horticultura adubação fosfatada em tomateiro industrial em...

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FARIA, C.M.B. de; PEREIRA, J.R.; COSTA, N.D.; CORTEZ, C.R.; NAKANE, S.; SILVA, FA.A,; AKVES M.E. Adubação fosfatada em tomateiro indus- trial em solos do Submédio São Francisco. Horticultura Brasileira, v. 17, n. 2, p. 114-117, julho 1999. Adubação fosfatada em tomateiro industrial em solos do Submédio São Francisco. Clementino M.B. de Faria); José R. Pereira); Nivaldo D. Costa'; Celso R. Cortez/; Sentaro Nakane"; Francisco A. de A. Silva'; Manoel E. Alves' 'Embrapa Semi-Árido, C. Postal 23, 56.300-000 Petrolina - PE; 2CICA-NORTE, Av. Antônio Carlos Magalhães, 510,48.900-000 Juazeiro - BA; 'FUNDESTONE, Av. Senador Nilo Coelho, s/n, 56.300-000 Petrolina - PE; 4FRUTIVALE, C. Postal 124,48.900-000 Juazeiro - BA. RESUMO Analisou-se oito experimentos realizados em áreas irrigadas do Submédio São Francisco, entre os anos de 1988 e 1993, com o objeti- vo de relacionar a resposta do tomateiro industrial (Lycopersicon esculentum, Mill) à adubação fosfatada em solos com diferentes teo- res de fósforo disponível determinado pelos métodos Mehlich-I ou Bray-l. Nos solos com conteúdo de P disponível igualou inferior a 2 mg.dm', os aumentos em produtividade, provocados pela adubação foram, em média, de 190,8%, enquanto no solo com teor de P de 8 mg.drn', o aumento foi de apenas 21,7%. Porém, em solos com teor de P igualou superior a 14 mg drn', não foi verificada resposta do tomateiro à adubação fosfatada. Para os dois experimentos onde foi possível ajustar equações quadráticas, as produtividades máximas econômicas de tomate (56,47 e 69,35 t.ha') foram obtidas com os níveis de 143 e 182 kg.ha: de PP5' respectivamente. Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, irrigação, adubação, fósforo no solo, fósforo residual. ABSTRACT Phosphorus fertilisation on processing tornato in soils of the Subrnédio S. Francisco River Valley. Results of eight field experiments carried out in irrigated areas of the Submédio São Francisco River Valley, Northeast Brazil, from 1988 to 1993, were statistically analysed to evaluate the response of processing tomato tLycopersicon esculentum, Mill) to phosphorus fertiliser, in soils with different available phosphorus contents by the methods of Mehlich - I or Bray - 1. The analysis showed that in soils where available P content was equal to or lower than 2 mg.drrr " the mean increment in tomato yield due to P fertilisation was 190.8%, while in soils where the P content was 8 rng/drri', the increment was only 21.7%. However, in soils with P content equal or higher than 14 mg drn', there was no response of the tomato crop to phosphorus fertilisation. In the two experiments where a quadratic response was observed, the maximum economical yields of 56.47 and 69.35 tono ha of tomatoes were obtained with 143 and 182 kg.ha of P205' respectively. Keywords: Lycopersicon esculentum, irrigation, [ertilisation, soil phosphorus, residual phosphorus. (Aceito para publicação em 19 de abril de 1999) O tomateiro industrial ou rasteiro (Lycopersicon esculentum, Mill) é uma das principais oleráceas cultivadas com irrigação no Vale do Submédio São Francisco, onde existem cinco agroindústrias de processamento de to- mate, instaladas nas cidades de Petrolina, PE e Juazeiro, BA. Na região, a agricultura é intensiva, com dois ou mais ciclos de culturas tem- porárias por ano e os solos são deficien- tes em nitrogênio e fósforo (FAO, 1966). Resultados de experimentos comprovam essa deficiência (Poultney, 1968; EMBRAPA, 1993). Para obter produtividades elevadas, os agricultores fazem adubações a cada ciclo de cultu- ra, geralmente, sem disporem dos resul- tados da análise de solo. Arriscam-se, assim, a ter despesas desnecessárias e a provocar desequilíbrios de nutrientes no solo, com aplicações sucessivas de do- 114 ses elevadas de fertilizantes, sem o co- nhecimento de seu efeito residual. Faria et ai. (1979) verificaram uma recupera- ção do fósforo aplicado em três ciclos de cultura, de até 34,8% pelo extrator Mehlich-I em latossolo vermelho-ama- relo, textura arenosa, dessa região. Grubinger et ai. (1993) observaram resposta do tomateiro ao fósforo apli- cado em sulco no pré-plantio, apenas em solo com baixo teor de fósforo disponí- vel (2 a 3 mg kg' de P), avaliado pelo método Morgan, ou em solo não aduba- do com fósforo anteriormente ao plan- tio. Por sua vez, Baumgartner et ai. (1983) verificaram que o tomateiro res- pondeu à aplicação de fósforo em latossólicos roxo com teores de P, ex- traído com H 2 SO. 0,05N variando entre 8 e 14 mg dm'. Em trabalho realizado no Submédio São Francisco em latossolo vermelho amarelo, textura are- nosa, foi verificado que o nível de P, determinado pelo método Mehlich-I, que correspondeu a 90% da produtivi- dade máxima do tomateiro, foi de 15,7 mg.dm:' (Faria et al., 1986). Com uma nova metodologia empregada em olericultura, baseada na resposta da cul- tura à adubação em relação à produtivi- dade e qualidade dos frutos e à concen- tração do elemento na planta, compara- da a resultados de literatura utilizando os procedimentos tradicionais, as clas- ses de P e K no solo quantificados pelo método Mehlich-I foram alteradas para cima, ou seja, o que era classificado como um nível muito baixo, passa para um nível baixo, nível baixo, passa para um nível médio, e assim por diante, re- sultando em recomendações menores de adubação, sem, contudo, provocar pre- juízo no rendimento das olerícolas (Hanlon & Hochmuth, 1992). Hortic. bras., v. 17, n. 2, jul. 1999.

