edição nº 126

8
Agência começa a calcular reduções para consumidores MERCADO & NEGÓCIOS Greve, segundo comando nacional dos bancários, deverá ser longa Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►18 a 24 setembro de 2012 Ano 4 nº 126 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Atualidade Compra Venda % Fechamento: 17 de SetemBRo de 2012 ►PÁGINA 2 Governo quer diminuir preço do gás ►PÁGINA 8 Governo desonera folha de mais 25 setores da economia A agência começou a imple- mentar as medidas para re- duzir o custo da energia elétrica a partir do dia 5 de fevereiro próxi- mo, para consumidores residen- ciais e as empresas ►PÁGINA 3 Valter Campanato-ABr ANP conirma multa de R$ 35 milhões a petroleira Chevron A Agência Nacional do Petróleo (ANP) multou em R$ 35,1 milhões a petroleira Chevron, que vazou 3,7 mil barris de óleo em 120 quilômetros da costa brasileira, em 2011. A informação foi dada pela diretora geral do órgão, Magda Chambriard. O valor corresponde a 24 multas. Mais uma punição, relativa ao abandono de poço, está sendo julgada. De acordo com Magda, a previsão é que o valor da última multa seja anunciado em cerca de dois meses. Como cada item tinha teto de R$ 2 milhões, a pena total pode chegar ao valor máximo de R$ 37,1 milhões. ►PÁGINA 7 Caxias fará medição de níveis de chuva O s aparelhos foram insta- lados pelo Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Ja- neiro (Simerj), em dois pontos do Mu- nicípio. Para isso, o órgão orientou fun- cionários e técnicos da Defesa Civil de Duque de Caxias e do ICMBio ►PÁGINA 5 Valor da publicidade: R$ 600,00 Governo desburocratiza registro de empresas O Projeto Integrar reuni- rá os órgãos envolvi- dos no processo de abertura da empresa. Dessa forma, os empresários poderão acessar o sistema de regis- tro de empresas pela inter- net, entregar os documen- tos na Junta Comercial que compartilhará a documen- tação com os demais órgãos envolvidos. PÁGINA 2 Mantega reairma que economia está em plano aquecimento Receita cobra dívidas de empresas e pessoas físicas S egundo o ministro da Fazenda, Guido Man- tega, embora a projeção de crescimento da economia tenha sido revista de 3% para 2%, a atividade eco- nômica brasileira está em pleno aquecimento neste Balança comercial tem saldo positivo de R$ 646 milhões A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de R$ 646 milhões na segunda semana de setembro. O resultado é fruto de exportações ►PÁGINA 4 no valor de US$ 5,620 bilhões e de importações equivalentes a US$ 4,974 bilhões, segundo números divulgados nesta segunda- feira (17) pelo Ministério do Desenvolvimento, In- dústria e Comércio Exterior. No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 14,844 bilhões. ►PÁGINA 3 segundo semestre. "Co- nhecemos os detalhes da economia, acompanhamos vários setores e temos in- dicadores que apontam para a retomada", garantiu Mantega. ►PÁGINA 5 PMDC / Marcio Leandro Dolar Comercial 2,039 2,041 0,10 Dólar turismo 1,940 2,080 0,48 ibovespa 61.805,98 0,48 Antonio Cruz-ABr

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Jornal Capital - Edição nº 126

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Page 1: Edição nº 126

Agência começa a calcular reduções para consumidores

MERCADO & NEGÓCIOS

Greve, segundo comando nacional

dos bancários, deverá ser longa

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►18 a 24 setembro de 2012

Ano 4 ● nº 126www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Atualidade Compra Venda %

Fechamento: 17 de SetemBRo de 2012

►PÁGINA 2

Governo quer diminuir preço do gás►PÁGINA 8

Governo desonera

folha de mais 25

setores da economia

A agência começou a imple-mentar as medidas para re-

duzir o custo da energia elétrica a partir do dia 5 de fevereiro próxi-mo, para consumidores residen-ciais e as empresas ►PÁGINA 3

Valter Campanato-ABr

ANP conirma multa de R$ 35 milhões a

petroleira Chevron

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) multou em R$ 35,1 milhões a petroleira Chevron, que vazou

3,7 mil barris de óleo em 120 quilômetros da costa brasileira, em 2011. A informação foi dada pela diretora geral do órgão, Magda Chambriard. O valor corresponde a 24 multas. Mais uma punição, relativa ao abandono de poço, está sendo julgada. De acordo com Magda, a previsão é que o valor da última multa seja anunciado em cerca de dois meses. Como cada item tinha teto de R$ 2 milhões, a pena total pode chegar ao valor máximo de R$ 37,1 milhões.

►PÁGINA 7

Caxias fará medição de níveis de chuva

Os aparelhos foram insta-

lados pelo Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Ja-neiro (Simerj), em dois pontos do Mu-nicípio. Para isso, o órgão orientou fun-cionários e técnicos da Defesa Civil de Duque de Caxias e do ICMBio

►PÁGINA 5

Valor da publicidade: R$ 600,00

Governo desburocratiza

registro de empresasO Projeto Integrar reuni-

rá os órgãos envolvi-dos no processo de abertura da empresa. Dessa forma,

os empresários poderão acessar o sistema de regis-tro de empresas pela inter-net, entregar os documen-

tos na Junta Comercial que compartilhará a documen-tação com os demais órgãos envolvidos. ►PÁGINA 2

Mantega reairma que economiaestá em plano aquecimento

Receita cobra dívidas de empresas e pessoas físicas

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Man-

tega, embora a projeção de crescimento da economia tenha sido revista de 3% para 2%, a atividade eco-nômica brasileira está em pleno aquecimento neste

Balança comercial tem saldo

positivo de R$ 646 milhões

A balança comercial brasileira registrou

saldo positivo de R$ 646 milhões na segunda semana de setembro. O resultado é fruto de exportações

►PÁGINA 4

no valor de US$ 5,620 bilhões e de importações equivalentes a US$ 4,974 bilhões, segundo números divulgados nesta segunda-feira (17) pelo Ministério do Desenvolvimento, In-

dústria e Comércio Exterior. No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 14,844 bilhões.

►PÁGINA 3

segundo semestre. "Co-nhecemos os detalhes da economia, acompanhamos vários setores e temos in-dicadores que apontam para a retomada", garantiu Mantega.

