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Educação de crianças especiais

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  • PPROJETOROJETO DEDE I INTEGRAONTEGRAO DODO MMACROPROCESSOACROPROCESSO DEDE P PLANEJAMENTOLANEJAMENTO,, OORAMENTORAMENTO EE F FINANASINANAS..

    Modelo Conceitual e Metodolgico

    01/9/2009

  • PPROJETOROJETO DEDE I INTEGRAONTEGRAO DODO M MACROPROCESSOACROPROCESSO DEDE P PLANEJAMENTOLANEJAMENTO, O, ORAMENTORAMENTO EE F FINANASINANAS

    Sumrio

    Sumrio...................................................................................................................................... 1

    1.Apresentao........................................................................................................................... 2

    2.Contextualizao....................................................................................................................... 3

    3.Integrao de Dados................................................................................................................. 7

    4.Governana e Gesto Continuada............................................................................................. 19

    5.Notao................................................................................................................................. 21

    6.Consideraes Finais............................................................................................................... 25

    ANEXO I: Documento de Referencia (verso 14, de 26/03/2009)................................................... 27

    Anexo II: Aplicao do Modelo Global de Dados do Macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas como Ferramenta Auxiliar na Integrao e Melhoria dos Sistemas Estruturantes da Administrao Pblica Federal (Trabalho inscrito no ConSerpro 2009)............................................ 73

    Anexo III: Modelagem Essencial de Dados: Uma Metodologia de Busca da Essncia do Dado (Trabalho inscrito no ConSerpro 2009)........................................................................................ 95

    Anexo IV: Modelo Global de Dados Provendo Integraes entre Sistemas Estruturantes do Governo atravs de Arquitetura Orientada a Servio (Trabalho inscrito no ConSerpro 2009)........................ 116

    Glossrio de Siglas................................................................................................................... 142

    Ficha Tcnica........................................................................................................................... 145

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    1.APRESENTAO

    O incio do Projeto de Integrao do Macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas PRINT, data de 29 de dezembro de 2008, momento de emisso da Deciso de Diretoria DE 107/2008.

    Considerado estratgico subordinado ao Diretor-Superintendente em decorrncia de sua transversalidade e da amplitude do tema nos ambientes externo e interno, bem como por seu alinhamento estratgia empresarial, notadamente no que se relaciona ao reposicionamento da Empresa como integradora de solues de Governo.

    Seu escopo, planejamento, etapas e dinmica de desenvolvimento foram detalhados em um Documento de Referencia que, preliminar a instituio do PRINT1, foi amplamente utilizado como norteador pelas lideranas para estruturao do Projeto e, pelos tcnicos envolvidos, em seu desdobramento.

    Pretende este Modelo Conceitual2 apresentar em seus captulos a evoluo das etapas do Projeto onde, a partir da experincia adquirida na construo do Modelo Global de Dados do Governo Federal para o macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas, os especialistas envolvidos em sua consecuo revisitaram o Documento de Referncia3 promovendo uma nova abordagem conceitual, que se constituir tambm um referencial de consulta para a Organizao, descritas a partir de dois eventos focados na integrao de dados: processos e projetos.

    Por projetos entende-se um conjunto de eventos com temporalidade definida e por processos um conjunto de atividades contnuas, sendo ambos detalhados no decorrer deste trabalho.

    1 A primeira verso do Documento de Referencia data de 23 de dezembro de 2008, ainda como documento inicial do projeto elaborado pelo Gerente do Projeto Estratgico, e est disponvel para consulta no diretrio L:PRINT da rede local, junto a todos os demais documentos gerados nas etapas e fases previstas no Plano de Trabalho PRINT e suas atualizaes, que encontram-se em fase de migrao para a WEB.2 Um modelo uma representao, como define Paulo Gougo [1997]: Modelo a representao abstrata e simplificada de um sistema real, com a qual se pode explicar ou testar o seu comportamento, em seu todo ou em partes. Logo o modelo no o objeto real, mas algo que o representa, com maior ou menor fidelidade. Faz com que pela sua observao e manipulao tenhamos nossas necessidades de conhecimento e conceituao sobre um objeto satisfeitas.3 O Documento de Referencia, em sua 14a. Verso, apresentado como o anexo I deste documento.

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    2. CONTEXTUALIZAO4

    2.1. Cenrio

    O ncleo central de gesto administrativa do Governo Federal compreende um conjunto de sistemas de informaes denominados Sistemas de Gesto Administrativa (SGA) ou tambm Sistemas Estruturantes de Governo.

    Cada um destes sistemas responsvel por um processo de gesto governamental, como planejamento, elaborao e acompanhamento do oramento, administrao de recursos humanos, alocao de cargos s estruturas do Governo Federal, compras governamentais, acompanhamento dos programas e aes do Governo e administrao financeira e contbil, entre outros.

    Ainda neste cenrio, cada um desses sistemas faz parte de um sistema maior, que a gesto administrativa do Governo Federal. Porm a integrao entre esses sistemas no ocorre e, assim, cada um opera isoladamente, limitando sua eficincia e a gesto administrativa de melhor qualidade, considerando-se a premissa que a gesto administrativa do Governo Federal seria mais eficiente caso esses sistemas fossem integrados, ampliando a viso de contexto e possibilitando um melhor controle das informaes geradas e tratadas por esses sistemas.

    unnime o entendimento quanto urgncia da reviso dos processos decisrios e de maior aporte e qualificao para o pessoal que opera e decide os procedimentos dos diversos ciclos da gesto pblica, bem como o fato de que as ferramentas que hoje so utilizadas para apoiar os recursos e gerenciar as polticas pblicas se encontram ultrapassadas.

    2.2. Relevncia Estratgica

    A proposta de trabalho ora apresentada procura apontar solues para a oferta de informaes necessrias aos processos decisrios e a melhoria dos sistemas de apoio aos diversos ciclos da gesto pblica. Nesse sentido, cabe ressaltar que os Sistemas Estruturantes foram construdos em momentos distintos e, para resolver os problemas operacionais de cada uma das funes administrativas de per si, tais sistemas no geram as informaes necessrias para uma gesto pblica integrada e eficiente. Distintas plataformas tecnolgicas e ausncia de integrao no facilitam a tarefa de integrar os ciclos ou sistemas dos processos de planejamento, oramento e finanas. O foco em objetivos distintos no permite que as informaes por eles geradas contribuam para melhorar o controle sobre a execuo dos programas e a indispensvel avaliao de seus resultados.

    4 A construo deste captulo teve como fonte o trabalho Aplicao do Modelo Global de Dados do Macroprocesso de

    Planejamento, Oramento e Finanas como Ferramenta Auxiliar na Integrao e Melhoria dos Sistemas Estruturantes da Administrao Pblica Federal, de autoria de membro da equipe e inscrito no CONSERPRO 2009, apresentado no anexo II.

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    Por outro lado, a evoluo dinmica de cenrio da sociedade brasileira incorre em demandas por informao que vm se tornando mais urgentes e complexas, requerendo agilidade dos sistemas informatizados de Governo, que devem tambm atender as novas solicitaes de acesso e troca de dados, suprindo as necessidades de informaes para apoio deciso que, por conseqncia, emergem com maior freqncia.

    Iniciativas de construo de modelos de dados perenes, como a desenvolvida no mbito do Projeto de Integrao, utilizao de plataformas tecnolgicas mais geis e automticas e de modernizao dos sistemas hoje utilizados para integrar os processos de planejamento, execuo e controle dos gastos pblicos, so fundamentais e requerem esforo adicional, no sentido de garantir sua continuidade e evoluo, que deve ocorrer par e passo com a reviso dos processos de negcios, permitindo que as novas solues venham a atender aos requisitos dos processos e, assim, contribuir para o alcance dos objetivos de melhoria da gesto pblica.

    2.3. Fragilidades, Distores e Externalidades

    Neste cenrio foi criado o Comit de Macroprocesso Oramentrio-Financeiro que, constitudo por representantes dos Ministrios da Fazenda (MF) e do Planejamento, Oramento e Gesto (MP), atua em quatro frentes: no redesenho do macro-processo Planejamento, Oramento e Finanas; no detalhamento de aspectos fundamentais relativos pessoal e qualificao; na modelagem global de dados; e na definio de solues que suportaro a operao e deciso do macroprocesso como um todo.

    Como conseqncia das reunies e anlises realizadas por esse Comit, obteve-se um diagnstico preliminar identificando as principais fragilidades e distores que, divididas em dois grupos apresentados a seguir, devem ser consideradas como pontos crticos para desdobramento de aes.

    A os sistemas de informao no apiam adequadamente o processo decisrio:

    o Fragmentao dos sistemas de informao para apoio gesto com disponibilidade, ad-hoc, de informaes fornecidas por conjunto fragmentado de sistemas gerenciais;

    o A maioria dos gestores e projetistas dos sistemas no conhece e aplica padres para troca de informaes preconizada na e-PING;

    o Demanda no estruturada de informao para apoio deciso;

    o Abordagem centralizada dos sistemas estruturantes sem incorporao das necessidades dos rgos setoriais, gerando proliferao dos subsistemas setoriais com baixa integrao com os sistemas estruturantes.

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    B os sistemas de informaes no apiam satisfatoriamente a implementao de aes de governo no mbito do Ciclo Planejamento, Oramento e Finanas:

    o Problemas de qualidade de dados, onde a aquisio de dados em sua forma atual, ou seja, por meio de sistemas centralizados, no atende as necessidades dos rgos setoriais, gerando re-trabalho pela necessidade de manter tambm sistemas locais que utilizam os mesmos dados. Por outro lado, os sistemas centralizados no possuem muitas das informaes relevantes, visto que estas residem to somente nos sistemas setoriais, no conseguindo garantir dados confiveis e disponveis de modo tempestivo para os gestores;

    o Inexistncia de poltica de uso das informaes e sua divulgao, decorrente da ausncia de documentao automtica dos servios de informaes em um catlogo de servios de Governo que garanta a ampla divulgao do contedo semntico das informaes disponveis e as regras para obteno de informaes;

    o Inexistncia de uma arquitetura de informaes que fornea um modelo e uma metodologia de aquisio e utilizao da informao;

    o Dificuldade em efetuar o cruzamento de informaes entre os Sistemas Estruturantes de Governo, o que pode ser ilustrado especialmente pela situao de diferentes estruturas de cdigo de rgos5.

