edição nº 93

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MERCADO & NEGÓCIOS Usuários do Megaupload podem ter seus arquivos apagados CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ Ź31 de Janeiro a 06 de FeVereiro de 2012 Ano 4 Ɣ nº 93 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % FECHAMENTO: 30 DE JANEIRO DE 2012 ŹPÁGINA 2 Ossadas deixadas em Caxias vieram do Rio Novo bloco faz ensaios Detran vai liberar boletos do IPVA a partir de 5ª Modelo brasileiro é elogiado em Davos Arrecadação federal bateu recorde no ano passado Produção de aves O material estava em um terreno abandonado e foi recolhido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Instituto Médico Legal. Sacos de uma marca de café que não tem consumo em Duque de Caxias também foram encontrados. A Polícia Civil está investigando. ŹPÁGINA 2 O Bloco Embalo da 25 deverá ser a grande novidade no carnaval de Duque de Caxias este ano. Criado há cerca de dois meses, ele deverá percorrer as ruas do bairro 25 de Agosto arrastando mais de 200 pessoas. ŹPÁGINA 7 A checagem da base de dados do IPVA 2012 vai se estender até quarta- feira (dia 1º) e os boletos poderão ser impressos através dos sites dessas instituições partir do dia seguinte (2). ŹPÁGINA 5 P ara os participantes do 42º Fórum Mun- dial Econômico, em Da- vos, na Suíça, o modelo brasileiro de crescimento associado ao desenvolvi- do social é destaque no cenário internacional. ŹPÁGINA 3 O s brasileiros pagaram R$ 969,907 bilhões em impostos federais e contribuições previdenci- árias no ano passado, um acréscimo de R$ 163,2 bilhões em relação ao ano anterior. ŹPÁGINA 4 ŹPÁGINA 8 A avicultura nacional deve experimentar, este ano, um crescimento moderado, em torno de 2%, tanto na produção quan- to na exportação, em função da crise internacional. A avaliação foi feita pelo presidente da União Brasileira de Avicultura, que congrega os produtores e expor- tadores de aves do país, Fran- cisco Turra. O consumo interno atingiu 47,4 quilogramas por habitante/ano, em 2011. Banco de Imagens PMDC/Edmilson Muniz Marcelo Cunha Propostas alternativas para a Rio+20 D e olho na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que vai acontecer em junho, no Rio de Janeiro, o Fórum So- cial Temático (foto ao lado) terminou com uma agenda de propostas alternativas à negociação formal que será conduzida pelos governos na conferência. ŹPÁGINA 5 Valter Campanato/ABr Justiça aceitará cartões para pagamento de dívidas trabalhistas O Conselho Nacional de Justiça irmou termo de co- operação técnica para o uso de cartões de crédito e débito no pagamento de dívidas trabalhistas. O obje- tivo é tornar mais eiciente o processo de execução das decisões e acordos judiciais, com o rápido repasse dos recursos. Atualmente, após acordo entre as partes ou decisão condenatória, o pagamento da dívida é feito de forma "manual", através de depósitos bancários, o que torna lenta a transferência do dinheiro. Projeção de analistas para inlação continua caindo Dolar Comercial 1,747 1,749 0,57 Dólar Turismo 1,690 1,870 0,00 Ibovespa 62.770,01 0,21

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Jornal Capital - Edição nº 93

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MERCADO & NEGÓCIOS

Usuários do Megaupload podem ter seus arquivos apagados

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ モ31 de Janeiro a 06 de FeVereiro de 2012

Ano 4 ズ nº 93www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

FECHAMENTO: 30 DE JANEIRO DE 2012

モPÁGINA 2

Ossadas deixadas em Caxias vieram do Rio

Novo bloco faz ensaios

Detran vai

liberar boletos

do IPVA a

partir de 5ª

Modelo

brasileiro

é elogiado

em Davos

Arrecadação

federal bateu

recorde no

ano passado

Produção de aves

O material estava em um terreno abandonado e foi recolhido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Instituto Médico Legal. Sacos de uma marca de

café que não tem consumo em Duque de Caxias também foram encontrados. A Polícia Civil está investigando.

モPÁGINA 2

O Bloco Embalo da 25 deverá ser a grande novidade no carnaval de Duque de Caxias este ano. Criado há cerca de dois meses, ele deverá percorrer as ruas

do bairro 25 de Agosto arrastando mais de 200 pessoas. モPÁGINA 7

A checagem da base de dados do IPVA 2012

vai se estender até quarta-feira (dia 1º) e os boletos poderão ser impressos através dos sites dessas instituições partir do dia seguinte (2).

モPÁGINA 5

Para os participantes do 42º Fórum Mun-

dial Econômico, em Da-vos, na Suíça, o modelo brasileiro de crescimento associado ao desenvolvi-do social é destaque no cenário internacional.

モPÁGINA 3

Os brasileiros pagaram R$ 969,907 bilhões

em impostos federais e contribuições previdenci-árias no ano passado, um acréscimo de R$ 163,2 bilhões em relação ao ano anterior.

モPÁGINA 4

モPÁGINA 8

A avicultura nacional deve

experimentar, este ano, um

crescimento moderado, em torno

de 2%, tanto na produção quan-

to na exportação, em função da

crise internacional. A avaliação

foi feita pelo presidente da União

Brasileira de Avicultura, que

congrega os produtores e expor-

tadores de aves do país, Fran-

cisco Turra. O consumo interno

atingiu 47,4 quilogramas por

habitante/ano, em 2011.

Banco de Imagens

PMDC/Edmilson Muniz

Marcelo Cunha

Propostas alternativas para a Rio+20De olho na Conferência das Nações Unidas sobre

Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que vai acontecer em junho, no Rio de Janeiro, o Fórum So-cial Temático (foto ao lado) terminou com uma agenda de propostas alternativas à negociação formal que será conduzida pelos governos na conferência.

モPÁGINA 5

Valter Campanato/ABr

Justiça aceitará cartões para pagamento de dívidas trabalhistas

O Conselho Nacional de Justiça irmou termo de co-operação técnica para o uso de cartões de crédito

e débito no pagamento de dívidas trabalhistas. O obje-tivo é tornar mais eiciente o processo de execução das decisões e acordos judiciais, com o rápido repasse dos recursos. Atualmente, após acordo entre as partes ou decisão condenatória, o pagamento da dívida é feito de forma "manual", através de depósitos bancários, o que torna lenta a transferência do dinheiro.