►PÁGINA 5

PMDC / Marcio Leandro

Dolar Comercial 2,039 2,041 0,10Dólar turismo 1,940 2,080 0,48ibovespa 61.805,98 0,48

Antonio Cruz-ABr

Page 2: Edição nº 126

2 ►18 a 24 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,039 2,041 0,10

Dólar turismo 1,940 2,080 0,48

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,687 5,690 0,20

Dólar austrália 1,046 1,047 0,71

Dólar Canadá 0,974 0,975 0,37

Euro 1,311 1,311 0,15

Franco Suíça 0,927 0,928 0,07

iene Japão 78,710 78,740 0,43

libra Esterlina inglaterra 1,624 1,625 0,20

peso Chile 469,850 470,750 0,04

peso Colômbia 1.798,200 1.798,740 0,27

peso livre argentina 4,640 4,690 0,00

peso México 12,766 12,766 0,39

peso Uruguai 20,850 21,050 1,17

bolsa

Valor Variação %

ibovespa 61.805,98 0,48

IbX 21.873,26 0,02

Dow Jones 13,553,10 0,30

Nasdaq 3.178,67 0,17

Merval 2.479,24 2,54

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - brent barril 116,840 116,860 0,00

Ouro onça troy 1.761,300 1.762,370 0,02

prata onça troy 34,190 34,240 0,06

platina onça troy 1.662,740 1.670,250 0,00

paládio onça troy 675,470 681,020 0,04

indicadores

poupança 18/09 0,500

tR 17/09 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,50

Salário Mínimo (Federal) r$ 622,00

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

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IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

SUS perdeu 42 mil leitos em sete anos

A 20 dias das eleições municipais, o Con-

selho Federal de Medici-na lança uma verdadeira bomba, que pode mudar o destino de candidatos nos mais de 5.500 muni-cípios, em especial dos disputam a reeleição. O levantamento do CFM com base em dados do próprio Ministério da Saúde aponta que quase 42 mil leitos de interna-ção do Sistema Único de Saúde (SUS) foram desativados entre outu-bro de 2005 e junho de 2012. Entre as especia-lidades mais atingidas com o corte, de acordo com a análise, estão a psiquiatria (-9.297 lei-tos), a pediatria (-8.979),

a obstetrícia (-5.862), a cirurgia-geral (-5.033) e a clínica-geral (-4.912).Mato Grosso do Sul é apontado como o estado brasilei-ro que mais perdeu leitos (-26,6%), seguido pela Pa-raíba (-19,2%) e pelo Rio de Janeiro (-18%).

Em Duque de Caxias, por exemplo, foram fecha-das nos últimos anos, nada menos de oito maternida-des, entre as quais a San-ta Helena, no bairro 25 de Agosto, que chegou a rea-lizar até mil partos por ano. Também foi fechada a Casa de Saúde Santa Cecília, es-pecializada em geriatria, a Coteil - especializada em ortopedia - e o Sanatório de São Bento, destinado ao tratamento de pessoas com transtornos mentais.

Por meio de nota, o pre-

sidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila, avaliou que grande parte dos proble-mas enfrentados pelo SUS passa pelo subinancia-mento e pela falta de uma política eicaz de presença do Estado. “Os gestores simpliicaram a complexi-dade da assistência à máxi-ma de que ‘faltam médicos no país’. Porém, não levam em consideração aspectos como a falta de infraes-trutura física, de políticas de trabalho eicientes para proissionais da saúde, e, principalmente, de um i-nanciamento comprometi-do com o futuro do SUS”, disse no comunicado. Em resposta à divulgação da pesquisa, o Ministério da Saúde apontou falhas no levantamento. De acordo com a pasta, o CFM não

fez uma interpretação correta dos números, já que os dados não foram analisados ano a ano e os leitos remanejados não foram levados em consi-deração.

No centro da polêmi-ca está o cidadão - con-tribuinte e eleitor - que, mesmo dispondo de um plano de saúde privado, enfrenta os mesmos pro-blemas dos sem plano, principalmente na de-mora para realizar exa-mes fundamentais para o completo diagnóstico do se quadro clínico. Essa demora na realização dos exames pode chegar a seis meses na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como uma tomo-graia da tireóide em caso de suspeita de câncer.

(*) Fechamento: 17 de SetemBRo de 2012

Programa vai desburocratizar

registro de empresas no PaísO Ministério do Desen-

volvimento, Indús-tria e Comércio Exterior (MDIC), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae) e com a Junta Comercial do Distrito Federal (DF) lan-çam o Projeto Integrar. O objetivo é reunir os órgãos envolvidos no processo de abertura da empresa. Des-sa forma, os empresários poderão acessar o sistema de registro de empresas pela internet, entregar os documentos na Junta Co-mercial que compartilhará

a documentação com os demais órgãos envolvidos.

Segundo a presidenta da Junta Comercial do DF, Cristiane Hanashiro Oka-da, o processo, que será dividido em quatro etapas, vai simpliicar e agilizar a formalização das empre-sas. “Queremos aumentar a produtividades e atrair investimentos para me-lhorar o ambiente de ne-gócios no Brasil”, disse. A previsão é que o programa seja totalmente implanta-do no segundo semestre do ano que vem. Quando isso ocorrer, a espera do

empresário pela documen-tação, que atualmente é 49 dias, deve ser reduzida para nove dias.

Na primeira etapa do In-tegrar, os empresários vão conseguir analisar a viabi-lidade de formalizar a em-presa na internet. Nas duas fases seguintes, devem preencher todas as infor-mações de contrato social. Somente na última etapa é que será necessário com-parecer à junta comercial. Nesta fase, o empresário sairá com toda a documen-tação para a formalização e legalização dos negócios.

“Não será mais preciso ba-ter de porta em porta e tirar várias cópias de documen-to. Teremos um cadastro uniicado”, comentou Cris-tiane, conirmando o slo-gan do programa é "Quem Circula É a Informação e Não o Cidadão".

A iniciativa do governo federal foi baseada na im-plantação do sistema em Minas Gerais. No DF, o programa chega como pi-loto, para em seguida ser expandido a oito estados. A meta é que ele chegue a todas as unidades da Fede-ração.

Bancos prometem

aumentar taxa de

solução de reclamações

Os maiores bancos do país assumiram com-

promisso com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, de melhorar o atendimento aos clientes e de resolver, por acordos, tanto quanto possível, as demandas registradas pe-los Procons integrados ao Sistema Nacional de In-formações de Defesa do Consumidor (Sindec). A informação foi divulgada pela secretária nacional do Consumidor, Juliana Pereira, que coordena a pesquisa Projeto Indicado-res Públicos de Defesa do Consumidor, iniciada em 2010. Feito anualmente, o trabalho está na terceira edição. Além de bancos, a avaliação atinge ainda em-presas de telefonia e super-mercados.

De acordo com Juliana Pereira, o projeto oferece ao mercado uma fonte va-liosa de informação, que permite aos participantes identiicar os problemas levados pelos consumido-res aos Procons de todo país, bem como monitorar e avaliar as medidas que

venham a ser adotadas para a melhoria dos produtos, serviços e atendimento ao consumidor. Por esses cri-térios, o levantamento da Senacon detectou que das sete instituições inancei-ras participantes (Banco do Brasil, Caixa Econômi-ca Federal, Bradesco, Itaú, Santander, HSBC e Citi-bank), o HSBC foi a que registrou o menor número de demandas no ano passa-do, com redução de 13% na quantidade de atendimen-tos em relação a 2010, e o Citibank reduziu em 6,3% a quantidade de demandas.

De acordo com o levan-tamento, as soluções de de-mandas encaminhadas pelo Sindec em cartas de infor-mações preliminares (CIP) mostram boa taxa de “reso-lutividade” das demandas bancárias, com destaque para o Itaú, que resolveu 85,5% das queixas rece-bidas em 2011. A pesqui-sa revela, sem quantiicar, que os maiores avanços nesse tocante, em relação a 2010, foram obtidos pelo Citibank (9,2 pontos per-centuais) e Santander (5,5 pontos percentuais).