    2.4. Proposta de Soluo

    Com base no diagnstico preliminar realizado identificou-se como soluo a caracterizao de duas iniciativas de trabalho de importncia unssona com as necessidades de gesto de governo: a definio de grupos de informao estratgicos para apoio tomada de deciso e a modernizao dos sistemas de Governo com foco na essncia das informaes. A base a Gesto da Informao para Tomada de Deciso alinhada a gesto dos processos de negcios do Governo Federal.

    Aspectos importantes com respeito a informaes precisam ser enfatizados de modo a que elas contribuam para melhoria do dilogo dos rgos centrais com os rgos setoriais, atendendo ao requisito fundamental de que as informaes geradas sejam fidedignas e confiveis. Os esforos de melhoria da qualidade das informaes devem considerar tambm as necessidades especficas dos rgos setoriais e no apenas aquelas dos rgos centrais de planejamento, oramento e finanas. o conceito de grupos de informao.

    5 Embora o Sistema de Informaes Organizacionais do Governo Federal (SIORG) seja o sistema responsvel em manter e gerenciar a codificao da estrutura de rgos da Administrao Pblica Federal, outros sistemas legados, como por exemplo, o Sistema de Informaes Gerenciais e de Planejamento (SIGPLAN), o Sistema Integrado de Administrao Financeira (SIAFI) e o Sistema Integrado de Administrao de Pessoal (SIAPE), mantm e controlam a sua prpria estrutura de rgos, que diverge daquela projetada no SIORG. Isso gera diversos problemas de integrao de dados, agrupamento de informaes por rgos e extrao e comparao de informaes, simplesmente porque no h como garantir a equivalncia entre as diferentes estruturas existentes nos sistemas legados do Governo.

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    A definio de grupos de informao estratgicos para apoio tomada de deciso procura resolver os problemas afetos ao suporte ao processo decisrio, sendo compostos de arquiteturas de informaes transitrias e planejadas em horizontes de tempo que garantam a gerao de variaes de informaes para apoio ao processo decisrio e que considerem bases de infra-estrutura tecnolgica que possam ser disponibilizados a baixos custos, atendendo a demanda de informaes dos clientes e usurios dos sistemas informatizados de Governo. Esta etapa caracteriza-se pela modelagem dos grupos de informao e a qualificao das fontes de dados disponveis do governo que possam apoiar o processo decisrio.

    A evoluo desta proposta considera a incorporao de novos temas, tratando dos atuais apenas como mecanismo de concepo de projeto.

    A modernizao dos sistemas de Governo com foco na reviso dos processos atuais e na modelagem dos processos geradores de informaes essenciais no mbito do ciclo planejamento, oramento e finanas procura resolver a demanda crescente dos Gabinetes dos Ministrios do Planejamento, Oramento e Gesto (MP) e da Fazenda (MF) pela reviso dos processos e procedimentos para gerao de informaes de apoio implementao de aes de Governo no mbito do ciclo planejamento, oramento e finanas em um primeiro momento e demais ciclos na continuidade das modelagens.

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    3.INTEGRAO DE DADOS

    Por conta da transversalidade inerente a gerao de um Modelo Global de Dados, a iniciativa de integrao de dados tem impactos no s no ambiente externo (Governo Federal como um todo, cliente ou no do Serpro), mas tambm no ambiente interno (Unidades de Relacionamento com Clientes, Desenvolvimento de Sistemas, Tecnologia e Suporte Tecnologia) evidenciando um carter integrador no s sobre o ponto de vista dos dados, mas tambm dos processos.

    Criada uma equipe exclusiva para desenvolvimento da primeira verso do Modelo Global de Dados MGD, em janeiro de 2009, foram especificados e modelados os conjuntos estruturantes dos dados, a partir da viso de Classes de Negcios, tendo como escopo naquele primeiro momento as solues disponibilizadas pela SUNMP Unidade que atende a maior parte das Secretarias do MP Ministrio do Planejamento e Gesto, que esto fortemente envolvidas no macroprocesso, indo desde o SIGPLAN at o relacionamento de todas as demais solues com o SIAFI, envolvendo 6 famlias e 19 diferentes solues.

    Da apresentao da primeira verso, realizada em abril de 2009, ao Comit do Macroprocesso Oramentrio-Financeiro e ao Comit Estratgico de TI (CETI) do Ministrio do Planejamento, foi solicitado ao Serpro que desse inicio a modelagem de dados das solues disponibilizadas pela SUNAF para o Ministrio da Fazenda MF, especificamente a Secretaria do Tesouro Nacional STN, complementando as integraes identificadas no escopo apresentado por aquela primeira verso. Este trabalho foi iniciado aps apresentao da segunda verso do MGD solues MP ao CETI, em junho de 2009.

    O MGD foi validado pelos clientes em maio de 2009, dando inicio ao seu refinamento envolvendo a SUNMP e SUPDE na migrao do modelo de classes para o modelo de entidades e relacionamentos e na capacitao de pessoas para utilizao da ferramenta de compartilhamento selecionada pela Coordenao Estratgica de Tecnologia CETEC para operao e gesto continuada do Modelo Global de Dados.

    Para seleo da ferramenta a CETEC considerou o porte do trabalho envolvido na modelagem dos dados e as necessidades que a gesto do modelo exigiria, tendo sido selecionado o Oracle Designer, que uma ferramenta corporativa de modelagem de dados de alto (Entidade) e baixo nvel (Tabela), que pode ser acessada de forma distribuda, atravs de perfis de acesso, garantindo permisses diferenciadas a seus usurios. uma ferramenta freeware que no dispe de polticas de licena, requerendo apenas uma instncia de banco Oracle para instalao do seu repositrio central. Sua estrutura permite migrar grande parte dos artefatos do MGD para um ambiente central e com controle de verso, podendo ser disponibilizados para outros meios de forma automatizada. A curva de aprendizado para a utilizao bsica da ferramenta mediana. Alm deste conjunto de funcionalidades foi considerada tambm a curva de aprendizagem requerida para uso pelo cliente e, neste contexto, evidenciada a experincia do Serpro com a ferramenta na Secretaria da Receita Federal do Brasil,

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    vivenciada pela SUNAC.

    Os resultados apresentados at o momento tm recebido a sinalizao positiva das Secretarias Executivas dos Ministrios da Fazenda e do Planejamento e Gesto, coordenadoras dos Comits6, confirmando a preocupao inicial da Diretoria da Empresa com a transversalidade e os impactos internos e externos e apontando para a necessidade da integrao lgica de dados das diversas bases existentes no mbito do Governo Federal, gerando um Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal.

    Ainda como orientao daqueles Ministrios, ressalta-se a estruturao da Governana do Ciclo do Macroprocesso Planejamento, Oramento e Finanas, implementando formalmente a Gesto Continuada para o Modelo Global de Dados, estabelecendo responsabilidades entre as partes envolvidas, implementando a figura do Gestor da Informao, estabelecendo diretrizes e criando normativo para observncia do modelo e notadamente a criao de novos sistemas de informao em atendimento a diretriz do Ministrio do Planejamento no que se refere interoperabilidade.

    Paralelamente vem sendo demandada tambm ao voltada a implementao de solues decorrentes das vises integradas e integradoras, como conseqncia imediata da utilizao das diversas vises do Modelo.

    Considerando que sua abrangncia vem se ampliando medida que se faz necessria manter disponvel, ntegra e atual a viso de integrao entre os dados dos diversos sistemas estruturantes alinhados aos macroprocessos do Governo Federal, a Integrao de Dados deve ser dividida em dois eventos distintos, projetos e processos.

    Por projetos entende-se um conjunto de eventos com temporalidade definida, voltados a modelagem e refinamento de dados dos diversos rgos, ou contextos, envolvidos em um macroprocesso. Este conjunto requer uma gesto focada na entrega dos produtos dentro dos prazos esperados e dentro dos requisitos pactuados, visto que estas entregas representam insumo para outros projetos ou processos.

    Por processos entende-se um conjunto de atividades continuas, voltadas a gesto e continuidade do Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal, abrangendo suporte, administrao, disciplina de uso, auditoria e avaliao e manuteno, considerando os diversos atores envolvidos: entidades de governo (clientes ou no do Serpro), unidades de relacionamento com clientes, unidades de tecnologia, desenvolvimento e suporte ao desenvolvimento.

    3.1. Modelagem de Dados7

    6 A partir de agosto de 2009 o Comit Estratgico de Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto passa a ser coordenado pela Secretaria de Logstica e Tecnologia de Informao/SLTI.7 A construo deste captulo teve como fonte o trabalho Modelagem Essencial de Dados: uma metodologia em busca da

    essncia do dado, de autoria de membros da equipe e inscrito no CONSERPRO 2009, apresentado no anexo III.

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    Existem diversas metodologias de modelagem de dados, de acordo com a finalidade do modelador e com o uso que vai ser feito do modelo. Para a construo do Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal, foi utilizada a Modelagem Essencial de Dados (MED), com objetivo de representar esquematicamente os dados tratados pelos sistemas informatizados que compem o Macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas, visando criar uma plataforma de metadados integrados a ser usada como base para futuras manutenes evolutivas desses mesmos sistemas ou para o desenvolvimento de novos sistemas do mesmo macroprocesso.

