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Boletim Informativo _ _Março de 2013
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BOLETIM INFORMATIVO Nº 57
Março de 2013 _____________________________________________
Notícias
Comissão lança Livro Verde sobre o plástico
Tendo por objectivo lançar uma reflexão
mais aprofundada sobre as políticas
relacionadas com os resíduos de plástico, a
Comissão Europeia lançou recentemente
um Livro Verde onde convida os Estados-
Membros, o Parlamento Europeu, o Comité
Económico e Social Europeu e todas as
outras partes interessadas a apresentarem
os seus pontos de vista sobre as sugestões
expostas.
O Livro Verde encontra-se disponível para
download no site da Embopar.
As características do plástico criam
desafios específicos em termos de gestão
de resíduos. O plástico é relativamente
barato e versátil e tem muitas aplicações
Av. da República, 62‐F, 5º 1050‐197 LISBOA Tel: 21 780 80 60
Email: [email protected]
www.embopar.pt
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industriais, o que levou ao seu crescimento
exponencial ao longo do século passado.
O plástico é um material muito resistente e
muito mais duradouro que os produtos que
dele são feitos. Em consequência, a
quantidade de resíduos de plástico tem
vindo a aumentar em todo o mundo. A
longevidade do plástico significa
igualmente que a sua eliminação não
controlada coloca problemas, pois este
pode permanecer no ambiente durante
muitos anos.
Este Livro Verde pretende contribuir para
uma reavaliação dos riscos para o
ambiente e para a saúde humana dos
plásticos presentes nos produtos quando
estes se tornam resíduos, tendo em vista a
sua correcta concepção do ponto de vista
ambiental, tanto funcional como
quimicamente, assim como para lançar
uma reflexão sobre os problemas da
eliminação não controlada dos resíduos de
plástico e do lixo marinho. Pretende ainda
contribuir para fazer avançar a reflexão
sobre a internalização dos impactes ao
longo de todo o ciclo de vida, desde a
extracção das matérias-primas até à fase
de fim de vida, no custo dos produtos de
plástico.
Apesar de o seu impacte ambiental ser
cada vez maior, a legislação da UE não
aborda especificamente os resíduos de
plástico. Apenas a Directiva 94/62/CE
relativa às embalagens fixa objectivos
específicos em matéria de reciclagem de
embalagens de plástico. A Directiva-
Quadro dos Resíduos (2008/98/CE) fixa
um objectivo genérico para a reciclagem
dos resíduos domésticos que abrange,
entre outros, os resíduos de plástico.
A Directiva Resíduos (2008/98/CE) já abriu
o caminho para uma nova abordagem da
gestão dos resíduos. Estabelece uma
responsabilidade alargada do produtor
(artigo 8.º) e identifica as forças motrizes
para uma produção mais sustentável, que
tenha em conta todo o ciclo de vida dos
produtos. Os Estados-Membros são
incentivados a adoptar medidas legislativas
e não-legislativas para reforçar a
prevenção, a reutilização, a reciclagem e
outros tipos de valorização dos resíduos.
Os fabricantes devem ser incentivados a
empenhar-se na criação de pontos de
aceitação de produtos em fim de vida.
Podem participar na gestão dos resíduos e
assumir a responsabilidade financeira por
essa actividade, devendo disponibilizar ao
público informações sobre as possibilidades
de reutilização e reciclagem dos produtos.
Devem ser tomadas medidas adequadas
para incentivar a concepção dos produtos
de forma a minimizar o seu impacte
ambiental e a geração de resíduos durante
a sua produção e posterior utilização.
Essas medidas podem incentivar o
desenvolvimento, a produção e a
comercialização de produtos adaptados a
várias utilizações, tecnicamente
duradouros e adequados a uma gestão em
fim de vida que não prejudique o
ambiente.
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Comissário prefere metas em vez de banir os sacos de plástico
Respondendo aos anseios das ONG´s
ambientais e de alguns deputados
europeus, o Comissário Europeu do
Ambiente, Janez Potocnik, afirmou
recentemente que no que toca aos sacos
de plástico, o caminho a seguir deverá
basear-se no estabelecimento de metas,
em vez da sua simples proibição.
