16 de outubro 2012 › portals › 0 › revistafebase › revistafebase_outubro... ·...

17
Revista Revista Revista Revista Revista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 1

Upload: others

Post on 30-May-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 1

Page 2: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 32 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

l EDITORIAL

sum

ário

Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Carlos Marques – STASCarlos Silva – SBCHorácio Oliveira – SBSIPereira Gomes – SBN

Conselho editorial:Constança Sancho – SBSIFirmino Marques – SBNPatrícia Caixinha – STASSequeira Mendes – SBC

Editor:Rui Santos

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 062/090Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 68.000 exemplares(sendo 3.500 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

l STAS ActividadeSeguradora

24

31

l Bancários Norte

26

28

l Bancários Centro

l Bancários Sul e Ilhas

A importância da contratação coletivaem épocas de crise

Acredito que será possívelencontrar o meio-termo

que preserve o que é essencialpara a estabilidade social

e bem-estar dos trabalhadores,condições básicas para

que a produtividade no setorpermaneça elevada e contribua

para instituições de crédito sólidas

TEXTO: DELMIRO CARREIRA

Conforme se dá conta nesta edição, as negociaçõespara a celebração de um novo ACT para o setorbancário já se iniciaram. Serão longas e difíceis,

afirma o secretariado da Febase.Entre as pretensões patronais que "surfam" a onda da

retirada de direitos por tudo e por nada, e as legítimaspretensões sindicais de manter conquistas contratuais obtidaspor várias gerações de bancários, acredito que será possívelencontrar o meio-termo que preserve o que é essencial paraa estabilidade social e bem-estar dos trabalhadores, condiçõesbásicas para que a produtividade no setor permaneça elevadae contribua para instituições de crédito sólidas.

Os Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Traba-lho do setor bancário possuem alguns pilares fundamen-tais que têm de integrar o núcleo do clausulado essencialnão suscetível de alterações gravosas. É o caso de:

- Crédito para aquisição de habitação própria, quetem permitido a muitos milhares de bancários constituircomo que um verdadeiro "Plano Poupança Reforma", poischegando aos 65 anos sem encargos com amortizações ourendas de casa, têm uma almofada para os proteger daredução de rendimentos associada à passagem à situaçãode reforma, ainda que sujeitos às investidas de um IMI queataca cegamente;

- Planos Complementares de Reforma que garantem,como o seu próprio nome indica, um complemento à

pensão do regime geral da Segurança Social para osbancários no ativo, ainda que sob fórmulas diferentesconforme o momento da admissão na banca. Quando seassiste, na grande maioria dos países, a mexidas no cálculodas pensões de reforma que as fazem diminuir, estescomplementos garantem algum conforto – embora o sa-que através do IRS não os poupe. A dimensão destasresponsabilidades dos fundos de pensões está bem paten-te no dossiê que publicamos neste número;

- Garantia de alguma progressão salarial em função daantiguidade, seja por via de progressões obrigatórias ouatribuição de diuturnidades. O fundamental é assegurarque, independentemente de aumentos gerais das remune-rações, o trabalhador não termina a sua carreira no bancocom o mesmo salário com que foi admitido, caso tenhauma antiguidade razoável;

- Proteção na doença através dos SAMS. Será uma dasbandeiras mais emblemáticas do atual ACT e por isso insusce-tível de ser alterada para pior. A proposta das IC abre caminhoa uma justa revisão, correspondendo em parte a uma reivin-dicação sindical com alguns anos. Urge aprofundar a discussãoe tornar o ACT em matéria de SAMS mais equitativo.

Estas são algumas áreas fundamentais da nossa contra-tação coletiva. Outras existem, mas estes pilares sãodecisivos para a justiça social no setor bancário.

CONTRATAÇÃO l BancaRevisão do ACT do setor bancário: negociação prevê-se longa e difícil 4

Conselho Geral da Febase aprova proposta sindical de novo ACT 5

Ex-trabalhadores do Banif mantêm direito aos SAMS 6

Reunião com BCP a 5 de novembro 6

Solicitada reunião à administração da Parvalorem 6

BPN/BIC anuncia despedimento coletivo 6

ATUALIDADE l SocialQuando o povo sai à rua 7

dossiêMaioria dos fundos de pensões com rentabilidade negativa 8

Bancos complementam reforma da Segurança Social 8

Banco de Portugal mantém fundo 10

SINDICAL l AtualidadeCriação do Fórum de Sindicatos já está em marcha 15

Sindicatos recebem delegação da Jordânia 15

Plenários das Uniões distritais da UGT saúdam luta dos trabalhadores portugueses 16

Protesto sindical europeu está em marcha 17

Jornada mundial pelo trabalho digno 18

ATUALIDADE l CooperativismoCoopbancários estende vantagens à Febase 20

TEMPOS LIVRES l NacionalPesca: Rui Prata ganha em casa e repete título nacional de 2010 21

Caminhadas: a FEBASE continua a desafiar 23

Page 3: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 54 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Banca l CONTRATAÇÃOCONTRATAÇÃO l Banca

Revisão global do ACT do setor bancário

Negociação prevê-se longa e difícilAo fim de três sessões confirmou-se

a expetativa da Febase:as negociações para a revisão global

do ACT do setor bancário, denunciadopelas instituições de crédito, serão

longas e difíceis, face às divergênciasprofundas que separam as partes

em matérias importantespara os bancários

As negociações entre a Febase e ogrupo negociador das instituiçõesde crédito subscritoras do ACT do

setor bancário iniciaram-se a 12 desetembro e, segundo a calendarizaçãoacordada, as sessões serão quinzenais.

Nas três reuniões já realizadas, aspartes iniciaram a leitura, cláusula acláusula, dos dois documentos em aná-lise: a proposta de ACT das instituições

de crédito e a resposta da Febase,aprovada pelo Conselho Geral da Fe-deração. Esta abordagem continuaránas próximas sessões, sendo previa-mente estabelecidas as cláusulas aanalisar na reunião seguinte.

A metodologia que está a ser segui-da é inovadora face a anteriores nego-ciações, já que o objetivo desta pri-meira leitura é apenas acordar quaisas cláusulas que à partida não mere-cem contestação de qualquer das par-tes e qual o grau de dificuldade emencontrar uma plataforma de consen-so para as restantes.

Esta metodologia foi acordada porse considerar ser vantajoso separardesde logo o conjunto de cláusulasque não suscitam conflitualidade eremeter as restantes para uma se-gunda fase, que se iniciará assimque terminar a primeira leitura dosdocumentos.

O resultado das sessões ocorridaspermite concluir que a esmagadoramaioria das cláusulas alvo de análiseincluem-se no segundo grupo, ou seja,aquelas em que se antevê elevada di-ficuldade na obtenção de acordo.

Esta situação não surpreende a Feba-se que, como tinha já afirmado, prevêuma negociação longa e difícil, dada aposição assumida pelas instituições decrédito.

Apesar de afirmar não pretender afas-tar da convenção todos os direitos dostrabalhadores consagrados no ACT, averdade é que à mesa de negociaçõeso grupo negociador ainda não demons-trou, na prática, a sua boa vontade. Defacto, das 20 cláusulas já analisadastodas as que são consideradas maisimportantes para a Febase encontram-sena área de desacordo profundo.

Nova reunião está agendada para apróxima semana.

Resposta à denúncia da convenção coletiva pelas IC

Conselho Geral da Febaseaprova proposta sindical de novo ACT

Os conselheiros da Febaseaprovaram, por esmagadora

maioria e com apenasuma abstenção, a propostado Secretariado da Febase

de resposta à denúnciado Acordo Coletivode Trabalho (ACT)

apresentada pelo gruponegociador da banca

OConselho Geral da Febase reu-niu-se dia 14 de agosto, em Lis-boa, tendo na ordem de traba-

lhos, entre outros pontos, a "discussãoe votação da proposta de resposta sin-dical à proposta das instituições decrédito de revisão do ACT para o setorbancário". Na sessão, os conselheirosdiscutiram e votaram a proposta denovo ACT apresentada pelo Secretaria-do da Federação, que resulta do profun-do trabalho realizado pelo Pelouro daContratação após a denúncia da con-venção coletiva do setor pelas institui-ções de crédito subscritoras.

"Pela primeira vez em muitos anos, nãotemos uma revisão do clausulado mas areconstrução do ACT", sublinhou Rui Risono início da sessão. Falando enquantosecretário-geral da Febase, o dirigentelembrou que a convenção coletiva temsofrido alterações e adaptações em res-posta a circunstâncias legislativas, masagora os sindicatos foram surpreendidospela denúncia do acordo pela banca. "Va-mos começar do zero, mas não podemosdeixar de lado o passado", frisou.

Paulo Alexandre, coordenador doPelouro da Contratação, explicou que aproposta da banca, apresentada noâmbito da APB, vai no sentido de pôrem causa a esmagadora maioria doatual ACT, nomeadamente as cláusulasde efeito automático e sobre a ativida-de sindical. "Esta é uma proposta quetudo nos quer retirar", frisou.

Como "contrapartida", propõe umaantiga reivindicação sindical: a contri-

buição patronal para os SAMS ser feitaper capita e não por percentagem sobreo vencimento do trabalhador, comohoje acontece.

Proposta sindical

Relativamente à resposta sindical,Paulo Alexandre adiantou: "Apresenta-mos uma proposta que tenta, nas atuaiscondições, salvar o que temos hoje".

A proposta da Febase tem por base oatual ACT, mas também outras conven-ções em vigor no setor, nomeadamenteo Acordo de Empresa do Banco de Portu-gal. "A nossa proposta é equilibrada",disse Paulo Alexandre, referindo queforam eliminadas do clausulado algu-mas questões que perderam importân-cia para continuarem a figurar numaconvenção, pois algumas das quais es-tão já contempladas na lei geral.

Entre as novidades, o coordenadordo Pelouro da Contratação referiu aeliminação da indexação da isenção dehorário de trabalho ao valor do traba-lho suplementar, bem como o alarga-mento das promoções por mérito atodos os trabalhadores, propondo-seque abranjam 15% dos trabalhadoresentre os níveis 5 e 9 e entre os níveis10 e 17, de forma a que ninguém sejaprejudicado.

É também proposta uma cláusulasobre a obrigatoriedade do registo detrabalho suplementar e a uniformiza-ção entre o clausulado do ACT e o regu-lamento sobre o crédito à habitação.

Relativamente aos SAMS, a Febasequer eliminar a célebre frase que fazdepender a existência dos serviçosmédico-sociais da integração dos tra-balhadores bancários no Serviço Nacio-nal de Saúde (cláusula 144.ª, n.º 1).

Esmagadora maioria

Após a discussão da proposta da Febase– que contou com a intervenção de cercade uma dezena de conselheiros e diversasexplicações por parte do Secretariado –procedeu-se à votação do documento.

No momento da votação, e segundoinformação da Mesa, estavam presen-tes na sala 83 conselheiros, númerosuficiente para validar o resultado.

A proposta da Febase de um novo ACTdo setor bancário foi aprovada por es-magadora maioria (incluindo os conse-lheiros do Mudar), sem nenhum votocontra e com apenas uma abstenção.

