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EFEITOS DE MICRONUTRIENTES, APLICADOS VIA SULCO E FOLIAR, NA CULTURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO (Gossypium Hirsutum L.) (*) João Chrisóstomo Pedroso Neto (Epamig - Fazu / [email protected]), Marcelo de Abreu Lanza (Epamig). RESUMO - O algodoeiro demanda níveis elevados de nutrientes para que possa obter produtividades rentáveis. Dentre os micronutrientes, destacam-se o boro, o zinco e o manganês que, em condições de deficiência, deprimem de maneira expressiva a produtividade da cultura. Assim, com os objetivos de determinar a melhor maneira de aplicação de boro, zinco e manganês e gerar recomendação de adubação com micronutrientes em algodoeiro cultivado em solos sob cerrado, instalou-se, no ano agrícola 2004/2005, um ensaio em um Latossolo Vermelho, textura franco-arenosa, pobre em micronutrientes. No ensaio testou-se a aplicação de Zn (20 kg.ha -1 ), Mn (20 kg.ha -1 ) e B (13 kg.ha -1 ), via solo e, Zn (1,0%), Mn (0,2%) e B (0,5%), via foliar, parcelados em 4 vezes, a partir do florescimento. Testou-se também a aplicação de uréia (5%) + melaço em pó (5%) e a testemunha absoluta (0 kg.ha- 1 de micronutrientes). O delineamento experimental foi blocos ao acaso, com 4 repetições. A produtividade e o comprimento de fibra responderam significativamente à aplicação de boro, independente do modo de aplicação e também à aplicação de uréia + melaço, a lanço. Palavras-chave: algodoeiro, micronutrientes, aplicação EFFECT OF MICRONUTRIENTES APPLIED IN THE SEED ROWAND IN FOLIAR WAY IN COTTON CROP (Gossypium hirsutum L.) ABSTRACT - The cotton demands high levels of nutrients so that it can reach economic yields. Among the micronutrients, the boron, the zinc and the manganese stand out, knowing that, in deficiency conditions, depress in expressive way the yield of the crop. Thus, with the objectives to determine the best way of application of boron, zinc and manganese and to generate recommendation of fertilization with micronutrients in cotton cultivated in soil under cerrado area it was set up, in the agricultural year 2004/2005, an experiment in a Red Latossolo, Franc-Sandy texture, poor in micronutrients, an experiment where it was tested application of the Zn (20 kg.ha -1 ), Mn (20 kg.ha -1 ) and B (13 kg.ha -1 ), in furrow and, Zn (1,0%), Mn (0,2%) and B (0,5%), by foliar spraying divided in 4 times starting at blooming time. The application of urea (5%) + molasses in dust” (5%) it was also tested and the absolute control (0 kg.ha -1 of micronutrients). The experimental design was randomized complete blocks with 4 replications. The yield and the fiber length answered significantly to the boron application, independent of the way of application, as well as the surface application of ureia + molasses. Key words: cotton plant, micronutrients, application.

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EFEITOS DE MICRONUTRIENTES, APLICADOS VIA SULCO E FOLIAR, NA CULTURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO (Gossypium Hirsutum L.) (*)

João Chrisóstomo Pedroso Neto (Epamig - Fazu / [email protected]), Marcelo de Abreu Lanza (Epamig). RESUMO - O algodoeiro demanda níveis elevados de nutrientes para que possa obter produtividades rentáveis. Dentre os micronutrientes, destacam-se o boro, o zinco e o manganês que, em condições de deficiência, deprimem de maneira expressiva a produtividade da cultura. Assim, com os objetivos de determinar a melhor maneira de aplicação de boro, zinco e manganês e gerar recomendação de adubação com micronutrientes em algodoeiro cultivado em solos sob cerrado, instalou-se, no ano agrícola 2004/2005, um ensaio em um Latossolo Vermelho, textura franco-arenosa, pobre em micronutrientes. No ensaio testou-se a aplicação de Zn (20 kg.ha-1), Mn (20 kg.ha-1) e B (13 kg.ha-1), via solo e, Zn (1,0%), Mn (0,2%) e B (0,5%), via foliar, parcelados em 4 vezes, a partir do florescimento. Testou-se também a aplicação de uréia (5%) + melaço em pó (5%) e a testemunha absoluta (0 kg.ha-1

de micronutrientes). O delineamento experimental foi blocos ao acaso, com 4 repetições. A produtividade e o comprimento de fibra responderam significativamente à aplicação de boro, independente do modo de aplicação e também à aplicação de uréia + melaço, a lanço. Palavras-chave: algodoeiro, micronutrientes, aplicação EFFECT OF MICRONUTRIENTES APPLIED IN THE SEED ROWAND IN FOLIAR WAY IN COTTON