A Comissão encontra-se a finalizar uma
proposta que introduz simultaneamente
metas e instrumentos económicos e que
parece ser a que reúne maior consenso.
Neste momento já alguns Estados-
Membros adoptaram medidas no sentido
de reduzir o uso dos sacos de plástico,
geralmente disponibilizados nos
supermercados para acondicionar as
compras dos consumidores.
Na Irlanda, após a introdução de uma taxa
de 0,15 euros por unidade, a utilização de
sacos de plástico caiu 80%.
Também a Dinamarca e a Bulgária
optaram por adoptar medidas fiscais ao
cobrar taxas sobre os sacos.
A Itália, à margem das leis do mercado
interno, preferiu banir o uso dos
tradicionais sacos de plástico, optando
assim por uma solução mais radical.
Itália penaliza comerciantes que não cumprirem a lei dos sacos de plástico
O Governo italiano vai agravar as coimas
aos comerciantes que não respeitarem a lei
dos sacos de plástico, já que para
acondicionarem os produtos que vendem,
só podem disponibilizar aos seus clientes
finais sacos que sejam biodegradáveis ou
compostáveis.
Segundo a nova lei, as coimas por
transgressão variam entre 2500 e 25000
euros e podem mesmo chegar aos 100 mil
euros no caso de estarem envolvidas
grandes quantidades de sacos.
União Europeia recicla 70% do vidro de embalagem De acordo com a indústria vidreira, a taxa
de reciclagem das embalagens de vidro na
União Europeia alcançou em 2011, pela
primeira vez, os 70%.
Este resultado representa a retoma de
mais de 11 milhões de toneladas de vidro
de embalagem, que, para a Federação
Europeia de Vidro de Embalagem (FEVE)
só foi possível graças ao trabalho
desenvolvido pelas diversas entidades
gestoras de resíduos de embalagens e ao
aumento da sensibilização dos cidadãos
para as práticas de separação e
reciclagem.
A utilização deste casco de vidro ao nível
do processo de fabrico, permite poupanças
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superiores a doze milhões de toneladas de
matérias-primas e evita a emissão de mais
de sete milhões de toneladas de dióxido de
carbono para a atmosfera.
França – Upgrade da retoma de embalagens de plástico pode chegar aos 700 milhões de euros Segundo a agência francesa do ambiente
(ADEME), para serem completamente
eficientes, mantendo o tipo de retoma
actual, os sistemas franceses de recolha e
triagem de resíduos de embalagens, terão
de investir cerca de 200 milhões de euros
para colmatar as lacunas existentes.
Esta é apenas uma das conclusões do
estudo levado a cabo pela ADEME com o
objectivo de analisar se a ampliação da
retoma dos plásticos a todo o tipo de
embalagens é praticável.
O estudo também conclui que se a recolha
selectiva for estendida a todas as
embalagens plásticas, mais de um terço de
todos os centros de processamento de
resíduos não poderiam ser adaptados.
Apenas 2% das centrais de triagem
estariam aptas a processar os resíduos
sem qualquer tipo de investimento.
No que diz respeito ao fluxo de
embalagens, a extensão a todos os
plásticos implicaria um aumento de 16%
em quantidade e 37% em volume.
Em 2011, a França tinha no seu território
244 centros de triagem que recebiam cerca
de 2,9 milhões de toneladas de resíduos,
tendo, em 39% destas estações, sido
detectados problemas de armazenagem.
De acordo com a ADEME, a ampliação da
recolha selectiva a todos os tipos de
plástico, obrigaria a um investimento
adicional entre 400 a 700 milhões de
euros.
Para completar este estudo a ADEME irá
estabelecer diversos cenários potenciais,
cujos resultados serão publicados no início
do próximo ano.
