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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE
ENDOMARKETING
Por: Raquel Muller dos Santos
Orientador: Carlos Cereja
RIO DE JANEIRO SETEMBRO/2009
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE
ENDOMARKETING
Endomarketing Como Ferramenta De Conscientização dos Funcionários Na Implantação de uma Política de Gestão Ambiental.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Marketing
da Universidade Cândido Mendes como requisito para conclusão do Curso de Pós-Graduação em
Marketing
RIO DE JANEIRO SETEMBRO/2009
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AGRADECIMENTOS
Aos jovens que hoje, mais conscientes e responsáveis do que ontem, guardam em seus
corações a certeza de uma vida e um futuro melhor e mais digno. Onde todos os direitos do ser humano
serão tratados com respeito e consideração.
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DEDICATÓRIA
É com muito carinho e prazer que aproveito a oportunidade para
dedicar meu trabalho aos meus pais que incentivaram durante minha vida,
a estudar para me tornar uma profissional diferenciada no mercado
de trabalho. Minha admiração e respeito
aos que amam e cuidam do meio ambiente que será o futuro de nossos
filhos.
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EPÍGRAFE
Muito Prazer, Eu Existo!
Existem filhos que precisam mais carinho Mais cuidados e atenção especial
E essas crianças quando muito bem amadas Só Deus quem sabe qual o seu potencial
Seus pais conhecem um segredo do universo
Da harmonia na diversificação Amar alguém dito normal é muito fácil Longe de indiferença e discriminação
Me pergunto se indiferença é natural
Me pergunto em que consiste ser normal Me pergunto qual o referencial
Porque todo mundo tem que ser igual?
Quem de nós é um ser humano exemplar Quem de nós não tem espelho para se olhar
Quem de nós é capaz de atirar A primeira pedra sem se machucar
Alguns de nós julgam-se mais que todo mundo
Como se o sol fosse escolher para quem nascer Comparações são vaidosas ou amargas
Tudo na vida tem uma razão de ser
Tem gente preconceituosa e arrogante E eu me preocupo com seu modo de pensar
Como se Deus fosse algum ser inconseqüente Quem faz pessoas diferentes só pra olhar
Muito prazer, Eu existo.
Augusto César / Carlos Colla
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RESUMO
O objetivo deste artigo é apresentar uma descrição de como as empresas podem ter
seus serviços inseridos em mercado global e competitivo. Trata-se de um estudo
bibliográfico com cunho descritivo que dará ênfase ao endomarketing como ferramenta que
conduzirá a empresa que está se estruturando para implantar uma Gestão Ambiental, ao
sucesso. Serão analisadas as tendências e suas vantagens para as empresas que buscam
qualidade usando padronização ambiental no sistema de gerência em seus negócios. Ao
longo dos capítulos, veremos que este conceito emergente pode ser uma resposta a muitas
das aflições e ansiedades dos profissionais das áreas de marketing e recursos humanos.
Foram realizadas pesquisas em livros, artigos e em matérias disponibilizadas na internet.
Para se chegar ao objetivo, inicialmente o artigo fez uma breve apresentação sobre o
conceito de Endomarketing. Posteriormente, descreve a importância de um processo
educativo dentro das organizações, tendo como objeto a informação e um programa de
endomarketing capaz de despertar no funcionário um sentimento de propriedade em relação
‘a empresa; tal sentimento faz com que o mesmo passe a assumir maiores
responsabilidades, sentindo-se parte importante do processo, para isso são apresentados
alguns dos fatores que podem impulsionar essas empresas para tal programa. Em seguida,
faz uma apresentação de algumas estratégias que podem ser utilizadas nas empresas que
utilizam os procedimentos da Gestão Ambiental através da conscientização ecológica para
asseguram seus lucros, controlarem seus custos eliminando desperdícios e ineficiências,
valorizando os resíduos e maximizando a reciclagem, investindo em melhorias de processo
e da qualidade, adiantando-se ‘as leis vigentes e antecipando-se ‘as leis vindouras,
projetando uma imagem moderna para a empresa, tornando-a competitiva e atualizada,
diante de um cenário de mercado cada vez mais exigente e comprometida com o meio
ambiente. Portanto, esse trabalho irá mostrar a importância do endomarketing na
estruturação de uma empresa para que ela se torne um diferencial competitivo em um
mercado tão crítico e exigente.
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METODOLOGIA
Realizada pesquisas bibliográficas onde foram utilizados os mais relevantes referenciais
teóricos de livros, artigos, monografias e periódicos sobre o Endomarketing e Gestão
Ambiental, considerando os itens mais importantes e formulando um estudo que demonstre
a importância do Endomarketing para o sucesso das organizações.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ____________________________________________________ 9
CAPÍTULO I – VISÃO GERAL DO ENDOMARKETING __________________ 13
CAPÍTULO II – A INFLUÊNCIA DO ENDOMARKETING NA GESTÃO DE
SERVIÇOS DA ORGANIZAÇÃO _______________________________________ 16
CAPÍTULO III – O ENDOMARKETING SOB A ÓTICA AS RELAÇÕES PÚBLICAS 23
CAPÍTULO IV – FUNDAMENTOS DO ENDOMARKETING _________________ 31
CAPÍTULO V – GESTÃO AMBIENTAL __________________________________ 36
CONCLUSÃO _______________________________________________________ 48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _____________________________________ 51
ANEXOS_____________________________________________________________ 53
ÍNDICE ___________________________________________________________ 58
9
I�TRODUÇÃO
Em um momento em que os produtos estão cada vez mais parecidos e as empresas
precisam encontrar maneiras de alcançar vantagens competitivas, o grande diferencial é
encantar os clientes. Para isso, antes é preciso conquistar a mente e o coração dos
funcionários, os “clientes internos”, que são os grandes responsáveis pelos produtos e
serviços entregues aos clientes.
Este trabalho é um sinal de alerta para as empresas que ainda não se voltaram para
os funcionários e um caminho para ampliarem sua visão e prosperar. O endomarketing
amplia o conceito de marketing e se integra a ele, incorporando o público interno – desde
sua valorização e capacitação até o emprego positivo de suas habilidades – e criando um
ambiente em que todos trabalham juntos visando a satisfação dos clientes e ao sucesso da
organização.
Para transmitir essas idéias de modo agradável e dinâmico, a monografia foi
estruturada a partir de perguntas e respostas – cada capítulo é formado por um ciclo de
entrevistas sobre uma faceta do endomarketing e por casos reais selecionados pelo autor. É
dessa maneira estimulante e inovadora que o leitor interage com o autor e se beneficia de
sua larga experiência, descobrindo porque o “ Endomarketing cumpre o que o marketing
promete e como é utilizado na implantação de uma Gestão Ambiental”.
O poder para atrair clientes está em suas mãos. Na hora de comprar um produto ou
serviço não são apenas as inovações tecnológicas, o design, a qualidade ou preço que
influenciam o cliente. As opiniões, os comportamentos e as recomendações de quem está
por trás do processo produtivo têm um impacto maior do que se imagina no conceito que o
consumidor cria sobre a marca.
Você sabia, por exemplo, que o empregado de uma empresa exerce influência
direta, no mínimo, em quinze pessoas de sua família, sem falar nos amigos e vizinhos?
E que a organização consciente, todos são vendedores potenciais dos produtos?
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Esta nova tendência “Endomarketing” não é tão nova como parece. Algumas
empresas já vem adotando este tipo de ferramenta a algum tempo atrás, apenas devido a
grandes mudanças no mercado exigiu-se uma nova nomenclatura, mais adequada aos novos
tempos. Com todos esses investimentos em tecnologia e como conseqüência um mercado
altamente competitivo cada vez mais internacionalizado, houve a necessidade de inovar
processos que possibilitassem o crescimento e desenvolvimento das organizações,
“Investimento em Capital Humano”.
Dentro dos propósitos deste trabalho, procurou-se delimitar a uma rigorosa revisão
bibliográfica, casos extraídos de revistas e consultas ‘a internet procurando sempre tornar
enfático a evolução do endomarketing no decorrer dos tempos e o quanto as empresas
adeptas a esta nova ferramenta estão ganhando em nível de lucratividade e competitividade
neste novo modelo de mercado. Passando constatar que desde a chegada da internet, tudo e
todos passaram a girar em torno de um mercado mais exigente onde tiveram que agregar,
valores, idéias, processos e posturas diferentes tendo que unir-se a outrem para atingir
objetivos comuns.
Com isso ninguém está ou poderá cumprir metas e tarefas sozinho, senão através
deste instrumental fornecido pelo próprio marketing, afim de promover um novo conceito e
uma nova postura que corresponda a uma nova abordagem do mercado e da nova estrutura
organizacional das empresas, “ O Conhecimento”.
O objetivo deste trabalho é buscar através da prática vivida em algumas empresas, “
Como o Endomarketing pode influenciar eficazmente na Gestão de Serviços das mídias e
grandes empresas”, orientando e promovendo maior integração em todos os setores afim de
que todos possam colaborar reciprocamente superando expectativas dos clientes,
estabelecendo a eficiência e a eficácia dos processos de gestão, identificando funcionários
em potencial, promovendo maior credibilidade, respeito e justiça considerando que o ser
humano é peça chave na qualidade de serviços prestados e competitividade. Tentando
alertar a todos que a maior preocupação do endomarketing diante das organizações é a de
ordenar a comunicação interna, transformando o ambiente organizacional em ótimo lugar
para se trabalhar e a de outros setores estarem fora do foco devido a falta de interação e
sinergia, enfim, tudo que possa dar margem a ser uma responsabilidade única e exclusiva
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do departamento de marketing quando deveria ser do conhecimento de todos os envolvidos
no processo organizacional.
A Gestão Ambiental vem ganhando um espaço considerável no meio empresarial.
A sociedade do mundo todo vem desenvolvendo uma consciência ecológica e, com isso,
influenciando o setor empresarial. Infelizmente, em função de vários fatores, nem todos os
setores empresariais se encontram conscientizados da importância da gestão responsável
dos recursos naturais.
A empresa que não buscar adequar suas atividades ao conceito de desenvolvimento
sustentável está fadada a perder competitividade em curto ou médio prazo.
A Gestão Ambiental é uma estratégia competitiva e importante na construção da
imagem corporativa. A empresa que tiver seus funcionários conscientes da ecologia, bem
treinados e imbuídos em todo o sistema, sairá na frente de seus concorrentes.
Os Sistemas de Gestão Ambiental vêm se tornando um grande aliado das
organizações que buscam manter seus processos, aspectos e impacto ambiental sob
controle.
No capítulo I, desenvolveremos assuntos abragendo uma visão geral do
endomarketing. Será traçado um paralelo entre o marketing interno e o Endomarketing,
mostrando a importância da troca de informação e a comunicação como fator
desencadeante de um processo de motivação e capacitação. E também, a pesquisa do
Endomarketing favorecendo o planejamento, desenvolvimento de programas e controle de
ações assim como a prática e implantação do Endomarketing.
No capítulo II, será visto que a razão para a importância do Endomarketing deve-se
ao fato do foco estar no sincronismo e sintonia de todas as pessoas na implantação e
operacionalização das ações mercadológicas tornando o colaborador um aliado. O
Endomarketing deve ser trabalhado como uma ferramenta de comunicação e integração,
que vise adequar à empresa tornando-a competitiva e estabelecendo um clima permanente
de motivação.
No capítulo III, enfocará a necessidade que as organização terão de mudar sua
cultura a fim de gerarem um maior comprometimento de todos na busca do diferencial
competitivo que é a qualidade e excelência na prestação de serviço como um todo. Para
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isso, será necessário a interação de profissionais de Relações Públicas e de Recursos
Humanos no trabalho de comunicação com o público das empresas.