CROP (Gossypium hirsutum L.) ABSTRACT - The cotton demands high levels of nutrients so that it can reach economic yields. Among the micronutrients, the boron, the zinc and the manganese stand out, knowing that, in deficiency conditions, depress in expressive way the yield of the crop. Thus, with the objectives to determine the best way of application of boron, zinc and manganese and to generate recommendation of fertilization with micronutrients in cotton cultivated in soil under cerrado area it was set up, in the agricultural year 2004/2005, an experiment in a Red Latossolo, Franc-Sandy texture, poor in micronutrients, an experiment where it was tested application of the Zn (20 kg.ha-1), Mn (20 kg.ha-1) and B (13 kg.ha-1), in furrow and, Zn (1,0%), Mn (0,2%) and B (0,5%), by foliar spraying divided in 4 times starting at blooming time. The application of urea (5%) + molasses in dust” (5%) it was also tested and the absolute control (0 kg.ha-1 of micronutrients). The experimental design was randomized complete blocks with 4 replications. The yield and the fiber length answered significantly to the boron application, independent of the way of application, as well as the surface application of ureia + molasses. Key words: cotton plant, micronutrients, application.

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INTRODUÇÃO

O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) é uma planta que demanda altas quantidades de nutrientes para que possa obter produções rentáveis. A planta extrai, em cada hectare, 156 a 212 kg de N, 32 a 61 kg de P2O5, 118 a 197 kg de K2O, 62 a 168 kg de CaO ,32 a 47 kg de MgO, 10 a 64 kg de S, 320 g de B, 18 a 120 g de Cu, 123 a 2.960 g de Fe, 47 a 250 g de Mn, 2 g de Mo e 3,42 a 116 g de Zn para produzir 2.500 kg de algodão em caroço (ou aproximadamente 1.000 kg/ha de pluma), porém essa quantidade varia intensamente na dependência das condições de clima, solo, manejo, variedade utilizada e produtividade alcançada (MALAVOLTA, 1987; SILVERTOOTH, 1992 STAUT e KURIAHARA, 1998; THOMPSON, 1999). A CNPA ITA 90 exportou com a colheita 152 kg de N, 21 kg de P2O5, 35 kg de K2O, 5 kg de Ca, 10 kg de S, 6 kg de Mg, 19 g de Cu, 128 g de Fe, 105 g de Mn e 111 g de Zn (STAUT, 1996, apud STAUT e KURIAHARA, 1998). Essa retirada anual pode crescer caso a matéria seca da parte aérea produzida seja queimada como medida profilática para combater pragas e doenças.

Dentre os micronutrientes, os que causam maiores problemas à cultura algodoeira são o boro, o zinco e o manganês e, em escala menor, o cobre, o ferro e o molibdênio. Embora sejam requeridos em quantidades relativamente diminutas, em condições de alta deficiência deprimem de maneira expressiva a produtividade da planta (QUAGGIO et al., 1991) O algodoeiro é uma planta sensível à deficiência de boro. Em conjunto com a calagem a planta responde fortemente à aplicação desse nutriente em solos deficientes (MALAVOLTA, 1987). Como a exigência para o desenvolvimento vegetativo é menor do que para a frutificação, em condições de baixa a moderada carência o algodoeiro cresce normalmente, às vezes até de forma intensa, mas acaba produzindo pouco (ROTHWELL et al., 1967; HINKLE e BROWN, 1968). Quando a deficiência é alta e persiste durante boa parte do ciclo das plantas, há bloqueio no crescimento do ramo principal, os internódios tornam-se curtos e pode ocorrer até morte da gema terminal, os nós intumescem e chegam a rachar, exudando líquido, há superbrotamento, prolongamento de ciclo com persistente retenção da folhagem e as plantas tornam-se improdutivas (SARRUGE et al., 1973; COSTA et al., 1976). Ponteiros cloróticos, com folhas enrugadas, limbos espessos e deformados e pecíolos retorcidos, contrastam com o “baixeiro” verde, normal (COSTA et al, 1976; SILVA et al., 1979; CARVALHO, 1980; SILVA et al., 1982).