Projeção de analistas para inlação continua caindo

Dolar Comercial 1,747 1,749 0,57Dólar Turismo 1,690 1,870 0,00Ibovespa 62.770,01 0,21

2 モ31 de Janeiro a 06 Fevereiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Ponto de Observação

Alberto Marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611endereços eletrônicos:

[email protected]@gmail.com

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TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Colunado Moreira

Mobilidade Urbana

A circulação das pessoas vem se tornando um dos grandes desaios para as cidades brasileiras. Os

engarrafamentos tornaram-se o pesadelo diário dos motoristas. Quando ocorre o travamento dos principais corredores, as consequências para a qualidade de vida podem ser graves. E elas acarretam, segundo especialistas, enormes prejuízos econômicos e sociais. Congestionamentos constantes adicionam custos extras signiicativos nos produtos. Isso pode levar à redução da eiciência econômica de uma região, segundo constatou estudo da Fundação Dom Cabral. O congestionamento desestimula empresas e pessoas a se estabelecerem e encoraja empresas ali localizadas a procurarem outro local.

As autor idades públicas precisam estar preocupadas em resolver a questão da mobilidade urbana, especialmente nas regiões metropolitanas, onde as soluções para essas questões dependem da atuação articulada de órgãos municipais, estaduais e federais. Trata-se de uma prioridade política e administrativa que exige empenho, diálogo e criatividade em torno de projetos que tenham foco adequado e metas precisas.

Daí o meu empenho em viabilizar a duplicação da Avenida do Contorno em Niterói, que serve aos moradores desta cidade e de São Gonçalo, como a todos que de outras regiões do Estado pretendam utilizar a Ponte em direção da capital. A iniciativa exigiu criatividade dos envolvidos. No entanto, falta a decisão do prefeito de Niterói para viabilizar a utilização de parte de área do Cemitério de Maruí e tornar possível um novo projeto que preserve espaços de estaleiros. Mas, se em 15 dias esta alternativa não se tornar realidade, a obra será iniciada segundo o projeto original.

A duplicação vai ajudar a resolver os transtornos que todos enfrentam para acessar a região dos Lagos, sobretudo em dias de feriado prolongado. No entanto, os benefícios com esta obra serão ainda maiores e estarão presentes na qualidade de vida do s trabalhadores, em mais oportunidades de investimentos e negócios, em mais empregos para quem vive em Niterói e municípios próximos.

A segurança da Baixada nas mãos de Beltrame

Na reunião do Con-selho Comunitário

de Segurança Publica de Duque de Caxias em dezembro último, o co-ronel Erir Ribeiro Filho, Comandante Geral da PMRJ, cobrou, publica-mente, do prefeito a ces-são de uma área para a instalação de uma Com-panhia Avançada do 15º Batalhão, como fator de contenção da ação dos bandidos que assumiram o controle das comu-nidades da Mangueira, Sossego e Boa Vista, que ocupam boa parte do Morro da Telefônica, onde, há mais de 50 anos o Governo instalou uma torre de retransmissão, que permitiam as liga-ções telefônicas entre o Rio e Brasília. Na épo-ca, a área era controlada por militares por abrigar, também, o sistema de aproximação do Aero-porto do Galeão.

Com a privatização da Telebrás e a chegada dos telefones celulares e da internet, a torre foi desa-tivada e o local abando-

nado pelos militares, fato que facilitou a invasão dos traicantes, que se tornou dramática depois da ocupa-ção de diversas favelas da Capital. O Morro da Tele-fônica funciona como um ponto de observação capaz de bisbilhotar as atividades no quartel do 15º Batalhão, ao alcance de um simples tiro de fuzil. A ousadia dos traicantes era tal que a Pre-feitura precisou desativar um posto médico, constru-ído no governo passado e que ocupava o terreno de uma antiga fábrica de tintas, pois não havia como garan-tir a segurança dos prois-sionais da saúde, muito me-nos dos pacientes.

Quinta-feira (26), na primeira reunião deste ano do Conselho e aproveitan-do a presença do Secretário de Segurança, José Maria-no Beltrame, do próprio coronel Erir Ribeiro Filho e da Chefe de Polícia Ci-vil, delegada Martha Ro-cha, o prefeito Zito assi-nou os atos de cessão do antigo posto de saúde, na Rua João Ribeiro, no Cen-tenário, bem como de uma área em Campos Elíseos, onde deverá ser construída a nova Delegacia do segun-

do Distrito. Agora, a "bola" da Segurança Publica na Baixada está nas mãos do delegado federal José Ma-riano Beltrame, o festejado secretário de Segurança Pública, que continua sa-boreando os resultados da política de implantação das UPPs, que funcionam como "cabeças de ponte" do poder publico para recu-perar o controle de "territó-rios" que antes estavam sob o domínio de quadrilhas de traicantes e milicianos.

Todos reconhecem que a tarefa de recuperar a auto estima e a segurança da po-pulação da Baixada Flumi-nens não se resolverá com UPPs, de alcance limitado a alguns quarteirões, mas da reformulação da Política de Segurança Pública, com a reintegração da Baixada Fluminense nos projetos do Governo do Estado. Para começar, é fundamen-tal a recompletação urgente dos contingentes dos Bata-lhões instalados na região. Em 1962, foi preciso que um quebra quebra destru-ísse o comércio de gêneros alimentícios de Duque de Caxias e São João de Me-riti para que o Governo do antigo Estado do Rio se

lembrasse da existência, como pólo econômico, do antigo 8º Distrito de Nova Iguaçu, instalando às pressas o que então foi batizado de 6º Batalhão da PMRJ, que passou a ser responsável direto pela segurança dos muni-cípios desta região. A re-distribuição dos quartéis não foi acompanhada por uma reavaliação do nú-mero de policiais milita-res necessários para man-ter a ordem na região.

A construção das no-vas sedes das 59ª DP/Caxias e 60ª DP/Campos Elíseos, por exemplo, não pode seguir o padrão de (in)eiciência do DER/RJ, que há mais de 7 anos tenta duplicar um trecho de apenas 15 quilômetros da antiga Rio Petrópolis, que foi inteiramente cons-truída no governo Wa-shington Luis em menos de três anos. Hoje, com um milhão de habitantes, a segurança de Duque de Caxias está entregue a um contingente de pouco mais de 600 homens.

É pouco, muito pouco para uma cidade que é a segunda economia do Es-tado!