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FARIA, C.M.B. de; PEREIRA, J.R.; COSTA, N.D.; CORTEZ, C.R.; NAKANE, S.; SILVA, FA.A,; AKVES M.E. Adubação fosfatada em tomateiro indus-trial em solos do Submédio São Francisco. Horticultura Brasileira, v. 17, n. 2, p. 114-117, julho 1999.

Adubação fosfatada em tomateiro industrial em solos do Submédio SãoFrancisco.Clementino M.B. de Faria); José R. Pereira); Nivaldo D. Costa'; Celso R. Cortez/; Sentaro Nakane";Francisco A. de A. Silva'; Manoel E. Alves''Embrapa Semi-Árido, C. Postal 23, 56.300-000 Petrolina - PE; 2CICA-NORTE, Av. Antônio Carlos Magalhães, 510,48.900-000Juazeiro - BA; 'FUNDESTONE, Av. Senador Nilo Coelho, s/n, 56.300-000 Petrolina - PE; 4FRUTIVALE, C. Postal 124,48.900-000Juazeiro - BA.

RESUMOAnalisou-se oito experimentos realizados em áreas irrigadas do

Submédio São Francisco, entre os anos de 1988 e 1993, com o objeti-vo de relacionar a resposta do tomateiro industrial (Lycopersiconesculentum, Mill) à adubação fosfatada em solos com diferentes teo-res de fósforo disponível determinado pelos métodos Mehlich-I ouBray-l. Nos solos com conteúdo de P disponível igualou inferior a 2mg.dm', os aumentos em produtividade, provocados pela adubaçãoforam, em média, de 190,8%, enquanto no solo com teor de P de 8mg.drn', o aumento foi de apenas 21,7%. Porém, em solos com teorde P igualou superior a 14 mg drn', não foi verificada resposta dotomateiro à adubação fosfatada. Para os dois experimentos onde foipossível ajustar equações quadráticas, as produtividades máximaseconômicas de tomate (56,47 e 69,35 t.ha') foram obtidas com osníveis de 143 e 182 kg.ha: de PP5' respectivamente.

Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, irrigação, adubação,fósforo no solo, fósforo residual.

ABSTRACTPhosphorus fertilisation on processing tornato in soils of the

Subrnédio S. Francisco River Valley.

