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Inovação, Gestão e Valor aos Negócios www.empreendedor.com.br Ano 11 • Nº 126 • Abril 2005 R$ 6,00 ISSN 1414-0152 Revolução na internet derruba custos e multiuplica oportunidades

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Edição n. 126 da revista Empreendedor de abril de 2005

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Inovação, Gestão e Valor aos Negócios

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Ano 11 • Nº 126 • Abril 2005 R$ 6,00

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N 1

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0152Revolução na internet derruba

custos e multiuplica oportunidades

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e d i t o r i a l

A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [[email protected]]

Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [[email protected]]

Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [[email protected]] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Bea-trice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreende-dor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shut-terstock – Revisão: Lu Coelho

Sedes

São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [[email protected]]

Florianópolis

Executiva de Atendimento: Joana Amorim [[email protected]] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666

Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [[email protected]]

Escritórios Regionais

Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [[email protected]] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910

Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [[email protected]] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – Condo-mínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal

Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [[email protected]] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666

Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [[email protected]] e Renato Zimmermann [[email protected]] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700

Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [[email protected]] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384

Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [[email protected]] – Av. Getúlio Var-gas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927

Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [[email protected]] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Re-novação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CTP – Distribuição: Distribuidora Magazine Ex-press de Publicações Ltda – São Paulo

Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

Na última década, a cons-trução civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As con-

dições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índi-ce de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponi-bilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico.

São milhões de unidades resi-denciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na constru-ção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incre-mento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma aco-modação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial.

E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valo-rização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele repre-senta 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014.

Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição.

Alexsandro Vanin

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2005

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Redação

Editor-Executivo: Nei Duclós [[email protected]]Repórteres: Alexsandro Vanin, Carol Herling,Fábio Mayer, Sara Caprario e Wendel MartinsEdição de Arte: Gustavo Cabral VazFotografia: Arquivo Empreendedor e Carlos PereiraFoto da capa: Grupo KeystoneProdução e Arquivo: Carol HerlingRevisão: José Renato de Faria

Sedes

São PauloDiretor de Marketinge Comercialização: José LamônicaExecutivos de Contas: Dervail Cabral e Miriam RoseRua Sabará, 566, 9º andar, cj. 9201239-010 - São Paulo - SPFones: (11) 3214-5938/3214-6093[[email protected]]

FlorianópolisExecutivo de Contas: Waldyr de Souza Junior[[email protected]]Executivo de Atendimento: Cleiton Correa WeissAv. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar88015-900 - Florianópolis - SCFone: (48) 224-4441

Escritórios Regionais

Rio de JaneiroMilla de Souza [[email protected]]Rua da Quitanda, 20, grupo 401 - Centro20011-030 - Rio de Janeiro - RJFone/Fax: (21) 2252-5788

Brasília [[email protected]]Ulysses C. B. CavaSETVS - Quadra 701 - Centro EmpresarialBloco C, cj. 33070140-907 - Brasília - DFFone: (61) 426-7315

Paraná [[email protected]]Ricardo TakigutiRua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - cj. 01 - Boa Vista82560-460 - Curitiba - PRFone/Fax: (41) 257-9053

Rio Grande do Sul [[email protected]]Alberto Gomes CamargoRua Arnaldo Balvê, 210 - Jardim Itu91380-010 - Porto Alegre - RSFone: (51) 3340-9116/9918-4604Pernambuco [[email protected]]Hamilton MarcondesRua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem51021-310 - Recife - PEFone: (81) 3327-3384/3327-9430Minas Gerais [[email protected]]SBF Representações/Sérgio Bernardes de FariaAv. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 170430112-021 - Belo Horizonte - MGFone: (31) 2125-2900

Assinaturas

Serviço de Atendimento ao AssinanteDiretora: Clementina P. da SilvaGerente: Luzia Correa WeissFone: 0800 48 0004[[email protected]]

Produção gráfica

Impressão e Acabamento: Coan Indústria GráficaDistribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)

Empreendedor.com

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Diretor-EditorAcari Amorim [[email protected]]

ANER

Diretor de Marketing e ComercializaçãoJosé Lamônica [lamonica@empreendedor .com.br]

A revista Empreendedor éuma publicação da Editora

Empreendedor

PÁG. 22

Nesta edição

Livre acesso à redeCusto zero na telefonia

PÁG. 30

“A saída não é o Programa Primeiro Emprego, mas simo Programa Primeiro Negócio, que, além de gerar ren-da para seu criador, multiplica as oportunidades de em-prego”, diz Doreni Isaías Caramori Júnior, empresáriode 25 anos e o novo presidente da Confederação Naci-onal de Jovens Empreendedores (Conaje). Hoje, nopaís, existem 61 milhões de pessoas entre 15 e 34 anos,sendo que mais de um terço desse contingente está àmargem do mercado formal de trabalho.

Entrevista: Doreni Isaías Caramori Júnior 8

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A VoIP é uma tecnologia que per-mite fazer ligações para qualquer lu-gar do mundo com custos próximosa zero. É possível até mesmo falarde graça, independentemente dodia da semana, horário ou duraçãoda conversa. VoIP é a sigla em in-glês de voz sobre IP e significa que,em vez de usar as linhas telefônicastradicionais, essa tecnologia trans-forma o som em dados e os transfe-re pela internet. Apesar de seranunciada como novidade, a VoIPfoi criada nos Estados Unidos no iní-cio da década de 90. Mas só agoraas redes de transmissão de dados es-tão fortalecidas o suficiente para su-portar o volume de informação.

Disseminar o uso da banda largapor meio do wi-fi – sigla em inglêsde redes sem fio de alta fidelida-de – tem sido um insumo impor-tante para a criação de empresasespecializadas e um estímulo àcriação de produtos e serviços. Se-gundo especialistas, o wi-fi é umatecnologia vitoriosa que passou aser adotada e desenvolvida porgrandes empresas, por ser umprotocolo aberto. O mundo intei-ro usa. O grande obstáculo do wi-fi é o custo da alta tecnologia,num país onde a renda per capitaé muito baixa. O próximo passo éfazer com que ele fique mais po-pular e acessível

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2005

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LEIA TAMBÉMCartas ................................................ 7

Empreendedores...............................12

Não Durma no Ponto ........................16

Pequenas Notáveis ..........................52

Empreendedor na Internet ..............82

Abril/2005

Atração da mobilidadeQuem chega primeiroRede elétrica de ponta

PÁG. 34 PÁG. 42 PÁG. 48

GUIA DO EMPREENDEDOR 67Produtos e Serviços .................................... 68Do Lado da Lei............................................. 70Leitura .......................................................... 72Análise Econômica ...................................... 76Indicadores .................................................. 77Agenda .......................................................... 78

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Uma tomada da parede pode ser pro-movida a ponto de conexão de inter-net em banda larga, numa velocida-de centenas de vezes mais rápida quea linha telefônica. O conceito é sim-ples: os dados trafegam em alta fre-qüência e a energia em baixa, fazen-do com que os serviços sejam inde-pendentes, apesar de usarem o mes-mo cabo. Com a digitalização, a telefo-nia e a televisão são transformadasem bits e as empresas de energia têmacesso a uma fatia desse negócio. AEspanha é forte nessa área, mas nosEstados Unidos, Inglaterra, Alema-nha, Suíça, Japão e Coréia do Sul osistema já está em fase adiantada deteste ou em uso comercial.

Empreendedores lucram com vendade equipamentos, soluções e servi-ços para as novas tecnologias. Naesteira de uma nova tecnologia sem-pre existem oportunidades, sejamequipamentos e soluções para imple-mentá-la, sejam serviços para com-plementá-la e aprimorá-la. No casode VoIP e wi-fi, o Brasil está a pardas evoluções tecnológicas de primei-ra linha nessa área. Em geral, gran-des empresas multinacionais desen-volvem o hardware, aplicado por par-ceiros nacionais, responsáveis pelaprogramação do sistema, na suamaior parte médias e pequenas em-presas como aquelas que criam e ofe-recem serviços para usuários.

A princípio, o que mais chama aatenção das empresas é a possibili-dade de eliminar gastos com telefo-nia, que em certos casos chega auma redução de 70% após o inves-timento inicial em equipamentos esistema. Mas a mobilidade propor-cionada por tecnologias como VoIP,wi-fi e PLC é a principal vantagemapontada por especialistas, o quese reflete na diminuição da perdade tempo nos processos e do tempode resposta de grupos de trabalho,e se traduz em aumento da produ-tividade da corporação. Isso temfeito que cada vez mais empresas einstituições passem a aderir a es-sas tecnologias.

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2005

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CARTAS PARA A REDAÇÃOCorrespondências por e-mail devem ser enviadas [email protected]. Solicitamos aos leitores que utilizam cor-reio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publi-cação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescenta-dos o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.

de Empreendedorpara Empreendedor

AssinaturasPara assinar a revista Empreendedor ousolicitar os serviços ao assinante,ligue 0800 48 0004. O valor da assina-tura anual (12 edições mensais) é de R$72. Aproveite a promoção especial ereceba um desconto de 16,7%, pagandosomente R$ 60. Estamos à sua disposi-ção de segunda a sexta-feira, das 8h às18h30min. Se preferir, faça sua soli-citação de assinatura pela internet(www.empreendedor.com.br) ou pelo [email protected].

AnúnciosPara anunciar em qualquer publicaçãoda Editora Empreendedor ligue:São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412Rio de Janeiro: (21) 2252-5788Brasília: (61) 426-7315Curitiba: (41) 257-9053Porto Alegre: (51) 3340-9116/9918-4604Florianópolis: (48) 224-4441Recife: (81) 3327-9430Belo Horizonte: (31) 2125-2900

Reprints editoriaisÉ possível solicitar reimpressões dereportagens das revistas da EditoraEmpreendedor (mínimo de 1.000unidades)

InternetAnote nossos endereços na grande rede:http://[email protected]

CorrespondênciaAs cartas para as revistasEmpreendedor, Jovem Empreendedor,Revista do Varejo, Cartaz, GuiaEmpreendedor Rural e Guia deFranquias, publicações da EditoraEmpreendedor, podem ser enviadas paraqualquer um dos endereços abaixo:São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 -CEP 01239-010 - São Paulo - SPRio de Janeiro: Rua da Quitanda, 20,gp. 401 - Centro - 20011-030 - Rio deJaneiro - RJBrasília: SETVS - Quadra 701 - CentroEmpresarial - Bloco C - cj. 330 - CEP70140-907 - Brasília - DFRio Grande do Sul: Rua Arnaldo Balvê,210 - Jardim Itú - 91380-010 - PortoAlegre - RSSanta Catarina: Av. Osmar Cunha, 183- Bloco C - cj. 902 - CEP 88015-900 -Florianópolis - SCParaná: Rua Dep. Atílio AlmeidaBarbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista -82560-460 - Curitiba - PRPernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111,cj. 605 - Boa Viagem - CEP 51021-310- Recife - PEMinas Gerais: Av. Getúlio Vargas,1300, 17º andar, cj. 1704CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MGOs artigos deverão conter nome completo,assinatura, telefone e RG do autor, eestarão sujeitos, em função do espaço,aos ajustes que os editores julgaremnecessários.

Editorialpalavra revolução, tão sedutorapara o marketing mas tão peno-

sa para os negócios desafiados pelassurpresas, oferece uma armadilha, quepode ser sintetizada num alerta: o quemuda de fato é o modo como as coisasmudam. Não adianta achar que a trans-formação se opera de maneira previsí-vel: algo está num ponto e supostamen-te evolui para um novo patamar. Ocor-re o inusitado: algo estánum ponto e deixa deexistir, ou torna-se obso-leto; no seu lugar nãosurge nada diferente; oque surge é uma outracoisa, de natureza diver-sa, em um ponto aindainédito para a percepçãotradicional.

Quando houve oboom das pontocom,essa armadilha mostrouseu poder. Havia a cer-teza de que bastava carregar para ainternet o acervo acumulado em déca-das de experiência (a modernidade pré-rede mundial de computadores). Ou ain-da adotar uma cultura formatada naúltima hora, pretensamente revolucio-nária, para que, de cada mouse, co-meçasse a jorrar petróleo. A realidademostrou que as coisas não funcionamassim. A conseqüência mais grave dessafrustração foi que houve um desencan-to em relação ao binômio internet/ne-

A

CEDOCO Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibilizaaos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Paramais informações, favor entrar contato pelo telefone (48) 224-4441 ou por e-mail([email protected]).

gócios, como se fossem incompatíveis,ou complementares (a rede, nesse caso,funcionaria como uma espécie de car-regador de piano para algumas idéiasnovas).

Esta edição comprova que a radi-calidade da revolução é bem mais pro-funda. Os avanços da tecnologia jo-gam por terra alguns privilégios mo-nopolizados por grandes prestadores de

serviços, abrindo umleque infinito de possi-bilidades para quemprecisa agir rapida-mente na economia glo-balizada. Isso faz decada invenção um ne-gócio diferente, e decada implantação desoluções um gatilhopara negócios inéditos.É o que existe de maisimportante no empreen-dedorismo do novo sé-

culo: é possível queimar etapas em di-reção a um tipo de resultado nunca ima-ginado antes. Não se trata de trafegarnum universo imponderável ou impre-visível, ao contrário. É o momento dedriblar adversidades lançando mão doque está sendo oferecido na praça, ain-da sem uma divulgação adequada.

Muitos interesses estão em jogo, maspara esta revista o que vale é o que oempreendedor precisa saber para con-quistar espaços e superar obstáculos.

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2005

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CartasSenhor editor:Todo dia tem alguém dizendo que

a marca é o ativo mais importante daempresa, que vale isso ou aquilo. Quea publicidade ajuda a construir a ima-gem da marca, o atendimento é im-portante para valorizar a marca: mar-ca, marca, marca...

Não sei por que perdem tanto tem-po tentando nos convencer que amarca é importante, afinal, no Brasilos empresários não dão valor para amarca mesmo.

Você que está lendo esse artigo járegistrou a sua marca?

Não? Viu como eu tenho razão?!Marca não vale nada; se fosse tão

importante, o registro seria obrigatório!Vou provar novamente: em 2003

foram criadas 43 mil novas empre-sas no Rio Grande do Sul segundonúmeros da Junta Comercial, e sabequantas marcas novas foram depo-sitadas? Só 6 mil! Mas não se em-polgue: mais de 50% dessas marcasforam novos logotipos para marcasjá existentes, daquelas poucas empre-sas que dão valor à marca. Então,temos umas 3 mil marcas realmentenovas – viu?

Se a maioria faz uma coisa é por-que esse deve ser o caminho a serseguido, não é? Então, se a maiorianão registra a marca, isso é o quedeve ser feito.

Mas não se preocupe: essas em-presas que registram marcas nãodevem durar muito tempo, logo sóexistirão empresas sem marca. Afi-nal, Marcopolo, Embraco, MuellerEletrodomésticos, Fitesa, Multibrás,empresas assim, que ficam perden-do tempo e gastando dinheiro combobagens como a marca (ou pior,patentes), estão com os dias conta-dos! Desperdiçar dinheiro em época

de crise, que loucura!Para que se preocupar com mar-

ca? Afinal, se der problema a gentemuda de nome, não é mesmo? A“inovação” não é tão valorizada? En-tão, você pode inovar e ter uma em-presa que muda de nome todo ano.Já pensou? Não vai ser interessan-te, cada ano uma marca nova – mo-dernidade total?!

Conheço uma empresa que usa-va a mesma marca há 40 anos, ago-ra não usa mais. Uma outra empre-sa registrou a marca deles e os obri-gou a mudar – ainda bem! Já pen-sou, 40 anos o mesmo nome, enjoa,não é? Agora sim eles estão maismodernos, nome novo, fachadanova, tudo novo, como se estives-sem começando agora.

Mas sabe que, às vezes, eu tam-bém fico influenciado com essa ba-boseira de marca ser importante, ficopensando que, se ela realmente tivessevalor, seria protegida – por que o queé importante a gente protege, não é?

Fazemos seguro do carro, dacasa, seguro-saúde para os filhos,previdência privada, essas coisas paraproteger o que consideramos impor-tante. Talvez exista um seguro paramarca também.

Se a marca tivesse valor, podería-mos contabilizá-lo, ganhar dinheirocom ela, vender, alugar (licenciar),quem sabe algo mais complexo, comoo tal franchising ou pelo menos impe-dir que alguém a copie, afinal, ninguémcopia coisa ruim, não é? Se alguémcopia, é porque é bom, certo?

Mas isso é loucura... deixa pralá... MARCA NÃO VALE NADA.

Rudinei R. ModezejewskiE-Marcas Propriedade Intelectual

www.e-marcas.com.brPorto Alegre – RS

Quanto vale sua marca?

Olá, tudo bem? Sou assessor de co-ordenação de um colégio que está im-plantando um projeto de empreendedo-rismo para os alunos da 1ª série de En-sino Médio e gostaria muito de infor-mações sobre projetos similares que es-tejam acontecendo em outras institui-ções e/ou orientações para a conduçãodeste projeto junto aos alunos e pro-fessores. Antecipadamente agradeço!!!

Adriano Carlos Nogueira

Nota da redação: Leia a entrevistadesta edição com Doreni Isaías CaramoriJúnior, novo presidente da ConfederaçãoNacional de Jovens Empreendedores (Co-naje) e veja os projetos para jovens em-preendedores que ele está difundindo. OSebrae nacional é também outra insti-tuição que poderá dar valiosos subsídiospara sua brilhante iniciativa.

Aprendendo a empreender

Casos exemplaresSempre me espelho nos exemplos

que esta revista divulga. Pessoas comfé e força de vontade que dão lição aosnossos governantes e que deveriam sermais valorizadas, não apenas nas cam-panhas eleitorais.

Carlos Botelho VibreBelo Horizonte – MG

Novos colaboradoresGostaria de poder colaborar com

essa estimada revista. Sou consultorempresarial; mestrando em Administra-ção e com mais de 14 anos de experi-ência em desenvolvimento de projetosde consultoria; diretor da Braga & LimaConsultoria Empresarial, empresa vol-tada para a área de gestão e reestrutu-ração de empresas. Possuo algumasmatérias prontas. Se vocês precisaremde ajuda para alguma matéria específi-ca é só entrar em contato comigo.

Leonardo Lima

Nota da redação: Parabéns peloseu trabalho, Leonardo. Contamos comvocê como fonte de reportagens sobreassuntos da sua especialidade.

MicrocréditoA completa reportagem sobre microcrédito na revista Empreendedor (edição

125) é um dos destaques do jornalismo econômico brasileiro neste ano. Parabéns.

Paulo Arruda AzembertRio de Janeiro – RJ

Entrevista Doreni Isaías Caramori Júnior

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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Luta peloprimeiro negócio

por Alexsandro Vanin

Num cenário de escassez de empregos, essa é a melhor solução para gerarrenda e multiplicar postos de trabalho, segundo o novo presidente daConfederação Nacional de Jovens Empreendedores (Conaje)

“A saída não é o Programa Primei-ro Emprego, mas sim o Programa Pri-meiro Negócio, que além de gerar ren-da para seu criador, multiplica as opor-tunidades de emprego”, diz Doreni Isa-ías Caramori Júnior, empresário de 25anos e o novo presidente da Confede-ração Nacional de Jovens Empreende-dores (Conaje). Hoje, no país, exis-tem 61 milhões de pessoas entre 15 e34 anos, sendo que mais de um terçodesse contingente está à margem domercado formal de trabalho.

É essa deficiência que a Conajepretende combater, não apenas apon-tando falhas no sistema, mas tambémsugerindo e criando caminhos para oestabelecimento de um país de em-preendedores competentes, capazesde vencer a barreira dos quatro pri-meiros anos de vida de um empreen-dimento, que 60% das empresas nãosuperam. A estratégia da entidade di-vide-se em três linhas: capacitaçãoempreendedora e gerencial, ampliaçãoda rede de relacionamento e represen-tação do grupo.

Caramori, natural de Caçador (SC),divide seu tempo entre São Paulo eFlorianópolis, onde tem negócios, eparticipação em entidades e movimen-tos empresariais, inclusive a Conaje,que preside desde o início do mês.Formado em Administração de Em-presas pela EAGSP-FGV e em Direi-to pela Makenzie, e pós-graduado emMatemática Aplicada em Finançaspelo IME/FEA-USP, ele sempre pro-curou participar de movimentos eentidades empresariais. “Eu invistomuito em relacionamento, esse é omeu maior capital.” Além de fundadordos conselhos de jovens empreende-dores de São Paulo (Facesp) e de San-ta Catarina (Cejesc), foi membro doComitê de Serviços da Câmara de Co-mércio Brasil–EUA (Amcham) e pre-sidente do Comitê de Serviços daCâmara de Comércio Brasil–Espanha(ECCO).

O jovem empreendedor, que herdouo tino empresarial da família, proprie-tária do Grupo Reunidas, que atua naárea de transporte coletivo, de cargas

e encomendas, tem participação emcinco negócios: a Locus, uma locado-ra de escritórios virtuais em São Pau-lo; a K2O, consultora especializada emcaptação de recursos para investimen-tos; a Brastap, que opera com logísticae transporte de encomendas em baga-geiros de ônibus (por meio de um poolde companhias rodoviárias); a FloripaFolia, empresa de eventos; e a RádioSanta Catarina. A seguir, conheça umpouco mais a visão de Caramori e seusplanos à frente da Conaje.

Empreendedor – O Brasil possuium grande contingente de jovensdesempregados, com poucas pers-pectivas de conseguir entrar nomercado de trabalho formal, o queconsiste num desperdício de re-cursos humanos e talentos. Quala sua opinião sobre esse cenário?

Doreni Isaías Caramori Júnior– Este é um problema de conjunturado país. A formação do Brasil e a ma-neira como ele se desenvolveu econo-micamente geraram uma série de agra-

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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“Cada auto-

emprego gera

novas posições

de trabalho,

porque um

empreendimento

bem estruturado

exige a

contratação de

mão-de-obra”

vantes sociais, que fazem com quea juventude cresça sem ter coloca-ção profissional. As empresas ge-ram pouco ou nenhum emprego, ea cultura também não é voltada parao empreendedorismo, para a pró-pria pessoa criar seu emprego. Maso nosso papel na Conaje é mais decriar alternativas e soluções do quesimplesmente fazer observações ecríticas ao modelo existente. Se al-gumas pessoas desviam-se para acriminalidade por necessidade, epassam a roubar ou traficar, porexemplo, por falta de trabalho e ren-da, nós entendemos que deve ha-ver um estímulo para criar espaçopara esses jovens. Isso não exigeapenas desenvolvimento econômi-co, como diz o governo, por queisso representa um aumento do fatu-ramento das empresas, e não neces-sariamente reflete um aumento dospostos de trabalho, e nem mesmo queessa renda esteja sendo distribuída.

É preciso um trabalho de cresci-mento de empregos. No entanto, pelavia tradicional, isso é muito difícil,porque as empresas procuram auto-matizar processos, reduzir custoscom mão-de-obra, etc., essa é umatendência global. Agora, acreditamosque possa ocorrer uma evolução pelavia do empreendedorismo, a princi-pal bandeira da Conaje. Antes de esti-mularmos o primeiro emprego, é pre-ciso estimular o auto-emprego, o pri-meiro negócio. E cada auto-empregogera novas posições de trabalho, por-que um empreendimento bem estru-turado, com plano de negócios, comcerteza exige a contratação de mão-de-obra, desde o office-boy e a se-cretária até o profissional especi-alizado, e a empresa vai crescendo econtratando mais pessoas.

Empreendedor – De que forma épossível estimular o empreende-dorismo entre os jovens?

universitários que, se eles foremprofissionais liberais e tiverem umconsultório, um escritório, umaagência, por exemplo, eles são em-preendedores, e também mostrarpara os membros do movimentoque já são empresários, como sairde problemas comuns na vida deuma empresa, como enfrentar cri-ses de mercado, etc. O ministroFurlan, um grande incentivador domovimento, tem a seguinte frase:“Inteligência é aprender com ospróprios erros, e sabedoria éaprender com o erro dos outros”.Porque não há nem mesmo o des-gaste de errar. A capacitação é umadas vias de estímulo ao empreen-dedorismo, ou seja, criar um em-preendedor que tenha condições de

perpetuar seu negócio, estimular o jo-vem a empreender por oportunidadee não apenas por necessidade.

A segunda via é a rede de relacio-namento. A Conaje tem como um deseus objetivos ser uma grande redede relacionamento entre os jovensempreendedores brasileiros, em trêssentidos: institucional, entre os gru-pos de trabalho; pessoal, possibilitan-do negócios, parcerias, abertura deempresas, intercâmbio de informa-ções, etc.; e profissional.

A terceira via é a da representati-vidade. Como soma, temos muitomais valor do que um jovem sozi-nho, e com isso podemos desenvol-ver um caminho de políticas públi-cas propício ao empreendedorismo.A principal delas é a eliminação debarreiras, como a alta carga tributá-ria, excesso de burocracia, sistemade solução de conflitos ruim, acessoao crédito e à informação. Para cadauma delas propomos iniciativas. Hojetemos o objetivo de montar a banca-da parlamentar do empreendedor,dar continuidade à Feira do Impos-to, e na área de acesso ao créditotemos um projeto bem encaminha-

Doreni – Este é o trabalho da Co-naje, que atua em três diferentes vias.A primeira é a capacitação, não sótécnica, mas também de transferên-cia de experiências, mostrar caminhose iniciativas bem-sucedidas, mostraraos jovens ainda nos bancos escola-res que o empreendedorismo é umaalternativa de carreira, esclarecer aos

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Entrevista Doreni Isaías Caramori Júnior

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Linha Direta

Doreni Isaías Caramori Júnior(11) 6193-0525

“Queremos a

criação de

uma linha

de crédito

específica

para o jovem

empreendedor,

na faixa de

R$ 50 mil a

R$ 200 mil”

do, que é o Primeiro Negócio, umalinha de crédito específica para ojovem empreendedor, na faixa deR$ 50 mil a R$ 200 mil, com fun-do de aval do Banco Mundial, taxade juros menor, menos burocra-cia, e também com parceria comempresas júnior, para o desenvol-vimento de consultorias.