(*) FECHAMENTO: 30 DE JANEIRO DE 2012

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ossadas humanas despejadas na Figueira foram trazidas da capitalApós denúncia anônima

à Secretaria de Meio Ambiente, a Guarda Muni-cipal de Duque de Caxias registrou ocorrência na 60ª Delegacia de Polícia, de Campos Elíseos, no último dia 26, contra o despejo ir-regular de ossos humanos no bairro Figueira. O ma-terial estava num terreno abandonado e foi recolhido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Instituto Mé-dico Legal (IML). A Po-lícia Civil fará perícia no material.

Os ossos estavam es-palhados entre restos de sobras de urnas mortuá-rias (caixões), misturados a outros tipos de detritos. Segundo moradores, o ma-terial foi jogado no local por um caminhão. Levan-tamentos feitos pelos poli-ciais encontraram sacos de uma marca de café que não tem consumo em Duque de Caxias.

Os agentes seguiram as pistas e apuraram que as embalagens pertencem a um tipo de caputino, que é comercializado no cemi-tério Memorial do Carmo, no Caju, localizado no mu-

nicípio do Rio de Janeiro. A polícia poderá convo-car a direção do cemitério Memorial do Carmo para apurar por que as ossadas foram jogadas na cidade e num local irregular. A

operação contou também com a participação da Se-cretaria de Meio Ambiente, Obras, Serviços Públicos, policiais da delegacia de Campos Elíseos e Bombei-ros.

PMDC/Edmilson Muniz

Convênio estimula desenvolvimento sustentável

A Prefeitura de Duque de Caxias, a Federação

das Empresas de Transpor-tes de Passageiros do Esta-do do Rio de Janeiro (Fe-transpor) e o Sindicato das Empresas de Transportes de Duque de Caxias (Setrans-duc) assinaram o Transpor-

te Mais Sustentável, convê-nio de cooperação técnica para estimular o desenvol-vimento sustentável no se-tor de transportes urbanos do município. A assinatura aconteceu dia 25, no au-ditório da Setransduc, que formalizou a doação de um

ônibus para a Secretaria de Meio Ambiente da cidade.

- Iremos controlar a emis-são de poluentes dos ônibus e a qualidade das instalações das garagens das empresas, que devem estar adequa-das às normas ambientais da cidade e do Estado. Os

aprovados vão ganhar o selo Verde nos ônibus - informou o presidente da Fetranspor, Lélis Marcos Teixeira, ao lado do prefeito José Ca-miolo Zito, que agradeceu a doação e ressaltou a parceria que o município vem man-tendo com Setransduc.

Cambio

Moeda Compra (r$) Venda (r$) Variação %Dolar Comercial 1,747 1,749 0,57Dólar Turismo 1,690 1,870 0,00

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %Coroa dinamarca 5,660 5,664 0,72dólar austrália 1,059 1,059 0,68dólar Canadá 1,002 1,002 0,00Euro 1,312 1,313 0,68Franco Suíça 0,917 0,918 0,68iene Japão 76,320 16,360 0,43Libra esterlina inglaterra 1,569 1,570 0,20Peso Chile 490,600 491,000 1,28Peso Colômbia 1.817,000 1.819,000 0,58Peso Livre argentina 4,305 4,355 0,00Peso MÉXICO 12,988 12,995 0,67Peso Uruguai 19,450 19,650 0,51

Bolsa

Valor Variação %Ibovespa 62.770,01 0,21IBX 21.199,59 0,16dow Jones 12.653,72 0,05nasdaq 2.811,94 0,16Merval 2.770,83 2,15

CommoditiesUnidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 111,030 111,050 0,19Ouro onça troy 1.728,840 1.730,560 0,02Prata onça troy 33,450 33,500 0,06Platina onça troy 1.606,130 1.616,130 0,05Paládio onça troy 683,080 690,380 0,02

indicadoresPoupança 01/02 0,586Poupança p/ 1 Mês 30/01 0,509TR 30/01 0,010Juros Selic meta ao ano 10,50Salário Mínimo (Federal) r$ 622,00

3モ31 de Janeiro a 06 Fevereiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta DILMA ROUSSEFF: [email protected] [email protected]

ELIANE NUNES, 50 anos, corretora de imóveis em João Pessoa (PB) - A senhora não acha que a lei deveria ser mais severa para punir os que maltratam e desfazem das mulheres?

Presidenta Dilma – Nós temos no Brasil, Eliane,

a Lei Maria da Penha, de 2006, que é uma das mais

eicientes e severas de todo o mundo. Essa lei prevê a punição dos autores de vários tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial, moral,

de assédio sexual e do tráico. A Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência, criou a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que conta hoje

com 197 atendentes que dão orientação e encaminham

as denúncias para os serviços especializados mais

próximos da residência da vítima. Em todo o país, existem 945 desses serviços, como delegacias da mulher,

juizados, promotorias especializadas, etc. Entre abril

de 2006, quando começou a funcionar, e dezembro de

2011, o Ligue 180 recebeu 2,3 milhões de ligações. Com a aplicação da Lei Maria da Penha, entre setembro de

2006 e março de 2011, foram abertos 332 mil processos

e houve 110 mil agressores sentenciados. Além disso,

tivemos 1.577 prisões preventivas, 9.715 prisões em

lagrante e os juízes expediram 93.194 medidas de proteção. Esta lei encoraja as denúncias, garante

a integridade física das mulheres e está ajudando a

promover uma mudança de cultura no relacionamento

entre homens e mulheres.

SANDRO GONÇALO ALCONDO, 16 anos, estudante em Uberlândia (MG) - Estudo em uma escola pública e meu sonho é entrar na universidade. Será que vou conseguir?