Results of eight field experiments carried out in irrigated areasof the Submédio São Francisco River Valley, Northeast Brazil, from1988 to 1993, were statistically analysed to evaluate the response ofprocessing tomato tLycopersicon esculentum, Mill) to phosphorusfertiliser, in soils with different available phosphorus contents bythe methods of Mehlich - I or Bray - 1. The analysis showed that insoils where available P content was equal to or lower than 2 mg.drrr" the mean increment in tomato yield due to P fertilisation was190.8%, while in soils where the P content was 8 rng/drri', theincrement was only 21.7%. However, in soils with P content equalor higher than 14 mg drn', there was no response of the tomato cropto phosphorus fertilisation. In the two experiments where a quadraticresponse was observed, the maximum economical yields of 56.47and 69.35 tono ha of tomatoes were obtained with 143 and 182kg.ha of P205' respectively.

Keywords: Lycopersicon esculentum, irrigation, [ertilisation, soilphosphorus, residual phosphorus.

(Aceito para publicação em 19 de abril de 1999)

O tomateiro industrial ou rasteiro(Lycopersicon esculentum, Mill) é

uma das principais oleráceas cultivadascom irrigação no Vale do Submédio SãoFrancisco, onde existem cincoagroindústrias de processamento de to-mate, instaladas nas cidades dePetrolina, PE e Juazeiro, BA.

Na região, a agricultura é intensiva,com dois ou mais ciclos de culturas tem-porárias por ano e os solos são deficien-tes em nitrogênio e fósforo (FAO,1966). Resultados de experimentoscomprovam essa deficiência (Poultney,1968; EMBRAPA, 1993). Para obterprodutividades elevadas, os agricultoresfazem adubações a cada ciclo de cultu-ra, geralmente, sem disporem dos resul-tados da análise de solo. Arriscam-se,assim, a ter despesas desnecessárias e aprovocar desequilíbrios de nutrientes nosolo, com aplicações sucessivas de do-

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ses elevadas de fertilizantes, sem o co-nhecimento de seu efeito residual. Fariaet ai. (1979) verificaram uma recupera-ção do fósforo aplicado em três ciclos decultura, de até 34,8% pelo extratorMehlich-I em latossolo vermelho-ama-relo, textura arenosa, dessa região.

Grubinger et ai. (1993) observaramresposta do tomateiro ao fósforo apli-cado em sulco no pré-plantio, apenas emsolo com baixo teor de fósforo disponí-vel (2 a 3 mg kg' de P), avaliado pelométodo Morgan, ou em solo não aduba-do com fósforo anteriormente ao plan-tio. Por sua vez, Baumgartner et ai.(1983) verificaram que o tomateiro res-pondeu à aplicação de fósforo emlatossólicos roxo com teores de P, ex-traído com H2SO. 0,05N variando entre8 e 14 mg dm'. Em trabalho realizadono Submédio São Francisco emlatossolo vermelho amarelo, textura are-

nosa, foi verificado que o nível de P,determinado pelo método Mehlich-I,que correspondeu a 90% da produtivi-dade máxima do tomateiro, foi de 15,7mg.dm:' (Faria et al., 1986). Com umanova metodologia empregada emolericultura, baseada na resposta da cul-tura à adubação em relação à produtivi-dade e qualidade dos frutos e à concen-tração do elemento na planta, compara-da a resultados de literatura utilizandoos procedimentos tradicionais, as clas-ses de P e K no solo quantificados pelométodo Mehlich-I foram alteradas paracima, ou seja, o que era classificadocomo um nível muito baixo, passa paraum nível baixo, nível baixo, passa paraum nível médio, e assim por diante, re-sultando em recomendações menores deadubação, sem, contudo, provocar pre-juízo no rendimento das olerícolas(Hanlon & Hochmuth, 1992).

Hortic. bras., v. 17, n. 2, jul. 1999.