Demanda das empresas por crédito cresce 4,5% em agosto

O número de empresas que buscou crédito

em agosto subiu 4,5% em relação ao mês anterior, se-gundo levantamento da em-presa de consultoria Serasa Experian. Essa foi a segun-da alta mensal consecutiva do indicador, já que, em ju-lho deste ano, o crescimento

chegou a 7,9% em relação a junho. Os dados são apura-dos a partir de consulta ao Cadastro Nacional da Pes-soa Jurídica (CNPJ), de cer-ca de 1,2 milhão de empre-sas. Na comparação entre agosto deste ano e agosto de 2011, a demanda mos-trou-se 4,6% menor. Já no

acumulado deste ano, de ja-neiro a agosto, houve varia-ção negativa de 1,5% ante o mesmo período de 2011.

Segundo o levantamen-to, as médias e grandes em-presas foram as que mais demandaram crédito em agosto. Em relação a julho, as médias apresentaram alta

de 4,7% e as grandes, de 4,5%. As micro e pequenas empresas registram alta de 4,4%. No acumulado do ano (janeiro a agosto), as grandes empresas estão na liderança da busca por cré-dito, com alta de 15,2% em relação ao mesmo período de 2011.

Page 3: Edição nº 126

3►18 a 24 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dILma RoUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

SANDRA DENISE RIETH, 39 anos, pedagoga de Canoas (RS) - Vi muita gente criticando nossos atletas

que foram a Londres, nas Olimpíadas, porque não ganharam mais medalhas. Qual é o incentivo que o governo dá para os nossos esportistas?

Presidenta Dilma - Sandra, um dos principais

instrumentos de apoio do governo federal é o Bolsa-

Atleta, uma ajuda inanceira mensal ao atleta, que pode ser recebida junto com patrocínios. Só neste ano,

estamos apoiando 4.243 atletas, em 53 modalidades

Olímpicas e Paraolímpicas. Nas Olimpíadas de

Londres, dos 259 atletas brasileiros, 111 (43%)

eram bolsistas, e nos Jogos Paraolímpicos, entre os

182 competidores, 156 (86%) eram bolsistas. Todas

as modalidades que conquistaram as 43 medalhas paraolímpicas do Brasil em Londres são beneiciárias do programa. E 10 das 17 medalhas olímpicas foram conquistadas por bolsistas. Para ampliar o apoio, lançamos na semana passada o Plano Brasil Medalhas 2016, que investirá R$ 1 bilhão para construir centros de treinamento e beneiciar os atletas melhor colocados no ranking internacional em 36 modalidades olímpicas

e paraolímpicas. O Plano inclui apoio a técnico, equipe de apoio, equipamento esportivo, além de suporte ao treinamento e à participação em competições.

Também apoiamos confederações esportivas, governos

estaduais e municipais, e clubes, por meio de convênios,

que totalizaram R$ 644 milhões entre 2008 e 2012. Já a Lei de Incentivo ao Esporte, que permite dedução do Imposto de Renda ao patrocinador, permitiu a captação de R$ 650 milhões, entre 2007 e 2011.

ALBERTO SANTANA SILVA, 55 anos, empresário do Rio de Janeiro (RJ) - Como o Brasil monitora

se os empresários, a iniciativa privada e o próprio

governo estão contratando ou demitindo?

Presidenta Dilma - Alberto, os dois principais

instrumentos para monitorar a contratação e

demissão de trabalhadores são o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mensal, que trata dos trabalhadores celetistas, e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que inclui também os servidores públicos. Ambos são geridos

pelo Ministério do Trabalho e Emprego e possuem dados individualizados de todos os empregadores e empregados no país. Todos os meses, as empresas

informam, por meio do Caged, as demissões e admissões que realizaram no mês anterior. Com isso, sabemos, por exemplo, que em julho de 2012 foram gerados 142.496 novos empregos formais no Brasil (saldo entre

1.753.241 contratações e 1.610.745 desligamentos),

sendo 13.439 no estado do Rio de Janeiro. O Caged, Alberto, permite ainda saber se o trabalhador demitido tem direito ao seguro desemprego. Para acompanhar a taxa de desemprego, temos a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE), e a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essas

pesquisas complementam os dados da Rais e o Caged sobre a evolução do mercado de trabalho brasileiro.

JANETE RAMIRO LIBERATO, 52, microempresária em São Paulo (SP) - É verdade que o governo tem um mecanismo para que eu saiba se alguma empresa recebeu alguma sanção do governo

federal? Gostaria de saber como funciona isso.

Presidenta Dilma - É sim, Janete. O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas

(Ceis), disponível no Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br), foi criado em dezembro de 2008 e é mantido e atualizado permanentemente pela Controladoria-Geral da União (CGU). Ele contém a relação das empresas e de pessoas físicas

punidas pelos órgãos e entidades do Governo Federal e de 13 estados - Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Qualquer cidadão pode fazer a consulta pelo número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); pelo número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); pela razão social; pelo nome de fantasia da empresa; ou pelo tipo de sanção. O objetivo é permitir que os cidadãos, as empresas sérias e, principalmente, os

gestores públicos, saibam quais empresas ou pessoas físicas foram punidas pela prática de irregularidades na execução de contratos com a administração pública.

Isso pode evitar, por exemplo, que empresas punidas por um estado da Federação sejam contratadas, por exemplo, por outro estado ou por um órgão federal. O

cadastro identiica atualmente mais de 2,3 mil empresas ou pessoas físicas declaradas inidôneas e de 1,5 mil

suspensas.

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Dilma diz que país vai resgatar indústria naval

IGP-10 cai e registra inlação de 1,05% em setembro

Aneel já calcula reduções para energia elétrica

A Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel) divulgou no últi-mo dia 12, que já começou a implementar as medidas anunciadas no dia anterior pelo governo para reduzir o custo da energia elétri-ca a partir do dia 5 de fe-vereiro do ano que vem, quando os consumidores residenciais terão redução média de 16,2% e as em-presas serão beneiciadas com diminuição média de 20,2%, podendo chegar a até 28%, dependendo do porte e da atividade indus-trial. De acordo com in-forme da Aneel, o diretor--geral da agência, Nelson Hübner, disse que o cálcu-lo dos valores na distribui-ção de energia considera as reduções tarifárias nos segmentos de geração e de transmissão, além da di-minuição de três encargos setoriais: reserva global de reversão (RGR), conta de consumo de combustíveis fósseis (CCC) e conta de desenvolvimento energéti-co (CDE).

A conta CCC, que inan-cia o uso de combustíveis na geração de energia ter-melétrica, e a conta RGR, que indeniza investidores por possíveis reversões de concessão do serviço, serão extintas. Enquanto isso, a CDE, que subsidia as tarifas de energia dos consumidores de baixa renda e do Programa Luz para Todos, será reduzida a 25% do preço atual. Para compensar, o governo pre-vê aporte anual de R$ 3,3 bilhões, com recursos do

Tesouro Nacional. Segun-do Hübner, a Aneel fará uma revisão tarifária para todas as concessionárias de energia elétrica, que tam-bém já estão autorizadas a prorrogar os contratos de concessão pelo prazo de 30 anos, no caso das usinas hidrelétricas e empresas de transmissão e de distri-buição. As usinas termelé-tricas podem renovar por 20 anos. Todas concessões são prorrogáveis por uma única vez, de acordo com a Medida Provisória 579,

publicada no Diário Oicial da União.