Empreendedor – Em que habi-lidades os jovens empreende-dores mais precisam orientaçãoe capacitação profissional?

Doreni – O empreendedorismoenvolve uma série de habilidades. Aprimeira delas é a técnica, a habili-dade de gestão. Depois temos defi-ciências também em negociação,pró-atividade, relacionamento, capa-cidade de assumir riscos e outras.

Empreendedor – Quais são asmaiores dificuldades enfrenta-das pelos jovens em seus em-preendimentos?

Doreni – Existem dois grupos dedificuldade. Um deles é de perfil, a faltade competências essenciais ao empre-endedorismo, a falta de capacitação.O outro é de dificuldades estruturais,do ambiente onde ele está inserido, quevai desde a alta carga tributária, pas-sando pelo alto nível de burocracia eo complicado sistema de resolução deconflitos, até a alta taxa de juros, difi-culdade de acesso ao crédito e à in-formação. Nossa solução é a capaci-tação e a ampliação da rede de relacio-namento, no caso do primeiro grupo,e a representividade para resolver pro-blemas estruturais, levando ao gover-no soluções diferentes e criativas.

Empreendedor – O que é o Proje-to Empreendente e qual seu ob-jetivo?

Doreni – É um projeto com doisobjetivos paralelos, mas complemen-tares. A Conaje tem como objetivoprincipal a capacitação, e o Sebrae

vras empreendedor e competente.E, por outro lado, como o Sebraeé uma entidade nacional, com en-trada em todos os estados, a Co-naje espera conseguir estabelecerassociações nos lugares onde nãoestá presente.

Empreendedor – A Conaje fazparte do Conselho de Desenvol-vimento Econômico e Social doGoverno Lula. Que outros ca-nais políticos ela possui e quaissão os avanços obtidos?

Doreni – A Conaje tem um as-sento na área de micro e pequenasempresas, junto com 92 represen-tações econômicas e sociais, ealém disso é conselheira do Pro-grama Primeiro Emprego, com ou-tras 17 entidades, 12 delas minis-térios. A instituição também parti-cipa do Fórum Econômico Mun-dial, em Davos. O avanço vem emtermos de abertura de canais. Já

que tudo no governo funciona comrelacionamento político, então o con-selho e outros canais nos dão forçapolítica maior, por fazermos parte deum grupo de elite, de liderança, e as-sim conseguir implementar os veto-res de trabalhos, especialmente a re-presentação.

Empreendedor – Em relação à ins-tituição, quais são as metas danova gestão?

Doreni – Expandir e fortalecer aConaje, através da presença nos 27estados, e ampliar de 9 mil para 15mil jovens empresários associados.Vamos desenvolver também um ban-co de dados, gerando estatísticas einformações sobre o segmento, o quenos possibilitará conhecer melhorquem representamos.

chegar na ponta, porque hoje ele temuma séria dificuldade em chegar nosjovens. A Conaje é um caminho paracapacitarmos 5,4 mil jovens – o nomedo projeto vem da junção das pala-

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Novas contasCom diversos prêmios no currí-

culo e passagens pelas maiores agên-cias de publicidade do Sul do Brasil,o publicitário Marcelo Firpo é o novodiretor de Criação da Mercado Pro-paganda. Famosa no circuito nacio-nal por atender as contas da Marisol,Bretzke Alimentos, Datasul e AlbanyInternational, a Mercado contará coma experiência de Firpo para a conquis-ta de pelo menos três novas contaseste ano e também para incrementaro atendimento da agência, que teve20% de aumento nos lucros em 2004.www.mercado.ppg.br

Marcelo Firpo

Meio século de crescimento

Marcelo Brognoli

Renata Arassiro

Sabor de chocolateA chef Renata Arassiro, especia-

lista na manipulação de chocolate bel-ga, surpreendeu-se com o apetite dascandidatas a Miss Brasil 2005. Du-rante a participação em um programade TV, as garotas deixaram a dieta delado e provaram com vontade as re-ceitas criadas pela chocolatière. Semculpa na consciência, as misses re-velaram que fazem do chocolate uma“arma” para acalmar a adrenalina eque não dispensam a delícia do car-dápio. Renata, que fez cursos na Bél-gica e hoje dá palestras e workshopsem todo o Brasil, acertou em cheio opaladar requintado das [email protected]

Marcelo Brognoli, presidente daBrognoli Negócios Imobiliários, temmotivos de sobra para comemorar os50 anos de seu empreendimento.Além de começar o ano de 2005como uma das empresas-referênciado setor no Brasil (com cerca de 10mil imóveis em pauta), a Brognoli au-mentou o número de postos de tra-

balho – em 15 anos, o quadro de fun-cionários cresceu 500%, chegando aquase 200 colaboradores. Para aten-der melhor ao público, Marcelo di-versificou os negócios e investiu emprestação de serviços, como asses-soria em reformas, administração decondomínios, advocacia e incorpora-ções. www.brognoli.com.br

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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Por Carol Herling [email protected]

Josiédi Pires

Reconhecimento espanholA multinacional espanhola Sivsa elegeu o executivo Márcio Assis como o

novo diretor geral da empresa no Brasil. Com 15 anos de atuação no mercadoeuropeu, a Sivsa iniciou suas atividades no país em 1998 e desde 2002 contacom a experiência de Assis – que na época tinha sua própria empresa, a Ad-vensys – para a implantação e comercialização de softwares na área hospitalar.Com a fusão entre as empresas, Márcio Assis passou a ser o principal nome daSivsa em território nacional e hoje é responsável por todas as decisões relativasaos clientes brasileiros. www.sivsa.com.br

Márcio Assis

Lazer off roadO zootecnista Josiédi Pires, que atua

na Divisão de Aves e Suínos da BayerSaúde Animal, é um dos favoritos dacategoria Prodution da Copa Two Daysde Enduro F.I.M., cuja primeira etapaserá realizada em junho na cidade deItatinga (SP). Pires, que há cinco anosé praticante de motocross, começou acorrer para driblar o stress no trabalhoe hoje concorre nas categorias off roadamadoras – como rallyes, enduros etrilhas. Mesmo já tendo faturado vári-os títulos, como o Enduro de Regulari-dade do Interior Paulista de 2003 nacategoria Master, Pires pretende conti-nuar correndo apenas por hobby.www.bayer.com.br/bhc

Investimentosno Sul

Marco Aurélio Luciano, res-ponsável pela Divisão de Hotéis doGrupo Habitasul, anuncia a expan-são da empresa na região Sul dopaís. A cidade de Florianópolisdeve receber, ainda este ano, uminvestimento de R$ 70 milhõescom a construção do IL Campa-nário. O novo resort terá 266 apar-tamentos de alto padrão arquite-tônico e tecnológico e funcionaráno sistema de condomínio. Outroempreendimento em construção éo Laje de Pedra Mountain Village,orçado em R$ 12 milhões, que seráum dos atrativos da empresa naSerra Gaúcha. Já o tradicional ho-tel Laje de Pedra, localizado emCanela (RS), passa por obras dereestruturação de fachada e dosapartamentos e recebeu mais deR$ 8 milhões em investimentos. www.habitasul.com.br

Marco Aurélio Luciano

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Giovanni Costa

Parceria africana

Célio Martins

Conquista internacionalEmpresas de confecções de diversos países con-

correram ao International Award for Quality in Texti-les & Clothing, e a grife vencedora no segmento in-fantil foi a brasileira Infantilândia, que faz parte doconglomerado têxtil Pacífico Sul. Célio Martins, pre-sidente do grupo, participou da cerimônia de premia-ção, que aconteceu na Espanha. Criada em 2001, aInfantilândia tem cinco lojas próprias distribuídas porSanta Catarina, Paraná e São Paulo, sendo a primeiramarca brasileira a conquistar esse prêmio na catego-ria infantil. www.pacificosul.com.br

Carla Zini

Sucesso na AustráliaCarla Zini, supervisora da área de importação e ex-

portação da Umicore Brasil, é uma das responsáveis pelosucesso da empresaem uma concorrênciainternacional. A estra-tégia criada por Carlae que garantiu a reali-zação de negócios naAustrália baseou-se naisenção de impostosdesde a importação dematérias-primas até aexportação do produ-to acabado e no de-senvolvimento de par-cerias com empresasaustralianas para faci-litar a logística de transporte e armazenamento dos pro-dutos. O contrato da empresa em território australianoserá de cinco anos. www.umicore.com

Giovanni Costa, diretor-presiden-te da Avestro S.A., fechou uma im-portante parceria com a empresa afri-cana Klein Karoo para expandir suapresença no mecado internacional deestrutiocultura (criação e comerciali-zação de avestruzes). Com o convê-nio firmado, a Avestro vai exportar,via Klein Karoo, cerca de 10 mil aves

Talentos na gerênciaCaio Penteado, Ilton Fernando e Luis Antonio Nas-

cimento são os novos gerentes de contas da Ziva, queatua no segmento de telecomunicações. Com experi-ência de mais de dez anos no atendimento de empresascomo Pial Legrand, Sodexho e Nextel, os executivoschegam à Ziva com informações, contatos e expertisepara alcançar as metas da empresa, que pretende atin-gir o mercado de empresas privadas de todo o Brasil.Entre as ações a serem implantadas estão um novo pla-nejamento estratégico, a modernização do centro degerenciamento de redes e a contratação de novos fun-cionários. www.ziva.com.br

Caio Penteado, Ilton Fernandoe Luis Antonio Nascimento

(o equivalente a cerca de 30 tonela-das de carne) nos próximos 12 me-ses e ganhar exclusividade na impor-tação das plumas da Klein Karoo. Asplumas serão vendidas para as esco-las de samba do Rio de Janeiro e deSão Paulo e também para empresasde espanadores e travesseiros. www.avestro.com.br

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Não Durma no Ponto

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O mundo reduzido do cargoAssim se pensava: o chefe era a

cabeça da empresa e os funcionári-os formavam o corpo. Nada maissimples, transparente mesmo, parailustrar a “filosofia” empresarial dopassado. Só uma pessoa pensa, en-quanto os demais se limitam a exe-cutar. Como se fossem, literalmen-te, desprovidos de cabeça, vale di-zer, cérebro. E aqui nem vamos lem-brar de emoções, sensações, senti-mentos – que isso tudo ficavapendurado na recepção...

Mas voltemos ao desenho.Como nenhum outro, o organogra-ma vertical traduzia a estrutura fi-siológica. Esta, porém, ao trans-formar os seres humanos em meramão-de-obra, agride as leis da na-tureza. Ora! Pensar é um domnatural e, se as pessoas não estãofazendo uso desse dom, todos per-dem: elas mesmas, a empresa, e aprópria natureza... subutilizada.

Reduzir o indivíduo ao tama-nho do seu cargo é lutar contra anatureza. Senão, vejamos: os mer-cados são ambientes voláteis e fle-xíveis. Completamente diferentes,portanto, das estruturas organiza-cionais verticais, onde cada caixi-nha do organograma representa umcargo. Os cargos, em geral, nãosão flexíveis. São contidos em si mes-mos, como que engessando os recur-sos neles investidos em determinadaspráticas, não raro repetitivas, sem ne-nhum estímulo. Portanto, cargos rí-gidos não estão em sintonia com osambientes flexíveis. Os mercadosmudam, os desafios se alteram, osobjetivos são reparados, mas os car-gos continuam os mesmos. Na verda-de, uma incoerência absoluta. Não re-siste a uma reflexão mínima. Porém,

essa é uma prática ainda muito difun-dida.

O assunto cargo, salário e carrei-ra sempre tomou espaço e tempo dossetores ligados aos recursos huma-nos. Prevalecia a eficiência, que im-plicava uma série de fatores combi-nados: o trabalho primoroso, a assi-duidade e a pontualidade no cumpri-mento da jornada de trabalho e o es-mero na tarefa executada. Eficiência

nota dez; contribuição com resulta-dos nota zero. É possível que funci-onários bem intencionados sejam efi-cientes em seus cargos e levem aempresa à falência. Incoerência? Dejeito nenhum! Pense um pouco e che-gará à mesma conclusão.

Os ambientes mudam e as empre-sas mantêm os cargos com as mes-mas atribuições. Mas não é só isso quefaz com que os cargos estejam maispara problema do que para solução.

Acontece que, na realidade corporati-va atual, os desafios a enfrentar exi-gem novos conhecimentos; são, por-tanto, muito mais complexos do queas atribuições previstas (ou descritas)em cada cargo ou função. Com umagravante poderoso: há que se manterdentro da bolha, porque qualquer mo-vimento para fora é considerado re-beldia ou, pior ainda, risco para osdemais e as chefias.

Cargo é uma herança da eraindustrial e que exige um coman-do gerencial. Nas empresas ondeo poder é centralizado, a descri-ção de cargos é ainda muito va-lorizada. Eles existem justamen-te para facilitar o comando e aobediência.

Nas empresas progressistas,bem ao contrário, as principaisferramentas do líder são a visão eos valores e estas estimulam o sur-gimento e a evolução de colabo-radores com comportamento em-preendedor.

É preciso compreender a dife-rença entre obediência e compro-misso. O cargo foi inventado paraque as pessoas pudessem prestarobediência ao chefe e à corpora-ção. O que se deseja, na verdade,é compromisso. Mas o que se ofe-

rece, nesse caso, é uma possibilidadede submissão. Sim, porque compro-misso implica livre escolha, ou seja,um ato de vontade própria. Um valorsó é um valor se for voluntariamenteescolhido. Uma visão só possui forçase for compartilhada.

O papel da liderançaChefe, então, nessas empresas – e

isso, por mais anacrônico que pareça,ainda existe! – é aquela criatura que

“Cargos rígidos nãoestão em sintoniacom os ambientesflexíveis. Osdesafios sealteram, os

objetivos sãoreparados, mas oscargos continuam

os mesmos”

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insiste em levar as pessoas para ondeelas não querem ir. Para isso, usa vá-rios artifícios: o relógio de ponto, paraque elas sejam assíduas e pontuais; ocargo, para que elas não esqueçam dosseus compromissos de rotina; as nor-mas e regulamentos, para que elas nãofiquem inventando moda. As empre-sas que mantêm essas práticas hoje sedebatem com a baixa produtividade ecom o baixo nível de comprometimen-to dos seus funcionários.

A empresa progressista, por suavez, funciona como uma comunidadede trabalho e a liderança se origina doconsenso entre as pessoas de que umadelas tem capacidade de conduzi-laspara um ponto que, sozinhas, elas nãoatingiriam. Para ter esse reconheci-mento, a liderança tem de transmitirconfiança, tem de demonstrar cora-gem, dedicação, ser, enfim, um exem-plo vivo da visão que apregoa, o quetambém implica integridade, inspiraçãoe capacidade para se comunicar.

Difícil? Depende do modelo men-tal que se adota. Se é aquele que acre-dita que as pessoas não são confiá-veis, não querem realizar um bom tra-balho, são preguiçosas e negligentes,então o líder será vítima dos seus pró-prios preconceitos. Quem será capazde seguir um líder que não aprecia nemvaloriza os seus liderados?

Existem outras características dolíder da empresa progressista:

1) Está concentrado no futuro.Sabe que é lá que estão as oportuni-dades, as idéias que sugerem inova-ções e o resto das vidas de todos osenvolvidos. Mas o futuro não é algoque se aguarda. O futuro é construí-do e sem demora. Uma obra que co-meça no presente.

2) Como bom pensador sistêmico,

Educador da CempreConhecimento & Educação Empresarial

por Roberto Adami Tranjan

Roberto Adami Tranjan(11) [email protected]

Linha Direta

o líder provoca os paradigmas, rom-pe com bloqueios e atua como um le-gítimo agente de mudança. Sem omenor espaço, em sua cabeça, para ostradicionais “não dá” ou “não vai serpossível”. Afinal, a perseverança éuma de suas principais virtudes.

O líder ajuda as pessoas a ver aempresa como um todo. Perceber aempresa como um todo é aprimorar acapacidade de diagnose e de compre-ensão dos problemas e de suas cau-sas. Quando o líder permite (e, maisainda, estimula) que todos enxerguema empresa como um todo, o potencialde resolução de problemas da equipese eleva consideravelmente.

3) Tem um talento especial paraincentivar a participação, exatamenteo fator que produz os melhores resul-tados – do clima e energia no ambien-te de trabalho ao comprometimentoreal e ao nível de satisfação detecta-do. Infelizmente, ainda prevalece o tipode empresa cujo modelo de liderançaé autoritário e centralizador.

4) O líder é um educador ou não éum líder. Quando a informação e o co-nhecimento estão centralizados no che-fe, isso configura uma forma de exer-cer o poder e o controle. Quem teminformação tem o poder e, pensandoassim, o chefe cria uma legião de de-pendentes e de submissos. Na empre-sa progressista o líder sabe que o co-nhecimento é um capital que não sereduz com o compartilhamento. Aocontrário, quando uma empresa tem1 de capital intelectual na cabeça deseu principal líder, esse capital se trans-forma em 2 no exato momento em quefor partilhado com outra pessoa e daí,sucessivamente, multiplicado. Essa éa mágica: o de poder partilhar o co-nhecimento com todas as pessoas e

“integralizar” na empresa um elevadocapital intelectual internalizado em seus“ativos humanos”.

O mundo definitivodo talento

Quando o inventor e empreende-dor Thomas Edison precisava contra-tar um novo empregado, lançava a eleuma pergunta: “Quanto de água cabeem uma lâmpada?”

Havia duas maneiras de descobrira resposta. Alguns candidatos, basea-dos em suas inteligências lógico-ma-temáticas e espaciais mediam todos osângulos da lâmpada e a partir dessesnúmeros estimavam a quantidade demililitros capaz de resolver a questão.O cálculo não era fácil, devido ao for-mato da lâmpada. Mesmo um candi-dato muito familiarizado com cálcu-los não levava menos de 20 minutospara descobrir a resposta.

A segunda maneira era encher alâmpada de água e depois derramar oconteúdo em um recipiente cujas me-didas eram conhecidas. O tempo totalpara quem adotava essa opção era decerca de um minuto.

É claro que Thomas Edison rejeita-va os candidatos que adotavam a pri-meira maneira e contratava os que es-colhiam a segunda. Edison sabia quemais importante do que os conhecimen-tos era a capacidade de resolver pro-blemas. E isso tem a ver com talento.Mas lembre-se: os talentos só afloramse os cargos não atrapalharem.

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Tecnologia da Informação

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Uma novageração de

oportunidadesCada vez mais, técnicos, engenheiros e

cientistas vêm pesquisando tecnologias que maisparecem uma sopa de letrinhas – VoIP, PLC,802.111b, wi-fi, wi-max –, todas elas nascidas emfunção da internet e capazes de fazer com que asinformações circulem mais rapidamente ao redordo globo. Mais do que meras técnicas, essastecnologias se transformaram numa tendência eagora começam a ser empregadas a favor dosnegócios, no Brasil e em outros países.

A VoIP se transformou na mais anárquica detodas as novidades. Promete uma redução de custossem precedentes na conta telefônica, possibilitando,em certos casos, conversar por horas a fio sem pagarnada. Já o wi-fi faz da mobilidade um mote, e édestinado a empresários e executivos que tratam ainternet não só como uma ferramenta, mas tambémcomo uma parte essencial de um novo modelos denegócios. Essencialmente prático, o wi-fi libera oscomputadores do emaranhado de cabos e fios queprendem o usuário à mesa de trabalho, e promove oacesso à internet, na mesa de um café ou num saguãode aeroporto. Por fim o PLC, sigla em inglês paracomunicação via linha de energia, é uma técnica que

permite o transporte de dados pela tomada elétricae possibilita a universalização dos serviços digitais.

Vigiadas por olhares atentos do mercado,essas tecnologias têm outro papel essencial, queé promover em um curto espaço de tempo ainclusão digital da geração que vai comandar ofuturo do país. O Brasil ainda padece – assimcomo de outras formas de desigualdade social –da triste sina de estar entre os mais desplugadosdo mundo. A constatação é da InternationalTelecommunications Union (ITU), agência ligadaà ONU, que classif ica o Brasil como o 65ºcolocado entre os países com maior acessodigital, num ranking construído com base na infra-estrutura, preço, alfabetização, qualidade enúmero de usuários. O acesso às tecnologias dainformação e comunicação no Brasil é inferior aode países como Kuwait, Costa Rica, Jamaica,Uruguai e Chile. Mas felizmente grandes avançosvêm sendo feitos nessa área, e a conectividadejá é um pensamento que simboliza uma época:as empresas sabem que o principal nicho estáno setor das inovações tecnológicas, uma áreaque progride em alta velocidade.

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Telefoniavia WebOs novos serviços que surgem quando já épossível fazer ligações para qualquer lugardo mundo com custos próximos a zero

por Wendel Martins

Revolução. Nunca essa palavra foidita com tanta propriedade quando as-sociada a quatro letras que vêm cau-sando sensação no setor de telefonia:VoIP. O motivo é simples: essa tecno-logia permite fazer ligações para qual-quer lugar do mundo com custos pró-ximos a zero. É possível até mesmofalar de graça, independentemente dodia da semana, horário ou duração daconversa. VoIP é a sigla em inglês devoz sobre IP e significa que, em vezde usar as linhas telefônicas tradicio-nais, essa tecnologia transforma o somem dados e os transfere pela internet,como se fosse um arquivo comum.“Assim como não existe diferença en-tre um e-mail local e um internacio-nal, as ligações DDD e DDI vão aca-bar”, diz Mário Leonel Neto, presiden-te e sócio-fundador da Primeira Es-colha, nova operadora de telefonia queatua no estado de São Paulo.

Apesar de ser anunciada como umagrande novidade, a VoIP é uma tecno-logia já madura, criada nos EstadosUnidos pelos Laboratórios Bell no iní-

cio da década de 90. Mas só agora asredes de transmissão de dados estãofortalecidas o suficiente para suportaro volume de informação. A dissemi-nação das conexões de alta velocida-de é outro fator preponderante para aadoção da telefonia por IP. O Brasiltem 2 milhões de assinantes de bandalarga, num universo de 19 milhões deinternautas. “Claro que as grandes ope-radoras atrasaram a adoção dessa tec-nologia, por não querer a canibaliza-ção do seu negócio”, diz Leonel Neto.

Mas a popularização da VoIP noBrasil é devida em grande parte aoSkype, um programa que lidera a listados mais baixados no mundo e permi-te falar de graça com outros usuáriosdo software. Para tanto é necessárioapenas que o usuário tenha uma caixade som e um microfone, além de umaconexão com a Web e um computa-dor. O Brasil é o quarto país que maisusa o Skype no mundo, com um totalde 26 milhões de usuários, cerca de140 mil novos cadastros ao dia. Amarca virou uma coqueluche no mun-

do da informática, firmando parceriascom empresas como Siemens e Mo-torola, além de lançar no ano passadoo serviço SkypeOut, que permite rea-lizar chamadas para telefones fixos ecelulares. O programa foi criado pelamesma dupla responsável pelo desen-volvimento do Kazaa, o aplicativo quetornou o compartilhamento de arqui-vos de mídia uma moda na rede.

Mas o Skype não será a única op-ção para quem deseja usar a VoIP. Jáexistem hoje operadoras mais focadasnas necessidades das empresas e ca-pazes de oferecer esse tipo de servi-ço. A Primeira Escolha é uma delas.Entrou no mercado há pouco mais deseis meses e já conta com cerca decem clientes corporativos. A empresadeve ter lido a cartilha escrita por ou-tras centenas de pequenas operadorasao redor do mundo, que surgiram coma idéia de devolver ao setor de telefo-nia uma palavra há muito tempo es-quecida: concorrência. A fórmula ésimples e repetida como um eternodéjà vu: calcar a plataforma técnica

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numa parceria tecnológica robusta,normalmente operadora VoIP de paí-ses do Primeiro Mundo, e arranjar umparceiro local para distribuir os servi-ços o mais rapidamente possível.

A Primeira Escolha segue à riscaesses preceitos. Formada por um gru-po de investidores norte-americanose brasileiros, que injetaram alguns mi-lhões de dólares, a operadora firmouuma parceria com a Net2Phone, com-panhia baseada em New Jersey, umadas líderes mundiais no fornecimentode soluções de voz sobre IP no mer-cado americano e dona de uma dasmaiores redes digitais de última gera-ção no mundo. “Essa parceria surgiunaturalmente. Fomos procurar nomercado americano alguma empresaque preenchesse o nosso perfil.” Fe-lizmente para Leonel Neto e para a Pri-meira Escolha, a Net2Phone, que atuaem cerca de 140 países, também es-tava buscando um sócio para exploraro mercado brasileiro.

O passo seguinte foi achar no Bra-

sil um canal para distribuir o serviço.Novamente a oportunidade se fez pre-sente, e os acordos firmados entre oiG e a TVA põem a pleno vapor os pla-nos de expansão da empresa. “A par-ceria adiciona valor aos produtos de-les, e do nosso ponto de vista faz sen-tido, pois usufruímos uma base de cli-entes muito grande”, diz Leonel Neto.“Temos a vantagem de sermos maiságeis que as grandes operadoras, nas-cemos sobre a filosofia de voz sobreIP. Podemos entrar de cabeça no mer-cado.” Não é à toa que a Primeira Es-colha pretende multiplicar por dez oseu mercado nós próximos dois anos.

A IP Phone é outro desses exem-plos, e mais de 80% dos seus clien-tes são empresas. Ela fornece umasolução integrada para telefonia IP,disponibilizando um aparelho que seconecta diretamente ao servidor daempresa. Basta tirar o telefone dogancho para acessar o sistema narede. Alguns equipamentos até dis-pensam o uso do computador, mas amaior parte dos dispositivos se co-necta ao PC via usb. De acordo coma IP Phone, a economia na conta te-lefônica pode beirar os 95%, até por-que uma ligação entre dois aparelhosda operadora tem custo zero.

