em tempo - 23 de junho de 2014

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 33 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS ANO XXVI – N.º 8.394 – SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ NEM O MELHOR DO MUNDO RESOLVEU 8177-2096 DENÚNCIAS • FLAGRANTES Política A6 Dilma promete novo ciclo REELEIÇÃO Bélgica vence e está classificada NO FINAL Aos 42 minutos do segundo tempo, a Bélgica marcou e venceu a Rússia em disputa no Maracanã pelo Grupo H. A vitória dá a Bélgica a classificação antecipada. Pódio D6 Mundo B4 Francisco excomunga mafiosos PAPA Aos 42 minutos, a Bélgica abriu o placar no contra-ataque Portugueses invadiram a arena com echarpes e camisas da seleção Fantasiados de Tio Sam, torcedores americanos fizeram a festa Cara pintada com as cores da bandeira de Portugal posa para foto EM PARTIDA COM VIRADA EMOCIONANTE E GOL AOS 49 MININUTOS NA ARE- NA DA AMAZÔNIA, PORTUGAL SOFREU PARA EVITAR A DERROTA, A ELIMINAÇÃO ANTECIPADA E A CLASSIFICAÇÃO AMERICANA ÀS OITAVAS DE FINAL. NO PENÚL- TIMO MINUTO DE JOGO, O TIME DE CRISTIANO RONALDO MARCOU, ASSEGUROU EMPATE POR 2 A 2 CONTRA OS EUA E SE MANTEVE VIVO NA COPA DO MUNDO, EMBORA AS CHANCES DE QUEDA AINDA SEJAM GRANDES. PÓDIO D4 E D5 RICARDO OLIVEIRA DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO O melhor do mundo resolveu se sacrificar para tentar manter a seleção de Portugal viva na Copa. Mesmo lesionado, Cristiano Ronaldo entrou em campo para jogar 90 minutos Argélia quebra tabu contra Coreia TABU Há 32 anos, a Argélia não vencia uma partida pelo Mundial. O tabu foi quebrado em alto estilo neste domingo, em Porto Alegre, com a vitória por 4 a 2 sobre a Coreia do Sul. Pódio D6 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO RICARDO OLIVEIRA

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

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ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 33 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

ANO XXVI – N.º 8.394 – SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

NEM OMELHOR

DO MUNDORESOLVEU

8177-2096DENÚNCIAS • FLAGRANTES

Política A6

Dilma prometenovo ciclo

REELEIÇÃO

Bélgica vence e está classifi cada

NO FINAL

Aos 42 minutos do segundo tempo, a Bélgica marcou e venceu a Rússia em disputa no Maracanã pelo Grupo H. A vitória dá a Bélgica a classifi cação antecipada. Pódio D6

Mundo B4

Francisco excomunga mafi osos

PAPA

Aos 42 minutos, a Bélgica abriu o placar no contra-ataque

Portugueses invadiram a arena com echarpes e camisas da seleção Fantasiados de Tio Sam, torcedores americanos fi zeram a festa Cara pintada com as cores da bandeira de Portugal posa para foto

EM PARTIDA COM VIRADA EMOCIONANTE E GOL AOS 49 MININUTOS NA ARE-NA DA AMAZÔNIA, PORTUGAL SOFREU PARA EVITAR A DERROTA, A ELIMINAÇÃO ANTECIPADA E A CLASSIFICAÇÃO AMERICANA ÀS OITAVAS DE FINAL. NO PENÚL-TIMO MINUTO DE JOGO, O TIME DE CRISTIANO RONALDO MARCOU, ASSEGUROU EMPATE POR 2 A 2 CONTRA OS EUA E SE MANTEVE VIVO NA COPA DO MUNDO, EMBORA AS CHANCES DE QUEDA AINDA SEJAM GRANDES. PÓDIO D4 E D5

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AÇÃO

O melhor do mundo resolveu se sacrifi car para tentar manter a seleção de Portugal viva na Copa. Mesmo lesionado, Cristiano Ronaldo entrou em campo para jogar 90 minutos

Argélia quebra tabu contra Coreia

TABU

Há 32 anos, a Argélia não vencia uma partida pelo Mundial. O tabu foi quebrado em alto estilo neste domingo, em Porto Alegre, com a vitória por 4 a 2 sobre a Coreia do Sul. Pódio D6

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AÇÃO

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AÇÃO

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Page 2: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Concurso n. 590 (21/06/2014)

Concurso n. 1071 (20/06/2014)

Extração nº 04877 (21/06/2014)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 79.954 500.000,00

2º 35.849 34.200,00

3º 96.393 33.600,00

4º 16.769 32.800,00

5º 80.273 31.940,00

Concurso n. 1291 (20/06/2014)

15 16 22 38 42 44

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

03 20 32 44 46 50

Segundo sorteio

LOTOMANIALOTOMANIA

Concurso n. 3516 (16/06/2014)

05 44 53 67 77

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

02 03 04 05 06

10 11 12 13 14

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TIMEMANIATIMEMANIA

16 20 21 22 76 77 78

Time do coração

JUVENTUDE/RS

LOTERIAS

Concurso nº 1610 (21/06/2014)

01 04 09 35 36 53

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Concurso n. 1462 (21/06/2014)

02 16 19 34 44

45 48 58 60 61

63 64 65 71 77

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Irã rejeita e critica ação dos EUA contra o Iraque“Somos categoricamente contra uma intervenção dos EUA ou de qualquer outro país no Iraque”, disse Khamenei

Os Estados Unidos foram acusados ontem de tentar re-tomar o controle do

Iraque usando como artima-nha as rivalidades seculares. A acusação foi feita pelo líder supremo do Irã, enquanto os insurgentes sunitas se diri-giam para Bagdá a partir de novas fortalezas ao longo da fronteira síria.

A condenação da ação dos EUA pelo aiatolá Ali Khame-nei veio três dias depois do presidente Barack Obama se oferecer para enviar 300 conselheiros militares para ajudar o governo iraquiano. Khamenei pode querer blo-quear qualquer escolha de um novo primeiro-ministro por parte dos EUA, depois de reclamar em Washington so-bre o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki.

Ontem, militantes invadi-ram um segundo posto de controle na fronteira com a Síria, chegando a duas sema-nas com rápidas conquistas territoriais, enquanto o Estado Islâmico do Iraque e do Levan-te (Isil) persegue o objetivo de ter sua própria base de poder, um “califado” abrangendo os dois países, o que gerou alar-me em todo Oriente Médio e

no Ocidente.“Somos categoricamente

contra uma intervenção dos EUA ou de qualquer outro país no Iraque”, disse Kha-menei. “Não aprovamos isso, já que acreditamos que o governo iraquiano, a nação e as autoridades religiosas são capazes de acabar com a sedição”, prosseguiu.

Alguns observadores ira-quianos interpretaram seu co-mentário como um aviso para que não tentem escolher seu próprio substituto para Maliki, a quem muitos no Ocidente e no Iraque responsabilizam pela crise. Em 8 anos no poder, ele alienou muitos da minoria suni-ta, que dominou o país durante o governo do ditador deposto, Saddam Hussein.

Falando no Cairo, o secre-tário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que os EUA querem que os iraquianos encontrem uma liderança que possa repre-sentar todas as comunidades do país – embora ele tenha re-petido as palavras de Obama, dizendo que não vai determinar ou escolher esses líderes.

Os governos do Irã e dos EUA pareciam estar abertos para uma colaboração contra o Isil, que também enfrenta o presidente da Síria. O aiatolá acredita que o governo iraquiano, a nação e as autoridades religiosas são capazes de acabar com a sedição

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ACÃO

Tiros e overdose no fi m de semana

Um homem identifi cado como Alex Barbosa Moura, 27, foi assassinado na tarde de ontem em frente a sua residência na rua Paraíso, Bairro Mauazinho, Zona Les-te da cidade.

O crime, segundo o Centro Integrado de Operações de Se-gurança (Ciops), foi cometido por dois infratores que chega-ram em uma moto preta, sem placa identifi cada, e efetuaram tiros contra a vítima.

Após os disparos, os sus-peitos fugiram do local sem serem identifi cados. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, populares informaram que Alex Barbosa Moura era assaltante e usuário de drogas. O caso foi registrado no 9° Distrito Inte-grado de Polícia (Dip), mas será investigado pela Delegacia Es-pecializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Morte por overdoseUm corpo de um homem, que

até o fechamento desta edição não tinha sido identifi cado, foi encontrado também na tarde de ontem, na rua Domingos de Lima (antiga rua Belém), no Bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul.

Segundo informações da Polícia, a suspeita é que o homem tenha morrido de overdose. O Instituto Médico

Legal (IML), fez a remoção do corpo para identificação e exames que apontem a real causa da morte.

AssaltoSete homens assaltaram a

fábrica de componentes Nis-sin Brake do Brasil, localizada na avenida Oitis, 534, Distrito Industrial 1, Zona Sul. A ação teve início por volta das 10h e durou até as 14h de ontem.

O assalto ocorreu quando os homens chegaram em dois carros, um VW Voyage de placa OAA8541 e uma Parati não identifi cada, fi zeram 15 funcio-nários de reféns e arrombaram dois caixas que fi cavam dentro da fábrica. Os suspeitos uti-lizaram maçarico, pé-de-ca-bra e mangueira de água no arrombamento dos caixas.

POLÍCIA

Estresse leva ao ataque cardíaco, atesta pesquisa

Cientistas afirmaram ontem ter descoberto como o estresse crônico leva a ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs): provo-cando a superprodução de glóbulos brancos, células de defesa do organismo, que em excesso podem ser prejudiciais.

O excedente de células se acumulam nas paredes das artérias, reduzindo o fl uxo sanguíneo e favorecendo a formação de coágulos que bloqueiam a circulação ou a interrompe, viajando para outra parte do corpo. Os glóbulos brancos “são im-portantes para combater e curar infecções, mas se

você os têm em excesso ou se estiverem no lugar errado, podem ser nocivos”, afi rmou o coautor do estu-do, Matthias Nahrendorf, da Escola de Medicina de Harvard, em Boston.

Há muito tempo os mé-dicos sabiam que o estres-se crônico leva a doenças cardiovasculares, mas não entendiam o mecanismo. Para descobrir este vín-culo, Nahrendorf e uma equipe de pesquisadores estudaram 29 residentes médicos que trabalham em uma unidade de cuidados intensivos. Seu ambiente de trabalho é considerado um modelo para a exposi-ção ao estresse crônico.

HARVARD

Cientistas comprovaram males do estresse para o corpo

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AÇÃO

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

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Page 3: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014 A3Opinião

Enquanto a novel classe média nacional se emburrece, pede mais vale-refeição e continua a acumular motivos para não aceitar o lado positivo da Copa Mundial de Joseph Blatter (“Por que não investir mais em bolsa-família?”); enquanto Dilma Rousseff cruza os dedinhos de onde já se foram as unhas e os anéis, para a Costa Rica tropeçar no topete de Neymar Jr., Manaus decep-ciona os incrédulos e é uma farra só até onde a mobilidade urbana permanece imóvel.

A presidente deve estar arrependida de ter negado aqueles retumbantes R$ 300 milhões, prometidos para bola continuar rolando com mobilidade ainda maior. Perdeu audiência. Tem estrangeiro que não quer voltar para casa e nativa a embalar rede, sonhando com uma barriga crescente, cheia de olhos azuis. A Copa do Mundo da oposição saiu pela culatra. Se o Rio de Janeiro incluiu as favelas no seu programa de turismo de ventura, os alagados de Manaus não fi zeram pior (ou melhor).

Os voluntários recrutados para não deixar turista sem encontrar o hotel revelaram-se verdadeiros missionários da solidariedade. Sim, você é marciano, mas isso não é crime em Manaus, o lugar em que o sol nasce para todos; estacione sua nave a dois quilômetros do Arena Buff et Brasil da Fifa e tente não usar celular em público, procure um banheiro químico, ali o Barack Obama não intercepta ligações privadas. Dilma Rousseff , que governa para todos os brasileiros, menos para prefeito tucano de Manaus, vai soltar de paraquedas um candidato ao governo com a promessa de liberar a BR-319, para o que der e vier. Depois da Copa que deu certo em Manaus, claro.

Porque, neste momento, a maré está mais para piranha do que para sardinha e o que chama atenção do eleitor é bate-cabelo-bate-cabelo do Cristiano Ronaldo. O resto é Brasil. E Dilma querendo ser cidadã de Manaus.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para o largo São Sebastião, que se transformou na praça preferida dos turistas que invadiram Manaus para viver os dias de Copa do Mundo.

Largo São Sebastião

APLAUSOS VAIAS

Festa da carne

Falando em churrascaria, o almoço de ontem na Búfalo foi bastante animado.

Uma ala do restaurante estava ocupada por portugueses, entor-nando litros de vinho. Do outro lado, americano gritando a plenos pulmões “EUA”.

Exagero

Houve português empolgado que chegou a subir na mesa.

Cercado por patrícios que cantavam “vamos vencer em Manaus ô!”.

Na toca da fera

Um colaborador conseguiu en-trar no vestiário de Portugal, antes da chegada dos jogadores.

Aproveitou para fazer um selfi e ao lado da camisa, da chuteira e do calção de Cristiano Ronaldo.

T–Shirt

Os norte-americanos se apai-xonaram por Manaus.

Na noite de sábado, tinha grin-go vestindo camisa t-shirt cujo apelo era ManaUS”, uma refe-rência a United States.

Calor humano

Em Manaus para assistir a Por-tugal X Estados Unidos, o norte-americano Rick Pain, 55, revelou o motivo da paixão por Manaus:

— O povo é acolhedor. Sempre fui muito bem recebido aqui e es-tou muito feliz por ver os Estados Unidos jogarem em uma terra tão encantadora.

Torre de babel

Aliás, o largo São Sebastião se tornou uma verdadeira Torre de Babel.

Na balada do largo, falava-se inglês, italiano, francês, espanhol, alemão e até japonês.

Heróis

Os norte-americanos conse-guiram dar um toque de muito bom humor no pré-jogo.

O que mais se via antes do início da parida eram velhos per-sonagens conhecidos das HQs: Mulher Maravilha, Capitão Amé-rica, Superman e até o bom e velho Tio Sam.

Futebol e rock’n’roll

Quem foi ao largo São Sebas-tião na noite de sábado, pôde ver um dos mais belos espetáculos que só pode ser proporcionado pelo esporte.

Com a praça completamen-te tomada, americanos e por-tugueses dançaram ao som de rock’n’roll, embalados pela banda Soda Billy.

Padrão Fifa 1

Bar da Brahma, Aleixo, 23h35minutos.

O espaço está totalmente lo-tado quando o garçom chega de mesa em mesa e anuncia:

— Desculpem, mas não vamos servir mais chope, porque acabou o gás.

Padrão Fifa 2

Quem lotava o bar e curtia o show de rock se retirou protes-tando contra a falta de um plano B para uma emergência.

— Como é que pode uma choperia trabalhar com ape-nas um reserva de gás? – ques-tionou um.

— É como um taxista recusar uma corrida, porque está sem gasolina! – cobrou outro.

Camarote

O governador José Melo assis-tiu ao jogo EUA X Portugal no ca-marote reservado às autoridades, na Arena da Amazônia, ao lado do prefeito Arthur Virgílio.

Show de civilidade

Virgílio disse que Manaus bateu recorde em todos os espaços reservados aos torcedores.

Tanto na arena, na Fan Fest quanto no largo São Sebastião.

— Tudo na mais perfeita or-dem, com muita paz e ordem. O manauense está dando um show de civilidade – afi rmou.

Satisfeitos

De acordo com pesquisa rea-lizada pelos órgãos de turismo, 97% dos que estão deixando a cidade se declaram satisfeito com o que encontraram.

Preços

De acordo com o prefeito, as pessoas estão cada vez mais inte-ressadas em conhecer Manaus.

— E, além das belezas naturais, bons serviços e atendimento, elas querem encontrar preços acessí-veis – disse o prefeito.

Bye, bye, Dilma

O PTB rachou com a presidente Dilma Rousseff .

O partido que daria 1 minuto e 15 segundos de tempo nas cam-panhas de rádio e TV já informou aos dirigentes do PT que deixará a legenda e apoiará o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Mau exemplo

A decisão pegou as lideranças petistas de surpresa.

O temor dos petistas é que a decisão do PTB estimule outros insatisfeitos como o PP, PR e PSD a desistir da aliança.

Ele acredita

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse que espera que o partido ratifi que o apoio a Dilma, na convenção do partido, marca-da para quarta-feira (25/6).

Para os preços dos rodízios nas chur-rascarias de Manaus, que, na euforia da Copa, saltaram de R$70 para R$100. Não havia necessidade.

Churrasco ‘salgado’

A seleção de Portugal tinha um sério compromisso depois da partida contra os Estados Unidos.

Reservaram uma ala da churrascaria Búfalo para saborear a melhor carne de Manaus.Cristiano Ronaldo e seus companheiros adoram um churrasco. Até porque em

Lisboa só agora começam a aparecer churrascarias no estilo brasileiro.

Cristiano Ronaldo no rodízio

[email protected]

A Copa saiu pela culatra

Uma das maiores novidades crimi-nológicas deste novo século consiste na solidifi cação da tentativa de se ampliar (criminologicamente) o con-ceito de genocídio, classicamente tido como um ataque a um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, com o escopo primordial de dizimá-lo. Dessa tarefa se encarregou o neo-zelandês (Wayne Morrison), professor da Escola de Direito Queen Mary (Universidade de Londres), que já desponta como um dos criminólogos mais importantes do século 21, em razão da sua criteriosa e histórica pesquisa sobre os incontáveis geno-cídios (milhões de cadáveres) pratica-dos desde o fi nal do século 19.

Morrison, com seu livro “Criminolo-gía, civilización y nuevo orden mundial” (Barcelona: Anthropos, 2012), repre-senta para a nova criminologia (crítica) o que o economista francês Piketty vale, hoje, para a desigualdade (“O capital no século 21”). São dois nomes de altíssima reputação (cada um na sua área): dois revolucionários deste sécu-lo (haverá a história de reconhecer). Reivindicando a ampliação do objeto de estudo da clássica criminologia (administrativa), Morrison defende uma nova visão crítica, chamada de global, que deve começar dando a devida atenção para os genocídios que trucidaram (e continuam dizimando) milhões de pessoas.

O conceito de genocídio de Mor-rison é bastante amplo (envolve to-dos os massacres contra qualquer grupo humano – ele cita no seu livro incontáveis exemplos). Zaff aroni (na apresentação deste livro, p. 15 e ss.) sublinha que deveríamos prestar mais atenção (pelo menos) nos massacres (genocidas) provocados pelo Estado. De minha parte, acredito que o me-lhor seria reconhecer como genocídio todos os massacres massivos contra qualquer agrupamento humano por razões de raça (assassinatos massi-vos dos afrodescendentes), cor (mas-

sacre dos jovens negros e pardos), etnia (massacre dos índios), religião, sexo (massacre dos homossexuais), origem, socioeconômicas (massacre dos pobres), machistas (massacre das mulheres em razão do gênero) etc.

Dentre as incontáveis consequên-cias decorrentes da classifi cação su-gerida temos: (a) o genocídio massivo praticado por agentes do Estado seria crime contra a humanidade, (b) imprescritíveis e (c) reparáveis civilmente, também eternamente. Do já famoso livro de Morrison não cons-tam detalhes do genocídio brasileiro, mas ele existe. Mais de um milhão de pessoas foram assassinadas no Brasil, de 1980 a 2012.

