Reitor: Ricardo Vieiralves Vice-reitor: Paulo Roberto Volpato Diretor do CEH: Glauber Lemos Diretor da FCS: Fernando do Nascimento Gonçalves Vice-diretor da FCS: Erick Felinto de Oliveira Chefe do Departamento de Jornalismo: Fábio Mario Iório Coordenador do LED: João Pedro Dias Vieira Editora: Ana Cristina Lima Sub-editor: Robson Carlos Reportagem: alunos FCS/LED (Jade Curvello, Leandro Suares, Pedro Pimenta, Rafaela Antunes, Raquel Rodrigues) Projeto Gráfico: Rita Alcantara Diagramação e Informática: Acácio Marinho Tiragem: dois mil exemplares Impressão: Gráfica Uerj Distribuição: Secretaria do CEH E-mail: led@uerj.br e ceh@uerj.br Endereço para correspondência: Rua São Francisco Xavier, 524, 10º andar, bloco C, sala10.014 – CEP:20550-900 Homepage: http://www.ceh.uerj.br

O boletim ACONTECEH é produzido no LED pelos alunos da FCS e tem o apoio do Proatec da FAPERJ.

AcontecehUniversidade do estado do rio de Janeiro – UerJ

informativo do centro de edUcação e hUmanidades – ceh / ano xiii / nº 35 / aBr/mai/JUn 2013

Rafaela Antunes

Quando se trata de uma Uni-versidade com aproximadamen-te 26 mil alunos, pequenos hábi-tos diários podem fazer grande diferença, como, por exemplo, evitar jogar lixo no chão ou a compra de novos recipientes para os resíduos. Com medidas simples como essas, a Faculda-de de Educação da UERJ co-locou em prática a campanha EDU+LIMPA, que deu nova aparência aos ambientes da fa-culdade, no 12º andar.

A ideia, que há muito vinha sendo discutida pela direção, foi lançada no período da gre-ve, quando muitos funcionários terceirizados responsáveis pela limpeza interromperam suas atividades, deixando ainda mais evidente a necessidade de cola-boração dos alunos.

A ação é lembrada em todos os corredores, com cartazes que orientam as medidas a se-rem tomadas quando encontra-do algo fora do desejado. Para isso foi desenvolvido um canal de diálogo com os estudantes, que alertam a secretaria sobre lugares que eventualmente pre-cisam de maior atenção.

A compra de novos recipientes, maiores do que os anteriores, possibilitou a concentração dos resíduos, diminuindo o tempo

destinado à limpeza, pois os funcionários vão a lugares es-pecíficos para a coleta.

Os efeitos do projeto não estão somente na limpeza dos anda-res da Faculdade de Educação, mas também na integração com um grupo de alunos da Escola Especial Favo de Mel, estagiá-rios na área de administração e serviços gerais. “Grande parte desse resultado se deve a eles, que foram super atenciosos, às vezes mais do que nós mesmos”, conta Shirlei Barros, secretária do gabinete da direção. Para ela, é possível estender o traba-lho a toda a Universidade, mas antes é necessário que se desen-volva uma ampla atividade de conscientização e união entre as esferas que a compõem, para dar certo.

A campanha não tem data para acabar, o objetivo é que se man-tenha o hábito por muito tempo, pois um ambiente de aprendiza-do limpo influencia diretamen-te na concentração dos alunos, que no dia a dia não precisam se incomodar com o odor dos banheiros ou com a sujeira nas salas de aula.

Novas diretrizes conferem autonomia ao curso de jornalismo

Apoio dos estudantes é essencial para o sucesso

Expediente

Medidas tendem a aproximar teoria da prática

Campanha sobre limpeza propõe mudança de hábitos

A TV UERJ, do Centro de Tecnologia Educacional (CTE), está selecionando candidatos para vaga de estágio de 4 horas diárias com bolsa auxílio de R$ 400,00. É uma ótima oportunidade para treinamento em produção, redação e apresentação de programas de televi-são. Alunos do 2º período em diante dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas podem se candidatar enviando currículo, com urgência, para atheme@gmail.com.

