empreendedor 102

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TRIO AFINADO TRIO AFINADO Sob o comando de governadores do PMDB, os três estados do Sul investem em novos negócios e na captação de recursos para a região Ano 9 • Nº 102 Abril 2003 R$ 6,00 Inovação e Valor aos Negócios www.empreendedor.com.br ISSN 1414-0152 ESPECIAL: Quando mudar é a melhor estratégia FRANQUIA: Mais liberdade para os franqueados GESTÃO: Recursos humanos em baixa nas empresas

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Edição n. 102 da revista Empreendedor, de abril de 2003

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Page 1: Empreendedor 102

TRIO AFINADOTRIO AFINADOSob o comando de governadores do PMDB, os três estados do Sulinvestem em novos negócios e na captação de recursos para a região

Ano 9 • Nº 102Abril 2003R$ 6,00

Inovação e Valor aos Negócios

www.empreendedor.com

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ISS

N 1

414-

0152

ESPECIAL: Quando mudaré a melhor estratégia

FRANQUIA: Mais liberdadepara os franqueados

GESTÃO: Recursos humanosem baixa nas empresas

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e d i t o r i a l

A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [[email protected]]

Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [[email protected]]

Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [[email protected]] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Bea-trice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreende-dor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shut-terstock – Revisão: Lu Coelho

Sedes

São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [[email protected]]

Florianópolis

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Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [[email protected]] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910

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Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [[email protected]] – Av. Getúlio Var-gas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927

Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [[email protected]] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Re-novação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CTP – Distribuição: Distribuidora Magazine Ex-press de Publicações Ltda – São Paulo

Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

Na última década, a cons-trução civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As con-

dições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índi-ce de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponi-bilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico.

São milhões de unidades resi-denciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na constru-ção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incre-mento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma aco-modação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial.

E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valo-rização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele repre-senta 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014.

Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição.

Alexsandro Vanin

Page 4: Empreendedor 102

A pesquisadora Ingeborg Sell analisa ascondições de trabalho que as empresasoferecem aos seus empregados. Para ela,ainda há muito o que fazer para chegarao tratamento ideal.

Entrevista

Nestaedição

RedaçãoEditor-Executivo: Alexandre Gonçalves[[email protected]]Editor: Carlos CastilhoRepórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayere Sara CaprarioEditor de Arte: Gustavo Cabral VazFotografia: Arquivo EmpreendedorProdução e Arquivo: Ivone ZanattaIlustrações: Clóvis GeyerIlustração da capa: Yara SouzaRevisão: José Renato de FariaCoordenador de Web: Flaviano da Cunha JúniorSedes

São PauloDiretor de Marketinge Comercialização: José LamonicaExecutivos de Contas: Paula Araújo Speda,Ariovaldo Florian e Edson RamãoRua Sabará, 566, 9º andar, cj. 9201239-010 - São Paulo - SPFones: (11) 3214-5938/3257-4667/3214-6093[[email protected]]FlorianópolisExecutivo de Atendimento: Cleiton Correa WeissAv. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar88015-900 - Florianópolis - SCFone: (48) 224-4441Representante

Dinâmica Promoções e EventosCarlos Hamilton Martins FeltrinRua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes05005-001 - São Paulo - SPFone/Fax: (11) 3822-0412[[email protected]]Escritórios regionais

Rio de Janeiro [[email protected]]Milla de SouzaRua México, 31, grupo 1404 - Centro20031-144 - Rio de Janeiro - RJFone/Fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-1601Brasília [[email protected]]Ulysses C. B. CavaSETVS - Quadra 701 - Centro EmpresarialBloco C, cj. 33070140-907 - Brasília - DFFone: (61) 426-7315Paraná [[email protected]]Ricardo TakigutiRua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - Atuba82840-190 - Curitiba - PRFone: (41) 367-4388Rio Grande do Sul [[email protected]]Guia Comunicação e Marketing Ltda/Flávia AguiarRua Correa Lima, 1488 - Sala 502 - Santa Tereza90850-250 - Porto Alegre - RSFone: (51) 3235-3239 Cel.: 9965 4262 Fax: 3233-0115Ceará [[email protected]]Dilermando PortelaAv. Luciano Carneiro, 99 - Bairro Fátima60410-690 - Fortaleza - CEFones: (85) 433-3989/9969-7312Pernambuco [[email protected]]Hamilton MarcondesRua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem51021-310 - Recife - PEFone: (81) 3327-3384/3327-9430Minas Gerais [[email protected]]SBF Representações/Sérgio Bernardes de FariaAv. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 170430112-021 - Belo Horizonte - MGFone: (31) 3261-2700

AssinaturasServiço de Atendimento ao AssinanteDiretora: Clementina P. da SilvaGerente: Luzia Correa WeissFone: 0800 48 0004[[email protected]]

Produção gráficaImpressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CtPDistribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)

Empreendedor.comhttp://www.empreendedor.com.br

Diretor-EditorAcari Amorim [[email protected]]

ANER

Diretor de Marketing e ComercializaçãoJosé Lamonica

[[email protected]]

A revista Empreendedor éuma publicação da Editora

Empreendedor

20Capa

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Abril/2003

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Sendo do mesmo partido, os governadores do Paraná, deSanta Catarina e do Rio Grande do Sul defendem posiçõessemelhantes quando o assunto é desenvolvimento regionale apoio a novos negócios. Saiba de que forma RobertoRequião, Luiz Henrique da Silveira e Germano Rigottopretendem transformar o discurso afinado em açõesconcretas em favor do empreendedorismo na região Sul.

LEIA TAMBÉMCartas ................................. 6Empreendedores ........................ 14Não Durma no Ponto ..................... 18Via Digital ............................ 46

Page 5: Empreendedor 102

Respeitando os padrões, asredes ampliam os limites deação dos franqueados dandomais liberdade para suaatuação. Nesta edição asnotícias do mundo dofranchising, e na seção FrancoFranquia a resposta para quemse sente empreendedor demaispara ser franqueado. Confiraainda o espaço da ABF.

FRANQUIA TOTALSuplementoSuplemento

Empresas capazes deabsorver choques semperder a estrutura sãohoje o grande objetivoda maioria dosexecutivos modernos.

RE

CU

RS

OS

HU

MA

NO

S A estratégiada omissãoÀs vezes a melhoralternativa é nãofazer nada diantede um conflitoentre empregadosde uma mesmaempresa.

O efeitocolchão

ES

TR

AT

ÉG

IAS

As pesquisas contradizem a crençados executivos e donos deempresa de que consumidorsatisfeito é sinônimo deconsumidor fiel.

MA

RK

ET

ING O mito do

clientesatisfeito

O site Google, de buscas na Web,tornou-se tão popular que o nome daempresa passou a ser usado comoverbo, adjetivo e até substantivo.

Você já“googlou”hoje?

50

EM

PR

ES

AS

Um bom plano denegócios é semprebem-vindo. Mas épreciso saber omomento de mudar ojogo e adotar novasestratégias, mesmoque não estejamprevistas no plano.

42SU

PERS

TO

CK

48

48

49GUIA DO EMPREENDEDOR 69

Produtos e Serviços ................... 56

Do Lado da Lei ........................... 58

Leitura ........................................ 60

Análise Setorial ......................... 64

Indicadores ................................. 65

Agenda ....................................... 66

55

Estratégia

SUPE

RST

OC

K

Page 6: Empreendedor 102

Cartas

66666Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

do Editor

araná, Santa Catarina e Rio Grandedo Sul, historicamente, são estados

cujo desenvolvimento socioeconômico é ci-tado como exemplo a ser seguido. E muitosapontam o fato de a região Sul ter servidode berço para algumas das maiores e maisrepresentativas empresas do Brasil como umdos fatores que colocam os três estados numpatamar acima dos demais.

Essa boa fama, porém, não impede queparanaenses, catarinenses e gaúchos afrou-xem seu ímpeto empreendedor (herança doscolonizadores europeus). Muito menos ser-ve de desculpa para deixar de investir nodesenvolvimento de novos negócios, no in-centivo aos jovens empreendedores e noapoio ao crescimento de micro e peque-nas empresas.

É por conta desse pensamentoa favor do desenvolvimento que aEmpreendedor ouviu os três gover-nadores (todos do mesmo partido, oPMDB) e importantes liderançasempresariais do Sul, para deci-frar qual a atual política eco-nômica para a região. As-sim, o leitor, ao final dareportagem, ficarácerto de que os dis-cursos de Roberto Re-quião (PR), Luiz Henrique daSilveira (SC) e Germano Rigotto(RS) estão afinados, todos no mesmo“tom” em nome do desenvolvimento.Confira a partir da página 20.

E não deixe de acompanhar tambéma matéria especial publicada a partir da pá-gina 42. É a primeira parte de uma reporta-gem que pretende discutir como as empre-sas administram seu plano de negócios e suasestratégias de ação. Nesta edição, aborda-mos a questão da flexibilidade do plano denegócios. E na próxima edição apresentare-mos as ferramentas estratégicas mais ade-quadas para empreendedores, além de mos-trar também dicas para formalizar metas eobjetivos do seu negócio.

Boa leitura.

P Público jovemVejo que a Empreendedor dá

bastante espaço para os jovens em-preendedores. Mas quero sugerirque vocês preparem uma matériasobre negócios para o público jo-vem. Há algum tempo venho ob-servando que esse é um mercadomuito forte e que talvez tenha es-paço para novos negócios.

Sílvio FernandesSão Paulo – SP

Sílvio,Sua pauta é muito interesse e já

está anotada. Só gostaríamosde lembrar que na edi-

ção nº 100 da Em-preendedor (de

fevereiro desteano) publicamosuma reportagemsobre o “territó-

rio” de atuaçãodos jovens empre-endedores e lámostramos que

eles estão investindoem outros negócios

que não apenas os daárea tecnológica. E nessas

novas áreas estão algumasem que os próprios jovens são

o público-alvo. Confira no Site doEmpreendedor(www.empreendedor.com.br).

FeirasQuero saber se vocês já publi-

caram alguma reportagem especí-fica sobre as principais feiras denegócios que acontecem no Brasil.

Cristiane GonzagaSão José – SC

Cristiane,Já publicamos algumas reportagens

nessa linha, mas em breve retomare-mos o assunto, dessa vez sob o enfo-que proposto por você. Aguarde.

MarketingSou estudante de Administra-

ção e acompanho a Empreende-dor com bastante interesse, es-pecialmente quando são aborda-dos temas relacionados a marke-ting. Gostaria de sugerir que vo-cês criassem uma seção só parafalar sobre marketing. Seria degrande utilidade para nós, estu-dantes.

Sérgio GonçalvesUberlândia – MG

Sérgio,Gostamos de sua sugestão e

esperamos que brevemente possa-mos criar um espaço especial sobremarketing. Aguarde.

AutomaçãoLi e achei bem interessante a

reportagem de capa da edição demarço sobre automação comer-cial. Não é de hoje que essa dis-cussão está em voga, mas é sem-pre bom ler reportagens como ada Empreendedor, que ajudama esclarecer melhor o que umaempresa ganha ao investir na au-tomação de seu atendimento e desua gestão.

Francine de SouzaSão Paulo – SP

CosméticosGostei muito da matéria so-

bre o sucesso que a indústria dabeleza vem alcançando. Mas gos-taria de ver publicada uma repor-tagem sobre a venda porta-a-por-ta de produtos de higiene pesso-al, perfumaria e cosméticos.

Fernanda de FariaSão Paulo – SP

Fernanda,Obrigado pelo elogio. Anotamos

sua sugestão para uma futura pauta.

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril77777

2003

AssinaturasPara assinar a revista Empreendedor ousolicitar os serviços ao assinante, ligue0800 48 0004. O valor da assinatura anual(12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveitea promoção especial e receba um desconto de16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à suadisposição de segunda a sexta-feira, das8 às 18h30min. Se preferir, faça suasolicitação de assinatura pela internet.O endereço é www.empreendedor.com.br oupelo e-mail [email protected].

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de EmpreendedorparaEmpreendedor

TurismoQuero sugerir a vocês uma repor-

tagem sobre negócios de turismo noBrasil. Tenho curiosidade de sabercomo o governo Lula pretende enca-minhar os investimentos nessa área,além, é claro, dos novos segmentos queestão surgindo como boas oportunida-

des para os empreende-dores do setor.

Francisco AlbuquerqueIlhéus – BA

FranquiaTotal

Parabéns a todos darevista Empreende-dor pelo suplementoFranquia Total. Acom-

panho todos os meses e fico sempremuito satisfeito com as notícias e comas reportagens produzidas por vocês.Acreditem que o que é publicado noFranquia Total tem me ajudado muitoa conhecer melhor o mercado defranchising brasileiro, no qual esperoatuar tão logo conclua meus estudos.

João Eduardo Lemos de FariaRibeirão Preto – SP

CEDOCO Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedordisponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso bancode dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta,pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail([email protected]).

CARTAS PARA A REDAÇÃOCorrespondências por e-mail devem ser enviadas [email protected], aos cuidados do editor AlexandreGonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônicocolocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seusrespectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome dacidade e o do estado de onde está escrevendo.

Comércio exteriorPrimeiramente gostaria de pa-

rabenizar-lhes por esta revista tãointeressante. Sou assinante daEmpreendedor e gostaria de sa-ber se já saiu alguma reportagemsobre o tema “O comércio exte-rior como alternativa dedesenvolvimento paramicros e pequenas em-presas” ou algo similar.Estou concluindo umtrabalho de monografianesse sentido e precisode mais material.

Izabel S. de MouraCriciúma – SC

Izabel,Ao longo das últimas

edições publicamosalgumas reportagens sobre o temaespecífico, mostrando exemplos deempresas e segmentos queprocuram alternativas para ampliarsua participação no mercadoexterno. Sugerimos que você acesseo Site do Empreendedor(www.empreendedor.com.br) eutilize o seu sistema de busca paralocalizar reportagens referentes aotema.

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1010101010Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

EntrEvistA

As condições atuais do trabalho noBrasil não valorizam, suficientemente, oser humano. É nisso que acredita Inge-borg Sell, pesquisadora e autora do li-vro Projeto do Trabalho Humano – Me-lhorando as condições de trabalho. Damesma forma, segundo ela, muitas em-presas não fornecem um ambiente detrabalho adequado, o que acaba por re-duzir a motivação dos trabalhadores econseqüentemente a produtividade. “Aempresa deve estar sempre melhorandoas condições de trabalho em um pro-cesso contínuo. E nesse processo devecolocar os trabalhadores para participar,que assim passam a ser colaboradorese não apenas empregados”, afirma.

Nesta entrevista, a pesquisadoramostra como é a realidade empresarialhoje em relação às condições de traba-lho, quais são os problemas mais gra-ves e de que forma é possível mudaressa realidade. Apresenta, ainda, umaproposta para uma política permanentede humanização do trabalho e como issopode resultar em ganhos na qualidadede vida e na produtividade. “É impor-tante que a empresa não só diga que otrabalhador é o bem maior, mas que defato faça do ser humano o bem maior.”

Empreendedor – Como é a realida-de empresarial hoje em relação àscondições de trabalho?

Ingeborg Sell – Com algumas ex-

ceções, há uma série de problemas rela-cionados com as condições de trabalhonas empresas. Investe-se muito poucoem termos de recurso e tempo para or-ganizar e planejar como o trabalho deveser realizado em uma companhia. As em-presas esperam um resultado qualitati-vo e quantitativo do trabalho das pesso-as, que essas cumpram um horário erealizem uma tarefa, mas pensam muitopouco nas condições emque elas trabalham.

Empreendedor – Quaissão os problemas maisgraves das condições detrabalho?

Ingeborg – Existemproblemas de ordem técni-ca, organizacional, e de fal-ta de informação e, tam-bém, de interesse. O primei-ro deles está relacionado principalmentecom agentes agressores como substân-cias tóxicas, calor e ruído, mas tambémposturas forçadas, movimentos repetidosmilhares de vezes e máquinas e instala-ções não seguras. Muitas empresas, porexemplo, não separam os ambientes ondesão gerados esses agentes, e todos ostrabalhadores ficam expostos e acabamsendo afetados. O problema de ordemorganizacional trata de planejamento: oque tem de ser feito na tarefa, como epor que tem de ser feito dessa forma e

quais as responsabilidades de cada tra-balhador. Tudo isso tem de ser planejadoe escrito para a própria segurança dele,dos colegas de trabalho e das instalações,para que o trabalhador possa conferir seestá trabalhando corretamente, e para quese atinja a qualidade almejada, e assim oscustos e as perdas de material, por exem-plo, fiquem sob controle. Na parte orga-nizacional também entram o uso de fer-

ramentas certas para executaras tarefas e em bom estado deconservação e de manutençãopara evitar riscos e desperdí-cios. Já o terceiro problema éo de know-how e de interesse.São as pessoas que de fato fa-zem acontecer e não as má-quinas. Se os trabalhadores ti-verem know-how e motivaçãoe, também, estiverem satisfei-tos, a empresa pode produzir

mais, com boa qualidade e com o míni-mo de desperdício, pois a qualificação éimprescindível para não se “matar as pe-ças”, como se diz no jargão da fábrica. Acompanhia pode ter as melhores máqui-nas, mas se não tiver pessoas competen-tes, qualificadas e motivadas, os resulta-dos ficam muito aquém do possível.

Empreendedor – Quais as princi-pais causas desses problemas?

Ingeborg – Uma grande causa é quea maioria das empresas nasceu peque-

com IngeborgSell

por F

ábio

May

er

A pesquisadora Ingeborg Sell acredita que as empresas têmvalorizado muito pouco seus colaboradores, sem se dar conta dosprejuízos que isso pode acarretar para o seu desempenho

Ser humanoem baixa

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril1111111111

2003

na e cresceu desordenadamente. Nesse crescimento desor-denado, sem planejamento, as condições de trabalho aca-bam sendo criadas meio que por acaso. Faltou criar umlayout em que se otimizassem os fluxos, os postos de tra-balho com espaços adequados para cada trabalhador, os fa-tores ambientais como iluminação e ventilação natural. Issoacaba gerando custos sem acrescentar valor ao produto.

Empreendedor – De que maneira é possível mudaressa realidade?

Ingeborg – A empresa deve começar evidentemente acumprir a legislação trabalhista e as normas regulamentado-ras do Ministério do Trabalho, que prescrevem as condiçõesmínimas necessárias para proteger o trabalhador das coisasmais graves em termos de saúde e de segurança e, por isso,estão passando por modificações e sendo modernizadas. Emalguns casos atender às normas significa dar um equipamen-to de proteção individual (EPI) – protetor de ouvido, óculosde segurança, avental, capacete – para o trabalhador. Já emoutros casos a companhia paga um adicional de insalubrida-de, que eu considero uma vergonha, porque isso é comprarpor uma ninharia a saúde do trabalhador. Em vez disso émuito mais sensato e inteligente a empresa fazer alteraçõesno ambiente de trabalho, agindo na fonte do agente agressor,por exemplo, do ruído, enclausurando compressores, moto-res. Esse é o segundo passo, melhorar as condições de traba-lho para evitar a agressão ao trabalhador. Em um terceiropasso, a empresa deve otimizar itens como iluminação, layoutdo posto trabalho e assentos para os que trabalham sentados.Não é necessário ser especializado em segurança ou em er-

Autora do livroProjeto do Trabalho

Humano – Melhorando ascondições de trabalho

[email protected]

“As empresas esperam umresultado qualitativo equantitativo do trabalhodas pessoas, mas pensammuito pouco nas condiçõesem que elas trabalham”

DIVULGAÇÃO

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1212121212Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

EntrEvistA

gonomia para saber que precisa fazeralguma coisa, porque, se o trabalhadordesempenha sua tarefa em um ambien-te sadio, confortável, onde há planeja-mento e organização, onde tudo está emordem e funciona, ele vai produzir maise o primeiro beneficiado é a empresa.

Empreendedor – E o que deve serfeito para reduzir os conflitos nas re-lações entre as pessoas no trabalho?

Ingeborg – Uma das coisas mais im-portantes é clareza e objetividade. O tra-balhador tem que saber detalhadamentequal é sua tarefa. Segundo item: ele pre-cisa ter uma avaliação periódica do de-sempenho, na qual o chefe ou o res-ponsável deve orientá-lo para executara função da forma mais adequada. Ou-tra coisa é não fomentar a competição,por exemplo, pagando apenas por quan-tidade. Se a empresa paga seus traba-lhadores pelo número de peças produzi-das, quem é mais ousado e faz em mai-or quantidade é o que leva o melhor sa-lário. E a qualidade, onde fica? E seráque esse trabalhador mais rápido não estáinfringindo normas de segurança, o quepode levar a acidentes graves? SegundoDeming (especialista em qualidade), essaé uma doença mortal para a qualidade, eeu digo, também, da motivação. Comisso pode-se estar estimulando a má qua-lidade e desmotivando outros trabalha-dores que fazem um trabalho de melhorqualidade só que em menor quantidade.

Empreendedor – De que forma ahumanização do trabalho resultaem ganhos na qualidade de vida ena produtividade?

Ingeborg – Nós ficamos pelo me-nos um terço do dia em nosso trabalho.Se contar o caminho de ida e de volta,translado, é mais do que um terço.Como é que a gente vai falar em quali-dade de vida se não tiver qualidade devida no ambiente de trabalho? É lá que agente vive. Então, a humanização do tra-balho é fundamental. Também porqueas pessoas se identificam com suas pro-fissões, com aquilo que elas fazem. Sea pessoa gostar do que faz, trabalha me-lhor, sente-se melhor e a empresa ga-nha em qualidade e produtividade.

Empreendedor – Mas a senhoratambém cita em seu livro que so-mente gostar do trabalho não bas-ta. É preciso que a empresa criecondições para que o trabalhadorexecute o trabalho de uma formaadequada.

Ingeborg – Exatamente, a gente sótrabalha bem com o coração. Mas paraque alguém trabalhe com o coração,deve não só gostar daquilo que faz, mastambém trabalhar em um ambienteagradável. A empresa, a tarefa, o am-biente, as relações entre as pessoas,tudo isso contribui para esse “trabalharcom o coração” ou não.

Empreendedor – Quais são as ca-pacidades, as habilidades e tambémas limitações das pessoas que pre-cisam ser respeitadas para que otrabalho seja humanizado e o sis-tema de trabalho eficaz?

Ingeborg – As nossas capacidadese habilidades são limitadas. Ninguémsabe tudo e ninguém é capaz de tudo.No geral, todos temos limitações por-que nós não conseguimos captar todasas informações que estão ao nosso re-dor. Os nossos órgãos dos sentidos ecapacidades de movimentos são limi-tados. Essas são limitações que preci-

sam ser respeitadas. Com a idade es-sas limitações vão aumentando. A for-ça física, a acuidade visual e a auditivadiminuem; por outro lado, a experiên-cia aumenta. Se um novato fica muitomais ansioso na hora de executar umatarefa, o mais experiente, mesmo pre-cisando de óculos, vai ter maior tran-qüilidade e autoconfiança.

