edição nº 16 (outubro/2010)

OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2010 | 1

nO chafariz, um dos símbolos da revitalização do Centro, está passando por reparos e algumas palmeiras já morreram. Moradores criticam o projeto.

Inscrições para vagasna FAETEC

BAGUNÇA EM SÃO JOÃO DE MERITIALBERTO ELLOBO

nCalçadas da cidade são invadidas por carros, obrigando pedestres a andar na rua.

Baixadavai escolher

sua Miss

PÁGINA 10

JORNAL POPULAR DO BRASIL | 16ª EDIÇÃO | ANO 2 | OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2010 R$ 0,50

Vítimas da PETROBRAS

Japeri ganha base

do SAMU

Obra polêmicaem Caxias

nMorando a poucos metros da Refinaria Duque de Caxias, população de Campos Elíseos sofre as consequências da poluição do ar.

PÁGINA 3

PÁGINA 8

ALBERTO ELLOBO

PÁGINA 9

PÁGINA 2PÁGINA 10

MAGÉ

Campanha alerta população sobre câncer de mama

PÁGINAS 6 e 7

ALBERTO ELLOBO

SECOM / PMM

2 | OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2010

ELEIÇÕES 2010

Os desafios para o novo governon Independentemente do

resultado das urnas, a cam-panha para o Segundo Turno das eleições presidenciais permitiu que os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) colocassem em discussão outros temas, além dos que os marqueteiros con-sideram “quentes”. Assim, a descriminalização do abor-to – que deixaria a critério da mulher fazer, ou não, o aborto, sem cometer crime, como hoje prevê o nosso Có-digo Penal, editado em 1940 –, a privatização do pré-sal, com o sistema de concessões, como ocorria até agora, ou a estatização, com todo o pré-sal (e as consequências de possí-veis desastres ecológicos) sen-do propriedade do Governo, tendo a Petrobras como ad-ministradora desse patrimô-nio, voltaram ao debate.

Infelizmente, pouco tempo sobrou para se discutir po-líticas públicas de interesse efetivo do povo, como uma saída para o Bolsa Família, que é um remédio provisó-rio para combater a pobreza, mas que o PT pretende trans-formar em benefício perma-nente. Isto é, os pobres de hoje continuarão a depender dos favores do Governo, numa espécie de “varguismo sem Vargas”, com o eventual Presidente da República tra-vestido de “Pai dos pobres”.

Outro problema grave é a falta de mão de obra es-pecializada para atender o crescimento econômico do País. Já se fala até na fal-

ta de pilotos, aeromoças e mecânicos de voos para atenderem o crescimento da Aviação Civil. Em carreiras tradicionais, como Engenha-ria Civil, o atual déficit é de cerca de 120 mil. Isto é: se as faculdades pudessem co-locar 120 mil novos enge-nheiros no mercado de tra-balho em janeiro próximo, todos estariam devidamente empregados.

É a mesma situação dos professores de nível médio, onde a rede de ensino do es-tado se recente da falta de mestres em Matemática, Fí-sica, Química e até em Por-tuguês, uma vez que os estu-dantes estão buscando outras carreiras com salários mais atraentes, como na área da tecnologia de ponta e do pe-tróleo. Quem se arriscaria a fazer uma faculdade durante cinco anos, para depois ser contratado por estados ou municípios que se recusam a pagar o piso salarial de pou-co mais de R$ 1 mil, quando, nestas eleições, cabos eleito-rais chegaram a ganhar até R$ 1,5 mil por mês?

Na Saúde, no Saneamen-to, nos Transportes, nas Comunicações e em outros setores da vida nacional, o panorama de deficiências de políticas públicas, de recur-sos financeiros e de incom-petência de gestão da Admi-nistração Pública deixa uma pergunta no ar: quem for escolhido para a Presidência da República terá respostas para essas perguntas?

Colunas e artigos assinados,de responsabilidade de seus autores,

não representam necessariamente a opinião do jornal.

O Jornal Popular, de publicação mensal, circula em municípios da

Baixada Fluminense, Rio e Grande Rio

A6 Organizações Jornalísticas LtdaCNPJ:10902731/0001-86

CONTATO:E-mail: [email protected]

DIRETORA ExECUTIVA:Anne Moreira

Contatos: 21 8698-0804

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Glauco Rangel (RJ 22774 JP)

Contatos: 21 9485-0045

REPORTAGENS:Glauco Rangel

FOTOGRAFIAS:Alberto Ellobo

[email protected]

DIAGRAMAÇÃO:Erick Lourenço

Do Brasil

nAgentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e técnicos da Assesso-ria de Segurança Empresarial da Nova Cedae encontraram, no dia 18 de outubro, uma ligação clan-destina de água na garagem da empresa de coleta de lixo e lim-peza predial e hospitalar Locanty Soluções e Qualidade, situada na Avenida José Mariano Passos, em Belford Roxo. O endereço estava

Locanty acusada de furtar água em Belford Roxo

com a água cortada desde 2007, por falta de pagamento.

