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1 de 81 Número 01 de 2016 Salvador/BA, 29 de janeiro de 2016. EDITORIAL Prezados colegas, Com grande satisfação apresentamos a 1ª Edição do Boletim Informativo de 2016 do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Criança e do Adolescente - CAOCA, disponibilizando a atualização necessária, através da sistematização de material técnico-jurídico, para subsidiá-los nas atuações em prol da garantia dos direitos das crianças e adolescentes. O boletim contém notícias do Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Câmara dos Deputados, Senado Federal, dentre outras, além de entrevista, artigos e publicações, eventos, modelos de peças, jurisprudência e alterações legislativas em nossa área de atuação. Reafirmo a importância da participação dos Promotores e Procuradores, através do envio de minutas produzidas, a fim de que possamos, cada vez mais, buscar alinhamento em nossa atuação, contribuindo, desta forma, com a proteção integral das crianças e adolescentes e com o maior intercâmbio de conhecimento. Espero seja feita uma aprazível leitura do nosso Boletim, além do encaminhamento não só de suas peças processuais produzidas, mas também das críticas e sugestões para o aprimoramento do nosso periódico. Cordialmente, Márcia Luzia Guedes de Lima Procuradora de Justiça Coordenadora do CAOCA EQUIPE TÉCNICA: Alina Oliveira Cristiano Pinto Erica Oliveira

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Número 01 de 2016 Salvador/BA, 29 de janeiro de 2016.

EDITORIAL

Prezados colegas,

Com grande satisfação apresentamos a 1ª Edição do Boletim Informativo de 2016 do Centro de

Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Criança e do Adolescente - CAOCA,

disponibilizando a atualização necessária, através da sistematização de material técnico-jurídico,

para subsidiá-los nas atuações em prol da garantia dos direitos das crianças e adolescentes.

O boletim contém notícias do Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Nacional de

Justiça, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Câmara dos Deputados, Senado

Federal, dentre outras, além de entrevista, artigos e publicações, eventos, modelos de peças,

jurisprudência e alterações legislativas em nossa área de atuação.

Reafirmo a importância da participação dos Promotores e Procuradores, através do envio de

minutas produzidas, a fim de que possamos, cada vez mais, buscar alinhamento em nossa atuação,

contribuindo, desta forma, com a proteção integral das crianças e adolescentes e com o maior

intercâmbio de conhecimento.

Espero seja feita uma aprazível leitura do nosso Boletim, além do encaminhamento não só de suas

peças processuais produzidas, mas também das críticas e sugestões para o aprimoramento do nosso

periódico.

Cordialmente,

Márcia Luzia Guedes de Lima

Procuradora de Justiça Coordenadora do CAOCA

EQUIPE TÉCNICA: Alina Oliveira

Cristiano Pinto

Erica Oliveira

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ÍNDICE

Notícias

Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (CAOCA)

CAOCA inicia distribuição da “Cartilha Educativa Fundo dos Direitos da Criança

e do Adolescente” 06

CAOCA recebe comunicação da posse do novo colegiado do CMDCA de

Salvador 07

CAOCA divulga Boletim e Estudo realizados no âmbito da Infância

e Juventude 08

MP e SSP reforçarão parceria na defesa de crianças e adolescentes 08

CAOCA cria link/banner para as ações alusivas ao carnaval de Salvador 09

Carnaval: MP terá plantão nas áreas da infância e juventude, da mulher e

população LGBT 09

CAOCA participa, no dia 28 de janeiro, do lançamento da campanha

“Carnaval Consciente, Trabalho Decente” 11

CAOCA divulga quantitativo atualizado de vagas nas unidades de

atendimento socioeducativo, disponibilizado pela FUNDAC 12

CAOCA acompanha a evolução do índice de denúncias oriundas do Disque 100 15

Promotorias de Justiça da Capital

Ministério Público fiscaliza eleição do Conselho Tutelar de Salvador 16

6ª PJIJ comunica a instauração de inquéritos civis ao CAOCA 16

3ª Promotoria da Infância e Juventude da Capital promove reunião com

a SEMPS e SAPS para discutir sobre as ações para o Carnaval de 2015 17

Promotorias de Justiça do Interior

Encontro reúne conselheiros tutelares de 14 municípios em Jacobina 17

Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)

CIJ/CNMP procura parceira com o MP Procon 18

CNMP recebe audiência da CPI do assassinato de jovens 19

CIJ/CNMP participa de oficina sobre combate a doenças transmitidas pelo

Aedes Aegypti 20

Proposta recomenda que Ministério Público deve priorizar casos de alienação

parental 22

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MP tem seis meses para enviar relatórios de inspeções em unidades

de internação de menores 23

Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Juiz do TJBA será advertido por irregularidades em processo de adoção 24

Projeto de apadrinhamento em três modalidades auxilia 300 crianças no RJ 25

CNJ Serviço: como proceder para entregar uma criança à adoção 27

Livro personalizado auxilia no processo de adoção internacional 28

Supremo Tribunal Federal (STF)

Decisão garante a extratitanda chinesa direito de cuidar de filhos menores 29

Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Prêmio Innovare contemplou três iniciativas na área da infância e juventude

em categorias distintas 30

STJ julgará outra vez pedido do INSS para ser ressarcido do dinheiro de pen-

são paga a filhos de mulher morta pelo ex-marido 32

Pensão por morte: Adiado julgamento em que INSS contesta benefícios a

menores sob a guarda de avós 33

Sexta Turma: submissão de menor a prostituição não coação para configurar

crime 34

Abandono afetivo: Ministros recomendam cautela no julgamento 35

Paternidade: Pensão alimentícia é devida a partir da citação no processo,

independente da maior idade civil 37

Em caso de separação, guarda compartilhada protege melhor interesse

da criança 39

Tribunais de Justiça Estaduais (TJs)

Pernambuco estreia videoconferência em processo de adoção internacional 40

Campanha no ES esclarece mães sobre a entrega de bebes para adoção 41

Câmara dos Deputados

Juízes podem ser obrigados a consultar cadastro de crianças antes de decidir

sobre adoção 42

Comissões debatem implantação de berçários e creches em presídios

femininos 43

Instituto cria site para apoiar projeto que disciplina a publicidade infantil no país 44

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Comissão aprova direito a duas pausas diárias para trabalhadora alimentar Filho 45

Comissão aprova novas prioridades para adoção de crianças 45 Comissão aprova pensão especial a filhos que foram afastados de pais com

hanseníase 46 Câmara rejeita regra sobre destinação de recursos para conselhos da criança

e do adolescente 47 Projeto quer dificultar acesso de menores de idade a conteúdos inadequados

na internet 48

Senado Federal

Simone Tebet propõe ação nacional contra a prostituição infantil e a pedofilia 49

Projeto proíbe revista vexatória de visitante de jovem infrator internado 50

Licença mais longa para mães de prematuros é aprovada no Sanado 55

Senadores debatem atuação do Ministério Público em casos de homicídios

contra jovens 56

Projeto determina perda de bens usados em exploração sexual de menores 36

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDHPR)

Adoção internacional de crianças pela Convenção de Haia aplica-se apenas

a países ratificantes 57

Secretário nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente

participa de debate sobre prevenção à exploração sexual nas Olímpiadas de

2016 59

Encontro pela Absoluta Prioridade da Criança e do Adolescente termina

com clamor por novos avanços e combate a retrocessos 60

Secretaria de Direitos Humanos debate normas de referência para atendimento

socioeducativo 61

Secretaria de Direitos Humanos prorroga prazo para municípios preencherem

Cadastro Nacional dos Conselhos Tutelares 62

Conanda publica resolução para diminuir medicação em crianças

e adolescentes 63

Novos conselheiros tutelares tomam posse em quase todo o país 64

“Novos conselheiros tutelares vão ajudar no enfrentamento à cultura

de violência no Brasil”, diz secretário 65

Secretaria de Direitos Humanos lança Campanha de Enfrentamento

da Violência Contra Criança e o Adolescente no Carnaval 66

Cartilha orienta brasileiros no exterior sobre disputa de guarda e subtração

internacional de crianças 67

Outras Notícias

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Projeto regulamenta escuta adequada de crianças e adolescentes vítimas de violência 68

Fundac participa da I Feira de Aprendizagem da Bahia 69

Praça da Calçada, Largo do Tanque e Conselho Tutelar são entregues 70

Estudantes da UFBA e Coletivo Hip Hop Pixote realizam ações na Fundac 71

Fundac divulga novo Termo de Referência para contratação emergencial de

Entidades sem Fins Lucrativos 72

Prefeitura de Bom Jesus da Lapa habilita cinco novos conselheiros tutelares 72

Coaraci: novos conselheiros tomam posse 73

Novos conselheiros tutelares de Salvador eleitos foram empossados 74

Teixeira de Freitas – DPE participa da posse de conselheiros tutelares 74

Novos conselheiros tutelares foram nomeados em Una/BA 75

Juazeiro – Defensoria vai participar da capacitação de conselheiros tutelares

recém-empossados 76

Em três anos, Brasil tem 161 casos de disputa internacional de crianças 77

Case Cia realiza 8º Campeonato de Futebol Society 78

O indiano Kailash Satyarthi, Nobel da Paz pelo combate ao trabalho infantil,

faz palestras em São Paulo e Brasília 79

Publicações Externas

Dez razões para criança não trabalhar (FETIPA-BA) 80

Poesia “O Trabalho Infantil” (FETIPA-BA) 81

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NOTÍCIAS

_____________________________________________________________________

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

(CAOCA)

CAOCA inicia distribuição da “Cartilha Educativa Fundo dos Direitos da

Criança e do Adolescente”

07/01/2015

Foi iniciada a distribuição da “Cartilha

Educativa Fundo dos Direitos da Criança

e do Adolescente”, com o envio de

exemplares às Promotorias de Justiça

da Infância e Juventude, localizadas na

capital e interior do Estado, bem como

para os Centros de Apoio Operacional

da Infância e Juventude dos demais

Ministérios Públicos Estaduais, e demais

órgãos integrantes do sistema de

garantia de direitos.

O manual é um fundamental instrumento

para o desenvolvimento das ações do

Programa Infância em 1º Lugar,

especialmente para o aperfeiçoamento

dos Projetos Fortalecimento de

Conselhos e Orçamento Criança.

Para o desenvolvimento do conteúdo e produção, foi firmada importante parceria

decorrente de convênio celebrado entre o Ministério Público do Estado da Bahia - MPBA,

Instituto Direito e Cidadania – IDC, Fundação Odebrecht e Conselho Regional de

Contabilidade da Bahia – CRCBA, com o objetivo de cooperar e contribuir com o país que

desejamos.

Como uma das ações do mencionado Programa, que conta com 185 adesões de

municípios, a presente Cartilha tem por finalidade orientar os Promotores de Justiça,

Prefeitos, Vereadores, Gestores dos Fundos, Conselheiros de Direitos e Tutelares,

Doadores (pessoas físicas ou jurídicas) e sociedade em geral a conhecer os mecanismos

para a implantação e implementação dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente

– Fundos DCA.

Cumpre esclarecer, por fim, que a Cartilha não se restringe ao conteúdo nela constante.

Caso subsista alguma dúvida ou sugestão, deve ser enviada ao e-mail do CAOCA

([email protected]), contribuindo, assim, para o aprimoramento das próximas edições.

Fonte: CAOCA

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CAOCA recebe comunicação da posse do novo colegiado

do CMDCA de Salvador 13/01/2016

O Presidente do Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente –

CMDCA, Rodrigo Alves da Silva,

comunicou a este Centro de Apoio

Operacional a posse dos novos

Conselheiros Tutelares de Salvador,

referente ao Quadriênio 2016-2019,

publicada no Diário Oficial do Município do

dia 12/01/2016.

Os 90 conselheiros tutelares eleitos, foram

empossados no último dia 10 de janeiro,

em cerimônia realizada na Fundação

Visconde de Cairu, no bairro dos Barris.

“Desejo boa sorte e peço todo empenho e comprometimento para, juntos, garantirmos os

direitos das crianças e adolescentes de Salvador", afirmou o secretário de Promoção

Social, Bruno Reis, em discurso durante a solenidade.

Com o intuito de cumprir as diretrizes estabelecidas no artigo 227 da Constituição Federal

de 1988, foi criado o Conselho Tutelar. Órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,

encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos

adolescentes assegurados pelo artigo 131 da Lei Federal nº 8.069/90 (Estatuto da Criança

e do Adolescente).

O Conselheiro Tutelar exerce, sem dúvida, uma política de atendimento voltada à criança e

ao adolescente para fins específicos, em face da natureza e função do cargo ser

equiparadas a de um servidor público, mas não vinculado ao regime estatutário ou

celetista.

Sua função precípua é zelar para que as crianças e os adolescentes tenham acesso

efetivo aos seus direitos, ou seja, sua finalidade é fiscalizar se a família, a comunidade, a

sociedade e o poder público estão assegurando com absoluta prioridade a efetivação

desses direitos.

Cabe a Lei municipal estabelecer os direitos sociais dos conselheiros a exemplo de férias,

licenças (maternidade e paternidade), enfim, direitos assegurados com fulcro na

Constituição Federal de 1988. Para conhecer a relação completa dos Conselhos

Tutelares, conselheiros eleitos, endereço, telefones e área de atuação, acesse o site do

CMDCA.

Fonte: CAOCA

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CAOCA divulga Boletim e Estudo realizados no âmbito da

Infância e Juventude

25/01/2016

O Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente, objetivando oferecer

atualização doutrinária, jurisprudencial e estatística no seu campo de atuação,

disponibilizou em sua página, no site do Ministério Público, Proposta de Diretrizes para

uma Política Nacional de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, elaborada pelo

CHAME - Centro Humanitário de Apoio à Mulher, bem como Estudo Comparativo sobre

Violência Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes, desenvolvido pelo Programa

Steppings Stones, ambos disponíveis para acesso nos seguintes links abaixo:

Proposta de Diretrizes para uma Política Nacional de Direitos Humanos da Criança e do

Adolescente;

Estudo Comparativo sobre Processos de Políticas, Planos e Leis Nacionais sobre

Violência Sexual Comercial e Tráfico de Crianças e Adolescentes em cinco países da

América do Sul.

Fonte: CAOCA

MP e SSP reforçarão parceria na defesa de crianças

e adolescentes

27/01/2016

O Ministério Público do Estado da Bahia

e a Secretaria de Segurança Pública

(SSP) reforçarão a parceria

interinstitucional na defesa de crianças

e adolescentes em todo o Estado, em

especial nas áreas de educação e de

prevenção e combate aos atos

infracionais.

A definição foi feita em reunião

realizada no último dia 27, na sede do

MP, com o objetivo de definir medidas

que permitam uma maior articulação

entre as instituições na atuação durante

o carnaval, em especial na questão das

crianças e adolescentes envolvidos em atos infracionais durante a festa.

Na reunião, foram discutidas questões relacionadas ao acolhimento dos autores de ato

infracional, a utilização das redes sociais para fins criminosos, o papel e a

responsabilidade da família e a importância das escolas. Ficou acertado que o Ministério

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Público, através das áreas de defesa da educação e da infância e juventude, buscará

chamar a atenção dos pais sobre a responsabilização quanto à ausência de seus filhos na

escola.

A medida busca garantir que as crianças e adolescentes continuem estudando e não

sejam “recrutados” pelo crime. Além disso, através do “Projeto Nucciber”, buscará

conscientizar e alertar os jovens quanto ao monitoramento, pelas áreas de inteligência do

MP e da SSP, de postagens relacionadas ao crime.

A reunião teve a participação da Procuradora de Justiça Márcia Guedes, Coordenadora do

Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca), do Promotor de Justiça

Fabrício Patury, Coordenador do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (Nucciber),

e da Chefe de Gabinete da SSP, Gabriela Macedo.

Fonte: Cecom/MP

CAOCA cria link/banner para as ações alusivas ao carnaval

de Salvador

27/01/2016

Objetivando facilitar o desenvolvimento

das ações de proteção às crianças e

adolescentes durante o período do

carnaval 2016, o CAOCA criou, mais

uma vez, banner de internet, no qual foi

inserida a relação dos órgãos públicos

de plantão durante o festejo momesco

na capital.

Nessa relação consta, inclusive, a

Promotoria de Justiça da Infância e

Juventude, com os horários e locais de atendimento, telefones para contato e pessoal

designado. Clique na imagem do banner acima para acessar a relação completa das

instituições.

Fonte: CAOCA

Carnaval: MP terá plantão nas áreas da infância e juventude, da mulher

e população LGBT

27/01/2016

O Ministério Público Estadual disponibilizará durante o período do Carnaval, de 5 a 10 de

fevereiro, serviços de plantão nas áreas da criança e do adolescente e de proteção aos

direitos das mulheres e da população LGBT. Servidores e Promotores de Justiça do Grupo

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de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem) e da Promotoria de Justiça da Infância

e Juventude da capital farão atendimento nos próprios circuitos carnavalescos, no caso do

Gedem, e em unidades próprias dos órgãos.

A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude prestará atendimento das 10h às 13h, no

Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional, localizado na

Avenida Bonocô, para onde deverão ser encaminhados os adolescentes e respectivos

boletins de ocorrências ou auto de apreensão de flagrante. Para este serviço, estarão de

plantão os Promotores de Justiça Evandro Luís Santos de Jesus, nos dias 6, 9 e 10 de

fevereiro; e Luscínia de Almeida e Queiroz, nos dias 5, 7 e 8 do mês.

O atendimento não infracional extrajudicial funcionará somente para casos de urgência, em

mesmo horário e local, por meio da promotora de Justiça Isabel Adelaide de Andrade

Moura, durante todo o Carnaval. Também estarão de plantão seis servidores, três deles do

Serviço de Apoio Psicossocial (Saps). O telefone do Centro é 3382-6505.

Também durante o Carnaval, serão distribuídos 20.000 (vinte mil) panfletos da campanha

de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes do MP, “Proteger a

Infância: um dever de todos nós”, na praça de pedágio da Concessionária Litoral Norte

(CLN). A distribuição do material publicitário é resultado de uma parceria entre a empresa o

MP baiano.

Com a campanha de combate à violência doméstica, “A Paz do Mundo Começa em Casa”,

o Gedem estará nos próprios circuitos momescos realizando inspeções nos equipamentos

da rede de atenção à mulher e à população LGBT. Das 8h às 22h, durante todo o período

carnavalesco, 15 servidores do grupo estarão nas ruas distribuídos em três turmas. O

grupo integra o Observatório do Carnaval, coordenado pela Prefeitura Municipal, por meio

da Secretaria Municipal da Reparação (Semur).

O atendimento de plantão também funcionará presencialmente na sede do Gedem, das 9

às 14h, localizada na Rua Arquimedes Gonçalves, 142, Jardim Baiano, bairro de Nazaré, e

por meio do telefone 3321-1949. Em parceria com o Grupo de Atuação Especial de

Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhis), o Gedem também

participa de campanha de combate ao racismo.

Segundo a coordenadora do grupo, Márcia Teixeira, os observadores ficarão atentos a

práticas discriminatórias raciais e de gênero, de trabalho infantil, entre outras, que deverão

ser enviadas às instituições integrantes do Sistema de Justiça. Denúncias podem ser

realizadas pelo número 986225494 do aplicativo WhatsApp, disponibilizado pelo

Observatório.

Fonte: Cecom/MP

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CAOCA participa, no dia 28 de janeiro, do lançamento da Campanha

“Carnaval Consciente, Trabalho Decente”

28/01/2016

A Organização Internacional do Trabalho

(OIT) em parceria com o Ministério Público

do Trabalho promoveu evento no último dia

28 de janeiro, às 17h no Pereira Café,

situado no 3º piso do Shopping da Bahia,

para lançamento da Campanha “Carnaval

Consciente, Trabalho descente”.

A campanha informa e sensibiliza sobre a

importância do trabalho decente durante o

carnaval, realizado em condições dignas e

sem qualquer tipo de discriminação, com

respeito aos direitos, à proteção social e à

liberdade de organização e de negociação

coletiva.

O foco das peças da campanha são cordeiros/as (trabalhadores responsáveis por delimitar

com cordas os espaços aos associados dos blocos), catadores/as de resíduos sólidos e

vendedores/as ambulantes, além da prevenção e o combate ao trabalho infantil e à

exploração sexual de crianças e adolescente.

Além da OIT e do MPT, estão diretamente envolvidos os Ministérios do Trabalho e

Previdência Social e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Governo do Estado

da Bahia e a Prefeitura Municipal de Salvador – além de organizações de empregadores e

de trabalhadores, Humanizar e o Shopping da Bahia.

