educaÇÃo pÚblica, cidadania espacial e agir comunicativo

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VI Semana de Estudos Lingüísticos e Literários de Pau dos Ferros .................................................................................................................................................................................................................... VI Semana de Estudos Lingüísticos e Literários de Pau dos Ferros – SELLP - Pau dos Ferros/RN ISBN: 978-85-98060-57-6 Página. 1458 EDUCAÇÃO PÚBLICA, CIDADANIA ESPACIAL E AGIR COMUNICATIVO Rosalvo Nobre CARNEIRO Universidade do Estado do Rio Grande do Norte RESUMO Objetiva-se analisar as relações entre a educação pública e a construção da cidadania espacial a partir do uso comunicativo da razão ou do agir comunicativo, isto é, as atividades lingüísticas orientadas para o entendimento mútuo livre de coações realizadas por falantes e ouvintes no interior de uma comunidade de linguagem delimitada espaço-temporalmente. A construção da cidadania espacial através da educação passa pela busca do consenso ou do reconhecimento intersubjetivo das pretensões de validez que seus atores sociais levantam frente a algo nos mundos objetivo, subjetivo e social que conformam seus mundos da vida intersubjetivamente partilhados. Tal mundo encontra-se em processo de colonização pelo mundo do sistema de mercado e institucional, de tal modo que a própria educação pública, nos diversos espaços nacionais, vê-se mais ou menos intensamente organizada pelos telos de seus símbolos, o dinheiro e o poder respectivamente. Neste contexto, a interação social enquanto a forma de coordenação dos planos de ação aparece como condição de realização da educação pública e do espaço do cidadão, desde que a linguagem seja empregada como meio de integração na forma de ação comunicativa. Este estudo é fruto de nossas discussões acerca do tema espaço público no âmbito do Programa de Pós- Graduação em Geografia da UFPE, na condição de doutorando, tomando por base a Teoria da Ação Comunicativa de Jurgen Habermas e tem como resultado uma proposição da esfera pública enquanto essencialmente intersubjetiva. PALAVRAS-CHAVE: educação pública, razão comunicativa, cidadania espacial. EDUCAÇÃO PÚBLICA E CIDADANIA ESPACIAL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS A difusão contemporânea do período e do meio técnico-científico- informacional da humanidade, ou seja, o momento histórico em que a técnica, a ciência e a informação a caracteriza (SANTOS, 1999) função da globalização em suas diversas dimensões, particularmente espaciais, revela que a cidadania e a esfera pública são colonizadas pelo mundo do sistema (HABERMAS, 2003, v. II, tradução nossa), no primeiro caso em função do esvaziamento de seu conteúdo e confusão com o consumo e no segundo por sua aproximação com o privado. Consoante Santos (2000, p. 13, grifo do autor) assiste-se no Brasil e quiçá no mundo inteiro a elaboração do não-cidadão, pois “Em lugar do cidadão formou-se um consumidor, que aceita ser chamado de usuário”. A garantia dos direitos do

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EDUCAÇÃO PÚBLICA, CIDADANIA, AÇÃO COMUNICATIVA, RAZÃO COMUNICATIVA, ENSINO DE GEOGRAFIAROSALVO NOBRE CARNEIRO

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Página. 1458

EDUCAÇÃO PÚBLICA, CIDADANIA ESPACIAL E AGIR COMUNICATIVO

Rosalvo Nobre CARNEIRO Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

RESUMO Objetiva-se analisar as relações entre a educação pública e a construção da cidadania espacial a partir do uso comunicativo da razão ou do agir comunicativo, isto é, as atividades lingüísticas orientadas para o entendimento mútuo livre de coações realizadas por falantes e ouvintes no interior de uma comunidade de linguagem delimitada espaço-temporalmente. A construção da cidadania espacial através da educação passa pela busca do consenso ou do reconhecimento intersubjetivo das pretensões de validez que seus atores sociais levantam frente a algo nos mundos objetivo, subjetivo e social que conformam seus mundos da vida intersubjetivamente partilhados. Tal mundo encontra-se em processo de colonização pelo mundo do sistema de mercado e institucional, de tal modo que a própria educação pública, nos diversos espaços nacionais, vê-se mais ou menos intensamente organizada pelos telos de seus símbolos, o dinheiro e o poder respectivamente. Neste contexto, a interação social enquanto a forma de coordenação dos planos de ação aparece como condição de realização da educação pública e do espaço do cidadão, desde que a linguagem seja empregada como meio de integração na forma de ação comunicativa. Este estudo é fruto de nossas discussões acerca do tema espaço público no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPE, na condição de doutorando, tomando por base a Teoria da Ação Comunicativa de Jurgen Habermas e tem como resultado uma proposição da esfera pública enquanto essencialmente intersubjetiva. PALAVRAS-CHAVE: educação pública, razão comunicativa, cidadania espacial. EDUCAÇÃO PÚBLICA E CIDADANIA ESPACIAL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A difusão contemporânea do período e do meio técnico-científico-informacional da humanidade, ou seja, o momento histórico em que a técnica, a ciência e a informação a caracteriza (SANTOS, 1999) função da globalização em suas diversas dimensões, particularmente espaciais, revela que a cidadania e a esfera pública são colonizadas pelo mundo do sistema (HABERMAS, 2003, v. II, tradução nossa), no primeiro caso em função do esvaziamento de seu conteúdo e confusão com o consumo e no segundo por sua aproximação com o privado.