Uma muito relevante parcela dessas mortes tem como responsável direto o Estado brasileiro, que protagoniza (por meio dos seus agentes) uma das políticas racistas e genocidas mais cruéis do planeta. Exemplos: em julho de 1993 alguns PMs mataram oito crianças que dormiam em marquises próximas da igreja da Candelária, no RJ; no dia 11/6/14, dois PMs teriam executado Mateus Alves dos Santos e ainda efetuado disparos contra seu acompanhante, no morro do Sumaré (RJ) (“Estadão” 19/6/14: A15). Fatos como esses se tornaram corriqueiros no Brasil. Em São Paulo, de janeiro a abril de 2014, mais de 1600 pessoas foram assassinadas; dessas, 17,7% com sinais inequívocos de execução (“Folha” 13/6/14: C1).

As estatísticas mostram, há anos, que algo em torno de 20% dos as-sassinatos no Brasil são cometidos por policiais (muitos deles, por sua vez, também são mortos por grupos organizados). A grande maioria dos homicídios dos policiais não conta com amparo legal, ou seja, são execuções sumárias, que fazem parte do genocí-dio brasileiro fundado em preconceitos racistas, socioeconômicos etc.

professorLFG.com.br

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

O novo conceito de genocídio

[email protected]

Regi

Uma muito relevante par-cela dessas mortes tem como respon-sável direto o Estado brasileiro, que protagoniza (por meio dos seus agentes) uma das polí-ticas racistas e genocidas mais cruéis do planeta. Em julho de 1993 PMs mataram oito crianças que dormiam em marquises próximas da igreja da Candelária”

Gestantes

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), manifestou se apoio à ao projeto que torna obrigatória a reserva de vagas em estaciona-mentos públicos para gestantes e mães com crianças de até um ano e meio de idade.

O autor

De autoria do senador Anibal Diniz (PT-AC), a proposta altera a lei que já reserva 2% das vagas em áreas próximas dos acessos de circulação de pedestres para veículos que transportem pessoas com defi ciência com difi culdade de locomoção.

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Page 4: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

FrasePainelVERA MAGALHÃES

O comitê de Aécio Neves foi avisado ontem pelo PR de que o partido vai mesmo apoiar a campa-nha de Dilma Rousseff . O recado frustrou aliados do senador mineiro, que sonhavam com mais uma baixa no palanque presidencial. Segundo o relato dos tucanos, o PR informou que o Planalto aceitou trocar o apoio pela cabeça do ministro dos Transportes, César Borges. Ao lugar dele, voltaria Paulo Sérgio Passos. A sigla tem como dote cerca de 1min10s em cada bloco de propaganda na TV.

Liquidação Com as idas do PR para o palanque de Dilma e do PTB para o de Aécio, agora restam dois partidos na pra-teleira das alianças nacionais: PSD e PP. Os dois terão uma semana para se defi nir.

Café indigesto Às 8h de sá-bado, petistas ainda tomavam conhecimento da migração do PTB para o ninho tucano. A perda repentina do aliado era o assunto de parlamentares que embarcavam em Congo-nhas para o lançamento da candidatura Dilma.

“Tem certeza? O líder Vi-centinho (PT-SP) transmitiu a notícia a um incrédulo Candi-do Vaccarezza (PT-SP). “Mas isso é aqui em São Paulo?”, ouviu. “Não, é nacional”, res-pondeu o metalúrgico.

Não gostei Vicentinho estava chateado com a surpresa, noti-ciada a poucas horas do início da convenção do PT. “Por que não avisaram antes?”, perguntou à coluna. “É muito ruim isso.”

Para inglês ver Dirigentes da campanha de Dilma ironizaram a marca Plano de Transformação Nacional, que ela anunciou no

sábado. Dizem que até o nome do pacote pode ser abandonado.

Água na canoa Antes da convenção, Michel Temer avi-sou a Lula que mais diretórios do PMDB estão se aproximan-do de Aécio. Relatou proble-mas em Piauí e Goiás. Não parecia saber que o gover-nador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), iria à casa do tucano no dia seguinte.

Dia de fúria Quem falou com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), diz que ele viveu um domingo de ira por causa da aliança do seu partido com o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), que concorrerá ao Senado. À noite, mandou soltar nota chamando a união de “bacanal eleitoral”.

Porta da rua Para conhe-cedores da trajetória de Paes, que tem 44 anos e já passou por cinco partidos, o episódio deve antecipar o seu desem-barque do PMDB.

Retardatário O ex-gover-nador do Rio, Sérgio Cabral, notou uma evolução com a posse do sucessor. “O governo melhorou muito. Eu sou o rei de chegar atrasado, o Pezão

não atrasa nunca...”

Café frio Em ato político no sábado, Cabral observou que Pezão olhava para o relógio enquanto ele discursava. “Ele nunca olhava o relógio quando eu falava. Você dá o poder e o cara já se sente...”

Dois contra um O candidato do PT ao governo de Minas Ge-rais, Fernando Pimentel, tem dito a aliados que o PSB de Eduardo Campos será “linha auxiliar” de Pimenta da Veiga (PSDB), o can-didato de Aécio no Estado.

Efeito colateral O petista reconhece que o lançamento de Júlio Delgado (PSB) pode ajudar a levar a eleição para o segundo turno. No entanto, as desistên-cias do PSB em São Paulo e Rio lançaram novas dúvidas sobre a candidato própria em Minas.

Linha albanesa O ex-mi-nistro Orlando Silva (PC do B) foi a Brasília para a festa de Dilma, mas não estava bem-humorado quanto às negocia-ções com o partido em SP. Os petistas ainda não entregaram a suplência na chapa ao Sena-do. “Estão abusando da nossa paciência!”, disse.

PR com Dilma

Contraponto

A atração entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o Palácio do Planalto independe dos partidos que o ocupem. Ex-líder dos governos FHC, Lula e Dilma, ele parece bem cotado para voltar ao cargo caso a oposição vença a eleição. No último dia 3, Jucá pediu aos colegas que não deixassem o plenário para votar um projeto. Os tucanos foram tão obedientes que Aníbal Diniz (PT-AC) fez piada:-A bancada do PSDB está bem disciplinada!O presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) se animou:-Quero registrar que eu voto com o líder de hoje e de amanhã, Romero Jucá!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Promessa de campanha

Tiroteio

DE PEDRO TOBIAS (PSDB-SP), deputado estadual, sobre a aliança entre Eduardo Campos (PSB) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Na capital, Campos vai tentar aparecer com Marina e esconder Alckmin. No interior, o contrário. É a política mais velha que existe.

Na terça-feira 17, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei n° 12.993/2014, que altera a lei nº 10.826, de 22 de dezem-bro de 2003 e autoriza o porte de arma de fogo por agentes penitenciários e guardas prisio-nais. Diferente do projeto de lei discutido e aprovado na Câma-ra dos Deputados e no Senado Federal, a presidente vetou a inclusão dos agentes portuários na legislação.

Certamente, a sanção deve ser comemorada. É sabido que as atividades dos integrantes des-sas classes profi ssionais podem comprometer a sua integridade física fora do ambiente labo-ral, pois é líquido e cristalino o estado de risco perene o qual estão submetidos. No entanto, ao vetar o benefício aos agentes portuários, fi ca explícito certo tipo de incoerência.

É de conhecimento público que o governo atual tem um viés ideológico no que diz respeito ao porte de arma no Brasil. Ao igno-rar o referendo do desarmamen-to realizado em 2005, quando mais de 60 milhões de brasileiros votaram contra a proibição do comércio de armas de fogo, o Poder Executivo demonstra que só escuta a população quando bem entende. O veto, então, te-ria sido motivado por interesses meramente doutrinários?

Justifi ca a presidente que o eventual aumento de armas em circulação afronta à política na-cional de combate à violência e ao Estatuto do Desarmamento. Afronta maior não é o governo transferir para o trabalhador a culpa pelo estado de guerra ci-vil que o Brasil vive? O estudo recém-divulgado “Mapa da Vio-lência” aponta que, desde 2005, não houve queda na taxa de ho-

micídios no país. Logo, é correto deduzir que a retirada de armas legais em circulação não inter-fere na segurança pública, pois, obviamente, o marginal não as compra de maneira legal.

Outro contrassenso perceptí-vel é o fato de a presidente da República vetar, em oportunida-des anteriores, dois projetos de leis concebidos no Congresso Nacional e que versavam sobre a mesma matéria. Subitamente, ela mudou de opinião e decidiu enviar ao parlamento uma pro-posição que trata do mesmo assunto? A atitude permite o questionamento: seria uma ati-tude planejada para colher frutos junto com as classes benefi cia-das, em pleno ano eleitoral? A inclusão dos agentes portuários no projeto de lei havia cons-tituído importante vitória para a categoria. A exclusão deles na lei representa, diretamente, igual derrota para eles e as respectivas famílias, que fi cam desprotegidas sem o devido am-paro legal.

E o cidadão “comum”? Fica como está. Refém da crimina-lidade e da lei que o impede de exercer a sua liberdade de escolha de, se quiser, optar em possuir e portar uma arma para sua defesa. De qualquer maneira, a inclusão de mais duas catego-rias profi ssionais mostra, mais uma vez, o quanto o chamado Estatuto do Desarmamento é ab-solutamente desajustado à nos-sa realidade e se baseia, não há dúvidas, nas ideologias retrógra-das que culminaram na criação da extinta URSS em 1917, que até hoje é o maior exemplo de como o Estado pode se tornar cruel e assassino. Aceitem: não existe liberdade sem armas para defendê-la!

Bene Barbosa [email protected]

Bene Barbosa Presidente do

Movimento Viva Brasil

Justifi ca a presidente que o even-tual aumento de armas em circulação afronta à po-lítica nacional de combate à violência e ao Estatuto do Desarma-mento. Afron-ta maior não é o governo transferir para o tra-balhador a culpa pelo estado de guerra civil que o Brasil vive?”

Incoerência baseada em ideologias

Olho da [email protected]

O Mundial de Futebol da Fifa encerra suas atividades no Buff et Brasil, no dia 13 de julho, quando todo mundo já saberá quem venceu o Festival de Bumbás de Parintins (Caprichoso ou Garantido?). O campeonato do “esporte bretão” começou no dia 12 de junho, véspera do Dia de Santo Antônio. Mas tem gente que até hoje não sabe o que começou e quando

DIEGO JANATÃ

A cidade é considerada a capital brasileira da prosti-tuição de menores e um dos principais epicentros do

turismo sexual do país. A cada mês, cerca de mil casos de violência contra as mulheres são identifi cados por

unidades policiais. No Norte e Nordeste, Fortaleza ocupa o 3º na escala de assassinatos de mulheres. Ceará tam-bém é o 2º Estado do Nordeste em termos de estupro

Nicolas Bourcier, correspondente no Brasil do francês “Le Monde”, aborda o turismo sexual na capital do Ceará, onde a vulnerabilidade das crianças aumentaria nas principais

festividades esportivas e grandes eventos.

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Page 5: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014 A5Política

Hissa ‘de olho’ no interior para fortalecer legendaMesmo sem quase dar expediente na prefeitura, vice-prefeito licenciado continua recebendo mensalmente seu salário

Eleito vice-prefeito de Manaus nas eleições de 2012, ao lado do tucano Arthur Neto,

Hissa Abrahão (PPS) é decla-radamente pré-candidato ao governo do Estado no pleito que acontecerá em outubro. Para isso, se licenciou do cargo e cada dia tem se ausentado mais da capital e consequan-temente do gabinete de tra-balho, na tentativa de tornar a legenda mais conhecida dos eleitores que residem nos mu-nicípios do interior.

O afastamento de Hissa das atribuições ligadas à vice-pre-feitura é sentido pela impren-sa, que precisa recorrer aos assessores de imprensa do pré-candidato para conseguir alguma informação, já que, tem se tornado quase impossível contatar o político de maneira direta. Em recente conversa com a reportagem do EM TEM-PO, o presidente estadual do PPS, Guto Rodrigues, revelou que a meta de Hissa é percorrer até o dia 20 deste mês, 44 dos 62 municípios do Amazonas, a corrida contra o tempo seria a responsável por deixar o político “um pouco mais inacessível”.

“Nesta semana, o Hissa es-tará conversando com a po-pulação do Baixo Amazonas, ele deve passar pelas cidades de Parintins e Nhamundá. Es-tamos vendo de perto as ne-cessidades desse povo e por isso não voltaremos atrás da nossa decisão de participar da disputa pelo governo do Esta-do. Sabemos da capacidade técnica e política do Hissa e apostamos em uma campanha de vitória”, destacou Guto.

Durante a produção desta matéria, a reportagem tentou inúmeras vezes ligação para o telefone de Hissa Abrahão, mas todas as chamadas fo-ram direcionadas para a caixa postal. Procurada, a assessoria de imprensa do pré-candidato informou que o licenciamento é resguardado pela lei comple-mentar nº 64/90, que permite ao vice-presidente, vice-gover-nador e vice-prefeito, candida-tar-se a outros cargos, preser-vando seus mandatos, desde que, nos seis meses anteriores

ao processo, não tenham suce-dido ou substituído o titular.

A assessoria admitiu que Hissa tem percorrido alguns municípios do Amazonas, mas ressaltou que isso tem acon-tecido de “maneira esporádi-ca e custeadas com recursos do próprio Hissa”. Conforme informou a responsável pelo setor, o distanciamento não se mostra prejudicial ao trabalho desenvolvido por ele junto ao Executivo Municipal, alegando que mesmo sem Hissa, o ga-binete localizado na sede da Prefeitura Municipal, localizada na Zona Oeste de Manaus, fun-ciona diariamente em horário comercial, assim como as de-mais autarquias municipais.

“Em sua ausência, uma equi-pe de assessores, coordenados pelo chefe de gabinete, atende à população e encaminha os despachos ao vice-prefeito, que em nenhum momento deixou de cumprir com suas funções. Vale destacar, no entanto, que o trabalho de vice-prefeito não se concentra somente no gabinete, entre quatro paredes, mas princi-palmente nas ruas. Ainda no início da administração, quan-do era secretário municipal de Infraestrutura, Hissa deixava o gabinete para conferir obras e conversar com a população. Atualmente, ele está ciente de sua limitação dentro do âmbito municipal, mas sabe que o trabalho não acabou”.

Ainda de acordo com a as-sessoria de Hissa, que também é presidente municipal do PPS, a incumbência de percorrer os municípios do Amazonas, foi dada ao pré-candidato, pelo representante nacional do par-tido, Roberto Freire. “E por mais que sua autonomia adminis-trativa tenha sido arrancada, Hissa segue acreditando que tem o direito e o dever de por em pauta o debate de ideias, discutindo os problemas e apontando as soluções”.

Mesmo desincompatibiliza-do, o vice-prefeito de Ma-naus, Hissa Abrahão, continua recebendo seus vencimentos mensais normalmente. São depositados na cota bancá-ria do pré-candidato, R$ 17 mil, conforme o estabelecido na lei 334 de 9 de janeiro de 2013. “Hissa continua como vice-prefeito, cumprindo as funções como tal. O único em-pecilho é assumir no caso de vacância do prefeito”, finali-zou nota de esclarecimento.

AFASTAMENTO A ausência do vice-prefeito de atribuições ligadas à vice-prefei-tura é sentida pela imprensa. O último encontro público do socialista ao lado do prefeito foi nas come-morações de Ano Novo

SEMCOM

Hissa é pré-candidato ao governo do Amazonas e pretende percorrer 44 municípios do Estado

JOELMA MUNIZEquipe EM TEMPO

PSDB-AM declara apoio a Melo O prefeito de Manaus, Ar-

thur Virgílio Neto, do Partido da Social Democracia Brasi-leira (PSDB), formalizou no úl-timo sábado, dia 21, o apoio às pré-candidaturas do governa-dor do Amazonas, José Melo, a reeleição para o governo do Estado, e do ex-governador Omar Aziz ao Senado.

O encontro político ocorreu no clube Chariot (antigo Meu Xodó Music Hall), localizado na avenida Max Teixeira, no bairro da Cidade Nova, zona Norte da cidade, e contou com a presença de várias

lideranças partidárias e de-putados federais, estaduais e vereadores de Manaus e do interior do Amazonas.

Cerca de cinco mil pessoas participaram do evento de declaração de apoio do PSDB. A legenda é a sétima a inte-grar a base aliada em torno das pré-candidaturas de José Melo e Omar Aziz. A chapa é composta ainda pelo Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Partido Social Demo-crático (PSD), DEM, Partido Republicano Progressista (PRP), Partido Social Cristão

(PSC) e Partido Social Liberal (PSL). Segundo José Melo, a conquista crescente de apoios é uma demonstração de que o Amazonas vive um novo momento político que reflete o anseio da população pela continuidade de investimen-tos, ações e políticas públicas que promoveram avanços em todo o Estado. Melo enfatizou que esses avanços são fru-tos do trabalho realizado em parceria com as prefeituras, como ocorreu em Manaus, e destacou os fortes investi-mentos no interior.

PRÉ-CANDIDATURAJOEL ROSA/ ASSESSORIA

O partido do prefeito Arthur Neto declarou apoio à pré-candidatura de José Melo e Omar Aziz

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Page 6: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Barroso encara Joaquim e deve autorizar trabalho

O ministro Luís Roberto Bar-roso, novo relator do mensalão, já pediu ao ainda presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, a inclusão na pauta de julgamen-to da próxima quarta (25) dos recursos de agravo solicitando autorização para trabalho ex-terno dos condenados. Caso o processo não entre em pauta, Barroso vai decidir monocrati-camente até sexta (27). Tudo indica, em favor dos detentos.

ExpectativaCom sua conhecida preocupa-

ção com direitos humanos desde quando era advogado, o ministro Luís Barroso pode decidir favo-rável aos réus.

Nada feitoO detento José Dirceu tem

oferta de emprego do crimina-lista José Gerardo Grossi, mas Joaquim Barbosa se negou a autorizar o trabalho.

NegativaJoaquim se negou a autorizar

trabalho externo para José Dir-ceu, apesar de atendidos, se-gundo sua defesa, os requisitos fi xados em lei.

Parecer favorávelParecer do procurador-geral,

Rodrigo Janot, em poder do re-lator, é favorável ao trabalho externo dos condenados em regime semiaberto.

Arruda processa juiz na véspera de ser julgado

Às vésperas do julgamento de um dos seus recursos, no Tribunal de Justiça do DF, nes-ta quarta (25), o ex-governador José Roberto Arruda adotou uma estratégia arriscada para quem está prestes a se tornar inelegível pelos rigores da Lei

da Ficha Limpa: processar juí-zes. Ele interpôs várias ações, interpretadas como maneira de protelar as ações em que é réu. Ou tentar desqualifi car aqueles que o têm condenado.

AlvoO principal alvo de Arruda é o

juiz da 2ª Vara da Fazenda, em Brasília, Álvaro Ciarlini. Como foi condenado, quer afastar o juiz dos processos.

ManobrasÁlvaro Ciarlini negou provi-

mento a três tentativas da defe-sa de Arruda de empurrar ações com a barriga, o que irritou o ex-governador.

Prazo fatalO prazo para registro das

candidatura começa em 5 de julho, por isso, se condenado antes desse prazo, Arruda fi-cará inelegível.

