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ANO 16 N o 192 OUTUBRO 2010 R$ 9,90 www.empreendedor.com.br EMPREENDEDOR – MAPA DA MINA – ANO 16 N o 192 OUTUBRO 2010 ISSN 1414-0152 WELBER BARRAL FALA SOBRE OS PROGRAMAS FEDERAIS PARA AMPLIAR AS EXPORTAÇÕES DAS MPES LEI DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: OBRIGAÇÕES E OPORTUNIDADES TENDÊNCIA: A FEBRE DAS COMPRAS COLETIVAS Mapa da mina Falta de dinheiro não é desculpa para deixar de inovar. Saiba onde e como conquistar os recursos necessários para desenvolver projetos e alavancar os negócios

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Edição n. 192 da revista Empreendedor, de outubro de 2010

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ANO 16 No 192 OUTUBRO 2010 R$ 9,90

www.empreendedor.com.br

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ApA dA mINA – ANO 16 N o 192 OUTUBRO 2010

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leI dOS ReSídUOS SólIdOS: OBRIgAçõeS e OpORTUNIdAdeS TeNdêNcIA: A feBRe dAS cOmpRAS cOleTIvAS

Mapa da minafalta de dinheiro não é desculpa para deixar de inovar. Saiba onde e como conquistar os recursos necessários

para desenvolver projetos e alavancar os negócios

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Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 – SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088

Com o parceiro certo, sua empresa ainda vai ter

muita história pra contar.

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taçã

o.

No Banco do Brasil, você encontra as melhores soluções para Capital de Giro. É crédito na hora e você só começa a pagar em 2011. Tudo rápido, prático e com as melhores

taxas do mercado para sua empresa crescer cada vez mais. Aproveite. Esse momento é todo da sua empresa.

Capital de giro no BB é crédito na hora e pagamento só em 2011.

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Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 – SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088

Com o parceiro certo, sua empresa ainda vai ter

muita história pra contar.

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No Banco do Brasil, você encontra as melhores soluções para Capital de Giro. É crédito na hora e você só começa a pagar em 2011. Tudo rápido, prático e com as melhores

taxas do mercado para sua empresa crescer cada vez mais. Aproveite. Esse momento é todo da sua empresa.

Capital de giro no BB é crédito na hora e pagamento só em 2011.

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EMPREENDEDORESNÃO DURMA NO PONTOPRODUTOS E SERVIÇOSDINÂMICA

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N E S TA E D I Ç Ã O

RECURSOS PARA INOVAÇÃOmais de 80% dos empreendedores iniciais brasileiros não pensam em inovar. problema cultural ou falta de recursos? provavelmente ambos. mas, no segundo caso, existem soluções à vista. A empreendedor faz um levantamento e aponta fontes públicas e privadas de recursos e como o empresário deve proceder para conquistá-los.

14 | ENTREVISTAWelber Barral

O secretário de Comércio Exterior do Ministério de Desen-volvimento, Indústria e Comércio fala sobre os programas de incen-tivo à exportação e internacionali-zação direcionados a MPEs.

28 | MEIO AMbIENTElei de resíduos sólidos

Após mais de 20 anos de discus-sões, o presidente Lula sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e determinou sua regula-mentação até novembro. Entenda o que vai mudar com a nova lei e como isso pode afetar sua empresa.

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32 | MARkETINgTwitter nos negócios

As redes sociais na internet ganham cada vez mais importância na vida das pessoas, e também na das empresas. Mas é preciso saber usar bem estes canais para que o tiro não saia pela culatra. Saiba como utilizar uma das redes que mais crescem na atualidade, o Twitter.

36 | TENDêNCIAcompras coletivas

Sites de compras coletivas, sucesso nos Estados Unidos e na Europa e que agora chegam ao Brasil, oferecem des-contos de até 90% para consumidores e permitem a varejistas e prestadores de serviço divulgar a marca e conquistar um grande volume de clientes.

46 | FRANqUIASob nova direção

A oportunidade de adquirir unidades franqueadas que já se encontram em pleno funcionamento é uma possibilidade pouco comentada. No entanto, as revendas de fran-quias representam algo em torno de 5% do volume de venda anual de franquias. Conhe-ça as vantagens e desvantagens.

40 | PERFIlUn Ae Hong e Jong Ae Hong

Maior rede no segmento de frozen yo-gurt do País, a Yogoberry, empresa 100% brasileira, foi criada pelas irmãs coreanas Un Ae Hong e Jong Ae Hong. Conheça a história destas empreendedoras.

LEITURA ANÁLISE ECONÔMICAAGENDA

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A Revista empreendedor é uma publicação da editora empreendedor diretor-editor: Acari Amorim [[email protected]]

diretor de comercialização e marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [[email protected]]

Redação editor-executivo: Alexsandro Vanin [[email protected]] – Repórteres: Beatrice Gonçal-ves, Cléia Schmitz, Marlon Aseff e Mônica Pupo – edi-ção de Arte: Gustavo Cabral Vaz – projeto gráfico: Oscar Rivas – fotografia: Ana Colla, Arquivo Empreendedor, Casa da Photo, Gabriel Schmidt e PhotosToGo – foto da capa: PhotosToGo – Revisão: Lu Coelho

Sedes

São paulo diretor: Fernando Sant’Anna Borba – executi-vos de contas: Ana Carolina Canton de Lima e Osmar Escada Jr – Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis – 01239-010 – São paulo – Sp – fone: (11) 3214-1020/2649-1064/2649-1065 [[email protected]]

florianópolis executiva de Atendimento: Samantha Arend [[email protected]] – Av. Osmar cunha, 183 – ed. ceisa center – bloco c – 9º andar – 88015-900 – centro – florianópolis – Sc – fone: (48) 2106-8666

escritórios Regionais

Rio de Janeiro Triunvirato empresarial – Milla de Souza [[email protected]] – Rua São José, 40 – 4º andar – centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – fone: (21) 2611-7996/9607-7910

Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [[email protected]] – fone: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio ville de montagne, Q.01 – cS 81 – lago Sul – 71680-357 – Brasília – distrito federal

paraná merconeti Representação de veículos de comunicação ltda – Ricardo Takiguti [[email protected]] – Rua dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa vista – 82560-460 – curitiba – pR – fone: (41) 3079-4666

Rio grande do Sul Flávio Duarte [[email protected]] – Rua Silveiro, 1301/104 – morro Santa Teresa – 90850-000 – porto Alegre – RS – fone: (51) 3392-7767

pernambuco Hm consultoria em varejo ltda – Hamilton Marcondes [[email protected]] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa viagem – 51021-310 – Recife – pe – fone: (81) 3327-3384

minas gerais SBf Representações – Sérgio Bernardes de Faria [[email protected]] – Av. getúlio var-gas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – mg – fones: (31) 2125-2900/2125-2927

Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [[email protected]] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 10%, pagando somente R$ 106,92 à vista. estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

produção gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CTP – distribuição: Distribuidora Magazine Ex-press de Publicações Ltda – São Paulo

empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

F alta de recursos é uma das reclamações mais comuns e frequentes entre o empresariado. Em parte, eles não deixam de ter razão, principalmente os micro e pequenos empreendedores, que sofrem com a escassez de micro-crédito e as dificuldades de acesso às linhas de financiamento de bancos de fomento e até mesmo das caras instituições comerciais, problema tam-

bém para empresários de médio porte. No entanto, quando o objetivo é inovar, isto não é verdade. Fontes do governo e especialistas do capital empreendedor (venture capital) garantem que há dinheiro de sobra sendo ofertado no mercado. Inclusive sem juros, e até mesmo sem devolução.

Mas qual o problema então? Por que as empresas nacionais inovam tão pouco? Em grande parte, falta ao empreendedor brasileiro a cultura da inovação. Herança de nossa colonização de exploração, da tradição católica de condenar o lucro, da abundância de recursos naturais e mão de obra barata, além dos muitos anos de instabilidade econômica. Dados da pesquisa GEM 2009 revelam que 83,5% dos empreendedores iniciais não pensam em inovar, e o tradicional estudo da Roland Berger Strategy Consultants coloca o Brasil na 68ª posição do ranking mundial de inovação de 2010 – sétimo na América Latina. Outro levantamento, este do Minis-tério da Ciência e Tecnologia, mostra que o total aplicado pelo setor produtivo não chega a 0,5% do PIB.

Colabora para aumentar o problema a falta de preparo das empresas na hora de preparar um projeto para concorrer aos recursos. Os erros mais comuns vão de falhas na documentação a dificuldades em traduzir o valor da inovação e persuadir os analistas da instituição. Desistir na primeira negativa é outra falta. É preciso uma mudança urgente de postura, e as entidades de apoio empresarial, como Sebrae e CNI, devem estimular as empresas a investir em inovação e ensiná-las a preparar projetos para captar os recursos necessários para tanto.

O que não podemos é ficar sem investir em inovação para melhorar a qualida-de das novas empresas e a das já estabelecidas. Só assim teremos competitividade para garantir o mercado interno e criar condições para exportar, gerando empre-go, renda e riqueza para o País.

Alexsandro vanin

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E M P R E E N D E D O R E S

Bruna Abdala

MODA ATEMPORAlFilha de empreendedores, a estilista Bruna Abdala tinha

intenção de trabalhar em algumas grifes antes de criar sua própria marca. Mas o pai insistiu que ela apostasse logo em seus planos. Em junho de 2009, Bruna inaugurava a Made by Tailor, loja especializada em camisas brancas. E foi ainda mais longe: deixou Uberaba, sua cidade natal, para instalar a loja na capital paulista, onde estava concentrado seu público-alvo. A ideia do negócio surgiu no dia em que Bruna saiu com uma amiga

para ajudá-la a montar um guarda-roupa de executiva. A difi-culdade em encontrar peças clássicas, mas que tivessem um ar jovem e de moda, fez com que a empresária percebesse uma oportunidade de negócio. “Nossas camisas são feitas para ser peça curinga do guarda-roupa. A ideia é fazer uma moda atemporal”, afirma Bruna. A fábrica fica em Uberaba. Quase

a totalidade dos 60 modelos vem na cor branca, mas há algumas peças em preto, marinho, rosa e azuis pastel.

www.madebytailor.com.br

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Adenilson Soares

PRATO ChEIO Depois de fazer estudos de viabilidade e formatação de restaurantes e

bares para vários clientes de uma consultoria, os irmãos e sócios Adenilson e Ademir Soares decidiram investir no próspero segmento de alimentação fora de casa. Antes disso, viajaram pelo mundo, realizando pesquisas e bus-cando um diferencial de mercado. O resultado é a Risotto Mix, que tem como proposta oferecer aos clientes pratos bem elaborados com preços justos e tempo de comida rápida.

“A ideia era transformar o slow em fast-food, possibilitando o acesso de diferentes públicos a pratos do dia a dia e da alta gastronomia”, ex-plica Adenilson, formado em Ciências Contábeis pela PUC de Campinas (SP). O primeiro restaurante da marca foi aberto em Manaus, em 1999. A segunda unidade foi inaugurada na sequência, já no formato de franquia, também em Manaus. Atualmente, a Risotto conta com 40 unidades em 23 cidades do País e emprega 500 pessoas. A expectativa é chegar ao fim de 2010 com 60 contratos assinados e, em 2013, com 150 unidades.www.risottomix.com.br

marcelo ponzoni

MATURIDADE EMPRESARIAlFundada em 1988, a Rae,MP nasceu

do encontro casual de Ronaldo Arthur Esperança, dono de uma revenda de au-tomóveis, e Marcelo Ponzoni, um jovem estudante de comunicação. O empresário convidou o publicitário para iniciar uma agência que teria como primeiro cliente a própria revenda. Marcelo aceitou e, três anos depois, Esperança deixou o negócio para que Ponzoni o tocasse sozi-nho. Nesse momento, a agência recebeu seu nome atual, Rae,MP – as iniciais de seus fundadores.

Vinte e dois anos depois, a Rae,MP atende cerca de 20 clientes, a maioria do segmento varejista. Os shopping centers, por exemplo, são uma grande especiali-dade da agência. Entre os clientes, Shop-ping Aricanduva, Central Plaza Shopping e Shopping Interlagos. A empresa, que tem sede em São Paulo, conta com uma filial em Ribeirão Preto, somando 60 colabora-dores. Nos últimos cinco anos, a Rae,MP cresceu 400%. www.raemp.com.br

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mauricio Kigiela

REDE DE SEgURANÇAFilho de empresário, desde a adoles-

cência o administrador Mauricio Kigiela sonhava em ter o próprio negócio. Em 2005, aos 28 anos, o sonho começou a sair do papel quando ele reencontrou um colega que tinha acabado de assinar contrato para representar uma empresa americana de segurança para a internet no Brasil, chamada Hacker Safe. Kigie-la aceitou a proposta de sociedade e começou a trabalhar como represen-tante comercial. Oito meses depois, comprou a participação de um dos sócios. Nesse meio tempo, a empresa passou a se chamar Site Blindado. Na metade de 2007, adquiriu a participa-ção do outro sócio e se tornou majo-ritário na companhia. Pouco depois, a Hacker Safe foi vendida nos Estados Unidos e a Site Blindado começou a

desenvolver sua própria plataforma, lançada no final de 2008.

Para impulsionar o desempenho fi-nanceiro, Kigiela decidiu procurar um sócio-investidor e recebeu um aporte da Ideiasnet, que detém atualmen-te 28,6% da companhia. O resultado dessa trajetória é um portfólio de 600 sites, incluindo clientes do porte de Casas Bahia e Ponto Frio. Com foco em comércio eletrônico, o carro-chefe da empresa é o serviço de blindagem de sites, que pode ter ferramentas avançadas de proteção ativa contra hackers, além de certificado digital, análise antimalware e análise de vul-nerabilidade nas aplicações web e na infraestrutura. A meta da companhia é crescer mais de 200% em 2010. www.siteblindado.com.br

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Especialistas em administração de negócios, Marcos Martins e Fernando Alvite decidiram criar o Planeje-se, site que ajuda pequenos empresários a gerir seus empreendimentos. O usuário interage com o sistema, mostrando o que pretende fazer, seja uma compra ou a contratação de um funcionário. A ferramenta indica com sinais verde e vermelho se a decisão terá resultado positivo ou negativo, res-pectivamente. “Se for negativa, ele poderá refazer a consulta quantas vezes quiser, mudando alguma variável até que receba sinal verde”, explica Martins, sócio da M11 Consultoria, responsável pelo desen-volvimento do serviço.

Formado em Engenharia Mecânica pela Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro, Martins também é professor do MBA em Gestão de Negócios do Insti-tuto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) e ins-trutor do Empretec, seminário do Sebrae. O sócio Al-vite é administrador de empresas formado pela PUC do Rio de Janeiro, com pós-graduação em Finanças pelo Ibmec. Ele também já atuou como gerente dos bancos Itaú, Santander e Santos e analista financeiro do Grupo Golden Cross. www.planeje-se.com.br

marcos martins e fernando Alvite

gESTÃO ON-lINE

fatima casarini

FlORES NObRES Depois de se tornar referência em comércio eletrônico com o site

Flores Online, a empresária e florista Fatima Casarini traz uma nova loja virtual, desta vez com foco no mercado de luxo. Lançada em ju-lho, a www.fatimacasarini.com.br traz três opções de compra: método convencional de escolha dos arranjos disponíveis no site; “Fale com a Florista”, onde o cliente dá um briefing para a criação de um arranjo exclusivo; “Escolha da Florista”, em que a florista decide o arranjo com base nas características do presenteado, traçadas a partir de um ques-tionário respondido pelo cliente no site.

“O segmento de luxo estava carente de propostas que unissem exclusividade às facilidades do e-commerce”, afirma Fatima. A florista investiu R$ 300 mil no projeto e espera vender 50 unidades por dia e faturar cerca de R$ 3 milhões ainda no primeiro ano de funcionamento da nova loja. Fatima faz questão de frisar que continuará sendo respon-sável pela criação e produção de arranjos da Flores Online. A empresa foi criada em 1998 e é líder no comércio virtual de flores com mais de 400 arranjos disponíveis. www.floresonline.com.br

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Reuniões! como é para você? Se é líder, menos mal. Se é colaborador, talvez as coloque naquela categoria de mal ine-vitável. em outras palavras: as reuniões são mais detestadas do que amadas! du-vida? Alguma vez na vida você por acaso sugeriu como tema de uma delas justa-mente avaliar a qualidade das reuniões?

Reuniões! Como seguir adiante sem elas? Impossível! Ruim com elas, pior sem elas. Afinal, uma empresa é uma rede de interdependências em que as razões, as motivações e as intenções individuais se misturam com os propósitos, os objeti-vos e as metas organizacionais. Os em-penhos individuais precisam se ajustar ao coletivo e vice-versa, somente assim será possível conquistar desempenhos superiores. Mas isso não acontece natu-ralmente. É preciso se reunir com regu-laridade para combinar o jogo, definir os papéis, reforçar os compromissos.

A qualidade das reuniões prenuncia a qualidade dos resultados. Então, por maior que seja a rejeição, elas consti-tuem o foro principal para a tomada de decisões, o planejamento das ações, a avaliação dos resultados. Se bem-feitas, as reuniões são poderosas ferramentas de trabalho em equipe. Se malfeitas,

não passam de sessões de tortura mú-tua, em que os participantes ficam due-lando em uma batalha contínua para ver quem ganha, embora o resultado final sempre seja a derrota de todos.

Será que as reuniões, na sua empre-sa, tornam as pessoas mais inteligentes, mais vivas, mais livres? Se assim não for, vale refletir sobre esse tema. E suas principais variáveis.

Reuniões de probabilidades

São momentos em que se vive o passa-do, tratando de coisas que já aconteceram. Um exemplo? As reuniões de resultados. O instrumento básico desses “reviveres” é uma planilha projetada na tela. Ali estão, escancarados diante de todos, os núme-ros previstos e os efetivamente realizados. A diferença costuma ser grande. E, claro, negativa. Para piorar as coisas, as luzes fi-cam apagadas e haja café para manter as pessoas acordadas. Nem sempre dá certo. A polêmica em torno de um número, as dezenas de pontos de vista relacionadas a ele e as centenas de conclusões na base do ‘achismo’ sem fundamento.