A MP ressalva, contudo, que a prorrogação das con-cessões está condicionada à aceitação, pelas empre-sas, dos cálculos de remu-neração feitos pela Aneel. As geradoras elétricas de-vem também comerciali-zar a energia em regime de cotas e atender aos padrões de qualidade ixados pela agência. Os concessioná-rios de transmissão tam-bém têm que aceitar a re-ceita calculada pela Aneel e as distribuidoras estarão sujeitas a condições prees-tabelecidas de fornecimen-to, com vistas a aperfeiçoar a prestação dos serviços.

Os interessados na bus-ca de mais detalhes devem acessar o endereço eletrô-nico do Ministério de Mi-nas e Energia (MME), que aborda os questionamentos mais previsíveis sobre con-cessões ou então o portal www.aneel.gov.br, que esclarece sobre consumo, impostos e contribuições embutidos na conta de luz.

Valter Campanato-ABr

Balança comercial tem saldo positivo de R$ 646 milhões

A balança comercial bra-sileira registrou saldo

positivo de R$ 646 milhões na segunda semana de se-tembro. O resultado é fru-to de exportações no valor de US$ 5,620 bilhões e de importações equivalentes a US$ 4,974 bilhões, segundo números divulgados nesta segunda-feira (17) pelo Mi-nistério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior. No acumulado do ano, o superávit comercial

soma US$ 14,844 bilhões - resultado da diferença entre as vendas externas de US$ 170,663 bilhões e com-pras internacionais de US$ 155,819 bilhões. Houve queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo comercial somou US$ 21,3 bilhões.

Em setembro, a média diária dos embarques exter-nos foi US$ 1,118 bilhão. Houve um pequeno cresci-

mento de 0,9% na compara-ção com o mesmo período de 2011. O aumento é atri-buído ao acréscimo nas ex-portações de manufaturados (+2,8%) e de produtos bási-cos (+5,1%). Em contrapar-tida, retrocederam as vendas de semimanufaturados para o exterior (-18,4%). Houve queda, principalmente, de ferro/aço, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, ferro fundido e celulose.

A média diária das com-pras internacionais somou US$ 932,3 milhões, o que representou baixa de 3,1% em relação a setembro do ano passado (US$ 962,5 milhões). De acordo com o MDIC, caíram os gas-tos, principalmente, com combustíveis e lubriican-tes (-36,23%), aeronaves e partes (-9,2%), borracha (-8,6%), cobre (-6,6%) e cereais/produtos/moagem (-6,3%).

Furnas anuncia reestruturação

através de convênio com o BID

A empresa Furnas, sub-sidiária do grupo

Eletrobras, lançou nesta segunda-feira(17) o Pro-jeto de Reestruturação Or-ganizacional, batizado de PRO-Furnas. O ciclo de reestruturação organiza-cional terá apoio inancei-ro do Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID). O projeto pretende diminuir custos, aumentar a eiciência operacional e a competitividade de Fur-nas, segundo o presidente da empresa, Flavio De-cat. Criada em 1957 para gerenciar a construção da Hidrelétrica de Furnas, em

Minas Gerais, a empresa atua no segmento de gera-ção e transmissão de ener-gia em alta e extra-alta tensão no país.

O convênio com o ban-co, no valor de US$ 500 mil a fundo perdido, foi assina-do na manhã de hoje em ce-rimônia na sede da empre-sa, na zona sul da cidade. O acordo terá duração de um ano e a nova estrutura começará a ser implemen-tada no primeiro trimestre de 2013. A consultoria do projeto – com diagnóstico, elaboração e implantação - será feita pela multinacio-nal Roland Berger Strategy

Consultants, ganhadora do processo de licitação. Com a reestruturação, a direção de Furnas estima economia de aproximadamente 20% com custos até 2018.

- Furnas não estava e ainda não está preparada para um modelo que se instalou no país há muitos anos. Precisamos de uma gestão societária de quali-dade. As empresas estatais têm amarras legais para sua expansão e precisávamos ter eiciência na expansão - disse Decat, ao explicar que a reestruturação irá promover um ajuste na cul-tura da empresa que "tem

uma mesma estrutura e a mesma forma de trabalhar desde que a empresa nas-ceu há 55 anos".

O presidente da em-presa ressaltou que outras medidas para cortar cus-tos e aumentar a eiciência vêm sendo adotadas desde o ano passado, acarretan-do em várias mudanças, como extinções de órgãos internos e a implantação do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal, que prevê a demissão voluntá-ria de empregados até ju-lho de 2013 e admissão de funcionários por meio de concurso público.

Page 4: Edição nº 126

4 ►18 a 24 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

A informalidade é perversa. E não estou falando da forma de tratamento que utilizamos no Rio de

Janeiro não, muito menos da roupa que costumamos vestir. Estou falando do trabalho informal. Se por um lado, ele garante uma remuneração um pouco maior no curto prazo, no médio prazo ele retira dos setores a força e o poder de mobilização, que são fundamentais para qualquer demanda por incentivos ou redução de impostos.

O Turismo é um bom exemplo: todos dizem que o Rio de Janeiro é a capital do turismo no País. Porém, as entidades que atuam no setor apontam uma série de gargalos. O Fórum Permanente de Desenvolvimen-to Estratégico do Estado do Rio de Janeiro publicou no ano passado uma relexão sobre o setor sugerindo uma série de metas e ações em cima deste diagnós-tico. Mas, como gerar uma mobilização do setor, ou retratá-lo ielmente se, segundo dados da Secretaria estadual de Turismo, só na cidade do Rio 50% dos tra-balhadores são informais? Como mostrar a força eco-nômica do setor, se além dos trabalhos não especiali-zados se escondem atrás desta informalidade serviços que exigem padrões internacionais de segurança?

Tirar da informalidade não deve ser uma luta ape-nas do governo. Deve fazer parte das preocupações de todas as entidades que lidam com o Turismo e dos turistas também, que tem um papel importantíssimo na denúncia. Temos um cenário promissor na área do Turismo para os próximos anos. É o momento de investir, mas também de transformar. Na medida em que são contabilizados, os trabalhadores passam tam-bém a ter garantias e direitos, não são só deveres. E mais: ganham força para acelerar o tão necessário e urgente processo de desburocratização.

GeIZa Rocha é jornalista e secretária-geral

do Fórum Permanente de desenvolvimento

estratégico do estado do Rio de Janeiro

ornalista Roberto marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Perversa informalidade

Lei de deputada caxiense édebatida na Câmara do Rio

A presidente da Comis-são de Assuntos da

Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada Claise Maria Zito (PSD), disse que pretende derrubar o veto parcial à lei 6.308/12, de sua autoria. A norma inclui a Semana Estadual de Informação e Conscientização sobre o Transtorno de Déicit de Atenção com Hiperativida-de (TDAH) no calendário oicial do estado. A decla-ração foi feita em audiência pública, na Câmara de Ve-readores do Rio de Janei-ro, quando foi discutida a aplicação da Lei Municipal 5.416/12, de autoria do ve-reador Tio Carlos (DEM), que prevê tratamento dife-renciado e encaminhamen-to para o SUS dos alunos da rede municipal de ensino que sofram do transtorno.

