para implantação de semáforosmovimentos conflitantes com volume grande (VDM>8000);tráfego principal contínuo (semi-atuado);interseções complexas com muitos conflitos;movimentos conflitantes com grande volume de pedestres;índice de acidentes altos (elimináveis);implantação de movimento progressivo;controle de áreas congestionadas (V>C);situações locais (visibilidade, ...).

Condições que dispensam implantação de semáforosemáforos próximos formam pelotões;circulação permite eliminar cruzamentos.

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Análise dos Conflitos em Interseções:

tabela de conflitos: assinala somente os conflitos de cruzamento (x) e convergência na intersecção (c), mas não de divergência ... (i.e., apenas conflitos entre correntes de tráfego diferentes).

Movimentos 1 2 3 41 - c x -2 c - - -3 x - - c4 - - c -

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diagrama de movimentos concordantes: assinala, dois a dois, os movimentos não-conflitantes (compatíveis, que podem operar juntos)movimentos admissíveis: condições de conflito aceitáveis.

- - estratégias usuais para reduzir os problemas decorrentes dos conflitos:definir preferência (vias principais e secundárias)separar conflitos no espaço (canalização de tráfego)separar conflitos no tempo (controle semafórico)

- - quando for impossível eliminar todos os conflitos (ou desnecessário por serem pouco importantes) alguns movimentos podem permanecer como movimentos secundários.

- - manobras podem ser decompostas em etapas (se é possível acomodar o veículo nas aberturas do canteiro intermediário)

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- algumas vezes é necessário proibir alguns movimentos para eliminar

os conflitos e tornar a operação menos complexa na interseção.

todos os todas as

movimentos conversões

permitidos à esquerda

proibidas

- naturalmente é necessário prover itinerários alternativos para os usuários

que realizam as manobras que serão proibidas (desvios, retornos,...)

- - pode-se admitir algum grau de interferência (redução de V) na via principal ...

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Canalização de Tráfego: definição de trajetórias das manobras para separar movimentos conflitantes (sinalização horizontal, ilhas e refúgios) para reduzir número de pontos de conflito, o risco e gravidade de acidentes.

Ações: - - desencorajar movimentos proibidos (errados)

- - definir claramente as trajetórias corretas

- geometria consistente com velocidade e prioridade

- eliminar pontos com conflitos importantes simultâneos

- - dar visibilidade à sinalização e aos fluxos conflitantes

- - separar correntes de tráfego com velocidades diferentes

- - prover refúgios para movimentos de pedestres

VER EXERCÍCIO CANALIZAÇÃO

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Controle por Semáforos: definição de períodos sucessivos em que o direito de uso da via é alternadamente cedido a grupos de movimentos compatíveis ou admissíveis (pouco ou não conflitantes).

Estágio: cada intervalo de tempo do ciclo semafórico em que o conjunto movimentos autorizados ( ou bloqueados ) não se altera.

Entreverde: intervalo de tempo entre estágios sucessivos ( no qual ocorre alteração do conjunto de movimentos autorizados e bloqueados)

Grupo/Fase Semafórica: cada conjunto de movimentos comandados por uma mesma sequência de indicações luminosas nos estágios do ciclo.

Grupo de Tráfego: os movimentos de um mesmo grupo/uma mesma fase semafórica e uma mesma aproximação

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Controle ...

Definição de plano semafórico: é um dos aspectos mais críticos do projeto de uma interseção semaforizada.

diretrizes: - - o número de estágios deve ser o menor possível (de preferência 2) para reduzir o tempo perdido; --o número de movimentos simultâneos e sem conflito deve ser máximo, especialmente os fluxos maiores e/ou os movimentos da mesma aproximação;- - introduzir estágios específicos para conversão à esquerda quando o fluxo de conversão e/ou o fluxo oposto de veículos for excessivo;- - introduzir estágios específicos para pedestres quando seu fluxo e/ou o fluxo oposto de veículos for excessivo- - a ordem dos estágios deve ser a que produz maior segurança e rendimento na interseção;- - a proibição de conversão à esquerda deve ser decidida examinando o corredor ou área como um todo, provendo itinerários adequados aos desejos de viagens com locais especiais para conversão.