Em condições de baixa a moderada deficiência, o algodoeiro não adubado com boro costuma apresentar, em reboleiras na lavoura, intenso crescimento vegetativo, subrotamento, atraso no ciclo, manutenção persistente da folhagem e abertura irregular dos frutos, o que acaba prejudicando a colheita mecanizada (CARVALHO, 1980; SILVA et al., 1982). A adubação adequada regulariza o ciclo e o tamanho das plantas, aumenta o peso médio dos capulhos e das sementes e melhora até certas qualidades da fibra, como comprimento e maturidade (SILVA et al., 1979; CARVALHO, 1980; SILVA et al., 1982). O algodoeiro tem reagido ao boro aplicado das mais diferentes formas, desde adubações sólidas no sulco de semeadura ou em cobertura no solo, até pulverizações do solo ou da planta, ou mesmo combinações desses métodos (QUAGGIO et al, 1991). Os sintomas de deficiência de zinco em algodoeiro ocorrem mais freqüentemente nas folhas, que se apresentam menores do que as normais, com clorose internerval, espessas e com bordos dobrados para cima. Os lóbulos das folhas novas podem se alongar, tomando aspecto de dedos. Plantas afetadas precocemente apresentam internódios curtos, tornando-se enfezadas e atrofiadas.

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Quando a deficiência ocorre tardiamente, o porte é normal, mas as folhas revelam clorose e os frutos não se desenvolvem a contento (MACCLUNG et al., 1961). As doses excessivas por via foliar podem provocar queima das folhas em questão de poucas horas (QUAGGIO et al., 1991). A concentração de zinco no limbo varia mais em função do acúmulo de fósforo do que com a calagem ou com a própria aplicação do micronutriente (SILVA et al. 1991, QUAGGIO et al., 1991). A carência de manganês assemelha-se aos relatos para zinco, ou seja, iniciando-se em folhas novas do ponteiro como uma clorose internerval e dobramento do limbo foliar, permanecendo bem verdes as nervuras. (HINHLE e BROWN, 1968). Os sintomas de toxicidade é caracterizada por clorose mosqueada no limbo, com pontos necróticos entre as nervuras e as folhas que apresentam-se enrugadas e retorcidas (COSTA et al., 1976). Alguns adubos como o cloreto de potássio, podem , em condições de solo muito ácido, acentuar os sintomas de deficiência de manganês (QUAGGIO et al., 1991). A concentração de manganês no limbo cai significativamente com a calagem e, em menor escala, com a adubação fosfatada (SILVA et al., 1980). Por outro lado, aplicações crescentes de cloreto de potássio concorrem para aumentar essa concentração a cerca de 450 ppm (SILVA et al., 1984).

Os objetivos do ensaio foram: Comparar os modos de aplicação (sulco de plantio x foliar) dos micronutrientes boro, zinco

e manganês; Gerar recomendações de adubação com micronutrientes em algodoeiro em condições de

cerrado.

MATERIAL E MÉTODOS O ensaio foi instalado no ano agrícola 2004/2005, na Fazenda Escola das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU), no município de Uberaba. O plantio foi feito no dia 23/11/2004 e a colheita em 05/05/2005. O solo utilizado foi um Latossolo Vermelho, textura franco-arenosa, com baixos níveis de boro, zinco e manganês

O delineamento experimental foi blocos casualizados, com quatro repetições, totalizando 48 parcelas. As parcelas foram compostas por quatro fileiras, espaçadas de 0,80 m entre linhas e com 15 sementes deslintadas/m, dando uma área total de 16 m2 (3,2 m x 5,0 m ). A área útil de cada parcela foi constituída de duas fileiras centrais, com 5,0m de comprimento, totalizando uma área de 8,0 m2.