O documento foi entretanto enviadoàs instituições de crédito que subscre-veram a denúncia do ACT, e está já emanálise pelas partes em sede da Asso-ciação Portuguesa de Bancos (APB).

TEXTO: INÊS F. NETO

TEXTO: INÊS F. NETO

Page 4: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 76 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Social l ATUALIDADE

Foi um sobressalto cívico ou o fim daresignação. A qualificação pouco im-porta. A verdade é que a 15 de se-

tembro os portugueses saíram à rua parademonstrarem claramente que o Gover-no tinha ido longe demais.

Os portugueses aceitaram com umasurpreendente dose de conformismo (es-toicismo?) os sacrifícios exigidos pelocumprimento do Programa de Ajusta-mento negociado entre o Estado e oscredores internacionais (CE, BCE e FMI). Odiscurso político da inevitabilidade demedidas de austeridade, repetido à exaus-tão pelos media, cumpriu com extremaeficácia o seu objetivo: os portuguesesinteriorizaram a necessidade do esforçoindividual e coletivo para resgatar o País.

Resistiram com gritantes dificuldadesà escalada do desemprego, aos cortes desalários e pensões, à subida dos impos-tos, à perda de poder de compra, aoaumento das taxas moderadoras na saú-de, aos cortes na educação e nas presta-ções sociais, à redução (em tempo evalor) subsídio de desemprego.

Mas quando, sob o eufemismo do "cho-que de competitividade", o Primeiro-Mi-nistro avançou com a ideia de um cortepermanente de 7% nos salários dos tra-balhadores através da Taxa Social Única(TSU) e a sua transferência direta para asempresas, em simultâneo com a descidade 5% da mesma taxa para os emprega-dores, a reação não se fez esperar.

Ao anunciar, no seu discurso de 7 desetembro, uma medida absolutamenteexperimental só explicada por uma visãoultraliberal de esmagamento dos custosdo fator trabalho, Pedro Passos Coelho

Quando o povo sai à ruaO Governo pretendeu alterar

a Taxa Social Única (TSU)e o povo saiu à rua, numa

das maiores manifestaçõesda Democracia portuguesa.Ganhou o recuo da medida.

Um mês depois, a 15de outubro quando

o Orçamento do Estado para2013 foi apresentado

no Parlamento, ficou a sabero custo que o Executivo

lhe cobrará pela retiradaestratégica

TEXTOS: ELSA ANDRADE

quebrou o já débil laço que ligava apopulação ao Governo e mantinha aindaalguma aceitação pelas medidas de aus-teridade.

Nos dias seguintes, o ministro das Fi-nanças anuncia que serão necessáriasmais medidas de austeridade em 2013 esão divulgados os indicadores sobre aexecução orçamental: contra o objetivode 4,5% em 2012, o défice para o primeirosemestre ficou entre os 6,7% e os 7,1%,tornando inviável o cumprimento do com-promisso assumido com os credores in-ternacionais.

A execução orçamental esclareceu umaperceção latente: a austeridade não atin-ge todos e não há equidade nas medidastomadas. O Governo revelou-se incapazde mexer nas chamadas "gorduras" doEstado e de negociar alterações nas ren-das excessivas das grandes empresas desetores protegidos. Em contrapartida,pretendia retirar a quem trabalha 7% doseu salário e entregá-los aos patrões –com estes a manifestarem-se contra amedida, temendo o seu reflexo no jámuito depauperado poder de compra e,consequentemente, no consumo.

Este conjunto de acontecimentos mar-cou uma trajetória de viragem no com-portamento coletivo dos portugueses.Em poucos dias, o conformismo cedelugar à revolta e o crescendo de indigna-

ção desaguou no amplo protesto de 15 desetembro, que levou à rua das principaiscidades do País milhares e milhares depessoas.

Numa iniciativa que escapou às orga-nizações políticas e sociais, promovidaatravés das redes sociais, a manifesta-ção nacional foi transversal à sociedadeportuguesa: uniu no protesto trabalhado-res, desempregados e reformados, jo-vens e idosos, comerciantes e pequenosempresários, operários, médicos e pro-fessores, famílias inteiras. À medida queas horas passavam, mais e mais pessoaschegavam, transformando as ruas emenormes caudais de gente.

O Governo recuou e deixou cair a me-xida na TSU. Pelo meio, registaram-seainda episódios infelizes como as "quei-xas" governamentais pela "incompreen-são" dos empresários ao virtuosismo damedida e a desastrosa intervenção doassessor António Borges.

Mas a 3 de outubro o ministro dasFinanças volta à cena para anunciar um"enorme" aumento de impostos em 2013,como o próprio o classificou. O custo danova austeridade para cada portuguêssoube-se concretamente a 15 de outu-bro, quando foi apresentado o Orçamentodo Estado para 2013. Precisamente ummês depois de o povo ter saído à rua paradizer basta.

CONTRATAÇÃO l Banca

Os sindicatos decidiram manter odireito aos SAMS aos ex-traba-lhadores do Banif que, no âmbito

do processo de rescisão de contratoproposto pelo banco, se encontram emsituação de desemprego.

Recorde-se que em junho o Banif ini-ciou um processo de reestruturaçãointerna, propondo a cerca de 280 traba-lhadores a rescisão amigável do con-trato de trabalho.

Muitos dos trabalhadores abrangidosconsideraram determinante para a acei-tação da proposta a possibilidade demanutenção dos SAMS, o que levou os

No âmbito do processo de rescisão de contrato

Ex-trabalhadores do Banifmantêm direito aos SAMS

sindicatos a estudarem a viabilidadede tal pretensão.

Nesse sentido, decidiram manter aassistência médica àqueles trabalha-dores, desde que as suas contribuiçõese as da entidade patronal continuas-sem a ser asseguradas.

A proposta sindical foi aceite pelaadministração do Banif e foi alvo de umprotocolo assinado entre as partes, peloque os trabalhadores que rescindam ocontrato de trabalho ao abrigo do pro-cesso de reestruturação mantêm o di-reito aos SAMS enquanto estiverem emsituação de desemprego.

Face às informações vindas a públi-co sobre um eventual processo dedespedimento coletivo na Parva-

lorem, a Febase solicitou uma reuniãocom caráter de urgência ao Governo eà administração da empresa.

A secretária de Estado do Tesouro eFinanças, governante que tem acompa-nhado o processo, respondeu à Federa-ção remetendo qualquer esclarecimen-to para a administração da empresa.

De imediato, a 18 de setembro, aFebase fez um novo pedido de reunião

Solicitada reuniãoà administração da Parvalorem

AFebase vai reunir-se com a administraçãodo BCP a 5 de novembro para debater asituação laboral no banco.

Desde março que a Federação vinha sucessiva-mente solicitando reuniões à administração doBCP, sem que o banco avançasse uma data.Finalmente, nos primeiros dias deste mês foiagendado o encontro para o início de novembro.

Inicialmente, a Febase pretendia debater aadaptação do ACT do BCP ao Código do Trabalhode 2009, bem como a transposição, para a con-venção, das situações de união de facto, a exem-plo do que já acontece na restante banca.

Mas face às notícias vindas a público de que obanco pretende libertar-se de um conjunto signi-ficativo de trabalhadores – entretanto corrobora-do em entrevista pelo seu presidente – a Federa-ção pretende agora discutir, também, a situaçãolaboral no BCP.

à Parvalorem, fazendo-o acompanharda resposta de Maria Luís Albuquer-que.

Entretanto, realizou-se em Lisboauma reunião dos trabalhadores da Par-valorem, para a qual o SBSI foi convi-dado, onde foram prestados esclareci-mentos aos trabalhadores sobre a si-tuação da empresa.

Encontro de caráter semelhante terádecorrido no Porto, mas sem que ossindicatos tivessem sido convidados aestar presentes.

A Febase reuniu-se com a adminis-tração do BPN/BIC, num encon-tro solicitado pelo banco.

Na reunião, a direção de recursoshumanos informou a Federação de quedurante o mês de dezembro o BPN/BICvai iniciar o processo de despedimentocoletivo decorrente do acordo-quadroassinado com o Governo.

Reunião com BCPa 5 de novembro

BPN/BIC anunciadespedimento coletivo

A Febase contactou imediatamente aComissão Nacional de Trabalhadores doBPN, a quem transmitiu a informação ecolocou à disposição da estrutura todo oapoio necessário para a defesa dos traba-lhadores, nomeadamente a nível jurídico.Recorde-se que, nos termos da lei, é a estaestrutura que compete acompanhar todoo processo de despedimento coletivo.

TEXTOS: INÊS F. NETO

Page 5: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 98 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

SINDICAL l Atualidade Atualidade l SINDICALRelatórios atuariais de 2011dossiêMaioria dos fundos de pensões com rentabilidade negativa

As Comissõesde Acompanhamento dos

Fundos de Pensões da bancareuniram-se ao longo do ano

para analisarem, em cadasessão, os relatórios

atuariais de 2011 e demaisdocumentação. A revista

"Febase" divulga os aspetosmais relevantes dos fundosdo BCP, Banco de Portugal,BPI, Crédito Agrícola Mútuo

e Caixa Económicada Misericórdia da Angra

do Heroísmo. Em próximaedição serão reveladosos dados relativos aos

fundos de outras instituições

TEXTOS: INÊS F. NETO

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 98 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Bancos complementam reforma da Segurança SocialDesde janeiro deste ano, a Segurança Social é responsávelpela proteção dos bancários nas eventualidadesde parentalidade, velhice, doença profissionale desemprego. Mas os fundos de pensões dos bancoscontinuam a assegurar os encargos com os SAMS,as situações de doença, invalidez e morte – e, ainda,quando devido, o complemento de reforma resultanteda aplicação dos IRCT do setor bancário

Posteriormente, a 21 de dezembro de2011, a Federação do Setor Financeiro –Febase, o Governo e a Associação Por-tuguesa de Bancos (APB) assinaram oterceiro Acordo Tripartido sobre Segu-rança Social no setor bancário, que con-templou a transferência dos fundos depensões da banca para o Estado e aintegração na esfera da Segurança So-cial dos atuais reformados e pensionis-tas.

O protocolo celebrado dizia respeitoaos fundos de pensões de 17 institui-ções de crédito, entre as quais os dosprincipais bancos privados portugue-ses, e abrangeu cerca de 27 mil refor-mados e pensionistas inscritos na anti-ga CAFEB.

Assim, e conforme estabelecido noDecreto-Lei n.º 1-A/2011 de 3 de janei-ro, os trabalhadores bancários que seencontram no ativo, inscritos na CAFEBe admitidos no setor antes de 3 demarço de 2009, passaram a estar abran-gidos pelo regime geral da Segurança

Social. Desta forma, foi transferida paraa esfera do Estado a proteção das even-tualidades de parentalidade e a velhi-ce, bem como a proteção de doençaprofissional e desemprego.

No entanto, todos os trabalhadorescontinuam a estar abrangidos pelosSAMS e pelos fundos de pensões para asrestantes eventualidades – doença, in-validez e morte – e pensão complemen-tar.

Ou seja, o pagamento da pensão dereforma por velhice passa a ser repar-tido entre a instituição de crédito e oCentro Nacional de Pensões.

