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Educação Corporativa Autoria: Érica Tonon Lôbo Tema 01 Aspectos Estruturais da Educação

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Educação CorporativaAutoria: Érica Tonon Lôbo

Tema 01Aspectos Estruturais da Educação

Tema 01Aspectos Estruturais da Educação

Autoria: Érica Tonon Lôbo

Como citar esse documento:LÔBO, Érica Tonon. Educação Corporativa: Aspectos Estruturais da Educação. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

Índice

© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma.

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Pág. 10Pág. 8ACOMPANHENAWEB

Pág. 3CONVITEÀLEITURA

Pág. 3PORDENTRODOTEMA

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Aspectos Estruturais da Educação

Há cerca de três séculos (o que não corresponde a tanto tempo assim), a educação era privilégio das elites. A educação tal qual se apresenta hoje, foi resultado, e ainda é, de grandes e profundas transformações na forma de conceber o conhecimento.

Seja por conta da necessidade de preparar pessoas para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, seja para poder competir por igual com as grandes nações emergentes deste século, a educação está em alta e recebendo grandes incentivos de todos os lados.

Neste tema, vamos abordar a questão da educação no Brasil, fazendo um apanhado sobre os seus avanços nas últimas décadas, que se intensificou com o advento da tecnologia e o progresso da ciência. É certo que o modelo econômico brasileiro, baseado no capitalismo, contribuiu de maneira bastante evidente para as grandes inovações nessas esferas, que, por sua vez, geraram novas fontes de renda, criando, assim, condições para que esses avanços continuassem.

Além disso, a universalização da educação também foi um marco bastante importante para que grandes políticas acerca da educação fossem criadas e defendidas pelo governo. Não restam dúvidas de que hoje estamos vivendo uma era da informação e de que, especialmente após a chegada da internet, a criação de bases e modelos educacionais tornou-se prioridade para um país geograficamente tão amplo quanto às possibilidades de desenvolvimento de novos conhecimentos.

A leitura deste tema propõe uma reflexão que envolve as grandes questões que permeiam a educação brasileira, contribuindo com uma visão crítica e visando compreender o cenário da educação no século XXI, além de propor ações efetivas dentro das possibilidades que se apresentam.

CONVITEÀLEITURA

PORDENTRODOTEMA

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Segundo Paulo Renato de Souza (2010), vivemos atualmente a terceira Revolução Industrial, com a emergência da informática e o avanço sem precedentes da comunicação, que rompeu literalmente as barreiras nacionais entre os países, não sendo mais possível retroceder. Para o autor, é necessária, com essas novas concepções, a criação de modelos econômicos que deem conta de tratar a empregabilidade no mundo moderno. Mais acesso à informação, maior expectativa de vida e grande instabilidade do conhecimento dão lugar a uma sociedade mais plural e, ao mesmo tempo, mais insegura. O que se sabe hoje, por exemplo, daqui a um ano já não é mais daquela forma, e as pessoas querem, sim, ter algum tipo de proteção, que venha do governo.

O acesso à educação é condição fundamental para que o indivíduo sinta-se inserido no contexto social. A sociedade do conhecimento trouxe consigo quatro novos elementos que passaram a ter um impacto profundo na educação, segundo Souza (2010): a velocidade e o caráter universal do acesso à informação; a mutação dos padrões de consumo; o impacto dos temas políticos globais sobre a vida diária dos cidadãos e a emergência da questão ambiental desde os anos 1960 são alguns exemplos.

Todas essas questões tornam necessário um novo olhar sobre a educação, no contexto em que o conhecimento se renova a cada cinco ou dez anos. Nos dias de hoje, o cidadão precisa aprender permanentemente. A escola por 10 ou 12 anos já não suporta o nível de profundidade e pluralidade das questões, e os indivíduos, atualmente, são estimulados a ser cada vez mais críticos e a buscar novas formas de responder às situações.

Aquilo que antes era respondido como uma receita de bolo já não faz mais sentido, o que, por um lado, é positivo, pois as pessoas são estimuladas não só a pensar diferente (sendo respeitadas por isso), mas também a propor soluções distintas, buscando a sua forma de responder a problemas antigos. Isso gera, com certeza, novos conhecimentos.