"O artigo vetado dizia que a semana referida poderia ser realizada pelas Secreta-rias de Estado de Saúde e de Educação, bem como pelos Conselhos Tutelares, que promoveriam atividades como palestras, exposição de painéis, apresentação de estudos e pesquisas na área, divulgação de cartazes e livretos", explicou a parla-mentar.

Claise Maria Zito defen-deu a produção de materiais

informativos para auxiliar a conscientização de pais e responsáveis. "É importan-te para que, por exemplo, este material possa ser dis-tribuído nas escolas duran-te as reuniões de pais e que haja, de fato, a conscienti-zação e que seja facilitada a identiicação dos casos. Por isso o artigo vetado é de grande relevância", acres-centou a deputada. Autor da lei municipal, Tio Car-los, que também preside

a Comissão da Criança e do Adolescente da Câma-ra Municipal, airma que o TDAH traz impactos não só para a criança. "Além de baixo rendimento escolar, o TDAH gera conlitos so-ciais que diicultam a vida da criança e dos familia-res, provocando fracassos e frustrações constantes", frisou o vereador.

Estiveram presentes na audiência a coordenadora de Saúde Escolar da Secre-taria Municipal de Saúde da capital, Aline Bressan; a representante da Secreta-ria Municipal de Educação, Kátia Regina de Oliveira Rios; a psicóloga e presi-dente da Associação Brasi-leira de Déicit de Atenção, Iane Kestelman; o psiquia-tra e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, Pau-lo Mattos, e a neuropsicólo-ga Ângela Alfano.

Divulgação

Amigos e parentes dão adeus

ao comunicador Lucas

Foi sepultado na tarde de domingo (16) o corpo

de Luiz Carlos dos Santos, o Lucas, que ocupava o cargo de Secretário de Comunica-ção da Prefeitura de Duque de Caxias. Ele foi vítima de câncer, tendo falecido na noite de sábado (15), no Hospital Cardoso Fontes. Lucas era apaixonado por literatura e música. Minei-ro de Juiz de Fora, se des-tacava no meio cultural da cidade, tendo participado, como vocalista, da banda de rock progressivo O Ventre, e lançado poemas e crôni-cas em órgãos de imprensa e publicações alternativas. Também teve experiência em rádio, trabalhando na primeira emissora FM da cidade, a Som e Lazer, onde produzia programas jorna-

lísticos e musicais ao lado do jornalista Josué Cardoso, ao lado de quem foi também membro do Conselho Muni-cipal de Cultura, na década de 90. Presidiu a Fundação Cultural de Magé na década passada. Lucas tinha 55 anos e seu corpo, depois de vela-do na Câmara, foi sepultado no Cemitério Nossa Senho-ra de Belém, no bairro Corte Oito, diante de cxentena de amigos, parentes e colegas de trabalho.

Banco de Imagens

CVM alerta sobre anúncioirregular na internet

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

publicou no Diário Oicial da União do último dia 13 alerta sobre o anún-cio irregular na internet de oportunidades de in-vestimentos. Segundo a CVM, a CRS Medianeira e a Corretora de Títulos e Valores Mobiliários São Gabriel e Associados vêm oferecendo na página da internet www.crsmedia-neira.blogspot.com.br a celebração de contratos.

- Em face da legisla-ção em vigor, títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem di-reito de participação, de

parceria ou de remunera-ção, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos ad-vêm do esforço do em-preendedor ou de tercei-ros, somente podem ser ofertados publicamente mediante registro da ofer-ta e do emissor na CVM - diz o órgão regulador, na Deliberação nº 685. A CVM também informa que “nem a ofertante tam-pouco a oferta pública de valores mobiliários, que vem sendo feita com a utilização de publicidade, foram submetidas a regis-tro perante a CVM, o que conigura infração”.

Receita cobra

dívidas de

empresas e

pessoas físicas

A Receita Federal anun-ciou um conjunto de

ações de cobrança em três frentes a im de arrecadar R$ 86 bilhões em débitos vencidos, acumulados por pessoas físicas e jurídicas nos últimos cinco anos. O órgão enviará a partir de segunda-feira (17) cor-respondência às micro e pequenas empresas inscri-tas no Simples Nacional (regime simpliicado de apuração de tributos), aos inadimplentes beneicia-dos pelo reinanciamento de dívidas previsto na Lei 11.941/2009 e aos 317 con-tribuintes que devem acima de R$ 10 milhões ao Fisco.

De acordo com Carlos Roberto Occaso, secretário de Arrecadação e Atendi-mento da Receita Federal, os contribuintes em atra-so terão 30 dias, a partir do recebimento dos avi-sos, para quitar os débitos. Caso contrário, perderão os benefícios dos regimes especiais nos quais estão inscritos, em se tratando do Simples e da Lei 11.941. Já o grupo de 317 grandes devedores estará sujeito a penalidade, como arrola-mento de bens para garan-tia de pagamento da dívida, rescisão de contratos com o Poder Público e cassação de benefícios. As cartas es-tão sendo enviadas a partir de hoje pelos Correios.

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5►18 a 24 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Mantega reairma que economiaestá em plano aquecimento

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rea-

irmou sexta-feira (14) que, embora a projeção de cres-cimento da economia tenha sido revista de 3% para 2%, a atividade econômica bra-sileira está em pleno aque-cimento neste segundo se-mestre. "Temos que parar de olhar para trás. A taxa é uma média, que está sendo puxada para baixo por cau-sa do primeiro semestre. Conhecemos os detalhes da economia, acompanha-mos vários setores e temos indicadores que apontam para a retomada”, decla-rou, ao participar de evento na capital paulista.

Entre os indicadores que sinalizam ritmo mais acelerado, o ministro des-taca o aumento no volume de crédito, o crescimento da atividade industrial e do comércio varejista. A expectativa do ministério é que no próximo ano o Brasil cresça a uma taxa de 4%. Para o ministro da Fa-zenda, o conjunto de medi-das de estímulo vai permi-tir crescimento sustentado entre 4% e 5% por vários anos. ESTÍMULOS - Mantega

avalia que as ações de estí-mulo adotadas pelo gover-no ainda não resultaram em impacto na economia. “Os efeitos vão se dando aos poucos. A redução da taxa de juros, por exemplo, de-mora de 8 a 10 meses, ain-da mais em um cenário de crise”. Ele destacou, ainda, as medidas de desoneração da folha pagamento e redu-ção das alíquotas de ener-gia que devem surtir efeito no próximo ano.

O ministro justiicou também a inclusão de no-vos setores nas medidas

de desoneração da folha, anunciada ontem (13). Ele explicou que o ambiente atual de pleno emprego faz com que haja aumento do custo da mão de obra, di-minuindo a competitivida-de do setor produtivo bra-sileiro. “Em outros países, em função da crise, o custo da mão de obra está caindo. A situação do Brasil [em relação a criação de vagas] é boa, mas gera problemas para as empresas”, avaliou.