A empresa, fundada nos EstadosUnidos, atua no Brasil há três anos eestá se expandindo vertiginosamente:aumentou em cerca de 350% o núme-ro de clientes no segundo semestre doano passado. Um dos motivos dessesucesso é que as soluções VoIP da IPPhone são de baixo custo: um equipa-mento e linha chegam a custar cercade R$ 450. Assim como nos celula-res, o principal plano de assinatura épré- pago, em que o cliente compracréditos antes de fazer as ligações. Ataxa mínima é de US$ 10, a ser pagano cartão. A empresa não cobra ne-nhuma taxa de manutenção.

“O usuário compra o equipamen-to e só precisa colocar créditos e fa-lar”, diz Mathieu Rochat, presidenteda empresa no Brasil. Em contrapar-

tida a IP Phone disponibiliza uma con-ta on-line, com relatório em temporeal, para maior controle de gastos dousuário. Após fazer a ligação, o cli-ente pode acessar o site da empresae conferir o demonstrativo de quan-tos créditos sobraram. Também épossível monitorar o consumo dosfuncionários e estabelecer um valordeterminado para cada aparelho. “Edisponibilizamos os pós-pagos sobmedida de acordo com as necessida-des individuais de cada cliente.”

Longa distânciaDevido à redução de custos, vá-

rias empresas estão investindo na VoIPcorporativa, especialmente companhi-as com grande volume de chamadasde longa distância, interurbanas ou in-ternacionais. A vantagem é que emtodas as operadoras a ligação IP paraIP tem custo zero, ou seja, o clienteque discar para telefones conectadosa esses equipamentos e que fizeremparte de uma rede não paga nada. Alémdisso, as chamadas para telefones con-vencionais têm valor reduzido. A eco-nomia média é de 35% nos custos dasligações, segundo uma pesquisa doInstituto Gartner. “É um grande trun-fo para empresas com filiais em di-versos estados, ou mesmo para fami-liares que moram longe e não tinhamcomo se falar sem gastar muito dinhei-ro”, diz Rochat.

Outro beneficio para empresas éa integração, pois, em vez de duas es-truturas independentes, de dados e te-lefonia, passam a utilizar uma mes-ma infra-estrutura para ambas, o quetraz uma economia de investimentoinicial, suporte e manutenção. Para osusuários que querem testar os resul-tados da telefonia IP antes de optarpela conversão completa, existemformas de utilizar centrais híbridas,que suportam aparelhos convencio-nais e IP. “Não aconselho ninguém aabandonar uma estrutura que aindafunciona e mudar imediatamente. Oprudente é fazer a migração paulati-

Mário Leonel Neto: “As ligaçõesDDD e DDI vão acabar”

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namente”, diz Leonel Neto.E o usuário pode levar o seu tele-

fone consigo para onde quer que vá;o número IP é único, assim como umendereço de e-mail. Basta transportaro aparelho e ligá-lo à internet. Quandomudar de residência, não precisa pas-sar pelo incômodo de trocar a sua li-nha. “Ele é um sistema móvel. Se usarum aparelho portátil com suporte a wi-fi, um executivo pode ligar de qual-quer lugar, Tóquio, Paris, Nova Yorkou São Paulo, pagando a mesma tari-fa do Brasil”, diz Rochat.

Já para fazer ligações para celula-res, interurbanas e internacionais,existe uma taxa sobre os minutos uti-lizados, uma tarifa menor do que co-bram, em média, as empresas de te-lefonia tradicionais. Dependendo dosoftware e serviço, uma ligação domicro para um telefone convencio-nal, mesmo de outro país, pode cus-tar em torno de R$ 0,07 o minuto.Na IP Phone, a ligação para telefonesfixos em qualquer estado do Brasilcusta US$ 0,05 (R$ 0,13) por minu-to e US$ 0,21 (R$ 0,59) por minutopara celulares. Já a Primeira Escolhatem uma solução um pouco mais cara.Uma ligação de São Paulo para qual-quer lugar do Brasil custa em tornode R$ 0,50 o minuto, enquanto ovalor da chamada para os EstadosUnidos é de R$ 0,41. Mas a tecnolo-gia da operadora permite até quatroligações telefônicas simultâneas.

Apesar de ser uma excelente alter-nativa para DDD e DDI, a VoIP nãovisa a substituir a telefonia local. Nes-ses casos, as ligações analógicas ain-da compensam. Já o preço cobradopara ligar para a Europa, por exem-plo, varia de acordo com uma tabelaem que, para cada país, é estipuladauma tarifa diferente. Mas fica na faixade US$ 0,07 por minuto. A IP Phoneconsegue cobrar preços mais baixospara os Estados Unidos, pois a sededa empresa, em Los Angeles, atua emparceria com as maiores operadorasde lá, como AT&T, Sprint, Qwest e

MCI. A tarifa é a igual à brasileira,cerca de R$ 0,13 por minuto.

Número virtualAlém do baixo custo, a aposta das

empresas de telefonia via Web é agre-gar novos serviços. A maior parte dasoperadores já disponibiliza serviçoscomuns ao grande público, como oSiga-me, em que o usuário pode ca-dastrar um número para receber achamada e o sistema reenvia a liga-ção, e uma secretária eletrônica, alcu-nhada de Voicemail, que pode ser aces-sada pelo telefone ou pelo site da em-presa. Algumas operadoras como aPrimeira Escolha pretendem integrarao Voicemail as mensagens de fax, ofe-recendo um serviço parecido com opopular correio eletrônico. Além dis-so, o cliente pode receber ligações,caso tenha um DID, um número vir-tual que existe na rede pública queencaminha a ligação para o IP cadas-trado junto à operadora.

Mas a VoIP tem ainda outros atra-tivos, alguns dignos de filmes de fic-ção científica. Por estarem totalmen-te interligados à rede de dados, os te-lefones IP funcionam como peque-nos computadores; alguns modelossão até dotados de visor de cristal lí-quido colorido. Um mercado que sevislumbra é o de serviços voltados

para nichos específicos. Em seu te-lefone IP, por exemplo, um analistade mercado pode acompanhar a co-tação de ações na Bolsa de Valores, eum jornalista, acessar notícias emtempo real. Já é possível até mesmochecar a situação do clima e do trân-sito, além de ver o saldo do banco.

Mais uma possibilidade da VoIP quea Seal Telecom está oferecendo é con-versar com uma pessoa enquanto elaé vista em tempo real. A empresa – quedetém cerca de metade do mercadobrasileiro de videoconferência, commais de 3 mil clientes – já oferece so-luções baseadas na telefonia IP. Maisdo que isso: lançou uma nova linha deprodutos, de marca própria, que pro-mete total integração com o protocolode voz sobre IP. “A adoção da VoIP éuma tendência em alta na área de tele-fonia”, diz Sidnei Czarny, gerente deMarketing da Seal Telecom, que es-pera ver as vendas cerca de 30% maisgordas até o final do ano.

A menina dos olhos da Seal é o Vi-sion IP, que dispensa o uso de um mi-cro e pode compartilhar o ponto debanda larga com outro computador,sem prejuízo do acesso à internet.Caso o interlocutor não possua um vi-deofone, ele pode conversar com ousuário do Vision IP, desde que pos-sua uma webcam, um microfone para

Rochat: o prudente é fazer aos poucos a migração da tecnologia

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ware que permita dar prioridade aotráfego VoIP diante de outras aplica-ções como e-mails ou internet. “Elevai destinar parte da banda disponívelpara as aplicações VoIP”, diz Gonçal-ves. Outra exigência é a banda largapara a transmissão dos pacotes de da-dos em tempo real: para a transferên-

As operadoras de internet valem-seda afirmação de que tudo o que não estáespecificado em lei não é proibido. “AVoIP é uma questão internacional. Damesma maneira, quando o usuário aces-sa uma página do Google ou um chat doMSN, está utilizando um serviço estran-geiro”, diz Rochat, da IP Phone, basea-da em Los Angeles. Nos Estados Uni-dos, o uso da telefonia via internet deveganhar força depois que o FCC – a Co-missão Federal de Comunicações, ór-gão semelhante à Anatel no Brasil – re-tirou do caminho da tecnologia um obs-táculo regulatório. Havia uma petiçãopara que a agência declarasse que assoluções de voz sobre IP eram serviçosinterestaduais, o que provavelmente tor-naria mais caras as ligações via Web.

No Brasil, a Anatel deve seguir a ten-

O que diz a lei?dência internacional. Tanto que divulgouuma nota dizendo que não vai regulamen-tar a VoIP, “porque isso é uma nova tec-nologia e não serviços”. Se o serviço é deinternet, o imposto incidente é o ISS; se éde telecomunicação, ICMS. Existem mo-tivos para que o mercado seja ou não re-gulado. Por um lado é necessário que osserviços oferecidos aos usuários sejampadronizados, como uma forma de pro-teger o consumidor. Mas a intervençãona economia deve ser feita com uma aná-lise de custo–benefício e, para muitos te-óricos, a regulação deve ocorrer somen-te quando o mercado falhar em estimularum comportamento que beneficie o inte-resse público.

Se existe um receio em interferir numatecnologia potencialmente vantajosa paraos usuários e para o mercado, interesse

dos consumidores é o que não falta. Umapesquisa do instituto Ipsos-Insight reve-la que 19% dos internautas norte-ame-ricanos já consideram a possibilidadede trocar seus telefones fixos por servi-ços de VoIP, e a consultoria ForresterResearch estima que até 2006 o núme-ro de casas com telefonia via rede che-gará a 5 milhões. “Eu uso telefonia IPpara tudo, inclusive para me comunicarcom minha família, que mora em Wa-shington, pagando o preço de uma liga-ção local”, diz Leonel Neto, da Primei-ra Escolha. Esse é o desejo de milhõesde pessoas que não querem se incomo-dar no final do mês com mais uma contade telefone. Assim, a VoIP pode ter umimpacto tão grande no século XXI quan-to a invenção de Graham Bell, no dia10 de março de 1876.

que a maioria das tecnologias de es-critório, as operações com esses equi-pamentos ainda não são tão simplescomo a ligação de um telefone con-vencional. Se o acesso à internet esti-ver muito congestionado, a qualidadepode degradar-se. Para controlar esseproblema, é necessário usar um soft-

micros e um software como o MSNda Microsoft. E se a intenção for trans-mitir conteúdos de fitas VHS ou DVD,é possível conectar esses aparelhos etransmitir as imagens. Pode-se tam-bém ler e-mails no aparelho e acessarpáginas da internet. O preço dessamaravilha ainda é salgado, cerca deUS$ 1.300.

Mesmo com tantas soluções cria-tivas, o essencial de um telefone, queé falar e ser ouvido, ainda sofre com aqualidade das ligações. A fama da VoIPé que o som não é tão bom quanto oda telefonia normal. Reginaldo Gon-çalves, técnico da Dana Telecomuni-cações, empresa sediada em Florianó-polis, admite que, “hoje em dia, a VoIPainda não é 100%”. O principal pro-blema é eliminar o delay, ou seja, oatraso na transmissão e recebimentode dados, responsável por falhas navoz. “Esse problema está a caminhode ser sanado. A evolução nos últimoscinco anos foi incrível e hoje temosavanços quase que trimestralmente.”

Apesar de o hardware e o softwa-re VoIP não serem mais complexos

Gonçalves: é preciso eliminar o atraso na transmissão e recebimento de dados

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Os pequenos que se cuidem. Mui-to dinheiro está em jogo, e é naturalque as tradicionais empresas do se-tor voltem seus olhos para esse filão.Segundo estudo do Yankee Group,dos R$ 34 bilhões que as grandes em-presas investiram em 2004 em tec-nologia de informação, cerca de 40%foi em serviços de voz baseados naWeb. A GVT foi a primeira das gran-des operadoras a investir no segmen-to. A companhia, que atua nas regi-ões Sul, Centro-Oeste e Norte do país,ousou lançar uma linha de produtos eserviços com soluções específicaspara o mercado residencial. Segundoa operadora, a economia pode che-gar a 70% nas ligações que substitu-em o interurbano e a 90% no caso decelular, pois não se paga o roamig, ataxa de deslocamento. A previsão defaturamento para 2006 do segmentoVoiP é de R$ 240 milhões, algo emtorno de 20% do total da companhia.

Pode-se repetir com a VoIP o queaconteceu no início da expansão co-mercial da Web, em meados da déca-da passada. Os pequenos provedoresem cada cidade acabaram desapare-cendo quando as grandes companhi-as de telefonia entraram nesse mer-cado, dispondo de mais capital e umainfra-estrutura com maior capilarida-de. Mas Rochat não teme que acon-teça o mesmo com o mercado VoIP,e acha a competição saudável. “Aconcorrência é sempre bem-vinda enecessária. Se não existe disputa, nãohá negócio, nem incentivo ao desen-volvimento de novas tecnologias.Quanto mais opções, melhor para omercado e para o público.”

“O grande problema da longa dis-

Jogo dos grandesO novo filão atrai a atenção das empresas tradicionaise ocupa o espaço sonhado pelos pequenos

tância é que ela é dominada por umgrupo pequeno de empresas – Em-bratel, Telefônica e Telemar. Nessaestratégia, a GVT não tem muito aperder, porque o mercado não é nos-so. Eles vão ter duas opções: baixarpreço ou aderir à tecnologia”, dizCelso Valério, gerente de ProdutosVoIP da GVT. A companhia investiucerca de R$ 50 milhões para entrarnesse segmento, mas não precisoufazer grandes investimentos na suainfra-estrutura, que foi projetada em1999 já vislumbrando a convergên-cia dos serviços. “Foi no começo doano passado que o projeto andou.Várias áreas foram envolvidas e tra-balhamos duro um ano inteiro.”

Seu esforço é coroado pela rápi-da aceitação do público. Lançando aVoIP em setembro de 2004, a em-presa se tornou líder no segmentono Brasil, com cerca de 80 clientescorporativos e quase 3 milhões deminutos cursados. A operadora es-pera conquistar 150 mil clientes atéo final de 2006 e acredita num mer-cado potencial de 500 mil usuáriospara 2007. “Existe muita expectati-va nesse mercado. A GVT está apos-tando nele porque tem o tamanhocerto: não é tão grande a ponto deperder rendimentos, nem tão peque-na que não disponha de uma massacrítica – já investiu R$ 4 bilhões nasua base tecnológica.”

A operadora conta também comuma família de produtos dirigida agrandes corporações, inti tuladaOmni GVT. São pacotes que chegama 1 milhão de minutos e permitemfazer até 120 ligações simultâneas.Mas a grande aposta da companhia

cia de imagens num videofone, porexemplo, a conexão deve destinar cer-ca de 128 Kbps para o sistema. Já aligação VoIP, somente o áudio, conso-me no máximo 23 Kbps.

Vale também lembrar que a voz éconvertida para o formato digital, trans-mitida via rede, e quando chega ao pon-to final ela volta à forma analógica, pró-pria para a audição humana. Além dis-so, as pausas entre as falas são elimina-das e reconstruídas digitalmente. Outrofator que pode atrapalhar uma boa con-versa é a maneira como é feita a liga-ção. Nos telefones, a maior parte doprocessamento da voz é feita no pró-prio hardware. Já nos programas quesimulam telefones, como o Skype, essatarefa é realizada pelo processador docomputador utilizado, o que impossi-bilita o uso de micros antigos.

Uma grande preocupação que giraem torno do mundo VoIP refere-se aum velho problema, o de saber se asligações terão garantia de privacidadee segurança. Para tentar formular pro-teções e padrões de segurança, cercade 20 organizações ligadas ao merca-do se uniram e criaram a Aliança deSegurança VoIP. O grupo alertou que,em um futuro próximo, ataques de ha-ckers contra serviços de telefonia pelainternet serão inevitáveis. Por isso,pretende patrocinar o desenvolvimen-to de ferramentas que garantam a in-violabilidade dos dados transmitidos.

E como alerta a IBM, quanto maisempresas transferirem o tráfego conven-cional de telefonia para a internet, maiora possibilidade de escutas clandestinas,bem como de desligamento de redes porhackers. Por isso, o governo america-no já decidiu que as ligações via inter-net podem ser grampeadas em investi-gações policiais, nas mesmas condiçõesaplicadas a telefones fixos. Até o mo-mento, não existe uma maneira docu-mentada de invadir sistemas VoIP, porcausa da criptografia das ligações, o quegarante segurança contra fraudes. “Eleainda é mais seguro que o sistema con-vencional”, diz Leonel Neto.

Tecnologia da Informação VoIP

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Linha Direta

Celso Valério(41) 3025-2823Mário Leonel Neto(11) 3457-0217Mathieu Rochat(21) 3473-6240Reginaldo Gonçalves(48) 333-5621Sidney Czarny(11) 3877-4000

é mesmo o mercado residencial. Oprincipal diferencial da empresa é umadaptador que transforma aparelhosde telefone comuns em equipamen-tos capazes de fazer e receber cha-madas com tecnologia de voz sobreIP, dispensando o PC. O adaptadorcusta R$ 499 e a operadora prometeligação para qualquer lugar do mun-do com o custo de uma tarifa local.“A gente se preocupou basicamen-te em oferecer o melhor serviço devoz, porque uma tecnologia novaassusta as pessoas, que tendem nãogostar num primeiro momento. Va-mos ter que conquistá-las aos pou-cos”, diz Valério.

Se a GVT luta para conquistar co-rações e mentes da grande massa, aBrasil Telecom acena para o merca-do corporativo e adotou nova estra-tégia para a expansão do serviço devoz sobre IP. Outsourcing, ou tercei-rização, é a palavra de ordem dentroda companhia. A empresa entra comos contratos de serviços, enquanto aCisco fornece a tecnologia e a con-sultoria de projetos. Já a NEC se res-ponsabiliza pela implantação, suportetécnico e manutenção das soluções decomunicação de voz e dados. A gran-de vantagem do sistema é que o cli-ente faz um leasing, não investindono equipamento, além de um contra-to único de serviços. Até agora, gran-des corporações eram obrigadas ainvestir em equipamentos que perdiamvalor ao longo do tempo. A BrasilTelecom tem uma carteira de cercade 200 clientes da família de produ-tos IP, e a empresa fortaleceu sua po-sição nesse nicho quando comprou aMetroRed, no ano passado.

Parceira da Brasil Telecom, a Cis-co já tem experiência nesse merca-do, com mais de 4 milhões de telefo-nes IP instalados no mundo, dos quaiscerca de 70 mil só na América Lati-na. Dados da empresa demonstramque a telefonia IP cresceu até se con-verter em uma indústria de US$ 2 bi-lhões no mundo. Outra análise do ins-

tituto IDC feita com empresários bra-sileiros em 2003 revela que, das 480mil linhas telefônicas existentes, 6,6%eram baseadas em VoIP. Em 2007, dizo instituto de pesquisa, apenas 7% dasnovas linhas comercializadas serãotradicionais.

E a migração parece mesmo seruma tendência mundial. A British Te-lecom anunciou que até o final de2007 terá 100% do seu sistema detelefonia rodando com VoIP. Alémdisso, a venda de equipamentos devoz sobre IP na América Latina cres-ceu cerca de 44% no ano passado,superando os US$ 103,7 milhões fa-turados em 2003. De acordo com umestudo da consultoria Frost & Sulli-van, o Brasil ocupa o segundo lugarna distribuição de receitas, com 21%do mercado, ficando somente atrásdo México.

Gonçalves, da Dana Telecom, re-vela que na Coréia do Sul boa partedo sistema convencional de telefoniajá foi substituído pela VoIP. A Dana

mantém uma parceria com a Free-Talk, uma das maiores operadoras dopaís asiático, que faz toda a presta-ção de serviços IP para a empresabrasileira. Por enquanto a Danna sórevende a tecnologia e presta a assis-tência técnica e consultoria. Masaposta no crescimento de serviçosVoIP e pretende instalar um servidoraqui no Brasil, a partir de homologa-ção da Anatel.

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Valério: nova tecnologia assusta as pessoas, que precisam ser conquistadas

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Tecnologia da Informação WIRELESS

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A sedução doTecnologia da Informação WIRELESS

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Imagine andar por toda uma cidadecom um computador portátil e poderusar a internet. Essa realidade já existe,e no Brasil. A Maxiweb gastou cercade R$ 600 mil para que Jundiaí, no in-terior de São Paulo, ganhasse o títulode município mais conectado do país.Esse pequeno provedor de internet tam-bém apostou no wi-fi – sigla em inglêsde redes sem fio de alta fidelidade –para completar um plano de expansãoe montar uma filial em outra cidade pró-xima, Itupeva. “A telefonia convencio-nal não tinha como atender nossas ex-pectativas, então investimos neste su-per-rádio, um sonho de qualquer wire-less [sem fio]”, diz Sérgio Rigolo, pro-prietário e diretor da empresa. Os re-sultados já são positivos, e a Maxiwebespera faturar cerca de R$ 1,2 milhãoeste ano, um crescimento de 71% emrelação a 2004.

Rigolo começou há oito anos no ne-gócio de internet por pura diversão; pa-gava alguns colegas para construir si-tes e assim vender o serviço de hospe-dagem. “O capital inicial foi a gasolinado meu carro”, diz. A partir de 2000, oque não passava de uma ação entreamigos tornou-se uma empresa séria.Ele comprou um provedor e se dedi-cou a vender acesso discado, e agoracom o wi-fi espera consolidar a Ma-

xiweb, que já está prestando serviçospara 54 condomínios. “Se fôssemosexplorar só esse segmento, já era osuficiente para ter um retorno. Masachamos que Jundiaí tem demanda paracidade inteira.” Jundiaí possui hoje cer-ca de 200 mil habitantes.

Para utilizar o acesso sem fio é ne-cessário adquirir um modem especial,que custa R$ 1.500 tanto para desktopscomo notebooks. O equipamento tem15 centímetros de comprimento e podeser transportado para qualquer lugar dacidade. A Maxiweb cobra mensalida-des entre R$ 119 e R$ 199, dependen-do da velocidade da conexão. É possí-vel até mesmo comprar uma banda maisalta, fazer a instalação de uma antena edividir com os vizinhos. “Eu não voulimitar o usuário. O que é bom para ocliente é interessante para a empresa.”

O wi-fi é uma evolução em compa-ração com os cabos, que prendem oscomputadores às mesas, e a sua insta-lação é mais barata, já que não é preci-so quebrar a cidade inteira para levar oacesso à internet em alta velocidade. Oprotocolo mais comum no mercado é802.11b, um nome esquisito para umatecnologia que permite a transmissãode dados numa velocidade de até 11Mbps, embora já existam padrões atésete vezes mais rápidos. Mas como é

Cidades plugadas na banda larga são umconvite para os empreendedores queapostam na velocidade e eficiência da rede

por Wendel Martins

sem fio

transmitido via rádio, o wi-fi é limitadopelo raio de alcance. Em ambientesabertos o sinal é captado a uma distân-cia de até 100 metros, e dentro de ca-sas e ambientes mais fechados um pou-co menos, cerca de 50 metros.

A tecnologia que a Maxiweb usa émais turbinada, embora siga os mes-mos padrões. A evolução do wi-fi, owi-max, que permite conectar compu-tadores num raio de até 50 quilôme-tros, ainda não existe comercialmentee deve ser lançado no final de 2006.“Por isso, adotamos uma solução, queé uma espécie de ‘pré-wi-max’, masque já existe há uns quatro anos nosEstados Unidos.” Instalada numa dasáreas mais altas da cidade, a antena detransmissão oferece 80% de alcance,em um raio de até 16 quilômetros. Maspara o provedor, wi-fi não é tão sim-ples como parece e, até por ser umatecnologia recente, envolve muita com-plexidade e desafios desconhecidos.

Entre as novidades, está um mapafeito por satélite de Jundiaí, que cus-tou US$ 10 mil. “Os americanos ela-boraram um estudo para saber qual erao melhor ponto de instalação da ante-na”, diz Gilberto Novaes, diretor-téc-nico da Wstation, empresa que explo-ra o filão de prestação de serviços parapequenos provedores como a Maxiweb.

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“Percebemos quehavia uma neces-sidade desses em-presários em teruma equipe técni-ca gabaritada, aptapara tratar comcompetência deassuntos como se-gurança e treina-

mento de pessoal.” A Maxiweb tercei-riza o departamento técnico com aWstation, que é responsável por todae qualquer homologação dos produtoswireless. E com o intuito de oferecerum melhor suporte ao cliente, as duasparceiras enviaram funcionários paraum curso avançado na América doNorte. “O pós-venda é uma das basesdo negócio. Se oferecermos um aten-dimento bom, não temos o que te-mer”, diz Rigolo.

O padrão wi-fi foi criado em 1997pelo Instituto de Engenheiros Elétricose Eletrônicos (IEEE) dos Estados Uni-dos em resposta ao Bluetooth, desen-volvido anos antes pela empresa suecaEricsson. “O wi-fi é uma tecnologiavitoriosa. Passou a ser adotado e de-senvolvido por grandes empresas, por

ser um protocolo aberto. O mundo in-teiro usa”, diz Roberto Ugolini Neto,presidente da Vex, empresa brasileiraprestadora de serviço sem fio.

A empresa de pesquisas IDC prevêque o número total de usuários públi-cos do wi-fi deve pular para 10,4 mi-lhões em 2005, um crescimento de324% em relação ao ano passado. Eque haverá pelo menos 118 mil zonaswi-fi em todo o planeta. Somente emSão Paulo, já são mais de 500 pontosde acesso públicos, ou hotspots. Aero-portos, hotéis, redes de fast food, aca-demias de ginástica e até motéis estãooferecendo internet sem fio como va-lor agregado para os seus clientes.