Tal implica alterações na metodolo-gia de cálculo de responsabilidades dosfundos de pensões: até à data da tran-sição manteve-se a totalidade da pen-são prevista no ACT a cargo dos bancos;desde aquela data, a responsabilidadedos fundos de pensões diz respeito ape-nas à pensão complementar que resul-ta da diferença entre a pensão ACT e apensão da Segurança Social.

Transferência para o Estado

Por outro lado, no final de 2011 osbancos e a Associação Portuguesa deBancos (APB) acordaram com o Governoa transferência para o Estado de respon-sabilidades associadas às pensões empagamento, concretizado no Decreto-Lein.º 127/2011, de 31 de dezembro.

De acordo com esta legislação, apenassão transferidas para o Estado as responsa-bilidades com pensões em pagamento em31 de dezembro de 2011 previstas no regi-me de Segurança Social substitutivo, ouseja, no que decorre da aplicação do ACT.

Os bancos mantêm as responsabilida-des decorrentes de possíveis atualiza-ções futuras do valor das pensões e pen-sões de sobrevivência.

Os pressupostos acordados com a trans-ferência foram: taxa de desconto de 4%;tábua de mortalidade TV88_90 para asmulheres e TV77_77 ajustada de menosum ano para os homens; e crescimentodas pensões de 0%.

Adocumentação sobre a evoluçãodos fundos de pensões da bancarelativos a 2011, nomeadamente

os relatórios atuariais, revela já as alte-rações ocorridas nos últimos anos noregime providencial do setor bancário.

Ou seja:- em finais de 2008 foi celebrado o primei-

ro Acordo Tripartido entre sindicatos, Asso-ciação Portuguesa de Bancos (APB) e Go-verno, que permitiu o entendimento neces-sário para dar forma ao diploma de 2009,que estabeleceu a entrada automática dosnovos bancários no regime de proteçãopública;

- a 20 de outubro de 2010, um segundoAcordo estabelece a integração dos bancá-rios no ativo (inscritos na CAFEB e admiti-dos antes de 3 de março de 2009) no regimegeral da Segurança Social;

- por fim, em dezembro de 2011, e face ànecessidade do Governo de receitas extraor-dinárias para cumprir o défice, as partesacordaram a integração dos bancários refor-mados na Segurança Social (corporizada noDecreto-Lei n.º1-A/2011 de 3 de janeiro) ea passagem dos fundos de pensões de 17instituições para a esfera do Estado (Decre-to-Lei n.º127/2011, de 31 de dezembro).

De acordo com a lei, o fundo de pensõesde cada instituição deve ser anualmente

Acompanhar a evolução dos fun-dos de pensões das instituiçõesde crédito mantém toda a perti-

nência, pois estes continuam a assegu-rar um conjunto de eventualidades quenão foram transferidas para o Estado.

Importa referir que, contrariamenteao que por vezes transparece em deter-minadas análises divulgadas pela co-municação social, o setor bancário noseu conjunto (instituições de crédito etrabalhadores) descontam o mesmo queos restantes setores de atividade para

as mesmas eventualidades cobertaspela Segurança Social.

Por exemplo, a pensão de invalidezmantém-se a cargo dos bancos até aos65 anos, não existindo alteração aocálculo da pensão de sobrevivência, dosubsídio por morte e do benefício desaúde (SAMS).

Recorde-se que os dois primeirosAcordos Tripartidos entre Sindicatos,bancos e Governo asseguraram a inte-gração na Segurança Social dos novosbancários e dos bancários no ativo.

analisado pela respetiva Comissão deAcompanhamento, de que fazem parterepresentantes dos sindicatos.

Nesse âmbito, ao longo deste ano asdiversas Comissões têm realizado reuniõespara examinar a situação da cada fundo.Os sindicatos foram assessorados pelaequipa do Professor Pereira da Silva, re-conhecido especialista nesta matéria.

As mudanças ocorridas relativamenteà integração dos bancários no regimegeral estão refletidas na documentaçãoanalisada. No que diz respeito à passa-gem das responsabilidades com os refor-mados e pensionistas para a SegurançaSocial, as mesmas aparecem concretiza-das nos casos do BCP e do BPI, enquantona CAM não se verificam alterações poisesta instituição já se encontrava abrangi-da pelo regime geral. No Banco de Portu-gal a situação mantém-se porque o fundonão foi transferido.

Nestas páginas, a revista "Febase" di-vulga os aspetos mais relevantes dos

fundos de pensões do BCP, Banco dePortugal, BPI, Crédito Agrícola Mútuo eCaixa Económica da Misericórdia de An-gra do Heroísmo (CEMAH).

Rentabilidade das carteiras

Entre os dados mais significativos,destaque-se a rentabilidade das cartei-ras destes fundos, cujo resultado do exer-cício foi negativo, com exceção da doCrédito Agrícola Mútuo (ver quadro). Masa equipa de Pereira da Silva considera quetratando-se de avaliações de longo pra-zo, os resultados financeiros das cartei-ras "poderão vir a recuperar nos anosfuturos, por forma a superar a taxa médiautilizada para descontar os passivos". Etendo em conta o 'benchmark' das cartei-ras, considera verifica-se "uma adequa-da relação entre ativos financeiros decobertura e responsabilidades atuariais"dos fundos de pensões do Banco de Por-tugal e do BPI.

Page 6: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 1110 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Relatórios atuariais de 2011dossiê

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 1110 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Relativamente aos fundos do BCP e daCEMAH, recomendam que "a carteira deativos financeiros deve ser acompanhadano sentido de ir ajustando a rendibilidadeefetiva (num período de três anos) à taxade juro técnica utilizada para descontar asresponsabilidades atuariais, tendo em

conta o risco da dívida soberana e a evo-lução da taxa de juro de mercado".

Em particular, no caso da CEMAH con-sideram que "para o reequilíbrio financei-ro do fundo num horizonte de longo prazo,é necessário não só que as taxas derendibilidade anuais convirjam para ataxa técnica (5,5%) que é usada paradescontar os passivos, mas também con-cretizar o pagamento das contribuiçõesnormais e executar o plano de amortiza-ção acordado".

Em conclusão, os especialistas subli-nham, de uma forma geral, a necessida-de de se monitorizarem os desvios atua-riais e financeiros de forma a controlaremas diferenças entre as dinâmicas dascomponentes de longo prazo ligadas àmortalidade e à taxa técnica de descontodas responsabilidade e as componentesde curto prazo ligadas ao crescimentodos salários e pensões e à taxa de renta-bilidade da carteira de ativos financeiros.

OBanco de Portugal (BdP) temuma situação diferente das res-tantes instituições referidas nes-

tas páginas, pois o seu fundo de pen-sões não foi transferido para o Estado.

O fundo de pensões assegura as refor-mas por invalidez presumível, invali-dez e sobrevivência e o subsídio pormorte. É ainda responsável pelo paga-mento dos encargos a cargo da entida-de patronal para com os SAMS.

O financiamento das responsabilida-des com ativos e reformados é feitoatravés do Fundo de Pensões do Bancode Portugal - Benefício Definido e aentidade gestora é a Sociedade Gestorado Fundo de Pensões do Banco de Por-tugal, S.A.

Em dezembro de 2010 foi constituídoo Fundo de Pensões do Banco de Portu-gal - Contribuição Definida, com o obje-tivo de financiar o Plano Complementarde Pensões de Contribuição Definida.Trata-se de um plano criado em virtudedas alterações aos Acordos de Empresada instituição, publicadas em 22 dejunho de 2009 no BTE. Em 31 de dezem-bro de 2011, o fundo abrangia 227 par-ticipantes e o seu valor era de 5,1milhões de euros, dos quais 4,9 milhõesde euros correspondem ao valor daConta Reserva Associado.

No entanto, a informação analisada

Banco de Portugal mantém fundona reunião de Acompanhamento e pre-viamente alvo de estudo da equipatécnica que assessoria a Febase dizrespeito apenas ao Fundo de Pensõesdo Banco de Portugal - Benefício Defini-do, cujo único associado é o Banco dePortugal.

As contribuições efetuadas totaliza-ram 90 milhões de euros. No final doano passado, o nível de financiamentoera 98,29%, cumprindo assim o ráciomínimo.

Sete programas de benefícios

O Plano de Pensões do BdP contemplasete programas de benefícios: quatroplanos base e três regimes de comple-mentos remunerativos.

Assim, entre os planos base, o pri-meiro é um plano fechado não contribu-tivo e integra os trabalhadores admiti-dos até 31 de dezembro de 1994. Prevêa atribuição de uma pensão de reformacorrespondente à totalidade do últimovencimento base acrescido das diutur-nidades, nas situações de reforma porlimite de idade, por invalidez e emcertas situações de reforma antecipa-da, bem como na atribuição de umapensão de sobrevivência aos familiaresdos empregados falecidos no ativo ouna situação de reforma.

Já o segundo tipo de plano base, cominício a 1 de janeiro de 1995, abrange,por um lado, trabalhadores que nomomento da sua admissão (posterioràquela data) sejam abrangidos peloACT e que não tenham transitado deinstituições de crédito subscritorasdeste acordo em matéria de SegurançaSocial; e, por outro lado, os novos tra-balhadores abrangidos pelo AE, até 3 demarço de 2009.

Os participantes contribuem comuma taxa de 5% sobre as remunera-ções pensionáveis para o financiamentodeste plano, que dá direito a umapensão de reforma calculada em fun-ção do último vencimento base e pro-porcional ao tempo de serviço acresci-do das diuturnidades, bem como auma pensão de sobrevivência atribuídaaos familiares, em caso de falecimen-to do empregado no ativo ou na situa-ção de reforma. Está prevista a porta-bilidade dos direitos de pensão quan-do reunidas certas condições, mas nãodireitos adquiridos.

O terceiro plano base teve início em1 de fevereiro de 1998 e destina-se amembros do Conselho de Administra-ção em funções até 21 de fevereiro de2007. Trata-se de um plano fechado anovas admissões e contributivo, ape-sar das contribuições terem terminado.

Os benefícios são fixados em função dotempo de serviço contado.

Por fim, o quarto plano base de pen-sões, não contributivo, aplica-se aostrabalhadores abrangidos pelo ACT quetransitaram de instituições de créditosubscritoras daquele acordo em maté-ria de Segurança Social.

Complementos remunerativos

Quanto aos complementos remune-rativos, o regime geral abrange os tra-balhadores admitidos a partir de 1 dejaneiro de 2001 e consta da atribuiçãode uma pensão de reforma (sem pos-

te a 85% do último complemento re-munerativo, ou, no caso de reforma porinvalidez, calculada de forma proporcio-nal ao tempo de serviço para efeitos dereforma (com um mínimo de 50% docomplemento remunerativo), bemcomo uma pensão de sobrevivênciaaos familiares dos empregados faleci-dos no ativo ou na situação de reforma.

Sendo um plano contributivo, o parti-cipante pode optar pela remissão emcapital de 1/3 do valor da pensão a queteria direito, sendo os restantes 2/3atribuídos sob a forma de pensão.