Consoante Santos (2000, p. 13, grifo do autor) assiste-se no Brasil e quiçá no mundo inteiro a elaboração do não-cidadão, pois “Em lugar do cidadão formou-se um consumidor, que aceita ser chamado de usuário”. A garantia dos direitos do

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consumidor atuando como um emoliente do exercício da cidadania, da busca da construção intersubjetiva de um espaço de todos.

“A sociedade de massa embaralha as fronteiras, publiciza o privado e privatiza o público no jogo indiscreto da mídia” (MOREIRA, 2006, p. 91), colocando no jogo de cena a necessidade de retomar o debate em torno das grandes questões sociais, dentre as quais se situa a da educação pública e da cidadania.

Tais questões são tratadas aqui a partir da consideração da razão comunicativa e das atividades lingüísticas orientadas para o entendimento (HABERMAS, 1990) as quais aparecem como um contraponto essencial à razão instrumental e suas ações não-lingüísticas orientadas para fins. Ensina-nos Santos (2002) que “Em tempo de globalização, a discussão sobre os objetivos da educação é fundamental para a definição do modelo de país em que viverão as próximas gerações”.

A cidadania sobre a qual se argumenta neste trabalho é a espacial, seja urbana ou rural, local ou global, e a educação pública aquela que é produzida e reproduzida a partir das ações comunicativas cuja busca do entendimento motivador do consenso entre falantes e ouvintes numa comunidade de linguagem acerca de algo em seus mundos subjetivo, social e objetivo é central.

“A cidadania, sem dúvida, se aprende”, lembra Santos (2000, p. 7), e, neste sentido, vai além das garantias legais presentes nas constituições nacionais. Neste processo de aprendizagem a educação joga um papel central, seja a que se realiza em espaços escolares ou espaços não-escolares.

Cidadania espacial e educação pública, portanto, defende-se se interdependem, a primeira sendo mais fortemente conquistada conforme a qualidade da segunda, e esta sendo qualitativamente melhor nos espaços cujos atores sociais são capazes de exercer com maior intensidade suas cidadanias. Em ambos os casos subjaz a razão e ação comunicativas, basilares da definição do que é ser público e ser cidadão, do que é cidadania.

Estas razões e ações de base encontram-se em processo de colonização pelas razões e ações cognitivo-instrumentais que operam a partir do sistema de mercado e do sistema político e organizacional, isto é, passam a ser capturadas pelas empresas e pelo Estado e suas instituições que estão a serviço do mercado e da globalização perversa (SANTOS, 2004). A COLONIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DO ESPAÇO PELO MUNDO DO SISTEMA

Afirma Santos (2000, p. 5) que “Numa democracia verdadeira, é o modelo econômico que se subordina ao modelo cívico. Devemos partir do cidadão para a economia e não da economia para o cidadão”. O contrário, porém, é o que se observa, ou seja, o modelo cívico e territorial se encontra subordinado ao modelo econômico, com suas normas e ações instrumentais e estratégicas.

A esta situação dominante na sociedade contemporânea dar-se-á o nome aqui de colonização do mundo vivido, aquele que é partilhado intersubjetivamente e

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que representa o solo daquilo que é comum a todos (HABERMAS, 1990), pelo mundo do sistema. Nesta situação sócio-espacial o cotidiano é normatizado pelas normas da economia e pelas leis instituídas pelo Estado burocrático e corporativo.

Assiste-se, sobretudo a partir do século XX uma forte contradição espacial com a ampliação da pobreza mundial, conseqüência da concentração da renda, bem como um processo de economicização da educação dita pública, tornando-a, nesta perspectiva, estatal ou privada, pois a serviço de interesses egocêntricos e externos.

Em função desta colonização chamar-se-á aqui de Educação Estatal aquela que se realiza nas escolas mantidas pelo Estado em seus diversos níveis a fim de melhor compreender o que aqui se chama de Educação Pública a partir do uso humano comunicativo da razão e do agir comunicativo, responsável por impor ao sistema suas contrafinalidades (SARTRE, 2002), e, favorecer, neste sentido, a construção individual e coletiva da cidadania espacial.