Mudança de focoA Vex, pioneira na implantação de

uma rede sem fio, é a maior empresado Brasil quando o assunto é hotspots.Foi fundada em 2001 com o nome dePointer Networks. “A idéia inicial eraatender o cliente residencial, mas re-solvemos mudar o nosso foco. De pos-se disso, quisemos dar um nome maiscondizente com essa nova realidade”,diz Ugolini Neto. O atual modelo denegócios é a parceria com operadoras

de telefonia e portais de internet. “A Vexconstrói e opera redes wi-fi. Nossosparceiros vendem a rede como se fos-se sua para o consumidor, com men-salidades ou cartões pré-pagos. Mas amanutenção e gestão da rede é nossaresponsabilidade.”

Na carteira de clientes da Vex, fi-guram gigantes como Embratel, Bra-sil Telecom, iG, Telefonica, Terra, Aole o Grupo Uai, de Minas Gerais. Ocusto de uma assinatura mensal paraacesso ilimitado varia entre R$ 45 eR$ 65 e alguns planos oferecem tam-bém cobertura internacional. A maréestá tão boa que a Vex espera quadru-plicar o faturamento este ano. Econo-mista por formação, Ugolini Neto ana-lisa que toda tecnologia tem uma faseinicial de investimento, adaptação,quando se verifica se aceita mercado,se há um crescimento exponencial.“Daqui a dois anos estabiliza, pois omercado vai ter mais opções.”

Entre essas alternativas, estão seusatuais parceiros, as empresas de tele-fonia que já mantêm redes próprias,como a Brasil Telecom e a Telefonica.Mas Ugolini Neto é tranqüilo em rela-ção às escolhas de seu negócio. “Omercado aprendeu muito nos últimosanos. Na cadeia empresarial cada umatua dentro de seu nicho, para fazercorretamente o que foi programado.”Segundo ele, os modelos de parceriatambém são vantajosos para as teles,pois montar uma rede wi-fi “necessitade muito investimento e os maiores ati-vos dos provedores são os clientes, nãoa rede. O wi-fi vai ser mais um produ-to para o cliente final”.

O capital para iniciar as operaçõesfoi de cerca de US$ 5 milhões, muitopara quem que tem uma estrutura en-xuta, em torno de 15 funcionários.Como forma de contenção de custos,Ugolini Neto terceiriza alguns serviços.“Não há necessidade da presença físi-ca no local da instalação, por exemplo.”Então, a companhia direciona esforçospara ampliar a rede e a qualidade doserviço. A Vex tem 600 hotspots espa-Novaes: equipe técnica apta para tratar de segurança e treinamento

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lhados pelo Brasil, em cerca de 26 ae-roportos. A meta é atingir 46 aeropor-tos até o final do ano, incluindo todasas capitais brasileiras. A empresa tam-bém atende hotéis, restaurantes, cafés,fornecendo infra-estrutura com termi-nais, links e softwares de gerenciamen-to. A proposta é disponibilizar a tecno-logia dentro das lojas em troca da ins-talação de um hotspot. Mas o promis-sor mercado wi-fi não se limita aos pon-tos de acesso públicos.

Uma pesquisa da Jupiter Researchdemonstra que metade dos norte-ame-ricanos opta por soluções sem fio nahora de montar suas redes domésticas.No mundo, o mercado de produtossem fio voltado para ambientes domés-ticos e pequenos escritórios é estima-do em US$ 1,3 bilhão. Além disso, deacordo com a consultoria YankeeGroup, uma em cada quatro empresascom mais de cem funcionários já utili-za o wi-fi, num total de US$ 900 mi-lhões em vendas corporativas. No Bra-sil, projeta-se que o segmento de equi-pamentos para redes locais sem fio mo-vimentará R$ 61 milhões até 2007.

Linha Direta

Gilberto Novaes(11) 3446-2041Roberto Ugolini Neto(11) 3444-7874Sérgio Rigolo(11) 4526-1151

A Vex é uma empresa membro daWi-Fi Alliance, uma associação quepromove mundialmente redes semfio. O órgão é certificador em todo omundo e estabelece uma série de pa-drões para manter a interoperabilida-de de produtos. “Além de preencheralguns quesitos técnicos, nós não in-ventamos a roda em matéria de tec-nologia.” A empresa é parceira de gi-gantes do setor, como a Cisco e aNortel, e esse tipo de associação éfundamental para manter a seguran-ça em níveis internacionais. “A indús-tria já oferece novos padrões, quepodem tornar essas redes tão ou maisseguras do que as cabeadas.”

A maioria das redes wireless vemcom funcionalidades de segurançapara impedir que estranhos leiam e-mails e documentos, mas a maior par-

te dos usuários não as utilizaporque são difíceis de configu-rar. Outros clientes preferemnão mudar senhas criadas pelosfornecedores, o que também fa-cilita o caminho para intrusos.“As empresas são muito sensí-veis no quesito segurança. Senão tiver, está fora do merca-do”, diz Rigolo, da Maxiweb.

Mas o grande obstáculo dowi-fi é o custo da alta tecnolo-gia, num país onde a renda percapita é muito baixa. O próxi-mo passo é torná-lo popular eacessível à maior parte das pes-soas. “Temos a barreira do in-vestimento, uma vez que um no-tebook e um PDA ainda são ca-ros”, diz Ugolini Neto. Analis-tas do instituto Gartner prevê-em que daqui a dois anos 80%de todos os laptops vendidos nomundo sairão prontos da fábri-

Padrões de convivênciaCertificar garante o trabalho conjunto e mantémsistemas diferentes em interação permanente

ca para usar a tecnologia. “Existe umnicho de pessoas com dinheiro e quegostam de aplicá-lo em novidades.”

Para a difusão dessa tecnologia,empresas como a Motorola já lança-ram no exterior aparelhos com su-porte a redes wi-fi. Existe uma dis-cussão no mercado de que os pa-drões sem fio tomarão o lugar daterceira geração dos celulares. Ugo-lini Neto acredita que uma tecnolo-gia complementa a outra. “Ninguémestá disposto a jogar dinheiro fora.”Ainda segundo ele, as operadoras decelulares vão turbinar ao máximo suatecnologia para oferecer serviços se-melhantes, como a conexão via Web.“O serviço de telecomunicação plantahoje e colhe amanhã. É sempre umprojeto de longo prazo”, diz.

Rigolo concorda que a paciência éuma qualidade fundamental nesse ne-gócio, mas aposta em outra virtudepara o sucesso do empreendedor. “Aintuição é o que te faz apostar. É igualao surfista que enxerga uma onda queninguém viu. Ser ele for remar naonda em que os outros já foram, égrande a chance de não dar certo. Nãose pode ficar pensando muito.” Essepensamento reflete o espírito de umanova geração de empresários, dispos-ta a se manter alinhada às últimas ten-dências do mundo corporativo. E, seé para ser assim, melhor que seja emalta velocidade.

Ugolini Neto: o mercadoaprendeu muito nos últimos anos

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Na Segunda Guerra Mundial, umagrande preocupação tanto dos aliadosquanto dos países do Eixo (Alemanha,Japão e Itália) era a o sigilo de certasinformações. Os telégrafos não eramtotalmente seguros e remonta dessaépoca uma tecnologia que permitia tra-fegar dados pelo cobre do cabo elétri-co. Demorou mais de meio século paraque essa técnica, esquecida, saísse dasprateleiras da história e voltasse ao co-tidiano das pessoas, inclusive no Bra-sil. Isso significa que uma singela to-mada da parede pode ser promovida apontos de conexão de internet em ban-da larga, numa velocidade centenas devezes mais rápida que a linha telefôni-ca. “Na época do conflito, não se con-seguia atingir os baixos níveis de ruí-do e interferência de hoje”, diz Fer-nando Castro, diretor comercial daHypertrade Telecom, uma das primei-ras empresas autorizadas junto à Ana-tel a comercializar no país a tecnolo-gia PLC, sigla em inglês para comuni-cação via linha de energia.

O conceito é simples: os dados tra-fegam em alta freqüência e a energia embaixa, fazendo com que os serviços se-jam independentes, apesar de usarem omesmo cabo. Com a digitalização, a te-lefonia e a televisão são transformadasem bits e as empresas de energia têmacesso a uma fatia desse negócio. Parasaltar na frente, a Hypertrade Telecomassinou, em 2003, um acordo de exclu-sividade com a Mitsubishi Electric. Aparceria com a gigante japonesa foi umprêmio para quem estava há mais de dezanos envolvida na pesquisa e desenvol-vimento do PLC. E não é só isso. Umnúmero, bem alto, é motivo de felicida-de: 200 megabits por segundo (mbps),a velocidade máxima que a rede elétricasuporta. Por enquanto.

“Em três anos a base de usuáriospode ser muito próxima do ADSL”, dizCastro. A empresa ainda não fechounenhum contrato, mas espera já no se-gundo semestre concretizar alguns ne-gócios. A companhia apresenta solu-ções em toda a cadeia, indo desde o

transporte de dados até a automaçãode medidores de consumo de energiaelétrica, água e gás. No acordo, aHypertrade Telecom é responsável pelaanálise e definição de projetos, manu-tenção e assistência técnica, além dogerenciamento da rede, enquanto aMitsubishi Electric entra com o desen-volvimento dos equipamentos, impor-tados do Japão. O foco por enquantoé fornecer a tecnologia para provedo-res de internet, empresas de seguran-ça, prédios, escolas e condomínios.Também está nos planos a parceriacom alguma concessionária de ener-gia elétrica. Além disso, a empresa ofe-rece um serviço de treinamento, naforma de cursos sobre PLC.

A AES Eletropaulo, distribuidora deenergia elétrica do estado de São Pau-lo, também está atenta a esse mercadopotencial. A gigante, que fatura mais deR$ 10 bilhões ao ano e tem cerca de4.300 funcionários, vem adaptando atecnologia no Brasil desde 2001 e man-tém contato com a Hypertrade Telecom.

Internet viarede elétricaCom a digitalização, a telefonia e a televisãosão transformadas em bits e as empresas deenergia têm acesso a uma fatia desse negócio

por Wendel Martins

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Paulo Pimentel, ge-rente de Serviços eAutomação, enfati-za que a principalmotivação da AESEletropaulo é otimi-zar processos e ofe-recer melhores ser-viços aos clientes,

além da redução de gastos. “Nosso corebusiness [foco de negócios] é, sem dú-vida, distribuição de energia.” Ele ex-plica que a AES Eletropaulo dependede terceiros para transmitir um grandevolume de informações dos milhares desistemas de controle presentes em todasua infra-estrutura. “A redução dessecusto operacional foi o primeiro estí-mulo para que a viabilidade do PLC

começasse a ser avaliada por nós.”A tecnologia está em fase de avalia-

ção e pesquisas dentro da AES Eletro-paulo antes de ser posta em larga esca-la. “Ainda não definimos um modelode negócio para essa área”, diz TeresaVernaglia, diretora de Telecomunica-ções da AES Eletropaulo. A distribui-dora mantém como opção alugar assuas estruturas para empresas de tele-comunicações ou de TV a cabo. “Masa prioridade é o uso interno, em siste-mas de telemetria”, diz ela, referindo-se à automação de redes elétricas.

Desde o final de 2003, a AES Ele-tropaulo usa o PLC no edifício-sede eem mais duas agências, nas máquinasde auto-atendimento, onde se podeacessar a internet e outros serviços,

como consultas de contas pendentes.Também trafegam, via rede elétrica, asimagens captadas pelos circuitos inter-nos de câmeras de segurança. Alémdisso, um projeto para medir o consu-mo de energia em cerca de 2 mil resi-dências em áreas de baixa renda vaientrar em funcionamento até o final dosemestre. A companhia instala senso-res nos postes e o cliente recebe umdisplay, que permite acompanhar osgastos. A AES Eletropaulo está testan-do a primeira geração do PLC, muitoutilizada na Europa e Ásia, que atingevelocidades de até 45 mbps.

Além da Eletropaulo, outras distri-buidoras estão desenvolvendo as maisvariadas idéias de como ganhar dinhei-ro com essa tecnologia – os projetostêm lançamentos marcados para o fi-nal do ano. É o caso da Light, que bus-ca uma parceria com os investidorespara a formatação do negócio. A inten-ção da empresa é oferecer o serviçonão para os clientes finais, mas paraprovedores de serviço de internet, tele-fonia e vídeo. E a Celg está criando umaunidade de negócios, a Via Celg, queserá responsável pela comercializaçãodo serviço, após a sua regulamentação.

Exemplos de foraAs cidades de Madri e Barcelona são

os maiores exemplos de como o PLCpode dar certo. O plano da Endesa, aempresa mais adiantada no uso da tec-nologia, é estender a estrutura por todaMadrid e depois habilitar o serviço paracerca de 100 mil usuários. A Espanha éum dos países mais fortes do mundonessa área, mas nos Estados Unidos,Inglaterra, Alemanha, Suíça, Japão eCoréia do Sul o sistema já está em faseadiantada de teste ou em uso comerci-al. Na Europa tem sido comum empre-sas elétricas e de telecomunicações tra-balharem em conjunto, deixando a dis-puta de mercado para os produtores deconteúdo, que também ganham, poistêm mais opções de chegar ao público.

Uma das barreiras à oferta comer-cial de serviços PLC no Brasil é que noPaulo Pimentel: estímulo vem da redução do custo operacional

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Um passo decisivo para a popula-rização do PLC é que empresas naci-onais se interessem em fabricar osequipamentos necessários. Por en-quanto, são poucas as que vislumbra-ram potencial para investimento. “Acarga tributária no Brasil é escorchan-te; cerca de 70% do preço final sãoos encargos”, analisa Fernando Cas-tro, distribuidor da Mitsubishi Elec-tric no Brasil. Por isso, só se viabili-

zam projetos em uma escala maior.“A partir de 5 mil pontos ou mais deconexão já é possível recuperar o in-vestimento.”

Para o usuário acessar a redePLC, é indispensável comprar ummodem especial, um gasto estimadoem R$ 400. O aparelho é capaz deproteger os equipamentos de picosde energia e controlar interferênciasna rede elétrica. “Claro que ainda não

Vantagens em todo lugarVislumbrar o potencial das novas ferramentas é trabalhoque exige decisões urgentes em nichos específicos

Ângelo Barreto Aranha: PLC tem que se tornar competitivo

contrato das distri-buidoras elétricasestá estipulado queos reajustes das ta-rifas podem sermenores caso elastenham uma recei-ta de telecomunica-ções. “Mas de qual-

quer maneira as concessionárias já têmreceita vinculada a transporte de dados,como o aluguel de fibra óptica ou doposte para os cabos telefônicos”, dizÂngelo de Barreto Aranha, coordena-dor executivo do projeto PLC da Ce-mig, ressaltando que é necessário umestudo para mensurar o impacto que atecnologia vai ter na conta quando es-tiver disponível para uso maciço.

Outro obstáculo para a implemen-tação são os gastos em infra-estrutura.A Cemig – mais uma concessionáriabrasileira que adota e pesquisa o PLC –desembolsou R$ 200 mil num projetopiloto para conectar 40 pontos em BeloHorizonte, em diferentes bairros. “OPLC tem que se tornar competitivo emrelação aos outros sistemas.” Mesmopara uso interno em sistemas de tele-metria, Aranha acredita que o custo datecnologia ainda é muito alto. “Ainda émais barato contratar um funcionáriopara fazer a medição, porém o PLC ofe-rece a possibilidade de agregar servi-ços à rede elétrica.”

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Nascimento: faturamento previstode R$ 1 milhão este ano

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inventaram ne-nhum circuito elé-trico capaz de su-portar a carga deum relâmpago,mas se a sua vizi-nha ligar o seca-dor de cabelo aconexão não vai

cair”, diz José Carlos do Nascimen-to, dono da Innovus, empresa deVolta Redonda (RJ) que fornece so-luções para comunicação digital e oti-mização de consumo de energia elé-trica. “A área de PLC já responde porum terço das vendas da companhia,e neste ano almejamos um fatura-mento de R$ 1,3 milhão.”

Desde 1998, a Innovus pesquisaopções de equipamentos para o mer-cado brasileiro, mas a idéia só foiconcretizada em 2003, depois deuma visita à fábrica da Corinex, umadas líderes mundiais em soluções derede baseadas em PLC. Na oportu-nidade foi selado um acordo parafabricar a tecnologia canadense nopaís. Para tanto, é necessário tro-picalizar os produtos, ou seja, ajus-

tar alguns componentes à realidadedas redes de transmissão elétricasbrasileiras. “Nós dependemos mui-to dos fabricantes para introduzir al-gumas modificações. Tanto que per-demos dinheiro em função da expo-sição ao sol, quando a temperaturainterna do dispositivo pode atingiraté 70° graus. Mas nosso equipa-mento, importado da Suíça, só fun-ciona até 40° graus”, relata BarretoAranha, da Cemig.

A capilaridade é o grande dife-rencial do PLC diante de outras for-mas de transmissão de dados. “Amalha elétrica está instalada em98% do território nacional, exce-tuando a Amazônia, enquanto as re-des de telefonia atingem apenas35%”, diz Castro. Por isso, acre-dita-se que o PLC possa ser res-ponsável por uma expansão impor-tante da internet no país, pois per-mite o acesso ao usuário de últimamilha, o que está no final da cadeiaprodutiva. A Cemig planeja ofere-cer serviço de e-mail em aparelhosde TV para usuários de baixa ren-da, ainda sem data de lançamento.

Link mais forteOutra característica do PLC é a

possibilidade de personalizar a taxade transmissão de acordo com aconveniência do cliente. A Visual-Net, provedor de internet que atuana capital carioca, vende assinatu-ras com preços diferenciados parataxas de transferência de 64 Kbps,128 Kbps ou 256 Kbps. Outra op-ção é um link “mais parrudo”, divi-dido em até 15 usuários. “Estamosinvestindo no compartilhamento di-nâmico, onde a banda é repartidaaté o limite da satisfação do clien-te”, diz Erik Fogtman, gerente deProjetos. Ele garante que a veloci-dade média dos usuários fica em 300kbps, com conexão 24 horas, a umcusto de R$ 59 por usuário. “Já do-minamos a tecnologia.”

A VisualNet liga a rede elétrica

com uma conexão banda larga jáexistente, uma solução que Fogt-man define como ideal para acessode última polegada. Ele explica queas dificuldades da última milha es-tão relacionadas ao acesso ao con-sumidor, como transpor um rio ouconsertar um poste na rua. Já osproblemas de última polegada sãoos mesmos, mas vistos em umalente de aumento: é o duto de tele-fone entupido, um prédio antigoque necessita de uma obra para ins-talação de cabos de internet. “OPLC é ótimo para condomínios eprédios. A maioria dos clientes nãoacredita que seja possível, até vero serviço funcionando.” Com isso,todas as tomadas ficam habilitadasa transmitir dados além de eletrici-dade, embora esse não seja o mes-mo padrão que as concessionáriasde energia estão pesquisando. MasFogtman garante que atende a to-das as necessidades de um usuáriocomum: a velocidade de transferên-cia de até 14 mbps a uma distânciaaté 300 metros. O HomePlug, tec-nologia que a VisualNet está dispo-nibilizando, é apoiado por grandesempresas de informática, comoCisco, Motorola e Panasonic.

Para ofertar esse serviço, a Vi-sualNet compra um link wi-fi e ins-tala um servidor linux no prédioque distribui a banda via PLC. “Nãocobramos taxa de instalação, nemaluguel do PLC, pois o custo ézero, já que dispomos da fiação derede elétrica. Apenas o modem nãovem incluído no pacote.” E a em-presa ainda oferece conta de e-maile um disco virtual para os usuári-os, uma espécie de armazenamen-to no servidor local. Além disso, épossível criar uma rede interna noapartamento para compartilhamen-to de música e vídeos ou até de im-pressoras.

Mais uma grande vantagem éque, após a instalação, basta plu-gar o modem PLC em qualquer to-

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Ângelo de Barreto Aranha(31) 3299-4659Erik Fogtman(21) 2553-0059Fernando Castro(11) 3288-3322José Carlos do Nascimento(24) 3345-5497Paulo Pimentel(11) 2195-2121

Outro aspecto importante da tecno-logia de transmissão de dados via redeelétrica, em especial para o mundo cor-porativo, é a segurança. O usuário co-mum está sempre muito preocupadocom a proteção de suas informações.Para Paulo Pimentel, gerente de Servi-ços e Automação da ADS Eletropaulo,é impossível alguém subir num poste eficar xeretando e-mails alheios. “Todasas transmissões são criptografadas.Além disso, a transmissão de altas car-gas de eletricidade é uma proteção adi-cional.” A criptografia também protegede outros usuários, uma vez que a redeutilizada é única. “As senhas podem seralteradas pelo proprietário, a qualquermomento”, diz Fogtman.

Esse mercado indoor promete mo-vimentar dinheiro mais rapidamente doque as soluções apresentadas pelas con-cessionárias de energia elétrica. A Vi-sualNet entrou no mercado há poucomais um ano e já dispõe de 60 clientes,com uma taxa de crescimento de 30%ao mês. “Teremos mais de cem prédi-os até o final do semestre”, garante Fog-tman. Além do foco residencial, exis-tem campos mais propícios para a ins-talação de sistemas PLC. Castro, daHypertrade, aposta nas vendas nas áreasde segurança para prefeituras que que-rem manter um sistema de monitora-mento das vias públicas e em áreas decomércio. “Os sistemas de vigilânciaatravés de câmeras é um assunto queestá em pauta no país inteiro.”

Já o Hotel Crowne, em São Paulo,disponibiliza conexão banda larga paraos seus hóspedes nos 15 andares doprédio. A recepção possui adaptadoresPLCs que, ligados aos computadoresdos hóspedes, permitem o acesso à Webvia tomada. Isso sem ser necessárioqualquer alteração no laptop do usuá-rio. Cada adaptador PLC possui senha

Conexão com a segurançaOs fios garantem proteção adicional por suportaremaltas cargas e transmitirem dados criptografados

de identificação, o que permite segu-rança para o usuário e para a empresa:o sistema do servidor verifica o tempode navegação e gera um relatório coma conta de utilização da internet.

Sobre a legalização, a Anatel tem seposicionado de maneira a não impor re-gras ao serviço, mas sim à tecnologiausada. “A Anatel homologa e certificaos equipamentos. Para isso, os própri-os fabricantes devem submeter os apa-relhos à avaliação da agência”, explicaCastro. Nesse sentido, o Brasil está se-guindo uma tendência internacional: aFCC, órgão regulador das telecomunica-ções nos Estados Unidos, também libe-rou o serviço. “Eles pensam como nós.Entendem que a tecnologia PLC pode sera solução para universalizar os serviçosde telecomunicações”, diz Castro.

Favorecer a inclusão digital é a gran-de solução para reverter uma situaçãoque tanto incomoda a balança comer-cial brasileira. Tanto Castro, da Hyper-trade, como Pimentel, da Eletropaulo,e Nascimento, da Innovus, foram parao exterior verificar como a tecnologiafuncionava. “Fizemos duas viagens àAlemanha para tomar notas e separar aficção científica da realidade”, diz Ara-nha, da Cemig. O PLC pode ser o ovode Colombo para os países em desen-volvimento inverterem essa rota.

mada para ter acesso à internet ourede local. “Nosso sistema ofere-ce uma configuração que reconhe-ce automaticamente o usuário”, dizFogtman. Mas a velocidade da co-nexão depende das condições dainstalação elétrica, como a qualida-de do material utilizado e a distân-cia entre as tomadas. “Já vi casosabsurdos de má construção elétri-ca, e nessas circunstâncias a co-nexão perde um pouco a qualida-de. O PLC exige uma energia maislimpa”, diz Fogtman.

Ele faz questão de ressaltar quea rede PLC não interfere em ou-tros eletrodomésticos, uma vez queas freqüências utilizadas não sãousadas por nenhum outro aparelho.“O PLC pode conviver pacifica-mente com telefones sem fio, tele-visores e rádios.” Outro mito é quea transferência de dados via redeelétrica pode prejudicar as trans-missões de rádio. “A associação deradioamadores nos Estados Unidosé muito forte e fez a reclamação,mas já se comprovou que não existeo menor perigo”, afirma Pimentel.“Já ouvi que o PLC seria capaz dederrubar avião”, diz.

Fogtman: o PLC exige umaenergia mais limpa

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Na esteira de uma nova tecnolo-gia, sempre existem diversas oportu-nidades, sejam equipamentos e solu-ções para implementá-la, sejam servi-ços para complementá-la e aprimorá-la. No caso de VoIP e wi-fi, a histórianão é diferente, e o Brasil está a pardas evoluções tecnológicas de primei-ra linha nessa área. Em geral, grandesempresas multinacionais desenvolvemo hardware, aplicado por parceirosnacionais, responsáveis pela progra-mação do sistema, na sua maior partemédias e pequenas empresas comoaquelas que criam e oferecem servi-ços para usuários.

O Brasil é o terceiro mercado mun-dial de VoIP para a Avaya, subsidiáriada Lucent, multinacional americanafundada pelo inventor do telefone,Graham Bell. Segundo Carlos Ferrarez,especialista em comunicação da SeprolComputadores e Sistemas, represen-tante da Avaya em Santa Catarina háum ano e meio, até 2008 a tecnologiadominará o segmento corporativo e até

Um conviteaos negóciosEmpreendedores lucram com vendade equipamentos, soluções eserviços para as novas tecnologias

por Alexsandro Vanin

2010 estará disseminada entre usuári-os residenciais. Quem puxa a demandaatual são empresas com mais de umaunidade e em municípios, estados oupaíses diferentes. “VoIP é o maior ad-vento após a internet”.

A tecnologia trará muitos benefíci-os aos seus usuários, principalmente aredução de custos com telefonia, a fa-cilidade de comunicação com as pes-soas e a possibilidade de trabalhar emcasa, situação cada vez mais comumnos dias atuais, justifica Ferrarez. Alémdisso, tanto VoIP quanto wi-fi, por cau-sa da mobilidade proporcionada, resul-tam em aumento da produtividade,acrescenta Cláudio Akira, diretor deTecnologia da Telsinc. Contra essas tec-nologias, há apenas a desconfiança domercado, por causa do desconhecimen-to de seu funcionamento e de suas po-tencialidades, e a necessidade de redi-recionamento de investimentos, no casoa aquisição de equipamentos.

