edição v4n2 - abril, maio e junho de 2010
DESCRIPTION
Edição V4N1 - Janeiro, Fevereiro e Março de 2010TRANSCRIPT
DENTAL PRESS INTERNATIONAL
ISSN 1980-2269
Volume 4 - Número 2abril / maio / junho 2010
Revista D
ental Press de Periodontia e Im
plantologia Volum
e 4 - N
úmero 2
- abril / maio / junho 2
01
0
A Bionnovation, como uma empresa séria e comprometida com as exigências do mercado, está sempre pensando na sua segurança. Para isso, conquistou o certificado mais respeitado pela área da Saúde no País, o da Anvisa. Assim, você continua confiando na Bionnovation, pois sabe que está comprando um produto seguro, testado e de acordo com as exigências legais. E a gente continua crescendo para oferecer a qualidade que você merece.
0 8 0 0 7 0 7 3 8 2 4 b i o n n o v a t i o n . c o m . b r
FELICIDADE.
Bio_Anº TRADE 230x276.indd 1 2/24/10 2:05 PM
A busca pela excelência é algo natural para a Neodent. Para isso lançamos a linha Slim Fit, a evolução dos componentes para implantes de hexágono externo. Com ela é possível minimizar a remoção óssea da broca countersink e facilitar o assentamento do intermediário. Se até a Língua Portuguesa evoluiu por que seus componentes protéticos seriam sempre os mesmos? Conheça a linha Slim Fit e surpreenda-se.
Muito mais que um simples detalhe.
É a diferença entre o passado e o futuro.
WWW.NEOO.COM.BR
www.neodent.com.brouvidoria - 0800 725 6363SAC - 0800 707 2526
A busca pela excelência é algo natural para a Neodent. Para isso lançamos a linha Slim Fit, a evolução dos componentes para implantes de hexágono externo. Com ela é possível minimizar a remoção óssea da broca countersink e facilitar o assentamento do intermediário. Se até a Língua Portuguesa evoluiu por que seus componentes protéticos seriam sempre os mesmos? Conheça a linha Slim Fit e surpreenda-se.
Muito mais que um simples detalhe.
É a diferença entre o passado e o futuro.
WWW.NEOO.COM.BR
www.neodent.com.brouvidoria - 0800 725 6363SAC - 0800 707 2526
ISSN 1980-2269
Periodontia eImplantologia
Revista Dental Press de
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):1-112
volume 4, número 2, abr./maio/jun. 2010
Sumário
EntrEviStaAdy Palti
14
ExplicaçõES E aplicaçõESPeri-implantite e Periodontite:
diferenças e semelhanças
Alberto Consolaro, Paulo Martins Ferreira,
Tiago Novaes Pinheiro, Paulo Fukashi Yamaguti,
Luis Gustavo Cavalcanti Bastos
19
pErguntE a um ExpErtComo controlar a ansiedade do paciente
frente a procedimentos odontológicos?
Gustavo Jacobucci Farah
33
rEviSão dE litEraturaReosseointegração: é um objetivo viável?
Cristiane Ibanhes Polo, Luciano de Lima, Marcelo
Rial Dias, Ilan Weinfeld, Wilson Roberto Sendyk
39
caSo SElEcionadoProvisórios imediatos sobre
implantes cone morse
Angelo Menuci Neto, Cristiano Lages Carlucci
50
artigo inÉditoAvaliação da qualidade de vida de pacientes
reabilitados com implantes osseointegrados
submetidos à carga imediata – estudo
longitudinal
Larissa Marques de Souza Castro, Sérgio
Wendel, Robson Mendonça, André Freitas,
Luis Rogério Duarte
74
caSo clÍnicoAumento em espessura de rebordo maxilar
utilizando diferentes materiais:
relato de caso clínico
Marcos Daniel S. Lanza, Grazielly Barbosa
Carvalho, Wellington Márcio dos Santos Rocha,
Eduardo de Souza Lemos, Marcos Dias Lanza,
Satoshi Takenaka
83
artigo inÉditoEstudo piloto sobre a previsibilidade de
recobrimento radicular de recessões
gengivais classe III de Milller
Flávia Sukekava, Cléverson Oliveira Silva,
Maurício G. Araújo
93
caSo clÍnicoCirurgia guiada, uma nova alternativa para o
planejamento em Implantodontia:
relato de caso
Cleverson Luciano Trento, Eduardo Morechi,
Manfredo Zamponi, Renato Zardetto Júnior,
Vilmar D. Gottardo, Carolina Vieira Valadares
103
caSo clÍnicoExcelência estética na Implantodontia sob di-
ferentes protocolos de carga - relato de caso
Fernando Rodrigues Pinto, Robert Carvalho
da Silva, Júlio César Joly, Guilherme da Gama
Ramos, Paulo Fernando Mesquita de Carvalho
60
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia / Dental Press International. --v. 1, n. 1 (jan./fev./mar.) (2007) – . -- Maringá : Dental Press International, 2007-
Trimestral.
ISSN 1980-2269.
1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título.
CDD. 617.643005
Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim
aNaLiSta Da iNForMaÇÃo Carlos Alexandre Venancio
ProDUtor eDitoriaLJúnior Bianchi
ProDUÇÃo GráFica e eLetrôNica Andrés SebastiánFernando Truculo EvangelistaGildásio Oliveira Reis Júnior Tatiane Comochena
iNterNet Carlos Eduardo de Lima Saugo
BaNco De DaDoS Adriana Azevedo VasconcelosSoraia Pelloi
DePartaMeNto De cUrSoS e eVeNtoS Ana Claudia da Silva Rachel Furquim Scattolin
DePartaMeNto coMerciaL Roseneide Martins
SUBMiSSÃo De artiGoS Simone Lima Lopes Rafael
BiBLioteca Alessandra Valéria Ferreira
NorMaLiZaÇÃoMarlene G. Curty
reViSÃo Ronis Furquim Siqueira
DePartaMeNto FiNaNceiro Roseli Martins Márcia Cristina Plonkóski Maranha
SecretariaMichaele Rezende
iMPreSSÃo Gráfica Regente
EDITORESCarlos Eduardo Francischone - FOB-USP/Bauru, USC/Bauru Maurício Guimarães Araújo - UEM/PR
EDITORAS ASSISTENTESCarina Gisele Costa Bispo - UEM/PR Flávia Matarazzo - UEM/PRFlávia Sukekava - FO/USP
PUBLISHERLaurindo Z. Furquim - UEM/PR
CONSULTORES INTERNACIONAISJean-Paul Martinet - Universidade de Buenos AiresJorge Luis Garcia - ArgentinaJosé Valdívia - ChileJuan Carlos Abarno - UruguaiLuiz Meirelles - Universidade de GBG (Göteborg)Paulo Maló - Portugal
CONSULTORES NACIONAISAngelo Menuci Neto - ABO/RS César Augusto Magalhães Benfatti - UFSC/SCEduardo Feres - UFRJ/RJElaine Cristina Escobar Gebara - FMU/SPFrancisco A. Mollo Jr. - UNESP-Araraquara/SPGiuseppe Alexandre Romito - FUNDECTO - USP/SPHugo Nary Filho - USC/SPJoão Garcez Filho - Clínica particular - Aracaju/SEJosé Cícero Dinato - UFRGS/RSLuis Antonio Salata - FORP - USP/SPLuis Lima - USP/SPMarco Antonio Bottino - UNESP-São José dos Campos/SPMario Groisman - UNIGRANRIO/RJMarly Kimie Sonohara Gonzales - UEM/PRPaulo Martins Ferreira - USP - Bauru/SPRicardo de Souza Magini - UFSC/SCRicardo Fisher - UERJ/RJRonaldo de Barcelos Santana - UFF/RJSidney Kina - Clínica particular - Maringá/PR
A revista Dental Press de Periodontia e im-plantologia (ISSN 1980-2269) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Marin-gá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspon-dem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabili-dade dos anunciantes.
Assinaturas: [email protected] ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.
Editorial
5Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):5
A demanda de nossos pacientes por tratamentos, em termos de função e estética de seus implantes, é reconhecida.
Com o crescente número de implantes, exige-se soluções mais confiáveis para a regeneração e gestão de tecidos. Neste
mês de abril, teremos dois congressos que discutirão estes temas, que visam promover a investigação, aprendizagem e
colaboração entre as universidades e a indústria no campo da regeneração de tecidos com material biológico na região
oral e maxilofacial. O objetivo é fazer com que novas técnicas e produtos estejam disponíveis para as práticas mais rápidas
orientadas ao sucesso.
Destacamos a todos os leitores a nova edição desses dois eventos: o 7º ÓSSEO – Congresso Internacional de Os-
seointegração e o 2º CIPE – Congresso Internacional de Periodontologia, que serão realizados de 22 a 24 de abril de
2010 no Palácio das Convenções do Anhembi. Os eventos terão programações de cursos e seminários de altíssimo nível,
com ministradores nacionais e internacionais. O país também foi o primeiro do continente a ser escolhido para sediar o
Seminário da Academia Internacional de Osteologia (Osteology Foundation).
Na presente edição da revista, os colaboradores Angelo Menuci e Carlos Eduardo Soletti entrevistaram o Dr. Ady Palti,
após conviverem por três dias em sua clínica particular na Alemanha. Palti é professor eminente e palestrante internacio-
nal, dedicado ao estudo dos implantes imediatos, da densidade óssea, materiais e membranas de reposição. Na coluna
Explicações e Aplicações, Alberto Consolaro, Paulo Martins Ferreira, Tiago Novaes Pinheiro, Paulo Fukashi Yamaguti e
Luis Gustavo Cavalcanti Bastos nos brindam com informações preciosas sobre as semelhanças e diferenças entre a Peri-
implantite e a Periodontite.
O tema “Como controlar a ansiedade do paciente frente a procedimentos odontológicos” é abordado na seção Per-
gunte a um expert, sugerindo métodos farmacológicos e não-farmacológicos para controlar essa situação. Ainda, uma
abrangente revisão de literatura analisa a viabilidade de obtenção da reosseointegração dos implantes afetados pela peri-
implantite, nas diferentes opções de tratamento.
Já o Caso Selecionado apresenta um paciente no qual foi utilizado, na região anterior, provisório imediato sobre implan-
te do tipo cone morse — técnica que oferece vantagens e constitui-se em uma alternativa viável. Outros casos ilustram
a aplicação de diferentes protocolos de carga em um mesmo paciente; o aumento em espessura do rebordo maxilar em-
pregando diferentes materiais; e também a reabilitação unitária na região anterior de maxila, por meio da cirurgia guiada
por computador.
Enfim, apresentar sucessos e insucessos, discutir amplamente todos os recursos e antecipar a adoção de práticas
éticas e com embasamento científico é a vocação dessa revista. Aproveitem e fomentem essa discussão com suas parti-
cipações. Estamos abertos ao debate!
Prof. Dr. Maurício
Guimarães Araújo
Editores
Prof. Dr. Carlos
Eduardo Francischone
Promoção Realização Apoio
Patrocínio
• Baumer • Biomet3i • Bioss • Conexão • Dabi Atlante • Dentoflex •Dentsply • Globtek • Implac • Implacil De Bortoli • INP • Intra-Lock System • Neodent • Nobel Biocare • P-I Brånemark Philosophy
• Signo Vinces • SIN • Straumann Brasil • Titanium Fix • VK Driller • Welfare
DEMOCRÁTICO,ÚNICO, EXCLUSIVO.
Implantodontia clínica baseada em evidência
científica.
Venha reciclar conhecimentos no campo da reabilitação oral com implantes através de uma programação científica de fundamental importância para o seu crescimento profissional, no ABROSS 2010.
De 17 a 19 de junho de 2010, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, acontece um encontro exclusivo para 1.000 especialistas em Implantodontia de todo o Brasil: o IX Encontro Internacional da Academia Brasileira de Osseointegração - ABROSS 2010.
Um evento para quem forma opinião em Implantodontia e que vai oferecer, duranre três dias, os melhores temas em planejamento, cirurgia, prótese, biomateriais, medicamentos, diagnóstico por imagens e novas tecnologias.
Tudo isso apresentado por um time de ministradores internacionais e nacionais altamente qualificado.
Adesões on-line:www.implantnews.com.br/abross2010 Informações adicionais: VMCom – Depto. de Eventostel.: (11) 2168-3400 / [email protected]
17 a 19 de junho de 2010 – Anhembi – São Paulo
ABROSS2010IX Encontro Internacional da Academia Brasileira de Osseointegração
Venha para o ABROSS 2010, em São Paulo – um evento único, planejado para você.
Ministradores internacionais confirmados:
• Jay Malmquist (EUA) • Eric Rompen (Bélgica) • Paul Weigl (Alemanha)• Adriano Piatelli (Itália) • Ady Palti (Alemanha) • Barry P. Levin (EUA)
• Renzo Casellini (EUA) • Paulo Coelho (EUA) • Fred Bergmann (Alemanha)• Scott Ganz (EUA) • Jack T. Krauser (EUA) • Dario Adolfi (Brasil)
Acesse www.implantnews.com.br/abross2010, veja a programação científica definitiva do evento, garanta a sua vaga neste importante encontro e aproveite para inscrever painéis científicos. As inscrições vão até 30 de abril de 2010.