Presidenta Dilma – Sandro, acredite no seu sonho, lute e seja perseverante que você consegue. Nós estamos fazendo a nossa parte, criando todas as condições para

facilitar ao máximo o acesso de estudantes como você ao ensino superior. Entre 2011 e 2014, vamos criar

4 novas universidades federais, além de 47 campus

universitários. Elas se somarão às 14 universidades e 126

campus criados no governo Lula, sobretudo no interior

do Brasil. No seu estado, foram duas novas instituições:

a Universidade Federal de Alfenas e a Universidade

Federal do Triângulo Mineiro, aí na sua região. Esta

expansão permitiu ampliar as vagas de ingresso de 139

mil, em 2007, para 243 mil, agora, em 2012. Com o SISU, que usa as notas do ENEM, também aumentamos as chances de estudantes do Brasil concorrerem a

vagas em 95 universidades públicas. Para viabilizar

os estudos em universidades não gratuitas, temos duas

ações: o Programa Universidade para Todos (ProUni)

e o Financiamento Estudantil (FIES). Pelo ProUni, já concedemos bolsas de estudos para mais de 1 milhão de

estudantes; e o FIES foi reestruturado, de tal forma que os juros agora são de apenas 3,4% ao ano. Torço para

que você consiga não apenas realizar seu sonho, mas para que tenha uma boa nota no ENEM e assim possa

também concorrer a uma das 101 mil bolsas de estudos

para universidades do exterior, por meio do programa

Ciência sem Fronteiras.

LENIRA SANTOS, 43 anos, agente de endemias em Itapetinga (BA) - O incentivo do programa LIRAa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti) é para pagar também os agentes que vão trabalhar no programa de combate à dengue? Qual o valor a ser pago por agente?

Presidenta Dilma – Lenira, há duas ações distintas

conduzidas pelo Ministério da Saúde para enfrentar a dengue. A primeira – o LIRAa, que você citou – é, na realidade, o levantamento que identiica as áreas onde as larvas do mosquito transmissor da dengue estão mais

presentes. Ao determinar os locais de maior incidência, o LIRAa permite às prefeituras e à população a adoção de medidas para prevenir a doença. Essa e outras ações

de combate à dengue são realizadas pelos municípios

e estados, com recursos repassados pelo Ministério

da Saúde (MS). Outra ação, lançada em 2011, é um incentivo adicional pago aos municípios para o

aprimoramento das ações de prevenção e controle da

dengue. O MS repassa cerca de R$ 1 bilhão de reais por ano para que estados e municípios realizem as ações de

prevenção de controle de doenças, entre elas a dengue.

Esse novo incentivo aumenta em 20% esse repasse

para os 1.159 municípios prioritários. Ao receber esses

recursos adicionais, eles devem assegurar, entre outras

ações, que terão a quantidade adequada de agentes de

controle de endemias e realizarão as visitas domiciliares

recomendadas. Cabe aos municípios, Lenira, deinir como serão utilizados os recursos desse adicional,

incluindo a ixação dos salários dos agentes.

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

Direito Empresarial

Kodak pede concordata nos EUA

A crise econômica que vem assom-

brando o mundo desde 2008 levou a empresa centenária Eastman Ko-dak a entrar com pedido de concordata no último dia 19, no Tribunal de Nova York. A empresa divulgou um comunica-do em seu próprio site, dizendo que “a compa-nhia e suas subsidiárias nos EUA entram com

pedido voluntário de “pro-teção” ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Esta-dos Unidos”.

Fundada em 1888, a Kodak ajudou o homem a fotografar as primeiras imagens da Lua, mas não resistiu à evolução tecno-lógica das máquinas digi-tais, de maneira que seus negócios perderam espaço no mercado. A Kodak re-correu à concordata depois de não conseguir levantar recursos para a sua recu-

peração inanceira de longo prazo. Com o pedido, a em-presa pretende reforçar a li-quidez, valorizar a proprie-dade intelectual, resolver a atual situação de passivos e se concentrar nos ramos de negócios mais competi-tivos.

A pioneira do setor de fotograia, com mais de 130 anos, airma que obteve US$ 950 milhões em uma linha de crédito de 18 meses do Citigroup e que continu-ará a operar. O inanciamen-

Arthur Salomão* to e a proteção contra fa-lência pode dar a Kodak o tempo necessário para encontrar compradores para algumas de suas 1.100 patentes digitais e remodelar seus negócios, garantindo o salário de seus 17 mil funcionários.

Estima-se que o gru-po tenha um total de ati-vos de US$ 5,1 bilhões, mas também um passivo avaliado em aproxima-damente US$ 6,75 bi-lhões.

Dilma incrementa relações econômicas entre Brasil e Cuba

A presidenta Dilma Rousseff viajou ontem

(30) para Havana, Cuba, onde ica até este terça-feira (31), seguindo para Porto Príncipe, no Haiti. É a primeira visita dela aos dois países. Em meio às discussões de abertura eco-nômica e cobranças sobre direitos humanos, Dilma quer concentrar as conver-sas no apoio do Brasil para a ampliação de parcerias e acordos bilaterais com o governo do presidente cubano, Raúl Castro. Há reuniões agendadas com o

presidente Raúl Castro, mas ainda não foi conirmado o encontro com Fidel Castro, de 85 anos, ex-presidente de Cuba que governou o país até 2008. A presidenta chega a Cuba no auge da abertura econômica do país.

No im de semana, os 811 dirigentes do Partido Comunista de Cuba se reu-niram para buscar alternati-vas ao apelo de Raúl Castro no sentido de aprofundar os debates sobre as mudan-ças na economia interna, o que chama de “mudança de mentalidade”. Essas mu-

danças foram as alternativas encontradas pelo governo para tentar driblar as dii-culdades causadas pelo em-bargo econômico imposto pelos Estados Unidos des-de 1962. Nos últimos dois anos, Raúl Castro adotou uma série de medidas que abrem a economia do país. As decisões envolvem o es-tímulo à demissão voluntá-ria dos funcionários públi-cos, a liberação de compra de automóveis e imóveis, a permissão para atividades autônomas e o incentivo à agricultura familiar.

De acordo com assesso-res de Dilma, a visita dela a Havana tem o objetivo de aprofundar o diálogo e a co-operação bilateral. A ideia é concentrar as conversas na agenda econômica. Nos úl-timos anos, aumentou o co-mércio entre o Brasil e Cuba e também foram diversii-cados os produtos negocia-dos. Pelos dados do governo brasileiro, o comércio entre Brasil e Cuba registrou valor recorde em 2011, com um total negociado de US$ 642 milhões - 31% a mais do que em 2010.

BID elogia modelo de desenvolvimento brasileiro em Davos

No penúltimo dia (28) do 42º Fórum

Mundial Econômico, em Davos, na Suíça, o Bra-sil foi tema de um painel de debates. O presidente do Banco Interamerica-no de Desenvolvimento (BID), Luís Moreno, elo-giou os resultados positi-vos obtidos nos últimos anos no país. Segundo os participantes do evento, o modelo brasileiro de crescimento associado ao desenvolvido social é destaque no cenário inter-nacional. O ministro das Relações Exteriores, An-tonio Patriota, e o secretá-

rio executivo do Ministé-rio da Indústria, Comércio e Turismo, Alexandre Teixeira, participaram do painel denominado Bra-sil Outlook, mediado pelo jornalista John Defterios, da emissora norte-ameri-cana CNN.