O CAOCA esteve presente no evento, representado por sua Coordenadora Márcia

Guedes, que, em seu pronunciamento, reafirmou a importância da Campanha, para

sensibilizar, cada vez mais, a sociedade sobre a necessidade do trabalho descente.

O lançamento contou, ainda, com a presença do Diretor do Escritório da OIT no Brasil,

Peter Poschen; o Secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia,

Álvaro Gomes; o Procurador Chefe do Ministério Público do Trabalho da Bahia, Alberto

Balazeiro; o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego na Bahia, José Maria Dutra;

representante do Sindicato dos Cordeiros do Estado da Bahia (SINDICORDA), Matias

Silva, além de autoridades da Prefeitura Municipal de Salvador.

A campanha “Carnaval Consciente, Trabalho Decente” trata-se de ação de um projeto

piloto da OIT para a promoção do trabalho decente em grandes eventos, realizado em

parceria com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, representado pela

Superintendência Regional de Trabalho e Emprego do Estado da Bahia (SRTE-BA), o

Ministério Público do Trabalho, por intermédio da Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª

Região (PRT-5), o Governo do Estado da Bahia, a Prefeitura Municipal de Salvador e

organizações de empregadores e de trabalhadores.

Fonte: MPT-BA/Ascom/CAOCA

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CAOCA divulga quantitativo atualizado de vagas nas unidades de atendimento socioeducativo, disponibilizado pela FUNDAC

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CAOCA acompanha a evolução do índice de denúncias oriundas

do disque 100

Segundo o CAOCA, durante o mês de janeiro, foram recebidas através do Sistema de

Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e Atendimento (SONDHA), por meio do DISQUE

100, 978 denúncias de violação dos direitos de crianças e adolescentes no Estado da

Bahia. Conheça os municípios baianos de maior incidência de casos de violação no gráfico

abaixo:

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PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DA CAPITAL (PJs)

Ministério Público fiscaliza eleição do Conselho Tutelar

de Salvador

06/12/2015

O Ministério Público Estadual, por meio

dos Promotores de Justiça Andréa

Ariadna Correia e Evandro Luiz de

Jesus, atuaram na fiscalização da

eleição dos 180 novos conselheiros

tutelares de Salvador, os quais exercerão

o cargo de 2016 a 2019.

A fiscalização da votação, que aconteceu

em 56 escolas da cidade, teve o apoio de

27 servidores do Ministério Público, 14

veículos e 16 policiais da Assistência

Militar. A apuração do resultado da

eleição foi realizada na sede da

Secretaria Municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (Semps), situada

no Comércio, também com o acompanhamento dos Promotores.

A eleição dos conselheiros tutelares foi feita através de pleito popular, por meio do voto

direto, secreto e facultativo dos eleitores maiores de 16 anos. Os conselheiros eleitos

trabalharão em regime de dedicação exclusiva, por 40h semanais, com atendimento de 8h

às 18h.

Fonte: Cecom/MP

6ª PJIJ comunica a instauração de inquéritos civis ao CAOCA

25/01/2016

O Promotor de Justiça Carlos Martheo Crosué Guanaes Gomes, Titular da 6ª PJIJ,

comunicou ao CAOCA a conversão de dois procedimentos preparatórios em inquéritos

civis. Um deles objetiva investigar a regularidade do acesso de crianças e adolescentes ao

“Programa de Tratamento Fora do Domicilio (TFD)”, vinculado a Secretaria de Saúde do

Estado da Bahia (SESAB) e o outro para apurar suposta dispensa do “fornecimento de

fórmulas infantis” a crianças e adolescentes pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Fonte: CAOCA

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3ª Promotoria da Infância e Juventude da Capital promove reunião com a

SEMPS e SAPS para discutir sobre as ações para o Carnaval 2016.

28/01/2016

No dia 28 de janeiro de 2016, a 3ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, com

atribuição em Direitos Difusos na Capital, promoveu reunião com a SEMPS, contando com

a participação do SAPS, em sua sede, em Nazaré, onde foram discutidas as ações

voltadas para a garantia dos direitos das crianças e adolescentes no circuito do Carnaval

2016.

Na oportunidade, o tema “rede de acolhimento” foi destaque, tendo a SEMPS informado

que os centros de convivência estarão prontos para recepcionar as demandas do carnaval

a partir do dia 04/02/12, às 12h, apresentado, inclusive, organograma com a estrutura que

será oferecida.

No tocante ao combate ao trabalho infantil, caberá ao SEMOP a fiscalização no circuito e a

grupamentos da Guarda Municipal, a realização de trabalho de sensibilização junto aos

pais dessas crianças e adolescentes. A SEMPS informou que disponibilizará os telefones

dos postos de plantões a partir de segunda-feira (01/02/16).

Por fim, a SEMPS noticiou sobre o andamento da estruturação das sedes dos Conselhos

Tutelares de Salvador, esclarecendo que apenas a localizada no bairro de Valéria ainda

não foi reformada, em razão de problema no processo administrativo.

Fonte: CAOCA

________________________________________________________________________

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DO INTERIOR (PJs)

Encontro reúne conselheiros tutelares de 14 municípios

em Jacobina

12/01/2016

O Ministério Público Estadual

promoveu no último dia 12, o evento

‘Diálogo com os Conselhos Tutelares’,

que reuniu conselheiros tutelares e

suplentes eleitos na primeira eleição

nacional unificada, que ocorreu em

outubro de 2015, dos municípios de

Piritiba, Quixabeira, Mirangaba, Capim

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Grosso, Miguel Calmon, Serrolândia, São José do Jacuípe, Jacobina, Umburanas,

Ourolândia, Caém, Várzea Nova, Caldeirão Grande e Saúde.

O curso, que aconteceu no auditório do Centro Cultural do Município de Jacobina, foi

coordenado pela Promotora de Justiça Rocio Garcia Matos, e contou com a participação

dos Promotores de Justiça Pablo Almeida e Milena Moreschi.

Foram discutidos temas como ‘Estrutura, funcionamento dos Conselhos Tutelares e

atribuições dos conselheiros’; ‘Funcionamento e atuação dos Centros de Referência de

Assistência Social (CRAS) nos casos de violação dos direitos infanto-juvenis’;

‘Funcionamento e atuação do Centro de Referência Especializado de Assistência Social

(Creas); e ‘Acolhimento institucional’.

“Esse curso é importante para a formação dos conselheiros tutelares e suplentes, pois a

maioria absoluta deles não possui experiência na área”, destacou o promotor de Justiça

Pablo Almeida. No final da tarde foram estudados casos práticos existentes nas

Promotorias de Justiça da Infância. Os conselheiros tutelares que participaram do curso

tomaram posse no dia 10 deste mês, para um mandato de quatro anos.

Fonte: Cecom/MP

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CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP)

CIJ/CNMP procura parceria com o MP Procon

15/12/2015

No dia 15 de dezembro, o Promotor de

Justiça Gualberto Bezerra, do Ministério

Público do Estado da Paraíba (MP/PB),

apresentou à Vice-Procuradora-Geral da

República Ela Wiecko o Planejamento

Estratégico do Programa de Proteção e

Defesa do Consumidor do Ministério Público

da Paraíba – MP Procon.

O documento busca alinhar sua atuação com

o Sistema Nacional de Defesa e Proteção do

Consumidor (SNDPC), primando pela observância da Doutrina da Segurança Humana

que preza a proteção integral do ser humano, considerando o desenvolvimento das

novas formas de relações interpessoais.

O modelo de mapeamento de competências apresentado propõe a articulação e

interação de seus integrantes com diversos órgãos e instituições e diferentes parcelas da

sociedade, nos seguintes eixos: segurança econômica; segurança ambiental; segurança

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alimentar; segurança em saúde; e segurança cibernética.

O conselheiro Walter Agra, presidente da Comissão da Infância e Juventude (CIJ),

destacou a atuação prioritária da CIJ na defesa e promoção dos direitos da criança e do

adolescente, e, em especial no que tange à segurança cibernética, buscará a realização

de projetos em parceria com o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do

Ministério Público da Paraíba – MP Procon para mobilização do Sistema de Justiça e da

sociedade civil pela efetiva observância dos direitos de crianças e adolescentes na

internet.

Fonte: CNMP

CNMP recebe audiência da CPI do assassinato

de jovens

16/12/2015

No dia 16 de dezembro, no Plenário do

Conselho Nacional do Ministério Público

(CNMP), foi realizada audiência pública

para debater o assassinato de jovens

no Brasil. O evento, promovido pela

Comissão Parlamentar do Senado

Federal de Inquérito do Assassinato de

Jovens, abordou, principalmente, a

atuação do Ministério Público como

órgão de controle externo da atividade

policial.

Compuseram a mesa os seguintes nomes: os senadores Lindberg Farias e Lídice da

Mata; os conselheiros do CNMP Fábio George Cruz da Nóbrega, Valter Shuenquener,

Antônio Duarte, Gustavo do Vale Rocha e Esdras Dantas de Souza; o procurador-geral

de Justiça Militar Marcelo Weitzel; da representante do Fórum Brasileiro de Segurança

Pública Olaya Hanashiro; da representante da Anistia Internacional Renata Neder; e dos

professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Luiz Eduardo Soares e

Ignácio Cano.

O evento foi aberto pela senadora Lídice da Mata e conduzido pelo senador Lindberg

Farias, autor da referida CPI. O parlamentar deixou claro que o caminho para a redução

do assassinato de jovens passa por uma união de forças, sendo uma delas o Ministério

Público. “Queremos fazer uma parceria com os senhores aqui e nos estados. O mais

importante é tentarmos construir uma estratégia conjunta de trabalho”, afirmou . A fala foi

corroborada por Luiz Eduardo Soares, que vê o MP como portador “de instrumento,

recurso e autoridade para intervir imediatamente e reduzir este processo que qualifico

como genocídio de jovens brasileiros”.

Tema muito debatido no evento foi a atuação do Ministério Público no controle externo

da atividade policial. Presidente da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da

Atividade Policial e Segurança Pública (CSP) do CNMP, Antônio Duarte falou muito

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sobre o trabalho da comissão e a colocou à disposição para ajudar a CPI. “A posição do

Conselho será a de continuar fazendo um esforço para vencer esse monstro que é a

violência”, disse. O conselheiro ainda destacou que o ideal seria que o MP participasse

da formulação de políticas de prevenção criminal. Também membro da CSP, Fábio

George Cruz da Nóbrega foi outro a afirmar que o trabalho da comissão é importante

para o combate à violência.

Para o professor Ignácio Cano, outra boa ideia seria encorajar as unidades do Ministério

Público a criarem grupos que tratassem de controle externo da atividade policial com

competência específica para atuar nos casos de mortes decorrentes de intervenção

policial. Além disso, Cano vê como fundamental a criação de metas de redução da

letalidade policial por parte dos MPs estaduais. Neste contexto, o conselheiro Esdras

Dantas de Souza aproveitou para dizer que a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança

Pública (Enasp), presidida por ele, considerará traçar metas para que seja melhorado o

desempenho das investigações de crimes contra jovens.

Racismo

Foi consenso entre os presentes que a cultura racista é outro inimigo a ser enfrentado

para que menos jovens sejam mortos. Segundo Olaya Hanashiro, no Brasil, a chance de

um negro ser assassinado é mais de duas vezes maior que a de um branco. Trazendo

dados do Rio de Janeiro, Renata Neder falou que a típica vítima da letalidade policial é o

rapaz negro.

Força-tarefa

Entre as sugestões e encaminhamentos debatidos, a mais destacada foi uma ideia de

Renata Neder: a criação de uma força-tarefa dentro do Ministério Público; seria um grupo

de trabalho dedicado aos casos de homicídio decorrentes de intervenção policial.

“Esta força-tarefa serviria para investigação e responsabilização dos casos que estão em

aberto. É preciso também a criação de comissões de controle externo nos estados. Os

trabalhos devem caminhar juntos”, disse Neder.

Fonte: CNMP

CIJ/CNMP participa de oficina sobre combate a doenças transmitidas

pelo Aedes Aegypti

16/12/2015

O membro auxiliar da Comissão da Infância

e Juventude do Conselho Nacional do

Ministério Público (CIJ/CNMP) José Augusto

Peres participou de oficina técnica de

trabalho para unir forças na atuação do MP

no combate à tríplice epidemia (dengue,

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chicungunya e zika) transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O evento ocorreu no dia 15

de dezembro, na Procuradoria-Geral de Justiça do Estado da Paraíba. O CNMP foi

colher subsídios para a proposição de eventuais iniciativas junto às unidades do

Ministério Público no combate às doenças.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da

Saúde (Caopda Saúde), Promotora Paula Camillo Amorim, abriu os trabalhos e falou da

preocupação do Ministério Público com o momento crítico que envolve o país e

principalmente o estado, com relação à gravidade de casos de microcefalia (malformação

cerebral) em recém-nascidos que podem estar relacionados à infecção pelo zika vírus,

que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. “Estamos unindo forças junto com a

Secretaria estadual de Saúde para garantir o acompanhamento às mulheres grávidas

que contraíram o vírus e paralelamente atuar urgentemente no combate ao vetor da

doença”, explicou a promotora. Ela informando que enviou material de apoio, de

informação e divulgação para todas os gestores municipais e estaduais de Saúde.

Por sua vez, o Subprocurador Valberto Lira, que estava à frente da Procuradoria-Geral

de Justiça em virtude de o Procurador Bertrand Asfora se encontrar em atividades fora

do Estado, falou sobre a importância do trabalho em equipe. “O trabalho em equipe é de

suma importância para o combate dessa praga que atormenta a população, e nós do

Ministério Público somos obrigados a enfrentar essa batalha, não tenham receio em nos

procurar, estaremos de portas abertas para atendêlos”.

Em seguida, o representante da Gerência Executiva de Vigilância do Estado da Paraíba,

o técnico Luiz Almeida. abordou o tema “Um combate ao mosquito Aedes aegypti”

relatando sobre as diretrizes para o Controle Vetorial no Estado da Paraíba. Logo após, a

gerente executiva de Atenção à Saúde do Estado da Paraíba, Patrícia Melo Assunção

falou sobre a situação Epidemiológica da Microcefalia e Protocolo Assistencial no

Estado. Segundo ela a Secretaria tem realizado ações constantes em parceria com os

municípios, além do chamamento da sociedade para evitar o desenvolvimento desse

mosquito.

“Desde agosto estamos avaliando esses casos e estamos pesquisando, mas o agente

causador desse caso ainda não está definido”, disse Patrícia, informando ainda que a

Saúde Etadual tem trabalhado para fazer as triagens das gestantes e dos bebês, além de

garantir o atendimento na Rede de Atenção do Estado, tanto para a assistência, como

para investigação. “Estamos com 316 casos de suspeitas de microcefalia notificados e

estão sendo investigados nos serviços de referências, através de exames de imagem e

sorologia, desde total 40 já foram investigados e foram descartados e o Ministério

Público estadual vai ajudar junto à sociedade, tanto no combate, como na assistência na

rede SUS para as mães e bebês” finalizou.

Além do conselheiro José Augusto Peres, participaram da abertura da oficina o

secretário-geral do MP/PB, João Arlindo Corrêa Neto, e o diretor-técnico do Hospital

Arlinda Marques, Fabiano Alexandria.

Fonte: CNMP

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Proposta recomenda que Ministério Público deve priorizar casos

de alienação parental

29/12/2015

O Ministério Público brasileiro deve dar

prioridade aos casos de crianças e

adolescentes vítimas de alienação parental.

Proposta de recomendação nesse sentido foi

apresentada pelo conselheiro Walter Agra

(foto) no 15 de dezembro, durante a 23ª

Sessão Ordinária de 2015 do Conselho

Nacional do Ministério Público (CNMP). O

relator da proposição é o conselheiro

Leonardo Carvalho.

A proposta dispõe sobre a uniformização e atuação do Ministério Público por meio de

políticas e diretrizes administrativas que fomentem o combate à síndrome de alienação

parental, que compromete o direito à convivência familiar da criança, do adolescente, das

pessoas com deficiência e dos incapazes de exprimir a sua vontade.

O conselheiro Walter Agra, que também exerce o cargo de presidente da Comissão da

Infância e Juventude do CNMP, destacou que a problemática da alienação parental deve

ser tema habitual nos cursos de formação dos membros dos Ministérios Públicos

Estaduais, bem como deve ser priorizada a temática no planejamento estratégico das

unidades.

De acordo com o conselheiro, a síndrome da alienação parental é frequente nas varas de

família, “principalmente em processos litigiosos de dissolução matrimonial, onde se

discute a guarda dos filhos, o que ocasiona consequências emocionais, psicológicas e

comportamentais aos envolvidos”.

Entre outras questões, a proposta recomenda que os membros do Ministério Público que

atuam na área da família, da criança e do adolescente desenvolvam projetos que

objetivem a conscientização pública sobre a importância da guarda compartilhada como

meio de evitar a alienação parental, realizem palestras e empreendam divulgações

esclarecedoras e pedagógicas sobre o tema à sociedade.

Importante destacar que atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que

dificulte a convivência de criança, de adolescente, de portadores de deficiência, de

interditados e de incapazes com os seus genitores poderão implicar responsabilidade

civil ou criminal ao alienador. Leia aqui a íntegra da proposta.

Fonte: CNMP

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MP tem seis meses para enviar relatórios de inspeções em unidades de

internação de menores

27/01/2016

No último dia 27 de janeiro, durante a 2ª

Sessão Ordinária de 2016 do Conselho

Nacional do Ministério Público (CNMP), o

Plenário aprovou o prazo de seis meses para

os membros do MP que acompanham a

execução de medidas socioeducativas

enviarem à validação da Corregedoria-Geral

da respectiva unidade do MP os relatórios

obrigatórios de inspeções realizadas nas

unidades para cumprimento de medidas

socioeducativas de internação e de

semibiliberdade. As inspeções devem ser

feitas a cada dois meses.

A proposta altera a Resolução CNMP nº 67/2011, que dispõe sobre a uniformização das

fiscalizações em unidades para cumprimento de medidas socioeducativas de internação e

de semiliberdade pelos membros do Ministério Público, e sobre a situação dos

adolescentes que se encontrem privados de liberdade em cadeias públicas.

As condições das unidades socioeducativas de internação e semiliberdade em execução,

verificadas durante as inspeções bimestrais, ou realizadas em período inferior, caso

necessário, devem ser objeto de relatório a ser enviado à validação da Corregedoria-Geral

da respectiva unidade do Ministério Público, mediante sistema informatizado disponível no

sítio do CNMP, até o dia 15 do mês subsequente, no qual serão registradas as

providências tomadas para a promoção do adequado funcionamento, sejam judiciais ou

administrativas.

A proposta de resolução foi apresentada pelo conselheiro Walter Agra, presidente da

Comissão da Infância e Juventude do CNMP, e relatada pelo conselheiro Esdras Dantas.

Fonte: CNMP

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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)

Juiz do TJBA será advertido por irregularidades

em processos de adoção

16/12/2015

O Plenário do Conselho Nacional de

Justiça (CNJ) condenou, no dia 15/12, o

juiz do Tribunal de Justiça do Estado da

Bahia (TJBA) Vitor Manoel Sabino

Xavier Bizerra à pena de advertência

por irregularidades cometidas na

condução de processos de adoção de

cinco crianças da mesma família, em

2011, quando Bizerra era juiz titular da

comarca de Monte Santo, interior do

estado.

O relator do Processo Administrativo Disciplinar (PAD 0005696-90.2013.2.00.0000),

conselheiro Fernando Mattos, identificou falhas processuais cometidas pelo magistrado e

sugeriu a condenação à pena de censura. A maioria do Plenário seguiu, no entanto,

divergência aberta pelo conselheiro Emmanoel Campelo, que considerou os fatos

apurados insuficientes para uma condenação.

De acordo com o relatório do conselheiro Fernando Mattos, Bizerra deixou de intimar

pessoalmente o Ministério Público a se manifestar no processo de adoção, deixou de

nomear advogados dativos para representar os pais biológicos das crianças após conceder

a guarda provisória dos cinco menores à família de São Paulo e também não cumpriu os

procedimentos necessários à retirada das crianças da família biológica, como

supervisionar a confecção das certidões exigidas no processo de adoção. As falhas

processuais levaram o relator a considerar o magistrado negligente por não cumprir parte

do artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), que é “cumprir e fazer

cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de

ofício”.