De acordo com a Nova Cedae, a Locanty mantinha no local qua-tro caixas d’água, cada uma com capacidade para mil litros. A liga-ção clandestina também abastecia um lava-jato e cinco banheiros utilizados pelos 50 funcionários O gerente da empresa foi enca-minhado à delegacia, para prestar esclarecimentos.

ARQUIVO

n A Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC) está com inscrições aber-tas para o concurso público que visa ao preenchimento de 209 vagas para técnicos administrativos e 940 para docentes e especialistas téc-nico-pedagógicos. A prova está prevista para o dia 19 de dezembro de 2010.

Há vagas nas áreas de Edu-cação, Administração, Enge-nharia e Saúde Escolar, nos

níveis superior e médio. A inscrição deve ser feita até 17 de novembro, pelo portal da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e For-mação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) - www.ceperj.rj.gov.br – ou em dois postos disponibilizados pela organizadora.

O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. As taxas são de R$ 70 para o cargo de professor do Instituto

FAETEC abre inscriçõespara concurso público

Superior, R$ 45 para profes-sor (todas as disciplinas) e R$ 35 para os cargos de ní-vel médio. O boleto pode ser pago até 18 de novembro.

Os vencimentos variam de R$ 955,77 a R$ 2.681,09. Além da estabilidade, asse-gurada pelo regime estatu-tário, há o plano de cargos e salários, que prevê a pro-gressão, a cada dois anos, de acordo com o tempo de serviço e por titulação.


Uma das principais aveni-das do Centro de Caxias, a Nilo Peçanha, em sua parte onde transitam os veículos e que se estende a outros bair-ros, não foi incluída na revi-talização. Mas, em 2011, a via será contemplada com o projeto Calçadas da Cidada-nia, que vem remodelando vários pontos da cidade. Além de blocos intertravados, as calçadas estreitas da avenida terão meio-fios padronizados e acessos para cadeirantes. Enquanto nada acontece, os pedestres andam esprimidos ou no asfalto e sofrem quedas.

Segundo a prefeitura, a primeira fase do projeto está prevista para ser concluída em dezembro. No lugar de quiosques de metal, os cal-çadões da Nilo Peçanha e da Rua José de Alvarenga, além da Rua Manuel Correia, vão ganhar cobertura climatizada.

Revitalização já apresenta erros e é alvo de críticas

Projeto urbanístico, no Centro de Caxias, chama atenção por problemas e desagrada moradores

nUma obra para revitalizar o Centro de Duque de Caxias. Assim, há pouco mais de um ano, a prefeitura anunciou os investimentos que passaria a fazer na região mais mo-vimentada da cidade. Como destaques, intervenções ur-banísticas e substituição da rede externa de cabos de luz e telefone por uma rede subter-rânea. O projeto encontra-se em execução e algumas mu-danças já podem ser observa-das. Porém, já ocorreram pro-blemas e não faltam críticas.

As primeiras ações da obra de revitalização, orçada em mais de R$ 50 milhões e a cargo da construtora Sanerio, foram a colocação de dezenas de palmeiras na mureta divi-sória da Avenida Presiden-te Kennedy e a construção de um chafariz na subida do viaduto que liga a Presiden-te Kennedy ao bairro 25 de Agosto. As duas novidades foram inauguradas em de-zembro de 2009 e, menos de

um ano depois, não apresen-tam a mesma beleza.

Quanto às palmeiras, que custaram caro aos cofres pú-blicos, algumas já morreram por falta de conservação e outras ameaçam despencar. Já o chafariz foi desligado porque vinha molhando pe-destres e alagando a aveni-da, e passa por reparos. Ali-ás, ele parece ser o símbolo

n Na Avenida Presidente Kennedy, algumas palmeiras já morreram e tiveram que ser cortadas

Glauco Rangel [email protected]

do projeto. No calçadão da Avenida Nilo Peçanha, onde o piso de pedras portugue-sas está sendo substituído por blocos intertravados -não-escorregadios – como aconteceu na antiga Praça do Relógio -, uma fonte de água potável semelhante foi entregue à população recen-temente. Larga e construída em local de muito movimen-

to, ela atrapalha a passagem dos pedestres e também é alvo de queixas.