Comissão revê PERSU II
A revisão do PERSU II está a ser
desenvolvida por uma comissão de
acompanhamento constituída pela Agência
Portuguesa do Ambiente, a Entidade
Reguladora dos Serviços de Água e
Resíduos, as Comissões de Coordenação e
Desenvolvimento Regional, a Empresa
Geral de Fomento, representantes dos
restantes sistemas intermunicipais de
resíduos, sendo presidida por Paulo Ferrão,
especialista e docente do Instituto Superior
Técnico e director do MIT Portugal.
O anúncio foi feito por Paulo Lemos,
Secretário de Estado do Ambiente e do
Ordenamento do Território, no 7º Fórum
Nacional de Resíduos, organizado pelo
jornal Água&Ambiente. Segundo o
governante, pretende-se aumentar a
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percentagem de preparação para
reutilização e reciclagem dos resíduos
urbanos assim como o desvio da deposição
de resíduos urbanos biodegradáveis em
aterro sanitário.
O responsável pelo Ambiente assinalou
ainda que o novo PERSU representa uma
oportunidade para compatibilizar os
investimentos necessários, de forma a
assegurar o financiamento num quadro de
rigor e sustentabilidade numa época de
menor recursos financeiros.
Em 2012, a produção de resíduos urbanos
em Portugal registou uma quebra de 7,5%,
em relação a 2011, isto é, diminuiu de 4,9
para cerca de 4,5 milhões de toneladas. A
deposição em aterro sanitário, apesar de
ter sofrido uma redução de quatro pontos
percentuais em 2012, ainda atinge os
54%.
Já o encaminhamento de Resíduos Urbanos
para valorização orgânica – compostagem
e digestão anaeróbia – aumentou de 9%
para 15% em 2012. Foram ainda
encaminhados para valorização energética
18% e encaminhados por recolha selectiva
com vista à reciclagem 13% dos resíduos
urbanos.
Água de Luso lança garrafão de sete litros
Depois de ter lançado um garrafão de 5,4
litros no ano passado, a Água de Luso vai
lançar, pela primeira vez no mercado
nacional, uma nova embalagem com o
formato de sete litros.
Esta nova embalagem da marca Luso,
desenvolvida a pensar nas necessidades
das famílias portuguesas, oferece aos
consumidores mais Água de Luso por um
preço mais económico, menos cerca de
10% por litro, face à embalagem de 5,4
litros, explica a marca em nota de
imprensa. O lançamento desta embalagem
de Água de Luso enquadra-se igualmente
na política de sustentabilidade ambiental
da empresa, traduzindo-se numa utilização
mais eficiente do pet, reduzindo a sua
gramagem por litro.
Danone inova na embalagem
A Danone lançou uma nova embalagem
familiar de iogurte líquido, que oferece
também uma nova fórmula mais nutritiva.
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Para a produção da embalagem familiar, a
marca investiu cerca de 500 mil euros,
alocados à aquisição de uma nova linha de
montagem para a fábrica da Danone, em
Castelo Branco.
O novo produto, que faz lembrar um jarro,
apresenta quatro vantagens, segundo a
marca: Poupança - a nova embalagem é
equivalente a seis garrafas dos tradicionais
iogurtes líquidos; Partilha - todos os
elementos da família podem agora
saborear o produto na quantidade que
desejam e na ocasião que for mais
conveniente; Usabilidade - por ser
concebida com material mais ecológico, a
embalagem é mais fácil e prática de
manusear; A base permite ainda que se
possa guardar facilmente o produto no
frigorífico.
Mau tempo reduz conta da luz
O aumento da produção nas barragens e
nas eólicas e a consequente passagem de
Portugal de país importador a país
exportador de electricidade pode vir a
trazer benefícios na conta da luz, mas só a
partir de 2014.
Segundo o presidente da Associação das
Energias Renováveis (APREN), António Sá
da Costa, este ano não se vai sentir o
impacto destas exportações porque as
empresas produtoras já contrataram o
preço para este ano todo, mas em 2014,
principalmente por causa do mercado
liberalizado, isso pode ser possível.