Boné penduradoO diretor-geral da Agência

Brasileira de Inteligência (Abin) já pode esvaziar o armário. O general José Elito cogita indicar Luely Moreira Rodrigues para assumir a direção da agência após o fi m do Mundial.

Xeique abusadoO xeique Mansour bin Zayed

bin Sultan Al Nahyan bateu o pé para chegar aos estádios, na Copa, a bordo de helicóp-tero, mesmo com o espa-ço aéreo fechado. O ricaço deixou os organizadores de cabelos em pé. Mas ele tem amigos no primeiro escalão do governo Dilma...

Também queroO Comitê Olímpico Interna-

cional está de olho no sucesso da Fifa Fan Fest e vai aplicar o conceito nas Olimpíadas do Rio, em 2016. A festa deve se chamar

Live Site e será em 11 pontos espalhados pelo Rio.

Menu especialGanha pizza quatro queijos

quem encontrar deputado ou senador fazendo hora extra em julho, como todos os servidores públicos, para compensar as três sessões no Senado e quatro na Câmara, na Copa.

Jabuticaba 1.0Funcionários do Planalto estão

irritados com Expresso V3, criado pelo Serpro – após denúncias de espionagem – para substituir o sistema de e-mails do Outlook. Para funcionar, é preciso trocar a senha toda hora.

Vexame na UFFProfessores da Universidade

Federal Fluminense querem o MP Federal investigando a “per-formance acadêmica” de alunas “costurando as vaginas”, em pro-testo contra estupros na unidade da UFF de Rio das Ostras. A líder, Raissa, já foi recebida por Dilma. A UFF lavou as mãos.

Quase certoApós pesquisa interna, o PP

avisou ao PT que deve declarar apoio ao socialista Paulo Câma-ra, candidato do presidenciável Eduardo Campos ao governo, mas que continuará apoiando Dilma em Pernambuco.

Haja fôlego O presidente nacional do PMDB,

Valdir Raupp (RO), enfrenta uma verdadeira maratona para conse-guir participar das convenções nos dezenove Estados onde o partido terá candidato ao governo.

Tá feia a coisaOs articuladores de campa-

nha da Dilma estão se enten-dendo tão bem quanto os inves-tigadores do sumiço daquele avião da Malásia.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Impulso profi ssional

www.claudiohumberto.com.br

É um gol de bicicleta nos últimos minutos”

Senador Lindbergh Farias, ao anunciar o apoio do PT a Romário (PSB) para o Senado

Presidindo reunião da Cooperativa dos Usi-neiros de Alagoas, o ex-governador Osman Loureiro foi interrompido abruptamente por um industrial do açúcar conhecido menos pela competência empresarial que por uma notória, digamos, liberalidade sexual.

- Doutor Osman, sua braguilha está aberta – alertou o alegre usineiro.- É – respondeu o ex-governador – mas se o senhor fosse sapateiro estaria olhando

para os meus sapatos.

PSOL aposta em Luciana Genro O PSOL lançou neste do-

mingo a candidatura da ex-deputada federal Luciana Genro à Presidência, propon-do uma auditoria na dívida externa do país, a discussão sobre a descriminalização da maconha e uma reforma tributária para aumentar a taxação para os mais ricos.

Luciana assumiu a candi-datura depois que o sena-dor Randolfe Rodrigues (AP) desistiu da indicação. Ele havia sugerido que o depu-tado estadual Marcelo Freixo (RJ) o substituísse, mas este declinou do apoio e indicou Luciana como representante do partido na disputa. O nome dela foi aprovado por unani-midade dos presentes. No en-tanto, não compareceram à

convenção nacional o próprio Randolfe e os deputados Ivan Valente (SP) e Jean Wyllys (RJ). Para Luciana, a ausência desses nomes não signifi ca um racha na sigla. “Temos divergências e embates, mas conseguimos uma vitória por unanimidade na escolha da chapa e do programa de go-verno. Estaremos unidos na campanha”,afi rmou.

Em seu discurso para os membros do PSOL que es-tiveram na convenção, em Brasília, Luciana disse que o partido quer ser a expressão dos protestos que ocorreram no país no ano passado. Mi-litantes gritavam: “a voz de junho está presente, Luciana Genro presidente”. Depois, em entrevista, ela amenizou

a declaração, ao declarar que a legenda quer dar voz aos manifestantes. “Seria muita pretensão dizer que seríamos a voz das manifes-tações, mas queremos dar vossas às pretensões”.

Ela criticou os candidatos Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), dizendo que os três representam proje-tos burgueses. “O PSDB é um retrocesso ao neolibera-lismo, o PT é o continuísmo do que está aí e o Eduardo Campos não sabe se quer retroceder; ele não é a ter-ceira via -, atacou.

Para ela, os três oponentes irão fazer ajustes que acaba-rão prejudicando a maioria dos trabalhadores.

PRESIDÊNCIA

Cabral desiste de disputar o SenadoO ex-governador do Rio,

Sérgio Cabral (PMDB), vai anunciar nesta segunda-fei-ra que abrirá mão da candi-datura ao Senado na chapa do governador Luiz Fernan-do Pezão (PMDB) para o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) ocupá-la, dando caráter for-mal ao movimento “Aezão“. Em nota ofi cial, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou a afi rmar que, depois da ‘suru-ba’ eleitoral - termo utilizado pelo deputado Alfredo Sirkis para defi nir as alianças no Rio na última semana -, as eleições fl uminenses são um “bacanal eleitoral”.

A articulação foi selada, na manhã deste domingo,

no apartamento de Aécio Neves, em Ipanema, junto com Pezão, Cabral e Cesar Maia, além do presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani. Assim, a tendência é que Cabral não dispute qualquer cargo público este ano e assuma formalmente a coordenação da campa-nha de Pezão.

Pelo acordo, embora Pe-zão mantenha a posição de pessoalmente pedir votos para a presidente Dilma Rousseff , seu palanque fi -cará aberto para o presiden-ciável tucano já que a ampla maioria dos candidatos a deputado estadual e fede-ral que integram sua base

estará fazendo campanha nacional para Aécio.

Formalmente, o ex-prefei-to Cesar Maia será o candi-dato majoritário do tucano no estado, mas a expecta-tiva é que a formalização da aliança, que dará quase três minutos de TV a mais para Pezão, faça o “Aezão” se alastrar pelos palanques de deputados no estado. Pe-las contas peemedebistas, a chapa de Pezão tem cerca de 1.400 candidatos a depu-tado federal e estadual que poderiam abraçar a candi-datura nacional tucana.

O movimento é uma rea-ção formal à aliança do PT com o PSB no Rio.

Ex-governador do Rio deverá anunciar a sua desistência da disputa nesta segunda-feira

DIVULGAÇÃO

ELEIÇÕES

Anunciada como “cons-trutora do futuro” na convenção em que o PT ofi cializou sua can-

didatura à reeleição, a pre-sidente Dilma Rousseff pro-meteu no último sábado, dia 21, inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento do país se for reeleita, mantendo a estabilidade da economia e os programas sociais que viraram marca registrada do PT.

Encerrando o evento, Dilma buscou passar a mensagem de que pretende fazer uma campanha sem rancor, mas que não irá “baixar a cabeça nem dobrar os joelhos”.

Durante sua fala, de cerca de uma hora, Dilma enfatizou que não foi eleita para “trair a confiança do povo” e que ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva herda-ram “um legado perverso de décadas perdidas”.

Depois de ser alvo de vaias e xingamentos durante a aber-tura da Copa, ela pregou ser contra “o pessimismo, a me-diocridade e o baixo-astral”.

“No Brasil, as obras são cons-truídas com o fermento da alegria e do otimismo.”

Última a falar na convenção, marcada pelo slogan “Mais mudança, mais futuro”, alfi ne-tou os adversários, mas sem citar nomes.

Para ela, uma década ainda não foi sufi ciente para re-solver “todos os problemas que vêm se arrastando ao longo do tempo”. “Não fui eleita para trair a confi ança do povo e para arrochar o salário do trabalhador. Essa não é minha receita.”

Dilma disse ainda que “nunca fez política com ódio”. “Mesmo quando tentaram me destruir física e emocionalmente por meio do uso de violências continuei amando o meu país. Quem se deixa prender no ódio faz o jogo do adversário.”

A presidente prometeu a criação de um Plano de Transformação Nacional, que irá nortear seu programa de governo. Entre os projetos a serem viabilizados estão o Brasil Sem Burocracia e o Banda Larga Para Todos.

Penúltimo a discursar, o ex-presidente Lula foi logo buscando afastar qualquer coro de “volta, Lula”. “Está chegando o momento em que a gente vai provar mais uma coisa neste país. A gen-te vai provar que é possí-vel uma presidente e um ex-presidente terminarem o seu mandato sem que haja nenhum atrito entre os dois, numa demonstração de que é plenamente possível criador e a criatura viverem juntos em harmonia”, disse.

Convenção do PT que lançou presidente Dilma para reeleição aconteceu no último sábado

VALTER CAMPONATO / ABRS

Durante convenção do PT que ofi cializou a sua candidatura, presidente promete manter programas sociais e economia

Dilma promete ciclo de progressos com reeleição

PROMESSAS Durante sua fala, que durou cerca de uma hora, a presidente enfatizou que, se for reeleita, irá criar um Plano de Transforma-ção Nacional que irá nortear os programas de governo

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Page 7: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Zonas Centro-Sul e Oeste são tomadas por buracosConforme os moradores, a situação piora nos dias de chuva, pois a água empossada prejudica motoristas desavisados

Buracos que se trans-formam em verda-deiras crateras ao longo das vias têm

representado um risco aos moradores, do bairro Nossa Sebhora das Graças, na Zona Centro-Sul de Manaus. A rua do Amparo é um exemplo. No local há um buraco que de acordo com os moradores já vai fazer aniversário de “1 ano de vida”. Olhando de lon-ge, o rompimento no asfalto parece inofensivo, mas ao chegar é possível perceber a expansão do diâmetro.

“O buraco parece ser pe-queno, mas se você olhar dentro, dá para ver que ele está crescendo para os la-dos. Quando chove muito, o barro vai cedendo e des-moronando, a rua fica cheia de lama. Está um perigo”, informou o industriário José Alexandre Aquino, 46.

Toda vez que chove, o diâ-metro do buraco aumenta e os moradores temem que a erosão possa atingir a estru-tura das residências próximas. “O pessoal já jogou entulho dentro do buraco para ver se para de aumentar, mas não

resolveu. Colocaram até umas tábuas ao lado para sinalizar e nada. Se continuar abrindo pode até prejudicar alguma casa. O perigo é maior, porque passa carro pesado por aqui, como o carro do lixeiro, e ajuda a ceder mais”, afirmou o mo-torista Pedro Alves, 61.

Sem iluminação adequada, pedestres e motoristas cor-

rem risco de se acidentar por conta do buraco. “Três meses antes da Copa reclamamos à prefeitura sobre o buraco e ninguém veio aqui fazer nada. Está perigoso para moto e para nós mesmos acabar dentro do buraco. Es-tamos para mudar o nome da nossa rua, em vez de rua do Amparo, será rua do Buraco”, sugeriu o comerciante João

Batista, 51.Em outro bairro, da mesma

zona, a situação se assemelha. A rua Noca Cabral dos Anjos, antiga travessa São José, no bairro Aleixo, possui um bu-raco de aproximadamente 3 metros de extensão por 1,5m de largura. Para não preju-dicar o tráfego, os próprios moradores jogaram entulho sobre ele. “A rua está há mais de 1 ano deste jeito e como passa muito veículo pesado, só faz piorar a situação. Os moradores vão se virando como podem, porque a rua é estreita. Quando chove fica pior”, afirmou o universitário Marcos Queiroz, 22.

Do outro lado da cidade, os moradores da rua Peixe Cavalo, no bairro Tarumã, Zona Oeste, tentaram sina-lizar as crateras com pneus e cadeiras velhas a fim de evitar acidentes.

“A rua está toda esburacada, os moradores são prejudicados pois não tem carro que aguente. Todo tempo temos que ficar fazendo manutenção porque, do começo ao fim, a rua é esbu-racada. Com as chuvas só tem piorado, porque não tem para onde escoar a água e prejudica mais”, disse a administradora Gabriela Lima, 27.

DIE

GO

JAN

ATÃ

Buraco na rua do Amparo, no bairro Nossa Senhora das Graças, oferece riscos para adultos e crianças

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

Projeto de Manaus é elogiadoEm Manaus, durante todo

o fim de semana para con-ferir, in loco, a implantação, pela Prefeitura de Manaus, do projeto Coleta Seletiva Solidária, representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) elogiaram o trabalho da Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), responsável por promover a inclusão efeti-va dos catadores nos ser-viços de coleta de resíduos sólidos da cidade.

“O objetivo está sendo cumprido. Os catadores estão atuando de maneira significativa no processo de limpeza dos locais onde se realizam eventos pela Copa do Mundo, sendo reconhe-cidos pela população e na mídia. Isso resulta em um grande ganho social, além do ganho ambiental, porque os resíduos estão sendo se-parados e reaproveitados, gerando ainda mais renda para os trabalhadores”, ava-liou a consultora do MMA, Rosana Araújo.

Desde o começo do projeto,

que coincidiu com o início dos jogos da Copa, quase 12 toneladas de resíduos sólidos já foram coletadas pelos 44 catadores que fazem parte da Coleta Seletiva Solidária, representando 15 associa-ções, cooperativas e núcleos

de catadores. São plásticos, garrafas pet, latinhas e pa-pelões que deixaram de ir para o aterro municipal de Manaus e foram reutilizados de maneira sustentável.

“Esse está sendo um gran-de passo para a implan-tação da Política Nacional de Resíduos Sólidos na ca-

pital e começamos com o pé-direito. Manaus foi uma das seis capitais, entre as 12 cidades-sedes da Copa, contempladas pelo proje-to. Já tínhamos feito ações parecidas durante o Boi Manaus e o Réveillon, que também se mostraram bas-tante produtivas, mas essa foi a primeira com um nú-mero elevado de catadores”, destacou o secretário da Semulsp, Paulo Farias.

Em visita à Associação de Reciclagem e Proteção Ambien-tal (Arpa), localizada no bairro Novo Reino, Zona Leste, as representantes do ministério acompanharam a triagem dos materiais recolhidos, principal-mente no entorno da Arena da Amazônia e da Fifa Fan Fest, na Ponta Negra. Elas também puderam ver artesanatos pro-duzidos a partir do reaproveita-mento de garrafas pets.

“Sem essa parceria seria impossível trabalharmos, por-que não temos caminhão”, co-mentou Raul Lima, um dos 20 membros da Arpa selecionados para o projeto.

COLETA SELETIVA

ALTE

MAR

ALC

ÂNTA

RA/S

EMCO

M

Representantes do MMA visitaram a Arpa e conheceram o artesanato produzido com pets

AJUDACom os recursos disponibilizados pelo governo Federal, R$ 306 mil, foi possível munir os catadores com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como fardas, luvas, botas, carrinhos

Portugueses prestam homenagem O prefeito de Manaus, Ar-

thur Virgílio Neto, foi homena-geado no último sábado (21), pela Comunidade Portuguesa e Luso-Brasileira do Amazo-nas em evento que também contou com a presença da embaixada e de outras auto-ridades de Portugal.

A solenidade foi realizada no Luso Sporting Clube, no Centro. De acordo com os organizadores do evento, a cerimônia teve por finalidade comemorar o Dia de Portugal e das Comunidades Portugue-sas, celebrado em 10 de junho. A data também faz referência à morte de Luís Vaz de Ca-mões, ocorrida em 1580.

Na ocasião, o prefeito des-tacou a importância do voo direto da TAP que ligou a Europa, a partir da capital portuguesa Lisboa, a Manaus, e disse que novas propostas estão sendo viabilizadas.

“Estamos sonhando com uma rota da Iberia Linhas Aéreas, que ligará Manaus a Madri (Espanha) e a Lima

(Peru), trazendo mais espa-nhóis e peruanos para conhe-cer nossas riquezas. Estudos preliminares apontam que o trajeto é favorável e, assim como o voo direto da TAP Lisboa-Manaus, a nova linha trará também novas oportu-nidades de negócios e inves-timentos no setor turístico”, avaliou Arthur Neto.

O prefeito recebeu das mãos do ministro de Assuntos Par-lamentares de Portugal, Luiz Marques Guedes, a placa de homenagem pelos relevantes serviços prestados à Comu-nidade Portuguesa, especial-mente, enquanto atuou como diplomata na embaixada do Brasil em Portugal.

“Deixaram para fazer suas comemorações em uma data tão importante para nós que é a Copa do Mundo e com a participação da seleção Por-tuguesa jogando aqui em Ma-naus. A Copa abre as portas da cidade para o mundo e turistas de diferentes nacionalidades estão percebendo que a cida-

de tem muito para oferecer. Estou muito feliz em participar desse evento e agradeço por tudo que pude aprender no parlamento português”, res-saltou o prefeito.

“É a primeira vez que ve-nho a Manaus e vejo que a cidade tem uma localização que pode funcionar como uma plataforma quer para efeito de turismo, quer para efeito de negócios, e não apenas com os países da América Latina, mas também com a Europa. Da parte do governo de Por-tugal temos muito interesse em fortalecer essas relações comerciais até pela pujante Comunidade Portuguesa que vive há bastante tempo em Manaus”, afirmou o ministro Luiz Marques Guedes.

O embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Te-les, aproveitou a oportunidade para dizer que o país tem se modernizado, convidando os manauaras para conhecerem melhor Portugal por meio do voo direto da TAP.

ARTHUR NETO

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Ministro Luís Guedes entrega placa ao prefeito de Manaus, pelos serviços prestados à comunidade

RESPOSTASA equipe do EM TEM-PO procurou a Se-cretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) para tratar sobre as denúncias feitas pelos moradores, mas até o fechamento desta edi-ção não obteve retorno

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A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Ex-presidiário, Adriano Rolim não aceitava o fim do relacionamento com Luana Berenice Gonzaga e efetuou sete disparos de pistola contra a universitária

Mulher é morta a tiros na frente de enteado

Adolescente morre após caminhão bater em moto

A adolescente Marielly Santiago da Silva, 16, morreu em um aciden-te de trânsito na tarde do último sábado (21) na avenida Autaz Mirim, pró-ximo ao shopping Grande Circular, bairro São José, Zona Leste da cidade.

Conforme informações da Polícia Civil, a vítima estava na garupa de uma motocicleta modelo Honda 300, de placa NOY0 084, quando o veículo colidiu com um caminhão, de placa NOX 9775. Ainda segundo a polícia, o caminhão bateu no guidon da moto e Ma-rielly caiu e bateu a cabeça na via. A moto era condu-zida por Maria Valdelúcia da Silva Santiago.

A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência

(Samu) e encaminhada ao pronto-socorro João Lúcio, na Zona Leste. Mas, não re-sistiu aos ferimentos e mor-reu no hospital. A polícia não soube informar o nome do condutor do caminhão. O caso será investigado pelo 14ª Distrito Integra-do de Polícia (DIP) como acidente de trânsito.

Mais acidentesOutra colisão aconteceu

por volta das 9h50 de on-tem, na avenida Cosme Ferreira, próximo ao Ser-viço Social da Indústria (Sesi), no bairro Coroado. A colisão entre um carro e uma motocicleta deixou uma vítima lesionada. De acordo com o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsi-to (Manaustrans), agentes foram acionados ao local e a vítima foi atendida pelo Samu.