A Telsinc, integradora que em 2004cresceu 20% em relação ao período

anterior, chegando a um faturamentode R$ 30 milhões, espera um incremen-to de pelo menos 13% neste ano. “Asperspectivas de mercado apontam cres-cimento na área de TI em 2005. Nesteperíodo, o segmento deve viver umnovo boom”, diz Rogério Vedovato, di-retor de Marketing. Para atingir o obje-tivo, a empresa concentrará o foco emtelefonia IP, wireless e segurança, e vaiintensificar a presença em eventos dedivulgação e a capacitação e treinamen-to de profissionais.

Segundo Akira, a procura por pro-jetos de VoIP e wi-fi cresceu cerca de70% nos últimos dois anos, o que ren-deu novos clientes como Banco deTokyo, Bristol Myers, Schering, Cyre-la Construtora, Visa Vale e outros. NaDacasa Financeira, em parceria com aCisco Systems, a Telsinc implantou umsistema de telefonia IP que levou a umaeconomia de R$ 5 mil por mês na co-municação entre as 14 filiais e a sede.No serviço de call center o tempo mé-dio de atendimento de chamadas caiu

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de 15 a 20 minutos para 5 minutos, otempo de aprovação de crédito foi re-duzido em 33% e o número de solicita-ções atendidas diariamente triplicou.

Já a W2B, de Florianópolis, traba-lha com equipamentos Furukawa e Pla-net, além de Cisco. Seu projeto maisantigo na área de telefonia IP foi inicia-do há três anos, na Universidade do Sulde Santa Catarina (Unisul), instituiçãoque possui campi em várias cidades doestado e por causa disso tinha um cus-to elevado de ligações interurbanas. Delá para cá, segundo Luiz Fernando Tei-xeira, diretor técnico da W2B, a pro-cura tem crescido exponencialmente.A empresa, uma minioperadora na áreade dados wireless (via radiofreqüên-cia), já implantou sistemas de telefoniaIP em dez empresas da região Sul.

Presença internacionalA força do mercado interno atrai

empresas estrangeiras, e algumas pre-ferem trabalhar diretamente, sem a in-termediação de integradoras, como aSymbol Technologies. A multinacio-nal americana produz equipamentosvoltados para mobilidade corporativa,

em três eixos: captura, transporte egerenciamento de informações. Naponta inicial, direcionada para a au-tomação de força de vendas e para acoleta de campo, os principais pro-dutos são os PDAs profissionais (per-sonal digital assistant, equipamentoportátil que reúne funções de com-putador, telefone celular, fax e nave-gador de internet), que contam comleitor de código de barras, câmerafotográfica e suporte para VoIP.“Além de versáteis, são equipamen-tos robustos e resistentes a quedas,umidade, frio e poeira, situações co-muns para quem está em campo”, dizVanderlei Ferreira, presidente da Sym-bol no Brasil.

Na área de transporte de infor-mações, a Symbol trabalha com astecnologias GPRS, CDMA e, princi-palmente, wireless, produzindo deantenas a switches (aparelho que dis-tribui a conexão) para redes wi-fi.Seu último lançamento é o switchWS 5100, que possui mais de 48portas de conexão e suporta aplica-tivos complexos e um grande volu-me de transferência de dados, idealpara redes com área de coberturaextensa. Segundo Ferreira, esse equi-pamento se adapta especialmente aempresas das áreas de saúde, edu-cação e varejo, ou qualquer outra emque existam necessidades bem espe-cíficas de deslocamento.

O terceiro eixo é o gerenciamento

Nome completo:Vanderlei FerreiraIdade: 42Local de nascimento: São Paulo (SP)Formação: Administração deEmpresas e MBA em Administraçãoe MarketingRamo de atuação: equipamentosde radiofreqüência / wi-fiAno de fundação da empresa: 1976Cidade-sede: Alphaville (SP)Faturamento: US$ 1,7 bilhãoNúmero de funcionários: 52

Symbol Technologies

Nome completo:Carlos FerrarezIdade: 33Local de nascimento: São Paulo (SP)Formação: Administração deEmpresasRamo de atuação: informáticaAno de fundação da empresa: 1982Cidade-sede: São José (SC)Faturamento: R$ 22 milhõesNúmero de funcionários: 110

Seprol Computadores e Sistemas

Ferreira: equipamentos de suporteversáteis e resistentes

Ferrarez: até 2008 a VoIP vai dominar o universo corporativo

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do sistema, que consiste na supervi-são da utilização da rede (como e paraque ela está sendo usada, por exem-plo), na verificação de status da rede(carga da bateria, sinal das antenas,etc.) e no aperfeiçoamento do sistema(download de atualizações). “No Bra-sil, a Symbol é a líder em wirelesscorporativo, porque temos a maiorcobertura implantada em metros qua-drados de redes sem fio”, afirma Fer-reira. O executivo aponta como van-tagens a possibilidade de instalaçãogradual do sistema, a facilidade deconfiguração e reparo dos equipamen-tos, e o custo menor de operação (asredes Symbol trabalham com sistemainterno de PLC). Entre os principaisclientes da empresa estão os maiorescentros de distribuição do país, asprincipais operadoras logísticas e em-

presas de transporte, em que o uso deinfra-estrutura sem fio é fundamentalpara as operações.

Migração diferenciadaMas o segredo de um bom projeto

de implementação de uma nova tec-nologia, na opinião de Cláudio Ferra-rez, especialista da Seprol, está na mi-gração, nesse caso do sistema tradici-onal de telefonia (PABX, por exem-plo), para a VoIP. Para que não hajaperda de qualidade na transmissão – econseqüentemente de sua funcionali-dade –, é essencial que seja feito inici-almente um estudo das necessidadesda empresa e do dimensionamento delinks. “Existem várias marcas e mo-delos de equipamento, por isso é im-portante que se escolha bem a empre-sa que vai fazer a migração, para quesejam escolhidos os produtos e solu-ções que mais se encaixem no perfil enecessidade do usuário.”

A Ziva Tecnologia e Soluções tam-bém oferece soluções de ponta a pontaem VoIP (hardware, software e geren-ciamento) e atua na simplificação daestrutura de redes wi-fi. Para João Car-los Quitério, diretor operacional, é es-sencial que o sistema possa ser ade-quado às peculiaridades de cada clien-te. A Ziva trabalha com equipamentosCisco e 3COM e plataformas Micro-soft, fazendo o gerenciamento e moni-toração do sistema 24 horas por dia,sete dias por semana.

Entre os clientes da Ziva, empresapaulista com pouco menos de dois anosno mercado, está a Empresa Brasileirade Infra-Estrutura Aeroportuária (Infra-ero). Cerca de cem aeroportos – osprincipais do país – estão integradospela tecnologia VoIP, o que permite oaumento do volume de informações,parte de um arrojado plano de moder-nização da infra-estrutura aeroportuá-ria que a Infraero deve empregar nospróximos dez anos. Outra instituiçãopública que utiliza um sistema VoIP é aPolícia Militar do Estado de São Paulo.

Nome completo:Cláudio AkiraIdade: 26Local de nascimento: São Paulo (SP)Formação:Engenharia ElétricaRamo de atuação: informáticaAno de fundação da empresa: 1994Cidade-sede: São Paulo (SP)Faturamento: R$ 30 milhõesNúmero de funcionários: 90

Telsinc Informática

Nome completo: João Carlos QuitérioIdade: 47Local de nascimento: São Paulo (SP)Formação: Ciências da ComputaçãoRamo de atuação:integração em telecomunicaçõesAno de fundação da empresa: 2003Cidade-sede: São Paulo (SP)Faturamento: R$ 12 milhõesNúmero de funcionários: 70

Ziva Tecnologia e Soluções Ltda.

Na área privada, figuram empresascomo a M.Officer e a Microsiga.

Segundo Quitério, tanto VoIP quan-to wi-fi já são tecnologias em fase dematuração, o que propicia a dissemi-nação cada vez maior. Os equipamen-tos estão numa curva descendente decusto, o que barateia a instalação, eos usuários confiam cada vez mais naqualidade e segurança dos sistemas.

Akira: mobilidade permitidaaumenta a produtividade

Quitério: o sistema precisa seradequado a cada clienteD

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Para Luiz Fernando Teixeira, da W2B,a preocupação atual é a interoperabili-dade de sistemas e melhoria perma-nente da segurança (criptografia) e daqualidade do serviço (QoS). A próxi-ma fase é a de criação de valor. “AVoIP, quando utilizada num sistema detelefonia IP, abre um mundo de novasaplicações integradas”, diz Quitério.

É o caso da CanalWest, empresabrasileira criada em 2004 por um gru-po de investidores franceses para ex-plorar o potencial do mercado cres-cente na área de VoIP no Brasil. “2006será um ano-chave para a tecnologia,que superará a qualidade da telefonia

tradicional, e então sua utilização vaiestourar”, diz Cristian Thomas, sócio-proprietário. A CanalWest investe naconquista de clientes em três áreas:importação e exportação, multinacio-nais francesas estabelecidas no país eempresas com abrangência nacional oufuncionários em campo.

A empresa desenvolve soluçõescomo ligações dentro de redes corpo-rativas, telefonia IP (ligações DDD eDDI) e serviços agregados. O IPBX(central telefônica baseada em VoIP)permite auto-atendimento, espera mu-sical, transferência e encaminhamen-to de ligações, voice mail (secretária

eletrônica), redirecionamento de liga-ções para qualquer tipo de telefone(Siga-me), fila de espera e outras fun-ções. Também é possível criar video-conferência, montar um call center eutilizar um número virtual (IPróximo).“São serviços que permitem agilizar acomunicação e os negócios. Esse é oobjetivo da VoIP”, diz Thomas. Alémda redução de custos (as tarifas de li-gações DDD e DDI não superam R$0,20 e equipamentos já instalados po-dem ser reaproveitados) e da versati-lidade do sistema, ele aponta o ganhode imagem da empresa como uma dasprincipais vantagens. Uma micro oupequena empresa, com um investi-mento que pode variar de R$ 1,5 mil aR$ 10 mil – o custo depende do tama-nho da empresa e do número de ser-viços contratados –, por exemplo, pas-sará uma imagem de modernidade eeficiência, na opinião de Thomas.

Segurança públicaA Suntech, empresa que atua na

área de telecomunicações desde 1999e a partir de 2004 iniciou pesquisasna área de VoIP, já investiu US$ 1milhão num sistema de interceptaçãode ligações VoIP. Se empresas priva-das se preocupam com a segurançana transmissão, por outro lado órgãosde segurança pública e justiça tememque grupos criminosos utilizem asnovas tecnologias para manterem suascomunicações invioladas. “Ainda nãoexiste demanda judicial no Brasil, mas

Nome completo:Maurício DobesIdade: 34Local de nascimento: Florianópolis (SC)Formação:Engenharia ElétricaRamo de atuação: telecomunicaçõesAno de fundação da empresa: 1996Cidade-sede: Florianópolis (SC)Faturamento: R$ 5 milhõesNúmero de funcionários: 40

Suntech

Dobes: Justiça teme o uso de novas tecnologias por grupos criminosos

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Nome completo:Luiz Fernando TeixeiraIdade: 37Local de nascimento: Florianópolis (SC)Formação: Engenharia ElétricaRamo de atuação: redes detransmissãoAno de fundação da empresa: 2000Cidade-sede: Florianópolis (SC)Faturamento: não informadoNúmero de funcionários: 7

W2B SA

Nome completo:Cristian ThomasIdade: 43Local de nascimento: Paris (França)Formação:Análise de SistemasRamo de atuação: VoIPAno de fundação da empresa: 2004Cidade-sede: Florianópolis (SC)Faturamento: não informadoNúmero de funcionários: 3

CanalWest

vai existir”, diz Maurício Dobes, di-retor de Negócios. Para ele, isso vaiacontecer quando a utilização de VoIPpassar a ser mais freqüente no mer-cado domiciliar, o que deve ocorrer,na sua opinião, a partir de 2006.

Diante da concorrência estrita-mente internacional, a Suntech apre-senta como diferenciais o custo me-nor e a regionalização da solução.Segundo Dobes, o sistema está adap-tado à legislação, aos costumes e aosprocessos locais. Isso já garantiucontratos com a Motorola, em ope-rações com a Vivo e a Claro, no Bra-sil, e na Argentina, com uma opera-dora local. Os próximos passos sãoo aperfeiçoamento e a padronizaçãoda solução, com vistas à exportação,principalmente para os Estados Uni-dos e a América Latina.

A Suntech tem experiência na áreade segurança, especialmente em tele-fonia celular. A empresa desenvolveuum sistema de localização, o TrackNet, que identifica não apenas a re-gião de onde foi originada a chamada,como também o número do aparelho,tanto pós quanto pré-pago. Como sevê, é possível empreender a partir denovas tecnologias por diferentes vias,desde que se tenha criatividade e com-petência no que se faz.

Linha Direta

Carlos Ferrarez(48) 271-7100Cláudio Akira(11) 5081-9640Cristian Thomas(48) 2107-2728João Carlos Quitério(11) 3365-4410Luiz Fernando Teixeira(48) 324-3006Maurício Dobes(48) 234-0107Vanderlei Ferreira(11) 4133-3100

Thomas: em 2006 a telefoniatradicional será superada

Teixeira: a procura temcrescido exponencialmente

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As vantagensdas mudançasradicaisNovas tecnologias garantem mobilidadealém de redução de custos, o que resultaem aumento da produtividade

por Alexsandro Vanin

A princípio, o que mais chama aatenção das empresas é a possibilida-de de eliminar gastos com telefonia,que em certos casos chega a uma re-dução de 70% após o investimentoinicial em equipamentos e sistema.Mas a mobilidade proporcionada portecnologias como VoIP, wi-fi e PLCé a principal vantagem apontada porespecialistas, o que se reflete na di-minuição da perda de tempo nos pro-cessos e do tempo de resposta degrupos de trabalho, e se traduz emaumento da produtividade da corpo-ração. Isso tem feito que cada vezmais empresas e instituições passema aderir a essas tecnologias.

É o caso do Projeto Piloto VoIP daRede Nacional de Pesquisas (RNP2),que consiste na implantação de um ser-viço de telefonia IP no backbone daRNP2, permitindo que instituições as-

sociadas e suas redes coligadas pos-sam estabelecer comunicação de voz apartir de seus PBXs, telefones IP e es-tações de trabalho (microcomputado-res). Nessa primeira fase, 16 instituiçõesfederais de ensino e pesquisa foram in-tegradas, e o Ministério da Educação(MEC) avalia o plano de inclusão de maisde uma centena de entidades (universi-dades, escolas técnicas e institutos depesquisa), informa Paulo Henrique deAguiar Rodrigues, professor e analistade sistemas da Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ) e coordenadordo Grupo de VoIP Avançado.

A discussão teve início em maio de2002 e o processo de implantação co-meçou em julho de 2004. O Laborató-rio de Voz sobre IP do Núcleo de Com-putação Eletrônica (NCE) da UFRJ fi-cou encarregado do desenvolvimentoda arquitetura e ambiente e da identifi-

cação e solução de problemas técnicos.O grupo desenvolve diversas pesqui-sas sobre a tecnologia, como estruturae engenharia de tráfego, qualidade deserviços (QoS) e autenticação, entreoutras. “O Brasil está par a par comoutros países, não apenas em termosde aceitação da nova tecnologia, mastambém fazendo contribuições, com avantagem de procurar sempre trabalharcom sistemas abertos”, diz Rodrigues.Segundo ele, a experiência brasileiraserve inclusive como modelo para ou-tros países da América do Sul.

Impacto positivoO principal impacto, até o momen-

to, é a flexibilidade, relata Rodrigues.Nos computadores e ramais é possívelfazer ligações interurbanas, e profes-sores e alunos podem facilmente man-ter contato com a instituição mesmo

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estando em outros locais, inclusive noexterior. Na UFRJ, mais de mil núme-ros de telefone IP já foram cadastra-dos (o próprio usuário faz sua solicita-ção no site da instituição) e a rede PBXfoi inserida no sistema, via gateway, oque permite que qualquer ramal possafazer ligações em VoIP.

Caso o projeto de ampliação sejaaprovado, dentro de dois anos todas asinstituições federais de ensino e pes-quisa farão parte da rede VoIP da RNP2,o que resultará numa economia subs-tancial. Segundo Rodrigues, ligaçõesinterurbanas e internacionais represen-tam em média 30% da conta telefônicadessas instituições. Além disso, a con-vergência de dados e voz para o mes-mo meio e equipamentos possibilita aracionalização da infra-estrutura e dosrecursos humanos envolvidos.

A implantação do sistema envolvealgumas etapas. A primeira delas équalificar as pessoas envolvidas emcada instituição, sejam usuários, sejamtécnicos de suporte. O passo seguinteé integrar os PBXs ao backbone daRNP2, por meio de gateways, e de-pois implantar servidores ou gatekee-pers que permitem o uso da telefonia

IP diretamente das estações de traba-lho. No entanto, PBXs em geral sãodifíceis de programar, exigindo técni-cos especializados, e o uso de micro-computadores requer acessórios quepodem ser incômodos aos usuários. Aúltima medida é a distribuição de tele-fones IP, que resolvem os problemasanteriores e permitem distribuir comu-nicados e informações institucionais,acesso a notícias, etc. Segundo Ro-

drigues, são necessários em média trêsmeses para integrar uma instituição.

A Seprol Computadores e Sistemas,de São José (SC), parceira da multi-nacional Avaya, além de integradora,utiliza um sistema de telefonia IP, queintegra a sede à filial de Blumenau (SC)e serve como plataforma para um callcenter com dez posições de atendimen-to. “O resultado é excelente. Os gas-tos com interurbanos foram reduzidospela metade, ampliamos oportunidadesde negócios, o que refletiu num au-mento de 300% nas vendas e com issogeramos mais empregos”, diz CarlosFerrarez, especialista em comunicaçãoda Seprol.

A adoção do sistema permitiu a es-pecialização de áreas dentro da empre-sa. A base do call center de vendas,por exemplo, fica em Florianópolis.Mas quem liga de Blumenau tem sualigação transferida para Florianópolis viaVoIP, e o retorno dos atendentes trans-corre da mesma forma. Já o atendimen-to help desk (assistência técnica remo-ta) tem como base Blumenau, porquelá existem mais profissionais com esseperfil e o processo é o mesmo.

“Essa tecnologia vai ter um impac-to profundo. A VoIP vai estar cada vezmais presente na vida de corporaçõese pessoas”, diz Rodrigues. Mas paraLúcio Antônio Nubile, gerente de Tec-nologia da Informação e Telecomuni-

Nome completo:Lúcio Antônio NubileIdade: 47Local de nascimento: Santo André (SP)Formação: Engenharia Mecânica eMBA ExecutivoRamo de atuação: metalurgia (motores)Ano de fundação da empresa: 1974Cidade-sede: Guarulhos (SP)Faturamento: R$ 1,3 bilhãoNúmero de funcionários: 950

Cummins Brasil

Nome completo: Paulo Henrique deAguiar RodriguesIdade: 53Local de nascimento:Belo Horizonte (MG)Formação:Engenharia Elétrica e mestrado edoutorado em Ciências daComputaçãoInstituição: Núcleo de ComputaçãoEletrônica da UFRJRamo de atuação:tecnologia da informaçãoAno de fundação da instituição:1967Cidade-sede: Rio de Janeiro (RJ)

NCE da UFRJ

Nubile: notebook com acessowireless não é um luxo,mas uma necessidade

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cações da Cummins Brasil, multinaci-onal americana instalada em Guarulhos(SP), ainda falta qualidade no serviço.“É sem dúvida um recurso mais im-portante, mas não adianta apenas sermais barato”, diz. Por enquanto, a com-panhia se restringe à utilização de umarede wireless.

Wi-fi não é luxoNa sede da Cummins Brasil, toda a

área é coberta por uma rede wi-fi e 110notebooks têm acesso a ela. “Um no-tebook com acesso wireless não é umluxo, é uma necessidade importante.Por isso é meta da companhia proveros funcionários com todos os recur-sos possíveis para a melhoria das con-dições de trabalho”, diz Nubile. A em-presa começou a troca de computado-res pessoais por notebooks há uma anoe meio, iniciando com a aquisição de60 aparelhos, e a partir de agora a metaé substituir cerca de 10% dos micro-computadores a cada ano. A soluçãofoi implantada pela Telsinc, responsá-vel pela instalação física (antenas e equi-pamentos) e configurações do sistema.

“A rede wireless nos deu muitamobilidade, ficou tudo mais prático ecom menos limitações de infra-estru-tura”, diz Nubile. Antes, por exemplo,para se fazer uma reunião que necessi-tasse do uso de computadores e inter-net, era preciso se deslocar para umasala específica. Outro exemplo são ostestes de motores realizados ao ar li-vre, geralmente no estacionamento da

Linha Direta

Carlos Ferrarez(48) 271-7100Lúcio Antônio Nubile(11) 6465-9878Paulo Henrique Rodrigues(21) 2598-3165Rubem Dias(48) 239-2224

Nome completo:Rubem DiasIdade: 37Local de nascimento: Salvador (BA)Formação: Engenharia Elétrica, comênfase em ComputaçãoRamo de atuação: energiaAno de fundação da empresa: 2000Cidade-sede: Florianópolis (SC)Faturamento: não informadoNúmero de funcionários: 14

Airgate Telecomunicações Ltda.

empresa. Hoje é possível acompanhá-los com uma estação ao lado, e inserire consultar dados no sistema no pró-prio local, o que antes era impossível.

A mobilidade e flexibilidade pro-porcionada pela rede wireless contri-buiu diretamente para o aumento daprodutividade dos grupos de trabalho.A perda de tempo na realização dosprocessos diminui, assim como otempo de resposta das equipes, quepodem trabalhar com mais informa-ções num período menor de tempo.Segundo Nubile, a infra-estrutura decomputadores pessoais ainda não foisubstituída totalmente por notebookspor causa do alto custo de aquisiçãoe manutenção desses aparelhos, alémdo perigo de roubo. Até o momento,a Cummins Brasil investiu US$ 30 milna rede básica e R$ 1 milhão na com-pra dos notebooks.

Tecnologia do futuroOutra tecnologia que permite uma

maior mobilidade e redução de custos,mas ainda com pouca utilização, é oPLC. Quem estuda o uso dessa solu-ção de comunicação é a Airgate Tele-comunicações Ltda., empresa de Flo-rianópolis que atua no ramo de ener-gia. Para Rubem Dias, diretor-executi-

vo da Airgate, falta ainda a definição deum padrão e estrutura para a dissemi-nação de sua utilização. “É o meio idealpara comunicações, pois utiliza a redeelétrica, que atende todas as empresase praticamente todos os domicílios, masainda está em teste. Será uma realidadedentro de cinco anos.”

A Airgate utiliza PLC em soluçõesde telemetria, para transportar dados desistemas de medição e monitorar con-sumo de energia por consumidores emtempo real. O principal diferencial dosistema desenvolvido pela Airgate emrelação aos seus concorrentes, todosinternacionais, é a sua arquitetura, adap-tada às peculiaridades da rede elétricalocal. Até 2006 a empresa planeja tes-tar o programa em alguns de seus cli-entes, como Tractebel, Enersul, Ce-lesc, Electro e CEE.

Dias: PLC será uma realidadedentro de cinco anos

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Pequenas NotáveisEdição: Alexandre Gonçalves [email protected]

EVENTO

Feiras do Empreendedorrecomeçam em maio

Começa em Brasília, no Parquede Exposição da cidade, entre osdias 19 e 22 de maio, o Circuito daFeira do Empreendedor, evento pro-movido pelo Sebrae há dez anos eque percorrerá as principais cida-des do país (veja o calendário noquadro ao lado).

A feira proporciona aos visitantesa possibilidade de ter acesso a orien-tação empresarial para os que dese-jam abrir o próprio negócio, servi-

Calendário

Brasília (DF) – 19 a 22 de maio

Rio Branco (AC) – julho (não definido)

Palmas (TO) – 10 a 13 de agosto

Macapá (AP) – 24 a 28 de agosto

Goiânia (GO) – 1º a 4 de setembro

Porto Alegre (RS) – 6 a 9 de setembro

Manaus (AM) – 15 a 18 de setembro

João Pessoa (PB) – 5 a 8 de outubro

Rio de Janeiro (RJ) – 6 a 9 de outubro

Cuiabá (MT) – 9 a 13 de novembro

Vitória (ES) – 10 a 13 de novembro

Boa Vista (RR) – novembro (não definido)

São Luiz (MA) – 1º a 4 dezembroNa feira, visitantes têm acesso a orientação e oportunidades de negócios

TOME NOTAPrioridade – Durante a entrega do Prêmio Nacional da Qualidadee Competitividade, no dia 22 de março, em Brasília, o presidente da

República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou quea proposta de Lei Geral das Micro e PequenasEmpresas, que está sendo apreciada pelo Mi-nistério da Fazenda, deverá ter prioridade naCâmara dos Deputados. Lula garantiu que pe-diu ao presidente da Câmara dos Deputados,Severino Cavalcanti, prioridade na apreciaçãoe posterior votação do projeto, uma iniciativaencabeçada pelo Sebrae que tem como priori-

dades a redução da burocracia e a diminuição da carga tributáriapara os pequenos empreendimentos.

A lista dos vencedores está disponível no siteEmpreendedor (www.empreendedor.com.br)

Prêmio – A solenidade de entrega do PrêmioNacional de Qualidade e Competitividade, quecontou com a presença do presidente Luís Iná-cio Lula da Silva, reconheceu o trabalho de 82empreendedores de micro e pequenas empre-sas de 22 estados. Promovido pelo Sebrae e peloMovimento Brasil Competitivo, o prêmio avaliaas ações de melhoria na qualidade da gestão em-presarial que visam a maior competitividade.