Ao destacar o conjun-to de medidas anticíclicas - abrir mão de receitas e

gastar mais em momentos de desaceleração da econo-mia - , Mantega ressaltou os investimentos previstos até 2016 pela Petrobras, da ordem de R$ 240 bilhões. “Esses recursos não vão depender da crise ou da demanda. Dizem respei-to a exploração dos ativos petrolíferos”, explicou. Ele ressaltou que esses inves-timentos irão permitir que o país exporte petróleo. “Independente da crise in-ternacional, a mundo vai continuar consumindo”, aposta.

Antonio Cruz-ABr

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Caxias recebe equipamentospara medição de chuva

O município de Du-que de Caxias passa

a contar com informa-ções de dois pluviômetros (equipamentos que ser-vem para medir a quan-tidade de água que caiu durante uma chuva). Os aparelhos foram instala-dos na quinta-feira pelo Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Ja-neiro (Simerj), na sede da Secretaria de Integração, Segurança Pública e De-fesa Civil e na Reserva Biológica do Tinguá, na divisa com Nova Iguaçu. Para monitoramento das chuvas, o Simerj orientou funcionários do Instituto Chico Mendes de Conser-vação da Biodiversidade (ICMBio) e técnicos da

Defesa Civil de Duque de Caxias.

Acompanhada pelo Di-retor da Defesa Civil, no município, Luis Cláudio Menezes, e técnicos do órgão, a chefe do Simerj, Michelle Ribeiro, falou da importância dos equi-pamentos que registram a média pluviométrica das regiões. O pluviômetro é um recipiente cilíndrico, exposto ao ar livre para colher a água da chuva. A água da chuva será cole-tada diariamente entre às 9h e 10h e as informações serão enviadas ao Simerj. As médias do dia, do mês e do ano, poderão ajudar, a partir de agora, as auto-ridades na prevenção de ocorrências em áreas vul-

neráveis durante os perío-dos chuvosos.

A Defesa Civil de Du-que de Caxias, junto com técnicos do Serviço Geo-lógico do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro--DRM, montaram um re-latório com o mapeamen-to das áreas de risco do município. As informa-ções farão parte do Plano Municipal de Redução de Riscos que está sendo elaborado pela empresa Regea Geologia e Estudos Ambientais que vai suge-rir medidas de prevenção. O trabalho começou em agosto e deverá estar con-cluído até março.

O Plano Municipal de Redução de Riscos, se-

gundo Luís Cláudio Me-neses, vai indicar ações para impedir e minimizar a ocupação de áreas de riscos em morros, jun-to a barreiras e margem de rios e canais, além da instalação de sistemas para o monitoramento de áreas de risco de enchen-tes. “Na parceria com o Simerj e a secretaria de Estado de Defesa Civil, estamos tentando junto ao governo federal recursos para a instalação de cinco estações pluviométricas automática nos distritos. Os equipamentos enviam dados a cada quinze mi-nutos para o sistema me-teorológico”, disse o di-retor da Defesa Civil Luís Cláudio.

Inadimplência do

consumidor cai pelo

terceiro mês consecutivo

A inadimplência do con-sumidor diminuiu em

agosto, registrando a ter-ceira queda consecutiva. O índice foi 0,45% menor do que no mesmo mês de 2011. Também houve queda, de 1,69%, nas vendas do vare-jo no último mês ante igual período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacio-nal de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na avaliação das entidades, que representam o comércio varejista, os números sinalizam que os brasileiros estão deixando de ir às compras e de assu-mir novos compromissos de crédito, a im de quitar as contas em aberto.

Segundo o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, outro dado que cor-robora a hipótese é que o crescimento das vendas do Dia dos Pais em 2012 foi

modesto: houve incremen-to de 4,75%, contra a alta de 6,86% registrada para a mesma data em 2011. "Há uma associação entre o re-cuo da inadimplência e a queda das vendas no vare-jo. O consumidor reduziu as compras e passa se orga-nizar, em num movimen-to de educação inanceira considerado salutar", disse.

Em julho deste ano, o índice de inadimplência havia diminuído 5,68% em relação ao mesmo mês de 2011, e em junho, 0,27% na mesma base compara-ção. A CNDL e o SPC ava-liam que há uma tendência de queda para o segundo semestre . Para Roque Pellizzarro Junior, até o inal do ano deverá haver novas quedas da inadim-plência. "Teremos índices altos de quitação de dívi-das, principalmente com o pagamento do décimo ter-ceiro salário", aposta.

Indústria coniante na recuperação apesar de

queda no PIB do setor

Apesar da queda de 2,5% no Produto In-

terno Bruto (PIB) da indús-tria no segundo trimestre, o presidente da Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, está coniante na recupe-ração do setor no segundo semestre. A expectativa, segundo ele, é que no pró-ximo ano a indústria cres-ça em torno de 4% a 4,5%. Segundo Andrade, entre o inal do ano passado e iní-cio deste ano o setor sofreu com os efeitos da crise eu-ropeia e com problemas de competitividade, mas fato-res como as medidas toma-das pelo governo começam a surtir efeito.

- Estamos nos recupe-rando por diversos moti-vos: as políticas adotadas pelo governo, a queda dos estoques das empresas, tudo isso está fazendo com que a indústria se recupere, tanto que ainda não está havendo demissões nos setores por causa dessas

expectativas de melhoria no segundo semestre. Por exemplo, a desoneração da mão de obra deu efeito nas empresas a partir de setembro, então, tudo isso vai contribuindo para que o ambiente melhore - disse Andrade ao chegar ao Palá-cio do Planalto para se reu-nir com a presidenta Dilma Rousseff.

O dado do PIB da in-dústria foi divulgado dia 31 pelo Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE). O PIB geral, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,4% no se-gundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre an-terior. O setor que registrou maior expansão foi o agro-pecuário com 4,9%. Na comparação com o segun-do trimestre de 2011, o PIB cresceu 0,5%. No acumu-lado de 12 meses, a expan-são foi 1,2 %. No primeiro semestre, o PIB apresentou aumento de 0,6%.

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6 ►18 a 24 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional Protestos violentos contra ilme anti-islâmicoprosseguem nos países muçulmanos

Novos protestos con-tra um ilme anti-

-islâmico de produção norte-americana foram registrados nesta segun-da-feira (17) em vários países muçulmanos, dei-xando ao menos uma pessoa morta. Desde a se-mana passada, a onda de violência chegou à Euro-pa e à China. As represen-tações diplomáticas dos Estados Unidos e de paí-ses aliados são alvos das manifestações.

Na capital do Afega-nistão, Cabul, houve tro-cas de tiros entre policiais e manifestantes. Carros da polícia foram queimados. No Paquistão, na região de Khyber Pakhtunkhwa,

um manifestante foi morto durante troca de tiros com a polícia. Em Peshawar, uma das maiores cidades do país, estudantes saíram às ruas em protesto.

Nas Filipinas, cerca de 3 mil pessoas queimaram bandeiras israelenses e norte-americanas na cida-de de Marawi. No Iêmen, um protesto de estudantes pediu a expulsão do embai-xador dos Estados Unidos no país. Houve protestos também na Indonésia, em territórios palestinos e na região indiana da Caxe-mira. Ainda são esperados protestos no Líbano, após uma convocação do Hez-bollah.