Nos últimos três meses, a obra do calçadão entrou em ritmo lento e surgiram sus-peitas de falta de pagamen-to à construtora. Entretanto, a prefeitura nega que haja qualquer débito com a Sane-rio e garante que os trabalhos prosseguem normalmente.

FOTOS: ALBERTO ELLOBO

Falta de espaço e perigo nas calçadas da

Nilo Peçanha

Não entendo por que estão fazendo essa obra no chafariz de novo. A prefeitura dá muita atenção ao

Centro e não dá a bairros afastados, como a Figueira. E têm coisas mais necessárias que poderiam ser feitas.

“

”Michael Anastácio, músico

A obra de revitalização é interessante, mas o dinheiro poderia ser gasto com outras coisas.

As escolas estão sem alimentação.

“

”Cristiane dos Santos, dona de casa

Não há como caminhar na calçada e ela tem que ficar mais larga. Tenho que andar na rua e isso é perigoso e constrangedor

“

”Kátia Maria Soares, dona de casa


Lugar onde não há espaçopara a tranquilidade

ALBERTO ELLOBO

n Seu nome é Tranquilidade. Porém, não é esse o sentimen-to dos moradores dessa rua, em Vila Norma, Mesquita. O motivo da intranquilidade logo é identificado por quem chega. Há quase um ano, par-te da rua foi abaixo durante temporais. Com esse e outros problemas, a população até perde o sono.

Foi no início de 2010 que o nome Tranquilidade passou a ser visto como muito estra-nho para o local. Com as for-tes chuvas, a rua foi tomada por enchentes e não resistiu a tanta água. Encharcado, o

Farias lembrou o que passou: “De dezembro a fevereiro, eu e minha família ficamos sem dormir. O rio enchia e vinha o medo de o poste cair sobre a casa rachada. Isso aqui não melhora nunca.”, reclamou.

Antes de a Tranquilidade ir por água abaixo, os morado-res já sofriam carências que parecem longe do fim: “Não temos água e iluminação, o serviço de ônibus é péssi-mo, falta posto de saúde e o SAMU não vem. A vida aqui é um sufoco.”, desabafou Íris Carvalhal, que mora na rua desde criança.

piso cedeu e foi parar no Rio Sarapuí, que fica à margem. Como providência, operários espalharam pedras na parte atingida e fizeram um isola-mento, colocando uma tela.

Mas a rua permanece des-truída e quem reside no que sobrou dela enfrenta transtor-nos. Como Telma dos Santos: “A rua está fechada. Não tem espaço para caminhões de lixo, nem carros, e muita gente acaba jogando o lixo no Sarapuí” - disse, pedindo a dragagem do rio e a cons-trução de uma barreira.

Ali há 50 anos, Arivalda

Atingida pelas chuvas, rua de nome curioso em Mesquita permanece fechada

n São João de Meriti con-quistou, no dia 9 de outu-bro, o direito de sediar o Réveillon da Baixada 2011, em parceria com a Globo Rio e a Central Única das Favelas (CUFA). A definição da sede do evento aconteceu com o resultado da 1ª Gincana da Baixada, realizada na Vila Olímpica de Nilópolis e vencida por alunos da rede municipal de Meriti. A fes-ta que vai marcar a chegada do próximo ano será reali-zada no Parque de Eventos, em Venda Velha, com show de uma grande atração e queima de fogos.

Réveillon da Baixada 2011 será em Meriti


nApesar de a Rua Circular ficar no Centro, nenhum ca-minhão de lixo tem passado pelo local. Como resultado, a caçamba que existe ali chega a transbordar de tanto lixo. Além das pessoas da rua, moradores de outros lu-gares despejam sacos ali. Outro problema é que, sempre à noite, colocam fogo na caçamba e alguns moradores da Circular estão tendo problemas respiratórios.João de Oliveira, Centro, Belford Roxo.

A esquinA do lixo i

n Moradores do bairro Doutor Laureano estão indignados com o vazamen-to irregular de lixo em uma das esquinas da Rua Padre Cícero, via marginal ao Rio Jacatirão. O problema é antigo e vem causando muito desconforto, com mau cheiro e a proliferação de ratos e insetos nocivos à saúde. Jogam de tudo aqui, desde móveis e sucatas eletrônicas a restos de alimentos e ca-dáveres de animais. Certa vez, jogaram um cachorro morto. Ele apodreceu no local e o fedor invadiu nossas casas. É um desrespeito pagar IPTU e ter que passar por isso.José Manoel da Silva, Doutor Laureano, Duque de Caxias.