    A Modelagem Entidade-Relacionamento promove a construo de modelos de dados como ponto de partida para a implementao de sistemas informatizados. Em vez disso, a Modelagem Essencial de Dados parte de sistemas j implementados e trabalha tanto com o conhecimento explcito quanto com o conhecimento tcito, construindo modelos de dados que retratam tais conhecimentos.

    A MED atua, portanto, de forma semelhante a um processo de engenharia reversa, resgatando o modelo de dados a partir das fontes de informao: descrio da base de dados, ou metadados, dos sistemas legados; percepo dos dados pelos analistas de negcio responsveis pelos sistemas legados; e percepo dos dados pelos usurios finais desses sistemas.

    A modelagem essencial tem sua dinmica fortemente apoiada em reunies com os analistas de negcio do Serpro, responsveis pelos sistemas e com os usurios gestores dos sistemas. Tais reunies precisam ser preparadas com antecedncia, bem focadas e consequentes. A orientao no sentido da obteno dos artefatos previstos na metodologia d objetividade s reunies e faz com que os artefatos possam ser construdos por aproximaes sucessivas. A lista das questes suscitadas no decorrer da modelagem, a lista dos objetos a serem validados, a lista das mudanas aplicadas nos artefatos desde o ltimo encontro do grupo, todas essas listas esto constantemente sendo compartilhadas, para que, ao chegarem reunio, todos j tenham uma idia precisa do trabalho a ser feito.

    Estes atores precisam estar cientes da importncia das informaes levantadas nas reunies e, para tanto, deve ser dado um lugar de destaque para o registro dessas informaes. Nesse sentido, as atas so redigidas detalhadamente e validadas no incio da reunio subsequente. Todas as atas e todos os artefatos gerados na modelagem so armazenados em ferramenta coletiva que controla o versionamento, com visibilidade para todos os participantes do trabalho.

    O controle de mudanas, tanto no Diagrama de Contexto como no Modelo Global de Dados, registrado minuciosamente. No decorrer da modelagem, a equipe est adquirindo conhecimento tcito e registrando tudo o que for possvel como conhecimento explcito, por meio dos artefatos previstos. Ao registrar o que essencial e procurar faz-lo com simplicidade, h um acrscimo do conhecimento organizacional formal referente aos sistemas informatizados que implementam os macroprocessos de uma Organizao. Nesse sentido, pode-se afirmar que a Aprendizagem Organizacional se beneficia da Modelagem Essencial de Dados.

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    A simplicidade uma caracterstica importante a ser buscada na Modelagem Essencial de Dados, justamente para que a compreensibilidade do modelo no seja prejudicada por detalhes tcnicos que em nada contribuem para a viso conceitual dos dados. A tese da Modelagem Essencial de Dados que o dado em sua essncia simples, no necessitando estar vinculado a nenhuma plataforma tecnolgica.

    Assim, o Modelo Global de Dados foi construdo de forma iterativa, em dois ciclos distintos, conforme esquematizado na figura 01. No ciclo mais externo, cada iterao corresponde modelagem dos dados de uma das Organizaes permeadas pelo macroprocesso. No ciclo mais interno, cada iterao corresponde a uma das reas de Negcio identificadas dentro de uma Organizao.

    Organizao 1

    Definio do Escopo

    Validao do Modelo

    rea de Negcio 1 a n

    Identificao das Interaes

    Levantamento das Entidades e Relacionamentos

    Identificao dos Pontos de Integrao

    Convergncia do Modelo com as tabelas fsicas

    Definio do Escopo

    Validaodo Modelo

    Organizao N

    ...

    Organizao 1

    Definio do Escopo

    Validao do Modelo

    rea de Negcio 1 a n

    Identificao das Interaes

    Levantamento das Entidades e Relacionamentos

    Identificao dos Pontos de Integrao

    Convergncia do Modelo com as tabelas fsicas

    Definio do Escopo

    Validao do Modelo

    rea de Negcio 1 a n

    Identificao das Interaes

    Levantamento das Entidades e Relacionamentos

    Identificao dos Pontos de Integrao

    Convergncia do Modelo com as tabelas fsicas

    Definio do Escopo

    Validaodo Modelo

    Definio do Escopo

    Validaodo Modelo

    Organizao N

    ...

    Figura 01 Ciclo de Desenvolvimento do MGD

    A Modelagem Essencial de Dados aplicada sucessivamente a cada uma dessas Organizaes em seis etapas:

    o Etapa 1 - Definio do Escopo da Modelagem

    Primeira etapa da Modelagem Essencial de Dados consiste em se determinar o escopo da modelagem. Para tanto, so identificados os sistemas de TI relacionados com o macroprocesso e que sero submetidos ao processo de modelagem. Em seguida segmenta-se o escopo, definindo-se as Famlias de Sistemas ou reas de Negcio.

    Como essa metodologia visa a mapear a integrao dos dados ao longo de todos os processos que compem o macroprocesso, deduz-se que o modelo essencial de dados deve acompanhar esse movimento. De fato, o modelo vai sendo

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    construdo por etapas, uma rea de cada vez. A cada nova rea modelada busca-se identificar os pontos de integrao com as reas que j estavam prontas.

    Da a importncia do particionamento em reas, para se dividir o escopo da modelagem em partes cujo tamanho seja compatvel com o esforo de aprendizagem da equipe e com a necessidade de entrega de resultados.

    o Etapa 2 - Identificao das Interaes com os Demais Sistemas

    A segunda etapa da modelagem essencial consiste em identificar as informaes que fluem entre o sistema que est sendo modelado e os sistemas que compem seu contexto, partindo da premissa que se uma informao recebida pelo sistema, provvel que seja armazenada em alguma estrutura de dados para ser trabalhada em seguida. Se uma informao enviada pelo sistema, provvel que ela tenha sido processada e tenha tambm alguma estrutura de armazenamento.

    Trata-se, portanto, de uma heurstica. No significa que havendo um fluxo de dados necessariamente vai haver estruturas de dados correspondentes, o que fica claro quando se afirma que provvel.

    Registradas as interaes entre os sistemas, cabe equipe de modelagem analisar cada fluxo de dados para questionar a possibilidade de existirem entidades correspondentes a esse fluxo a serem registradas no Diagrama E-R (Diagrama Entidade-Relacionamento).

    o Etapa 3 - Levantamento das Entidades de Dados e seus Relacionamentos

    Nesta etapa se elabora o modelo de dados, utilizando-se os conceitos da Modelagem Entidade Relacionamento. A diferena reside no nvel de detalhamento adotado onde, para que o Modelo de Dados possa abranger todo o macroprocesso e ser desenhado em tempo hbil, se adota uma disciplina de buscar as entidades mais relevantes, ignorando as demais.

    Esse procedimento no acarreta prejuzos, uma vez que no se pretende derivar o modelo fsico diretamente desse modelo conceitual, como poder ser observado a seguir, no captulo referente Gesto e Governana do Modelo Global de Dados. So apresentadas no modelo de dados to somente as entidades que efetivamente contribuem para o entendimento do negcio.

    No entanto, apenas o desenho do diagrama com as entidades e seus relacionamentos no satisfaz a necessidade semntica de registrar o conhecimento em torno do sistema e, com este objetivo, se adota um Dicionrio de Dados nico, onde todas as entidades sero registradas e definidas uma - e somente uma - vez para todo o macroprocesso.

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    Mesmo sendo trabalhosa, uma das atividades cruciais da metodologia. A documentao deve ter uma ateno especial, pois sem ela fica complicado preservar o conhecimento registrado no modelo.

    o Etapa 4 - Convergncia do Modelo com as Tabelas Fsicas dos Sistemas

    A quarta etapa da MED consiste em identificar quais tabelas fsicas ou files correspondem a cada entidade de dado, gerando uma matriz com esse mapeamento. Essa atividade existe com o intuito de trazer o diagrama para mais prximo da realidade e proporcionar maior credibilidade ao modelo, pois ela demonstra que as entidades no foram criadas ao acaso, mas so a contrapartida dos dados residentes na base de dados.

    O objetivo de mapear a convergncia , portanto, criar um lastro para o modelo, garantindo assim que ele no constitua uma simples abstrao do negcio, mas reflita a viso de negcio representada pela implementao atual do sistema, por mais defasada que esta possa estar em relao aos atuais requisitos de informao da Organizao.

    Para o propsito de lastrear o modelo suficiente que se consiga uma correspondncia de 70% das entidades. Nos sistemas legados mais antigos, muitas entidades de domnio, aquelas que servem para decodificar, so inseridas diretamente no cdigo-fonte, no existindo como estrutura de dados independente.

    o Etapa 5 - Identificao dos Pontos de Integrao

    Ainda que os modelos estejam desenhados por rea, vo existir ligaes entre essas reas correspondentes ao reuso das entidades. justamente nessas entidades reusadas em diversas reas que residem os pontos de integrao do modelo, que so evidenciados nesta etapa da modelagem. No diagrama, essas integraes so representadas por linhas vermelhas que cruzam de um lado a outro o modelo, interligando entidades.

    Os pontos de integrao so mais bem visualizados por intermdio da matriz de entidades por reas. Marca-se um x em cada clula que represente o uso de uma entidade por uma determinada rea. Contando-se a quantidade de clulas com marcaes x ao longo das reas, chega-se ao indicador de reuso, que representa a fora de integrao de cada entidade.

    Dessa forma, a modelagem essencial aponta as entidades onde se deve exercer esforo de integrao, para as quais podero ser desenvolvidos servios web que promovam a atualizao e consulta integrada por todos os sistemas que compem o macroprocesso.

    o Etapa 6 - Validao do Modelo com o Usurio Gestor

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    Depois de realizadas as cinco primeiras etapas da modelagem iterativamente para cada rea de Negcio, a etapa 6 consiste em submeter o modelo apreciao do cliente, mais especificamente, validao dos usurios gestores dos sistemas considerados.