No capítulo IV, veremos o Endomarketing surgindo como elemento de ligação
entre o cliente, o produto e o empregado. Mostraremos a comunicação interna como uma
atividade estratégica e como um dos instrumentos mais importantes num programa de
Endomarketing.
No capítulo V, mostraremos que o meio ambiente ecologicamente equilibrado
resultará em um desenvolvimento sustentável. E, a empresa que tiver em sua cultura
organizacional funcionários bem informados, motivados trabalhando em equipe em prol
desta nova tendência, sairá na frente de seus concorrentes otimizando seus recursos e
gerando maior satisfação nos clientes. E, por fim, concluiremos que o Endomarketing é um
elemento indispensável ao serviço de qualquer empresa.
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CAPÍTULO I
VISÃO GERAL DO E�DOMARKETI�G
1.1. Definição
Segundo Saul F. Bekin, Endomarketing é um processo cujo foco é sintonizar e
sincronizar, para implementar. E operacionalizar, a estrutura de marketing da empresa ou
organização que visa ação para o mercado.
O objetivo é facilitar e realizar trocas construindo relacionamentos com o público
interno, compartilhando os objetivos da empresa ou organização, harmonizando e
fortalecendo estas relações.
Tem como função integrar a noção de “cliente” nos processos internos da estrutura
organizacional propiciando melhoria na qualidade de produtos e serviços com
produtividade pessoal e de processos.
“Endo” vem do grego e quer dizer “ação interior ou movimento para dentro”, sendo
assim o Endomarketing quer dizer “marketing para dentro”. É toda e qualquer ação de
marketing voltada para a satisfação e aliança do público interno com o intuito de melhor
atender aos clientes externos. Já para Kotler (1998), diz que o Marketing interno é como
uma “tarefa bem sucedida de contratar, treinar e motivar funcionários hábeis que desejam
atender bem aos consumidores”, e ainda ressalta a associação estabelecida entre o
Marketing interno, o treinamento e a motivação dos colaboradores para o atendimento
adequado aos consumidores. Mas segundo Bekin (1995) o “Endomarketing é a extensão da
clássica função do marketing só que voltada para dentro da organização, a qual o autor
define como as “ações de marketing voltadas ao público interno da empresa a fim de
promover, entre seus funcionários e os departamentos, valores destinados a servir o
cliente”. Podemos definir também, como sendo o conjunto de ações focadas no público
interno e eu tem como o objetivo maior conscientizar funcionários e chefias para a
importância do atendimento de excelência ao cliente.
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Saul Bekin, em Conversando sobre Endomarketing, lança as bases de uma nova
tendência de marketing voltado para o seio das organizações e, tendo bem delineada as
características e funções do marketing externo, define o endomarketing:
“... realizar ações de marketing voltadas para o público interno da
empresa, com o fim de promover entre seus funcionários e
departamento aqueles valores destinados a servir o cliente.”
(BEKIN, 1995, p. 34)
1.2. Os Pioneiros
Os primeiros no desenvolvimento dos projetos de Endomarketing foram os
japoneses e foi a partir da observação deste modelo de administração participativa que
surgem um grande número de projetos no mundo ocidental. Na realidade, a grande maioria
consiste em adaptações culturais dos originais.
1.3. Características E Objetivos
Baseados nas definições sobre o tema, deve o Endomarketing apresentar as
seguintes características e objetivos.
v Características:
§ Utilizar instrumentos e técnicas de Marketing;
§ Estar voltado, em primeiro lugar, para o público interno;
§ Divulgar a imagem e os objetivos da empresa junto aos trabalhadores;
§ Integrar o Marketing e o Recursos Humanos.
v Objetivos:
§ Manter um clima ideal de valorização e reconhecimento das pessoas;
§ Obter índices maiores de produtividade e qualidade, com a
conseqüente redução dos custos;
§ Estabelecer canais adequados de comunicação interpessoal, que
permita a diminuição e a administração de conflitos e insatisfações que
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possam afetar o sistema organizacional, inclusive os Recursos
Humanos;
§ Aumentar o relacionamento interpessoal;
§ Estabelecer a administração e gestão participativas;
§ E o principal, propiciar verdadeira parceria (sociedade em todos os
sentidos) entre empresa e funcionários.
É preciso que o Endomarketing e o Marketing trabalhem em conjunto para
atingirem o público interno, que em um primeiro momento, será o principal foco da
organização. O departamento de Marketing tem o conhecimento de técnicas e
instrumentos que facilitarão a atuação do departamento de Endomarketing para
desenvolver com êxito seu trabalho e atingir o objetivo primordial que é fazer com que
todos os seus colaboradores “comprem” a idéia de um novo produto. Será necessário que
o Endomarketing promova ações de relacionamento interpessoal, empresa e funcionários,
para que através de um comportamento motivado e valorizado, propicie um melhor
atendimento ao cliente externo e, consequentemente, atingir um aumento em sua
produtividade.
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CAPÍTULO II
A I�FLUÊ�CIA DO E�DOMARKETI�G �A GESTÃO
DE SERVIÇÕS DAS ORGA�IZAÇÕES O endomarketing, segundo Saul Bekin é uma resposta adequada ‘a nova situação
internacional do mercado: A Globalização.
Paralelo a cultura de serviço, estimula a nova estrutura organizacional, novos
valores e procedimentos gerenciais que o mesmo introduz e dissemina nas empresas. Pode-
se dizer que o mesmo consiste em ações de marketing voltadas para o público interno da
empresa, com o fim de promover entre seus funcionários e departamentos, valores
destinados a servir o cliente, através de um trabalho em equipe, num contexto marcado pela
cooperação e pela integração dos vários setores da empresa.
Essa nova tendência cada vez mais presente no mundo empresarial permite-nos
dizer que o endomarketing trabalha em grande parte como o instrumental fornecido pelo
próprio marketing voltado para uma ação interna. O sentido de algo voltado para dentro de
interiorização, é dado pelo próprio significado “de endo”. Aí temos a palavra grega índon,
que significa “para dentro”, “dentro de”, exprimindo a posição ou a ação no interior de
algo, o movimento de algo que caminha para dentro de si mesmo.
Apesar de endomarketing ser uma criação pessoal, brasileira, única, gruto da
necessidade de definir uma nova área de ação e instigação é muito mais que uma marca, é
considerado um novo conceito, uma nova abordagem do mercado e da estrutura
organizacional das empresas, ligadas a todo um contexto de mudanças. A descoberta dessa
nova postura o autor Saul Bekin conta-nos através de sua experiência como gerente de uma
multinacional, onde a empresa possuía alguns problemas, como baixa integração entre seus
diversos departamentos, visões discrepantes sobre as funções de cada um deles, percebem o
quanto as pessoas não conheciam bem a empresa onde trabalham. Era preciso um
instrumento eficaz para ressintonizar, promovendo uma reorientação de objetivos, ao lado
de uma reordenação interna da empresa. No longo do processo pode ver com clareza que
esses instrumentos já faziam parte da ação do marketing da empresa, bastando reestruturá-
la com o marketing para dentro da própria empresa, onde constatou-se que todo o problema
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se tratava de uma situação mais geral, de um problema que afetava toda uma cultura
empresarial.
O endomarketing se liga neste novo cenário de uma economia orientada para o
cliente, a prioridade está em atender a demanda do consumidor. Não se trata mais de
entregar um produto com determinadas qualificações técnicas ao consumidor mas de
adequar este produto as expectativas de qualidade do consumidor final. A percepção que o
cliente possui do produto vai determinar como será este produto.
O importante é assinalar que este cenário, como afirma JAN CARLZON:
“o componente de serviço tornou-se de importância vital para a
indústria manufatureira e ignorá-lo significa correr um grande
risco.” Carlzon (APUD Jan, 1995, p. 13)
Este novo ambiente se cria a partir do momento em que todos aqueles que formam a
empresa se comprometam numa ação marcada por valores de cooperação rumos ao objetivo
final: satisfazer o cliente, dando-lhe a qualidade esperada.
2.1 Entendendo O Endomarketing
O endomarketing sempre existiu, ainda que de maneira informal e intuitiva, nas
empresas dirigidas com espírito de liderança integradora e eficiência. A idéia é de integrar a
noção de cliente nos processos internos da estrutura organizacional para propiciar
melhorias substanciais na qualidade de produtos e serviços, em outras palavras, o objetivo
do endomarketing consiste em atrair e reter o cliente interno – os funcionários – com a
função de obter resultados eficientes para a empresa, atraindo e remetendo seus clientes
externos. É fazer com que os funcionários “comprem” a empresa.
A importância estratégica que o endomarketing possui não pode ser separado do
marketing. Todo plano estratégico precisa de uma avaliação do cenário ambiental. Esta
avaliação do ambiente externo é sempre feita com pleno uso de recursos, mas normalmente
limitados. Para identificar necessidades não satisfeitas do cliente, analisa-se o ambiente
econômico, tecnológico, social, cultural e até governamental do cenário externo. A
importância da avaliação do ambiente interno é tão grande quanto a avaliação do ambiente
externo.
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Não se pode partir do pressuposto de que todos vestem a camisa da empresa, pois
isto nem sempre é verdade. A tendência geral dos executivos, como já vimos, é limitar a
estratégia de negócios do marketing, julgando que estão atentos ao mercado e descuidando
a parte propulsora do sucesso, que são as pessoas na organização, esquecendo que somente
a organização como um todo poderá dar ótimas respostas aos problemas do mercado. De
fato bens e serviços devem ser “vendidos” em primeiro lugar para os funcionários. Um
plano de aumento de vendas fracassa justamente porque o pessoal produtivo não recebe
estímulos para ampliar de modo adequado a produção, não recebe explicações sobre o
objetivo em questão.
Antes de mais nada queremos falar sobre a questão da avaliação interna; saber como
está a moral do pessoal da organização? Quais as necessidades não satisfeitas do grupo?
Em que medida a cultura da organização entra em conflito com os objetivos estratégicos?
Essas são perguntas básicas e preliminares para que a organização possa administrar os
conflitos objetivado para que a cooperação prevaleça. O endomarketing deve partir de três
premissas básicas: estamos num mercado orientado para o cliente; clientes só podem ser
conquistados e retidos com um serviço excelente; funcionários têm expectativas, são um
ativo valioso e constituem o primeiro mercado para a organização; funcionários devem ser
tratados como clientes e valorizados como pessoas; excelência de serviços para os clientes
e gerenciamento de recursos humanos significam muito mais do que sorriso e tapinhas nas
costas. Essas premissas partem do seguinte princípio: que o processo de envolvimento,
comprometimento e valorização do funcionário deve preceder o marketing externo. A
aplicação do endomarketing é feita com base nos exames das condições internas,
necessárias a sua aplicação. É de importância decisiva, pois remete ‘a cultura
organizacional e decisão de os dirigentes implementarem o endomarketing.
O endomarketing deve ser visto como parte integrante da estratégia global da
empresa; O processo requer conhecimento, informação, compromisso e apoio decidido dos
altos executivos da empresa, do comando da empresa. Deve avaliar os pontos fortes e
fracos da estrutura organizacional da empresa, isto é, as forças e condições que prejudicam
a produtividade e o envolvimento dos funcionários. O endomarketing como parte da
estratégia da empresa implica uma decisão tomada pela alta administração. Além disso, a
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força impulsionadora da liderança pela conduta deve estar presente no processo de
comunicação e motivação. Muitas vezes organizações esbarram-se num componente
psicológico, formado de hábitos adquiridos, de valores obsoletos ligados a estruturas
organizacionais sem flexibilidade, onde a resistência é na maioria das vezes o grande
inimigo ‘a sua implantação por alguns setores da empresa.