Viver o passado é planejar ações para, no máximo, repetir uma lista de coisas a fazer sempre sob a responsabilidade das mesmas pessoas e do mesmo jeito, sem

REUNIõES: RUIM COM ElAS, PIOR SEM ElAS

Será que as reuniões, na sua empresa, tornam as pessoas mais inteligentes, mais vivas, mais

livres? Se assim não for, vale refletir sobre esse tema. e suas principais variáveis

N Ã O D U R M A N O P O N T O

propósito e significado para os demais. Como se repetir equívocos à exaustão pu-desse transformá-los em acertos.

Parece um contrassenso, mas o obje-tivo é resolver um problema. E, afinal, o que é, mesmo, um problema? É algo que não foi bem-feito no passado e que retor-na, para ser corrigido. E por que não foi bem-feito no passado? Pelas razões que voltam a ser apresentadas e repetidas, em um moto-contínuo. Isso “explica” por que muitas empresas ficam tratando seus as-suntos clássicos ad infinitum.

Reuniões que tratam das probabilida-des são como funerais: sisudos e tristes. De maneira objetiva ou subjetiva, os te-mas estão sempre voltados à defesa de algum tipo de ameaça. E ela está em tudo quanto é canto, sorrateira: nas decisões governamentais, na ação da concorrência; no ambiente interno, na falta de coman-do, de controle, de competências.

Isso tudo no que se refere ao conteú-do. Na forma, a entropia é ainda maior. Em resumo, o café não é capaz de manter as pessoas despertas. Então, elas se distraem atendendo telefonemas ou lendo os re-cados do celular, enviando ou recebendo mensagens, respondendo e-mails com os notebooks ligados, tudo no estilo pingue-pongue típico de uma vida feita de ação e reação. São como lenhadores que usam incessantemente seus machados, sem analisar se é a ferramenta certa, se aquela é a floresta a derrubar e se é mesmo ne-cessário colocar aquelas árvores abaixo. Li-mitam-se a fazer os mesmos movimentos, dia após dia, cumprindo uma sina jamais questionada. Entregues ao determinismo e à fatalidade.

A reunião é uma síntese perfeita do que uma empresa é no seu dia a dia. Pense nisso.

Reuniões de possibilidades

São aquelas em que se vive um mun-

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lam o uso das várias inteligências de cada um dos participantes. São capazes de ajustar as percepções das pessoas à realidade, uma das funções mais impor-tante das reuniões.

Reuniões são imprescindíveis! E que não tratem apenas dos resultados, mas de quem faz os resultados. Aliás, é um momento ímpar de se desgarrar da ob-sessão pelo resultado, de abrir mão do controle e de conversar sem julgamen-tos. É a oportunidade valiosa de “conhe-cer em conjunto”, algo que envolve in-ventar, aprender, imaginar, criar, realizar com atenção e apoio mútuos.

As reuniões fazem parte do sistema humano de uma empresa. Podem (e de-vem) reforçar os propósitos e motivar a busca por novos significados. Como, por exemplo, a conquista de um ambiente de trabalho mais autêntico, dinâmico e criativo, que melhore a qualidade das relações e das decisões, o desempenho pessoal e os resultados organizacionais.

Reuniões jamais podem se asseme-lhar a funerais. Ao contrário, devem ser caracterizadas pelo ritmo gratificante da vida, com um entusiasmo que depois se estenda por toda a empresa. Numa sín-tese legítima e representativa do dia a dia da organização. Desde que realmen-te sejam momentos de gestação do que há de melhor. Experimente e verá!

do de infinitas possibilidades. O passado serve como aprendizado e é exatamen-te para isso que existem as reuniões de avaliação! Todo o resto é futuro!

Uma reunião que planeja os resulta-dos futuros não trata de redução de cus-tos, mas do aumento das receitas. Custos são denominadores que tratam das pro-babilidades. Receitas são numeradores que tratam das possibilidades. A diferença é muito grande entre um e outro, quando o assunto é a gama de resultados. Mas os números são apenas referências, portan-to, secundários. O principal é se concen-trar na fonte mais confiável de resultados de qualquer empresa: o cliente. Diferen-temente das reuniões de probabilidade, em que ele quase nunca é lembrado a não ser como ‘pedido’, ‘ordem de serviço’ ou ‘faturamento’. Nas de possibilidades, o cliente é tratado como um conjunto de necessidades a atender.

No lugar dos problemas, as reuniões de possibilidades focalizam os desafios. Como vimos, problemas remetem ao passado; desafios constroem o futuro. E haja mãos levantadas assumindo res-ponsabilidade por eles, justamente o oposto do que ocorre nas moribundas reuniões de probabilidades, marcadas pela mesmice e pela fria (e compreensí-vel) isenção dos participantes.

meditação coletiva

Reuniões são os imprescindíveis momentos de paradas. É preciso fazer pausas! É preciso respirar! Na música, tanto quanto as notas, os interregnos são fundamentais para construir o rit-mo. Uma boa reunião funciona como uma meditação coletiva, um freio ao corre-corre, muitas vezes desenfreado e que inapelavelmente conduz a decisões e ações mais reativas do que reflexivas.

Boas reuniões são geradoras de ri-quezas, despertam o talento e estimu-

por Roberto Adami TranjanEducador da Cempre

Conhecimento & Educação Empresarial(11) 3873-1953/www.cempre.net

[email protected]

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0 por Beatrice gonç[email protected]

com o atual ritmo de crescimento da econo-mia, o ministério do desenvolvimento, Indústria e comércio exterior estima que o Brasil feche o ano de 2010 movimentando US$ 180 bilhões em exportações. Um valor 15% maior do que o

registrado no ano passado. Segundo o ministé-rio, a maior parte das empresas brasileiras que exportam – o equivalente a 48% do total – é de micro e pequeno portes. mas apesar da grande quantidade, esse segmento movimenta pouco e é responsável por apenas 1,2% do volume total de produtos exportados.

fortalecer essas empresas e estimulá-las a

vender mais para o exterior estão nos planos da Secretaria de comércio exterior, órgão ligado ao ministério do desenvolvimento. A entidade estima que com programas de capacitação e estímulo ao comércio exterior é possível au-mentar em 10% o número de empresas exporta-doras de pequeno porte até o fim do ano.

O secretário de comércio exterior, Wel-

Governo federal quer aumentar em 10% o número de pequenas empresas exportadoras até o fim do ano com programas de capacitação e estímuloao comércio exterior

DE OlhO lá FORA

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Welber Barral

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Há um fenômeno novo que é o aumento do investimento brasileiro no exterior. No

último semestre, houve mais investimento brasileiro

no exterior do que estrangeiro no Brasil

Quais são as metas da Secretaria de comér-cio exterior para este ano?

Welber Barral – Temos algumas macrometas definidas na política de de-senvolvimento produtivo. Estamos tra-balhando para que até o fim de 2010 o Brasil represente 1,25% das exportações mundiais e para aumentar em 10% o nú-mero de micro e pequenas empresas ex-portadoras. Queremos atingir a meta de US$ 180 bilhões em exportações este ano, o que representa um aumento de mais de 15% em comparação com o ano passado.

Que tipos de produtos e insumos o Brasil mais exporta?

Welber Barral – O Brasil tem uma indústria muito diversificada e, ao contrá-rio de muitos países, não depende de um único produto. O Brasil exporta produ-tos e insumos como petróleo, minérios, soja, químicos, etanol, papel e celulose. No segmento de carnes o Brasil é um dos principais fornecedores para o mercado norte-americano; no setor de calçados vendemos muito para a Argentina, e no setor de construção civil somos muito fortes na África. Este ano, já é possível perceber um aumento nas exportações de todos esses itens em comparação com 2009, e isso é muito importante.

Quem são os principais parceiros comerciais do Brasil? para onde o país exporta?

Welber Barral – Nosso parceiro tradicional nos últimos 70 anos eram os Estados Unidos, mas há dois anos quem assumiu esse lugar foi a China. O país representa hoje 15% das exportações brasileiras. Em seguida, vêm os Esta-dos Unidos, a Argentina e a Holanda. No caso da Holanda é preciso lembrar que o país é um dos principais pontos de entrada de produtos para a Europa. É possível perceber também um cresci-mento muito grande no comércio com os outros países membros do Bric (Bra-sil, Rússia, Índia e China).

Que produtos o Brasil costuma importar?Welber Barral – Grande parte das

importações brasileiras é de insumos para as empresas. Em 2009 a China foi o principal fornecedor de produtos para

ber Barral, esteve em florianópolis no 16º congresso Nacional de Jovens lideranças empresariais (conaje) para falar sobre a participação do Brasil no comércio exterior para mais de 1 mil empreendedores jovens. Barral, que está à frente da secretaria des-de 2007, é formado em direito e pós-doutor pela georgetown University (eUA).

o País. Este ano, os Estados Unidos vol-taram a ser o maior fornecedor, e em seguida vêm a China, a Alemanha e a Coreia do Sul. O Brasil importa entre outros produtos, como equipamentos mecânicos, elétricos, automóveis, quí-micos e farmacêuticos.

No primeiro semestre de 2010 o Brasil au-mentou a importação de matérias-primas. A que se deve isso?

Welber Barral – À medida que a indústria brasileira aumenta a produ-ção, ela precisa importar mais insumos. Isso é um processo natural. O Brasil tem hoje uma economia muito aquecida e isso faz com que aumente as importa-ções de todos os itens. É interessante observar que a economia brasileira está cada vez mais internacionalizada. Há um fenômeno novo que é o aumento do investimento brasileiro no exterior. No último semestre, houve mais inves-timento brasileiro no exterior do que investimento estrangeiro no Brasil. Essa é a primeira vez que isso acontece. São empresas que estão se internacionali-zando, que estão fazendo aquisições no exterior e ao mesmo tempo criando no-

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tivemos um aumento de 130% na expor-tação simplificada. O grande problema é que ele só pode ser feito por via aérea. Estamos discutindo para estender esse sistema para via marítima.

A secretaria tem trabalhado para aumentar a formação de consórcio de pequenas e mé-dias empresas para exportação?

Welber Barral – Foi criada uma nova regulamentação para consórcios de exportação que já está em vigor há um ano. Essa regulamentação facilita a criação de consócios de exportação e dá algumas vantagens, como redução tributária e facilidade para fazer o draw-back, para que esse grupo de empresas possa entrar no mercado internacional. A Agência Brasileira de Promoção de Ex-portações e Investimentos (Apex) tem ajudado muito a divulgar esses consór-cios no cenário internacional.

Que outros projetos de melhoria nessa área estão sendo discutidos na secretaria?

Welber Barral – Hoje a pequena e média empresa, quando está enquadrada no Simples, pode faturar até R$ 2,4 mi-lhões por ano sem sair do Simples. Se ela passar esse teto cai no regime normal de tributação. Estamos propondo uma mu-dança de lei complementar que precisa passar pelo Congresso. O que pretende-mos fazer é que o volume total do que for exportado não faça parte dessa base de cálculo. Isso permite que a empresa venda R$ 2,4 milhões no mercado inter-no, mais R$ 2,4 milhões em exportações, gerando um grande incentivo para que as pequenas empresas ingressem no merca-do internacional sem sair do Simples.

O Brasil já fechou um acordo com a Argen-tina para o uso de moedas locais nas tran-sações comerciais. Quais são as vantagens que esse tipo de sistema oferece?

Welber Barral – A grande vanta-gem é evitar a taxa de conversão, já que a liquidação da operação é na moeda lo-cal e ao mesmo tempo evita oscilações cambiais que possam comprometer o faturamento da empresa exportadora. O maior uso de moeda local é melhor para a pequena e a média empresa porque,

vas empresas em outros países até como mecanismo de distribuição de produtos e eliminação de barreiras comerciais.

Qual é o perfil das empresas brasileiras que exportam?

Welber Barral – Os micro e peque-nos negócios representam 48% das em-presas exportadoras. Entretanto, se for considerado o volume total de expor-tações, elas representam apenas 1,2% do mercado. Se nós agregarmos a esses números as empresas de médio porte, chegaremos a um volume em torno de 8% das exportações. Isso é muito pouco. Há um grande potencial para inclusão de micro, pequenas e médias empresas no comércio internacional.

O que a Secretaria de comércio exterior tem feito para estimular mais empresas a exportar?

Welber Barral – Temos uma série de programas de estímulo à exportação. Há setores que foram escolhidos como prio-ritários como o de promoção das expor-tações de micro e pequenas empresas e, por conta, disso estamos implementando nos estados o programa Primeira Expor-tação para acompanhar todo o processo de vendas para o exterior. Há setores em que temos que fortalecer a competitivi-dade do Brasil; aí nós incluímos o setor têxtil e o moveleiro, e outros onde o Bra-sil já é competitivo, mas é preciso conso-lidar mercado. Esse é o caso da indústria aeronáutica, do bioetanol, da mineração e do petróleo. Para cada um desses se-tores há um programa específico para aumentar a produtividade.

Quais são hoje os principais problemas que as empresas encontram quando decidem exportar?

Welber Barral – O sistema tributá-rio brasileiro é muito complexo e acaba por onerar quem exporta. Um dos gran-des problemas é o acúmulo de tributos na cadeia. Quanto mais longa a cadeia produtiva, mais há acumulação de tribu-tos. Outro problema é o de logística. O custo de transportar a soja de uma cida-de de Mato Grosso até o porto é o mes-mo do transporte do porto até a China.

O maior uso de moeda local é melhor para a pequena e a média empresa porque, dependendo do valor, é

possível reduzir até em 4% o custo financeiro

da operação

E N T R E V I S TA

Há ainda o gargalo da burocracia e a de falta de mão de obra qualificada. Mas es-ses não são problemas recentes. O sis-tema tributário brasileiro foi criado nos anos 1940, o sistema de logística ficou 30 anos sem investimentos e a burocra-cia já vem desde o império português.

como a secretaria tem feito para melhorar essas condições?

Welber Barral – Conseguimos re-duzir o volume dos impostos através do drawback. Com esse mecanismo o ex-portador brasileiro pode comprar insu-mo no mercado nacional e internacional sem precisar pagar encargos como PIS, Cofins e IPI. Nós estamos trabalhando para estender o drawback para que o exportador não precise pagar também o ICMS cobrado pelos estados. Uma mu-dança importante aconteceu também há dois anos, quando tivemos um au-mento no valor da Declaração Simplifi-cada de Exportação (DSE), em que com um único documento é possível fazer uma operação de exportação de até U$S 50 mil por embarque. Antes o limite era de US$ 20 mil. Depois dessa mudança

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Welber Barral: www.mdic.gov.br

dependendo do valor, é possível reduzir até em 4% o custo financeiro da opera-ção. Isso cria um incentivo para a em-presa. Estamos trabalhando agora para divulgar mais esse instrumento. Muitas operações que poderiam ser feitas em moeda local não estão sendo feitas por desconhecimento das empresas.

como tem sido a atuação do Brasil no mer-cado internacional?

Welber Barral – O Brasil de 2010 é um país muito diferente de dez anos atrás. É um país que tem mais presença

nos foros internacionais e tem um pio-neirismo muito maior nos debates. Pelos números da exportação é possível perce-ber isso. Em 2005, o Brasil comemorou quando exportou o equivalente a US$ 100 bilhões, e três anos depois chegou a quase US$ 200 bilhões em exportações.

Quais são os grandes desafios para os pró-ximos anos?

Welber Barral – Acredito que seja aumentar a competitividade dos produ-tos brasileiros. A ideia de que o Brasil vai se fechar só no mercado interno e que o

consumo do País será responsável pelo crescimento brasileiro é ilusória. Cada vez mais se observa que a divisão entre mercado interno e externo é uma divi-são artificial. Uma empresa de Biguaçu (SC) que não for competitiva no merca-do norte-americano, não será competiti-va no mercado de Florianópolis.

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Capital inovador Siga as orientações dos especialistas e monte o projeto certo para captar os recursos necessários para inovar

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por cléia [email protected]

Diz um velho ditado que “quem tem boca vai a Roma”. A sábia ideia contida nes-ta frase é de que a combinação de vontade e iniciativa leva longe. Mas isso depende, é claro, de fazer as perguntas certas às pessoas certas. Com a inovação, ocorre algo pareci-do com a antiga viagem à capital dos roma-nos, então centro do mundo. Para inovar, é preciso primeiro a vontade, na forma de um bom projeto. Vencida essa etapa, falta então descobrir onde fica Roma, ou melhor, onde há dinheiro para bancar o projeto. Acredite, essa é a parte mais fácil.

“Não tenha receio. Se você tiver um bom projeto, ele será financiado”, garante Rogé-rio Medeiros, chefe do Departamento de Acompanhamento, Avaliação e Gestão de In-formação da Financiadora de Estudos e Pro-jetos (Finep), agência ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Segundo o exe-cutivo, esse discurso era inviável no final dos anos 1990. A concorrência era muito grande, quase 10 propostas por vaga. “Precisávamos fazer escolhas difíceis porque havia muitos bons projetos e poucos recursos disponí-veis”, afirma Medeiros.

Na época, a Finep operava em torno de

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lisiane, diretora de exportações e América latina da Artecola, que recentemente fechou o quinto contrato com a finep

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R$ 300 milhões a R$ 500 milhões por ano, envolvendo empresas e instituições de pesquisa. Hoje, são R$ 3 bilhões – R$ 1 bi-lhão só para projetos de inovação nas em-presas. O cenário começou a mudar em 1999, com o desenvolvimento dos fundos setoriais de ciência e tecnologia (C&T). A taxação do resultado de determinadas ati-vidades – por exemplo, a exploração de recursos naturais pertencentes à União – garantiu fontes de recursos para inves-timentos em C&T. “Nunca o discurso da importância da inovação esteve tão casado ao orçamento disponível”, diz Medeiros.

O problema é que muitos empreen-dedores ainda desconhecem a existência de apoio financeiro para inovação. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita pela consultoria Elabora com 60 empresas de diferentes tamanhos de Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e Santa Catarina. Segundo o estudo, apesar de ser clara a percepção da importância de inovar produtos e pro-cessos, a maioria das empresas não tem condições de elaborar projetos para soli-citar os recursos disponíveis. Dos quatro estados pesquisados, Santa Catarina é onde há a maior demanda de empresas por apoio à inovação.