● Estágio

Democracia e participação social é o tema do VII Seminário Nacional Psico-logia e Políticas Públicas, realizado pelo Conselho Federal de Psicologia. Esta edi-ção do evento ocorrerá no Centro de Con-venções do Ceará, em Fortaleza, no dia 8 de maio. As inscrições podem ser feitas pelo site http://politicaspublicas.cfp.org.br/faca-sua-inscricao/

● Seminário I

A Faculdade de Educação (EDU) realiza o I Seminário das Disciplinas Pedagógi-cas das Licenciaturas EaD/UERJ, com o tema Praticando a Teoria e Teorizando a Prática. O evento será no dia 11 de maio, das 9h às 19h, no 12º andar do Pavilhão Reitor João Lyra Filho, Rua São Fran-cisco Xavier, 524, Maracanã-RJ. Outras informações pelo site http://licenciatura-sead.latic.uerj.br.

● Seminário II

AGENDA E NOTAS

Estão abertas as inscrições para partici-par do XI Conpe – Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional, realização da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abra-pee). O tema do evento, que será na Uni-versidade Federal de Uberlândia de 14 de agosto a 17 de agosto, é Compromisso ético-político com a Educação. Outras informações no site www.abrapee.psc.br ou pelo e-mail abrapee@abrapee.psc.br.

● Congresso

Jade Curvello e Pedro Pimenta

Aumento da carga horária, realização de um material final prático, atividades laboratoriais a partir do primeiro semestre e estágio curricular obriga-tório. Estas são as principais mudanças que o Bacharel em Jornalismo, nova nomenclatura do profissional da área, deverá enfrentar, a partir das novas di-retrizes do curso de jornalismo.

Aprovadas pelo Conselho Na-cional de Educação (CNE) em fevereiro deste ano, as diretri-zes foram elaboradas por uma comissão de professores de universidades do Brasil inteiro em 2009. Só entrarão em vigor após uma revisão técnica e a homologação pelo Ministro da Educação.

A professora da Faculdade de Comunicação Social (FCS) da UERJ Sonia Virgínia Moreira participou da comissão e disse que as alterações atualizam o entendimento sobre o jornalis-mo, que tem sofrido constantes modificações em sua estrutura. “A visão do jornalismo passa agora a ser uma perspectiva de futuro, do mundo em formação, sem esquecermos sua importan-tíssima função social”, explica. Para ela, o estágio obrigatório é um dos marcos da proposta. “Ele configura um momento im-portante para o aluno, é fantás-

O Instituto de Educação Física e Des-portos (IEFD) oferece gratuitamente atividade física orientada para gestantes. Interessadas até 35 anos devem entrar em contato pelo telefone 2334-0107.

● Atividades para gestantes

tico você ter a possibilidade de errar, diferentemente do mercado de trabalho”, fri-sa.

O aumento da carga horária para três mil horas (hoje é de 2.700) permitirá que no-vas disciplinas sejam adota-das. De acordo com a presi-dente do Fórum Nacional de Professores de Jornalis-mo (FNPJ), Mirna Tonus, disciplinas como pesquisa e planejamento em mídias sociais, empreendedorismo e documentarismo são im-portantes para a formação dos alunos. Ela enxerga nas mu-danças aspectos positivos. “A Comunicação Social, enquanto área de conhecimento, continua sendo respeitada e valorizada na proposta, mas sem substituir ou tratar como comunicação, de modo geral, os conhecimentos específicos referentes ao jorna-lismo”, afirma.

O chefe do Departamento de Jornalismo da FCS, Fabio Ma-rio Iorio, considera que a reali-zação de um material final prá-tico aumenta a possibilidade de o aluno fazer algo que lhe agra-de mais. “Há alunos que têm uma curiosidade científica e um embasamento teórico. Mas há também aqueles que preferem agir”, pontua o professor, que acredita na teoria sustentando ambos os trabalhos. Ele lembra

que, apesar de um docente preci-sar acompanhar o desempenho do estagiário, em grande parte das empresas, o estágio é visto como uma forma de conseguir mão-de-obra barata, atraída pela possibilidade de ter conta-to desde cedo com o mercado de trabalho. Essa isca, segundo Io-rio, é responsável por atropelar o desenvolvimento acadêmico do aluno, tornando-o uma ‘má-quina de repetição’.