O endomarketing não deve começar apenas pela alta direção, deve envolver outras
lideranças da estrutura administrativa, gerentes e supervisores. Trata-se de um processo de
convencimento para que eles aceitem o endomarketing e assimilem a sua necessidade
dentro das obrigações da empresa. Portanto do princípio que esta nova tendência tenta
estabelecer uma relação mais integrada dentro da empresa, transmitindo responsabilidade a
todos, conscientizando-os dos objetivos finais do negócio que envolve a todos. Este clima
de interação só se completa quando os funcionários que não lidam diretamente com os
clientes, mas que de maneira indireta podem influenciar o serviço a ser prestado, tornam-se
plenamente conscientes da importância da relação com o cliente.
O endomarketing surgiu da necessidade dos funcionários entenderem e aceitarem os
programas e esforços do marketing externo para atrair os clientes, o termo foi introduzido
no Brasil na década de 1970, pelo professor Saul F. Bekin, tendo sua efetiva afirmação em
meados de 1990. A partir daí surgiram novos autores como Christian Gronroos, Analisa de
Medeiros Brum e Wilson Cerqueira, que expandiram a literatura brasileira em
endomarketing. Segundo Bekin (1995) endomarketing é realizar ações de marketing
voltadas para o público interno da empresa, com o fim de promover entre seus funcionários
e departamentos aqueles valores destinados a servir o cliente. Já Brum (2000), o define
como oferecer ao funcionário educação, carinho e atenção, tornando-o bem preparado e
bem informado para que possa tornar – se também uma pessoa criativa e feliz, capaz de
surpreender, encantar e entusiasmar o cliente. Acrescenta, ainda, que é um esforço feito por
uma empresa para melhorar o nível de informação e, com isso, estabelecer uma maior
aproximação com o seu funcionário. Segundo a autora, o marketing interno está mais
voltado para um processo de comunicação interna. Wilson Cerqueira (1998) ainda o coloca
como um conjunto de processos, projetos ou veículos de comunicação integrada que
permite a venda e a consolidação de uma nova imagem para dentro da empresa. Com base
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nesses conceitos, constata-se que o conceito de marketing interno ou endomarketing
envolve temas como: motivação dos funcionários, comunicação, comprometimento,
valores, instrumentos de marketing e satisfação do consumidor.
GELLERMAN diz:
“ A primeira e mais importante afirmativa que se pode fazer a
respeito das motivações é que todos têm uma porção delas e que
ninguém tem exatamente a mesma combinação de desejos ou
necessidades que os demais indivíduos.” (GELLERMAN, 1976, p.
163)
Isso quer dizer que não há uma única motivação capaz de determinar como todos os
operários se conduzirão com relação a todas as tarefas e, consequentemente, não há uma
estratégia especifica que faça todos e em todas as partes terem um moral elevado e
produtividade satisfatória. Existem numerosos indivíduos que trabalham principalmente por
dinheiro, outros visam antes de mais nada a segurança e ainda outros onde a busca é o
prazer.
A respeito da motivação dos colaboradores, VERGARA confirma:
“ as empresas precisam de pessoas motivadas para que o tão
propalado binômio produtividade / qualidade, aconteça.”
(VERGARA, 1999, p. 43)
Equipes integradas ajudam a criar e manter ambientes motivados e de grande poder
competitivo.
2.2 Do Marketing Ao Endomarketing
Saul F. Bekin refere-se ‘a utilização pelo endomarketing do instrumental do
marketing, devido o mesmo nada mais ser que um marketing voltado para dentro da
empresa. O marketing ainda é uma atividade especializada, segregada dentro da empresa.
Não é só departamento de marketing, todos funcionam da mesma maneira, estão
praticamente encerrados em suas próprias atividades. Falta a interação e sinergia.
A preocupação com as expectativas do cliente está completamente fora de foco dos
outros setores, já que é uma responsabilidade exclusiva do departamento de marketing,
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sendo para a empresa considerado como aspecto prejudicial, devido cada departamento
acabar perdendo a visão da empresa como um todo. Visão esta que não pode ficar restrita ‘a
alta direção. Quando isto acontece surgem conflitos dentro da empresa e,
conseqüêntemente, há desperdício de recurso organizacionais com prejuízos para a
eficiência da empresa que não consegue difundir seus próprios valores para criar um clima
de integração e cooperação interna.
Marketing pode ser definido segundo KOTLER como:
"Um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos
obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca
de produtos de valor com outros." (KOTLER, 1992, p. 32)
Ainda, em administração de marketing, Kotler (1994), faz breves referências a
diferenciação entre o marketing interno e marketing externo. Segundo ele, o marketing
interno deve preceder o externo. Na verdade, não faz sentido prometer serviço excelente
antes de preparar os funcionários da empresa para fornecê-lo . Define marketing interno
como a "tarefa de contratações acertadas, treinamento e motivação de funcionários hábeis
que desejam atender bem os clientes"(p.37).
Segundo ANALISE M. BRUM, a definição de marketing interno:
“ Um conjunto de ações de marketing para o público interno. São
ações que a empresa deve utilizar adequadamente para vender sua
imagem aos funcionários e familiares.” (BRUM, 1994, p. 19)
Estas três premissas trazem como conseqüência um princípio: este processo de
envolvimento, comprometimento e valorização do funcionário deve proceder o marketing
externo. Ou seja, é preciso conquistar primeiro mercado dos clientes internos para em
seguida, lançar-se ao mercado externo.
Parte-se da premissa de que o endomarketing atua diretamente na excelência do clima
organizacional, refletindo no índice de satisfação interna e na melhoria do fluxo de
comunicação entre os diversos níveis da organização (Silva,1999), e conectados nos
objetivos de desenvolver uma cultura de valorização do cliente despertando no cliente
interno o interesse por marketing.
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A necessidade crescente pelo interesse em endomarketing se dá pela busca da
eficiência por parte das organizações, especialmente atribuída ao renascimento do ser
humano nos negócios dentro do clima competitivo atual (Silva,1999).
Com o ritmo acelerado das mudanças, as empresas também buscam a eficiência e a
eficácia através do processo comunicacional efetivo com seus empregados. Esta é uma
forma construtiva de explorar o empenho, o entusiasmo e as idéias dos seus funcionários.
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CAPÍTULO III
O E�DOMARKETI�G SOB A ÓTICA DAS RELAÇÕES
PÚBLICAS As organizações para enfrentarem os grandes desafios contemporâneos têm que
mudar sua cultura, partindo de dentro para fora, gerando um maior comprometimento de
todos na busca da qualidade e excelência para se tornarem fortes e competitivos.
Assim sendo, canais de comunicação adequados permitirão a eliminação de conflitos
e insatisfações. Programas motivacionais e de incentivo deverão ser estabelecidos: a
valorização de cada funcionário será obtida através do desenvolvimento de uma ação
planejada e contínua, a política de transparência deverá ser implantada na empresa.
Em todo esse cenário, nada mais adequado que a interação de profissionais de
Relações Públicas e de Recursos Humanos no trabalho de comunicação com o público das
empresas, que está sendo modernamente denominado de Endomarketing, no sentindo de
assegurar a sobrevivência e mesmo a expansão da empresa com base no comprometimento
dos funcionários como os resultados dos almejados pela administração.
Primeiro, quero colocar Relações Públicas e Endomarketing sob um prisma de
motivação junto ao público interno. Isto se deve ao fato de considerarmos os empregados
como sendo o principal público da organização para qual todas as atenções devem ser
voltadas.
É praticamente uma obrigação da empresa promover a integração do trabalho no
ambiente de trabalho, dando a ele pleno conhecimento do que ele representa para a empresa
e, sempre sem coação.
Por este ângulo a motivação é indispensável para recompensas a competência, a
dedicação e a lealdade dos empregados.
É necessário refletir que uma organização empresarial não é feita apenas por
máquinas e equipamentos, capital e encomendas. Acima de tudo a empresa é composta por
seus recursos humanos. O elemento humano é fator preponderante para o sucesso de um
empreendimento e precisa estar motivado a participar desse sucesso. Inicialmente precisa
estar comprometido a ajudar a construção de tal objetivo.
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As Relações Públicas, o próprio nome já diz, trabalham com o público de uma
organização – empresa, representados não só pelos empregados mas representados também
pelas autoridades dos poderes legislativo e executivo, pela imprensa, pelos clientes,
fornecedores, etc.
Para o Relações Públicas, o Endomarketing é o comprometimento onde é o
investimento na mudança da cultura da organização. O Endomarketing transforma as
empresas as quais se tornam aptas para enfrentarem os desafios, lidando com funcionários.
O profissional de Relações Públicas contribui efetivamento para realizar a melhor forma de
comunicação com este público interno.
3.1. Endomarketing: Um pré-requisito para o Marketing externo bem
sucedido
Tendo como base um dos fenômenos que tem sido destacados pela pesquisa em
Marketing de Serviços – o Endomarketing termo em si cunhado como um conceito do tipo
“Guarda-Chuva” para abranger uma variedade de atividades internas que não são novas em
si próprias, mas que enfocadas desta maneira oferecem uma nova abordagem ao
desenvolvimento de uma orientação para os serviços gerando um interesse por clientes e
por Marketing entre funcionários da empresa. Os empregados constituem o primeiro
mercado interno para as organizações.
Segundo CHRISTIAN GRONROOS:
“se os bens, os serviços e as campanhas de comunicações externas
não conseguirem ser vendidos ao grupo-alvo interno, o Marketing
tampouco poderá ser bem sucedido junto aos clientes finais
externos.” (GRONROOS, 1995, p. 277)
Para termos idéia mais abrangente sobre Endomarketing ou Marketing interno
precisamos saber que durante 15 anos esses termos emergiram primeiro na literatura de
Gerência de Serviços (veja por exemplo, Gronroos, 1984, 1981 e 1985; Berry 1981;
Norman, 1984; George, 1984 e 1986; Compton, 1987 e Carlzon, 1987) discutiram a
necessidade de fazer Marketing de Serviços internamente nas organizações. Um número
cada vez maior de empresas tem reconhecido a necessidade dos processos internos de
25
Endomarketing, primeiro novamente no setor tradicional de serviços, e depois seguidos
pelos fabricantes de bens industriais um pouco mais tarde. O processo de Endomarketing
mais espetacular talvez seja o implantado com êxito pela SAS (Apud Carlzon, 1987). Além
desse existe uma quantidade crescente de exemplo Norte-Americanos também.
Hoje o Endomarketing é considerado um pré-requisito para o desempenho externo
de Marketing bem sucedido. Esse novo processo é uma estratégia de gerenciamento. O foco
é sobre como desenvolver nos empregados uma consciência do cliente. Tanto os bens
quanto os serviços e as campanhas específicas de Marketing externo tem que ser vendido
aos empregados antes de serem colocados no mercado.
Usando palavras de Heskett (1987): “Um serviço eficaz requer pessoas que
compreendam a idéia”.
Um exemplo atual da necessidade do Endomarketing está relacionado à idéia de
garantia de serviços. Um meio de atrair clientes é assegurar aos clientes potenciais que o
serviço funcionará ou então que ações corretivas serão tomadas.
O Endomarketing funciona como um processo gerencial holístico, para integrar
múltiplas funções da empresa de duas maneiras: primeiro, assegura que os empregados em
todos os níveis da empresa, incluindo as gerências, compreendam e vivenciam o negócio e
suas várias atividades e campanhas no contexto ambiental que suporte uma consciência
relativa aos clientes; segundo, assegura que todos os empregados estejam preparados e
motivados para agirem de forma orientada para serviços.