“No Brasil há uma espécie de diabe-tes do capital para inovação: há dinheiro,

nientes do Programa Inova Brasil, serão investidos na montagem de estruturas de inovação no Brasil e também nas plantas da Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. É o primeiro projeto de internacio-nalização da inovação da Finep.

“O projeto nasceu de uma provocação da própria Finep”, afirma Lisiane Kunst Boh nen, diretora de exportações e América Latina da Artecola. Numa conversa informal com um técnico da agência, a empresária falava de questões macroeconômicas do grupo quando foi questionada sobre como se apoiava na área tecnológica no exterior. Ao responder que ainda não havia desco-berto uma Finep lá fora, o técnico propôs que ela elaborasse um projeto de interna-cionalização. “Ele me convenceu de que mesmo que parte da verba fosse enviada para o exterior, o resultado final acontece-ria no Brasil”, conta Lisiane.

fontes locais

A exemplo da Finep, as principais fundações estaduais de amparo à pesqui-sa também têm elevado o volume de re-cursos investidos em inovação. A Fapesp, de São Paulo, por exemplo, aplicou no ano passado R$ 679,5 milhões em paga-mentos de bolsas e auxílios para pesqui-

“Não tenha receio. Se você tiver um bom projeto, ele será financiado”, garante Rogério medeiros

mas ele não chega à empresa, da mesma forma que a glicose existe no sangue e não consegue chegar até a célula”, com-para Marcelo Hiroshi Nakagawa, profes-sor de empreendedorismo da Fundação Carlos Alberto Vanzolini e pesquisador associado ao Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da Universidade de São Pau-lo (USP). Segundo ele, é comum sobrar dinheiro, tanto dos editais lançados por entidades governamentais quanto dos investimentos de capital de risco.

O Grupo Artecola, do Rio Grande do Sul, é uma das empresas que têm tirado proveito dessas oportunidades. A com-panhia, que atua na área de adesivos, laminados, equipamentos de proteção individual e plásticos de engenharia, firmou recentemente o quinto contrato com a Finep, com financiamento no va-lor de R$ 16 milhões. Os recursos, prove-

lisiane e Antônio leal Neto, membro da finep

em visita a empresa para discussão do projeto de

internacionalização

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sas científicas e tecnológicas. Neste ano, só até agosto, esse valor chegou a R$ 500 milhões. Um dos destaques é o Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), cujo foco é desenvol-ver empresas de base tecnológica. Em 13 anos de existência, foram quase 1 mil projetos viabilizados.

A Bug Agentes Biológicos, de Piracica-ba (SP), é uma das empresas que cresceu apoiada por recursos do Pipe/Fapesp. O empreendimento foi criado em 1999 nas dependências da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo. Os engenhei-ros agrônomos Danilo Scacalossi Pedra-zzoli e Diogo Rodrigues Carvalho eram alunos de mestrado quando perceberam a oportunidade de negócio em suas pes-quisas envolvendo produção de insetos para controle de pragas agrícolas. Para montar o laboratório de multiplicação de parasitoides, a Bug recebeu R$ 72,1 mil a fundo perdido da Fapesp.

Nessa época, a empresa ganhou mais um sócio, o biólogo Heraldo Negri de Oliveira. Depois de demonstrar a viabi-lidade econômica do projeto, dois novos financiamentos foram aprovados pelo Pipe para a Bug: R$ 243,9 mil para comer-cialização da produção e cerca de R$ 350

mil para o desenvolvimento de um novo produto, com foco no mercado de grãos. “Éramos muito focados no segmento de cana-de-açúcar, uma situação que causa-va muita sazonalidade para o negócio”, comenta o sócio Diogo. “Com os recur-

sos do Pipe, conseguimos dar um salto de crescimento muito importante para o negócio”, acrescenta.

Agora a Bug está se preparando para mais um salto. No ano passado, ela assi-nou um contrato com o Criatec, fundo de investimentos de capital semente des-tinado às empresas emergentes inovado-ras. Diogo prefere não revelar o aporte recebido, mas a participação do Criatec é de 20% no capital da empresa. Os re-cursos estão sendo investidos principal-mente em novas instalações para ampliar a capacidade produtiva e permitir a ex-pansão de novos mercados, incluindo o aumento das exportações. “É a chance que temos de nos transformarmos numa multinacional de controle de agentes biológicos”, afirma Diogo.

Os fundos de investimento, aliás, são uma fonte importante de recursos para inovação. A capitalização de empresas por meio de investidores que se tornam sócios do empreendimento tem ajudado muitos empreendedores a tirarem seus projetos de inovação da gaveta. O pro-grama Inovar, da Finep, criado em 1999, ajudou a dinamizar a indústria de ventu-re capital, ou de capital empreendedor, como vem sendo denominada no Brasil. Hoje, ele trabalha com 17 fundos de ven-

Artecola: mais de 26% da receita vem de produtos inovadores lançados nos

últimos três anos. A meta é elevar esse percentual

a 50% até 2020

moreira, da BZplan: capital vem acompanhado de apoio à gestão estratégica e financeira

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ture capital e private equity. O sucesso do modelo fez surgir o Inovar Semente – específico para empresas de menor por-te – que opera a partir de 24 fundos.

O Fundo SC é um deles. Autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em julho deste ano, ele tem dispo-nível R$ 12 milhões para investir em em-presas emergentes com perfil inovador, instaladas em Santa Catarina. “Mapeamos mais de 500 negócios, selecionamos 70

e estamos avaliando dois deles para en-caminhar o processo de investimento”, explica José Henrique Moreira, sócio da BZPLan, empresa que administra o fun-do em parceria com a mineira FIRCapital. Ele admite que muitos empreendedores reclamam do “crivo”, mas ressalta que ser criterioso faz parte do negócio.

O volume de aporte de capital do Fundo SC varia de R$ 500 mil a R$ 1,8 milhão por empreendimento e a parti-cipação acionária no negócio se limita a 49,9%. Segundo Moreira, uma das vanta-gens é que o capital vem acompanhado de apoio à gestão estratégica e financei-ra da empresa. Para Diogo Carvalho, da Bug, esse é um diferencial importante dos fundos de investimento. “Eles aca-bam estruturando melhor a gestão da empresa. Para nós, que estamos focados na área técnica, essa visão mais adminis-trativa e comercial do negócio é muito importante”, afirma o empresário.

O capital empreendedor tem se apre-sentado como uma ferramenta impor-tante para estimular a saída de empresas incubadas para o mercado, transformando ativos acadêmicos em ativos de mercado. Essa é a opinião do executivo Bernardo Portugal, membro do Comitê de Empre-endedorismo da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap). “Nós ainda não temos um benchmark no Brasil, mas nos Estados Unidos o retorno médio tem sido de 30%”, destaca. Segundo

Portugal, foi o venture capital que fez com que economias como a de Taiwan deixas-sem de ser predominantemente agrícolas para focar em serviços inovadores.

De acordo com David Travesso, sócio da FIR Capital, no Brasil o capital empre-endedor investido em empresas de me-nor porte tem tido um perfil diferente do norte-americano. Enquanto lá o foco são empresas de base tecnológica formadas em meios acadêmicos, aqui os investido-res estão preferindo empresas tradicionais com grande potencial de crescimento. “São empresas que não se aproveitam de tecnologias sofisticadas, mas que ganham vantagens competitivas no segmento em que atuam e precisam de orientação em governança corporativa e reestruturação de capital”, explica Travesso.

participação empresarial

Apesar da evolução do capital para inovação, o Brasil ainda está com uma péssima imagem neste quesito. O tradi-cional estudo da Roland Berger Strategy Consultants mostra o País na 68ª posição no ranking mundial de inovação de 2010. Na América Latina, o Brasil foi apenas o sétimo colocado. Os investimentos em inovação no País representam 0,82% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 1,42% na China. Além de recursos gover-namentais, faltam investimentos das pró-prias empresas. Pesquisa do MCT mostra

medeiros, da finep: “As empresas têm que aprender como se faz um bom projeto”

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www.anpei.org.brNo portal da Associação Nacional de pesquisa e desenvolvimento das empresas Inovadoras (Anpei), você encontra um link no canto direito para acessar o guia prático de Apoio à Inovação. A ferramenta traz todos os instrumentos de apoio à inovação, separados por estado e porte da empresa. O material é atualizado constantemente. Não deixe de consultar!

www.portalinovacao.mct.gov.brcriado para promover a cooperação tecnológica, o portal é uma espécie de ponto de encontro de empresas inovadoras. ele traz ferramentas para a gestão da inovação, informações estratégicas, redes de relacionamento, comunidades de prática e outras oportunidades para inovar.

www.finep.org.brA finep é a principal agência de apoio à inovação no Brasil. No portal, você encontra informações atualizadas sobre as oportunidades de financiamentos e subvenções concedidos pela agência. fique atento às chamadas públicas e seus respectivos editais.

www.bndes.org.br/inovacao O banco dispõe de linhas específicas para inovação, como a capital Inovador, com foco na empresa, a Inovação Tecnológica, com foco no projeto, e a Inovação produção. No site, você encontra todas as informações financeiras como taxa de juros, valores de financiamento e prazos de pagamento.

www.abvcap.com.br / www.venturecapital.gov.brOs dois endereços trazem informações sobre oportunidade de investimentos de fundos de capital de risco. A Abvcap traz uma lista das empresas de venture capital e private equity.

www.cnpq.brO conselho Nacional de desenvolvimento científico e Tecnológico (cNpq) oferece, entre outros incentivos, pagamento de bolsas destinadas a mestres e doutores nas empresas. procure por programa RHAe.

www.fapesp.brAs fundações estaduais de amparo à pesquisa também trazem boas oportunidades de financiamentos e subvenções econômicas. procure o órgão do seu estado.

que o total aplicado pelo setor produtivo não chega a 0,5% do PIB.

“Nos países avançados, mais de 70% dos investimentos são realizados pelas empresas”, destacou Luiz Antônio Ro-drigues Elias, secretário-executivo do MCT, durante a criação do núcleo de inovação da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), no mês passado. O lançamento fez parte de uma agenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que prevê a instalação de 35 nú-cleos até 2013. A meta é sensibilizar 30 mil empresas e implementar núcleos de inovação em 5 mil delas. A iniciativa é do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), lançado pela CNI no ano passado.

“Queremos colocar a agenda de inova-ção no centro das estratégias das empre-sas, com foco na competitividade”, afirma Rafael Lucchesi, diretor de operações da CNI. Para Natalino Uggioni, presidente do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, entidade que fará o gerenciamento do nú-cleo, a diferença é que agora as federações terão recursos financeiros, disponibiliza-dos pela Finep, para ajudar as empresas a definirem suas carteiras de projetos de inovação e até mesmo a elaborarem as propostas. “A ideia é deixar a bola na mar-ca do pênalti”, diz Uggioni.

Na avaliação do presidente do BN-DES, Luciano Coutinho, é preciso dobrar o esforço empresarial em inovação. Na Fiesc, ele reforçou o discurso de que não

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Aporte do criatec, fundo de investimentos de capital semente, permitirá à Bug Agentes Biológicos

ampliar mercado no Brasil e exterior

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faltará capital para isso. “Se for necessá-rio, alocaremos mais recursos que esta-mos alocando porque inovação é a prio-ridade das prioridades.” Para Coutinho, ainda estamos sob impacto da instabili-dade econômica que dominou o País du-rante anos. Ele acredita que a confiança do empresário na economia e o aumento do lucro das empresas permitirão ao se-tor privado correr os riscos naturais de um processo de inovação.

Por motivos óbvios, os recursos mais disputados são aqueles a fundo perdido. Criado em 2006, o programa de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis) da Finep aplicou mais de R$ 1,7 bilhão em 2,6 mil empresas. O edital de 2010, lan-çado em agosto, estabelece recursos no valor de R$ 500 milhões. Faltando 20 dias para o término do prazo de inscrição (7 de outubro), a agência já havia recebido mais de 2,5 mil projetos, um recorde do programa. Menos de um quinto deles se-rão contemplados. Para quem fica de fora, quase sempre resta a sensação de injustiça ou, pior, de incapacidade.

“Para esses casos eu diria: não desista, tente novamente na próxima rodada”, afir-ma Medeiros. E acrescenta: “As empresas têm que aprender como se faz um bom projeto”. Segundo o executivo, as institui-ções de pesquisa já sabem, mas o setor pro-dutivo ainda está engatinhando. “Às vezes

a gente escuta do empresário uma ideia magnífica e na hora que você vai ver o que ele escreveu, o resultado é um projeto que não consegue traduzir a inovação.” Uma dica de Medeiros é: busque apoio de ins-tituições sólidas de ensino e pesquisa. Isso vem de encontro à estratégia da Finep de aproximar academia e empresas.

Para a Suntech Achieving Intelligen-ce, de Florianópolis, a conquista de duas subvenções econômicas da Finep fez toda a diferença. Fundada em 1996 den-tro da incubadora Celta, a empresa atua no segmento de tecnologia para a área de telecomunicações, concorrendo com grandes players como HP, IBM e Cisco. Ao completar dez anos, a empresa fatu-rava cerca de R$ 10 milhões e tinha em torno de 40 funcionários. Quatro anos depois, o faturamento pulou para R$ 25 milhões e o número de colaborado-res chegou a 100. “No ranking da revista

Exame, somos a 52ª empresa entre as pequenas e médias que mais cresceu”, orgulha-se Alexandre Castro, gerente de inovação da empresa.

O desempenho é resultado da boa atuação da empresa durante o boom do mercado de celulares em 2008. Mas Castro reconhece que sem apoio finan-ceiro de entidades como Finep teria sido difícil desenvolver novos produtos para competir nesse mercado. “Para uma em-presa que fatura R$ 1 milhão, por exem-plo, é impossível investir R$ 800 mil em uma inovação”, destaca. No momento, a Suntech aguarda o resultado de mais um edital de subvenção econômica da Finep. O objetivo é investir na internacionaliza-ção da empresa e buscar a atuação em novos segmentos, como o de segurança pública. Para Castro, escrever projetos é trabalhoso, mas necessário; portanto, tem que ser feito com dedicação.

Bons projetos

Para o professor Marcelo Nakagawa, os empreendedores pecam em três as-pectos na hora de escrever um projeto. O primeiro deles é não entregar todos os documentos exigidos no edital, ou entre-gar documentos incompletos que acabam por desclassificar o projeto na primeira etapa. A dica é fazer um check list assim

Suntech: apoio financeiro de entidades como finep ajudou a empresa a competir num mercado

de grandes players como Hp, IBm e cisco

“As instituições de pesquisa sabem fazer projetos, mas o setor produtivo ainda está engatinhando”, afirma medeiros

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pessoal interno para que você possa ob-ter o recurso sozinho da próxima vez”, aconselha Nakagawa.

Para Lisiane, da Artecola, fazer o pro-cesso internamente não se trata apenas de uma redução de custo. “Desta forma você estreita seu relacionamento com a Finep”, justifica. Com 62 anos de história, a empresa carrega a missão de inovar em seu slogan: “Inovação para resultados”. O melhor de tudo é que não é só marketing. De acordo com a diretora, mais de 26% da receita do grupo é resultado da venda de produtos inovadores lançados nos últimos três anos. A meta da Artecola é elevar esse percentual a 50% até 2020. “A inovação só faz sentido se trouxer resultados.”

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Abvcap: (21) 3970-2432Artecola: (51) 3778-5204BNdeS: (21) 2172-7447Bug Agentes Biológicos: (19) 3435-7435cNI: (61) 3317-9989fiesc: (48) 3231-4100finep: (21) 2555-0555fIRcapital: (31) 3074-0020fundo Sc: (48) 3333-2374marcelo Nakagawa: (11) 3024-2262Suntech: (48) 3322-0107

que a proposta começar a ser escrita. “Eu recomendo que se faça uma capa de rosto para cada um dos documentos com a lo-gomarca da empresa. Além de ajudar na imagem do negócio, facilita o trabalho do avaliador”, afirma Nakagawa.

A segunda falha apontada pelo pes-quisador é a questão do mérito. É comum o empreendedor não conseguir traduzir o valor do seu projeto. “Muitas vezes isso acontece porque ele realmente não tem o mérito para receber aquele recurso”, destaca Nakagawa. Assim, se o empreen-dedor for buscar dinheiro de um investi-dor, o principal mérito será a rentabilida-de. “É preciso demonstrar que o negócio é rentável – e rentável dentro da expec-tativa do investidor. Se for um investidor de capital semente, por exemplo, ele está buscando 60% a 70% ao ano; portanto, não adianta chegar com um projeto de 30% porque não vai ter mérito.”

Em muitos casos, o mérito é ser inovador. O problema, segundo Nakaga-wa, é que muitos empreendedores não conseguem caracterizar a inovação. Uma dica do professor é mostrá-la dentro de um contexto, descrever como é o mer-cado do seu produto, quais os costumes do consumidor e qual o impacto que a inovação provocará dentro desse cenário – aumento de qualidade, queda nos pre-ços, etc. “O que acontece quase sempre é

que o empreendedor bate no peito e fala ‘o meu produto é inovador’ e parte do pressuposto que isso basta para o avalia-dor acreditar nele”, afirma o professor.

Por último, Nakagawa acredita que falta persuasão na maioria dos projetos. Para ele, isso se explica em parte por-que quem vai buscar o recurso é um empreendedor técnico, que se limita a descrever as características técnicas da inovação. “Fale primeiro dos benefícios e vantagens competitivas. Se o avaliador for um cara de negócio, é disso que ele vai querer saber.” Para o professor, sa-ber como o processo vai ser analisado é fundamental para definir como ele será escrito. “Se você acha que o projeto será avaliado rapidamente, utilize recursos visuais como gráficos, tabelas e figuras para explicar questões mais complexas.”