Empreendedor – A senhora escre-ve em seu livro que a palavra tra-balho é uma antiga expressão quesignifica instrumento de tortura.Na sua opinião, qual o sentido dotrabalho atualmente?

Ingeborg – Existe uma pequenaconfusão em relação à palavra traba-lho. A palavra trabalho vem do latimtripalium e significa instrumento detortura. Essa conotação vem de cultu-ras antigas em que servos e escravostrabalhavam, e os nobres não. Esse nãoé o sentido atual do trabalho. O traba-lho faz parte da nossa vida, dignifica eengrandece o ser humano. Ele não podegerar agressões físicas ou psicológi-cas e, também, deve trazer satisfaçãoe fomentar o desenvolvimento do indi-víduo. Com isso, o trabalho passa a terconotação com realização pessoal, umdos sentidos que os gregos antigos jálhe atribuíam.

Empreendedor – Para encerrar, nasua avaliação, quais são as perspec-tivas do trabalho?

Ingeborg – Há uma demanda tãogrande de pessoas procurando empre-go que nosso índice de desemprego vaiinevitavelmente crescer e, ainda, vaicrescer durante muito tempo. Estamosapenas defasados em relação a outrospaíses, em termos de tempo. Outro fa-tor preocupante é que, hoje, a tecnolo-gia exige cada vez mais trabalhadoresqualificados em menor número. Comoo país vai capacitar essas pessoas sehá muito tempo está patinando para al-fabetizá-las? Esse é o grande desafiopara o Brasil nessa área.

“Se a pessoagostar do quefaz, trabalhamelhor, sente-semelhor e aempresa ganha emqualidade eprodutividade”

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril1313131313

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2003

“““““Jamais aprendJamais aprendJamais aprendJamais aprendJamais aprenda com osa com osa com osa com osa com ospróprios erros. Aprendapróprios erros. Aprendapróprios erros. Aprendapróprios erros. Aprendapróprios erros. Aprenda

com os erros dos outros”com os erros dos outros”com os erros dos outros”com os erros dos outros”com os erros dos outros”(Henrique Meirelles, presidente do Banco Central(Henrique Meirelles, presidente do Banco Central(Henrique Meirelles, presidente do Banco Central(Henrique Meirelles, presidente do Banco Central(Henrique Meirelles, presidente do Banco Central)))))

Serviço ampliado

.comDominioCristiana Parada

Karsten S.A.Carlos Odebrecht

Lucros da exportaçãoEm 2002, quando completou 120

anos de fundação, a Karsten S.A. al-cançou um excelente resultado finan-ceiro, com faturamento bruto de R$252,2 milhões, o que representa umacréscimo de 24% em relação ao anoanterior. As vendas no exterior foramde R$ 133,5 milhões e o lucro líquidode R$ 17 milhões. Segundo CarlosOdebrecht, diretor-presidente da em-presa, os resultados positivos devem-se à concentração das vendas nos

A partir de uma fusão, a RegistroBrasil, agência de registros e gerenci-amento de nomes de domínios para a

internet, passa aser a divisão deserviços de re-servas de domí-nios e certifica-dos digitais da.comDominio,administradorade Data Centersdo grupo JPMorgan e Voto-rantim Ventures.A união vai ex-pandir a atuação

em serviços on-line da .comDominio,iniciada com a criação do Bighost,provedor de hospedagem de sites, lan-çado em outubro passado. A RegistroBrasil, por outro lado, passa a contarcom toda a infra-estrutura operacio-nal da .comDominio, tais como a am-pliação de links redundantes e maiorsegurança física e lógica.

Pioneira no segmento de domíniosno Brasil, a empresa atua também emdiversos países, através de parceriasinternacionais, como a que existe coma Register.com. O grande benefíciopara o usuário é que ele pode pagarem reais por domínios internacionaiscomo o .tv e os novos .biz e .info,além dos tradicionais .com, .net,.com.br. “A principal diferença é que oatendimento aos clientes será gerenci-ado dentro da .comDominio, o que re-sultará em maior conforto aos nossosclientes”, diz Cristiana Parada, vice-presidente da Registro Brasil.www.comdominio.com.br

principais mercados mundiais, comoEstados Unidos, Europa e Brasil, au-mentando assim a competitividade e arentabilidade. A desvalorização do realdiante o dólar teve forte influência.

Como tradicional exportadora, em2002, a Karsten teve um acréscimode 26,4% nas exportações, sendo fa-vorecida pela valorização cambial.Mas, como nos anos anteriores, asvendas no exterior continuam repre-sentando cerca da metade do fatu-

ramento. Após o fechamen-to da filial na Argentina, aKarsten reestruturou seusnegócios na Europa, desa-tivando o depósito de Düs-seldorf, na Alemanha, alémde reduzir a estrutura admi-nistrativa, para uma filial devendas na cidade alemã deKrefeld. Com isso a empre-sa melhorou o atendimentode vendas diretas, recupe-rou clientes e ampliou a par-ticipação no mercado.(47) 340-0152

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BRASIL CACHAÇA

Primeiro grande evento do setor, aBrasil Cachaça, que vai acontecer en-tre 23 e 26 de abril no Expo Barra Fun-da, em São Paulo, reunirá cerca de 200expositores de 17 estados brasileiros,somando 400 marcas. O setor produz,hoje, 1,3 bilhão de litros de cachaça, oque gera um faturamento de US$ 500milhões.

A feira reunirá expositores de equi-pamentos, tecnologia e serviços volta-dos para o setor. A exposição contarácom uma fábrica de cachaça de quali-

dade em funcionamento, armazém, pra-ça de alimentação, cursos de degusta-ção, palestras técnicas e apresentaçõessobre gastronomia, cultura e turismoem cada região produtora de cachaça.

A feira é organizada pela FederaçãoNacional das Associações de Produto-res de Cachaça de Alambique (Fenaca),com o apoio da Associação Brasileirade Bebidas (Abrabe), através do Pro-grama Brasileiro de Desenvolvimentoda Cachaça e da Agência de Promoçãode Exportações (Apex-Brasil).

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1515151515 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003“Um chefe deve ser mais c“Um chefe deve ser mais c“Um chefe deve ser mais c“Um chefe deve ser mais c“Um chefe deve ser mais caaaaatólicotólicotólicotólicotólico

que o Pque o Pque o Pque o Pque o Papapapapapa – e tão limpo qua – e tão limpo qua – e tão limpo qua – e tão limpo qua – e tão limpo quantoantoantoantoantoum dente de cão de caça”um dente de cão de caça”um dente de cão de caça”um dente de cão de caça”um dente de cão de caça”

(Robert Mcnamara(Robert Mcnamara(Robert Mcnamara(Robert Mcnamara(Robert Mcnamara)))))

BIOENERGIA

Por meio de um contrato entre a Ko-blitz e a Tractebel Energia, empresaprivada belga que tem realizado inves-timentos em energia elétrica no terri-tório brasileiro, está sendo instalada nomunicípio de Lages (SC) a maior cen-tral termelétrica independente do paísutilizando biomassa como combustível.Prevista para entrar em pré-operaçãoainda este ano, a central terá uma po-tência instalada de 28 MW, energia su-ficiente para abastecer uma cidade com178 mil residências.

O resíduo de madeira da região deLages (SC) será a matéria-prima uti-lizada como combustível no proces-so de geração de energia elétrica. Jáestá instalada uma caldeira com ca-pacidade de produzir 120 t/h de va-por a 65 bar, 480ºC. A central deveentrar em pleno funcionamento emfevereiro de 2004, disponibilizandoa energia elétrica no sistema em 138kV através de uma subestação eleva-dora 13,8-138 kV.www.tractebelenergia.com.br

Raul Nogueira Filho

Contato Brasil

A Contato Brasil, em-presa especializada emoutdoor e mídia exterior,detém 28,67% dos40.862 quadros de out-door instalados em todoo Brasil, segundo infor-mações da Central doOutdoor. Fundada porRaul Nogueira Filho eJosé Eduardo Moysés, aContato é uma empresacom 25 anos de atuaçãono meio publicitário. Deacordo com José Eduar-do Moysés, diretor da empresa, novosnegócios em segmentos promissores,como o de mobiliário urbano e painéisluminosos, garantirão um aumento da re-ceita entre 10% e 12% para este ano.“Criamos uma gerência específica paraadministrar a representação comercial demobiliário urbano e vamos ampliar nossaparticipação no setor de painéis frontlight e painéis rodoviários, principalmenteno interior paulista”, informa o diretor.

A Focus Soluções de Mídia Exterior,

Outdoor em expansão

FanfarraCarioca

Licença paraexpansão

Loly Nunes

empresa representadacomercialmente pelaContato Brasil, e naqual os sócios da Con-tato Brasil têm partici-pação, está construin-do uma filial na cidadede Jundiaí, o que am-pliará e facilitará suaoperação no interior doestado de São Paulo.Toda a estruturação danova filial da Focus de-manda um investimen-to de R$ 400 mil. O es-

tado do Paraná é outro foco de investi-mento da Focus, onde a empresa acabade adquirir a Propaga, que possui em tor-no de 140 quadros na Grande Londrina.O investimento nesse negócio foi de R$1 milhão, com previsão de gastos para areestruturação de mais R$ 500 mil. Aaquisição propiciará, segundo os empre-endedores, mais participação da Contatono mercado paranaense, importante pordeter praças significativas como Curitibae Foz do Iguaçu. (11) 3673-7270

A atriz, consultora e produtorateatral Loly Nunes, sócia-diretorada Fanfarra Carioca, com 26 anosde experiência no mercado artísti-co e cultural brasileiro, usou técni-cas e métodos teatrais contempo-râneos para a criação de um proje-to que pretende inserir a arte nasempresas. O projeto Fênix sugereum renascimento das pessoas parauma vida com mais qualidade e si-nergia, assim como um ambientede trabalho mais saudável e felizpara empresas. “Com o ProjetoFênix, criamos um estado de ex-pectativa constante através do jogode sensações, da descoberta denovas emoções, onde tudo é im-previsível, onde tudo pode se trans-formar o tempo todo, principal-mente o ser humano”, define a atrize empreendedora.

Segundo Loly Nunes, todas asiniciativas empreendidas por suaempresa estão calcadas em uma fi-losofia de trabalho que busca as-sociar a arte à vida. “Em temposde pós-modernidade, os desafiossão apresentados diariamente àsempresas que enfrentam a compe-tição, o desemprego, a solidão, anecessidade de adaptação frente àsmudanças e a velocidade da infor-mação e do conhecimento”, diz. AFanfarra vem desenvolvendo jun-to às empresas diversas dinâmicas,cursos, treinamentos, dramatiza-ções, espetáculos temáticos e pa-lestras.

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Guerra pelo social

Jovem S.A.por Lúcio Lambranho [email protected]

Para começar nosso giro pelaAmérica Latina e contar histórias dejovens empreendedores, publicamosnesta edição uma entrevista com Ju-lian Andres Castiblanco Herrera, umjovem de apenas 22 anos que não seabateu com as dificuldades da Co-lômbia, país mergulhado em umasérie de guerras civis desde 1899.Mesmo diante de todos esses pro-blemas, o envolvimento de Castiblan-co com o empreendedorismo come-çou há cinco anos, quando foi con-vidado para participar do CongressoNacional de Jovens Exportadores,evento organizado pelo Ministério deComércio Exterior.

“Nesse momento recebi as ferra-mentas para levar minhas idéias em-preendedoras adiante e contribuircom o desenvolvimento do meupaís”, explica. Ainda como estudan-te do oitavo semestre de Engenhariade Mercados na Universidade Pilotode Colombia, ele fundou, junto comoutros três jovens (Alexander Ola-ve, Maria Claudia Gonzales e Willi-am Herrera), a Associação Identida-de Nacional Colombia e a Associa-ção Colombiana de Jovens Empre-sários Exportadores. Nas duas enti-dades, o jovens empreendedores daColômbia participam de eventos téc-nicos para o fomento do empreen-dedorismo e de responsabilidade so-cial em um país marcado pela lutacontra o narcotráfico.

Existem mercados ou segmen-tos de mercados em que os jovensempreendedores estão em maiornúmero na Colômbia?

Julian Castiblanco – Os jovensemprendedores na Colômbia estãoconcentrados nas principais cidades

do país como Bogotá, Medellin eCali. Os negócios mais desenvolvi-dos pelos jovens estão concentradosno setor de serviços como publici-dade, desenho industrial e informá-tica, além da produção de alimentose confecções.

Quais são as principais dificul-dades que os jovens colombianosencontram quando criam ou de-senvolvem uma empresa?

Castiblanco – As primeiras difi-culdades são falta de capital, alta tri-butação e carência de incentivos fis-cais e de treinamento. Dependendo dosetor é bom ter iniciativa, mas sem-pre digo que experiências não se im-provisam. Mesmo assim, o valoragregado de um jovem são as idéiasnovas e, com a ajuda da internet, te-mos demostrado muita criatividade ecapacidade para vender.

Então os negócios da área detecnologia são mais atrativos paraos jovens no seu país?

Castiblanco – Não garanto queseja a primeira opção dos jovens, masé muito significativo na Colômbia,pois o país é um grande produtor desoftware na América Latina, e as prin-cipais empresas são controladas porjovens. Essa mesmas empresas cri-am e desenvolvem aplicativos parabancos que são reconhecidos em ní-vel mundial. Isso pelo alto nível detecnologia e grande capacidade de se-gurança que criam para os usuários.

Na Colômbia os jovens empre-endem mais por necessidade ou op-ção?

Castiblanco – Não podemos es-quecer que nosso país tem um alto

País: ColômbiaPrincipais cidades: Bogotá,Medellin e CaliSetores mais desenvolvidos porjovens empreendedores: serviços(publicidade, desenho industrial,informática), produção dealimentos e confecções

grau de desemprego como os outrospaíses da região e isso contribui paraa criação de empresas. Mas se o jo-vem não tem como pagar uma uni-versidade e quer ser empreendedorpode fazer cursos livres ou despertaro espírito empreendedor desde a es-cola secundária, sem se esquecer daparte científica da administração e dagestão de uma empresa. Em espanholdizemos: “El emprendedor nace o sehace”.

NA PRÓXIMA EDIÇÃO

Conheça o trabalho da Associaçãodos Jovens Empresários do Peru(AJEP), criada em 2001. E leia umaentrevista sobre empreendedoris-mo nesse país andino com José LuisAltamiza Nieto, presidente e funda-dor da AJEP, e Roxana Vásquez Bo-canegra, vice-presidente da Associ-ação.

Julian AndresCastiblanco HerreraCalle 45 # 38A – 16 Interior6 Apartamento 203, Bogotá,ColômbiaTel: 571+3154317/[email protected]

1616161616Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

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Sangue novo no Supply ChainQuatro empreendedores, com experiência internacional em consulto-

ria e soluções em Supply Chain Management, criaram a Streamline Solu-tions, em Campinas (SP). Com clientes na Coréia e filial em Dallas, nosEstados Unidos, a empresa tem como objetivo gerir soluções e aplicativospara gerenciamento da cadeia de suprimentos. Inaugurada em maio de2002, a empresa tem seu foco nos aplicativos de softwares para a indús-tria em geral. “O mercado de apli-cativos de software para gerenci-amento de cadeias de suprimen-tos é praticamente inexplorado noBrasil e carece de ferramentas maissofisticadas que façam jus à im-portância estratégica e tática queo planejamento operacional re-quer”, afirma Maxwell Orlandi,presidente da Streamline Solutions.

Segundo Orlandi, os softwa-res atualmente disponíveis nomercado são complexos, de di-fícil implementação, requerem al-tos investimentos para implanta-ção e estão fora da realidade damaioria das empresas do merca-do nacional. Dois fatores funda-mentais para o sucesso da em-presa, acreditam os empreende-dores, além do domínio tecnoló-gico e do conhecimento do mer-cado brasileiro, são a proximida-de com o cliente e a abertura parao desenvolvimento de upgradese melhorias de acordo com as no-vas necessidades do negócio.(19) 3253-1433

Educação à distância Estudantes de Engenharia, Arqui-

tetura e Computação da Universidade Fe-deral de Santa Catarina (UFSC) e de di-versos cursos da Universidade de Lima,Peru, poderão fazer o curso de Plano deNegócios à distância a partir da segundaquinzena de abril. O treinamento é realiza-do em ambiente on-line desenvolvidos peloLaboratório de Ensino a Distância (LED)da UFSC e faz parte do projeto Engenhei-ro Empreendedor, criado pelo Centro Tec-nológico dessa universidade com apoio daFundação de Ensino de Engenharia de San-ta Catarina (Feesc).

No final do curso, depois de terem au-las de Empreendedorismo, Visão Empre-endedora e Plano de Negócios, os alunosdevem apresentar uma proposta de planode negócio simplificada para um produtoou serviço. “Nos tempos atuais é impor-tante que os alunos saibam que não have-rá empregos prontos à sua espera. Porisso, entre outras coisas, é preciso que elesestejam preparados para atuar como em-preendedores, enfrentar e vencer desafi-os”, diz o professor Ariovaldo Bolzan, di-retor do Centro Tecnológico e coordena-dor-geral do projeto Engenheiro Empre-endedor.

Na última edição do curso, em 2001,foram apresentados planos de negócios quesugeriram o desenvolvimento de uma em-presa de consultoria de carros de competi-ção, uma empresa de refrigeração de pe-queno porte para atender pequenos frigorí-ficos e supermercados, uma microcerve-jaria artesanal e uma processadora de ali-mentos orgânicos. Os melhores trabalhosforam premiados com um gravador de CDe dicionários eletrônicos. O projeto já reali-za há cinco anos trabalhos com o objetivode estimular o empreendedorismo entre osuniversitários, principalmente na área tec-nológica. Ao todo, segundo os coordena-dores do projeto, cerca de 2 mil estudantesda UFSC e de outras universidades brasi-leiras, além da instituição boliviana Univre-sidad Mayor de San Simon, já participaramdos cursos oferecidos. Neste ano, a expe-riência internacional acontece com a Uni-versidade de Lima, no Peru.www.ctc.ufsc.br/empreendedor

1717171717 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003POSTAL (À ESQUERDA) E ORLANDI APOSTAM EM SOFTWARES DE LOGÍSTICA

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Maxwell Orlandi (35 anos), Hen-rique Postal (33), Pedro Sérgio deSouza (38) e Eduardo Yokoyama(31) têm grande experiência na áreade Supply Chain Management emgrandes corporações tais como IBMe i2 Technologies, e possuem diplo-mas das melhores universidades detecnologia do Brasil. A paixão porinovação tecnológica e novos desa-fios os motivou a criar sua própriaempresa de serviços orientados parasistemas de Supply Chain Manage-ment.

Os empreendedores

O primeiro aplicativo ofertadopela Streamline é o StreamPlan – soft-ware de planejamento operacionalque atua tanto na preparação quan-to na execução da cadeia de supri-mentos, baseando-se na disponibili-dade corrente de recursos e mate-riais com a finalidade de harmoni-zar os objetivos estratégicos do ne-gócio com o processo produtivo.

O produto

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1818181818Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial(11) 3873-1953 • www.cempre.net • [email protected]

2003

por Roberto Adami TranjanNão Durmano Ponto

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A dor e a delícia das diferençasada um sabe a dor e a delíciade ser o que é”, sábio verso deuma das canções de Caetano

Veloso e também uma apologia às di-ferenças. As empresas mudam e ino-vam graças a essas diferenças, às ve-zes inspiradoras, quase sempre confli-tuosas. E aí está o problema: paraevitar conflitos, acabamos abrin-do mão, muitas vezes, do poder eda força das diferenças.

Dizer que as pessoas são di-ferentes entre si talvez seja re-conhecer o óbvio, mas este ób-vio é esquecido com muita fre-qüência. Muitos líderes preferemlimitar as pessoas em seus de-partamentos, cargos e funçõespara que os pensamentos delasnão atrapalhem o seu jeito de pen-sar. É claro que a vida parece fi-car mais simples quando, de al-guma forma, amordaçamos asinteligências das pessoas. Mas osprejuízos são enormes.

Administrar, para alguns líde-res, é dar cabo das diferenças.Não fazem outra coisa a não serpolir as arestas e cercear os âni-mos. Mas as empresas pagam umpreço caro por isso: o de repetir-se acada dia, com os resultados cada vezmais diminutos e com os clientes cadavez mais infiéis.

É claro que é mais fácil lideraruma equipe constituída de vaquinhasde presépio, coroinhas programadosou guarda-costas obedientes. Acon-tece que o cliente não é mais con-descendente com esses tipos de em-presas. As exigências são muitas e acada dia mais desafiadoras. É preci-

“Dizer queas pessoas

são diferentesentre si talvezseja reconhecero óbvio, maseste óbvioé esquecidocom muitafreqüência”

C so juntar as diferenças em torno deuma causa comum para obter os me-lhores resultados.

Aí está um dos principais desafiosdos grandes líderes: saber lidar positi-vamente com as diferenças! E quaissão elas?

Diferentes estilosAlguns são bons de iniciativa mas

com dificuldades para levar até o finalos seus projetos. Outros têm dificul-dades em dar o pontapé inicial mas sãodisciplinados e perseverantes em levarao término as suas obras.

Alguns são dados ao pioneirismo,conseguem ver além do óbvio: são osempreendedores. Capazes de transfor-mar oportunidades em idéias geniaismas, na maior parte das vezes, incapa-

zes de transformar as idéias geniais emnegócios lucrativos. A não ser que pe-çam ajuda aos organizadores, capazesde transformar a boa idéia em proces-sos de trabalho rentáveis.

Outros são direcionados, compe-titivos, rápidos, incansáveis, obstina-

dos até. Colocam os objetivos emetas acima de qualquer outra coi-sa e não sossegam enquanto nãoos atingem. São implacáveis sa-murais de empresas e não desani-mam com facilidade. Mas podemdespender esforços a esmo, nãofosse o foco estratégico percebi-do pelo empreendedor; podemgastar energia em vão, não fossea capacidade de gestão de recur-sos do organizador.

Há também o catalisador, ca-paz de juntar esforços, energias etalentos em prol de um objetivo co-mum. O seu talento de líder fazcom que seja capaz de conduzirpessoas para onde elas desejam ir.Sabe constituir e desenvolver equi-pes. Mas também necessita do focodo empreendedor, da pujança dolutador, da gestão do organizador.

Qual é o melhor estilo? Todos, quan-do em uma relação de interdependên-cia e de auto-reforço. Para conseguiros melhores resultados, uma empresanecessita de todos os estilos acima in-teragindo de maneira produtiva.

Diferentes inteligênciasHá poucos anos, pesquisadores de

Harvard, comandados por HowardGardner, descobriram a existência dediversas “inteligências”, além daquelasmais conhecidas e valorizadas pelas

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escolas e empresas, quais sejam: lógi-co-matemática (para tratar de proble-mas lógicos, cálculo e números) e lin-güística (expressão verbal e escrita).