A premissa do Endomarketing é de que uma troca interna entre a organização e as
equipes deve funcionar eficazmente antes que a empresa possa ter êxito no alcance de suas
metas relativas aos mercados externos.
Conceito de Marketing interno ou Endomarketing deve-se ao renascimento do ser
humano nos negócios dentro do clima competitivo atual.
Existem dois aspectos do Endomarketing: o gerenciamento de atitudes e o
gerenciamento da comunicação.
Antes de tudo, as atitudes dos empregados e a motivação dos clientes para uma
consciência de serviços tem que ser gerenciados. Segundo gerentes, pessoas de contado e as
de suporte necessitam de informações para que sejam capazes de realizar suas tarefas como
26
líderes e gerentes e como prestadores de serviços a clientes internos e externos. O objetivo
geral do Endomarketing se desdobra em dois (veja, Berry, 1981 e Gronroos, 1983a):
Assegurar que os empregados se motivem par orientação ao cliente e um
desempenho consciente dos serviços, e portanto desempenhem com êxito suas
responsabilidades de “marketeiros de plantão” em suas tarefas no Marketing interativos; e
atrair e reter bons empregados.
O principal objetivo, é claro, é gerenciar os recursos humanos e implementar
programas internos de ações, de forma que os empregados se sintam motivados a
assumirem o comportamento de “marketeiros de plantão”.
Para que o mercado externo responda satisfatoriamente, a empresa necessita de
produtos ou serviços aceitáveis.
É claro que o mesmo se aplica ao Endomarketing. Um desempenho orientado para o
cliente e, portanto um bom Marketing interativo não pode ocorrer a não ser que a
organização tenha algo a oferece r a seus empregados em retorno.
A organização terá que oferecer ao seu mercado interno de empregados um
“produto” que seja atraente.
O produto interno consiste de um emprego e um ambiente de trabalho que motivem
os empregados fazendo-os responder favoravelmente às demandas da gerência com relação
a uma orientação para o cliente e um bom desempenho no Marketing interativo, que
segundo Gronroos é obvio que isto depende entre outras coisas, de métodos gerenciais,
políticos de recursos humanos e da própria natureza do trabalho assim como de processos
de planejamento e execução nas empresas (1981 e 1983 a 289).
3.2. A Importância da Cultura nas Organizações de Serviços
Em contexto de serviços, uma cultura forte e bem estabelecida, que ressalte o
apreço por bons serviços e pela orientação para o cliente, é de extrema importância, talvez
mais ainda do que num ambiente de fabricação de bens.
A produção de serviços não pode ser padronizada tão completamente quanto uma
linha de montagem por causa do impacto humano nas interações com poder / vendedor.
27
Visto que a qualidade de serviços é uma função da cooperação entre nuitos
recursos-humanos e tecnológicos – uma cultura forte que ressalte a qualidade é imperativa
para uma gestão bem-sucedida de qualidade. Visto que é muito mais difícil controlar a
qualidade em um contexto de serviços do que no contexto industrial de fabricação, muitos
valores orientados para serviços e para consciência da qualidade são necessários na
organização. Desta forma a gerência pode realizar um controle indireto.
Este artigo fala-nos sobre o grande desafio lançado aos gerentes do terceiro milênio,
“Mercados Globais”. Com a concorrência de altíssimo nível, tecnologia sofisticada e em
constante evolução, baseada principalmente na informação, o acesso cada vez mais amplo à
informação trás novas responsabilidades e eleva as expectativas das organizações
empresariais e dos clientes, bem como dos governos e demais grupos. As vantagens
competitivas tradicionais são cada vez mais escassas.
O desenvolvimento tecnológico acelerado e as crescentes mudanças dos perfis de
mercado segundo a ERA (Revista de Administração de Empresas) obrigam as organizações
que se dispõem a sobreviver a procurar e implantar constantemente novas soluções,
conhecer sua posição através do Endomarketing e não parar de buscar a excelência de
serviços (1999, vol. 39.47). Neste assunto interessa-nos especialmente a gestão por fatos e
dados, que diz respeito à prática de tomar decisões baseadas em informações confiáveis e
objetivas. Como apontam Kaplan e Norton (1996 b), como fim da competição na era
industrial predominantemente marcada pelo sucesso das organizações que fizeram melhor
uso da economia de escala, a informação tornou-se o novo paradigma.
De fato o gerente não precisa de toda a informação mas daquela de que ele precisa
na hora de autorizar um projeto.
Assim fica claro o objetivo da gestão por fatos e dados: não cobrir toda a extensão
do conhecimento sobre um negócio e as contingências que os envolvem, mas possuir a
informação que forneça dados para uma tomada de decisão eficaz. Cada pessoa de uma
organização deve ter acesso a um painel como esse, que lhe forneça subsídios para
responder a questão como: Onde estou agora com relação aminha meta e as metas da
organização? O que eu ganho com isso? O que o meu cliente ganha com isso?
28
A rede que contém tais informações será doravante chamada de sistema de medição.
Com os dados apresentados por tal sistema, a organização realizará seus diversos ciclos
PPCA (plan, do, chek, act) e terá bases para corrigir erros e continuar a investir na melhoria
contínua, verificando se todos os objetivos estão alinhados com as metas gerais da
organização, criando o efeito sinergia.
Segundo esta reportagem a HSM Management mostra-nos que as empresas têm
dificuldades de medir o valor de seu capital humano.
Mas algumas são a prova de que o simples fato de tentar medi-lo pode trazer
benefícios (2000, n 22).
Muitas empresas começam a prestar atenção a qualidades aparentemente abstratas
de seus funcionários como lealdade, capacidade de se relacionar com o cliente e disposição
para correr riscos e procuram meios de medi-los formalmente. E como tais atributos
imateriais podem gerar receitas reais, as empresas os transformaram em um conceito mais
concreto: Capital Humano.
Esta reportagem da revista Cio, consta que várias empresas têm adotado
experiências interessantes nessa área, como a Skandia Insurance, empresa sueca de seguros
(Apud Daintry, 2000). Ela criou a matriz Narrigatos, que mostra como o capital humano
cria valor financeiro para a empresa, combinado com o capital do cliente, os processos
internos e a capacidade da empresa de inovar.
Usada como modelo de planejamento de negócios, essa matriz dá uma idéia do
passado da empresa (foco financeiro), seu presente (foco no cliente, foco no processo e
foco no humano) e seu futuro (renovação ou foco de desenvolvimento).
Nem todas as tentativas de medir o capital humano tem funcionado. Mas a tentativa
é importante em si mesma. Valorizar o capital humano é fundamental para a
competitividade empresarial. Há um consenso de que no mercado de trabalho dos dias de
hoje, os funcionários são muito exigentes ao escolher seus empregados e deixam o emprego
se não se sentirem suficientemente desafiado.
Nos últimos anos, assuntos como satisfação total do cliente, certificação de
fornecedores, ISSO 9000, gestão participativa, foco em resultados, melhoria da qualidade
de vida de funcionários, segundo a Case Studies, enfim, implantação de Programas de
29
Qualidade, tornaram-se bandeiras de empresas que possuem como meta sobreviver a atual
competição do mercado e entrar no novo milênio garantindo boa fatia do seu nicho de
atuação.
São contratados consultorias, empolgantes planos de ação são traçados e
principalmente, todos os níveis funcionais são introduzidos em maciços processos de
treinamento. Então, surgem as perguntas: E agora? Estamos no caminho certo? Como
controlar os resultados? Como aplicar o que aprendemos? A descoberta do Endomarketing
foi durante as férias de janeiro de 1999, quando a assessoria de qualidade optou por não
realizar suas costumeiras visitas / auditorias às unidades de empresa. O processo de
implantação do programa de qualidade estava parado. Ninguém havia iniciado a leitura do
livro Gerenciamento da Rotina do Dia-a-Dia (Professor Vicente Falconi, Editora FCO,
1994). A análise da situação fez concluir que o produto qualidade não estava sendo pelos
clientes como se esperava. Precisava provar que o TQC era uma nova forma de trabalho,
uma gestão administrativa mais ordenada, mais planejada que traria resultados
surpreendentes. Era preciso concluir que o produto qualidade deverá ser vendido para os
clientes internos da mesma forma como se vende um bem de consumo. Foi aí que
decidiram utilizar a sistemática das técnicas de Endomarketing que poderia ser a opção para
implantar o TQC na empresa de forma acertada (2000, 40 e 42).
A definição das novas atribuições aos componentes da empresa é decisiva na
construção da nova cultura organizacional e do admirável futuro da organização.
Blanchard, Carlos e Randolph (1996, p. 18) destacam que “a mentalidade gerencial que
levou ao sucesso no passado não levará ao sucesso no futuro.”
A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de
hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes
e expectativas compartilhados por todos os membros da
organização. Ela refere-se ao sistema de significados
compartilhados por todos os membros e que distinguem uma
organização das demais.” (CHIAVENATO, 1999, p. 138)
30
CAPÍTULO IV
FU�DAME�TOS DO E�DOMARKETI�G Todas as organizações, por questões estratégicas necessitam privilegiar na mesma
proporção seu público externo e interno.
Os fundamentos do Endomarketing criados por Saul Faingares Bekin em 1990,
formam a base para facilitar a compreensão, e principalmente, a adoção do instrumental do
Endomarketing. A prática exige principalmente alteração integrada, sinérgica, entre
marketing, operações e obrigatoriamente recursos humanos.
Com o advento da “knowledge economy” ou a economia do conhecimento,
superando cada vez mais a importância de possuir capital ou ativos, o grande diferencial
recai nas pessoas. Manter atentamente um alto grau não só de informação mas de
comunicação com o público interno, é o que determina que toda a empresa caminhe
uniforme numa mesma direção estratégica. A conectividade com novas tecnologias de
telecomunicação deve ser usada para a disseminação interna de informações e
conhecimento. A intranet, ou B2E – business to employees, é a mídia ideal do
Endomarketing, construindo um relacionamento estruturado com este público através do
uso de ERM – Employee Relationship Management.
Tão ou mais importante que a comunicação dentro de uma mesma área entre o
superior e seus subordinados diretos é a comunicação entre pares – isto é, entre os diretores,
os gerentes entre si, os supervisores entre si, que possam assim, otimizar informações e
resultados. Isso assegura que a empresa fale sempre um mesmo idioma. Não é demais
ressaltar que a comunicação e informação são elementos fundamentais nesse processo, já
que favorecem a formação de imagem no ambiente interno como um todo.
Se olharmos atentamente para os fundamentos do Endomarketing, identificaremos
neles as diretrizes para um eficaz e objetivo plano de ação de Endomarketing. Poderão ser
definidas prioridades e objetivos a atingir. Isso significa dizer que se marketing visa
construir relacionamentos com os públicos externos da organização, seus stakeholders,
então o Endomarketing visa estabelecer um processo de troca que construa lealdade no
relacionamento com o público interno. E o ponto de partida rumo a essa lealdade é que os
31
funcionários conheçam tão bem quanto possível os objetivos da organização com o detalhe
adicional – mas não menos importante – que esses objetivos estejam harmonizados com os
objetivos individuais destas pessoas. Assim, é possível fortalecer o vínculo da empresa com
o funcionário, de tal maneira que o resultado final corresponda ‘a melhora do valor de
mercado desta organização.