COLISÃO

A estudante universi-tária Luana Bere-nice Gonzaga das Neves, 22, foi morta

com sete tiros disparados pelo companheiro, o ex-pre-sidiário Adriano Rolim da Silva, que não aceitava o fim do relacionamento de aproximadamente 2 anos. O crime ocorreu por volta das 22h de sábado (21), após os dois discutirem na casa onde moravam, no bairro

Redenção, Zona Centro-Oeste e foi presenciado pelo enteado da vítima, de apenas 4 anos de idade.

Informações de policiais da 17ª Companhia Interati-va Comunitária (Cicom) dão conta de que a criança foi atingida pelo pai, com uma coronhada no rosto, com a arma usada no assassinato, uma pistola PT.100. A polícia encaminhou o menino para a guarda do Conselho Tutelar, onde passará por exames psicossociais. A polícia en-controu na residência em

que a estudante foi morta, a quantia de R$ 12mil.

De acordo com o padras-to da vítima, o aposentado Carlos Carvalho, 61, Luana saiu da casa onde morava de aluguel com o objetivo de entregar as chaves ao dono e ir embora do lugar, mas ao retornar, encontrou com Adriano e os dois tiveram uma discussão. “Os vizinhos ouviram as “brigas” deles du-rante a noite. Luana dizia que queria se separar e ele não aceitava. A confusão entre eles terminou na garagem da

residência onde a minha filha foi baleada e morta cruel-mente. Não aceitávamos o relacionamento com esse rapaz”, lamentou.

Segundo Carlos, a ente-ada era muito reservada e mantinha o relacionamento com Adriano no sigilo sem comentar aos familiares. “Ela nunca nos contava nada e sempre aparentava estar tudo bem na vida amorosa. Não podíamos prevê o que ocorreu, porque a Luana era muito na dela e resolvia tudo sozinha”, comentou.

ARTHUR CASTRO/AGORA

ERLON RODRIGUES/ARQUIVO EM TEMPO

Universitária foi velada em uma igreja do bairro Alvorada, onde familiares e amigos prestaram as últimas homenagens e pediram Justiça

Vítima morreu após dar entrada no pronto-socorro

ED SALLESEquipe DO AGORA

GLÁURIA SOBREIRAEquipe DO AGORA

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1042 Página B2

Amazônia será mapeada até 2017

DIVULGACÃO

Vizinhança do Maracanã aproveita ruas fechadas O domingo foi de sol e muita alegria para crianças e adolescentes que moram nas proximidades do Maracanã

DIVULGAÇÃO

Aproveitando que toda a área em volta do estádio teve suas ruas interditadas por motivo de segurança, os jovens decidiram realizar partidas de futebol para confraternizar e passar o tempo

Douglas Rios da Silva, de 12 anos, assis-tia tenso a dribles e lances sentado no

meio-fi o da avenida Radial Oeste, Zona Norte do Rio de Janeiro, na tarde de ontem. A bola que ele acompanhava, no entanto, nada tinha a ver com a do confronto Rússia e Bélgica, que acontecia a pou-cos metros dali, no Maracanã. De costas para o estádio, ele torcia para que a partida entre seus amigos da favela Me-trô-Mangueira acabasse logo, para que ele pudesse entrar no próximo jogo.

“Aqui, a gente só tem como jogar bola. É a única diversão. A gente joga ali no gramado do meio da pista, mas é ruim porque tem caco de vidro e cocô de cavalo. Como eles fecharam hoje (ontem), a gen-te veio jogar aqui”, conta ele, apontando para os amigos e o irmão, de pés descalços, no as-falto da via, que fi ca em frente à comunidade em que mora e já foi palco de confronto com policiais e manifestações.

Três jovens e adolescentes jogavam de cada lado, e um time esperava quem perdes-se para “entrar em campo”. Douglas, aluno do quinto ano em uma escola municipal, era o mais novo deles. “Primeiro, a gente tentou arrumar um dinheiro parando os carros, mas os policiais não deixaram. Aí, viemos jogar. Enquanto fi car fechado, vamos conti-nuar aqui”, disse ele, que se referia à atividade irregular de fl anelinha, que ele diz sempre repetir nos dias de jogos na-cionais no Maracanã.

Meninos da comunidade Me-

trô-Mangueira jogam futebol e interagem com turistas em rua interditada por policiais nos arredores do estádio do Maracanã (Tânia Rêgo/Agên-cia Brasil)

Douglas vive com quatro irmãos e a avó na comunida-de, que está sendo removida desde 2011, e dará lugar a um polo automotivo. Ele não vê o pai há 2 anos, e também não sabe o paradeiro da mãe, que é dependente de crack e vive na rua. A família se mudou para lá em 2013, fugindo da violência no complexo do Lins. Desde então, ele conta

que já conseguiu ir ao Mara-canã uma vez.

“Depois que já chega no segundo tempo, muitos cam-bistas jogam o ingresso fora. Aí, eu peguei um e conse-gui entrar para ver um jogo do Vasco”, lembra o jovem fl amenguista, que se explica: “Sou Flamengo, mas queria entrar lá”. Entre os amigos, ele é o único que conseguiu.

A cena do jogo improvisado no asfalto chamou a atenção dos poucos turistas que pas-savam por ali, e muitos tira-ram fotos. Um deles, porém,

resolveu chegar mais perto: o argentino Maximiliano At-twell, de 29 anos. Estudante de arquitetura, ele veio passar o mês da Copa do Mundo assistindo os jogos no Brasil, e aproveitou para ganhar di-nheiro pintando bandeiras no rosto dos torcedores. Ao ver o futebol, logo pediu para jogar. Esperou com Douglas, tirou a camiseta e o tênis, e entrou no time dele.

Paixão nacional“Os brasileiros têm uma pai-

xão muito grande pelo futebol. Vi os meninos aqui e quis jogar com eles. Estou morando na casa de uma família aqui perto e sempre passo por aqui”, con-ta o argentino, que comprou um refrigerante e um biscoito para uma das crianças que assistiam à brincadeira. Co-brando R$ 10 por cada pintura facial, ele responde com uma risada se está dando para ganhar um bom dinheiro: ao abrir a mochila, mostra uma quantidade de notas que nem ele sabe qual é.

Nem dez minutos se passam e uma dupla de colombianos também se aproxima e se interessa pelo jogo. Ambos vestindo uniformes de suas seleções e com perucas imi-tando o ex-jogador Carlos Valderrama, acabam fazendo festa com a plateia de crian-ças e desistem do futebol: “Me chamou muita atenção a alegria desses meninos. Este é o verdadeiro futebol do Brasil. Sei pouco sobre as favelas, e dizem que são muito perigo-sas, mas queria conhecer o outro lado”, disse o publicitário Ivan Leon, de 30 anos.

ESPETÁCULOA cena do jogo im-provisado no asfalto chamou a atenção dos poucos turistas que passavam por ali, e muitos tiraram fotos. Um deles resolveu che-gar perto: o argentino Maximiliano Attwell

Segurança da área em volta do estádio ganhou reforço para evitar mais acidentes

DIVULGAÇÃO

A área de entorno do Ma-racanã ganhou reforço da segurança para as partidas da Copa do Mundo que ainda serão disputadas no estádio, depois das críticas recebidas pela invasão descontrolada de uma centena de torcedores nos dois primeiros jogos. A polícia confi rmou que mobi-lizou mais 600 agentes “trei-nados” e instalou um sistema extra de barreiras para fazer inspeções de segurança nas portas do recinto. No total, serão 3.100 policiais vigiando os arredores da catedral do futebol brasileiro.

Na última quarta-feira, uma hora antes de começar o jogo Espanha x Chile, cerca

de 150 torcedores chilenos derrubaram um muro peri-metral próximo à sala de im-prensa do estádio e correram desesperadamente pela sala cheia de jornalistas e pelos corredores vizinhos tentando encontrar um caminho que os conduzisse às arquibancadas. Alguns dos 1.000 seguranças que vigiavam o interior do estádio conseguiram prender 85 torcedores, e eles foram expulsos do país. Dias antes, na volta do Mundial ao mítico estádio carioca depois de 64 anos, 80 simpatizantes ar-gentinos pularam outro muro e entraram no estádio sem enfrentar a menor resistên-cia. Foram fi lmados em vídeos

que “envergonharam” alguns porta-vozes da Fifa.

O subsecretário de gran-des eventos da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Alzir, afi rmou que a Polícia Militar não impedirá que os torcedores sem in-gressos cheguem às imedia-ções do Maracanã “Na Copa das Confederações, essa medida foi tomada por cau-sa dos protestos, um quadro de anormalidade. Para os próximo jogos, no entanto, a situação é de normalida-de. Tomamos medidas para cobrir a vulnerabilidade que havia. Se não forem sufi -cientes, passaremos a outro nível”, declarou.

Segurança da área reforçada

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

DIVULGACÃO

A maior parte do material descartado pelos jogadores é latinha, o resto é papelão

O projeto de mapea-mento da Amazônia Legal está em an-damento e deve ser

concluído até 2017, segundo o Centro Gestor e Operacio-nal do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), que coordena as operações. Cerca de 55 mil quilômetros quadrados de hidrovias nave-gáveis e 1,2 milhão de quilô-metros quadrados terrestres já foram cartografados.

O Projeto Cartografia da Amazônia foi lançado em 2008 e visa atualizar e con-cluir as cartografias terres-tre, geológica e náutica dos 35% da Região da Amazônia sem informações na escala de 1:100.000, que são mais detalhadas. Dos 5,2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia Legal, 1,8 milhão de quilômetros quadrados não tinham informações cartográ-ficas nessa escala.

Mais importante que a base estruturante da cartografia são os desdobramentos te-máticos para as instituições, órgãos e municípios da região, avalia o diretor de produtos do Censipam, Péricles Cardim. “Traduzir as informações dos mapas e pegar todo o montan-te desse conhecimento para subsidiar o poder decisório de outros órgãos era o que faltava na Amazônia”, disse.

As cartografias auxiliam o planejamento e a execução de projetos de infraestrutura, como rodovias e hidrelétricas, regularização fundiária, segu-

rança territorial e desenvolvi-mento regional.

Os 55 mil quilômetros qua-drados de hidrovias já carto-grafados correspondem a 90 cartas náuticas produzidas ou atualizadas até 2013. Neste ano, serão mapeadas mais cerca de 9,5 mil quilômetros quadrados, em 19 cartas náu-ticas, sendo que sete foram finalizadas até o último mês de maio. O objetivo é ampliar a segurança da navegação nos rios dos Estados do Ama-pá, Amazonas, parte do Acre, Maranhão, de Mato Grosso, do Pará e de Roraima.

Maior coberturaAté 2008, dois navios se

dedicavam a mapear a Re-gião Amazônica, mas, segundo Cardim, não conseguiam atin-gir afluentes mais distantes. Então, dentro do projeto, a Marinha recebeu cerca de R$ 43 milhões, sendo que 90% dos recursos foram para a constru-ção de quatro navios menores, hidroceanográficos, e um de maior porte, oceanográfico. “A partir dessa capacidade, a Ma-rinha amplia a cobertura, ano a ano, nos locais sem mapas ou que precisam de revisita”.

Mais de 95% de todo o transporte comercial da re-gião ocorre por meio dos rios. Além disso, o trans-porte fluvial de passageiros movimenta anualmente 8,9 milhões de pessoas. A segu-rança de navegação também interfere no cálculo do segu-ro do frete comercial.

DIVULGAÇÃO

Cerca de 55 mil quilômetros quadrados (km²) de hidrovias navegáveis e 1,2 milhão de km² terrestres já foram cartografados

Polícia investiga invasão em sítioO sítio do presidente da As-

sembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo, em Rio Bonito, no interior do Estado, foi invadido no final da noite passada de sábado por um grupo de homens armados. Houve troca de tiros e dois po-liciais militares, que faziam a segurança do parlamentar peemedebista, acabaram fe-ridos. Paulo Melo torceu o pé ao tentar se refugiar e foi operado nesta madrugada no hospital regional Darcy Vargas, em Rio Bonito, cidade que fica a pouco mais de 70 quilômetros do Rio.

Na casa, estava também a mulher de Paulo Melo, Franciane, que é prefeita da cidade de Saquarema, na Re-gão das Baixadas Litorâneas,

além de amigos do casal, que conversavam numa área de lazer do sítio.

Os dois policiais chega-ram a ser socorridos no hos-pital Darcy Vargas, mas de lá foram transferidos para o hospital central da Polícia Militar (PM), no Estácio, re-

gião central do Rio. A PM e a Polícia Civil chegaram a fazer buscas na região, mas nenhum dos criminosos foi localizado.

Policiais da 119ª Delegacia Policial (Rio Bonito) realiza-ram perícia no sítio ontem à noite e três funcionários da propriedade já prestaram depoimento. As imagens do circuito interno do local tam-bém serão analisadas. Os in-vestigadores continuam rea-lizando diligências em busca dos criminosos e aguardam a alta médica do deputado estadual Paulo Melo e dos policiais feridos para que eles sejam ouvidos.

Até o momento, nenhu-ma linha de investigação foi descartada.

RIO BONITO

DIVULGACÃO

O sítio invadido fica em Rio Bonito, cidade que fica a pouco mais de 70 quilômetros do Rio

DEPOIMENTOSPoliciais da Delegacia Policial de Rio Bonito realizaram perícia no sítio e três funcioná-rios da propriedade já prestaram depoi-mento. As imagens do circuito interno do local serão analisadas

Resíduos do Itaquerão duplicamA Rede Cata Sampa, grupo

de cooperativas responsável pela coleta de material reci-clável na Arena Corinthians (Itaquerão), espera quase duplicar a arrecadação de resíduos durante a Copa do Mundo. De acordo com Ro-berto Rocha, coordenador do Movimento Nacional de Catadores de Material Re-ciclável, o volume mensal que chega diretamente ao galpão da rede fica em torno de 50 toneladas. “Acredito que até o final [dos jogos], com esse pico que estamos tendo, devem chegar qua-se 100 toneladas”, estimou. O cálculo exclui o material que chega já separado pe-las cooperativas. Ele avalia

que esse incremento deve aumentar de 5% a 10% o faturamento de cada uma das 20 cooperativas que compõem o grupo.

Desde o início do mês, quando começou a funcio-nar o trabalho em parceria

com a Federação Internacio-nal de Futebol (Fifa), as co-operativas arrecadaram 20 toneladas de resíduos. “Nos dias de jogos, conseguimos de cinco a seis toneladas”, relatou. Segundo Rocha, os materiais mais comuns que chegam dos estádios são latinhas de alumínio e pape-lão. “A maior parte é latinha. Esse é um dos materiais com maior valor agregado, e a gente consegue ter um bom retorno”, explicou. A cada partida, trabalham em torno de 50 catadores. Nos dias normais atuam de 15 a 20 recicladores. Além da venda do material coletado, cada catador recebe uma diária de R$ 80.

COPA

PARCERIAO custo operacional também fica a cargo da Rede Cata Sampa, por meio do contrato firmado com a Coca-Cola, empresa res-ponsável pela gestão dos resíduos nos estádios da Copa

Amazônia Legal estará toda mapeada até 2017Garantia é do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), que coordena a operação

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

SOFIA

Estados Unidos retomam ajuda financeira ao EgitoAnúncio foi feito nesse domingo durante visita surpresa do secretário de Estado norte-americano, John Kerry ao Cairo

RUSSIAN PRESIDENTIAL PRESS

Presidente Vladimir Putin acenou com a possibilidade de um plano de paz com a Ucrânia

Putin diz que aceita negociarO presidente russo, Vla-

dimir Putin, recebeu ontem telefonemas dos líderes da França, François Hollan-de, e da Alemanha, Angela Merkel. Os dois pediram a ele que procure negociar com a Ucrânia e controle a entrada de armas e comba-tentes pela fronteira com o país vizinho. Foi a segunda conversa entre os três desde quinta-feira (19).

Pedidos semelhantes te-riam sido feitos à Ucrâ-nia, cujo presidente, Petro Poroshenko, anunciou um cessar-fogo unilateral por uma semana, mas durante o final de semana houve novos combates.

Putin, por sua vez, disse

aos dois líderes que apoia a decisão de Poroshenko de levar adiante um plano de paz, segundo trecho de transcrição do telefonema obtido pela agência Reuters. Pediu apenas que o cessar-fogo ucraniano seja real.

A tensão entre Rússia e Ucrânia vem desde março, quando tropas pró-russas tomaram o controle de ci-dades no leste da Ucrânia após a queda do presidente Vladimir Yanukovich, contrá-rio à entrada do país na União Europeia.

Ele caiu após várias sema-nas de protestos nas ruas, reprimidos com violência. As primeiras eleições ucrania-nas após a queda ocorreram

em maio, em meio às ten-sões com o país vizinho.

Na próxima sexta-fei-ra (27), o presidente Po-roshenko deve assinar um acordo entre a Ucrânia e a União Europeia.

O governo da Ucrânia já tinha assinado os ca-pítulos de diálogo político e cooperação do acordo, porém não os referentes ao estabelecimento de uma área de livre-comércio entre as partes.

Em novembro passado, o então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, desistiu de última hora de assinar a porção econômica do do-cumento, provocando uma onda de manifestações.

UCRÂNIA

O secretário norte-ame-ricano também declarou, durante a visita, que os Es-tados Unidos são favoráveis a que o povo iraquiano es-colha uma liderança prepa-rada para representar toda a população do país.

Segundo o John Kerry, os

curdos, os sunitas e parcela dos xiitas já demonstraram insatisfação com os líderes políticos atuais. Citou tam-bém o aiatolá Ali al-Sistani, influente líder espiritual do país, que já deu declarações sobre a necessidade de se evitar repetir erros do pas-

sado no Iraque.Porém, Kerry não mencio-

nou nominalmente o atual primeiro-ministro, Nuri Ka-mal al-Maliki, em nenhum momento de seu discurso.

O americano reiterou, con-tudo, que a posição formal de Washington é a de não

interferir na escolha de li-deranças em Bagdá.

Kerry fez as declarações em conferência após encon-tro com o presidente egíp-cio, Abdel-Fattah al-Sisi, no Cairo. Ele esteve no Egito como primeira parada de um roteiro pelo Oriente Médio.

Iraque deve escolher liderança inclusiva

Os Estados Unidos liberaram ajuda fi-nanceira de US$ 572 milhões ao Egi-

to, anunciaram ontem autori-dades norte-americanas em uma visita surpresa do secre-tário de Estado, John Kerry, ao Cairo. Trata-se da primeira visita de uma alta autori-dade norte-mericana depois da posse do presidente Abdel Fattah al-Sissi, o ex-chefe do exército que destituiu o presi-dente Mohammed Mursi em julho do ano passado.

A ajuda financeira foi des-bloqueada há aproximada-mente duas semanas, com o sinal verde dado pelo Con-gresso dos Estados Unidos. O montante representa uma parte substancial da ajuda norte-americana a seu alia-do – US$ 1,5 bilhão, incluindo US$ 1,3 bilhão em ajuda mi-litar – que estava congelada desde outubro, condicionada à implementação de reformas democráticas no país.

Jonh Kerry teve um encontro com o chefe de Estado egíp-cio, que prestou juramento há duas semanas, a quem deverá transmitir as reservas de Wa-shington sobre a repressão e as táticas de governo, que, se-gundo os Estados Unidos, divi-dem a sociedade egípcia. Kerry afirmou que que a transição de poder no Egito atravessa “um momento crítico”.