Outras, menos cotadas, são tãoimportantes quanto aquelas: espacial(percepção de grandeza e de espaço),físico-cinestésica (lidar com movi-mento e expressão corporal), musical(interpretar e expressar-se através damúsica), naturalista (lidar com plan-tas e animais), pictográfica (capaci-dade de comunicação através do tra-ço e do desenho), interpessoal (capa-cidade de relacionamento com os ou-tros), intrapessoal (capacidade deauto-conhecer-se), dentre outras inte-ligências, ainda em estudo.

A combinação entre os vários ti-pos de inteligências nos torna únicose, portanto, com uma capacidade ím-par para solucionar problemas. Olhan-do por esse ângulo, podemos dizerque, quando as diferenças entre aspessoas são valorizadas e até enalte-cidas, ampliam-se consideravelmenteas possibilidades na resolução dos pro-blemas em uma empresa.

Diferentes valoresSomos governados por nossos va-

lores. São eles que melhor traduzem osnossos pensamentos e sentimentos e,portanto, demonstram as nossas dife-renças em um nível mais profundo. Asdiferenças de valores explicam, portan-to, as principais razões dos conflitosentre as pessoas. É por isso que mui-tos conflitos não são resolvidos ape-nas no nível da comunicação e do rela-cionamento. É preciso ir mais fundo, épreciso conhecer os valores que go-

vernam os nossos comportamentos.As escalas diferenciadas de valores,

de pessoa para pessoa, fazem com queas relações humanas sejam ainda maiscomplicadas. Enquanto alguns valori-zam a tradição, a segurança, a saúde, afamília, outros preferem a aventura, acoragem, o conhecimento e o cresci-mento pessoal. Justiça, honestidade eperdão para alguns; desafio, criativida-de e crescimento espiritual para outros.Alguns valores são mais materiais (sta-tus, dinheiro, posição social, posses),outros mais espirituais (amor, bonda-de, tolerância); alguns são mais egoís-tas, outros mais altruístas.

O fato é que todos querem viveros seus valores. Qual o risco de umaempresa em que as pessoas não po-dem viver os próprios valores? O ris-co da anomia, da falta de entusiasmo,da alienação. Os valores são as princi-pais forças motivadoras das pessoas,e sem elas restam o desânimo e o bai-xo nível de comprometimento. Osbons líderes sabem disso e sabem tam-bém compatibilizar os valores pesso-ais com os valores organizacionais.Está aí a chance do líder em criar umacausa comum, conforme citada naprimeira parte desse artigo.

Santa diferença!É papel da liderança apreciar, valo-

rizar e saber tirar proveito das diferen-ças. Reconhecer as diferenças comobenéficas e enxergar todas as pessoascomo úteis e produtivas em algum lu-gar e de alguma forma.

Não é tornando as pessoas seme-lhantes que se constrói a grandeza davida, mas enaltecendo as diferenças.

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há mais de 20 anos no contenciosoe, afinada com a evolução da

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consultoria, evitando o litígio, como foco para a solução amigável de

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2020202020Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

(Capa(Capa

O tom dotomdesenvolvimento

2020202020Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril2121212121

2003

Apoio a novos negóciose adoção de estratégiasem conjunto na captaçãode recursos fazem partedo discurso afinado queos três governadores daregião Sul pretendemcolocar em práticaem seus estados

por Fábio Mayerfotos Lauro Maeda

Os governadores dos estados da re-gião Sul, Germano Rigotto (Rio Gran-de do Sul), Luiz Henrique da Silveira(Santa Catarina) e Roberto Requião(Paraná), têm mais em comumdo que apenas fazerem partedo mesmo partido, o PMDB.Além do apoio recíproco en-tre o presidente Luiz Inácio Lulada Silva e os três governadores, hátambém, nesses estados, uma políticade fomento ao empreendedorismo fun-damentada no desenvolvimento socio-econômico regional. Os três concor-dam que só através do incentivo a no-vos negócios é possível manter e gerarempregos, melhorar a distribuição derenda e aumentar a inclusão e a mobili-dade social. Isso significa resgatar aconfiança da população e valorizar o serhumano, para participar mais ativamen-te na comunidade, primeiro passo parao desenvolvimento de um município,estado ou nação.

A premissa é que cada municípioproduza impactos na economia de suasregiões, contagiando as cidades vizi-nhas, depois o estado e, por fim, todoo país. Dentro dessa lógica, o governogaúcho está articulando formas de in-centivar o empreendedorismo. “O es-

Jovens Empreendedores, programa que vaiincentivar e financiar a iniciativa de jovens quequeiram montar o próprio negócio. Irmão Mais Velho, programa de fomento aoempreendedorismo com foco em pessoas quepossuem mais de 40 anos. Programa de Distritos Industriais, com o objetivode estimular a industrialização em todo o Paraná,criando infra-estrutura e oferecendo serviços deorientação para atrair investidores.

Central de Empreendedorismo, programa queoferece cursos de atualização para jovens eadultos com o objetivo de formar novosempreendedores. Programa de Harmonização doDesenvolvimento Industrial do Rio Grande do Sul(Integrar/RS), que prevê incentivos fiscaisdiferenciados para investimentos em novosnegócios feitos em regiões menos favorecidas. Negociação de incentivos fiscais.

Pró-emprego, programa que vaiutilizar a contribuição do Simples(50% das micro e 20% daspequenas empresas) parafinanciar essas própriasempresas. Incubadoras denegócios, que visam aorientar os jovens pormeio de incubadorasinstaladas emuniversidades einstituições de ensinomédio e superior, dandocondições para que elespossam montar opróprio negócio. Ampliação dos prazos paraapuração e recolhimento doICMS, para facilitar as relaçõesentre fisco e contribuinte.

PARANÁ

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

AÇÕES EMPREENDEDORAS

PR

SC

RS

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2222222222Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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(Capatado só terá a ganhar com a melhoriade suas ações empreendedoras, bemcomo com aquelas que partirão das pes-soas”, avalia Germano Rigotto.

De acordo com Luiz Henrique daSilveira, essa política fará parte das pri-oridades do governo catarinense. “Va-mos visar ao desenvolvimento econô-mico, à geração de emprego e renda.Junto a isso, vamos bus-car também o desenvolvi-mento rural e pesqueiro,bem como o tecnológi-co”, expõe. Com isso,ele espera ampliar a atu-ação e a competitivida-de das empresas locali-zadas em Santa Catari-na e incentivar novosempreendimentos, principalmente emáreas que necessitam de maiores recur-sos financeiros, melhorando a infra-es-trutura e equilibrando o desempenho daeconomia em todo o estado.

De maneira semelhante, RobertoRequião coloca que é fundamental in-centivar novos negócios no Paraná paraque o desenvolvimento possa espalhar-se pelo estado, principalmente para re-giões que enfrentam um processo deestagnação econômica, melhorando as-sim o Índice de Desenvolvimento Hu-mano (IDH). O governador paranaen-se define que o estado hoje passa poruma grave situação social, na qual mui-tas pessoas vivem abaixo da linha dapobreza. “Temos a plena consciênciade que não sairemos dessa situação semo forte incentivo à produção, quer nocampo, quer nas cidades. E isso signi-fica incentivar quem queira abrir ou am-pliar o seu negócio e avançar na carrei-ra profissional”, afirma.

Dessa forma, a criação de empre-sas aproveitando-se das potencialida-des regionais amplia as oportunidadesde trabalho e renda, mesmo que aindamenores que as dos grandes centrosurbanos, para as pessoas que vivem naspequenas cidades do interior. De acor-do com o Serviço Brasileiro de Apoioàs Micro e Pequenas Empresas (Se-

brae), a criação de uma microempresaproporciona, em média, quatro novosempregos, e as pequenas e médias em-presas são responsáveis por 67% daoferta de emprego no Brasil. “É impor-tante que uma comunidade detenha nãoapenas os fatores de produção, comomatéria-prima, insumos e mão-de-obra.É imprescindível que detenha também

a vontade de empre-ender”, salienta Ri-

gotto.Dados do Sebrae

revelam que 2,7 mi-lhões de microempre-sas foram criadas nopaís somente na déca-

da de 90. O Brasil hojepossui o sétimo maior ín-

dice de empreendedorismo nomundo, de acordo com a pesquisa Glo-bal Entrepreneurship Monitor (GEM),realizada anualmente pela Babson Col-lege juntamente com a London Busi-ness School em 29 países. No entanto,o número de empresas e o desenvolvi-mento econômico do país só não sãomaiores devido à falta de confiança, deconhecimento e de preparo, o que ini-be o início das atividades e restringe aatuação de uma companhia.

Uma prova disso é que muitas pes-soas, antes de iniciar o empreendimen-to próprio, esperam que outras mon-tem o negócio primeiro para ter certe-za de que vai dar certo. A falta de es-clarecimento, juntamente com a faltade orientação empresarial, de uma ges-tão adequada e de competitividade, sãoresponsáveis por um problema aindamaior. O país possui um dos mais al-tos índices de mortalidade empresarial:a duração das companhias não passade três anos. Ou seja, não basta fomen-tar o empreendedorismo; é necessáriotambém proporcionar as condições ne-cessárias ao crescimento das empresascriadas.

A solução encontrada é a parceriacom instituições que forneçam orien-tação, preparando uma base para futu-ros empreendedores e minimizando a

mortalidade empresarial. Por isso, di-ferentes órgãos de governo buscam es-treitar suas relações, principalmente,com universidades e instituições de en-sino. De acordo com Rigotto, não bas-ta ter capital e vontade de investir, mastambém é preciso contar com as in-formações para que o empreendimen-to dê certo. “Acredito que é possívelum crescimento nas ações nesta área,formando uma nova safra de empre-endedores”, diz o governador gaúcho.

Seguindo a mesma meta, Luiz Hen-rique quer promover em seu governo aintegração dos órgãos estaduais comas universidades, setores produtivos econsumidores. Requião também citaque é importante a parceria não só comuniversidades, mas também com insti-tutos de ensino e pesquisa, entidadesde trabalhadores e empresariais. “Ameta é a formação de uma corrente deapoio, incentivo e treinamento aos quequeiram investir e ampliar os investi-mentos”, diz.

[Iniciativas]Além de incorporar conhecimentos

de gestão, garantir a sobrevivência nomercado também implica aumentar acompetitividade. Uma alternativa paraisso é o cluster, união principalmentede micro e pequenas empresas da mes-ma área de atuação, o que possibilitaampliar a força competitiva no merca-do. Outra barreira a ser ultrapassada éa da qualificação da mão-de-obra. “Es-taremos fortalecendo ações de qualifi-cação técnica e atualização profissio-nal, tendo por objetivo a implementa-ção de novas atividades empresariaisque ajudem a agregar valor ao que éproduzido no estado”, conta Rigotto.Garantir a capacitação do trabalhadortambém consta dos planos de governode Luiz Henrique e de Requião.

Nessa política de fomento ao em-preendedorismo adotada pelos gover-nos da região Sul diversos programase ações já estão em andamento. No casodo Rio Grande do Sul, um deles é aCentral de Empreendedorismo, criada

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RAIO X DA REGIÃO SUL

Regiões que enfrentam um processode estagnação econômica.

Falta de orientação empresarial, deuma gestão adequada, decompetitividade, de confiança, deconhecimento e de preparo.

Mortalidade empresarial.

Carga tributária elevada.

Região Sul 17,57 2° maior do país, após a região SudesteParaná 5,99 5o no ranking nacionalSanta Catarina 3,85 7o no ranking nacionalRio Grande do Sul 7,73 4o no ranking nacionalFonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Contas Nacionais, Contas Regionais do Brasil

PARANÁAgricultura: cana-de-açúcar, milho, soja, mandioca, trigo, batata-inglesa,feijão, aveia, arroz, algodão, cevada, laranja.Pecuária: aves, bovinos, suínos, ovinos, bubalinos.Mineração: água mineral, pedra britada, calcário, gás natural, petróleo,carvão, ouro.Indústria: agroindústria, de papel e celulose, fertilizantes.Extrativismo: erva-mate, pinhão, carvão vegetal, lenha, madeira,nó-de-pinho.

SANTA CATARINAAgricultura: milho, arroz, mandioca, cana-de-açúcar, soja, feijão, fumo,batata-inglesa, maçã, laranja, cebola, alho.Pecuária: aves, suínos, bovinos, ovinos, camarões, moluscos, peixes.Mineração: pedra britada, carvão, alumínio.Indústria: alimentícia, têxtil, mecânica, de vestuário, de calçados.Extrativismo: erva-mate, pinhão, lenha.

RIO GRANDE DO SULAgricultura: arroz, soja, milho, mandioca, cana-de-açúcar, trigo, uva,batata-inglesa, maçã, laranja, alho, centeio.Pecuária: aves, bovinos, ovinos, suínos, bubalinos.Mineração: água mineral, pedra britada, calcário, carvão.Indústria: alimentícia, química, de calçados.Extrativismo: erva-mate, lenha.

Participação no PIB Nacional em % (2000)Principais deficiências

Principais atividades econômicas

Metas conjuntas Incentivar o desenvolvimentoregional, diminuindo as disparidadeseconômicas.

Estimular a geração de emprego erenda.

Ampliar a inclusão e a mobilidadesocial.

Resgatar a auto-estima e avalorização das pessoas.

Melhorar o Índice deDesenvolvimento Humano (IDH).

Proporcionar as condiçõesnecessárias ao crescimento dasempresas.

a partir de um programa já reconhecidopelos seus resultados positivos no Ca-nadá e que oferece cursos de atualiza-ção para jovens e adultos com o objeti-vo de formar novos empreendedores.“A intenção é criar uma mentalidade deque precisamos construir uma cadeiapreparatória para aperfeiçoar os nossosinvestimentos em atividades que tragamo fortalecimento econômico e social doestado”, explica Rigotto. Outra iniciati-va é o Programa de Harmonização doDesenvolvimento Industrial do RioGrande do Sul (Integrar/RS), que pre-vê incentivos fiscais diferenciados parainvestimentos em novos negócios fei-tos em regiões menos favorecidas, di-

minuindo as disparidades econômicase desenvolvendo o estado de formamais harmônica.

Tratamento diferenciado e incenti-vo às micro e pequenas empresas doestado de Santa Catarina também é umadas ações do governo de Luiz Henri-que. “Vamos mandar para a Câmaraum projeto de lei criando o Pró-em-prego, que é um programa que vai uti-lizar a contribuição do Simples (50%das micro e 20% das pequenas em-presas) para financiar essas própriasempresas com crédito barato e simpli-ficado”, ressalta o governador catari-nense. Ele pretende, ainda, facilitar asrelações entre fisco e contribuinte, com

a ampliação dos prazos para apuraçãoe recolhimento do ICMS. “Vamos ade-quar esses prazos à realidade da esta-bilidade econômica e aprimorar o focode atuação para um trabalho de preven-ção, com estímulo ao cumprimentovoluntário das obrigações tributárias.”Além disso, ele quer implementar in-cubadoras de negócios, em universi-dades e instituições de ensino médio esuperior, uma espécie de escola parafuturos empreendedores que vai orien-tar os jovens, oferecendo condiçõespara que eles possam montar o próprionegócio.

No Paraná um dos primeiros atosdo atual governador foi um decreto que

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2424242424Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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(Capa

isentou, em alguns casos, ou diminuiuo ICMS das micro e pequenas empre-sas. De um total de 170 mil empresascadastradas no programa, cerca de 120mil já foram beneficiadas. “A isençãoou diminuição da carga tributária é amelhor ação para incentivar os empre-endedores. Livre do imposto, sem apressão do fisco, o empreendedor vaipoder investir mais, ampliar seu negó-cio, aumentar a renda e criar mais em-pregos”, completa Requião. Ele tam-bém aposta no talento e na força dosmais novos e na experiência dos maisvelhos. Por isso quer pôr em prática oprograma Jovens Empreendedores, quevai incentivar e financiar a iniciativa dejovens que queiram montar o próprionegócio, e o programa Irmão Mais Ve-lho, com foco nos trabalhadores commais de 40 anos. Segundo Requião, oapoio será feito por meio de isençõesfiscais, treinamento, assistência técni-ca e crédito subsidiado. O governadorparanaense pretende implantar ainda o

Programa de Distritos Industriais coma finalidade de estimular a industriali-zação em todo o Paraná, criando infra-estrutura e oferecendo serviços de ori-entação para atrair investidores.

[Apoio da indústria]Em relação à política de fomento ao

empreendedorismo proposta por Ri-gotto, a Federação das Indústrias doEstado do Rio Grande do Sul (Fiergs)mantém uma opinião favorável. “A Fi-ergs apóia todas as iniciativas que fa-voreçam a ampliação e o fortalecimen-to do setor produtivo gaúcho, sejaquanto a empreendimentos já existen-tes, seja quanto ao estímulo a novasunidades industriais e no segmento doagronegócio”, afirma Renan Proença,presidente da Federação. Segundo ele,é fundamental preencher vazios setori-ais e completar cadeias produtivas nasquais o estado tem maior potencial.

Mas para que os incentivos a no-vos empreendimentos tenham êxitos,

a Fiergs alerta que o governo deve pri-orizar algumas ações. “O estado deveser um indutor, um parceiro. Nesse sen-tido, acho que o governador Rigotto esua equipe têm sinalizado uma atuaçãoque nos agrada, claramente a favor doempreendedorismo e do lucro, sem fal-sos conceitos ideológicos.” Proença elo-gia principalmente o Integrar/RS e co-menta que há tempo vem reivindican-do junto aos governos anteriores essetipo de programa. “Pode ser um incen-tivo diferenciado para as regiões e mi-crorregiões de menor desenvolvimen-to, os chamados ‘bolsões’ de baixa den-sidade econômica”, conta.

Em Santa Catarina a política adota-da por Luiz Henrique agradou a JoséFernando Xavier Faraco, presidente daFederação das Indústrias do Estado deSanta Catarina (Fiesc). Para ele não hádúvidas de que a proposta de estimularas capacidades regionais indica que ogoverno do estado pretende iniciar umapolítica de incentivo a empreendedo-

PARCEIROS: GOVERNADORES EM RECENTE REUNIÃO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO SUL

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res. “Dando condições e acesso ao fo-mento econômico nas regiões menosdesenvolvidas, consegue-se revelar ta-lentos e idéias que podem contribuirpara um novo momento na economiade cidades e regiões que atualmente so-brevivem com dificuldades”, afirmaFaraco.

Na visão da Fiesc, a melhor formade estimular os empreendi-mentos é dar amplo aces-so à informação e ao cré-dito, apoio às inovações,incentivos às crianças eaos jovens e atenção àsvocações regionais. Por-tanto, algumas iniciati-vas propostas pelo go-verno catarinense seajustam, segundo Faraco, com proje-tos que já são implementados em algu-mas regiões por entidades de classelocais ou estaduais, como é o caso doProjeto de Micro Distritos Industriaisde Base Tecnológica, desenvolvido pelaFiesc em parceria com o Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (Se-nai) e com o Instituo Euvaldo Lodi(IEL), que consiste na implantação deincubadoras tecnológicas em pólos dedesenvolvimento. “Essas incubadorasincentivam o empreendedorismo tec-nológico, pois dão estrutura para o em-preendedor colocar em prática suasidéias que irão, num futuro próximo,gerar riqueza ao estado em forma deprodutos de alto valor agregado comtecnologia própria.” Outro projeto é oPrograma de Desenvolvimento Regio-nal, que busca identificar as potenciali-dades de cada região do estado, indi-cando gargalos econômicos e apresen-tando soluções para o desenvolvimen-to. De acordo com Faraco, esse proje-to, criado pelo IEL de Santa Catarina eque conta com a participação de diver-sas entidades regionais, pode ser apro-veitado pelo governo estadual.

Idéias e propostas para o fomentode novos negócios na região Sul é oque não falta. Por isso, a perspectivado empreendedorismo nesses estados

é otimista. “Temos setores variados, ca-deias produtivas importantes, ótimo ní-vel de criatividade dos nossos empre-sários e uma excepcional capacidadedos nossos colaboradores. Portanto, to-dos os ingredientes favoráveis”, dizProença. Da mesma forma, Faracotambém acredita que Santa Catarina temboas perspectivas para gerar novos ne-

gócios. “Um estadoque tem uma histó-

ria importante de em-preendedorismo, des-de a chegada dos co-lonizadores europeus,tem uma boa chancede inovar o conceito

de empreender”, afir-ma o presidente da Fiesc.

[Papel fortalecido]Com essas perspectivas otimistas o

Banco Regional de Desenvolvimento doExtremo Sul (BRDE) assume uma im-portante atuação como instituição de fo-mento no apoio aos programas estadu-ais de desenvolvimento industrial e re-gional. Alinhado a essa política públi-ca, o BRDE também aderiu à criaçãode novos empreendimentos e à interio-rização do desenvolvimento. “Temos li-nhas de crédito para o apoio de empre-endimentos desde a agricultura famili-ar até grandes projetos de infra-estru-tura, como estradas, terminais portuá-rios e pequena e média geração de ener-gia, passando por atividades industri-ais de todos os portes”, diz FernandoLuiz Motta dos Santos, superintenden-te de Planejamento do BRDE.

De acordo com Santos, o bancopossui diversas ações para apoio a no-vos empreendimentos. Uma delas é oavanço do processo de integração en-tre os setores público e privado em mi-crorregiões, impulsionado pelo BRDElogo que o banco assumiu a liderançado Fórum Catarinense de Desenvolvi-mento (Forumcat). A conquista evitaações paralelas, viabiliza a sustentabili-dade e dá continuidade aos planos e pro-jetos de desenvolvimento. Um exem-

plo desse trabalho conjunto é o Pro-grama Catarinense de Desenvolvimen-to Regional e Setorial, que prevê a or-ganização de 28 pólos de desenvolvi-mento de Santa Catarina.

Outra ação incentivada é a criaçãode uma agência de fomento para o Mer-cosul, proposta por Casildo Maldaner,presidente do BRDE, na reunião do Con-selho de Desenvolvimento dos Estadosdo Sul e de Mato Grosso do Sul (Co-desul), realizada em Florianópolis, nodia 24 de março. “Muitos empresáriosbrasileiros querem fazer parcerias comos países do Mercosul”, diz Maldaner.Por isso, estimular as parcerias signifi-ca também garantir o futuro dessa re-gião da América do Sul. Como benefí-cio direto de todas as ações apoiadaspelo BRDE, cerca 6 mil projetos tive-ram créditos aprovados em 2002. Osimpactos esperados dos empreendi-mentos são o investimento de R$ 652milhões na economia da região Sul, umaumento na arrecadação de ICMS deR$ 97 milhões por ano e a geração de10.800 empregos diretos.