A expansão externa de uma organização só ocorre se houver uma abertura interna
das mentes. O relacionamento produtivo entre a empresa e sua comunidade é que determina
a ampliação de suas fronteiras externas. Um decorre do outro. Fica claro que a empresa
precisa conhecer muito bem seu público interno para adequadamente comunicá-lo de seus
objetivos.
Pode-se então evoluir para identificar empresas conscientes para o efeito holístico
do Endomarketing.
De acordo com Brum (1998) o Endomarketing é uma necessidade imediata das
empresas que desejam crescer, conquistar mercados, manter os índices que já possuem ou,
simplesmente, garantir a sua sobrevivência nos próximos cinco anos. O Endomarketing é,
portanto, um processo que visa adequar a empresa ao atendimento do mercado, tornando-a
mais competitiva a partir da integração de seus funcionários ‘a estrutura organizacional. O
que não podemos esquecer é que ninguém é dono absoluto da empresa, os funcionários
devem ser vistos como parceiros e devem ser preparados para tal. Para isso é preciso várias
mudanças de comportamentos tanto por parte do empregador como do funcionário. Cada
vez mais é comprovado que a liderança dá-se pelo exemplo. Empregadores devem agir de
maneira coerente ao seu comportamento.
Segundo ANALISA DE M. BRUM:
“Em Endomarketing valem as duas estratégias que devem complementar-se no
dia-a-dia, promovendo a energia de que em empresa necessita para ter um
contexto positivo e, a partir disso, encantar verdadeiramente o seu cliente.”
(BRUM, 2000, p. 80)
Outra teoria que se destaca para a utilização do Endomarketing nas organizações é a
teoria de Maslow que é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação.
Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma
escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo
32
realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas
busquem meios para satisfazê-la.
Pouca ou nenhuma pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se suas
necessidades básicas estiverem insatisfeitas.
O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de análise pelo próprio
Taylor, quando enunciava os princípios da Administração Científica. A diferença entre
Taylor e Maslow é que o primeiro somente enxergou as necessidades básicas como
elemento motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivíduo não sente única e
exclusivamente necessidade financeira.
Para Maslow as necessidades do ser humano são assim classificadas: necessidades
de auto-realização, necessidades de auto-estima, necessidades sociais, necessidades de
segurança e necessidades fisiológicas. De acordo com Maslow apud Toledo (1987), as
necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da
espécie, como alimentação, sono, repouso, abrigo e outros. As necessidades de segurança
constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As
necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por
parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima
envolve a auto-apreciação, autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito,
de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança
perante o mundo, independência e autonomia. As necessidades de auto-realização são as
mais elevadas e referem-se a cada pessoa realizar o seu próprio potencial e auto
desenvolver-se continuamente.
Com a inserção de um plano de endomarketing na empresa a comunicação tende a
ser mais clara e objetiva, os funcionários chegam as suas gerências com mais facilidade e
tem a facilidade de expor suas idéias, pois passam a conhecer melhor a empresa onde
trabalham. Pode-se imaginar o quanto o endomarketing é importante para o crescimento
dos negócios nesse cenário pois o objetivo central seria proporcionar condições para que
valores como participação, comprometimento e cooperação sejam transformados em
crescimento e desenvolvimento dos funcionários resultando em ganhos de produtividade.
33
Ações gerenciadas de marketing eticamente dirigidas ao público
interno (funcionários) das organizações e empresas focadas no
lucro. Integrar a noção de cliente e seus valores nos processos
internos da estrutura organizacional, propiciando uma melhoria na
qualidade de produtos e serviços, com produtividade pessoal e de
processos. (BEKIN, 2004, p. 47)
O endomarketing é elemento indispensável para o sucesso de qualquer empresa. A
confiança do público, tanto o interno quanto o externo, é uma conseqüência do
endomarketing. E o quanto representará para as empresas que souberem estruturar seus
planos de abordagem aos empregados, visando a máxima qualidade do produto-
atendimento oferecido aos seus mercados.
4.1. O Futuro do Endomarketing
As empresas devem urgente e criticamente repensar sua missão, tanto de negócios
como de estratégias de Marketing. A globalização nos leva para um mercado em zona de
guerra, com concorrentes, avanços tecnológicos, novas legislações, políticas protecionistas
que mudam rapidamente e diminuem a lealdade do consumidor. Aquela visão muito
difundida na qual a produção dos produtos eram vendidos com o apoio da força de vendas
bem preparada e investimento pesado em propaganda, tem que ser repensada para o novo
milênio que se aproxima. Pra isso, faz-se necessário às empresas planejarem suas ações de
tal modo que uma empresa brasileira para não ser sufocada pelo concorrente multinacional
ou global, acorde do enorme período de protecionismo governamental procurando
posicionar melhor seu produto na mente e no coração do consumidor e, se possível,
aumentá-lo pela oferta de um serviço não esperado.
Os produtos regionais de boa qualidade e um bom Marketing podem evoluir se
tentarem ultrapassar suas fronteiras comerciais em busca de outros mercados, podendo
obter êxito em termos multinacionais e até mesmo globais. No entanto, poucos produtos
terão a ousadia do sucesso global como, por exemplo, o McDonald´s. Muitas vezes os
desafios da sobrevivência empurram um produto regional em busca de mercados mais
amplos.
34
A ampliação da globalização de mercados está expandindo o consumo mundial,
obrigando a unificação de países em blocos econômicos, levando empresas brasileiras a se
instalarem na Argentina e em outros países do Mercosul, ou fazendo associações para
distribuição e fabricação cooperada de produtos.
A abordagem criativa de Marketing torna os produtos competitivos, implicando na
adoção de novas metodologias que possibilitem a integração de esforços e recursos. O
grande desafio do Marketing na atualidade é dotar as empresas de diferenciais competitivos
que possibilitem ampla expansão de seus negócios, cuidando para a satisfação crescente das
necessidades de consumidores ávidos de produtos e serviços cada vez mais personalizados.
Essa transição do Marketing centrado no produto para o Marketing baseado nas pessoas
está cada vez mais direcionada para produtos diferenciados que criem barreiras à entrada da
concorrência. Portanto, o princípio mais importante para vencer os competidores é a
satisfação de clientes e de consumidores.
Para tanto, o papel da moderna administração é a busca permanente de processos
que otimizem a relação produto-mercado, ou seja, com produtos de qualidade apoiados em
uma organização de qualidade dirigida para melhoria de qualidade de vida das pessoas.
Ou seja, a palavra-chave do sucesso empresarial chama-se qualidade. A qualidade é
algo que se persegue até mesmo como uma questão de sobrevivência, mas é algo que
jamais se esgota, pois o mercado é o único planejador que não erra. E sem qualidade fica
difícil satisfazer às exigências e expectativas do mercado.
35
CAPÍTULO V
GESTÃO AMBIE�TAL “Preze o globo terrestre, pois não herdamos de nossos pais,
mas sim, o tomamos emprestados de nossos filhos.
Provérbio Queniano
5.1 Definição
Gestão ambiental (GA) é uma prática muito recente, que vem ganhando espaço nas
instituições públicas e privadas. Através dela é possível a mobilização das organizações
para se adequar à promoção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Seu objetivo é a busca de melhoria constante dos produtos, serviços e ambiente de trabalho
em toda organização, levando-se em conta o fator ambiental.
Atualmente ela começa a ser encarada como um assunto estratégico, porque além de
estimular a qualidade ambiental também possibilita a redução de custos diretos (redução de
desperdícios com água, energia e matérias-primas) e indiretos (por exemplo, indenizações
por danos ambientais).
“Os termos administração, gestão do meio ambiente, ou simplesmente gestão
ambiental serão aqui entendidos como as diretrizes e as atividades administrativas e
operacionais, tais como, planejamento, direção, controle, alocação de recursos e outras
realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo
ou eliminando os danos ou problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que
eles surjam.” (BARBIERI, José Carlos. GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL –
Conceitos Modelos e Instrumentos)
Conforme artigos inseridos na Wikipédia (enciclopédia livre), a Gestão Ambiental é
a administração do exercício de atividades econômicas e sociais de forma a utilizar de
maneira racional os recursos naturais, renováveis ou não. A gestão ambiental deve visar o
uso de práticas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem
das matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre os
recursos naturais. Fazem parte também do arcabouço de conhecimentos associados ‘a
gestão ambiental técnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de
36
reflorestamento, métodos para a exploração sustentável de recursos naturais. E o estudo de
riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de
atividades produtivas. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_ambiental)
Quando a gestão ambiental é introduzida como uma variável dentro da empresa, e
bem aplicada, reduz custos diretos – pela diminuição do desperdício de matérias-primas e
de recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia – e de custos
indiretos – representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio
ambiente ou ‘a saúde de funcionários e da população de comunidades que tenham
proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa.
‘A medida que a sociedade vai se conscientizando da necessidade de se preservar o
meio ambiente, a opinião pública começa a pressionar o meio empresarial a buscar meios
de desenvolver suas atividades econômicas de maneira mais racional. O próprio mercado
consumidor passa a selecionar os produtos que consome em função da responsabilidade
social das empresas que os produzem. Desta forma, surgiram várias certificações, tais como
as da família ISO 14000, que atestam que uma determinada empresa executa as atividades
com base nos preceitos da gestão ambiental.
Cada vez mais a questão ambiental está se tornando matéria obrigatória das agendas
dos executivos da empresa. A globalização dos negócios, a internacionalização dos padrões
de qualidade ambiental esperadas na ISO 14000, a conscientização crescente dos atuais
consumidores e disseminação da educação ambiental nas escolas permitem antever que a
exigência futura que farão os futuros consumidores em relação ‘a preservação do meio
ambiente e a qualidade de vida deverão intensificar-se. Diante disto, as organizações
deverão, de maneira acentuada, incorporar a variável ambiental na prospecção de seus
cenários e na tomada de decisão, além de manter uma postura responsável de respeito ‘a
questão ambiental.
A experiência das empresas pioneiras permite identificar resultados econômicos e
resultados estratégicos do engajamento da organização na causa ambiental. Estes
resultados, porém, não se viabilizam de imediato, há necessidade de que sejam
corretamente planejados e organizados todos os passos para a interiorização da variável
37
ambiental na organização para que ela possa atingir, no menor prazo possível, o conceito de
excelência ambiental, que lhe trará importante vantagem competitiva.
5.2. Meio Ambiente Sustentável
A busca por um meio ambiente ecologicamente equilibrado com a possibilidade de
desenvolvimento econômico resultou na criação da expressão “desenvolvimento
sustentável”. Tal expressão é relativamente recente e possui delineamentos característicos
para as diferentes linhas de pensamento. Podemos afirmar, mesmo que sucintamente, que
todas as definições procuram, de alguma forma a busca pela qualidade de vida do cidadão,
desde que a mesma seja assegurada a longo prazo. Esta garantia da qualidade de vida, se
acompanhada de uso racional dos recursos naturais, por um período maior, terá como
conseqüência a consolidação de uma cidadania ecológica com vias à manutenção de vida
das gerações futuras. Para que se inicie um “desenvolvimento sustentável” é necessário
conhecermos todos os agravos ocorridos e os não ocorridos a fim de que se estabeleçam
parâmetros para a auto-sustentação.
Vale ressaltar que a década de 1960 foi marcada por uma expansão das
preocupações públicas pelos problemas sócio-ambientais globais. A concepção atual da
expressão “desenvolvimento sustentável” se deu por esta trajetória.
O surgimento do pensamento ecológico e como suas várias vertentes, representadas
por distintos movimentos ecológicos, incentivaram a efetivação de uma consciência
ecológica no mundo e no Brasil. Destaca-se o caráter inicial das primeiras manifestações
ambientalistas chegando ao perfil dos atuais movimentos ambientalistas.