O dinheiro enquanto símbolo do mercado e o poder do Estado e das organizações ou instituições sociais se instala no mundo vivido de todos, seja nos espaços educativos, nas cidades e no campo se sobrepondo às personalidades e a cultura.

As escolas, por exemplo, neste contexto, enquanto instituições sociais que simbolizam a educação pública, melhor chamar estatal, não foge a esta realidade, pois os processos sócio-espaciais que as produzem e reproduzem são marcados por questões mercadológicas e político-partidárias.

O uso humano do saber define a própria racionalidade (HABERMAS, 2003, v. I, tradução nossa), e se expressa em dois tipos básicos de ação, a lingüística apoiada em atos de fala e a não-lingüística baseada em atos objetivos sobre o meio. Da dialética entre estas duas formas de ação se configura a educação como público- comunicativa ou Estatal e o espaço como cidadão. ATIVIDADES LINGÜÍSTICAS E NÃO-LINGÜÍSTICAS, EDUCAÇÃO PÚBLICA E CIDADANIA ESPACIAL

As atividades lingüísticas são ações que os indivíduos realizam a fim de chegaram a um entendimento sobre algo em seus mundos ao passo que as atividades não-lingüísticas são ações orientada para fins que um indivíduo utiliza para produzir algo no mundo, empregando, para tanto, meios adequados (HABERMAS, 1990, p. 65).

A modernidade ocidental capitalista ao valorizar a ciência com a única via de conhecimento verdadeiro sobre a realidade endeusou concomitantemente um tipo particular de ação, a cognitivo-instrumental, baseada em calculo egocêntrico e a serviço de poucos, portanto, do espaço privado.

A valorização do espaço privado revela que a educação, por conseguinte, sob a ótica do capital deve cumprir uma função privada, isto é, deve está a serviço do sistema econômico de mercado. A exacerbação da individualidade, do subjetivismo, da competição nos espaços escolares e não-escolares revela que o público perde espaço para o privado, e, conseqüentemente, a cidadania espacial fica mais

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distante. Urge, dessa forma, que as ações lingüísticas ou comunicativas estejam na

ordem do dia normatizado as formas de ser e de fazer (DURKHEIMER, 2003) nos espaços educativos, seja ou não escolares, a fim de que se tornem não apenas no discurso, mas de fato, em públicos.

O agir comunicativo enquanto orientado para o entendimento mútuo entre falantes e ouvintes executa-se sem coação, a partir dos atos de fala de validez criticáveis postos em discussão com o intuído de chegar a um consenso sobre algo nos mundos objetivo, subjetivo e social (HABERMAS, 1990) da educação e do espaço.

A aprendizagem é um elemento de ligação entre a educação pública e a cidadania espacial, pois ambas não podem prescindir dela. O público da educação passa, pela garantia da aprendizagem que ocorre no interior dos processos comunicativos que se dão entre os atores sociais em uma comunidade de linguagem e ação ao passo que a cidadania é algo que se aprende e se constrói nos espaços da vida. AS COMUNIDADES DE LINGUAGEM DA EDUCAÇÃO E OS SEUS LIMITES ESPAÇO-TEMPORAIS

A existência de uma comunidade de língua é condição para a produção e reprodução de uma educação pública comunicativa e de um espaço do cidadão, pois é nela que se engendra os processos de entendimento acerca das questões que envolvem os mundos objetivo, subjetivo e intersubjetivo em cada espaço-tempo determinado.

O lar, a escola, o trabalho, as instituições, o bairro, a cidade, o campo enquanto delimitados espaço-temporalmente se configuram por comunidades de linguagem e ações particulares sejam orientadas para o entendimento mútuo ou orientadas para a realização de fins egocêntricos.

No primeiro caso trata-se de espaços públicos cuja educação que em seu interior se realiza é pública, pois baseada em formas, funções, processes e estruturas comunicativas ou públicas (CARNEIRO, 2007). No segundo têm-se espaços e educação privada compostos por formas, funções, processos e estruturas que se contrapõem a anterior.

No lar esta comunidade é formada, no mínimo, por marido e mulher, alargando-se com o filho, no trabalho pelos operários e patrão, nas instituições pelos servidores e chefes, no bairro pelos moradores, na cidade e no campo por uma miríade de atores sociais que buscam justiça espacial e agentes sociais que almejam a criação de mais valia.

Cada espaço-temporal de uma comunidade de linguagem se define pela integração de três mundos que são ao mesmo tempo um só. O mundo objetivo, o mundo subjetivo e o mundo intersubjetivo se entrelaçam e aparecem como condição da educação pública e de conquista da cidadania espacial.