650 pré-inscritos,
garanta a sua vaga.
Agência de turismo oficial
7506 - An. Abross.indd 1 05/04/2010 09:33:49
Promoção Realização Apoio Agência de Turismo Oficial
Informações e adesões -Depto. de Eventos VMCom
tel.: (11) 2168-3400e-mail: [email protected]
www.implantnews.com.br/bim2010
MINISTRADORES INTERNACIONAIS CONFIRMADOS:
Steve Wallace (EUA)
Tiziano Testori(Itália)
José L. Calvo(Espanha)
Hugo Nary Filho(Brasil)
Dennis Tarnow(EUA)
Luiz Narciso Baratieri(Brasil)
Julho, 2010 em Brasília – Um encontro de excelência clínicaem Implantodontia no cenário das decisões do Brasil.
Experiência internacional somada à prática clínica de mais20 especialistas brasileiros, que ministrarão atividades em vários formatos.
FORMATOS DAS APRESENTAÇÕES:• Cursos internacionais e nacionais • Workshops interativos• Colóquio científico com professores estrangeiros• Tradução simultânea • Hospedagem em hotéis do próprio Centro de Convenções • Exposição promocional com 18 empresas selecionadas • 700 vagas
PAINÉIS CIENTÍFICOS:Inscreva os seus trabalhos e ganhe ainda mais reconhecimento em sua especialidade.Regulamento e inscrições disponíveis no site www.implantnews.com.br/bim2010
De 22 a 24 de julho de 2010, mais de 700 profissionais da Implantodontia estarão no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília, para o BIM 2010
- III Brazil International Meeting, um encontro que oferece uma excelente oportunidade de reciclagem e crescimento profissional na especialidade.
Sob o tema “Prática clínica baseada em tecnologia avançada”, o BIM 2010 vai reunir pesquisadores e especialistas de reconhecida competência em todo o mundo, e oferecer uma programação científica atual e completa.
Hiron Andreaza Presidente III BIM
Joaquim CaetanoPresidente Biomet3i
O BIM 2010 promete ser referência para os melhores implantodontistasdo Brasil. Garanta a sua vaga e esteja entre os melhores.
7507 - Anúncio BIM.indd 1 05/04/2010 09:32:03
É muito mais que ausência de GAP.
É ter mais tempolivre na sua agenda.
SAC 0800 707 2526Ouvidoria 0800 725 6363
Quem trabalha pensando no bem estar e na reabilitaç‹o estŽtica do paciente n‹o
precisa mais ficar em dœvida de qual interface protŽtica utilizar. A linha Cone Morse
da Neodent foi desenvolvida atravŽs de intensas pesquisas cient’ficas, proporciona
alta resistência mec‰nica e resolve o problema de afrouxamento do parafuso. Seu
encaixe imperme‡vel garante o selamento bacteriano promovendo a saœde do
tecido peri-implantar. Assim você conta com um procedimento exato, sem
retrabalho e fica com mais tempo para você. Conheça e surpreenda-se.
Quem trabalha pensando no bem estar e na reabilitaç‹o estŽtica do paciente n‹o
WWW.NEOO.COM.BR
www.neodent.com.br
É muito mais que ausência de GAP.
É ter mais tempolivre na sua agenda.
SAC 0800 707 2526Ouvidoria 0800 725 6363
*imag
em m
eram
ente
ilust
rativ
aWWW.NEOO.COM.BR
www.neodent.com.br
A Expo-Dentária é a maior feira de medicina dentária realizada emPortugal, registando na sua anterior edição uma participação superiora 5.800 visitantes. O seu êxito crescente confirma que é o lugar certopara gerar as melhores oportunidades de negócio e de visibilidadeinternacional para a sua empresa.
Deixe a sua marca na Expo-Dentária 2010.
Para mais informações visite: www.omd.pt
DEIXE A SUA MARCANA MAIOR FEIRA DE MEDICINA DENTÁRIA DE PORTUGAL
14
Entrevista
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):14-8
Após participar do 14th Dentsply-Friadent World Symposium em Barcelona, rumamos para
Baden Baden (Alemanha), onde acompanharíamos o Dr. Ady Palti em sua clínica por 3 dias.
A entrevista abaixo é fruto desse convívio e da discussão “en tête-à-tête” que só a rotina de
trabalho de um consultório dentário permite.
Ady Palti
Dr. Palti, conte-nos um pouco de sua
trajetória profissional, da graduação
até hoje.
Eu me formei na University of Klausen-
burg, Romênia, no ano de 1980. A convic-
ção e fascinação a respeito de implantes
dentários começou ainda como estudante.
Eu estava convencido, no final dos anos
70, que a Implantodontia seria uma parte
integral da nossa profissão em um futuro
próximo e, então, iniciei meu treinamento
em cirurgia na Alemanha. Em 1984, iniciei
meus estudos em Implantodontia na clínica
do Dr. Wörle, aqui na Alemanha, e depois
no Misch Institute, nos EUA.
Quais colegas influenciaram sua
carreira?
Posso facilmente recordar de três pes-
soas importantes: o Dr. Ken Judy, fundador
e ainda co-presidente do International Con-
gress of Oral Implantologists (ICOI). A se-
gunda pessoa é o Dr. Carl Misch, também
co-presidente do ICOI. Ele fez da Implanto-
dontia uma ”ciência”, com seu primeiro livro
Implantodontia Contemporânea, nos anos
90. E é claro, qualquer pessoa citaria o pro-
fessor Per Ingvar Branemark, por ter feito a
Implantodontia possível através da desco-
berta do titânio como um meio de atingir o
fenômeno da osseointegração.
O Sr. é um cirurgião reconhecido pela
vasta experiência, especialmente em
cirurgias reconstrutivas alveolares.
Na sua clínica, quais materiais de en-
xerto ósseo aplica como rotina?
Após 30 anos de experiência, nós desco-
brimos que os materiais sintéticos totalmente
reabsorvíveis podem fornecer os melhores
Entrevista
15
Palti A
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):14-8
Dr. Palti durante palestra recente em Israel.
18
Entrevista
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):14-8
Quais são os principais desafios futu-
ros da Implantodontia?
O futuro deve ser simples e previsível.
Nós temos que educar dentistas jovens a
respeito dos implantes dentários durante o
período de graduação. Todos os dentes ex-
traídos devem ser substituídos por implante
para preservar o osso, estética e função de
nossos pacientes. Isso deve ser ensinado
de maneira natural, tanto quanto a preven-
ção das doenças que atingem a boca.
Nós temos que descobrir melhores
materiais para os implantes, restaurações
protéticas e para enxertos ósseos, pois
acredito que há muito a se acrescentar em
termos de tecnologia: ainda estamos enga-
tinhando nesse campo.
Estes são os principais desafios: educa-
ção e tecnologia, para que a Implantodon-
tia seja ainda mais segura e previsível em
todos os consultórios dentários no mundo.
Ady Palti
- Graduado na Universidade de Klausenburg, Romênia.
- Treinamento cirúrgico na Alemanha.
- Clínica particular em Baden Baden, Alemanha.
- Pós-graduado em Implantodontia, Dr. M. Wörle
(Alemanha), e pelo Instituto Misch, EUA.
- Fundador e Diretor Científico do Centro de Educação
Avançada, Alemanha.
- Membro do Board of Directors of the International
Congress of Oral Implantologists (ICOI).
- Professor Clínico Visitante de Implantologia, Universidade
de Boston, Goldman School of Dental Medicine.
- Professor Visitante na Universidade de Budapeste,
Professor honorário na Faculdade de Odontologia da
Universidade de Bucareste.
- Fundador e Presidente da Academy for
Implantology (IAI), Alemanha.
- Professor Associado do Centro de Implantologia da
Universidade de New York.
- Presidente da German Society of
Oral Implantology (DGOI).
- Presidente do International Congress of
Oral Implantology.
- Diplomado pelo International Congress of Oral
Implantologists (ICOI).
- Membro Honorário e ex-presidente da European
Academy of Oral Implantology.
- Fundador e ex-presidente do clube de estudo
“Implantologia e Odontologia Moderna”,
Nordbaden, Alemanha.
- Consultor do BDIZ (European Association of Dental
Implantologists).
- Envolvido em pesquisa experimental e clínica na
área de Implantologia Oral. Suas principais áreas de
investigação são a colocação de implantes imediatos
e carga imediata sobre os implantes, a quantidade
e a densidade do osso, materiais e membranas de
reposição óssea e navegação 3D em computadores.
Publicou diversos artigos sobre esses temas.
- Palestrante em vários congressos internacionais
há mais de 10 anos.
- Editor-chefe da Compendium Implantology.
- Email: [email protected].
ENTREvISTADORES
Angelo Menuci
- Mestre em Implantodontia pela USC-Bauru.
- Especialista em CTBMF pela PUCRS.
- Membro Titular do Colégio Brasileiro de CTBMF.
- IAOMS Fellow, EAO Member, ITI Member.
Carlos Eduardo Soletti
- Especialista em Prótese Dentária.
- Professor da Especialização em Prótese Dentária da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
- Coordenador da Especialização em Prótese da UNINGÁ-
Santa Maria/RS.
Explicações e aplicações
19Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):19-32
Peri-implantite e Periodontite: diferenças e semelhanças
Porque a peri-implantite evolui mais rapidamente?
Alberto Consolaro, Paulo Martins Ferreira, Tiago Novaes Pinheiro,
Paulo Fukashi Yamaguti, Luis Gustavo Cavalcanti Bastos
1. A peri-implantite corresponde à mesma
lesão inflamatória dos tecidos perio-
dontais dos dentes naturais conhecida
como periodontite?
2. Os mecanismos moleculares, celulares e
teciduais são os mesmos?
3. A velocidade de evolução e o compro-
metimento das estruturas de suporte
são diferentes ou iguais?
4. Os tecidos peri-implantares apresentam
uma organização diferente dos tecidos
periodontais. Essa organização influen-
cia na evolução e velocidade da lesão
inflamatória induzida pelo acúmulo de
placa dentobacteriana?
Este trabalho tem o objetivo de facilitar a
compreensão desses questionamentos.
PlACA DENTOBACTERIANA E BIOfIlME
MICROBIANO: TERMINOlOgIA
A placa dentobacteriana representa a forma
mais comum de biofilme microbiano na natu-
reza. Os biofilmes microbianos correspondem
a películas sobre as mais variadas superfícies,
incluindo os dentes, mucosas, lentes, rochas,
vidros, metais e outros materiais. Os biofilmes
microbianos representam uma forma refinada de
organização de vida dos microrganismos. Eles
produzem e depositam entre si polissacarídeos
na forma de gel, criando um manto protetor con-
tra os leucócitos, anticorpos, enzimas, medica-
mentos e outros predadores, além de atuarem
como reserva nutritiva. Nessa forma de organi-
zação em condomínio, os microrganismos apre-
sentam sistemas de controle ambiental como
oxigenação, anaerobiose, drenagem e proteção.
Os biofilmes microbianos são mais adequa-
damente assim chamados por constituírem-se de
bactérias, fungos, parasitas e outras formas de
microrganismos. O termo “biofilmes” isoladamen-
te apresenta uma conotação muito ampla e pode
prejudicar a comunicação. Por outro lado, o termo
“biofilmes bacterianos” tem uma conotação muito
específica, pois o mesmo não constitui-se ape-
nas de bactérias, mas também de outras formas
de vida microbiana. Por sua vez, o uso do termo
“biofilme dentário” pode dar uma conotação de
que os tecidos dentários fazem parte do mesmo.
31
Consolaro A, Ferreira PM, Pinheiro TN, Yamaguti PF, Bastos LGC
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):19-32
CONSIDERAçãO fINAl
A peri-implantite representa uma ocorrên-
cia clínica eventual e a sua pequena preva-
lência implica em considerarmos como muito
eficiente a defesa propiciada pelos tecidos
cervicais peri-implantares.
Os componentes da inflamação e da res-
posta imunológica na peri-implantite e na pe-
riodontite parecem atuar da mesma forma e
intensidade. No entanto, quando a placa dento-
bacteriana se acumula continuadamente sobre
a região cervical dos implantes, a organização
fibrosa do tecido conjuntivo paralela à superfície
do intermediário e a sua menor quantidade de
componente vascular e fibroblástico promovem
uma barreira menos eficiente na distribuição do
exsudato e do infiltrado inflamatório.
Essas características explicam por que, com-
parativamente com os tecidos gengivais/perio-
dontais dos dentes naturais, a inflamação nos teci-
dos cervicais peri-implantares tende a se estender
mais rapidamente e comprometer mais precoce-
mente o tecido ósseo em sua margem cervical.
Essas observações ressaltam que o pa-
ciente deve estar conscientizado da importân-
cia da higiene bucal e do diagnóstico precoce
de lesões inflamatórias durante o uso de im-
plantes osteointegrados.
REfERêNCIAS
1. Adell R, Lekholm U, Rockler B, Brånemark PI. A 15 years
study of osseointegrated implants in the treatment of the
edentulous jaw. Int J Oral Surg. 1981 Dec;10(6):387-416.