Sobulo et ai. (1978) verificaram res-posta do tomateiro em um solo com 2,5rngdrn' deP (Bray-l) até a dose de 120kg.ha:' de Pps. Em um solo com 6,5mg.drn? de P (Mehlich-l), no Estado deSanta Catarina, a dose ótima de fósforopara o tomateiro envarado foi de 259kg.ha' de PPs (Silva Júnior & Vizzotto,1990).No Estado de São Paulo, em umsolocom 1 mg de Pdm' (H2SO 4 0,05N),verificou-se que o tomateiro rasteiroapresentou boas respostas até a dose de300 kg ha' de PPs e atribuiu-se essecomportamento ao baixo teor de fósfo-ro disponível do solo e à alta taxa deadsorção do nutriente (Barbosa, 1993).Atualmente, no Submédio São Francis-co, onde os solos têm baixa adsorção deP (0,124 a 0,636 mg.g'), segundo Pe-reira & Faria (1998), a adubação para otomateiro é indicada pela Comissão Es-tadual de Ferti Iidade do Solo (1989) daBahia, que recomenda doses de 40, 80,120 e 160 kg.ha' de Pps' conforme osteores de P no solo determinado porMehlich-l, encontram-se entre 21 a 40,11a 20,6 a 10 e ° a 5 mg.drn', respec-tivamente.

Esse trabalho teve como objetivo,avaliar a resposta do tomateiro rasteiroàs adubações fosfatadas e associá-Ia aoteor de fósforo do solo em experimen-tos realizados no Vale do Submédio SãoFrancisco.

Adubação fosfatada em tomateiro industrial.

MATERIAL E MÉTODOS

o trabalho compreendeu a análisedos dados de teor de fósforo disponívelno solo, doses de fósforo usadas na adu-bação e produtividade do tomateiro ras-teiro de oito experimentos realizados emáreas irrigadas no Submédio São Fran-cisco, com clima classificado comoBSwh', Koepen. Dois dos experimen-tos foram desenvolvidos no Campo Ex-perimental de Bebedouro, da EmbrapaSemi-Árido, em 1989 e 1989 (experi-mentos 1 e 2) e três em campo da em-presa CICA (Companhia Industrial deConservas e Alimentos) do Nordeste,em 1990, 1991 e 1992 (experimentos 3,4 e 5), localizados em Petrolina, PE. Osdemais experimentos foram realizadosem Juazeiro, BA. Um deles em CampoExperimental da ClCA do Nordeste em1988 (experimento 6), e dois em campoda empresa FRUTIVALE (Fruticulturado Vale São Francisco) em 1992 e 1993(experimentos 7 e 8). Amostras de solo,retiradas da camada de 0-20 cm de pro-fundidade, anteriormente ao plantio,foram analisadas quimicamente(Embrapa, 1997). Os resultados obtidossão apresentados na Tabela 1.

O delineamento do experimento 1foi de blocos ao acaso em esquemafatorial com três níveis de fósforo: 60,120 e 180 kg.ha' de P20S (26,2; 52,4 e

78,5 kg ha' de P) e duas épocas de apli-cação: todo no plantio e metade do P noplantio e a outra metade trinta dias de-pois; e um tratamento adicional (sem P),com três repetições. Para o experimen-to 2, foi de blocos ao acaso em esquemafatorial com quatro níveis de fósforo: 60,120, 180 e 240 kg.ha' de PPs (26,2;52,4, 78,5 e 104,7 kg ha' de P) e setefontes de P: termofosfato goiazfértil(19% de Pps); rota não convencional(13% dePPs e 3% deN); dapinho (20%de pps' 18% de CaO, 9% de N e 38%de S04.2); fosfato parei aI menteacidulado (FPA) 0,5 (42% de pp\); FAP1,0 (44% de PPs); superfosfato triplo(48% de Pps); superfosfato triplo +gesso (32% CaO e 53% de SO/); e umtratamento adicional (sem P), com qua-tro repetições. O dos experimentos 3 e4 foi em blocos ao acaso com três repe-tições e seis tratamentos: 0,40,80, 120,160 e 200 kg.ha' de PP/O; 17,4; 34,9;52,4; 69,8 e 87,3 kg ha' de P). O expe-rimento 5 foi semelhante ao 1, sendoporém, com quatro repetições. O deli-neamento do experimento 6 foi de blo-cos ao acaso com três repetições e cin-co tratamentos: 0,40,80, 120 e 240 kgha' de PPs (O; 17,5; 34,9; 52,4 e 104,7kg ha' de P). O experimento 7 foi se-melhante ao 5. O delineamento do ex-perimento 8 foi de blocos ao acaso emesquema fatorial de quatro níveis de fós-foro: 0, 60,120 e 180 kg ha' de Pps(O;

Tabela 1. Classificação e composição de amostras dos solos utilizados nos experimentos. Petrolina, Embrapa Semi-Árido, 1988-1993.