As discussões em tom de otimismo, contrasta-ram com o clima de apre-ensão dos debates em Da-vos cujo tema principal é a crise econômica inter-nacional que atinge prin-cipalmente países da zona do euro, como a Grécia, Espanha e Portugal. O mediador perguntou a

Patriota se o Brasil está pronto para assumir parte da liderança que é exerci-da pelos Estados Unidos e por alguns países que so-frem os impactos da crise econômica internacional. O chanceler respondeu que os Estados Unidos se mantêm na liderança, as-sim como outros países.

Porém, Patriota acres-centou que o Brasil tem conquistado seu espaço no cenário internacio-nal pelos esforços feitos para conciliar o cresci-mento sustentável com os programas de inclu-são social e respeito ao

meio ambiente. Segundo o chanceler, essa lideran-ça é natural pelo empenho dos brasileiros. O minis-tro lembrou ainda que a associação de ações rela-tivas ao estímulo para o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida dominarão as dis-cussões da Conferência Rio+20, que ocorrerá de 13 a 23 de junho, no Rio de Janeiro. Patriota res-saltou que em um mundo multiétnico e que as ques-tões nucleares estão no topo das discussões, esses temas devem ocupar um lugar de destaque.

4 モ31 de Janeiro a 06 Fevereiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Arrecadação federal em 2011 chega a R$ 969,9 bilhões e bate recorde

Os brasileiros pagaram R$ 969,907 bilhões

em impostos federais e contribuições previdenci-árias no ano passado, um acréscimo de R$ 163,2 bi-lhões em relação aos R$ 805,7 bilhões recolhidos em 2010. Descontada a inlação de 6,5%, medi-da pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o aumento real foi de 10,1% - um pou-co maior que o aumento real de 9,85% em 2010 na comparação com 2009. Essa foi a maior arrecada-

ção já registrada no país, de acordo com números divulgados há pouco pela Receita Federal do Brasil. A arrecadação do mês de dezembro, no total de R$ 96,632 bilhões, também foi recorde mensal, com recolhimento de R$ 5,750 bilhões a mais que no mes-mo mês de 2010. Diferen-ça insuiciente, porém, para cobrir a inlação do período. Portanto, a varia-ção mensal anualizada foi negativa em 2,69%.

De acordo com a série histórica da Receita, ini-

ciada em 2003, o aumento percentual anual da arreca-dação federal em 2011 não foi o mais alto. O recorde, em termos reais, continua com os 11,09% contabi-lizados em 2007, no auge da atividade econômica. Os outros aumentos regis-trados foram de 1,85% em 2003, de 10,6% em 2004, de 5,65% em 2005, de 4,48% em 2006, de 7,68% em 2008, além do recuo de 3% em 2009, em decor-rência da crise inanceira internacional iniciada no ano anterior.

Os setores da econo-mia que mais contribu-íram para o aumento da arrecadação anual foram as entidades inanceiras, com R$ 116,699 bilhões (+12,19%); o comércio atacadista, com R$ 46,731 bilhões (+10,98%), a in-dústria de veículos auto-motores, com R$ 36,920 bilhões (11,61%) e o co-mércio varejista, com R$ 23,372 bilhões (20,89%). Merece destaque o au-mento de 90,34% na ar-recadação gerada pela extração de minerais me-tálicos, que passou de R$ 7,836 bilhões, em 2010, para R$ 14,916 bilhões. Números corrigidos pelo IPCA.

O tributo que mais con-tribuiu com a arrecadação foi o imposto de renda, que recolheu R$ 249,818 bilhões no ano, com au-mento de 19,99% sobre os R$ 208,201 bilhões do ano anterior. No bolo das receitas tributárias, o imposto de renda aumen-tou sua participação de 25,19% para 25,76%. A segunda maior fonte de recursos para o Fisco foi a Contribuição para a Se-guridade Social (Coins), com R$ 158,079 bilhões, crescimento de 13,16% em relação ao ano ante-rior e 16,30% do todo.

Nível de atividadeda indústria caiu

11,2% em dezembro

O Nível de Atividade da Indústria (INA)

paulista caiu 11,2% em dezembro na comparação com novembro, de acordo com a Federação das In-dústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgado segunda-feira (30), na ca-pital paulista. Na compa-ração entre dezembro de 2011 com dezembro do ano anterior, houve cres-cimento de 0,6%. O Nível de Utilização da Capaci-dade Instalada (Nuci) caiu 0,5%. Na análise por seto-res, o pior desempenho foi o dos produtos têxteis, que tiveram queda de 28,9% em dezembro ante novem-bro. Na comparação com dezembro de 2010, queda de 3,6%. De acordo com o diretor do Departamen-to de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, o resultado mostra o desem-penho ruim das tecelagens durante todo o ano. “O setor sofreu uma agressão constante dos importados, por isso registrou essa tra-jetória de queda”.

Em seguida vem o seg-mento de minerais não metálicos, com retração de 5,1% na comparação com novembro. Entretanto, re-gistrou elevação de 5,5% na comparação com dezem-

bro de 2010 e de 4,9% no acumulado de 2011 com-parado ao resultado do ano anterior. O setor de móveis e indústrias diversas apre-sentou queda de 13,5% na comparação com novembro e 1,5% na comparação com dezembro de 2010 e alta de 5,3% no acumulado anual. “Nesse caso, a demanda ainda é cumprida pela in-dústria doméstica, que ica menos afetada pela concor-rência do mercado exter-no”, disse Francini.

O diretor avaliou que, apesar de o cenário econô-mico ser favorável, vários fatores contribuem para a queda da atividade indus-trial em alguns segmentos. “A indústria vem sendo agredida há tempos por coisas tais como a taxa de câmbio, política tributária, vantagens para importação e uma série de circunstân-cias agressivas que fazem com que a produção do-méstica da indústria seja muito ruim”. O diretor do Depecon ressaltou que a indústria não gerou empre-gos no ano passado e que a previsão é de fechamen-to de vagas no primeiro trimestre deste ano. E re-airmou que a expectativa de crescimento do setor industrial para este ano é modesta, em torno de 2%.