O conselheiro Emmanoel Campelo ponderou, porém, que, embora essas formalidades

sejam muito importantes, por resguardarem o interesse público e o interesse das crianças

e das famílias que estão sendo afetadas pelo processo, esses fatos foram superados pelo

princípio da instrumentalidade das formas e pela deficiência de servidores e de recursos

em geral a que estava submetido o magistrado. “Ao f inal, se comprovou que a decisão do

magistrado estava de acordo com o interesse público e a proteção daquelas crianças e

constatando-se que nós não estamos aqui diante de improbidade ou qualquer infração a

um dever ético ou profissional do magistrado, me parece que seria o caso de superarmos

essas irregularidades pelos mesmos fundamentos que as outras foram superadas”,

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afirmou Campelo.

O juiz Vitor Xavier Bizerra chegou a ser afastado de suas funções por conta da abertura do

PAD, em setembro de 2013. A divergência aberta pelo conselheiro Emmanoel Campelo,

no entanto, considerou que a instrução do PAD mostrou a preocupação do magistrado com

a situação “de abandono das crianças”. Segundo Campelo, a urgência e a precariedade da

situação de vulnerabilidade das crianças e a falta de famílias disponíveis para adoção na

região , além da falta de condições de trabalho para o magistrado – apenas havia uma

servidora na vara – o obrigaram a agir da forma como agiu.

A divergência aberta originalmente pelo conselheiro Campelo era pelo arquivamento do

processo, o que representaria a absolvição do juiz Bizerra no julgamento administrativo. A

maioria dos conselheiros presentes à 223ª Sessão Plenária, no entanto, se dividiu entre

votos favoráveis ao arquivamento, à condenação à pena de advertência e à condenação à

pena censura. Como havia mais votos favoráveis a alguma forma de condenação ao

magistrado que a absolvê-lo, o presidente do CNJ, ministro Ricardo Lewandowski, realizou

nova votação em que os conselheiros deveriam optar entre uma das duas formas de

condenação propostas anteriormente, advertência (a mais leve delas) ou censura, sendo

que a primeira recebeu a maioria de votos dos conselheiros.

Fonte: CNJ

Projeto de apadrinhamento em três modalidades auxilia

300 crianças no RJ

18/12/2015

Um projeto de apadrinhamento de

crianças e adolescentes na 4ª Vara de

Infância, da Juventude e do Idoso da

cidade do Rio de Janeiro, responsável

por 13 instituições de acolhimento na

capital fluminense, está conseguindo

atender cerca de 300 crianças e jovens

retirados do convívio familiar. O projeto

chamado “Apadrinhar – amar e agir para

materializar sonhos” engloba três tipos

de apadrinhamento - o provedor, o

colaborativo e o afetivo -, com objetivo de

atender a demanda de crianças que não

têm possibilidade de reintegração familiar e cuja perspectiva de adoção é remota,

geralmente por terem mais de oito anos de idade.

O projeto de autoria do juiz titular da 4ª Vara da Infância, Sérgio Luiz Ribeiro de Souza,

está em prática há um ano e foi vencedor na categoria juiz no 12º Prêmio Innovare, que

premia boas práticas voltadas para a melhoria da Justiça no país. De acordo com o

magistrado, a motivação para a iniciativa surgiu quando ele se deparou com a realidade

precária dos abrigos. “Alguns não tinham travesseiros, outro estabelecimento tinha apenas

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um banheiro para 22 crianças e muitos jovens tinham vontade de fazer cursos ou esportes,

mas não podiam adquirir material para isso”, conta Souza. O magistrado criou um blog em

que as necessidades dos abrigos e os sonhos das próprias crianças e adolescentes são

listados e voluntários podem se candidatar a ajudar.

O apadrinhamento provedor propicia o suprimento de necessidades materiais, como a

aquisição de eletrodomésticos, aparelhos de telefone, material de higiene pessoal,

computadores, ventiladores, brinquedos, dentre outros. De acordo com o juiz, o padrinho

provedor realiza a compra, após orientações da vara, que entrega o material ao abrigo.

Não é possível doar dinheiro. Em um dos abrigos atendidos, foram recebidos materiais

para construção de sala de serviço especializado de atendimento às famílias. Já em outro

abrigo foi feita a aquisição de um freezer e um fogão industrial, pois a instituição retira

parte de seu sustento da atividade de cozinhar para o público nos finais de semana.

Serviços e sonhos - Outra modalidade de contribuição é o apadrinhamento colaborativo,

que permite a prestação de serviços nos abrigos como, por exemplo, tratamentos médicos

ou psicológicos ou oferta de cursos para crianças. Entre as necessidades listadas por

crianças e adolescentes que vivem nas instituições de acolhimento estão cursos de idioma,

informática, desenho, chefe de cozinha, garçom, tratador de cavalos, dança, música e

atendimento psicológico.

Uma das histórias que marcou o juiz Souza foi a de um menino de apenas 11 anos que

comandou uma apresentação de dança em um abrigo. “A madrinha dele financiou as aulas

de dança para ele, que é realmente um talento no ballet, sapateado e jazz e,

recentemente, ele venceu um importante festival de dança”, conta o juiz.

Apadrinhamento afetivo – Possibilitar um vínculo afetivo fora da instituição de

acolhimento é o objetivo do apadrinhamento afetivo, modalidade na qual o projeto da 4ª

Vara já conseguiu 30 padrinhos. “Tentamos apadrinhar as crianças que não têm

possibilidade de reintegração com a família e dificilmente serão adotadas. Elas ficam num

vazio afetivo, sem referências, e quando chegam aos 17 anos, prestes a deixar o abrigo,

têm uma angústia terrível”, relata o magistrado.

Os padrinhos podem passar os finais de semana e as férias com esses jovens. O projeto

tem a preocupação de deixar claro que não se trata de uma adoção e os voluntários para

apadrinhamento afetivo são avaliados por meio de um estudo psicológico. Após parecer do

Ministério Público, eles recebem uma sentença do magistrado para autorizar o

apadrinhamento. “O apadrinhamento afetivo não é um atalho para a adoção”, reforça

Souza.

Parcerias - O Prêmio Innovare é uma realização do Instituto Innovare, da Secretaria de

Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, da Associação de Magistrados Brasileiros,

da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), da Associação

Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), da Associação dos Juízes Federais do Brasil

(Ajufe), do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação

Nacional dos Procuradores da República e da Associação Nacional dos magistrados da

Justiça do Trabalho (Anamatra), com o apoio do Grupo Globo. O Conselho Nacional de

Justiça (CNJ) apoia o prêmio e trabalha na divulgação das ações premiadas.

Fonte: CNJ

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CNJ Serviço: como proceder para entregar uma criança

à adoção 28/12/2015

A entrega do filho para a adoção é um direito

assegurado às mães e gestantes pelo

parágrafo único do artigo 13 do Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA), e a

orientação e atendimento devem ser

oferecidos pelas Varas da Infância e

Juventude. A maior parte das gestantes

chega para atendimento nas Varas de

Infância e Juventude por meio de

encaminhamento das maternidades e, na

unidade judicial, têm direito a um

atendimento multidisciplinar, tendo inclusive

assegurado o direito de mudar de ideia

durante o processo.

A gestante que deseja entregar seu filho à adoção, independentemente do motivo que a

levou a esta decisão, tem o direito ao atendimento qualificado e à privacidade. Em caso de

criança ainda em gestação, é importante procurar a Vara de Infância e Juventude antes do

nascimento, a fim de receber melhor acompanhamento psicológico. Após o nascimento, a

Vara de Infância e Juventude deve ser comunicada, e a mãe deverá se pronunciar perante

o juiz quanto à sua renúncia ao poder familiar. Caso confirmada a entrega em adoção, a

criança será cadastrada para entrega a requerente habilitado.

A gestante deve procurar a unidade judiciária e receber atendimento multidisciplinar que

deve auxiliá-la no processo de decisão acerca da entrega do filho para adoção. A gestante

não deve ser coagida, pela unidade judiciária, a entregar a criança ou a ficar com ela.

Decisão respeitada - A Vara de Infância deve ajudar a gestante a decidir com

responsabilidade e adequação, respeitando sua individualidade e intimidade, sem

pressões ou constrangimentos. Desse modo, garante-se saúde e segurança nas fases de

gestação, parto e acolhimento do recém-nascido, quer na sua família biológica, quer em

uma família substituta. Caso a genitora decida permanecer com a criança, o juiz pode

encaminhá-la para atendimento em programas sociais que lhe darão apoio para criar o

filho.

Ao demonstrar a sua limitação para exercer a maternidade e procurar a Vara de Infância e

Juventude, a gestante não incorre em crime algum e demonstra respeito com a criança,

evitando medidas mais drásticas como o aborto ou o abandono. A medida evita também a

adoção ilegal, a chamada “adoção à brasileira”, ou seja, o registro indevido de uma criança

como se filho biológico fosse – esses acordos muitas vezes se dão nas maternidades e o

juiz, posteriormente, pode não acolher o pedido de guarda da criança por entender que

houve burla no cadastro. Ao realizar a adoção pelas vias legais, a genitora garante que a

família que receberá a criança tenha sido rigorosamente vistoriada por assistentes sociais

e disponha de todas as condições de acolhê-la.

Fonte: CNJ

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Livro personalizado auxilia no processo de adoção

internacional 29/12/2015

“Não acredito, essa história é igual a

minha”, surpreendeu-se o menino

Mateus*, de dez anos, ao ler o livro “As

botas do menino anjo”, elaborado por

funcionários da Vara de Infância e

Juventude (VIJ) do Tribunal de Justiça

do Distrito Federal e dos Territórios

(TJDFT), que conta a história de um

menino, que assim como ele, acaba de

ser adotado por um casal de italianos.

O livro infantil personalizado foi

entregue à criança e aos seus pais

como forma de recuperar e eternizar a

história da criança até sua adoção, e se

tornou uma metodologia importante para o sucesso do processo de adoção internacional,

que dura, em média, oito meses. Entre 2008 e 2015, ocorreram 657 adoções de crianças

do Cadastro Nacional de Adoção - gerido pela Corregedoria Nacional de Justiça do

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) -, por pretendentes internacionais.

Desde 1999 foram realizadas, no Distrito Federal, 32 adoções internacionais, sendo 22

delas por pais italianos, e as demais por pais franceses, norte-americanos, alemães e

australianos. De acordo com Thaís Botelho Corrêa, secretária-executiva da Comissão

Distrital Judiciária de Adoção (CDJA) da VIJ e autora dos livros personalizados, os

estrangeiros que se habilitam para adotar crianças no país sabem que o perfil é de

crianças mais velhas e de grupos de irmãos, ao contrário de países como a Rússia e a

China, cujas crianças aptas para serem adotadas são quase sempre bebês e de raça

branca. “Os italianos nos relatam que se identificam com a forma de educação brasileira, a

festividade e a língua”, diz Thaís.

A adoção internacional só ocorre quando não for possível encontrar uma família brasileira

para determinada criança. Este foi o caso de Mateus, que por sofrer maus-tratos fugia de

casa e foi parar em um abrigo aos cinco anos. Após uma tentativa frustrada de

reintegração familiar com um tio, Mateus voltou a viver em um abrigo e não havia família

disponível para ele no país. Em fevereiro deste ano, a VIJ encontrou uma família vinculada

ao organismo italiano Associazione Internazionale Pro-Adozione (AIPA) com o perfil

parecido com o do garoto. Em maio, pais e criança foram apresentados e passaram a se

corresponder a distância com mensagens e fotos.

Estágio de convivência - Os pais chegaram ao Brasil em outubro, quando iniciaram o

estágio de convivência, e a sentença de adoção foi proferida em 18 de novembro. Agora, o

menino segue para viver em uma pequena cidade na região da Toscana, na Itália. Pouco

antes da chegada dos pais, o menino recebeu o livrinho das mãos de Thaís e, surpreso, se

reconheceu de imediato no protagonista da história. No livro, Thaís resgata de forma lúdica

as dificuldades enfrentadas pelo menino, as pessoas com quem teve um envolvimento

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afetivo e seu desenvolvimento até a chegada de seus novos pais e a construção de sua

família. De acordo com Thaís, um dos fatos mais emocionantes da história de Mateus é

que a vinda de seus pais da Itália chegou a ser adiada por alguns meses devido a uma

doença do pai. “Ficamos muito tensos, mas a família manteve contato intenso com o

menino e o pai atribuiu a sua recuperação ao comprometimento em estar forte para

conhecer o seu filho”, diz.

O livro que conta a história de Mateus, elaborado por meio de uma parceria entre CDJA e

o Núcleo de Editoração e Reprografia da Coordenadoria de Serviços Gráficos do TJDFT, já

é o quarto impresso pela vara na tentativa de auxiliar os processos de adoção

internacional. De acordo com Thaís, os processos em geral têm ótimo resultado e as

crianças se adaptam à nova família e ao outro país. “A língua acaba sendo um facilitador,

porque como no início eles não se entendem, isso acaba exigindo um alto grau de

observação não apenas verbal, e os pais ficam atentos a mensagens não verbais que a

criança está dando”, diz.

Cadastro Nacional de Adoção - Uma das inovações do novo Cadastro Nacional de

Adoção (CNA), implantado em março, é justamente a inclusão de pretendentes

estrangeiros. Atualmente, existem 28 estrangeiros cadastrados no CNA.

*Nome fictício para preservar a identidade da criança Fonte: CNJ

________________________________________________________________________

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

Decisão garante a extraditanda chinesa direito de cuidar

de filhos menores

31/12/2015

O presidente do Supremo Tribunal Federal

(STF), ministro Ricardo Lewandowski, no

exercício do plantão da Corte, determinou a

substituição da prisão preventiva da chinesa

Xiolin Wang, detida para fins de extradição,

por medidas cautelares alternativas, de forma

que ela possa cuidar dos filhos de 11 e 13

anos, desamparados desde a sua prisão e de

seu marido, ocorrida no último dia 10. O

ministro destacou que o STF, a partir de uma

leitura constitucional do Estatuto do

Estrangeiro (Lei 6.815/1980), tem entendido

que a prisão para fins de extradição também

se submete aos princípios da necessidade,

razoabilidade e proporcionalidade, devendo

ser avaliada caso a caso.

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O Código de Processo Penal prevê a substituição da prisão preventiva pela domiciliar

quando o preso for imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de seis anos

de idade. Contudo, para o presidente do STF, deve-se ter em conta que a Constituição

Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente dão especial proteção às crianças e

adolescentes.

A partir de documentos do processo, o ministro observou que estão presentes as

condições mínimas de estabilidade da extraditanda em território nacional, constando

comprovante de inscrição junto à Receita Federal da empresa da qual ela é representante

legal.

“Nesse contexto, considerando uma potencial situação de vulnerabilidade dos menores

estrangeiros, compreendo ser o caso de se autorizar a liberdade provisória de Xiolin Wang,

com a finalidade de, nos termos da lei, ser a agente garantidora da integral proteção de

seus filhos”, afirmou

A decisão do ministro, proferida na Extradição (EXT) 1425, fixou medidas cautelares

substitutivas da prisão preventiva, como entrega do passaporte, proibição de ausentar-se

do Município de São Paulo, atendimento aos compromissos judiciais e monitoração

eletrônica.

Contexto

O Estado chinês solicitou ao Brasil a prisão preventiva de Xiolin Wang e de seu marido por

suspeita de prática, naquele país, dos crimes tributários e fraude financeira,

respectivamente. No Brasil, Xiolin Wang informa ser empresária e trabalhar com

importação e venda de cartuchos de impressora.

Fonte: STF

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

Prêmio Innovare contemplou três iniciativas na área da infância e juventude em categorias distintas

01/12/2015

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi

palco da solenidade de entrega da 12ª

edição do Prêmio Innovare, que escolhe

anualmente iniciativas inovadoras

realizadas por magistrados, membros

dos Ministérios Públicos Estaduais e

Federal, defensores públicos e

advogados públicos e privados de todo

Brasil que estejam melhorando a

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qualidade dos serviços prestados pelos tribunais e contribuindo para a modernização da

Justiça brasileira.

Os 18 trabalhos escolhidos para premiação principal e menções honrosas contemplaram

soluções para adoção de crianças, assistência aos refugiados no país, intimações via

aplicativo whatsapp e ações de ressocialização de presos, entre outras.

Coordenada pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, a comissão julgadora

do 12º Prêmio Innovare contou com a participação de cinco ministros do Superior Tribunal

de Justiça: Francisco Falcão, presidente do tribunal, Nancy Andrighi, Luis Felipe Salomão,

Mauro Campbell Marques e Marco Aurélio Bellizze, além dos ministros aposentados Gilson

Dipp, Sidnei Beneti e Cesar Asfor Rocha.

A 12ª edição do Prêmio Innovare recebeu um número recorde de inscrições. Neste ano,

667 práticas foram inscritas, em contraste com as 367 registradas em 2014 – um

crescimento de 55% em relação à edição passada. Neste ano, o tema central do Prêmio

Especial foi a Redução das ações judiciais do Estado: menos processos e mais agilidade.

As inciativas vencedoras na área da infância e juventude dessa edição do Prêmio

Innovare, foram as seguintes:

Categoria: Tribunal

Crianças e Adolescentes protegidos – Curitiba (PR)

Projeto criado para garantir documento a todas as crianças mediante a expedição de

registro de identidade. Seu objetivo estratégico é a localização de crianças desaparecidas

ou sequestradas, que na maioria dos casos possuem apenas certidão de nascimento e

registros fotográficos feitos pela família. Com a impressão digital cadastrada no sistema, os

órgãos de segurança pública podem emitir alerta para o serviço de emissão de passaporte,

a Polícia Federal, portos, aeroportos e fronteiras secas. Caso a criança permaneça no

país, um dia ela fará a carteira de identidade e será localizada. As premiações foram

entregues pelos ministros: Ricardo Lewandowski e Nancy Andrighi.

Categoria: Juiz

Apadrinhar: amar e agir para materializar sonhos – Rio de Janeiro (RJ)

O projeto desenvolvido pela 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de

Janeiro propicia a crianças e adolescentes a oportunidade de construir laços de afeto e

apoio material, educacional e profissional com pessoas da sociedade civil que tenham

disponibilidade emocional e financeira para se tornarem madrinhas ou padrinhos afetivos,

provedores ou colaboradores. Os ministros Luis Fux (do STF) e Luis Felipe Salomão (STJ)

entregaram as premiações.

Categoria: Advocacia

Justiça acolhedora: respeito às demandas sociais – Belo Horizonte (MG)

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Fundado em 1992 pela advogada Annete Cardoso Rocha, o Centro de Defesa dos Direitos

da Criança e do Adolescente “Ziláh Spósito” trabalha com a população carente, em

parceria com a prefeitura de BH, na mediação de conflitos familiares. Ele realiza acordos

extrajudiciais de litígios em alimentos, guarda, reconhecimento de paternidade e

regulamentação de visitas e convivência. As premiações foram entregues pelos ministros

do STJ Francisco Falcão e Mauro Campbell Marques.

Fonte: STJ

STJ julgará outra vez pedido do INSS para ser ressarcido do dinheiro de

pensão paga a filhos de mulher morta pelo ex-marido

02/12/2015

A Segunda Turma do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) vai julgar

novamente (RESP 1431150) a

possibilidade de o INSS (Instituto

Nacional do Seguro Social) cobrar do

assassino a pensão paga aos filhos de

uma mulher que foi morta pelo ex-

marido. O órgão moveu ação

regressiva para ser ressarcido do

dinheiro do benefício previdenciário

concedido aos dependentes da

vítima.Um novo julgamento será

necessário por causa da ausência de

duas ministras, o que impediu a

formação de maioria absoluta.

O ex-marido foi condenado, em primeira instância, a pagar 20% de todos os valores que o

INSS já pagou e que futuramente venha a pagar, relativos à pensão. O crime ocorreu em

2009, em Teutônia, cidade do interior gaúcho. O Tribunal Regional Federal da quarta

região determinou que o agressor pague integralmente os valores gastos com a pensão.

No recurso ao STJ, a defesa alegou que a ação regressiva deve existir somente em

hipóteses de “negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho” e

não em casos de homicídio ou quaisquer outros eventos não vinculados a relações de

trabalho.

O ministro Humberto Martins, relator do processo, considerou em seu voto que “mostra-se

acertada a tese de que é possível a ação regressiva da autarquia previdenciária contra o

recorrente com o objetivo de ressarcimento de valores pagos a título de pensão por morte

aos filhos da ex-companheira vítima de homicídio”.