O Regime Especial B abrange os tra-balhadores admitidos entre 1 de janei-ro de 1999 e 31 de dezembro de 2000.É idêntico ao Regime Geral no que res-peita a benefícios, mas permite a opçãodo empregado pela remição de 1/3 emcapital, tal como no Regime Especial A.No que diz respeito à repartição decontribuições, é semelhante ao RegimeEspecial A, com limitação das contri-buições dos trabalhadores e abrangên-cia dos riscos a repartir.

Por fim, refira-se que os trabalhado-res admitidos após de 3 março de 2009foram, à semelhança do restante setorbancário, integrados no regime geralde Segurança Social (DL n.º 54/2009),pelo que não são participantes do fundode pensões.

BCP

No fundo de pensões foram incluídas asresponsabilidades da entidade patronalcom o pagamento de pré-reformas erespetivos encargos com o regime geralda Segurança Social.

Dados financeiros

Contrariamente ao que por vezestransparece em determinadasanálises divulgadas pelacomunicação social, o setorbancário no seu conjunto(instituições de crédito etrabalhadores) desconta omesmo que os restantes setoresde atividade para as mesmaseventualidades cobertas pelaSegurança Social

Os fundos de pensões do BCP, cujosassociados são nove empresas do Grupo,tinham atingido a 31 de dezembro de2011 um nível de financiamento de

112,31%, cumprindo assim o rácio exigidopelo Banco de Portugal. As contribuiçõesforam de 297.777.557 euros, integrando asdos participantes e o custo do ano.

Registe-se no entanto a exceção dosassociados Osis, cujo fundo foi financiadoa 89,9% (estando a decorrer um plano deamortização) e da F&C, financiado a 85,8%.

sibilidade de remissão em capital)calculada com base no último comple-mento remunerativo e proporcional aotempo de contribuição, bem como naatribuição de uma pensão de sobrevi-vência aos familiares dos empregadosfalecidos no ativo ou na situação dereforma. É contributivo, estando 60% acargo do banco e 40% a cargo dostrabalhadores, com um máximo de 10%do complemento remunerativo auferi-do pelo trabalhador.

Já o Regime Especial A destina-se atrabalhadores admitidos até 31 de de-zembro de 1998, a quem é atribuídauma pensão de reforma corresponden-

Valor atual Ativos 1.071.875.000 8.336.040 345.459.034 32.687.774 7.638.853 1.465.996.701 492.327.797 1.958.324.498Responsabilidades Pensionistas 1.010.157.000 1.530.512 458.231.922 16.958.481 6.361.366 1.493.240.281 784.630.850 2.277.871.131Serviços passados Total 2.082.032.000 9.866.552 803.690.956 49.646.255 14.000.219 2.959.235.982 1.276.958.647 4.236.194.629

Ações 57,76% 27,50% 49,50% 2,50% 10,60% 7,50%Obrigações *5,58% 53,10% 49,80% 78,70% 29,80% 78,60%Liquidez – 13,70% 28,70% 4,00% 56,40% 0,00%

Composição carteira Imobiliário 27,75% 2,20% 47,40% 0% 2,80% 13,90%de títulos Inv. Alternativos 8,91% 3,50% 5,80% 14,80% 0,40% 0,00%

Provisão S.S. – – -81,20% 0% 0% 0,00%Total 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Rentabilidade Carteira -0,65% -0,70% 1,22% -1,80% -0,50%

BCP BPI-FA BPI-FF CAM CEMAH TOTAIS BdP TOTAIS GERAIS

* Inclui liquidez

Page 7: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 1312 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

dossiê

12 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

CEMAH

A Caixa Económica da Misericórdia deAngra do Heroísmo (CEMAH) é o únicoassociado do fundo de pensões.

O Plano de pensões, originalmente in-dependente da Segurança Social subscre-ve, com algumas restrições, os benefíciosprevistos no ACT do setor bancário, incluin-do os encargos com os SAMS e o paga-

mento do subsídio por morte. Os restan-tes benefícios garantidos são as reformaspor invalidez presumível, invalidez e so-brevivência.

Todavia, e dando cumprimento ao dis-posto no Decreto-Lei n.º 1-A/2011, oplano passou a ser complementar aoregime geral de Segurança Social, dadoque a partir de janeiro de 2011 os traba-

Relatórios atuariais de 2011

Igualmente de salientar, e à seme-lhança do ano anterior, a existência deresponsabilidades que ainda não estãoa ser financiadas pelo fundo, no mon-tante de 350.144.617 euros, ou seja,cerca de 16,8% das responsabilidadestotais.

Estas responsabilidades – que dizemrespeito, nomeadamente, a subsídiopor morte, alguns complementos atri-buídos a colaboradores no âmbito deprocessos de reforma e complementosde alguns ex-administradores do BCP –estão a ser assumidas diretamentepelos respetivos associados através deprovisões contabilísticas.

Em 31 de dezembro do ano passadofoi transferido para o Estado o mon-tante de 2,75 mil milhões de eurosrelativos a responsabilidades compensionistas, conforme o Decreto-Lei127/2011.

integrados na Segurança Social) ser-lhes-áatribuída uma pensão igual ao maior dosseguintes valores: aplicação do esquemade benefícios de acordo com o ACT dosector bancário ou aplicação do esquemade benefícios em vigor em cada momen-to na Segurança Social. Quando a pensãodo ACT for superior à da Segurança Socialserão deduzidas às prestações a cargo dobanco as prestações recebidas do regimede proteção público.

Em 2011, o plano de pensões do BPIgarantia como benefícios as reformas porinvalidez presumível e invalidez e sobre-vivência, além do subsídio por morte e osencargos com os SAMS.

No final de dezembro, o nível de finan-ciamento do fundo era de 95,44%.

No final do ano passado, o nível def inanc iamento do fundo era de93,64%.

Mas existe um plano de amortizaçãopara o acréscimo de responsabilidadesresultantes da introdução dos encargoscom os SAMS, do subsídio de morte e daalteração da tábua de mortalidade pre-vista na legislação.

e sobrevivência, bem como encargos comos SAMS.

No que diz respeito ao nível de financia-mento, e dado que o valor do fundo depensões é de 46.480.979 euros, verifi-ca-se que este é de 93,6% face ao mon-tante de 49.646.255 euros de responsa-bilidades. Tal significa que o fundo nãocumpriu o rácio mínimo de financiamen-to exigido pelo Banco de Portugal (Aviso4/2005). No entanto, existe um plano deamortização para o défice de financia-mento devido ao acréscimo de responsa-bilidades decorrentes das situações pre-vistas no Aviso do BdP.

O montante por amortizar relativo aalterações é de 14.678.964 euros. Utili-zando um plano de amortização, o ráciode financiamento indicado pelo atuáriopassa para 111,5%.

Relativamente a 2010, a equipa técni-ca que assessora a Febase consideranecessário esclarecer se o fundo de pen-sões passou a integrar as responsabilida-des com os benefícios de invalidez esobrevivência pois, de acordo com a in-formação do relatório e contas do fundoem 2010, tinha sido subscrita uma apóli-ce de seguro de vida para esse efeito,naquela anuidade. De qualquer forma,salienta, mantêm-se pagamentos de pré-mios de seguros nas contas do fundo em2011 (outras variações líquidas).

lhadores bancários foram integrados nosistema público.

Assim, o plano da CEMAH é atualmentedependente das pensões atribuídas pelaSegurança Social, uma vez que os traba-lhadores quando se reformarem recebe-rão uma pensão de velhice do regimegeral público, que abaterá ao valor dapensão a cargo do fundo de pensões.

BPI

O plano de pensões do BPI é financiadoatravés de cinco fundos: Fundo de Pen-sões Banco BPI, Fundo de Pensões AbertoBPI Valorização Adesão n.º 52, Fundo dePensões Aberto BPI Ações Adesão n.º 1 eFundo de Pensões Aberto BPI GarantiaAdesão n.º 1. O único associado é o BancoBPI.

O relatório atuarial do plano de pen-sões tem já em conta a integração naSegurança Social dos trabalhadores noativo inscritos na CAFEB e admitidos nosector antes de 3 de março de 2009 e asrespetivas implicações em termos deresponsabilidades do fundo.

Já no que diz respeito aos trabalhado-res oriundos das instituições integradasno banco em 2002 (admissão anterior àadesão dessas instituições ao ACT e já

CAM

O Fundo de Pensões Crédito Agrícolatem como associados as instituições decrédito subscritoras do seu contrato cons-titutivo. O plano de pensões segue o ACTdas Instituições do Crédito Agrícola, sen-do complementar ao regime público deSegurança Social.

As contribuições efetuadas por partici-pantes admitidos após 1 de janeiro de1995 decorrem do estabelecido no ACTpara o sector bancário.

Os benefícios garantidos são as refor-mas por invalidez presumível, invalidez

Dados demográficosBCP BPI-FA BPI-FF CAM CEMAH TOTAIS BdP TOTAIS GERAIS

NÚMERO 10.214 126 6.232 4.211 64 20.847 1.448 22.295IDADE MÉDIA 44,1 40,6 41,5 43,8 49,9 49ANTIGUIDADE MÉDIA 18,9 15 16 17,8 23,4 23,7SALÁRIO MÉDIO ANUAL 34.001 46.877 21.630 27.715 21.821 27.523

NÚMERO 0 0 1 29 0 30 15 45IDADE MÉDIA 0 0 67 66,9 0 65,5ANTIGUIDADE MÉDIA 0 0 40 27,4 0 41,8SALÁRIO MÉDIO ANUAL 0 0 47.574 38.066 0 41.883

NÚMERO 2.083 293 2.729 1 11 5.117 0 5.117IDADE MÉDIA 40,84 43 38,2 55 51,6 0ANTIGUIDADE MÉDIA _ 2,2 4,2 17 11,6 0SALÁRIO MÉDIO ANUAL 14.864 19.329 15.228 18.465 17.569 0

NÚMERO 12.297 419 8.962 4.241 75 25.994 1.463 27.457IDADE MÉDIA 43,5 42,3 40,5 43,9 50,1 49,2ANTIGUIDADE MÉDIA 18,9 5,9 12,5 17,9 21,6 23,9SALÁRIO MÉDIO ANUAL 30.759 27.613 19.683 27.779 21.198 27.670

NÚMERO 817 4 1.046 198 10 2.075 1.690 3.765IDADE MÉDIA 74,7 71,9 75,8 74,3 74,6 67PENSÃO MÉDIA ANUAL 3.839 62.466 2.357 2.285 17.219 23.082

NÚMERO 3.272 10 4.594 106 17 7.999 184 8.183IDADE MÉDIA 71,9 63,4 64,9 57,8 66,9 65PENSÃO MÉDIA ANUAL 1.014 20.587 1.860 3.017 19.849 16.451

NÚMERO 2.165 1 1.182 59 14 3.421 532 3.953IDADE MÉDIA 70,6 78,5 68 63,2 72,3 77PENSÃO MÉDIA ANUAL 722 17.112 1.047 1.329 7.699 13.195

NÚMERO 179 0 0 32 0 211 0 211IDADE MÉDIA 16,9 0 0 16 0 0PENSÃO MÉDIA ANUAL 4.733 0 0 312 0 0

NÚMERO 9 0 0 22 0 31 0 31IDADE MÉDIA 61,2 0 0 61,5 0 0PENSÃO MÉDIA ANUAL 19.614 0 0 58.799 0 0

NÚMERO 9.294 0 1.110 55 0 10.459 0 10.459IDADE MÉDIA 64,5 0 67,9 62,5 0 0PENSÃO MÉDIA ANUAL 1.742 0 2.006 3.470 0 0

REFORMAS ANTECIPADAS

PRÉ-REFORMAS

ORFANDADE

ATIVOS>= 65 ANOS

ATIVOS<65 ANOS

VIUVEZ

PENSIONISTASVELHICE

PENSIONISTASINVALIDEZ

CONJUNTOATIVOS

PARTICIPANTESCOM DIREITOSADQUIRIDOS

Entre os dados mais significativos,destaque-se a rentabilidadedas carteiras destes fundos, cujoresultado do exercíciofoi negativo, com exceçãoda do Crédito Agrícola Mútuo

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 13

Page 8: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 1514 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Atualidade l SINDICAL

No âmbito das relações de coope-ração entre organizações sindi-cais filiadas na UNI, dois dos

Sindicatos dos Bancários da Febase –SBC e SBSI – receberam em Portugal umadelegação do seu congénere jordano, oGTUBIA - General Trade Union of Workers inBanks, Insurance and Accounting, que retri-buiu assim idêntica visita dos portugueses.