ços financeiros, exportação, além datroca de experiência com empresári-os já estabelecidos e oportunidades denegócios nas áreas de comércio, in-dústria, serviços e agronegócios.

No ano passado, quando comple-tou dez anos, a Feira do Empreende-dor contabilizou a participação de 270mil pessoas nos 16 eventos realiza-dos em todo o Brasil – um incremen-to de 104% em relação às sete feirasrealizadas em 2003.

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O espaço da micro e pequena empresa

INICIATIVA

Acordo beneficia micro e pequenas empresasO Sebrae e o Banco do Nordeste

vão atuar ainda mais unidos em proldos pequenos negócios. É isso o queprevê a Carta de Fortaleza, assinadapelas duas instituições e divulgada noencerramento da II Conferência Ban-co do Nordeste/Sebrae, realizada emFortaleza, entre os dias 16 e 18 de mar-ço. A Conferência serviu para que dire-tores, superintendentes, gerentes e téc-nicos das duas instituições pudessemdebater e trocar informações e experi-ências que possam gerar maior quali-dade e eficácia no trabalho de ambas.

O compromisso firmado pelo Sebraee pelo Banco do Nordeste vai beneficiarpequenos negócios de nove estados daregião, mais os nortes de Minas Gerais eEspírito Santo, que formam a área de atu-ação do banco. Entre as prioridades es-tabelecidas pelas duas instituições estaráo atendimento diferenciado às empresasque fazem parte dos chamados ArranjosProdutivos Locais (APLs). Dessa forma,Sebrae e Banco do Nordeste esperamreduzir especialmente os custos do aces-so das micro e pequenas empresas a ser-viços financeiros, incluindo o crédito.

Paulo Okamotto, presidente do Sebrae, e RobertSmith, presidente do Banco do Nordeste, duranteo lançamento da publicação sobre APLs

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Publicação traz raio X sobre APLsNa abertura da II Conferência , aconteceu o lança-

mento da revista Arranjos Produtivos Locais – soluçõescoletivas para o acesso a serviços financeiros. Editadasob a coordenação da Unidade de Acesso a Serviços Fi-nanceiros do Sebrae, a publicação traz um panorama so-bre APLs como o de móveis em Ubá (MG) e Paragomi-nas (PA); de confecções em Nova Friburgo (RJ), Tobi-as Barreto (SE) e Jaraguá (GO); e de couro e calçadosem Campina Grande (PB). A revista inclui ainda matéri-as sobre o trabalho desenvolvido por parceiros do Se-brae na área de acesso a serviços financeiros, como Ban-co do Nordeste, Banco da Amazônia, Banco do Brasil,Caixa Econômica Federal e o Bradesco. A publicação estádisponível para download no seguinte endereço:www.sebrae.com.br/br/download/revista_apl.pdf

Carta de FortalezaAs direções, superintendências, gerências e quadros técnicos do Banco

do Nordeste e do Sebrae de todo o Nordeste, de Minas Gerais e EspíritoSanto estiveram reunidos no Centro de Treinamento do BNB, em Forta-leza, nos dias 16, 17 e 18 de março, com o firme propósito de promovero intercâmbio e debates de informações estratégicas e operacionais emprol do desenvolvimento de ações integradas e convergentes.

Durante a Conferência, foram abordados temas de interesse comume de vital importância para a melhoria da competitividade e desenvol-vimento dos pequenos negócios na região e discutida a visão estratégi-ca das instituições sobre desenvolvimento local, regional e setorial, al-mejando o alinhamento de ações para o próximo biênio. Os mais de 150participantes da Conferência manifestam, por meio desta carta, os se-guintes compromissos:

1 – Multiplicar as informações e produtos dessa conferência juntoaos seus superiores, pares, subordinados e parceiros institucionais;

2 – Construir um conjunto de ações comuns, visando o provimentode soluções compartilhadas em nível local, principalmente no que tan-ge aos temas tratados nessa Conferência;

3 – Priorizar a ação em aglomerados de empresas, nos seus maisdiferentes formatos e possibilidades.

O Banco do Nordeste e o Sebrae reiteram a importância do apoio àsmicro e pequenas empresas como estratégia de desenvolvimento regio-nal, confiantes que a cooperação entre as instituições será um impor-tante instrumento para fomentar e fortalecer o segmento.

Fortaleza, 18 de março de 2005.

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Ferramentas de TI, softwares de gestão efinanceiros, intranet ou extranet. Tem de tudono franchising para manter a padronização egarantir bons resultados em toda a rede

Na ponta,tecnologia

Ano IV - Nº 44

A rapidez da evolução das ferra-mentas de gestão torna-se um dife-rencial do franchising em relaçãoaos outros negócios, afinal o queocorre geralmente é que as unida-

des continuam trabalhando a todovapor enquanto o franqueador vaidetectando as novas necessidades ebuscando tecnologias para aprimo-rar vários aspectos da empresa, seja

100% Vídeo:sistemas

interligadosnas lojas, na

internet e nafranqueadora

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comunicação, gestão financeira eadministrativa ou mesmo treinamen-to e padronização.

Quando se faz parte de uma redede franquias a comunicação entre osenvolvidos, em especial entre fran-queador e franqueado, é uma das cha-ves para que o seu funcionamento sejadinâmico e com a engrenagem “azei-tada”. Saber o que ocorre na ponta,na unidade que lida diretamente como consumidor e em qualquer parte dopaís, é fundamental para que a redese sinta envolvida e possa transferir,não só problemas, mas também ex-periências de sucesso.

Além de convenções regionais ounacionais, realizadas semestralmenteou anualmente por grande parte dasredes, e apontadas como os fórunsde troca de dados, é preciso que ofranqueador consiga estar presente nadificuldade do dia-a-dia, seja atravésde orientação de consultores via in-ternet ou intranet, seja com softwa-res de gestão que apontam as falhasna hora ou mesmo com a realização

de pequenas reuniões com franquea-dos on-line.

Na rede 100% Vídeo o processode implantação de novas ferramentasé constante porque a empresa sempreteve consciência da importância daTecnologia de Informação (TI) parafacilitar tanto a gestão das lojas da redequanto a gestão da franqueadora, pro-movendo assim uma maior aproxima-ção e troca de informações entre osfranqueados e facilitando a gestão doknow-how pela franqueadora.

Em 2001 a franquedora iniciou umprojeto de desenvolvimento de sof-tware para mudar mais profundamen-te a gestão da operação nas unidades,já que naquela época o único softwa-re utilizado nas lojas da rede era oPódium, desenvolvido com tecnolo-gia da década de 80. Havia tambémum projeto incipiente de ter uma ex-tranet, e a gestão da franqueadora eraainda baseada em planilhas eletrôni-cas comuns.

Agora, quatro anos mais tarde, oprojeto evoluiu a ponto de tornar-se

um verdadeiro sistema de gestão ba-seado em bancos de dados distribuí-dos. Ou seja, esse sistema integra osoftware de gestão das lojas, o Cine-master, o portal da rede na internet(www.100video.com.br), a extranetutilizada pelos franqueados e geren-tes das lojas e ainda o software degestão interna da franqueadora, o100% Resultados. “Todos esses sis-temas são interligados através de ban-cos de dados relacionais que ficamnas lojas, na internet e na franquea-dora, e que conversam ativamenteentre si”, explica Eduardo Baldino,gerente de Franchising.

A diretoria da 100% Vídeo diz queo Cinemaster levou mais de dois anospara ser desenvolvido e é hoje o maisavançado software de gestão de vi-deolocadoras no país e, possivelmen-te, na América Latina. É o primeiroe único software do gênero a rece-ber homologação para utilização deTEF (Transferência Eletrônica deFundos) no Brasil.

O software permite que o fran-queado administre a sua loja 100%Vídeo aliando o know-how da fran-queadora com a sua própria experi-ência empresarial, com flexibilidadee agilidade na tomada de decisões.“Além de oferecer toda a facilidadepara geração de relatórios de análisegerencial, o sistema permite que ousuário crie seus próprios relatóri-os, salve o ‘esqueleto’ desses rela-tórios e o compartilhe de forma au-tomática com as outras lojas da rede.Assim, caso um franqueado desen-volva uma nova maneira de analisarum certo aspecto de seu negócio, elepode rapidamente distribuir esse co-nhecimento e todos se beneficiam”,afirma Baldino.

Além disso, a interligação do Ci-nemaster com o Banco de DadosCentral possibilita centralizar os pe-didos de compras de filmes de todasas lojas da rede, fazer atualizaçõesautomáticas do sistema sem neces-sidade de instalar novos software ou

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Giraffa’s: extranet permite acompanhar consultoria e supervisão das lojas

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de parar a operação das lojas, com-partilhar informações sobre clientes-problema e até comparar vários da-dos de desempenho de grupos delojas da rede. O franqueado não temmais o trabalho de cadastrar os no-vos títulos que chegam todo mês,pois isso é centralizado e os dadossão automaticamente distribuídospara todas as lojas.

A integração do Cinemaster comos outros sistemas através dos ban-cos de dados significa que esses da-dos são utilizados no site, na extra-net e no sistema interno da franquea-dora, permitindo que a consultoria decampo realize um trabalho ativo deacompanhamento do desempenho daloja. Conseqüentemente, a franquea-dora ajuda o franqueado a planejarsuas compras, a medir os seus resul-tados e a traçar e alcançar metas decrescimento.

Na rede de restaurantes Giraffa’so processo de implantação de novasferramentas está em andamento. Aocriar uma extranet – um meio de in-formação com franqueado, fornece-dores e parceiros e onde todas as in-formações referentes à marca circu-lam na rede, em tempo real –, a em-presa teve a possibilidade de criar ummódulo que vai permitir acompanhara consultoria e a supervisão das lo-jas, para poder saber onde estão ospontos fortes e os fracos, por re-gião, por unidade ou por franquea-do. “Ao completar os dados do che-ck-list, o consultor subsidia o siste-ma que possui os indicadores dequalidade definidos por nós e assimtemos relatórios mensais de comoestá a evolução de cada unidade”,conta Cláudio Miccieli, diretor-exe-cutivo da rede Giraffa’s.

A intenção do franqueador é di-namizar a comunicação entre todos,oferecer novas ferramentas de su-porte, além de criar um histórico darede. “Na extranet temos possibili-dades de interagir, com fóruns dediscussão e salas de bate-papo, e ain-

da mantemos os manuais, o acervoda franquia, documentos e tambémnotícias em tempo real que interes-sam franqueados, fornecedores, par-ceiros”, explica Miccieli.

Decisões rápidasSão várias as redes de alimentação

que têm apostado em informações ge-renciais para definir estratégias de ven-da, de lançamentos e até de marketing.Através de relatórios e de númeroscentralizados, as franquias decidemações localizadas e promoções espe-ciais ou a próxima campanha da mar-ca. A rede Spoleto de restaurantes deculinária italiana implementa um siste-ma informatizado para integrar as maisde cem lojas no Brasil e centralizar osdados recebidos. A meta é finalizar oprocesso até o final deste ano. Comforte presença no mercado de food-service, o SnackControl destaca-sepor oferecer o módulo Multiloja. “Te-mos agora um controle mais efetivo

sobre os restaurantes, com os dadosconsolidados via internet. Isso permi-te saber quais são os produtos commelhor receptividade em cada região,as prioridades e a melhor estratégiapara alcançar os resultados desejados”,garante Luiz Calçada, gerente de In-formática do Spoleto.

Com relatórios em mãos, a redeprograma lançamentos de produtos deacordo com a demanda de cada re-gião e tem melhores condições de tra-çar uma estratégia de divulgação. “Seo software indica que uma promoçãonão trouxe o retorno esperado emdeterminada região, a informação épassada para a área de marketing, quedesenvolve uma ação específica parareverter o problema. E, como o sis-tema oferece atualizações diárias, osajustes podem ocorrer com muita ra-pidez”, afirma Calçada.

Márcio Blak, consultor em auto-mação comercial e responsável peloSnackControl, explica que a solução

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Miccieli: relatórios mensais de como está a evolução de cada unidade

TotalFranquia

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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Linha Direta

100% Vídeo(19) 3234-7444Giraffa’s(61) 2103-1800SnackControl(21) 2223-0502Spoleto(21) 2494-7006

não consiste apenas na centralizaçãode informações, mas também na au-tomação dos pontos-de-venda, nocontrole de estoque e na gestão fi-nanceira de cada restaurante. Trazbenefícios, portanto, para o franque-ado e para o franqueador. “A procurapor soluções tecnológicas customiza-das para o gerenciamento do negóciocresce na mesma medida em que au-menta a concorrência no setor”, diz.

Esse mesmo sistema automati-za e gerencia os procedimentos dequase 400 lojas do Bob’s e das re-des Rei do Mate, Vivenda do Cama-rão, Burgão, Bonaparte, Donatário,Premiatto Express e Cremeria Nes-tlé. Também é responsável pelo con-trole das lojas de alimentação e be-

Quem opera atrás do balcão ouna mesa do escritório é fundamentalpara que as tecnologias desenvolvi-das funcionem e sejam bem utiliza-das. Cada vez mais as empresas têmconstatado que qualidade, produtivi-dade e competência estão intrinseca-mente ligadas ao ser humano e que éele o responsável por manter e atéelevar os níveis dos resultados emqualquer organização. Por isso tem-se constatado uma busca de meca-nismos que visem a conhecer os po-tenciais dos recursos humanos e des-sa forma otimizar os investimentosem desenvolvimento e criar políticasde retenção de talentos.

A consultoria especializada emfranchising Vecchi & Ancona, juntocom a PCF Consultores, estão utili-zando o que eles batizaram de Análisede Perfil Comportamental Profissio-nal (APCP), que tem demonstrado seruma ferramenta de alta confiabilida-de, agilidade e baixo custo para sub-sidiar decisões estratégicas nas em-presas. A análise é feita através de si-

tuações operacionais práticas, sendo oposicionamento pessoal do analisado in-dicado pela escolha de níveis de con-cordância ou discordância para cadauma delas. As situações estão coloca-das de forma que o analisado não per-ceba o que se espera como sua respos-ta, garantindo assim que a análise se façaa partir de seu real posicionamento pro-fissional, sem mascaramentos.

Os mentores do produto acredi-tam que o perfil comportamental pro-fissional revelado pela ferramenta, eque reflete uma situação de realidadede cada profissional, permite à em-

E os recursos humanos?presa, através dos gaps identifica-dos, ações de investimento indivi-dualizadas em função do resultadoorganizacional a ser alcançado.

Tal ferramenta é voltada especi-almente para análise de profissionaisque atuem em funções que exijamsupervisão ou gerenciamento de pes-soas, tarefas e responsabilidades,como gerentes, supervisores, ana-listas e atendentes, vendedores eequipes comerciais, franqueados,entre outros.

Trata-se de uma solução de rápi-da resposta, com realização via in-ternet e de total sigilo, através da açãode um gerenciador do processo. Osconsultores da Vecchi & Anconaapontam entre os benefícios dessaanálise a determinação de grupos ho-mogêneos para treinamento, reduzin-do custos e tempo dos programas,além de garantir uniformidade nosprocessos de seleção, pela elimina-ção da subjetividade da análise e pa-dronização das características anali-sadas. www.apcp.com.br

bidas dos parques temáticos HopiHari e Playcenter, da rede UCI deCinemas, dos restaurantes da cadeiaatacadista Makro e das cafeterias doAtacadão. Está presente em quase4 mil pontos-de-venda em todo opaís, incluindo bares, restaurantese casas noturnas.

Márcio Blak: a procura aumentade acordo com a concorrência

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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6060606060Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: [email protected]

Universidade parceira

A rede de lavanderias QualityCleaners está inaugurando seis no-vas unidades em menos de dois me-ses, somando 32 unidades. Há seisanos no país, a empresa comemora aexpansão e reforça os seus principaisdesafios: enfrentar a forte concorrên-cia e transformar a operação brasilei-ra em uma das mais significativas damarca no mundo. A empresa, de ori-gem americana, expandiu sua atua-ção para outros países a partir de1990. Atualmente, são mais de 300

Serviços expressos Consertos e reparos em roupas é um

bom negócio. A rede de lojas Linha &Bainha, um atelier de costura que fazdesde pequenos reparos, como coloca-ção de botões, até ajustes e reformas empeças de vestuário, inagura neste mêsnovas unidades em Itaim e Higienópolis(na cidade de São Paulo), Curitiba e San-tos. Um dos segredos da rede é o baixocusto da franquia, mas também a poucaconcorrência nesse setor. Na parte es-trutural, as unidades da Linha & Bainhaocupam um espaço entre 35 m² e 70 m²de área e têm como investimento inicial,aproximadamente, R$ 70 mil, que incluitaxa de franquia, maquinário, softwaresde gestão, estoque inicial, material de co-municação e merchandising, mobiliário,luminoso e todo o treinamento inicial. Afranqueadora ainda fornece todo o equi-pamento, desde computadores e softwa-res de gestão até embaladoras e máqui-nas de costura importadas, desenvolvi-das exclusivamente para a Linha & Bai-nha. (11) 3253-0555

A rede de idiomas CNA e algu-mas universidades de Minas Ge-rais estão formando parcerias parabeneficiar alunos e funcionáriosdas instituições. Com o Centro Uni-versitário da Fundação Educacio-nal Guaxupé (Unifeg), por exem-plo, foi acertado incluir na gradecurricular do curso de ComércioExterior aulas de inglês e espanhol,fundamentais para a profissão.

As aulas, que têm seu valoragregado à mensalidade do cur-so, serão ministradas por profes-sores do CNA e utilizarão tambématividades extras como música,filmes, aulas externas e plantão dedúvidas para auxílio dos alunosque encontrarem dificuldades. Aosalunos basta apenas a compra do

material didático da rede, que, aofinal do curso de Comércio Exte-rior, entregará a eles seus certifi-cados de conclusão CNA. Segun-do Luis Fernando Penteado, fran-queado CNA em Guaxupé, a uni-dade foi procurada pela universi-dade “devido ao alto nível de suametodologia, o que coincidiu comas necessidades e interesses dainstituição”.

A parceria futuramente poderáser estendida aos demais cursos,inclusive de pós-graduação. Outrasparcerias também estão sendo tes-tadas e para Silvio Montesanti, co-ordenador de Convênios da rede,isso reforça a marca CNA junto àscomunidades nas quais está inseri-da. (11) 3053-3803

Pão de queijo na ruaAs redes de supermercados do Sul

do país estão nos planos da rede de ali-mentação Casa do Pão de Queijo. Aempresa está lançando no varejo da re-gião a sua nova linha de produtos commarca própria. É uma nova forma defazer chegar seus produtos ao consu-midor, já que sempre foram vendidosatravés de franquias e lojas próprias.Além dos supermercados, a negocia-ção inclui outros pontos de comércio,como locadoras de vídeo e postos degasolina. “A população adora pães e esteé um jeito prático de saborear nossosprodutos”, justifica Alberto CarneiroNeto, diretor da Casa do Pão de Quei-jo. Tal prática só estava implantada noSudeste. Os três estados do Sul devemrepresentar cerca de 25% do fatura-mento da rede, que deve chegar a R$10 milhões em 2005.www.casadopaodequeijo.com.br

unidades em diversos países, comoVenezuela, México, Itália, Porto Rico,Peru, Costa Rica e Argentina.

Em todos eles, a rede de lavanderiaexpressa Quality Cleaners adota em suaslojas os conceitos de rapidez, qualidadee economia, nos serviços de limpeza aseco e a água. Por dentro das tendênci-as internacionais, a rede investiu na ino-vação dos processos, utilizando maqui-nários de última geração, que eliminamqualquer possibilidade de agressão aomeio ambiente. (11) 3253-0555

Marca em expansãoD

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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A rede de locação de veículos YesRent a Car comemora o seu décimoaniversário e já é a quarta empresa noranking de locação de carros. Todosos anos a rede promove um encontronacional com os franqueados e agoraem 2005 o encontro será especial, poisvai comemorar o aniversário da em-presa e discutir e traçar novos cami-

NO

VAS

RED

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Chancela daacademia

A rede Ecodry, Centro de EstéticaAutomotiva, recebeu o prêmio Méritoem Educação e Trabalho – 2004 na ca-tegoria Inovação, conferido pela EscolaSuperior Candido Mendes aos melho-res planos de negócio e marketing apre-sentados no decorrer do ano. O planode marketing elaborado por Erika Bar-reto, Kátia Vieira, Luís Cláudio Marques,Ronaldo Oliveira e um dos sócios daEcodry, Wilson Martins Filho, tevecomo tema o lançamento da EcodryFranchising. “Apesar da grande procu-ra de candidatos pelo nosso negócio,respeitamos muito a estratégia de expan-são indicada no plano de marketing, naqual não iremos para regiões mais afas-tadas sem antes consolidarmos nossarede ao nosso entorno, influenciandodiretamente na velocidade de crescimen-to, já que a oferta de pontos na cidadedo Rio de Janeiro é escassa”, afirmaMartins Filho. Hoje são dez unidades ea expectativa é abrir outras 15 até o fi-nal do ano. linha direta

TRÊS MODELOSA franquia da Ecodry está disponível em

três modelos: o mobile, em que o própriofranqueado executa os serviços de estéti-ca automotiva; o corner, que é adequadopara locais com baixo fluxo de veículos; eo store, caracterizado por unidades insta-ladas em estabelecimentos com grande flu-xo de carro. O mobile e o corner precisamde uma área de 25 m2, e o store demandauma área a partir de 60 m² e uma equipeinicial de cinco esteticistas.

A REDE OFERECE:– suporte na escolha do ponto;– treinamento e manuais de franquia;– projeto arquitetônico e software

operacional;– coaching que acompanhará o franqueado

durante os primeiros dias de operação;– treinamentos de reciclagem regulares

para o franqueado e sua equipe;– consultores de campo.

INVESTIMENTO:– varia de R$ 7.500 (modelo mobile) a

R$ 43.500 (modelo store).

Nilson Marques,diretor da BonGrillê, rede de fastfood de grelhados,conta os bons re-sultados de ter sor-teado uma franquia no reality showde maior audiência do país.

Como foi a decisão de sortear umafranquia que já está em funcio-namento para um dos confinadosno Big Brother Brasil?

Nilson Marques – A ação iniciou-se com a idéia de divulgarmos comforça e nacionalmente a marca BonGrillê, que, apesar de conhecida e deter a qualidade dos pratos como refe-rência, precisava fazer algo inusitadoao completar dez anos de existência.

Outras ações paralelas foramrealizadas?

Nilson Marques – Em todas as51 unidades colocamos bannerscom perguntas se aquela seria a fran-quia sorteada no BBB.

TOMA LÁ, DÁ CÁ Um prêmio desse nível certamen-

te causou espanto entre os espec-tadores. Como foi a reação nasunidades?

Nilson Marques – Do dia que foiao ar a gravação do sorteio até trêsdias depois, houve um aumento mé-dio de 30% no faturamento das fran-quias. O site recebeu 19 mil visita-ções no dia seguinte, quando o nor-mal é menos da metade. O efeito con-tinua, e ainda é cedo para mensurar.

O que mais pode ser consideradode positivo?

Nilson Marques – O fato de osparticipantes terem elogiado a co-mida, terem gostado e falado issopara todo o Brasil. Além disso, opróprio sistema de franchising foidivulgado, já que o ganhador(Sammy Ueda) recebeu treinamen-to ali mesmo na casa do BBB, re-velando os conceitos de uma redee os benefícios que uma marca compadrões de qualidade pode dar aofranqueado.

nhos. O encontro ocorrerá nos dias27, 28, 29 e 30 de abril e 1º de maio,em Porto Seguro (BA), começandocom uma retrospectiva da trajetória dalocadora e prosseguindo com palestrasespeciais e prêmios para os franquea-dos que se destacaram ao longo do per-curso que permitiu a consolidação darede. www.yes-rentacar.com.br

10 anos de locação

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ABFFranquia

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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No último dia 10 de março, Ar-tur Grynbaum, presidente da ABFe vice-presidente da rede O Boti-cário participou em Brasília de en-contros com o presidente do Se-nado, Renan Calheiros, e com opresidente da Câmara dos Deputa-dos, Severino Cavalcanti, para tra-tar de assuntos de interesse do va-rejo e do franchising.

As reformas judiciária, trabalhistae tributária foram os principais assun-tos em pauta na reunião com o sena-dor Renan Calheiros. No jantar como deputado Severino Cavalcanti, alémdo tema “reformas”, outro assuntobastante discutido foi a rejeição àMedida Provisória (MP) 232.

No próximo dia 28 de abril, a ABFrealizará no Buffet Rosa Rosarumuma grande festa na qual serão anun-ciados os vencedores da 11ª ediçãodo Prêmio ABF Destaque Franchisinge os nomes dos franqueadores chan-celados com o Selo de Excelência emFranchising, referente ao desempe-nho no ano de 2004.

O Prêmio ABF Destaque Fran-chising será conferido a cincocategorias – Franqueador, Franque-ado, Jornalismo (Jornal e Revista),Trabalho Acadêmico e Parceiro doFranchising –, visando a prestigiare reconhecer o esforço dos premia-dos pelo fortalecimento e crescimen-to do franchising no país.

O Selo de Excelência em Fran-chising, por sua vez, será entreguea 55 redes de franquia. Nessa edi-

ção, a ABF registrou um aumento de20% no número de franquias interes-sadas em obter a chancela, em rela-ção ao ano anterior.

“Os critérios para a chancela do Selosão aprimorados a cada ano e as redestambém demonstram um interesse cadavez maior de profissionalizar sua per-formance”, afirma Ricardo Camargo,diretor-executivo da ABF.

A expectativa é de reunir cerca de400 pessoas ligadas ao mercado defranchising nacional.