[Microcrédito em alta]Como no livro de Muhammad Yu-

nus O Banqueiro dos Pobres, que con-ta a história do Banco Grameen, queemprestava dinheiro aos pobres de Ban-gladesh, um dos países mais desfavo-recidos do mundo, as Agências de Fo-mento da região Sul também apostamno microfinanciamento de novos ne-gócios para combater as disparidadesregionais e as desigualdades sociais. “Aexemplo de Yunus, priorizamos semdúvida nenhuma o microcrédito. É umaoperação que cumpre um papel socialrelevante”, afirma Renato de Mello Vi-anna, presidente da Agência Catarinen-se de Fomento (Badesc) e da Associa-ção Brasileira de Instituições Financei-ras de Desenvolvimento (ABDE).

Atualmente, o Badesc tem 16 orga-nizações de microcrédito, OrganizaçõesCivis de Interesse Público (Oscips), re-conhecidas pelo Ministério da Justiça,que fazem parte do Programa Crédito

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2626262626Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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(Capa

Governo do Estado doRio Grande do Sul(51) 3210-4272Governo do Estadode Santa Catarina(48) 221-3142Governo do Estado do Paraná(41) 350-2400Federação das Indústrias doEstado do Rio Grande do Sul(Fiergs)(51) 3347-8681www.fiergs.org.brFederação das Indústriasdo Estado de Santa Catarina(Fiesc)(48) 231-4376www.fiescnet.com.brBanco Regional de Desenvolvi-mento do Extremo Sul (BRDE)www.brde.com.brAgência Catarinense deFomento (Badesc)www.badesc.gov.brAgência de Fomento do Paraná(AFPR)www.afpr.pr.gov.brAssociação Brasileira deInstituições Financeiras deDesenvolvimento (ABDE)www.abde.org.br

Linha Direta

de Confiança. A mais antiga delas é oBanco da Família, até recentementechamado de Banco da Mulher. No totaljá foram destinados R$ 64 milhões paraessas organizações, beneficiando cer-ca de 25 mil microempresas e preser-vando mais de 45 mil empregos. Outraação do Badesc é o Fundo de Desen-volvimento Municipal (FDM), linhade crédito destinada aosmunicípios catarinenses.“Têm prioridade aquelesmunicípios onde foramdiagnosticados bolsõesde miséria, nos quaissão criados programaspara gerar empregos emão-de-obra intensi-va”, diz Vianna.

Segundo ele, a meta do Badesc é odesenvolvimento econômico sustentá-vel do estado catarinense, proporcio-nando melhorias sociais a partir daoferta de crédito. Com isso é possí-vel, de acordo com Vianna, atrair no-vas empresas e investidores para o es-tado, desenvolver projetos aproveitan-do-se das potencialidades de cada re-gião e verticalizar esses investimentospor meio de clusters e da substituiçãode importações.

Visando ao desenvolvimento regio-nal, à geração de emprego e renda, àinclusão social e ao resgate da auto-estima e da valorização pessoal com amelhora do IDH, a Agência de Fomen-to do Paraná (AFPR) criou o Banco So-cial. Trata-se de um programa de cré-dito para atender, através de microfi-nanciamento, pessoas que não possu-em renda e formação para começar adesenvolver uma atividade. “O princi-pal objetivo da nova gestão da Agênciade Fomento é atingir todos os municí-pios do estado com o Banco Social eprincipalmente ouvir e atender as pes-soas”, diz Antônio Rycheta Arten, pre-sidente da entidade.

O Paraná tem 399 municípios, dosquais 284 já estão sendo atendidos peloBanco Social. O programa é fruto deuma parceria entre a Agência de Fo-

mento do Paraná, as Prefeituras, o Se-brae e a Secretaria do Trabalho. Cadaum tem sua função dentro desse pro-cesso de fomentar o empreendedoris-mo: a prefeitura de cada município é oórgão canalizador para o fomento, re-cebendo a proposta do cidadão; o Se-brae estuda a melhor maneira de viabi-

lizar o projeto; a Secretaria doTrabalho analisa deque forma é possível

a formalização dos re-cursos; e a AFPR de-sempenha o papel defomento centralizadore integrador dos ou-tros órgãos. “As pes-

soas que atendem nasprefeituras recebem treina-

mento do Sebrae, tornando-seagentes de crédito e de desenvolvimen-to”, ressalta Arten.

O Banco Social, desde que foi cria-do, em 2001, proporcionou 10.211 con-tratos, o que corresponde a um inves-timento de cerca de R$ 36 milhões ouR$ 3.200 por contrato. Em 2002, fo-ram repassados R$ 22 milhões para 7mil contratos. “Atualmente, nossa metaé dobrar os beneficiados com o pro-cesso”, afirma Arten. O programa estásendo tão procurado que somente nostrês primeiros meses de 2003 já foramcontabilizados 1.700 contratos e um fi-nanciamento total de R$ 6 milhões.“Cada contrato assinado mantém pelomenos três pessoas na região com tra-balhos indiretos.” Depois de receber aquantia para iniciar o empreendimento,o microempresário tem três meses decarência para se estabilizar e começara pagar. “O pagamento é feito em 18meses com juros de 1,5% ao mês”,completa o presidente da AFPR.

Outro projeto de fomento incenti-vado pela entidade é a Fábrica do Agri-cultor, que propicia o atendimento aohomem do campo para diminuir o êxo-do rural. “Também operacionalizamosempreendimentos relacionados ao tu-rismo e à cultura para estimular essasatividades no estado.” Além disso, a

AFPR possibilita níveis diferenciadosde investimento, acima de R$ 10 mil,para auxiliar pequenos e médios em-preendedores.

Dessa forma, os governadores doRio Grande do Sul, de Santa Catarina edo Paraná contam não só com a parti-cipação efetiva das Agências de Fomen-to de seus respectivos estados, mastambém com o apoio do BRDE, da in-dústria local e, principalmente, do Go-verno Federal. Em comum, há a possi-bilidade de mudar a realidade, hoje, demilhões de pessoas da região Sul e tam-bém de estender a política e as açõesde fomento do empreendedorismo paratodo o Brasil.

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TotalFranquia

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Versão salgadapara agradara brasileiros

O gosto do brasileiro vai mexerno cardápio da rede mundial Cinna-bon, presente em 16 países com 500pontos-de-venda. A primeira loja daCinnabon no país, inaugurada no fimdo ano passado no Shopping Ibira-puera, em São Paulo, desenvolveu aversão salgada dos tradicionais boli-nhos de receita européia, consumi-dos mundialmente em larga escala:o Requeibon e o Cheddarbon, o pri-meiro com cobertura de requeijão eo outro com queijo chedar.

Segundo a empresa, do grupoMr. Pretzels, a expectativa é que anovidade aumente em 20% as ven-das da Cinnabon brasileira, devendoser adotada em outros países, prin-cipalmente nas Américas do Sul eCentral. Através de pesquisas, a Mr.Pretzels constatou que o paladar dobrasileiro é bastante peculiar e queele gosta de alimentos salgados. Aempresa teve um aumento significa-tivo do consumo quando introduziuos sabores salgados no mercado. Jáo norte-americano, por exemplo, ab-sorve melhor os produtos doces.Com cinco meses de funcionamen-to, a primeira loja da Cinnabon loca-lizada no Shopping Ibirapuera, emSão Paulo, já atende uma média de 7mil pessoas por mês. (11) 3815-2910

Mix de serviçosA Golden Services, holding res-

ponsável pelas franquias Sapataria,Costura, Lavanderia e Bordados doFuturo, criou uma nova modalida-de de serviço, a Engraxataria doFuturo. Localizada em São Paulo,no Shopping Center Eldorado, a lojaoferecerá um conceito diferencia-do para manutenção de sapatosmasculinos e femininos.

Segundo Paulo César Mauro,diretor da Golden Services, “a En-graxataria do Futuro surgiu comouma opção de local agradável paraquem quer conservar os sapatos,aproveitar para ler jornais e revis-tas, e também encontrar presentes”,diz. Além disso, o espaço conta ain-da com uma tabacaria. O objetivoda empresa é fechar o ano com 20novas lojas em pontos de grandecirculação, como aeroportos, ho-téis e centros de convenção.(11) 3742-4095

Para criançasBaseada no conceito de levar o in-

glês até o aluno e não ele ir até a esco-la, a rede The Kids Club, que veio parao Brasil em 1994 através da Fun Lan-guages, atende de forma terceirizadamais de 300 instituições de ensino etambém clubes, academias, condomí-nios residenciais e brinquedotecas.Além desse tipo de serviço, possui cer-ca de cem unidades convencionais nosprincipais estados.

A empresa está em processo de ex-pansão e estima crescer 15% neste ano,sendo que a busca de parceiros con-centra-se em alguns bairros de SãoPaulo e há também um plano de ex-pansão para as cidades do Sul, Norte eNordeste. O público-alvo da escola sãocrianças de 3 a 10 anos, e os cursossão desenvolvidos especialmente paraelas e não adaptados. A metodologiada rede foi criada por pedagogos e psi-cólogos na Inglaterra especialmentepara crianças nessa faixa etária.0800 55 3565

Fabricar móveis de acordo com avontade do cliente, com qualidade e tec-nologia. Esse é o lema da Portiere, gru-po que possui fábrica própria e seispontos-de-venda e que está entrandono sistema de franchising para ampliarsua atuação em todo o país. Há trêsanos a empresa atua no Rio Grande doSul e, há um ano, em Santa Catarina.

O pólo industrial fica em Porto Ale-gre e dispõe de uma estrutura comer-cial informatizada, resultado de um tra-balho de consultoria direta comprofissionais da Itália. “A Portie-re fechou 2002 com um fatura-mento 60% maior do que 2001.Por isso investiremos cerca deR$ 1 milhão em tecnologia paraintensificar ainda mais a produ-ção em 2003”, conta Ivan Soa-res, diretor da loja de Florianópo-lis. “A idéia de expandir-se atra-vés de franquias surgiu com o re-

sultado que obtivemos após ampliar-mos nossa rede com lojas filiais”, ex-plica a arquiteta Migueline Mambac,proprietária da loja de Florianópolis euma das idealizadoras da marca. Elatambém diz que a empresa “continuaráagregando novas tendências e acaba-mentos provenientes da Europa paradesenvolver novos conceitos em armá-rios e closets sob medida visando a umanecessidade prática e funcional”.(51) 3222-2699

Questão de estilo

DIV

ULG

ÃO

DIVULGAÇÃO

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003

CIRCULAR

33333

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NaturalmenteA marca Mundo Verde, que

surgiu em 1987 na cidade dePetrópolis (RJ) e conta com 97unidades, sendo 72 no estadodo Rio de Janeiro, está se ex-pandindo com foco na cidadede São Paulo. A rede de lojas dealimentos naturais, dietéticos,complementos alimentares, cos-méticos naturais e produtos eso-téricos reúne cerca de 8 mil itensdiferentes para venda, e contaainda com um catálogo de 30mil opções para encomendas.Os planos para este ano são abrirmais dez lojas no Rio, quatro emoutros estados, como Paraná eMinas Gerais, e pelo menos seisna capital paulistana, que contacom duas unidades de rua.(24) 2237-2528www.mundoverde.com.br

Doce PáscoaA rede de lojas de chocolates

finos Kopenhagen está otimistacom a Páscoa de 2003. “As

perspectivas são boas, tanto queaumentamos a produção em 15%

e as vendas devem ter umaumento de até 20% em relação ao

ano passado”, afirma RenataMoraes, diretora de Marketing damarca. A Páscoa representa 27%do faturamento anual da empresa,

seguida pelo Natal, com14%.Sempre em busca de alternativas

para que os franqueados ofereçamnovidades aos clientes, a empresa

lançou este ano alguns produtoscomo o Pane di Páscoa, nas

versões Chumbinho ao Leite ouFrutas e Nozes. As opções infantis

ganharam destaque nas lojas,enfocando um público alternativo

com produtos como o OvoChumbinho Vitaminado

Kopenhagen da Turminha e o KitPáscoa Kopenhagen.

(11) 5507-3377

Drive-Thrude remédios

A rede de fran-quias de drogariasFarmais inaugurou,no bairro da Mooca,Zona Leste de SãoPaulo, a primeira uni-dade da rede comsistema drive-thru. O franqueado EdivaldoBuossi está otimista quanto ao sistema inédi-to. “Estou calculando que 20% das vendasserão feitas através do drive-thru, principal-mente de madrugada, já que a loja funciona24 horas”, explica.

A questão segurança foi um dos motivosda implantação do novo serviço. Diferente-mente dos sistemas convencionais de drive-thru, na Farmais o cliente faz o pedido, pagae recebe o produto sem precisar se locomo-ver com o carro, tudo na mesma cabine deatendimento. (11) 3141-9222

Tomar um chopp é pro-grama certo para milhõesde brasileiros apreciadoresda bebida típica do climatropical. E isso vai se tor-nar ainda mais fácil com aimplantação de uma fran-quia formatada pela Vec-chi & Ancona Consulting,o Quiosque Chopp daBrahma. “Esse é um canalde distribuição atrelado aprodutos de qualidade ecom foco no melhor atendimento dosclientes que apreciam o chopp”, expli-ca a consultora Ana Vecchi. A empre-sa foi responsável pelo plano de viabili-dade, estruturação da área responsávelpela gestão da rede, formatação do con-ceito de negócio e acompanhamento daimplantação das primeiras unidades –uma própria e uma franqueada.

O Quiosque Chopp da Brahma é umquiosque direcionado para shoppings,centros comerciais e galerias. O con-

AmBev lança franquiaQuiosque Chopp da Brahma

sumidor terá à disposição produtoscomo o já tradicional Chopp Brahma,refrigerantes e outras bebidas e acom-panhamentos diversos, como salgadose sanduíches.

A franqueadora espera abrir 40 uni-dades até o final de 2003, em uma mé-dia de três a quatro unidades por mês.O investimento inicial de uma unidade éem média de R$ 65 mil, incluindo taxade franquia e instalação.

(11) 3841-9676 / 3845-3827

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Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

TotalFranquia

A maioria das empresas franqueadoras estáaprendendo a oferecer cada vez mais autonomia àssuas redes, mas sem nunca deixar de exigir padrõesde atendimento, layout e oferta de produtos

Até que ponto o empresário que fazparte de uma rede pode decidir sobrea gestão da sua unidade? A respostanão é fácil, porque envolve diversosfatores que vão desde ramo da fran-quia, tipo de relacionamento entre fran-queador e franqueado e força da mar-ca até a questão financeira, já que todarede deve ser lucrativa para ser forte.Mas alguns exemplos de novas ou maisconsolidades franquias demonstramque o caminho da liberdade é o maisescolhido na hora de passar para ofranqueado responsabilidades comomarketing regional, gestão administra-tiva e financeira e até mesmo escolhade produtos.

E esse parece mesmo o caminho aser trilhado, no entanto a médio ou lon-go prazo, porque o que se vê hoje nomercado de franchising são transfor-mações lentas e realizadas com bastantecautela e cuidado, como vem fazendoa Empório Bothânico, uma rede criadahá pouco mais de cinco anos e que ain-da está fixando sua imagem dentro dosetor de cosméticos e cuidados com ocorpo. “À medida que vamos crescen-do o número de unidades, vamos nos

aperfeiçoando”, diz José Duarte Para-jara, gerente de Franquia e Expansãoda empresa. Atualmente com 210 uni-dades, um número expressivo se con-siderarmos o tempo de vida, a Empó-rio Bothânico oferece bastante liberda-de aos seus franqueados para decidirações promocionais e de marketing.

“Respeitamos e muitas vezes aca-tamos as idéias, mas pedimos para terconhecimento das ações antes da im-plementação até mesmo porque issopode servir para toda a rede”, diz ogerente. Um bom exemplo foi o quefizeram algumas unidades do interiordo Rio de Janeiro que, juntas, criaramsacolas da Empório para servir de em-balagens nas bancas de revistas dassuas cidades. O franqueado de Caxiasdo Sul (RS), Everton Massairo, diz quese surpreende com a liberdade da fran-queadora em permitir as ações de mí-dia na sua cidade. “Tudo começa comum bom relacionamento entre as par-tes. Como nós recebemos com fre-qüência um material atualizado de di-vulgação, é possível estarmos atingin-do o público que está perto de nós.”As liquidações também podem ser rea-

lizadas, dentro da margem de preço quea unidade deve trabalhar.

No quesito de gestão administrati-va e financeira, a Empório Bothânicomantém, como a maioria das redes, umcorpo de consultores que realiza visi-tas e sugere melhorias no controle decada loja. “Não é um trabalho punitivo,mas de colaboração para que os pro-cedimentos sejam aperfeiçoados”, dizParajara. E Massairo diz que o consul-tor concentra as orientações na área co-mercial, fazendo uma análise da con-corrência, checando o atendimento ese os vendedores conhecem o produ-to. Na área de gestão os franqueadosrecebem treinamentos e dicas paramaximizar os recursos disponíveis,como embalagens e vitrine, em prol dobom resultado financeiro.

Escolha dos produtosEm alguns ramos, como o de ali-

mentação, a padronização de cardá-pios, layout e embalagens impõe li-mites que não existem em outros se-tores, como o do vestuário. Numagrande rede de fast food, por exem-plo, os fornecedores dos alimentos

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

TotalFranquia

Os limitesda liberdadeda liberdade

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003

devem ser aqueles indicados ou atémesmo geridos pela franqueadora.Até mesmo as mesas e bandejas dosrestaurantes, em muitos casos, devemseguir padrões que somente uma fá-brica pode fornecer.

Mas numa franquia de rou-pas tudo pode ser diferente.Quem está na ponta, na uni-dade, em contato com o con-sumidor, pode selecionar exa-tamente quais as peças quequer vender em sua loja, se-guindo a preferência do seupúblico. É assim que está tra-balhando o grupo GastotalFranquias S.A., detentor das marcas demoda Gasoline Blue Jeans (feminina),Gasometro Motor Jeans (masculina),Kidgas (infantil), Aromas Naturais (pro-dutos de bem-estar e prazer) e Gas-club (loja multimarcas).

Por meio de um catálogo eletrôni-co semanal, com mais de 30 opçõesde novos produtos em cada marca, osfranqueados têm autonomia para com-prar peças com modelos, quantidade,tamanhos e cores de acordo com operfil e demanda de suas lojas. “A par-tir de um painel com opções semanaisde novos produtos disponíveis na in-ternet, os clientes efetuam seus pedi-dos. Com as especificações dos fran-queados em mãos é que iniciamos aprodução, por meio de uma cadeia defornecimento integrada digitalmente”,explica Domingos Müller, presidenteda Gastotal. Além disso, os franquea-dos compram estoque apenas parauma semana, o que reduz o risco decompras desnecessárias e de deman-da sazonal.

É uma ação baseada no conceito deRedes de Valor, processo no qual, se-gundo Müller, “se evita o acúmulo deestoques em todos os pontos da rede,desde os fabricantes até a loja”. Esseconceito é adotado pela empresa desde1996, quando passou a ofertar seus

produtos, exclusivamente, via internetaos franqueados, e segue os mesmosprincípios utilizados por companhiascomo Zara, Dell, Cisco e, mais recen-temente, as fábricas General Motors

(Celta) e a Ford (Fiesta).A Gastotal oferece a seus

franqueados assistência in-tegral na implantação da lojae sistema de gestão infor-matizada da loja, integradaà franqueadora, e conceitosde preços internacionaiscom melhor relação de pre-ço–mark-up no segmentode trabalho. As marcas da

Gastotal já venderam mais de 6,5 mi-lhões de peças pela internet.

Nada igualNa rede de lojas de calçados e aces-

sórios Paquetá a filosofia é quase amesma, com a diferença de que ape-nas parte das peças são fabricadas pelaempresa; o restante é comprado de for-necedores que são decididos pela fran-queadora em conjunto com os fran-queados. Mauro Bloss, presidente daPaquetá Franchising, diz que “assimhá uma possibilidade ampla de cadafranqueado formatar seu mix dentroda loja, respeitando o gosto e o perfildo cliente”. Para conseguir “contro-lar” essa liberdade, a franquia realizade seis a oito showrooms por ano comvários fabricantes, oportunidade enque cada franqueado seleciona o quequer ter na sua unidade. A franqueadade Santa Maria (RS), Vera Vargas,conta que se sente bem na rede por-que a franquia “confia que nós conhe-cemos a nossa cidade e sabemos o queo consumidor quer”. Ela diz tambémque muitas vezes já sugeriu novos pro-dutos e foi ouvida. “Eu acredito que ofranqueado também deve ter iniciati-va, assim como enfrentar os desafi-os. É assim que me motivo todos osdias”, diz Vera. Na área de marketing,

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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TotalFranquia

66666

Empório Bothânico(11) 4053.9300Gasoline(51) 590.2002Paquetá(51) 3342.6788Francap(11) 3846.0604HM Consultoria e Varejo(81) 3327.9430

Linha Direta

as unidades também podem direcio-nar parte da verba do fundo de publi-cidade para mídia regional.

Bloss revela que a franquia tem pro-jetos de expansão para outras regiões,já que hoje está mais concentrada nosestados do Sul e no Rio de Janeiro, maso trabalho é feito com cuidado, especi-almente na seleção dos franqueados.“Talvez não haja uma franquia tão fle-xível quanto a Paquetá e é por isso, poressa autonomia ao franqueado, que aetapa de escolha dos novos empreen-dedores deve ser feita sem pressa”,comenta Mauro Bloss.

O consultor André Friedheim, daFrancap, diz que vislumbra aqui a im-plantação de uma tendência do merca-do americano de franquias. “Vejo umaestrutura franqueadora mais enxuta nospróximos anos, pois os franqueados darede serão responsáveis por ministrar

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

TotalFranquia

FRIEDHEIM: ESTRUTURA MAIS

ENXUTA COM PARTICIPAÇÃO

MAIOR DOS FRANQUEADOS

treinamentos aos novos franqueados etambém realizar a supervisão de cam-po da rede. Outras áreas como expan-são, marketing, área jurídica e a pró-pria gestão da rede serão aos poucosterceirizadas, diminuindo os custos daempresa franqueadora.”

Quem procura uma empresaque permita o uso dacriatividade do franqueado e

ofereça autonomiapara gerir oempreendimento deacordo com asnecessidades da suaregião deve ficaratento às propostasdo mercado e nãoreclamar depois, afinalo franchising funcionaatravés de regrasestabelecidas e

acertadas entre as duas partes.Confira as dicas da consultoraFlávia Gurgel, da HMConsultoria em Varejo:

É essencial que o franqueadosaiba atuar com algumas normasrígidas da franquia e saiba dividiro planejamento de seu negócio

com o parceiro mais experiente, nocaso o franqueador.

Como pensar em franquia é pensarem rede, qualquer ação tomada porum único franqueado repercutirá emtoda a rede, e é por isso que asdecisões precisam passar semprepelo crivo do franqueador.

Um ponto de constante divergênciasentre franqueador e franqueado,encontra-se justamente noempreendedorismo do franqueado.É exigência comum do franqueadorque o franqueado tenha perfilempreendedor, mas esse perfil temcomo característica excessivacriatividade, que, no caso dafranquia, não poderá ser exercidalivremente.