O secretário norte-ameri-cano ainda fez um apelo para que países árabes evitem fi-nanciar forças armadas suni-tas no que estaria se tornando “uma guerra suprafronteiriça entre Iraque e Síria”, por acre-ditar que esses apoios insufla-riam a insurgência iraquiana,

que está se espalhando com rapidez. Adicionou que o gru-po extremista do Estado Islâ-mico no Iraque e no Levante (Eiil) tornou-se uma ameaça a todo o Oriente Médio e possivelmente além.

“Não há margem de segu-rança para financiar grupos como o Eiil e nós desenco-rajamos particularmente in-divíduos que possam estar enviando dinheiro por en-tidades de caridade ilícitas ou duvidosas, crendo ajudar no bem-estar de pessoas que foram deslocadas nos conflitos, mas cujo dinheiro acaba caindo nas mãos de terroristas” disse Kerry.

A viagem ocorreu um dia

depois da confirmação de 183 condenações à morte por um tribunal egípcio, incluindo a do líder da Irmandade Muçulma-na, Mohammed Badie.

O secretário de Estado ini-ciou no Cairo um périplo pelo Oriente Medio e pela Europa, a fim de debater com os aliados dos Estados Unidos a situação no Iraque e a neces-sidade de formar um governo de unidade no país, onde ex-tremistas islâmicos continu-am a ganhar terreno.

AUXÍLIOO secretário norte-ame-ricano ainda fez um apelo para que países arábes evitem financiar forças armadas suni-tas no que estaria se tornando “uma guerra suprafronteiriça ntre Iraque e Síria”

U.S. DEPARTAMENT OF STATE

Durante visita ao Cairo, John Kerry esteve com o recém-empossado presidente egípcio, Abdel Al-Sissi, a quem anunciou os repasses

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Papa excomunga mafiosos em cerimônia na Itália Em visita à Calábria, nesse fim de semana, Francisco se referiu a integrantes da ‘Ndrangheta’ como adoradores do mal

No que depender do papa Francisco, a cena final do filme “O Poderoso Che-

fão” - um acerto de contas entre famílias da máfia para-lelamente a uma cerimônia de batismo - pode não se repetir na vida real. No último sábado (21), em cerimônia na cidade de Sibari, na Calábria, Fran-cisco disse que membros da máfia “estão excomungados”. Ao se referir a ‘Ndrangheta, grupo violento que atua no sul da Itália, Francisco disse que os grupos do crime or-ganizado são um exemplo de “adoração do mal”.

É o mais forte ataque do papa ao crime organizado desde que o papa João Paulo 2º fez uma forte crítica à máfia em 1993.

Em Sibari, Francisco visitou na cadeia o pai de Nicola “Coco” Campolongo, um me-nino de 3 anos de idade morto numa emboscada em janei-ro, e condenou a violência do crime organizado contra crianças. Na época em que o crime ocorreu, Francisco já havia denunciado o crime e pedido que os assassinos se arrependessem. “Que nunca mais uma criança tenha de sofrer assim. Oro continua-

mente por ele. Não se de-sespere”, teria dito o papa, segundo seu porta-voz.

O pai e a mãe de Nicola estão presos sob acusação de participarem do tráfico de drogas. O avô materno, que tinha a guarda do menino e foi morto na mesma embos-cada, era um traficante de drogas sob liberdade condi-cional. Os três faziam parte de um braço da ‘Ndrangheta ligado ao tráfico.

Na mesma prisão onde Francisco encontrou o pai de Nicola, estão presos outros mafiosos. Lá, Francisco disse que eles não deviam perder seu tempo atrás das grades, e sim buscando o perdão de Deus por seus crimes para saírem reabilitados.

“É essencial que os presos compreendam a importância de respeitar os direitos fun-damentais do ser humano”, disse o religioso. Segundo ele, porém, “as instituições pe-nitenciárias devem trabalhar para uma efetiva reinserção dos presos na sociedade”.

“Quando esse requisito não é cumprido, a prisão se conver-te num instrumento de castigo e represália social, danoso ao mesmo tempo para o indivíduo e para a sociedade”, disse. Durante passagem pela Calábria, papa Francisco centrou a sua mensagem aos mafiosos presos a se arrpenderem de seus crimes

AFP

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Sérgio Reis tem alta do hospital

O cantor Sérgio Reis, 73, recebeu alta na manhã de sábado (21) do hospital Al-bert Einstein, em São Pau-lo, onde estava internado desde o último domingo (15). O cantor passou mal na noite de sábado (14) e foi internado na UTI da Casa de Saúde de São Carlos (232 km de São Paulo), sendo transferido para a capital paulista na manhã seguinte.

Sérgio Reis estava na cidade para um show com o cantor Renato Teixeira, em uma festa junina do clube São Carlos.

Ele passou mal no hotel e foi levado para a Uni-med (rede de assistência médica) da cidade e, em seguida, transferido para a UTI da Casa de Saúde. Ele passou por uma série de exames que consta-taram que ele teve uma taquiarritmia (aceleração da frequência cardíaca).

Em 2012, o cantor fi cou dez dias internado em Belo Horizonte (MG) após sofrer uma síncope (perda súbita e rápida da consciência) durante um show e cair de uma altura de cerca de dois metros. Ele fraturou duas costelas e sofreu uma contusão no ombro.

MÚSICA

Morre criador de pôsteres

Anthony Goldschmidt, responsável pela criação de pôsteres icônicos de fi lmes como o de “E.T. - O Extrater-restre” e “Thelma & Louise”, morreu na última terça (17) em Los Angeles, aos 71 anos, mas a notícia somen-te foi confi rmada neste fi m de semana, pelo site da “Hollywood Reporter”.

Goldschmidt fundou em 1979 a empresa Intralink Film Graphic Design, da qual foi presidente por anos. A Intralink criou os pôsteres de fi lmes como “A Cor Púrpura” (1985), “Rain Man” (1988), “Apollo 13” (1995), “Sex and the City” (2008), e redesenhou o lo-gotipo do pégaso da TriStar Pictures nos anos 1990.

Goldschmidt trabalhou no desenho do pôster do Oscar de 2012. “Pôsteres de fi lmes são de fato o úl-timo tipo de arte em pôster nos Estados Unidos”, disse ele em 1991 em entrevista ao “New York Times”.

EUA

John Wayne: o homem e a lendaMarlene Dietrich foi a melhor

transa da vida de John Wayne. Os dois se embolaram nas es-cadarias do hotel Excelsior, em Roma. Nem se preocuparam em chegar ao quarto.

O Anjo Azul germânico não escondeu, durante um período, seu entusiasmo pelo cowboy norte-americano. Na primeira vez em que viu Wayne, espiga-do em seu mais de 1,90m nos estúdios da Universal, Dietrich encostou no diretor Tay Gar-nett e pediu: “Papai, compra aquilo para mim”.

As inconfi dências estão registradas na mais recente biografi a do maior ator de faroeste da história, “John Wayne: The Life and Legend”. Especialista em relatos da trajetória de artistas e direto-res da chamada Era Dourada de Hollywood, Scott Eyman, 63, de fato cumpre o que promete no título.

Mesmo sem esconder seu entusiasmo pela fi gura, o autor

tenta retratar com rigor o ho-mem e a lenda. Mas a cansar a quantidade de depoimentos elogiosos, enumerando as qua-lidades artísticas e humanitá-rias de Wayne.

Nem por isso deixam de surgir aspectos mais delica-dos, a começar pelos confl i-tos que o ator teve, na in-fância, com o próprio nome, Marion Robert Morrison.

“Por que você tem nome de menina”, brincavam os colegui-nhas de escola do garoto.

Aos 9 anos, encheu-se da-quilo e passou a se chamar “Duke” Morrison, tomando em-prestado o nome do cachorro da família. A mudança para John Wayne ocorreu durante as fi lmagens do primeiro fi l-me que estrelou - “A Grande Jornada”, de 1930.

Quase 10 anos depois fa-ria “No Tempo das Diligên-cias”, considerado um dos mais importantes westerns de todos os tempos. Foi

dirigido por John Ford, com quem Wayne teve uma longa e complicada relação.

Não que Wayne, na vida real, fosse um sujeito pacato. Racista, machista e reacioná-rio, chegou a ser presidente da Motion Picture Alliance for Preservation of American Ideals, uma das lideranças na sanha anticomunista do perí-odo da Guerra Fria.

Wayne também militou na ainda mais feroz Sociedade John Birch. E jamais escon-deu suas opiniões, como o livro escancara. Não chegou a servir na Segunda Guerra, o que sempre considerou uma mancha em sua vida.

Ao longo de dolorosas pági-nas, fala de seu combate contra o câncer, “a bruxa vermelha”. Mais do que qualquer palavra, a foto do cowboy perto da morte (em 1979, aos 72 anos), ilustra o quanto a doença deteriorou seu corpo, que era sua vida.

Por Rodolfo Lucena

BIOGRAFIA

Livro conta, além dos fatos, detalhes subjetivos do cowboy

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ULG

AÇÃO

O programa aceita inscrições de fi lmes longa-metragem fi nalizados e ainda inéditos fora do Brasil

Inscrições abertas para Encontros com o Cinema

A Ancine está com inscrições abertas para a sexta edição do programa Encontros com o Cinema Brasileiro. O programa, uma iniciativa conjun-

ta com o Ministério das Relações Exteriores, com apoio do programa Cinema do Brasil, tem o objetivo de aumentar a visibilidade do cinema brasileiro no mercado inter-nacional, investindo na aproximação das relações com os curadores dos principais festivais do mundo.

Nesta edição, virão ao Brasil o diretor artístico do Festival Internacional de Cinema de Roma, na Itália, Marco Müller; o diretor do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, em Cuba, Ivan Giroud; e o membro do comitê de seleção do Festival Internacional de Cinema Docu-mentário de Amsterdã – IDFA, na Holanda, Raul Nino Zambrano.

Os curadores irão assistir a sessões ex-clusivas, selecionadas por eles entre os

fi lmes inscritos no programa. O processo de inscrição será único

para os três festivais, mas cada um dos representantes fará a sua pró-

pria seleção individualmente.Os representantes do IDFA e

do Festival de Havana assistirão aos fi lmes no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Ja-neiro, respectivamente entre os dias 17 e 19 de julho e 30 de julho e 1º de agosto. Já o

representante do Festival

de Cinema de Roma irá a São Paulo para sessões no Museu da Imagem e do Som (Mis), de 24 a 26 de julho. Excepcionalmente, a representante do Festival Biarritz América Latina, na França, Raphaële Monnoyer, tam-bém virá ao país, como convidada especial, e assistirá aos fi lmes junto ao representante do festival cubano.

O programa aceita inscrições de fi lmes de longa-metragem já fi nalizados e ainda inéditos fora do território nacional, ou obras em fase de fi nalização que já possuam corte provisório, capaz de ser projetado em for-mato 35mm ou Blu-Ray.

Os interessados em incluir seus fi lmes nas programações a serem exibidas aos curadores devem preencher o formulário de inscrição disponível no site da Ancine até o dia 7 de julho e indicar um link onde esteja disponível um teaser/trailer, com no mínimo dois e no máximo cinco minutos, contendo legendas em inglês.

As informações das inscrições e os res-pectivos links serão repassados para os curadores que farão, cada um, uma lista com 12 filmes, dos quais ao menos dois serão de associados do Programa Cinema do Brasil.

Os responsáveis pela inscrição de fi lmes que não venham a ser selecionados para a projeção em sala de cinema podem, caso seja de seu interesse, enviar para a Ancine cópias digitais (em DVD ou Blu-ray) de seus trabalhos, que serão entregues em mãos para os curadores dos festivais.

Está confi rmada a vinda para o Brasil de Marco Müller, diretor artístico do Festival Internacional de Cinema de Roma

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AÇÃO

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Page 14: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Programação de TV

5h Jornal Do Sbt

6h Igreja Universal

7h Notícias Da Manhã

SBTGLOBO

4h25 Telecurso Educação Básica - PROFTTS4h40 Telecurso Profi ssionalizante - Administração4h55 Telecurso Ensino Médio - Física5h10 Telecurso Ensino Fundamental

6h30 Record Kids 7h40 Fala Brasil 9h Hoje Em Dia 11h Magazine 12h Alô Amazonas 13h30 Craque Na Tv 13h50 Programa Da Tarde 15h30 Cine Record Especial - “Ela É O Diabo” 17h30 Cidade Alerta 18h55 A Crítica Na Tv 19h40 Jornal Da Record 20h30 Arena Show De Bola 21h30 Vitória 22h30 Reporter Record Investiga-ção 23h30 Roberto Justus + 0h30 Heróis Contra O Fogo 1h15 Programação Iurd

RECORD

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 Momento de feliz intimidade com os fami-liares. No amor, o momento de intensidade nos sentimentos e grande proximidade às pessoas queridas. Os sentimentos são ide-alizados.

TOURO - 20/4 a 20/5 Os bons aspectos do dia estimulam a sensibi-lidade para as relações afetivas. Entusiasmo e exaltação com relação a algumas pessoas. Encontros especiais podem acontecer.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Momento oportuno para trabalhar e lidar com dinheiro e bens materiais, havendo algum favorecimento especial. Maior compreensão de sua situação material.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 O trígono entre Sol e Netuno estimula os sentimentos mais elevados, o senso estético e o idealismo romântico no amor. Por agora, você almeja viver momentos sublimes.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Um momento favorável para encontrar paz interior e alcançar os aspectos mais elevados da mente e da espiritualidade. Na vida prática, os negócios estão favorecidos.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Hoje você tende a se comunicar mais fácil com os amigos e as pessoas importantes ligadas a carreira profi ssional. Você pode receber ou propiciar alguma proteção generosa.

LIBRA - 23/9 a 22/10 O bom aspecto entre o Sol e Netuno faz brilhar sua capacidade como diplomata e negociador, em especial no trabalho e diante as responsabilidades sociais.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Netuno em bom aspecto com o Sol indica um momento estimulante para pensamen-tos elevados e espirituais. Os sentimentos amorosos especiais são despertados.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 As ações práticas mesclam-se com estados de ânimo difusos e voltados para a busca de contato com a harmonia superior e com a inquietação espiritual.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Grande momento para estar fechando acor-dos e se entender com sócios. A cooperação e as parcerias, inclusive no amor, estão se defi nindo de modo a favorecer ambos os lados.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Sua sensibilidade deve ser bem utiliza-da no trabalho e na lida com negócios. Soluções compreensivas e harmoniosas podem ser dadas às questões que precisa resolver.

PEIXES - 19/2 a 20/3 A relação amorosa vive um momento particularmente luminoso. Os sentimentos estão mais intensos e vocês mais próxi-mos. Uma deliciosa fusão está disposta a acontecer.

Cruzadinhas

Seleção brasileira enfrenta a camaronesa pela Copa do Mundo

DIVULGAÇÃO

BAND5h Café Com Jornal Sp

- Português5h30 Globo Rural6h Bom Dia Amazônia6h30 Bom Dia Brasil7h30 Mais Você9h Bem Estar9h35 Encontro Com Fátima Bernar-des10h20 Amazonas TV10h50 Globo Esporte11h15 Jornal Hoje12h Copa do Mundo - Austrália x Espanha14h Pré Hora16h Copa do Mundo - Brasil x Camarões18h20 Jornal do Amazonas18h40 Geração Brasil19h30 Jornal Nacional20h25 Em Família21h40 Tela Quente - Guerreiro0h10 Central da Copa1h05 Jornal da Globo1h35 Revenge - Vício2h25 Copa 2014 - Compacto dos Jogos3h35 Festival de Desenhos

Cinema

Como Treinar o Seu Dragão 2: EUA. Livre. O segundo capítulo da épica trilogia de “Como Treinar o Seu Dragão” leva de volta ao mundo do heróico Soluço e seu leal dragão Banguela. Cinemark 2 – 12h50, 15h30 (dub/exceto segunda-feira), Cinemark 6 – 11h (3D/dub/somente sábado e domingo), 13h, 16h, 18h30 (3D/dub/exceto segunda-feira), 21h (3D/dub/diariamente), 23h30 (3D/dub/somen-te sábado), Cinemark 7 – 12h (dub/somente sábado e domingo), 14h30, 17h05 (dub/exceto segunda-feira), 19h30 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 1 – 13h (3D/dub/exceto terça-feira), 15h30 (3D/dub/exceto quinta-feira e segunda-feira), 18h (3D/dub/exceto domingo), 20h30 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Millennium 3 – 13h30 (3D/dub/diariamente), 16h, 18h30 (3D/dub/exceto segunda-fei-ra); Cinépolis Millennium 8 – 13h45 (dub/diariamente), 16h30 (dub/ex-ceto segunda-feira), 19h, 21h30 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 13h (dub/diariamente), 15h30, 18h (dub/exceto segunda-feira), 20h45 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 2 – 13h30 (3D/dub/exceto terça-feira), (3D/dub/exceto quinta-feira), Cinépo-lis Plaza 4 – 14h, 17h (dub/exceto segunda-feira), 19h30, 21h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 13h05 (3D/dub/somente sábado e domingo), 16h25, 19h05 (3D/dub/exceto segunda-feira), 22h20 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 5 – 14h30, 17h (3D/dub/exceto se-gunda-feira), 19h35, 22h (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 9 – 13h30 (dub/somente sábado e domingo), 16h (dub/exceto segunda-feira); Kinoplex 3 – 14h, 16h20, 18h40, 21h (3D/dub/diariamente), 20h30 (3D/dub/somente segunda-feira); Playarte 1 – 12h20, 14h30, 16h30, 18h50 (3D/dub/exceto segunda-feira), 13h30, 19h, 21h10 (3D/dub/somente segunda-feira), Playarte 3 – 13h15, 18h45, 20h45 (dub/somente segun-da-feira), 14h, 16h10, 18h20, 20h30 (dub/exceto segunda-feira), 22h40 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 4 – 14h01, 16h11 (dub/exceto segunda-feira), Playarte 9 – 12h40, 20h30 (dub/somente segunda-feira), 13h30, 15h40, 17h50, 20h (dub/exceto segunda-feira), 22h10 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Vizinhos: EUA. 14 anos. A comé-dia retrata a vida do casal Mac (Seth Rogen) e Kelly Radner (Rose Byrne) depois da chegada de sua primeira fi lha. Cinemark 1 – 11h20 (dub/exceto segunda-feira, terça-feira e quarta-feira), 13h40, 15h50, 18h20 (dub/

exceto segunda-feira), 23h10 (dub/somente sábado); Cinépolis Ponta Ne-gra 8 – 14h (dub/diariamente), 19h (dub/exceto segunda-feira), 16h30 (leg/exceto segunda-feira), 21h15 (leg/diariamente); Kinoplex 4 – 16h40, 21h40 (dub/diariamente), 21h40 (dub/somente segunda-feira).

BBC Earth? Pequenos Gigantes: EUA. Livre. Cinemark 3 – 11h30 (3D/dub/exceto segunda-feira, terça-feira e quarta-feira), 13h20, 15h (3D/dub/exceto segunda-feira), Cinemark 5 – 17h50 (3D/dub/exceto segunda-feira).

Décimo Terceiro Distrito: EUA. 14 anos. Governo autoriza a cons-trução de um muro de isolamento ao redor dos bairros classifi cados como de alto risco. O pior de todos é o 13º distrito, que é controlado por um chefão do crime. Cinemark 5 – 19h20, 21h40 (dub/exceto terça-feira), 23h50 (dub/somente sábado); Cinépolis Pon-ta Negra 9 – 18h30 (dub/exceto segun-da-feira), 21h (leg/diariamente).