    Nessa etapa de validao no cabe incluir no MGD caractersticas desejadas e que no estejam implementadas nos sistemas atuais. O objetivo validar o modelo quanto efetiva existncia das entidades e relacionamentos ali registrados e quanto a eventuais ausncias de entidades que no chegaram a ser identificadas pela equipe.

    Essa tambm a ocasio para serem feitos ajustes quanto nomenclatura dos dados, buscando-se as denominaes do negcio usadas preferencialmente pelos usurios.

    A meta da Modelagem Essencial de Dados construir o Modelo Global de Dados associado a um macroprocesso especfico, onde o dado uma representao do negcio, do que se conclui que um modelo de dados uma representao de uma representao, ou seja, um objeto altamente abstrato, que precisa ser materializado por meio de documentos.

    Para materializar o modelo de dados, a metodologia MED prev a construo de quatro tipos de artefatos:

    o Diagrama de Contexto, que representa as interaes existentes entre o sistema em anlise e as entidades externas.

    Uma entidade externa atua como produtor ou como consumidor de informaes e reside fora dos limites do sistema a ser modelado. O diagrama mostra as seguintes caractersticas do sistema a ser modelado: os dados que o sistema absorve e deve processar, os dados que o sistema gera para o ambiente e a fronteira do sistema com o ambiente.

    Nesse diagrama o sistema em questo no deve ser detalhado, ou seja, no cabe apresentar aqui os fluxos entre as prprias entidades internas do sistema e sim os fluxos deste com os sistemas externos. Tambm no cabe apresentar os fluxos entre as entidades externas.

    Esse diagrama o primeiro artefato criado no projeto, tendo como objetivo permitir um entendimento inicial do contexto do sistema e mostrar os principais dados que trafegam entre o sistema e as entidades externas. Como a proposta da metodologia focar nos dados que so essenciais ao sistema, na construo do Diagrama de Contexto deve-se estar atento a isso, ou seja, apenas os fluxos principais de dados sero considerados. Um exemplo do Diagrama de Contexto pode ser visto na figura 02.

    Ao evidenciar o escopo do sistema e propiciar uma viso geral dos principais dados tratados no negcio, o Diagrama de Contexto serve para apoiar a criao

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    de um outro artefato, o Diagrama de Entidades e Relacionamentos. Para tanto, os dados que estiverem presentes no Diagrama de Contexto sero analisados atentamente e, se julgado conveniente, sero refletidos no Diagrama de Entidades e Relacionamentos. Portanto, o Diagrama de Contexto no constitui um objetivo da MED. Em vez disso, ele um acessrio para subsidiar a elaborao do Diagrama de Entidades e Relacionamentos.

    No Diagrama de Contexto os sistemas so representados por meio de retngulos e os fluxos de dados so representados por meio de setas entre os retngulos.

    Em algumas situaes da modelagem no se conhece o nome do sistema externo, mas sabe-se que existe alguma informao fluindo de ou para algum sistema de alguma Organizao. Neste caso, o nome colocado no retngulo vai ser o prprio nome da Organizao, entendendo-se por isso que se est referindo aos sistemas informatizados dessa Organizao.

    Figura 02 Exemplo de um Diagrama de Contexto

    Sobre as setas do diagrama de contexto colocado um nome para o fluxo, normalmente uma descrio sucinta, composta de siglas e abreviaes. Algumas vezes o nome do fluxo suficiente para o seu entendimento. No entanto, o que se tem observado que muita riqueza de informao pode ser perdida por conta da escassez de espao fsico para contar um pouco mais da histria do fluxo. Para enriquecer o diagrama de contexto constri-se uma planilha com uma linha para cada fluxo de dados. Nessa planilha so registradas todas as explicaes obtidas junto aos Analistas de Negcio a respeito de cada Fluxo de Dados.

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    Diagrama de Entidades e Relacionamentos, derivado do Modelo de Entidade -Relacionamento (MER), a forma como se apresenta o Modelo Global de Dados onde, assim como no Diagrama de Contexto, com objetivo de abranger completamente um Macroprocesso e desenha-lo em tempo hbil, adota-se uma disciplina de buscar as entidades mais significativas, ignorando as demais.

    Originalmente o MER8 pode ser conceitual, lgico ou fsico. A Modelagem Essencial de Dados enderea apenas o modelo conceitual, que descreve o modelo de dados de um sistema com alto nvel de abstrao, ganhando com isso a capacidade de representar as regras de negcio sem considerar as limitaes tecnolgicas ou de implementao e criando uma linguagem apropriada para discusso com o usurio final, tomando-se o cuidado de no confundir modelo conceitual de dados9 com modelo relacional, que representa tabelas, atributos e relaes materializadas no banco de dados.

    O Diagrama de Entidades e Relacionamentos contm as principais entidades que compem o sistema, que so identificadas tendo como foco a integrao, vrias entidades da vida real podem ser agrupadas em apenas uma entidade do modelo, se isso for suficiente para o objetivo final que a integrao.

    Como se trata de um diagrama conceitual de alto nvel fica facilitado o entendimento e a comunicao entre usurios e modeladores sendo apresentadas exclusivamente as entidades principais. No primeiro momento da modelagem no so identificados os atributos de cada entidade, mas j se determina a cardinalidade dos relacionamentos. Por ser um modelo conceitual, admite-se a representao de relacionamentos n para m. Alguns relacionamentos recebem uma denominao, desde que isso acrescente valor ao entendimento do diagrama. A identificao dos atributos fica para a fase de refinamento do modelo, aps a validao com o usurio gestor.

    As entidades desse Diagrama so classificadas em entidades de domnio, entidades de negcio, entidades externas e entidades de integrao. As entidades de domnio representam um contedo relativamente estvel, geralmente composto de cdigo e descrio. Exemplos de entidades de domnio: Municpio, Situao Cadastral, Atividade Econmica. J as entidades de negcio representam um contedo mais dinmico, trazendo para o modelo o dia-a-dia do negcio. Exemplos de entidades de negcio: Programa de Trabalho, Saldo Contbil, Viagem. Entidades externas so entidades que pertencem a outras

    8 O Modelo Entidade-Relacionamento (MER) foi desenvolvido pelo professor Peter Chen, a fim de representar as estruturas de dados de uma forma mais natural e mais prxima do mundo real dos negcios. O MER prope que a realidade seja visualizada sob trs pontos de vista, ou com trs conceitos fundamentais: Entidade, Atributo e Relacionamento. Os objetos que compem a realidade so as Entidades, as caractersticas que se deseja conhecer sobre os objetos que compem a realidade so os Atributos e a forma como os objetos interagem entre si constitui o Relacionamento.

    9 A definio de modelo conceitual aqui adotada est alinhada com a definio oferecida por Paulo Gougo [1997]: Define-se como modelo conceitual aquele em que os objetos, suas caractersticas e relacionamentos tm a representao fiel ao ambiente observado, independente de limitaes impostas por tecnologias, tcnicas de implementao ou dispositivos fsicos. Nesse modelo, devemos representar os conceitos e caractersticas observados em um dado ambiente, voltando-nos simplesmente ao aspecto conceitual.

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    reas que no aquela representada no diagrama, sendo apresentadas na cor branca. Finalmente, as entidades de integrao so entidades que de fato no esto presentes nas solues modeladas, porm cuja incluso viabiliza um novo ponto de integrao.

    A representao global elaborada a partir de iteraes sucessivas onde, aps a construo de cada nova parte, correspondente ao modelo de uma rea, esta includa no modelo integrado. Com isso, comearo a aparecer os pontos de integrao, que recebero destaque no diagrama, conforme exemplificado pela figura 03.

    rea de Negcio 01 rea de Negcio 02

    Figura 03 Exemplo de um Modelo Global de Dados retratando uma integrao.

    o Dicionrio de Dados, que considerado um complemento essencial do Diagrama de Entidades e Relacionamentos.

    Apenas o desenho do diagrama com as entidades e seus relacionamentos no satisfaz a necessidade semntica de registrar o conhecimento em torno do sistema, no captura toda a informao que foi revolvida no processo de modelagem. O Dicionrio de Dados nico para todo o projeto, permitindo a centralizao das informaes diversificadas de um mesmo objeto, identificando sinnimos e as variaes residentes em cada aplicao, sejam manuais ou automatizadas, possibilitando a padronizao modular progressiva e fornecendo parmetros para os novos desenvolvimentos.

    Registra-se como de suma importncia a atualizao imediata de novos dados e/ou alteraes no Dicionrio de Dados, to logo o fato acontea, de forma a facilitar o seu controle e a sua administrao, permitindo, em consequncia, um rendimento efetivo na consulta e obteno de informaes.

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    Mapa de Integrao, ou matriz de cruzamento entre entidades e reas de negcio, o instrumento que registra os pontos de integrao evidenciados pela modelagem e atribui os pesos correspondentes ao potencial de integrao desses pontos.

    A partir de uma matriz de entidades por reas, abrangendo o conjunto completo de todas as reas que compem o MGD at o momento, so relacionadas as entidades em ordem alfabtica, na mesma sequncia em que aparecem no Dicionrio de Dados. O potencial de integrao de cada entidade registrado no Mapa de Integrao por meio do ndice de Reuso, que contabiliza o nmero de reas de Negcio em que determinada entidade est presente.

    3.2. Refinamento da Modelagem

    Essa etapa voltada a garantia do detalhamento e das integraes necessrias para que o Modelo Global Dados garanta uma viso integrada e estratgica do Governo Federal permitindo seu uso, entre outros, para a construo e manuteno das solues demandadas pelos clientes.

    Trata-se de um segundo ciclo de anlise dos dados realizada junto aos analistas de negcios e administradores de banco de dados voltado integrao entre os dados, a partir das validaes realizadas pelos clientes, garantindo a integridade entre as entidades e atributos em um nvel mais alto e entre os diversos escopos mapeados, prprios do Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal.