No entanto, como em todo processo, essa mudança de concepção a respeito da educação não é assim tão simples. Nossos avós, e também nossos pais, sempre foram orientados a seguir determinados passos ou regras para conseguirem responder corretamente aos estímulos. Atualmente, com o incentivo ao pensamento crítico, muitos estudantes não conseguem experimentar, com receio de errar e ser julgado, tal qual acontecia aos nossos antepassados.

Não se trata, simplesmente, de propor um novo modelo de aprendizagem, é fundamental preparar os indivíduos para lidarem com ele, para estarem abertos a fazer experimentações e também a tolerar tentativas dos outros.

No Brasil, essa questão do ensino permanente, que atenda toda nossa população, é um desafio ainda maior, em razão da má distribuição de renda no país, aliada a diferentes etnias e contextos sociais existentes. Ainda hoje temos uma população bastante significativa em zona rural, o que faz com que a ideia de contribuir igualmente com uma educação básica para todos não seja efetivamente tão real nos dias atuais.

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O grande desafio da educação foi e ainda é relacionado à união entre a necessidade de determinado conhecimento ou profissão, gerada e controlada em grande medida pelo governo, e a predisposição da sociedade em se adequar a essa demanda. Ou seja, diante de ações que buscam o desenvolvimento do país, os cidadãos precisam estar preparados para atender ao que se quer e se especializar de acordo com o que se deseja.

O país se molda ao modelo criado e, assim, vai tentando evoluir em termos de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias interessantes por algum motivo, mas as reais necessidades do povo brasileiro não são a base para essas novas concepções.

Atualmente, exige-se muito mais de um pai ou uma mãe de família, pois não é mais suficiente que se tenha uma profissão aprendida com os pais ou avós. Exige-se, no lugar, que se saia em busca de conhecimento, o qual, muitas vezes, não será de totalmente utilizado nas profissões para as quais agora é preciso se preparar.Ou seja, mais tempo de dedicação ao estudo e menor utilização dos termos teoricamente aprendidos, seja no ensino médio, seja na pós-graduação.

Claudio Castro (2010), em seu capítulo intitulado “A educação no próximo governo”, faz um compilado de questões que precisam ser cuidadas para que o país efetivamente evolua no contexto educacional.

Em seu texto, ele avalia o que temos hoje em termos de grandes blocos de educação, desde a educação básica até os modelos de pós-graduação, as propostas e as diretrizes em vigor pelo governo, apontando oportunidades concretas para que a educação seja, enfim, a base de avanços reais em nosso país.

Segundo Castro (2010), a grande prioridade brasileira nesse campo são as séries iniciais do ensino fundamental. Num país em que a educação de base passou a ser item de preocupação municipal e, eventualmente, estadual, a forma com que as crianças chegam ao primeiro ano não parece ser tão importante. O foco é dado a partir de então, desejando-se que todas tenham um alicerce mínimo para que sejam alfabetizadas já nesse momento de chegada à educação dos anos iniciais do fundamental. Na verdade, os pais das crianças que usufruem da educação básica da pré-escola ainda não estão preocupados com a alfabetização de seus filhos. Querem, na verdade, contar com uma infraestrutura boa, com a qual seus filhos possam ter boas merendas e estar seguros, enquanto precisam passar o dia no trabalho.

Para o governo, o importante sempre é ter mais pré-escolas, mais escolas e menos crianças nas ruas, mas não necessariamente crianças mais críticas e alfabetizadas. Esta é a grande questão que foi levantada: apesar da evolução efetiva do contexto educacional, o Brasil não se preocupa com as reais necessidades de seu povo, e o governo acaba criando regulamentos que visam pura e simplesmente dar conta do desenvolvimento econômico do país.

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É claro que o desenvolvimento socioeconômico de uma nação é item essencial para inclusive abarcar novas solicitações de investimentos, até mesmo em fundos internacionais, mas não se pode olhar a educação por um único ângulo.

Há que se ter uma visão holística da educação, a fim de que as propostas governamentais, especialmente em ano de eleições, não sejam simplesmente papéis em que todas as questões pendentes se acertem como num passe de mágica. O país precisa se mobilizar para dar um passo de cada vez. Entretanto, os passos devem ser efetivos, em busca de uma educação ampla e real.