Quanto ao futuro da profissão, Sonia Virgínia conclui: “Acho que nós temos que nos renovar, estarmos antenados com o mun-do, nos adaptarmos às mudan-ças da mídia. Apesar de estar sujeito a passar por transforma-ções, o jornalismo não vai aca-bar nunca, sua função social é muito forte”.

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Faculdade de Educação • Instituto de Letras • Instituto de Psicologia • Faculdade de Comunicação Social • Faculdade de Formação de Professores • Faculdade de Educação da Baixada Fluminense • Instituto de Artes •

Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira • Instituto de Educação Física e Desportos •Instituto Multidisciplinar de Formação Humana com Tecnologias

Vale-Cultura ampliará o acesso a bens culturais

O que é, como funciona e qual a opinião de pesquisadora da área cultural

O Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, CAp–UERJ, é um dos exemplos das instituições de ensino que vêm apresentando grande sucesso nas Olimpíadas de Matemática. Ao longo das compe-tições, o CAp–UERJ vem se man-tendo entre as escolas com melhor desempenho do país.

Em sua última participação nas Olimpíadas de Matemática, no ano de 2012, a instituição obte-ve destacados resultados. Entre as primeiras premiações do País, 14 delas foram para os alunos do CAp–UERJ, sendo duas medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze.

Participação em competições melhora desempenho de alunos

Resultado adicional é a busca por maior qualificação

Leandro Suares

A pesquisa “Avaliando o impacto da OBMEP - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públi-cas – na qualidade da educação”, publicada em 2012, aponta que a participação dos alunos do ensino fundamental e médio em provas ex-tracurriculares gera impacto positivo no resultado da Prova Brasil. Além disso, a atividade pode promover re-torno financeiro e benefícios educa-cionais e profissionais aos estudan-tes.

Segundo os pesquisadores Roberta Biondi, da Fundação Getúlio Vargas; Lígia Vasconcelos, do Itaú-Unibanco; e Naercio Menezes, da USP, partici-par da OBMEP aumenta em 1,91 ponto a nota média dos alunos na Prova Brasil em relação aos outros. Nas escolas que participaram três vezes, os pesquisadores apontam um impacto de 2,28 pontos e, nas que participaram duas, 1,30 ponto.

A pesquisa destaca, também, que as realizações dos concursos aumentam os efeitos positivos tanto para os alu-nos que apresentam bons resultados nas escolas, quanto para os alunos que não demonstram sucesso nas salas de aulas. Isso porque a busca por uma melhor colocação na com-petição estimula os estudantes e as instituições educacionais para uma elevação na qualidade do ensino.

A OBMEP é vinculada ao Ministé-rio de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e possui parceria com o Ins-tituto de Matemática Pura e Aplica-da (IMPA). Desde 2005, o projeto educacional realiza anualmente, com o apoio do Ministério da Educação (MEC), avaliações com prêmios para os alunos que alcançam melhores re-sultados. As competições já atingi-ram cerca de 20 milhões de alunos

Delegação do Rio e presidenta Dilma na premiação de 2011

até o ano passado. Dentre as escolas representadas, 85% são do sistema do ensino público e o restante, de particulares que mantêm convênios com a rede pública.

Para a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Bertha de Borja Reis do Valle, doutora em Educação, “estas atividades são im-portantíssimas e indispensáveis na rotina escolar. Assim, deveriam ser utilizadas por todos os professores desde os anos iniciais do Ensino Fun-damental”.

Alem do teor pedagógico, as políticas públicas de incentivo ao ensino das matérias tradicionais, via Olímpiadas de Matemática e de Língua Portu-guesa, promovem aumento do inte-resse dos alunos nas atividades curri-culares e extracurriculares. “Através de jogos, competições entre os alunos ou grupos de alunos, há uma busca em tornar a escola mais prazerosa e, portanto, com maiores possibilidades de estimular o aluno”, afirmou Ber-tha do Valle.