O professor faz um alerta em relação às consultorias especializadas em captar recursos. Para ele, há muitos “esperti-nhos” que ajudam a empresa a captar, mas não orientam sobre como tocar o projeto e fazer, por exemplo, os relató-rios de acompanhamento exigidos pelo financiador. “Muitas vezes eles somem nessa hora. Por isso, eu sempre reco-mendo negociar uma taxa de sucesso e atrelar a atividade de consultoria ao de-senvolvimento do projeto. Além disso, coloque nas cláusulas a capacitação do

coutinho, do BNdeS: “Inovação é a prioridade

das prioridades”

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0 cobiçadosplano Nacional de Resíduos Sólidos, que proíbe lixões e impõe responsabilidades aosfabricantes, traz boas oportunidades de negócio por cléia Schmitz [email protected]

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0No mês que vem entra em vigor o Pla-

no Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionado pelo presidente Lula em agos-to passado, depois de quase 20 anos em tramitação. Em resumo, a nova lei proíbe os lixões e determina que os fabricantes sejam responsáveis pelo descarte de seus produtos ao final do ciclo de uso. Se por um lado muitos empresários começam a contabilizar os custos da obrigatoriedade, por outro há quem veja boas oportunida-des de negócios neste novo cenário.

No segundo grupo estão as empresas que farão parte da cadeia de coleta, sele-

ção e destinação dos resíduos. Isso inclui, por exemplo, cooperativas de catadores, reparadoras, recicladoras e empresas de logística reversa. “Começamos a identifi-car a oportunidade há dois anos porque sabíamos que, mais cedo ou mais tarde, a lei seria sancionada. Muitas empresas es-tavam só esperando a publicação para to-mar uma atitude”, afirma Marcelo Sousa, diretor de logística da TGestiona, de São Paulo, unidade do Grupo Telefônica.

A empresa já trabalha com logística reversa de eletroeletrônicos para clientes como TVA, Lenovo e Positivo, recolhendo

produtos devolvidos por clientes. Recen-temente, a TGestiona criou uma central de logística reversa para reduzir custos de operação e ganhar o know-how necessá-rio para atender às novas demandas pre-vistas pelo PNRS. “Esse mercado vai de-mandar empresas especializadas porque a eficiência da logística reversa depende muito dos volumes. Se você trafega vazio e por longas distâncias, o custo aumenta muito”, explica.

Para o executivo, a associação entre fabricantes de um mesmo segmento é a saída mais fácil para reduzir as despesas

O que diz a leiResíduo é o descarte que pode ser reaproveitado ou reciclado.

Rejeito é o lixo que não pode ser reaproveitado.

O destino de resíduos passa a ser responsabilidade de toda a cadeia envolvida – fabricantes, importadores, comerciantes, consumidores e empresas de serviço público.

O fabricante é o responsável pela coleta e destino final do produto ao final de sua vida útil.

Sabatini, da Novociclo: “Nosso trabalho é fazer o responsável encaminhar o resíduo

para uma nova etapa de produção. Não adianta só passar o problema para frente”

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que virão com logística reversa. O conse-lho vale especialmente para pequenas e médias empresas, que trabalham com vo-lumes menores. “De qualquer forma, eu acredito que o consumidor vai começar a preferir comprar de quem estiver prepara-do para cumprir a legislação, ou seja, rece-ber o resíduo de volta. Por isso, o caminho é sair na frente”, destaca Sousa.

A eficiência financeira das operações também depende da melhor estruturação da cadeia de coleta e destinação dos re-

síduos, afirma o executivo. É preciso, por exemplo, contar com uma ampla rede de postos para agrupamento dos volumes coletados. Quanto mais próximas estive-rem as empresas de destinação, menores serão os custos porque o transporte é o item mais caro no processo de logística re-versa. Segundo Sousa, o problema é que ainda há um número muito escasso de empresas reparadoras e recicladoras.

“A criação de uma infraestrutura para destinação correta dos resíduos será o primeiro desafio do PNRS após a fase de conscientização”, afirma Ernesto Watana-be, diretor-geral da Descarte Certo. Fun-dada em 2008, em São Paulo, a empresa lançou há seis meses um serviço pré-pago de descarte de itens eletroeletrônicos. Co-mercializado nas lojas da rede Carrefour, o serviço tem ganhado cada vez mais usu-ários. A Descarte Certo agenda o melhor dia e horário para fazer a coleta e entrega ao cliente um certificado de destinação correta do produto.

Por enquanto, o serviço está dispo-nível em todo o Estado de São Paulo e em cidades de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. “Nossa meta de expan-são é o Brasil inteiro”, afirma Watanabe. A empresa também projeta uma parce-ria com fabricantes para colocar o selo da Descarte Certo no momento em que a mercadoria estiver saindo da fábrica. Desta forma, o cliente teria a garantia do serviço de descarte desde a aquisi-

ção do produto. Hoje, empresas como o banco Santander dão descontos no serviço para clientes preferenciais.

lixo lucrativo

Watanabe destaca o enorme potencial de negócio que existe por trás do lixo ele-trônico no Brasil. Segundo ele, mais de 100 milhões de novos eletroeletrônicos são co-locados no mercado brasileiro a cada ano. “Precisamos transformar itens obsoletados em matéria-prima para novos produtos”, destaca. Para o empresário, vislumbrar e formatar novos negócios é a única forma de fazer a lei “pegar”. “Tem que haver um componente financeiro, senão a lei cai no esquecimento”, acredita Watanabe.

Para empresas como a Wisewood So-luções Ecológicas, cuja proposta é subs-tituir a madeira por compósitos plásticos recicláveis, a lei é muito bem-vinda. Com a exigência de destinação correta para os resíduos, a tendência é que aumente o volume de matéria-prima proveniente de recicláveis e, consequentemente, haja queda nos preços. “Hoje eu compro mui-ta coisa em aterros sanitários. Como eles devem se tornar muito caros com o fim dos lixões, a tendência é adquirir resíduos diretamente do gerador”, explica Rogério Igel, proprietário da empresa.

A base da madeira Wisewood é qual-quer tipo de plástico reciclável. A ele podem ser agregadas até 40% de fibras

Watanabe: “Tem que haver um componente financeiro, senão a lei cai no esquecimento”

Rogério Igel: para a Wisewood, cuja proposta é substituir a madeira por compósitos plásticos recicláveis, a lei é muito bem-vinda

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vegetais como serragem, bagaço de cana, bambu, borra de café, sabugo de milho, casca de arroz, raspas de couro, algodão e folhas, entre outras. A empresa calcu-la que retira cerca de 700 toneladas por mês de resíduos descartados. Fundada em 2007, em São Paulo, a Wisewood co-meçou suas atividades desenvolvendo pallets, estacas e dormentes. Segundo Igel, para cada três dormentes feitos com madeira plástica, três árvores deixam de ser derrubadas.

O empresário ainda destaca outras vantagens da tecnologia Wisewood: alta durabilidade, imune a pragas, resistente à corrosão, não solta farpas e não absor-ve umidade. O problema é que ela ainda é mais cara que a madeira, mas para Igel esse entrave está com os dias contados. “Há fortes indícios de que a madeira legal e certificada ficará cada vez mais cara”, argumenta. A confiança de Rogério Igel nesse mercado se traduz em números. Ele está investindo R$ 10 milhões na compra de três novas máquinas. A meta é elevar a produção de 80 para 150 tone-ladas mensais e o faturamento de R$ 600 mil para R$ 1,3 milhão ao mês.

Para quem vê apenas custos embu-tidos no PNRS, o especialista em gestão ambiental João Ricardo Magalhães Gon-çalves recomenda: “É preciso ser criativo e buscar alternativas para, a médio e longo prazos, tirar proveito da situação. Há mui-to valor agregado em materiais que hoje

seguem para lixões e aterros sanitários. Estamos jogando dinheiro fora”. O exe-cutivo, sócio-diretor da Eccox Tecnologia e Soluções Ambientais, de Betim (MG), cita a construção civil para mostrar a ne-cessidade de readequação de processos. Segundo ele, estima-se que a cada três edifícios construídos, um novo poderia ser erguido só com o que foi para o lixo.

A conscientização do que realmente é lixo é o ponto crucial deste debate na opinião do empresário Rodrigo Sabatini, presidente da NovoCiclo Ambiental, de Florianópolis. “Lixo é lixo, resíduo é re-síduo. Eles têm que ser destinados para lugares diferentes”, afirma. A empresa faz a gestão de resíduos em empresas, con-domínios residenciais e cidades, baseada no conceito de lixo zero. “Nosso trabalho é fazer com que o responsável encaminhe o resíduo para um destino onde ele possa ser utilizado em nova etapa de produção.

Não adianta só passar o problema para frente”, explica Sabatini.

O fato, segundo o advogado Wladimir Antonio Ribeiro, do Escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Socie-dade de Advogados, é que as empresas que não se adequarem podem perder mercado. Tanto no Brasil quanto em ou-tros países, onde os consumidores já es-peram atitudes responsáveis dos fabrican-tes diante do descarte de seus produtos. Para Ribeiro, que assessorou o Ministério do Meio Ambiente na elaboração da nova lei, o PNRS é “uma política necessária num momento de forte crescimento econômi-co e redistribuição de renda”, sob pena dos aterros sanitários entrarem em colap-so no Brasil. “Temos que colocar preço nas coisas para que ele seja sentido no bolso. Hoje, não custa nada jogar uma garrafa pet no rio. Isso tem que mudar.”

LINHA DIRETA

Descarte Certo: (11) 2167-5800Eccox Tecnologia e Soluções Ambientais: (31) 3591-1050NovoCiclo: (48) 3025-1134TGestiona: 0800 777-1010Wladimir Antonio Ribeiro:(11) 3068-4700Wisewood: (11) 4594-5813

“Temos que colocar preço nas coisas para que ele seja sentido no bolso. Hoje, não custa nada jogar uma garrafa pet no rio. Isso tem que mudar”, afirma Ribeiro

Ribeiro: PNRS é necessário num momento de forte crescimento econômico

Magalhães, da Eccox: “Há muito valor em materiais que seguem para lixões e aterros”

Sousa, da TGestiona: consumidor vai preferir comprar de quem estiver preparado

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nacionalTrace sua estratégia e marque sua presença no Twitter para se aproximar do público-alvo, alavancar as vendas e gerar novos negócios

por mônica [email protected]

Sua empresa ainda não está no Twitter? Então é bom se apressar, pois seus clientes com certeza já estão lá. Considerado a rede social que mais cresce no País, o microblog é acessado por 86% dos internautas bra-sileiros, segundo levantamento do Ibope Nielsen Online. Não por acaso, a “febre” do Twitter atingiu o mundo dos negócios. Seja no atacado, na indústria ou no varejo, companhias de todos os portes e segmen-tos aderem à ferramenta com o objetivo de se aproximar do público-alvo, alavancar as vendas e gerar novos negócios. Mas não basta criar uma página e alimentá-la de qualquer maneira. Para ser bem-sucedido, o perfil da empresa no site deve se adequar às expectativas dos clientes e não se limitar a assuntos comerciais ou corporativos.

É o que busca fazer a Passarela Calça-dos, rede varejista de sapatos e acessórios que possui 24 unidades no interior de São Paulo, mais a loja virtual. Além do site ins-titucional e do blog, a empresa mantém

Febre

M A R k ET I N g

perfis ativos nas principais mídias sociais, incluindo Facebook, Orkut, Twitter e You-Tube. O Twitter, aliás, funciona como uma espécie de “chamariz”, que atrai e dire-ciona os clientes para os demais canais. No perfil da companhia (@passarela1) são publicados lançamentos e novidades, assim como dicas de moda, tendências e promoções exclusivas para os seguidores (até o fechamento desta reportagem so-mavam 78 mil pessoas).

Outro exemplo do uso da rede social pelas empresas vem do mercado imobi-liário. Se antes para procurar um imóvel era preciso recorrer aos classificados dos jornais, hoje é possível fechar negócios através da internet. Que o diga a Tecni-sa, primeira construtora do País a vender um apartamento pelo Twitter, em agosto do ano passado. Na ocasião foi vendido um apartamento no valor de R$ 500 mil, cujas negociações foram iniciadas por um dos clientes “seguidores” da empresa na rede social. Até o momento, aproxi-madamente outros 40 imóveis já foram comercializados a partir do microblog,

que entrou de vez para as estratégias de comunicação da companhia.

Seguindo essa tendência, a Brasil Brokers – um dos principais conglome-rados imobiliários da América Latina – realizou um “feirão” da casa própria in-teiramente pelo Twitter. A ação ocorreu durante um fim de semana do último mês de maio e reuniu as imobiliárias Abyara Brokers, Del Forte & I.Price e Frema, sub-sidiárias paulistas do grupo. Através da conta @twittaodoimovel, foram publica-das aproximadamente 450 ofertas durante o período, que atraiu 1,7 mil seguidores. Quem se interessava por uma das ofertas podia entrar em contato na hora com um dos 60 corretores de plantão.

E não foi a primeira experiência da empresa com o microblog. Em março des-te ano, a empresa já havia promovido uma ação semelhante envolvendo a cidade de Natal, considerado o primeiro “feirão” de imóveis via Twitter do Brasil. Na ocasião, a Abreu Imóveis, subsidiária potiguar do grupo, declarou ter movimentado algo em torno de R$ 13 milhões em negócios.

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Foi a partir de 2008 que o serviço de mi-croblogging – que permite postar e com-partilhar mensagens de até 140 caracteres – ganhou relevância. De acordo com dados da ComScore para o último mês de junho, o Twitter contabilizou 92,8 milhões de visi-tantes únicos, o que representa um aumen-to de 109%. Nesta mesma pesquisa, Brasil e Indonésia fi caram empatados no primeiro lugar em crescimento da audiência. Já um recente estudo do Instituto Forrester Re-search aponta que 42% dos usuários do Twitter têm entre 35 e 49 anos e 20% têm de 25 a 34. “Ou seja, o Twitter cada vez mais se torna um canal de comunicação com potenciais consumidores e audiência qua-lifi cada”, comenta Sérgio Lima, sócio da AD Brazil, agência de mídias digitais que aten-de, entre outras, as contas do SBT, Banco PanAmericano e Riachuelo.

Força de marketing

Por estes motivos, a rede social se tor-nou essencial para as empresas que pre-tendem se aproximar dos consumidores.

“Em muitos casos, o cliente localiza sua empresa ou serviço através de buscadores de internet e chega a acessar primeiro sua página no Twitter, para só depois, caso desperte seu interesse, descobrir que você possui um website”, afi r-ma Meriellin Albuquerque, jorna-lista, especialista em marketing e diretora de planejamento da Ato Z Comunicação, agência espe-cializada em desenvolvimento de conteúdos e estratégias de comunicação. “Nem todas as empresas precisam ter uma presença ativa no Twitter, mas é importante marcar presença e monitorar o que os consumidores estão falando a seu respeito e so-bre o mercado”, afi rma Sérgio Lima, da AD Brazil.

Para outras companhias, no entanto, a presença no microblog é indispensável, sobretudo para grandes marcas e instituições ligadas ao entre-tenimento, turismo, saúde e bem-estar. Cada vez mais utilizado como ferramenta

Seis passos para um twitter efi caz

MAPEARPesquise o perfil do público a ser atingido

CONTEÚDODesenvolva o padrão do conteúdo que será produzido e replicado pela equipe

VISUALCrie uma identidade visual adequada e aproveite o background para disponibilizar promoções e informações de contato

DIALOGAREstabeleça o diálogo, siga seus seguidores e interaja

MENSURARUse as ferramentas certas para filtrar e colher informações

APRENDAAtravés das informações coletadas melhore suas ações e conteúdo

Fonte: AD Brazil

de internet e chega a acessar primeiro sua página no Twitter, para só depois, caso desperte seu interesse, descobrir que você possui um website”, afi r-ma Meriellin Albuquerque, jorna-lista, especialista em marketing e diretora de planejamento da Ato

é importante marcar presença e monitorar o que os consumidores estão falando a seu respeito e so-

no entanto, a presença no microblog é indispensável, sobretudo para grandes marcas e instituições ligadas ao entre-tenimento, turismo, saúde e bem-estar. Cada vez mais utilizado como ferramenta

Fonte: AD Brazil

PHOT

OSTO

GO

PHOTOSTOGO

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de marketing, o Twitter permite avaliar o nível de satisfação dos consumidores em tempo real, funcionando como fonte de dados para aprimorar seus produtos e serviços. “Hoje o consumidor não só consome informação, ele também expõe suas experiências e produz conteúdo que serve como importante base de pesquisa para o mercado”, diz Lima.

cuidados básicos

Mas se não faltam motivos para en-trar no Twitter, também não devem faltar estratégias. O primeiro passo, segundo Lima, é entender que apenas criar uma conta no site e disparar informações sem planejamento e pesquisa pode ser “muito perigoso”. Para evitar isso, defina em pri-meiro lugar o perfil do público-alvo e, a partir daí, desenvolva um plano de ação que esteja de acordo com o tipo de lingua-

gem e conteúdo que interessa aos possí-veis seguidores. “Como a internet é muito democrática, o internauta não é obrigado a seguir ou consumir o conteúdo que uma empresa produz. Da mesma forma que ele passa a seguir seu perfil na internet, ele pode deixar de seguir a hora que desejar ou julgar irrelevante”, explica Lima.

Segundo o consultor, um dos prin-cipais erros que as empresas cometem é achar que o Twitter é apenas uma fer-ramenta para aumentar as vendas ou se autopromover. “As pessoas só vão seguir uma marca ou empresa se esta lhes ofe-recer algum tipo de benefício, que pode ser informações, descontos ou promo-ções em primeira mão”, afirma Lima. Outro erro muito comum é “floodar a timeline” dos usuários, ou seja, entupir os seguidores com informações desne-cessárias ou conteúdo repetitivo. “Isso faz com que os seguidores se cansem e parem de seguir o perfil.”

Seguir os seguidores também é fun-damental. “A internet é uma via de mão dupla: retribua seus seguidores para que eles se sintam prestigiados e passem a dialogar com a corporação”, aponta Lima. Também é importante que, ao visitar o perfil da empresa no Twitter, o internauta tenha a mesma percepção ao visitar o site ou blog. “O layout do Twitter pode até ser customizado de acordo com alguma ação

lINHA dIReTA

Ad Brazil: www.adbrazil.com.brAto Z comunicação: www.atozcomunicacao.com.brBrasil Brokers: www.brbrokers.com.brpassarela: www.passarela.com.br Tecnisa: www.tecnisa.com.br

específica, mas deve seguir a mesma iden-tidade visual adotada nos outros canais de comunicação da companhia.”