Outro ponto essencial para atender à demanda educacional brasileira é a preparação de professores engajados e comprometidos com o ensino, que estejam de fato entusiasmados por fazer parte de um processo de inovação e desenvolvimento como nunca se viu. Porém, para que isso seja realidade, é necessário trabalhar formas mais precisas de reconhecimento e incentivo, apoiando os docentes em sua trajetória.

Esses profissionais devem ser vistos como profissionais de fato, tendo as ferramentas necessárias para a execução de suas atividades, sendo avaliados em cima de suas tarefas e resultados e, por fim, recebendo o que de fato merecem.

É fato que os cursos que formam professores precisam ainda de algumas transformações para que possam contribuir com uma formação mais prática e menos prolixa da profissão. Eles precisam estar mais atentos aos conteúdos que estarão sob sua responsabilidade nas salas de aula, buscando trazer para a realidade do aluno esses conceitos e saindo um pouco da abstração.

Nesse sentido, a prática de estágios deve ser incentivada visando à vivência do professor em situações cotidianas nas escolas. Porém, as regras e diretrizes para que isso seja possível, dentro do que é razoável para alunos que trabalham o dia todo e estudam a noite, devem ser menos rígidas. Do contrário, como resultado desses estágios, têm-se montes e montes de papéis que cumpriram uma obrigação pró-forma e não contribuíram, efetivamente, para o objetivo proposto.

Todas essas questões aqui mencionadas são avaliadas em programas próprios do governo, visando ao diagnóstico da educação no país e a proposta de ações buscando a sua melhoria contínua. Em 1990, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) foi adotado como primeira iniciativa brasileira de se ter indicadores dessa natureza (COSTIN, 2010).

Através da divulgação desses resultados, algumas ações são propostas continuamente. Sob a ótica do aprendizado por parte dos alunos, Claudia Costin (2010) faz alusão a três itens de dificuldades aos quais, segundo a autora considera, é fundamental dar um tratamento mais amplo: competências de leitura e interpretação de textos, raciocínio matemático e repertório cultural.

PORDENTRODOTEMA

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As principais causas desses descompassos, de acordo com a autora, dizem respeito à formação inadequada dos professores (já mencionada), ao corporativismo na gestão escolar e aos currículos inexistentes ou genéricos demais.

O professor é valorizado mais em termos de titulação do que em termos de prática de mercado e experiência. Muito se exige em termos de formação, mas não se buscam profissionais alinhados ao que o mercado valoriza efetivamente, o que gera um grande desencontro entre a preparação para o ensino e a real necessidade dos alunos. De acordo com Castro (2010, p. 38): “Desde o início, profissões de serviço e das áreas artísticas ganharam a mesma legislação, exigindo mestres e doutores, o que foi um absurdo. O mesmo com as profissões clássicas como engenheiros, advogados e médicos”.

O que encontramos nas salas de aula são professores que conhecem profundamente as teorias e os conceitos, mas que não os aplicam na prática. Isso deixa os alunos inseguros e os professores em grandes saias justas, já que estes são questionados a dar respostas àqueles, os quais querem conhecer os resultados daquelas teorias, isto é, que precisam sair do abstrato para o real.

Desse modo, os professores tornam-se aptos a seguir o material didático e pouco ou nada usam de sua criatividade para a construção do conhecimento de seus alunos. Passam, portanto, a desenvolver a “educação bancária” identificada por Paulo Freire (1987), em sua obra A pedagogia do oprimido, segundo a qual, em sala de aula, os conceitos são depositados nos alunos que são cobrados por meio de exercícios e provas.

A grande abordagem que faz com que a educação seja efetiva e evolua com a sociedade, com o passar dos anos, está justamente na gestão das políticas educacionais. Quando falamos em educação, não temos como deixar o governo de fora: de uma forma ou de outra, as diretrizes e bases partem dele.

Mas somente o planejamento de estratégias não é suficiente para dar conta de um processo complexo como a mudança de paradigma da educação de um povo que enfrenta grandes avanços tecnológicos e de conhecimento. O acompanhamento de perto dos resultados e a mensuração destes são imprescindíveis para manter a estratégia, alterá-la ou mesmo recriá-la.