Durante a sua estadia em Portugal, quedecorreu na primeira quinzena deste mês,os sindicalistas jordanos estiveram emLisboa e Coimbra, onde visitaram as sedesdos dois Sindicatos e os respetivos SAMS –serviços de assistência médico-social.

Os representantes sindicais de ambosos países debateram a atual situaçãoeconómica mundial e as consequênciasna esfera laboral – e particularmente no

Sindicatos recebem delegação da JordâniaO SBC e o SBSI receberam, nas

respetivas sedes, uma delegaçãode sindicalistas do setor bancário

e segurador da Jordânia, tendoassinado protocolos

de cooperação

setor financeiro –, bem como as dificulda-des acrescidas que estão a ser colocadasà atividade sindical.

Na ocasião, cada sindicato português eo jordano assinaram protocolos, em queestabelecem diversos princípios de coo-peração, entre os quais o de visitas mú-tuas para abrir caminho ao intercâmbiode experiências entre as organizações.

Do mesmo modo, comprometem-se a"dar ênfase à cooperação e concertaçãode posições em fóruns de organizaçõesinternacionais, nomeadamente na UNI,nos comités que emanam das conferên-cias internacionais e regionais".

A coordenação de posições de apoiomútuo às atividades desenvolvidaspelas organizações nos dois países,particularmente no que respeita àsreivindicações laborais, e a luta con-tra as atitudes negativas de empre-gadores e das administrações dasinstituições e empresas multinacio-nais nos dois países e a nível mundialsão outros princípios estabelecidosnos protocolos.

Por fim, as organizações reforçam oseu empenho em lutar contra a domina-ção e interferência estrangeira nos as-suntos de outros países.

Oprimeiro encontro internacional dosSindicatos do setor financeiro daComunidade dos Países de Língua

Portuguesa (CPLP) realizou-se em Luan-da, de 6 a 8 de agosto e teve, comodeliberação principal, a afirmação danecessidade da criação de um Fórum daCPLP Sindical do setor financeiro, quedeve ter um caráter democrático, pelaluta e defesa dos trabalhadores, buscan-do sempre construir um processo de so-lidariedade internacional de classe

O encontro realizou-se por iniciativa doSindicato Nacional dos Empregados Ban-cários de Angola (SNEBA) e nele tambémparticiparam delegações sindicais doBrasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe,Moçambique e Portugal, esta constituídapor Rui Riso e Arménio dos Santos, doSBSI, Mário Mourão, do SBN, e AníbalRibeiro, do SBC. E contou, ainda, com apresença de Márcio Monzone, que repre-sentou a UNI Finanças, integrada na UNIGlobal, a organização sindical com sede

No encontro dos Sindicatos do setor financeiro da CPLP

Criação do Fórum de Sindicatos já está em marchaem Genebra e onde estão filiados 900Sindicatos, que representam mais de vin-te milhões de trabalhadores.

No final do encontro, as delegaçõesaprovaram, por unanimidade, o texto dadeclaração que aqui transcrevemos:

“Reunidos nos dias 6 e 7 de agosto de2012, os Sindicatos do setor financeiro daCPLP filiados na UNI, presentes na sala deconferência Cunene, do Hotel Skyna, emLuanda, com participação das delega-ções dos Sindicatos de Angola, Brasil,Moçambique, Portugal e São Tomé e Prín-cipe, promoveram a realização do pri-meiro encontro internacional.

Os países presentes foram unânimesem afirmar a necessidade da criação deum Fórum da CPLP Sindical do setor finan-ceiro. Este fórum tem o caráter democrá-tico, pela luta e defesa dos trabalhadores,buscando sempre construir um processode solidariedade internacional de classe.

Tendo em conta a atual fragilidade dosistema financeiro internacional, assim

como as similitudes dos problemas en-frentados pelos seus trabalhadores, ainternacionalização dos negócios e inte-resses dos diferentes órgãos que com-põem a CPLP, o fórum aponta para anecessidade de influenciar todo o proces-so que busca a regulamentação do siste-ma financeiro.

Definiram os seguintes objetivos: in-tercâmbio, troca de experiências e orga-nização dos países da CPLP; instituciona-lizar a língua portuguesa como língua detrabalho nas organizações internacio-nais; reunião bienal, podendo ser inter-calada com reuniões técnicas; rotativi-dade das reuniões entre os países; enecessidade de formação sindical, paracriação de quadros sindicais em todos ospaíses.

Os participantes do fórum finalizamesta declaração com uma saudação atodos os trabalhadores e trabalhadorasdo setor financeiro da Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa”.

A delegação jordana na sede do SBSI

TEXTO: RUI SANTOS

TEXTO: INÊS F. NETO

Page 9: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 1716 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Plenários das Uniões distritais da UGTsaúdam luta dos trabalhadores portugueses

Odenominador comum de todosesses plenários foi a ampla partici-pação dos dirigentes dos Sindica-

tos locais da UGT. E, na generalidadedas intervenções registadas, tambémfoi comum a crítica à governação donosso País, com elevado aumento deimpostos e brutais cortes nos direitosde quem trabalha, bem como nos bene-fícios sociais, nomeadamente na edu-cação e na saúde.

O plenário de Lisboa foi realizado noauditório da Central e dirigido por Manu-el Camacho, da Direção do SBSI e presi-dente da UGT-Lisboa, enquanto o doPorto, coordenado por João Dias da Silva,teve lugar na sede do Sindicato dos Pro-fessores da Zona Norte; e o de Coimbra,

Face à atual situação de criseeconómica e social, que tende

a agravar-se, a União Geralde Trabalhadores (UGT) decidiu realizarplenários de Sindicatos em cada umadas vinte Uniões distritais da Central,

tendo sido escolhida a datade 26 de setembro para a realização

dessas reuniões

realizado num hotel da cidade, foi dirigi-do por Carlos Silva, presidente da UGTlocal e da Direção do Sindicato dos Ban-cários do Centro e já candidato a substi-tuir João Proença na liderança da UGT.Mas outros dirigentes da Central, tam-bém bancários, representaram a Centralem plenários noutros distritos, casos deCatarina Albergaria em Aveiro, ViriatoBaptista em Beja, Firmino Marques emBragança, Aníbal Ribeiro na Guarda eWanda Guimarães em Setúbal.

Por proposta do Secretariado Nacionalda UGT, em todos os plenários distritais eapós as intervenções havidas foi lida umaresolução, que viria a ser aprovada porunanimidade em todas essas reuniões eque, no essencial,"saúda a luta dos portu-gueses, que levou o governo a recuar nassuas políticas, fortemente penalizadorasdos trabalhadores e dos pensionistas eregista o empenhamento da UGT no diálo-go social, que em muito contribuiu paratais resultados", ao mesmo tempo que"considera que é fundamental que as po-líticas tenham uma dimensão de cresci-mento e emprego, não se esgotando empolíticas de austeridade, cada vez maispenalizadoras, para os que vivem da suapensão e dos rendimentos de trabalho".

Entretanto, e face aos novos aumentosde impostos, anunciados pelo ministrodas Finanças no passado dia 3, o Secreta-riado Nacional da UGT reuniu no dia se-

guinte e concluiu que tais medidas "con-duzem a um agravamento brutal da car-ga fiscal, muito para além do que o gover-no vinha anunciando, e tem como conse-quência um maior empobrecimento dosportugueses, o aumento das desigualda-des e o agravamento da crise económica,que conduz a mais desemprego".

A UGT considera que "a queda da TSU fezcom que não estejamos agora a ser con-frontados com um segundo pacote deausteridade que, em mais de 80%, éoriginado pelo combate ao défice e cen-tra-se no aumento de impostos. Os por-tugueses pagarão, em 2013, um IRS emmédia 35% superior ao de 2012, o queafetará profundamente os rendimentosde trabalho e das pensões".

Assim, para a UGT é fundamentalvoltar a "discutir os objetivos de redu-ção do défice; aliviar o brutal aumentoda carga fiscal que incide sobre o IRS;discutir o impacto social dos cortes nadespesa; introduzir medidas que redu-zam o impacto negativo sobre o cresci-mento e o emprego; ponderar o paga-mento do 13.º e do 14.º mês de todos ostrabalhadores ao longo dos 12 meses,de maneira a reduzir o impacto negati-vo do aumento das deduções de IRS, apartir de janeiro de 2013; e pagar aolongo dos 12 meses essas duas mensa-lidades remanescentes dos pensionis-tas e trabalhadores do setor público, demodo a não haver redução da pensão edo salário líquidos".

Neste quadro e no final da reunião, osdirigentes da Central decidiram:

– Reafirmar a defesa da unidade na açãoa nível de empresa, setorial e nacional,valorizando o diálogo com as restantesCentrais Sindicais da Confederação Euro-peia de Sindicatos, particularmente a ní-vel ibérico;

– rejeitar ações divisionistas e sectárias,como as que levaram a CGTP a, sem qual-quer diálogo, convocar uma greve geral;

– manifestar o seu empenhamento nodiálogo social tripartido e na negociaçãocoletiva, na procura de compromissosque facilitem a ultrapassagem da crise;

– decidir a realização de uma manifes-tação de dirigentes e ativistas sindicaisem 26 de outubro.

A UGT também saudou o 5 de outubro,dia da República, reafirmando que conti-nuará a defender que este dia volte rapi-damente a ser feriado nacional.

SINDICAL l Atualidade Atualidade l SINDICAL

Após as gigantescas concentraçõesde 15 de setembro, em Madrid enoutras cidades espanholas, con-

tra os cortes do governo do PP, asprincipais centrais sindicais espanho-las começaram a preparar-se para umoutono quente de protestos, no qualpretendem envolver também as orga-nizações sindicais europeias.