Segundo ele, neste caso o INSS possui legitimidade e interesse para pedir o ressarcimento

de despesas com benefício previdenciário aos dependentes de segurado.

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Os ministros Humberto Martins e Herman Benjamin votaram a favor do INSS. Já o voto do

ministro Mauro Campbell foi no sentido contrário. Como a ministra Assusete Magalhães e a

desembargadora convocada Diva Malerbi, que substituiu o ministro Og Fernandes, não

participaram do início do julgamento, o colegiado resolveu pautar novamente o processo,

sem que haja ainda data definida.

A decisão do STJ deverá influenciar julgamentos em que órgãos da União pedem a

restituição de valores pagos a título de benefício aos agressores de vítimas d violência às

mulheres e também em acidentes de trânsito, quando há pagamento de benefício.

Fonte: STJ

Pensão por morte: Adiado julgamento em que INSS contesta benefício

a menores sob guarda de avós

09/12/2015

A Primeira Seção do Superior Tribunal

de Justiça (STJ) adiou julgamento de

recurso especial em que o INSS

(Instituto Nacional de Seguridade Social)

contesta o direito à pensão por morte a

menores cujos avós detentores da

guarda faleceram. Após nova análise, a

ação será levada a julgamento pelo

relator, ministro Napoleão Nunes Maia

Filho.

O Tribunal Regional Federal da 4ª

Região concedeu pensão por morte a

uma menor residente na cidade de

Rolante, no interior do Rio Grande do

Sul, após o benefício ter sido negado pela autarquia. A avó detinha a guarda da menina e

morreu em 2007.

Na sessão, o relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, mencionou o artigo 227 da

Constituição, que trata como “dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à

criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,

à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e

à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

“Há, de fato, uma dependência econômica da menor. Trata-se de uma norma

constitucional, e de uma questão de humanidade”, afirmou o relator durante a sessão.

Divergência

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Na sustentação oral, a procuradora do INSS alegou que o menor sob guarda não integra o

rol de dependentes segurados da Previdência Social. Citou trecho do Estatuto da Criança

e do Adolescente (ECA) que menciona que “aos pais incumbe o dever de sustento, guarda

e educação dos filhos, e apenas por via de exceção é que deverá ser deferida a guarda do

menor, ou seja, para regularizar a posse de fato ou como medida liminar ou incidental nos

procedimentos de tutela ou adoção”.

De acordo com a autarquia, em vários casos o pedido de concessão de guarda era feito

com o objetivo de fraudar a União. A defesa alegou que as pessoas se tornavam guardiãs

apenas para vincularem os menores a uma pensão previdenciária, à qual não fazem jus,

pois não observaram as exigências legais para sua concessão.

A Procuradoria-Geral Federal apresentou estudo do INSS com levantamento sobre os

pedidos de benefício dessa natureza. De acordo com o levantamento, 3.742 pedidos foram

indeferidos pelo INSS entre 2009 e 2015. A defesa alega que não há fonte para o custeio

dessas ações, que geram impacto mensal superior a R$ 4 milhões.

Para representante do Ministério Público Federal, negar o benefício “contraria a dignidade

da pessoa humana”. Segundo ele, não há como negar a pensão, já que ela servirá para o

pagamento de despesas (como assistência médica e alimentação) que já eram garantidos

pelos avós do menor.

Fonte: STJ

Sexta Turma: submissão de menor à prostituição não exige coação

para configurar crime

15/12/2015

Para se configurar o crime de submeter

criança ou adolescente à prostituição ou

à exploração sexual, não é necessária a

demonstração de que tenha havido uso

de força ou qualquer outra forma de

coação. Com esse entendimento, a

Sexta Turma do Superior Tribunal de

Justiça (STJ) condenou a proprietária de

um bar em Goiás que oferecia quartos

para encontros de clientes e garotas de

programa, entre elas uma menor de 14

anos.

De acordo com o ministro Rogerio

Schietti Cruz, cujo voto foi seguido pela maioria dos membros da turma, a palavra

“submeter” constante no artigo 244-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não

deve ser interpretada apenas como ação coercitiva, seja física ou psicológica.

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A controvérsia se deu porque não ficou provado no processo que a menina tivesse sido

forçada a se prostituir, o que levou o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) a absolver a ré

da acusação baseada no ECA. Ela também foi acusada de manter casa de prostituição

(artigo 229 do Código Penal), mas nesse caso o TJGO considerou que houve prescrição.

Ao julgar o recurso do Ministério Público de Goiás,a Turma afastou o impedimento

decorrente da Súmula 7 do STJ, pois se entendeu não haver necessidade de reexame das

provas relativas aos fatos sobre os quais se assentou a decisão recorrida

Vulnerável

O ministro Schietti, que ficou como relator para o acórdão, votou pela não aplicação da

súmula ao caso, visto que o TJGO reconheceu que a proprietária lucrava com o aluguel

dos quartos e com o consumo dos clientes da prostituição. Segundo ele, o fato de a

comerciante propiciar condições para a prostituição de uma pessoa vulnerável “configura,

sim, a submissão da menor à exploração sexual”.

Ele criticou a ênfase dada ao fato de a garota haver procurado “espontaneamente” o bar

para fazer programas sexuais, pois isso “não pode implicar ausência de responsabilidade

penal da proprietária”.

“Não se pode transferir à adolescente, vítima da exploração sexual de seu corpo, a

responsabilidade ou a autonomia para decidir sobre tal comportamento, isentando

justamente quem, diante de clara situação de comércio sexual por parte de jovem ainda

em idade precoce, lucrou com a mercancia libidinosa”, concluiu o ministro.

Com base em vários precedentes do STJ, Schietti afirmou ainda que atos sexuais

praticados por menores, mesmo quando aparentemente voluntários, não podem receber a

mesma valoração que se atribuiria aos de um adulto, mas “devem ser tratados dentro da

vulnerabilidade e da imaturidade que são, presumidamente, peculiares a uma fase do

desenvolvimento humano ainda incompleta”.

Por três votos a dois, a Sexta Turma restabeleceu a sentença que havia condenado a ré

com base no ECA. O nome das partes e o número do processo não foram divulgados, pois

os autos estão em segredo de justiça.

Fonte: STJ

Abandono afetivo: Ministros recomendam cautela

no julgamento

28/12/2015

Os ministros da Terceira Turma do

Superior Tribunal de Justiça

recomendaram muita prudência aos

magistrados de todo o país quando

forem julgar casos de abandono afetivo.

O alerta foi dado ao analisarem o recurso

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especial com o qual uma filha tentou, junto ao tribunal, receber indenização do pai, porque

considera que ele não cumpriu a obrigação paterna de cuidado e de afeto, o que

caracteriza o abandono afetivo. Ela buscava a compensação econômica alegando ter

sofrido danos morais com a situação.

Ao negarem o recurso, os ministros alertaram para a complexidade das relações familiares

e que o reconhecimento do dano moral por abandono afetivo é uma situação

excepcionalíssima, por isso é preciso prudência do julgador na análise dos requisitos

necessários à responsabilidade civil. Para os ministros, é preciso evitar que o Poder

Judiciário seja transformado numa indústria indenizatória.

A criança nasceu de um relacionamento extraconjugal, e alegou que só foi registrada pelo

pai aos 10 anos de idade, após entrar na Justiça com uma ação de reconhecimento de

paternidade. No recurso ao STJ, ela alegou receber tratamento desigual em relação aos

filhos do casamento do pai e que ele raramente a visitava. Segundo ela, “o desprezo pela

sua existência lhe causou dor e sofrimento”, além de problemas como baixa autoestima,

depressão, fraco desempenho escolar e transtorno de déficit de atenção.

O pai contestou as alegações. Disse que até a filha completar 10 anos de idade, não sabia

que era seu pai. Em sua defesa, ele garantiu nunca ter se recusado a fazer o teste de DNA

e que após o resultado fez acordo na Justiça para o pagamento de pensão alimentícia e

passou a ter contato com a filha.

Para o homem, a indenização só seria cabível se fosse comprovado que ele nunca quis

reconhecer que é o pai da menina, e na opinião dele, isso nunca aconteceu.

Previsão legal

O relator, ministro Moura Ribeiro, reconheceu que a doutrina especializada, com base nos

princípios da dignidade da pessoa humana, da afetividade e da proteção integral da

criança e do adolescente, é quase unânime no sentido de reconhecer que a ausência do

dever legal de manter a convivência familiar pode causar danos a ponto de comprometer o

desenvolvimento pleno e saudável do filho, razão pela qual o pai omisso deve indenizar o

mal causado. Ele destacou, entretanto, a ausência de lei no Brasil sobre o tema.

“Não há legislação específica no nosso ordenamento jurídico tratando do tema abandono

afetivo, mas existe uma movimentação concreta nesse sentido. Recentemente,

especificamente aos 2/10/2015, o Projeto de Lei do Senado Federal nº 700, de 2007, que

propõe alteração na Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), após oito

anos de tramitação, foi aprovado por aquela Casa Legislativa, e agora seguiu para

apreciação da Câmara do Deputados”, disse Moura Ribeiro.

Caso a proposta seja alterada, explicou o ministro, o abandono afetivo passará realmente

a ser previsto em lei, mas, até lá, “recomenda-se que deve haver uma análise responsável

e prudente dos requisitos autorizadores da responsabilidade civil nos casos de abandono

afetivo, fazendo-se necessário examinar as circunstâncias do caso concreto, a fim de se

verificar se houve a quebra do dever jurídico de convivência familiar”. Ou seja, é preciso

provar que a conduta do pai trouxe reais prejuízos à formação do indivíduo.

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Nexo causal

No caso apreciado, apesar de o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

(TJDFT), responsável pela apreciação das provas, reconhecer que o ideal seria um contato

maior entre pai e filha, a conclusão do colegiado foi de que a filha não conseguiu

comprovar a relação entre a conduta do pai e os danos por ela alegados.

“Esses elementos, de fato, demonstram que o recorrido poderia ter falhado em alguns

deveres inerentes à paternidade responsável. No entanto, não se pode afirmar que houve

um abandono completo da filha ou desprezo por ela. Ele não descumpriu totalmente seu

dever de cuidado, pois existia algum contato e aproximação afetiva entre eles, e ela recebe

dele auxilio material que lhe proporciona acesso a educação e saúde”, disse Moura

Ribeiro.

O relator também destacou a ausência de um laudo psicossocial que, em sua opinião,

seria uma prova técnica indispensável de que realmente houve omissão do pai e que isso

provocou abalos psicológicos à filha (nexo de casualidade). Os relatórios médicos e

escolares apresentados, segundo o ministro, em nenhum momento associaram os

alegados distúrbios emocionais da criança à ausência da figura paterna.

“Atento aos elementos constantes dos autos e à orientação jurisprudencial desta Corte,

não vislumbro a configuração de nexo causal entre o alegado dano psicológico sofrido pela

recorrente com a suposta ausência do dever de cuidado do recorrido, pois não houve a

demonstração desse liame e, o dano, sozinho, não causa a responsabilidade civil”,

concluiu o ministro.

Fonte: STJ

Paternidade: Pensão alimentícia é devida a partir da citação no processo,

independente da maioridade civil

31/12/2015

Reconhecida a paternidade, o genitor tem

a obrigação de prestar alimentos ao menor

desde a sua citação no processo, até que

o filho complete a maioridade. Isso porque

os alimentos são devidos por presunção

legal, não sendo necessária a

comprovação da necessidade desses.

Com esse entendimento, a Terceira Turma

do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

garantiu a um rapaz o recebimento de

pensão alimentícia desde a citação no

processo até a data em que ele completou

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a maioridade, no valor de meio salário mínimo por mês.

A ação de investigação de paternidade é proposta pela criança – representada por sua

mãe – contra o suposto pai que se nega a reconhecer a criança de forma amigável. Uma

vez provada a filiação, o pai será obrigado, por um juiz, a registrar e a cumprir com todos

os deveres relacionados à paternidade como, por exemplo, pensão alimentícia e herança.

Maioridade civil

A ação foi proposta quando o rapaz ainda era menor (13 anos). Entretanto, o suposto pai

faleceu no decurso da ação, o que levou os avós paternos e os sucessores do falecido a

participarem da demanda. Assim, o processo durou cerca de 12 anos, o que fez o menor

alcançar a maioridade civil em 2005, cabendo a ele a prova da necessidade dos alimentos,

que não foi feita.

A justiça gaúcha reconheceu a paternidade, por presunção, mas não fixou a obrigação

alimentar devido à maioridade. Para o tribunal estadual, o rapaz é capaz e apto para

desenvolver atividade laboral, sendo, inclusive, graduado em educação física, o que

demonstra a desnecessidade do recebimento dos alimentos.

Alimentos retroativos

No STJ, a defesa do rapaz pediu a fixação da pensão alimentícia, retroativa à data de

citação até a conclusão do seu curso de graduação ou, alternativamente, que a extinção

da obrigação de alimentar se dê com a maioridade civil.

O relator do recurso, ministro Villas Bôas Cueva, destacou que a jurisprudência do STJ é

no sentido de não ser automática a exoneração em decorrência da maioridade do

alimentando. Há de ser verificar, mediante produção de provas, a capacidade financeira do

alimentante e a eventual desnecessidade do alimentado.

No caso, os alimentos provisórios não foram fixados, a princípio, ante a insuficiência de

prova quanto à alegada paternidade e, depois, porque o trâmite processual, aumentado

ante o falecimento do pretenso pai e a negativa de realização do DNA pelos demais

familiares, assim não o permitiu.

Segundo o ministro, só o fato da maioridade do filho, quando da propositura de ação de

investigação de paternidade não afasta a orientação consolidada pela Súmula 277 do STJ,

no sentido de que “julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são

devidos a partir da citação”. O processo tramita em segredo de justiça.

Fonte: STJ

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Em caso de separação, guarda compartilhada protege melhor

interesse da criança

12/01/2016

A guarda compartilhada garante melhor o

interesse da criança, em caso de

separação dos pais. Esse é o

entendimento do Superior Tribunal de

Justiça (STJ) a ser aplicado no julgamento

de casos relativos à disputa sobre a

guarda dos filhos.

As diversas decisões da corte sobre o

tema foram disponibilizadas pela Pesquisa

Pronta, ferramenta on-line disponibilizada

no site do STJ para facilitar o trabalho de

quem deseja conhecer o entendimento dos ministros em julgamentos semelhantes.

O tema “prevalência do interesse do menor na guarda compartilhada” apresenta 12

acórdãos, decisões já tomadas por um colegiado de ministros do Tribunal.

“A guarda compartilhada busca a plena proteção do melhor interesse dos filhos, pois

reflete, com muito mais acuidade, a realidade da organização social atual, que caminha

para o fim das rígidas divisões de papéis sociais definidas pelo gênero dos pais”, salientou

um dos acórdãos.

Para o STJ, a guarda compartilhada é “o ideal a ser buscado no exercício do poder familiar

entre pais separados, mesmo que demandem deles reestruturações, concessões e

adequações diversas, para que seus filhos possam usufruir, durante sua formação, do

ideal psicológico de duplo referencial”.

No entendimento da corte, apesar de a separação ou divórcio coincidir com um

distanciamento dos pais, a aplicação da guarda compartilhada dever ser vista como regra,

“mesmo na hipótese de ausência de consenso” entre o casal.

De acordo com os ministros do STJ, a imposição das atribuições de cada um dos pais e o

período de convivência da criança, quando não houver consenso, são medidas extremas,

mas necessárias à implementação da guarda compartilhada.

“A custódia física conjunta é o ideal a ser buscado na fixação da guarda compartilhada,

porque a implementação quebra a monoparentalidade na criação dos filhos, fato

corriqueiro na guarda unilateral, que é substituída pela implementação de condições

propícias à continuidade da existência de fontes bifrontais de exercício do poder familiar”,

referiu um acórdão.

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Para o STJ, a decisão judicial pela guarda compartilhada deve observar diversas

circunstâncias que envolvem pais e filho, como a localização das residências, capacidade

financeira de cada um, disponibilidade de tempo e rotina da criança.

Pesquisa Pronta

A ferramenta oferece consultas a pesquisas prontamente disponíveis sobre temas jurídicos

relevantes, bem como a acórdãos com julgamento de casos notórios.

Embora os parâmetros de pesquisa sejam predefinidos, a busca dos documentos é feita

em tempo real, o que possibilita que os resultados fornecidos estejam sempre atualizados.

A Pesquisa Pronta está permanentemente disponível no portal do STJ. Basta acessar

Jurisprudência > Pesquisa Pronta, na página inicial do site, a partir do menu principal de

navegação.

Fonte: STJ

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TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS (TJs)

Pernambuco estreia videoconferência em processo de adoção

Internacional 17/12/2015

A Coordenadoria da Infância e Juventude

do Tribunal de Justiça de Pernambuco

(CIJ-PE) iniciou o projeto Conhecer

Virtual. Inaugurada no dia 07 de

dezembro, a iniciativa promove encontros

por videoconferência entre crianças e

adolescentes e pretendentes à adoção,

para construir um maior vínculo afetivo

entre os envolvidos antes do estágio de

convivência obrigatório. A primeira reunião

envolveu cinco irmãos, com idade entre 2

e 11 anos, e três casais de italianos.

Os casais, residentes na nação de origem, se conhecem e desejam manter o convívio dos

irmãos na Itália. Na videoconferência, as crianças se mostraram curiosas quanto ao que

iam encontrar no novo país e os adotantes revelaram a alegria de conhecê-los.

Expectativa, emoção e sorrisos marcaram o momento. O encontro também serviu para

tratar dúvidas sobre procedimentos de adoção, repassar informações sobre as crianças e

orientar os adotantes sobre o período de convivência familiar.

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A reunião foi realizada na Sala de Depoimento Acolhedor no Centro Integrado da Criança e

do Adolescente do Estado (Cica-PE), em Recife. O sistema foi implantado pela Secretaria

de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal (Setic) a partir do programa

Lync, que assegura o sigilo da transmissão de dados. Equipamentos de vídeo foram

também instalados nas Salas de Depoimento Acolhedor de Caruaru e Petrolina. O

desenvolvimento da solução começou no final de 2014.

Paraná e Bahia - A ideia de implantar o projeto surgiu do sucesso no Paraná e na Bahia.

Nos estados, a videoconferência é usada apenas para adoção internacional, pelo Skype. A

meta da CIJ-PE é ampliar o canal para a adoção nacional no estado. A primeira etapa,

contudo, foca a adoção internacional, por meio do Núcleo de Apoio à Comissão Estadual

Judiciária de Adoção de Pernambuco (Ceja-PE), serviço responsável pelas adoções.

Para a psicóloga da Ceja-PE Maria Figueiredo, o vínculo inicial contribui para reduzir a

chance de rejeição ou estranhamento ao adotado ou ao adotante. “Antes, os adotantes só

podiam ver as crianças ou adolescentes por foto na etapa anterior ao estágio e à sentença

de adoção. Não tinham oportunidade de conhecer a forma como eles se expressam e um

pouco da sua personalidade. Acho que esse conhecimento prévio e a familiaridade

construída a partir disso vai ajudar muito na convivência”, disse.

O coordenador da Infância e Juventude de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos

Figueiredo, revelou entusiasmo. “É uma iniciativa que busca assegurar o direito à

convivência familiar de crianças e adolescentes. Tenho esperança de que esse projeto

possa ser expandido para todo o país por meio da Corregedoria Nacional de Justiça”,

disse. Participaram ainda da videoconferência representantes da CIJ-PE, da Ceja, da Setic

e da II Mandello, entidade credenciada na Itália que intermedeia a adoção internacional.

Fonte: TJPE

Campanha no ES esclarece mães sobre entrega de bebês para adoção

11/01/2016

A Coordenadoria da Infância e da

Juventude do Tribunal de Justiça do

Espírito Santo (TJES) inicia 2016 com

uma nova campanha: “Entrega

voluntária: a acolhida de mulheres que

manifestam a intenção de entregar seus

bebês para adoção”. A ideia é

conscientizar mães que não estão

afetivamente aptas para vivenciar a

maternidade de que o ato da entrega

voluntária dos bebês para a adoção é

uma atitude legal e responsável, que

permite à criança receber todo cuidado

e amor de uma família.

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Uma das motivações para a campanha é que hoje ainda é alto o número de mulheres que

praticam o aborto ou abandonam filhos logo após o nascimento. Pesquisa do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, revela que mais de 8,7 milhões

de brasileiras com idade entre 18 e 49 anos já fizeram ao menos um aborto na vida.