Para este responsável, estando a produzir
electricidade mais barata e a importar
menos combustíveis fósseis, que são mais
caros que a água, que é gratuita, os
operadores têm mais margem de manobra
para oferecer, no mercado liberalizado,
maiores descontos sobre o preço praticado
no mercado regulado.
Hoje, o maior desconto praticado pelos
operadores de mercado é de 10% na Galp,
mas está dependente da aquisição de um
pacote de serviços. Sem isso, o desconto
mais alto é de 5%, também na Galp. Na
EDP, o maior desconto é de 2%.
No entanto, Sá da Costa alerta que há
muitos outros factores que pesam na
formação do preço da electricidade e que
não é imediato que os preços baixem. É o
caso da chamada tarifa de acesso às
redes, ou seja, o valor que empresas como
a EDP, a Endesa ou a Galp pagam às
Redes Energéticas Nacionais (REN) para
usar as redes de transporte de
electricidade. Este valor é depois
repercutido na conta que os consumidores
pagam todos os meses.
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Ponto de situação do SIGRE – Março 2013
1 – Cobertura territorial Autarquias, sistemas municipais e empresas concessionárias aderentes (Smauts)
Nº de entidades aderentes 32
Área coberta (%) 99,3
População abrangida (%) 99,7
CONTINENTE - ERSUC - ECOBEIRÃO - VALORLIS - VALORMINHO - RESULIMA - BRAVAL - LIPOR - SULDOURO - AMARSUL - ALGAR - AMCAL - GESAMB - ECOLEZÍRIA - Resiestrela - Resíduos do Nordeste - VALORSUL - Resinorte - TRATOLIXO - VALNOR - RESIALENTEJO - Suma Douro - AMBISOUSA - RESITEJO - AMBILITAL R.A.MADEIRA - Valor Ambiente R.A.AÇORES - A.M. Ilha São Miguel - C.M. Horta - C.M. Graciosa - Resiaçores (Terceira e Flores) - A.M. Ilha Pico - A.M. Ilha S.Jorge - A.M. Ilha S. Maria
(Empresa Geral do Fomento - AdP)
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2 – Quantidades retomadas no fluxo urbano (ton.) – comparação homóloga
Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL
2012 39.430 22.046 12.230 4.333 187 1.143 79.369
2013 37.499 23.596 14.057 4.855 241 579 80.827
-4,9% 7,0% 14,9% 12,0% 28,9% -49,3% 1,8%
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3 – Quantidades retomadas no fluxo não urbano (ton.) – comparação homóloga
Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL
2012 382 33.225 4.695 7.139 62 4.932 50.435
2013 576 41.053 6.897 7.174 247 6.556 62.503
50,8% 23,6% 46,9% 0,5% 298,4% 32,9% 23,9%
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4 – Quantidades retomadas totais (ton.) – comparação homóloga
Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL
2012 39.812 55.271 16.925 11.472 249 6.075 129.804
2013 38.075 64.649 20.954 12.029 488 7.135 143.330
-4,4% 17,0% 23,8% 4,9% 96,0% 17,4% 10,4%
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5 - Quantidades declaradas pelas empresas embaladoras
TOTALQuant.
declaradasOrç SPV 2013
(ton.) (ton.)Vidro 350.894 352.318Plástico 180.748 175.694Papel/Cartão 314.491 307.357ECAL 33.269 34.877Aço 43.067 43.614Alumínio 7.842 7.771Madeira 40.626 41.769Outros materiais 2.196 2.172TOTAL 973.133 965.572
PGC
Vidro 350.835 352.280
Plástico 163.469 160.181
Papel/Cartão 281.226 275.937
ECAL 33.269 34.877
Aço 34.765 35.559
Alumínio 7.647 7.617
Madeira 13.413 14.055
Outros materiais 1.950 2.008
TOTAL 886.574 882.514
IND
Vidro 59 38
Plástico 17.279 15.513
Papel/Cartão 33.265 31.420
Aço 8.302 8.055
Alumínio 195 154
Madeira 27.213 27.714
Outros materiais 246 164
TOTAL 86.559 83.058
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6 - Empresas embaladoras/importadoras aderentes