O pensamento ambientalista não é recente: remonta ao século XVIII. Expresso,
entretanto, numa visão romântica e bucólica, idealizava a vida simples rural e criticava a
sociedade industrial que surgia. Concomitantemente a este período aparecem naturalistas
como Von Linné, na Suécia, e G. White, na Inglaterra. O pensamento ambientalista
defendia a idéia de que a ciência moderna era a responsável pela cisão histórica consumada
entre a natureza e a cultura humana, além disso, a ciência moderna se apropriava dos
mecanismos da natureza, tratando-a como mero objeto a ser investigado e controlado
38
(PEPPER, 1986; WORSTER, 1979; O’RIORDAN, 1981 citados por HERCULANO,
2002).
Já o termo ecologia foi empregado pela primeira vez por Ernest Haeckel por volta
da segunda metade do século XIX, designando uma ciência que estudava a economia da
natureza ou as relações existentes entre os organismos e o meio ambiente. O surgimento da
ecologia inicialmente esteve vinculado à idéia de preservacionismo e posteriormente ao
conservacionismo das espécies e do meio ambiente natural, restringindo-se suas discussões
ao meio científico. A ecologia enquanto movimento só se estrutura na década de 1950 deste
século, devido às pressões humanas sobre o meio ambiente e com o possível
comprometimento da qualidade de vida dos povos (PORTILHO, 2002).
Posteriormente, novos segmentos e setores vão se inserindo ao movimento
ecológico.
No decorrer dos anos 60-70, a ecologia, ciência praticamente monopolizada pelos
naturalistas e biólogos, é apropriada pelos geógrafos, sociólogos, economistas, arquitetos e
urbanistas que a aplicam ao ecodesenvolvimento (...). Por sua vez, os gestores, os agentes
de desenvolvimento, os financistas e os políticos aprofundam o questionamento. Alguns
dentre eles conservam, todavia a perspectiva ecológica e orientam-se no sentido da
ecodecisão (...) (PIERRE DANSEREAU, 1999, p. 299-300).
No Brasil, os antecedentes do ambientalismo datam de 1958, período da criação da
Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza e também vinculava o perfil
preservacionista e conservacionista dos primeiros movimentos ambientalistas
internacionais. Gonçalves (1989) fez um breve comentário sobre o caráter inicial do
ambientalismo brasileiro. Discute sua emergência enquanto movimento no Brasil num
contexto históricocultural bastante específico. Em suas palavras:
No Brasil, o movimento ecológico emerge na década de 1970 em
um contexto muito específico. Vivia-se sob uma ditadura que se
abateu de maneira cruel sobre diversos movimentos como o
sindical e o estudantil. A nossa esquerda de então acreditava que o
subdesenvolvimento do país se devia fundamentalmente à ação do
imperialismo, que tinha como aliado interno a oligarquia
39
latifundiária. Essa era a razão do atraso e da miséria em que vivia o
povo brasileiro e, em decorrência, deveríamos nos bater por uma
revolução antiimperialista, de caráter popular, e com o apoio de
setores da burguesia nacional (...) entretanto, tecnocratas
brasileiros, participantes de seminários e colóquios internacionais,
declaram que a ‘pior poluição é a da miséria’e tentam atrair os
capitais estrangeiros para o país (...) antes que houvesse enraizado
no país um movimento ecológico, o Estado criou diversas
instituições para gerir o meio ambiente, a fim de que os ansiados
investimentos pudessem aqui aportar (...), porém a lógica destas
instituições é determinada pela política global de atração de
investimentos e não pelo valor intrínseco da questão ambiental
(GONÇALVES, 1989. p. 13-15).
Inicialmente, as manifestações ambientais brasileiras estiveram confinadas à região
Sul-Sudeste, onde algumas campanhas obtiveram até um enfoque nacional, a saber:
campanha de desmatamento da Amazônia (1978), a luta contra a inundação de Sete Quedas
no Rio Paraná (1979-1983), a luta contra construção de usinas nucleares (1977- 1985), a
luta pela aprovação de leis contra o intensivo uso de agrotóxicos (1982-1985). O caráter
preservacionista e conservacionista é evidente, o que configura uma realidade limitada e
pouco eficaz da problemática ambiental. Só mais tarde é que os movimentos ambientalistas
brasileiros, por influência de movimentos internacionais, deixam exclusivamente o perfil
denunciador e começam a questionar que a degradação ambiental está também associada a
fatores como o crescimento da população mundial, o excessivo consumo de bens não-
duráveis, o uso insustentável dos recursos naturais e o deficiente nível de saneamento
básico (VIOLA; LEIS,1995).
Jacobi (2002) descreve que a expansão do ambientalismo no Brasil pode também
ser entendida pela associação de dois fatores: o desenvolvimento das tecnologias de
informação e a notabilidade pública resultante da democratização. A expansão em direção
às preocupações sócio-ambientais torna-se possível na segunda metade da década de 1980;
assim, a questão ambiental, devido à inserção de vários setores, assume um papel de
40
destaque. A emergência da sociedade e dos autores civis foi ponto marcante na construção
de uma mobilização ambiental brasileira.
Diante do exposto, vê-se que a consolidação de uma consciência ecológica foi
efetivada após as passagens acima descritas. Assim, o movimento ambiental inicialmente
confinado aos meios científicos e institucionais ganhou um caráter mais popular e social, na
medida em que as redes sociais se ampliaram. No Brasil podemos destacar o evento da
RIO-92 como um dos fatores desencadeadores dessa popularidade. A expansão dos
movimentos ambientalistas procurou relacionar o crescimento econômico com a
conservação e preservação da natureza – o desenvolvimento sustentável.
Conforme exposto na revista Banas Ambiental, os seres humanos ainda não se
conscientizaram de que esse bem precioso, a água, pode levar problemas sérios, em um
futuro bem próximo, ‘a vida nos centros urbanos. Acredita-se que a quantidade de água seja
praticamente a mesma há 3 milhões de anos porque o seu ciclo se sucede infinitamente. Seu
volume existente no planeta não aumenta nem diminui, como por exemplo, a água
atmosférica que possui o volume aproximadamente 113000 km 3 e permanece por oito a
dez dias no ar. Enquanto o homem continua a poluir os rios, mares e os lençóis freáticos,
esse será um dos principais fatores que irão colaborar com a degradação dos recursos
hídricos, tanto no Brasil como no mundo. Atualmente, estima-se que quase 50% das praias
brasileiras estejam poluídas por esgotos, vazamentos de óleo ou lixo tóxico. Seria muito
mais barato conservar do que desenvolver programas de despoluição de baías e rios, que
demoram anos para dar resultados.
Da água disponível na Terra, 99% não são possíveis de serem usadas pelos
humanos, 97% são salgadas, encontradas nos oceanos e mares, 2% são geleiras ainda
inacessíveis e somente 1% de toda a água é doce e fia armazenada nos lençóis subterrâneos,
rios e lagos.
Para se ter uma idéia, o Brasil detém quase 8% de toda água doce superficial do
planeta, 80% estão localizadas na Região Amazônica e os 20% restantes se distribuem de
forma desigual pelo país, atendendo 95% da população. Por isso, preserva e economizar
água são um ótimo negócio, pois ela é um recurso finito (Banas Ambiental, Ano II, 2000).
41
5.3. A Empresa e o Meio Ambiente
Diante de uma crise de ordem ambiental e social onde esta última estaria
relacionada com o declínio da qualidade da vida oriunda simultaneamente de problemas no
sistema econômico. Com relação aos problemas de ordem social tem-se uma
unidimensionalização que leva a uma perda de identidade do homem moderno. Há uma
racionalização que atinge até mesmo a agricultura. Com isso tem-se a modernização da
agricultura que pode levar à expropriação e exclusão social, “resulta no rompimento de suas
raízes culturais” promovido pela mudança no estilo de vida.
A modernização acentuou a diferenciação social ocasionando numa perda de
identidade, sendo preciso propiciar meios para reconstruir suas relações sociais e de
trabalho numa sociedade refratária à oferta de empregos e mão-de-obra.
Essa transformação que ocorre no campo não se limita ao processo migratórios mas
a uma mudança da vida rural, com conseqüência para toda a sociedade. Conseqüentemente
surgem irracionalidades como violência e marginalidade.
Quanto maior o desenvolvimento tecnológico mais a racionalidade se faz
instrumental, dominando a esfera da atividade econômica. A modernidade não é definida só
pela razão instrumental – porque levaria a um processo de desintegração social, atingindo a
cultura e o sistema de personalidade e provocando fenômenos de alienação e de
coisificação da prática comunicativa.
Desenvolvimento da racionalidade que atinge expressão máxima no capitalismo,
sendo indicador a taxa de lucro. A expansão da racionalidade acaba por invadir todas as
esferas da atividade humana.
Segue-se que essa expansão da racionalidade é colocada como uma crítica à
modernidade. Então, cria-se uma ideologia de um sistema de valores representados pela
crítica às relações sociedade / natureza e uma certa “utopia” de um vir a ser onde a ética, as
relações de solidariedade, os vínculos com as raízes culturais e formas tradicionais de vida
apontam para um retorno a valores que se acreditam ultrapassados pela modernidade – um
campo de representações construído socialmente.
Tem-se que segundo BRANDENBERG :
42
“Não mais subordinar o desenvolvimento social ao
desenvolvimento econômico, mas o desenvolvimento econômico
ao desenvolvimento social. Não mais subordinar o
desenvolvimento humano ao técnico / científico, mas o
desenvolvimento técnico / científico ao desenvolvimento humano”.
(BRANDENBERG, 1999, p. 124)
Os agricultores familiares são sujeitos excluídos do atual modelo de
desenvolvimento e, como conseqüência, não têm acesso aos benefícios da sociedade
brasileira e regional. Migrantes forçados pela dinâmica da penetração capitalista no campo,
colonizaram inúmeras regiões em especial a “fronteira agrícola” do país. Sua sobrevivência
social e econômica, bem como dos recursos naturais dos quais sobrevivem, continuam
ameaçados pelo mesmo modelo concentrados de riquezas.
A convivência profissional junto a esses agricultores permite que se observe, com
cuidado a riqueza de detalhes, o profundo conhecimento que eles possuem sobre o processo
produtivo, na relação homem natureza. Seu estilo de vida levou-os a uma necessária e
meticulosa observação sobre o comportamento dos agroecossistemas em relação a base dos
recursos disponíveis sobre determinada condição climática. Isso propiciou um processo,
cumulativo, de novos conhecimentos, permitindo que eles desenvolvessem um sistema de
uso e conservação dos recursos que lhes tem garantido capacidade de produção e
reprodução no estabelecimento agrícola.
Nesse processo de mudança e reconstrução do conhecimento, chama a atenção que
essa capacidade de sobrevivência ocorre em condições de exclusão social, econômica e
tecnológica. Sem o estímulo (ou com pouco), e contribuições de insumos externos ao
estabelecimento agrícola, sejam eles financeiros-creditícios, biológicos, físicos, químicos e
de informação. Esse contexto levaria a crer que esses sujeitos não conseguiriam produzir e
reproduzir em função dessa exclusão. No entanto, essa capacidade de operarem no
vermelho, do ponto de vista da economia, indica que há um conjunto de fatores no uso de
recursos que confere ao estabelecimento agrícola familiar uma condição de
sustentabilidade.
43
5.4. Princípios De Gestão Ambiental
No relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(ONU), denominado “Nosso Futuro Comum”, ficou muito clara a importância da
preservação ambiental para que consigamos o Desenvolvimento Sustentado.