Destes, 1,1 milhão de abortos foram provocados.

Já o abandono é um dos fatores que leva crianças a viverem em instituições de

acolhimento. Só no Espírito Santo, existem 783 crianças e adolescentes acolhidos. Do

total, 128 tem entre 0 e 3 anos de idade. Para a coordenadora das Varas da Infância e da

Juventude do estado, juíza Janete Pantaleão, se houver esclarecimento população e

acolhimento dessas mulheres que não estão preparadas para a maternidade, “será

possível evitar aborto, abandono, maus-tratos, infanticídios, bem como adoções

irregulares”.

Cartilhas - Para isso, a campanha vai desenvolver trabalho integrado com as redes de

atenção e cuidado materno-infantil dos municípios e do estado. De início, os profissionais

que atuam diretamente com essas mães serão capacitados e receberão cartilhas com o

conteúdo necessário sobre o assunto. Em seguida, as gestantes que pensam na

possibilidade de entregar seus bebês para adoção poderão buscar orientações em

Unidades de Saúde, Centros de Referência e Assistência Social (Cras), Centros de

Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e na Vara da Infância de seus

municípios. Também serão realizados seminários e palestras.

Vale ressaltar, contudo, que a colocação da criança em uma família substituta por meio da

adoção só deve ser feita depois de esgotados todos os esforços para a manutenção dos

vínculos familiares e comunitários originários.

Fonte: TJES

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CÂMARAS DOS DEPUTADOS

Juízes podem ser obrigados a consultar cadastro de crianças antes

de decidir sobre a adoção

30/11/2015

Juízes podem ser obrigados a consultar

cadastro de crianças antes de decidir

sobre a adoção. É o que prevê a medida

aprovada na Comissão de Seguridade

Social e Família da Câmara (Projeto de

Lei 5547/13).

O Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA - Lei 8069/90) já prevê a inscrição

de crianças e pais nos cadastros estadual

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e nacional, mas não obriga os magistrados a pesquisar o sistema antes de decidir sobre a

adoção. Para o relator deputado Pompeo de Mattos do PDT do Rio Grande do Sul, essa

brecha da lei pode facilitar fraudes:

"As vezes as crianças nem estão no cadastro e acabam sendo elas preferidas por conta de

casais que também não estão cadastrados, aí vira um jogo, digamos assim, menor que

não contempla o interesse maior que é a razão de ser da criança ao ser adotada"

O deputado Arnaldo Jordy, do PPS do Pará, que foi relator da CPI do Tráfico de Pessoas,

acredita que o projeto pode combater esquemas de adoção irregular: "Na Bahia, foi

exatamente isso, crianças sacadas de seu convívio familiar para adoção em São Paulo à

revelia do Cadastro Nacional. Então, isso é uma situação que é recorrente que sejam

observados a transparência e a legalidade."

A lei atual permite a adoção de crianças fora do cadastro nos casos em que o pedido é

feito por padrasto ou madrasta; por parente com o qual a criança tem vínculo de afinidade;

por tutor de maiores de 3 (três) anos ou de adolescente.

O projeto também derruba a prioridade de adoção de crianças e adolescentes na comarca

de origem, além de fixar em 48 horas o prazo para que todas as crianças e adultos

habilitados sejam incluídos nos cadastros estaduais e nacional.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissões debatem implantação de berçários e creches

em presídios femininos

02/12/2015

As comissões de Direitos Humanos e

Minorias e de Seguridade Social e Família

da Câmara dos Deputados realizam

audiência pública no dia 02 de dezembro

para debater o Projeto de Lei

Complementar nº 13/15, que destina

recursos do Fundo Penitenciário Nacional

para a implantação de berçário e creche

em estabelecimentos penais.

A audiência foi pedida pela deputada

Rosangela Gomes (PRB-RJ), autora do

projeto. Ela explica que a proposta tem

como objetivo garantir a efetividade de

determinação que já consta na Lei de

Execução Penal desde 2009.

A lei prevê que os estabelecimentos penais sejam dotados de berçário, de seção destinada

à gestante e à parturiente, e de creche para abrigar as crianças maiores de seis meses e

menores de sete anos de idade.

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“Passados mais de seis anos dessa alteração legal, ainda há muitos estabelecimentos

penais que não fizeram as devidas adequações”, lamenta a deputada.

Convidados

Foram convidados para o debate:

- a ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino

Gomes;

- a deputada Maria do Rosário (PT-RS);

- a juíza do TJ/SP e representante da Associação de Juízes pela Democracia, Kenarik

Boujikian;

- a presidente da Associação Humanizando Presídios (AHUP), Mariana Rosa Moreira dos

Santos;

- a coordenadora de Gestão em Saúde Penitenciária da Secretaria de Estado de

Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Ivone Elisa Martins Senra Pessanha;

- a coordenadora do Projeto Mulheres e Diversidade da Diretoria de Políticas

Penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça; e

- o coordenador-geral do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça,

Cezar Maranhão.

A reunião aconteceu às 14 horas, no plenário 9. Clique no link do projeto PLP-13/2015

para acessar o conteúdo na íntegra.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Instituto cria site para apoiar projeto que disciplina a publicidade

infantil no país

14/12/2015

O projeto de lei que disciplina a

publicidade infantil no país completa, hoje,

14 anos de tramitação no Congresso

Nacional. A proposta está parada na

Comissão de Constituição e Justiça.

Para marcar a data e buscar apoio para a

retomada da análise da proposta, o

“Instituto Alana”, entidade sem fins

lucrativos, criou um site que reúne as

principais informações do projeto, além de

dados sobre consumismo infantil e os

motivos para regular a publicidade dirigida

à criança.

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Em entrevista ao Com a Palavra, o advogado do Instituto Alana e conselheiro do Conselho

Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Pedro Afonso Hartung,

apresentou detalhes dessa iniciativa.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão aprova direito a duas pausas diárias para trabalhadora

alimentar filho

18/12/2015

A Comissão de Trabalho, de Administração

e Serviço Público da Câmara dos

Deputados aprovou proposta que assegura

à mulher empregada o direito a dois

períodos de descanso de meia hora cada

um, durante a jornada de trabalho, para

alimentar o filho até os seis meses de idade.

O texto altera a Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43), que

já prevê as pausas para amamentar o filho.

O objetivo da nova medida é garantir

também às mulheres que não podem

amamentar ou às adotantes o direito de

cuidar de seus bebês, utilizando

mamadeiras ou introduzindo alimentos.

O relator, deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), recomendou a aprovação do projeto original

– PL329/11, do deputado Hugo Leal (PSC-RJ) – e da emenda proposta pela Comissão de

Seguridade Social e Família, que estabelece que os dois descansos sejam de meia hora

cada um.

Tramitação

A matéria tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de

Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Clique no link do projeto PL-329/2011 para

acessar o conteúdo na íntegra.

Fonte: Agência Câmara de Noticías

Comissão aprova novas prioridades para adoção

de crianças

22/12/2015

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A Comissão de Seguridade Social e

Família da Câmara dos Deputados

aprovou projeto de lei do deputado Pr.

Marco Feliciano (PSC-SP) que dá

prioridade à tramitação de processos de

adoção de crianças negras, crianças

com mais de quatro anos ou de irmãos

que sejam adotados pela mesma família

ou por famílias diferentes.

A proposta (PL 8051/14), que altera o

Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA - Lei 8.069/90), recebeu parecer favorável do deputado Takayama (PSC-PR).

Atualmente, o ECA assegura prioridade nos processos de adoção de criança ou

adolescente com deficiência ou doença crônica. Para o relator, a proposta aprovada

estimulará a celeridade da adoção no caso das crianças que despertam menos interesse

por parte dos adotantes.

“Com a aprovação do projeto, várias crianças e adolescentes poderão vislumbrar alguma

perspectiva de efetivação da adoção. Facilitar a adoção é fortalecer e garantir o princípio

da dignidade humana, é garantir a efetividade dos direitos das crianças e dos

adolescentes”, afirmou Takayama.

Tramitação

O projeto tramita de forma conclusiva e será analisado agora na Comissão de Constituição

e Justiça e de Cidadania. Clique no link do projeto PL-8051/2014 para acessar o conteúdo

na íntegra.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão aprova pensão especial a filhos que foram afastados de pais com hanseníase

28/12/2015

A Comissão de Seguridade Social e

Família da Câmara dos Deputados

aprovou proposta que garante

pensão especial aos filhos que

foram afastados de pais portadores

de hanseníase. A medida está

prevista no Projeto de Lei 2104/11,

do deputado Diego Andrade (PSD-

MG).

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O texto altera a Lei nº 11.520/07, que trata da concessão de benefício previdenciário aos

doentes submetidos a isolamento e internação compulsórios. Hoje essa pensão não pode

ser transferida a herdeiros ou dependentes.

O relator, deputado Sinval Malheiros (PMB-SP) apresentou substitutivo ao projeto. O

objetivo foi assegurar reparação financeira aos filhos dos doentes que foram privados do

convívio familiar. O texto original previa o beneficio a “dependentes hipossuficientes”, mas

não mencionava o caso dos filhos que também foram vítimas das políticas sanitárias

adotadas pelo estado entre as décadas de 1920 e 1980, observou Malheiros.

“Os pacientes eram capturados, separados de suas famílias de forma violenta e internados

contra sua vontade em suas próprias casas ou nos hospitais-colônia. Enquanto seus filhos

eram recolhidos aos preventórios, ampliando o estigma da hanseníase a pessoas que

nunca portaram a doença”, explicou.

O texto aprovado também garante o benefício a doentes que foram submetidos a

isolamento domiciliar ou em seringais – a lei trata apenas do isolamento em hospitais-

colônia. De acordo com a proposta, a pensão especial não pode ser inferior ao salário

mínimo vigente – hoje fixado em R$ 788,00.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo, e ainda será analisado pelas comissões de

Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Câmara rejeita regra sobre destinação de recursos para conselhos

da criança e do adolescente

04/01/2016

A Comissão de Finanças e

Tributação (CFT) da Câmara dos

Deputados rejeitou o Projeto de

Lei 2914/11, do deputado Carlos

Bezerra (PMDB-MT), que destina aos

conselhos municipais dos direitos da

criança e do adolescente as

indenizações pagas em razão de

ação judicial por dano moral coletivo

envolvendo estagiários, adolescentes

e empregados menores aprendizes.

A proposta havia sido aprovada pela

Comissão de Seguridade Social e

Família. No entanto, como o parecer

da CFT é terminativo e não houve

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recurso para análise pelo Plenário, a proposta foi arquivada.

Hoje, esses conselhos já recebem os valores das multas pagas por descumprimento ao

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).

O relator, deputado Edmar Arruda (PSC-PR), apresentou parecer pela incompatibilidade e

inadequação financeira e orçamentária da proposta. Para Arruda, se aprovado o projeto,

as indenizações de dano morais coletivos decorrentes de ações trabalhistas envolvendo

estagiários, aprendizes e adolescentes serão destinadas ao Fundo Municipal da Criança e

do Adolescente, ou seja, com diminuição da receita do FAT.

“Está evidenciado que a proposição em análise possui impacto orçamentário, uma vez que

ocasionará diminuição de receita da União. Apesar disso, o projeto não foi acompanhado

da estimativa do impacto orçamentário-financeiro, tampouco foi indicada a medida de

compensação para a diminuição da receita”, justificou o parlamentar.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto quer dificultar acesso de menores de idade a conteúdos

inadequados na internet

13/01/2016

Proposta em tramitação na Câmara dos

Deputados cria o cadastro nacional de

acesso à internet. O projeto de lei (PL

2390/15), de autoria do deputado Pastor

Franklin (PTdoB-MG), altera o Estatuto

da Criança e do Adolescente (Lei

8.069/90) para dificultar o acesso dos

menores de idade a conteúdos

inadequados na internet.

Os provedores e os terminais de acesso

à internet deverão conter aplicativos que

permitam a identificação do usuário a

cada conexão. Caso o usuário não

conste do cadastro nacional ou não seja

maior de 18 anos, o acesso a sites com conteúdo inadequado terá de ser automaticamente

bloqueado.

Pastor Franklin acredita que a medida pode inibir o acesso a conteúdos inadequados para

crianças, como sites pornográficos. "O que quero com esse cadastro é que haja um

aplicativo em todos os tablets, computadores e celulares para que, ao entrar na internet, a

pessoa coloque uma senha ligada ao CPF e ao RG, identificando automaticamente a

idade”, explicou.

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A proposta prevê multas de R$ 1 mil a R$ 20 mil em caso de descumprimento das normas,

inclusive com a possibilidade de exclusão da internet de conteúdo impróprio para menores

de idade.

Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Ciência e Tecnologia,

Comunicação e Informática; de Seguridade Social; de Finanças e Tributação; e de

Constituição e Justiça e de Cidadania. Clique no link do projeto PL-2390/2015 para

acessar o conteúdo na íntegra.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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SENADO FEDERAL

Simone Tebet propõe ação nacional contra a prostituição

infantil e a pedofilia

01/12/2015

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS)

lamentou os casos de prostituição infantil e

pedofilia no Mato Grosso do Sul

denunciados pelo programa Fantástico, da

Rede Globo, exibido no dia 29 de novembro.

A denúncia, que está sendo investigada há

cerca de oito meses pelo Ministério Público,

envolve homens da sociedade e políticos do

estado.

E o mais chocante, na opinião da senadora,

é que também mulheres - inclusive mães -

aliciam as meninas, que geralmente são

pobres e possuem faixa etária entre 9 e 12

anos.

- Prostituição infantil e pedofilia são dois crimes bárbaros, que matam o sonho das

crianças, comprometem a integridade física, psíquica e moral dessas crianças. Que não

tenhamos mais operações da Polícia Federal envolvendo apenas os estados

individualmente. Que possamos transformar essas operações numa grande operação

nacional - afirmou a senadora em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (1º).

Autor de um projeto que permite a castração química voluntária, o senador Marcelo Crivela

(PR-RJ) relatou, em aparte, que já esteve em presídio com pedófilos e que mais de 90%

deles eram reincidentes. Ele acredita que a castração pode ser a solução para esse

problema e sugeriu que a senadora seja relatora da proposta.

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Simone Tebet manifestou apoio ao projeto de Crivela e comentou que, de acordo com

estudos, a reincidência entre os pedófilos que aceitam a castração química cai para 2%.

Ela disse que o procedimento é feito por meio da aplicação de hormônio feminino no

homem, de modo a evitar que ele tenha desejo sexual.

Fonte: Agência Senado

Projeto proíbe revista vexatória de visitante de jovem

infrator internado

01/12/2015

Senadores aprovaram proposta no mês

de dezembro e a enviaram para a

Câmara. Segundo o texto, familiares que

visitam adolescentes que cumprem

medidas socioeducativas não podem

mais ser obrigados a tirar a roupa e

submeter-se a procedimentos

constrangedores de revista antes da

visita.

Tirar toda a roupa. Agachar-se em cima

de um pequeno espelho. Primeiro de

frente, depois de costas. Saltar. A série

de procedimentos constrangedores faz

parte da rotina dos familiares de quase

20 mil adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo (Sinase) em todo o Brasil. Independentemente da idade ou do

sexo, eles precisam cumprir os procedimentos para conseguir ver o filho, a filha, o irmão

ou o neto numa das mais de 300 unidades de atendimento espalhadas pelo país.

Na falta de uma lei que discipline a revista de visitantes no Sinase, os familiares que

visitam os internos são obrigados a se sujeitar aos mesmos métodos de revista pessoal

adotados nas prisões. Humilhante e ofensiva, condenada na Constituição e por entidades

judiciárias e de direitos humanos, a prática ficou conhecida como revista vexatória. A boa

notícia é que ela está prestes a ser banida do país.

O Senado aprovou em novembro o Projeto de Lei do Senado (PLS) 451/2015, que acaba

com a revista vexatória dos visitantes das unidades de internação do Sinase. Enviada para

a Câmara dos Deputados, a proposta acrescenta à Lei 12.594/2012, que instituiu o

sistema, dispositivos disciplinando a revista pessoal obrigatória para acesso às unidades

de internação.

Tratamento desumano

O texto proíbe qualquer forma de “desnudamento ou introdução de objetos na pessoa,

tratamento desumano ou degradante” e determina que a revista será feita com uso de

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equipamentos eletrônicos, como detectores de metais e aparelhos de raios X. Para o autor

do projeto, senador Eduardo Amorim (PSC-SE), a lei será um instrumento capaz de inibir a

revista vexatória.

— Esse procedimento afeta a dignidade da pessoa, na medida em que a submete a

procedimentos extremamente humilhantes, incluindo posições desconcertantes e até a

manipulação de órgãos genitais — lamenta o senador.

Em 2006, uma inspeção feita pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em unidades de

internação de 22 estados e do Distrito Federal apontou que apenas três estados não

adotavam revista vexatória: Bahia, Ceará e Santa Catarina. Nestes dois últimos, as

famílias não eram revistadas, mas os internos sim, após as visitas.

Desde então, pelo menos em dez estados foram editadas normas disciplinando as revistas

em visitantes de presídios e unidades socioeducativas, banindo as práticas vexatórias.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito

Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba e Amazonas têm alguma legislação sobre a questão,

mas, mesmo assim, a revista continua sendo a prática mais comum.

No Rio de Janeiro, os deputados estaduais derrubaram os vetos do governador Luiz

Fernando Pezão às propostas aprovadas na assembleia legislativa que extinguiram, nos

presídios e no sistema socioeducativo, o desnudamento, o agachamento sobre espelho e a

inspeção anal e vaginal de familiares em dias de visita. Para evitar que as revistas

persistissem nos sistema, os parlamentares também entregaram ao governo fluminense

um cheque no valor de R$ 19 milhões para compra de 33 scanners corporais.

O senador Eduardo Amorim explica, porém, que a compra de equipamentos é a melhor

solução para substituir as revistas a visitantes, mas não é a única.

— Se não há orçamento para adquirir esses equipamentos, a revista manual pode ser a

regra. Todavia, o desnudamento fica expressamente proibido — esclarece.

A revista manual está prevista no PLS 451/2015. Ela pode ser adotada, por exemplo, no

caso de a pessoa ter problemas de saúde que a impeçam de se submeter a determinados

equipamentos de revista eletrônica ou no caso de a revista eletrônica apontar a suspeita de

porte ou posse de objetos proibidos.

Sala separada

Para assegurar que não haja excessos, a relatora do projeto na Comissão de Constituição,

Justiça e Cidadania (CCJ), senadora Ana Amélia (PP-RS), incluiu uma emenda no texto

definindo o que é revista manual e reforçando a proibição do desnudamento e das

manobras constrangedoras.

Com a emenda, o texto define revista manual como “inspeção realizada mediante contato

físico da mão do agente público competente sobre a roupa da pessoa revistada, sendo

vedados o desnudamento total ou parcial, o uso de espelhos e os esforços físicos

repetitivos, bem como a introdução de quaisquer objetos nas cavidades corporais da

pessoa revistada”.

O projeto esclarece ainda os procedimentos sobre revista manual, que terá de ser feita por

servidor habilitado e do mesmo sexo da pessoa revistada, de forma individual. Caso a

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pessoa a ser revistada assim o deseje, poderá ser realizada em sala apropriada apartada

do local da revista eletrônica e sem a

presença de terceiros.

— Esse projeto chega em boa hora. A

revista vexatória viola o principio da

dignidade da pessoa humana e

dificulta que o adolescente tenha

acesso à convivência familiar e

comunitária. Além disso, os scanners

e essas outras formas de inspeção

são muito mais adequadas — afirma

a senadora.

Ana Amélia cita ainda uma

recomendação do Conselho Nacional

de Justiça (CNJ) que condena a

prática e uma resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária que

veda a realização de revista vexatória, substituindo-a pelo uso de equipamentos

eletrônicos.

Além disso, a própria legislação do Sinase proíbe a submissão dos adolescentes à

situação mais gravosa do que seria submetido um adulto nas mesmas condições.

Alternativas: são aparelhos de raios x e inspeção manual “humanizada”

Nas seis unidades de internação de Brasília, a revista com desnudamento e agachamento

é adotada por mera falta de uma norma específica para revista no Sinase. É o que explica

a subsecretária do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, Maria Conceição Paula. Ela

acredita que a aprovação do PLS 451/2015 no Congresso preencherá essa lacuna e

resolverá o problema.

A subsecretária garante que há, sim, formas alternativas de revista dos familiares. O uso

de aparelhos de raios x e de scanners corporais é a principal opção, mas não

necessariamente a única. Revistas manuais e humanizadas poderiam ser suficientes.