5モ31 de Janeiro a 06 Fevereiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Fórum Social encerrado com propostas alternativas à Rio+20

De olho na Conferência das Nações Unidas so-

bre Desenvolvimento Sus-tentável, a Rio+20, que vai acontecer em junho, no Rio de Janeiro, o Fórum Social Temático (FST) terminou segunda-feira (29) em Por-to Alegre com uma agenda de propostas alternativas à negociação formal que será conduzida pelos gover-nos na conferência. Com o tema “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambien-tal”, o FST foi a primeira etapa da Cúpula dos Po-vos, reunião que deverá acontecer paralelamente à Rio+20, como contraponto às negociações formais, em um espaço de manifestação da sociedade civil organi-zada.

A principal crítica le-vantada durante os debates do FST foi, justamente, em

relação ao conceito de eco-nomia verde, tema central da conferência. As organi-zações argumentam que o modelo vai apenas repetir a lógica do capitalismo, com a “mercantilização da natureza” e a manuten-ção das desigualdades. O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, chegou a dizer que a Rio+20 será apenas “um teatro governamental”. A ministra do Meio Ambien-te, Izabella Teixeira, que aproveitou o FST para ten-tar articular as posições do governo com as da socie-dade civil para a Rio+20, rebateu as críticas e disse que conia na força da so-ciedade civil brasileira e mundial para que o evento no Rio tenha êxito.

METAS - A Rio+20

também foi lembrada no discurso da presidenta Dil-ma Rousseff, que esteve no FST dia 26 para um diálogo com representantes da so-ciedade civil. Dilma defen-deu a criação de metas de desenvolvimento sustentá-vel na conferência e articu-lação direta entre medidas ambientais e de combate à pobreza. Apesar de bem-recebida pelos movimentos sociais na primeira partici-pação dela em um evento do Fórum Social Mundial como chefe de Estado, Dil-ma não escapou das crí-ticas. Ativistas cobraram propostas alternativas à economia verde e de mais diálogo da presidenta com os movimentos sociais.

As questões ambien-tais e a Rio+20 dividiram espaço com debates de te-mas tradicionais do Fórum

Social Mundial, como a crítica ao neoliberalismo, a defesa de causas sindi-cais e o fortalecimento da educação. O direito à me-mória foi tema de um dos eventos mais concorridos da semana, em que o soci-ólogo e jornalista Ignacio Ramonet defendeu a ins-talação de comissões da verdade e o direito coleti-vo de acesso a memórias de ditaduras para que as violações de direitos hu-manos nesse período não sejam esquecidos nem re-petidos.

Além do FST, em Por-to Alegre, mais 25 eventos devem compor a agenda do Fórum Social Mundial em 2012, entre eles o Fó-rum Social Palestina Li-vre, marcado para o im de novembro, também na capital gaúcha.

Valter Campanato/ABr

Impressão dos boletos do IPVA estará disponível esta semana

A Secretaria Estadual de Fazenda, o Detran e o

Bradesco decidiram esten-der a checagem da base de dados do IPVA 2012 até quarta-feira (dia 1º). Dessa forma, os boletos poderão ser impressos através dos sites dessas instituições partir da quinta-feira (2). A medida visa não prejudi-car o contribuinte, deixan-do tempo hábil para a im-pressão do boleto antes do primeiro vencimento, que acontece no dia 8 de feve-

reiro. O IPVA de exercícios anteriores, incluindo o ano de 2011, pode ser impresso normalmente.

A troca de bancos para emissão de guias, do Itaú para o Bradesco, e a pos-terior falha na migração do sistema via Detran do Im-posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), trouxeram proble-mas para os contribuintes que quiseram deixar em dia toda a documentação do carro neste início de ano.

6 モ31 de Janeiro a 06 Fevereiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Ensaio técnico da Grande Rio atrai milhares de foliões à Brigadeiro

A Escola de Sam-ba Acadêmicos do

Grande Rio realizou mais um ensaio técnico na avenida Brigadeiro Lima e Silva, no bairro 25 de Agosto. O prefeito José Camilo Zito esteve presente e circulou entre os componentes da agre-miação, cumprimentando passistas, baianas e os in-tegrantes de outras alas. Este foi o terceiro ensaio que a Escola fez no mu-nicípio, para o desile de 2012. A próxima prepa-ração para o desile será na Praça da Apoteose, na Vila São Luís, dia 9 de fe-vereiro.

Mais de 2 mil pessoas se dirigiram ao ensaio e ocuparam as calçadas à espera da agremiação. Do

carro de som, os músicos brindavam a platéia com sambas e outras ritmos po-pulares. O cantor Wantuir interpretou o samba da es-cola que tem o enredo: “Eu acredito em você! E você?”. Por volta das 20h, o ensaio teve início com o colorido das baianas evoluindo pela avenida, sob aplauso do

público, que também fazia questão de mostrar que o duquecaxiense tem samba no pé.

O ensaio técnico durou cerca de uma hora, com parte da escola seguindo para outro compromisso na quadra da escola, próximo ao Shopping Center. Para o diretor de Carnaval, Milton

Perácio, o ensaio foi muito positivo. O pre-feito Zito destacou que a Grande Rio mostrou que já superou as ad-versidades do ano pas-sado. “A população de Duque de Caxias torce novamente pela vitória da escola neste carna-val”, destacou Zito.

PMDC-Edmilson Muniz.

A porta bandeira Squel Jorgea e o mestre sala Luiz Felipe Rosa

Conferencia de Transparênciae Controle Social em Caxias

No próximo dia 15, será realizada no

Plenário da Câmara de Vereadores de Duque de Caxias a 1ª Confe-rência Municipal de Transparência e Con-trole Social. O evento, chamado de Consocial Duque de Caxias, de-verá contar com a par-ticipação da sociedade civil, do poder publico municipal e também de representantes dos conselhos de direitos e políticas publicas. A composição da con-ferencia é de 60% de

representatividade da Sociedade Civil, 30% do Poder Público e 10% de representantes dos Con-selhos.

O Consocial é uma iniciativa da Controla-doria Geral da União (CGU) que orienta as discussões da conferen-cia, sob o tema “A So-ciedade no Acompanha-mento e no Controle da Gestão Pública”.

Mais informações acesse o site da Contro-ladoria Geral da União em www.consocial.cgu.gov.br.