O ideal é que o próprio cliente seja uma fonte de disseminação do conteúdo da em-presa, o que pode ser medido através da quantidade de retweets. “O Twitter se torna eficiente na medida em que o próprio se-guidor passa a ser o porta-voz da empresa na internet”, aponta Lima. Mais uma vez, ganha quem souber adequar o conteúdo aos interesses dos seguidores.

Mas qual o segredo para criar conteú-dos relevantes? Segundo Meriellin Albu-querque, é importante definir a linguagem que será usada na rede social. “Você deve decidir se deseja algo mais descontraído em que a empresa se posiciona como alguém próximo dos seguidores ou algo formal falando da empresa sempre em ter-ceira pessoa”, exemplifica Meriellin. “Não existe certo ou errado, existe o mais apro-priado à sua marca e ao seu público.”

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“O Twitter se torna eficiente na medida em que o próprio seguidor passa a ser o porta-voz da empresa na internet”, aponta lima

meriellin: “Não existe certo ou errado, existe o mais apropriado

à sua marca e ao seu público”

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coletivoSites de compra conjunta abrem oportunidades para consumidores, varejistas e prestadores de serviçopor Marlon Aseff

Barato

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por Marlon Aseff

O comércio eletrônico nacional acaba de entrar de cabeça em uma nova tendência: os sites de compras coletivas. O modelo, que já é sucesso nos Estados Unidos e na Europa, chegou no segundo trimestre no País e está percorrendo a passos largos um caminho que abre oportunidades para consumidores, varejistas e prestadores de serviço. A nova tendência de vendas pela internet consiste em oferecer em um mesmo site descontos para serviços e produtos que podem chegar a até 90%, mas para que a oferta se realize é preciso que um número mínimo de consu-midores decida por realizar a compra.

Nesse ponto, os sites de relacionamen-to como Facebook, Twitter e Orkut entram como um fator fundamental de propagação das ofertas, que passam de clique em clique

por uma rede de novos consumidores. Os principais anunciantes dessa rede

de ofertas ainda são os setores de serviço, como restaurantes, bares,

clínicas de beleza, cinemas e tea-tros. A oferta de produtos pelo

varejo, no entanto, vem logo atrás, na esteira do sucesso de vendas para um público novo e até agora pouco ex-

plorado pelo e-commerce. A pedra de toque desta nova forma

de vender pela internet está alicerçada no uso das expectativas de compra e

das emoções do consumidor. “Quando criamos uma oferta diária com curto prazo

de compra, mexemos com o consumidor, pois se ele perdeu uma oferta que ocorreu no dia anterior estará ansioso para saber qual será a de hoje”, explica Júlio Vasconcellos,

do site Peixe Urbano (www.peixeurbano.com.br), criado em março deste ano e pre-sente em mais de 35 grandes cidades. Com experiência em consultorias econômicas de Nova York e um MBA em ciências da com-putação em Stanford, na Califórnia, o carioca Vasconcellos pode ser considerado um expe-riente operador no mercado do e-commerce nacional, do alto de seus 29 anos. Gerente comercial do Facebook no Brasil, com passa-gem pela administração de redes sociais de empresas do Vale do Silício, ele trouxe para o País sua própria concepção do negócio, saiu na frente da concorrência e criou junto com dois amigos o Peixe Urbano.

Segundo Vasconcellos, para chegar a 1 milhão de usuários cadastrados, a empresa preza por um controle de qualidade absoluto entre os parceiros. Trabalhar com os anseios do cliente não permite o erro, diz Vascon-cellos. “O grande ponto do social commerce é a expectativa que é criada dentro do clien-te, já que muitas vezes ele compra a oferta mesmo sem ter uma data exata para usar o produto. Basta saber que aproveitou uma ex-celente condição de pagamento e que pos-sivelmente não terá outra oportunidade de realizar a compra”, diz.

O sucesso do Peixe Urbano despertou a concorrência internacional e em pouco tem-po o maior site dos EUA no segmento – o Groupon – já aportava no País com o nome de Clube Urbano (www.clubeurbano.com.br). Criado nos EUA em novembro de 2008, o Groupon já recebeu investimento supe-rior a US$ 35 milhões, possui 3,6 milhões de usuários cadastrados em 80 cidades ameri-canas e um faturamento previsto de US$ 77

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milhões. A operação brasileira começou em junho e por aqui os números ainda não atingiram os patamares do mercado norte-americano, mas nada indica que vão parar de crescer.

Para Marcelo Macedo, diretor do site ClickOn (www.clickon.com.br), o futuro dos sites de compras coletivas no País é promissor, já que o brasileiro gosta de descontos e diversão e quando um negó-cio alia os dois, isso é garantia de sucesso. “Costumamos dizer que somos a evolução do comércio eletrônico, pois as mídias so-ciais chegam com tudo dentro deste mo-delo. Como é necessário ter um número mínimo de pessoas para efetivar a oferta, a divulgação para os amigos no Twitter, Fa-cebook e Orkut é imprescindível”, defi ne o empresário. Criado em maio deste ano, o ClickOn já está presente em 12 cidades brasileiras, reunindo mais de 600 mil usu-ários cadastrados. “É uma opção interes-sante para os consumidores conferirem o que há de melhor em suas cidades, além de ser um ótimo canal de vendas para os comerciantes”, assegura Macedo.

Segundo o executivo do ClickOn, com o novo formato o lojista tem a opor-tunidade de oferecer seus serviços sem precisar investir em muita publicidade para ter um retorno efetivo sobre a ação, já que a compra começa na internet mas tira a pessoa da frente do computador e a leva a consumir dentro do estabeleci-mento comercial. Para Macedo, uma equipe de profi ssionais experien-tes e a preocupação editorial com cada oferta são os diferenciais

do ClickOn. “O mais importante não é apenas ser o maior, mas sim o melhor. E neste sentido estamos investindo muito, principalmente em melhorar a usabilida-de para nossos clientes”, afi rma.

Para formatar o negócio, que consiste basicamente em oferecer serviços em par-ceria com os melhores estabelecimentos de cada cidade de forma simples, segura e divertida, com descontos exclusivos de até 90%, o ClickOn recebeu um forte im-pulso fi nanceiro. A empresa reúne o ale-mão Klaus Hommels, investidor do Skype e Facebook, que aportou R$ 17 milhões ao negócio, o também alemão Oliver Jung e o empresário brasileiro Paulo Humberg, da A5 Investimentos. A equipe inclui também os sócios Marcelo Macedo,

“Somos a revolução do e-commerce, pois as mídias sociais chegam com tudo dentro deste modelo”, diz Macedo

Macedo, do ClickOn: 600 mil usuários cadastrados em quatro meses

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vindo do Morgan Stanley, e João Ramirez, que cofundou o Migux – a maior rede so-cial construída no Brasil –, além de atuar como diretor de marketing e gerente-geral de conteúdo do UOL.

“Montamos um time de peso, com os melhores profi ssionais das mais diferen-tes áreas, e nos estruturamos para ter no Brasil o mesmo sucesso do Groupon, que virou referência mundial”, diz Marcelo Macedo. Para consolidar sua operação em todo o País o ClickOn aposta em reunir 1 milhão de clientes cadastrados até o fi nal do ano, baseado em um modelo inovador,

que consegue levar os internautas di-reto para os pontos de venda, além de ferramentas para os usuários aces-sarem diretamente as redes sociais.

O grande apelo que o sistema de compras coletivas está obtendo jun-

to aos internautas bra-sileiros está impulsio-

nando o surgimento de uma série de novos players, que apostam no fortale-cimento dos merca-dos regionais, mes-mo sem o grande poder de fogo dos grandes grupos. O Promoo (www.pro-moo.com.br) é um

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de conteúdo do UOL. “Montamos um time de peso, com os

melhores profi ssionais das mais diferen-tes áreas, e nos estruturamos para ter no Brasil o mesmo sucesso do Groupon, que virou referência mundial”, diz Marcelo Macedo. Para consolidar sua operação em todo o País o ClickOn aposta em reunir 1 milhão de clientes cadastrados até o fi nal do ano, baseado em um modelo inovador,

que consegue levar os internautas di-reto para os pontos de venda, além de ferramentas para os usuários aces-sarem diretamente as redes sociais.

O grande apelo que o sistema de compras coletivas está obtendo jun-

to aos internautas bra-sileiros está impulsio-

nando o surgimento de uma série de novos players, que apostam no fortale-cimento dos merca-dos regionais, mes-mo sem o grande poder de fogo dos grandes grupos. O Promoo (www.pro-moo.com.br) é um

exemplo de site emergente no segmento. Criado recentemente na capital gaúcha, o site aposta na receita de descontos disse-minados pelas redes sociais para ganhar mercado. Mantida por um grupo de jo-vens empreendedores da internet, com experiência pulverizada em segmentos como o cultural, de vendas e gestão de conteúdo, a empresa gaúcha avança sobre o mercado local e dá os primeiros passos nas capitais vizinhas.

Ferramenta poderosa

“Do ponto de vista do anunciante, a compra coletiva é uma poderosa ferra-menta promocional, capaz de mobilizar milhares de clientes potenciais a expe-rimentar um determinado produto ou serviço”, diz Antônio Gornatti, sócio da Promoo. Ele alerta, no entanto, que o anunciante precisa dominar perfeitamen-te a planilha de custos para que o sucesso de uma promoção não vire “um tiro no pé”. “Ao estabelecer um desconto para um site de compras coletivas é funda-mental considerar variáveis como o custo do que vai ser oferecido, capacidade de atendimento e tamanho do estoque, por exemplo. Também é preciso ter formatada uma estratégia de conversão destes clien-tes eventuais em clientes fi xos, solicitando alguma informação adicional que permita

Gornatti, da Promoo: “É fundamental considerar variáveis como o custo do que vai ser oferecido,

capacidade de atendimento e tamanho do estoque”

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ClickOn: www.clickon.com.brCompra Catarina: www.compracatarina.com.brPeixe Urbano: www.peixeurbano.com.brPromoo: www.promoo.com.br

estabelecer uma comunicação pós-venda”, ensina Gornatti.

De acordo com o empreendedor, para concorrer com as grandes operações que já existem nesse meio, sites emergentes como o Promoo precisam estabelecer diferenciais competitivos, voltados para atender necessidades específi cas dos clientes. O mercado, conforme Antônio Gornatti, estará sempre aberto para as melhores práticas, independente do porte do negócio. “Hoje em dia as pessoas acre-ditam mais em recomendação de amigos do que em publicidade e as redes sociais facilitam muito essa divulgação”, defi ne.

O investimento na relação viral das re-des sociais também é a aposta do Compra Catarina (www.compracatarina.com.br), com sede em Florianópolis e participação nas maiores cidades de Santa Catarina.

Após uma bem-sucedida passagem pela Americanas.com, o empreendedor Ale-xandre Amorim combinou sua expe-riência no comércio eletrônico com os conhecimentos do programador Danny Botelho e juntos deram início ao primeiro site catarinense de com-

pras coletivas. “Ao contrário de outros sistemas que utilizam indicações em seu

modelo de negócio, nós não exigimos que os indicados pelos usuários realizem com-pras para que possam usufruir de descon-tos. Basta que outras pessoas, conhecidas

ou não, manifestem a intenção de compra dos mesmos serviços”, diz Amorim.

Para alavancar o site, a empresa osten-ta um patamar de segurança na hora da compra considerado altamente confi ável. A plataforma PagSeguro garante o sigi-lo absoluto das informações do cliente. Gerenciado pelo UOL, é considerado a melhor ferramenta desse modelo no País, utilizado por grandes empresas do e-com-merce. “Para as empresas que são nossas parceiras, oferecemos o valor de tornar suas marcas mais conhecidas e a conquis-ta de um grande volume de clientes que jamais os conheceriam se não fosse pela primeira compra feita por impulso”, garan-te Alexandre Amorim. São ideias como essa que a nova geração do e-commerce nacio-nal está disseminando através do apelo das compras coletivas. No potencial mercado nacional do comércio eletrônico, essa tra-jetória está apenas começando.

Vasconcellos, do Peixe Urbano: “O grande ponto do social commerce é a expectativa criada no cliente, que muitas vezes compra mesmo sem ter uma data exata para usar o produto”

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quenteNegócio

P E R F I l

As irmãs Un Ae e Jong Ae Hong introduziram o frozen yogurt no Brasil e em três anos abriram 65 lojas em 13 estados

Un Ae Hong (18/10/1954) 56 anosJong Ae Hong (1º/04/1957) 53 anoslocal de nascimento: Seul (coreia do Sul)empresa: YogoberrySegmento: Alimentaçãofundação: 2007Número de lojas: 80

Un e Jong Ae hong

ANA

cOll

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por Cléia [email protected]

Elas estão na faixa dos 50 anos, ida-de em que muitas pessoas começam a pensar em pendurar as chuteiras ou pelo menos reduzir o ritmo de traba-lho. Mas as irmãs coreanas Un Ae e Jong Ae Hong, naturalizadas brasileiras, nun-ca estiveram tão atarefadas como agora. Em 2007, depois de muitas pesquisas, a dupla decidiu empreender e abriu em Ipanema, no Rio de Janeiro, uma loja de sorvetes à base de iogurte, batizada de Yogoberry.

A receita foi desenvolvida cuidado-samente pelas imigrantes, que deixaram a Coreia do Sul em direção ao Brasil ain-da crianças, em 1963. O sabor da fórmu-la Yogoberry caiu no gosto dos cariocas, que passaram a fazer filas em frente à loja para degustar o produto. Estava ins-talado o famoso boca a boca – a divul-gação feita por clientes satisfeitos. Em pouco tempo, a marca se tornou refe-rência no crescente mercado de frozen yogurt no Brasil.

Em setembro último, a Yogoberry tinha 80 contratos de franquia fechados e 65 lojas abertas em 13 estados brasi-leiros. Apenas duas delas são próprias. É uma expansão significativa para um negócio que sequer completou três anos de vida. “Estamos correndo o Bra-sil inteiro para montar e inaugurar lojas, é uma loucura”, comenta Jong. Ela res-ponde pela área financeira da rede, en-quanto a irmã se dedica ao processo de montagem das novas unidades. O primo Marcelo Bae, diretor administrativo da marca, coordena o sistema de franquias, que há quatro meses conta com o apoio de uma consultoria especializada em re-estruturação de redes.

O franchising estava nos planos de Un Ae e Jong desde que a dupla idealizou a Yogoberry. As irmãs só não pensaram que a expansão para outras cidades do Brasil aconteceria de forma tão rápida. Poucos meses depois da inauguração da loja de Ipanema, em novembro de 2007, elas começaram a receber inúmeras pro-postas para abertura de franquias. As fi-las de clientes na porta da loja ajudaram a chamar a atenção de empreendedores de vários cantos do País.

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Um ano depois, Un Ae e Jong assina-vam contrato com o primeiro franquea-do para abertura de um ponto em Co-pacabana. Nesta época elas já tinham a segunda loja própria, no Barrashopping (RJ). Logo em seguida, instalaram uma unidade franqueada em Belo Horizonte, a primeira loja fora do Rio. Ao mesmo tempo em que começaram a franquear, viam surgir seus primeiros concorren-tes, mais um indicador de que aposta-ram num mercado promissor.

Desde o segundo ano da Yogoberry, a dupla tem sido surpreendida positi-vamente pelos números. Em 2009, elas projetaram 10 lojas, mas chegaram ao final do período com 30 unidades. Isso em plena crise econômica mundial, que imobilizou a expansão de muitos negó-cios. Para 2010, a projeção inicial era abrir mais 30 unidades franqueadas, mas a meta já foi revista para 50 inaugura-ções, totalizando 80 lojas até dezembro. “A procura tem sido muito grande. No momento, estamos indo para o interior

p e r f i l

“Estamos correndo o Brasil inteiro para montar e inaugurar lojas, é uma loucura”, comenta Jong

de São Paulo, Norte e Nordeste. Mas o melhor de tudo é que todas as franquias vão muito bem”, destaca Jong.

Febre californiana

A ideia de trazer o frozen yogurt para o Brasil foi de Un Ae. Ela é fã do iogurte congelado desde a época em que ainda trabalhava como comissária da extinta Varig e vivia entre o Rio de Janeiro e Los Angeles (EUA). O frozen era uma febre na Califórnia. Em 2006, ao perceber que a empresa estava com os dias contados, Un Ae começou a pensar em alternativas pro-fissionais. Logo surgiu a ideia de abrir uma loja de frozen yogurt no Rio de Janeiro.

O clima da cidade e o gosto dos ca-riocas por uma vida saudável e o corpo em forma casavam perfeitamente com as características do iogurte congelado: 100% natural e com baixa caloria (80 por porção). Jong morava na Califórnia nesta época e embarcou no projeto com a irmã. “Se lá já era um sucesso, as chan-

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LINHA DIRETA

Yogoberry: (21) 2135-6226

1963

2006

2007

2008

2009

2010

As irmãs Un Ae e Jong Ae se mudam da Coreia do Sul para o Brasil junto com a família

Com a falência da Varig, a comissária Un Ae propõe à irmã Jong a abertura de uma loja de frozen yogurt no Rio de Janeiro

Abertura da primeira loja, em Ipanema (RJ)

Abertura da primeira franquia, em Copacabana (RJ)

A marca fecha o ano com 30 lojas

Depois de chegar a 13 estados brasileiros, a marca prepara sua internacionalização

LINHA

DO

TEMP

OUn e Jong Ae HongYogoberry

ces de dar certo no Brasil eram muito grandes. Brasileiro é muito mais preo-cupado com o corpo e a saúde do que os americanos”, afirma a empresária.

Formada em nutrição pela Universi-dade de São Paulo (USP), Jong passou a se dedicar ao desenvolvimento da re-ceita do frozen da Yogoberry. Foram 18 meses de testes, período em que a famí-lia e os amigos faziam o papel de cobaia. Com a cara e a coragem, Jong e Un Ae também saíram às ruas distribuindo io-gurte congelado para saber a opinião de seus futuros consumidores. Na loja de Ipanema investiram forte em estratégias de degustação.