Maria Conceição reforça que o fim da revista vexatória não compromete a segurança das

unidades de internação. Ela dá como exemplo um levantamento da Defensoria Pública do

Estado de São Paulo que revelou que, após a realização de 3,4 milhões de revistas

íntimas vexatórias em presídios ao longo de 2012, em apenas 0,013% foram encontrados

aparelhos celulares e em 0,01% foram achados entorpecentes. Nenhuma arma foi

encontrada. Nas revistas em unidades socioeducativas, as apreensões foram ainda

menores, chegando próximo a zero.

Estatísticas

Em Goiás, a revista vexatória foi extinta em 2012, e os procedimentos passaram a ser

feitos por meio de detectores de metal, com agentes penitenciários capacitados para o

novo modelo. Dados da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e Justiça

mostram que, nos três anos de revista humanizada, não houve aumento no número de

apreensões.

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A subsecretária afirma ainda que o Distrito Federal já tem um projeto de compra de

equipamentos com recursos do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente. O

processo, no entanto, é demorado.

— Se a lei sair, tudo ficará mais fácil — diz Maria Conceição.

O consultor legislativo do Senado Tiago Ivo Odon, especialista na área de direito penal e

penitenciário, também afirma que o fim das revistas íntimas não vai comprometer a

segurança das unidades. Em sua opinião, as vistorias pelos detectores de metal e pelos

aparelhos de raios X são bem completas — o PLS 451/2015 prevê que até os funcionários

das unidades de internação devem passar por essa revista, seja por meio de aparelho,

seja manual.

— O ideal é que a unidade tenha o equipamento. Não tendo, a revista manual vai

depender também de quem está fazendo a revista. Pode ser que haja uma brecha e um

risco de comprometer a segurança, mas aí estamos diante de dois bens jurídicos em

conflito: de um lado, a privacidade da pessoa; do outro, a segurança. O projeto tenta de

alguma forma resolver essa proporcionalidade — pondera.

Ao chegar à Câmara, o PLS 451/2015 deve ser apensado ao PL 404/2015, da deputada

Luiza Erundina (PSB-SP), que também pede o fim das revistas vexatórias no Sinase.

Por causa da humilhação, familiares deixam de visitar adolescentes

As revistas vexatórias são o maior obstáculo para a manutenção do vínculo afetivo dos

adolescentes que cometeram atos infracionais com suas famílias. Na avaliação das

entidades de direitos humanos e dos especialistas que atuam na área, a revista vexatória

tem impacto direto na redução das visitas. Porque, por um lado, os parentes não querem

passar pela situação considerada humilhante e, por outro lado, os próprios adolescentes

pedem que eles não os visitem para não precisarem passar por ela.

— O primeiro impacto é a diminuição do contato com a família. Pais e irmãos,

principalmente, deixam de visitar o interno. As mães são as que persistem porque, mesmo

com o pedido dos adolescentes para que não apareçam, continuam indo — afirma Raquel

Lima, coordenadora do projeto Prisão sem Muros, do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania

(ITTC).

Raquel explica que o contato com a família é essencial para a manutenção do vínculo

afetivo e para ressocialização dos adolescentes. Nesse estágio do desenvolvimento

emocional, eles precisam do contato familiar para amadurecer e saber que têm para onde

voltar depois do cumprimento da medida socioeducativa.

Fila de parentes

A subsecretária do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, Maria Conceição Paula,

ressalta que, em sua maioria, os adolescentes que cometem atos infracionais têm relações

conturbadas com a família, principalmente com o pai. Ao ter esse contato reduzido de

forma significativa durante os meses ou anos de internação, as relações afetivas ficam

ainda mais comprometidas.

— Se olharmos uma fila de parentes à espera de visitar um interno nessas unidades,

veremos em sua maioria senhoras. Um ou outro homem apenas. Em geral, um avó. A

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família não aguenta enfrentar as revistas como elas são. Se acabassem, conseguiríamos

ampliar a participação familiar [com tias, avós, primos] na ressocialização desses jovens e

teríamos um resultado muito mais positivo — argumenta.

A advogada da ONG internacional Conectas Direitos Humanos, Vivian Calderoni, alerta

ainda para outro problema das revistas íntimas. Além de os parentes passarem pelos

procedimentos vexatórios, os próprios adolescentes são revistados várias vezes ao dia, a

cada atividade que fazem fora dos quartos.

— Muitas vezes, eles não querem mais ir para as atividades para não passarem por esse

constrangimento muitas vezes num mesmo dia. E isso é interpretado como se eles fossem

vagabundos, que não quisessem nem sequer sair das camas — diz.

Outra questão das revistas íntimas é que é sempre o mesmo servidor a acompanhar o

menor e revistá-lo, o que acaba criando um convívio ruim entre as duas partes. Maria

Conceição admite que a situação é constrangedora também para os responsáveis pela

revista, que costumam apoiar a adoção de aparelhos eletrônicos para substituí-las.

No final do ano passado, o Núcleo Especializado de Infância e Juventude da Defensoria

Pública do Estado de São Paulo lançou uma nota de repúdio à realização de revista

vexatória aos visitantes de adolescentes custodiados no Sinase. Junto à nota, foi criado

um abaixo-assinado pedindo o fim da revista vexatória no sistema socioeducativo. Mais de

1,6 mil pessoas assinaram.

Já aprovadas no Senado, duas propostas dependem da Câmara

Além do PLS 451/2015, recém-aprovado, o Senado aprovou no ano passado outro projeto

de lei que proíbe a revista vexatória em presídios do país. O PL 7.764/2014, da ex-

senadora Ana Rita, está na Comissão de Segurança Pública da Câmara, sob a relatoria do

deputado João Campos (PSDB-GO), que promete levar a proposta ao Plenário neste ano.

Para a advogada da ONG Conectas, Vivian Calderoni, o país se encontra em um

movimento para banir a prática, mas cabe ao Congresso Nacional acelerar esse processo,

padronizando o procedimento em todo o Brasil por meio de uma lei federal.

Maus-tratos

Organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a

Organização dos Estados Americanos (OEA) já consideram a revista vexatória uma prática

de maus-tratos e até um caso de tortura, a depender do grau de exposição da pessoa.

O fim da prática também ganhou o apoio da Rede de Justiça Criminal, composta pela

Conectas, pela Associação pela Reforma Prisional, pelo Instituto de Defensores de Direitos

Humanos, pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa, pelo Instituto Sou da Paz, pelo

Instituto Terra, Trabalho e Cidadania, pela Justiça Global e pela Pastoral Carcerária.

O Conselho Episcopal Pastoral, que é ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

(CNBB), divulgou uma nota reprovando a revista vexatória nos presídios. No ano passado,

as entidades lançaram a campanha Pelo Fim da Revista Vexatória, com relatos de

parentes dos presos e estatísticas sobre a prática.

Fonte: Agência Senado

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Licença mais longa para mães de prematuros é aprovada

no Senado

09/12/2015

Mães de bebês prematuros poderão ter

ampliada a licença-maternidade. O

Senado aprovou no dia 09 de dezembro,

Proposta de Emenda à Constituição

99/2015 que altera a Constituição para

fazer contar a licença-gestante de 120

dias a partir do dia em que o bebê

prematuro tenha alta do hospital e não de

seu nascimento.

Com isso, mães de bebês nascidos entre

as 20ª e 30ª semanas de gestação

ganham mais tempo para cuidar dos

filhos, sem prejuízo de seus empregos.

Um acordo com o governo para assegurar a votação da PEC incluiu emenda restringindo a

licença ao tempo máximo de 12 meses – sendo 120 dias de licença e oito meses de

internação. A proposta, de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi aprovada por

unanimidade em primeiro e segundo turno e segue agora para análise da Câmara dos

Deputados.

— Demos a milhares de mães de prematuros que nascem todo ano no país tranquilidade

em um momento em que suas vidas se resumem à luta pela vida de seus filhos. Vivi essa

experiência pessoalmente no ano passado, com o nascimento de meus gêmeos, e fui

procurado por inúmeras mães com o mesmo problema: o prazo da licença expirava e,

entre o emprego e o cuidado especial com seus filhos mesmo na alta médica, a escolha é

óbvia e elas ficavam sem emprego, com um problema a mais — relatou Aécio.

Quanto aos custos para a Previdência Social, a relatora da PEC na Comissão de

Constituição e Justiça (CCJ), senadora Simone Tebet (PMDB-MS), explicou que a cada

dez bebês nascidos no país, somente um é prematuro. Além disso, a internação dessas

crianças, na média, não costuma passar de 45 dias.

— Há um benefício social e humanitário que suplanta e muito qualquer tipo de discussão

sobre gasto público — assegurou.

Para o presidente da Casa, Renan Calheiros, ressaltou que a PEC é uma das matérias

mais importantes aprovadas pelo Senado neste ano. A medida também foi elogiada por

senadores de vários partidos.

Fonte: Agência Senado

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Senadores debatem atuação do Ministério Público em casos

de homicídios contra jovens

16/12/2015

O trabalho desenvolvido pelo Ministério

Público nos processos e julgamentos de

homicídios contra jovens e a atuação do

Conselho Nacional do Ministério Público

(CNMP) como órgão de controle externo

da atividade policial foram os temas da

audiência pública interativa promovida

pela Comissão Parlamentar de Inquérito

(CPI) que investiga o assassinato de

jovens.

Participam da audiência realizada no dia

16 dezembro — a qual aconteceu na sede

do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília — os conselheiros

Antônio Duarte, Esdras Dantas de Souza, Fábio George Cruz da Nóbrega e Gustavo do

Vale Rocha; os professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Michel

Misse e Ignácio Cano, o antropólogo Luiz Eduardo Soares; e representantes da Anistia

Internacional e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A CPI, presidida pelo senador Lindberg Farias (PT-RJ), tem se reunido com especialistas,

pesquisadores e entidades que atuam nas áreas de Segurança Pública e de Direitos

Humanos. Uma das preocupações é a ausência de dados qualificados para que seja

possível realizar diagnóstico preciso sobre os diversos aspectos das mortes violentas de

jovens, a fim de propor medidas mais efetivas de enfrentamento do problema.

De acordo com dados divulgados pela CPI, o Brasil é um dos países campeões nos

indicadores de homicídios de jovens, figurando como recordista no mapa mundial da

violência. Apenas entre 2002 e 2012, mais de 13.226 jovens foram assassinatos em São

Paulo.

A audiência pública teve caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. As

pessoas que tinham interesse em participar, com comentários ou perguntas, poderam

fazê-los por meio do Portal e-Cidadania, no endereço www.senado.leg.br/ecidadania, e do

Alô Senado, através do número 0800 61 22 11.

Fonte: Agência Senado

Projeto determina perda de bens usados em exploração sexual

de menores

07/01/2016

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Projeto que determina a perda de valores ou

bens utilizados na exploração sexual de

crianças e adolescentes está na pauta do

Plenário e pode ser votado após o recesso

parlamentar.

De acordo com o texto, que é um

substitutivo da Câmara dos Deputados (SDS

11/2015) a proposta originária do Senado,

os bens tomados pela Justiça serão

revertidos em benefício do Fundo dos

Direitos da Criança e do Adolescente do estado onde ocorrer o crime.

O projeto original (PLS 38/2008), do então senador Demóstenes Torres, foi remetido à

Câmara em 2008. A proposição altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei

8.069/1990), que já estabelece a cassação da licença de funcionamento do

estabelecimento utilizado na exploração ou prostituição de menores de idade, além de

pena de 4 a 10 anos de reclusãoe multa para o infrator.

O relator na Câmara, deputado Efraim Filho (DEM-PB), modificou a proposta para

estabelecer que os fundos beneficiados com os recursos sejam os estaduais, e não os dos

municípios ou da União.

Ao retornar ao Senado, o projeto foi analisado novamente pela Comissão de Direitos

Humanos e Legislação Participativa (CDH), que ajustou o projeto a regras e exigências

legais sobre elaboração de leis. A relatora na CDH foi a senadora Fátima Bezerra (PT-RN),

para quem as alterações tornaram o texto mais harmonioso com “ditames legais e

constitucionais”.

Fonte: Agência Senado

____________________________________________________________________________

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (SDHPR)

Adoção internacional de crianças pela Convenção de Haia

aplica-se apenas a países ratificantes

03/12/2015 Conforme a Convenção de Haia de 1993,

relativa à Proteção das Crianças e à

Cooperação em Matéria de Adoção

Internacional e de acordo com o Estatuto

da Criança e do Adolescente (ECA), a

adoção internacional é aquela realizada

por pretendente residente em país

diferente daquele da criança a ser

adotada.

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Entretanto, a Convenção, ratificada pelo país em 21 de junho de 1999, se aplica apenas às

adoções realizadas entre países ratificantes.

No Brasil, de acordo com o Decreto nº 3.174, de 16 de setembro de 1999, o

processamento das adoções de crianças brasileiras para o exterior, bem como a

habilitação de residente no Brasil para adoção no exterior, é de responsabilidade das

Autoridades Centrais dos Estados e do Distrito Federal (Comissões Estaduais Judiciárias

de Adoção / Adoção Internacional).

A Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF) é órgão federal que tem como

competência o credenciamento dos organismos nacionais e estrangeiros de adoção

internacional, bem como o acompanhamento pós-adotivo e a cooperação jurídica com as

Autoridades Centrais estrangeiras. Além disso, à ACAF compete atuar como secretaria

executiva para o Conselho das Autoridades Centrais Brasileiras.

Conforme a Convenção de Haia de 1993, relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação

em Matéria de Adoção Internacional e de acordo com o Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA), a adoção internacional é aquela realizada por pretendente residente

em país diferente daquele da criança a ser adotada. Entretanto, a Convenção, ratificada

pelo país em 21 de junho de 1999, se aplica apenas às adoções realizadas entre países

ratificantes.

No Brasil, de acordo com o Decreto nº 3.174, de 16 de setembro de 1999, o

processamento das adoções de crianças brasileiras para o exterior, bem como a

habilitação de residente no Brasil para adoção no exterior, é de responsabilidade das

Autoridades Centrais dos Estados e do Distrito Federal (Comissões Estaduais Judiciárias

de Adoção / Adoção Internacional).

A Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF) é órgão federal que tem como

competência o credenciamento dos organismos nacionais e estrangeiros de adoção

internacional, bem como o acompanhamento pós-adotivo e a cooperação jurídica com as

Autoridades Centrais estrangeiras. Além disso, à ACAF compete atuar como secretaria

executiva para o Conselho das Autoridades Centrais Brasileiras.

Países não ratificantes

Nos casos de adoção em que os países não são ratificantes da Convenção é possível

realizar a adoção seguindo o que prevê o artigo 52-D do ECA, Lei 8.069, de 13 de junho

de 1990. Nessas situações, não há intervenção das autoridades centrais quando um dos

países não for ratificante da Convenção. As opções para que o processo adotivo ocorra

são as seguintes:

- adoção a partir do Brasil: se o país de origem da criança permitir que a adoção ocorra a

partir do Brasil, os pretendentes deverão requerer a habilitação para adoção, nos moldes

da adoção internacional, na vara da comarca da sua residência. Após a habilitação, a

documentação deve ser traduzida e enviada ao país de origem da criança diretamente

pelos pretendentes. Concluída a adoção no exterior e emitida a nova certidão de

nascimento da criança, ela deve ser registrada no consulado brasileiro mediante a

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homologação da sentença estrangeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ), conforme as

regras do Ministério das Relações Exteriores (MRE);

- adoção no exterior: em alguns países, é permitido que a adoção da criança seja

concluída no país de acolhida (neste caso o Brasil). Se essa for a situação da legislação do

país de origem da criança, os pretendentes podem viajar com a criança para o Brasil antes

de concluída a adoção. Para isso, a criança deverá ser submetida às regras de vistos

aplicáveis aos nacionais do seu país. O pedido de visto, quando cabível, deve ser feito

junto ao consulado brasileiro, seguindo as regras do MRE. Uma vez no Brasil, os

pretendentes devem requerer a adoção da criança na vara da comarca de sua residência a

processar a adoção nos termos da adoção nacional. Confira aqui os procedimentos de

adoção.

Fonte: SDHPR/ASCON

Secretário nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente participa de debate sobre prevenção à exploração sexual

nas Olimpíadas de 2016

04/12/2015

O secretário nacional de Promoção dos

Direitos da Criança e do Adolescente,

Rodrigo Torres, participou no dia 04 de

dezembro, de um evento no Rio de

Janeiro para debater a prevenção à

exploração sexual de crianças e

adolescentes durante grandes eventos.

O encontro foi organizado pela Frente

Nacional de Prefeitos (FNP) e teve como

objetivo conhecer as políticas

desenvolvidas pelo município, que

sediará as Olimpíadas no próximo ano.

Na ocasião, também foi anunciado o projeto Rio 2016: Olimpíadas dos direitos de crianças

e adolescentes, que será realizado pela FNP.

O evento representou ainda uma oportunidade para os participantes trocarem experiências

sobre as ações adotadas nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Foi nesse

contexto que o secretário Rodrigo Torres apresentou a “Agenda de Convergência”. Trata-

se de uma iniciativa coordenada pela Secretaria de Direitos Humanos que articula

esforços para a defesa dos direitos humanos na realização de grandes eventos.

A iniciativa prevê ações integradas entre as três esferas de governo, organizações não

governamentais, rede de proteção e organismos internacionais. A metodologia já foi

utilizada nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas, na Copa do Mundo de

2014 e na Copa das Confederações de 2013.

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Fonte: SDHPR/ASCON

Encontro pela Absoluta Prioridade da Criança e do Adolescente

termina com clamor por novos avanços e combate a retrocessos

10/12/2015

O batuque dos tambores e rodas de

samba sobre os direitos da infância e

adolescência do Bloco Eureca - Eu

Reconheço o Estatuto da Criança e do

Adolescente, formado por meninos e

meninas de São Bernardo do Campo

(SP), encerraram, no dia 10 de dezembro,

o Encontro Pela Absoluta Prioridade da

Criança e do Adolescente, em Brasília.

No total, foram três dias de debates. No

final do evento, os participantes

apresentaram a declaração que será

utilizada como base para a 10ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do

Adolescente, marcada para abril de 2016.

Para o secretário especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili, o documento também é

importante para demonstrar o posicionamento das redes e movimentos ligados à infância e

à adolescência. “Ao construírem essa declaração, vocês demarcaram um espaço

importante em um dos momentos mais difíceis da nossa história. Disserem que não

aceitam retrocessos e que desejam aprofundar os avanços dos direitos humanos”, afirmou.

“Vamos dizer não ao retrocesso e sim à democracia, e valorizar a diversidade”.

Além da atuação das organizações da sociedade civil, o secretário destacou também o

protagonismo e participação de meninas e meninos nos debates. “É importante ver as

lideranças de crianças e adolescentes, que estão se constituindo em protagonistas da

nossa história”, concluiu.

Encontro

O Encontro Pela Absoluta Prioridade da Criança e do Adolescente aconteceu entre os dias

8 e 10 de dezembro, no Carlton Hotel, em Brasília (DF). O evento foi promovido

pela Secretaria de Direitos Humanos e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e

do Adolescente (Conanda).

As atividades contaram com a participação de cerca de 400 pessoas, representantes do

governo federal e de movimentos sociais. O evento buscou como resultado a construção

de uma agenda propositiva, inclusiva e diversa a favor dos direitos de crianças e

adolescentes, levando em consideração gênero, raça e etnia, orientação sexual,

deficiência, diversidades regional e religiosa.

Os parceiros desta ação foram a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso

Brasil) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

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Fonte: SDHPR/ASCON

Secretaria de Direitos Humanos debate normas de referência

para atendimento socioeducativo

16/12/2015

A segurança e a gestão no sistema

socioeducativo, a estrutura arquitetônica

das unidades de internação dos

adolescentes em conflito com a lei e o

atendimento em meio aberto. Esses

foram os temas em debate no dia 16

dezembro, em evento promovido

na Secretaria de Direitos Humanos,

com o objetivo de auxiliar na definição de

normas de referência para a

socioeducação no país. As atividades

integram a programação do II Encontro

da Escola Nacional de Socioeducação,

que seguiu até o dia 18.

Na abertura, o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente,

Rodrigo Torres, destacou a importância da construção coletiva de parâmetros que

contribuam para a implementação efetiva do sistema socioeducativo. “Desde a instituição

do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo em 2012, tivemos muitos avanços. A

ideia é fazer um grande esforço em 2016 para que a gente consiga implementar a lei que

instituiu o Sinase da forma como está prevista”, disse.