    A partir desta etapa, o Modelo Global j permite a identificao de integraes estratgicas, para que os sistemas de informao possam dar maior apoio no processo decisrio, desdobrando-se em informaes mais precisas para os Sistemas de Informao Gerencial. Como exemplo podemos tomar por base o contexto do Modelo Global para o MP, onde algumas integraes identificadas foram: Ao, Fornecedor, Localidade, Material/Servio, Servidor, Empenho, Contrato e rgo10.

    A partir dessa etapa, as partes envolvidas passam a ter acesso as informaes do Modelo Global, utilizando plataforma tecnolgica para compartilhamento, sendo possvel utilizar suas informaes para simulao de novas solues ou mesmo caractersticas desejadas e que no estejam implementadas nos sistemas atuais. importante destacar que a simulao realizada setorizadamente, no comprometendo a integridade do Modelo Global, atendendo a um dos requisitos de segurana do Modelo de Gesto e Governana necessrio ao Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal.

    3.3. Atualizao do Modelo Global de Dados

    a etapa de efetiva utilizao do Modelo Global a partir da plataforma tecnolgica para compartilhamento, atualizando os contextos, mesmo que parcialmente, mantendo a

    10 A viabilidade de utilizao das entidades integradoras na construo de solues tratada no trabalho Modelo Global de Dados Provendo Integraes entre Sistemas Estruturantes de Governos atravs de Arquitetura Orientada Servio, de autoria de membros da equipe e inscrito no CONSERPRO 2009, apresentado no anexo IV.

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    convergncia ao planejamento e aos processos de negcios, aos macroprocessos e s solues de Tecnologia da Informao.

    Requer a utilizao de padres de notao por todos os envolvidos, a definio de permisses e responsabilidades, alm de forma e critrios de auditoria e mtricas para avaliar a eficincia e efetividade na utilizao do Modelo de Dados, com foco na manuteno de sua integridade e continuidade, ou seja, caracteriza-se pela efetiva utilizao tambm do Modelo de Governana e Gesto Continuada para o Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal.

    A modelagem Essencial de Dados uma abordagem recente, tendo sido utilizada pela primeira vez no Serpro, no ano de 2009. Prev-se que, a cada novo macroprocesso a que se aplique essa metodologia, ela seja aprimorada e at mesmo ampliada para tratar novas situaes que venham a surgir.

    O registro minucioso e preciso, a disseminao e a normatizao da metodologia so necessrias para transform-la em patrimnio da rea TI e para justificar o investimento na sua evoluo, visto no haver mais dvidas que a aplicao do modelo global de dados na anlise de requisitos e no desenvolvimento de solues possibilita a melhor qualidade na especificao de demandas da rea de negcios para a rea de desenvolvimento, menor tempo de atendimento das demandas por parte do Desenvolvimento, evita duplicao de depsito de dados com consequente inconsistncia de dados.

    At aqui foram abordados os eventos que, com temporalidade definida, so tratados como projetos, envolvendo alocao dinmica de especialistas e recursos, cuja gesto focada na entrega dos produtos de cada etapa dentro dos prazos esperados e dos requisitos pactuados, visto que estas entregas representam insumo para outras etapas, outros projetos ou mesmo processos.

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    4. GOVERNANA E GESTO CONTINUADA11

    A metodologia apresentada foi moldada para sistematizar a elaborao de um produto especfico e novo, o Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal, principal vantagem em relao a outras metodologias que poderiam ser utilizadas, pois possu caractersticas dos mtodos geis, que tentam minimizar o risco por meio do desenvolvimento do software em curtos perodos, chamados de iteraes12.

    No existem propostas de modelagens de dados referentes automatizao do negcio que extrapolem a fronteira de uma instituio, logo essa caracterstica constitui um diferencial da metodologia apresentada.

    Seguindo a Modelagem Essencial de Dados o pressuposto acima mencionado, onde o foco o desenvolvimento de um produto feito por iteraes, a partir da comunicao interativa com a rea de TI e com os usurios, alguns princpios das metodologias geis tambm so encontrados na modelagem proposta, como: cooperao constante entre pessoas que entendem do negcio e desenvolvedores; simplicidade; e adaptao rpida s mudanas13.

    O mundo dos dados extremamente dinmico. Logo, o modelo de dados precisa ser um organismo vivo, pois, se desenhado e guardado em um armrio, logo no dia seguinte estar obsoleto. Assim, emerge como requisito principal a atualizao, manuteno da integridade e continuidade, o Modelo de Governana e Gesto Continuada, que tem por objetivo proporcionar a esse Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal crescimento de forma compatvel com o dinamismo do mundo dos sistemas informatizados. A gesto do modelo de dados abrange as seguintes atividades:

    o Manuteno dos padres de notao, que um dos requisitos exigidos para a efetivao das modificaes, garantindo a aderncia da nomenclatura adotada entre as verses e contextos, bem como deste com normas de Administrao de Dados e de Padres de Nomenclatura.

    o Registro e versionamento dos artefatos que compem e que apiam o modelo, visando, com base na analise das alteraes que foram geradas a partir de uma demanda do cliente, garantir a integridade das modificaes e permitir a gerao de um histrico de evoluo dos contextos e dados durante o tempo.

    11 A construo deste captulo teve como fonte o trabalho Modelagem Essencial de Dados: uma metodologia em busca da essncia do dado, de autoria de membros da equipe e inscrito no CONSERPRO 2009, apresentado no anexo III.12 Um projeto gil de software deve ser adaptado incrementalmente. Para realizar a adaptao incremental, uma equipe gil requer feedback do cliente, de modo que adaptaes apropriadas possam ser feitas. Um catalisador efetivo para o feedback do cliente um prottipo operacional ou uma poro do sistema operacional, Incrementos de software devem ser entregues em curtos perodos de tempo, de modo que a adaptao acerte o passo com as modificaes [Pressman, 2006]13 Na metodologia apresentada tambm so encontradas caractersticas da Engenharia da Informao, definidas por James Martins [1991]: A engenharia da informao consiste na sntese dos conhecimentos de muitas pessoas, que podem estar dispersas atravs de uma grande Organizao.

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    o Disseminao do modelo entre os clientes e usurios das solues que compem o macroprocesso onde, o Cliente Governo, que possui a viso estratgica (alto nvel) do negcio, passa a tomar decises com base em vises estratgicas e integradoras dos diversos contextos e dados apresentados pelo modelo global.

    o Disseminao do modelo entre os desenvolvedores das solues, propiciando maturidade e disciplina ao processo de desenvolvimento onde, a partir de uma viso de alto nvel percebida pelo Cliente Governo, sero construdos nveis mais baixos de viso de dados voltados gerao de solues que preservem a integridade entre os diversos contextos e dados, tanto em nvel mais alto (Entidades) quanto num nvel mais baixo (Tabelas).

    o Auditoria dos sistemas desenvolvidos e alterados, visando mensurar e garantir a aderncia das solues desenvolvidas ao modelo.

    o Atualizao do modelo, de forma a acompanhar, analisar e registrar os impactos no modelo de dados decorrentes das manutenes evolutivas das solues.

    o Ampliao do modelo para representar novos contextos, como conseqncia natural evoluo dos cenrios sobre o negcio do Cliente Governo ou agregao de novos macroprocessos.

    o Gesto da Implementao de Padres de Interoperabilidade entre o Modelo Global de Dados e estruturas antigas, visando implantao gradual das implementaes e inovaes, bem como atuao integrada equipe responsvel pelo Catlogo de Servios e-Ping, alimentando novas verses.

    O mecanismo de gesto cria a governana necessria para manter vivo e ativo o Modelo Global de Dados, definindo os rgos responsveis pelas atividades enumeradas e normatizando a sua execuo.

    Assim, este captulo sintetiza o conjunto de atividades contnuas voltadas gesto e continuidade do Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal, abrangendo suporte, administrao, disciplina de uso, auditoria e avaliao e manuteno, considerando os diversos atores envolvidos: entidades de governo clientes ou no unidades de relacionamento com clientes e unidades de tecnologia, desenvolvimento e suporte ao desenvolvimento.

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    5.NOTAO

    A comunicao um fator chave para compartilhamento do modelo de dados, visto a relevncia e abrangncia a que este vem atender. Esta comunicao deve ser feita da maneira mais clara e direta possvel, considerando que as informaes que existem no modelo servem no s os responsveis por aquele negcio especfico, mas tambm para outros que requeiram uma viso integrada e estratgica de Governo.

    Esta comunicao garantida a partir da definio de uma lngua comum, simples e objetiva, que atenda aos diversos envolvidos na direo, gesto e operao dos processos de Governo, transpostos para o modelo de dados. Para permitir que esta comunicao se mantenha integra com o tempo, foram criados manuais de notao que normatizam a nomenclatura e a representao dos diferentes elementos que constituem o modelo de dados.

    5.1. Em relao nomenclatura:

    As reas de Negcio so nomeadas com um prefixo indicando a sigla do rgo detentor desta rea de negcio e o nome da rea. Por exemplo, se precisamos acessar a rea de negcio responsvel pela Administrao de Pessoal do Ministrio do Planejamento, o nome correspondente desta rea na ferramenta ser MP GESTAO GOVERNAMENTAL, respeitando a sintaxe da ferramenta adotada para compartilhamento do modelo de dados.

    As Entidades de Negcio e de Domnio so nomeadas a partir do nome original do conceito no cliente, por exemplo ORGAO.

    Os atributos tambm recebem seus nomes a partir do conceito que existe no cliente exemplo NOME DO ORGAO sem a preocupao de seguir padres de nomenclatura normalmente utilizados na etapa de fisicalizao, ou mais voltados para banco de dados, ou seja, sem prefixos indicando o tipo do dado. Estes atributos so documentados de forma a garantir aos usurios uma explicao mais detalhada da funo de cada atributo dentro da entidade.

