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Literatura para a Infância Oficina Temática nº11 Direcção Regional de Educação do Centro Agrupamento de Escolas de Abraveses O formador residente: António Marcelino Fernandes 8 de Junho de 2010

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Page 1: Oficina Temática nº11 Literatura para a Infância - PNEP · literatura como fenómeno comunicativo e estético. Se é um fenómeno comunicativo, temos presente e como tal que

Literatura para a Infância

Oficina Temática nº11

Direcção Regional de Educação do Centro

Agrupamento

de Escolas

de Abraveses

O formador residente: António Marcelino Fernandes

8 de Junho de 2010

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Livro Um amigo Para falar comigo Um navio Para viajar Um jardim Para brincar Uma escola Para levar Debaixo do braço Para além do tempo E do espaço

Luísa Ducla Soares

“ contar… o próprio verbo é bonito. Porque se conta com palavras, porque as palavras são da vida o entendimento. E, durante a vida, cada um vai contando o seu conto até ao fim: às vezes a história é interrompida, fica por contar… Era uma vez… fórmula não direi mágica mas mais que consagrada para começar a contar… Sem tempo nem espaço. Era uma vez… longe no espaço, longe no tempo, para a liberdade do nosso imaginar. Mas, quando começamos a contar? Talvez, quando começamos a escutar…”

Matilde Rosa Araújo (Citada por Rodrigues, 1987 na revista “Professor nº 94)

2 Literatura Infantil

António Marcelino

experiencia_book

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Sumário

1 - Enquadramento teórico

• Questões para pensar, reflectir e provocar…

• À volta do conceito de Literatura Infantil …

• Dos contos populares à Literatura Infantil .

• Enquadramento pedagógico e objectivos da Literatura Infantil em sala de aula.

• A questão dos valores na Literatura Infantil.

• Elementos constituintes e faixas etárias da Literatura Infantil

• Aspectos de forma e conteúdo.

• Critérios gerais do PNL e valor Educacional da Literatura Infantil

2 – Oficina de Literatura Infantil • Exemplificação de alguns exercícios e modos de operacionalizar a Literatura Infantil • Abordagem à implementação da sessão tutorial

3 Literatura Infantil

António Marcelino

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Questões para pensar, reflectir e provocar…

Que conceito tenho de Literatura Infantil?

O que é para mim um texto de Literatura Infantil?

Uso a Literatura Infantil na minha sala de aula? Como e com

que objectivo(s) o faço?

Apenas valorizo o lado lúdico e estético ou trabalho igualmente o lado pedagógico, a dimensão linguística.?

A questão dos valores que a Literatura Infantil veicula, está presente na exploração que faço desses textos?

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Literatura Infantil António Marcelino

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http://www.youtube.com/watch?v=-KTL94Rl7CI ( A flor mais grande do

mundo – José Saramago)

Literatura Infantil António Marcelino 5

http://www.youtube.com/watch?v=9ucly6ZRACk (novas versões áudio de

contos infantis)

http://www.youtube.com/watch?v=VOoKlpsPotk (entrevista Ana Maria

Machado)

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À volta do Conceito de Literatura Infantil

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Literatura Infantil António Marcelino

A questão da existência de uma realidade, a que geralmente de chama “literatura infanto-juvenil”, tem suscitado alguma discussão, cujas coordenadas passam por posturas que vão da dúvida quanto ao facto de se poder considerá-la como verdadeiro objecto literário, à recusa da referência a destinatário específico. Consideramos então, para a definição global, a literatura como fenómeno comunicativo e estético. Se é um fenómeno comunicativo, temos presente e como tal que explorar a dimensão linguística. Se é também um fenómeno estético, temos presente o lado lúdico e estético que também devemos trabalhar. Podemos então sintetizar que o que hoje define a Literatura para crianças não é o seu público alvo mas sim as suas características.

“Glória Bastos, Literatura Infantil e Juvenil”

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Literatura Infantil António Marcelino 7

Então e como a designar? Mais do que discutir o nome - Literatura Infantil, Literatura para a Infância, Literatura Infanto-Juvenil ou Literatura de Potencial Recepção Infantil … - , importa colocar o enfoque no potencial receptor dessas obras que é a criança.

Como nos diz AGUIAR e SILVA (1982) pág.15. “Por vezes, a forma como nós a julgamos em termos estéticos, resulta sobretudo de se dirigir a um peculiar sujeito cognoscente.” Ver texto distribuído - V.M.A.Silva, Nótula sobre o

Conceito de Literatura Infantil

Conceito (cont.)