Ministra diz que aprovação da PEC do Trabalho Escravo é prioridade

A ministra da Secreta-ria de Direitos Hu-

manos, Maria do Rosá-rio, disse sábado (28) que a aprovação da Proposta de Emenda Constitucio-nal 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, será a priorida-de da articulação da pasta no Congresso Nacional este ano. “Temos que fazer dessa a principal agenda política de direi-tos humanos no Congres-so. A presidenta Dilma Rousseff determinou à secretaria, que, assim como demos prioridade à articulação legislativa para aprovar a Comissão da Verdade em 2011, fa-

çamos da PEC a prioridade agora”, disse Maria do Ro-sário durante debate sobre trabalho escravo no Fórum Social Temático (FST).

Segundo a ministra, o aumento de incidência de trabalho escravo em áreas urbanas - geralmente no setor têxtil e na constru-ção civil - e da entrada de imigrantes vindos de paí-ses mais pobres são novos desaios para as políticas de enfrentamento da escra-vidão contemporânea no Brasil. “A agenda do traba-lho escravo cada vez mais se confunde com a ques-tão da migração, e pode se agravar diante do fenôme-no da vinda de trabalha-

dores que vivenciam situ-ações dramáticas em seus países e vêm procurar no Brasil melhores condições de vida, como os bolivia-nos e agora os haitianos”.

Maria do Rosário dis-se que é preciso garantir a esses trabalhadores o direito à denúncia, para que não sejam submetidos ao trabalho degradante. Além da indeinição so-bre a PEC do Trabalho Escravo, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Confedera-ção da Agricultura e Pe-cuária do Brasil (CNA) ameaça um dos principais instrumentos de combate à escravidão no Brasil,

a chamada Lista do Trabalho Escravo, um cadastro que re-úne propriedades em que houve lagrante e libertação de tra-balhadores. Criada em 2004, a lista tem atualmente 294 em-presas e pessoas fí-sicas. A maioria dos infratores está ligada à agropecuária e à produção de carvão, mas há também ma-deireiras e construto-ras. Quem tem nome incluído na lista não pode obter emprés-timo em bancos pú-blicos e ica sujeito a sanções comerciais.

Usuários do Megaupload podem ter seus arquivos apagados

Os usuários do Me-gaupload correm

o risco de ter apagados todos os dados enviados à nuvem da companhia a partir de quinta-feira (2), disseram agentes fe-derais do FBI, em West Virgínia, Estados Uni-dos. Uma carta enviada pelo órgão sexta-feira (27) airma que as duas empresas que mantêm os servidores de hospeda-gem do site - Carpathia Hosting e Cogent Com-munications Group - têm permissão de começar a apagar os arquivos. O site é acusado de causar US$ 500 milhões de prejuí-zo com a cópia ilegal de arquivos protegidos por

direitos autorais. Segundo o advogado do Megauplo-ad, Ira Rothken, o governo congelou as contas da em-presa que não pode mais pagar pelo serviço de hos-pedagem aos servidores.

O Megaupload diz que seus milhões de usuários armazenavam informações pessoais, incluindo fotos de família e documentos importantes. Nenhum de-les é capaz de baixar os arquivos novamente para seus computadores desde o encerramento do site no início deste mês, em uma operação antipirataria. Ro-thken disse que o Megau-pload está trabalhando com os federais americanos para evitar a exclusão dos dados

da rede. Ele diz ainda que arquivos de pelo menos 50 milhões de usuários estão em perigo e correm o risco de eliminação permanente. Ainda segundo ele, além dos dados de seus clientes, há informações importan-tes para o Megaupload, como documentos que po-dem ajudar a empresa a se

defender nos tribunais. "Estamos cautelosa-mente otimistas nes-te ponto. Os Estados Unidos e o Megauplo-ad têm um desejo em comum de proteger os consumidores", disse ele, que acredita que este acordo será cum-prido.

China escolhe um vice-ministro para ser embaixador no Brasil

O governo da Chi-na nomeou como

embaixador no Brasil o segundo vice-minis-tro das Relações Ex-teriores, Li Jinzhang. Na hierarquia do mi-nistério, Li Jinzhang, de 57 anos, era o se-gundo dos sete vice-ministros. Ele ocupou vários postos em pa-íses sul-americanos. Também foi diretor do Departamento de As-suntos Latino-Ame-ricanos do Ministério

das Relações Exteriores da China.

De acordo com o Mi-nistério das Relações Exteriores da China, desde 2009 a embaixada em Brasília é ocupada por proissionais mais gabaritados do governo chinês. Para diplomatas brasileiros, a escolha de Jinzhang indica a impor-tância que o Brasil re-presenta para o governo chinês ao escolher o se-gundo nome do ministé-rio.

Mais de 100 agências do INSSserão abertas até o im do ano

Até o im do ano, 182 agências do

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão abertas em todo o país. A meta do gover-no é evitar que o segu-rado tenha de percorrer longas distâncias para tratar de serviços da Previdência. “No Pará, às vezes, uma pessoa tinha que se deslocar até 600 quilômetros para ir a um posto da Previdência, que era o mais próximo”, dis-se a presidenta Dilma

Rousseff em seu progra-ma semanal Café com a Presidenta. Ela acrescen-tou que o estado deverá receber mais 14 agências. “Faremos também, em todos os lugares em que for necessário, concur-so público para contratar servidores onde há carên-cia de funcionários”, des-tacou. Dilma lembrou que a Previdência criou um sistema computadorizado que acompanha todas as etapas do atendimento a quem procura uma agên-cia do INSS.

7モ31 de Janeiro a 06 Fevereiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Bloco Embalo da 25 promete muita alegria nas ruas de Caxias

Novidade no carnaval de Duque de Caxias.

Este ano, a população vai conhecer o mais novo bloco da cidade, o Embalo da 25, que promete muita alegria nas ruas centrais do muni-cípio. O bloco foi fundado há cerca de dois meses e tem sede provisória no bar Papá Gostoso, na Rua Ge-neral Dionísio, no bairro 25 de Agosto. Segundo o seu fundador Anderson Beija Flor, a ajuda vem unica-mente da iniciativa priva-da. “Nosso patrocínio é do ENVIDA, que está dando uma força muito bacana para nós e que quer incen-tivar e propiciar momentos de alegria para a população da cidade”, disse Anderson ao Capital durante um dos ensaios do bloco, realizado no sábado (28), onde as co-res adotadas - azul e laranja - predominaram. Na próxi-ma sexta-feira, a partir das 18h, o bloco vai se reunir novamente na rua General Dionísio. “O ambiente é de harmonia e paz. Participem e tragam suas famílias”, convida o compositor. Sua expectativa é que o bloco saia no carnaval com cerca de 200 pessoas.