Transcendence: EUA. 12 anos. O dr. Will Caster está trabalhando na construção de uma máquina cons-ciente que conjuga informações so-bre todo tipo de conteúdo com a grande variedade de emoções huma-nas. Cinépolis Millennium 2 – 12h50 (leg/diariamente), 15h40 (leg/exceto segunda-feira), 18h40, 21h20 (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 14h05 (leg/exceto segunda-fei-ra), 20h25 (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 10 – 15h30 (leg/exceto segunda-feira), 21h15 (leg/diariamen-te); Playarte 2 – 13h10, 18h40, 21h05 (dub/somente segunda-feira), 13h40, 16h05, 18h30, 20h55 (dub/exceto segunda-feira), 23h20 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Um Plano Brilhante: EUA. 12 anos. Cinépolis Millennium 6 – 15h, 17h (leg/exceto segunda-feira), 19h30, 22h (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 17h25 (leg/diariamente); Playarte 10 – 13h05, 15h, 16h55, 18h50, 20h45 (leg/exceto segunda-feira), 13h45, 19h05, 21h (leg/somen-te segunda-feira), 22h40 (leg/somente sexta-feira e sábado).

DIVULGAÇÃOESTREIA

CONTINUAÇÕESA Culpa é das Estrelas: EUA. 12 anos.

Cinemark 3 – 16h40, 19h40 (dub/exceto segunda-feira), 22h30 (dub/diariamente), Cinemark 8 – 11h50 (dub/sábado e domin-go), 14h40, 17h30 (dub/exceto segunda), 20h20 (dub/diariamente), 23h20 (dub/sá-bado); Cinépolis Millennium 4 – 14h15, 17h (dub/exceto segunda), 20h 9dub/diaria-mente), Cinépolis Millennium 5 – 13h15 (leg/diariamente), 16h15 (leg/exceto segunda), 19h15, 22h10 (leg/diariamente); Cinépolis Plaza 3 – 13h45 (dub/diariamente), 16h30 (dub/exceto segunda), 19h15, 22h15 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 8 – 14h30 (dub/diariamente), 17h30 (dub/exceto se-gunda), 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 15h05, 18h25 (leg/exceto segunda), 21h25 (leg/diariamente); Ciné-polis Ponta Negra 7 – 14h30 (dub/exceto segunda), 20h (dub/diariamente), 17h15 (leg/exceto segunda); Kinoplex 1 – 13h50 (dub/diariamente), 21h (dub/segunda), Ki-noplex 2 – 13h, 15h40, 18h20 (dub/sábado e domingo), 15h40, 18h20 (dub/sexta), 21h10 (leg/diariamente); Playarte 1 – 21h10 (leg/exceto segunda), 23h40 (leg/sexta e sá-bado), Playarte 6 – 13h05, 18h45, 21h20 (dub/segunda), 13h15, 15h50, 18h25, 21h (dub/exceto segunda), 23h30 (dub/sexta e sábado), Playarte 7 – 13h06, 18h46, 21h21 (dub/segunda), 13h16, 15h51 (dub/exceto segunda).

Malévola: EUA. 10 anos. Cinemark 4 – 11h40 (dub/segunda, terça e quarta), 14h, 16h20, 18h50 (dub/exceto segunda), 21h20 (dub/diariamente), 23h40 (dub/sá-bado), Cinemark 5 – 13h15, 15h40 (dub/exceto segunda); Cinépolis Millennium 3 – 21h (3D/leg/diariamente); Cinépolis Pla-

za 2 – 18h30 (3D/dub/exceto domingo), 21h (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 4 – 16h15, 19h15 (3D/leg/exceto segunda), 13h45 (3D/dub/exceto sábado e domingo); Cinépolis Ponta Negra 10 – 13h (dub/quinta, sábado e domingo); Kinoplex 4 – 14h10, 16h30, 18h55 (3D/dub/diaria-mente), 21h20 (3D/dub/segunda); Playarte 5 – 13h20, 15h20, 17h20, 19h20, 21h20 (dub/exceto segunda), 13h20, 19h15, 21h15 (dub/segunda), 23h20 (dub/sexta e sábado).

Os Homens São de Marte...: BRA. 14 anos. Cinemark 2 – 18h (dub/exceto segunda-feira), 20h30 (dub/diariamente), 23h (dub/sábado); Cinépolis Plaza 7 – 17h15 (exceto segunda), 22h30 (diariamente); Ci-népolis Ponta Negra 6 – 13h15 (sábado e domingo), 15h45, 18h15 (exceto segunda), 20h45 (diariamente); Kinoplex 1 – 16h30, 18h45 (diariamente); Playarte 8 – 13h (segunda), 17h50 (exceto segunda), 22h50 (sexta e sábado).

No Limite do Amanhã: EUA. 12 anos. Playarte 4 – 13h25, 20h30 (dub/exceto segunda), 18h30, 20h50 (dub/exceto se-gunda), 23h05 (dub/sexta e sábado).

X-Men – Dias de um Futuro Esque-cido: EUA. 12 anos. Cinemark 7 – 22h (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 7 – 14h30 (dub/exceto segunda), 20h15 (dub/diariamente), 17h30 (leg/diariamen-te); Cinépolis Ponta Negra 4 – 21h40 (3D/leg/diariamente); Kinoplex 4 – 13h50, 18h50 (dub/diariamente); Playarte 7 – 18h25, 21h05 (leg/exceto segunda), 23h40 (leg/sexta e sábado), Playarte 8 – 15h10, 20h20 (dub/exceto segunda), 18h50, 21h25 (dub/segunda).

8h Bom Dia & Cia 10h Waisser 10h50 Programa Agora 12h25 Programa Livre 13h15 Casos De Familia14h15 Café Com Aroma De Mulher 15h Meu Pecado 16h A Feia Mais Bela 17h30 Chaves18h20 Jornal Em Tempo 18h45 Sbt Brasil 19h30 Chiquititas 20h15 Rebelde 21h Seriado 22h Programa Do Ratinho 23h Maquina Da Fama0h The Noite Com Danilo Gentili1h Jornal Do Sbt1h45 Okay Pessoal2h45 Segurança Agora3h15 Programa Big Bang4h Igreja Universal

6h30 Nosso Tempo7h Café Com Jornal8h Dia Dia8h30 Notícias De Agora8h40 Exija Seus Direitos8h50 Câmera 139h05 Na Mira Da Notícia9h10 Cidade Urgente9h20 Ação Na Tv9h30 Jogo Aberto10h45 Band Na Copa11h30 Copa Do Mundo - Astrália X Espanha14h Band Na Copa15h30 Copa Do Mundo - Camarões X Brasil18h Band Na Copa18h20 Jornal Da Band19h25 Band Cidade19h40 Show Da Fé20h10 Band Na Copa21h Copa Do Mundo – Compacto22h Cqc – Custe O Que Custar23h30 Jornal Da Noite0h20 Que Fim Levou? – Boletim0h25 Diário Da Copa0h55 Copa Do Mundo – Vt3h Copa Do Mundo – Vt

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Page 15: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

B7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014 Plateia

PRIMEIRA-DAMA de Manaus, Goreth Garcia Ribeiro e o

Manauara Shopping, representado por

seu superintenden-te, Rodrigo Gallo

entregaram roupas arrecadadas em

campanha do centro de compras. Mais de

700 pessoas, entre crianças, adultos e

idosos atendidos pelo Serviço de Aco-

lhimento Institucio-nal Amine Daou Lindozo e Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro Pop) foram benefi ciadas na quarta (18), com a entrega de mais de 1,7 mil peças de roupas

doadas pelo Manauara Shopping. Goreth Garcia Ribeiro elogiou a iniciativa e sugeriu outras parcerias. Ela sugeriu, ainda, que as peças

sejam também enviadas ao um instituto Batista Janell Doyle entre outros abrigos

ABRINDO a programa-ção do 1º Balaio Cultural da Educação, no Teatro Ama-zonas, o prefeito de Ma-naus, Arthur Virgílio Neto, elogiou a participação dos educadores e aprovou a iniciativa desenvolvida pe-las Secretarias Semed e Seduc. Na ocasião acon-teceu a apresentação do conserto Pop-Ópera da Orquestra Filarmônica. O Balaio Cultural segue até do dia 26

DURANTE o primeiro concerto da extensa agenda cultural no projeto Balaio Cultural da Educação, desenvolvido pelo governo do Amazonas e a SEC, o governador José Melo e a primeira-dama, Edilene Oliveira, foram acompanhados do embaixador da Croácia, Drago Stambuk, que veio a Manaus para vê de perto a seleção de seu país na Copa

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

VALDO LEÃO

REPRESENTANDO o Legislativo es-tadual o presidente da Aleam, deputado Josué Neto participou da solenidade de posse da nova conselheira do TCE/AM, Yara Lins, cuja a indicação ao cargo foi aprovada em plenário na semana passa-da. Na ocasião, o presidente lembrou a estreita relação de trabalho mantida com a Corte de Contas, que é órgão auxiliar do Poder Legislativo

COMUNICAÇÃO ALEAM

ENTRE UM PÚBLICO estimado de 40 mil pessoas no Complexo Turístico Ponta Negra, na quinta (12), para a FIFA Fan Fest™, um dos torcedores mais animados era o prefeito Arthur Virgílio Neto. O evento foi o mais bem avaliado do Brasil. Na ocasião foi registrado a presença de turistas de vários países entre Itália, Croácia, Estados Unidos, entre outros. Ao lado da primeira-dama do município Goreth Garcia Ribeiro e família, Arthur aplaudiu ainda mais a participação do público

FOTOS: FOTO: MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

PRESTIGIADA por dezenas de autoridades, entre elas o governador José Melo, o prefeito Arthur Virgílio Neto, o presidente da Aleam, deputado Josué Neto, deputado federal Atila Lins, presidente do TRE-AM, desembargadora Socorro Guedes e o pre-sidente da Câmara Municipal, vereador Bosco Saraiva, e vários servidores da casa, a conselheira Yara Lins dos Santos foi empossada, na terça (17) como a nova integrante do pleno do TCE/AM, pelo conselheiro-presidente Josué Filho, em solenidade concorrida. Josué Filho, ao falar da grande quantidade de presentes à solenidade para prestigiar a nova conselheira, afi rmou que a presença de todos é o retrato da harmonia entre os Poderes, do bom relacionamento que a corte mantém com o Judiciário, Legislativo e o Executivo. A conselheira Yara Lins assume também a relatoria das contas da Copa do Mundo e a presidência da Segunda Câmara do TCE/AM

DIVULGAÇÃO/COMUNICAÇÃO TCE/AM

NOSSA HOMENAGEM às mulheres brasileiras, representadas aqui pela ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, que tomou posse dia 16 como presidente do Superior Tribunal Militar, tornando-se a primeira mulher em 206 anos de história a presidir a corte; e a deputada estadual Conceição Sampaio, quando foi condecorada pela ministra com a medalha da Ordem do Mérito Judiciário Militar, grau de alta distinção, em reconhecimento ao seu trabalho em defesa dos direitos da mulher e da família, à frente da Comissão de Direitos da Mulher e da Família da Aleam em 2010

DIVULGAÇÃO

Para garantir a segurança do público durante a Fifa Fan Fest™, a Prefeitura de Manaus tem mobilizado várias Secretarias para atuarem no Complexo Turístico da Ponta Negra. Nos primeiros quatro dias de evento aproxima-damente, 100 mil pessoas já passaram pelo local e nenhuma ocorrência grave foi registrada. Dez Secretarias municipais estão envolvidas em uma megaoperação, com o apoio de órgãos estaduais e federais. Uma das prioridades é a proteção às crianças e adolescentes. Equipes da Semasdh, que coordena o Comitê Pré-Copa trabalham para alerta a população e turistas sobre a impor-tância do combate ao trabalho e a exploração sexual infanto-juvenil.

Fifa Fan Fest™

SEGUINDO a programação de entrega de títulos defi nitivos de terra em Manaus, o governador José Melo participou da entrega de mais 1.555 documentos de posse defi nitiva de terra para famílias da Jampiinlândia, Coroado, Glória, São Raimundo, Vila Marinho e Lírio do Vale, o evento foi realizado sábado (14). Também foram entregues mais 3.500 títulos no sábado (21). Em menos de um mês foram benefi ciadas 8 mil famílias, um recorde, segundo a Secretaria de Política Fundiária, que planejou, até o fi m deste ano, regularizar os terrenos de 30 mil famílias no Estado. Segundo o secretário da SPF, Ivanhoé Mendes, a programação para o interior será intensa a partir do mês de julho e até dezembro vamos atingir a casa de 30 mil documentos entregues O Senac/AM convida o colunista para atu-

ar como jurado técnico, do evento “Arena Gastronômica: Uma Goleada de Sabores”, que será realizado dia 24, no restaurante Escola Estação do Sabor, localizado na rua Saldanha Marinho – Centro. Esta realização é um concurso gastronômico, o qual os alunos dos cursos de técnico em cozinha e garçons apresentaram preparações e drinks inspirados nos costumes típicos da culinária brasileira. Merci pelo convite!

Gastronomia

A bela Victória Inês Portela S. de Souza celebra seus 15 anos, dia 27 a partir das 21h no Diamond . Ela é filha de Carlos Maurício e Ruth Souza. Com certeza será um evento inesquecível.

Novo local

PREFEITO Arthur Virgílio Neto pres-tigiou a cerimônia de posse da nova conselheira do TCE/AM, Yara Amazônia Lins Santos, na terça (17). O evento foi realizado no auditório do TCE

TÁCIO MELO/SEMCOM

ALEX PAZZUELO/AGECOM

GOVERNADOR JOSÉ MELO, ao lado da primeira-dama Edilene Oliveira, destacou a sensibilidade peculiar à mulher como principal ca-racterística da nova conselheira do TCE/AM, Yara Lins Santos e ressaltou a carreira exemplar da nova conselheira que tem mais de 38 anos de trabalho dedicado ao judiciário

MICHAEL DANTAS/AGECOM

GOVERNADOR José Melo recebeu o pré-candidato do PSC à Presidência da Repú-blica, Everaldo Pereira, que referendou o apoio de seu partido à pré-candidatura da reeleição do governador José Melo. No ato da assinatura do apoio o PSC referendou também o apoio aos projetos políticos da pré-candidatura para o Senado do ex-go-vernador Omar Aziz

DIVULGAÇÃO

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

SEMCOM

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Page 16: EM TEMPO - 23 de junho de 2014

B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoEstá faltando alguém - 1Ainda são enormes os

prejuízos da Rede TV! por não se valer de um bom diretor de programação. Aquele alguém que sabe se utilizar de determina-dos artifícios para bene-ficiar os próprios resulta-dos de audiência.

Hoje nenhuma tele-visão pode prescindir de um profissional com esta especialidade.

Está faltandoalguém - 2A Rede TV!, por falta

deste alguém, insiste em estender os intervalos interprogramas. Às vezes em até 5 ou 6 minutos de duração.

Nenhuma outra emisso-ra comete falha parecida ou pratica tal interrup-ção. A saída de um tem que ser emendada na en-trada do outro. É assim que funciona.

Como é a vidaAs transmissões dos

campeonatos de futebol da Espanha e Inglaterra são os mais disputados pelas emissoras fechadas, que pagam fortunas pelos seus direitos de exibição.

Curiosamente foram os dois países que mais de-

cepcionaram neste mun-dial. Daí a necessidade de sempre se valerem, e cada vez mais, dos craques de fora.

Outro detalheMuitos por aqui, mas

acostumados com a bola local, têm estranhado o jogo para frente, prati-cado pela maioria das grandes seleções.

Os principais campeona-tos europeus transmitidos pelos canais fechados, há algum tempo vinham mos-trando isso.

Tentativa A Rede TV! está se

movimentando para exi-

bir um infantil diário na sua programação.

Vai na contramão de outras emissoras, que de-sistiram ou estão desistin-do de realizações do tipo pela forte concorrência das emissoras fechadas.

De qualquermaneira... A ideia em jogo é colocar

um trabalho diferente no ar, para provocar o público infantil a fazer o sentido inverso e encontrar numa emissora aberta algo que possa fazer frente aos ca-nais do cabo. Nada disso, no entanto, envolve qualquer negociação com os palha-ços Patati Patatá.

Rio deJaneiroCom Maria Edu-

arda de Carvalho, a Vanessa de “Em Família”, em seu elenco, estreia dia 19 de julho no Te-atro Gláucio Gil, no Rio, o espetáculo “Atrás da porta”.

A produção vai marcar a estreia de Emílio Orciollo Netto como dire-tor de teatro.

Bate-rebate

• “Em Família” tem merecido diversas chamadas no futebol da Globo na Copa do Mundo...

• ... É mais uma tentativa de elevar a sua audiência.

• Por causa da próxima novela, Fernando Pelégio e Reynaldo Boury, diretores do SBT, passa-ram alguns dias na Argentina.

• Bandeirantes está esperan-do a volta ao Brasil da Ana Paula Padrão para assinar contrato...

• ... Antes de viajar, ela deixou tudo conversado, acertado, mas nada assinado.

• Já quase um veterano no rádio, Silva Júnior é a melhor revelação como narrador de televisão nos jogos da Copa do Mundo.

• Depois da Copa do Mundo, chegará ao mercado o primeiro CD solo da menina Larissa Ma-noela pela Teckdisc...

• ... Destaque para “Te gosto tanto”, que está na trilha de “Chi-quititas”, e “Papel de parede”. Como atriz, ela está na espera de novo trabalho no SBT.

Em cursoA produção da Eliana, do SBT,

está com uma negociação bem avançada para gravar um ou dois programas em Israel.

E transformá-los em espe-ciais, para exibições no final do ano.

GLOBO

Atendendo convite do King’s College, de Londres, Adalberto Pioto irá apresentar, hoje, o fi lme “Orgulho de Ser Brasileiro” na capital inglesa, dentro das instalações da própria univer-sidade, antes do jogo do Brasil, com um debate após.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Juliano se nega a dizer quem é Lorena, mas depois ela des-core que foi namorada dele. Carmelo leva Renata até a fazenda “Milagre” e a beija apaixonadamente. Lucrécia os observa da janela de seu quarto. Justina se confessa com padre Matias e revela que há muitos anos é aman-te de Ramiro. Paulino pede ao advogado que investigue tudo sobre o testamento do pai de Renata. Lucrécia per-gunta ao pai se teve algum relacionamento com Justina e ele conta que no passado foram namorados.

Gustavo dá a Juliana um casaco que ela havia dei-xado com uma paciente no hospital. Helena diz a Vir-gílio que está com um mau pressentimento em relação a Luiza. Jairo se irrita ao ver Nando com Bia. Branca incentiva Gabriel a conquistar Gisele. Cadu se comove ao ver Verônica ensinando Ivan a tocar piano. Marina e Clara fazem um ensaio fotográfi co juntas. Gabriel diz a Silvia que chamou duas médicas para sócias no consultório. Jairo deixa Bia sozinha em casa para ir trabalhar. Helena pede ajuda a Shirley para comprar um cavalo para Virgílio.