Característicasdo solo'Experimentos

1 2 3 4 5 6 7 8pH (1:2,5) 5,8 5,9 6,9 6,8 6,5 6,0 7,8 7,9Ca2+ , rnrnolc.drn' 14 12 15 15 20 11 231 315Mg2+ , mmolc.drrr" 7 8 6 7 10 8 17 19K+ rnrnolc.drn? 2,7 2,5 1,8 2,2 1,6 2,5 2,3 2,8,AP+, mmolc.drn? 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0P, rnq.drn? 1 2 8 33 39 40 40 14Areia, g.kg·' 810 800 880 910 830 850 340 260Classe LVa LVa PVa PVa PVa PVa V V

'pH em H20 e Ca, Mg e AI por KCI N e K por Mehlich' (HCI 0,05 N + H2SO, 0,025 N), areia por peneira e P, nos experimentos I a 6, porMehlich-I, segundo Embrapa (1997), e nos experimentos 7 e 8 por Bray-I (NH,F 0,03N + HCI 0,025N), segundo Olsen & Dean (1965) eclasse: LVa = latossolo vermelho-amarelo, textura arenosa, PVa = podzólico vermelho-amarelo, textura arenosa e V = vertissolo, segundoFAO (1966).

Honic. bras., v. 17, n. 2, ju l. 1999. 115

Sobulo et ai. (1978) verificaram res-posta do tomateiro em um solo com 2,5mgdrn' de P (Bray-l) até a dose de 120kg.ha' de Pps' Em um solo com 6,5mg.drn? deP (Mehlich-l), no Estado deSanta Catarina, a dose ótima de fósforopara o tomateiro envarado foi de 259kg.ha' de PPs (Silva Júnior & Vizzotto,1990). No Estado de São Paulo, em umsolocom 1 mg de Pdm' (H2S04 0,05N),verificou-se que o tomateiro rasteiroapresentou boas respostas até a dose de300 kg ha' de P20s e atribuiu-se essecomportamento ao baixo teor de fósfo-ro disponível do solo e à alta taxa deadsorção do nutriente (Barbosa, 1993).Atualmente, no Submédio São Francis-co, onde os solos têm baixa adsorção deP (0,124 a 0,636 rng.g'), segundo Pe-reira & Faria (1998), a adubação para otomateiro é indicada pela Comissão Es-tadual de Ferti Iidade do Solo (1989) daBahia, que recomenda doses de 40, 80,120e 160 kg.ha' de pps' conforme osteores de P no solo determinado porMehlich-l, encontram-se entre 21 a 40,11a 20, 6 a 10 e ° a 5 mg.drn', respec-tivamente.

Esse trabalho teve como objetivo,avaliar a resposta do tomateiro rasteiroàs adubações fosfatadas e associá-Ia aoteor de fósforo do solo em experimen-tos realizados no Vale do Submédio SãoFrancisco.

Adubação fosfatada em tomateiro industrial.

MATERIAL E MÉTODOS

° trabalho compreendeu a análisedos dados de teor de fósforo disponívelno solo, doses de fósforo usadas na adu-bação e produtividade do tomateiro ras-teiro de oito experimentos realizados emáreas irrigadas no Submédio São Fran-cisco, com clima classificado comoBSwh', Koepen. Dois dos experimen-tos foram desenvolvidos no Campo Ex-perimental de Bebedouro, da EmbrapaSemi-Árido, em 1989 e 1989 (experi-mentos 1 e 2) e três em campo da em-presa CICA (Companhia Industrial deConservas e Alimentos) do Nordeste,em 1990, 1991 e 1992 (experimentos 3,4 e 5), localizados em Petrolina, PE. Osdemais experimentos foram realizadosem Juazeiro, BA. Um deles em CampoExperimental da CICA do Nordeste em1988 (experimento 6), e dois em campoda empresa FRUTIVALE (Fruticulturado Vale São Francisco) em 1992 e 1993(experimentos 7 e 8). Amostras de solo,retiradas da camada de 0-20 em de pro-fundidade, anteriormente ao plantio,foram analisadas quimicamente(Embrapa, 1997). Os resultados obtidossão apresentados na Tabela 1.° delineamento do experimento 1foi de blocos ao acaso em esquemafatorial com três níveis de fósforo: 60,120 e 180 kg.ha' de P20s (26,2; 52,4 e