O ilme “Innocence of

Muslims” (Inocência dos Muçulmanos, em tradu-ção livre), uma produção amadora feita nos Estados Unidos, gerou uma onda de violência em países muçulmanos, por retratar Maomé e o islamismo de forma ofensiva. Na semana

passada, um ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, que matou o embaixador norte-ame-ricano Chris Stevens e três funcionários. A re-presentação foi invadi-da e incendiada.

Governo da Bolívia

monitora plantio de coca

O governo do presi-dente da Bolívia,

Evo Morales, apresen-tou nesta segunda-feira (17) um relatório de-nominado “Monito-ramento Coca 2011” na Bolívia. De acordo com as autoridades, o objetivo do documento é mostrar a quantidade e os locais autoriza-dos para a plantação da erva. Também há informações sobre os preços e uma série de detalhes relativos

à produção da folha de coca.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia informa que o governo boliviano atua em parceria com o Escri-tório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). De acordo com o ministério, o cultivo da folha de coca será subme-tido a um monitoramento por meio do uso da tecno-logia. A nota pode ser lida integralmente no site do ministério.

Greve dos bancários, segundo informa o

comando nacional, deverá ser longa

O presidente da Con-federação Nacional

dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Con-traf) e coordenador do Comando Nacional de Greve, Carlos Cordeiro, disse que a expectativa é que a paralisação dos bancários, marcada para ter início nesta terça-fei-ra (18), seja longa. Se-gundo ele, até o momen-to, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não apresentou uma contraproposta que atenda as reivindicações dos bancários. Na últi-ma quarta-feira (12), a categoria rejeitou a pro-posta dos banqueiros de reajuste de 6% (0,58% de aumento real). Es-tão marcadas para hoje

novas assembleias que, segundo Cordeiro, serão realizadas apenas para or-ganizar a paralisação.

De acordo com ele, as agências icarão fechadas a partir de amanhã, mas o atendimento por meio de caixas eletrônicos conti-nuará a funcionar normal-mente. "Não queremos pre-judicar aposentados. Eles terão ao autoatendimento

funcionando para que pos-sam sacar seus benefícios", disse. Os bancários reivin-dicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.416,38 (atualmente é R$ 1,4 mil), participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 4.961,25 ixos, plano de cargos e salários, elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-

-refeição, da cesta--alimentação, do au-xílio-creche/babá e da décima terceira cesta--alimentação, além da criação do décimo ter-ceiro auxílio-refeição.

Os bancários que-rem ainda mais con-tratações, proteção contra demissões sem motivos e im da rota-tividade. Outra reivin-dicação é o “im das metas abusivas e com-bate ao assédio mo-ral”, além de mais se-gurança. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, por meio da assesso-ria de imprensa, que, no momento, não tem “nada a comentar” so-bre a greve.

Banco de Imagens

Supremo conirma a obrigatoriedade de horário de transmissão de “A Voz do Brasil”

O Supremo Tribunal Federal (STF) con-

irmou a obrigatoriedade de transmissão do progra-ma “A Voz do Brasil” pe-las emissoras de rádio de todo o país no horário das 19h às 20h, de segunda a sexta-feira. A decisão foi do ministro Antonio Dias Toffoli que acolheu recur-so da União e considerou legal a determinação de que empresas de radiodi-fusão sejam obrigadas a retransmitir diariamente o programa no horário de-terminado.

Esse entendimento já foi irmado pela Suprema Corte em apreciação da Ação Direta de Inconsti-tucionalidade, a Adin 561. O recurso da União con-

testava decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Re-gião (TRF4) que permitiu à Rádio FM Independência transmitir “A Voz do Bra-sil” em horário alternativo. A rádio também entrou com recurso no STF para alegar violação do Artigo 220, que prevê que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, proces-so ou veículo não sofrerão qualquer restrição”. O re-curso da rádio foi negado e a decisão do TRF4, refor-mada por Dias Toffoli.

Com uma hora de dura-ção, o programa “A Voz do Brasil” está no ar há mais de 70 anos. Os primeiros 25 minutos são produzidos pela Empresa Brasil de Co-

municação (EBC) e levam aos cidadãos as notícias so-bre o Poder Executivo. Os 35 minutos restantes são

divididos e de respon-sabilidade dos Poderes Judiciário e Legislativo.

Banco de ImagensComeça restituição

do quarto lote do IRA Receita Federal

começou a pagar nesta segunda-feira (17) o quarto lote de restituição do Imposto de Renda do exercício 2012. Serão credita-das simultaneamente as restituições refe-rentes ao quarto lote de 2012 e às residuais dos anos 2008, 2009, 2010 e 2011. O depó-sito bancário soma R$ 1,8 bilhão para 1,958 milhão de contribuin-tes. A maior parte dos

pagamentos refere-se ao exercício 2012, total de R$ 1,7 bilhão, destinados a 1,928 milhão de contri-buintes.

Para saber se estão in-cluídos nos pagamentos liberados, os contribuin-tes devem consultar o site da Receita Federal na in-ternet. Quem não entrou na relação de restituições liberadas até o momento deve veriicar no extrato da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012 se existem pendências.

Tatuadores lutam pela regulamentação

Um pacto com o próprio corpo”.

É assim que Ronaldo Sampaio, um dos fun-dadores da Associa-ção dos Tatuadores e Perfuradores do Brasil (ATPB) deine a relação de quem fez tatuagem ou colocou um piercing no corpo. Ele foi um dos presentes no 2º Brasília Art Tatto, evento que terminou domingo (16).

Segundo Roberto Quindere, conhecido como Gibi, e um dos or-ganizadores do evento, os proissionais do ramo estão se organizando e

investindo mais na qua-lidade dos equipamentos e nos procedimentos de aplicação. O Ministério da Saúde reconhece apenas três tipos de tintas para o uso em tatuagens. A mais recente foi liberada no i-nal do primeiro semestre. Segundo Gibi, o segmen-to já dispõe de cosméti-cos especíicos para faci-litar a cicatrização após o procedimento. “Antes, os proissionais indicavam pomadas de farmácia. O problema é que elas não foram feitas necessaria-mente para a cicatrização de tatuagens".

Reprodução Internet

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7►18 a 24 de Setembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Ministro descarta

aumento no preço

dos combustíveis

Uma eventual alta no preço dos combustíveis

não está na pauta imediata do governo, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na última quinta--feira (13). O ministro air-mou que nos próximos cin-co anos será necessário um investimento de US$ 200 bi-lhões na Petrobras, incluin-do os gastos com exploração na camada pré-sal a partir do ano que vem. Apesar disso, a discussão sobre o reajuste dos combustíveis não será feita neste momento, air-mou Lobão.