O tratamento que o franqueadorimprime às relações com toda a

Espaço para autonomiarede precisa ser igualitário, paranão oferecer privilégios entre asunidades, de forma a promovercompleta integração entre aspartes.

Os detalhes de autonomia nemsempre estão na Circular de Ofertade Franquia, mas neste documentodeve constar todos os direitos eobrigações das partes envolvidasno negócio.

A Circular deve ser clara e objetivae descrever detalhadamente o queé a franquia, como ela funciona eque atividades deverão serdesempenhadas pelo franqueado.

Geralmente, todas as operaçõesque não envolvam a imagem da marcaou o desempenho da rede possuemmaior grau de autonomia por partedo franqueado.

DIVULGAÇÃO

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003

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Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

FranquiaABFLI

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potenciais franqueadores e consultores.A importância desses cursos está nadiversidade de conhecimento, na trocade experiência que ela gera e, conse-qüentemente, no amadurecimento dosistema de franchising.

A missão da ABF como instituiçãoé defender e promover o sistema defranchising no Brasil. Os cursos sãoserviços prestados aos associados, vi-sando ajudá-los na prática de um siste-ma de franchising mais ético e profis-sional. Os cursos da ABF não preten-dem determinar a forma como cadaempresa deve formatar seu negócio, oumesmo que franquia um candidato deveescolher, mas sim fornecer conheci-mento e ferramentas que os auxiliemnas tomadas de decisões.

Os cursos da ABF não são os úni-cos meios que o mercado dispõe paraesta busca do conhecimento, desen-volvimento e formação, mas são im-

Aprender, inovar, reciclarO aperfeiçoamento profissional é

hoje uma exigência do mercado. Apren-der, inovar e reciclar são virtudes queexecutivos buscam aprimorar cada vezmais. No franchising não poderia serdiferente. A popularização desse siste-ma de negócios e a expansão das redese do número de redes exige pessoascada vez mais bem preparadas. Com oobjetivo de passar mais conhecimentoa pessoas que se interessam pelo as-sunto e para os franqueadores e poten-ciais franqueadores e franqueados, aAssociação Brasileira de Franchising –ABF desenvolveu dois cursos que sãoministrados ao longo do ano.

O primeiro, sob o tema “Entenden-do o Franchising”, é voltado para fran-queados, potenciais franqueados, estu-dantes e pessoas interessadas em sa-ber mais sobre o sistema. O segundo,“Conhecimento Avançado do Franchi-sing” é voltado para Franqueadores,

Convenção da IFA 2003DIVULGAÇÃO ABF

portantes para o sistema. Os resulta-dos práticos são percebidos e muitovalorizados pelo mercado, tanto noque se refere ao candidato a franquia,quanto ao franqueador. Para melho-rar ainda mais desse serviço, a ABFcriou um Comitê de Cursos formadopor profissionais altamente qualifica-dos e respeitados no meio. Todos es-tão envolvidos no processo, desde aformatação do projeto até sua imple-mentação.

Para esse ano, o comitê pretendefazer reformulações e trazer novidadespara que franqueados e franqueadorespossam estar cada vez mais afinadoscom o mercado e prontos para novosdesafios.

Participe dos cursos “Entendendo oFranchising” e “Conhecimento Avançadodo Franchising”. Entre em contato coma ABF pelo fone (11) 3814-4200.

Mais uma vez o Brasil mar-cou presença na Convenção daIFA (International Franchise As-sociation). A 43ª Annual Fran-chise Convention ocorreu en-tre 15 e 18 de fevereiro na ci-dade de San Antonio, no Texase contou com a participação decerca de 1400 pessoas de todoo mundo.

Segundo Anette Trompe-ter, diretora executiva daABF, o evento teve um cres-cimento significativo em re-lação ao do ano passado.“Em 2002 o mundo ainda es-tava sob o impacto dos acon-tecimentos de 11 de setembro”, as-sinala.

A diretora comentou que a discus-são estava em alta e por isso as pes-

te durante a Convenção, foi aabordagem constante do temaExpansão em Mercados Interna-cionais.

Um aspecto que também cha-mou a atenção, foram as diver-sas homenagens feitas para BillRosenberg (fundador da Dun-kin’Donuts e da IFA). Bill fale-ceu em 2002 e foi lembrado du-rante o encontro como um dospioneiros do franchising nomundo e grande articulador dosistema.

Além da diretora, participa-ram da Convenção: Bernard Je-ger, ex-presidente da entidade;

Flávio Menezes, da Menezes e LopesAdvogados; Paulo Rodrigues, da U.S.Commercial Service e Sergio Barbi,de O Boticário.

SERGIO BARBI (O BOTICÁRIO),

ANETTE TROMPETER (ABF) E BERNARD JEGER

soas se concentraram muito mais nospainéis e nas mesas redondas do quenas palestras. Outro fator predominan-

Page 37: Empreendedor 102

FRANQUIAS EM EXPANSÃO

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no Brasil desde 1999 e, após um período de aprendizado nomercado brasileiro, estruturou seu processo de expansão pelosistema de franquias e já conta com mais de16 lojas no país.

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PBF Inglês e EspanholNegócio: Educação/Ensino de Idiomas

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Cinco razões para você investirem uma franquia de sucesso!

Cinco razões para você investirem uma franquia de sucesso!

Page 38: Empreendedor 102

FRANQUIAS EM EXPANSÃO

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to de unidades de prestação de serviços dealta qualidade, instaladas estrategicamente pa-ra atender um público que busca praticidade,qualidade e preços justos. Em cada uma denossas lojas encontramos o máximo emtecnologia e atendimento profissional paraconsertos de sapatos, bolsas e tênis, serviçosde costura, além da mais moderna lavanderiado mercado. Nosso suporte é completo parao franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercialaté a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte doGOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja deserviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DOFUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de re-forma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavan-

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expansão! Existem váriascidades disponíveis para a im-plantação de uma unidadeAlps. Consulte nossa homepage (www.alpschool.com.br)e contate nosso Depto. deFranchising através do telefo-ne (19) 3296-0600.

Nº de unidades próp. e franq.: 150Áreas de interesse: BrasilApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EI, PN, SPTaxas: R$ 10 mil (franquia), 7% sobre com-pras (royalties) e R$ 12,0 p/ material didáticoInstalação da empresa: R$ 30 mil a R$ 50 milPrazo de retorno: 12 a 18 mesesContato: Artur José Hipólito

Abra um verdadeiromodelo de franquia

Nº de unidades: 6Área de interesse: BrasilApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SPTaxas: de R$ 15.000,00 a R$ 35.000,00(franquia), 3% (royalties) e 2% (propaganda)Instalação: R$ 1,5 mil por m2 construídoPrazo de retorno: 24 a 36 mesesContato: Joaquim Bezerra

Livraria ModeloNegócio: livraria

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de livrarias do Gran-de Recife, de acordocom pesquisa do Ins-tituto Harrop. Livra-ria Modelo. Venha fa-zer parte desta histó-ria de sucesso.

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Estética OnoderaNegócio: estética facial e corporal

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Uma beleza lucrativaA Estética Onodera, maior rede de Centros Estéticos do

Brasil, conta atualmente com 24 unidades em São Paulo, sendoque quatro ficam no interior desse estado. A empresa iniciouseu processo de expansão por meiodo sistema de franquias em 2000e, em apenas um ano e meio, au-mentou o volume de negócios emmais de 200%. Essa visão empre-endedora permitiu que a Onoderase tornasse a maior franquia aoperar no mercado estético bra-sileiro. A rede presta, entre ou-tros serviços em estética: trata-mentos para celulite, flacidez, gor-dura localizada, estrias, meso-terapia e estética facial.

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Page 39: Empreendedor 102

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FiskNegócio: Educação/Ensino de Idiomas

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ge no mercado como a maior empresa de logís-tica da América latina, resultado da soma deuma larga experiência com novo conceito tec-nológico. Essa experiência vem da VARIG CAR-

GO, então Unidade de Negócios de Cargas da VARIG BRASIL.Direcionando suas atividades para o mundo globalizado, ela está

totalmente preparada para atender às necessidades da nova economiae pronta para gerenciar todo processo logístico de armazenamento,estocagem, embalagem, transporte e distribuição de mercadorias.Hoje são 151 aeronaves, milhares de veículos e as melhores aliançasestratégicas em todos os meios de transporte, garantindo maisagilidade, segurança, pontualidade e regularidade nas entregas. Portrás de tudo isto, conta com uma estrutura de unidades próprias efranqueadas no Brasil e no exterior, formando uma ampla rede decoleta e distribuição que abrange todo o território nacional e 350cidades no Mercosul. A VARIG LOG chega ao mercado reconhecida

como sinônimo dequalidade, certifi-cada pela ISO9002. E isso signi-fica garantia detranqüilidade paraseus clientes.

Nº de unidades: 211Áreas de interesse: Brasil, América do Sul e EuropaApoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SPTaxas: R$ 5.000 a R$ 40.000 (franquia Brasil), 5% FB(royalties) e 1% FB (propaganda)Instalação da empresa: a partir de R$ 750 m2

Prazo de retorno: acima de 18 mesesContato: Roberto Gomes

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Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

TotalFranquia

Responde

Sei que parece pouco modesto, mas àsvezes me sinto empreendedor eindependente demais para me mantercomo um franqueado. O que devo fazer?

Franco FranquiaEspecialista em dizer o que pensa elembrar os cuidados que se deve ter

antes de entrar no mundo das franquias.

FRANCO FRANQUIA

Caro leitor, ser empre-endedor e independenteem nada impede você deser um franqueado, umexcelente franqueado, porsinal. Sua dúvida, decer-to, tem relação com umavelha confusão quando sediz que ser empreendedoré abrir seu próprio negó-cio e , como franquia éparte de uma rede, nãoseria um negócio próprio.Deu para entender?

Eu, part icularmente,discordo dessa afirmação,até porque empreendernão está relacionado ape-nas a abrir, mas tambéma administrar, a gerir umnegócio – e isso qualquerfranqueado (os prepara-dos) faz.

Dessa forma, você ,como franqueado, podeusar essas duas virtudesa seu favor dentro da redeem que atua. Qual redenão vai querer um fran-queado com atitude em-preendedora em sua rede?Isso conta muito, especi-almente se o segmento emque você atua estiver en-tre aqueles mais competi-tivos.

De todo modo, o quevocê pode e deve fazer éencontrar um equilíbrioentre as suas vontades e

1212121212

Escreva para Franco Franquia:[email protected]

Franqueza Total

“O modo mais fácil de cometer umerro é agir com medo de errar.”

(Franco Franquia)

SE...... a rede pretende ampliarsua fatia de participação emum determinado mercado,nada melhor e mais adequa-do do que reunir os franque-ados daquela reunião parasaber deles os caminhos quepodem ser tomados.

F da questãoAté que ponto a

rede está disposta aouvir as sugestões deseus franqueados so-bre o dia-a-dia dafranquia?

Meu GrupoJá está no ar a lista de discussão do Franco Franquia. Ago-ra os leitores têm um espaço ainda maior para debater osprincipais temas do franchising. Basta se inscrever no gru-po para participar.

MURALNa relação entre franqueado e franqueador, uma palavra não

pode faltar: compromisso. Não há negócio que vá para frente semisso. E não falo de “meio-compromisso”. Falo de compromisso totalpelo sucesso da rede. Aliás, Compromisso Total éo nome de um livro recém-lançado no Brasil, cujosubtítulo (Como fazer visão e valores realmentefuncionarem) já resume o quanto é preciso instigartodos os envolvidos numa operação comercial paraque isso gere o resultado esperado.

Infelizmente há quem não saiba promoveresse compromisso entre seus colaboradores. Eacaba por “vampizar” o desempenho dos mes-mos, através de cobranças e ameaças que, ao fim das contas,causam o efeito inverso ao compromisso, que é descontentamen-to, desleixo, desmotivação, entre outros comportamentos. Porisso, se você quiser que todos estejam no mesmo barco, remandona mesma direção, de preferência, aprenda a gerar compromissosem ameaças nem outras mazelas pouco recomendáveis.

Para se inscrever, mande um e-mail [email protected]

seus dese jos d iante dasobrigações como franque-ado, obrigações de seguirpadrões visuais, de aten-dimento, entre outras. É oque mostra, aliás, a repor-tagem des ta ed ição doFranquia Total: a liberda-de para o franqueado teml imi tes , mas ex i s te . Evocê, certamente, pareceter o perfil de quem sabeusar de maneira produtivaa liberdade que possui.

Acredito que, diante dadúvida que transparece emsua pergunta, você tenhadois caminhos a seguir: oprimeiro é manter-se comofranqueado e , conformeescrevi acima, ser empre-endedor e independente,mesmo como integrante deuma rede de franquias.

O outro caminho é rom-per com a rede e part irpara a aber tura de seupróprio negócio. Muitosfranqueados já tomaramatitudes semelhantes. Masfique certo de que o cami-nho para o próprio negó-cio talvez seja um poucomais longo. E, francamen-te, se você se sentir empre-endedor e independentedemais, é apenas um dosmuitos ingredientes paragarantir o sucesso de umnovo negócio.

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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4242424242Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

(Estratégia

2003

O senso comum diz que um planode negócios adequado auxilia os em-preendedores a desenvolver idéias arespeito de como a empresa deve serconduzida. Seguindo esse mesmo ra-ciocínio, esse primeiro esforço de pla-nejamento feito pelos empreendedoresé um laboratório experimental de es-tratégias, em que se permite cometererros no papel antes de colocar o em-preendimento para funcionar na vidareal. No Brasil, devido a ondas inflaci-onárias e constantes mudanças na ma-croeconomia, a maioria das empresasdeixou de lado esse tipo de ferramenta.Mas a estabilidade da economia e aaposta de investidores em empresasemergentes, além da onda pontocom eda necessidade de planejar a logística,

Para uma empresa sedar bem no mercadoem que atua não bastaum plano de negóciosbem elaborado.É preciso tambémpercepção eflexibilidade para revero planejado e seguirnovos rumos

por Lúcio Lambranho

ressuscitaram os planos de negócios.O problema agora para os empreende-dores, principalmente aqueles ainda in-cautos em relação à gestão, é saberquando e como o plano deve ser modi-ficado em função das mudanças de am-biente ou contingências já esperadascomo, por exemplo, os efeitos da guer-ra contra o Iraque.

Para tentar definir como a arte daestratégia pode ser melhor aproveitadana elaboração de planos de negócios,

fizemos algumas perguntas-chave paraestrategistas: que controles o empre-endedor precisa estabelecer no seu pla-no de negócios para mudar sua estra-tégia?; no Brasil, os planos de negóci-os podem ser considerados “engessa-dos” ou sem a capacidade de articularmudanças?; como o empreendedorpode antecipar ou prever crises atra-vés do seu plano de negócios?; qual éa importância do chamado “plano B”quando tudo o que foi planejado deu

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(Estratégia

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril4343434343

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errado?; em que ponto as estratégiasdos empreendedores brasileiros apre-sentam maiores falhas ou erros de ava-liação?

Num país onde as coisas mudamda noite para o dia esse tipo de exercí-cio parece fundamental, já que a capa-cidade empreendedora do brasileiro éinquestionável, principalmente se con-tarmos com a nossa imensa força cri-ativa para gerar novos negócios. ParaFrancisco Britto, da BW Gestão deTalentos, o controle mais óbvio emqualquer negócio ainda se chama con-trole de caixa. Segundo ele, o descon-trole disso mata qualquer empresa, poisas conseqüências da falta de fluxo sãosempre penosas. Britto não consideraque os planos de negócios executadosno Brasil sejam “duros” ou que não te-nham a capacidade de articular mudan-ças rápidas. “O Brasil é o país da mu-dança. Todo mundo faz plano levandoem conta as contingências do negócio,da economia e da política e de tudomais que faz o rumo das coisas mudarda noite para o dia. Veja o exemplo dostransgênicos ou mesmo da guerra, nes-te momento”, explica.

Segundo o consultor, ninguém tembola de cristal. Para Brito, as empresaspodem analisar tendências e em cimadelas tomar decisões, certas ou erra-das. Para ele, a elaboração da estraté-gia tem absoluta importância, porque“falta de foco mata qualquer negócio,grande ou pequeno”. Britto adverte quevivemos no Brasil uma gestão compe-titiva permanente e, por isso, o empre-endedor deve se perguntar, a todo mo-mento, se existe paixão suficiente parasustentar a idéia até debaixo d’água. “Oideal é esquecer as regras do jogo ecriar as suas próprias regras. Se de-pendesse do país, não teríamos empre-endedores”, argumenta.

Eliza Coral, coordenadora de Pro-jetos do Instituto Euvaldo Lodi em SantaCatarina (IEL-SC), aconselha os em-preendedores a sempre fazer uma rela-ção entre o seu produto e as necessi-dade do mercado, ou seja, adequar-se

aos seus clientes e inovar para atendera essa demanda. Segundo Eliza, que fezseu doutorado em Planejamento Estra-tégico para a Sustentabilidade Empre-sarial, as variáveis nas quais o empre-endedor precisa ter sob controle sãojustamente o mercado e sua capacida-de de produção e inovação. Essas seri-am então, de acordo com ela, as verifi-cações que o empreendedor precisa es-tabelecer no seu plano de negócios paramudar sua estratégia com agilidade,quando for necessário, e sem prejuízopara a empresa. “As estratégias devemmudar sempre, atentando para o quepode agregar valor ao produto ou ser-viço de forma a conquistar ou mantermercados”, afirma.

Para ela, no país o problema em re-lação à união das estratégias com osplanos de negócios ainda é cultural. “NoBrasil os empreendedores não planejamseus negócios. Alguém tem uma boaidéia e simplesmente sai fazendo ou en-tão encomenda uma plano de negóciospara conseguir um financiamento”, diz.Na sua opinião, um bom plano de ne-gócios não engessa as ações da em-presa; pelo contrário, prevê as possí-veis ameaças ao sucesso do negócio etraça estratégias para contornar essesproblemas. Quanto à velocidade paraexecutar mudanças de rumo, avalia Eli-za, depende da organização interna eda capacidade que o processo produti-vo tem para mudar de direção rapida-mente. “Às vezes o empreendedorpode até estabelecer uma grande mu-dança estratégica, mas a arquitetura or-ganizacional (processos, equipamentos,recursos humanos, relações informaise cultura) de sua empresa não tem con-dições de responder no tempo que eleespera”, explica.

[Paralisia do paradigma]Na visão de Ricardo Rosseto, dou-

tor em Engenharia de Produção pelaUFSC na área de Estratégia Empresa-rial e Adaptação Estratégica, o primei-ro e mais importante controle que deveser realizado no plano de negócios é

uma análise constante do ambiente noqual está inserida a empresa, principal-mente quando se fala em mudança nasestratégias. “Esta observação do ambi-ente chamamos de diagnóstico estra-tégico, em que o empreendedor devefazer as seguintes avaliações: de pron-tidão; da competitividade; do portfólio;da flexibilidade e vulnerabilidade; e dacapacitação”, explica.

Analisando os planos de negócios,Rosseto diz ter certeza de que eles sãoengessados, ou seja, pouco flexíveis àscontingências dos ambientes. Segun-do ele, não se pode culpar aqueles queelaboram com rigidez planos de negó-cios, pois essa é a característica da mai-oria dos planos. “Não é culpa dos em-preendedores brasileiros, e sim umapeculiaridade dos planos. O que o em-preendedor tem de ter em mente é queos planos devem admitir mudanças derumos quando elementos internos ouexternos assim exigirem”, assegura.Rosseto acredita que a saída para esseproblema seja ter como alternativa pla-nos de contingências para situações emque o planejamento do negócio não es-teja alcançando os resultados espera-dos. “O que estou querendo chamar aatenção é que as empresas deverão in-vestir em corpo técnico com compe-tências para tomarem decisões emambientes altamente turbulentos comoo brasileiro”, adverte.

O consultor também acredita naidéia de que os empreendedores brasi-leiros não levam nenhuma desvantagemem relação a estratégias de outros em-preendedores quando o assunto são fa-lhas ou erros de avaliação. Segundo ele,isso é determinado a partir de uma aná-lise dos ambientes interno e externo.Para Rosseto, o que parece um erronormalmente encontrado é a falta deuma constante observação, análise etomada de decisão diante das novas va-riáveis que se apresentam no ambien-te. Após a definição a organização en-tra em um processo de acomodação,pegando a doença chamada de “parali-sia do paradigma”. Para ele, essa do-

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4444444444Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

(Estratégia

2003

ença mata as organizações.“O grande desafio do empreende-

dor é, de fato, gerenciar com base noplano. Seguir e cumprir o plano e nãodesprezá-lo na primeira surpresa”, afir-ma Álvaro Gonçalves, sócio-diretor daStratus Investimentos, empresa espe-cializada em capital de risco, que atuaem projetos de investimentos em em-presas com alto potencial de valoriza-ção. Segundo ele, ter o plano como guiada gestão e da comunicação da equipeé o grande desafio e, em muitos casos,representa uma barreira cultural. “Issoacontece à medida que reduz o espaçode decisões intuitivas, que sempre são

importantes, mas não devem assumiruma proporção exagerada para nãominar o processo de planejamento, nemtornar a gestão muito informal”, acre-dita.

Gonçalves também não consideraengessados os planos de negócios. Parao consultor, o grande dilema dos pla-nos de empresas emergentes brasilei-ras está nos vários dimensionamentosrelacionados à comercialização dos pro-dutos, o que envolve a definição dopróprio produto, o preço e a estruturacomercial. Na sua visão, isso requerum conhecimento do mercado, dasnecessidades de fato dos clientes atu-

Junto com Luiz Wever, FranciscoBritto acaba de lançar o livroEmpreendedores Brasileiros – Vivendo eaprendendo com grandes nomes (vejadetalhes na seção Leitura, na página60). E para exemplificar uma mudançarápida de trajetória estratégica bem-sucedida, ele cita o caso da Zanthus,entre os outros 11 cases descritos noseu livro. A trajetória de empresacomeça em 1978, quando RicardoQueiroz, sua namorada Vera e maisdois amigos criaram uma dasprimeiras empresas de automação doBrasil, sob os ventos da nascenteindústria de informática, mas aindasob a chamada reserva de mercadono setor.

No momento em que o regimemilitar começou a fasede limitação domercado em 1977,surgiram empresascomo a Digibrás e numprotótipo de umaconcorrência na área deminicomputadores, foipermitida a entrada daCisco. Nesse momentoa Zanthus estava focada

em produtos para terminais bancáriose entrou na briga, mas a prudência fezcom que a empresa entrasse na área

de automação comercial. Isso porque,segundo Queiroz, o Itaú tinha criadouma empresa de automação só para ele,a Itautec. E esse era, segundo oempreendedor, um jogo muito pesadopara a Zanthus.