78,5 kg ha' de P) e duas épocas de apli-cação: todo no plantio e metade do P noplantio e a outra metade trinta dias de-pois; e um tratamento adicional (sem P),com três repetições. Para o experimen-to 2, foi de blocos ao acaso em esquemafatorial com quatro níveis de fósforo: 60,120, 180 e 240 kg.ha' de PPs (26,2;52,4, 78,5 e 104,7 kg ha' de P) e setefontes de P: termofosfato goiazfértil(19% de P20S); rota não convencional(13% de PPs e 3% de N); dapinho (20%de pps' 18% de CaO, 9% de N e 38%de SO/); fosfato parcialmenteacidulado (FPA) 0,5 (42% de Pps); FAP1,0 (44% de P20S); superfosfato triplo(48% de P20S); superfosfato triplo +gesso (32% CaO e 53% de SO/); e umtratamento adicional (sem P), com qua-tro repetições. °dos experimentos 3 e4 foi em blocos ao acaso com três repe-tições e seis tratamentos: 0,40,80,120,160 e 200 kg.ha' de PP/O; 17,4; 34,9;52,4; 69,8 e 87,3 kg ha' de P). °expe-rimento 5 foi semelhante ao 1, sendoporém, com quatro repetições. ° deli-neamento do experimento 6 foi de blo-cos ao acaso com três repetições e cin-co tratamentos: 0,40,80, 120 e 240 kgha' de PPs (O; 17,5; 34,9; 52,4 e 104,7kg ha' de P). °experimento 7 foi se-melhante ao 5. °delineamento do ex-perimento 8 foi de blocos ao acaso emesquema fatorial de quatro níveis de fós-foro: 0, 60,120 e 180 kg ha' dePps(O;

Tabela 1. Classificação e composição de amostras dos solos utilizados nos experimentos. Petrolina, Embrapa Semi-Árido, 1988-1993.

Característicasdo solo'Experimentos

1 2 3 4 5 6 7 8pH (1:2,5) 5,8 5,9 6,9 6,8 6,5 6,0 7,8 7,9Ca2+ , mmolc.drn' 14 12 15 15 20 11 231 315Mg2+ , rnrnolc.drrr" 7 8 6 7 10 8 17 19K+ , rnmolc.drn" 2,7 2,5 1,8 2,2 1,6 2,5 2,3 2,8A13+, rnmolc.drn? 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0P, rnq.dm? 1 2 8 33 39 40 40 14Areia, 9 .kq' 810 800 880 910 830 850 340 260Classe LVa LVa PVa PVa PVa PVa V V

IpH em HP e Ca, Mg e AI por KCI N e K por Mehlich' (HCI 0,05 N + H,SO, 0,025 N), areia por peneira e P, nos experimentos 1 a 6, porMehlieh-I, segundo Embrapa (1997), e nos experimentos 7 e 8 por Bray-I (NH4F 0,03N + HCI 0,025N), segundo Olsen & Dean (1965) eclasse: LVa = latossolo vermelho-amarelo, textura arenosa, PVa = podz61ieo vermelho-amarelo, textura arenosa e V = vertissolo, segundoFAO (1966).

Hortic. bras., v. 17, n. 2,jul. 1999. 115

26,2; 52,4 e 78,6 kg ha' de P) e quatroníveis de nitrogênio: O, 50, 100 e 150kg.ha' de N, com quatro repetições. Emtodos experimentos, cada parcela tinhauma área total de 43,2 m? e uma áreaútil de 14,4 rn".

A fonte de P foi o superfosfato tri-plo (42% de PP5)' aplicado em sulco,antes do plantio quando a época de apli-cação não foi um dos fatores estudados.Na análise do experimento 2 conside-rou-se apenas o superfosfato triplo comofonte de P. Todos experimentos recebe-ram a mesma adubação potássica(cloreto de potássio - 60% de ~O) e,também nitrogenada (uréia-45% de N)quando o nitrogênio não foi uma dascausas de variação. As doses utilizadasseguiram a recomendação da ComissãoEstadual de Fertilidade do Solo (1989)da Bahia. As cultivares de tomate utili-zadas foram: Petomech para o experi-mento 6 e IPA-5 para os demais. Em-pregou-se um espaçamento de 1,2 m x0,3 m. O sistema de irrigação foi porsulco nos experimentos 1, 2, 6, 7 e 8 epor pivô central nos demais.