Lobão falou sobre o as-sunto em entrevista à im-

Governo desonera folha de

mais 25 setores da economia

O ministro da Fazen-da, Guido Mantega,

anunciou na quinta-feira (13) que 25 setores da economia serão beneicia-dos com desoneração da folha de pagamento, além dos 20 para os quais o in-centivo foi concedido este ano. O benefício levará a renúncia iscal de R$ 60 bilhões na arrecadação nos próximos quatro anos. Para 2013, a previsão é R$ 12,83 bilhões. No primeiro semestre de 2012, o gover-no concedeu igual desone-ração a quatro setores. Em agosto, o benefício passou a valer para mais 15. Ago-ra, empresários dos ramos

da indústria, serviços e transportes conquistaram redução a partir de janeiro do próximo ano.

Os setores contempla-dos deixam de pagar a con-tribuição de 20% ao INSS e arcam com um percen-tual sobre o faturamento, como forma de compensa-ção. De acordo com o mi-nistro Guido Mantega, os empresários beneiciados mantiveram diálogo com o governo e optaram por fazer a troca. “São setores de mão de obra intensiva, cuja folha de pagamen-to tem um peso maior no custo da empresa”, disse Mantega. Segundo o mi-

nistro, em lugar de pagar R$ 21,5 bilhões de INSS, o total de 45 setores be-neiciados desembolsará R$ 8,74 bilhões sobre o faturamento. As empresas exportadoras que aderiram à medida não arcam com qualquer forma de encar-go, uma vez que não têm faturamento aferido pela Receita Federal.

Parte das desonerações deve ser incluída por meio de emendas na Medida Provisória (MP) 563, que desonerou os 15 setores ini-ciais. O restante será objeto de nova MP, prevista para sair até o inal desta sema-na. As medidas fazem parte

do Plano Brasil Maior, que concede incentivos a diver-sos ramos da indústria. Se-gundo Mantega, a medida aumentará a competitivida-de da indústria brasileira. “O mundo vive uma crise onde empresas lá fora estão reduzindo custo da mão de obra. Lá, estão diminuindo salários e benefícios dos trabalhadores. Aqui nada disso acontece”, airmou. Ele prevê um aumento da formalização, face ao custo menor do trabalhador. “O impacto disso será a for-malização. [As empresas] poderão estar contratando mão de obra, aumentando emprego”.

Desonerações já somam

R$ 45 bilhões somente neste ano

As desonerações con-cedidas pelo gover-

no federal a setores da economia já somam R$ 45 bilhões em 2012. O número foi divulgado por Guido Mantega. A renún-cia iscal para 2013, rela-tiva à folha de pagamento, é estimada em R$ 12,830

bilhões e a relativa a bens de capital, em R$ 1,374 bilhão. Mantega disse que as medidas anticícli-cas - abrir mão de receitas e gastar mais em momen-tos de desaceleração da economia - adotadas pelo governo contribuirão para um Produto Interno Bruto

(PIB), a soma das riquezas do país, acima de 4% em 2013. “É a projeção de vá-rios analistas”, declarou.

O ministro disse que a desoneração deve im-pactar ainda a inlação, permitindo que setores beneiciados ofereçam serviços e produtos a pre-

ços mais baratos. “Os se-tores se comprometeram a passar essas reduções de custo para os preços [pagos pelo consumidor]. De certa forma, são obri-gados a repassar, pois eles sofrem hoje a concorrên-cia de produtos importa-dos.”

prensa, após participar do programa Bom Dia, Minis-tro, produzido pela Secreta-ria de Comunicação Social da Presidência da Repúbli-ca em parceria com a EBC Serviços. No dia anterior, a presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse em audi-ência pública no Senado que a previsão de investimentos da estatal na produção de petróleo até 2016 será US$ 131,6 bilhões. Sobre o preço dos combustíveis no país, ela airmou que a empresa não teve prejuízo, mesmo deixando de repassar a alta do óleo para os consumido-res brasileiros.

BB negocia R$ 8,1 bilhões do

Tesouro para safra agrícola

O Banco do Brasil (BB) divulgou “fato rele-

vante” dia 12, no qual co-munica à Comissão de Va-lores Mobiliários (CVM) e o mercado em geral que negocia com o Ministério da Fazenda a “autorização legal” para a concessão de crédito da União, no valor de R$ 8,1 bilhões, destina-do ao inanciamento da sa-fra agrícola 2012/2013. As-sinado pelo vice-presidente de Gestão Financeira e de

Relações com Investido-res do BB, Ivan de Souza Monteiro, o comunicado informa que a negociação de recursos para atender ao plano safra está nos trâmi-tes inais. Destaca também que será em condições i-nanceiras e contratuais que permitam o enquadramen-to da operação como “ins-trumento híbrido de capital e dívida”, conforme deini-do pelo Conselho Monetá-rio Nacional (CMN).

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Governo pretende, agora,

diminuir preço do gásApós diminuir o preço

da energia elétrica, o governo pretende agora re-duzir o preço do gás, disse o Ministro do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio Exterior, Fernando Pi-mentel. “O preço da energia é objeto de um tratamento especial e diferenciado do governo. Trata-se, em um primeiro momento, dos pre-ços de energia elétrica. Mas não é segredo que o governo pretende, e é uma determi-nação da presidenta Dilma, ato contínuo, também traba-lhar nos preços do gás”, de-clarou o ministro para uma plateia de empresários em um fórum realizado na capi-tal paulista.

Ao falar sobre o novo

programa, anunciado pelo governo dos Estados Uni-dos, de compras de títulos pelo Federal Reserve (Fed - Banco Central norte-ame-ricano) – o que pode elevar a entrada de dólares no Brasil e valorizar o real - Pimentel disse que o governo brasi-

leiro não vai abrir mão de manter o câmbio em um ní-vel que possibilite competi-tividade a indústria nacional. “O governo tem um com-promisso de atuar, e o Ban-co Central [BC] tem feito isso com muita competência para manter o dólar em um

patamar ajustado. Hoje mes-mo já houve intervenções do BC neste sentido. O gover-no não vai abrir mão da meta de manter a moeda nacional em um patamar competitivo. Nós vamos reagir a isto”, destacou.

Pimentel disse ainda que o Brasil respeita rigo-rosamente as regras da Or-ganização Mundial do Co-mércio (OMC), e não pode ser acusado de país pro-tecionista. “Nós estamos rigorosamente dentro das normas da OMC. O Bra-sil é campeão em cumprir normas da OMC. Vamos continuar assim. Quem cumpre normas da OMC não está fazendo protecio-nismo”, disse.

Valter Campanato-ABr

Tesouro faz captação no exterior

com menores juros da história

O Tesouro Nacional cap-tou US$ 1,25 bilhão de

investidores norte-america-nos e europeus com taxa de juros de 2,686% ao ano - o menor valor da história para emissões no exterior. O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em janei-

ro de 2023, feita na semana passada. O governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida exter-na com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso signiica que o Brasil devolverá o dinheiro

daqui a dez anos com a cor-reção dos juros acordada, ou seja, de 2,686% ao ano.

Taxas menores de ju-ros indicam menor grau de desconiança dos investi-dores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. A menor taxa até agora ti-nha sido de 3,449% ao ano,

obtida em uma captação em janeiro. A emissão de hoje foi o terceiro lança-mento de títulos da dívida externa em 2012. Em ja-neiro, o governo brasileiro captou US$ 825 milhões. Em abril, o Tesouro fez uma captação em reais e obteve R$ 3,150 bilhões.