O passo imediato foi dado pelos se-cretários gerais das Comisiones Obre-ras (CCOO) e da Unión General de Traba-jadores (UGT), Ignacio Fernández Toxo eCándido Méndez, que convocaram osseus colegas europeus para uma cimei-ra em Madrid. Desse encontro saíu umaimportante e inequívoca declaração,aprovada por unanimidade, e que aseguir transcrevemos, na íntegra.

Declaração do encontrosindical europeu

Reunidos em Madrid, em 25 de se-tembro, por iniciativa de ComisionesObreras (CCOO) e Unión General de Tra-bajadores (UGT) e contando com a co-laboração da Fundação Friederich Ebert,dirigentes sindicais de 18 centrais sin-dicais de onze países da União Europeiae da Confederação Europeia de Sindica-tos (CES) - OGB (Áustria), CSC e FGTB(Bélgica), CMKOS (República Checa),CFDT, CGT e FO (França), DGB (Alema-nha), GSEE (Grécia), ICTU (Irlanda), CGILe UIL (Itália), NSZZ Solidarnosc e OPZZ(Polónia),CGTP-IN e UGT (Portugal), e

Protesto sindical europeu está em marchaAs duas principais centrais

sindicais espanholas têmencabeçado os protestos

contra as políticaseconómicas e sociais,

levadas a cabo nos últimosmeses, em Espanha

e em boa parte dos paíseseuropeus, sobretudo

aqueles que se encontramsob as imposições do Banco

Central Europeu, FundoMonetário Internacional

e União Europeia

CCOO e UGT (Espanha) – aprovaram aseguinte declaração:

1. Saúdam e manifestam a sua pro-funda solidariedade com os processosde mobilização sindical e popular quese estão a desenvolver em diversospaíses europeus – em particular na Gré-cia, Espanha, Itália e Portugal – contraas políticas de austeridade e reformasestruturais, cujo conteúdo é a reduçãoprofunda dos direitos sociais e laborais.

2. Expressam o seu total apoio à Gre-ve Geral que se celebrará na Grécia em26 de setembro, convocada pela GSEE eADEDY, contra os brutais cortes impos-tos pela "troika" (BCE, FMI e ComissãoEuropeia) que estão a levar o país àruina económica e social.

Nesse encontro, também esteve emcima da mesa a proposta de mobiliza-ção coordenada, em toda a Europa, deprotesto contra as políticas económi-cas restritivas e de cortes sociais e afavor de imediatas mudanças políticas.

A intenção foi a de consensualizaruma posição conjunta de todos os diri-gentes sindicais para a levar, sob aforma de documento fundamentado, àassembleia geral que a CES realizaráamanhã, 17 de outubro, com o objetivoque a Confederação Europeia de Sindi-

catos aprove uma mobilização genera-lizada por ocasião da cimeira europeia,que está prevista para dezembro.

Essa proposta será plural, de modoque em cada país se decida a forma deconcretizar o protesto, através da con-vocação de greve geral, de uma mani-festação gigantesca ou protestos deoutro tipo. A proposta foi bem recebidapelas centrais dos países mais lacera-dos pela crise e, até, de França e daAlemanha.

Já na cimeira europeia sobre cresci-mento, realizada em maio, as centraissindicais pediram um maior enfoquedas políticas para a zona euro. Agora,há que reforçar esse pedido e de lutarcontra o corte do estado de bem-estarque sofre boa parte dos países euro-peus. Além disso, apelam ao lema"Mobilizar-se por uma Europa Social",que presidiu o 12.º Congresso da CES,realizado em Atenas, em maio passa-do e onde Toxo foi eleito presidente daConfederação.

Nessa ocasião, também foi aprovadauma resolução sobre "Solidariedade emtempos de crise", onde se sublinhava anecessidade de reduzir a pressão sobreas economias em dificuldades, atravésda criação de um plano de ajuda.

TEXTOS: RUI SANTOS

TEXTOS: RUI SANTOS

Page 10: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 1918 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

UGT e sindicatos participaram na iniciativa da CSI

Jornada mundial pelo trabalho digno

Com a crise económica globala atingir seriamente os trabalhadores

em todas as partes do globo,os Sindicatos de todo o Mundouniram-se mais uma vez para

exigirem trabalho digno e o plenorespeito pelos direitos de quem

trabalha. A Jornada Mundial para umTrabalho Digno realizou-se no passadodia 7 e incluiu manifestações, eventos

e atividades. Em Portugal, a UGTe os seus Sindicatos aliaram-se

à iniciativa da CSI e exigiram o fim"da austeridade pela austeridade"

Ajornada mundial deste ano tevecomo lema "Por melhores dias detrabalho", o que se traduziu em

três importantes reivindicações, expressasnas palavras de ordem: empregos dignos,respeito pelos direitos dos trabalhadores ecombate ao desemprego jovem.

"A crise e a incapacidade ou falta devontade dos governos para privilegia-rem a retoma do crescimento e doemprego estão a ter um impacto parti-cularmente brutal sobre os jovens",denunciou a UGT que, desde 2008, par-ticipa ativamente na jornada mundialorganizada pela Confederação SindicalInternacional (CSI).

"Os números oficiais mostram que 75milhões de jovens estão sem empregoem todo o Mundo, muitos milhões maisestão sujeitos a um trabalho informalou precário e dezenas de milhões denovos candidatos a um posto de traba-lho não têm quaisquer perspetivas deconseguirem emprego, acesso à edu-cação ou formação que os prepare parao trabalho no futuro", acrescenta a or-ganização sindical, alertando:

"O desemprego dos jovens atinge 60%em alguns países e toda uma geraçãode jovens enfrenta a exclusão do mer-

cado de trabalho, o que constitui umabomba-relógio social e económica".

Por estas razões, a luta contra o desem-prego jovem foi uma das caraterísticasdominantes das atividades programadaspara 7 de outubro que, por ser um domin-go, se prolongaram por mais um dia.

Portugal: desemprego e recessão

Nesta jornada conjunta, cada organi-zação sindical juntou às reivindicaçõescomuns as questões prioritárias do seupaís e setor.

Em Portugal, a jornada mundial foimais uma ocasião para a UGT e os seusSindicatos exigirem ao Governo medi-das de combate aos maiores flageloscom que o País se confronta: recessãoeconómica, um nível de desempregoinsustentável e novas situações depobreza e exclusão social.

Para a central sindical, "uma coisa éclara: o caminho trilhado pelo Governo écompletamente errado: a austeridade pelaausteridade não trará uma saída para acrise." Assim, a UGT "bate-se, hoje mais doque nunca, por crescimento, emprego esolidariedade". Porque "o trabalho dignonão é uma utopia. É possível aliar cresci-mento económico e justiça social".

Por tudo isto, a UGT exige ao Governo:– Uma partilha proporcional e equili-

brada dos sacrifícios;– O reforço das políticas ativas de

emprego;– Um setor financeiro ao serviço da

economia real;– O cumprimento dos direitos dos

trabalhadores.

Desafio mundial

A crise económica e o ambiente cadavez mais hostil para os direitos dos tra-balhadores em muitos países represen-tam para o movimento sindical mundial"um dos maiores desafios da história".

"A mobilização em conjunto parauma jornada mundial bem-sucedidaajudará a mostrar ao Mundo que ossindicatos estão prontos e capazes decontinuar a enfrentar esses desafios,proporcionando melhores dias de tra-balho para todos – em especial parajovens", frisou a UGT, no documento queserviu para a mobilização dos trabalha-dores portugueses para a celebraçãodesta importante ação sindical.

SINDICAL l Atualidade

TEXTOS: RUI SANTOS

Page 11: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2120 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

TEMPOS LIVRES l Nacional

Pesca

Rui Prata ganha em casae repete título nacional de 2010

A pista de Monte Realfoi o cenário ideal para

a realização da finalnacional dos encontros

interbancários de pescade rio, em 29 de setembro

e que terminou coma apoteose de Rui Prata,

que assim repete a conquistado título nacional, que havia

chamado a si há dois anos

Foram 63 os participantes nesta finalnacional, em representação dos trêsSindicatos dos bancários – 31 do Sul

e Ilhas, 20 do Norte e 12 do Centro – e de16 equipas. Todos os concorrentes foramrepartidos por quatro zonas e o dia apre-

sentava-se com excelentes condiçõespara uma boa pescaria, embora a pista semostrasse suja, devido à chuvada alicaída na noite anterior. E as previsõesmais otimistas vieram a concretizar-se,já que apenas um dos 63 pescadores fez"grade", ou seja, não logrou pescar umúnico exemplar.

Foram estes os três primeiros classifi-cados em cada zona:

1.ª zona - 1.º Rui Prata (BPI/Cen-tro), 8020 gramas; 2.º Adelino Mar-tins (SBN/Norte), 3900; 3.º ManuelRanhola (BPI 2/Sul), 3300;

2.ª zona - 1.º José Alves Silva (BST/Sul),2500 gramas; 2.º Carlos Cunha (BPI/Centro),1960; 3.º Abílio Bastos (SBN/Norte), 1600;

3.º zona - 1.º Manuel Pinheiro (BST//Sul), 940 gramas; 2.º José AntónioBonito (CA 1/Sul), 820; 3.º Carlos Coe-lho (SBN/Norte), 760;

4.ª zona - 1.º José Fernando Silva (SBN//Norte), 3220 gramas; 2.º Paulo Figuei-

redo (BCP/Centro), 1920; 3.º Pedro Fer-nandes (BES A/Sul), 1700.

Coletivamente, a vitória coube à equi-pa do Sindicato dos Bancários do Norte,com 8720 gramas e 6 pontos, logo segui-da da do Grupo Desportivo do SantanderTotta, do Sul, e do BPI, do Centro, ambascom 7 pontos, vindo depois as do BPI 2,do Sul, com 13, e do BCP, do Centro, com16 pontos.

Durante a cerimónia de entrega deprémios, Francisco Carapinha, da Direçãodo Sindicato dos Bancários do Centro, fezuma breve intervenção, em nome dacomissão organizadora destes encontrosinterbancários, para referir que a Febaseestá atenta ao momento difícil que ostrabalhadores – e também os bancários –vivem, chamando a atenção para o factodos seus Sindicatos estarem empenha-dos e disponíveis para, em conjunto comos associados, lutar pelos seus direitos eanseios.

Coopbancários estende vantagens à FebaseOs associados dos sindicatos

da Febase já podemser sócios da cooperativa

de produção e consumoCoopbancários.

Os benefícios são muitos

TEXTO: INÊS F. NETO

A Coopbancários, situada desde 1977 na rua D. Filipade Vilhena, n.º 6, E-F, em Lisboa, dispõe de dois pisos,divididos em centro comercial, supermercado e lojas.Eis a oferta:

Centro Comercial:Utensílios para casa (menage); malas; boutique (se-

nhora e homem); eletrodomésticos; livraria; discote-ca; lingerie; perfumaria; ourivesaria; tabacaria; cabe-leireiro; florista; agência de viagens.

Supermercado:Talho; peixaria; congelados; frutaria; produtos ali-

mentares e não alimentares; charcutaria; naturista//macrobiótica; utilidades domésticas; louças; produ-tos de higiene; garrafeira; laticínios; padaria.

Snack-bar:Restaurante (menu do dia por 4,75 ۥ, composto por

sopa, prato, fruta e café) e pastelaria.