Os dados de níveis de fósforo e deprodutividade do tomateiro foram sub-metidos a análise de variância e de re-gressão segundo Snedecor & Cochran(1971), utilizando-se o programa decomputação SAS (1990). A partir daequação de segundo grau ajustada, cal-

C.M.B. de Faria et ai.

culou-se O nível de fósforo que propor-cionou produtividade máxima econômi-ca, igualando-se a derivada segunda àsrelações entre preços do produto e doinsumo, vigentes em Petrolina-PE, em1996, que foram R$ 928,20 por tonela-da de PP5 e R$ 58,00 por tonelada detomate, ressaltando porém, que essa re-lação de preços pode variar a cada ano,conforme a demanda e oferta. Adotou-se a classificação dos teores de fósforono solo da Comissão Estadual de Ferti-lidade do Solo (1989) da Bahia, para adiscussão dos resultados do trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos experimentos em esquemafatorial, não foi verificada interação sig-nificativa entre os fatores. Os dados deprodutividade do tomateiro em funçãodos níveis de fósforo, de todos os expe-rimentos, variaram de 18,35 a 82,32 tiha (Tabela 2). Apenas nos experimen-tos em que o teor de P do solo foi igualou menor que 8 mg.drn' (experimentos1,2 e 3) houve resposta significativa dotomateiro à adubação fosfatada. Quan-do o teor de P foi igualou inferior a 2mg.dm', os aumentos máximos em pro-dutividade devidos à adubação fosfatadaforam de 190,8% em média, enquantoque do experimento 3, com teor de P de8 mg.drn', o aumento foi de apenas

21,7%. Para o experimento 8, onde oteor de P disponível (Bray-1) do solofoi de 14 mg.drn? não houve respostado tomateiro ao nutriente, indicando queno vertissolo, o nível crítico de P é infe-rior a esse valor.

Nesse estudo dois aspectos devem serconsiderados: 1) o extrator Bray-l remo-ve quantidade menores de fósforo que oMehlich-l em solos calcáreos. No traba-lho de Pereira & Faria (1978), realizadono mesmo vertissolo do presente traba-lho, 14,5 mg P dm' extraídos por Bray-lcorresponderam a 21,5 mgP drn' extraí-dos por Mehlich-l; 2) o vertissolo é umsolo muito argiloso, apresentando maiorcapacidade de reposição de fósforo queos solos de textura arenosa da região,onde 15,7 mg P drn' extraídos comMehlich-l corresponderam a 90% dorendimento máximo do tomateiro (Fariaet al., 1986).

Os elevados teores de P do solo dosexperimentos 4, 5, 6 e 7 (Tabela 1) sãoresultados das elevadas doses de fertili-zante aplicadas nos sucessivos cultivosde culturas, o que retrata a situação damaioria dos solos das áreas irrigadas doSubmédio São Francisco, onde são en-contrados teores de P superiores a 100mg.drn'.

Observa-se, ainda, que a produtivi-dade no experimento 5 foi bastante alta,o que se deve à incorporação de restos

Hort ic. bras., v. 17, n. 2,jul. 1999.

Tabela 2. Produtividade e resposta do tomateiro industrial a diferentes níveis de fósforo. Dados relativos à análise conjunta de oito experi-mentos. Petrolina, Embrapa Semi-Árido, 1988-1993.