Tudo ia bem e a empresa tinhaexclusividade de fornecimento demáquinas para o Mapping, até quechegou o fim da reserva de mercado em1992. Ricardo e Vera, conta Britto,tiveram de rever tudo, desde osprodutos até os canais de venda.Enquanto isso, a IBM batia pesado. Aempresa teve então de canibalizar ospróprios produtos, e as multinacionaisacabaram se dando mal devido àspolíticas de ICMS da época que faziamantigos clientes da Zanthus voltaremrapidamente depois de sentirem o gostoamargo das taxas de juros cobradas nosleasings internacionais.

Para citar outro exemplo de umaempresa que teve de mudar de rumopara não fechar as portas, Eliza Coral,coordenadora do IEL-SC, conta atrajetória da Iasoft, uma empresa deconsultoria, planejamento edesenvolvimento de software. Sediadano Parque Tecnológico Alfa, faz parte doprojeto GeNESS (Geração de NovosEmpreendimentos em Software eServiço de Florianópolis) e nasceu da

idéia de três jovens empreendedores:Eduardo Schmitt da Luz, Jades FernandoHammes e Ricardo Barbi dos Santos.Eles voltaram toda a sua carga, no iníciode 2000, conta Hammes, para omercado de operadoras de telefoniacelular que estavam lançando seusserviços e aparelhos celulares WAP, sem,no entanto, apresentarem grandesdiferencias competitivos em relação àconcorrência.

O problema é que o WAP não deucerto nos negócios da internet móvel.Segundo Hammes, existem váriascausas que podem ser responsáveispelo insucesso desse serviço. Uma delasé que o WAP não significava internet nocelular, mas sim um conjunto limitadode serviços, com baixa velocidade narede, com uma interface de navegaçãomuito restrita e com um custo elevadopara o usuário final. “Existia tambémum pequeno número de aparelhos quesuportavam esta tecnologia”, lembra oempreendedor. Com o fracasso doWAP, a empresa decidiu ampliar seushorizontes, focando as tecnologias quea internet convencional oferecia eacrescentando novos recursos, criandodessa forma produtos maiscompetitivos.

Nesse momento, relembra oempreendedor, o foco deixou de ser o

ais e potenciais, e da concorrência. “Osempreendedores tendem a focar so-mente no produto e nas suas capacida-des, e não aprofundam suficientemen-te o conhecimento do mercado, dosclientes, da viabilidade e de níveis depreço. Esse é o maior problema a serresolvido”, acrescenta.

Para evitar esse tipo de fracasso, oespecialista em capital de risco afirmaque um plano tem de ser baseado nocontexto realista atual, sem premissasde que algo muito importante, de bomou de ruim, possa acontecer. Álvaroaposta em simulações de cenários al-ternativos, sejam eles otimistas ou não,

MUDANÇAS RÁPIDAS E EFICIENTES

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril4545454545

2003

Eliza Coral/[email protected] Fernando Hammes/[email protected] [email protected] Ferreira de [email protected] [email protected]Álvaro Gonçalves/[email protected]

Linha Direta

segmento das operadoras de telefoniacelular, para ser o de pequenas emédias empresas que queriamconectividade e agilidade entre seusdepartamentos ou unidades denegócios. Dentro desse mercado, ostrês empreendedores buscavam darmobilidade e acesso remoto àsinformações da empresa comfacilidade e segurança. Mas aoformular sua nova estratégia elesresolveram desenvolver os sistemassob encomenda, por perceberem anecessidade de ferramentas gerenciaispara uso interno, que poderiamposteriormente ser comercializadas.Nasceu então a linha de produtosbatizada de I4B (Intelligence forBusiness).

O desenvolvimento dessesprodutos, de acordo com Hammes,foi baseado na estratégia e na mesmavisão da Oracle, que primeirodesenvolve as ferramentas para usopróprio e, depois de amadurecer oproduto, lança-o no mercado commais segurança. Além disso, a Iasoftampliou ainda mais seu leque deprodutos e atualmente investe empesquisas nas áreas de RealidadeVirtual, Agentes Móveis e Engenhariade Software.

deixando ações previamente definidaspara o caso de sucesso acima do espe-rado ou dificuldades maiores que o pre-visto. “Não se trata de antecipação decrises, o que seria um exercício de fu-turologia. Trata-se de ter ações bempensadas para cenários diferentes doatual, sejam positivos ou negativos.”

[Quadrinho na parede]Rodney Ferreira de Carvalho, que

atualmente dirige a Automax Tecnolo-gia, consultoria fundada em 1986 e daqual é o principal cotista, tem uma per-cepção mais “crua” sobre a realidadeda relação entre as estratégias e os pla-

nos de negócios feitos por empreende-dores no Brasil. “Na minha opinião, nãose fazem planos de negócios no Brasil.No máximo um orçamento e um cro-nograma, muitas vezes partindo de pre-missas fantasiosas quanto ao merca-do”, dispara. Segundo Carvalho, todonosso setor de infra-estrutura, em par-ticular telecomunicações e energia elé-trica, está cheio de exemplos de errosestratégicos, de premissas baseadas emideologia fácil e sem estarem alicerça-das em fatos.

O consultor fala com a experiênciade quem atua há mais de 25 anos nosetor de informática, sendo 12 anos naárea de telecomunicações. Para ele, aciência do planejamento foi abandona-da no Brasil nos anos 1980, em partedevido à hiperinflação, e não chegou aser retomada nos anos 1990. “Todoproblema complexo tem uma soluçãofácil, simples e geralmente errada edesastrosa. Esta talvez seja a grande li-ção dos tempos da reengenharia”, diz.O conceito que ele tenta passar é quepara planejar é necessário, primeira-mente, mapear e analisar os processosprodutivos e a cadeia de suprimentos.Depois disso, afirma, é que saem osindicadores, os fatores críticos de su-cesso de um empreendimento. “Umconjunto balanceado de indicadores(Balanced Scorecard) dará um retrato,um painel de controle da situação. Paradirigir é fundamental dispor de instru-mentos.”

Para Ferreira de Carvalho, planosde contingência são importantes, maseles só podem contemplar riscos ante-cipados que a empresa tenha optadoconscientemente por assumir na expec-tativa de lucrar com isso. “Imprevis-tos exigem reformulação do planeja-mento”, acrescenta. Na sua opinião, osprincipais problemas na estratégia dasempresas está mais associado aos fa-tores macros de gestão, mas é semprepreciso estar com as barbas de molho.“Como estratégia lida com o macro, oserros estratégicos em geral ocorremnesse plano. Mas é preciso não esque-

cer que o Diabo mora nos detalhes”,argumenta. Outro erro comum apon-tado pelo consultor é que a missão e avisão raramente são formuladas e,quando são, muitas vezes tornam-sevagas ou óbvias. Segundo ele, muitasvezes torna-se necessário dizer e mes-mo escrever o óbvio, no entanto mis-são e visão são coisas para serem re-petidas todo dia de manhã, como sefora um mantra, e não algo para ficarno manual da qualidade ou num qua-drinho na parede.

NA PRÓXIMA EDIÇÃO:

Saiba quais são as ferramentas deestratégia empresarial maisadequadas para empreendedores.

Aprenda a formular a missão, a visão,as metas e os objetivos do seunegócio.

Conheça mais sobre gestãocompetitiva e a informação comoarma estratégica, e entenda as dezprincipais escolas do pensamentoestratégico.

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4646464646Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

digitalVIAEspiões em casa

por Flaviano da Cunha Júnior

É crescente o número de sites esoftwares distribuídos pela internetque têm a função de fuçar os com-putadores dos usuários à procura deinformações sensíveis, ou, em ca-sos menos invasivos, ficar de olhonos hábitos do usuário, que sites vi-sita, que anúncios clica, etc. Essestipos de programas são chamados de“spyware”, e não devem ser confun-

didos com vírus, que adentram o sis-tema sem o conhecimento do usuárioou através de algum artifício engenho-so, geralmente explorando falhas na se-gurança. Já os “espiões” são declara-damente instalados junto a programas“freeware” ou “adware” e mantêm umcontrole de quem os está utilizando sobo pretexto de poder incrementar a na-vegação ou melhorar o foco dos anún-cios exibidos ao usuário.

Fica à parte a discussão da legiti-midade desse tipo de ação. Afinal,pode até ser interessante, sob certoaspecto, que um site saiba que tipode assunto mais interessa a certo usu-ário, permitindo, assim, exibir a elesomente anúncios e oferecer links so-bre aquilo que lhe interessar. Entre-tanto, a parte condenável dessa prá-tica é que geralmente o usuário nãosabe que está sendo monitorado e,pior ainda, muitos “spywares” sãocarregados sorrateiramente na inici-

O que são cookies?

Muita besteira já se dissesobre os cookies, até que sãoprogramas capazes de varrer amáquina do usuário atrás deinformações. Na verdade, oscookies são arquivos de textoque um servidor de uma páginana Web pede para o browser dousuário guardar.

É através dos cookies queinformações podem serarmazenadas para visitasfuturas, ou permanecer depágina para página dentro deum mesmo site. Quando vocêentra num site e ele já sabe seunome, isso é trabalho doscookies.

Entretanto, alguns sitesutilizam os cookies paramonitorar seus hábitos denavegação dentro do própriosite e depois compartilham essainformação com outros sites natentativa de traçar um perfil daspreferências do usuário. É nessahora que o cookie se transformaem “spyware”.

alização do computador, ficando re-sidentes e, assim, consumindo me-mória e recursos do sistema.

Agora, provavelmente o que o lei-tor não sabe é que na sua máquina, essamesmo aí do escritório utilizada paraler e-mails e notícias, existe um con-junto de “spywares” em ação. Mesmoque não usem aplicações notadamenteconhecidas por esse tipo de recurso(como KaZaa, Gozilla e Gator, porexemplo), muitos sites usam sistemasde cookies e outras informações com-partilhadas, mantendo um monitora-mento intensivo sobre onde o leitor andae do que mais gosta (sem contar quan-do há exposição de informações priva-das, como nome e endereço, e ainda

Spywares em ação

Alguns “spywares” chegam aser requintados. Numa máquinaaqui na redação daEmpreendedor estava em açãoum módulo residente chamado“mmod.exe”, parte do eZula HotText. O que ele fazia era sublinharpalavras em páginas sendovisualizadas no Internet Explorer.Ao passar o mouse sobre taispalavras, uma mensagem de umanunciante relacionado aparecia.Criativo, não?

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4747474747 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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Warblogs

O Site do Empreendedor (www.empreendedor.com.br) contém aedição mensal completa da revista Empreendedor e um serviçode busca a edições anteriores. No site, o internauta também acessaas demais publicações da Editora Empreendedor, além de serviçoscomo o de notícias on-line com atualização instantânea.

Que mísseis por satélite quenada! As verdadeiras estrelas daSegunda Guerra do Golfo estãosendo os “blogs”, os diários on-line atualizados diariamente quehá pouco tempo viraram febrena grande rede.

Apesar de muitos que se en-titulam “warblogs” não passa-rem de sustentação para a divul-gação das opiniões de especia-listas em “achismos” especulan-do sobre o conflito, é possívelencontrar bons blogs mantidospor jornalistas independentes emação no Oriente Médio, bemcomo de moradores das cidadesiraquianas que mais sofrem comos ataques e bombardeios. É achance de se ter informaçõessem a filtragem das fontes ofi-ciais e sentir de perto o que pen-sam as pessoas na linha de tiro.

A cara do inimigo

Veja abaixo alguns dos“spywares” encontrados nasmáquinas da redação daEmpreendedor:

• BDE Projector• C2.lop• Cydoor• eZula Hot Text• Flash Track• New.net

coluna recomenda o SpyBot Se-arch & Destroy (disponível emdiversos sites, bastando procu-rar pela palavra-chave “spybot”),um pequeno programa de origemalemã que, além de caçar “spy-wares” ativos, também procurapor traços de rastreamento atra-vés de cookies e informa ondeinformações mais ou menos sen-síveis estão disponíveis a espi-ões e como escondê-las.

O uso desse programa emuma das máquinas aqui da reda-ção da Empreendedor mostrounada menos que 382 ocorrênci-as. Isso não quer dizer que exis-tiam 382 programas de olho emnosso trabalho, mas sim que 382indicativos da presença de“spywares” foram encontrados(como arquivos no sistema, cha-

ves de registro, cookies, entradas emlogs, etc., observando-se que um úni-co “spyware” gerou 96 indicativosdiferentes).

Após o rastreamento minuncio-so, o SpyBot fornece ao usuário in-formações sobre cada indicativo, aempresa criadora e o site do aplica-tivo na internet, bem como um tre-cho do texto sobre a “política de es-pionagem” do programa encontra-do, se disponível. Na lista de ocor-rências o usuário pode, então, es-colher o que deve ser removido, masé bom lembrar que, geralmente, osprogramas que causaram a instala-ção do “spyware” não funcionarãomais sem a ferramenta.

informações sensíveis, como contabancária e senhas).

Mas existe uma saída. Alguns pro-gramas de contra-espionagem são dis-tribuídos gratuitamente pela internet. A

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Quarenta e dois porcento do tempo de umgerente em pequenas emédias empresas é gastona administração de con-flitos entre funcionários,segundo pesquisas feitasnos Estados Unidos. Issocorresponde a cerca dedois dias inteiros de tra-balho numa semana decinco dias.

É um tempo enormee seu custo pode chegara números assustado-res dependendo das fun-ções exercidas tanto pelogerente como pelos fun-cionários envolvidos nosconflitos.

Os professores e con-sultores William OnckenJr. e Donald L. Wass, au-tores de um estudo clás-sico sobre administraçãode tempo, garantem quea esmagadora maioria dosgerentes e executivos nãotem a mínima idéia dotempo que gastam tentan-do resolver conflitos entre subordina-dos. Os dois chegam a afirmar que “até60% dos atritos poderiam ser resol-vidos sem interferência superior”.

Por isso é que cresce a tendênciaentre os consultores de recursos hu-

manos de, paradoxalmente, sugerir queseus clientes usem a omissão como aestratégia mais adequada para pacifi-car o ambiente de trabalho quando osproblemas não forem graves.

A maioria dos gerentes ou donos de

Às vezes a melhor alternativa é não fazernada diante de um conflito entreempregados de uma mesma empresa

A estratégiada omissão

ILUSTRAÇÕES CLÓVIS GEYER

pequenas e médias empresas não per-cebe que deixar de resolver um cho-que, entre subordinados seus, pode sera melhor forma para que os envolvidosaprendam a resolver seus própriosproblemas.

Pode parecer estranho, mas a omis-são do chefe pode levar as partes emconflito a um amadurecimento profis-sional e a uma melhor compreensãomútua. A cultura corporativa vigente

na maior parte das em-presas de pequeno e mé-dio porte tem um fortecomponente paterna-lista. O chefe acha que éseu dever assegurar a pazentre seus subordinadose estes usam eventuaisconflitos para chamar aatenção dos superiores.

É claro que o uso daestratégia da omissão exi-ge uma avaliação cuida-dosa da situação e o re-curso não pode ser usa-do indiscriminadamente.Os casos em que a não-intervenção é reco-mendada pelos consul-tores em recursos huma-nos são os seguintes:

1) Quando o choquede opiniões não diminuia produtividade dos en-volvidos;

2) Quando não per-turba o ambiente de tra-balho;

3) Quando não vio-la os estatutos da em-presa ou seu regulamen-

to interno.Os gerentes ou donos de empresas

devem intervir obrigatoriamente emcasos como:

1) Um dos envolvidos está em des-vantagem física, cultural ou funcio-

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4949494949 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003

Editado porCarlos Castilho

[email protected]

Pessoas e estudomencionados no texto:

William Oncken Jr.www.oncken.com/history.html

Donald L. WassAtualmente é o diretor dasucursal de Dallas daorganização The ExecutiveCommittee (www.teconline.com),uma entidade mundial que reúnedirigentes de empresas.

Estudo clássicoO trabalho, originalmentepublicado em 1974, foireeditado em fevereirode 2003 pela HarvardBusiness School Press.

nal, em relação à outra parte;2) Quando a disputa já contaminou

outros segmentos da empresa;3) Quando o conflito envolve temas

como assédio sexual, racismo ou di-reitos civis.

Os gerentes e executivos devemconfiar na capacidade dos seus funci-onários de amadurecer profissional-mente ao resolverem problemas de re-lacionamento no ambiente de trabalho,sugerem William Oncken Jr. e DonaldL. Wass. Não se trata de pura e sim-plesmente ignorar o problema ou recu-sar-se a interferir através de indiferen-ça ou fuga. Isso pode agravar o pro-blema, pois o gerente pode passar a sertambém parte do conflito.

Os consultores sugerem que os ge-rentes procurem manter uma distân-cia prudente das crises interpessoaisno ambiente de trabalho, demonstran-do que confiam na capacidade dos su-bordinados de resolver pendências. Masao mesmo tempo devem deixar claropara os envolvidos que os chefes nãosão indiferentes ao problema.

Mito do clientesatisfeitoAs pesquisas contradizem a crença dosexecutivos e donos de empresa de que consumidorsatisfeito é sinônimo de consumidor fiel

A idéia de satisfação do clientetransformou-se num verdadeiro dog-ma no meio corporativo, especialmen-te no varejo. Mas os resultados de pes-quisas feitas na Europa e nos EstadosUnidos indicam que a satisfação doconsumidor não é sinônimo de retor-no futuro e nem de novas compras.

Os estudos feitos pelo Centro dePesquisas Qualitativas da Universidadede Michigan, pelo Instituto de Satisfa-ção do Cliente e pelo Instituto de Defe-sa do Consumidor da França indicaramque os conceitos de satisfação e lealda-de não podem ser confundidos, sobrisco de o empreendedor cometer errossérios e jogar fora muito dinheiro.

A diferença entre um e outro termopode ser identificada através dos mé-todos de pesquisa usados para medirsatisfação e lealdade. A satisfação émedida fundamentalmente através dodepoimento de clientes, enquanto a le-aldade é avaliada por meio de atitudesdos consumidores. A primeira refleteexperiências passadas, enquanto a se-gunda indica ações futuras.

Os especialistas em comportamentode consumidores afirmam que a lealda-de ou fidelidade do cliente não pode sermedida através da coleta de opiniões esim por meio de dados e estatísticas.

As modernas técnicas de marketingtendem a usar a medição do grau de sa-tisfação apenas para avaliar itens comoperformance de vendedores, decoração

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da loja, facilidade ou não para achar pro-dutos e sistema de pagamentos. Servefundamentalmente para corrigir erros.

Já as pesquisas sobre fidelizaçãotrabalham fundamentalmente com obanco de dados da empresa. São in-formações sobre distribuição geográfi-ca e perfil demográfico da clientela,freqüência de compras, tipo de produ-to adquirido ou forma de pagamento.São dados objetivos que permitem tra-çar um perfil de lealdade da clientelae a partir dele prever tendências e com-portamentos futuros.

O estudos sobre lealdade de clien-tes estão estreitamente vinculados àinteligência corporativa, porque tra-balham com dados estruturados inse-ridos em computador.

Existe uma relação entre satisfa-ção e fidelização. Informações e co-nhecimentos sobre o comportamentodos compradores pode fornecer indí-cios preciosos para um estudo sobrecomo intensificar a fidelização.

Mas os estudos revelaram que arelação não é mecânica e muito me-nos automática. Um comprador satis-feito não volta sempre à mesma lojapara uma nova aquisição e nem passa aser obrigatoriamente um cliente fiel daloja. Já o comprador fidelizado voltasempre, por alguma necessidade ob-jetiva. É este consumidor leal que po-voa os sonhos de dez em cada dez exe-cutivos no varejo.

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5050505050Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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O efeitocolchãoEmpresas capazes de absorver choques semperder a estrutura são hoje o grande objetivoda maioria dos executivos modernos

No mundo globalizado atual, asempresas são obrigadas a participar decadeias produtivas integradas por de-zenas de parceiros. A principal vanta-gem é a racionalização produtiva e ope-racional, mas, como em qualquer lu-gar, no meio das maçãs boas, sempreexistem as que não são tão boas. E é aíque reside o grande perigo nesse tipode associação corporativa globalizada.

Quando uma dessas empresas nãoconfiáveis fecha as portas ou subita-mente reduz a produção, as demais so-frem um golpe. Quanto maiores as ca-deias produtivas, maiores os riscos. Porisso é que os consultores passaram ainsistir que as empresas adotem o “efei-to colchão” como uma das estratégiaspreventivas de imprevistos .

Essa precaução já está inclusivevalorizando as ações de empresascotadas em bolsa porque oferece mai-ores garantias aos investidores con-tra oscilações inesperadas nos preçosde papéis.

A capacidade de absorver imprevis-tos é especialmente valorizada em em-presas com forte inserção no mercadointernacional, tanto no abastecimentode matérias-primas como na clientela.O ambiente externo é muito mais su-jeito a turbulências do que o domés-tico, como provam os efeitos sofridospor empresas brasileiras depois dosatentados de 11 de setembro nos Esta-dos Unidos.

Os consultores Randy Starr, Jim

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Newfrock e MichaelDelurey recomendamnum artigo escrito paraa revista Strategy +Business que a primei-ra preocupação deuma empresa na horade criar um “efeito colchão” é distri-buir a responsabilidade entre os de-partamentos financeiro, operacional ecomercial.

O compartilhamento de responsa-bilidades permite uma identificação,acompanhamento e avaliação de ris-cos potenciais de uma forma muitomais eficiente porque exige um gran-de conhecimento de cada área. A ri-gor, essa tarefa de identificar riscospotenciais é uma atribuição normal decada departamento de uma empresa.A novidade é que cada área deve ago-ra trocar permanentemente as infor-mações recolhidas para que seja pos-sível uma estratégia global de uso do“efeito colchão”.

Tradicionalmente as empresas pro-curavam fortalecer áreas mais vulne-ráveis a riscos súbitos. Só que na eco-nomia globalizada e interconectada épraticamente impossível proteger todosos segmentos de uma empresa contramudanças imprevistas no ambiente ex-terno. A empresa acabaria virtualmen-te engessada.

A nova estratégia procura usar me-nos a autodefesa e maximizar a capa-cidade de adaptação, principalmente

através da busca de alternativas. A fle-xibilização financeira, operacional ecomercial é a principal ferramenta paraabsorver imprevistos através da buscaimediata de novos parceiros, quando,por alguma razão, as contrapartes usu-ais são atingidas por fenômenos impre-vistos como guerras, corrupção e mu-danças no âmbito governamental.

Em vez de entrincheirar-se para pro-teger-se, a empresa deve abrir-se ain-da mais para ampliar a sua rede de par-ceiros possíveis. Parece uma contra-dição, mas hoje em dia não há outrasolução porque as cadeias produtivas ea globalização acabaram com a possi-bilidade de ilhas corporativas.