Resumo das novelas

Pamela confessa a Do-rothy que tem se encon-trado com Herval. Ernesto se anima ao ser convidado para comparecer à final do programa da Marra Brasil. Rita reclama com Dante da insistência de Cidão em se aproximar de sua família. Shin convida Lara para ir ao cinema. Megan se preocupa com o pai ao vê-lo passar mal. Edna tenta convencer Verônica a publicar a histó-ria de Jonas. Rita não gosta do tratamento que Cidão dá para Matias. Megan e Manuela se enfrentam. Jo-nas anuncia o vencedor do concurso Geração Brasil.

Não haverá exibição do capítulo

Eduarda vai fazer com-pras no mercado para Shir-ley Santana. Ela encontra Cícero (Ernando Tiago) e diz que Shirley gostou dele. Simão (Jitman Vibranovki) visita Valentina, que está em coma no hospital e ao sair do hospital, ele vê Fernan-do conversando de maneira muito íntima com uma en-fermeira. Durante a grava-ção do vídeo promocional do Café Boutique, Beto fica enciumado ao ver Francis encerrando a coreografia com um beijo em Clarita. Carmen se recusa a dar di-nheiro para o orfanato Raio de Luz, que está precisando comprar alimentos e produ-tos de limpeza.

Lupita vai até a casa de seu pai. Ele e sua esposa a recebem carinhosamente, mas Lola continua arredia e deixa claro que mesmo que frequentem a mesma escola jamais serão amigas. Miguel e Mia ganham uma viagem a Cancún e decidem viajar sem avisar seus pais. Lupita pergunta ao pai se as aban-donou por causa do problema de Dulce.

Raimundo responde que se separou de sua mãe muito antes de Dulce nascer, diz que a menina não é sua fi lha e pede a Lupita que não deixe de amar sua mãe por isso. Tomás e Giovanni se assus-tam quando Diego diz que foi picado por uma aranha.

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1045

Quem querser ummilionário?

DIVULGAÇÃO

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Recuperação da Bolsa podeaumentar preço de açõesPerspectiva de menor crescimento econômico limita ganhos de investidor. Cenário eleitoral ajudou a infl ar a Bolsa

Depois de subir 21,5% desde o seu pior mo-mento neste ano, em março, a Bolsa bra-

sileira passou a ser avaliada como cara pelos gestores de investimentos, com poucas chances de ganhos adicio-nais em um cenário de menor crescimento econômico e de mais turbulência eleitoral.

“A Bolsa subiu e a economia emburacou”, afi rma Marcos Peixoto, gestor de renda vari-ável da XP Gestão. Um dos in-dicadores mais usados, que de-nota a perda de atratividade da Bolsa ante o retorno que pode proporcionar ao investidor, é o P/L (preço médio das ações das empresas que compõem o Ibovespa, proporcionalmente, dividido por seu lucro).

Segundo Peixoto, esse in-dicador da Bolsa brasileira costuma oscilar entre 8 e 12. Atualmente está em 11, o que revela que os ativos brasileiros fi caram caros para uma previ-são de retorno modesta.

Para José Eduardo Martins, sócio do private bank suíço Ju-lius Baer/GPS, a Bolsa esteve mais atrativa no início do ano. “A economia continua desace-lerando, com custos em alta, incertezas macroeconômicas e margens [de lucro das em-presas] sob pressão”, diz.

A perspectiva de menor crescimento neste ano e em 2015 ganhou força desde a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que mostrou uma expansão pequena – de 0,2% ante os últimos três meses de 2013. A previsão dos analistas é que o país crescerá menos em 2014 (1,2%), o que limita os lucros das empresas.

Esse foi um dos motivos que levou Andrew Campbell, es-trategista-chefe da corretora do Credit Suisse, a sugerir a clientes manter a exposição à Bolsa do Brasil, de acordo com o tamanho do país. “No início do ano recomendamos o aumento da exposição a Brasil, o que foi considerado polêmico”, diz.

Naquele momento, a expec-tativa era que o dólar disparas-se, na esteira da recuperação dos EUA. Isso provocou uma queda das ações no Brasil, o que favorecia a compra.

A economia dos EUA se recu-pera devagar, fazendo investi-dores voltarem aos emergen-tes, infl ando as Bolsas. “Agora, o preço subiu e voltou à média histórica, mas a perspectiva de resultado das empresas, não”, afi rma.

EleiçãoPara Peixoto, a alta da Bolsa

brasileira também se deveu à corrida eleitoral. O avanço da oposição nas pesquisas fez investidores valorizarem ações de estatais, como Pe-trobras. O papel preferencial da empresa, que já valeu R$ 13, em março, chegou a R$ 18 na sexta-feira.

Em um cenário volátil, com a reação de investidores a cada pesquisa eleitoral, a re-comendação de Campbell e de Peixoto é investir em ações de empresas com chances de ga-nho além das urnas. Os seto-res sugeridos são fi nanceiro, educacional e construção para a baixa renda.

Peixoto afi rma que há pos-sibilidade de ganho nas ações sensíveis às eleições. Mas é preciso muita atenção ao mercado. “Não recomendo a pessoas físicas”, diz.

MARIANA CARNEIROTONI SCIARRETTADE SÃO PAULO

A isenção de Imposto de Renda para ações de pequenas empresas, anun-ciada na semana passada, pode não compensar o ris-co de perder dinheiro com essa aplicação.

Mesmo para empresas grandes, em tese mais es-táveis e com maior poder de barganha com fornece-dores e clientes, as pers-pectivas são estreitas para os lucros.

No caso de empresas me-nores, o risco operacional é considerado maior, segun-do analistas. São empresas com difi culdade em ob-ter fi nanciamento barato – daí o incentivo para ir à Bolsa.

Nos EUA, onde até mi-croempresa chega à Bol-sa, os índices setoriais de empresas pequenas têm forte oscilação em relação aos demais.

Um dos mais populares é o IWC MicroCap, que dá nome a um ETF (fundo negociado em Bolsa). Nos últimos 30 dias, esse índice subiu 6,61% – acima dos 2,06% do S&P 500, que mede o desempenho das 500 maiores empresas dos EUA. Na comparação em um prazo maior, o IWC deixa a desejar. Em 2014, o índice subiu só 0,44%, enquanto o S&P aumentou 7,24%. Já nos últimos três anos, o IWC rendeu 17,24% e o S&P, 54,8%.

Para Frederico Sampaio, da Franklin Templeton, há

espaço para muitas em-presas entrarem na Bol-sa, especialmente as liga-das ao agronegócio. “São competitivas, despertam interesse, mas estão su-brepresentadas”.

No entanto, afi rmou, es-sas empresas sofrem mais com os gargalos do país, como estrutura tributária custosa, leis trabalhistas pouco fl exíveis e ambien-te desfavorável a investi-mento. “O investimento em empresa pequena deve ser

avaliado um a um. Neste cenário conturbado, o me-lhor é estar em papéis mais líquidos”, disse Marcos Pei-xoto, gestor da XP.

Para Raphael Juan, da BBT Asset, o incentivo cria-do é interessante, mas os investidores só voltarão a assumir o risco das em-presas quando diminuir a instabilidade. “Não é essa medida que vai fazer a coisa andar. Precisamos de mais estabilidade econô-mica e política”, afi rmou.

Isenção de IR é risco na Bolsa

PANORAMAIsenção de IR para ações de pequenas empresas pode não compensar risco de perder dinheiro.Mesmo para empre-sas grandes as pers-pectivas de lucro são estreitas.

Eleições gerais também infl uenciam nas bases da Bolsa no Brasil

VANESSA CARVALHO/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

*Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16 da Instrução CVM 483/10

Para investir seu dinheiro e‘enriquecer’ basta começarPlanejamento, com ou sem ajuda profi ssional, e uma boa dose de responsabilidade com suas fi nanças são fundamentais

Você não tem que ser grande para come-çar. Mas você tem que começar para

ser grande. A citação é de Zig Ziglar.

É comum ouvir pessoas que querem começar a investir e que só não iniciaram ainda por alegarem não ter o recur-so suficiente. Mas não é para termos o recurso suficiente que começamos a investir? O mito que para ser investidor tem que ter grandes recur-sos não tem fundamento; na verdade, qualquer dinheiro que aplicamos em qualquer coisa pensando em usufruir no futuro é um investimento. Se você está fazendo uma faculdade ou um curso, você também é um investidor, você está investindo tempo e dinheiro hoje em busca de uma realização pessoal ou até mesmo de uma rentabi-lidade melhor no futuro.

Muitas pessoas sonham em serem ricas, bem sucedi-das, e, se possível, gostariam que fosse hoje, mas caso ainda não sejam, uma coisa é certa: tem que começar em algum momento. Para ter um milhão na conta do banco é necessário que em algum dia a pessoa tenha começado com a primeira moeda. Tudo na vida é construído. E como dizia Walt Disney, “se você pode sonhar, você poder fazer”. É preciso se mexer, correr atrás, suar a camisa, sentir a inquietação de não conseguir ter algo que dese-ja, mas que está fazendo o possível para alcançar.

Recentemente, com a faci-lidade do acesso ao crédito, muitos brasileiros começa-ram a realizar seus sonhos, só que rapidamente notaram o custo que isso representa para o seu orçamento.

O desejo de ter um carro zero já não é maior que o desejo de não ter um monte de parcelas mensais, onde no fi nal das contas resta aquela sensação de que se comprou um, mas se pagou por dois.

O brasileiro tem mudado o seu comportamento. Cada vez mais vemos pessoas pla-nejando e organizando as

suas finanças pensando no futuro.

Apesar de ser essencial dar o primeiro passo, mais importante ainda é dar conti-nuidade. Um dos motivos que alguns conseguem atingir os seus objetivos e outros não, é por que muitos desistem no caminho e poucos conti-nuam. É a persistência em busca de um objetivo que nos ajudará a alcançá-lo. Preci-samos estar autoconfiantes para não deixar os obstácu-los nos desmotivarem.

Arthur Ashe disse que “uma chave para o sucesso é a

DÊNNIS A. LOBO

Valid: oportunidades de negócios

Iniciamos a cobertura da Va-lid (VLID3) com uma recomen-dação de compra e um preço-alvo baseado na metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (FCD) de R$ 42,50/ ação para o fi nal do exercício de 2014.

Acreditamos que a Valid constitui-se em um caso de investimento atraente, com previsão de que as opera-ções em curso proporcionem taxa de crescimento média ponderada de 13,7% ao longo dos próximos cinco anos. Com base em nossas estimativas a ação está negociand com múltiplo P/L para 2014 de 16,4x, com um dividendyield de 3,1%, o que consideramos atraente dada suas perspec-tivas de crescimento.

A Valid tem um sólido histórico de antecipar necessidades de clientes e garantir um cresci-mento robusto. A história da empresa estende-se ao longo de mais de 50 anos e mostra sua capacidade de adaptar-se e atender às necessidades dos clientes. Através de aquisições e projetos novos, evoluiu até atingir a atual confi guração de atividades, que inclui produtos e serviços em sistemas de identifi -cação, telecomunicação, meios de pagamento e certifi cação

digital, por meio de quatro uni-dades de negócio, suportadas por uma robusta e efi ciente estrutura operacional.

A companhia oferece, de-senvolve e entrega aos seus clientes soluções sob medida às suas demandas. A linha de produtos e serviços da empresa, desta forma, deve se benefi ciar de crescente demanda gerada pela inclusão e desenvolvimen-to social. Como resultado a Valid é capaz de entregar robusto crescimento das receitas desde 2006, ano em que foi listada, com taxa de crescimento média ponderada de 15,7% ao ano.

Acreditamos que a empresa tem muitas oportunidades de crescimento em suas quatro unidades de negócios. Estas oportunidades incluem am-pliação da oferta de serviços expandindo para outros esta-dos no Brasil os seus serviços

de identifi cação; desenvolver tecnologias mais seguras para a indústria de meios de pa-gamento dos Estados Unidos; continuar a expandir no ex-terior no segmento de tele-comunicações; e desenvolver também demanda para iden-tifi cação digital segura, com certifi cados digitais. Acredita-mos que os serviços da Valid, apesar de parecerem bastante diversifi cados, na verdade, or-bitam em torno do tema da

crescente demanda por iden-tifi cação, devido ao desenvol-vimento social. Reforçando a estratégia de crescimento da companhia em outros merca-dos geográfi cos, o principal destaque do ano de 2012 foi à entrada estratégica da Valid no mercado norte americano.

A empresa está posicionada para benefi ciar-se das novas oportunidades que poderiam fornecer potencial de valori-zação adicional às suas ações.

Todavia, preferimos atual-mente não considerar estas oportunidades em nossos mo-delos, devido à difi culdade de precifi cá-los. Abaixo listamos oportunidades as quais temos difi culdades ainda de acesso a informações, por tratarem-se de novos mercados e a difi culda-de de mensurar a probabilidade de sucesso ou não, na atuação nessas novas frentes:

- entrar no mercado de licença de motorista norte-americano através Screencheck , um mer-cado potencial estimado em US$ 250 milhões a US$ 300 milhões, em processos de licita-ção nos próximos três anos;

- a negociação em curso para estabelecer parceria com os Cor-reios (sistema postal estatal do Brasil), que pode constituir-se em um grande canal de distribui-ção para o negócio de certifi ca-ção digital e abrir uma infi nidade de outras oportunidades;

- a possibilidade de entrar em

processo de licitação de servi-ços para a Sicobe (autoridade tributária brasileira relaciona-da com a produção de bebidas) para fornecer um sistema de rastreamento da produção de bebidas, que imprime uma mar-ca digital não removível com um código único e seguro em cada garrafa individual ou lata;

- projeto de um novo cartão de identifi cação federal que será chamado de RIC (Registro de Identidade Civil) que se desti-na a integrar todos os bancos de dados de documentos em todo o Brasil e reunir todos os documentos de cidadãos em um só local.

Além das opções descritas também existem muitas opor-tunidades no negócio atual. Acreditamos que estas opor-tunidades ajudarão a empresa registrar taxa de crescimento médio ponderado da receita da empresa de 11,2% ao longo dos próximos cinco anos.

FONTE: BRADESCO CORRETORA E ÁGORA CORRETORA

JOSÉ FRANCISCO CATALDO*

autoconfiança, uma chave importante para a autocon-fiança é a preparação”.

No processo de prepara-ção investir em conhecimen-to torna o caminho mais fácil e seguro para lapidar os objetivos e escolher a melhor maneira de conquis-tá-los. No ambiente dos in-

vestimentos financeiros, o primeiro investimento deve ser o conhecimento, para não cairmos em armadilhas como a já citada “não é possível investir com pouco recurso”.

O quanto antes começar-mos só ajudará a mais cedo conquistarmos nosso obje-

tivos. Por exemplo, ler ca-dernos especializados como o Folhainvest, participar de bons cursos, ler bons livros, ter profissionais plenamen-te qualificados ao nosso lado, tudo isso só auxiliará, para que a caminhada rumo aos nossos sonhos seja mais fácil e prazerosa.

*Leonardo A. Lobo é co-fundador e sócio da D&L Investimentos, escritório Ágora-Bradesco em Ma-naus.

SUCESSOMuitas pessoas so-nham em serem ricas, bem sucedidas, e, se possível, gostariam que fosse hoje, mas caso ainda não sejam, uma coisa é certa: tem que começar em algum momento.

Desejo de ter uma casa própria já não é maior que o desejo de não ter parcelas eternas, onde no fi nal paga-se dois por um

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Cartão do Registro de Identidade Civil, projeto de um novo cartão de identifi cação federal

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Ganhador de loteria devedefi nir limites e prioridadesEspecialistas recomendam estabelecer logo uma quantia para ajudar amigos e parentes e também para celebrar

A Caixa Econômica Fe-deral sorteia nesta ter-ça-feira (24) a Quina de São João, concur-

so especial, com previsão de prêmio de R$ 100 milhões. O que fazer se ganhar tal bola-da? Como evitar que todo o dinheiro acabe?

Especialistas recomendam que, a princípio, o dinheiro seja aplicado em um investi-mento conservador, como a poupança – na qual os R$ 100 milhões rendem R$ 560 mil ao mês – e que a novidade seja mantida em segredo por pelo menos um mês.

Logo estabelecer limites – como uma porcentagem do prêmio para ajudar parentes, amigos e instituições e uma quantia fi xa para comemorar – também evitam a perda de parte importante do ganho, segundo Álvaro Modernell, diretor da Mais Ativos Edu-cação Financeira.

“Quando a pessoa ganha tem uma demanda reprimida – casa própria, carro, viagens. Então ela tenta atender a essa demanda sem pensar”, afi r-ma Gisele Andrade, do IBCPF (Instituto Brasileiro de Certifi -cação de Profi ssionais Finan-ceiros). Essa atitude pode ir

consumindo os recursos até que acabem.

Por isso uma das recomen-dações é viajar por um tempo – com limites – para refrear o impulso de gastar o prêmio. O exercício ajuda o ganhador a tomar posse mentalmente do valor, afi rma André Massaro, especialista em fi nanças pes-soais. “Demora para a pessoa entender que é a dona daquela quantia”, diz.

E como lidar depois com o dinheiro e com os pedidos de parentes e amigos? “Contrate um gestor profi ssional para lidar com o dinheiro. Conver-

se com vários deles, é uma escolha delicada. Tem que ter empatia com quem vai cuidar do patrimônio”, afi rma Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora. “Além da gestão especializada, o ganhador do

prêmio passa a ter uma blin-dagem entre ele e aqueles que pedem dinheiro, podendo dizer: tenho que avaliar com meu consultor”.

GestãoA ajuda de um profi ssional

também auxilia na gestão de questões decorrentes da nova condição econômica, como im-postos a pagar. Se o ganha-dor for casado em comunhão parcial ou universal de bens, o prêmio será obrigatoriamente do casal, tendo de ser dividido com o cônjuge, alerta o ad-vogado Flavio Belliboni, sócio do escritório Pinheiro Neto. O mesmo vale para quem está em regime de união estável.

O prêmio pode ainda in-fl uir em pensão alimentícia, explica Eduardo Leitão, só-cio do Siqueira Castro. “Se, quando a pensão foi fi xada, o ganhador podia pagar menos do que o necessário para o fi lho, com o prêmio da loteria ele terá de elevar o valor que paga de acordo com a neces-sidade do alimentando”.

Como dica, para maximizar as chances de ganhar, o pro-fessor Carlos Bragança Perei-ra, titular do IME (Instituto de Matemática e Estatística) da USP, recomenda que, tendo mais dinheiro para jogar, o in-teressado faça várias apostas de cinco dezenas.

DANIELLE BRANTFABÍOLA SALANIDE SÃO PAULO

AO SORTUDOAplique em um inves-timento conservador, como a poupança – na qual os R$ 100 mi-lhões rendem R$ 560 mil ao mês – e que a novidade seja mantida em segredo por pelo menos um mês.

Caixa sorteia amanhã Quina de São João, com prêmio de R$ 100 milhões

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Investimento com ‘vaquinha’virtual começa a funcionarEmpresa brasileira capta R$ 200 mil em sistema que atrai pequeno investidor para comprar fatias do negócio. Conheça

Frederico Rizzo, do Broota, primeira empresa a levantar dinheiro pelo sistema equity crowdfunding - vaquinha entre investidores

O “equity crowdfun-ding”, uma espé-cie de “vaquinha” entre pequenos

investidores para a compra de participações em empre-sas iniciantes, está dando os primeiros passos no Brasil. Neste mês, a primeira com-panhia conseguiu captar di-nheiro pelo sistema.