O cardápio Yogoberry tem apenas quatro sabores – chá verde, natural, misto (chá verde e natural) e diet (sem açúcar). A cada mês, as irmãs Hong oferecem um sabor surpresa, limitado àquele período. Em agosto, a versão sazonal foi uva fragola e, em setembro, chocolate. O cliente tem a opção de incrementar o iogurte congelado com

coberturas, chamadas de toppings. São mais de 30 ingredientes, incluindo fru-tas frescas, caldas de tangerina e lichia importadas do Japão, granola, casta-nhas, mel e chocolates.

O sabor do frozen e a dedicação das irmãs Hong explicam o sucesso da Yogo-berry. Elas já têm propostas para levar a marca a outros países, tanto da América Latina quanto da Europa. Cuidadosa, Jong prefere não dar muitos detalhes antes dos fatos acontecerem, mas asse-gura que ainda neste ano a Yogoberry abrirá sua primeira franquia no exterior. Os dias, que já são curtos para Jong e Un Ae, devem ficar ainda mais corridos. Mas as irmãs já sabem onde buscar ener-gia: “A satisfação com o negócio é mui-to grande. Estamos trabalhando como nunca, mas estamos muito felizes”.

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s e n a i e s p e c i a l

Diferentes opções de consultoria garantem competitividade às empresas ao aprimorar procedimentos de trabalho e sistemas de gestão nas áreas ambiental, de pessoas e de processos

Rumo à excelência

Para crescer e se tornar mais competitivas as empresas preci-sam a todo momento rever seus procedimentos de trabalho. Pensar em formas de estabelecer métodos mais ecoeficientes de produção, reduzir custos e aprimorar siste-mas como o de gestão de pessoas e o de processos. E para auxiliar as empresas a estabelecer essas práticas de excelência, o Senai oferece diferentes opções de con-sultoria. São serviços desenvolvi-dos de acordo com as necessida-des da empresa e prestados por técnicos especializados.

A consultoria ambiental ofe-rece às empresas serviços de assessoramento à conformidade legal e normativa, diagnóstico ambiental, além de ajudar a esta-belecer procedimentos para uma produção mais ecoeficiente. Em Santa Catarina, o núcleo de ges-tão ambiental do Senai, localizado

em Blumenau, atende cerca de 350 empresas do estado prestan-do serviço de análise laboratorial e de consultoria. O trabalho é per-sonalizado e as diretrizes são ela-boradas a partir de diagnósticos feitos pelos técnicos do Senai. A consultoria inclui treinamento de funcionários e mudanças de pro-cedimentos internos e externos. “O serviço mais procurado no nos-so núcleo é o de conformidade le-gal. Só neste ano registramos um aumento de 30% na demanda por esse tipo de consultoria”, afirma Rodrigo Bortolli, coordenador do núcleo ambiental.

A Momento Engenharia Am-biental, empresa responsável pelo aterro sanitário de resíduos indus-triais de Blumenau, conseguiu mu-dar seus procedimentos de traba-lho a partir da consultoria prestada pelo Senai. “Com as mudanças na gestão ambiental e a inclusão de

novos processos de proteção ao meio ambiente, nós conquistamos a certificação ISO 14001. O que me chamou a atenção em todo esse trabalho de consultoria foi o profissionalismo do Senai”, consi-dera Geanderson Ribeiro, supervi-sor-geral da empresa.

Este ano, o trabalho do Senai Santa Catarina junto com a Mo-mento Engenharia Ambiental será ampliado. A instituição e a Univer-sidade de Stuttgart, da Alemanha, fecharam acordo para a realização conjunta de consultoria ambiental em indústrias catarinenses e uma das beneficiadas é a empresa de Blumenau. A partir da consultoria que será prestada tanto pelo Se-nai quanto por técnicos alemães serão implementados novos mo-delos de gestão, já testados na Europa, e parte das obras de re-adequação terá financiamento de entidades internacionais.

O Senai de Santa Catarina tam-bém oferece às empresas servi-ços de consultoria em gestão de processos, como o de logística, que buscam estabelecer práticas de excelência em toda a cadeia de suprimentos, produção enxuta (lean manufacturing) e de distri-buição. Em Santa Catarina, o nú-cleo de gestão de logística será ampliado para se tornar um centro de referência. Em Itajaí está sendo construído um armazém modelo, com softwares de simulação, de gerenciamento e de identificação de produtos por radiofrequência (RFID). “Vamos disponibilizar toda uma infraestrutura de alto padrão para que as empresas possam fa-zer simulações de todo o seu pro-cesso de logística”, explica Carlos

Estudo que está sendo realizado pelo Senai vai

ajudar a produzir aplicador em escala industrial

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seus produtos e mostramos que, além de criatividade, é preciso basear os projetos de design em pesquisas de mercado e de tec-nologias”, explica Santa Evelina Bauler, diretora adjunta do Senai unidade Blumenau.

O empresário José Adolfo Sor-gatto, proprietário do Salão Bian Hair de Caçador, em Santa Cata-rina, procurou o Senai para auxi-liá-lo a aprimorar a produção e o design do produto que inventou. Ele desenvolveu o Mega Hair Ex-press, um conjunto de máquinas que facilitam a separação, cola-gem e aplicação de mechas de cabelos ( mega hair), um processo inovador e que torna a aplicação do mega hair mais fácil e prática. O Senai Santa Catarina e o Poli.Design estão fazendo um estudo aprofundado de mercado, de er-gonomia e de design do produto. “Com essa consultoria, quero criar mecanismos para produzir o Mega Hair Express em escala industrial e, com isso, ganhar mais merca-do”, afirma Sorgatto.

Antônio Vinotti, coordenador do núcleo de gestão de logística.

A Olsen, indústria e comércio de equipamentos ortodônticos, mudou seu processo de produção e de logística a partir da consul-toria. Pelo sistema de lean manu-facturing, a empresa conseguiu reduzir em 30% o desperdício de matérias-primas na fábrica e agora procura baixar o lead time (tempo médio da entrada de matérias-pri-mas e componentes até a entrega do produto industrializado) de 96 para 9 dias. A empresa também deixou de produzir estoque e pas-sou a adotar o modelo Toyota de produção – fabrica os equipamen-tos de acordo com as encomen-das. “Foi um grande aprendizado para a empresa, da presidência às pessoas que realizam as tarefas mais simples. Incorporamos uma nova filosofia de trabalho”, afirma o diretor industrial da Olsen, Lauro César Silva Melo.

As consultorias de gestão ofe-recidas pelo Senai Santa Catarina também auxiliam as empresas a

Consultoria em GestãoConsultoria em TecnologiaConsultoria AmbientalConsultoria em LogísticaEnsaios Laboratoriais

repensar seus produtos. O con-ceito de design estratégico, di-fundido nas consultorias, busca a aproximação de diversas áreas da empresa. A intenção é que o setor de design, ao idealizar o produto, também possa pensar em ques-tões relacionadas à gestão, marke-ting, produção, logística, vendas, entre outros. Em Santa Catarina, a consultoria de design é oferecida em parceria com o Instituto Poli.Design, ligado ao instituto Politéc-nico de Milão, na Itália. “Nessa consultoria trabalhamos o design como um fator estratégico para as organizações. Auxiliamos as em-presas na pesquisa e criação de

LAUR

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Olsen reduziu em 30% o desperdício de matérias-primas com adoção do sistema de

lean manufacturing implantado pelo Senai

SeRviçoS ofeRecidoSpelo SeNAi

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pronta paraoperarQuem não quer perder tempo e já sair com uma carteira de clientes ativa pode adquirir uma unidade em funcionamento

por Beatrice Gonç[email protected]

Quando se fala em investir no sistema de franquias, muitas pessoas podem pen-sar que ao ser aprovado pelo franqueador de uma rede é necessário começar um negócio novo, achar um ponto, reformar o espaço, investir em móveis, contratar funcionários e treiná-los. Mas nem sem-

des já em funcionamento. Pelo sistema, quando um franqueado não tem mais interesse no negócio, ele pode repassar a unidade sem precisar fechar o estabe-lecimento. Ele pode vender o ponto co-mercial e os direitos sobre a loja para ou-tro franqueado e, dessa forma, recuperar seu investimento no negócio. E quem compra a unidade consegue assumir a loja em poucos dias, passa a gerir uma franquia já com clientes definidos e com um histórico de faturamento.

Ao ser aprovado como franqueado da rede de roupas femininas Stroke, o em-presário Daniel Angelini preferiu adqui-

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pre isso é preciso. Esse novo franqueado pode adquirir uma unidade da rede que já esteja em funcionamento. Isso porque, pelo sistema de franquias, é possível que os franqueados comprem unidades de ou-tros desde que a transação seja aprovada pelo franqueador da marca.

E essa é uma prática comum. Só no Brasil estima-se que 5% do volume de vendas anuais de franquias seja de unida-

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0rir uma unidade que estava à venda no Shopping Tamboré, em Barueri (SP). “Eu já tenho uma revendedora de pneus e queria mudar de segmento, diversificar e trabalhar com um setor que está em cres-cimento. Quando recebi essa proposta, achei que era uma boa oportunidade. Ter uma loja em shopping é uma venda mais certa”, afirma.

O empresário assume a unidade em outubro e a mudança de direção será feita sem que o negócio pare de funcionar. An-gelini conta que nesse primeiro momento não pretende fazer reformas na loja e, por conta disso, vai manter a decoração e os

móveis do antigo franqueado. O que ele quer mudar é a gestão do negócio. “Essa é uma unidade que tem um bom histórico de vendas e quero trabalhar para que isso melhore ainda mais.”

Antes de assinar o contrato de com-pra, Angelini recebeu da rede uma ava-liação da unidade e dos pontos fortes e fracos do negócio. “Fazemos isso para que esse novo franqueado tenha uma no-ção exata do que está comprando. Assim, quando ele decide comprar uma unidade que está dando prejuízo, sabe de antemão qual é o problema do negócio – se é de falta de qualificação da equipe, se precisa

repasse em operação

estimAtivA5% do volume de vendas anuais de franquias é de unidades já em funcionamento

vAntAgemRisco menor e rapidez para assumir a unidade (para abrir uma unidade nova são necessários em média 120 dias)

DesvAntAgemPreço maior (além das taxas de franquia, são considerados no valor a carteira de clientes que a unidade já conquistou e o faturamento)

CUiDADosTirar todas as certidões de regularidade desse negócio para verificar se há pendências fiscais e tributárias e se há passivos trabalhistas; criar uma nova empresa jurídica; fechar dois contratos, um com o antigo franqueado e outro com o franqueador

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de reforma, se é um problema de gestão ou mesmo do próprio ponto comercial. Com essa avaliação, nós da franqueadora e o novo franqueado sabemos onde pre-cisamos melhorar”, afirma Márcio Melo, diretor comercial da Stroke.

A direção da rede acompanha de per-to todas as transações de compra e venda de unidades. Quem faz a avaliação das lo-jas é o próprio franqueador. É ele quem estabelece o valor da unidade a partir dos investimentos feitos pelo antigo franquea-do e da taxa de retorno do negócio. Com essa avaliação, a rede procura em seu banco de dados uma lista de interessados em se tornarem franqueados, apresenta a proposta e os interessados passam pelo processo de seleção. Os aprovados pagam as taxas de franquia e fazem o treinamento para assumir a loja.

Serviço especializado

Para quem está à procura de uma uni-dade já em operação, mas não tem ainda definido em que rede deseja investir, a Franchise Store oferece serviço de busca de oportunidades de acordo com o perfil do investidor. A empresa tem o cadastro de lojas que estão à venda de 67 redes de franquias, o que permite a esse investidor avaliar as melhores oportunidades e eco-nomizar tempo nessa procura.

Além de divulgar as lojas, é a Franchise Store quem faz a avaliação das unidades à venda. Técnicos da empresa fazem a valoração do negócio a partir do fatura-mento dos últimos 24 meses, da carteira de clientes, da localização e da estrutura do ponto comercial. Depois de estipulado o valor da unidade, a Franchise Store pro-

cura em um banco de dados as pessoas in-teressadas em adquirir o negócio. “Antes, quem pensava em comprar uma unidade em operação, precisava ligar de marca em marca para saber isso. Temos agora à dis-posição os dados sobre as unidades em funcionamento que estão à venda das 67 marcas que nós trabalhamos”, afirma Filo-mena Garcia, diretora da Franchise Store.

Ela explica que a procura pelo serviço é alta e que muitas das pessoas que bus-cam unidades já em operação não querem esperar os cerca de quatro meses neces-sários para abrir um novo negócio. “Tem pessoas que já querem começar a operar em no máximo 15 dias. O que mais acon-tece são casos de pessoas que saíram de seu antigo trabalho, decidiram investir em franquia e não querem esperar para come-çar a trabalhar.”

Se a rapidez de assumir a unidade é uma vantagem desse tipo de negócio, o interessado deve estar preparado para pagar mais pela compra da loja. Além de pagar as taxas de franquia, o valor do ne-gócio costuma ser mais alto, isso porque é levada em consideração a carteira de clientes que a unidade já conquistou e o faturamento. “Eu já vi casos em que a abertura de uma nova unidade custava em torno de R$ 250 mil e a compra de uma já em operação saía em torno de R$ 400

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LINHA DIRETA

Bittencourt Consultoria: www.bittencourtconsultoria.com.brFranchise Store: www.franquia.com.brStroke: www.stroke.com.br

mil”, conta Liana Bittencourt, diretora da Bittencourt Consultoria, empresa especia-lizada em expansão de negócios.

Diante da diferença de preços, Liana considera que os interessados em adqui-rir um negócio em funcionamento devem avaliar se o resultado financeiro que o es-tabelecimento vai gerar compensa a dife-rença. Ela explica que o risco do negócio não dar certo no caso da compra de uma unidade em operação é menor, mas alerta que o sucesso do negócio está associado à gestão. “Comprar uma unidade em fun-cionamento pode ser menos arriscado porque se sabe qual é o histórico daquele ponto. Se é uma empresa com excelen-te faturamento, o franqueado tem que entender rapidamente como funciona o negócio para manter e até promover um crescimento maior. Investir em unidade em operação não quer dizer que será pre-ciso trabalhar menos.”

Liana orienta esse investidor a tomar alguns cuidados. “É preciso tirar todas as certidões de regularidade desse negócio para verificar se há pendências fiscais e tributárias e se há passivos trabalhistas.” A especialista afirma que, por mais que o antigo franqueado diga que assumirá todos os possíveis problemas trabalhis-tas ou fiscais, é preciso analisar isso com cautela. A sugestão é que esse franque-ado que assumirá o negócio crie uma nova empresa jurídica e com isso tenha um novo CNPJ. Ela alerta também que devem ser feitos dois contratos: um com o antigo franqueado e outro com o fran-queador. “Não basta fechar o contrato com o franqueado da unidade; é preciso ser aceito pelo franqueador. O mais indi-cado é que o franqueador monitore todo o processo de repasse.”

O risco do negócio não dar certo no caso da compra de uma unidade em operação é menor, mas o sucesso está associado à gestão

Liana: “Investir em unidade em operação não quer dizer que será preciso trabalhar menos”

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pequenos gourmetsPrimeira franquia de escola de culiná-

ria infantil do País, a Minichefs pretende ensinar as crianças a cozinhar, enquanto estimula hábitos alimentares mais saudá-veis. Entre receitas e brincadeiras, os alu-nos aprendem noções básicas de nutrição, produtos orgânicos e integrais, higieniza-ção e limpeza de alimentos. Administrada pelo Shopping das Franquias – empresa voltada para a idealização e implementa-ção de franquias –, a rede tem capacidade de abrir duas franquias por mês, com o

objetivo de fechar 2010 com oito escolas. Para o ano que vem, a previsão é chegar a pelo menos 30 unidades.

A franquia possui duas unidades em implantação, sendo uma em São Paulo e outra em Brasília, com previsão de abertu-ra até outubro deste ano. Segundo a em-presa, o formato se adapta a espaços como shoppings ou lojas de rua e há até uma op-ção de loja-contêiner, uma unidade itine-rante, que pode funcionar em estaciona-mentos de supermercados e shoppings.

Os interessados podem optar por dois tipos de escolas: a Minichefs Baby, voltada para crianças até 10 anos, e a Minichefs Teen, com alunos de até 14 anos. Enquanto os pequenos cozinham, os pais podem acompanhar a movimen-tação na cozinha através do site da fran-quia. O investimento inicial é de R$ 50 mil para a franquia Baby, e R$ 100 mil para a versão teen. O prazo para retorno de capital é de 18 meses. www.minichefs.com.br

qualidade totalA Casa do Construtor – rede com mais de 70 uni-

dades que atua em oito estados brasileiros no ramo de locação de equipamentos para a construção civil – está em fase de expansão. A meta é fechar 2010 com 100 lojas e manter o ritmo de crescimento pelos próximos cinco anos, com o objetivo de chegar a 250 unidades em 2015.

Para garantir o sucesso da expansão, a rede aposta no conceito de melhoria de processos, que integra o programa corporativo chamado Qualidade Total, ado-tado pelos principais gestores de empresas de grande porte nos mais diversos segmentos. Para aplicá-lo na Casa do Construtor, a direção da franquia realizou a

revisão de todos os seus processos – mais de 50, en-tre eles os de expansão, compras, suporte à rede, ca-pacitação, marketing e consultoria de campo. “Numa primeira fase, fizemos a revisão de cada um deles, analisando todas as etapas e diagnosticando possíveis entraves. A ideia é criar procedimentos e operações mais ágeis, produtivos e eficazes, para viabilizar nosso projeto de expansão com mais qualidade”, relata Alti-no Cristofoletti, um dos sócios da franqueadora.

O investimento médio para a abertura de uma unidade é de R$ 450 mil (sem ponto comercial), com preferência para cidades com mais de 100 mil habi-tantes. www.casadoconstrutor.com.br

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Bijuterias especiais

Lançada em 2008, a Fun-dição Filomena surgiu com o objetivo de trazer um novo conceito ao varejo de acessó-rios femininos. Todas as biju-terias são produzidas com um composto especial de estanho banhado a prata. Essa técnica resulta no menor percentual de ferro do mercado – apro-ximadamente 20% –, o que dá brilho, leveza e maior durabili-dade às peças.