Oferta diversificada

Apostada em alargar o âmbito deação e conquistar novos públicos, aCoopbancários tem em curso a al-

teração dos seus Estatutos, visando es-tender à Febase o direito de sócio.

Este é mais um passo na transformaçãoe adaptação aos novos tempos que aCoopbancários tem assumido desde asua fundação, em setembro de 1975,quando um grupo de bancários ligados aoSBSI lançou a iniciativa. Durante muitotempo ligada apenas aos bancários, maistarde admitiu como sócios coletivos as

ordens profissionais e, agora, alarga essapossibilidade à Febase.

A proposta de alteração de Estatutosprevê que novos elementos possam can-didatar-se aos órgãos sociais da coopera-tiva, mas são salvaguardadas duas con-dições: não podem deter a maioria nemassumir a presidência.

Para os associados dos sindicatos daFebase, esta mudança traz vantagensacrescidas. Se é verdade que já podiamter acesso às instalações da cooperativa– há alguns anos abertas ao público emgeral – podem agora usufruir dos benefí-cios concedidos aos sócios-consumido-res, entre os quais se destaca o direito àacumulação de pontos no "cartão", paramais tarde utilizar como desconto naaquisição de novos produtos. Além disso,são frequentemente realizadas promo-ções tendo como público-alvo os sócios.

Nova dinâmica

"Muitos desconhecem, mas temos pre-ços bastante concorrenciais", explicamAntónio Campos e Domingos do Rosário,respetivamente presidente e tesoureiroda Coopbancários, cujos novos órgãossociais tomaram posse no final de maio.

"Fizemos a experiência: em ocasiõesdiferentes selecionámos aleatoriamen-te cinco produtos e comparámos os nos-sos preços com os da concorrência. Detodas as vezes apenas um dos nossosprodutos não era o mais barato", contamos dirigentes, lembrando a vasta ofertadisponível na cooperativa.

A nova equipa pretende imprimir umanova dinâmica à "casa", tendo como ob-jetivo encontrar as melhores soluções

para fidelizar clientes, atrair novos públi-cos e salvaguardar o futuro da coopera-tiva e dos seus trabalhadores.

"A situação é complicada, devido àcrise económica (que afeta o consumo) eà enorme concorrência", reconhecem.Para contrariar a situação, estão a serencetadas negociações com vários for-necedores, tendo em vista a obtenção depreços mais vantajosos, o que se refletiráno custo final dos produtos junto dosconsumidores.

Os projetos para dinamizar a cooperativasão vários e alguns estão já em concretiza-ção. Às tradicionais áreas de supermercadoe centro comercial estão a ser acrescenta-das novas valências, que contribuirão paraalargar a oferta e trazer mais clientes. É ocaso de uma agência de viagens (pro-porcionando vantagens em excursõesespeciais e pontos no cartão), da florista oudo cabeleireiro (já com manicura e pé-dicure, e massagista no final do ano).

Por outro lado, também as lojas docentro comercial oferecem condições es-peciais aos sócios da Coopbancários: porexemplo, os eletrodomésticos podem seradquiridos com facilidades de pagamen-to e entrega sem encargos, e a livraria,além de vouchers de descontos, está aorganizar iniciativas culturais (recente-mente fez a "hora do conto" para os maispequenos).

"Estamos muito empenhados nesta di-namização e em deixar aos vindourosuma cooperativa forte. É um desafio difí-cil perante as condições em que nosmovemos, mas com responsabilidade,espírito de missão e confiança acredita-mos ser possível", concluem AntónioCampos e Domingos do Rosário.

ATUALIDADE l Cooperativismo

TEXTOS: RUI SANTOS

A perfumaria

Page 12: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2322 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

TEMPOS LIVRES l Nacional

Omês de julho foi marcado pelacaminhada de Algés/Cascais.Um percurso de 20 quilómetros

que contou com a participação de 60pessoas.

A caminhada iniciou-se numa tardesoalheira, por volta das cinco e meia datarde e o percurso escolhido para estaaventura pedestre foi toda a linha dacosta, desde Algés a Cascais.

Pese embora os participantes conheces-sem a zona pelos passeios de carro, ficaramdeslumbrados com pequenas praias, quenão faziam a menor ideia da sua existênciae que o passeio a pé lhes permitiu avistar.

Durante a caminhada tivemos o pra-zer de assistir ao pôr-do-sol sobre abaía de Cascais, pois a chegada ocorreupor volta das 22 horas.

O grupo teve um bom rendimento,tendo o passeio terminado com umasessão de alongamentos.

O regresso para Algés fez-se de com-boio, numa animada viagem.

Cezaredas

"À descoberta do Planalto das Ceza-redas", foi uma das aventuras de se-tembro, preparada pela Febase.

O grupo, com trinta participantes,esteve à altura, não obstante a dificul-

O percurso compreendeu um total de20 quilómetros e enquadra-se numa rotaoficial, PR2 – Planalto das Cezaredas.

O percurso tem pouco desnível, masé feito essencialmente sobre estradõese trilhos com pedra solta, criando al-guns momentos desafiantes.

O calor fez-se sentir, mas a organiza-ção, de 3 em 3 quilómetros, tinha umcarro de apoio e abastecia os partici-pantes de água para que ninguém de-sidratasse.

A chegada fez-se por volta das 14horas, terminando com uma sessão dealongamentos para evitar lesões. Deseguida, fez-se um piquenique, queserviu para o convívio salutar e a con-fraternização.

A equipa FEBASE desafia-oa passear e a divertir-se

Mais informações em http://caminhadasfebase2012.blogspot.pt

Caminhadas

A FEBASE continua a desafiardade do percurso e o calor abrasadorque se fez sentir durante o dia.

Pequenos contratempos com algunsdos participantes que se perderam nocaminho, atrasaram a hora prevista dapartida, marcada para as 9 horas. Re-solvidos os percalços, o grupo apresen-tou-se completo no ponto de partida einiciou-se a caminhada 45 minutosdepois.

TEXTOS: PATRÍCIA CAIXINHA

Caminhada Algés/Cascais

Caminhada Cezaredas

Page 13: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2524 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Notícias l Bancários NorteBa

ncár

ios

Nor

teBancários N

orteNotícias l Bancários Norte

TEXTOS: FIRMINO MARQUES

No passado dia 2, uma delegação doSindicato Nacional dos Emprega-dos Bancários de Angola (SNEBA)

visitou o SBN, onde esteve reunida coma Direção. No final, Filipe Makengo (vice-presidente da Direção), Manuel João (se-cretário para a Administração e Gestão)e Sebastião André Dombaxe (secretáriopara as Relações Internacionais) conver-saram com o jornalista das revistas Feba-se e Nortada.

P – Quais foram os objetivos que presi-diram a esta visita ao SBN?

R – Foram vários, mas, sobretudo, os deaprofundar o excelente relacionamentoexistente entre os nossos dois Sindicatos.Nestes objetivos se enquadram tambémo da troca de experiências e o fortaleci-mento dos conhecimentos do SNEBA, quenos permitirão agilizar mais facilmente aconcretização de projetos que temos emcurso – designadamente a edificação danova sede, que terá também, contígua,uma área de lazer para os bancários erespetivos agregados familiares.

P – A construção da nova sede é algo quese impõe de imediato?

R – Mais do que isso: é uma necessidadeda mais vital importância. Repare: nestemomento estamos instalados nuns escri-tórios, nos Coqueiros, que já não têmcapacidade de resposta para o númeroexponencial de associados que vimos re-gistando e, por consequência, para todo oserviço administrativo que isso impõe.Assim, já adquirimos um terreno, que bemse poderá considerar excelente para asconstruções de que falámos.

P – O SNEBA encontra-se implantado emtodas as províncias de Angola?

R – Já estivemos, já. Mas, depois, assistiu-se a um período em que faliram váriosBancos, o que nos levou também à degra-dação da nossa rede de delegações. Toda-via, agora, com o fortíssimo ressurgimentoda economia do nosso país, estamos, tam-bém nós, fortemente empenhados numprofundo trabalho de reorganização, peloque já estamos novamente em doze dasdezoito províncias e não descansaremosenquanto não voltarmos a cobrir a totalida-de do nosso tão vasto território nacional.

P – Abordaram a possibilidade da cons-trução da uma área de lazer. De quepoderá constar?

R – Não, não é uma possibilidade. Serámesmo uma realidade que estamos fir-memente dispostos a concretizar. Seráconstituída por uma sala de jogos, pisci-nas, biblioteca, salas para convívio, for-

Delegação de bancários angolanos recebida pela Direção do SBN

mação e informática. E – permita querepitamos – tudo isso não se destina ape-nas aos nossos colegas trabalhadores ban-cários. Também os familiares terão aces-so às instalações.

P – Como veem a situação do setorbancário em Angola?

R – A Banca, como, aliás, toda a econo-mia, está num processo de crescimentoverdadeiramente exponencial. Para darum pequeno exemplo, mas que é bemilustrativo do que está a passar-se eporque os números não enganam nin-guém, basta que se diga que, aquando daformação do nosso Sindicato, em 1996,havia sete Bancos a operar em Angola;agora há 23, para já não falar do bancocentral – o BCA. E este crescimento daBanca é imparável, é impossível de segu-rar, vai sempre acompanhando as pers-petivas de crescimento que o país vaicriando, até às zonas mais recônditas.

P – Podemos deduzir daí que o cresci-mento do emprego no setor também temvindo a crescer?

R – Sem dúvida! Essa é uma consequênciaextraordinariamente positiva. E de tal for-ma assim acontece que a Banca é o segun-do setor mais importante em todo o país norecrutamento de mão-de-obra, logo a se-guir à indústria petrolífera. Ora, neste aspe-to, há um outro resultado imensamentepositivo – este a beneficiar a juventude.

P – Como se traduz esse benefício paraa juventude?

R – Podemos explicar. É que, em virtudeda política de deslocalização, quando umaempresa se desloca para determinadolocal, pelo menos 75 por cento dos traba-lhadores que sejam empregados nesse

local têm de aí habitar. Agora é só fazer ascontas: existem neste momento cerca de1.200 balcões por essa Angola fora, comuma média de sete trabalhadores bancá-rios por agência…

P – Então os trabalhadores bancáriosangolanos não sentem preocupações noseu dia-a-dia?

R – Sentem, pois, sobretudo no setor dasaúde e principalmente nas regiões ondeas estruturas sanitárias foram destruídas.Por outro lado, apesar de haver clínicas degrande porte, principalmente em Luandae em Benguela, com as quais os Bancosvão firmando protocolos para os seus tra-balhadores, temos vindo a sentir algumasdificuldades, porque as estruturas de cus-tos são enormes. Por isso os Bancos ten-tam retirar desses protocolos as valênciasmais caras, situação que inquieta sobre-maneira os trabalhadores.

P – E há alguma coisa que o SNEBA possafazer para minorar esse problema?

R – O SNEBA faz o que lhe é possível. E,nesse sentido, para minimizar essa situa-ção, fizemos protocolos com os SAMS doSBN, do SBC e do SBSI para que os nossosassociados possam deslocar-se a Portu-gal, para aqui serem tratados. Mas a gran-de questão é que a demanda dos que ficamsuperam a dos que vêm, porque os queficam são aqueles que, obviamente, têmsalários mais baixos.