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Assim, e no entender da investigadora israelita Zohar Shavit (2003:66), os textos da literatura infantil configuram-se frequentemente como ambivalentes, na acepção em que prevêem simultaneamente dois tipos de leitores-modelo diferenciados: • um leitor-modelo criança, com reduzida experiência vital e com saberes acerca dos textos e dos seus processos de funcionamento que, de modo algum, são idênticos aos de um leitor já experiente; • e um leitor-modelo adulto, o qual constitui o principal filtro que escolhe e promove o objecto com que a criança interagirá, ajudando-a a construir individual e socialmente os seus significados.

8 Literatura Infantil

António Marcelino

Conceito (cont.)

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Estatuto da Literatura Infantil

Literatura Infantil António Marcelino 9

Medida contra a literatura em geral, (para adultos), a literatura infantil enferma de um estatuto de menoridade e de marginalização dos canônes, que encontra expressão na sua tripla concepção como ficção popular, como material pedagógico, e/ou como mercado do livro para crianças

Subjacente às posições que definem a literatura infantil como material essencialmente pedagógico e estético e como um sub-produto da literatura, encontra-se uma complexa relação entre adulto e criança, determinada pela concepção cultural de infância em cada época histórica e espaço cultural.

Assim, poderíamos considerar duas posições na definição de literatura para a infância (posições essas de que depende a posição que cada um de nós vai assumir): uma que a mede contra a literatura em geral e outra que procura considerá-la na sua especificidade própria

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Dos contos populares à Literatura Infantil

A Literatura para a Infância existe há muito tempo. Ela engloba histórias, contos, rimas, poesias, poemas, canções; biografias, autobiografias; diários, memórias; relato histórico; textos da literatura popular e tradicional (cancioneiro, contos, mitos, fábulas, lendas…)… cujo receptor passou a ser a criança.

10 Literatura Infantil

António Marcelino

Os contos populares: não tinham como únicos destinatários as crianças génese de toda a literatura e, em especial, da literatura infantil transmitidos oralmente de geração em geração pretendiam educar e divertir

No séc. XIX: Surge uma literatura para crianças com Antero, Eça e Junqueiro… Tomada de consciência sobre as diferenças entre a criança e o adulto Desenvolvimento dos meios de comunicação com abertura ao resto da Europa e expansão cultural Progresso educacional e difusão do ensino para todos

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Literatura de potencial recepção para a infância significa que o destinatário imediato á a criança. Contudo, não impede que os adultos não sejam também receptores não privilegiados, que possam beber essa estética, essa magia.

11 Literatura Infantil

António Marcelino

Para AGUAR e SILVA (1981); “Como o seu potencial receptor é a criança, faz com que a sua forma e conteúdo sejam singulares (textos mais reduzidos; certa abundância de diálogo, protagonista jovem, um certo optimismo implícito, linguagem de acordo com a competência linguística da criança, a simplicidade diegética, o fantástico, a magia”.

Cont.

Parafraseando AGUIAR e SILVA (1981); “a Literatura para a Infância tem desempenhado uma função relevantíssima, atendendo aos seus destinatários, na modelização do mundo, na construção de universos simbólicos”…

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Para que usamos a Literatura infantil na sala de aula?

Função lúdica – contacto lúdico com os textos, lado estético da

Literatura. Ex: rimas; ilustrações (geralmente esta função é bem

trabalhada pelos professores)

Função didáctica / pedagógica – tem a ver com o conjunto de

características que a Literatura Infantil possui e que devem ser

exploradas com os alunos

12 Literatura Infantil

António Marcelino

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A Literatura Infantil como veículo de valores

Por um lado, deve a escola, o professor discutir a dimensão dos

valores? (fraternidade, igualdade, visão humanista e integrada –

A escola como matriz cultural)

Prof. Carlos Reis defende que a Literatura devia voltar para os

programas, que os professores devem usar esse “capital” que

existe nas histórias infantis.

Ou, por outro, deve a escola ser totalmente laica e apenas

vincular-se a ensinar formalmente e transmitir conhecimentos?

13 Literatura Infantil

António Marcelino

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Oralidade

Pequena extensão

Humor

Repetições

Maravilhoso

Carga afectiva

Certa abundância de

diálogo

Um certo optimismo implícito

Marca Fundamental da Literatura Infantil:

A linguagem e a incessante liberdade que os usos lúdicos desta

linguagem possibilitam.

Elementos constitutivos da Literatura Infantil:

14 Literatura Infantil

António Marcelino

Linguagem de acordo com a

competência da criança

simplicidade diegética

Ficcionalidade

Valores conotativos

Plurissignificação

Verosimilhança

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As faixas etárias… (adaptado de Santos e Navas (2002)

15 meses

• reconhecimento da realidade por meio dos órgãos dos sentidos; • a escolha deve recair em obras que estimulem o tacto, o olfacto, a audição, a visão e o gosto.