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CIDADANIA ESPACIAL E EDUCAÇÃO PÚBLICA NA ENCRUZILHADA DOS MUNDOS

A conquista da cidadania espacial passa pela existência de um mundo

subjetivo enquanto a totalidade das experiências e vivências que o falante tem acesso privilegiado e que as coloca em comunhão com um ouvinte a espera da aceitação da pretensão de sinceridade que carregam (HABERMAS, 1990). Ser sincero, portanto, no interior de uma comunidade de linguagem representa uma condição para a conquista cidadã do espaço e de realização de uma educação pública.

É mister que em uma escola, por exemplo, professores, estudantes, gestores e pais e mães sejam sinceros em suas falas e corretos em suas ações para que a publicidade da educação se faça presente em seu interior, pois conforme Freire (2005, grifo do autor) “[...] não há diálogo verdadeiro se não há nos seus sujeitos um pensar verdadeiro”.

Ao reconhecimento da pretensão de sinceridade do falante pelo ouvinte soma-se o reconhecimento da pretensão de correção que se levanta nos atos de fala normativos acerca de algo no mundo social ou na totalidade das normas existentes (HABERMAS, 1990). Logo, não basta ser sincero é preciso ser correto, respeitar as normas intersubjetivamente estabelecidas e aceitar sua conseqüências.

Esta trama dos mundos se estabelece, portanto, pelas pretensões que cada qual carrega. A pretensão de verdade está ligada ao mundo objetivo ou a totalidade dos fatos existentes (HABERMAS, 1990) através do qual é possível delimitar territorialmente uma comunidade de linguagem e um espaço publico comunicativo onde se realiza a cidadania espacial.

Desta forma, pode-se admitir que partindo do lar se possa chegar ao mundo como espaço público de realização da cidadania espacial. A construção de espaços de Discussão (HABERMAS, 2003), de cidadania e de educação pública, a exemplo do Fórum Social Mundial revela que a cidadania global é possível, e, consequentemente, a educação pública mundial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS É preciso diferencia educação pública de educação estatal e relacionar a

primeira a construção da cidadania espacial, da mesma forma é fundamental conhecer que o espaço interfere na realização de uma educação pública mediante os processos comunicativos engendrados pelos atores sociais.

A educação pública se estabelece no interior de uma comunidade de linguagem, seja a família ou a escola e contribui à produção e reprodução do espaço de todos enquanto favorável a cidadania, pois a aprendizagem que proporcionam garante a força reivindicativa para este.

Saber reivindicar a cidadania espacial passa, por sua vez, pelo uso da razão

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e da ação numa perspectiva comunicativa ou intersubjetiva em que o falante e o ouvinte orientam seus planos de ação rumo ao entendimento mútuo livre de qualquer tipo de coação.

Neste particular a escola joga papel central, pois deve educar os homens rumo à solução consensual dos problemas que afetam seus mundos, contrapondo-se assim a uma aprendizagem cognitivo-instrumental em que o individuo aparece como maior que a sociedade.

REFERÊNCIAS CARNEIRO, R. N. A produção social pública dos lugares numa perspectiva comunicativa como contraponto à produção social privada. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE AS GEOGRAFIAS DA VIOLÊNCIA E DO MEDO: “POR UM ESPAÇO GEOGRÁFICO SEM CÁRCERES PÚBLICOS OU PRIVADOS”, 1., 2007, Recife. Anais ... Recife: UFPE. 2007. 1 CD-ROM.

DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. São Paulo: Martin Claret, 2003.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 44ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

HABERMAS, J. Pensamento pós-metafísico : estudos filosóficos. Tradução de: Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.

______. Consciência moral e agir comunicativo . Tradução de: Guido A. de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003.

______. Teoría de la acción comunicativa: racionalidad de la acción y racionalización social. 4. ed. Madrid: Taurus, 2003. 2 v. em 1.

______. Teoría de la acción comunicativa: racionalidad de la acción y racionalización social. 4. ed. Madrid: Taurus, 2003. 2 v. em 2.

MOREIRA, R. O espaço e o contra-espaço: as dimensões territoriais da sociedade civil e do Estado, do privado e do público na ordem espacial burguesa. In: SANTOS, M.; BECKER, B. Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. p.

SANTOS, M. A natureza do espaço : técnica e tempo, razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

______. O espaço do cidadão . São Paulo: Nobel, 2000.

______. Os deficientes físicos. In: RIBEIRO, W. C. (org). O país distorcido: o Brasil, a globalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha, 2002.

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______. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 11ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.

SARTRE, J-P. Crítica da razão dialética : precedido por Questões de método. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. Tomo I.