2. Behneke A, Behneke N, d'Hoedt B, Wagner W. Hard and soft
tissue reactions to ITI screw implants: 3 year longitudinal
results of a prospective study. Int J Oral Maxillofac Implants.
1997 Nov-Dec;12(6):749-57.
3. Berglundh T, Lindhe J. Dimension of the periimplant
mucosa. Biological width revisited. J Clin Periodontol. 1996
Oct;23(10):971-3.
4. Berglundh T, Lindhe J, Marinello C, Ericsson I, Liljenberg B.
Soft tissue reactions to de novo plaque formation at implants
and teeth. An experimental study in the dog. Clin Oral
Implants Res. 1992 Mar;3(1):1-8.
5. Berglundh T, Lindhe J, Jonsson K, Ericsson I. The
topography of the vascular systems in the periodontal and
peri-implant tissues in the dog. J Clin Periodontol. 1994
Mar;21(3):189-93.
6. Berglundh T, Gislason O, Lekholm U, Sennerby L, Lindhe
J. Histopathological observations of human periimplantitis
lesions. J Clin Periodontol. 2004 May;31(5):341-7.
7. Branemark PI. Introduction to osseointegration. In:
Brånemark PI, Zarb GA, Albrektsson T, editors. Tissue-
integrated prostheses: osseointegration in clinical dentistry.
Chicago: Quintessence; 1995. p. 11-76.
8. Buser D, Mericske-Stern R, Bernard JP, Behneke A, Behneke
N, Hirt HP, et al. Long-term evaluation of non-submerged ITI
implants. Part 1: 8 year life table analysis of a prospective
multicenter study with 2,359 implants. Clin Oral Implants
Res. 1997 Jun;8(3):161-72.
9. Carmichael RP, Apse P, Zarg GA, McCulloch CAG.
Biological, microbiological and clinical aspects of
the peri-implant mucosa. In: Albrektsson TGA, editor.
The Branemark osseointegrated implant. Chicago:
Quintessence; 1989. p. 39-78.
10. Ericsson I, Berglundh T, Marinello C, Liljenberg B, Lindhe J.
Long standing plaque and gingivitis at implants and teeth in
the dog. Clin Oral Implants Res. 1992 Sep;3(3):99-103.
11. Esposito M, Hirsch JM, Lekholm U, Thomsen P. Biological
factors contributing to failures of osseointegrated oral
implants. Success criteria and epidemiology. Eur J Oral Sci.
1998 Feb;106(1):527-51.
32
Peri-implantite e Periodontite: diferenças e semelhanças. Porque a peri-implantite evolui mais rapidamente?
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):19-32
12. Esposito M, Worthington HV, Coulthard P. Interventions
for replacing missing teeth: treatment of perimplantitis.
Cochrane Database Syst Rev. 2004 Oct 18;(4):CD004970.
13. Esposito M, Worthington HV, Thomsen P, Coulthard P.
Interventions for replacing missing teeth: maintaining health
around dental implants (Cochrane review). Cochrane
Database Syst Rev. 2004;(3):CD003069.
14. Ferreira PM. Análise imunohistoquímica comparativa de
periimplantite com a periodontite em humanos. [tese].
Bauru: Universidade de São Paulo; 2005.
15. Gould TRL. Clinical implications of the attachment of oral
tissues to perimucosal implants. Excerpta Medica. 1985;19:
253-70.
16. Gould TR, Brunette DM, Westbury L. The attachment
mechanism of epithelial cells to titanium in vitro. J Periodontal
Res. 1981 Nov;16(6):611-6.
17. Gould TR, Westbury L, Brunette DM. Ultrastructural study of
the attachment of human gingiva to titanium in vivo.
J Prosthet Dent. 1984 Sep;52(3):418-20.
18. Gualini F, Berglundh T. Immunohistochemical characteristics
of inflammatory lesions at implants. J Clin Periodontol. 2003
Jan;30(1):14-8.
19. Jemt T, Lekholm U. Oral implant treatment in posterior
partially edentulous jaws: a 5 year follow up report. Int J Oral
Maxillofac Implants. 1993;8(6):635-40.
20. Liljenberg B, Gualini F, Berglundh T, Tonetti M, Lindhe J.
Some characteristics of the ridge mucosa before and after
implant installation. A prospective study in humans. J Clin
Periodontol. 1996 Nov;23(11):1008-13.
21. Lindhe J, Berglundh T, Ericsson I, Liljenberg B, Marinello C.
Experimental breakdown of peri-implant and periodontal
tissues. Clin Oral Implants Res. 1992 Mar;3(1):9-16.
22. Marchetti C, Farina A, Cornaglia AI. Microscopic
immunocytochemical and ultrastructural properties of
peri-implant mucosa in humans. J Periodontol. 2002
May;73(5):555-63.
23. Marinello CP, Berglundh T, Ericsson I, Klinge B, Glantz
PO, Lindhe J. Resolution of ligature induced peri-
implantitis lesions in the dog. J Clin Periodontol. 1995
Jun;22(6):475-9.
24. McKinney RV Jr, Steflik DE, Koth DL. Evidence for junctional
epithelial attachment to ceramic dental implants: a
transmission electron microscope study. J Periodontol. 1985
Oct;56(10):579-91.
25. McKinney RV, Steflik DE, Koth DL. The epithelium-dental
implant interface. J Oral Implantol. 1988;13:622-41.
26. Palacci P, Ericsson I, Engstrand P, Rangert B. Optimal implant
positioning & soft tissue management for the Branemark
system. Chicago: Quintessence; 1995.
27. Pontoriero R, Tonelli MP, Carnevale G, Mombelli A,
Nyman SR, Lang NP. Experimentally induced peri-implant
mucositis. A clinical study in humans. Clin Oral Implants Res.
1994;4:254-9.
28. Roos-Jansaker AM, Renvert S, Egelberg J. Treatment of
peri-implant infections: a literature review. J Clin Periodontol.
2003;30:467-85.
29. Sanz M, Alandez J, Lazaro P, Calvo JL, Quirynem M,
Steenberghe D. Histopathologic characteristics of peri-
implant soft tissues in Branemark implants with 2 distinct
clinical and radiological patterns. Clin Oral Implants Res.
1991;2:128-34.
30. Ten Cate AR. The gingival junction. In: Branemark PI, Zarb
GA, Albrektsson T, editors. Tissue-integrated prostheses:
osseointegration in clinical dentistry. Chicago: Quintessence;
1985. p. 145-53.
31. Zitzmann NU, Berglundh T, Ericsson I, Lindhe J. Spontaneous
progression of experimentally induced periimplantitis. J Clin
Periodontol. 2004 Oct;31(10):845-9.
Alberto Consolaro E-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Alberto Consolaro
• Professor Titular em Patologia da FOB-USP e da
Pós-graduação da FORP-USP.
Paulo Martins ferreira
• Professor Associado de Prótese na FOB-USP.
Tiago Novaes Pinheiro
• Professor Doutor de Estomatologia/Patologia da UNIP e
UNINORT – Manaus/AM.
Paulo fukashi Yamaguti
• Doutor em Reabilitação Bucal.
luis gustavo Cavalcanti Bastos
• Doutor em Reabilitação Bucal e Professor Adjunto da
EBMSP-FBDC - Bahia.
pergunte a um Expert
33Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):33-8
Como controlar a ansiedade do paciente
frente a procedimentos odontológicos?
introdução
A palavra ansiedade provém do grego anshein, que
significa “estrangular, sufocar, oprimir”11. Houaiss13 define
a ansiedade como um estado afetivo penoso, caracte-
rizado pela expectativa de algum perigo que se revele
indeterminado e impreciso, e diante do qual o indivíduo
se julga indefeso. Ela tem a função de nos proteger de
perigos que ameaçam nossa vida, nossa sobrevivência,
desde que seja controlada.
É frequente os pacientes demonstrarem algum tipo
de ansiedade frente aos procedimentos odontológicos,
mesmo sendo os mais rotineiros. Isso porque, histori-
camente, o estereótipo da Odontologia carrega expe-
riências desagradáveis, em decorrência de sua própria
evolução tecnológica.
Os fatores geradores da ansiedade nos pacientes po-
dem se enquadrar, em uma classificação proposta por
Weiner e Shehan24 para “ansiedade odontológica”, em
três subcategorias:
1. Ansiedade de associação: certos estímulos servem
de gatilho, como a visão da agulha, seringa ou ou-
tro instrumento odontológico.
2. Ansiedade de atribuição: relacionada a uma situa-
ção ou procedimento odontológico.
3. Ansiedade de avaliação: recordação de experiên-
cias negativas associadas ao tratamento dentário.
A aversão à dor e aos procedimentos odontoló-
gicos pode produzir ansiedade e medo, incluindo o
distúrbio do pânico, que desencadeia alterações fi-
siológicas que constituem uma barreira para a manu-
tenção da saúde bucal23. Esses sinais de ansiedade
e medo podem ser identificados pelo comportamento
do paciente e por manifestações como: queixa ver-
bal, inquietação, agitação, midríase, palidez da pele,
sudorese intensa, sensação de formigamento das
extremidades, hiperventilação, aumento da pressão
arterial e da frequência cardíaca, choro e distúrbios
gastrintestinais19. Tais sintomas também podem ser
decorrentes do fenômeno “efeito do jaleco branco”,
que pode provocar alterações do sistema cardiovas-
cular, como picos hipertensivos, na presença de um
médico ou dentista15.
Sendo assim, faz-se necessária a utilização de re-
cursos para minimizar a tensão emocional do paciente,
diminuindo a intensidade da liberação de catecolaminas
endógenas e sua ação sobre o sistema cardiovascular. É
sabido que a dor e a ansiedade podem acentuar a ativi-
dade simpática que, por sua vez, promove uma maior li-
beração de adrenalina, ativando os nociceptores, aumen-
tando a sensibilidade dolorosa e a contração das artérias,
elevando a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Em 1969, Corah3 propôs um questionário simples,
contendo quatro perguntas, para ser aplicado na consulta
odontológica inicial, que permite avaliar o grau de ansie-
dade do paciente ao tratamento proposto. A Escala de
“Ansiedade Dental” (Dental Anxiety Scale), ou simples-
mente Escala de Corah — como ficou conhecida —, é até
hoje bastante empregada por clínicos e pesquisadores.
gustavo Jacobucci farah
38
Como controlar a ansiedade do paciente frente a procedimentos odontológicos?
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):33-8
rEFErênciaS
1. Andrade ED, Ranali J. Emergências médicas em Odontologia.
2ª ed. São Paulo: Artes Médicas; 2004.
2. Bucker EOG, Chacur C, Galduróz JCF, Leite JR, Mattos RB,
Moraes LG, et al. Efeito de uma mistura de valepotriatos na
resposta de ansiedade induzida em voluntários submetidos
a uma situação de estresse psicológico. Folha Med.
1993;106(4):151-3.
3. Corah NL. Development of a dental anxiety scale. J Dent Res.
1969 Jul-Aug;48(4):596.
4. Cunha AP. A Valeriana, planta medicinal de ontem e de hoje.
Anamnesis. 2000 Feb;92:11-8.
5. Emmanouil DE, Quock RM. Advances in understanding
the actions of nitrous oxide. Anesth Prog. 2007
Spring;54(1):9-18.
6. Erlandsson AL, Bäckman B, Stenström A, Stecksén-Blicks
C. Conscious sedation by oral administration of
midazolam in paediatric dental patients. Swed Dent J.
2001;25(3):97-104.
7. Feck SA, Goodchild JH. The use of anxiolytic medications
to supplement local anesthesia in the anxious patient.
Compendium. 2005;26(3):183-90.
8. Foley J. A prospective study of the use of nitrous oxide
inhalation sedation for dental treatment in anxious children. Eur
J Paediatr Dent. 2005;6(3):121-8.
9. Friedman, N. Iatrosedation: the treatment of fear in dental
patient. J Dent Educ. 1983 Feb;47(2):91-5.
10. Giovannitti JA. Pain control in dentistry: oral premedication
and nitrous oxide. Compend Contin Educ Dent. 1985
Oct;6(9):647-8, 650, 652-6.
11. Graeff FG, Brandão Ml. Neurobiologia das doenças mentais.
5ª ed. São Paulo: Lemos; 1999.
12. Houghton PJ. The scientific basis for the reputed activity of
valerian. J Pharm Pharmacol. 1999 May;51(5):505-12.
13. Houaiss A. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. São
Paulo: Objetiva; 2001.
14. Jackson DL, Johnson BS. Conscious sedation for dentistry: risk
management and patient selection. Dent Clin North Am. 2002
Oct;46(4):767-80.
15. Julius S, Jamerson K, Gudbrandsson T, Schork N. White coat
hypertension: a follow-up. Clin Exp Hypertens A. 1992;
14(1-2):45-53.
16. Korolkovas A, França FFAC. Dicionário Terapêutico Guanabara.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2009.
17. Malamed SF. Sedation a guide to patient management. 4th ed.
St. Louis: C. V. Mosby; 2002.
18. Oliveira F, Asikue G. Fundamentos da farmacobotânica. 2ª ed.
Bragança Paulista: Atheneu; 2001.