A esquinA do lixo ii

n O despejo irregular de lixo e entulhos acontece à vontade na esquina das ruas Professor José Aurino e Itatinga, no bairro Circular, na região do Centro. Apesar da placa de advertência, há muitos detritos depositados ali, ocupando, inclusive, a calçada. Cada vez mais, estamos perdendo espaço para o lixo. Essa esquina é perigosa. Os ônibus entram aqui a todo instante e não dá para caminhar por cima do lixo. O jeito é andar no meio da rua.Ângela Maria dos Santos, bairro Circular, Duque de Caxias.

Fogo na caçamban A praça situada entre a Avenida Joaquim da Costa Lima e a Rua Aracuã está abandonada. O balanço está quebrado, o alambrado da quadra encontra-se solto e não há tabelas com as cestas do basquete. Também não há lâmpadas e só pode-mos jogar futebol antes de escurecer. À noite, não existe a menor condição e o local ainda fica muito perigoso. Também faltam mesinhas. Há dois anos, vejo a praça do mesmo jeito. Ela precisa de manu-tenção urgente.Leonardo da Silva Souza, Santa Amélia, Belford Roxo.

Abandono e perigo na praça

Buracos em NilópolisnOs moradores da Rua José do Patrocínio, no bairro Nossa Se-nhora de Fátima, estão cansados de reclamar com a prefeitura so-bre os diversos buracos no as-falto. Sempre dizem que vão re-

alizar os reparos, mas nunca vem. Nós já não aguentamos mais tanto descaso e desrespeito. A rua está igual a um queijo suíço, toda es-buracada. Mas parece que a pre-feitura só quer fazer maquiagem

nas praças e está se esquecendo dos verdadeiros problemas da cidade.

Daniela Maria H. Neves, Nossa Senhora de Fátima, Nilópolis.



n Um ônibus da Prefeitura de Japeri chega em uma via sem pavimentação para buscar alunos. Próximo dali, moradores trafegam em uma ponte que oferece risco.

Região que não dá voto, não ganha obras em Queimados

Moradores reclamam da falta de investimentos e buscam socorro em Japeri

n O bairro Vila Central marca um dos limites entre Queimados e Japeri e, in-clusive, divide-se nos dois municípios. Por causa dessa proximidade, a região perten-cente a Queimados sofre com várias carências, levando moradores a recorrer à cidade vizinha. O principal motivo do problema seriam questões políticas.

A Avenida Berna, à mar-gem do canal que separa as cidades, exemplifica essa carência causada pela falta de ações. Sem pavimentação, ela fica tomada por poeira e,

em dias de chuva, por mui-ta lama. Como a Berna, as avenidas Moscou e Marcé-lia e várias ruas enfrentam a mesma situação. Além disso, a ponte usada para cruzar o valão oferece riscos e ne-cessita urgentemente de ma-nutenção.

O maior problema da área é de saneamento básico, mas a população também continua à espera de inves-timentos em saúde, educa-ção, abastecimento de água, segurança e áreas de lazer. Sem escolas públicas para atender suas necessidades,

muitos estudantes do bairro vão estudar em Japeri. Isso acaba fazendo com que ôni-bus escolares do município vizinho atravessem a divisa para buscá-los.

“Moro no Vila Central, em Queimados, mas estudo no Ciep Gilson Amado (207), em Japeri, desde 2006. Lá, o ensino é melhor. No Ciep da-qui, é muita bagunça.”, disse Cleidilane Pereira, aluna do 8º ano, ao desembarcar do coletivo, na volta para casa.

Presidente da associação de moradores do bairro, André Natalino Marques

lembra que o prefeito Max Lemos e o vice-governador Luiz Fernando Pezão se re-uniram com a população lo-cal e garantiram que seriam feitas as obras necessárias:

“Temos um antigo problema de saneamento básico, falta de água e de rede de esgoto. Aqui é sumidouro. Também não há posto de saúde, esco-las municipais, policiamento e sequer uma praça. Ônibus escolares, só os de Japeri. O vice-governador Pezão veio aqui e garantiu que o estado faria o saneamento e o as-faltamento no bairro, além

da praça. Em maio, o Max confirmou a vinda de R$ 1,5 milhão, do PAC, e o Pezão garantiu mais R$ 3,8 mil-hões. Mas não fizeram nada.” – reclamou.