    Os relacionamentos podem possuir nome ou no. O padro que no possuam, pois a existncia do relacionamento j fala por si mesma. Mas h casos onde existem diversos relacionamentos entre as mesmas entidades, momento em que o nome do relacionamento auxilia na identificao destes contextos.

    O modelo de dados possibilita diferentes vises, refletidas neste primeiro momento em quatro diagramas de Entidade-Relacionamento: Contexto; rea de Negcio; comportamento particular dentro de uma rea de negcio; e prospeco.

    O diagrama de Entidade-Relacionamento relativo ao Contexto identificado pelo nome da Organizao modelada, como por exemplo "CONTEXTO MP", "CONTEXTO MF" ...

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    O diagrama de Entidade-Relacionamento relativo rea de Negcio identificado pelo mesmo nome utilizado para identificar as reas de Negcio, abordado no primeiro pargrafo deste capitulo.

    O diagrama de Entidade-Relacionamento relativo ao comportamento particular dentro de uma rea de Negcio pode atender a dois tipos de particularidades: onde uma determinada Entidade requer um nvel de especificao mais detalhado para permitir o entendimento de seus relacionamentos, como por exemplo ORGAO; e onde as Entidades se associam a partir de uma determinada viso do cliente, como por exemplo FOLHA14.

    O diagrama de Entidade-Relacionamento relativo prospeco no foi objeto de padronizao, visto o prprio carter da prospeco, que parte do estudo de alternativas fundamentadas em uma compreenso maior sobre as foras que formulam o futuro e que devem ser levadas em conta nas decises. Quando de sua incorporao formal ao modelo de dados dever levar em conta as definies anteriores.

    5.2. Em relao representao:

    A diferenciao entre as Entidades de Negcio e de Domnio, que tiveram sua nomenclatura explicitada no capitulo anterior, se d a partir da utilizao da cor diferenciada que cada elemento recebe no diagrama, considerando que uma entidade de negcio pode ser de considerada como entidade de domnio em outro contexto.

    As Entidades de Negcio tem a cor cinza. As Entidades de Domnio a cor amarela. As Entidades Integradoras tem a cor roxa. Entidades Externas ao escopo do Macroprocesso tem a cor branca. J os atributos, antes do nome, recebem um smbolo que representa a funo que desempenham na entidade:

    o # para Chave Primria

    o * para Atributos Obrigatrios

    o o para Atributos Opcionais

    14 Para este exemplo foi utilizada a rea de Negcio MP ADMINISTRACAO DE PESSOAL, diferente da MP GESTAO GOVERNAMENTAL, utilizada at o momento.

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    Os relacionamentos seguem a representao estilo P de Galinha. Se o relacionamento obrigatrio indicado atravs da linha cheia. A cardinalidade dos relacionamentos indicada conforme figura abaixo, onde o trao simples representa a cardinalidade 1 e o P de Galinha representa a cardinalidade N.

    Quando o relacionamento opcional h uma mudana na construo da linha, que passa a ser tracejada.

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    6.CONSIDERAES FINAIS

    A principal vantagem proporcionada pela tecnologia aos Sistemas de Informao a capacidade de processar um gigantesco nmero de dados simultaneamente, tornando a disponibilizao das informaes demandadas, praticamente on-line. Mas de pouco adianta esse potencial se os sistemas (rotinas, processos, mtodos, dados) no estiverem muito bem modelados, coordenados e analisados. Informatizar sistemas ruins traz novos problemas e nenhuma soluo, alm de nublar as possveis causas dessas falhas.

    Essa situao infelizmente bastante comum nas empresas, pois existe uma grande confuso sobre anlise de sistemas operacionais e corporativos incluindo aqui a modelagem de dados e programao desses sistemas. comum a especificao de requisitos e o desenvolvimento de sistemas sem a viso do todo, a viso global dos dados, sem o conhecimento profundo do negcio e mesmo das integraes entre processos e dados.

    Nesse cenrio, o Modelo Global de Dados sucessivamente refinado serve como ferramenta auxiliar no processo geral de melhoria da qualidade da gesto pblica, como elemento que permite uma visibilidade global e integrada da base de dados e informaes ao gestor pblico.

    A gesto eficaz deste modelo global permite visibilidade e o uso do modelo pelas diversas reas diretamente envolvidas, responsveis e interessadas, permite buscar a melhoria contnua do modelo propiciando um ambiente colaborativo, compartilhado e integrado.

    A metodologia aqui descrita utilizada para mapear os dados de um macroprocesso, extrapolando limites organizacionais e condicionada a evoluo contnua do produto obtido. Dentro desta premissa, as seguintes condies precisam estar presentes para viabilizar a sua utilizao:

    o Existncia de um patrocinador estratgico no cliente, representado por uma autoridade de seu alto escalo ou por um comit que tenha fora poltica transversal sobre todos os rgos permeados pelo macroprocesso em questo, para viabilizar a potencialidade integradora do modelo;

    o Existncia de um patrocinador estratgico na Empresa, tambm com ascendncia transversal sobre as reas diretamente envolvidas com Tecnologia de Informao TI, visto o esforo no sentido da modelagem de dados, implementao de tecnologias de suporte e desenvolvimento de solues a partir de uma viso integrada e integradora;

    o Existncia formal de uma equipe de coordenao central, com posicionamento estratgico na Organizao, que promova a evoluo coesa e integrada do

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    modelo e garanta que o desenvolvimento de toda soluo ligada ao macroprocesso mantenha a aderncia ao modelo;

    o Possibilidade de implantao uma dinmica de trabalho participativa, com forte grau de interatividade entre as pessoas, de forma que o modelo possa ser construdo e refinado por equipes distintas. A cada iterao do processo de modelagem busca-se o compartilhamento do conhecimento adquirido e faz-se o ajuste do Modelo Global de Dados existente com a nova parte modelada;

    o Casamento entre o Modelo Global de Dados e um Modelo Integrado de Processos, entendido como condio para derivao automatizada de solues mais eficientes, possivelmente adotando a abordagem de desenvolvimento por processo;

    o Esforo de formalizao de uma metodologia que, ao mesmo tempo em que direciona o trabalho das equipes, est constantemente sendo revisada para incorporar as novas descobertas, em um processo organizacional de aprendizagem contnua. Nesse sentido, essencial a gerao e a atualizao contnua deste Modelo Conceitual e Metodolgico que, em complemento ao Documento de Referncia de Projeto, ir nortear os esforos das equipes que trabalham em torno do Modelo Global de Dados Integrado e Estratgico do Governo Federal;

    o Esforo de sistematizao da modelagem e do gerenciamento do produto gerado, visando organizar o trabalho que, sendo desenvolvido inicialmente por uma equipe pequena, tem como perspectiva abranger um grande nmero de equipes na rea de TI assim como nas reas finalsticas das Organizaes envolvidas;

    o Utilizao de ferramental de apoio ao uso corporativo compartilhado e ao versionamento de documentao, para capturar conhecimento tcito e registr-lo como conhecimento explcito.

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    ANEXO I: Documento de Referencia (verso 14, de 26/03/2009)

    1. Introduo

    O Projeto de Integrao do Macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas tem por objetivo identificar o contexto e as aes necessrias, no mbito do Serpro, para a integrao, modernizao e desenvolvimento de solues que venham a atender ao macroprocesso em seu todo, atendendo o direcionamento estratgico do Governo Federal.

    1.1. Contexto

    H consenso hoje, no mbito do Ministrio da Fazenda e do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, que o ncleo central de gesto administrativa do Governo Federal compreende um conjunto de sistemas de informaes denominados Sistemas de Gesto Administrativa (SGA), ou Sistemas Estruturantes de Governo, sendo cada um deles inerente a um processo de gesto governamental - planejamento, elaborao e acompanhamento do oramento, administrao de recursos humanos e administrao financeira e contbil, dentre outros.

    Para atender a operao de cada um destes processos, esses sistemas foram desenvolvidos em momentos e plataformas tecnolgicas distintas, sem possuir por vezes o grau de integrao necessrio, no gerando as informaes requeridas eficiente gesto pblica. Focados em objetivos distintos, os sistemas, portanto, geram informaes que no permitem o controle eficiente da execuo dos programas e a eficcia na avaliao de seus resultados.

    Entendem ainda, os representantes do Ministrio da Fazenda e do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, que urgente a necessidade de reviso dos processos decisrios, das capacidades envolvidas na gesto e operao desses processos tanto no que se relaciona ao quadro-base quanto a competncias e dos sistemas que lhes do suporte.

    Neste contexto, foi desenvolvida uma proposta de trabalho, em nvel ministerial, voltada para apontar solues para a oferta de informaes necessrias aos processos decisrios e melhoria dos sistemas de apoio ao ciclo planejamento/oramento/finanas, sendo o Serpro um dos membros deste grupo, apresentada no anexo I.

    1.2. Comit Macroprocesso Oramentrio-Financeiro

    Foi criado um Comit de Macroprocesso Oramentrio-Financeiro constitudo por representantes dos Ministrios da Fazenda e do Planejamento, Oramento e Gesto que atua em quatro frentes: no redesenho do macro-processo Planejamento, Oramento e Finanas, a partir de trabalhos desenvolvidos setorialmente em cada Ministrio, os quais contemplam, de forma isolada, suas Secretarias; no detalhamento de aspectos fundamentais relativos pessoal e qualificao; na modelagem global de dados, a partir da viso das solues que suportam hoje os processos que compem o macroprocesso; e na definio de solues que suportaro a operao e deciso do macroprocesso como um todo.

    1.3. Diagnostico Preliminar

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    Como conseqncia das reunies e anlises realizadas por esse grupo, obteve-se um diagnstico preliminar, identificando as principais fragilidades e distores que devem ser consideradas como pontos crticos para desdobramento das aes sob sua responsabilidade.

    1.3.1. Sistemas de Informao no apiam adequadamente o Processo Decisrio

    Os sistemas gerenciais foram desenvolvidos para atender, muitas vezes de forma isolada, aos processos de cada Secretaria, como conseqncia, os sistemas de informao para apoio gesto so fragmentados e sua demanda para apoio deciso desestruturada.