19. Rang RP, Dale MM, Ritter JM. Farmacologia. 4ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 435-45.
20. Schumacher B, Scholle S, Hölzl J, Khudeir N, Hess S,
Müller CE. Lignans isolated from Valerian: identification and
characterization of a new olivil derivative with partial agonistic
activity at A1 adenosine receptors. J Nat Prod. 2002 Aug;
65(10):1479-85.
21. Sonis ST, Fazio RC, Fang L. Princípios e práticas de medicina oral.
2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996. p. 451-3.
22. Venchard GR, Thomson PJ, Boys R. Improved sedation for
oral surgery by combining nitrous oxide and intravenous
Midazolam: a randomized, controlled trial. Int J Oral Maxillofac
Surg. 2006;35(6):522-7.
23. Wannmacher L, Ferreira MBC. Farmacologia clínica para
dentistas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1995. p. 265-9.
24. Weiner AA, Shehan DV. Differentiating anxiety-panic disorders
from psychological dental anxiety. Dent Clin North Am.
1998;32:823-40.
25. Yagiela JA, Neidle E, Dowd FJ. Farmacologia e terapêutica para
dentistas. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004.
gustavo Jacobucci farah
- Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-
Facial - CFO.
- Especialista em Farmacologia - UEM.
- Mestre em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial -
Unicamp.
- Doutor em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial -
Unicamp.
- Professor Adjunto de Cirurgia e Terapêutica do
Departamento de Odontologia - UEM.
Endereço para correspondência
gustavo Jacobucci farahE-mail: [email protected]
revisão de literatura
39Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):39-49
* Especialista em Implantodontia, Especialista em Perio-
dontia, Professora Adjunta do Curso de Especialização
em Implantodontia da Universidade de Santo Amaro
(Unisa/SP). Mestranda em Implantodontia na Unisa.
** Especialista em Prótese Dentária. Professor Adjunto
da Disciplina de Prótese Dentária da Faculdade de
Odontologia de Araras (UniAraras). Mestrando em
Implantodontia na Unisa.
*** Especialista em Implantodontia. Especialista em Endo-
dontia. Professor Adjunto do curso de Especialização
de Implantodontia da ABO de Santos/SP. Mestrando
em Implantodontia na Unisa/SP.
**** Professor Doutor do Curso de Mestrado em Implanto-
dontia da Unisa. Professor Titular da Disciplina de Pa-
tologia da Faculdade de Odontologia da Unisa. Doutor
em Diagnóstico Bucal pela FOUSP.
***** Livre-docente em Odontologia pela Unicamp. Doutor
em Periodontia pela FOUSP. Mestre em Odontologia
pela FOUSP. Coordenador dos Cursos de Especializa-
ção e Mestrado em Implantodontia da Unisa.
Palavras-chave
Peri-implantite. Doença peri-implantar.
Implantes.
Resumo
A peri-implantite é uma doença de origem bacteriana que atinge tardiamente
um implante após uma osseointegração bem-sucedida. Suas consequências
são a destruição óssea, perda de inserção, sangramento e alterações dos
tecidos moles adjacentes ao implante afetado, podendo, em casos avançados,
gerar a perda parcial ou total da osseointegração. Sendo assim, a reosseoin-
tegração é o objetivo final de todo e qualquer tratamento de peri-implantite. A
proposta deste trabalho foi revisar, na literatura, estudos com opções de tra-
tamento que possibilitem a sua obtenção, estabelecida clinicamente e com-
provada por evidências científicas. O levantamento da literatura foi realizado
manualmente e através da base de dados Medline, compreendendo o perío-
do de 1990 a 2009. O tratamento ideal poderia ser dividido em três etapas:
eliminação das causas, restauração das condições anatômicas perdidas e ma-
nutenção da saúde dos tecidos peri-implantares, permitindo a longevidade do
implante em função. Analisando os estudos in vitro e em animais, concluiu-se
que é possível a obtenção da reosseointegração em implantes previamente
contaminados. Quanto aos estudos em humanos, embora alguns mostrassem
remissão dos sinais clínicos e aumento ósseo observado clínica e radiografi-
camente, o processo de reosseointegração não pôde ser comprovado, devido
à impossibilidade de realização de estudos histológicos.
Reosseointegração: é um objetivo viável?
Cristiane Ibanhes POlO*, Luciano de lIMA**, Marcelo Rial DIAS***,
Ilan WEINfElD****, Wilson Roberto SENDYk*****
48
Reosseointegração: é um objetivo viável?
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):39-49
Re-osseointegration: is it a viable goal?
ABSTRACT
Peri-implantitis is a bacterial disease that lately affects an implant after a successful osseointegration, which promotes bone destruction, attachment loss, bleeding and changes in soft tissues adjacent to the implant affected and can, in advanced cases, generate partial or complete loss of osseointegration. Thus, the re-osseointegration is the ultimate goal of any peri-implantitis treatment. The aim of this study was to review the literature on studies with treatment options that would enable its attainment, clinically established and corroborated by scientific evidence. The review of the literature was performed manually and through Medline database from 1990 to 2009. Basically, the ideal treatment could be divided into three stages: elimination of the causes, restoration of anatomical and biological conditions that had been lost and maintenance of healthy peri-implantar tissues, allowing the longevity of the implant in function. Analyzing in vitro and animal studies, we conclude that it is possible to obtain the re-osseointegration in previously contaminated implants; in relation to humans, some studies showed remission of clinical signs and increased bone formation observed clinically and by x-rays, nevertheless the re-osseointegration process could not be proven due to the impossibility of histological studies.
KEYWORDS: Peri-implantitis, Peri-implantar diseases, Implants.
rEFErênciaS
1. Albrektsson T, Zarb G, Worthington P, Eriksson AR. The long-
term efficacy of currently used dental implants: a review and
proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Implants.
1986 Summer;1(1):11-25.
2. Karbach J, Callaway A, Kwon YD, d’Hoedt B, Al-Nawas B.
Comparison of five parameters as risk factors for peri-mucositis.
Int J Oral Maxillofac Implants. 2009 May-Jun;24(3):491-6.
3. Mombelli A, Lang NP. The diagnosis and treatment of peri-
implantitis. Periodontol 2000. 1998 Jun;17:63-76.
4. Baron M, Haas R, Dörtbudak O, Watzek G. Experimentally
induced peri-implantitis: a review of different treatments
methods described in the literature. Int J Oral Maxillofac
Implants. 2000 Jul-Aug;15(4):533-44.
5. Shibli JA, Martins MC, Lotufo RF, Marcantonio E Jr.
Microbiologic and radiographic analysis of ligadure-
induced peri-implantitis with different dental implant
surfaces. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003 May-
Jun;18(3):383-90.
reconstrução óssea do defeito com enxer-
to autógeno, ou outro substituto ósseo, e
utilização de membrana não-reabsorvível,
preferivelmente submersa.
• Não se pode comprovar, pelos estudos em
humanos, a concretização do processo de
reosseointegração, pois essa só é identifi-
cada pela análise histológica. Porém, evi-
dências clínicas e radiográficas mostram
nova formação óssea, acompanhada de
diminuição do sangramento, da profundi-
dade de bolsa e do edema.
49
Polo CI, Lima L, Dias MR, Weinfeld I, Sendyk WR
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):39-49
6. Renvert S, Persson GR. Periodontitis as a potential risk factor for
peri-implantitis. J Clin Periodontol. 2009 Jul;36 Suppl 10:9-14.
7. Branemark PI, Zarb G, Albrektsson T. Tissue-integrated
prostheses: osseointegration on clinical dentistry. Chicago:
Quintessence; 1985.
8. Tabanella G, Nowzari H, Slots J. Clinical and microbiological
determinants of ailing dental implants. Clin Implant Dent
Relat Res. 2009 Mar;11(1):24-36.
9. Zitzmann NU, Berglundh T. Definition and prevalence of peri-
implant diseases. J Clin Periodontol. 2008 Sep;
35(8 Suppl):286-91.
10. Lindhe J, Meyle J. Peri-implant diseases: Consensus Report
of the sixth European Workshop on Periodontology. J Clin
Periodontol. 2008;35(suppl. 8):282-5.
11. Schou S, Berglundh T, Lang NP. Surgical treatment of
peri-implantitis. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004;19
Suppl:140-9.
12. Roos-Jansaker AM, Renvert S, Egelberg J. Treatment of
peri-implant infections: a literature review. J Clin Periodontol.
2003;30:467-85.
13. Renvert S, Samuelsson E, Lindahl C, Persson GR. Mechanical
non-surgical treatment of peri-implantitis: a double-blind
randomized longitudinal clinical study. I: clinical results. J Clin
Periodontol. 2009;36:604-9.
14. Mombelli A, Lang NP. Antimicrobial treatment of peri-implant
infections. Clin Oral Impl Res. 1992;3:162-8.
15. Heitz-Mayfield LJA, Lang NP. Antimicrobial treatment of
peri-implant disease. J Oral Maxillofac Implants. 2004;19
Suppl:128-39.
16. Klinge B, Gustafsson A, Berglundh T. A systematic review of
the effect of anti-infective therapy in the treatment of peri-
implantitis. J Clin Periodontol. 2002;29(suppl. 3):213-25.
17. Haas R, Dörtbudak O, Mensdorff-Pouilly N, Mailath G.
Elimination of bacteria on different implant surfaces through
photosensitization and soft laser. An in vivo study. Clin Oral
Impl Res. 1997;8:249-54.
18. Haas R, Baron M, Dörtbudak O, Watzek G. Lethal
photosensitization, autogenous bone, and e-PTFE membrane
for the treatment of peri-implantitis: preliminary results. Int J
Oral Maxillofac Implants. 2000 May-Jun;15(3):374-82.
19. Dörtbudak O, Haas R, Bernhart T, Mailath-Pokorny G. Lethal
photosensitization for decontamination of implants surfaces
in the treatment of peri-implantitis. Clin Oral Implants Res.
2001 Apr;12(2):104-8.
20. Shibli JA, Martins MC, Ribeiro FS, Garcia VG, Nociti FH Jr,
Marcantonio E Jr. Lethal photosensitization and guided bone
regeneration in treatment of peri-implantitis: an experimental
study in dogs. Clin Oral Impl Res. 2006;17:273-81.
21. Kreisler M, Götz H, Duschner H. Effect of Nd:YAG, Ho:YAG,
Er:YAG, CO2, and GaAlAs laser irradiation on surface properties
of endosseus dental implants. Int J Oral Maxillofac Implants.
2002 Mar-Apr;17(2):202-11.
22. Sennhenn-Kirchner S, Klaue S, Wolff N, Mergeryan H, Borg
von Zepelin M, Jacobs HG. Decontamination of rough titanium
surfaces with diode lasers: microbiological findings on in vivo
grown biofilms. Clin Oral Implants Res. 2007 Feb;18(1):126-32.
23. Ko HH, Romanos G, Cho SC, Froum S, Elian N, Tarnow D. The
use of CO2 laser in the treatment of peri-implantitis. Photom
Laser Surg. 2009;27(3):381-6.
24. Jovanovic SA, Kenney EB, Carranza FA Jr, Donath K. The
regenerative potential of plaque-induced peri-implant
bone defects treated by a submerged membrane technic:
an experimental study. Int J Oral Maxillofac Implants.
1993;8(1):13-8.
25. Schwarz F, Sahm N, Bieling K, Becker J. Surgical regenerative
treatment of peri-implantitis lesions using a nanocrystalline
hydroxyapatite or a natural bone mineral in combination with a
collagen membrane: a four-year clinical follow-up report. J Clin
Periodontol. 2009 Sep;36(9):807-14.
26. Chiapasco M, Zaniboni M. Clinical outcomes of GBR
procedures to correct peri-implant dehiscences and
fenestrations: a systematic review. Clin Oral Implants Res.
2009 Sep;20(suppl. 4):113-23.
27. Renvert S, Polyzois I, Maguire R. Re-osseointegration on
previously contaminated surfaces: a systematic review. Clin Oral
Implants Res. 2009 Sep;20(suppl. 4):216-27.
28. Blatt M, Neiva TGG, Maia BGF, Franco CR, Borges MG, Sendyk
CL, et al. Manutenção da osseointegração: proposta de conduta
clínica. Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2009 jan-
mar;3(1):48-56.
29. Salvi GE, Lang NP. Diagnostic parameters for monitoring
peri-implant conditions. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004;19
Suppl:116-27.
30. Francio L, Sousa AM, Storrer CLM, Deliberador TM, Sousa
AC, Pizzatto E, et al. Tratamento da periimplantite: revisão da
literatura. Rev Sul Bras Odontol. 2008 ago;5(2):75-81.
Cristiane Ibanhes PoloRua João Cachoeira, 488, conj. 405 – Itaim BibiCEP: 04.535-001– São Paulo/SPE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
Caso Selecionado
50 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):50-9
Angelo Menuci Neto, Cristiano Lages Carlucci
INTRODUçãOSempre que se reabilita um paciente com im-
plantes na região anterior, independentemente do
número de implantes, observamos o seguinte pro-
tocolo: (1) confecção de modelo de estudos, (2)
montagem em articulador semiajustável, (3) exa-
mes radiográficos (radiografia panorâmica para
implante, periapicais e tomografia volumétrica) e
(4) fotografias intra e extrabucais1. Poderemos,
então, realizar o planejamento protético com au-
xílio de enceramento diagnóstico, confecção de
guia cirúrgica e de provisória previamente ao ato
cirúrgico. Os exames fotográficos são de extrema
importância para avaliar a altura da linha de sor-
riso, a linha gengival aparente e o suporte labial2.