Atualmente a rede possui 26 unidades em operação nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Espí-rito Santo. A meta é fechar 2010 com mais 20 operações, atingindo o faturamento de R$ 1 milhão. Além disso, a marca tem o objetivo de abrir pontos de venda nos principais sho-ppings do País e pretende in-vestir ainda na expansão pelo Mercosul a partir de 2012. O investimento inicial de um quiosque é de R$ 86 mil, en-quanto uma loja sai por apro-ximadamente R$ 300 mil, com retorno entre 12 e 24 meses. www.fundicaofilomena.com.br

pinga ni mim Com mais de 100 unidades em

operação em nove estados e no Dis-trito Federal, a Água Doce Cachaça-ria comemora 20 anos de atuação no mercado. Especializada em comidas e bebidas típicas do Brasil, a empresa surgiu em 1990 na cidade de Tupã, interior de São Paulo.

Para adquirir uma franquia da rede – que pretende continuar expandindo em todo o País –, o candidato precisa, primei-ramente, gostar ‘da noite’ e não ter problemas em trabalhar nos finais de semana. “Muitas unidades funcionam somente à noite e avançam pela madrugada”, explica o diretor de franquias, Julio Bertolucci. “E acreditamos ser importante que o próprio franqueado seja o efetivo operador da unidade.” O investimento inicial varia de R$ 365 mil a R$ 975 mil, além do ponto comercial. Com faturamento mensal de R$ 65 mil, o retorno é esperando entre 36 e 60 meses. www.aguadoce.com.br

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Churrasquinho Lançada em 2009, a franquia de espetinhos Espetíssi-

mo abriu dez unidades em apenas seis meses de operação. “O know-how da Churrasquinho Jundiaí, nossa principal fornecedora, nos ajudou a implantar a marca, que vem se consolidando”, afirma Felipe Paoletti, sócio-diretor da em-presa. A meta é fechar 2010 com 35 franquias, entre quios-ques e lojas, representando um crescimento de 400%.

Por um investimento de R$ 63 mil, mais R$ 15 mil de taxa de franquia, a Espetíssimo oferece todo o suporte aos franqueados, incluindo a escolha do ponto e o treinamen-to dos funcionários, além do acompanhamento pessoal da unidade durante os primeiros 15 dias de operação. “Quem quiser investir não precisa ter experiência no ramo alimen-tício, nem mesmo em negócio próprio. Mas é preciso estar disposto a se dedicar integralmente”, destaca Paoletti.www.espetissimo.com

expansão chinesaEspecializada em culinária chinesa e

com 45 unidades em operação, a Lig Lig está em busca de investidores interessa-dos em abrir lojas em Santa Catarina. Além de Balneário Camboriú – onde já possui uma unidade –, a rede tem interesse em expandir para Florianópolis. “Nossa uni-dade de Balneário Camboriú é um suces-so e mostra o potencial do estado para o

negócio”, afirma Carlos Moura, gerente de expansão. No mercado há 17 anos, a mar-ca está presente nos estados de São Paulo, Paraná, Pará, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

O investimento inicial médio em uma unidade é de R$ 220 mil, exceto o ponto comercial. “O franqueado recebe todo o apoio da franqueadora, especialmente

no primeiro ano de operação”, reforça o franqueador, Thomas Liu. “Após este pe-ríodo, consideramos que a loja realmente ‘abriu’. A administração fica mais traba-lhosa, mas a lucratividade aumenta e to-dos saem ganhando.” Com faturamento mensal estimado em R$ 60 mil, a expecta-tiva é de retorno em 24 meses.www.liglig.com.br

novidade na praçaA Pyramidis, marca de calçados criada em 1995, é a mais

nova opção no mercado de franquias. A rede integra o grupo GVD Internacional, um dos principais fabricantes e exporta-dores de sapatos do País. Atualmente, os calçados são ven-didos em multimarcas e em apenas uma loja própria, locali-zada em Novo Hamburgo (RS). Com o plano de expansão, a marca pretende inaugurar 100 franquias em cinco anos, sobretudo nas cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, além de negociações que já estão em curso no Uru-guai, Chile, Europa e Oriente Médio. Com foco em calçados e acessórios femininos, uma loja da marca com 50 metros quadrados requer investimento inicial de R$ 290 mil, com prazo de retorno em até 36 meses. As primeiras unidades devem ser inauguradas até o final de 2010.www.pyramidis.com.br

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PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto MercAdológico, MP- MAteriAl ProMocionAl, PP- ProPAgAndA e PublicidAde, Po- Projeto de oPerAção, oM- orientAção sobre Métodos de trAbAlho, tr- treinAMento, PF- Projeto FinAnceiro, Fi- FinAnciAMento, ei- escolhA de equiPAMentos e instAlAções, Pn- Projeto orgAnizAcionAl dA novA unidAde, sP- solução de Ponto

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Seminário comportamental criado pela ONU e ministrado no Brasil pelo Sebrae já capacitou mais de 160 mil empreendedores em todo o País

Empreender Informe do Sebrae Outubro

Empresário destaca o Empretec como "divisor de águas" na sua empresa

“A gestão do negócio evolui muito e nosso faturamento au-mentou em 60%.” A declaração é do empresário Luiz Brito, proprie-tário de uma das maiores empre-sas no segmento de construção pesada de Roraima. Brito foi um dos participantes do seminário Empretec, focado em desenvolver as dez características do compor-tamento empreendedor, e garan-te que o seminário foi um “divisor de águas” que ainda hoje reflete no sucesso dos negócios.

Luiz começou a carreira var-rendo o chão do almoxarifado de

busca de realizar o sonho no Ex-tremo Norte do Brasil. Com uma vasta experiência nesse segmen-to da construção, passou a pres-tar serviços e conseguiu adquirir o primeiro caminhão.

Aos poucos foi construindo um empreendimento sólido e lucrativo. Após 21 anos no mercado a empre-sa hoje é responsável pelo emprego e renda de mais de 40 colaborado-res diretos e indiretos e tem um pa-trimônio que inclui 78 equipamen-tos. Parte desse sucesso é atribuída pelo empresário aos ensinamentos do seminário Empretec.

uma multinacional no segmento de construção pesada, onde tra-balhou por 11 anos, até chegar à direção do setor de obras e equi-pamentos. Apesar do crescimento meteórico, ele tinha outras aspi-rações: abrir o próprio negócio na mesma área da empresa que ele ajudou a crescer. A oportunidade surgiu de fato quando Brito resol-veu visitar um irmão que morava em Roraima e observou a carên-cia de mercado local no ramo de construção pesada.

Em apenas três meses deixou o Piauí, estado de origem, em

“A gestão do negócio evolui muito e

nosso faturamento aumentou em 60%”,

afirma Luiz Brito

Oportunidades do desenvolvimento sustentável serão debatidas em novembro, no Rio de Janeiro

Outubro Informe do Sebrae Empreender

Encontro Internacional reúne empretecos

Brito afirma que o se-minário trouxe outra visão de gestão empresarial até então desconhecida. “A empresa já possuía alguns critérios organizados e um sistema ético centrado, que gerava certo diferencial de outros empreendimentos. No entanto, o planejamento sistemático para alcançar os objetivos era feito de manei-ra bastante precária. Prati-cava algumas ações dentro da empresa e não entendia por que o retorno era tão lento. Depois que busquei desenvolver as caracterís-ticas empreendedoras nas minhas atividades diárias, o resultado foi melhor do que o esperado”, ressalta Luiz.

Entre as lições do semi-nário, o empresário consi-dera que um dos fatores mais importantes foi en-tender a importância de estabelecer metas a curto, médio e longo prazos.

O resultado mais expres-sivo logo nos primeiros dois anos após a finalização do Empretec foi o aumento do faturamento da empresa em 60%. “A empresa passou de 12 para 20 funcionários nes-se período”, declara o em-presário. Empreteco – como é chamado quem participa do Empretec – há mais de dez anos, ele é um defensor do seminário e eterno parti-cipante, seja em consultoria ou apoio nas palestras.

Inscrições:www.encontroempreendedores.com.br Mais informações: www.sebrae.com.br0800 570 0800

EmpreenderEste informe é de responsabilidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sob coordenação da Gerência de Marketing e Comunicação. Presidente em exercício do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae: Roberto Simões - Diretor-presidente: Paulo Okamotto - Diretor-técnico: Carlos Alberto dos Santos - Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos - Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Endereço: SEPN Quadra 515 - Bloco C Loja 32 - 70770-900 - Brasília/DF - Fone: (61) 3348-7100 - www.sebrae.com.br - Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800

Empreendedores interessados em trocar experiências e aumentar a rede de contatos para fechar no-vos negócios não podem perder a oportunidade de participar do 14º Encontro Internacional de Empre-endedores, que será realizado de 16 a 18 de novembro no Rio de Janei-ro. As inscrições podem ser feitas por meio do site do evento, onde também pode ser consultada a pro-gramação do evento.

O tema central do encontro são os impactos e as oportunidades do desenvolvimento sustentável nos pe-quenos negócios. “Este é um encon-tro de quem já fez o Empretec, mas também daqueles que têm interesse em conhecer a metodologia. É uma ótima chance para empresários e empreendedores trocarem experiên-cias e fecharem negócios”, afirma a coordenadora nacional do Empretec, Carla Virgínia Rosal Lima Costa.

A expectativa do Sebrae, realizador do evento, é reunir 3,5 mil participan-tes em 2010. Serão abordadas ques-tões como energia limpa, arquitetura e engenharia em um contexto sus-tentável, economia de baixo carbono, mudanças climáticas, tratamento e reciclagem de resíduos sólidos, água, florestas e biodiversidade.

O conceito de sustentabilidade considera que o modelo de negócios

está necessariamente relacionado à justiça social e à cultura local, em consonância com a preservação e a recuperação ambiental. O tripé da sustentabilidade pressupõe que os negócios sejam economicamente vi-áveis, socialmente justos e ambien-talmente responsáveis. A avaliação é que essas premissas podem levar a empreendimentos de sucesso, capazes de impactar positivamente não apenas no meio ambiente, mas também nas comunidades em que estão inseridos.

Paralelamente ao evento será realizado o Encontro Internacional de Diretores do Empretec, que vai reunir 33 dirigentes do programa em diversos países. O seminário Empretec, desenvolvido pela Orga-nização das Nações Unidas (ONU), é uma das maiores ferramentas de capacitação empresarial do mundo. Destinado a empresários e pesso-as físicas interessadas em abrir um negócio próprio, aborda as caracte-rísticas e os comportamentos em-preendedores determinantes para o sucesso no universo dos negócios.

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Adesivo animadoA película adesiva Vikuit, desenvolvi-

da pela 3M, reproduz imagens em movi-mento, cores e desenhos em superfícies transparentes como vidros e acrílicos. O produto tem exclusiva tecnologia de mi-

croesferas ópticas, que permitem que as imagens sejam projetadas de forma linear em superfícies transparentes e observa-das de diversos ângulos. O grupo Quality, especialista em comunicação visual para

lojas, é quem traz a tecnologia para o Brasil. Além da película adesiva, a em-presa oferece todos os serviços para a instalação da peça. www.qualityadesivos.com.br

Atendimento ágilO WebDesk é um sistema completo

de help desk oferecido pela Locaweb que permite que pequenas e médias empresas possam prover atendimento e suporte a seus clientes. O aplicativo cen-traliza as solicitações de atendimento e organiza o relacionamento com clientes, garantindo agilidade no atendimento. Com o sistema é possível acessar os cha-mados via internet, de qualquer lugar e a qualquer momento. Por ser uma oferta de software como serviço, a ferramenta dispensa investimentos em licenças e instalação de softwares. A Locaweb ofe-rece cinco diferentes planos que se adap-tam aos diversos modelos e tamanhos de empresas. www.locaweb.com.br

impressora rfiDA Zebra Technologies Corporation lança impressora/codificadora de alto

desempenho, desenhada para suprir a demanda crescente do mercado de identificação por radiofrequência (RFID). A impressora R110Xi4 permite fazer gerenciamento de cadeia de suprimentos, o rastreamento de itens e ativos e a gestão de estoque. Com a tecnologia exclusiva de codificação adaptável, a R110Xi4 pode detectar a posição da impressão na etiqueta au-tomaticamente, sem a necessidade de calibra-gem manual. O equi-pamento é indicado para organizações que lidam com grandes volumes de produtos no estoque, missão crítica ou aplicativos de etiquetas especiais. www.zebra.com.br

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Baixo custoO Metrics Printware Start é uma

suíte de soluções desenvolvida para viabilizar a introdução dos sistemas computadorizados de gestão de pro-cessos industriais e de negócio em indústrias gráficas e de embalagem de pequeno e médio portes. A solução automatiza a gestão de processos de vendas, orçamento, ordens de pro-dução, faturamento com nota fiscal eletrônica, controle de materiais e administração financeira.

A implementação do sistema é rá-pida e permite configuração de até 10 usuários. Para viabilizar sua aquisição por parte das pequenas e médias em-presas do setor, a Metrics criou um mo-delo de licenciamento de softwares e serviços de implantação a custos mais baixos e um modelo de financiamen-to em que é possível pagar em até 12 parcelas mensais os serviços de imple-mentação, treinamento dos usuários e suporte técnico. www.metrics.com.br

Controle remoto

Catálogo eletrônico

A Seal Tecnologia lança solução de telemetria para monitorar a distância máquinas, equipamentos e serviços. O sistema dá acesso remoto a informações captadas por sensores e medidores e converge os dados em sinais digitais. A solução é indicada para gerenciamento remoto de ambientes industriais que necessitam de monitoramento cons-

tante de temperatura, pressão e umida-de. Com o sistema é possível detectar problemas e desvios de desempenho do maquinário com mais rapidez. A so-lução pode ser utilizada na automação industrial, monitoramento do trânsito de veículos e medição do consumo de energia elétrica, água e gás natural. www.seal.com.br

A Linx Sistemas lança o catálogo eletrônico Live Point, uma solução que permite que o consumidor tenha uma experiência de compra mais rica e inte-rativa. O sistema permite que o consumi-dor possa ter acesso a todo o portfólio da loja antes mesmo de entrar no estabe-lecimento. Isso porque ele pode ver to-dos os itens da loja em um computador colocado na entrada do ponto de venda

ou através de um datashow em um fra-me infravermelho. O consumidor nave-ga nos catálogos, por meio de interfaces intuitivas, seleciona produtos, opções de cores, tamanhos e modelos disponíveis. Em uma loja de roupas, por exemplo, o catálogo eletrônico permite ao cliente experimentar virtualmente diferentes looks combinando várias peças da cole-ção. www.grupolinx.com.br

Rede eficienteA QoS lança soluções de rede lan-to-lan, balanceamento, acelerador e com-

pressor de links na modalidade Infraestrutura como Serviço (IaaS). Esses siste-mas provêm interligação de sites, escalabilidade para implementação de novos pontos, alta performance de gestão e segurança da rede, além de economia de banda e otimização dos links. Por esse sistema, a QoS fica responsável por todos os processos do projeto de rede da empresa desde o planejamento, implemen-tação e gerenciamento, até o fornecimento de hardware e software. Como o gerenciamento é feito remotamente, a QoS disponibiliza aos clientes suporte técnico on-line e 24 horas por dia por meio do seu website. www.qos.com.br

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loja virtualO data center MaxiHost passa a oferecer o serviço

de desenvolvimento de loja virtual para empresas que ainda não fazem e-commerce. Pelo sistema, as empresas podem adquirir sua loja on-line pronta, com certifica-do de segurança compartilhado, transações ilimitadas e pagamento via boleto bancário ou cartão de crédito. Assinantes do plano I do data center podem utilizar o sistema por 30 dias, comercializar seus produtos, con-figurar e customizar a página isentos da cobrança de taxas. A iniciativa faz parte do novo modelo de negócio da MaxiHost, que inclui produtos, imagens, transações e transferências ilimitadas e domínio grátis para os planos anuais. A MaxiHost trabalha com contratações mensais, semestrais e anuais, com preços variando entre R$ 27,93 e R$ 49,90 ao mês. www.maxihost.com.br

pequenas tiragensA Simpress, especializada em outsourcing de impressão e

gestão de documentos, lança um novo serviço de impressão em cor para pequenas tira-gens. A oferta é voltada para gráficas, birôs de serviços e departamentos de marketing de empresas que precisam imprimir materiais em menor quanti-dade, mantendo a qualidade de ima-gem e a alta velocidade de produção. Por esse serviço é possível imprimir a laser volumes a partir de 100 mil páginas por mês. A solução é total-mente digital e permite gramaturas elevadas, de até 300g/m2, impressão em grandes formatos, com reso-lução possível até para tamanhos super A3 (330mm/482mm) e veloci-dade de impressão de até 90 páginas por minuto. www.simpress.com.br

facilidade na instalaçãoA Emmeti Brasil vem investindo na ino-

vação e na qualidade de tubos e conexões utilizados para condução de Gás Natural e Gás Liquefeito de Petróleo (GN e GLP). No mercado desde janeiro, a linha GasPex de tubos multicamada flexíveis foi testada em 2009 pela construtora Gafisa. De acordo com o fabricante, o GasPex é mais barato, muito mais seguro, fácil e rápido de instalar,

porque a tubulação é flexível e vendida em bobinas com até 100 metros de extensão, o que permite fazer longos trajetos com cur-vas sem necessidade de emendas e soldas. Além disso, as conexões são em latão e com sistema de prensar, por isso oferecem total segurança e são bem mais práticas de instalar. Outra importante vantagem é que o GasPex não oxida, já que as camadas interna (de po-

lietileno reticulado-PEX) e externa (de polie-tileno-PE) protegem a camada de alumínio (PEX-AL-PE), garantindo maior resistência e durabilidade. O produto é fabricado de acor-do com a ISO 17484, norma internacional de fabricação que está servindo como base para a elaboração da norma brasileira, em discus-são pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). www.emmeti.com.br

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Já conseguimos fazer as máquinas repro-duzirem a ação humana e o pensamento. Mas nenhuma máquina é capaz de repro-duzir a emoção humana.

As organizações têm sido o palco da opressão e da desqualificação da afetivida-de, uma vez que há dois séculos são pro-jetadas e administradas sob um modelo mecanicista e reducionista. Foram igno-radas as dimensões subjetivas, afetivas e profundas das empresas. Essa concepção restritiva que ainda predomina na maioria dos ambientes de trabalho explica a pa-dronização da emocionalidade, a apatia, a desmotivação, o descuido e a falta de dignidade que são encontrados em mui-tas empresas.