O secretário salientou ainda o papel do Sinase na discussão da maioridade penal: “a

melhor maneira de combater a ameaça de redução da maioridade penal no Congresso

Nacional é ter um sistema socioeducativo que funcione e que tenha qualidade. É dessa

maneira que mostraremos que não há necessidade de reduzir a maioridade penal e que

isso é um grande retrocesso”, explicou.

Esse posicionamento também foi defendido pela vice-presidente do Fórum dos Dirigentes

Governamentais de entidades executoras da Política de Promoção e Defesa dos Direitos

da Criança e do Adolescente (Fonacriad), Isa Maria do Rosário de Andrade. “Nós

precisamos inovar e colocar em prática a lei para que o Brasil seja referência internacional

no assunto”, afirmou.

Os participantes do encontro devem estabelecer as diretrizes da política de segurança dos

locais de internação compatível com os princípios de direitos humanos e os parâmetros

arquitetônicos para a construção das unidades. Além disso, será analisado o atendimento

socioeducativo em meio aberto executado em três cidades (Jaboatão dos Guararapes/PE,

Serra Talhada/PE e São Bernardo do Campo/SP) e no Distrito Federal. O modelo de

gestão implementado nessas localidades pode servir de referência para os demais

municípios brasileiros.

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Os debates contam com a participação de técnicos e de gestores estaduais do sistema

socioeducativo, além de representantes dos ministérios da Saúde, Educação e

Desenvolvimento Social e do Escritório as Nações Unidas para Serviços e Projetos

(Unops).

Nos dias 17 e 18, foram realizadas discussões sobre a Escola Nacional de Socioeducação.

A programação inclui as palestras “Desafios de gestão e formação da política de

socioeducação” e “Possibilidades e desafios da educação em Socioeducação”. Também

foi apresentado um panorama das atividades dos Núcleos Estaduais e as perspectivas da

Escola Nacional de Socioeducação para 2016.

Fonte: SDHPR/ASCON

Secretaria de Direitos Humanos prorroga prazo para municípios

preencherem Cadastro Nacional dos Conselhos

Tutelares

18/12/2015

Os municípios tiveram até o dia 4 de

janeiro para atualizarem as informações

do Cadastro Nacional dos Conselhos

Tutelares, realizado pela Secretaria de

Direitos Humanos. O prazo encerraria

no dia 18 de dezembro, e foi prorrogado.

O objetivo do cadastro é reunir

informações sobre as unidades em

funcionamento no país, como endereço,

horário de atendimento e estrutura física.

Além disso, serão levantados os nomes

dos conselheiros tutelares eleitos para o

mandato 2016-2020.

De acordo com o coordenador-geral da

Política de Fortalecimento de Conselhos, Marcelo Nascimento, o cadastro contribuirá para

o aprimoramento da rede do Sistema de Garantia de Direitos. Ele esclarece que a coleta

dessas informações permitirá uma melhor compreensão das necessidades dos conselhos

tutelares, pois será possível verificar se as unidades possuem celular, veículo de uso

exclusivo e acesso à internet, por exemplo. “Essas questões relacionadas à estrutura

ajudam a nortear a política de fortalecimento dos conselhos tutelares no país”, salienta.

Além disso, muitas das informações contidas nesse cadastro poderão ser acessadas

também pelos cidadãos, que encontrarão no documento dados importantes sobre os

conselhos. “Com o cadastro, as pessoas poderão encontrar com facilidade os endereços e

telefones de qualquer conselho tutelar do país”.

Os conselhos tutelares devem preencher o formulário do cadastro nacional com o apoio

dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Equipagem

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Desde 2012, a Secretaria de Direitos Humanos entrega conjuntos de equipamentos para

os conselhos tutelares. Cada unidade recebe um veículo, cinco computadores, uma

impressora multifuncional, um refrigerador e um bebedouro, contribuindo para que tenham

infraestrutura e condições adequadas de funcionamento.

A iniciativa foi construída em resposta aos problemas de estrutura desses órgãos de

proteção e promoção dos direitos de crianças e adolescentes no país, que foram

identificados no Primeiro Cadastro Nacional dos Conselhos Tutelares, realizado em 2012.

A equipagem dos conselhos alcançou 1.837 cidades distribuídas em 26 Unidades da

Federação. Até novembro deste ano, o número de conselhos equipados chegou a 2.122, o

que corresponde a 35% dos 5.956 estabelecimentos em funcionamento no país.

Fonte: SDHPR/ASCON

Conanda publica resolução para diminuir medicação em

crianças e adolescentes

18/12/2015

O Conselho Nacional dos Direitos da

Criança e do Adolescente (Conanda)

publicou no dia 18 de dezembro uma

resolução em que recomenda o fim da

prescrição excessiva de medicamentos

para crianças e adolescentes no

tratamento de problemas relacionados à

aprendizagem, ao comportamento e à

disciplina.

A resolução estabelece que é um direito

de meninos e meninas o acesso a

alternativas que não envolvam uso de

medicamentos.

A decisão do Conanda levou em consideração dados que mostram o aumento no

consumo do metilfenidato (Ritalina), medicamento utilizado no tratamento de crianças e

adolescentes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). De acordo

com o Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o Brasil se

tornou o segundo mercado mundial no consumo do metilfenidato, com cerca de dois

milhões de caixas vendidas no ano de 2010. Estudos apontam também para um aumento

de consumo de 775% entre 2003 e 2012.

Segundo o presidente do Conanda, Rodrigo Torres, a resolução recomenda que o uso

desse medicamento deve ocorrer somente após o diagnóstico preciso feito por uma equipe

multiprofissional e seguindo as normas do Ministério da Saúde. “As questões ligadas à

aprendizagem, ao comportamento e à disciplina muitas vezes são tratadas como

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problemas de saúde, o que acaba levando a medicalização de crianças e adolescentes

mesmo sem uma análise aprofundada do problema”, explicou. “Para que seja administrado

o metilfenidato, é preciso ter a análise de uma equipe multidisciplinar na área de saúde

para de fato ter um diagnóstico preciso de que aquele é um problema de saúde e não um

problema social, cultura, de adaptação e de integração”.

O Conanda destaca ainda a importância da promoção de práticas de educação e cuidados

de saúde, o que envolve a oferta pelo Poder Público de orientação para familiares e de

capacitação para profissionais responsáveis pelos cuidados de crianças e adolescentes.

Além disso, os órgãos e entidades que integram o Sistema de Garantia de Direitos devem

promover campanhas educativas e debates para a divulgação do direito da criança e do

adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de excessivo de medicamentos.

Fonte: SDHPR/ASCON

Novos conselheiros tutelares tomam posse em quase

todo o país

07/01/2016

Os conselheiros tutelares eleitos para o

mandato 2016-2020 foram empossados

no último dia 10 de janeiro nas cidades

em que a votação ocorreu até o final do

ano passado. Mais de 90% dos

municípios brasileiros participaram

desse processo no dia 4 de outubro de

2015.

A escolha unificada de conselheiros foi

determinada pela Lei nº 12.696/2012,

que também garantiu aos eleitos os

seguintes direitos: remuneração

(definida pelo município), cobertura

previdenciária, férias (com acréscimo de um terço no salário), licenças maternidade e

paternidade e gratificação natalina. Eles também terão acesso a cursos de formação inicial

e a um sistema atualizado com informações sobre a infância e adolescência, o que

auxiliará no exercício das atividades.

“A Lei foi importante para estabelecer políticas de âmbito nacional, criando parâmetros e

alinhamentos para a atuação dos conselheiros tutelares do Brasil. Além disso, trouxe

avanços na padronização dos direitos de conselheiros tutelares”, avalia o secretário

nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Rodrigo Torres.

Fortalecimento dos Conselhos Tutelares

A Secretaria de Direitos Humanos mantém uma série de ações de fortalecimento dos

conselhos tutelares, que terão continuidade no mandato dos conselheiros que assumem as

atividades no próximo domingo, como formação continuada, entregas de equipamentos e

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construção de novas unidades. “A expectativa é ampliar a estruturação dos conselhos por

meio da entrega dos kits de equipagem; apoiar os municípios na construção de conselhos

tutelares; investir na formação dos conselheiros a partir de uma matriz de ensino nacional

e aprimorar as condições de trabalho”, explica Torres.

O Brasil tem cerca de 30 mil conselheiros tutelares, que têm atribuições e competências

para defender crianças e adolescentes com direitos violados. No exercício das atividades,

atuam, por exemplo, no combate a situações de negligência, exploração sexual e violência

física. Também são responsáveis pela fiscalização e aplicação das políticas públicas

direcionadas à infância e à adolescência. Os conselhos tutelares são órgãos autônomos e

permanentes, que integram a administração pública local. Atualmente, 99,89% dos

municípios brasileiros têm unidades em funcionamento (5.956).

Processo de escolha

A votação para escolha dos conselheiros tutelares ocorre em todo o território nacional a

cada quatro anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da

eleição presidencial. O voto é facultativo. O processo de escolha dos membros é realizado

sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e

a fiscalização do Ministério Público.

Em 2015, a escolha dos conselheiros foi em 4 de outubro. Os municípios que não

conseguiram realizar o processo na data determinada, como Rio de Janeiro e São Paulo,

devem concluir a escolha até fevereiro.

Fonte: SDHPR/ASCON

“Novos conselheiros tutelares vão ajudar no enfrentamento à cultura de

violência no Brasil”, diz secretário

11/01/2016

Ao participar da posse dos conselheiros

tutelares em Guarulhos, Estado de São

Paulo, no último dia 10 de janeiro, o

secretário especial de Direitos Humanos,

Rogério Sottili, destacou a importância do

trabalho que eles desenvolvem no

enfrentamento à cultura de violência no

país.

Segundo o secretário, os 30 mil

conselheiros tutelares do Brasil, eleitos

pela população e empossados no final de

semana em diversos municípios, têm o

papel estratégico na defesa dos direitos

da criança e do adolescente.

“Os conselheiros tutelares são

importantes para mudar a cultura de violência, porque não faremos isso se não

começarmos a trabalhar com o respeito aos direitos da criança e do adolescente. Isso é

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ainda mais importante neste momento em que vários direitos estão sendo ameaçados”,

afirmou, lembrando da proposta de redução da maioridade penal.

O secretário ressaltou ainda o empenho da Secretaria de Direitos Humanos na criação de

políticas para aprimorar a atuação dos conselhos tutelares. “O governo federal está à

disposição para ajudar a fortalecer os conselhos tutelares. Vamos trabalhar juntos na

formação e qualificação dos conselheiros e na equipagem das unidades”, concluiu.

“Os conselheiros tutelares são importantes para mudar a cultura de violência, porque não

faremos isso se não começarmos a trabalhar com o respeito aos direitos da criança e do

adolescente. Isso é ainda mais importante neste momento em que vários direitos estão

sendo ameaçados”, afirma secretário Rogério Sottili.

Os conselheiros tutelares eleitos para o mandato 2016-2020 foram empossados no

domingo na maioria das cidades em que a votação ocorreu até o final do ano passado.

Mais de 90% dos municípios brasileiros participaram desse processo no dia 4 de outubro

de 2015, e realizaram as posses no final de semana.

A escolha unificada de conselheiros foi determinada pela Lei nº 12.696/2012, que também

garantiu aos eleitos os seguintes direitos: remuneração (definida pelo município), cobertura

previdenciária, férias (com acréscimo de um terço no salário), licenças maternidade e

paternidade e gratificação natalina. Eles também terão acesso a cursos de formação inicial

e a um sistema atualizado com informações sobre a infância e adolescência, o que

auxiliará no exercício das atividades.

Fonte: SDHPR/ASCON

Secretaria de Direitos Humanos lança Campanha de Enfrentamento da

Violência Contra a Criança e o Adolescente

no Carnaval

19/01/2016

“Não desvie o olhar. Fique atento.

Denuncie. Proteja nossas crianças e

adolescentes da violência”. Este é o

lema da Campanha Nacional de

Enfrentamento da Violência Sexual de

Crianças e Adolescentes no Carnaval,

realizada anualmente pela Secretaria de

Direitos Humanos.

A mobilização destaca o Disque 100

como o principal canal de recebimento

de denúncias sobre violações de direitos

humanos do governo federal, além dos

conselhos tutelares.

O objetivo da ação é conscientizar as

pessoas sobre a importância de prevenir e denunciar casos de violação de direitos das

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crianças e adolescentes nesse período de grande movimentação turística no Brasil. A

Campanha visa mobilizar parceiros da rede governamental e não governamental de

proteção e da sociedade geral, bem como de lideranças e artistas envolvidos com o

Carnaval para adesão e divulgação da campanha.

Faça a sua parte. Fique atento aos direitos das nossas crianças e adolescentes e, em caso

de violações, Não desvie o olhar. Fique atento. Denuncie. PROTEJA. Divulgue esta

campanha, procure o Conselho Tutelar ou Disque 100. Proteger nossas meninas e

meninos de todas as formas de violência é uma responsabilidade de todos!

Fonte: SDHPR/ASCOM

Cartilha orienta brasileiros no exterior sobre disputa de guarda e

subtração internacional de crianças

19/01/2016

Em parceria com a Secretaria de

Direitos Humanos, o Ministério das

Relações Exteriores lançou no ultimo dia

19, uma cartilha para orientar os

brasileiros que vivem no exterior sobre o

que deve ser feito quando ocorre a

disputa de guarda dos filhos durante a

separação do casal.

O material contém informações

relacionadas à legislação e práticas

adotadas em diversos países referentes

ao tema e do apoio que poderão esperar

dos órgãos brasileiros competentes, seja

no Brasil ou no exterior.

Com as orientações da cartilha, espera-se reduzir os casos de subtração internacional de

crianças, em que um dos pais retira o filho de seu país de residência habitual sem a

autorização do outro genitor. Em 2015, a Secretaria de Direitos Humanos, órgão do

governo brasileiro que atua como Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF) nas

situações de subtração internacional de crianças, recebeu 91 novos casos. Desses, 77%

são pedidos para que o Brasil devolva crianças trazidas para o país de forma irregular. Nos

demais pedidos, é o Estado brasileiro que solicita o retorno de crianças levadas

ilicitamente para o exterior. Os países com o maior número de pedidos de cooperação

internacional com o Brasil são Estados Unidos, Portugal, Itália, Espanha e França.

“Entendemos que é preciso trabalhar no campo da prevenção. Para evitar que a subtração

aconteça, precisamos empoderar com informações a comunidade brasileira que vive no

exterior. É importante que o pai e a mãe tenham conhecimento da legislação local e do

sistema de proteção para que eventualmente uma mulher brasileira em situação de

vulnerabilidade tenha a informação necessária para que ela busque todos os meios

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possíveis e evite a subtração”, disse. “A cartilha vem como principal mecanismo de

informação para a comunidade brasileira que vive no exterior”, explicou o coordenador-

geral da Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF), George Lima.

Segundo o Itamaraty, a cartilha terá como foco os países que possuem grandes

comunidades brasileiras, como Estados Unidos, Europa Ocidental e América do Sul. O

material foi customizado pelos postos consulares brasileiros, o que permitiu a inclusão de

informações essenciais sobre a legislação e práticas adotadas em cada jurisdição

referentes à disputa da guarda por pais de diferentes nacionalidades.

Acesse os dados sobre adoção e subtração internacional de crianças da Autoridade

Central Administrativa Federal (ACAF). Acesse a cartilha.

Fonte: SDHPR/ASCON

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OUTRAS NOTÍCIAS

Projeto regulamenta escuta adequada de crianças e adolescentes

vítimas de violência

09/12/2015

Na última semana, foi apresentado pela

Frente Parlamentar Mista de Defesa dos

Direitos da Criança e Adolescente, na

Câmara dos Deputados, o PL 3792/2015.

O Projeto tem como objetivo regular e

organizar a escuta de crianças e

adolescentes nos sistemas de proteção e

justiça.

Segundo o desembargador José Antônio

Daltoé Cezar (RS), defensor da proposta

e membro do IBDFAM, o PL reconhece

que a escuta inadequada e despreparada

é causa de dano secundário para a

vítima de violência.

Atualmente, em regra, crianças e adolescentes são ouvidos de forma inadequada quando

chamados a prestarem esclarecimentos nos sistemas de proteção e justiça. Isto porque

não existe lei estabelecendo uma maneira adequada das escutas serem realizadas, e

também devido à falta de capacitação para os profissionais que as realizam.

“No sistema de justiça, por exemplo, crianças e adolescentes, como regra, prestam

depoimentos como os adultos prestam depoimentos. Não existe tempo para ambientação

e aproximação com quem eles vão falar, os espaços não são acolhedores, as perguntas

são feitas de forma direta e invasiva, o que determina, muitas vezes, que crianças e

adolescentes não consigam relatar aquilo que realmente ocorre”, explica o

desembargador.

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Entre outras disposições, o projeto estabelece roteiros a serem observados, desde que a

notificação seja apresentada; define os papéis de todos os agentes públicos que terão

contato com as vítimas; determina a capacitação obrigatória desses agentes e estabelece

a forma como as escutas deverão ser realizadas, inclusive quando ocorrerem no sistema

de justiça.

“Esses depoimentos, essas escutas, deverão ser realizadas em tempo mais próximo ao

fato que é noticiado como violência, com a intervenção de pessoas previamente

capacitadas para que essas intervenções não causem danos secundários às crianças e

adolescentes”, diz.

A proposta estabelece também normas de ética, como o direito de permanecer em

silêncio, o direito de ser informado dos motivos que determinaram as suas chamadas a

esclarecer sobre fatos das suas vidas.

Fonte: IBDFAM

Fundac participa da I Feira de Aprendizagem

da Bahia

10/12/2015

Atendendo a uma convocação do

Ministério do Trabalho e Previdência

Social – MTPS, representantes de cerca

de 500 empresas compareceram na

manhã do dia 10 de dezembro, no

auditório do SENAI – Cimatec, em

Piatã, para colaborar na busca do

desenvolvimento e da formação

profissional dos jovens baianos, durante

a realização da I Feira da Aprendizagem

da Bahia.

A Feira foi promovida pelo Fórum

Baiano de Aprendizagem – Fobap e seu

maior objetivo é ampliar o conhecimento

sobre aprendizagem profissional, além de incentivar a sua implantação em outros

municípios do estado da Bahia, na administração pública e nas empresas e cooperativas.

As empresas convocadas a participar da feira são aquelas autuadas pelo Ministério do

Trabalho e Previdência Social. Além delas, diversas entidades interessadas no desafio da

inclusão de jovens e adolescentes no mundo do trabalho também estiveram presentes. “A

presença de vocês aqui hoje nos confirma que é preciso ir além da obrigação legal imposta

pela Lei 10.097. Ao contratar aprendizes, diminuem-se os riscos sociais para a juventude e

contribui-se para uma sociedade melhor e mais justa”, afirmou Marli Pereira, auditora fiscal

do MTPS e presidente do Fobap, durante a sua palestra ‘A Aprendizagem Profissional e as

possibilidades da Formação Prática’.

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O evento também foi marcado pelo lançamento do Selo de Reconhecimento das Boas

Práticas da Aprendizagem Profissional e pela apresentação de instituições que mantém

projetos especiais de aprendizagem profissional, como o Ministério Público, Fundação

Cidade Mãe, Fundac, Obras Sociais Irmã Dulce e Acopamec.

Aprendizagem na Medida – A Coordenadora de Educação Profissional da Fundação da

Criança e do Adolescente – Fundac, Yolanda Franco, destacou as parcerias que

viabilizaram a implantação do Programa Aprendizagem na Medida nas unidades de

atendimento socioeducativo da Fundac. Segundo ela, o programa, que já está na sua

décima edição, já atendeu, em parceria com o Senai, MTPS, através da Superintendência

Regional do Trabalho e Emprego na Bahia – SRTE/BA, e empresas parceiras, cerca de

200 educandos nas áreas administrativa, construção civil e panificação. “Ações conjuntas

são fundamentais para ampliarmos o acesso dos jovens à educação profissional. Essa é

uma excelente contribuição para formarmos bons profissionais, mas, principalmente,

cidadãos de bem”, afirmou Franco, reiterando que o protagonismo jovem deve ser

estimulado na construção de projetos de vida consistentes e afinados com os desafios da

modernidade.

STANDS – No turno da tarde, a I Feira de Aprendizagem da Bahia contará com a

participação de representantes de diversos municípios baianos interessados em conhecer

os projetos de formação profissional e inclusão de jovens aprendizes em seus municípios.