Anderson, que já fez parte da ala de composi-tores da Beija Flor, onde também participou seu pai,

Valdir Tremendão, enfa-tizou que a iniciativa de criação do bloco é pura-mente cultural, no sentido de resgatar o carnaval de rua no bairro 25 de Agos-to. “Os blocos de embalo, os chamados blocos de rua, não são de enredo. Eles são verdadeiras manifestações populares”, enfatiza An-derson. Outro fundador, Marcos Cruz, acrescenta que os participantes des-ilam com as roupas que querem, não há obrigato-riedade de fantasias. “A gente se reúne e sai pelas ruas tocando e cantando

marchinhas e sambas co-nhecidos. Essa é a tradição e nós queremos mantê-la”, observou.

Uma das presentes muito animada era a dire-tora da Associação de Mo-radores do Jardim 25 de Agosto, Maria do Socorro Silva Ramos, que conir-mou sua participação nos desiles do bloco. “Farei questão de sair com eles”, disse a líder comunitária, que dirige a entidade há cerca de seis anos e que também desila no Uni-dos de Nova Campina, de Caxias, e Flor do Estácio,

no Rio. Maria do Socor-ro disse que a Associação ainda tem como uma de suas reivindicações a volta dos desiles para a aveni-da Brigadeiro Lima e Sil-va. “Duque de Caxias teve carnavais históricos nessa avenida e queremos essa tradição de volta. A ques-tão do carnaval na cidade hoje é muito complicada. Este ano, segundo soube, mais uma vez não teremos desiles oiciais e a Asso-ciação Carnavalesca de Duque de Caxias continua esquecida pelas autorida-des”, lamentou Socorro.

Marcelo Cunha

Os fundadores do Bloco, Anderson Beija Flor (esquerda) e Marcos Cruz,

em companhia da líder comunitária Maria do Socorro Silva Ramos

Receita publicará regras deajuste da declaração do IR

As regras para a decla-ração do Imposto de

Renda da Pessoa Física (IRPF) deste ano, sobre ren-dimentos do ano passado, serão praticamente iguais às da última declaração, com inclusão de “peque-nos ajustes” decorrentes da correção da tabela de de-duções. A informação foi dada pela coordenadora da área de Imposto de Renda da Receita Federal, Cláudia Lúcia Pimentel. A Receita deve publicar instrução nor-mativa nos próximos dias, com o detalhamento decor-

rente da correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda, que eleva o limite de isenção de R$ 1.566,61 em 2011, para os atuais R$ 1.637,11. Também aumenta o limite para abatimento da renda tributável na declara-ção simpliicada, que passa de R$ 13.317,09 para R$ 13.916,36. A aplicação dos 4,5% corrige também os limites de declaração obri-gatória para o assalariado que teve rendimento tribu-tável anual de R$ 22.487,25 em 2010 e passou para R$ 23.499,17 em 2011.

8 モ31 de Janeiro a 06 Fevereiro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Inadimplência das empresas foia maior dos últimos dois anos

O Indicador Serasa Ex-perian de Inadimplên-

cia das Empresas teve alta de 19% no ano passado ante uma queda de 3,7% em 2010. Na comparação entre dezembro de 2011 e o mesmo período de 2010, houve um aumento de 23,7%. Sobre novembro, no entanto, a taxa diminuiu 4,1%, o que “pode ser um sinal de que a inadimplên-cia das empresas está per-dendo fôlego”, acreditam os economistas da Serasa Experian. Ao longo do ano passado, as empresas tive-ram mais diiculdades para pagar em dia as dívidas não bancárias (cartões de cré-dito, inanceiras, lojas em

geral e prestadoras de ser-viços como telefonia e for-necimento de energia elé-trica e água). Sobre 2010, o atraso nesses pagamentos aumentou 28,3%. O valor médio atingiu R$ 744,01, o que signiica uma elevação de 2,2% ante o registrado no ano anterior.

Também foi expressiva a inadimplência com os bancos, com alta de 23%. Na média, o valor que as empresas deixaram de pa-gar icou em R$ 5.169,91 – 9,7% acima do constatado em 2010. As emissões de cheque sem fundo cresce-ram 12,8% com valor mé-dio de R$ 2.089,50 – 1,7% maior ante 2010. Os títulos

protestados foram 10,9% superiores ao ano anterior, com valor médio de R$ 1.803,04, quantia que cres-ceu 9,1%.

Para os economistas da Serasa, essa situação foi provocada, em parte, pelo desaquecimento das ven-das como efeito da queda na atividade econômica. Eles justiicaram que o au-mento no ritmo de inlação pressionou os custos dos negócios. Ao mesmo tem-po, as empresas enfrenta-ram juros mais elevados na tomada de dinheiro para capital de giro e a inadim-plência do consumidor am-pliou a taxa de risco de cré-dito inibindo os negócios.

Projeção de analistas para inlaçãocai pela nona semana seguida

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA) deve en-cerrar este ano em 5,28%. A previsão é de analistas do mercado inanceiro que, pela nona semana seguida, reduziram a estimativa para o índice. Na semana pas-sada, a projeção estava em 5,29% e há quatro semanas em 5,32%. Para 2013, a es-timativa para o IPCA segue em 5%, há nove semanas. As projeções estão acima do centro da meta de inlação -

4,5% -, mas dentro do limite superior de 6,5%. Para a taxa básica de juros, a Selic, usa-da pelo Banco Central (BC) como instrumento para con-trolar a inlação, a previsão para este ano segue em 9,5% ao ano, há sete semanas, e para 2013 passou de 10,25% para 10,38% ao ano.

Essas estimativas são do boletim Focus, uma publi-cação semanal, elaborada pelo Banco Central (BC), com base nas expectativas de analistas do mercado i-

nanceiro para os principais indicadores da economia. Outra estimativa dos analis-tas é para o Índice de Preços ao Consumidor da Funda-ção Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que permanece em 5,22%, este ano, e foi ajustada de 4,75% para 4,8%, em 2013. A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponi-bilidade Interna (IGP-DI) segue em 5,01%, este ano, e subiu de 4,9% para 4,92%, em 2013.