VER EXERCÍCIO PLANO SEMAFÓRICO

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Tratamento para conversões:-- as conversões à direita podem ser eliminadas dos semáforos quando seu

volume for significativo e houver possibilidade de construir uma faixa de conversão canalizada (uma pista exclusiva para conversão);

-- no Brasil é preciso sinalização semafórica específica para qualquer tratamento especial para a conversão à direita (existem alguns países onde é possível sinalizar a autorização da conversão à direita permitida mesmo com indicação de vermelho para sua aproximação e outros países em que a autorização é a regra normal e é preciso sinalizar a proibição nos locais em que for insegura), exceto quando a conversão puder ser acomodada em pista para conversão canalizada e sinalizada.

-- as conversões à esquerda podem ser permitidas ou protegidas (é preciso sinalizar a proibição de conversão à esquerda em um semáforo e aconselhável sinalizar os períodos em que o movimento é permitido ou protegido, embora nem sempre seja necessário fazê-lo).

- - as faixas/pistas exclusivas para conversão devem ser providas quando: o fluxo de conversão for significativo (evita bloqueio) ou houver estágio com fluxo de conversão protegido.

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- a ordem do estágio com conversão à esquerda protegida no ciclo semafórico é uma questão importante e controvertida:

conversão principal protegida antes do fluxo direto oposto: limpa os veículos em espera para conversão (evitando bloqueio e aproveitando a reação mais rápida dos condutores); opera adequadamente com conversão secundária permitida (evitando armadilha de segurança);

conversão principal protegida depois do fluxo direto oposto: inicia ambos os movimentos diretos simultaneamente (evitando mal-entendimento e indecisão pelos condutores); evita conflitos da conversão protegida com a travessia de pedestres paralela (que ocorre antes do início da conversão protegida).

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Tratamento para pedestres:

-- concorrente: a preferência dos pedestres diante dos movimentos de conversão é a regra de controle de tráfego vigente quando ambos os movimentos são autorizados (apesar de não respeitada como deveria ser, ainda é uma situação segura para baixos fluxos de conversões);

- carona: o controle semafórico dos fluxos veiculares pode garantir que alguns fluxos de pedestres naturalmente não tenham conflitos durante alguns estágios (exemplo: travessias de linha de retenção com sentido único);

- estágio protegido: sempre que as condições anteriores não ocorrem em condições seguras, pode-se interromper fluxos veiculares conflitantes para garantir a travessia segura para fluxos de pedestres específicos;

- estágio exclusivo: pode-se interromper simultaneamente todos os fluxos veiculares e, em decorrência, atender simultaneamente todos os fluxos de pedestres em um único período (de duração adequada); esta estratégia somente deixa de ser vantajosa quando a duração necessária para o período é muito grande e/ou motiva desrespeito pelos veículos.

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Controle ...

Tratamento para pedestres:

-- a seleção do local seguro para as travessias de pedestres (faixas de pedestres) é muito importante; em princípio, todos os locais de travessia devem receber tratamento seguro e a exclusão deve ser uma exceção;

- a posição do estágio protegido de pedestres é um aspecto muito importante:

o estágio protegido antes das conversões é, em geral, maisseguro para os pedestres (veículo inicialmente parado)

o estágio protegido depois das conversões é mais produtivopara os veículos (fluxos opostos inicial junto em pelotão)

- a posição do estágio exclusivo de pedestres é também muito importante:

o estágio exclusivo após a via principal (estágio mais longo):em geral, menos atraso para pedestres (obediência)

o estágio exclusivo após a via secundária (estágio mais curto):em geral, conversões de menor velocidade (menor risco)

(neste caso, a preferência varia e manter a consistência é importante também)

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Planos Semafóricos Típicos: cruzamentos

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Planos Semafóricos Típicos: junções

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Controle ...