O sucesso nas competições educacio-nais não depende apenas da forma tradicional de estudo realizado pelos

alunos. Para a professora, é neces-sário um planejamento que busque concretizar ações de auxílio escolar com objetivo de preparar os estudan-tes para as competições no ensino fundamental, médio e consequente-mente para o vestibular. “Assim, é preciso que toda escola apresente um projeto político-pedagógico construí-do, desenvolvido e avaliado por todos, onde estas ações pedagógicas resul-tarão em maior aprendizagem e me-lhor entrosamento entre professores, alunos e pais”.

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Raquel Rodrigues

O Vale-Cultura é um benefício com o valor de R$ 50,00, sancio-nado pela presidenta Dilma no fim de 2012, cujo projeto tramitou no Congresso por três anos. Com ele os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos poderão ad-quirir bens culturais como ingres-sos para cinema, teatro, museus e shows, além de CDs, DVDs e livros, por exemplo.

A empresa deve se credenciar vo-luntariamente no Ministério da Cultura (MinC) em troca de aba-timento no seu Imposto de Renda, se comprometendo a repassar R$ 45,00 mensalmente, ao trabalha-dor, que arcará com R$ 5,00 do custo do benefício. Os R$ 50 serão creditados em um cartão acumula-tivo, sendo possível realizar com-pras como um cartão de débito, podendo ser utilizado em estabe-lecimentos cadastrados que ofere-çam produtos ou serviços culturais.

Para Cíntia SanMartin Fernandes, professora da Faculdade de Comu-nicação da UERJ e pesquisadora do grupo de pesquisa Comunicação, Arte e Cidade (CAC-UERJ), a ado-ção de medidas no âmbito da cul-tura é muito importante, mas não devem ser as únicas “É preciso ga-rantir o acesso aos bens culturais (materiais e imateriais) a toda a população brasileira. Mas é impor-tante que as medidas estejam inte-gradas a outras políticas públicas como, por exemplo, educacionais e de saúde”.

Com relação ao valor do benefício, a professora disse que “seria de-masiadamente ingênuo acreditar-mos que R$ 50,00 solucionariam

o problema. Mas acredito, sim, que representa um importante avanço para milhares de famílias brasilei-ras que não consomem esses bens porque, ao receberem seus salários, precisam escolher entre os bens de necessidade básica, como pagar a conta de luz, comprar comida, e os bens culturais. Esse acesso é im-portantíssimo para ampliar a quali-dade de vida e o bem-estar dos tra-balhadores inscritos no programa”. A pesquisadora considera que a ex-clusão de servidores públicos, esta-giários e aposentados do benefício não é uma injustiça. “Eles possuem outros tipos de benefícios. É uma medida emergencial que visa aten-der a um segmento social com con-dições de vida muito precárias.

É preciso nesse primeiro momento incluir aqueles que possuem menor, ou nenhum, acesso aos bens cul-turais. Acredito que somente com essa primeira experiência em anda-mento é que poderemos analisar os resultados dessa política e ampliar ou não para outras categorias”.

Sobre a polêmica do uso do bene-fício para pagamento de assinatu-ra de TV a cabo, posteriormente retirado pela Ministra da Cultura, Marta Suplicy, do leque de opões do Vale-Cultura, Cíntia disse que se deve refletir mais. “Ainda não tenho muita clareza sobre essa de-cisão da Ministra. Depende do que consideramos ‘cultura e bens cultu-rais’. Conteúdo televisivo é um bem cultural? Parece-me que na Amé-rica Latina sim. Pode-se afirmar que as telenovelas (no caso da TV aberta) assumem um papel impor-tante para a circulação de valores e práticas culturais de uma deter-

minada sociedade. Como pensar na possibilidade de que uma família de trabalhadores menos favoreci-dos economicamente acessem ou-tras culturas, outros valores e ou-tros símbolos? Como descentrar-se do seu lugar? Interagir com outros imaginários, sejam nacionais ou globais? Pelos livros, pelos filmes. Mas porque não pela TV por assi-natura?”

Com previsão de ser pago a partir de junho, o benefício deve alcançar cerca de um milhão de trabalha-dores neste primeiro ano. O MinC calcula que R$ 300 milhões serão injetados na cadeia produtiva do setor, no segundo semestre.

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