    Esta realidade se agrava medida que estes sistemas no incorporam necessidades dos rgos setoriais, gerando proliferao tambm de subsistemas locais com baixa integrao aos sistemas estruturantes, os quais pouco incorporam os padres de troca de informaes, preconizados na e-PING.

    1.3.2. Sistemas de Informao no apiam satisfatoriamente a implementao de aes de Governo no mbito do ciclo de Planejamento, Oramento e Finanas

    A estrutura atual sistemas centralizados que no atendem s necessidades dos rgos setoriais gera retrabalho para os usurios, na medida em que necessitam atualizar dados tanto nos sistemas locais quanto nos sistemas centralizados. Por sua vez os sistemas centrais no possuem muitas das informaes relevantes que residem nos sistemas setoriais, e tambm no conseguem garantir dados confiveis e disponveis de modo tempestivo para os gestores.

    No existe uma poltica para uso das informaes e para sua divulgao, visto que no gerada uma documentao automtica dos servios de informaes em um catlogo de servios de Governo que garanta a ampla divulgao do contedo semntico das informaes disponveis. Tambm no existe uma arquitetura de informaes que fornea um modelo e uma metodologia de aquisio e utilizao da informao.

    H dificuldade para realizar cruzamento de informaes entre estes Sistemas Estruturantes, tendo sido utilizada como exemplo pelo grupo a situao de diferentes estruturas de cdigo de rgos onde, embora o Sistema de Informaes Organizacionais do Governo Federal (SIORG) seja o sistema responsvel em manter e gerenciar a codificao da estrutura de rgos da Administrao Pblica Federal, outros sistemas legados, como por exemplo, o Sistema de Informaes Gerenciais e de Planejamento (SIGPLAN), o Sistema Integrado de Administrao Financeira (SIAFI) e o Sistema Integrado de Administrao de Pessoal (SIAPE), mantm e controlam a sua prpria estrutura de rgos, que diverge daquela projetada no SIORG. Neste exemplo, como conseqncia, ocorrem diversos problemas na integrao de dados, no agrupamento de informaes por rgos, e na extrao e comparao de informaes, simplesmente porque no h como garantir a equivalncia entre as diferentes estruturas existentes nos sistemas legados do Governo.

    1.4. Proposta de Soluo

    Com base no diagnstico preliminar realizado, foi identificada como soluo pelo grupo, a Gesto da Informao para Tomada de Deciso, alinhada ao mapeamento dos processos de Governo, que compem o macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas. Sendo, a partir dela, derivadas duas iniciativas de trabalho: a definio de grupos de informao estratgicos para apoio tomada de deciso e a modernizao dos sistemas de Governo com foco na essncia das informaes.

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    Para cada uma das fases da proposta de projeto esto definidas estratgias de implementao com as respectivas etapas, atividades, produtos esperados, recursos necessrios e os tempos estimados, conforme registrado no documento Proposta de Trabalho Subgrupo de Mapeamento e Modelagem de Dados Relatoria SLTI e Serpro verso 3 (24.09.2008), utilizado como referencial para construo deste documento inicial deste Projeto e inserido como seu anexo I.

    importante ressaltar a preocupao do grupo, externada em reunio de 19 de dezembro, quanto necessidade de uma gesto e documentao eficientes, que integre as vises dos processos e de seu modelo de dados, de forma a garantir seu alinhamento e continuidade de uso por todo o Governo.

    1.4.1. Definio da Arquitetura de Informao (Fase 1)

    Procura resolver os problemas de apoio inadequado ao processo decisrio a partir da definio de grupos de informao estratgicos para apoio tomada de deciso e qualificao das fontes de dados disponveis do governo que possam apoiar o processo decisrio.

    1.4.2. Modernizao dos Sistemas de Governo (Fase 2)

    Procura resolver a demanda crescente dos Gabinetes dos Ministrios do Planejamento, Oramento e Gesto (MP) e da Fazenda (MF) pela reviso dos processos e procedimentos para gerao de informaes de apoio implementao de aes de Governo no mbito do ciclo de planejamento, oramento e finanas, revendo mtodos e abordagens na construo dos sistemas estruturantes ao longo do tempo e implementando um modelo de evoluo e modernizao que considere a reconstruo e melhoria evolutiva dos sistemas atuais atravs da reviso dos processos e modelos de informaes, que compem este ciclo, nos Sistemas de Gesto Administrativa (SGA).

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    2. Escopo do Projeto

    O Projeto, considerando seu alinhamento estratgia empresarial, notadamente no que se relaciona ao reposicionamento da Empresa como direcionadora de tecnologia e integradora de solues de Governo, considerado estratgico e est subordinado ao Diretor-Superintendente, tendo os recursos necessrios ao seu desenvolvimento provido pela Diretoria, conforme anexo II, Deciso de Diretoria DE 107/2008, de 29/12/2008.

    Durante seu desenvolvimento devero ser observadas as informaes e orientaes emanadas pelo Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto e pelo Ministrio da Fazenda, no que se refere modelagem do Macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas, como insumo principal para desdobramento das aes do Projeto, visto que tem por conseqncia, em nvel de Estado, a transversalidade na administrao publica.

    Suas aes sero fundamentadas no princpio que o Governo Federal requer um sistema de informaes integrado que permita uma viso sistmica do Macroprocesso e atenda aos modelos de deciso vigentes na administrao (planejamento, execuo e controle), a partir da possibilidade de integrao dos sistemas estruturantes j existentes e da aplicao dos padres e-PING e do preconizado no Programa Serpro de Desenvolvimento de Solues PSDS. Fundamentar-se-, ainda, na experincia de framework do Serpro que, publicada pela Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto SLTI/MP, poder ser adotada como padro para todos os rgos do Governo Federal.

    Caber ao Projeto identificar a Cadeia de Informaes requerida para o Macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas, a partir das aes de mapeamento inerente ao Projeto e dos trabalhos desenvolvidos pelo Comit Macroprocesso Oramentrio-Financeiro, conduzido pelo Governo Federal e da Modelagem Global de Dados, em desenvolvimento pelo Serpro e no escopo deste Projeto.

    Durante seu desenvolvimento o Projeto atuar no sentido de: buscar a participao das Unidades de Relacionamento com Clientes envolvidas na disponibilizao de solues relacionadas ao Macroprocesso, disponibilizando as informaes necessrias integrao, modernizao e desenvolvimento de suas novas solues; interagir com outras Unidades da Empresa nos assuntos relacionados s atividades do Projeto, mantendo nveis elevados de integrao e cooperao; e, inclusive, coordenar ou acompanhar Grupos de Trabalho institudos com objetivo de desdobrar aes relativas ao escopo do Projeto.

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    3. Etapas do Projeto

    Considerando a integrao s demais frentes em desenvolvimento no mbito do Comit Macroprocesso Oramentrio-Financeiro, o Projeto ter suas etapas definidas e detalhadas a partir de cronograma geral, apresentado no anexo I e em fase de reviso pelos Secretrios Executivos dos Ministrios da Fazenda e do Planejamento, Oramento e Gesto, patrocinadores da iniciativa em nvel do Governo Federal.

    Inicialmente, a partir da Modelagem Global dos Dados, detalhada no captulo 3.1., os resultados obtidos nesta etapa sero cruzados com os resultados obtidos pelo Grupo de Trabalho Ministerial responsvel pelo Redesenho do Macroprocesso Planejamento, Oramento e Finanas, que est sendo realizado a partir de trabalhos desenvolvidos setorialmente em cada Ministrio, que contemplaram isoladamente suas Secretarias.

    Com isto sero incorporados novos dados, necessrios ao macroprocesso, e identificadas portas de acesso a rgos externos e seus atores, gerando a Cadeia de Informaes requerida para o Macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas que, submetidos aos patrocinadores, sero priorizados e tratados como demanda pela Serpro, para implantao no Governo, em nvel central e setorial.

    A Coordenao Estratgica de Tecnologia CETEC agregar ao Projeto a viso de arquitetura, com vistas melhoria dos padres, a partir do Modelo Referencial de Tecnologia, em implantao no Serpro. Na construo do Termo de Referncia para as aquisies necessrias implementao das solues, sob responsabilidade do Ministrio do Planejamento, est prevista a participao do Serpro a partir da Assessoria do Diretor Superintendente.

    Est previsto ainda o envolvimento do Projeto, por intermdio de representantes, nas aes voltadas ao Redesenho do Macroprocesso Planejamento, Oramento e Finanas, com objetivo de manterem-se as iniciativas alinhadas e consonantes aos objetivos finais pretendidos.

    3.1. Modelagem Global dos Dados

    Nesta etapa sero especificados e modelados os conjuntos estruturantes dos dados hoje existentes, a partir da viso de classes de negcios, que alimentam o ciclo planejamento, oramento e finanas.

    Para esta especificao e modelagem ser considerado o contexto de negcio atual, ou seja, as solues disponibilizadas pela Superintendncia de Relacionamento com Clientes Ministrio do Planejamento/SUNMP responsvel hoje pelo atendimento a maior parte das Secretarias envolvidas no macroprocesso do Sistema de Informaes Gerenciais e de Planejamento (SIGPLAN), ao relacionamento com o Sistema Integrado de Administrao e Fianas do Governo Federal (SIAFI), que envolve cerca de seis famlias de diferentes solues.

    Os analistas responsveis por estas solues, a partir de uma agenda previamente acordada com a SUNMP, resultante do 3.1.1.4., em funo do prazo final definido, tero dedicao exclusiva para repasse do conhecimento aos Administradores de Dados (AD) do Projeto.

    Este Modelo dever ser validado e poder sofrer adequaes pelas Secretarias destes Ministrios, reunidas em comit, com a finalidade de incorporar as inovaes que foram discutidas e definidas no ltimo ano de trabalho do Comit Macroprocesso Oramentrio-Financeiro.