Interseções Compostas: semaforização + canalização (distâncias reduzidas)

exemplo: atual = interseção simples movimentos principais: 3,6,7 (maior volume de tráfego), cada movimento principal é parado

em dois estágios no ciclo

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Controle ...

exemplo: decomposição da interseção em 2 etapas de cruzamento

retenções internas (filas pequenas): necessidade de coordenação

restrições: continuidade 3-3’ e 5-5’(espaço para acomodar fila)

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Controle ...

Interseções Compostas: casos comuns com interseções próximas ...

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Operação com Fluxos Conflitantes

Sinalização de prioridade: PARE (R1) ou DÊ PREFERÊNCIA (R2)

- definição da via principal(operação contínua, não interrompida, exceto para conversões com fluxo oposto, que podemacabar causando interferências nos demais fluxos)

- manobras secundárias: cedem passagem(operam em fluxo descontínuo, interrompidas)

hierarquia de prioridade:0 - fluxos principais da via principal;1 - conversões à esquerda da via principal;2 - conversões à direita da via secundária;3 - fluxos diretos da via secundária;4 - conversões à esquerda da via secundária.

(naturalmente, interseções mais complexas podem ter outros níveis)

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Características de operação:

- movimentos secundários ocorrem nas brechas entre veículos das correntes de tráfego conflitantes no fluxo prioritário: brecha h no fluxo conflitante (é um movimento prioritário).- brecha crítica, mínima adequada, : função do tempo necessário para realizar a manobra (depende da aceitação de risco na manobra).- havendo fila contínua, os demais veículos passam com um intervalo de seguimento (=intervalo de saturação).

- - movimentos secundários também competem entre si pelo uso das brechas:- fluxo interferente é um fluxo oposto, que tb é secundário (de outro ...)

-- tempo disponível brecha , adequada

-- tempo perdido

VER EXERCÍCIO MEDIDA DE BRECHA CRÍTICA

HH

0

2).1n(H=f

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Capacidade: tempos disponíveis e bloqueados são variáveis aleatórias !capacidade depende também da distribuição de intervalos ...

Generalização de Troutbeck: com a distribuição de intervalos de Cowan

, com

aproximação contínua com : intervalo mínimo fluxo oposto ( : fluxo de saturação)

: proporção do fluxo livre ( em pelotão, medido; Tanner: )

com fluxos por faixa: de cada faixa ,

, fluxo oposto total: ( e )

0.

).(

L2 q)e1(

e.C

0

0L

q.1

q.

0

.

L2

q.

e.C

01

20

0 00

máx0 Sq

3600

PL 1 P .qP

iPii ,,q 0.

).(

L2 q)e1(

e.

~C

i i

i ii

,

ii

iLii q.1

q.

i 0

i

iiPL q).-(1 =

~ i i0 qq

ii S

3600 iiPi q.

Page 32: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Fórmula de básica (Poisson): (com a fluxo total e )

aproximação contínua de Siegloch: com

antigo método alemão:

, na ausência de dados de campoversão atual utiliza a aproximação de Siegloch

método do HCM/85: usou a mesma fórmula commétodo do HCM/94: utilizou diretamente a aproximação de Siegloch !