Além disso, com o mundo globalizado em que vivemos, é necessário ter cuidado para que as tecnologias estejam de acordo com o que é praticado no mundo e que estas sejam acessíveis para a população. Hoje em dia grande parte das ofertas de ensino, especialmente no campo da formação profissional (graduação, pós-graduação e afins), é oferecida de outras formas que não apenas na modalidade presencial. Nesse sentido, essas tecnologias devem ser mais factíveis para o povo brasileiro.

PORDENTRODOTEMA

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Aí se localiza um dos itens que devem receber grande parte dos incentivos por parte do governo: a educação à distância ou e-learning. Uma série de razões contribuiu para essa modalidade e continua incentivando-a como algo que veio, de fato, para ficar: as pessoas não dispõem de muito tempo livre em horários fixos, o que faz com que o e-learning seja uma saída que atende bem ao requisito flexibilidade. A nova geração de estudantes não se contenta com estar em sala de aula e aprender nos moldes tradicionais, ela quer estar conectada, interagir em tempo real de onde estiver e ter acesso ao que há de mais atual, isto é, ao que está, com certeza, na internet.

PORDENTRODOTEMA

CliqueAcesse&

Labor Educacional

• A Labor Educacional foi fundada em 1992, como uma instituição sem fins lucrativos, por uma equipe de educadores em busca de uma proposta pedagógica diferenciada que priorizasse a permanência na escola de crianças com histórico de fracasso escolar ou em processo de evasão. Por meio de parcerias e apoios técnico-financeiros de instituições governamentais e privadas, atua nas escolas públicas, introduzindo modificações na vida escolar, em harmonia com a nova legislação brasileira (LDB, PCN, etc.), que contribuem para a solução dos principais problemas da educação. Este link é interessante porque propõe formas diferentes para tratar a questão do fracasso escolar e mostra que é possível uma mobilização em termos de desenvolvimento educacional em nosso país. Além disso traz alguns artigos atuais que contribuem para o pensamento crítico e reflexivo sobre a educação.

Link: <http://www.labor.org.br/2015/>. Acesso em: 5 abr. 2014

ACOMPANHENAWEB

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CliqueAcesse&

Scielo Brasil. Artigo: “Evolução e desigualdade na educação brasileira”

• Scielo Brasil é uma biblioteca on-line que agrupa artigos de diversas áreas do conhecimento. Neste link você pode ter acesso a um estudo sobre Evolução e Desigualdade na Educação Brasileira, de Jorge Abrahão de Castro, Doutor em Ciência Econômica e pesquisador associado da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto de Pesquisa econômica Aplicada (IPEA) que trata de algumas questões trazidas neste caderno para discussão, as quais complementam o que acabamos de refletir, com alguns dados interessantes sobre a evolução da educação em nosso país.

Link: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302009000300003&script=sci_arttext>. Acesso em: 5 abr. 2014

História da Educação no Brasil – Conecta 2012

• Vídeo muito interessante que traz um apanhado sobre a evolução da educação em nosso país, bastante objetivo e, ao mesmo tempo, rico em imagens que geram a reflexão sobre como estamos caminhando com relação a este contexto de ensino aprendizagem no Brasil e que finaliza com uma grande afirmação de Paulo Freire.

Link: <http://www.youtube.com/watch?v=O0Y7AePuJ0U>. Acesso em: 5 abr. 2014.

Tempo: 2:11.

ACOMPANHENAWEB

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Instruções:Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

AGORAÉASUAVEZ

Questão 1

A educação sofreu grandes mudanças nos últimos séculos. Atualmente, com a era do conhecimento, espera-se que as pessoas tenham as respostas para todas as questões, uma vez que há muito material disponível na internet. De que forma você acredita que o uso da internet influencia nos estudos e na aquisição de conhecimento por parte dos alunos?