ABF reúne elite do franchisingem evento no Rosa Rosarum

Artur Grynbaum participa de audiência comos Presidentes da Câmara e do Senado

Como representante das redesfranqueadoras e dos franqueados,Artur Grymbaum sugeriu ao gover-no maior apoio para as pequenas emédias empresas. O presidente daABF ressaltou que o sistema de fran-chising é, hoje, um importante pilarda economia nacional, pela geraçãode empregos, treinamento de mão-de-obra, descentralização da econo-mia, entre outras características.

Um dos compromissos da ABFcom seus associados é inserir o fran-chising no debate nacional e fazercom que o setor seja ouvido pelo Po-der Público como representante doempreendedor brasileiro e dos peque-nos e médios empresários.

Anote em sua agenda: Jantar ABFLocal: Espaço Rosa RosarumEndereço: Rua Francisco Leitão, 416 – PinheirosData e horário: 28 de abril, a partir das 20hInformações e inscrições ligue para o Depto. de Eventos da ABF no tel.: (11)3814-4200, ramais 17 e 24, ou envie uma mensagem para [email protected].

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treina-mento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto

PBF Inglês e EspanholNegócio: Educação/Ensino de Idiomas

Tel: (11) 5084-1924/Fax: (11) 5084-8882 [email protected]/www.pbf.com.br

1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties.2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30

anos de experiência e tradição.3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio,

totalmente atual e comunicativo.4. A PBF forne-

ce suporte em to-das as áreas, daadministrativa àpedagógica.

5. A PBF traba-lha para você cres-cer sem parar!

Nº de unidades: 223Áreas de interesse: Todo o BrasilApoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OMTaxas: 30% pool propaganda sobre compra de livroInstalação da empresa: a partir de R$ 40 mil (de-pendendo do tamanho da cidade)Capital de giro: R$ 10 milPrazo de retorno: 18 a 24 mesesContato: Departamento de Franquias

WorktekNegócio: Educação & Treinamento

Telefone: (19) [email protected]

www.worktek.com.br

A Worktek Formação Profis-sional faz parte do ProAcade-mix, maior grupo educacionaldo Brasil detentor das marcasWizard, Alps e Proativo. Trata-se de uma nova modalidade defranquias com o objetivo depreparar o jovem para o pri-meiro emprego ou adultos quebuscam uma recolocação no mercado de trabalho.

São mais de 30 cursos, entre eles, Office XP, Web Designer,Digitação, Curso Técnico Administrativo (C.T.A.), Montagem eManutenção de Computadores, Secretariado, Operador de Te-lemarketing, Turismo e Hotelaria, Recepcionista e Telefonista,

Marketing e Atendimento aoCliente.

Entre os diferenciais daWorktek está a qualidade domaterial e do método de en-sino, além do comprometi-mento com a recolocação quevai além das salas de aula atra-vés do POP, Programa deOrientação Profissional.

Conquiste sua independência financeira!

Nº de unidades próprias e franqueadas: 70Áreas de interesse:: BrasilApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR,PF, FI, EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FMTaxas de Franquia: entre R$10 mile R$ 25 milInstalação da empresa: a partir deR$ 30 milCapital de giro: R$ 15 milPrazo de retorno: 36 mesesContato: Artur José Hipólito

Móveis EvolukitTel.: (11) 5505-1703

[email protected]

Com dinamismo e pratici-dade, a Evolukit possui umsistema exclusivo de mon-tagem que possibilita opróprio cliente montar epersonalizar os móveis, deacordo com sua necessida-de e preferência.Atualmente a Evolukit contacom uma fábrica de 2400 m2, uma rede de sete lojas instala-das exclusivamente no Estado de São Paulo, produção anualde cerca de 200.000 peças, além da revenda de acessóriospara casa e escritório.

Faça parte desta famí-lia! Acesse nosso sitee preencha o cadas-tro para maiores in-formações.

Nº unidades: 3 pr. e 4 frqÁrea interesse: BrasilTaxa de Franquia: A partir de 30 milContato: Coord. de Franchising

Da Europapara o Brasil

Vincent H. DucarmePres. da Evolukit móveis

ZetsNegócio: telefonia celular e aparelhos eletrônicos

Tel: (011) 3871-8550/Fax: (011) [email protected]

www.zets.com.br

Tenha uma loja em sua mãoA Ezconet S.A. detentora da

marca Zets é uma empresa de tec-nologia e distribuição de telefoniacelular e aparelhos eletrônicos que,através de um sistema revolucioná-rio denominado “BBC” (business tobusiness to consummer) agrega novosserviços e valores a cadeia de distri-buição. Realiza a integração entre ocomércio tradicional e o comércio virtual, fornecendo soluções com-pletas de e-commerce e logística para seus parceiros.

Franquia Zets: Foi criada com a finalidade de disponibilizarpara pessoas empreendedoras a oportunidade de ter um negóciopróprio com pequeno investimento, sem custos de estoque, semriscos de crédito, sem custos e preocupação com logística. ComoFunciona: O Franqueado tem a sua disposição uma loja virtualZets/Seu Nome, para divulgação na internet, vendas direta, cata-logo, montar uma equipe de vendas, eventos, grêmio. QuaisProdutos são comercializados: Celulares e acessórios para

celulares, calculadoras, telefo-nes fixos, centrais telefônicas,acessórios para informática, ba-terias para filmadoras, bateriaspara note-book e câmeras digi-tais, pilhas, lanternas, filmespara maquina fotográfica, car-tuchos para impressoras, etc.A franquia estuda a inclusão denovos produtos.

Nº de unidades próp. e franq.: 20Áreas de interesse: BrasilApoio: PP, TR, OM, FI, MPTaxa de Franquia: R$ 5 milInstalação da empresa: R$ 1.500,00Capital de giro: R$ 5 milPrazo de retorno: 6 a 12 mesesContato: Shlomo Revi([email protected])

FRANQUIAS EM EXPANSÃO

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treina-mento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto

AlpsNegócio: Educação & Treinamento

Telefone: (19) [email protected]

www.alpschool .com.br

Oportunidade de sucessoRede em ampla expansão

Lançada em maio de 2001, a Alps fazparte do grupo ProAcademix, tambémdetentor das marcas Wizard eWorktek. Atualmente, ela é a rede defranquias de idiomas que mais cresceno Brasil, com 101 unidades espalhadaspor todo o país.

O sistema Alps de ensino conta com metodologia desenvolvi-da nos Estados Unidos que utiliza avançadas técnicas de neurolin-güística, em que o aluno é estimulado a desenvolver as quatrohabilidades fundamentais para se comunicar na língua inglesa:conversação, compreensão auditiva, leitura e escrita. Assim, oaprendizado é feito de forma natural, rápida e permanente.

A Alps conta com know-how administrativo e comercial, atra-vés de um sistemaexclusivo de ensino,e dá assessoria na se-leção do ponto co-mercial, na adequaçãodo imóvel e na im-plantação e operaçãoda escola.

Nº de unidades próp. e franq.: 101Áreas de interesse: América Latina, EstadosUnidos, Japão, EuropaApoio: PA, PP, PO, OM, TR, FI, PNTaxas: R$ 10 mil (franquia) e R$ 12,00 porkit (publicidade)Instalação da empresa: R$ 20 mil a R$ 40 milCapital de giro: R$ 5 milPrazo de retorno: 12 a 18 mesesContato: Ivan Cardoso

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treina-mento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto

A Wizard Idiomas é amaior rede de franquias nosegmento de ensino de idiomas* do país.

Atualmente, são 1.221 unidades no Brasil e no exterior quegeram mais de 15 mil empregos e atendem cerca de meio mi-lhão de alunos por ano.

A Wizard dispõe de moderno currículo, material altamentedidático com proposta pedagógica para atender alunos da educa-ção infantil, ensino fundamental, médio, superior e terceira ida-de. Além de inglês, ensina espanhol, italiano, alemão, francês e

português para estran-geiros. A Wizard étambém pioneira noensino de inglês emBraille.

* Fonte: AssociaçãoBrasileira de Franchi-sing e Instituto Fran-chising.

WizardNegócio: Educação & Treinamento

Telefone: (19) [email protected]

www.wizard.com.br

Sucessoeducacional eempresarial

Nº de unidades: 1.221 franqueadasÁreas de interesse: América Latina, EUA eEuropaApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI,EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FMTaxas de Franquia: entre R$10 mil e R$ 32 milInstalação da empresa: a partir de R$ 50 milCapital de giro: R$ 15 milPrazo de retorno: 24 a 36 mesesContato: Alberto Campos

Prosperidadecerta

A Zelo é uma empre-sa brasileira destinada asolucionar e integrar osdiversos serviços de ter-ceirização prestados aopatrimônio de uma esco-la, shopping, hotel, hos-pital, indústria, condomí-nio, ou residência. Atra-vés de um projeto base-ado na experiência demais de 20 anos de seucorpo técnico, pioneirona implantação do concei-to de performance emserviços de limpeza e naimplantação de franquiade serviços no Brasil. AZelo busca a melhor mãode obra, capacitando-acom o treinamento maisadequado a necessidadeda cada cliente seu.

Nº de unidades próprias e franquadas: 35Áreas de interesse: Estado de São Paulo eRio de JaneiroApoio: MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN, SPTaxa de Franquia: R$ 20 milInstalação da empresa: R$ 10 milCapital de giro: R$ 20 milPrazo de retorno: 18 a 24 mesesContato: Sr. Eladio Cesar Toledo

Zelo ServiçosNegócio: Prestação de serviços

de terceirizaçãoTel/Fax: (11) 5505-9050E-mail: [email protected]

Home page: www.zelo.srv.br

GuiadoEmpreendedor

Integrar as áreas de marketing e derelacionamento com os clientes e apli-cá-las às estratégias de gestão é umatendência operacional entre as grandesempresas, mas pode se transformar emobstáculo para o empreendedor se suaequipe não possui conhecimentos téc-nicos ou experiência no assunto. Paraquem sente necessidade de trabalharcom a integração de diversos camposde conhecimento, mas não dispõe detodas as informações necessárias, umaalternativa é buscar a atualização pormeio de treinamentos direcionados,focados em temas específicos e queatendam sob medida aos objetivos es-tabelecidos.

Um dos fatores que podem com-prometer o rendimento dos funcioná-rios e da empresa quando existe umadeficiência desse gênero é o tempo deduração da maioria dos cursos dispo-níveis no mercado, que pode chegar adois anos. Aliar a praticidade da educa-ção executiva (e com assuntos previa-mente determinados) ao tempo reduzi-do é a proposta da ITCOM BusinessSchool. Com sede em São Paulo e ba-ses nas principais cidades do país, aescola conta com seis anos na organi-zação de treinamentos, seminários ecursos de extensão direcionados a exe-cutivos e profissionais de diversos seg-mentos. “Fazer um curso pode nãoapenas ajudar na atualização profissio-

Integração bem resolvidaAs estratégias de gestão ganham com a sintonia entreas ações de marketing e relacionamento com os clientes

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2004

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nal como também contribuir na esca-lada profissional de uma pessoa na cor-poração”, diz Adauto Gudin, diretor daITCOM. A empresa, que foi a primeirado ramo no Brasil a trabalhar com aintegração de áreas fundamentais comoadministração, marketing e tecnologiada informação, já formou mais de cemturmas, principalmente nas áreas deCRM, business intelligence, tecnologiada informação e e-business, e formoucerca de 2.500 alunos em todo o país.

Nos treinamentos que ensinam mé-todos de implantação, gerenciamentoe avaliação de projetos, a ITCOM pro-cura oferecer aos profissionais um di-ferencial em capacitação. “Aplicamosas melhores práticas e teorias que pre-param os alunos para inserirem os co-nhecimentos adquiridos no cotidianodas empresas, com conteúdo totalmen-te alinhado ao estágio de sua vida pro-fissional”, afirma Gudin. Com meto-dologia própria, os cursos oferecemexemplos reais, casos práticos, traba-lho em equipe e atendimento individual.A duração mínima de um treinamentoé de seis horas (podendo chegar a 16),e o aluno tem acesso ao material didá-tico antes da realização do curso – pro-cedimento considerado estratégico pelaescola. “A pessoa pode estudar os as-suntos com calma em casa e partici-par das aulas para tirar suas dúvidas eaprofundar-se nos temas de maior in-teresse”, diz.

Cada curso é realizado para peque-nos grupos – entre 6 e 20 pessoas – ecustam a partir de R$ 900. Cerca de80% dos professores, segundo o dire-tor da ITCOM, possuem doutorado oumestrado e foram selecionados de acor-do com o histórico de suas própriascarreiras – geralmente executivos, em-presários ou consultores em seu mer-cado de atuação. (11) 5096-6682www.itcom.com.br

Adauto Gudin: curso contribuipara a evolução profissional

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Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2005

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Novas embalagensTradicional no mercado veterinário, a Bayer

modernizou seus produtos através da revitali-zação das embalagens, que ganham novolayout a partir deste mês. A primeira linha be-

neficiada com a novidade é a des-tinada aos suínos, composta pe-los produtos Baycox Pig Doser eBaytril Pig Doser.

Entre as modificações estãoo desenho do rótulo, que ga-nhou fotos diferenciadas para

auxiliar no tratamento de cadadoença, e a clareza nas informa-

ções, descritas em linguagem simples para fa-cilitar a compreensão dos consumidores. A idéia é

padronizar toda a linha de produtos da empresacom o novo design. www.bayer.com.br

Reciclando ocomputador

Uma solução tecnológica integradapromete pôr fim ao lixo tecnológico.O sistema TGS, desenvolvido pela Se-prol, possibilita a transformação demicros antigos e obsoletos em termi-nais rápidos e atualizados, evitando quemilhares de computadores sejam joga-dos no lixo. O usuário precisa apenascentralizar todas as informações em umservidor com capacidade para rodar osoftware de administração da rede. In-dicado para empresas prestadoras deserviços, hospitais, hotéis e call cen-ters, o sistema TGS possibilita, deacordo com o fabricante, uma econo-mia de até 70% na compra de equipa-mentos. www.seprol.com.br

Fusão comoestratégia

A Telecon, especialista no seg-mento de treinamento em tecnolo-gia de redes, foi incorporada pelaCTT, empresa com mais de 15anos de experiência em treinamen-tos em tecnologia com presençanos países da América Latina eCentral. Com a parceria, a Teleconintensificará sua oferta de cursosde certificação para os canais Cis-co, HP e Nokia, além de adicionarao seu portfólio outros grandes fa-bricantes como Microsoft, Sun,Hitachi e Trend Micro.

Entre as estratégias da Teleconjunto ao novo parceiro estão aumen-tar a atuação nos mercados de Ser-vice Providers e de Instituições deEnsino, intensificar as ações reali-zadas junto aos distribuidores e fe-char convênios com universidadespara disponibilizar conteúdo e infra-estrutura para cursos de graduaçãoou extensão na área de redes.www.telecon.com.br

Flores para todosLíder no comércio virtual de flores e presen-

tes, a Flores Online firmou parceria com osCorreios para estender seu campo de açãono território brasileiro. Com 200 op-ções de arranjos diferentes, a Flo-res Online tornou-se a primeira dosegmento a entregar seus produ-tos em todo o território nacional.Para consultar as cidades, bastaacessar no site da empresa o link 100%FOL Brasil. O preço dos arranjos varia de R$29,00 a R$ 500,00, e o frete feito através dosCorreios custa a partir de R$ 6,50. www.floresonline.com.br

Leite Moça em bisnagaDepois de mudar o modelo da tradicional lata

de Leite Moça, a Nestlé criou a versão do produ-to em nova embalagem, em forma de bisnaga,para facilitar a vida do consumidor. O objetivoda empresa é tormar o produto mais prático paraser servido e utilizado no preparo de receitas. Odesign da nova embalagem seguiu as cores e opadrão do rótulo da lata de Leite Moça e acres-centou uma ilustração colorida e sugestiva, quemostra as facilidades oferecidas pelo novo for-mato. www.nestle.com.br

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Por Carol Herling [email protected]

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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A linha de no-breaks Enterprise, fabricadapela EquisulGPL, é uma das opções para asindústrias que precisam reduzir perdas na pro-dutividade causadas pelas interrupções no for-necimento de energia elétrica. O equipamentopode operar em paralelo redundante e são pro-jetados para atender às diversas configuraçõesde tensão de entrada e saída, sem a necessida-de de utilizar transformadores externos.

Com painel digital e software de gerenci-amento remoto em português, o Entrerprisepode monitorar individualmente as baterias,além de ser compatível com grupos gerado-res. Disponível em modelos de 10 a 500 kVAde potência. www.equisulgpl.com.br

Sabor em barraPara quem está de dieta e não abre

mão do sabor na hora do lanche, aNutrimental lançou o Nutry Frutibar,o primeiro cereal em barra com re-cheio de frutas do país. O produtosegue a tendência mundial de produ-tos saudáveis e práticos, e sua mas-sa de cereais é feita com flocos deaveia e trigo com recheio de frutas,sem corantes artificiais na composi-ção. Está disponível em três opçõesde sabores (banana, maçã com ca-nela e morango) em embalagens in-dividuais. www.nutrimental.com.br

No-break garanteprodutividade

Monitoramentointeligente

O software Qlik View, desen-volvido pela empresa sueca QlikTech, é uma das opções para oempreendedor que busca uma so-lução em BI (Business Inteligence).De instalação rápida, o Qlik Viewpermite às empresas e seus geren-tes monitorar, gerenciar e otimizaros negócios de maneira eficaz atra-vés do computador. O programacapta todas as informações e con-centra-as em um único lugar, pos-sibilitando o acesso a dados com-pletos da empresa, que vão desdea média de consumo da frota deveículos até o faturamento porequipes de venda, passando peloíndice de produtividade de máqui-nas. www.qliktech.com

Investimentos em Porto Alegre

Pets saudáveisApós uma série de pesquisas, a Ouro

Fino lança o Dermocanis Pump, produtopara cães que auxilia no tratamento de der-

matites, doenças que provocam queda de pê-los e descamações com sintomas secundários.

Segundo o fabricante, o produto é o único dogênero com a apresentação em válvula pump emfrascos de 100 ml, que facilita a aplicação domedicamento.

A novidade traz em sua fórmula componen-tes como ácidos graxos essenciais Ômega 3 e

Ômega 6, zinco e vitaminas A e E, que promovema integridade do extrato córneo (camada mais ex-

terna da pele) e ajudam na beleza dos pêlos.www.ourofino.com

A Telsinc, que atua como integra-dora em TI, inaugurou sua primeirafilial na cidade de Porto Alegre. A uni-dade da empresa conta com a expe-riência e capacitação técnica da ma-triz e mantém os padrões e proces-sos de qualidade utilizados na sede emSão Paulo. A escolha da capital gaú-cha se concretizou pelos contratos

com companhias já sediadas em PortoAlegre como Gerdau, Sicredi, GrupoSinos, GVT, Orbiltall e ADP.

A meta da Telsinc é proporcionar,para toda a região Sul, novas alterna-tivas para prestação de serviços, im-plementação, gerenciamento e vendade projetos de Tecnologia da Infor-mação. www.telsinc.com.br

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor Do lado da leiDo lado da leiDo lado da leiDo lado da leiDo lado da lei

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2005

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MarMarMarMarMarcos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna BitelliAdvogado

(11) 3871- 0269

Deu-se início no mês de marçoàs comemorações e eventos pro-gramados para festejar os 15 anosdo estabelecimento do marcanteCódigo de Defesa do Consumidor(CDC) brasileiro, instituído pela Lei8.078 de 11 de setembro de 1990.Este ano, também, se comemora osdez anos de efetivação do Conse-lho Federal Gestor do Fundo de De-fesa de Direitos Difusos (CFDD) eos 20 anos da Lei da Ação Civil Pú-blica. Assim se conforma o siste-ma nacional de proteção ao consu-midor, em cumprimento ao manda-mento do artigo 48 das disposiçõesconsti tucionais transitórias daConstituição de 1988.

Os empreendedores devem mui-to a estes novos tempos de legisla-ção do consumidor, pois, tendo oBrasil uma das mais avançadas leissobre a matéria e instalado eficienteaparato de efetivação destes direi-tos através dos Procons, da implan-tação dos Juizados Especiais Cíveis,da legitimação de entidades associ-ativas e do Ministério Público paraa defesa destes interesses, houve umcerto choque de qualidade nos pro-dutos e serviços, aliado à profissio-nalização gradativa dos pequenos,médios e grandes negócios.

Longe de se caracterizar uma le-gislação sem nenhum problema aquiou ali, o Código não pode ser visto

Quinze anos dodireito do consumidorA Lei 8.078 promoveu um certo choque dequalidade nos produtos e serviços e incentivoua profissionalização dos negócios

como uma ferramenta contra quemempreende. Na verdade, ele é umelemento tranqüilizador do sistemaquando estabelece as regras segun-do as quais as empresas devem sepautar. O fundamento principal danorma é o privilégio de quem agede boa fé e com transparência.

Aliado a isso, o CDC, como échamada a lei, é o Código da infor-mação, porque parte do pressupos-to de que o consumidor bem infor-mado tem maior direito de escolhae que o fornecedor bem informan-te age de boa fé, divulgando tudoaquilo que ele sabe ou deveria sa-ber como sendo de interesse de seucliente. Portanto, aquele que em-preende fornecendo produtos ouserviços deve entender que a polí-tica nacional das relações de con-sumo não merece ser vista comouma legislação tão amarrada e cus-tosa como a criticada legislação tra-balhista, mas sim como um impor-tante elemento à proteção dos inte-resses econômicos da sociedade,visando à melhoria de sua qualida-de de vida, estabilizando as relaçõesde consumo.

Para isso, tem como princípio aharmonia dos interesses dos parti-cipantes das relações de consumoe compatibilização da proteção doconsumidor com a necessidade dedesenvolvimento econômico e tec-

nológico, de modo a viabilizar osprincípios nos quais se funda a or-dem econômica (Constituição, art.170). Tem, ainda, como base, aboa-fé e equilíbrio nas relações en-tre consumidores e fornecedores.

Com a prática diária, o que sevê no momento é que já se estánuma fase mais madura da efetiva-ção desses direitos. Passados osprimeiros anos de utilização comalguns excessos em favor dos con-sumidores, agora, se vislumbramaté condenações de consumidorespelo abuso dos seus direitos. Paraisso, importante avanço trouxe onovo Código Civil ao tornar ilícitoo abuso de direito, o que facilitaainda mais o equilíbrio de eventu-ais abusos pontuais.

Finalmente, o sistema funcionatambém como um elemento de jus-tiça concorrencial: quem empreen-de num determinado setor sabe queseu concorrente terá que jogar comas mesmas regras, a não ser queseja um “pirata” ou um “informal”,mas isso é material para outra colu-na. Parabéns, CDC debutante, quetenha vida longa.

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Março

2005

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Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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O consumo eseus cuidadosTutela Penal do Consumo –Abordagem dos aspectospenais do Código de Defesado Consumidor e do Artigo 7ºda Lei nº 8.137Sérgio Chastinet DuarteGuimarãesEditora Revan192 págs. – R$ 32,00

No exercício da advocacia cri-minal, Sérgio Chastinet Duarte de-parou-se freqüentemente com pro-cessos relativos aos chamados cri-mes contra as relações de consu-mo, tipificados nas Leis números8.078/90 – Código de Defesa doConsumidor – e 8.137/90. Assim,ele objetiva reforçar a posição de re-conduzir a tutela penal das relaçõesde consumo aos limites do direitopenal tradicional. A fim de tratar dodireito do consumo, o autor buscao entendimento que levou à gêneseda sociedade de consumo e, assim,trata o assunto preliminarmente, fa-zendo um levantamento históricosobre fatos que marcaram o séculoXX e alteraram a sociedade indus-trial, o capitalismo, o trabalho hu-mano, etc.

O autor procura interpretar asnormas penais de proteção ao con-sumo sob o enfoque penalísticotradicional, criticando os pontos emque a tutela penal se faz despro-porcional ou iníqua e reforçando asposições que privilegiam a intangi-bilidade dos direitos humanos e dasgarantias fundamentais.

O autor mostra às empresas comocriar rapidamente parcerias vencedorasna internet – com concorrentes, clien-tes, fornecedores, distribuidores, empre-gados e outros negócios – e estabelecerum ambiente que permita seu desenvol-vimento. Ele identifica os ingredientesessenciais para a construção de parceri-as vencedoras, demonstrando como atecnologia de hoje pode acelerar a cria-ção de alianças. Do programa de afilia-ção com clientes da Amazon ao atualís-simo megaprograma B2B da GeneralMotors, o Convisint, Cunningham de-monstra como os relacionamentos quelevariam anos para se desenvolver noperíodo pré-internet estão agora levan-do dias ou horas. O livro analisa as ten-dências e apresenta um quadro claro deempresas, como eBay, Altra Energy, Go-

Fish, Cisco eProsavvy, queestão utilizando parcerias impulsionadaspela tecnologia para obter sucesso nocomércio eletrônico.

Michael Cunningham é fundador eCEO do Harvard Computing Group, deMassachusetts, uma empresa de con-sultoria internacional em tecnologia enegócios, direcionada para a criação deestratégias inovadoras e para o desen-volvimento de soluções eficientes combase na Web. Entre seus clientes estãoa Nynex, a Hitachi, a Vignette, a Ame-rican Cancer Society e a AT&T. Cun-ningham é palestrante muito requisita-do internacionalmente e escreve comregularidade artigos sobre negócios naWeb e comércio eletrônico em publi-cações como E-Business Advisor.