Os tratamentos estudados foram: 1- Testemunha absoluta 2- Boro + zinco + manganês no sulco, nas doses de 13, 20 e 20 kg.ha-1, respectivamente; 3- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + boro + zinco + manganês no sulco, nas doses de 13, 20, 20 kg.ha-1, respectivamente; 4- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + boro no sulco (13 kg.ha-1); 5- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + zinco no sulco (20 kg.ha-1); 6- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + manganês no sulco (20 kg.ha-1); 7- Boro (0,5%) + zinco (1,0%) + manganês (0,2%), via foliar, em quatro vezes, a partir da floração e com sete dias de intervalo;

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8- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + boro (0,5%) + zinco (1,0%) + manganês (0,2%), via foliar, em quatro vezes, a partir da floração e com sete dias de intervalo; 9- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + boro (0,5%), via foliar *; 10- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + zinco (1,0%), via foliar *; 11- NPK (500 kg.ha-1) + 300 kg.ha-1 de sulfato de amônio + manganês (0,2%), via foliar *; 12- NPK (500 kg.ha-1)+ 300 kg.ha-1de sulfato de amônio + uréia a 5% + melaço em pó 5% via foliar *; *As aplicações foliares foram feitas em quatro vezes a partir do florescimento.

A formulação com NPK utilizada foi 4-30-16. A fonte de boro foi o bórax (11 % de B), a de zinco

foi o sulfato de zinco (20% Zn) e a de manganês foi o sulfato manganoso (26,5% de Mn). Usou-se como regulador de crescimento o cloreto de mepiquat, aplicado com pulverizador munido de bico tipo cone em três épocas, isto é, aos 40, 55 e 70 dias após o plantio.

Os dados de produtividade de algodão em caroço incluem os 20 capulhos amostrados antes da primeira colheita, com 50% de capulhos abertos e das colheitas subseqüentes.

Por ocasião da colheita foram avaliados o número de plantas da área útil (duas fileiras centrais completas), a altura da planta, o número de capulhos/planta, a altura de inserção do primeiro ramo produtivo, o número de ramos produtivos/planta, o número de capulhos/planta e o diâmetro caulinar a 5 cm do solo de cada 10 plantas ao acaso, e o rendimento dentro da área útil de cada parcela.

Da amostra de 20 capulhos retirados do terço médio de cada planta, foram avaliados: o peso de 100 sementes, peso de capulho, percentagem de fibra e índice de fibra. As analises tecnológicas da fibra (comprimento, finura, resistência e maturidade, etc) foram feitas em laboratório especializado. As variáveis mediadas foram submetidas à análise da variância e os contrastes de interesse foram estudados pelo teste de Scott Knott a 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Dentre os parâmetros analisados observou-se efeito significativo positivo da aplicação de boro, independentemente do modo de aplicação e também da presença ou não de manganês e zinco sobre a produção de plumas, concordando com resultados obtidos por Malavolta (1987) que afirma que o algodoeiro é uma planta sensível à deficiência do elemento e responde, de forma significativa a aplicação do mesmo, principalmente quando associado à calagem. A produção de plumas também respondeu de forma significativa à aplicação foliar de uréia + melaço (Tab. 1). Os demais parâmetros analisados, tais como (peso de 20 capulhos, peso de 100 sementes, stand final, altura de planta e índice e peso de fibras) não foram afetados pelos tratamentos. Dentre os resultados de análises tecnológicas de fibras somente o comprimento respondeu aos tratamentos, sendo que a aplicação de boro, zinco e manganês, independente do modo de aplicação, foi superior aos demais tratamentos. Os parâmetros finura, uniformidade, resistência, alongamento e índice de fiabilidade não foram afetados pelos tratamentos.

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Tabela 1. Influência da aplicação de micronutrientes na produção do algodoeiro. Uberaba/MG, 2005.

Tratamento Produção (kg.ha-1) 4 3037 A

12 2906 A 8 2822 A 3 2738 A 9 2629 A

11 2506 B 5 2448 B 2 2334 B 1 2203 B

10 2052 B 7 2026 B 6 1986 B

Coef. Var. (%) 17,45% Médias seguidas de mesma letras não diferem entre si, pelo Teste de Scott Knott, com 5% de probabilidade.