DENATRAN/84: compatível com Fórmula de Tanner ( )

ou ( )

e /faixa ( com + de 1 faixa)

(manual não explicita fórmula de capacidade e parâmetros adotados)

0.q

.q

2 q.e1

eC

0

0

0

00 .q

2

eC 20

20c2cc2 )

1000

q.(1,01f , CfC

.6,0

seg5,0.5,0

0.q

).(q

02 qe1

e).q1(C

0

0

2cc2 C.fC

seg5,1.25,0 seg25,2

.qh 0P

.q-1= 0L 0q

seg0,1

Page 33: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Capacidade com uso compartilhado: dadas as capacidades específicas

fórmula de capacidade compartilhada:

(composição de tráfego para tipos de manobra)

Interferências: bloqueio enquanto a posição interferente está ocupada

fator de impedância:

onde é a probabilidade de ter a posição interferente vaga !(nível 3 tb interfere no nível 4; fórmulas similares, mais complexas)

Interferências entre etapas: quando a manobra usa posições intermediárias

restrição na etapa I: , m=no.posições em II

restrição na etapa II: (sobre-demanda é retida em I) 1mX1f,C.fC II

IIIIe

i

iii

i

iS C

QX,XX

Cp

1C

2202333e3 X1)X(P1f,C.fC

P X02 2( )

IIII C,QmínQ

Page 34: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Atrasos: de controle + de congestionamento

atraso total: espera pela brecha + espera na fila

Fórmulas dinâmicas:

- fórmula generalizadas (integrais, com período e ):

para cada manobra (tempo no topo da fila)

(tempo na fila)

comum a todas as manobras, com !

- pode-se usar as fórmulas recursivas gerais

- expressão mais criteriosa da espera pela brecha pode ser deduzidacomo nas fórmulas estacionárias mas em geral é menos importante ...

PT 0n 0 Qc2 ddd

C1dd minc

p

2pQ C.T

.k.X8)1(X)1(X.

4

Td

d Q XQ

CX i

Page 35: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Fórmulas estacionárias:

- espera pela brecha (atraso do veículo no topo da fila):

(1o.veículo, topo da fila)

depende de qual é a manobra do veículo no topo da fila

para pedestres, em geral admite-se

- espera total (incluindo o tempo para chegar ao topo da fila):

ou

, dc : atraso de controledq : atraso de

congestionamento , (compatível com Tanner e Troutbeck)

depende das características de todas as manobras na faixa !

características médias podem ser calculadas ponderando por Xi

aproximação de Harders: (compatível com Siegloch)

2

.q

q

1

)q1.(q

ed

21

111

).(q

mín

1

11

.q

mín2 q

1

q

ed d

1

)1e.(q

1.qe= ,

C

qX ,

X1

X.dd

.q1

1.q

2

22

2

2mín2

1

1

)X1

X.(1dddd

2

2mínqc2

mín

mín

d

d+=

mínc dd

22

).q.q(

2 qC

e1d

21

Page 36: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Outras Medidas de Desempenho:

fila: é a fila média (estacionária).

- com fórmulas dinâmicas, a fila média usa o fluxo médio incluindo pico e pós-pico e também interessa calcular a fila máxima no período !- em geral, adota-se um fator de segurança igual a 1,5 ou 2,0 para fila máxima provável (para representar o efeito da aleatoriedade).

medidas secundárias (Troutbeck):probabilidade de parar:

número de movimentos/veículo: com

=número de paradas/veículo na fila, onde veículos/brecha

estas são fórmulas que admitem condições estacionárias e q<C !

n d2 2 2q

P X q eP 1 1 1 1 11( ).( . )..

( )

Nn

Nvm

2 N m e

1

1 2.

Page 37: ENGENHARIA DE TRÁFEGO - Princípios Básicos

ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

exemplo: , , , ,

capacidade – Troutbeck ,

(os outros métodos forneceriam valores entre 308v/h e 390v/h)

atraso: para (fórmula estacionária ou dinâmica)

- fórmula dinâmica: , para e

- fórmula estacionária:

outras medidas: fila (ou ) probabilidade de parar e movimentos/veículo

q v h v s2 180 0 05 / , / 6seg 2 3 segq v h v s1 900 0 25 / , / P 0 6, 1 2 seg

L 1 0 6 0 4, ,

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Casos EspeciaisMúltiplas faixas na aproximação secundária:

-- em geral, máximo de 2 faixas adjacentes para fluxos secundários.