Neste sentido, a Câmara de Comércio Internacional (CCI), reconhecendo que a
proteção ambiental se inclui entre as principais prioridades a serem buscadas por qualquer
tipo de negócio definiu, em 27 de novembro de 1990, uma série de princípios de gestão
ambiental.
Assim, para ajudar as empresas ao redor do mundo a melhorar seu desempenho
ambiental, a Câmara de Comércio Internacional estabeleceu o denomina Business Charter
For Sustainable Development, que inclui uma série de princípios que deverão ser buscados
pelas organizações. Eles compreendem 16 princípios para Gestão Ambiental que, sob a
ótica das organizações, são essenciais para atingirmos o Desenvolvimento Sustentado.
1- Prioridade Organizacional
Ø Reconhecer que a questão ambiental está entre as principais prioridades
da empresa e que ela é uma questão-chave para o Desenvolvimento
Sustentado.
Ø Estabelecer políticas, programas e práticas no desenvolvimento das
operações que sejam adequadas ao meio ambiente.
2- Gestão Integrada
Ø Integrar as políticas, programas e práticas ambientais intensamente em
todos os negócios como elementos indispensáveis de administração em
todas suas funções.
3- Processo de Melhoria
Ø Continuar melhorando as políticas corporativas, os programas e a
performance ambiental tanto no mercado interno quanto externo,
levando em conta o desenvolvimento tecnológico, o conhecimento
científico, as necessidades dos consumidores e os anseios da
44
comunidade, tendo como ponto de partida as regulamentações
ambientais.
4- Educação do Pessoal
Ø Educar, treinar e motivar o pessoal, no sentido de que possam
desempenhar suas tarefas de forma responsável em relação ao ambiente.
5- Prioridade de Enfoque
Ø Considerar as repercussões ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de instalar novos equipamentos e instalações ou de
abandonar alguma unidade produtiva.
6- Produtos e Serviços
Ø Desenvolver e produzir produtos e serviços que não sejam agressivos ao
ambiente e que sejam seguros em sua utilização e consumo, que sejam
eficientes no consumo de energia e de recursos naturais e que possam ser
reclados, reutilizados ou armazenados de forma segura.
7- Orientação ao Consumidor
Ø Orientar e, se necessário, educar consumidores, distribuidores e o
publico em geral sobre o correto e seguro uso, transporte, armazenagem
e descarte dos produtos produzidos.
8- Equipamentos e Operacionalização
Ø Desenvolver, desenhar e operar máquinas e equipamentos levando em
conta o eficiente uso de água, energia e matérias-primas, o uso
sustentável dos recursos renováveis, a minimização dos impactos
negativos ao ambiente e a geração de poluição e o uso responsável e
seguro dos resíduos existentes.
9- Pesquisa
Ø Conduzir ou apoiar projetos de pesquisas que estudem os impactos
ambientais das matérias-primas, produtos, processos, emissões e
45
resíduos associados ao processo produtivo da empresa, visando ‘a
minimização de seus efeitos.
10- Enfoque Preventivo
Ø Modificar a manufatura e o uso de produtos ou serviços e mesmo os
processos produtivos, de forma consistente com os mais modernos
conhecimentos técnicos e científicos, no sentido de prevenir as sérias e
irreversíveis degradações do meio ambiente.
11- Fornecedores e Subcontratados
Ø Promover a adoção dos princípios ambientais da empresa junto dos
subcontratados e fornecedores encorajando e assegurando, sempre que
possível, melhoramentos em suas atividades, de modo que elas sejam
uma extensão das normas utilizadas pela empresa.
12- Planos de Emergência
Ø Desenvolver e manter, nas áreas de risco potencial, planos de
emergência idealizados em conjunto entre os setores da empresa
envolvidos, os órgãos governamentais e a comunidade local,
reconhecendo a repercussão de eventuais acidentes.
13- Transferência de Tecnologia
Ø Contribuir na disseminação e transferência das tecnologias e métodos de
gestão que sejam amigáveis ao meio ambiente junto aos setores privado
e público.
14- Contribuição ao Esforço Comum
Ø Contribuir no desenvolvimento de políticas públicas e privadas, de
programas governamentais e iniciativas educacionais que visem ‘a
preservação do meio ambiente.
15- Transparência de Atitude
Ø Propiciar transparência e diálogo com a comunidade interna e externa,
antecipando e respondendo a suas preocupações em relação aos riscos
potenciais e impacto das operações, produtos e resíduos.
Ø
46
16- Atendimento e Divulgação
Ø Medir a performance ambiental. Conduzir auditorias ambientais
regulares e averiguar se os padrões da empresa cumprem os valores
estabelecidos na legislação. Prover periodicamente informações
apropriadas para a Alta Administração, acionistas, empregados,
autoridades e o público em geral.
A organização deverá ter como prioridade o desenvolvimento sustentável. Com
base nos principais princípios, desenvolverá através de investimentos em tecnologia,
técnicas, treinamento de pessoal, etc, a implantação de uma política de gestão ambiental.
Cabe a empresa levantar as necessidades internas e externas para que alcance o sucesso da
sustentabilidade.
O Endomarketing e o Marketing serão os setores de suma importância para que todo
esse movimento de conscientização interna e externa chegue ao seu êxito. Eles se utilização
de técnicas e instrumentos que facilitarão todo esse trabalho.
47
CO�CLUSÃO A partir da noção de paradigmas em ciência, nota-se como homem e natureza são
abordados enquanto categorias distintas. Identifica-se tal tendência com processos
históricos que tendem a separar sociedade e natureza. A partir desse caminho, procura-se
relacionar estas tendências aos fenômenos psicossociais encontrados na modernidade.
Enquanto direção, procura-se refletir acerca de novos paradigmas em ciência e o modo
como estes implicam um novo posicionamento frente ‘a relação homem-natureza.
Vivemos um momento de transição com relação aos paradigmas da ciência. Tal
passagem, entretanto, não se dá de forma abrupta, mas através de um longo processo que
mina as nossas certezas e nos coloca diante de novas questões.
Existe uma tendência marcante nas sociedades que é a compreensão da relação
homem-natureza.
Partindo dos primeiros primatas, e sob uma lógica evolucionista, pode-se
compreender como exigências “naturais”, voltadas para a própria sobrevivência, vão dando
lugar a estratégias “sociais” de organização. Em tal caminho, o refinamento vai exigindo
novas formas de relação com o meio, ao mesmo tempo em que novos modos de
organização e diferenciação de papéis sociais são implantados.
Uma grande tendência que se firma nas tentativas de se proceder a uma leitura dos
fenômenos na relação homem-natureza tem sua manifestação na ecologia.
A ecologia se colocaria enquanto possibilidade de se proceder a uma compreensão
dos processos que conduziram a uma interdependência entre o ser humano e o ambiente no
seu sentido mais amplo.
Historicamente, presencia-se, desde a década de 70, um aumento significativo dos
questionamentos acerca do futuro do planeta, no que tange ao esgotamento de recursos
naturais, ‘a preservação de fauna e flora, ‘as alterações atmosféricas e climáticas, enfim, ‘a
tomada de consciência ecológica de uma maneira geral. Diante de tal contexto, a ecologia
revela-se como importante campo do saber.
Compreendemos aqui ecologia, de modo que o seu estudo vise ‘as inter-relações
dos seres vivos e suas funções dentro de ambientes diversos. O homem faz parte da
48
biosfera e que, ao interagir com a natureza, ele tanto assume sua posição ecológica como
também gera sua condição social.
A ecologia trata, pois, do estudo das inter-relações complexas de um ecossistema
maior, que abarca o homem e a natureza enquanto uma totalidade.
O tema ecologia nos remete a uma possibilidade de integração, a um terreno
interdisciplinar, onde ciências humanas, biológicas e ambientais não poderiam se furtar ‘a
mútua contribuição.
Com base nesta visão, a empresa que tiver em sua cultura organizacional
funcionários bem informados, motivados, trabalhando em equipe em prol desta nova
tendência, sairá na frente de seus concorrentes otimizando seus recursos e gerando maior
satisfação nos clientes.
Por isso, este trabalho não pode apenas ser considerado um trabalho científico, mas
principalmente como a oportunidade de conhecer mais a fundo sobre essa nova ferramenta
que o marketing nos disponibiliza, a fim de que possa entender o quanto de importante tem
essa nova tendência. Esta nova ação interna nas organizações permite compreender o outro,
resgatando valores até então esquecidos, tais como: companheirismo, colaboração, auto-
estima, primordiais não apenas em nossa vida pessoal, mas na vida em grupo.
É preciso estar atento aos sinais que a vida nos emite, quer seja no âmbito familiar,
quer seja no profissional procurando sempre contribuir, assimilar, participar e favorecer no
que for preciso para o sucesso do outro. Essa nova tendência possibilita uma comunicação
mais ativa e reiterada entre todos os envolvidos no processo e objetivo da empresa, permite
cada vez mais a integração entre as pessoas e um ambiente interno favorável com os
propósitos organizacionais. Mas para que este sonho se torne realidade, os responsáveis por
seus setores precisam conscientizar-se que o trabalho é árduo, criando atividades
motivacionais, identificando possíveis necessidades e problemas individuais ou em grupo
atendendo-os sempre que possível.
O Endomarketing está interligado neste novo cenário em que a economia está mais
orientada para o cliente, não se trata mais de entregar um produto com determinadas
qualificações técnicas ao consumidor mas de adequá-lo as expectativas de qualidade do
consumidor e para isso o ambiente interno deverá estar unido, motivado e consciente de
49
suas verdadeiras responsabilidades em prestar um serviço ou criar um produto com
excelência e encantamento ao cliente. É de responsabilidade dos gestores permitir que seus
colaboradores tenham conhecimento do principal objetivo da empresa: satisfação do
cliente, competitividade e lucratividade.
A preocupação com o meio ambiente tem apresentado uma dinâmica diferenciada
nas organizações. O mercado não aceita mais o descaso no tratamento dos recursos
naturais. Os consumidores estão interessados em produtos limpos. A legislação torna-se
mais rígida, imputando sanções aos infratores, obrigando as empresas a encarar com
seriedade e responsabilidade a variável ambiental em sua estratégia operacional.
Adequar-se ‘as exigências ambientais traz benefícios financeiros e vantagens
competitivas. Muitas empresas perdem anualmente, produzindo resíduos e ganham muito
mais para limpá-los. Portanto, o uso de ferramentas de Endomarketing e de Gestão
Ambiental que proporcionem o desenvolvimento do ambiente interno e o uso de
tecnologias limpas, trazem maior eficiência e competitividade ‘a empresa.
Desta forma, verifica-se que a sociedade é que dá permissão para a continuidade da
empresa. Os detentores de recursos não querem arriscar indefinidamente seus patrimônios
em companhias que se recusem a tomar medidas preventivas na área ambiental.
As empresas precisam administrar sua organização sob uma ótica ecológica, voltada
para seu cliente interno (funcionários) a fim de atrair e reter seus clientes externos,
tornando-se diferencial no mercado competitivo.
50
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A�TO�IUS, P A J. A Exploração dos Recursos ,aturais Face à Sustentabilidade e
Gestão Ambiental: uma Reflexão Teórico-Conceitual. Belém – PA: NAEA, 1999. 30p.
BEKI�, Saul Faingares de. Conversando sobre Endomarketing. 1. ed. São Paulo: Makron
Books, 1995. cap 1-5, p 1-77.
BRUM, Analisa M.. Um Olhar sobre Endomarketing Interno. 1. ed. Porto Alegre: L&PM
2000. cap 7, p 80.