CONCLUSÕES 1. Observou-se incremento significativo na produção de pluma com a aplicação de boro, independente do modo de aplicação; 2. Observou-se incremento significativo na produção de pluma com aplicação de uréia + melaço, via foliar; 3. O comprimento de fibra foi significativamente superior quando aplicou-se boro, zinco e manganês, independente da forma; 4. Embora tenham sido observadas algumas tendências, faz-se necessário a repetição do ensaio no mesmo local, por no mínimo um ano, para a confirmação de resultados mais conclusivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, L. H. Efeitos da calagem e da adubação boratada sobre o algodoeiro (G. hirsutum L.) cultivado em Latossolo vermelho-Amarelo fase arenosa. Piracicaba: Esalq – USP, 1980. 64 p. Dissertação de Mestrado - Escola superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP. COSTA, A. S.; CARVALHO, N.; GALLO, J. R.; COSTA, D. S. Deficiência de boro, anomalia do algodoeiro em São Paulo que se assemelha a uma virose. Fitopatologia, v. 11, p. 10-11, 1973. COSTA, A. S.; GALLO, J. R.; RAIJ, B.; VALADARES, J. M. A.S . Pseudovirose do algodoeiro induzida por toxicidade do manganês. Fitopatologia v. 8, p. 6-7, 1976.

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MACCLUNG, A. C.; FREITAS, L. M. M.; MIKELSEN, D. S.; LOTT, N. L. A adubação do algodoeiro em solos de campo cerrado no Estado de São Paulo, São Paulo. IBEC Research Institute, 1961, 35 p. (Boletim, 27). MALAVOLTA, E. Manual de calagem e adubação das principais culturas. São Paulo: Ceres, 1987. p. 151-178. QUAGGIO, J. A.; SILVA, N. M. da; BERTON, R. S. Cultura Oleaginosas. In: SIMPÓSIO SOBRE MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA, 1., Jaboticabal, 1988. Anais... Piracicaba: Potafos/CNPq, 1991. p. 445-484. ROTHWELL, A.; BRYDEN, J. W.; KNIGHT, H.; COXE, B. J. Boron deficiency of cotton in Zambia. Cotton Growing Review, v. 44, p. 23-28, 1967. SARRUGE, J. R.; HAAG, H. P.; MALAVOLTA, E.; ACCORSI, W. R. Estudo sobre a alimentação mineral do algodoeiro. II. Deficiências de micronutrientes na variedade IAC 11. Anais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, v. 30, p. 93-103, 1973. SILVA, N. M.; CARVALHO, L. H.; BATAGLIA, O. C.; HIROCE, R. Efeitos do boro em algodoeiro cultivado em condições de casa de vegetação. Bragantia, v. 38, p. 153-164, 1979. SILVA, N. M.; CARVALHO, L. H.; HIROCE, R.; QUAGGIO, J. A. Emprego da calcário e de superfosfato simples na cultura do algodoeiro em solo argiloso ácido. Bragantia, v. 39, p. 39-50,1980. SILVA, N. M.; CARVALHO, L. H.;CHIAVEGATO, E. J.; SABINO, N. P.; HIROCE, R. Efeito de doses de boro aplicadas no sulco de plantio do algodoeiro, em solos deficientes. Bragantia, v. 41, p. 181-191,1982. SILVERTOOTH, J. C. Fibre Crops – Cotton. In: IFA world fertilizer use manual. Paris, 1992. p. 457-71. STAUT, L. A., KURAIHARA, C. H. Calagem, nutrição e adubação. In: EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agropecuária do Oeste (Dourados, MS). Algodão: Informações técnicas. Dourados: Embrapa-CPAO; Campina Grande: Embrapa-CNPA, 1998. 267 p. (Embrapa -CPAO. Circulação Técnica, 7). p.57. THOMPSON, W. R. Fertilization of cotton for yields and quality. In: CIA, E., FREIRE, E. C.; SANTOS, W.J. dos. (Eds.) Cultura do Algodoeiro. Piracicaba: Potafos, 1999. p. 94.