2 a 3 anos

• aumento da comunicação verbal; • a escolha deve recair em obras que estimulem as vivências através de imagens e situações conhecidas, por meio de livros com figuras grandes e com situações do dia-a-dia.

4 a 5 anos

• aperfeiçoamento da elaboração da linguagem; • a escolha deve recair em obras que estimulem a repetição (palavras, frases) e com muitas imagens.

6 a 7 anos

• início do reconhecimento dos signos e aumento dos processos de socialização; • a escolha deve recair em obras que estimulem a imaginação (contos de fadas e fantásticos, poesias, etc).

15 Literatura Infantil

António Marcelino

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8 a 9 anos

•domínio dos mecanismos de leitura; •a escolha deve recair em obras que estimulem a comunicação objectiva, mais densos e com sequências lógicas (sequências temporais; princípio/meio/fim).

10 a 11 anos

•maior fluência na leitura, maior capacidade de concentração e de confronto de ideias; •a escolha deve recair em obras que estimulem a aventura, com heróis e viagens e com menos imagem.

12 a 13 anos

•maior desenvolvimento da leitura crítica e da percepção dos mecanismos de leitura; •a escolha deve recair em obras que façam parte da chamada literatura canónica*.

* Isto não significa que só nesta altura as crianças devam contactar com este tipo de literatura

16 Literatura Infantil

António Marcelino

As faixas etárias… (cont.)

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Poemas e Rimas

Aliterações

Linguagem Figurativa

Trava-línguas

Humor

Expressões Idiomáticas

Livros para estimular os

sentidos

Linguagem pragmática (como falar, quando falar, de que modo falar, o que fazer em determinadas situações,..)

Lendas; Fábulas; Contos de Fadas

Fantasia

Livros sobre Grandes viagens e Invenções

Livros sem palavras

Aspectos de Forma e de Conteúdo...

17 Literatura Infantil

António Marcelino

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Critérios gerais do PNL

Grande diversidade de estilos, de ilustrações e de colecções, para suscitar adesão do maior número possível de leitores

Obras em prosa, poemas, peças de teatro e também obras de carácter informativo, para cativar leitores menos motivados pela ficção e para apoiar trabalhos de pesquisa e projectos transdisciplinares

Obras clássicas da literatura infanto-juvenil e histórias tradicionais recontadas numa linguagem contemporânea

Obras de temática contemporânea

Autores e ilustradores portugueses e estrangeiros

Autores e ilustradores consagrados, recentes e estreantes.

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O valor educacional das histórias infantis

“O contacto com o universo das histórias promove o desenvolvimento da criança a diferentes níveis”

(Morais, 1994: Cooper, 2002; Sousa, 2006; Viana)

19 Literatura Infantil

António Marcelino

A saber:

Formar leitores;

Divertir e entreter o leitor;

Colaborar na construção da sua personalidade;

Colaborar na forma de compreensão/organização do mundo e da sua realidade;

Possibilitar um contacto com o “maravilhoso” e com o universo onírico;

Desenvolver competências sociais, linguísticas, narrativas e literárias;

Estimular a concentração, reflexão, comparação e estruturação do pensamento, …

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Sugestão de actividade

Escolher 1 obra por grupo (usando os referenciais de escolha já apresentados e outros relevantes) - Ideal: Obra desconhecida de todos os elementos.

Procurar ler essa obra e exprimir:

as emoções que a leitura lhe provocou;

as sensações que experimentou ao ler este texto;

os horizontes que a mesma lhe abriu ou as portas que fechou;

a forma (inovadora ou não) como o tema foi tratado;

as relações intertextuais que conseguiu estabelecer…

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António Marcelino

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Literatura Infantil António Marcelino 21

Compreensão da história Qual o tema da história? De que se trata? Qual o enredo? Que acontece na história? Quais são os personagens? Quais as suas características?

Análise da história: Reconhecer o tipo de problema presente(interpessoal, ou ecológico-institucional Tomada de decisão: Quais são as pessoas envolvidas no conflito; quais foram os sentimentos, atitudes e valores que orientaram as suas acções? Análise das alternativas: Quais eram as alternativas possíveis e quais são as consequências de cada uma delas?

Julgamento Como agirias numa situação semelhante? Porquê? Como avalias a escolha do personagem? porquê?

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Antes da leitura:

Antecipar sentidos e fazer despertar o desejo de querer ouvir a história: Dizer o título do texto, o autor e o ilustrador.

• Título: O GATO COMILÃO

• Autor: Patacrúa, Perica

• Editora: Kalandraka

• Ilustrador: Oliveiro Dumas.

Exemplos simples de análise de abras de Literatura Infantil

• Referir um detalhe relevante da história;

• Explicar onde se vai passar a história.