O modelo mecanicista leva à desper-sonalização das relações interpessoais, a ponto dos funcionários serem vistos como recursos e tratados em manuais administra-tivos. Há cegueira para o mundo intrínseco do homem e tabu ante a manifestação da emoção no ambiente de trabalho.

Uma Persona rigidamente constituída nos embota o sentimento. Mas tomarmos consciência disso permitirá lidar com nossos excessos, nossas vulnerabilidades e potenciais. Desta forma, a cada passo que buscamos conhecer e reduzir os ex-cessos de nossas máscaras, uma forma mais harmônica e equilibrada começa a se instalar no nosso dia a dia, favorecen-do diretamente o relacionamento que o ser humano estabelece com a empresa na qual oferece os seus serviços ou a for-ça de seu trabalho.

ção não está vinculado às “coisas” (equi-pamentos, tecnologia, instalações, etc.) que ela dispõe. Mas a capacidade que as pessoas têm de se relacionarem de modo positivo e sinérgico. De alguma maneira ainda estamos presos a uma crença de que ser profissional quer dizer desligar o lado emocional, limitando-se a ser racio-nal. Como se isto fosse possível e benéfi-co. Essa forma-pensamento nos distancia da afetividade, qualidade que permeia as exigências do novo cenário das corpora-ções como a criatividade, flexibilidade, trabalhos em equipe, comprometimento e motivação, além de várias outras compe-tências necessárias à contínua competitivi-dade das empresas.

Felizmente, as empresas de sensibili-dade, em sintonia com a necessidade de mudanças vigentes, começaram a desco-brir que sua sobrevivência exige atenção, respeito e valorização da afetividade. Per-cebem que planejar não é uma ação des-vinculada da emoção. A emoção é quem dá valor à ação oriunda do pensamento.

Um dos caminhos para desenvolver-mos a afetividade na realidade organiza-cional e consequentemente uma atuação de alto desempenho é reconhecendo as máscaras que desenvolvemos através de nossa história pessoal e profissional. E em seguida é nos capacitarmos para utilizar este conhecimento de forma mais produ-tiva de tal maneira que possa dar sustenta-ção a uma atuação mais eficaz no ambiente de trabalho. A combinação de autoconhe-cimento com aplicabilidade (saber sobre e saber como) é o que podemos denominar Relação de Alto Desempenho.

Esta Relação exige um trabalho perma-nente de autodesenvolvimento em que os indivíduos que compõem a empresa este-jam preparados para facilitar a existência de um ambiente onde as pessoas tomam contato com o que possuem de mais hu-mano: sua subjetividade e seus sentimen-tos. Qualidades únicas para o ser humano.

As Personas, muitas vezes chamadas máscaras, são partes de nossa manifesta-ção no ambiente organizacional, social ou familiar. São formas como desenvolvemos nossas estratégias de nos relacionarmos com o outro. Elas são integrantes de nossa identidade e definem aspectos importan-tes de nossa personalidade. Elas não po-dem ser enquadradas como boas ou más. A utilização que fazemos delas faz com que elas se tornem positivas (adequadas) ou negativas (inadequadas). É comum nos referirmos às outras pessoas ou elas se re-ferirem a nós com expressões do tipo:

“João é agressivo, nunca escuta o que se fala, é arrogante. Parece que está sem-pre com o nariz empinado.”

“Paulo nunca se posiciona, nunca des-ce de cima do muro.”

“Maria é muito emotiva, parece que vai derreter. Não se pode falar nada.”

“Sílvia parece que tem sangue de ba-rata, está sempre distante, não se envolve, nunca participa.”

Em todos os níveis de uma organiza-ção a qualidade do trabalho que executa-mos está diretamente ligada à qualidade de nossas relações. Podemos dizer que o segredo do sucesso de uma organiza-

máscaras harmônicas

D i n  m i C A e m p r e e n D e D o r A

Combinar autoconhecimento com aplicabilidade (saber sobre e saber como) leva a uma relação de alto desempenho

por Luiz Fernando GarciaConsultor especialista em manejo

comportamental e empreendedorismoem negócios. Fone: (48) 3334-5585

www.rendercapacitacao.com.br

Empresas de sensibilidade, em sintonia com a necessidade

de mudanças vigentes, descobriram que sua

sobrevivência exige atenção, respeito e valorização

da afetividade

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“eu só queria uma mesa – do tijolinho ao horário nobre”Marcelo Ponzoni – Ed. Saraiva – R$ 34,90

Obra autobiográfica que con-ta a trajetória de Marcelo Ponzoni, publicitário e fundador da agência de comunicação Rae,MP, que soma 22 anos de atuação no mercado de propaganda. Mesclando o relato de sua vida com conceitos de empreen-dedorismo e gestão, o autor conta como iniciou a construção de uma empresa diferenciada – quando ain-da cursava o primeiro ano da facul-dade – e explica como driblou as di-versas crises que se abateram sobre o Brasil nas últimas duas décadas.

palavras de ordem Desperte o empreendedor que há em vocêMichael E. Gerber – Editora M.Books – R$ 65Obra de Michael Gerber traz dicas para

transformar sonhos em companhias rentáveisAs 10 premissas da liderança eficaz:

1- Lidere com Objetivo, comprometa-se com sua Missão;

2- Depois de comprometido, nunca altere seu compromisso até tê-lo alcançado;

3- Crie padrões operacionais claros e se comprometa com eles;

4 - Crie resultados operacionais claros e se comprometa com eles;

5- Cerque-se de pessoas que acreditem na sua Missão;

6- Cerque-se de pessoas que estejam comprometidas com a sua Missão;

7- Cerque-se de pessoas que acreditem nos seus padrões;

8- Cerque-se de pessoas que estejam comprometidas com seus padrões;

9- Cerque-se de pessoas que estejam comprometidas com seus resultados;

10- Cerque-se de pessoas que sejam fiéis a seus compromissos.

Sonho, visão, objetivo e missão são as palavras de ordem na vida de Michael Gerber, coach de mais de 50 mil pequenas em-presas em 145 países. A paixão pelo empreendedorismo faz parte da vida do autor, que em 1977 fundou a empresa de consultoria E-Myth Worldwide, com o objetivo de transformar o modo como os pequenos empresários administram seus negócios. A partir de suas experiências, dessa vez ele criou o que chama de Sala dos Sonhos, um lugar aonde empreendedores e futuros empreen-dedores vão para descobrir como transformar seus sonhos em companhias rentáveis. “Criar uma empresa ou uma vida de sucesso exige um magnífico senso de surrealidade. Você precisa estar preparado para ver coisas que voam mais rápido que um pensamento e capturá-las em suas lentes sem perder o passo”, afirma.

Através de cases vivenciados em suas três décadas de carreira, Gerber reforça a necessida-de de identificar oportunidades a partir dos so-nhos, com o objetivo de ajudar os empresários – sobretudo os pequenos – a criarem negócios inovadores. “É hora de sonhar e de pensar em algo maior que você. É hora de imaginar algo ex-tremamente necessário ao mundo em que você vive, pelo qual alguém pagaria para ter. É hora de despertar a imaginação.”

licensing Como utilizar marcas e personagens para agregar valor aos produtosSebastião Bonfá e Arnaldo Rabelo – Editora M.Books – R$ 49

De fraldas descartáveis a calçados infantis, as prin-cipais marcas do País licen-ciam diversas categorias de produtos, o que movimenta mais de US$ 1 bilhão ao ano, considerando-se apenas as vendas no varejo. Além de ex-plicar o conceito de licensing e sua origem, os autores ofe-recem orientações práticas para diferentes players do se-tor, incluindo licenciadores, agentes e licenciados.

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O fluxo de caixa real nada mais é que a ferramenta para registro e controle das movimentações financeiras das empre-sas. Tanto os recebimentos quanto os pagamentos podem ser controlados a partir desta, verificando a capacidade da empresa honrar seus compromissos em determinado período.

Além da utilização do fluxo de caixa real, deve-se também projetá-lo para en-tender as consequências nos períodos seguintes. Assim, é também possível planejar as disponibilidades e necessida-des financeiras da empresa, produzindo informações relevantes à programação da captação de recursos financeiros, oti-mizando a aplicação de sobras de caixa, e permitindo um melhor gerenciamento das contas a pagar e a receber e também projeções para avaliação do impacto de

Observando de forma mais aprofun-dada nas empresas de pequeno e médio portes, percebe-se que grande parte des-tas subutiliza as ferramentas apropriadas para uma gestão financeira eficaz. Na grande maioria das vezes, essas compa-nhias são gerenciadas por ações diárias, sem a devida atenção à estratégia e à avaliação do negócio, voltadas para ma-ximizar tanto o valor quanto a geração de caixa da empresa.

Dentre estas ferramentas, que vão desde o planejamento estratégico até a avaliação mensal das contas a receber, destaca-se aqui a importância da gestão de caixa e de empréstimos como instru-mento de gestão de liquidez para uma administração financeira adequada. Esta gestão é realizada com a utilização do flu-xo de caixa, tanto real quanto projetado.

Gestão financeira: fluxo de caixaGrande parte das pequenas e médias empresas subutiliza as ferramentas apropriadas e é gerenciada por ações diárias, sem atenção à estratégia e à avaliação do negócio

variações de custos e preços.O fluxo de caixa planejado, entretan-

to, está sujeito às intempéries do mer-cado. Assim, quando utilizada apenas uma estimativa, acaba-se restringindo a tomada de decisão. Uma maneira de melhorar a aplicabilidade das projeções do fluxo de caixa é utilizar três estimati-vas: a provável, a otimista e a pessimista. Com isto, a percepção sobre os riscos e oportunidades inerentes ao negócio em determinado período fica mais clara e a empresa pode se preparar com antece-dência para tais fatos. Deste modo, os ad-ministradores financeiros estarão aptos a planejar com a devida antecedência os problemas de caixa que poderão surgir, como momentos de reduções cíclicas das receitas ou de aumento no volume de pagamentos, ou mesmo poderão se antecipar a um novo plano de expansão e investimento, maximizando sua chance de sucesso na tomada de decisão.

Nota-se assim que o fluxo de caixa, ainda que simples, é uma ferramenta extremamente útil e poderosa de plane-jamento financeiro, sendo indispensável para uma gestão eficaz do controle de caixa da empresa.

O fluxo de caixa planejado está sujeito às intempéries do mercado. Uma maneira de melhorar

a aplicabilidade das projeções é utilizar três estimativas: a provável, a otimista e a pessimista

por Rodolfo MaggioniLeme Investimentos Ltda

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Carteira teórica ibovespa

All Amer Lat UNT N2 1,233 AçãoAmbev PN 0,845 AçãoB2W Varejo ON 0,775 AçãoBMF Bovespa ON 4,121 AçãoBradesco PN 2,860 AçãoBradespar PN 0,901 AçãoBrasil Telec PN 0,373 AçãoBrasil ON 2,462 AçãoBraskem PNA 0,542 AçãoBRF Foods ON 1,410 AçãoBrookfield ON 0,640 AçãoCCR Rodovias ON 0,776 AçãoCemig PN 1,086 AçãoCesp PNB 0,644 AçãoCielo ON 1,686 AçãoCopel PNB 0,603 AçãoCosan ON 0,766 AçãoCPFL Energia ON 0,445 AçãoCyrela Realty ON 2,006 AçãoDuratex ON 0,593 AçãoEcodiesel ON 1,036 AçãoEletrobras ON 0,838 AçãoEletrobras PNB 0,700 AçãoEletropaulo PNB 0,572 AçãoEmbraer ON 0,775 AçãoFibria ON 1,581 AçãoGafisa ON 1,617 AçãoGerdau Met PN 0,793 AçãoGerdau PN 3,078 AçãoGol PN 1,067 AçãoItausa PN 2,166 AçãoItauUnibanco PN 3,703 AçãoJBS ON 1,123 AçãoKlabin S/A PN 0,430 AçãoLight S/A ON 0,560 AçãoLlx Log ON 0,931 AçãoLojas Americ PN 1,123 AçãoLojas Renner ON 0,953 AçãoMarfrig ON 0,647 AçãoMMX Miner ON 1,413 AçãoMRV ON 1,247 AçãoNatura ON 0,842 AçãoNet PN 0,778 AçãoOGX Petroleo ON 3,434 AçãoP.Açúcar-CBD PNA 0,788 AçãoPDG Realt ON 2,617 AçãoPetrobras ON 2,504 AçãoPetrobras PN 9,444 AçãoRedecard ON 1,505 AçãoRossi Resid ON 1,152 AçãoSabesp ON 0,327 AçãoSantander BR UNT N2 1,010 AçãoSid Nacional ON 2,373 AçãoSouza Cruz ON 0,440 AçãoTam S/A PN 1,015 AçãoTelemar N L PNA 0,219 AçãoTelemar ON 0,253 AçãoTelemar PN 0,882 AçãoTelesp PN 0,158 AçãoTim Part S/A ON 0,142 AçãoTim Part S/A ON 0,170 9Tim Part S/A PN 0,890 AçãoTran Paulist PN 0,223 AçãoUltrapar PN 0,467 AçãoUsiminas ON 0,608 AçãoUsiminas PNA 2,731 AçãoVale ON 2,638 AçãoVale PNA 10,652 AçãoVivo PN 0,788 Ação

Inflação (%)

Índice Agosto Ano

IGP-M 0,77 6,66IGP-DI 1,10 6,87IPCA 0,04 3,14IPC - Fipe 0,17 3,45

Juros/Aplicação (%)

Agosto Ano

CDI 0,89 6,12Selic 0,89 6,13Poupança 0,59 4,48Ouro BM&F 3,58 18,95

indicadores imobiliários (%)

Agosto Ano

Juros/Crédito (%)

28/Setembro 27/Setembro

Desconto 1,85 1,85Factoring 3,96 3,95Hot Money 3,36 3,36Giro Pré (taxa mês) 2,06 2,05

Câmbio

mercados futuros

Cotação

Dólar Comercial Ptax R$ 1,7093 Euro US$ 1,3599 Iene (US$ 1,00) $ 83,6000

Dólar R$ 1,71 R$ 1,72Juros DI 10,63% 10,63%

Contratos mais líquidos 29/9Ibovespa Futuro 65.750

Nome Classe Participação Tipo deAção Bovespa Ativo

Até 28/09

Em 29/09

CUB SP 0,53 6,04TR 0,09 0,48

Outubro Novembro

Até 26/08

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De 27/10 a 7/11/2010salão internacionaldo AutomóvelAnhembi – São Paulo – SPwww.salaodoautomovel.com.br

O Salão Internacional do Automóvel completa 50 anos em 2010. O evento, considerado um dos maiores da América Latina, apresenta tendências do setor au-tomobilístico e novidades em produtos e serviços. Os ingressos custam R$ 34.

De 9 a 13/11/2010feileite – feira internacional da Cadeia produtiva do leiteCentro de Exposições Imigrantes São Paulo – SPwww.feileite.com.br

A Feira Internacional da Cadeia Pro-dutiva do Leite é uma oportunidade para quem deseja investir na pecuária leiteira, buscar parceiros e atualizar seus conhe-cimentos sobre o setor. Nesta edição, são expostos mais de 2 mil animais de raças leiteiras, provenientes de criatórios de todo o País. São esperados mais de 20 mil visitantes, entre pecuaristas, zootecnistas, veterinários e agrônomos.

De 9 a 11/11/2010fimai – feira internacional de meio Ambiente industrial e sustentabilidadeExpo Center Norte São Paulo – SPwww.fimai.com.br

A Fimai apresenta o que há de mais avançado em tecnologia ambiental volta-da para a indústria. A feira busca estimular o contato entre empresas atuantes no se-tor ambiental e a aproximação de gestores públicos e privados no desenvolvimento sustentável do País. Durante o evento são realizadas palestras e oficinas interativas. A entrada é gratuita.

De 24 a 26/10/2010proBeleza – Congresso e feira mato-grossense de BelezaHotel Fazenda Mato GrossoCuiabá – Mato Grossowww.probelezacuiaba.com.br

O ProBeleza é um evento destina-do aos profissionais de beleza da Região Centro-Oeste do País. Além de lançamen-to de produtos e de novas tecnologias, o ProBeleza tem uma programação técnica, com apresentações de profissionais de re-nome, e workshops. O evento é realizado há 10 anos e é considerado o quarto maior do País no segmento de beleza.

De 27 a 30/10/2010expocon – feira de fornecedores da Construção CivilParque Barigüi – Curitiba – PRwww.feiraexpocon.com.br

A Expocon é um dos principais pontos de encontro do setor da construção civil dos estados do Paraná e de Santa Catarina. São esperados 25 mil visitantes, entre engenhei-ros, arquitetos, construtores e representan-tes comerciais. A partir desta edição, a feira passa a ser realizada a cada dois anos.

De 19 a 22/10/2010ffatia – feira de fornecedores e Atualização tecnológica da indústria de AlimentaçãoCentro de ConvençõesGoiânia – GOwww.ffatia.com.br

Empresas do Brasil e do exterior apre-sentam novidades em equipamentos e tecnologias para processos industriais, au-tomação, controle de processos, logística, embalagens, insumos e serviços para a in-dústria de alimentação. Durante o evento são realizadas rodadas de negócios. São esperados 25 mil visitantes.

De 20 a 22/10/2010fesqua – feira internacional de esquadrias, ferragens e ComponentesCentro de Exposições ImigrantesSão Paulo – SP – www.fesqua.com.br

A Fesqua é uma feira multissetorial que reúne fabricantes e distribuidores de ferramentas e de esquadrias de aço e alumínio. São esperados 25 mil visitantes, entre engenheiros, arquitetos e represen-tantes comerciais do Brasil e do exterior.

A g e n D A

De 4 a 6/11/2010rio franchising Business Riocentro – Rio de Janeiro – RJwww.riofranchisingbusiness.com.br

A Rio Franchising Business reúne as principais redes de franquias brasi-leiras. Paralelo à feira são realizadas palestras sobre financiamento de franquias e internacionalização de marcas. A expectativa é que a Rio Franchising Business movimente em volume de negócios o equivalente a R$ 40 milhões. São esperados 18 mil visitantes.

CiDADe mArAvilHosA, frAnqUiAs mArAvilHosAs

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