Schiroli3 afirma que um dos aspectos negativos
da técnica convencional de implantes dentários é
justamente o longo tempo de espera para comple-
tar o tratamento, que pode se estender por meses
e até anos. Buscando a excelência no tratamento
com implantes, e objetivando maior satisfação dos
pacientes e menor custo de tratamento, diversas
técnicas têm sido propostas para acelerar o tempo
de tratamento e otimizar os resultados estéticos4.
Sempre que os requisitos mínimos adequados
à aplicação da técnica de implante imediato estão
presentes, optamos por essa alternativa, de manei-
ra a atingir as exigências anteriormente citadas4.
PROvISóRIO IMEDIATO
Seleção do pilarNa maioria das situações clínicas em região
anterior, vamos dar preferência por pilares mais
estreitos (com menor diâmetro), pois, dessa ma-
neira, estaremos preservando maior espessura do
tecido gengival, o que é fundamental para obter
uma estética vermelha adequada quando restaura-
mos dentes anteriores com implantes.
Quando trabalhamos com implantes do tipo
cone morse, normalmente utilizamos o munhão
universal CM com altura cimentável de 6mm. Para
correta seleção da altura do transmucoso, de-
vemos utilizar o medidor de altura CM ou, para
maior precisão, utilizar o kit de seleção protética
CM, onde poderemos provar uma réplica do pilar
diretamente no implante durante o ato cirúrgico.
Para obter-se uma melhor estética, é interes-
sante que a borda de adaptação da coroa pro-
tética do pilar esteja posicionada 2mm subgen-
givalmente à margem vestibular, possibilitando,
assim, realizar um contorno adequado da coroa
provisória de acordo com a forma anatômica do
dente extraído (Fig. 6, 7).
Em seu artigo, publicado no ano de 2008,
Sartori et al.5 descrevem minuciosamente as op-
ções de pilares protéticos (intermediários) dispo-
níveis no sistema cone morse.
Provisórios imediatos sobre implantes cone morse
59Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):50-9
Menuci A Neto, Carlucci CL
rEFErênciaS
1. Becker W. Immediate implant placement: diagnosis, treatment
planning and treatment steps for successful outcomes. CDA
Journal. 2005;33(4):303-10.
2. Magne P, Belser UC. Bonded porcelain restorations in
the anterior dentition. a biomimetic approach. Chicago:
Quintessence; 2003.
3. Schiroli G. Immediate tooth extraction, placement of a tapered
screw-vent® implant, and provisionalization in the esthetic zone:
a case report. Impl Dent. 2003;12(2):123-9.
4. Polido WD, Menuci A Neto, Mazzoleni DS. Implantes imediatos.
In: Gonçalves EAN, Feller C. Atualização clínica em Odontologia.
São Paulo: Artes Médicas; 2004. p. 281-99.
5. Sartori IM, Bernardes SR, Molinari A, Hermann C, Thomé G.
Intermediários para implantes Cone Morse: seleção e utilização.
Jornal do Ilapeo. 2008;2(4):96-104.
6. Harvey BV. Optimizing the esthetic potential of implant
restorations through the use of immediate implants with
immediate provisionals. J Periodontol. 2007 Apr;78(4):770-6.
Angelo Menuci Neto
• Mestre em Implantodontia pela USC-BAURU.
• Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofa-
cial pela PUCRS.
Cristiano lages Carlucci
• Mestre em Materiais Dentários pela PUCRS.
• Especialista em Dentística Restauradora pela UFSC.
Endereço para correspondência
Angelo Menuci NetoRua Coronel Bordini, 675/203 - Moinho de VentoCEP: 90.440-0001 - Porto Alegre/RSE-mail: [email protected]
7. Landsberg CJ. Socket seal surgery combined with immediate
implant placement: a novel approach for single-tooth
replacement. Int J Periodontics Restorative Dent. 1997
Apr;17(2):140-9.
8. Belser U, Bernard J, Buser D. Instalação de implante em área de
importância estética. In: Lindhe J. Tratado de periodontia clínica
e implantologia oral. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;
2005. p. 891-919.
9. Tarnow DP, Magner AW, Fletcher P. The effect of the distance
from the contact point to the crest of bone on the presence or
absence of the interproximal dental papilla. J Periodontol. 1992
Dec;63(12):995-6.
10. Phillips RW. Materiais Dentários de Skinner. 8ª ed. Rio de Janeiro:
Interamericana; 1984. p. 112-5.
11. Del Fabbro M, Testori T, Francetti L, Taschieri S, Weinstein
R. Systematic review of survival rates for immediately
loaded implants. Int J Periodontics Restorative Dent. 2006
Jun;26(3):249-63.
caso clínico
60 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):60-73
* Mestre e Doutor em Clínica Odontológica / Perio-
dontia FOP-Unicamp. Professor da Especialização
em Implantodontia APCD - Piracicaba.
** Mestre e Doutor em Clínica Odontológica / Prótese
FOP-Unicamp. Professor da Especialização em Im-
plantodontia APCD - Piracicaba.
*** Mestre em Periodontia São Leopoldo Mandic - Cam-
pinas. Professor da Especialização em Implantodon-
tia APCD – Piracicaba.
Palavras-chave
Estética. Implantes dentários. Pilares ce-
râmicos. Enxerto tecido conjuntivo.
Resumo
Este relato clínico tem como objetivo apresentar diferentes protocolos de tra-
tamento para agenesia de incisivo lateral superior. A instalação dos implantes
em ambos os lados (dentes 12 e 22) foi associada à colocação de enxerto
de tecido conjuntivo para aumento do volume tecidual e otimização dos resul-
tados estéticos. Entretanto, diferentes protocolos de carga foram empregados,
pela limitada estabilidade primária em um dos lados, que impossibilitou a tem-
porização imediata. Após a consolidação da osseointegração e condução do
condicionamento tecidual com provisórios, foram empregados pilares estéticos
e coroas em cerâmica pura para a reabilitação definitiva. Os resultados obtidos
mostraram que a temporização imediata pode proporcionar benefícios clínicos
reais, mas que ela não interfere na excelência estética e funcional.
Excelência estética na Implantodontia sob
diferentes protocolos de carga - relato de caso
Fernando Rodrigues PINTO*, Robert Carvalho da SIlvA*, Júlio César JOlY*,
Guilherme da Gama RAMOS**, Paulo Fernando Mesquita de CARvAlhO***,
72
Excelência estética na Implantodontia sob diferentes protocolos de carga - relato de caso
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):60-73
a possibilidade de conversão do biótipo teci-
dual com a utilização de enxerto de conjuntivo
ao redor de dentes e implantes para aumentar
as dimensões gengivais (isto é, a espessura e
altura do tecido mole). Parece que a conver-
são do biótipo, além de melhorar a estética,
contribui para a manutenção da estabilidade
da posição da margem gengival em longo pra-
zo. Portanto, o enxerto de tecido conjuntivo,
que originalmente era usado em procedimen-
tos plásticos periodontais, hoje tem ganhado
grande importância nos procedimentos rela-
cionados à colocação dos implantes.
Alcançar excelência estética envolve um
planejamento minucioso e coleta do máximo
de informações que possam contribuir para o
posicionamento ideal do implante4. Mesmo em
condições de adequada espessura e altura de
tecido ósseo, os resultados estéticos podem
ser melhorados com o emprego de manobras
plásticas peri-implantares15,16. A utilização de
pilares estéticos17 e coroas cerâmicas puras
(IPS e.max, Ivoclar Vivadent®) contribui para
a harmonia dentária e tecidual. Certamente, a
somatória de todos esses fatores é mais impor-
tante para o resultado final do que o protocolo
de carga propriamente dito.
CONClUSãO
Independentemente do protocolo de carga
utilizado (imediato ou tardio), foi possível a ob-
tenção de resultado estético favorável em ambos
os sítios tratados. O sucesso pode ser atribuído
ao planejamento eletivo, que visualizou, além do
posicionamento tridimensional adequado dos
implantes, a necessidade de utilização de proce-
dimentos plásticos peri-implantares e de pilares
estéticos associados a coroas cerâmicas.
Implant aesthetic excellence in different
loading protocols – case report
ABSTRACT
The aim of the present case report was to present different treatment protocols for upper lateral incisor agenesis. Implantation in both sides were associated to soft tissue connective grafts for ridge contours augmentation and aesthetics improvement. However, different loading protocols were applied due to limited primary stability in one side with no possibility for immediate restoration. After osseointegration and provisional soft tissue conditioning, ceramic abutments and metal free crowns were employed for final restoration. The final clinical result showed that immediate restoration was able to promote real clinical final benefits, although it was unable to interfere in the final aesthetic excellence and function.
KEYWORDS: Aesthetic. Dental implants. Ceramic abutments. Soft tissue graft.
73
Pinto FR, Silva RC, Joly JC, Ramos GG, Carvalho PFM
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):60-73
fernando Rodrigues PintoRua Luiz Antônio Breda, 190 apto. 31 Ed. FirenzeCEP: 13.486-062 – Limeira/SPE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
rEFErênciaS
1. Palmer RM, Palmer PJ, Newton JT. Dealing with esthetic
demands in the anterior maxilla. Periodontol 2000.
2003;33(1):105-18.
2. Francischone CE, Vasconcelos LW. Osseointegração e as
próteses unitárias: como otimizar a estética. 19ª ed. São
Paulo: Artes Médicas; 1998.
3. Saadoun AP. Immediate implant placement and temporization
in extraction and healing sites. Compend Contin Educ Dent.
2002;23(4):309-12.
4. Garber DA. The esthetic dental implant: letting restoration be
the guide. J Am Dent Assoc. 1995;123(3):319-25.
5. Strub JR, Gaberthuel TW, Grunder U. The role of attached
gingiva in the health of peri-implant tissue in dogs. 1.
Clinical findings. Int J Periodontics Restorative Dent.
1991;11(4):317-33.
6. Salama MA, Salama H, Garber D. Guidelines for aesthetic
restorative options and implant site enhancement: the
utilization of orthodontic extrusion. Pract Proced Aesthet
Dent. 2002;14(2):125-30.
7. Tarnow DP, Cho SC, Wallace SS. The effect of inter-implant
distance on the height of inter-implant bone crest.
J Periodontol. 2000;71(4):546-9.
8. Galli F, Capelli M, Zuffetti F, Testori T, Esposito M. Immediate
non-occlusal vs. early loading of dental implants in partially
edentulous patients: a multicentre randomized clinical trial.
Peri-implant bone and soft-tissue levels. Clin Oral Impl Res.
2008;19(6):546-52.
9. Seibert JS. Reconstruction of deformed, partially edentulous
ridges, using full thickness onlay grafts. Part II. Prosthetic/
periodontal interrelationships. Compend Contin Educ Dent.
1983;4(6):549-62.
10. Buser D, von Arx T. Surgical procedures in partially
edentulous patients with ITI implants. Clin Oral Implants Res.
2000;11(1):83-100.
11. Tarnow D, Elian N, Fletcher P, Froum S, Magner A, Cho SC, et
al. Vertical distance from the crest of bone to the height of
the interproximal papilla between adjacent implants.
J Periodontol. 2003;74(12):1785-8.
12. Kokich VG. Managing orthodontic-restorative treatment
for the adolescent patient. In: MacNamara JA Jr, Brudon
WL. Orthodontics and dentofacial orthopedics. Ann Arbor,
Michigan: Needham Press; 2001. p. 423-52.
13. Funato A, Salama MA, Ishikawa T, Garber DA, Salama H.
Timing, positioning, and sequential staging in esthetic implant
therapy: a four-dimensional perspective. Int J Periodontics
Restorative Dent. 2007;27(4):313-23.
14. Evans CD, Chen ST. Esthetic outcomes of immediate implant
placements. Clin Oral Implants Res. 2008;19(1):73-80.
15. Kan JY, Rungcharassaeng K, Lozada JL. Bilaminar
subepithelial connective tissue grafts for immediate implant
placement and provisionalization in the esthetic zone. J Calif
Dent Assoc. 2005;33(11):865-71.
16. Belser UC, Buser D, Hess D, Schmid B, Bernard JP, Lang NP.
Aesthetic implant restorations in partially edentulous patients -
a critical appraisal. Periodontol 2000. 1998;17(1):132-50.
17. Kohal R, Att W, Bachle M, Butz F. Ceramic abutments
and ceramic oral implants. An update. Periodontol 2000.
2008;47(1):224-43.
artigo inédito
74 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):74-82
* Especialista em Implantologia pela UFBA.
** Especialista em Implantologia pela ABO-BA. Mestre
em Odontologia pela UFBA.
*** Especialista, Mestre e Doutor em Cirurgia Buco-
Maxilo-Facial pela UFPE.