CALLE�BACH, E., et al. Gerenciamento Ecológico – Eco-Manangement – Guia do
Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e ,egócios Sustentáveis. São Paulo: Ed. Cultrix,
1993.
CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing: Educação e Cultura para a Qualidade. 1. ed. Rio
de Janeiro: Qualimark, 1994. cap 3-9, p 9-57
CHEHEBE, J.R.B. Análise do Ciclo de Vida de Produtos: Ferramenta Gerencial da ISO
14000. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. 104p.
DO�AIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. São Paulo: Atlas, 1995
DRUCKER, Peter F. O Líder do Futuro: Visões Estratégicas e Práticas para uma ,ova
Era. 4. ed. São Paulo: Futura, 1996. cap 8-9, p 23-39
GUATARRI, F. As Três Ecologias. Campinas, São Paulo: Papirus, 56p.
GRÖ�ROOS, Cristian. Marketing: Gerenciamento e Serviços. 2. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1997. cap 10-11, p 277-307
51
HOJDA, R. G. Gestão ambiental é vantagem competitiva. Gazeta Mercantil, 13 de maio de
1998, p. A-2.
HORTO�, Thomas R. e REIS, Peter C. de. Endomarketing: Empresários versus
Executivos. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1993. cap 3, p 36-39
HSM – REVISTA MA�EGEME�T. Dossiê: Gestão do Conhecimento ,ovo Caminho.
São Paulo: UNESP, v. 22, n. 4, set. / out. 2000. p 33-42. Edição Especial.
LIMA, M. J. A. Ecologia Humana: Realidade e Pesquisa. Petrópolis: Vozes, 19-38 pp.
MARÇOLLA, B. A. A Relação Homem-,atureza e a Modernidade Tardia: Uma Leitura
a partir do Conceito de Identidade Moderna em Charles Taylor. Belo Horizonte: UFMG.
133 p.
RBM – REVISTA BRASILEIRA DE MA�EGEME�T. Case Studies: Endomarketing é
ferramenta para um TQC Seguro. Rio de Janeiro: IBEMEC, v. 33, n. 4, jan. / fev. 1997. p
22-47.
VALLE, C. E. Qualidade ambiental: como ser competitivo protegendo o meio ambiente.
São Paulo: Pioneira, 1995.
52
A�EXO I
IMPLA�TAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIE�TAL COM BASE �OS
REQUISITOS DA �ORMA �BR ISO 14001 / 04
A parceria CIAP / MUNICÍPIOS objetiva implementar, manter e aprimorar um
sistema de gestão ambiental (SGA) eficaz, de conformidade com a política ambiental
definida, demonstrar tal conformidade a terceiros, buscar certificação/registro do seu
sistema de gestão ambiental por uma organização externa, realizar auto-avaliação e emitir
auto-declaração de conformidade com a s normas, de forma que as ações resultantes
ajudem a proteger a saúde humana e minimizar os impactos que afetam a qualidade do
meio ambiente.
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DE EMPRESAS
O gerenciamento ambiental é a forma de administrar o uso dos recursos ambientais,
adequando as atividades produtivas ‘a capacidade de reposição desses recursos, de modo a
assegurar sua perenidade. Trata-se de um instrumento indispensável para o planejamento da
empresa.
O gerenciamento ambiental de empresas envolve uma série de etapas que incluem a
condução, a direção e o controle do uso e da conservação dos recursos naturais.
Com o adequado gerenciamento ambiental é possível a proteção da biodiversidade,
o controle do uso de recursos naturais, a recuperação da qualidade do meio ambiente,
assegurando a produtividade dos recursos e o desenvolvimento social.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA)
O Estudo de Impacto Ambiental é documento resultante da execução, por equipe
multidisciplinar, das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar sistematicamente as
conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente, por métodos e técnicas de
previsão e avaliação dos impactos ambientais. É um instrumento constitucional da política
ambiental do governo e um dos elementos do processo de avaliação de impacto ambiental.
53
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA)
O Relatório de Impacto Ambiental é o documento resultante da execução, do
processo de avaliação de Impacto Ambiental, apresentando os resultados dos estudos
técnicos e científicos. Esclarece todos os elementos da proposta em estudo, de modo que
possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as
instituições envolvidas na tomada de decisão.
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA)
O Plano de Controle Ambiental reúne, em programas específicos, todas as ações e
medidas minimizadoras, compensatórias e potencializadoras aos impactos ambientais
prognosticados pelo Estudo de Impacto Ambiental – EIA. A sua efetivação se dá por
equipe multidisciplinar composta por profissionais, das diferentes áreas de abrangência,
conforme as medidas a serem implementadas.
54
A�EXO II
DEZ MA�DAME�TOS AMBIE�TAIS
Nossa espécie tem usado mais a capacidade de modificar o meio ambiente para
piorar as coisas que para melhorar. Agora precisamos fazer o contrário, para nossa própria
sobrevivência. Reveja seu dia-a-dia e tome as atitudes ecológicas que julgar mais corretas e
adequadas. Não espere que alguém venha fazer isso por você. Faça você mesmo.
1- Estabeleça princípios ambientalistas
Estabeleça compromissos, padrões ambientais que incluam metas possíveis de
serem alcançadas.
2- Faça uma investigação de recursos e processos
Verifique os recursos utilizados e o resíduo gerado. Confira se há desperdício de
matéria-prima e até mesmo de esforço humano. A meta será encontrar meios para reduzir o
uso de recursos e o desperdício.
3- Estabeleça uma política ecológica de compras
Priorize a compra de produtos ambientalmente corretos. Existem certos produtos
que se degradam na natureza. Procure certificar-se, ao comprar estes produtos, de que são
biodegradáveis. Procure por produtos que sejam mais duráveis, de melhor qualidade,
recicláveis ou que possam ser reutilizáveis. Evite produtos descartáveis não reciclados
como canetas, utensílios para consumo de alimentos, copos de papel, etc.
4- Incentive seus colegas
Fale com todos a sua volta sobre a importância de agirem de forma ambientalmente
correta. Sugira e participe de programas de incentivo como a nomeação periódica de um
“campeão ambiental” para aqueles que se destacam na busca de formas alternativas de
combate ao desperdício e práticas poluentes.
5- �ão desperdice
Ajude a implantar e participe da coleta seletiva de lixo. Você estará contribuindo
para poupar os recursos naturais, aumentar a vida útil dos depósitos de lixo, diminuir a
poluição. Investigue desperdício com energia e água. Localize e repare os vazamentos de
55
torneira. Desligue lâmpadas e equipamentos quando não estiver utilizando. Mantenha os
filtros do sistema de ar-condicionado e ventilação sempre limpos para evitar desperdício de
energia elétrica. Use os dois lados do papel, prefira o e-mail ao invés de imprimir cópias e
guarde seus documentos em disquetes, substituindo o uso do papel ao máximo. Promova o
uso de transporte alternativo ou solidário, como planejar um rodízio de automóveis para
que as pessoas viajem juntas ou para que usem bicicletas, transporte público ou mesmo
caminhem para o trabalho. Considere o trabalho ‘a distância, quando apropriado,
permitindo que funcionários trabalhem em suas casas pelo menos um dia na semana
utilizando correio eletrônico, linhas extras de telefone e outras tecnologias de baixo custo
para permitir que os funcionários se comuniquem de suas residências com o trabalho.
6- Evite poluir seu meio ambiente
Faça uma avaliação criteriosa e identifique as possibilidades de diminuir o uso de
produtos tóxicos. Converse com fornecedores sobre alternativas para a substituição de
solventes, tintas e outros produtos tóxicos. Faça um plano de descarte, incluindo até o que
não aparenta ser prejudicial como pilhas e baterias, cartuchos de tintas de impressoras, etc.
Faça a regulagem do motor dos veículos regularmente e mantenha a pressão dos pneus nos
níveis recomendáveis. Assegure-se que o óleo dos veículos está sendo descartado da
maneira correta pelos mecânicos.
7- Evite riscos
Verifique cuidadosamente todas as possibilidades de riscos de acidentes ambientais
e tome a iniciativa ou participe do esforço para minimizar seus efeitos. Não espere
acontecer um problema para só aí se preparar para resolver. Participe de treinamentos e da
preparação para emergências.
8- Anote seus resultados
Registre cuidadosamente suas metas ambientais e os resultados alcançados. Isso
ajuda não só que você se mantenha estimulado como permite avaliar as vantagens das
medidas ambientais adotadas.
56
9- Comunique-se
No caso de problemas que possam prejudicar seu vizinho ou outras pessoas, tome a
iniciativa de informar em tempo hábil para que possam minimizar prejuízos. Busque
manter uma atitude de diálogo com o outro.
10- Arranje tempo para o trabalho voluntário
Não adianta você ficar só estudando e conhecendo mais sobre a natureza. É preciso
combinar estudo e reflexão com ação. Considere a possibilidade de dedicar uma parte do
seu tempo, habilidade e talento para o trabalho voluntário ambiental a fim de fazer a
diferença dando uma contribuição concreta e efetiva para a melhoria da vida do planeta.
Você pode, por exemplo, cuidar de uma árvore, organizar e participar de mutirões
ecológicos de limpeza e recuperação de ecossistemas e áreas de preservação degradados,
resgatar e recuperar animais atingidos por acidentes ecológicos ou mesmo abandonados na
Rua, redigir um projeto que permita obter recursos para a manutenção de um parque ou
mesmo para viabilizar uma solução para problema ambiental, fazer palestras em escolas,
etc.
Fonte: Vilmar Berna / Jornal do Meio Ambiente
57
�DICE
I�TRODUÇÃO _______________________________________________________ 9
CAPÍTULO I
VISÃO GERAL DO E�DOMARKETI�G _________________________________ 13
1.1. Definição ________________________________________________________ 13
1.2. Os Pioneiros ______________________________________________________ 14
1.3. Características e Objetivos ___________________________________________ 14
CAPÍTULO II
A I�FLUÊ�CIA DO E�DOMARKETI�G �A GESTÃO DE SERVIÇOS DAS
ORGA�IZAÇÕES ______________________________________________________ 16
2.1. Entendo o Endomarketing ___________________________________________ 17
2.2. Do Marketing ao Endomarketing _____________________________________ 20
CAPÍTULO III
O E�DOMARKETI�G SOB A ÓTICA DA RELAÇÕES PÚBLICAS __________ 23
3.1. Endomarketing: Um pré-requisito para o Marketing externo bem sucedido ____ 24
3.2. A importância da cultura nas organizações de serviços _____________________ 26
CAPÍTULO IV
FU�DAME�TOS DO E�DOMARKETI�G ________________________________ 31
4.1. O Futuro do Endomarketing __________________________________________ 34
CAPÍTULO V
GESTÃO AMBIE�TAL _________________________________________________ 36
5.1. Definição _________________________________________________________36
5.2. Meio Ambiente Sustentável __________________________________________ 38
5.3. A Empresa e o Meio Ambiente _______________________________________ 42
5.4. Princípios de Gestão Ambiental ______________________________________ 44
CO�CLUSÃO _________________________________________________________ 48
BIBLIOGRAFIA _______________________________________________________ 51
A�EXO _______________________________________________________________ 53
�DICE _______________________________________________________________ 58
58
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação “Latu Sensu”
Título da monografia: Endomarketing Como Ferramenta De Conscientização Dos
Funcionários Na Implantação De Uma Política de Gestão Ambiental
Data da Entrega:
Avaliação:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
Avaliado por: ________________________________ Grau: ______.
___________________ _____ de ______________ de 200____