Durante todo o dia, stands das instituições habilitadas para formação profissional de

aprendizes, da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de

Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social – Sudef/SJDHDS, da Fundac, Obras

Sociais Irmã Dulce, Acopamec, dentre outros, atenderam os candidatos a aprendizes e os

empresários interessados em implementar a aprendizagem profissional.

Também foram realizadas palestras sobre o tema para empresas e instituições, orientação

profissional direcionadas aos jovens que participam do evento, além da emissão da

Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Fonte: FUNDAC

Praças na Calçada, Largo do Tanque e Conselho Tutelar

são entregues

17/12/2015

Dentro do projeto Salvador Bairro a Bairro,

o Gabinete da Prefeitura em Ação na região

da Liberdade/São Caetano foi encerrado,

na noite do dia 07 de dezembro, com a

inauguração da praça do largo do Tanque

pelo prefeito ACM Neto, acompanhado de

toda a administração municipal.

Antes, foi entregue a praça Vereador Décio

Sant'Anna, na Calçada, em frente ao Plano

Inclinado, cuja cerimônia contou com a

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presença dos familiares do médico e político, falecido em 2012.

Em seguida, na Boa Vista de São Caetano, foram entregues a sede do Conselho Tutelar e

a Escola Municipal Helena Magalhães.

Fonte: Jornal A Tarde

Estudantes da UFBA e Coletivo de Hip Hop Pixote realizam

ações na Fundac 18/12/2015

Uma parceria entre a Fundação da

Criança e do Adolescentes – Fundac, a

Defensoria Pública Especializada de

Defesa dos Direitos da Criança e do

Adolescente do Estado da Bahia –

Dedica, e a Universidade Federal da

Bahia – UFBA, realizou entre os dias 16

e 19 de dezembro, a 2ª Vígilia

Informativa: Ações Colaborativas na

Fundac.

O objetivo do encontro foi divulgar

informações sobre o massacre de 43 estudantes na Escola Normal Rural de Ayotzinapa,

no México e promover um espaço para a criação artística dos socioeducandos a partir de

reflexões sobre sua realidade e para a interação e troca de experiências entre os

socioeducandos e os oficineiros durante apresentações artísticas.

Segundo os organizadores do projeto, a ação responde à necessidade de uma reflexão

mais crítica sobre os debates em torno da implantação da redução da menoridade penal.

Quanto ao Índice de Homicídios na Adolescência, com base em dados recolhidos em

2012, estima-se que mais de 42 mil adolescentes, de 12 a 18 anos, poderão ser vítimas de

homicídio nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre os anos de

2013 e 2019. A Bahia ocupa o segundo lugar onde ocorrem mais homicídios sofridos por

adolescentes. Segundo Carla Dameane, Professora do Núcleo Permanente de Extensão

em Letras da UFBA, idealizadora e coordenadora do projeto, “queremos recordar não

somente os jovens assassinatos em Ayotzinapa, mas todos os adolescentes vítimas da

violência, do desaparecimento forçado e dos homicídios em Salvador, nosso contexto de

enunciação”.

As ações colaborativas foram realizadas na Comunidade de Atendimento Socioeducativa –

CASE CIA. A equipe responsável pelo evento, composta por estudantes de

Letras/Espanhol da UFBA e profissionais que atuam em coletivos de Hip Hop na cidade de

Salvador,a exemplo do Coletivo Pixote, promoveu, durante o encontro, a interação entre

comunidade interna e externa, estabelecendo diálogo entre os estudantes, os ativistas e os

educandos da Fundac, e o debate em torno de temas sociais, realizando suas ações de

modo interativo, através de palestras, debates e expressões artísticas, como teatro, ritmo e

poesia e oficinas de grafite.

Fonte: FUNDAC

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Fundac divulga novo Termo de Referência para contratação emergencial

de Entidades sem Fins Lucrativos

22/12/2015

A Fundação da Criança e do

Adolescente (Fundac) divulgou novo

Termo de Referência, para

contratação emergencial de

Entidades sem Fins Lucrativas,

legalmente constituídas para

prestação de serviços de assistência,

proteção e apoio aos adolescentes

em cumprimento de Medidas

Socioeducativas de Internação,

Internação Provisória, Semiliberdade,

Pronto Atendimento, Atendimento

Especial e Egressos, nas unidades

de atendimento da Fundac no Estado

da Bahia.

O novo termo e seus anexos já estão disponíveis nos endereços

eletrônicos: www.fundac.ba.gov.br,www.justiçasocial.ba.gov.br, www.secom.ba.gov.br e w

ww.comprasnet.ba.gov.br

O prazo de avaliação das propostas também foi alterado. A documentação ser deve ser

entregues no setor de Protocolo da Fundac, na Rua Agripino Dórea, nº 26 A, Pitangueiras

entre os dias 05 e 12 de Janeiro de 2016 das 9h às 17h. Para tirar dúvidas, entre em

contato através do e-mail: [email protected]

Fonte: FUNDAC

Prefeitura de Bom Jesus da Lapa habilita cinco novos

conselheiros tutelares 09/01/2016

O prefeito da cidade de Bom Jesus da

Lapa, Eures Ribeiro (PV), nomeou no dia

08 de janeiro os cinco novos conselheiros

tutelares do município. A diplomação dos

profissionais eleitos para o quadriênio

2016/2019 aconteceu no gabinete do

prefeito e eles já começam a exercer

suas atividades na próxima segunda-feira

(10).

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Herbem Sales de Lima, Monaliza Jesus de Almeida, Taisa Lima de Abreu, Eliane Marques

Ribeiro e Flávia de Oliveira Silva foram escolhidos como conselheiros titulares através de

eleição direta organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pelo Conselho

Municipal dos Direitos de Criança e Adolescente (CMDCA). Vanessa Pereira de Amorim e

Jucelma Belo dos Santos foram eleitos como suplentes, que só assumem em eventual

saída dos titulares.

Fonte: Bahia Notícias

COARACI: Novos conselheiros tomam

posse

09/01/2016

Os novos membros do Conselho Tutelar

de Coaraci, escolhido a partir de eleição

ocorrida no dia 04 de outubro de 2015,

para o cumprimento de um mandato de

quatro anos, participaram da cerimônia de

nomeação realizada na manhã do dia 08

de janeiro, no auditório da Prefeitura

Municipal.

Na solenidade foram entregues os termos

de nomeação para os cinco Conselheiros

Tutelares Titulares e outros cinco

suplentes, eleito pela comunidade local,

com objetivo de zelar pelo cumprimento

dos direitos da criança e do adolescente, cujas atribuições estão previstas no ECA

(Estatuto da Criança e do Adolescente.

O evento contou com a presença de representantes do governo municipal e da sociedade

civil. A Prefeita Josefina Castro ressaltou a importância do trabalho do Conselheiro Tutelar

para a comunidade. “É uma tarefa que exige muita responsabilidade e compromisso, pois

terão que lidar com situações extremamente delicadas e manter um diálogo com os pais

ou responsáveis, comunidade, poder judiciário e executivo e as crianças e adolescentes”,

Disse a Prefeita.

Também presente na cerimônia, a Secretária de Assistência Social Araci Chaussê, deu as

boas vindas aos novos membros do conselho. “A Assistência Social está sempre à

disposição para cooperar com execução das ações desse órgão que tanto contribui para

que a efetivação dos direitos elencados no Estatuto da Criança e do Adolescente sejam

cumpridos”, conclui Araci.

Fonte: Site Verminlho da Bahia

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Novos conselheiros tutelares de Salvador eleitos

foram empossados

10/01/2016

Os 90 conselheiros tutelares eleitos de

Salvador tomaram posse no dia 10 de

janeiro, em cerimônia na Fundação

Visconde de Cairu, no bairro dos Barris.

“Desejo boa sorte e peço todo empenho

e comprometimento para juntos

garantirmos os direitos das crianças e

adolescentes de Salvador", afirmou o

secretário de Promoção Social, Bruno

Reis, em discurso na solenidade.

O processo que escolheu os novos

conselheiros foi marcado por polêmicas

e parou na Justiça. As eleições que aconteceram em dezembro e chegaram a ser

suspensas pelo juiz Mario Soares Caymmi Gomes, da 8ª Vara de Fazenda Pública, que

alegou “irregularidades administrativas” no certame (leia aqui). A decisão, no entanto, foi

derrubada pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ-BA), desembargador Eserval Rocha

(veja aqui).

Fonte: Bahia Notícias

Teixeira de Freitas - DPE participa da posse de conselheiros

tutelares

11/01/2016

A cerimônia ocorreu no último dia 10 de

janeiro, na Câmara de Vereadores da

cidade. A solenidade de posse dos

novos conselheiros tutelares da cidade

de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul,

contou com a participação da

Defensoria Pública do Estado da Bahia

- DPE/BA.

Representando a DPE, o Defensor

Público Matheus Rocha Almeida

destacou a importância da participação

de todos os atores envolvidos no

sistema de proteção aos direitos da criança e do adolescente, a exemplo do Conselho

Tutelar. "A Defensoria está à disposição do Conselho Tutelar para um trabalho conjunto, o

que inclui contato permanente para orientação e capacitação dos membros dos conselhos,

já que é necessária a implementação de um trabalho em rede entre os diversos atores",

pontuou.

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Tomaram posse 10 conselheiros tutelares, divididos em dois grupos. Eles serão

responsáveis por zelar pelo cumprimento e fiscalização dos direitos das crianças e

adolescentes e atuarão sempre que tais direitos sejam ameaçados ou violados pela própria

sociedade, pelo Estado, pelos pais, responsável ou em razão de sua própria conduta. Na

maioria dos casos, o Conselho Tutelar vai ser provocado, chamado a agir, por meio de

uma denúncia.

Outras vezes, o Conselho, sintonizado com os problemas da comunidade onde atua, vai se

antecipar à denúncia - o que faz uma enorme diferença para as crianças e adolescentes. O

período de atuação dos conselheiros é de quatro anos.

Outras autoridades como o prefeito da cidade, presidente da Câmara de Vereadores, Juiz

da Vara da Infância e Juventude, Secretária de Assistencial Social e Presidente do

Conselho Municipal da Criança e do Adolescente - CMDCA, entre outros representantes

da sociedade civil também participaram do evento.

Fonte: DPE-BA

Novos Conselheiros tutelares foram nomeados

em Una/Ba

12/01/2016

Foi nomeado no município de Una/BA,

os cinco novos conselheiros tutelares

para a próxima gestão. A diplomação

dos profissionais eleitos para o

quadriênio 2016/2019 aconteceu na

manhã do dia 11 de janeiro, no prédio da

Secretaria de Desenvolvimento Social

em frente ao Centro de Saúde de Una.

Telma Damasceno, Samarone Corrêa,

Robério Cesar, Tânia Ribeiro e Márcia

Souza foram escolhidos como

conselheiros titulares através de eleição

direta organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pelo Conselho

Municipal dos Direitos de Criança e Adolescente (CMDCA).

Antônio Santos dos Reis, Elissandro Andrade dos Santos, Jaílton Couto dos Santos,

Edileusa Santos da Silva e Loucilene Silva Santos foram eleitos como suplentes, que só

assumem em eventual saída dos titulares.

Fonte: Blog Informe 50

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Juazeiro – Defensoria vai participar da capacitação de conselheiros

Tutelares recém-empossados

18/01/2016

DPE/BA participará do processo de

capacitação dos novos conselheiros

tutelares em Juazeiro, no Norte do

estado. Em reunião com o Defensor

Público da área da Infância e Juventude,

André Lima Cerqueira, ficou acordado

que o grupo, que tomou posse no dia 10

de dezmbro, também participará de

encontros mensais com a DPE, a fim de

discutir os problemas encontrados pelo

órgão de proteção à criança e

adolescente.

"A aproximação entre Defensoria e

Conselhos Tutelares é fundamental, já

que os Conselhos Tutelares funcionam como uma porta de entrada da maioria dos casos

que são atendidos pela DPE. Eles estão em um convívio mais próximo com a comunidade,

recebendo denúncias de violação aos direitos de crianças e adolescentes. Em sendo

assim, é de suma importância a sua articulação com a Defensoria Pública a fim de

desenvolver um trabalho mais eficiente na proteção desses direitos, que, segundo a

Constituição, gozam de primazia e é prioridade absoluta", pontuou André Cerqueira.

Para a capacitação, que ocorrerá no mês fevereiro, serão oferecidas aos novos

conselheiros informações teóricas e práticas sobre suas atribuições e dos demais órgãos

que integram a da rede de proteção, a exemplo do Centro de Referência Especializado de

Assistência Social (CREAS), Ministério Público, Polícia Civil e Militar, Conselho de Direito e

outras entidades, que também serão convidadas a participarem das reuniões mensais

propostas pela DPE.

Diálogo

Na reunião, baseada no projeto Dialogando com os Conselhos Tutelares, iniciado pela

Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, o defensor público

falou sobre a função primordial de atuação da Defensoria Pública junto à infância e

juventude. Uma atuação voltada à área individual, coletiva e na proteção de direitos

difusos, coletivos e individuais homogêneos. O fortalecimento da rede de proteção às

crianças e adolescentes em Juazeiro também foi pauta do encontro.

Outro tema abordado foi a precarização da estrutura do Conselho Tutelar da cidade. De

acordo com André Cerqueira, estabeleceu-se que a Prefeitura de Juazeiro será notificada

para a próxima reunião, já agendada para o dia 26 de fevereiro. No encontro, o Município

receberá relatório de inspeção realizado pela Defensoria Pública, dando conta das

necessidades emergenciais a serem atendidas para o pronto e regular funcionamento do

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Conselho Tutelar, buscando-se a elaboração de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC

e evitando-se a judicialização da demanda.

A aproximação com os conselhos tutelares é considerada fundamental para a Defensoria.

"O Dialogando com os Conselhos Tutelares em Juazeiro é o começo de um projeto de

interação permanente com os Conselhos Tutelares, que inclui cursos de capacitação e

elaboração de fluxos de atendimento, para facilitar e ampliar a comunicação entre os

conselheiros e os defensores", sentenciou o defensor público André Cerqueira.

Fonte: DPE-BA

Em três anos, Brasil tem 161 casos de disputa internacional

de crianças

19/01/2016

Entre 2013 e o ano passado, o governo federal registrou 161 casos de crianças brasileiras

alvo de disputa da guarda por pais de diferentes nacionalidades. A maior parte dos casos

(109) são de menores que entraram no Brasil de forma irregular – outros 52 são de

crianças que estão no exterior.

Esse cenário motivou o Itamaraty a lançar uma cartilha, no último dia 19, com informações

sobre a legislação internacional, o que significa a subtração internacional de crianças e

como lidar diante uma situação de violência doméstica no exterior.

"Geralmente [quando recorrem ao governo brasileiro] é tarde, e o assunto já chegou num

ponto irreversível. [O que se quer é] empoderar os brasileiros para que eles saibam

exatamente o que vão enfrentar no caso de rompimento de um relacionamento conjugal

com filhos menores no exterior", disse Luiza Lopes da Silva, diretora do departamento

consular e de brasileiros no exterior do Itamaraty.

O material, disponível no site do Itamaraty, traz informações para o público diretamente

envolvido, além de conteúdo específico para agentes consulares e outros multiplicadores

no exterior. Foram elaboradas ainda cartilhas sobre a legislação de países com maior

registro de casos – disputas de guarda com Estados Unidos, Portugal e Itália são

predominantes.

Para a diplomata, os brasileiros, muitas vezes, criam uma expectativa "totalmente irreal" de

que uma vez ingressando no Brasil com a criança, o caso estará solucionado. "O drama é

maior ainda pelo desapontamento que o brasileiro tem quando o Brasil determina o retorno

da criança. Temos casos de brasileiras inconformadas pela decisão, que se sentem traídas

pelo Estado brasileiro", disse.

PARAÍSO

A exemplo de outros 92 países, o Brasil é signatário da Convenção de Haia, acordo

internacional que trata do tema. "Estamos obrigados pelo tratado a tomar providências

sobre crianças trazidas ilicitamente para o Brasil", explicou George Lima, coordenador-

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geral de adoção e subtração internacional de crianças e adolescentes. Segundo ele, o país

tem uma demanda anual de 100 pedidos – desde sobre a subtração do menor, a pedidos

de visitas.

Subsecretária de combate à violência do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e

Direitos Humanos, Aparecida Gonçalves destaca que grande parte das ligações recebidas

pelo 180 internacional envolve justamente pedidos de informação sobre a guarda de

crianças.

"O exterior não é o paraíso que todo mundo diz, tem problemas como os do Brasil. () Ou se

comprova efetivamente que [a brasileira] viveu situação de violência, ou é muito difícil a

gente de fato garantir que [a criança] fique aqui no Brasil".

Um dos casos mais conhecidos no Brasil foi o do menino Sean Goldman, alvo de disputa

internacional entre o pai biológico e a família brasileira. Em 2009, a Justiça Federal

determinou a volta do garoto aos Estados Unidos, sob a guarda do pai.

Fonte: UOL

Case Cia realiza o 8º Campeonato de Futebol

Society

19/01/2016

Foi em clima de campeonato nacional que,

na tarde Do último dia 15, os adolescentes

em cumprimento de medida

socioeducativa na Case Cia, em Simões

Filho, deram o chute inicial no 8º

Campeonato de Futebol Society 2016.

Serão quinze rodadas com a participação

de 8 times, todos homônimos dos grandes

times do futebol nacional. A seleção é feita

pelo preparador físico Márcio Guimarães.

“O primeiro passo é acompanhá-los nas

atividades e identificar os talentos. Se eles

têm o desejo de participar, são

selecionados para a posição mais indicada

para o perfil”, contou Guimarães.

“O futebol é a atividade que mais gosto. Fico esperando ansioso a chegada da quinta (dia

de jogo), mas no final de semana sempre tem um joguinho”, afirmou sorridente o zagueiro

do ‘Corinthians’. Já o goleiro do ‘Palmeiras’, que também é músico, aprendiz do Senai no

Curso Aprendizagem na Medida e integrante da delegação que irá representar o estado da

Bahia na Conferência Nacional da Criança e do Adolescente, em Brasília no mês de maio,

contou que sempre participa das atividades.

“Me envolvo em todas as atividades. Tenho que aproveitar esse tempo de cumprimento de

medida para aprender o que eu puder e sair com expectativa de uma vida melhor”

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Segundo Deivson Siqueira, Coordenador de Esportes da Fundação da Criança e do

Adolescente – Fundac, a final do campeonato será no dia 17 de Fevereiro.

Fonte: FUNDAC

O indiano Kailash Satyarthi, Nobel da Paz pelo combate ao trabalho infantil, faz palestras em

São Paulo e Brasília

19/01/2016

Aos 26 anos, o indiano Kailash Satyarthi

deixou a carreira de engenheiro para se

dedicar à construção de um mundo mais

justo. Sua meta se tornou única: ajudar a

erradicar o trabalho infantil em seu país e

no mundo. E a longa militância foi

reconhecida em 2014, aos 60 anos de

idade, quando ganhou o Prêmio Nobel da

Paz – dividido com a paquistanesa Malala

Yousafzai, baleada pelo Taleban por

defender o direito das meninas de irem à

escola. “O propósito é como seremos

moralmente responsáveis e, em nosso

tempo de vida, ver o fim do trabalho

infantil”, afirmou, em entrevista ao

Promenino, durante sua primeira passagem pelo Brasil, há dois anos.

No dia 26 de janeiro, Kailash fez uma aula pública no SENAC Lapa Scipião (Região Oeste

de SP). O evento, sobre o direito à educação no Brasil e no mundo. No dia 27, o Nobel da

Paz debateu o trabalho infantil e o trabalho escravo em São Paulo, na Fecomercio-SP. Em

02 de fevereiro, o ativista fará uma palestra em Brasília, na sede do Tribunal Superior do

Trabalho (TST). As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas em todos os encontros.

No Distrito Federal, o evento encerrará a campanha “Trabalho Infantil. Você não vê, mas

existe”.

Kailash liderou o resgate de aproximadamente 80 mil crianças das piores formas de

trabalho. À frente da Marcha Global contra o Trabalho Infantil (que reúne duas mil

organizações em 140 países) e da Campanha Global para a Educação, o ativista mantém

a ONG GoodWeave, para retirar meninos e meninas do trabalho escravo em tapeçarias da

Índia, Nepal e Afeganistão.

Fonte: Site Promenino

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