**** Especialista em Implantologia pela ABO-BA. Mestre
em Implantologia pela USC. Doutor em Implantolo-
gia pela São Leopoldo Mandic.
Palavras-chave
Qualidade de vida.
Implantes osseointegrados.
Carga imediata.
Resumo
São encontrados poucos estudos na literatura que avaliem a opinião de pa-
cientes reabilitados com implantes osseointegrados e que analisem a função
mastigatória, a estética, a fonética, a higiene e o conforto das próteses implan-
tossuportadas (PSI). Objetivos: esse trabalho tem como objetivo principal
avaliar o grau de satisfação e a qualidade de vida (QL) de pacientes reabilita-
dos com implantes osseointegrados submetidos à carga imediata. Material e
Métodos: foram incluídos no estudo 13 pacientes que receberam implantes
convencionais e/ou zigomáticos entre 2000 e 2009. Após um tempo médio
de 2 anos e meio da instalação das PSI, os sujeitos responderam ao questio-
nário OHIP-14 e à escala visual (VAS) para avaliação do grau de satisfação
geral dos mesmos, incluindo conforto, estética, fonética, mastigação e higiene.
Resultados: em ambos os instrumentos foi encontrado um nível de satisfação
geral alto, resultando em boa qualidade de vida relacionada à saúde oral (OHR-
QL). Os resultados finais do OHIP-14 mostraram uma pequena insatisfação
dos pacientes em relação à mastigação e a fala, enquanto, de acordo com a
VAS, essa insatisfação ocorreu apenas nos quesitos relacionados à estética e
higiene da prótese implantossuportada. Analisando os resultados da maxila e
mandíbula separadamente, na maxila foram encontrados resultados mais posi-
tivos. Conclusão: todos os pacientes mostraram-se satisfeitos com o resulta-
do final de suas respectivas reabilitações. Relataram que houve uma melhora
significativa na fonética, estética e função, além de sentirem-se mais seguros e
confiantes em seu âmbito psicológico e social.
Avaliação da qualidade de vida de pacientes
reabilitados com implantes osseointegrados
submetidos à carga imediata – estudo
longitudinal
Larissa Marques de Souza CASTRO*, Sérgio WENDEl**,
Robson MENDONçA**, André fREITAS***, Luis Rogério DUARTE****
81
Castro LMS, Wendel S, Mendonça R, Freitas A, Duarte LR
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):74-82
A longitudinal study of quality of life outcomes in
patients rehabilitated with immediately loaded implants
ABSTRACT
There are few studies in the literature that evaluate the opinion of patients rehabilitated with osseointegrated implants and that analyze the masticatory function, the aesthetics, the phonetics, the hygiene and the comfort of these implant supported prostheses (ISP). Objective: This study main objective was to evaluate the satisfaction degree and the life quality of patients rehabilitated with implants submitted to immediate load. Material and Methods: There were included in the study 13 patients that received conventional and/or zygomatic implants between 2000 and 2009. After a medium time of two and a half years of the installation of ISP, the subjects answered to the questionnaire OHIP-14 and to the Visual Analog Scale (VAS) for evaluation of the degree of general satisfaction with the ISP, including comfort, aesthetics, phonetics, mastication and hygiene. Results: In both instruments it was found a high level of general satisfaction, resulting in good oral health-related quality of life (OHRQL). The final results of OHIP-14 showed a small dissatisfaction of the patients in relation to the mastication and the speech, while, in agreement with the VAS, that dissatisfaction just happened in the requirements related to the aesthetics and hygiene of the ISP. Analyzing the results of the maxilla and jaw separately, in the maxilla there were more positive results. Conclusion: All the patients showed satisfaction with the final result of their rehabilitations. They told that there was a significant improvement in the phonetics, aesthetics and function, besides they felt safer and confident in their psychological and social extent.
KEYWORDS: Quality of life. Osseointegrated implants. Immediate load.
fixações zigomáticas, e observou que, em sua
maioria, eles estavam muito felizes com o trata-
mento, principalmente no que diz respeito à foné-
tica, estética e conforto na mastigação10.
Em comparação com a VAS, o questionário
OHIP-14 é mais sensível, sendo mais fácil ex-
trair a verdade dos pacientes, além de ser mais
reconhecido internacionalmente. O objetivo de
usar a VAS e o OHIP-14 na mesma pesquisa foi
para observar se havia alguma correlação entre
eles, o que não ocorreu.
Algumas limitações podem ser encontradas
nesse estudo, sendo a principal delas a ausência
do caráter comparativo dos resultados encon-
trados após o tratamento com os de antes da
reabilitação ter sido feita.
CONClUSãO
Todos os pacientes mostraram-se satisfei-
tos com o resultado final de suas reabilitações.
Relataram que houve uma melhora significati-
va na fonética, estética e função, além de se
sentirem mais seguros e confiantes no seu
âmbito psicológico e social.
82
Avaliação da qualidade de vida de pacientes reabilitados com implantes osseointegrados submetidos à carga imediata – estudo longitudinal
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):74-82
rEFErênciaS
1. Allen PF, McMillan AS. A longitudinal study of quality of life
outcomes in older adults requesting implant prostheses and
complete removable dentures. Clin Oral Impl Res. 2003
Mar;14:173-9.
2. Almeida AM. Um estudo transcultural de valores de
saúde bucal utilizando o instrumento OHIP-14. 2004.
[Dissertação]. Campinas: Centro de Pós-Graduação São
Leopoldo Mandic, Faculdade São Leopoldo Mandic; 2004.
3. Al-Omiri M, Rantash RA, Al-Wahadni A. Satisfaction
with dental Implants: a literature review. Implant Dent.
2005;14(4):399-407.
4. Berretin-Felix G, Nary Filho H, Padovani CR, Machado WM. A
longitudinal study of quality of life of elderly with mandibular
implant supported fixed prostheses. Clin Oral Impl Res.
2008;19:704-8.
5. Brånemark PI. The osseointegration book. From Calvarium to
Calcaneus. 1th ed. Berlin: Quintessenz: Verlags-GmbH; 2005.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde.
3ª Conferência Nacional de Saúde Bucal. Brasília: Ministério
da Saúde, 2004. [acesso em 10 jul. 2005]. Disponível em:
http://conselho.saude.gov.br/conferencia/saude_bucal/docs/
CNSB_2004_Relatorio%20Final.pdf.
7. Farzad P, Andersson L, Gunnarsson S, Johansson B.
Rehabilitation of severely resorbed maxillae with zygomatic
implants: an evaluation of implant stability, tissue conditions,
and patient’s opinion before and after treatment. Int J Oral
Maxillofac Implants. 2006;21:399-404.
8. Heydecke G, Locker D, Awad MA, Lund JP, Feine JS. Oral and
general health-related quality of life with conventional and
implant dentures. Comm Dent Oral Epidemiol. 2003;31:161-8.
9. Leung AC, Cheung LK. Dental implants in reconstructed jaws:
patient’s evaluation of functional and quality-of-life outcomes.
Int J Oral Maxilofac Implants. 2003;18(1):127-34.
10. Nakai H, Okazaki Y, Ueda M. Clinical application of
zygomatic implants for rehabilitation of the severely resorbed
maxilla: a clinical report. Int J Oral Maxilofac Implants.
2003;18(4):566-70.
11. Oliveira BH, Nadanovsky PO. Psychometric properties of the
Brazilian version of the oral health impact profile short-form.
Comm Dent Oral Epidemiol. 2005;33:307-14.
12. Peñarrocha M, Carrillo C, Boronat A, Marti E. Level
of satisfaction in patients with maxillary full-arch fixed
prostheses: zygomatic versus conventional implants. Int J
Oral Maxilofac Implants. 2007;22(5):769-73.
13. Pjetursson BE, Karoussis I, Bürgin W, Brägger U, Lang
NP. Patients’ satisfaction following implant therapy. A
10-year prospective cohort study. Clin Oral Impl. 2005
Apr;16(2):185-93.
14. Slade GD. Derivation and validation of a short-form
oral health impact profile. Comm Dent Oral Epidemiol.
1997;25(4):284-90.
15. Slade GD, Nuttall N, Sanders AE, Steele JG, Allen PF, Lahti
S. Impacts of oral disorders in the United Kingdom and
Australia. Br Dent J. 2005 Apr 23;198(8):489-93.
16. Slade GD, Spencer A. Development and evaluation on
the oral health impact profile. Community Dent Health.
1994;11:3-11.
17. Slade GD, Spencer AJ. Social impact of oral conditions
among older adults. Aust Dent J. 1994 Dec;39(6):358-64.
18. Straussburger C, Heydecke G, Kerschbaum T. Influence of
prosthetic and implant therapy on satisfaction and quality of
life: a systematic literature review. Part 1 - characteristics of
the studies. Int J Prosthodont. 2004;17(1):83-93.
larissa Marques de Souza CastroAv. Magalhães NetoCentro Médico Hospital da Bahia / bloco A, sala 4006CEP: 41820-021 – Pituba – Salvador / BAE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
caso clínico
83Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):83-92
* Mestre em Prótese Dentária-PUC/Minas. Aluno do
Programa de Pós-graduação em nível de Doutorado
da FOB/USP.
** Aluna do curso de Especialização de Prótese Dentá-
ria da Faculdade de Odontologia da UFMG.
*** Professores Adjuntos de Prótese Fixa (Departamen-
to de Odontologia Restauradora) da Faculdade de
Odontologia da UFMG.
**** Coordenador do curso de Especialização de Prótese
Dentária da UFMG. Professor de Pós-graduação na
PUC/Minas.
***** Mestrando em Periodontia na FO-UFMG.
Palavras-chave
Enxerto ósseo autógeno.
Membranas de barreira.
Regeneração óssea guiada.
Aumento vertical do rebordo.
Resumo
O advento dos implantes integráveis promoveu uma modalidade de tratamento
com alto grau de aplicabilidade em variadas situações clínicas. Entretanto, o
planejamento de implantes depende, em última análise, de rebordos alveolares
favoráveis para a colocação desses. Este artigo propôs relatar um caso clínico
de aumento do volume ósseo de uma maxila anterior por meio de osso bovino
inorgânico e uma tela de titânio, com o objetivo de reter o material de preenchi-
mento. Com base na literatura e no resultado obtido nesse trabalho, pode-se
concluir que a combinação de técnicas para cirurgia óssea guiada é uma opção
de tratamento para pacientes que possuem rebordo alveolar inadequado para
a colocação de implantes.
Aumento em espessura de rebordo maxilar
utilizando diferentes materiais:
relato de caso clínicoMarcos Daniel S. lANzA*, Grazielly Barbosa CARvAlhO**,
Wellington Márcio dos Santos ROChA***, Eduardo de Souza lEMOS***,
Marcos Dias lANzA****, Satoshi TAkENAkA*****
91
Lanza MDS, Carvalho GB, Rocha WMS, Lemos ES, Lanza MD, Takenaka S
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):83-92
Alveolar ridge augmentation using different
materials: case reportABSTRACT
The advent of integrated implants promoted a treatment modality with a high degree of applicability to various clinical situations. However, the planning of implants depends, ultimately, on favorable alveolar ridges for its placement. This article purpose is to report a clinical case of an augmentation in the bone volume of a anterior maxilla by means of inorganic bovine bone and a titanium membrane, in order to retain the filling material. Based on literature and the results obtained in this work, we can conclude that the combination of techniques for guided bone surgery is a treatment option for patients who have inadequate alveolar ridge for implant placement.
KEYWORDS: Autogenous bone graft. Barrier membranes. Guided bone regeneration. Vertical ridge augmentation.
rEFErênciaS
1. Aghaloo TL, Moy PK. Which hard tissue augmentation
techniques are the most successful in furnishing bony
support for implant placement? Int J Oral Maxillofac Implants.
2007;22 Suppl:49-70.
2. Amet EM. A unique method of combining teeth and
endosseous implants for a stable removable prosthesis. J Oral
Implantol. 1993;19(3):216-20.
3. Antoun H, Sitbon JM, Martinez H, Missika P. A prospective
randomized study comparing two techniques of bone
augmentation: Onlay graft alone or associated with a
membrane. Clin Oral Implants Res. 2001 Dec;12(6):632-9.
4. Artzi Z, Dayan D, Alpern Y, Nemcovsky CE. Vertical ridge
augmentation using xenogenic material supported by
a configured titanium mesh: clinic histopathologic and
histochemical study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003
May-Jun;18(3):440-6.
5. Chiapasco M, Zaniboni M. Clinical outcomes of GBR
procedures to correct peri-implant dehiscences and
fenestrations: a systematic review. Clin Oral Implants Res.
2009 Sep;20(suppl. 4):113-23.
6. Del Fabbro M, Rosano G, Taschieri S. Implant survival rates
after maxillary sinus augmentation. Eur J Oral Sci. 2008
Dec;116(6):497-506.
7. Donos N, Kostopoulos L, Karring T. Augmentation of the
rat jaw with autogenic cortico-cancellous bone grafts and
guided tissue regeneration. Clin Oral Implants Res. 2002
Apr;13(2):192-202.