-- os fluxos em cada faixa podem ou não ser interferentes !

-- restrições de visibilidade (o veículo de uma faixa reduz a visibilidade do fluxo oposto para o veículo de outras faixas);

-- conflitos entre os movimentos secundários adjacentes (especialmente quando a via receptora tem apenas 1 faixa);

-- apenas interferência tb interferência

por visibilidade por fluxo oposto

-- interferência justifica a inclusão do fluxo na faixa com manobra mais fácil como conflitante do fluxo nas demais faixas;

-- em qualquer caso, impõe-se a observação também do limite de capacidade da via receptora.

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Rotatórias de pequeno diâmetro:

-- considerada como um conjunto de interseções com sinalização de prioridade

-- rotatória convencional dá prioridade ao fluxo circulante na rotatória em todas as aproximações (compatível com a regra geral de prioridade inglesa no cruzamento entre veículos; incluída no novo CTB/97);

-- rotatória não convencional determina a prioridade entre fluxos circulante e entrante em cada aproximação com sinalização específica (maior flexibilidade na definição do controle de tráfego);

-- análise pode seguir o procedimento geral, mas a proximidade das interseções torna a alocação dos fluxos entre faixas dependente da proporção do fluxo que fica ou sai da rotatória antes de cada aproximação (julgamento do técnico ou observação do local);

(há métodos específicos para rotatórias convencionais, que avaliam a capacidade para o fluxo entrando em cada aproximação; dados obtidos com métodos australianos, alemães e franceses são mais conservativos que os obtidos com métodos ingleses).

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Faixas de entrada livre (com ou sem adição de faixa):

-- os fluxos da via secundária podem receber faixas de entrada livre, permitindo que pelo menos a conversão à direita seja feita sem fluxo oposto.

VER EXERCÍCIO REPARTIÇÃO DE CAPACIDADE *

VER EXERCÍCIO INTERSEÇÃO CANALIZADA *

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ENGENHARIA DE TRÁFEGO- Princípios Básicos3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...

Comentários sobre os Procedimentos Existentes:-- de forma geral, todos não tratam dos efeitos das intervenções sobre a

segurança de tráfego e dos efeitos sobre os fluxos de pedestres (incluindo atrasos, acidentes, segregação) e existe pouca validação dos métodos de análise de interseções sem semáforos no Brasil, reconhecendo o comportamento típico dos motoristas brasileiros;

- aplicação criteriosa dos métodos existentes é mais recomendável ...- método do DENATRAN/84 baseado em estudos ingleses/escoceses (Tanner). não detalha a identificação dos fluxos conflitantes e não trata a interferência;. não considera efeito da composição de tráfego (na via principal ou

secundária);. não fornece parâmetros e equações básicas de cálculo (somente gráficos);. não considera a influência de fatores locais nos parâmetros de operação;. não avalia atrasos ou outras medidas de serviço (com exceção da

capacidade);. trata uso compartilhado de forma dúbia (análise por manobra ou posição);. não existe estudo empírico conhecido sobre a validação do método no Brasil.

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-- métodos do HCM/85, 97, 2000 permitem eliminar maior parte das deficiências. HCM/85-97: baseados no método alemão com a fórmula de Poisson discreta; (HCM-94 foi baseado no método alemão com a fórmula de Siegloch). HCM/85-97 detalham identificação de fluxos conflitantes e de interferência;. HCM/85-97 consideram o efeito da composição de tráfego na via secundária;. HCM/85 considera a influência de fatores locais nos parâmetros de operação;. HCM/97 despreza a influência da maioria dos fatores locais sobre a operação;. HCM/85 não avalia atrasos (a reserva de capacidade é a medida de eficácia);. HCM/97 avalia o atraso com fórmula dinâmica (sem distinguir os movimentos);. HCM/97 usa o atraso médio parado como medida de eficácia;. HCM/97 trata da interferência nos fluxos principais (bloqueios de faixas ...).

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