Pessoas e empresamencionadas no texto:

Randy [email protected]

Jim [email protected]

Michael [email protected]

Strategy + Businesswww.strategy-business.com

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5151515151 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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Você já“googlou”hoje?O site Google, de buscas na Web, tornou-se tãopopular que o nome da empresa passou a serusado como verbo, adjetivo e até substantivo

de 3 bilhões de páginas, o que corres-ponde a apenas 20% do total de pági-nas existentes na Web, segundo cálcu-los de especialistas.

Quem, por exemplo, fizer uma bus-ca no Google usando a palavra empre-endedor acabará soterrado por 60 milresultados. Se você tiver muita paciên-cia e nenhuma pressa vai consumir pelomenos uns três dias (jornada comple-ta) para checar todos os resultados.

A vantagem do mecanismo criadopor Sergei e Larry é que você não pre-cisa vasculhar a lista inteira de resulta-dos, porque o que você procura pro-vavelmente estará entre os dez primei-ros, os mais citados e por isso consi-derados os mais respeitados e maiscompletos.

A empresa tem hoje 650 emprega-dos, 10 mil servidores, recebe diaria-mente 150 milhões de solicitações debuscas (75% de todas as buscas feitasna Web em 24 horas), fatura em tornodos US$ 200 milhões anuais e seu va-lor de mercado é de aproximadamenteum bilhão de dólares. Por incrível quepareça, ainda é uma empresa de capitalfechado.

O sucesso do Google não se limi-tou à conquista da preferência entre osinternautas. Desde 2001 e empresa estádiversificando as suas atividades.

A mais famosa e bem-sucedida em-presa jovem do mundo pode orgulhar-se de não ser apenas uma sobreviventeda grande implosão das chamadasponto com, no final dos anos 90.

A Google entrou também para o di-cionário dos coloquialismos surgidosna internet, o que equivale à concessãode um virtual atestado de maioridadepara a empresa fundada em 1998 porSergey Brin e Larry Page, dois recém-formados pela universidade de Stanford.

A exemplo de outras empresas fun-dadas por jovens gênios da informáti-ca, a ascensão da Google foi meteóri-ca, com uma grande diferença: ela con-tinua a crescer, enquanto três quartosde suas congêneres integram o bilioná-rio cemitério das ponto com.

O segredo do sucesso do negóciode Sergey Brin e Larry Page foitransformar as buscas na Web numconcurso de popularidade. A solu-ção que eles encontraram dava aousuário uma idéia da relevância dapágina encontrada verificando quan-tas vezes ela era mencionada (linka-da) por outras páginas.

O vertiginoso crescimento da Webfez com que uma busca simples aca-basse gerando um número inadminis-trável de resultados. O Google afirmater visitado e indexado, até hoje, mais

Primeiro passou a produzir o primeirojornal informativo (Google News) to-talmente automático (não tem editorese nem repórteres) e que pesquisa 5 miljornais de todo o mundo diariamente.Depois criou um site, o Froogle, parabuscas em sites de comércio eletrôni-co, e agora em fevereiro entrou no pro-missor mercado dos weblogs.

Segundo os especialistas, o cresci-mento do Google resulta menos dassoluções técnicas e mais da culturainterna da empresa. A idade média dos“googlers” (funcionários da empresa)está na faixa dos 28 anos. Além de jo-vens, eles são extraordinariamenteconservadores em matéria de padrãode vida. No estacionamento da empre-sa, na cidade californiana de MountainView, predominam carros com mais detrês anos de uso e nenhum Porsche, osonho de consumo dos jovens execu-tivos durante o boom das ponto comamericanas.

Além disso os funcionários desen-

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5353535353 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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volveram uma espécie de paranóiapela pesquisa, tanto técnica comosobre os usuários. Todo mundo pes-quisa alguma coisa e o resultado sãoconquistas que fazem a diferença nonegócio das buscas. Há três anos umapesquisa comum demorava de três aquatro segundos para gerar resultados.Hoje a média está em 0,2 segundos.Uma equipe de dez pessoas cuida ex-clusivamente da leitura de mensagensde usuários e todas têm algum tipo deresposta.

Uma das máximas mais usadas pe-los funcionários/pesquisadores é a deque “os fracassos são bem-vindos,mais ainda os bons fracassos”. Por bonsfracassos eles entendem aqueles quedeixam muitas lições.

Com uma filosofia desse tipo todomundo experimenta alguma coisa emalgum momento. Não há necessidadede consultar chefes, mas existe umaobrigação: todos os resultados, princi-palmente os negativos, devem ser com-

Endereços e glossário deexpressões usadas no texto:

Googlewww.google.comA expressão Google é umacorruptela da palavrainglesa googol criada porum matemático pararepresentar um número com100 zeros.

LinkadaA maioria dos sites na Webfornece os endereços deoutros sites através delinks, muito usados paradar a fonte de informaçõesou referências adicionais.

IndexadoO mecanismo de buscas doGoogle é formado por robôseletrônicos automáticos quevasculham permanentemente aWeb “fotografando” sitescujos endereços sãoguardados (indexados) embancos de dados da empresa.

ServidoresSão computadores onde estãoguardados os endereços e asfotografias dos sitesvisitados pelos robôs. Numabusca no Google, vocêrecebe os endereçosindexados, e por isso nemsempre vem a versão maisatual do site procurado.

Google Newsnews.google.com

Frooglefroogle.google.com

WeblogsTrata-se de um tipoespecial de página pessoal,caracterizada pelo elevadograu de automação (vocêprecisa conhecerprogramação para criar oseu weblog) e personaliza-ção. São a grande novidadeda Web.

partilhados.A Google também não tem medo

de lançar produtos ainda imperfeitos.A crítica dos usuários é um estímulo àparticipação e um desafio aos pesqui-sadores. Quando o Google News foilançado, os três primeiros dias forammarcados por uma avalancha de cor-reções e sugestões. Os usuários quaseque refizeram o projeto, que em um mêsmais tarde já tinha uma média de 70mil usuários diários.

Mas apesar da enorme simpatia quecerca o Google entre os internautas,cresce o temor deles com o sucessoda empresa. Muita gente acredita queo volume de informações guardadonos bancos de dados da empresa tor-nou-se importante demais para ser ig-norado.

Se você duvidar, vá ao Google ecoloque o seu nome no quadro debuscas. Você ficará admirado com oque vai descobrir e provavelmente tam-bém preocupado.

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Do LDo LDo LDo LDo Lado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)Dúvidas sobreDúvidas sobreDúvidas sobreDúvidas sobreDúvidas sobreos juros juros juros juros juros de moraos de moraos de moraos de moraos de mora

Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Incentivo atravésIncentivo atravésIncentivo atravésIncentivo atravésIncentivo através

de bons ede bons ede bons ede bons ede bons exxxxxemplosemplosemplosemplosemplos Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)Quando o investidorQuando o investidorQuando o investidorQuando o investidorQuando o investidoré estrangeiré estrangeiré estrangeiré estrangeiré estrangeirooooo

Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)

PrPrPrPrProdutos e Serodutos e Serodutos e Serodutos e Serodutos e Serviços (pág. 56)viços (pág. 56)viços (pág. 56)viços (pág. 56)viços (pág. 56)

Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)

GuiadoEmpreendedor

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5656565656Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor Pr Pr Pr Pr Produtos & Serodutos & Serodutos & Serodutos & Serodutos & Serviçosviçosviçosviçosviços

Seminário de RHEm sua décima primeira edição, o

Seminário de Recursos Humanos doNúcleo de Pesquisas e Estudos em RHda Universidade Federal de Santa Cata-rina (Ufsc) vai ter como tema “Socie-dade do conhecimento: a valorização docapital humano”. O evento será realiza-do nos dias 24 e 25 de abril, no Centrode Convenções de Florianópolis (Cen-trosul), e contará com a presença deLuiza Helena Trajano, diretora do Ma-gazine Luiza, Clemente Nóbrega, espe-cialista em estratégia empresarial, e dosconsultores Eugênio Mussak e CarlosAlberto Júlio. As inscrições podem serfeitas até 17 de abril pelo telefone (48)348 4500 ou através do [email protected]

Cursos de verãoA Associação das Universidades

da Região Norte de Portugal (Aurn)vai realizar em junho e julho desteano a décima oitava edição do Cur-sos de Verão nas universidades por-tuguesas de Aveiro, do Minho, doPorto, de Trás-os-Montes e do AltoDouro. Serão oferecidos quatro cur-sos: “Ambiente, ruralidade e desen-volvimento”, “Arquitetura, urbanis-mo e patrimônio construído”, “His-tória, cultura e patrimônio” e “Rela-ções internacionais, globalização ecidadania”. Segundo Delvia Carva-lho, representante do Programa deCursos de Verão da Aurn no Brasil,o objetivo, além do intercâmbio, éfornecer informação e atualização deconhecimentos para o desenvolvi-mento pessoal e profissional.(48) 235 1271 www.aurn.pt

To The TopA JJ Assessoria promove um

workshop, chamado de “To The Top”,que prepara o jovem profissional paraenfrentar os rigorosos processos derecrutamento e seleção em empresas.“Temos tido excelente retorno de nos-sos participantes e o próprio merca-do nos mostra que os processos deseleção estão cada vez mais rigoro-sos e competitivos”, diz João Figuei-ra, sócio da empresa. Segundo ele, oworkshop conscientiza o participantede como é possível demonstrar suascaracterísticas, através de técnicas demarketing pessoal, enaltacendo asqualidades, para assim ter chancesreais de sucesso.(11) 3045 8422www.jjassessoria.com.br

Edifícios inteligentesTrazendo um novo conceito para os “edifícios inteligentes”, o software fa-

bricado pela Siemens Building Technolgies permite operar e monitorar simulta-neamente sistemas elétricos, mecânicos e hidráulicos. Com isso, de acordo comPaulo Coviello, diretor da Divisão de Automação Predial da empresa, é possívelcontrolar a segurança, ar-condicionado, sinalização, detecção e combate a in-cêndio e outros sistemas presentes em edifícios de alto padrão. Além disso, oprograma possibilita reduzir custos. “Essa nova tecnologia proporciona umaeconomia significativa para o empreendimento. Em sistemas bem gerenciados,essa economia pode chegar a 30%”, afirma. www.siemens.com.br

VideoconferênciaInovando em ferramentas de teleco-

municações, a Aethra lançou mais duasnovidades para videoconferência. Umadelas é o Vega Pro, que permite o uso devideoconferência para expandir novossetores como o ensino à distância e a te-le-enfermagem. Outro equipamento de-senvolvido pela empresa para essa área éo Vega Star, que proporciona a visualiza-ção simultânea dos participantes de vide-oconferência de até cinco sites.www.aethra.com

Servidorde confiança

Para garantir confiabilidade aos ar-quivos, protocolar e datar documen-tos eletrônicos, a BRy Tecnologia,empresa de segurança da informação,lançou o BRy Protocoladora Digitalde Documentos Eletrônicos (PDDE).“A solução é dirigida a todas as insti-tuições que lidam com tecnologia eque necessitam prover segurança aseus documentos”, explica João Vi-cente Costa, diretor comercial da BRy.Segundo ele, o sistema recebe o do-cumento eletrônico, solicita ao servi-dor data e hora confiáveis e protoco-la o arquivo, gerando um recibo ele-trônico, que tem validade jurídica, deacordo com o Decreto 2.200-2. Casoo documento seja alterado, a ferra-menta gera um recibo diferente do ori-ginal. A novidade está disponível emtodo o país. www.bry.com.br

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DNA SutilUma nova técnica para motivar e ter equipes mais

criativas, que já vem sendo utilizada pelas compa-nhias estrangeiras há algum tempo, está ganhandoadeptos também no país. Diversas empresas brasi-leiras estão adotando o DNA Sutil, como foi batiza-da a novidade, que através da neurolinguística e dasterapias energéticas, associadas à tradição xamâni-ca, liberam as pessoas de seus próprios demônios edespertam nelas o poder criativo. “Ou você tem umaequipe criativa que apenas produz produtos descar-táveis e de baixa qualidade ou uma equipe que de-senvolve produtos de excelente qualidade, que du-rem séculos”, afirma Rowland Barkley, xamã aus-traliano que desenvolveu a técnica.(11) 3105-8005 / 8004

Gravação a laserUma solução inovadora desenvolvida pela La-

serTools Tecnologia em parceria com a USP per-mite realizar a gravação a laser, em duas ou trêsdimensões (2D e 3D), de materiais. A novidadeoferece maior velocidade e precisão na fabricaçãode moldes de injeção de plásticos, clichês, estam-pos e insertos principalmente para as indústrias deplástico, metais, automotiva, ferramentaria e atégráfica. “Com toda a experiência acadêmica ad-quirida, trabalhamos no desenvolvimento de dis-positivos para o uso do laser, criando, dessa ma-neira, oportunidades para seu uso na indústria”,afirma Spero Morato, físico e diretor da LaserTools. Segundo ele, o método a laser é dez vezesmais rápido, reduz em praticamente a zero os de-feitos, além de possibilitar um trabalho em peque-nas dimensões. www.lasertools.com.br

Marketing industrialUma iniciativa inédita no Brasil, promovida pelo Instituto de

Marketing Industrial em parceria com a Fundação Dom Cabrale com a Fundação Getúlio Vargas, criou a Escola de MarketingIndustrial (EMI), especializada em gestão avançada das rela-ções comerciais entre empresas. “Os executivos interessadosem obter conhecimentos nessa área eram obrigados, até ago-ra, a buscar cursos de curtíssima duração em outros países,sem ligações com a nossa realidade local, nossa cultura e valo-res empresariais”, explica José Carlos Teixeira Moreira, ideali-zador do projeto. A EMI é destinada a presidentes, diretores egerentes seniors que pretendem aprimorar seus talentos e de-senvolver novas competências mercadológicas. (11) 3872 2691

Mantas isolantesCom o calor durante todo o verão, muitas empresas no país

aumentaram os gastos com energia elétrica. Para reduzir o consu-mo gerado, principalmente por condicionadores de ar, a Ipla, em-presa catarinense sediada em Biguaçu, desenvolveu um produtoalternativo e pioneiro no Brasil. Trata-se das mantas isolantes térmi-cas, que diminuem em até 63,7% a temperatura ambiente. SegundoCarlos de Lassus, diretor-presidente da companhia, além do con-forto térmico as mantas proporcionam economia de energia elétri-ca, ou seja, alívio no bolso dos consumidores. Em maio, a empresapretende lançar a manta isolante de ruído estrutural. www.ipla.com.br

A Parks, que atua no merca-do de comunicações digitais, fir-mou uma parceria com a Alca-teia para a distribuição de mode-ms ADSL. Segundo Pedro LuizRoccato, gerente de canais daParks, a empresa pretende como acordo ampliar a presença nosegmento em cerca de 30% esteano, atendendo principalmentepequenas empresas e usuáriosdomésticos. De acordo comUlisses de Souza, gerente de Pro-dutos da Alcateia, por enquantoapenas as regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil serão atendidas,e em breve o serviço será esten-dido para todo o país.www.alcateia.com.brwww.parks.com.br

Parceria paradistribuição

Centro deDistribuição

O Grupo Mesquita, quepresta serviços de logísticaintegrada para importação,exportação e distribuição,inaugurou recentemente umcentro de distribuição (CD)em São Bernardo do Cam-po (SP). “São Bernardo doCampo é uma região estra-tégica, entre a capital e San-tos”, afirma José RobertoFrança Filho, diretor-execu-tivo da empresa. De acor-do com ele, o novo CD, quepossui 30 mil2 de constru-ção instalado em uma áreade 105 mil m2, amplia aindamais a atuação do Grupo nopaís.www.grupomesquita.com.br

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5858585858Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorDo Lado da LeiDo Lado da LeiDo Lado da LeiDo Lado da LeiDo Lado da Lei

MarMarMarMarMarcos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna BitelliAdvogado

(11) 3871-0269

Dúvidas sobreos juros de mora

A partir de 11 de janeiro de 2003passou a influir na vida de todos osbrasileiros as mudanças do Código Ci-vil, lei integrada que regula as relaçõesprivadas de pessoas físicas e jurídicas.Aos poucos se torna necessário obser-var quais alterações vão causar tais equais conseqüências. Quanto aos juros,elemento da vida cotidiana comercial efinanceira, uma significativa mudançaocorreu quanto ao pagamento de débi-tos em atraso. O art. 406 agora deter-mina que “quando os juros moratóriosnão forem convencionados, ou o fo-rem sem taxa estipulada, ou quandoprovierem de determinação da lei, se-rão fixados segundo a taxa que estiverem vigor para a mora do pagamento deimpostos devidos à Fazenda Nacional”.Anteriormente, somente se podiam co-brar juros por atraso à razão de 0,5%ao mês.

Ainda na década de 30, a chamadaLei da Usura fez incluir a permissão/limitação (Decreto n° 22.626/1933) dese convencionar cobrança de juros con-vencionais de 1% ao mês, cristali-zando o entendimento de que os jurospoderiam ser fixados em uma obriga-

DIVULGAÇÃO

ção civil até o máximo de 12% ao ano.A primeira dúvida que surge com o

novo Código Civil diz respeito ao fatode que o artigo 192, §3.º da Constitui-ção Federal, veda que em relações deconcessões de crédito não poderão sercobrados juros maiores que 12% aoano. Por causa do conflito deste dis-positivo constitucional com a nova sis-temática do Código Civil, muitos po-derão querer argüir de incobráveis osnovos juros em taxa superior a este teto,aumentando as incertezas entre credo-res e devedores.

Como o novo Código Civil remeteaos juros devidos à Fazenda Nacional,outros poderão dizer que o limite é aque-le fixado pelo Código Tributário Naci-onal – CTN (1% ao mês – art. 161, §1º), o que acarretaria no mínimo a do-bra da taxa de juros legais de mora. Paraconfundir ainda mais, se for aceita afixação da taxa Selic (Lei n°. 9065/95)ao invés dos 1% do CTN, a situaçãopode ir para o campo do imprevisíveltotal.

O Centro de Estudos Judiciários doConselho da Justiça Federal emanouo “Enunciado 20 do CEJ/CJF 09/02”,

que diz: “Art. 406: a taxa de juros mo-ratórios a que se refere o art. 406 é ado art. 161, § 1º, do Código Tributá-rio Nacional, ou seja, 1% (um por cen-to) ao mês”, por se dever entender que“a utilização da taxa Selic como índi-ce de apuração dos juros legais não éjuridicamente segura, porque impedeo prévio conhecimento dos juros; nãoé operacional, porque seu uso será in-viável sempre que se calcularem so-mente juros ou somente correção mo-netária; é incompatível com a regra doart. 591 do novo Código Civil, que per-mite apenas a capitalização anual dosjuros, e pode ser incompatível com oart. 192, § 3º, da Constituição Fede-ral, se resultarem juros reais superio-res a 12% ao ano. Trocando em miú-dos, o mais conservador e equilibradopara os novos juros moratórios é seentender que eles dobraram potenci-almente de 0,5% para 1% ao mês li-mitados ao montante fixado pelo CTN.

O novo Código Civil traz umaO novo Código Civil traz umaO novo Código Civil traz umaO novo Código Civil traz umaO novo Código Civil traz umamudança significativa ao tratarmudança significativa ao tratarmudança significativa ao tratarmudança significativa ao tratarmudança significativa ao tratardos pagamentos em atrasodos pagamentos em atrasodos pagamentos em atrasodos pagamentos em atrasodos pagamentos em atraso

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5959595959 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorPor Fábio Mayer

6060606060Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

LeituraLeituraLeituraLeituraLeitura

FICHA TÉCNICAEmpreendedores Brasileiros,Francisco Britto e Luiz Wever,Editora Negócio(www.negocioeditora.com.br),256 págs.,R$ 45,00

Incentivo atravésde bons exemplos

Incentivar o lado empreendedorde cada brasileiro, retratando os de-safios e as conquistas de alguns dosempreendedores no país que se des-tacaram em suas atividades. Esse é oobjetivo do livro EmpreendedoresBrasileiros – Vivendo e aprendendocom grandes nomes, escrito pelosconsultores Francisco Britto e LuizWever. “Tivemos a preocupação dereunir depoimentos que pudessemtransmitir, a partir da vivência des-ses empresários, o espírito do em-preendedorismo para aqueles que ini-ciam uma carreira profissional ou pre-tendem assumir novos desafios”,afirmam. De acordo com eles, 14,2%da população economicamente ativano Brasil é de empresários, um dosmais altos índices de empreendedo-rismo no mundo. Mesmo assim, opaís é um dos que maisimpõem obstáculos aquem deseja ter suaprópria empresa.

A obra está dividi-da em três partes. Aprimeira conta com aparticipação de Eduar-do Bom Ângelo, presi-dente da Cigna Previ-dência e professor ti-tular e coordenador doCentro de Empreende-dorismo das Faculda-des Ibmec/SP. Ângeloconceitua e contextualiza o tema, evi-denciando para o leitor fatos e fun-damentos importantes no mundo dosnegócios, e ainda define o perfil doprofissional empreendedor. Na se-

gunda parte são apresentados depo-imentos, frases, pensamentos e opi-niões de 14 empreendedores comoAlair Martins (Martins Atacadista),Salim Matar (Localiza), Meyer Ni-gri (Tecnisa), Luiz Seabra (Natura),Roberto Klabin (Fundação SOSMata Atlântica), Washington Olivet-to (W/Brasil) e Otávio Piva (Ex-pand). Por fim, a obra mostra algu-mas características e atitudes maiscomuns entre os empreendedoresentrevistados.

O livro também reúne os DezMandamentos do Empreendedor,com o objetivo de ensinar o cami-nho das pedras do empreendedoris-mo para quem deseja ser bem-su-cedido nos negócios. Entre eles: di-nheiro, equipe, coragem, família eimagem. Segundo os autores, a obra

é indicada para quempretende conhecerum pouco melhor omundo dos negóciose como seus perso-nagens se compor-tam diante de cadanova situação. Fran-cisco Britto é forma-do em Propaganda eJornalismo e pós-graduado em Admi-nistração Mercadoló-gica. Já Luiz Weveré formado e pós-gra-

duado em Administração de Empre-sas. Em 2002, os autores fundarama BW Gestão de Talentos, empresaintegradora de soluções na área dedesenvolvimento pessoal.

TRECHOS

“O empreendedorismo é hoje umfenômeno global, sobre o qual diversasinstituições públicas e privadas têminvestido para pesquisar e incentivar.” “Algumas idéias equivocadas ainda existemno senso comum. Uma delas é a de que oempreendedor é um herói solitário.” “Outro conceito errôneo é o de que umempreendimento necessariamente precisaser muito grande para ser consideradocomo um sucesso.” “Pequenos negócios desempenham umpapel muito importante na economia.” “Aquele entusiasmo esbarrava numa durarealidade. Não seria fácil convencer o pai,Jerônimo Martins do Nascimento, aabandonar a vida no sítio e se mudar paraa cidade.” “O timoneiro de um barco a vela sabe quesua maior qualidade é aproveitar osventos, mesmo aqueles que não sopram afavor.” “Parecia que tinha pela frente uma vidacalma, sem surpresas, fazendo carreira numamultinacional. Gostava até do que fazia.” “Pelo DNA de família, seria comerciantetal qual seu pai, que começou vendendotecidos de porta em porta até chegar auma lojinha, já na Capital, onde toda afamília dava expediente.” “Curiosamente, por um capricho dodestino, sua trajetória na esferaempresarial começou por meio dosnegócios familiares.” “Ter uma idéia. Ousar dar vida à idéia.Ignorar o ceticismo geral. Fazer com que aidéia se torne um negócio.”