Ainda segundo o líder comunitário, o Vila Central encontra-se abandonado porque, apesar de morarem em Queimados, muitas pes-soas votam em Japeri:

“Como os locais de vo-tação de Japeri ficam mais perto, muitos moradores vo-tam lá. Sem voto, o governo de Queimados não faz obras aqui”. - concluiu André.

n Durante o evento, também foram entregues respiradores que serão utilizados em ambu-lâncias avançadas (tipo UTI) do SAMU. Entre as cidades beneficiadas estão Japeri, Bel-ford Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Itaguaí.

n O prefeito de Japeri, Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor, e a reitora da Uni-versidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO), Malvina Tânia Tutt-man, assinaram um acordo de cooperação técnica para

capacitar mil profissionais que atuam no Programa Saú-de da Família (PSF). A reu-nião aconteceu na sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminen-se (CISBAF).

O curso de pós-graduação

terá duração de oito meses, com previsão para começar em março de 2011. Ele será viabilizado com recursos fe-derais e realizado à distância (EAD), por meio da Univer-sidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNASUS).

Curso de pós-graduação para profissionais da Saúde Mais equipamentosn Os moradores de Japeri ganharam uma nova ambu-lância, toda equipada, e uma base para o Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência (SAMU). O prédio fica na Avenida 30 de Junho, 1991, Santa Inês, no distrito de Engenheiro Pedreira.

Novas instalações



n Carros à venda e até um veículo oficial de Duas Barras ocupam a entrada do Hospital da Mulher

Desordem urbana nas calçadas de Meriti

n Espaço público destina-do à circulação de pedestres, as calçadas foram invadidas pelos carros em São João de Meriti. A irregularidade foi constatada há poucos dias pelo JORNAL POPULAR.

A invasão das calçadas acontecia em plena luz do dia, no Jardim Meriti, bairro onde fica a sede da prefeitu-ra. Na Avenida Automóvel Clube, uma das mais movi-mentadas da cidade, veícu-los encontravam-se estacio-nados no espaço impróprio, obrigando homens, mulheres e crianças a se esquivar para passar e até mesmo a andar na pista, correndo risco de atropelamento. “Às vezes, te-nho que passar pela rua com a família. Manda quem tem dinheiro.”, disse o açouguei-ro Carlos Alberto dos Santos, que mora nas proximidades.

Os abusos se repetiam na Avenida Bela, uma das vias transversais à Automóvel Clube. Carros colocados à venda por agências que funcionam ali tomavam as duas calçadas. Segundo um vendedor, que identificou-se como Ângelo, a prefeitura concede autorização para que os veículos ocupem o passeio público até um limite demar-cado por uma linha branca. Já um funcionário da outra loja deu a seguinte explica-ção: “Aqui é tudo assim: o prefeito (Sandro Matos) li-bera porque rola dinheiro. O prefeito passa aqui toda hora. Será que ele não vê?”, falou, preferindo não se identificar.

Morador de uma rua próxi-ma, Luiz Antônio Santos foi outro pedestre que precisou

caminhar pelo asfalto, devi-do à ocupação irregular das calçadas. “Me sinto constran-

Aqui é tudo assim: o prefeito (Sandro Matos) libera porque rola dinheiro. O prefeito passa aqui

toda hora. Será que ele não vê?

“”

No Jardim Meriti e em Vilar dos Teles, carros tomam o lugar dos pedestres

gido com isso. Só não recla-mo porque sei que não serei atendido. Ninguém faz nada

aqui. Isso é uma desordem urbana.”, desabafou ele, após descer a avenida.

n Com 528.577 votos, Wagner Montes (PDT) se tornou o deputado estadual mais votado da história do Rio de Janeiro. Com alta popularidade e um número expressivo de eleitores, o apresentador é o nome mais cotado do partido para dispu-tar a prefeitura em 2012, no Rio de Janeiro, em Duque de Caxias ou em São Gonçalo.

Segundo Carlos Lupi, presidente nacional do PDT licenciado, a definição ainda depende das pesqui-sas que o partido irá fazer: “O PDT vai lançar Wagner como prefeito na próxima eleição. Nessas cidades, ele foi o deputado estadu-al mais votado. Para onde o Wagner for, ele define a eleição. Teve uma ava-lanche de votos”, afirmou Lupi. Ainda de acordo com o ministro do Trabalho, o apresentador sabe dos pla-nos do PDT para ele e está à disposição do partido.

Wagner Montes pode ser prefeito

de Caxias

n O deputado federal eleito Áureo, do PRTB, convidou diversos órgãos de imprensa para um bate-papo sobre seus projetos. Ele tam-bém se comprometeu a dis-cutir e viabilizar meios para que a imprensa do interior possa ser contemplada com verbas de comunicação dos estados e da União.