• Estimular os alunos a imaginar o que se vai passar na história.

• Não contar demasiados pormenores sobre a história de modo porque corre-se o risco de desmotivar o interesse e a curiosidade pela mesma.

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Durante a leitura (sugestões)

• Observar e falar sobre a capa e a contracapa da obra.

• Referir um objecto que vai entrar na história e perguntar aos alunos o seu parecer acerca do papel que o mesmo desempenhará na história.

• Situar a história no espaço (locais onde decorre a acção) e no tempo.

• Fazer pausas na história e despertar a imaginação infantil do tipo: que se irá passar em seguida?

• Apresentar imagens da história.

Depois: O diálogo (sugestões)

• Questionar sobre o modo como se inicia o conto.

• Colocar os alunos na personagem que gostariam de encarnar e qual o procedimento que fariam: se…eu fosse o gato comilão...a velha...etc

• Levar os alunos a fazer uma espécie de entrevista aos personagens que escolhessem.

• Questionar as crianças sobre questões que gostariam de colocar ao autor(a) da história.

• Salientar os valores relevantes do conto. 23 Literatura Infantil

António Marcelino

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cont. Questionar os alunos sobre a história que escutaram: • 1. Que modificações fariam da história? • 2. Qual a personagem preferida? Qual a que não gostaram (caso

refiram) e porquê? • 3. Enunciar as atitudes boas e más dos personagens? • 4. Que sanção aplicariam à personagem má e que prémio dariam a

quem teve um comportamento digno de realce?

Durante a leitura (sugestões)

• Ler mostrando palavra a palavra (dependendo da faixa etária)

• Mostrar imagens de momentos relevantes da obra.

• Solicitar à criança colaboração na repetição de palavras, frases ou estruturas repetitivas da história:

• Ex: Ó gato, porque estás tão gordo? Captar a atenção dos ouvistes:

• 1. tom de voz, movimentação do contador, gestos etc.

• 2-Utilizar materiais diversificados e inovadores: ex. Baú das histórias (objectos simples: garrafas, aventais etc.)

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25 Literatura Infantil

António Marcelino

As fichas de leitura. Alguns pontos de reflexão

As fichas de leitura são instrumentos muito úteis para ajudar os alunos a

concentrarem-se, a trabalharem com autonomia e a adquirirem

conhecimentos. Mas o seu uso exige que o professor tenha cuidado de

evitar que cortem o interesse pelo texto e o prazer de leitura.

Nunca devem ser aplicadas antes da leitura orientada na sala de aula e sem o professor se ter assegurado que todos leram e/ouviram ler o texto.

Não devem ser impostas num momento que corte o entusiasmo pela história.

Não se devem nunca transforma numa rotina fastidiosa.

Devem propiciar o diálogo sobre as questões levantadas pelo livro e não impedi-lo.

Devem ser corrigidas, de modo a levar os alunos à auto - correcção e ao progresso individual

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Nas orientações curriculares para a Educação Básica está presente “os livros contribuem para a descoberta do prazer da leitura e para o fomento da sensibilidade estética literária”.

O livro é um excelente suporte de fruição estética e funciona como um estímulo à expressão plástica da criança. Ele , no seu todo, tem de ser uma obra de arte.

A experiência da leitura não se aprende, mas atinge-se pela emoção, por contágio e pela prática.” Fernando Azevedo

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O Livro Infantil constitui assim um complexo e subtil “laboratório linguístico.” Aguiar e Silva

Algumas frases para reflectir…

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Gulbenkian – Casa da Leitura - http://www.casadaleitura.org

SAL – Serviço de Apoio à Leitura - http://sal.iplb.pt

Plano Nacional de Leitura - http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt

Blog de Literatura Infantil - http://alcameh.blogspot.com/

Netescrit@ - http://www.nonio.uminho.pt/netescrita/

António Torrado – http://www.historiadodia.pt/

José A. Gomes/João P. Mésseder - http://pwp.netcabo.pt/0446031601

CRILIJ - http://www.boasleituras.com

Sítios na Web sobre Literatura Infantil

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António Marcelino

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Para finalizar a oficina e iniciar o balanço avaliativo da formação PNEP

• “ — Se um professor de Português não conseguisse ensinar nada (…) mas, com um qualquer passe de mágica desconhecido, tivesse transformado todos os seus alunos em leitores desenfreados, teria ensinado tudo!”

Porquê, Uma aventura na cidade, in Leitura / Literatura Juvenil de

Ana Magalhães e Isabel Alçada.

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Nota: Em grupo, três formandos cada e durante 5 min.,elaboram

síntese das aprendizagens relevantes desta sessão.

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Aprendizagens relevantes desta sessão