Trata-se do Broota, que levantou um total de R$ 200 mil com 28 pessoas. A empresa é, ela mesma, uma plataforma que pre-tende intermediar esse tipo de operação. Os investidores desembolsaram em média R$ 7.000 em troca de títulos de dívida da companhia que podem ser convertidos em ações no futuro.

“No começo, a pessoa é credora apenas. Não corre o risco de possíveis passivos trabalhistas [caso o negócio quebre] e tem a opção de virar sócio”, afi rma Frederico Ri-zzo, cofundador do Broota.

Esse sistema de captação de recursos é visto por seus defensores como alternati-va para pequenas empresas

obterem recursos quando es-tão no coemço, ainda sem condições de atrair inves-tidores mais tarimbados e fundos.

Internacionalmente, a principal plataforma desse tipo é a britânica Crowdcube, que desde fevereiro de 2011 arrecadou o equivalente a R$

105 milhões de 76,8 mil in-vestidores em 126 ofertas.

O Brasil ainda não tem nor-mas específicas para esse tipo de operação. Por fazer uma emissão de títulos de empresa de pequeno porte, o Broota foi dispensado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que regula o mercado de capitais, de fa-zer o registro de oferta.

FELIPE MAIAEDITOR-ADJUNTO DE ‘CARREIRAS’

SISTEMA“No começo, a pessoa é credora apenas. Não corre o risco de pos-síveis passivos traba-lhistas [caso o negócio quebre] e tem a opção de virar sócio”, explica Frederico Rizzo, cofun-dador do Broota.

Antonio Berwanger, ge-rente de aperfeiçoamento de normas da CVM, diz que o órgão avalia se vai regulamentar o “equity crowdfunding”. “Eu acho que deveria”, afi rma.

Adolfo Melito, consul-tor em economia criativa da Fecomercio-SP, que fomenta o tema, afi rma que uma associação de integrantes do segmento vai propor uma autorre-gulamentação.

Segundo Berwanger, um dos pontos que deveria ganhar diretrizes é quem pode ser investidor.

No Broota, podem parti-cipar pessoas que tenham ao menos R$ 300 mil em ativos fi nanceiros. Rizzo diz que o objetivo é atrair investidores qualifi cados, que tenham conhecimento de mercado, já que se trata de uma aposta de risco alto – a probabilidade de a empresa quebrar e o dono do título perder o dinheiro é bem considerável.

Na EuSocio, outra pla-

taforma de investimento coletivo, a proposta não é limitar os investidores pela renda, para que haja mais pessoas interessa-das. Mas, antes de se cadastrar, é preciso res-ponder a dez perguntas que indicam se o usuário entende como funciona a operação e os riscos en-volvidos.

CadastroCerca de mil pessoas

estão cadastradas para fazer aportes. A expecta-tiva de João Falcão, 35, fundador da empresa, é colocar as primeiras ofer-tas no dia 18 de julho. O máximo captado será de R$ 2,4 milhões por ano para cada empresa.

Na plataforma, as com-panhias, que devem fatu-rar até R$ 3,6 milhões por ano, vão emitir contratos de opção de participação na companhia, que podem se transformar em parti-cipação societária caso o negócio dê certo.

Regras de toda ‘vaquinha’

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

‘Cinco frágeis’ têm gargalos

Os “cinco frágeis”, expres-são criada pelo banco Mor-gan Stanley para classifi -car o Brasil e outras quatro economias emergentes que estariam vulneráveis a mu-danças na política monetária americana, tomou conta do noticiário econômico inter-nacional no início deste ano, mas não tem um Nobel de Economia entre seus fãs nem se refl ete nas Bolsas desses países neste momento.

“Todos esses países [o gru-po inclui ainda Indonésia, Ín-dia, Turquia e África do Sul] têm problemas que preocu-pam, têm fraquezas, mas que não são insuperáveis”, diz o americano Eric Maskin, que recebeu o prêmio em 2007.

“Se você compara o Brasil de hoje com o de 20 anos atrás, quando tinha infla-ção descontrolada e um de-semprego muito mais alto, muito foi conquistado. O mesmo aconteceu com a Indonésia”.

Maskin esteve no Brasil em março e escreveu recen-

temente um parecer para os bancos sobre a disputa que envolve as perdas que os pou-padores podem ter tido com os planos econômicos dos anos 80 e início dos 90.

Os “cinco frágeis” ago-ra também vivem um bom período nas Bolsas, após o período de turbulência no início do ano com a retirada de estímulos iniciada pelo BC dos EUA – questões in-ternas estão pesando mais que as influências do cená-rio externo.

A Bolsa indiana tem ganho superior a 20% (em dólar) e

lidera a alta entre os princi-pais mercados mundiais, sob a esperança de que a chega-da ao poder do novo premiê, Narendra Modi, vá produzir reformas que possam esti-mular o crescimento.

No Brasil, o cenário elei-toral também tem pesado para os ganhos de 12,3% do Ibovespa, com o declínio da presidente Dilma nas pesqui-sas ajudando a alavancar os preços das ações.

As Bolsas de Turquia e Indonésia já subiram cerca de 15% neste ano, e a da África do Sul, 10%.

SUPERÁVEIS

ÁLVARO FAGUNDESENVIADO ESPECIAL A ASTANA (CAZAQUISTÃO)

Eric Maskin, Nobel de Economia, esteve no país em março

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Caixa eletrônico oferece barras de ouro na avenidaMáquina em Nova York aceita apenas pagamento em dinheiro e preço pode mudar a cada 60 segundos, conforme a cotação

A poucos metros de uma das entradas mais movimentadas do Central Park, um

“caixa eletrônico” diferente chama a atenção de quem passa. Muitos param para ten-tar entender: é mesmo uma máquina que vende barras de ouro, no meio da rua?

É, sim. E grande parte dos que são atraídos pela curio-sidade – “geralmente os tu-ristas” – compram, garante Steve Nugget, um dos respon-sáveis pela Stack’s Bowers da rua 57, loja de moedas raras que investiu, há dois anos, na máquina da empresa alemã Gold to Go.

“As pessoas fi cam empolga-das com a opção. Uma coisa é você comprar ouro, outra é comprar ouro numa máquina

e outra, ainda mais diferente, é fazer isso no meio da rua”, diz Nugget.

Segundo a Gold to Go, há apenas três máquinas como essa nos EUA. As outras duas estão localizadas dentro de cassinos. Atualmente, há 25 delas em operação em nove países – “oito estão só nos Emirados Árabes Unidos” –, quase todas dentro de espa-ços fechados, como shoppings e aeroportos.

A máquina oferece moedas de prata de 1 onça (28,35 gramas) e também barras de ouro de 5 e 10 gramas e de 1 onça – “essa última vendida a mais de US$ 1.300 (R$ 2.900) na última semana. Só é possí-vel comprar em dinheiro, e é preciso que o cliente escaneie um documento de identidade, como passaporte.

Os operadores defendem que é seguro operar quantias

tão altas em um lugar público. “É a mesma coisa que sacar dinheiro num caixa eletrôni-co”, diz o presidente da Gold to Go, Thomas Geissler.

Nugget destaca que a má-

quina só opera nos mesmos horários da loja, quando há um segurança no local.

No entanto, Geissler reco-nhece que o movimento de Nova York é menor que em

outros locais.Na tela da máquina, é pos-

sível escolher o produto, com o valor em dólar. Os preços podem mudar a cada 60 se-gundos, já que são atualizados pela cotação do ouro no mi-nuto. Os operadores cobram taxas de até 6%.

No momento em que a reportagem esteve no local, a barra de ouro de 1 onça era vendida na máquina a US$ 1.345 (R$ 3.000). A co-tação era de US$ 1.270 (R$ 2.840).

A loja não divulga números sobre vendas, mas a empresa alemã diz que 60 mil clientes usaram suas máquinas em três anos.

Em Nova York, a maior pro-cura é pela moeda de 1 onça de prata – “a opção mais barata, por menos de US$ 30 (R$ 67)” –, com o desenho de uma águia, símbolo americano.

ISABEL FLECKDE NOVA YORK

CLIENTESGrande parte dos que são atraídos – “geral-mente os turistas” – compram, garante Steve Nugget, um dos res-ponsáveis pela Stack’s Bowers da rua 57, loja de moedas raras que investiu na máquina.

Comércio fácil de ouro na rua atrai principalmente turistas

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Equipamento aceita somente dinheiro e vende moedas de prata e barras de ouro

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C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2014

Planos de previdência, um caminho para o futuro

Marcia DessenFinanças Pessoais

Os amigos Paulo, Marta e Felipe decidiram acumular di-nheiro para o futuro. Os três sa-íram em busca de informações sobre as formas de investir e concluíram que os planos de previdência reúnem vários atributos favoráveis.

Entretanto, descobriram que a escolha do tipo de plano, do regime de tributação e do tipo de fundo será distinta. Vamos acompanhar a trajetória que os três amigos percorreram e aprender com eles como fazer uma compra consciente e assertiva de um plano de previdência.

Escolha do planoOs amigos descobriram que a

escolha do tipo do plano, PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), depende ba-sicamente de dois fatores: (a) tipo de renda ou rendimentos de cada um; (b) modelo usado, anualmente, para a declaração do Imposto de Renda.

Paulo optou pelo PGBL pois atende aos três quesitos que justifi cam tal escolha.

1) A renda de Paulo é tribu-tável, proveniente de trabalho assalariado;

2) Ele contribui para o INSS;

3) Usa o modelo completo da declaração do IR, pois o valor de suas despesas dedutí-veis supera o desconto padrão concedido pela Receita. Assim, poderá adiar para a data do

resgate o pagamento do im-posto sobre até 12% de sua renda tributável.

Marta optou pelo VGBL por-que, embora tenha renda tri-butável, ela utiliza o modelo simplifi cado da declaração do IR, visto que o total de suas des-pesas dedutíveis (saúde, edu-cação, dependentes) é inferior ao desconto padrão concedido pela Receita. Se optasse pelo PGBL não poderia se benefi ciar do diferimento (adiamento) do pagamento do imposto.

Felipe também optou pelo VGBL, mas por outras razões.

1) Sua renda é proveniente do pagamento de dividendos da empresa que tem em sociedade com outro amigo. Essa renda

não é tributável, é isenta da in-cidência de imposto na pessoa física. Sendo assim, Felipe não se benefi ciaria da vantagem fi scal concedida pelo PGBL.

2) Além disso, Felipe alterna o modelo da declaração do Im-posto de Renda. Faz a completa quando tem muitas despesas dedutíveis e a simplifi cada quando o desconto padrão é mais interessante.

Escolha da tributaçãoOs amigos pesquisaram e sa-

bem que há o regime tributável, que adota a tabela progressiva de alíquotas, defi nida pela faixa de renda, e o regime de tribu-tação defi nitiva, que adota a tabela regressiva de alíquotas,

defi nida em razão do prazo da aplicação.

Paulo, que tem um PGBL, optou pelo regime defi nitivo porque seu horizonte de tempo é superior a dez anos. No res-gate pagará 10% de IR sobre todo o valor de resgate. Deixou de pagar imposto de 27,5% no ano que fez a aplicação, receberá juros sobre o valor do imposto adiado e, quando resgatar, pagará uma alíquota bem menor, de apenas 10%. Bom negócio!

Marta, que tem um VGBL, também optou pelo regime de-fi nitivo pois não pretende sacar antes de dez anos. O imposto incidirá somente sobre os ren-dimentos, já que o plano não

oferece o benefício de adiar o pagamento do tributo. Ela descobriu também que o prazo de dez anos é contado a partir da data de cada depósito, e não da data da abertura do plano, como imaginava a princípio.

Prazo incertoFelipe optou pelo regime tri-

butável porque seu prazo de investimento é incerto. Embora não pretenda mexer nesse di-nheiro, é uma possibilidade que não está descartada. Pagará 15% na fonte quando resgatar e vai acertar as contas com o leão na declaração anual do IR. O valor fi nal do imposto será defi nido em razão da sua renda tributável total, podendo

chegar a 27,5%. Quem ganha mais paga mais imposto!

Escolha do fundoResta aos amigos uma úl-

tima decisão. O dinheiro que eles vão investir será aplicado em um fundo de investimento que será escolhido em razão do prazo da aplicação e do perfi l de risco que cada um deles está disposto a correr. Quanto maior o risco do fundo, maior a rentabilidade potencial. E, quanto maior a rentabilidade, maior será o capital acumula-do ao longo do tempo!

DiversificaçãoOs amigos estão decididos

a monitorar de perto o andar da carruagem para assegurar que o plano está sendo execu-tado conforme planejado. Sa-bem que podem diversifi car comprando os dois tipos de planos para atender a objeti-vos diferentes. Descobriram também que podem utilizar a portabilidade para fazer alguma correção de rumo no meio do caminho.

Mudar de seguradora para reduzir custos, mudar o tipo de fundo e mudar do regi-me tributável para o regime definitivo são movimentos que podem ser feitos para garantir que a meta seja atingida o quanto antes!

Com disciplina e perse-verança, a independência financeira dos amigos no futuro está garantida!

Líder do simulador acumula ganho de 138,7% em carteira

Laercio Marinzek conquis-tou valorização de 138,7% em sua carteira de ações e manteve, pela quinta sema-na seguida, a liderança do ranking 2014 do Folhainvest, simulador da Bolsa de Valores feito pela Folha em parceria com a BM&FBovespa.

A segunda colocação per-tence a Elson Costa, com ga-nho de 102,1%, seguido por Roger Thiago Alves Rodrigues, que alcançou 85,7%. Mauri Alves da Silva Junior está em quarto lugar, com 83,7%. A relação dos cinco primeiros lugares se encerra com Jáco-mo Queiroz, com 70,5%.

Rodrigues mantém a lide-rança do ranking universi-tário. Michelle Szuecs lide-ra o ranking feminino, com 69,2%.

Por regiões, Mauri Alves da

Silva Junior é o primeiro colo-cado no Norte. No Nordeste aparece Rogerio Maia, com 46,2%. Líder geral, Marin-zek é da região Sudeste. No Sul, Cleidson Ferreira está no topo, com 68,0%. E Jáco-mo Queiroz é o primeiro no Centro-Oeste.

Os interessados em partici-par podem se inscrever gratui-tamente no site do simulador (www.folhainvest.com.br).

O ranking para a premia-ção do ano começa a ser computado no momento da inscrição.

A premiação em 2014 con-templa cursos sobre investi-mentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por outros produ-tos equivalentes ou com valor fi nanceiro similar.

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CARO DINHEIRO Mande sua pergunta para coluna [email protected]

Nilton Bicudo,ator

Indicadores Econômicos

Por ser ator de tea-tro, aprendi a econo-mizar. Quando sobra algo, compro dólares para viajar. E tenho uma poupança. Mas o melhor investimen-to é imóvel

Qual renda vitalícia eu teria em um VGBL com R$ 1,5 milhão?

Para avaliar fundos imobiliá-rios, e tomar a melhor decisão de investimento, é importante observar a taxa de aluguel e verifi car sua rentabilidade em relação aos custos envolvidos no fundo, ao histórico do ges-tor, que poderá servir como indicativo de sua experiência no mercado, e à credibilidade do locatário que permanecerá no imóvel selecionado.

O retorno de fundos imobili-ários é dado pela distribuição de resultados obtidos a partir dos investimentos – tais como aluguel e resultado de vendas – e pela venda de cotas. Por isso, é interessante analisar em quais empreendimentos o fundo está envolvido para ter

parâmetros de rentabilidade.Tais empreendimentos abran-

gem tanto imóveis comerciais quanto residenciais, e a parti-cipação do fundo neles pode ser integral ou não. Também podem ser negociados imóveis em construção e loteamentos, que podem gerar locação ou arrendamento.

Desta forma, fundos imobili-ários podem ser considerados investimentos de risco médio, pois a rentabilidade sempre estará sujeita às oscilações do mercado e à possibilidade de inadimplência por parte dos locatários, que pode até ser pequena, mas será sempre uma preocupação para o gestor e para o investidor.

L. A. N., DE RIO DE JANEIRO (RJ) A variação do preço dos imóveis afetará principalmen-te fundos com maior foco em arrendamento, sendo neces-sário fi car atento aos ativos selecionados para que não se pague caro para vender barato no futuro.

A análise da reputação e do histórico do gestor contribui para a minimização do risco, mas também é importante comparar as taxas adminis-trativas de diferentes fundos para identifi car aquele com menores custos. Como há isen-ção de Imposto de Renda sobre os rendimentos de pessoas físicas para esse investimento, os custos do gestor são os únicos da aplicação.

Nos casos de locação, após verifi car se o inquilino é bom

devedor e minimizar o risco, pode-se descontar os custos da taxa de aluguel para identifi car a rentabilidade do fundo e com-pará-lo a outras aplicações.

Para reduzir a possibilidade de perdas, como dito em sua pergunta completa, é impor-tante: ater-se à credibilidade do locatário, buscando aquele com histórico de bom paga-dor e tentar amenizar o risco de variações de preços. Esse instrumento fi nanceiro está su-jeito a quebras estruturais e a crises que possam derrubar o valor dos imóveis.

Em geral, a decisão por di-luir os investimentos contribui para atenuar o risco. Por isso, é recomendável que se aplique apenas uma parte do patrimô-nio em fundos imobiliários.

Como invisto no Tesouro Direto? Quais os custos?

RESPOSTA DO PROFES-SOR WILLIAM EID, DA FGV (FUNDAÇÃO GETULIO VAR-GAS) - O Tesouro Direto é uma alternativa muito interessante de investimento. Mas não caiu nas graças dos brasileiros. Te-mos hoje um estoque de investi-mentos no Tesouro Direto pouco superior a R$ 10 bilhões, contra R$ 500 bilhões na poupança e R$ 340 bilhões em fundos de investimentos classifi cados no segmento de varejo.

O Tesouro Direto oferece três tipos básicos de títulos: as NTN-B, indexadas ao IPCA (índice ofi cial de infl ação); as LFT, in-dexadas à Selic (taxa básica de juros da economia brasileira); e as LTN e NTN-F, que são pre-fi xadas. E com diferentes ven-cimentos, chegando até 2050. Essas alternativas permitem que o investidor construa uma cartei-ra que o proteja contra os efeitos da infl ação, como é o caso dos títulos indexados ao IPCA.

Podemos ir além e imaginar uma diversifi cação entre os três tipos, de forma a termos uma proteção não só contra a in-fl ação, mas também estarmos preparados para uma alta da taxa de juros, com os títulos

indexados à Selic, e também de uma baixa, com os prefi xados. As alternativas são inúmeras, prin-cipalmente se pensarmos numa diversifi cação por vencimentos, que nos levará a diferentes ní-veis de sensibilidade dos títulos em relação a alterações em taxas de juros.

Também é possível construir uma carteira de renda, se forem adquiridos títulos que paguem cupons. Além disso é possível investir quantias pequenas no Tesouro, a partir de R$ 30.

Para investir é preciso se cadastrar numa instituição fi -nanceira credenciada. A lista está disponível no site do Te-souro (www.tesouro.fazenda.gov.br). Lá também é possível encontrar os custos associados a cada uma das instituições – algumas não cobram taxa de administração. Além dessa tarifa, há uma taxa de custódia dos papéis pela BM&FBovespa de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos.

O investidor nos títulos do Tesouro Direto também está sujeito a Imposto de Renda, como em toda aplicação de renda fi xa. E a alíquota do IR depende do período de perma-nência no investimento.

A. P. H., DE GUARULHOS (SP)

Samy Dana

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