As licitações de bens e serviços deinformática e automação necessitam deprocedimentos específicos para atenderà legislação vigente, especialmente noâmbito da Administração Pública Fede-ral. O livro apresenta procedimentos re-lativos às contratações de bens e servi-ços de informática e automação a partir

Vença com a internetParcerias Inovadoras –O novo código genético dos negóciosMichael CunninghamEditora Campus272 págs. – R$ 58,50

Tecnologia dentro da leiLicitações de Bens e Serviços de Informática e AutomaçãoVera Lúcia de Almeida CorrêaEditora Temas & Idéias252 págs. – R$ 41,00

de uma visão gerencial do processo, pro-curando destacar instrumentos e exercí-cios que facilitem tanto a realização comoa participação em licitações dessa natu-reza. O texto é complementado por trêsanexos: um roteiro para elaboração e aná-lise de editais; um modelo de edital; e alegislação que está realmente em vigor.

Subsídios para a mudançaAlguns títulos para ajudar a entender as diferenças existentes hoje nos serviços e produtosde tecnologia de ponta e as exigências de uma economia eticamente responsável

LeituraLeituraLeituraLeituraLeitura

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

2005

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Este é o primeiro livro a se apro-fundar além da experiência típica dousuário da Web e analisar a operação eo comportamento dos browsers da Web,intermediários e servidores da mesmaforma que o manual de um mecânicodescreveria o funcionamento de um au-tomóvel. O livro é uma referência abran-gente para as principais tecnologias quedão suporte à World Wide Web, ofere-cendo uma visão autorizada e profun-da sobre os sistemas e protocolos res-ponsáveis pela transferência de conteú-do através da Web. Hoje, o HyperTextTransfer Protocol (HTTP) é respon-sável por quase três quartos do tráfegoda internet. A extensa abordagem destelivro sobre HTTP/1.1 e sua interaçãocom outros protocolos de rede o tor-nam uma fonte importante para profis-sionais e estudantes.

Oferecendo tanto a evolução quanto

os detalhescompletos dosblocos de mon-tagem básicos da Web, este livro come-ça com uma visão geral dos componen-tes de software da rede e prossegue comuma descrição do conjunto de protoco-los que forma o núcleo semântico daremessa de conteúdo na Web.

Balachander Krishnamurthy, daAT&T Labs-Research, é um pesquisa-dor conhecido e autor de diversas publi-cações sobre os campos de World WideWeb e redes. Publicou mais de 45 traba-lhos técnicos, foi co-autor e editor dePractical Reusable UNIX Software, eeditor da série de livros Trends in Sof-tware. Jennifer Rexford, também daAT&T Labs-Research, é pesquisadoradeterminada e autora de diversas publi-cações nos setores de rede IP, streamingde multimídia e World Wide Web.

Manual de redeRedes para a Web – HTTP/1.1, Protocolos deRede, Caching e Medição de TráfegoKrishnamurthy e Jennifer RexfordEditora Campus680 págs. – R$ 154,70

O autor faz uma análise das condi-ções empresariais que levam ao suces-so, somando desde a competência atéa espiritualidade. Comportamento fa-

miliar, auxiliarescertos, visão, su-cessão bem-suce-dida e sistemas decontrole gerencialsão alguns aspec-tos do seu texto,que está recheadode citações e pro-vérbios.

Fatores de sucessoPor Que Empresários Não QuebramJoceli CoanEdição do Autor180 págs.

A questãoambientalProduzir, Consumir e Preservar– Responsabilidadesempresarial, administrativae jurídicaFátima Rangel dosSantos de AssisEditora Forense Universitária60 págs. – R$ 18,10

O objetivo é esclarecer as dú-vidas existentes ainda sobre aquestão ambiental. É de interes-se, segundo a editora, para todosos profissionais e estudantes in-teressados no direito ambiental.

Neste trabalho sobre o compor-tamento humano, Robert Hargro-ve, um líder em colaboração no tra-balho, difunde não apenas um novoconceito de administração, mastambém uma nova fase no desen-volvimento do homem, que incitao espírito humano a entrar em açãoe a criar possibilidade novas e ili-mitadas.

A colaboraçãocriativa vai além danoção tradicional decooperação e traba-lho de equipe, apro-veitando ao máximoos talentos e a diver-sidade do grupo.Em vez de sufocara individualidade, acolaboração criativa combina todasas idéias e perspectivas individuaispara alcançar metas conjuntas, re-solver problemas complexos e ge-rar soluções surpreendentes.

As instruções práticas de Har-grove estão intercaladas com de-poimentos de pessoas que puseramem prática a colaboração criativa.O empenho de executivos inova-dores como Roger Ackerman, pre-sidente da Corning Incorporated;Rob Mannning, do Projeto Marte,e Terje Larse, que coordenou acor-dos de paz entre palestinos e israe-lenses, demonstra os benefíciosque se obtêm quando as pessoastrabalham e pensam conjuntamen-te; e mostra também como a cria-ção de grupos pode abrir novaspossibilidades em todos os aspec-tos do relacionamento humano.

A uniãodos talentosColaboração CriativaRobert HargroveEditora Cultrix240 págs. – R$ 28,00

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Os Caminhos parao CrescimentoSustentávelda EconomiaBrasileira é otítulo do livroque inaugura asérie SerasaPensando o Brasil

Pensando o Brasil

lançamento, no último dia7 de março, do livro OsCaminhos para o Cresci-mento Sustentável da

Economia Brasileira, com palestrasdos economistas Cláudio AdilsonGonçalez, Gustavo Loyola, JoséRoberto Mendonça de Barros, Lu-ciano Coutinho, Luís Paulo Rosen-berg e Paulo Rabello de Castro,inaugurou a série Serasa Pensandoo Brasil.

A Serasa tem reafirmado, ao lon-go dos anos, o seu compromisso deestar a serviço do desenvolvimentodo Brasil. Para tanto, promove e es-timula várias ações que abarcam di-versas áreas. É reconhecido seupapel na busca e disseminação dosconceitos de competitividade e ex-celência em gestão, bem como suaatuação na difusão de tecnologias degestão, de informação e de crédito.

A propósito do objetivo da novasérie, o presidente da Serasa, ElcioAnibal de Lucca, afirma que se iden-

tificou a oportunidadede aproveitar o espaçojá existente de discus-são sobre as relevantesquestões do desenvolvi-mento do país. “Nessasérie, teremos o prazerde fazer chegar a umpúblico mais amplo oresultado de estudos,debates, conferências eseminários, todos rela-cionados às principaispossibilidades de me-lhoria da sociedade bra-sileira, em especialaquelas relacionadas aeconomia, gestão, direi-to, organização social,entre outras”, declara

Serasa lança publicação sobre Elcio Anibal de Lucca.

Os Caminhos para o Desenvol-vimento Sustentável da EconomiaBrasileira é resultado do 2º PainelMacroeconômico, que foi realizadona sede da Serasa, em dezembro de2004. O altíssimo nível das apresen-tações e do debate, mediado pelo jor-nalista Carlos Alberto Sardenberg,proporcionou um momento de gran-de riqueza de conteúdo crítico, ana-lítico e propositivo. Por isso a Se-rasa, com a autorização dos especi-alistas, resolveu transcrever o seuconteúdo e publicá-lo em livro.

O economista Luís Paulo Ro-senberg aborda uma questão apre-sentada sob a forma de uma per-gunta: Até quando poderemos sus-tentar um modelo de crescimentocom os juros reais mais altos domundo? Cláudio Adilson Gonçaleztrata do desenvolvimento do mer-cado de crédito e financiamento delongo prazo. Gustavo Loyola dis-corre sobre o aperfeiçoamento dosistema tributário e a melhoria doperfil do gasto público.

O tema de Paulo Rabello de Cas-tro também se apresenta em formade interrogação: há possibilidade decrescimento sustentável antes deobtermos o investment grade? A ex-pansão da capacidade exportadorae o avanço em competitividade e eminovação tecnológica são abordadospor Luciano Coutinho, e José Men-donça de Barros fala da operaciona-lização das Parcerias Público-Priva-das (PPPs).

Ao realizar o Painel Macroeco-nômico, a proposta da Serasa é co-locar o tema em debate para ajudarpolíticos e empresários a encontraros caminhos corretos para o cres-cimento econômico de nosso país.

O

crescimento sustentávelAo lançar a Série Pensando o Bra-sil, a Serasa quer envolver um nú-mero maior de brasileiros nesse de-bate, na reflexão sobre as potencia-lidades do país e na consolidação deseus diferenciais competitivos.

Respostas competentesNa apresentação do livro, Carlos

Alberto Sardenberg sintetiza a im-portância do debate que as apresen-tações ensejam. “Em 2004, o Brasilcresceu vigorosamente, com infla-ção menor do que no ano anterior.Por que, então, há tanto debate so-bre o tema do desenvolvimento?Uma primeira resposta é que somostodos ‘gatos escaldados’. Faz tem-po que o país não consegue empla-car dois anos seguidos de bom cres-cimento. Esta, portanto, é a verda-deira questão: por que o Brasil nãoembala?”, escreve Sardenberg.

“Muitas respostas foram ofe-recidas pelos seis economistas queparticiparam do 2º Painel Macroe-conômico Serasa. E de tão compe-tentes o leitor certamente experi-mentará a mesma estranha sensaçãoque atingiu os participantes do de-bate ao vivo, inclusive este apresen-tador. Ouvia-se um economista eparecia que ele tinha plena razão.Ouvia-se o segundo e, de novo, pa-recia que estava inteiramente certo,mesmo quando discordava do pri-meiro. E assim foi até o fim”, pros-segue Sardenberg, para concluir quecada economista, pela sua tendên-cia, formação e experiência, abor-dou temas determinados, todos per-tinentes à questão central das basesdo crescimento duradouro. “Ocor-re que há vários obstáculos a esseobjetivo, de modo que sucessivas,e diferentes, análises são possíveis.”

Por meio das séries Sera-sa, e empresa tem contribuí-do para a difusão de conheci-mentos, das mais variadasáreas de interesse, com o pro-pósito de proporcionar maisqualidade de vida, eficiência econtribuir para a construçãode um país melhor.

A série Serasa Cidadania játratou de temas como drogas,educação financeira para adul-tos e crianças, prevenção daviolência, terceira idade, qua-lidade de vida. Essas publica-ções são distribuídas gratuita-mente em todas as capitais eprincipais cidades do país, pormeio do Serviço Serasa Gra-tuito de Orientação ao Cidadão.

Por essa série já foram pu-blicados os títulos DinheiroNão É Brincadeira (quadri-nhos para crianças); Guia Se-rasa de Orientação ao Cida-dão – Saiba como evitar ainadimplência e garantir o seufuturo; Guia Serasa de Orien-tação ao Cidadão – Saibacomo reduzir o risco de se tor-nar vítima da violência; GuiaSerasa de Orientação ao Ci-dadão – Saiba como amadu-recer sem perder a saúde, osdireitos, o prazer e o bom hu-mor; Saiba como ter mais qua-lidade de vida com saúde, ale-

Séries promovemo conhecimento

gria e equilíbrio (com pales-tras de Eliano Pellini, EugênioMussak, Içami Tiba, Milton deOliveira, Ricardo Melo, TâniaRodrigues e Tom Coelho);Vencedor não usa Drogas, dopsicólogo Edson Ferrarini, eDireitos do Portador de Neces-sidades Especiais, de AntonioRulli Neto.

Outra série, a Serasa Di-nâmica do Conhecimento, évoltada para a área do crédi-to, tema que também é abor-dado pela revista bimestral daSerasa Tecnologia de Crédi-to . Em novembro de 2004,pela série Dinâmica do Co-nhecimento foi lançado o li-vro Gerenciamento de Risco:Abordagem Conceitual e Prá-tica – Uma visão integrada,de Roberto Mark, PhD pelaUniversidade de Nova Iorque.

Há outra série, ainda, cha-mada Novas Competências,pela qual foi publicado, em2004, o título Inadimplência:Construção de modelos de pre-visão, de Nelson Lerner Barth.

Pela série Serasa Cultural,já foi lançada uma coleção deletras de músicas cifradas paraviolão, chamada Aquarela Bra-sileira, e Grandes Descobri-mentos Marítimos, de RobertoRodrigues de Almeida.

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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Roberto MeurerRoberto MeurerRoberto MeurerRoberto MeurerRoberto MeurerProfessor do Departamento de Economia da

UFSC e consultor da Leme Investimentos

Combinaçãoexplosiva

A política monetária restritiva ado-tada a partir do segundo semestre de2004 tem como objetivo imediato ocontrole da inflação, o que passa pelodesaquecimento da economia. Umoutro reflexo da elevação da taxa dejuros é a elevação da dívida pública,o que pode significar o aumento dorisco da dívida e o aumento do custode financiamento do governo, poden-do levar a um círculo vicioso.

Do total de R$ 900 bilhões da dí-vida pública brasileira em títulos (va-lor em final de fevereiro de 2005),60% têm o rendimento atrelado àtaxa Selic. Isso quer dizer que cada1% de aumento da taxa de juros sig-nifica um aumento de R$ 5,4 bilhõesna despesa anual de juros. O gover-no tem duas possibilidades ante esseaumento das despesas: pagar os ju-ros aos detentores do título ou in-corporá-los à dívida – o que signifi-ca aumentar a dívida.

Isso, entretanto, pode ter o efei-to colateral de elevar o risco perce-bido pelos detentores dessa dívida.A medida usual para o risco da dívi-da é a evolução da relação entre adívida e o Produto Interno Bruto(PIB), porque, em última instância,a capacidade de pagamento do go-verno depende dos impostos que ar-recada, e a arrecadação está direta-mente associada à atividade econô-

JurJurJurJurJuros altos e dívida públicaos altos e dívida públicaos altos e dívida públicaos altos e dívida públicaos altos e dívida públicapodem levar ao desequilíbriopodem levar ao desequilíbriopodem levar ao desequilíbriopodem levar ao desequilíbriopodem levar ao desequilíbriodas contas do governodas contas do governodas contas do governodas contas do governodas contas do governo

DIVULGAÇÃO

mica, ou seja, ao PIB. Quando a dí-vida comparativamente ao PIB au-menta, os credores do governo po-dem achar que a probabilidade de ogoverno não conseguir pagar a dívi-da se eleva, o que significa um au-mento do risco do investimento.Como conseqüência do aumento dorisco, os compradores de títulos pas-sam a exigir maior remuneração, oque significa um aumento na taxa dejuros. Aí é que aparece o círculo vi-cioso: os juros aumentaram uma se-gunda vez porque haviam aumentan-do antes, como estratégia de com-bate à inflação.

A alternativa de pagamento dos ju-ros se desdobra em duas. A mais fá-cil seria simplesmente pagar os juros,juntamente com os vencimentos nor-mais da dívida. O problema que issoacarretaria é imediato. A maior dis-ponibilidade de moeda no mercadolevaria à queda dos juros e a aumen-tos da demanda que, sem ser possí-vel aumentar rapidamente a produção,gerariam inflação. Uma segunda pos-sibilidade de pagamento dos jurospassaria pela obtenção de recursospara efetuar o pagamento, através deuma elevação do superávit fiscal pri-mário. Isso é possível através de ele-vação de impostos ou redução de gas-tos. Aumentar impostos está se tor-nando politicamente inviável, dada a

já elevada carga tributária que temosno país. Reduzir gastos gera a reaçãodos favorecidos por esses gastos, quese organizam e pressionam para evi-tar perdas, no característico conflitodistributivo que caracteriza a nossasociedade. A redução dos gastos dogoverno, juntamente com um choquede produtividade em seus gastos, é amelhor alternativa para evitar o des-controle da dívida.

Restou ainda uma alternativa paraque a relação dívida–PIB não aumentecom a taxa de juros mais elevada,que é o aumento do PIB. É perfeita-mente sabido, entretanto, que a ca-pacidade de crescimento da econo-mia é limitada por fatores estrutu-rais e conjunturais. Tal como a ele-vação da taxa de juros é conjuntu-ral, os problemas de curto prazoatrapalham, mas não eliminam a pos-sibilidade de crescimento. Os proble-mas estruturais, por outro lado, po-dem tornar inútil o esforço que seestá fazendo para equilibrar as con-tas do governo, responsável por cri-ar as condições de infra-estrutura ede regulação, que incluem uma dívi-da pública estável ou em queda.

Análise EconômicaAnálise EconômicaAnálise EconômicaAnálise EconômicaAnálise Econômica

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Abril

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NOME/TIPO PARTICIPAÇÃO VARIAÇÃO % AÇÃO I B OV E S PA ANO (ATÉ 31/03/2005)

Acesita PN 1,60 -5,00Ambev PN 2,58 -7,25Aracruz PNB 1,06 -9,09Bco Itau Hold Finan PN 2,93 -2,54Bradesco PN 2,90 0,36Bradespar PN 0,72 5,87Brasil ON 0,86 -4,92Brasil T Par ON 0,46 -2,79Brasil T Par PN 1,42 -14,95Brasil Telecom PN 2,07 -17,34Braskem PNA 1,72 -11,38Caemi PN 2,37 4,82Celesc PNB 0,90 -15,58Cemig ON 0,17 -14,39Cemig PN 2,74 -10,26Cesp PN 0,51 -16,99Comgas PNA 0,51 -1,52Copel PNB 1,56 1,29CRT Celular PNA 0,58 -3,98Eletrobras ON 1,32 -11,95Eletrobras PNB 2,90 -16,10Eletropaulo Metropo PN 0,75 -14,19Embraer ON 0,65 -5,89Embraer PN 1,59 -7,21Embratel Part PN 2,92 -27,32Gerdau PN 3,14 -7,79Ibovespa 100,00 -7,05Ipiranga Pet PN 0,47 6,87Itausa PN 1,21 -1,74Klabin PN 0,61 -10,93Light ON 0,21 -12,21Net PN 2,12 11,48Petrobras ON 2,70 0,75Petrobras PN 9,10 -2,93Sabesp ON 1,06 -12,51Sid Nacional ON 4,14 2,87Sid Tubarao PN 1,40 -9,27Souza Cruz ON 0,60 -15,64Tele Centroeste Cel PN 1,36 -0,17Tele Leste Celular PN 0,22 -26,56Telemar Norte Leste PNA 1,24 -13,25Telemar-Tele NL Par ON 1,26 -1,70Telemar-Tele NL Par PN 10,28 -15,27Telemig Celul Part PN 1,14 -5,79Telesp Cel Part PN 3,60 -11,13Telesp Operac PN 0,60 -2,07Tim Participacoes ON 0,38 -7,77Tim Participacoes PN 1,67 -7,17Tractebel ON 0,15 -17,65Transmissao Paulist PN 0,50 -2,33Usiminas PNA 5,04 -1,02Vale Rio Doce ON 1,57 4,95Vale Rio Doce PNA 5,20 2,42Votorantim C P PN 1,21 -12,61

Juros/Aplicação (%)

Março AnoCDI 1,52 4,18Selic 1,53 4,19Poupança 0,76 2,06CDB pré 30 1,20 3,29Ouro BM&F 1,10 -1,60

Indicadores imobiliários (%)

Março AnoCUB SP 0,69 1,52TR 0,26 0,55

Juros/Crédito (em % mês)Março Março31/março 30/marçoDesconto 2,70 2,70Factoring 4,66 4,67Hot Money 3,50 3,50Giro Pré (*) 3,30 3,30(*= taxa ano)

Câmbio

CotaçãoDólar Comercial R$ 2,6662Euro US$ 1,2979Iene US$ 107,39

Mercados futuros(em 31/03/2005)

Abril Maio JunhoDólar R$ 2,666 R$ 2,701 R$ 2,734Juros DI 19,19% 19,25% 19,40%

Inflação (%)

Índice Fevereiro AnoIGP-M (Março) 0,85 1,55IGP-DI 0,40 0,73IPCA 0,59 1,17IPC - Fipe 0,36 0,92

Carteira teórica Ibovespa

Abril Junho AgostoIbovespaFuturo 26.698 27.298 28.186

(em 31/03/2005)

(em 31/03/2005)

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2005

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Para mais informações sobre feiras e outros eventos comerciais, acessea seção Agenda do site Empreendedor (www.empreendedor.com.br)

26 a 29/4/2005

ABRIN 200522ª Feira Brasileira deBrinquedosExpo Center NorteSão Paulo – SP(11) 4689-3100/[email protected]

O setor de brinquedos ocupa hojepapel de destaque na indústria bra-sileira, com um faturamento estima-do para 2005 de R$ 1 bilhão. Aotodo são 318 indústrias, que empre-gam cerca de 26 mil trabalhadoresem todo o país. Com foco nesse seg-mento, a Associação Brasileira dos Fabri-cantes de Brinquedos (Abrinq) realiza há 22 anosa Abrin, considerada o maior evento do setor. A feira reunirábrinquedos nacionais, importados, puericultura e acessórios, licenciados,livros e CDs infantis para lançamento dos produtos que serão comercializadosdurante todo o ano. Ao todo, pelo menos 1.200 novos brinquedos para datascomo Dia das Crianças e Natal serão mostrados aos lojistas.

Em destaqueEm destaqueEm destaqueEm destaqueEm destaque

19 a 22/4/2005

FIMEC 200529ª Feira Internacional deCouros, Químicos,Componentes e Acessórios,Máquinas e Equipamentospara Calçados e CurtumesParque de Exposições da FenacNovo Hamburgo – RS(51) [email protected]

25 a 27/4/2005

5a PET FAIRFeira Internacional de Produtosde Linha Pet, Horse & GardenExpo Center NorteSão Paulo – SP(15) [email protected]

9 a 12/4/2005

HAIR BRASIL 2005 (Anual)4ª Feira Internacional de Beleza,Cabelos e EstéticaExpo Center NorteSão Paulo – SP(11) [email protected]

11 a 13/4/2005

AES Brasil 20059ª Convenção Nacional daSociedade de Engenharia de ÁudioCentro de Exposições RebouçasSão Paulo – SP(11) [email protected]

13 a 16/4/2005

FENAM 200524ª Feira Internacional deMáquinas para MadeiraCentro de Exposições ExpotradeCuritiba – PR(41) [email protected]

13 a 16/4/2005

BWM – BRAZILIAN WOODMARKET 20051ª Feira Brasileira do Mercado daMadeira e Seus DerivadosCentro de Exposições ExpotradeCuritiba – PR(41) [email protected]

14 a 17/4/2005

REATECH 20054ª Feira Internacional de Tecnologiasem Reabilitação e InclusãoCentro de Exposições ImigrantesSão Paulo – SP(11) [email protected]

25 a 29/4/2005

FIEE ELÉTRICA 2005Feira Internacional da IndústriaElétrica, Energia e AutomaçãoParque AnhembiSão Paulo – SP(11) [email protected]

25 a 29/4/2005

ELETRONICAMERICAS 2005Feira Internacional da Indústria deComponentes, Subconjuntos,Equipamentos para a Produção deComponentes, Tecnologia Laser eOptoEletrônicaParque AnhembiSão Paulo – SP(11) 3291-9111www.eletronic-americanas.com.brinfo@eletronic-americas.com.br

Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Março

2005

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Empreendedor na internetwww.empreendedor.com.br

Abril – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2005

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Fale com o site Empreendedor pelo MSN Messenger: [email protected]

Página Inicial

Site Empreendedor lançanewsletter semanal

Nova enquete avaliaplano de negócios

A nova enquete do siteEmpreendedor, que ficaráno ar ao longo do mês deabril, quer saber dos inter-

nautas qual a importância que eles dãoao plano de negócios no sucesso de umaempresa. Dê seu voto na área Enquetedo site, que está posicionada na colunaà esquerda.

Internautas preferemampliar contatos emfeiras e eventos

Para a maioria dos internautasque fizeram parte da enquete reali-zada pelo site Empreendedor em mar-ço, a participação em feiras e even-tos comerciais ainda é a melhor for-mar de ampliar sua network. Confi-ra o resultado para a pergunta “Deque forma você amplia sua rede derelacionamentos comerciais?”:

Escolha os assuntosdos artigos do site

Participe da escolha dosassuntos da área de arti-gos do site Empreende-dor. Escreva para

[email protected] quais assuntos você desejaque sejam publicados. Na medida dopossível, os pedidos serão atendidoscom a colaboração de especialistas.

Conteúdo especialsobre microcrédito

O conteúdo da seção quetrata de crédito na áreaMeu Negócio ganha o re-forço do material da série

especial sobre microcrédito publicadano site entre o final de março e o co-meço de abril. O novo conteúdo traztodas as informações necessárias paraquem quer obter microcrédito.

Conexão diretacom as publicações

Uma das atribuições do siteEmpreendedor é servirpara a complementação deinformações publicadas na

Revista do Varejo e na Empreendedor.Um exemplo é o perfil das vencedorasdo Prêmio Mulheres Empreendedoras,o que pode ser acessado na área Valor,logo abaixo do destaque do site.

A partir de agora os internautas podem receber gratuita-mente a newsletter e-Empreendedor, distribuída toda segun-da-feira por e-mail com os principais destaques do site Em-preendedor. Através da newsletter e-Empreendedor, o inter-nauta acessa informações sobre novos negócios, franchising,crédito, além de entrevistas exclusivas com especialistas emgestão e empresas. Além disso, ao receber a newsletter e-Empreendedor, o internauta estará habilitado a acessar o con-teúdo principal das publicações impressas da Editora Empre-endedor (Empreendedor e Revista do Varejo), disponível ape-nas para internautas cadastrados.

Como receber a e-EmpreendedorO internauta que deseja receber a newslettere-Empreendedor pode se inscrever de duas formas:

1) Acessar o site Empreendedor(www.empreendedor.com.br) e na página inicialclicar em “Cadastre-se”, no alto da coluna àesquerda. Em seguida, preencher o cadastro eassinalar a opção “Quero receber a newsletter e-Empreendedor”.

2) Enviar um e-mail [email protected], colocando noespaço “Assunto” (ou “Subject”) a palavra “receber”.Automaticamente, o internauta recebe uma mensagemautomática com o link de acesso ao cadastro paraconfirmar o recebimento da newsletter.

55,9%

14,4%

Participo de eventos como feiras,cursos e seminários

Utilizo com freqüência ferramentasda internet (como listas dediscussões, Orkut e outras)

Sempre me envolvo em atividadessociais com parentes e amigos

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Enquete

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Março

2004

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