O parlamentar aproveitou a ocasião para declarar o seu apoio ao deputado es-tadual Dica (PMDB), para uma possível candidatura a prefeito de Duque de Ca-xias em 2012.

Deputado Áureo se reúne com a

imprensa

A mesma irregularidade pôde ser observada por nos-sa reportagem na calçada

do recém-inaugurado Hos-pital da Mulher, em Vilar dos Teles. Um carro posto à venda por uma agência que funciona ao lado e outros veículos, como um Santana preto da Secretaria de Go-verno de Duas Barras, en-contravam-se estacionados no local, sem que nenhuma punição tenha sido aplicada ao infrator.

n Na Avenida Bela, outra agência coloca os carros na calçada e pedestres são obrigados a se arriscar


Miss Baixada será em novembro

n Já são conhecidas as candidatas do concurso Miss Baixada 2010. A representante de cada uma das 13 cidades da região foi escolhida em concursos que aconteceram nos últimos meses e também foram promovidos pela organização do evento, que é disputado desde 2007. A grande final será no município de Paracambi, provavelmente no final de novembro.

Magé realiza campanha contra o câncer de mama

n A 1a Caminhada de Conscientização Contra o Câncer de Mama do municí-pio de Magé aconteceu no dia 22 de outubro. Organizada pela prefeitura, como parte da campanha “Amigo do Peito”, ela se estendeu do Portal da Cidade à Praça Nilo Peçanha.

Durante todo o dia, centenas

SECOM / PMM

de pessoas encheram a praça da prefeitura. Na oportunida-de, a população teve acesso a informações através de folhe-tos distribuídos em tendas, de palestras e peças com temas referentes à prevenção do cân-cer de mama.

Outros serviços foram co-locados à disposição dos

moradores, como corte de cabelo, escova e maquiagem, aplicação de flúor, emissão da primeira via de documen-tos de identificação e solici-tação de cartões do SUS. O evento foi encerrado com um show de Eusébio e Sua Ban-da. A campanha “Amigo do Peito” vai prosseguir.

n Participantes do evento, incluindo autoridades, tomaram as ruas do Centro do município

n Entre os dias 1º e 14 de novembro, o 7º Festival de Teatro de Duque de Caxias, com espetáculos nas categorias adulto e infantil, também vai movimentar a cidade. Uma par-ceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e o Centro de Pesquisas Teatrais de Duque de Caxias (CPT).

Segundo Guedes Ferraz, diretor do Centro Cultural Oscar Niemeyer e um dos idealizadores do festival, será uma oportunidade para grupos teatrais de diversos lugares do País apresentarem o seu talento: “Temos que tornar o festival uma referência no incentivo às artes cênicas.”, afirmou Guedes.

Os melhores espetáculos vão receber prêmios em dinheiro, além de troféus, que também serão oferecidos ao melhor nas categorias diretor, ator, ator coadjuvante, figurino, e ainda à melhor atriz, atriz coadjuvante, maquiagem e cenografia.

O 7º Festival de Teatro vai acontecer no Teatro Municipal Raul Cortez, na Praça do Pacificador s/nº, no Centro.

n Para comemorar o 6º aniversário do Centro Cultural Oscar Niemeyer, inaugurado no dia 27 de setembro de 2004, em Duque de Caxias, a Secretaria Municipal de Cultura e Tur-ismo realizou uma maratona cultural com diversas atividades, como bandas marciais, folias de reis, gincanas e oficinas de pintura, leitura, encontro de grafiteiros, dança e artesanato. “Estou maravilhado com a cidade. Essa manifestação popular é única. Nunca tinha visto isso em lugar nenhum. Esse tipo de trabalho é que engrandece o município.”, disse o carnavalesco Max Lopes (centro), que prestigiou o evento.

Centro Cultural Oscar Niemeyerabre as portas para a Cultura

SMCT/MáRCIO LEANDRO

MARCELE PONTES

7º Festival de Teatro

n A seleção dos trabalhos do 9º Concurso de Poesias de Duque de Caxias, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, foi iniciada no dia 25 de outubro, pela Comissão Julgadora - sete personalidades ligadas às letras e às artes em geral -, e vai até 25 de novembro. Serão duas modalidades: 1ª Categoria (até 15 anos) e 2ª Categoria (de 16 anos em diante). Haverá prêmio em dinheiro para os três primeiros colocados, além de troféus, diplomas e menções honrosas. O resultado será divulgado no dia 29 de novembro, às 19h, no Teatro Raul Cortez. Mais infor-mações: 2671-1120 e 2652-5631(SMCT).