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Novos Títulos Novos Títulos Novos Títulos Novos Títulos Novos Títulos

6161616161 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003

Alavancando Negóciosna Internet,Gabriel Torres e Alberto Cozer,Editora Axcel Books(www.axcel.com.br),384 págs.,R$ 69,00

Campeãs Ocultas,Hermann Simon,Editora Bookman(www.bookman.com.br),264 págs.,R$ 56,00

Enfatizar o marketing para manter os clientes. Esse éum dos segredos das campeãs ocultas, empresas que sededicam a seus clientes de tal forma que estabelecemuma relação de confiança e fidelidade. No livro CampeãsOcultas, o autor Hermann Simon investiga as estratégiasdessas pequenas e médias empresas que possuem fatu-ramento considerável e, ainda, baixa visibilidade e noto-riedade. Para entrar no clube das campeãs ocultas é pre-ciso definir um mercado-alvo restrito, ter como metaser líder nesse mercado, lutar pela inovação contínua doproduto e dos processos e criar vantagens competitivaspara os produtos ou serviços.

Gabriel Torres e Alberto Cozer apresentam em Ala-vancando Negócios na Internet os seis passos que elesconsideram necessários para que a empresa tenha lucroatravés da Web. Além disso, a obra mostra qual a melhormaneira de o empreendedor ter um maior controle sobrea gestão de um negócio na internet e também como criarum empreendimento bem-sucedido, fundamentado emplanejamento e em estratégias de marketing. O livro ana-lisa casos de sucessos e de fracassos no Brasil e no ex-terior com base nos serviços, nas estratégicas, nos mé-ritos e nos defeitos de vários sites. Traz ainda entrevis-tas com empreendedores da área.

Análise e Viabilidade deProjetos de Investimentos,Paulo Brito,Editora Atlas(www.edatlas.com.br),104 págs.,R$ 25,00

Em Análise e Viabilidade de Projetos de Investi-mentos, o autor Paulo Brito apresenta um conjunto deregras básicas para simplificar o trabalho de viabilidadeeconômica de projetos de investimentos. De acordocom ele, o empresário fica ansioso para emprestar di-nheiro e acredita que é perda de tempo realizar um es-tudo de viabilidade. Por isso, o objetivo da obra é su-prir a carência deixada pela literatura, que, apesar deampla e diversificada, recai sempre na síntese dos mes-mos aspectos. O livro apresenta um texto que aproxi-ma o conhecimento teórico, inserido nos manuais, daprática de análise de projetos.

O Cérebro Executivo,Elkhonon Goldeberg,Editora Imago(www.imagoeditora.com.br),284 págs.,R$ 40,00

O livro Cérebro Executivo – Lobos frontais e a mentecivilizada mostra como o cérebro humano, mais especi-ficamente os lobos frontais, desempenha um importantepapel no sucesso ou no fracasso de quaisquer tomadasde decisão. Com um estilo acessível, o autor ElkhononGoldeberg compara a função de um diretor-executivo coma dos lobos frontais, que no cérebro controla o julgamen-to e o comportamento social e ético. Para Goldeberg, umlíder criterioso sabe intervir e impor sua vontade. Por outrolado, basta um pequeno lapso do diretor-executivo paradesorganizar a gestão corporativa, comprometendo a to-mada de decisão.

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Informação e Crédito

1

A Serasa firmou parceriainédita com a United Na-tions Volunteers (UNV),órgão do voluntariado daOrganização das Nações

Unidas (ONU), para implementarnas empresas brasileiras o Progra-ma Serasa de Empregabilidade dePessoas com Deficiência.

No Brasil, a maior parte daspessoas com deficiência física, au-ditiva, visual e mental está alijadado mercado de trabalho. SegundoElcio Anibal de Lucca, presidenteda Serasa, as estatísticas mostramque há aproximadamente 6 milhõesde pessoas com deficiência em ida-de economicamente ativa, dasquais cerca de um milhão está nomercado de trabalho informal e

Serasa e ONU esta apenas 158 mil legalmente empre-gadas com garantias trabalhistas ebenefícios. A razão de muitas pes-soas com deficiência estarem àmargem do mercado de trabalhoestá diretamente ligada às poucasoportunidades que têm de ingres-sar em cursos e treinamentos pro-fissionais, o que resulta em baixaqualificação para o exercício dotrabalho.

A Serasa, atenta a esse proble-ma social, implementou, por meiode sua área de ResponsabilidadeSocial, o Programa Serasa de Em-pregabilidade de Pessoas com De-ficiência, que qualifica essas pes-soas para que sejam efetivadas naprópria empresa ou obtenham me-lhor competitividade no mercado

ELCIO ANIBAL DE LUCCA, PRESIDENTE DA SERASA, ENTRE MILTON LUÍS PEREIRA

(À ESQUERDA), DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DA SERASA,

E DIRK HEGMANNS, COORDENADOR DA UNV NO BRASIL

DIV

ULG

ÃO

Objetivo étreinar pessoascom deficiênciasfísica, auditiva,visual e mental,e abrir mercadode trabalhopara elasVictoria Iturrieta

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2

belecem parceria

A Serasa foi homenageada na Assembléia Le-gislativa de São Paulo, em sessão solene no dia 24de março, por seu compromisso com a comunida-de e serviços prestados em benefício do desenvol-vimento do país. A homenagem foi uma iniciativado deputado Edson Ferrarini.

Criada em 1968, a Serasa é a maior empresa doBrasil em informações e análises econômico-finan-ceiras para apoiar decisões de crédito e negócios ereferência mundial no segmento. Constantementeorientada para soluções inovadoras em informaçõespara negócios, a Serasa vem, na última década,contribuindo para a transformação da cultura decrédito no Brasil, com a incorporação contínua dosmais avançados recursos de inteligência e tecnolo-gia. Nos últimos anos, a Serasa tem promovido aampliação do acesso das micro, pequenas e médiasempresas ao crédito, por meio de informações eanálises consistentes para os concedentes de re-cursos e também para seus próprios negócios, an-tes privilégio das grandes corporações.

Mantém, em todas as capitais e principais cida-des do país, o Serviço Gratuito de Orientação aoCidadão, para atender a população. A Serasa parti-cipa ativamente no respaldo às decisões de créditoe de negócios tomadas em todo o Brasil, facilitan-do mais de 2,5 milhões de negócios por dia, paramais de 300 mil clientes diretos ou indiretos.

Empresa recebehomenagem na

Assembléia Legislativade São Paulo

de trabalho formal. Pelo êxito doprograma e com a experiência dejá ter qualificado e oferecido opor-tunidades de trabalho aos jovenscom deficiência física, auditiva evisual, a Serasa tem sido constan-temente procurada por empresasque querem desenvolver programasemelhante.

Por essa razão, voluntários daUNV serão capacitados para imple-mentar em outras empresas o Pro-grama Serasa de Empregabilidade,com fidelidade da metodologia ori-ginal. A cada seis meses, a Serasarecruta e seleciona 12 pessoas comdeficiência física, auditiva e visual,para as quais oferece treinamentode 480 horas – em sala de aula eem área de trabalho – visando aqualificá-las profissionalmente.Mediante avaliações periódicas, aofinal de seis meses de treinamento,a Coordenação do Programa e asáreas de trabalho nas quais as pes-soas com deficiência estagiam de-cidem por efetivá-las na Serasa ouencaminhá-las para seleção de ou-tra empresa. O presidente da Sera-sa esclarece que o programa nãotem por princípio ser paternalista,por isso nunca teve a intenção deefetivar os treinandos por apresen-tarem alguma deficiência, mas simporque desenvolveram uma com-petência real para o trabalho. A par-ceria com a UNV foi formalmenteestabelecida na Sede Serasa, com apresença de Elcio Anibal de Lucca,presidente da Serasa; de DouglasEvangelista, coordenador de Pro-gramas da UNV para a AméricaLatina, Caribe e Países Árabes; ede Dirk Hegmanns, coordenador daUNV no Brasil.

RECONHECIMENTO

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6464646464Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

Análise EconômicaAnálise EconômicaAnálise EconômicaAnálise EconômicaAnálise Econômica

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor

DIVULGAÇÃO

André HahnAndré HahnAndré HahnAndré HahnAndré HahnEstrategista Chefe da Leme Investimentos

Quando o investidoré estrangeiro

Há muito tempo que o mercado bra-sileiro dá especial importância aos mo-vimentos dos investidores internacio-nais. Sejam ações, títulos da dívida oude renda fixa, uma boa parte dos pa-péis brasileiros negociados hoje sãomovimentados por pessoas de outraspraças. De Londres e Nova York, ges-tores de fundos e contas de investi-mento fazem a sua leitura da nossa si-tuação, das perspectivas para o país,para as empresas e os seus papéis.

No início da década de 90 tive-mos um dos pontos mais marcantesdo mercado de ações, que foi a aber-tura para o investidor estrangeiro. Osvolumes negociados melhoraram sig-nificativamente, e aqueles famososplayers, como Naji Nahas, acabaramperdendo espaço. Daquele momentoem diante, não se tinha mais a mes-ma condição de liquidez restrita parao desenvolvimento de operações ten-denciosas. A “briga de cachorrogrande” começou a ficar mais difícile perigosa.

Em paralelo a isso, e seguindo umalinha cultural formada durante muitotempo de que tudo o que vem de foraé melhor ou mais importante, as ope-rações dos nossos amigos internacio-nais começaram a ser vistas com gran-de interesse. Subliminarmente, enten-dia-se que o que eles estavam fazendo

É preciso cautela e desconfiança aoÉ preciso cautela e desconfiança aoÉ preciso cautela e desconfiança aoÉ preciso cautela e desconfiança aoÉ preciso cautela e desconfiança aoserem analisados os fluxos de compra eserem analisados os fluxos de compra eserem analisados os fluxos de compra eserem analisados os fluxos de compra eserem analisados os fluxos de compra evenda de papéis vindos do exteriorvenda de papéis vindos do exteriorvenda de papéis vindos do exteriorvenda de papéis vindos do exteriorvenda de papéis vindos do exterior

deveria ser o mais correto. E eles pas-saram a ser formadores de opiniãopara uma boa parte do mercado. O sal-do líquido dos estrangeiros na Boves-pa passou a ser um indicador de queas coisas deveriam ir bem ou não emum futuro próximo. Vejam bem, “queas coisas deveriam ir bem”, e não“que as coisas estavam indo bem”.Temos aí uma grande diferença.

Ao longo dos anos fomos obser-vando, através de vários momentosque variaram entre a depressão e aeuforia, que os movimentos dos nos-sos colegas de Londres e Nova Yorknão eram tão apurados assim. Essesprofissionais chegavam, muitas vezes,a operar literalmente na contramãodaquela velha e surrada regrinha quediz que no mercado de ações vocêdeve comprar na baixa e vender naalta. Mas a linha de raciocínio passa-va muito, como ainda passa, pelaquestão do “ver pra crer”. Só que oque é contrário à eficácia dessa linhade trabalho é que os mercados ante-cipam os fatos. E foi exatamente issoo que aconteceu no caso das eleiçõesde 2002 no Brasil. O medo de que umpossível governo Lula fosse provo-car a saída dos investimentos do país,e conseqüentemente a queda dos ati-vos, levou a uma venda antecipadade ações, títulos da dívida e à com-

pra de dólares.Pouco antes das elei-ções, bancos famosos e grandes cor-porações financeiras respeitadas pelamídia passavam a indicação de vendados papéis brasileiros para os seus cli-entes. E isso tudo após um ano intei-ro de fortes quedas. Chegamos a ver,recentemente, que um mesmo bancoque havia recomendado a venda dosC’Bonds, principal título da dívida ex-terna brasileira, ao nível de 48% doseu valor de face, agora voltava a re-comendar a sua compra. Só que o“agora” significava um preço próxi-mo a 70% do valor. Tivemos, aí, umavalorização de 45% em apenas doismeses.

A experiência ensina, mas nessemercado as aulas acabam sendo ca-ras. Valem então observações comoessa, que apontam para uma boa dosede cautela e desconfiança quando ve-rificarmos um determinado fluxo decompra ou de venda dos papéis vindodo exterior. Existem centenas deexemplos, e historicamente as coisasse repetem. Em 14 anos operandonesse mercado podemos considerarque, efetivamente, os “santos de casa”fazem um pouco mais de milagres.

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6565656565 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2003

IndicadoresIndicadoresIndicadoresIndicadoresIndicadoresCarteira teórica Ibovespa

NOME/TIPO PARTICIPAÇÃO VARIAÇÃO % AÇÃO IBOVESPA ANO (ATÉ MARÇO)

Acesita PN 0,701 29,35Ambev PN 1,839 5,98Aracruz PNB 0,691 -0,59Bradesco PN 6,617 12,18Bradespar PN 0,621 10,34Brasil ON 2,089 11,79Brasil T Par ON 0,561 8,27Brasil T Par PN 2,759 4,31Brasil Telecom PN 2,23 -5,95Braskem PNA 0,268 -3,14Celesc PNB 0,441 -18,52Cemig ON 0,108 -18Cemig PN 2,779 -4,5Cesp PN 0,42 -17,65Comgas PNA 0,259 -5,08Copel PNB 1,251 -17,4CRT Celular PNA 0,705 7,71Eletrobras ON 0,949 -22,75Eletrobras PNB 3,181 -14,16Eletropaulo Metropo PN 0,721 -15,77Embraer ON 0,5 -35,31Embraer PN 1,856 -30,21Embratel Part ON 0,843 -3,11Embratel Part PN 4,278 -9,89Gerdau PN 1,287 -6,05Ibovespa 100 0,04Ipiranga Pet PN 0,185 -9,97Itaubanco PN 4,337 10,65Itausa PN 1,762 13,11Klabin PN 0,338 77,67Light ON 0,104 -48,1Net PN 1,334 -33,33Petrobras ON 3,101 -0,7Petrobras PN 9,823 3,54Sabesp ON 1,096 -11,4Sid Nacional ON 2,185 27,08Sid Tubarao PN 0,713 14,68Souza Cruz ON 0,873 15,92Tele Celular Sul ON 0,468 38,61Tele Celular Sul PN 0,97 -10,99Tele Centroeste Cel PN 2,259 17Tele Leste Celular PN 0,49 -4,55Tele Nordeste Celul PN 1,155 -8,63Telemar Norte Leste PNA 1,718 -11,45Telemar ON 1,084 6,61Telemar PN 14,07 6,1Telemig Celul Part PN 1,345 -2,69Telesp Cel Part PN 4,859 0,71Telesp Operac PN 0,792 -9,15Tractebel ON 0,362 22,86Transmissao Paulist PN 0,477 6,6Usiminas PNA 1,973 39,63Vale Rio Doce ON 1,082 -11,56Vale Rio Doce PNA 2,454 -10,26Votorantim C P PN 0,607 5,83

Juros/Aplicação (%)

(até 31/03/03) MarçoMarçoMarçoMarçoMarço AnoAnoAnoAnoAnoCDICDICDICDICDI 1,773 5,670SelicSelicSelicSelicSelic 1,777 5,683Poupança*Poupança*Poupança*Poupança*Poupança* 0,880 2,810CDB pré 30CDB pré 30CDB pré 30CDB pré 30CDB pré 30 1,596 5,103Ouro BM&FOuro BM&FOuro BM&FOuro BM&FOuro BM&F -9,620 -8,226(* por aniversário)

Indicadores imobiliários (%)

MarçoMarçoMarçoMarçoMarço AnoAnoAnoAnoAnoCUB SPCUB SPCUB SPCUB SPCUB SP 0,900 2,330TRTRTRTRTR 0,488 1,361

Juros/Crédito (em % mês)

AbrilAbrilAbrilAbrilAbril AbrilAbrilAbrilAbrilAbril02/abril02/abril02/abril02/abril02/abril 03/abril03/abril03/abril03/abril03/abril

Desconto 3,08 a 5,20 3,07 a 5,31Factoring 4,37 a 4,42 4,35 a 4,40Hot Money 3,06 a 7,73 3,06 a 7,73Giro Pré 45,51 a 111,71 45,45 a 111,712(*= taxa ano)

Câmbio (até 03/04/2003)

CotaçãoCotaçãoCotaçãoCotaçãoCotaçãoDólar comercialDólar comercialDólar comercialDólar comercialDólar comercial R$ 3,3531EuroEuroEuroEuroEuro US$ 1,0768IeneIeneIeneIeneIene US$ 119,68

Mercados futurosMercados futurosMercados futurosMercados futurosMercados futuros(em 03/04/2003)

MaioMaioMaioMaioMaio JunhoJunhoJunhoJunhoJunho JulhoJulhoJulhoJulhoJulhoDólarDólarDólarDólarDólar R$ 3,306 R$ 3,356 R$ 3,400Juros DIJuros DIJuros DIJuros DIJuros DI 26,30% 26,16% 25,99%Café (NY)Café (NY)Café (NY)Café (NY)Café (NY) US$ 57,95 – US$ 60,45IbovespaIbovespaIbovespaIbovespaIbovespa 11.966 12.442 –FuturoFuturoFuturoFuturoFuturo

Inflação (%)

ÍndiceÍndiceÍndiceÍndiceÍndice FevereiroFevereiroFevereiroFevereiroFevereiro AnoAnoAnoAnoAnoIGPIGPIGPIGPIGP-M (F-M (F-M (F-M (F-M (Fevereirevereirevereirevereirevereiro)o)o)o)o) 1,53 6,27IGPIGPIGPIGPIGP-DI-DI-DI-DI-DI 1,59 3,80IPCAIPCAIPCAIPCAIPCA 1,57 3,86IPC - FipeIPC - FipeIPC - FipeIPC - FipeIPC - Fipe 0,67 4,54

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2003

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorAgendaAgendaAgendaAgendaAgenda

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

FEICOMXXVII Feira do Comércio do Distrito FederalExpobrasíliaBrasília – DFFone: (61) 328-4545

6ª EXPOSIÇÃO NACIONAL DE INSTALAÇÕES ELÉTRICASExpo Center NorteSão Paulo – SPFone: (11) 3824-5300

FIPAN9ª Feira Internacional dePanificação e ConfeitariaI Salão dos Pequenos Varejos dosProdutores de Consumo de MassaTransamérica Expo CenterSão Paulo – SPFone: (11) 3105-5101

EPICURE4ª Feira Sul-americana do Fumoe do Presente FinoITM ExpoSão Paulo – SPFone: (11) 3151-6444

VIVAVINHO1º Salão Internacional do VinhoITM ExpoSão Paulo – SPFone: (11) 3151-6444

INTERDEFESA2ª Feira Internacional deEquipamentos, Produtos e Serviçospara Segurança e DefesaCentro de Exposições ImigrantesSão Paulo – SPFone: (11) 3829-9111

EXPOTTUR2ª Exposição Estadual doTurismo em TocantinsEspaço CulturalPalmas – TOFone: (61) 344-6440

UTIMÓVEISXXIII Feira Nacional de Móveis,Decorações e UtilidadesCentro de Convenções de PernambucoOlinda – PEFone: (81) 3471-8065

AGRISHOW’200310ª Feira Internacional deTecnologia Agrícola em AçãoPólo Regional de Desenvolvimento Tecnológicodos AgronegóciosRibeirão Preto – SPFone: (11) 5582-6420

AGRISHOW PASTAGEM E FENAÇÃO4ª Feira Internacional de TecnologiaAplicada à Nutrição e Manejo AnimalPólo Regional de Desenvolvimento Tecnológicodos AgronegóciosRibeirão Preto – SPFone: (11) 5582-6420

XII FEIRA DE BORDADO DE IBITINGA,MÓVEIS E DECORAÇÕESExpobrasíliaBrasília – DFFone: (27) 3361-6864

FEIMODA2ª Feira de Confecções,Calçados e AcessóriosExpobrasíliaBrasília – DFFone: (27) 3361-6864

XVII MOSTRA NACIONAL DE PEQUENOS ANIMAISParque de Exposições Wolmar SaltonPasso Fundo – RSFone: (54) 312-3801

33ª EXPOSIÇÃO DE EQUIPAMENTOS, PRODUTOS ESERVIÇOS PARA DIAGNÓSTICO POR IMAGEM JPR’200333ª Jornada Paulista de RadiologiaITM ExpoSão Paulo – SPFone: (11) 284-3988

EXPO NOIVAS & FESTAS SP’20038ª Exposição de Produtos e Serviçospara Festas de Casamento,15 anos, Bodas e Festas InfantisExpo Center NorteSão Paulo – SPFone: (21) 3153-7999

AVIESTUR21ª Feira de Negócios de Turismo do InteriorXIII Congresso sobre Negóciosde Turismo do InteriorMendes Convention CenterSantos – SPFone: (11) 3234-2212

REATECH2ª Feira Internacional de Tecnologiaem Reabilitação e InclusãoCentro de Exposições ImigrantesSão Paulo – SPFone: (11) 577-4355

FIMEC’200327ª Feira Internacional de Máquinas, Couros eComponentes para Calçados e CurtumeParque de Exposições da FenacNovo Hamburgo – RSFone: (51) 587-3366

33ª FEIRA AGROINDUSTRIAL E ARTESANALParque de ExposiçõesTreze Tílias – SCFone: (49) 537-0176

20ª FEIRA DO LAR & DECORAÇÃOPavilhão de Exposições do Parque BarigüiCuritiba – PRFone: (41 ) 335-3377

HORTIFEIRA MERCAFLOR’20036ª Feira de Produtos e NovidadesTecnológicas para o Setor de FloriculturaPavilhão de Exposições da MercaflorJoinville – SCFone: (47) 424-0269

De 23/04 a 27/04/2003

De 24/04 a 26/04/2003

De 01/05 a 11/05/2003De 26/04 a 05/05/2003

De 30/04 a 04/05/2003

De 24/04 a 27/04/2003

De 24/04 a 27/04/2003

De 25/04 a 27/04/2003

De 25/04 a 04/05/2003

De 26/04 a 27/04/2003

De 28/04 a 03/05/2003

De 28/04 a 03/05/2003

De 29/04 a 04/05/2003

De 29/04 a 04/05/2003

De 01/05 a 04/05/2003

De 01/05 a 12/05/2003

De 05/05 a 08/05/2003

De 06/05 a 08/05/2003

De 06/05 a 08/05/2003

De 06/05 a 09/05/2003

De 07/05 a 10/05/2003

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