8. Elian N, Ehrlich B, Jalbout ZN, Classi AJ, Cho SC, Kamer
AR, et al. Advanced concepts in implant dentistry: Creating
the ‘‘aesthetic site foundation”. Dent Clin North Am. 2007
Apr;51(2):547-63.
9. Fiorellini JP, Howell TH, Cochran D, Malmquist J, Lilly
LC, Spagnoli D, et al. Randomized study evaluating
recombinant human bone morphogenetic protein-2 for
extraction socket augmentation. J Periodontol. 2005
Apr;76(4):605-13.
10. Fiorellini JP, Nevins ML. Localized ridge augmentation/
preservation. A systematic review. Ann Periodontol. 2003
Dec;8(1):321-7.
11. Hallman M, Sennerby L, Lundgren S. A clinical and
histologic evaluation of implant integration in the posterior
maxilla after sinus floor augmentation with autogenous
bone, bovine hydroxyapatite, or a 20:80 mixture. Int J Oral
Maxillofac Implants. 2002 Sep-Oct;17(5):635-43.
12. Hämmerle CH, Jung RE. Bone augmentation by means of
barrier membranes. Periodontol 2000. 2003;33:36-53.
92
Aumento em espessura de rebordo maxilar utilizando diferentes materiais: relato de caso clínico
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):83-92
Marcos Daniel S. lanzaRua Ancona, 65CEP: 31.340-72 – Belo Horizonte/MGE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
13. Holm-Pedersen P, Lang NP, Müller F. What are the
longevities of teeth and oral implants? Clin Oral Implants
Res. 2007 Jun;18 Suppl 3:15-9.
14. Marx RE, Carlson ER, Eichstaedt RM, Schimmele SR,
Strauss JE, Georgeff KR. Platelet-rich plasma: Growth factor
enhancement for bone grafts. Oral Surg Oral Med Oral
Pathol Oral Radiol Endod. 1998 Jun;85(6):638-46.
15. McAllister BS, Haghighat K. Bone augmentation technic.
J Periodontol. 2007;78(3):377-96.
16. Mundell RD, Mooney MP, Siegel MI, Losken A.
Osseous guided tissue regeneration using a collagen
barrier membrane. J Oral Maxillofac Surg. 1993
Sep;51(9):1004-12.
17. Nkenke E, Stelzle F. Clinical outcomes of sinus floor
augmentation for implant placement using autogenous
bone or bone substitutes: a systematic review. Clin Oral
Implants Res. 2009 Sep;20 Suppl 4:124-33.
18. Polimeni G, Koo KT, Pringle GA, Agelan A, Safadi FF,
Wikesjö UM. Histopathological observations of a
polylactic acid-based device intended for guided bone/
tissue regeneration. Clin Implant Dent Relat Res. 2008
May;10(2):99-105.
19. Rocchietta I, Fontana F, Simion M. Clinical outcomes
of vertical bone augmentation to enable dental implant
placement: a systematic review. J Clin Periodontol. 2008
Sep;35(8 Suppl):203-15.
20. Schwarz F, Rothamel D, Herten M, Wüstefeld M, Sager M,
Ferrari D, et al. Immunohistochemical characterization of
guided bone regeneration at a dehiscence-type defect using
different barrier membranes: an experimental study in dogs.
Clin Oral Implants Res. 2008 Apr;19(4):402-15.
21. Taba M Jr, Jin Q, Sugai JV, Giannobile WV. Current concepts
in periodontal bioengineering. Orthod Craniofac Res. 2005
Nov;8(4):292-302.
22. Thomaidis V, Kazakos K, Lyras DN, Dimitrakopoulos I,
Lazaridis N, Karakasis D, et al. Comparative study of 5
different membranes for guided bone regeneration of rabbit
mandibular defects beyond critical size. Med Sci Monit. 2008
Apr;14(4):BR67-73.
23. Trombelli L, Farina R, Marzola A, Itro A, Calura G. GBR and
autogenous cortical bone particulate by bone scraper for
alveolar ridge augmentation: a 2-case report. Int J Oral
Maxillofac Implants. 2008 Jan-Feb;23(1):111-6.
24. Urban IA, Jovanovic SA, Lozada JL. Vertical ridge
augmentation using guided bone regeneration (GBR)
in three clinical scenarios prior to implant placement:
A retrospective study of 35 patients 12 to 72 months
after loading. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009 May-
Jun;24(3):502-10.
25. Urist MR. Bone: formation by autoinduction. Science. 1965
Nov 12;150(698):893-9.
26. von Arx T, Cochran DL, Schenk RK, Buser D. Evaluation
of a prototype trilayer membrane (PTLM) for lateral ridge
augmentation: An experimental study in the canine mandible.
Int J Oral Maxillofac Surg. 2002 Apr;31(2):190-9.
27. Zitzmann NU, Schärer P, Marinello CP. Long-term results of
implants treated with guided bone regeneration: a 5-year
prospective study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001 May-
Jun;16(3):355-66.
artigo inédito
93Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):93-102
* Professores de Periodontia do Departamento de
Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.
Palavras-chave
Recobrimento radicular. Cirurgia.
Recessão gengival.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar o grau de recobrimento radicular de
recessões classe III de Miller obtido após a realização de reposicionamento
coronal do retalho associado a enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. Vin-
te pacientes foram incluídos no estudo, cada um oferecendo uma recessão
gengival. Esses indivíduos preencheram os seguintes critérios de inclusão:
(a) recessões gengivais únicas ou múltiplas classificadas como classe III de
Miller; (b) ausência de comprometimento sistêmico ou uso de medicamentos
que os impedisse de sofrer qualquer intervenção cirúrgica; (c) ausência de
sinais clínicos de inflamação gengival; (d) perda de inserção interproximal
< 4mm; (e) ausência de lesão de cárie radicular. Imediatamente antes do
procedimento de recobrimento radicular, o tamanho da recessão gengival
foi avaliado com auxílio de uma sonda milimetrada. Um ano após o procedi-
mento de recobrimento radicular, as áreas operadas foram reexaminadas. Os
exames clínicos indicaram que havia ausência de supuração, sangramento
gengival, sensibilidade e profundidade de sondagem > 3 mm. A altura média
inicial da recessão era de 4mm e, ao final de um ano de acompanhamento,
era de 1,2mm. A porcentagem média de recobrimento da distância da junção
cemento-esmalte à margem gengival foi de 69% ao final do estudo. O retalho
posicionado coronalmente associado ao enxerto de tecido conjuntivo parece
ser uma técnica adequada para recobrir parcialmente recessões gengivais
classe III de Miller.
Estudo piloto sobre a previsibilidade de
recobrimento radicular de recessões gengivais
classe III de MilllerFlávia SUkEkAvA*, Cléverson Oliveira SIlvA*, Maurício G. ARAÚJO*
101
Sukekava F, Silva CO, Araújo MG
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):93-102
Pilot study about root coverage predictability in
Miller’s class III gingival recessionABSTRACT
The aim of the present study was to evaluate the root coverage outcomes of Miller’s class III gingival recession defects achieved with a coronally positioned flap associated with subepithelial connective tissue graft. Twenty patients, each with one gingival recession, were included in the study. The inclusion criteria were (a) at least one Miller’s class III gingival recession, (b) no systemic disease or use of medication that could disqualify the possibility of surgical intervention, (c) absence of gingival inflammation signals, (d) attachment loss < 4 mm, (e) no root caries. Immediately before the root coverage procedure the gingival recession height was evaluated with a periodontal probe. One year after the root coverage procedures the operated areas were re-evaluated. The clinical evaluation showed absence of suppuration, gingival bleeding, sensibility, and probing pocket depth > 3 mm. The initial mean recession height was 4 mm and after one year it was 1.2 mm. The mean root coverage of the distance between the cementum-enamel junction and gingival margin was 69% at the end of the study. The coronally positioned flap associated with subepithelial connective tissue graft seems to be an adequate technique to partially cover Miller´s class III gingival recession defects.
KEYWORDS: Root coverage. Surgery. Gingival recession.
CONClUSãO
1. O reposicionamento coronal do retalho
associado com enxerto de tecido conjun-
tivo subepitelial mostrou ser uma técnica
capaz de recobrir parcialmente recessões
gengivais classe III de Miller.
2. Mais estudos são necessários para se
estabelecer a previsibilidade de recobri-
mento das recessões gengivais classe III.
rEFErênciaS
1. Allen EP, Miller PD. Coronal positioning of existing gingival:
short term results in the treatment of shallow marginal
tissue recession. J Periodontol. 1989;6:316-9.
2. American Academy of Periodontology. Academy report: oral
reconstructive and corrective considerations in periodontal
therapy. J Periodontol. 2005;76:1588-600.
3. Boltchi FE, Allen EP, Hallmon WW. The use of a
bioabsorbable barrier for regenerative management of
marginal tissue recession. I. Report of 100 consecutively
treated teeth. J Periodontol. 2000;71:1641-53.
4. Berlucchi I, Francetti L, Del Fabbro M, Testori T, Weinstein
RL. Enamel matrix proteins (Emdogain) in combination
with coronally advanced flap or subepithelial connective
tissue graft in the treatment of shallow gingival recessions.
Int J Periodontics Restorative Dent. 2002;22(6):583-93.
5. Borghetti A, Monnet-Corti V. Recessões teciduais
marginais. In: Borghetti A, Monnet-Corti V. Cirurgia plástica
periodontal. Rio de Janeiro: Artmed; 2002.
6. Bouchard P, Etienne D, Ouhayoun JP, Nilvéus R.
Subepithelial connective tissue grafts in the treatment of
gingival recessions. A comparative study of 2 procedures.
J Periodontol. 1994;65(10):929-36.
102
Estudo piloto sobre a previsibilidade de recobrimento radicular de recessões gengivais classe III de Milller
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):93-102
flávia SukekavaDepartamento de Odontologia da UEMAvenida Mandacaru 1550 – Bloco S 08 CEP 87.083-170 – Maringá/PRE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
7. Bouchard P, Malet J, Borghetti A. Decision-making in
aesthetics: root coverage revisited. Periodontol 2000.
2001;27:97-120.
8. Carnio J. Surgical reconstruction of interdental papilla using
an interposed subepithelial connective tissue graft: a case
report. Int J Periodontics Restorative Dent. 2004;24:31-7.
9. Cueva MA, Boltchi FE, Hallmon WW, Nunn ME, Rivera-
Hidalgo F, Rees T. A comparative study of coronally
advanced flaps with and without the addition of enamel
matrix derivative in the treatment of marginal tissue
recession. J Periodontol. 2004;75:949-56.
10. Francetti L. Periodontal microsurgery: report of 16 cases
consecutively treated by the free rotated papilla autograft
technique combined with the coronally advanced flap. Int J
Periodontics Restorative Dent. 2004;24:272-9.
11. Harris R. The connective tissue and partial thickness double
pedicle graft: a root predictable method of obtaining root
coverage. J Periodontol. 1992;73:477-86.
12. Jepsen S, Heinz B, Kermanie MA, Jepsen K. Evaluation
of a new bioabsorbable barrier for recession therapy: a
feasibility study. J Periodontol. 2000;71:1433-40.
13. Langer B, Langer L. Subepithelial connective tissue
graft technique for root coverage. J Periodontol.
1985;56:715-20.
14. Lee YM, Kim JY, Seol YJ, Lee YK, Ku Y, Rhyu IC, et al. A
3-year longitudinal evaluation of subpedicle free connective
tissue graft for gingival recession coverage. J Periodontol.
2002;73(12):1412-8.
15. Matter J, Cimasoni G. Creeping attachment after free
gingival grafts. J Periodontol. 1976;47:574-9.
16. Miller PD. A classification of marginal tissue recession. Int J
Periodontics Restorative Dent. 1985;5:9-13.
17. Miller PD Jr. Root coverage using the free soft tissue
autograft following citric acid application. III. A successful
and predictable procedure in areas of deep-wide recession.
Int J Periodontics Restorative Dent. 1985;5:14-37.
18. Muller HP, Stahl M, Eger T. Dynamics of mucosal
dimensions after root coverage with a bioresorbable
membrane. J Clin Periodontol. 2000;27:1-8.
19. Oates TW, Robinson M, Gunsolley JC. Surgical therapies for
the treatment of gingival recession. A systematic review.
Ann Periodontol. 2003;8(1):303-20.
20. Pagliaro U, Nieri M, Franceschi D, Clauser C, Pini-Prato
G. Evidence-based mucogingival therapy. Part 1: a critical
review of the literature on root coverage procedures.
J Periodontol. 2003 May;74(5):709-40.
21. Pelegrine AA, Okajima LS, Henriques PSG, Lima AFM,
Silva CO, Silva RC. Recobrimento radicular de recessões
gengivais classe III usando enxerto de tecido conjuntivo
subepitelial associado a gel de plasma rico em plaquetas.
RPE. Revista Internacional de Periodontia Clínica.
2006;3:116-25.
22. Raetzke P. Covering localized areas of root exposure
employing the envelope technique. J Periodontol.
1985;56:702-6.
23. Roccuzzo M, Bunino M, Needleman I, Sanz M. Periodontal
plastic surgery for treatment of localized gingival
recessions: a systematic review. 2002;29 Suppl 3:178-94;
discussion 195-6.