Concurso de Poesias


n As escolas de samba Beija-Flor de Nilópolis e Aca-dêmicos do Grande Rio já co-nhecem o hino que vão levar para a Marquês de Sapucaí em 2011, no desfile pelo Gru-po Especial. Na azul-e-bran-ca, venceu a obra composta por Samir Trindade, Serginho Aguiar, Sidney de Pilares, Jor-ginho Moreira, Théo M. Neto e JR Beija-Flor, filho do intér-prete Neguinho da Beija-Flor. Houve muita festa na quadra após o anúncio, na madruga-da de 15 de outubro. “Dois sambas estavam dividindo a nossa preferência. Mais uma

vez, toda a comunidade foi ouvida e decidimos, pen-sando no bem da escola.”, explicou o diretor-geral da comissão de carnaval, Laí-la. Sexta agremiação a des-filar na noite de 7 de março, a Beija-Flor vai apresentar o enredo “Roberto Carlos: Simplicidade de um Rei”. Já na verde-vermelha-e-branca de Duque de Caxias, o vi-torioso foi o samba-enredo de Edispuma, Licinho Jr., Marcelinho Santos e Foca. A composição era apontada como favorita. Mesmo as-sim, os compositores e sua

Beija-flor e Grande Rio já ensaiam com sambas-enredo

GUSTAVO VALENTE

torcida comemoraram muito a escolha, na madrugada do último dia 17, marcada tam-bém pela coroação da atriz Cris Vianna como rainha da bateria. “Era o melhor samba, com mais harmonia e melo-dia mais bonita.”, justificou o presidente Helinho de Olivei-ra. Vice-campeã em 2010, a Grande Rio vai homenagear Florianópolis com o enredo “Y-Jurerê Mirim, A Encan-tadora Ilha das Bruxas (Um conto de Cascaes)”. Quarta escola a entrar na avenida, na noite de 7 de março, ela virá com 23 alas da comunidade.

n Neguinho da Beija-Flor e a rainha Cris Vianna agitaram as quadras na noite da escolha dos sambas

ERICK LOURENÇO

Festa pelo Dia do Professorn Em comemoração ao Dia

do Professor, o Sindicato Esta-dual dos Profissionais de Edu-cação do Rio de Janeiro/Núcleo Duque de Caxias promoveu, no dia 15 de outubro, o VIII Baile da Educação, em uma casa de festas do município. O even-to, que reuniu profissionais da Educação, familiares e amigos, teve música ao vivo, discoteca, exibição de fotos e homenagens a representantes da categoria, que receberam uma placa. Entre

os homenageados, o professor Lázaro Venceslau, de Matemá-tica - antigo militante do SEPE -, e a professora Edma Carvalho Rangel (à direita), de Educação

DIVULGAÇÃO

Artística, que atua na rede esta-dual há mais de 40 anos. Na oca-sião, também aconteceu o lança-mento do site do SEPE-Caxias: www.sepecaxias.org.br .

Muitas atrações no dia dedicado às crianças

n Cerca de 12 mil pessoas participaram da festa em ho-menagem ao Dia da Criança em Japeri. O evento foi reali-zado pela prefeitura no dia 12 de outubro, no Paço Munici-

pal, no bairro Santa Inês. Foi um dia totalmente dedicado aos pequenos, com diversos brinquedos, lanches, distri-buição de brindes e atrações culturais, tudo de graça.

ROBERTO OLIVEIRA


n “Eu era vascaíno. Hoje, meu coração é do Duque de Caxias. E me apego cada vez mais ao time.” A declaração apaixonada foi feita pelo tor-cedor Daniel Amorim, de 54 anos, durante o jogo em que o Gigante Tricolor da Baixa-da venceu o Icasa (CE) por 1 a 0, no Rio, pelo 2º turno do Campeonato Brasileiro da Série B (2ª Divisão). Ao seu lado, várias outras pessoas torciam para o time, em uma prova de amor e fidelidade.

Morador do bairro Vila São Luiz, em Duque de Caxias, Daniel já pode ser considera-do um dos torcedores-símbo-lo do clube que acompanha desde a época da fundação, em 2005, e que, pelo segun-do ano consecutivo, disputa a Série B, fazendo novamente boa campanha – desde 2008, o time está na Série A (1ª Divisão) do futebol carioca. Animada, a torcida sonha co-m uma ascensão ainda maior do Duque, que luta para che-gar à divisão de elite do fute-bol nacional.