Questão 2

Souza (2010) enfatiza o acesso à educação como condição fundamental para que o indivíduo sinta-se inserido no contexto social. Segundo o autor, quais são os elementos fundamentais que devem ser considerados com a chegada da sociedade do conheci-mento?

a) A velocidade e o caráter universal do acesso à informação; a mutação dos padrões de consumo; o impacto dos temas políticos globais sobre a vida diária dos cidadãos e a emergência da questão ambiental a partir dos anos 1960.

b) A mutação dos padrões de consumo; o impacto dos temas políticos globais sobre a vida diária dos cidadãos; a emergência da questão ambiental a partir dos anos 1960 e a busca de respostas aos estímulos da globalização.

c) Os novos paradigmas da sociedade no novo século; a necessidade de professores mais preparados; a prática de estágios com vivências mais bem estruturadas e elaboração de um planejamento estratégico educacional.

d) A busca de respostas aos estímulos da globalização, a prática de estágios com vivências mais bem estruturadas, a ênfase na empregabilidade e elaboração de um planejamento estratégico educacional.

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AGORAÉASUAVEZ

Questão 3

Escolha a alternativa com a sequência de palavras que preenchem corretamente as lacunas do parágrafo seguinte.

“Muito se exige em termos de ______________, mas não se busca profissionais alinhados ao que o ______________ valoriza efetivamente, o que gera um grande _______________ entre a preparação para o ensino e a real necessidade dos alunos”.

a) conhecimento – contexto – desencontro.

b) formação – mercado – desencontro.

c) conhecimento – contexto – problema.

d) experiência – ambiente – impasse.

Questão 4

Considere a seguinte afirmação:

“Mas somente o planejamento de estratégias não é suficiente para dar conta de um processo complexo como a mudança de pa-radigma da educação de um povo que enfrenta grandes avanços tecnológicos e de conhecimento. O acompanhamento de perto e a mensuração de seus resultados são imprescindíveis para manter a estratégia, alterá-la ou mesmo recriá-la”.

Você concorda com a afirmação? Justifique.

Questão 5

A educação brasileira passou por muitos momentos de turbulência até chegar ao ponto em que está. Hoje temos não só uma edu-cação que consegue atingir boa parte da população do nosso país, mas também índices que mostram sempre a evolução no nú-mero de indivíduos alfabetizados. Em sua opinião, e tendo como base o que foi tratado aqui, devemos comemorar esse número?

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Neste tema, você pôde refletir sobre as grandes questões que envolvem o processo educacional brasileiro que passou e vem passando por grandes transformações advindas da era do conhecimento.

A grande reflexão proposta está relacionada ao olhar cauteloso em direção a todos os aspectos que envolvem o processo de ensino aprendizagem, em linha com as mudanças que foram obtidas com esse novo paradigma, avaliando desde as políticas públicas que embasam a educação no Brasil, passando pela forma com que os alunos aprendem, até a preparação dos professores para este novo momento.

Há que se ter uma visão sistêmica e aprofundada sobre a tríade “governo versus aluno versus professor” a fim de propor ações possíveis, que estejam aderentes aos três alicerces mencionados assim como ao contexto em que o nosso país se apresenta.

FINALIZANDO

BRASIL. O que é educação a distância? Portal do Ministério da Educação, Perguntas Frequentes, s.d. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12823:o-que-e-educacao-a-distancia&catid=355&Itemid=230>. Acesso em: 05 abr. 2014.

CASTRO, Claudio de Moura. A educação no próximo governo. In: EBOLI, Maria; FISCHER, Andre Luiz; AMORIM, Wilson Aparecido Costa de; MORAES, Fabio Cássio Costa. Educação corporativa: fundamentos, evolução e implantação de projetos. São Paulo: Atlas, 2010.

CASTRO, Jorge Abrahão de. Evolução e desigualdade na educação brasileira. Educação & Sociedade, v. 30, n. 108, pp. 673-697. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302009000300003&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 abr. 2014.

COSTA, Antonio Carlos G. da. Ser empresário: o pensamento de Norberto Oderbrecht. Rio de Janeiro: Versal, 2004.

COSTIN, Claudia. Educação básica no Brail - a necessária transformação. In: EBOLI, Maria; FISCHER, Andre Luiz; AMORIM, Wilson Aparecido Costa de; MORAES, Fabio Cássio Costa. Educação corporativa: fundamentos, evolução e implantação de projetos. São Paulo: Atlas, 2010.

REFERÊNCIAS

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EBOLI, Maria; FISCHER, Andre Luiz; AMORIM, Wilson Aparecido Costa de; MORAES, Fabio Cássio Costa. Educação corporativa: fundamentos, evolução e implantação de projetos. São Paulo: Atlas, 2010.

FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

LABOR EDUCACIONAL. Disponível em: <http://www.labor.org.br/pt-br/>. Acesso em: 05 abr. 2014.

SISTEMA FIRJAN. História da Educação no Brasil – Conecta 2012. Vídeo/YouTube, 2012. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=O0Y7AePuJ0U>. Acesso em: 05 abr. 2014.

SOUZA, Paulo Renato de. Educação, economia e sociedade: um mundo novo e uma nova educação – A sociedade do conhecimento no mundo global. In: EBOLI, Maria; FISCHER, Andre Luiz; AMORIM, Wilson Aparecido Costa de; MORAES, Fabio Cássio Costa. Educação corporativa: fundamentos, evolução e implantação de projetos. São Paulo: Atlas, 2010.

VESCE, Gabriela E. Possolli. Modelos de aprendizagem. InfoEscola, Ciências/Pedagogia, s.d. Disponível em: <http://www.infoescola.com/pedagogia/modelos-de-aprendizagem/>. Acesso em: 05 abr. 2014.

WIKIPÉDIA. Corporativismo. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Corporativismo>. Acesso em: 05 abr. 2014.

REFERÊNCIAS

Modelo de aprendizagem: “[...] podem ser definidos como maneiras ou processos pelos quais as pessoas aprendem ou constroem seus conhecimentos”. [...] “Existe uma grande variedade de correntes teóricas que visam discorrer sobre esses processos, que repercutem no desenvolvimento de práticas pedagógicas [...]” (VESCE, s.d., s.p.).

Corporativismo: é um sistema político em que “o poder legislativo é atribuído a corporações representativas dos inte-resses econômicos, industriais ou profissionais, nomeadas por intermédio de associações de classe, [...] através dos quais os cidadãos, devidamente enquadrados, participam na vida política” (WIKIPÉDIA, s.d., s.p.).

Educação à distância: “é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporal-mente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior” (BRASIL, s.d., s.p.).

GLOSSÁRIO

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GABARITOQuestão 1

Resposta: Atualmente, a internet influencia em grande medida a relação de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, o aluno não vai buscar respostas em enciclopédias, também não muito em livros; em vez disso, ele usa a internet como forma de explorar as possibilidades e estruturar seu conhecimento. Também realiza trocas on-line com seus colegas, participa de fóruns e discussões e interage com os professores. Portanto, se bem utilizada, é uma ferramenta que gera grandes reflexões e que, de fato, agrega novos conhecimentos.

Questão 2

Resposta: Alternativa A.

Souza enfatiza quatro elementos que passaram a ter profundo impacto na educação com a chegada da sociedade do conhecimento; são eles: a velocidade e o caráter universal do acesso à informação; a mutação dos padrões de consumo; o impacto dos temas políticos globais sobre a vida diária dos cidadãos e a emergência da questão ambiental a partir dos anos 1960.

Questão 3

Resposta: Alternativa B: formação – mercado – desencontro.

Atualmente exigem-se professores com boa formação acadêmica, ainda que todo o conhecimento deles não vá ser utilizado em sala e mesmo que o mercado que regula essas questões objetive a empregabilidade. Caso essas duas questões não estejam equilibradas, há um grande desencontro entre a preparação do ensino e a real necessidade dos alunos.

Questão 4

Resposta: A mensuração dos resultados de um planejamento é condição fundamental para que ele seja avaliado e para que, se necessário, sejam feitos ajustes e correções a fim de que cada vez mais se atenda ao objetivo proposto inicialmente. Rever, alterar e recriar são ações que fazem parte de um processo bem-feito de planejamento, desde que os riscos tenham sido mapeados e que as novas ações estejam alinhadas à estratégia.

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Questão 5

Resposta: De certa forma, é preciso, sim, comemorar esse número de indivíduos alfabetizados em nosso país. No entanto, não podemos nos acomodar com o fato de a educação já ter sido levada para a maior parte da população brasileira. O Brasil, por uma série de questões que envolvem desde distribuição geográfica até interesses políticos, fica numa briga constante entre o que é o melhor para a população e o que vai trazer mais rapidamente os resultados aos governantes. Por isso, pessoas críticas, que querem fazer a diferença, são fundamentais para implementação de políticas que tratem da nossa realidade.