24. Silva CO, Sallum AW, Lima AFM, Tatakis DN. Coronally
positioned flap for root coverage: poorer outcomes in
smokers. J Periodontol. 2006;77(1):81-7.
25. Tal H, Moses O, Zohar R, Meir H, Nemcovsky C. Root
coverage of advanced gingival recession: a comparative
study between acellular dermal matrix allograft and
subepithelial connective tissue grafts. J Periodontol.
2002;73(12):1405-18.
26. Wennström JL, Zucchelli G, Pini-Prato GP. Mucogingival
therapy - periodontal plastic surgery. In: Lindhe J, Lang N,
Karring T. Clinical periodontology and implant dentistry. 5th
ed. Coppenhagen: Blackwell Munksgaard; 2008. p. 955-
1228.
27. Wennström JL, Zucchelli G. Increased gingival dimensions.
A significant factor for root coverage procedures? A
2-year prospective clinical study. J Clin Periodontol.
1996;23:770-7.
28. Yotnuengnit P, Promsudthi A, Teparat T, Laohapand P,
Yuwaprecha W. Relative connective tissue graft size
affects root coverage treatment outcome in the envelope
procedure. J Periodontol. 2004;75(6):886-92.
29. Zucchelli G, Amore C, Sforzal NM, Montebugnoli L, De
Sanctis M. Bilaminar techniques for the treatment of
recession-type defects. A comparative clinical study. J Clin
Periodontol. 2003;30(10):862-70.
30. Zucchelli G, Testori T, De Sanctis M. Clinical and anatomical
factors limiting treatment outcomes of gingival recession: a
new method to predetermine the line of root coverage.
J Periodontol. 2006;77:714-21.
Caso Clínico
103Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):103-11
* Professor Doutor Adjunto I da Universidade Federal
de Sergipe.
** Doutorando em CTBMF, Professor de cirurgia do
CESUMAR (Maringá/PR).
*** Professor de Pós-graduação em CTBMF do
CESUMAR.
**** Professor de Cirurgia do CESUMAR.
***** Doutorando e Professor de Cirurgia do CESUMAR.
****** Pós-graduanda no programa de Residência
Multiprofissional da Universidade Federal de
Sergipe.
Palavras-chave
Estética. Implante. Osseointegração.
Resumo
O alto grau de complexidade imposto por tarefas na área da Odontologia
está exigindo mais do ser humano do que seus sentidos naturais podem lhe
oferecer. Dessa forma, o uso de mecanismos que facilitem o planejamento e
a execução dessas tarefas vem trazendo benefícios tais que indicam, auxiliam
e aumentam essas capacidades. Muitas são as barreiras para conseguir-se
um sorriso perfeito no tratamento de áreas estéticas, dentre eles podemos
citar os defeitos ósseos e gengivais perpetuados após a perda dos elemen-
tos dentários. Sendo assim, a utilização de implantes osseointegrados vem
se concretizando como uma forma de tratamento segura em alguns casos,
demonstrando resultados satisfatórios do ponto de vista funcional e estético,
ainda mais associados ao uso da cirurgia guiada por computador. O objetivo
deste trabalho foi apresentar um caso clínico de reabilitação unitária na região
anterior de maxila, no qual a cirurgia guiada foi utilizada. A reabilitação com
implantes bucais demanda uma exigência estética grande, que só pode ser
obtida com avaliação e planejamento cuidadosos.
Cirurgia guiada, uma nova alternativa para o
planejamento em Implantodontia:
relato de casoCleverson Luciano TRENTO*, Eduardo MOREChI**, Manfredo zAMPONI***,
Renato zARDETTO JÚNIOR****, Vilmar D. gOTTARDO*****,
Carolina Vieira vAlADARES******
110
Cirurgia guiada, uma nova alternativa para o planejamento em Implantodontia: relato de caso
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):103-11
Com a utilização do pilar personalizado,
a Odontologia chegou a um ponto muito im-
portante de sua evolução. A utilização dessa
tecnologia veio reduzir os contratempos cria-
dos pela necessidade de um número amplo
de componentes, pela escolha incorreta dos
pilares, pelos desenhos e ângulos insatisfató-
rios dos mesmos.
Considerando as limitações em casos de per-
das dentárias na região anterior da maxila e a
grande busca pela estética por parte dos pacien-
tes e profissionais de diversas especialidades da
Odontologia, um diagnóstico e plano de tratamen-
to multidisciplinares, detalhados e ordenados, e a
sequência de execução correta são imperativos
para se alcançar um resultado clínico satisfatório14.
CONClUSÕES
A reabilitação com implantes bucais em zonas
anteriores de maxila demanda uma exigência es-
tética grande, que só pode ser obtida com uma
avaliação e planejamento cuidadosos. O uso de
tomografia com reconstrução 3D associada ao
programa Dental Slice (Bioparts), conjuntamente
com a confecção de um guia cirúrgico prototipado,
propicia grande facilidade e enorme previsibilidade
na reabilitação com implante, demonstrando um
avanço primordial para a Odontologia.
Guided surgery, a new alternative for planning in
implantology: Case reportABSTRACT
The high degree of complexity imposed by tasks in the area of the Dentistry is demanding more of the human being than their natural senses can offer to him. In this way, the use of mechanisms that facilitate the planning and the execution of these tasks is bringing such benefits that indicate, assist and increase these capacities. Many are the barriers to obtain a perfect smile in the treatment of aesthetic areas, among them we can mention the defects on bone and gingiva perpetuated after the loss of the dental elements. So, the use of oral implants is becoming a safe treatment form in some cases, demonstrating satisfactory results in the functional and aesthetic aspects, even more if associated to the use of the computer-guided surgery. The objective of this work was to present a clinical case of unitary rehabilitation in the anterior area of the maxilla, in which the guided surgery was used. The rehabilitation with buccal implants demands a big aesthetic requirement, which can only be obtained with careful evaluation and planning.
KEYWORDS: Aesthetic. Implant. Osseointegration.
111
Trento CL, Morechi E, Zamponi M, Zardetto R Jr, Gottardo VD, Valadares CV
Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):103-11
REfERêNCIAS
1. Becker W. Minimally invasive flapless implant surgery: a
prospective multicenter study. Clin Implant Dent Relat Res.
2005;7 Suppl 1:S21-7.
2. Besimo CE. Accuracy of implant treatment planning utilizing
template-guided reformatted computed tomography.
Dentomaxillofac Radiol. 2000;29:46-51.
3. Chung DM. Significance of keratinized mucosa in
maintenance of dental implants with different surfaces.
J Periodontol. 2006;77(8):1410-20.
4. Döring K. Functional and esthetic considerations for
single-tooth Ankylos implant-crowns: 8 years of clinical
performance. J Oral Implantol. 2004;30(3):198-209.
5. Fortin T. Effect of flapless surgery on pain experienced in
implant placement using an image-guided system. Int J Oral
Maxillofac Implants. 2006 Mar-Abr;21(2):298-304.
6. Glauser R. A systematic review of marginal soft tissue at
implants subjected to immediate loading or immediate
restoration. Clin Oral Implants Res. 2006 Oct;17 Suppl
2:82-92.
7. Grunder U. Influence of 3-D bone-to-implant relationship
on esthetics. Int J Periodontics Restorative Dent. 2005
Apr;25(2):113-9.
8. Jansen CE, Weisgold A. Presurgical treatment planning for the
anterior single-tooth implant restoration. Compend Contin
Educ Dent. 1995 Aug;16(8):746-62.
9. Jiménez-López V. Carga ou função imediata em
Implantodontia. 1ª ed. São Paulo: Quintessence; 2005.
p. 288.
10. Lorenzoni M. Immediate loading of single-tooth implants in
the anterior maxilla. Preliminary results after one year. Clin
Oral Implants Res. 2003;14(2):180-7.
11. Menezes PDF. Aplicação da prototipagem rápida em
implantodontia. Innovations Implant Journal - Biomaterials
and Esthetics. 2008 set-dez;3(6):39-44.
Cleverson luciano Trento Av. Rio Branco 923, Zona 04CEP: 87.015-380 – Maringá/PRE-mail: [email protected]
Endereço para correspondência
12. Raigrodski AJ. Contemporary all-ceramic fixed partial dentures:
a review. Dent Clin North Am. 2004;48(2):531-44.
13. Romanos GE. Histologic and histomorphometric findings
from retrieved, immediately oclusally loaded implants in
humans. J Periodontal. 2005;76(11):1823-32.
14. Rosa DA. Tratamento interdisciplinar na resolução de perda
dental anterior precoce: relato de caso clínico. Ortodontia
SPO. 2006 abr-jun;39(2):137-142.
15. Sarment DP. Accuracy of implant placement with
stereolithographic surgical guide. Int J Oral Maxillofac
Implants. 2003;18:571-7.
16. Spielman HP. Influence of the implant position on the
aesthetics of the restoration. Pract Periodontics Aesthet
Dent. 1996 Nov-Dec;8(9):897-904; quiz 906.
17. Tarnow DP. Immediate loading of threaded implants at 1
stage in edentulous archs: ten consecutive case reports
with 1- to 5-year data. Int J Oral Maxillofac Implants.
1997;12:319-24.
18. Tenenbaum H. Histological analysis of the ankylos
periimplant soft tissues in a dog model. Implant Dent.
2003;12(3):259-65.
19. Van Steenberghe D. A custom template and definitive
prosthesis allowing immediate implant loading in the
maxilla: a clinical report. Int J Oral Maxillofac Implants.
2002;17(5):663-70.
20. Widmann G. In vitro accuracy of a novel registration and
targeting technique for image guided template production.
Clin Oral Implants Res. 2005;16:502-8.
21. Widmann G, Bale RJ. Accuracy in computer-aided implant
surgery: a review. Int J Oral Maxillofac Implants. 2006 Mar-
Apr;21(2):305-13.
22. Yildirim M. In vivo fracture resistance of implant-
supported all-ceramic restorations. J Prosthet Dent. 2003
Oct;90(4):325-31.
normas de apresentação de originais
112 Rev Dental Press Periodontia Implantol. 2010 abr-jun;4(2):112
— A REvISTA DENTAl PRESS DE PERIODONTIA E IMPlANTOlO-
gIA, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de
casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse da classe ortodôntica,
comunicações breves e atualidades.
— Os artigos serão submetidos ao parecer do Corpo Editorial da Revista, que
decidirá sobre a conveniência ou não da publicação, avaliando como favorável,
indicando correções e/ou sugerindo modificações. A REVISTA, ao receber os
artigos, não assume o compromisso de publicá-los.
ENDEREçO PARA SUBMISSãO DE ARTIgOS
— Submeta os artigos para o endereço abaixo:
Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5
CEP: 87.015-180, Maringá/PR
Tel. (44) 3031-9818
E-mail: [email protected]
COMO ORgANIzAR OS ORIgINAIS PARA SUBMISSãO
1. Página de título
— deve conter título em português e inglês, resumo e abstract, palavras-
chave e keywords.
— coloque todas as informações relativas aos autores em uma página
separada, incluindo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afi-
liações institucionais e cargos administrativos. Ainda, deve-se identificar o
autor correspondente e incluir seu endereço, números de telefone e e-mail.
Essa informação não estará disponível para os revisores.
2. Resumo/Abstract
— os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou
menos são os preferidos.
— os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, ou des-
critores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas
conforme o MeSH/DeCS.
3. Texto
— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo
legendas das figuras, resumo, abstract e referências.
— envie figuras e tabelas em arquivos separados (ver abaixo).
— também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar
a montagem final do artigo.
4. figuras
— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons
de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.
— as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes.
— se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo
o crédito à fonte original.
— confirme se todas as figuras foram citadas no texto.
5. gráficos e ilustrações
— devem ser enviados os arquivos contendo as versões originais dos grá-
ficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.
— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de ima-
gem bitmap (não editável).
— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela
produção da revista, a critério do Corpo Editorial.
6. Tabelas
— devem ser autoexplicativas e complementar, e não duplicar, o texto.
— devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são
mencionadas no texto.
— forneça um breve título para cada uma.
— se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de
rodapé dando crédito à fonte original.
— apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exem-
plo) e não como elemento gráfico (imagem não editável).
7. Referências
— todos os artigos citados no texto devem ser referenciados.
— todas as referências listadas devem ser citadas no texto.
— com o objetivo de facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto
apenas indicando a sua numeração.
— as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos so-
brescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto.
— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acor-
do com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.
— a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas
devem conter todos os dados necessários à sua identificação.
— as referências devem ser apresentadas no final do texto e obedecer às
Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).
— não devem ultrapassar o limite de 30.
— utilize os exemplos a seguir:
• Artigos com um até seis autores
Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/
length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in
man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.
• Artigos com mais de seis autores
De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem
M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue:
methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.
• Capítulo de livro
Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A.
Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007.
cap. 6, p. 223-301.
• Capítulo de livro com editor
Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2ª ed. Wieczorek RR,
editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.
• Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso
Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamen-
te e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção.
[dissertação]. Bauru: Universidade de São Paulo; 1990.
• formato eletrônico
Câmara CALP da. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Esté-
ticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop
Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível
em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.