Após um início com der-rotas, o time da Baixada en-grenou no campeonato. Com

vitórias, algumas surpreen-dentes, se recuperou e, hoje, ocupa uma das principais colocações. Um dos respon-sáveis por isso é o atacante Somália. Contratado pouco antes, ele, com a experiência e o ímpeto de artilheiro – fo-ram onze gols marcados so-mente até a 30ª rodada -, se tornou um dos destaques do Duque de Caxias.

Os gols de Somália e de

seus companheiros e as úl-timas vitórias têm levado os apaixonados torcedores a apoiar ainda mais o Trico-lor, que, após jogar no En-genhão, passou a disputar no Estádio de São Januário – do Vasco – as partidas em casa. Além daqueles que chegam sozinhos ao estádio, estão sempre presentes o calor e a empolgação dos integrantes da torcida organizada, hoje

A paixão da torcida do Duque de Caxias

Judoca de Belford Roxosonha com Olimpíada de 2016Com apenas 14 anos, o judoca Tiago Pereira da Silva foi o

vencedor do Campeonato Estadual, na categoria até 53 kg. A disputa aconteceu no início de outubro, na Vila Militar, em Deodoro, no Rio. O atleta faz parte da equipe da Secre-taria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL) de Belford Roxo. “Tenho como meta me dedicar ao judô, disputar a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro e ser PQD (paraque-dista do Exército)”, disse Tiago.

As inscrições para quem quer treinar judô gratuitamente em Belford Roxo podem ser feitas na Vila Olímpica, que fica na Rua Lecilo, s/nº, bairro Nova Piam. Mais informa-ções pelo telefone 2761-7275.

ALBERTO ELLOBO

representada por uma fusão entre as facções Infernizada Tricolor, Dragões de Caxias e Pequenos Caxienses.

“O Duque de Caxias é uma paixão inexplicável. Ver nos-sa cidade no cenário do fute-bol nacional nos dá orgulho e muita vontade de apoiar o time. Queremos ver o Duque na Série A e já fomos torcer longe, como em Guaratin-guetá. Acreditamos que ele

vá alcançar um lugar ainda mais alto.”, aposta Cirlan Júnior, de 27 anos, vice-pre-sidente da torcida, formada basicamente por jovens, e morador de Gramacho.

“Passei a gostar do Duque de Caxias por causa do meu marido e venho a todos os jo-gos.”, diz Jéssica dos Santos, de 17 anos, esposa de Cirlan e responsável pelo som dos pratos que, com outros ins-trumentos, aumentam a ani-mação na arquibancada, onde cada gol do Tricolor também é comemorado por simpa-tizantes de outros clubes. “Quando o Olaria foi disputar a 2ª Divisão do Rio, a torcida do Duque nos ajudou. Agora, estamos retribuindo.”, expli-ca China, chefe da Torcida Jovem do Olaria. O reforço conta ainda com integrantes da Super Bangu.

Empurrado pelo coração dos seus torcedores e por essa união à sua volta, o Duque de Caxias, que faz seu último jogo no dia 27 de novembro, contra o ASA (AL), em São Januário, pela 38ª rodada, espera ir ainda mais longe no Brasileiro da Série B. Quem sabe, che-gando à Série A.

Um sentimento que está presente em cada jogo do Brasileirão da Série B

n Animados, alguns torcedores, como Daniel ( à esquerda, de óculos), se preparam para mais um jogo

MáRCIO VIANACasimiro de Abreu vence Jogos Estudantisn O Colégio Casimiro de Abreu (COCA) foi o vencedor da 41ª edição dos Jogos Estudantis de Duque de Caxias, promo-vidos pela prefeitura. Com 422 pontos, ele superou as outras 52 escolas participantes. Mais de 1.400 alunos competiram em 37 modalidades esportivas. Como prêmio pelo título, o COCA ganhou um carro zero Km. Os colégios Loide Martha e Duque ficaram, pela ordem, em segundo e terceiro lugar.

Paulistas campeãs de futsal em Caxiasn A Seleção de São Paulo conquistou o IV Campeonato Bra-sileiro de Futsal Feminino Sub-20. Na partida final, na Vila Olímpica de Duque de Caxias, no dia 17 de outubro, as paulis-tas venceram a Seleção de Santa Catarina por 4 a 3. O campeo-nato reuniu seleções de oito estados, incluindo o Rio de Janeiro.

Glauco Rangel [email protected]

edição nº 16 (outubro/2010)

Documents