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    O tempo estimado para a etapa de dois meses, com trmino previsto para fevereiro de 2009, tendo como produtos esperados o Modelo Global de Dados e a Ata de Validao e definio do novo contexto.

    Foi sugerido pelo Diretor-Superintendente que o Grupo de Trabalho envolvido nesta etapa conhea a experincia do Sistema de Informaes do Ministrio da Educao (SIMEC), de forma a utilizar sua estrutura como referencial.

    Tendo como premissa utilizao das informaes geradas nesta etapa para todas as etapas seguintes, a Coordenao Estratgica de Tecnologia CETEC e a Universidade Corporativa UNISE foram envolvidas com objetivo de assegurar a utilizao de metodologias e ferramentas que, corporativas, permitam a integrao entre o mapa de processos de negcios, gerado no mbito do Comit, e a modelagem global de dados, resultante desta etapa.

    Para atender ao trabalho de mapeamento foram analisadas as ferramentas Oracle Designer, tecnologia adotada e em uso na empresa, e Power Architect, ferramenta gratuita e recentemente selecionada.

    Por questes das restries de prazos a que o trabalho de mapeamento est submetido e a necessidade de selecionar uma ferramenta com menor curva de aprendizado, selecionou-se uma terceira opo, o JUDE que, tambm gratuito e em software livre, possibilita que os diagramas sejam documentados mais prximos do conceitual e no fsico por completo. As limitaes da ferramenta tais como, no exportar modelos; no suportar trabalhos em times distribudos ( uma ferramenta desktop), no criar todos os diagramas UML (somente modelos de dados); no implementar diferentes vises de domnio (subject areas) esto sendo analisadas pela CETEC, com vistas soluo para as etapas seguintes.

    3.1.1. Definio do Grupo de Trabalho Fase 1 - Serpro

    Considerando a premncia de alocar-se ao Grupo de Trabalho pessoal especialista, com competncias relacionadas a Relacionamento com Clientes, Modelagem de Dados, Desenvolvimento de Sistemas de Informaes, Gerenciamento de Projetos e Administrao, a Diretoria definir os analistas que, lotados nas Unidades Organizacionais, devero ser destacados.

    Nesta definio dever ser observada a condicionante do prazo, visto que impedir a aquisio de frias no perodo.

    Data Fim Prevista: 02.01.2009

    Data Fim Real: 12.02.2009

    3.1.2. Nivelamento em Metodologia de Modelagem de Dados

    So compartilhados com os membros do Grupo de Trabalho, conhecimentos voltados Modelagem Conceitual (tcnicas de anlise, abstrao, levantamento de dados, identificao de classes, atributos e associaes, composio, agregao, generalizao, especializao e regras de negcio); Modelagem Lgica (identificao de entidades, relacionamentos e atributos modelo ERA, ERR e MER (transio do conceitual para o lgico), critrios de modelagem (simplicidade, completeza, flexibilidade, realidade, integridade, normalizao)); Banco de Dados Relacional; Modelagem bsica de funes; Definio de eventos; e Diagrama de fluxo de dados, objetivando a utilizao de uma nica metodologia em todas as fases do trabalho.

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    Data Fim Prevista: 08.01.2009

    Data Fim Real: 14.01.09

    Definio do Escopo da Modelagem

    3.1.3. Entrevista com Diretor Superintendente

    Aplicando os conhecimentos adquiridos durante a etapa anterior, para alinhamento e definio do nvel de detalhamento da Modelagem.

    Data Fim Prevista: 14.01.2009

    3.1.4. Apresentao do Portflio SUNMP

    Onde a Superintendncia de Relacionamento com Clientes Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto SUNMP apresenta as solues disponibilizadas para o macroprocesso de Planejamento, Oramento e Finanas, destacando as integraes, problemas, necessidades ou propostas de melhoria identificadas por eles, que se desdobrar nas entrevistas para modelagem. Nesta etapa ser apresentada tambm a experincia do Sistema de Informaes do Ministrio da Educao (SIMEC), conforme sugerido pelo Diretor-Superintendente, com objetivo de avaliar sua estrutura e utiliz-la como referencial.

    Data Fim Prevista: 19.01.2009

    Destas duas etapas sero extradas as informaes necessrias ao detalhamento da etapa seguinte.

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    3.1.5. Modelagem por rea de NegcioPrincipais reas de Negcio Responsveis Grau de Dificuldade

    Legislao - LEG Senado Federal/PRODASEN Fora do escopo

    Programas e Aes PLAN

    SIGPLAN e SISPAC

    SPI-MP/SERPRO M

    Oramento ORC

    SIDOR

    SOF-MP/SERPRO M

    Despesas DESP

    Repasses Institucionais

    Sem soluo disponibilizada pela SUNMP

    Administrao de Pessoal - ADMP

    SIAPE

    SRH-MP/SERPRO A

    Compras e Contrataes - COMPR

    SIASG

    SLTI-MP/SERPRO A

    Execuo Financeira - EXEC

    SIAFI

    STN-MF/SERPRO Ser modelada a partir da interao com as solues da SUNMP

    Gesto Governamental GEGO

    SIORG

    SEGES-MP/SERPRO B

    Integrao INTG

    SIEG

    SEGES-MP/SERPRO B

    Administrao de Patrimnio - ADPU

    SIAPA

    SPU-MP/SERPRO B

    Considerando o escopo (solues disponibilizadas pela SUNMP para o macroprocesso) e o prazo acordado pela Diretoria com o Comit Macroprocesso Oramentrio-Financeiro para entrega do Modelo Global de Dados, nesta etapa:

    Sero modeladas as principais classes de negcio e como elas se relacionam entre si dentro de cada rea de Negcio, assim com um Dicionrio das classes analisadas e uma Matriz de Cruzamento de Classes X reas de Negcio, que permitir uma viso de quais classes de negcio so compartilhadas por mais de uma rea de negcio;

    Ser especificado um Diagrama Sinttico de Integrao entre as principais classes envolvidas, considerando-se todas as reas de Negcio analisadas, realando as classes que determinam as necessidades de compartilhamento e integrao de dados;

    Sero especificados Diagramas de Contexto para cada rea de Negcio analisada, possibilitando analisar as interaes com sistemas e entidades externas ao contexto da modelagem;

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    Ser especificado um Diagrama Completo de Integrao que, apresentando todo o escopo da modelagem, destaca as necessidades de compartilhamento e integrao de dados entre as reas de Negcios estudadas a partir de suas principais classes.

    A partir deste nvel de detalhamento, mais flexvel e menos detalhado, ser possvel validar e refinar o modelo global com os analistas de negcio da SUNMP e com os clientes, em um segundo momento - respeitando cada taxionomia e as necessidades especficas de cada rea de Negcioi.

    Atividades:

    A1. rea: Programas e Aes:

    Reunio para Levantamento das Principais Classes e seus Relacionamentos (2 reunies de 3 horas): 19 e 20.01 - 2 dias

    Reunio para Levantamento do Diagrama de Contexto e Necessidades de Integrao entre as principais reas (1 reunio de 3 horas): dia

    Estudo de Material/Manuais: 2 dias

    Modelagem das Classes e seus Relacionamentos: 2 dias

    Reunio para validaes: 28.01 - 1 dia

    Reviso e Fechamento do Modelo: 29.01 - 1 dia

    Dicionarizao: paralela s atividades

    Participantes: Welson, Marcia Pacitti, Lindomar Oliveira e Raul Soares (integrar o grupo em 26.01)

    Incio: 20.01

    Final: 29.01 (8 dias teis)

    Data Final Real: 30.01

    A2. rea: Oramento:

    Reunio para Levantamento das Principais Classes e seus Relacionamentos (2 reunies de 3 horas): 02 a 04.02 - 3 dias, sendo os dois ltimos de perodo, para documentao e estudo de Material/Manuais na parte da tarde.

    Reunio para validaes: 05 e 06.02 - 2 dias

    Reviso e Fechamento do Modelo: 09.02 - 1 dia

    Dicionarizao: paralela s atividades

    Participantes: Welson, Raul e Rosngela Nbrega (integrar o Projeto em 02.02)

    Incio: 02/01

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    Final: 09/02 (6 dias teis)

    Data Final Real: 10/02

    A3. rea: Administrao de Pessoal:

    Reunio para Levantamento das Principais Classes e seus Relacionamentos (2 reunies de 3 horas): 02 a 04.02 - 3 dias, sendo os dois ltimos de perodo, para documentao e estudo de Material/Manuais na parte da tarde.

    Reunio para validaes: 05 e 06.02 - 2 dias

    Estudo de Material/Manuais: 3 dias

    Reviso e Fechamento do Modelo: 12.02 - 1 dia

    Dicionarizao: paralela s atividades

    Participantes: Mrcia, Lindomar e Patricia Barbosa (integrar o projeto em 05.02)

    Incio: 02.02

    Final: 12.02 (9 dias teis)

    Data Final Real: 12.02

    A4. rea: Compras e Contrataes:

    Reunio para Levantamento das Principais Classes e seus Relacionamentos (2 reunies de 4 horas): 10 e 12.02 - 2 dias, sendo a documentao e o estudo de Material/Manuais realizado nos intervalos das reunies.

    Documentao, com continuidade do estudo de Material/Manuais: 3 dias

    Dicionarizao: paralela s atividades

    1a. Reunio para validaes: 18.02 - dia (manh)

    Reviso: 2 dias

    2a. Reunio para validaes: 20.02 - dia (tarde)

    Fechamento do Modelo: 25.02 - 1 dia (na parte da manh apresentao interna para o grupo e na parte da tarde para a SUNMP)

    Participantes: Welson e Raul

    Incio: 10.02

    Final: 25.02 (11 dias teis)

    Data Final Real: 03.03

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