Níveis' de P 205Experimentos

2 3 4 5 6 7 8t.ha-1 de frutos

O 18,35 23,29 47,27 71,08 93,95 57,75 59,16 36,781 40,81 58,10 48,55 66,81 97,02 63,55 56,13 40,672 52,83 58,35 48,16 78,48 97,23 61,86 50,71 35,143 52,57 68,40 55,11 68,27 92,57 58,74 55,35 38,714 68,32 53,27 71,88 61,965 57,55 82,32 N

Teste F ** * * ns ns ns ns nsCV(%) 16,0 12,7 7,1 10,5 9,4 9,5 18,2 18,5

'p s 0,05 e"p s 0,01'O = Okg.ha' em todos experimentos; 1 = 40 kg.ha:' nos experimentos 3, 4 e 6 e 60 kg.ha' nos experimentos 1,2,5,7 e 8; 2 = 80 kg.ha' nosexperimentos 3, 4 e 6 e 120 kg.ha: nos experimentos 1,2,5,7 e 8; 3 = 120 kg.ha nos experimentos 3, 4 e 6 e 180 kg.ha nos experimentos1,2,5,7 e 8; 4 = 160 kg.ha: nos experimentos 3 e 4 e 240 kg.ha: nos experimentos 2 e 6; e 5 = 200 kg.ha nos experimentos 3 e 4.

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culturais de milho e ao bom preparo dosolo realizados anteriormente à instala-ção do experimento (Tabela 2).

Dos três experimentos em que foiobservada resposta do tomateiro a fós-foro, em dois foi possível ajustar equa-ções quadráticas, descritas a seguir:

Y = 18,26'+ 0,475X - 0,00l6X2; r2= 0,99 (experimento 1);

Y = 26,65 + 0,453X - 0,00l2X2;r2= 0,91 (experimento 2);

onde Y representa a produtividadedo tomateiro em tJha e X, os níveis defósforo em kg/ha de Pps' Os níveis defósforo que proporcionaram as produti-vidades máximas econômicas de 53,47e 69,35 t.ha' foram de 143 e 182 kg.haI de P20S' para os experimentos 1 e 2,respectivamente.

Os dados mostram que as maioresprodutividades foram conseguidas commaiores aplicações de P. A média des-ses níveis de P (162,5 kg.ha' de P20S)'

aproxima-se do nível de 160 kg.ha' deP20S recomendado para o tomateiro naregião, para os solos classificados comocontendo teor de P muito baixo (Comis-são Estadual de Fertilidade do Solo(1989) da Bahia. Por outro lado, se exis-te a perspectiva de serem obtidas pro-dutividades elevadas (superiores a 60t.ha'), deveriam ser recomendadas do-ses de P superiores a 160 kg.ha' de PPspara solos com teores muito baixos deP. Como não foi possível o ajuste deequação quadrática para o experimento3, aplicou-se o teste Duncan. Este indi-cou que a produtividade de 55,11 t.ha'obtida com 120 kg.ha' de PIOS foi sig-nificativamente superior à da testemu-nha (47,27 t.ha') e não diferiu da maiorprodutividade (57,55 t.ha') obtida como maior nível de fósforo (200 kg.ha' dePPS>- ° nível de 120 kg.ha' de PPscoincide com a dose de fósforo reco-mendada pela Comissão Estadual deFertilidade do Solo (1989) para o toma-teiro em solo com teor baixo de P, comoo desse experimento (Tabela 1).

Os níveis econômicos de fósforoobtidos no presente trabalho são bemmenores que os 259 e 300 kg ha deP20" recomendados, respectivamente,por Silva Júnior & Vizzoto (1990) e

Hortic. bras., v. 17, n. 2, jul. 1999.

Adubação fosfatada em tomateiro industrial.

Barbosa (1993), como níveis adequadospara o tomateiro em solos com teoresde P baixo e muito baixo nos Estadosde Santa Catarina e São Paulo. A baixacapacidade de adsorção de P dos solosdo Submédio São Francisco, em tornode Oi.lôü mg.g' (Pereira & Faria, 1998),que é relacionada com a capacidade tam-pão de P dos solos (Bahia Filho & Braga,1975; Silva & Braga, 1992) deve ser aprincipal causa dessa diferença.

Pode-se concluir que a maioria dossolos irrigados do Submédio São Fran-cisco apresenta elevados teores de fós-foro, como conseqüência das elevadasdoses de fertilizantes aplicadas nos su-cessivos cultivos. A probabilidade dotomateiro responder à adubaçãofosfatada em solo com P igualou supe-rior a 15 mg dm' é mínima. Nos solosque nunca foram adubados, onde o teorde P situa-se em torno de 2 mg drn', otomateiro pode responder até 180 kg haI de PPs (78 kg.ha' de P), conforme onível de sua produtividade.

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