P – Essa é uma situação que, natural-mente, vos preocupa…

R – Muito. Muito. Tanto que levou aDireção do SNEBA a encetar negociaçõescom Sindicatos congéneres para a imple-mentação de um serviço de saúde. Paracomeçarmos, uma empresa, que nos foi

indicada pelo SBSI, já fez um levantamentoexaustivo em termos de custos, tendochegado à conclusão que o dinheiro que osBancos canalizam para os serviços destanatureza seria mais rentável numa estru-tura como a que propusemos.

P – Já apresentaram oficialmente essaestrutura?

R – Claro! Já a apresentámos aos nossosparceiros – Banca privada e BCA – tendosido bem recebida. Depois, fizemos dili-gências para a localização do terreno, quejá adquirimos na zona de Benfica, e esta-mos em fase de obtenção de autorizaçãopara a construção, de forma faseada. Ascoisas estão tão bem encaminhadas quehá poucos dias recebemos uma convoca-tória do BCA, para uma reunião tripartidaurgente, a fim de se encontrar uma formade financiamento para o projeto.

P – Tirando o setor da saúde, há maisalgum que vos preocupe?

R – Sim, há o da contratação coletiva. Naversão do ACT para este ano introduzimoscláusulas inovadoras, como o crédito àhabitação, que afeta a generalidade dostrabalhadores bancários angolanos, umavez que há políticas divergentes em cadaBanco, que é necessário uniformizar, bemcomo é necessário uniformizar as carrei-ras profissionais, exceto para situaçõesmuito específicas do BCA.

Bowling

Apurados os oito finalistas

Com a participação de 85 associados e familiares, o SBN promoveu, em 22 desetembro, no concelho de Baião, a sua 18.ª caminhada, subordinada ao temagenérico "Põe-te a andar, pela tua saúde", cujo acompanhamento foi efetuado

pelos Serviços de Turismo da Câmara daquele município, a quem o Sindicatoagradece o apoio prestado.

A caminhada teve uma extensão aproximada de oito quilómetros, com um graude dificuldade médio-baixo, num percurso ambiental, cultural e paisagístico, comuma duração de cerca de duas horas e meia.

“Põe-te a andar, pela tua saúde…"

Após as jornadas de apuramento do7.º campeonato regional, disputa-das no salão de jogos do "Strike Bowl",

O Núcleo de Fotografia do SBN expõe a mostra "Semamarras", na Galeria 302 do Espaço Cultural do BancoSantander Totta, sito na Rua 5 de Outubro, 302.

A exposição foi inaugurada no passado dia 12 e estarápatente até ao dia 31, em todos os dias úteis, das 10 às 18horas. Os autores das obras são Aires Araújo Pereira, AntónioCosta, António Morais, Eduardo Nogueira, Fernando Castro,Joaquim Silva, Jorge Viana Basto, José Cerqueira, José Godinho,Júlio Pereira, Manuel Manarte, Manuel Pereira Cardoso, Ma-nuel Santos Vale, Mário Pina Cabral e Rui Manuel Costa.

À moda do Porto

"Sem amarras"

Fren

te

- A

ires

A

raúj

o Pe

reir

a

em Matosinhos, foram apurados os oitoprimeiros classificados para a final nacionalde bowling, que teve lugar em Cantanhede,no passado fim-de-semana e à qual fare-mos referência no próximo número.

Em masculinos, o campeão foi RogérioAfonso, do BCP, e classificaram-se depois,pela seguinte ordem, Henrique Rego, CarlosRodrigues e Joaquim Afonso (todos do BdP),Luís Cintra (Banif) e Octávio Teixeira (BES).Em femininos, as apuradas são Lisete Perei-ra (BPI) e Fátima Bordonhos (BCP).

King

Maurício Cardo-so (BST/Aveiro),Mário Pinto Ri-beiro (BES/Tro-fa), HenriqueDias Nunes(BCP), Sérgio Cu-pertino Miranda(BES/Porto) e

José Madureira Almeida (BCP) foram, pelaordem, os cinco primeiros classificados notorneio regional de king e representarão oSBN na final nacional da modalidade.

As jornadas deste 5.º campeonato re-gional disputaram-se no salão de jogos doSindicato e a final nacional decorrerá nosdias 27 e 28 de outubro, em Viseu, com apresença de mais oito representantes doSBSI e três do SBC.

Maurício Cardosovence regional

Snooker

Terminou o 7.º torneio regionalde snooker "bola 8", tendo sidoapurados para a final nacional

os quatro primeiros classificados, queforam, pela ordem, Teófilo Farelo(MG/Porto), José Caio (BES/Porto),Francisco Santos (BES//Porto) e JoséLino (BST/Ílhavo), tendo Mário Cal-das (MG/Porto) ficado no 5.º lugar.

O torneio decorreu na ComissãoSindical de Reformados e a finalnacional decorreu no passado fim--de-semana, em Cantanhede.

Teófilo Fareloganha "bola 8"

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2524 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Caminhada pela Aboboreira

TEXTOS: FRANCISCO J. OLIVEIRA

A delegaçãoangolana

que visitou o SBN

Page 14: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2726 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Banc

ário

s Ce

ntro

Notícias l Bancários CentroBancários Centro

Notícias l Bancários Centro

TEXTO: PEDRO VEIGA/SEQUEIRA MENDES

Uma noite em casa de AmáliaSBC foi ao teatro

TEXTO: PEDRO VEIGA/SEQUEIRA MENDES

ODepartamento de Tempos Li-vres, em colaboração com o Se-cretariado Regional de Leiria e

de Coimbra, levaram a efeito, em 22 deSetembro, um convívio entre colegasbancários para assistirem a um espetá-culo de teatro – "Uma noite em casa deAmália" – cujo sucesso tem sido indes-mentível. Trata-se de um original deFilipe la Féria, que recria com felicidadee muita autenticidade as reuniões que

Amália promovia em sua casa, tendocomo convidados grandes poetas emúsicos portugueses e brasileiros, taiscomo Vinicius de Moraes, David MourãoFerreira, Alain Oulman, Natália Correia,Ary dos Santos, Maluda e muitos outros.Para tal projeto, este autor rodeou-sede uma equipa de atores e cantores degrande impacto junto do grande públi-co, transportando os assistentes parauma noite de Inverno de um Portugal

Para minorar as despesas escola-res que os nossos associados sen-tem, por via do momento difícil

por que todos os portugueses estão apassar, a Direção do SBC decidiu criar

TEXTO: SEQUEIRA MENDES

um apoio especial e extraordinário nacompra de material escolar e propinasdos seus educandos. Assim, foram cria-das duas linhas de apoio, a primeirapara alunos a frequentar do 1.º ao 12.º

nos alvores do Marcelismo e a quatroanos do 25 de Abril.

Como foi referido pelos cerca de 50participantes que o SBC levou até aoTeatro Politeama, o espetáculo demons-trou ter uma qualidade extraordinária,não só pelos repetidos "encores" que seouviram, com o teatro a aplaudir de pé,como pelas ovações aos atores, justiçaseja feita, pelo seu grande desempenhoneste espetáculo grandioso.

ano de escolaridade e a segunda paraalunos a frequentar o ensino superior. Aprimeira linha poderá beneficiar de umapoio até 300 euros, a pagar em pres-tações iguais e sem juros; a segundapoderá beneficiar de um apoio até 1000euros, igualmente sem juros. O paga-mento far-se-á em prestações men-sais, iguais e sucessivas, nunca inferioresa 50 euros.

Os interessados deverão solicitar esseapoio em impresso próprio, no qualconste a autorização de débito, me-diante comprovativo das despesasefetuadas.

O limite das inscrições está em fun-ção da disponibilidade financeira doSindicato, sendo consideradas, para esselimite, em função da ordem de entradano Gabinete de Apoio à Direção.

Apoio especial do SBC para despesas escolares

Como já vem sendo hábito, o SBC,através do seu Departamento deTempos Livres, realizou a final

regional do campeonato de pesca dealto mar, em 15 de setembro, ao largoda Nazaré.

O mar encontrava-se em ótimas con-dições para a prática da modalidade,

A final regional do campeonato depesca de rio do SBC teve lugar em8 de setembro, na excelente pis-

ta de Monte Real.Esta prova contou com a presença de

trinta e três pescadores, tendo sido a

Pesca

Rui Nunes revalida título regional de alto mar

com vagas de mais de um metro e semvento. Apesar disso o peixe apresen-tou-se escasso mas, ainda assim, foipossível a captura de alguns bons exem-plares.

De salientar as boas pescas de RuiNunes, que revalidou o título conquis-tado no ano transato, e também de RuiPratas, com um excelente segundo lu-gar, logo seguido de Eduardo Ascenço ede José Ferreira que, apesar de ser umestreante, logrou um quarto lugar, que

José António Bonito vence em Monte Real

TEXTO: SEQUEIRA MENDES terceira que contou para a classificaçãofinal.

A pista foi dividida em três zonas e,com a concentração marcada para as 8horas, logo os pescadores começaram apreparar o material necessário para aprova, que começou às 10 horas e tevetrês horas de duração.

Com um dia excelente para a prática damodalidade, o peixe apareceu e animouos pescadores, que após a pesagem econtabilizadas as duas provas anterio-res, deu a seguinte classificação, no querespeita aos doze primeiros:

1.º José António Bonito (CCAM/Mon-temor-o-Velho); 2.º Rui Miguel BatistaPrata (BPI/ Cantanhede); 3.º Paulo JoséFigueiredo (BCP Viseu/Alto do Caça-dor); 4.º José Costa Pinto (BPI/Coim-bra); 5.º Mário Alberto Cardoso (CCAM//Seia); 6.º Armando Oliveira Veiga (BES//Coimbra); 7.º António Lucas Rama Cas-cão (BES/Figueira da Foz); 8.º JoaquimVaz Mendonça Oliveira (BES/Figueiródos Vinhos); 9.º José Silva Ferreira (BCP//Viseu); 10.º Carlos Silva Faria Cunha(BPI/Coimbra); 11.º João Pedro Agosti-nho (BES/Coimbra); 12.º Manuel BritoBarqueiro (CGD/Coimbra).

Por equipas, o BPI sagrou-se vence-dor, seguido do BES e do BCP.

Com a presença do presidente daDireção, Carlos Silva, procedeu-se àentrega de prémios e ao almoço deconvívio, num restaurante da região.

lhe permitiu a qualificação para a final,e capturou o maior exemplar da prova,uma excelente choupa de muito bomtamanho.

Finda a prova e num ambiente de sãoconvívio e camaradagem realizou-seum almoço, num restaurante típico dalocalidade, em que foram distribuídosos prémios aos vencedores. Os quatrocolegas acima referidos estão apura-dos para a final nacional, que se realizaem Vilamoura, no próximo ano.

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2726 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Rui Nunes, à esquerda, com PedroVeiga e Francisco Carapinha

Page 15: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2928 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Notícias l STAS - Actividade SeguradoraST

AS

-Act

ivid

ade

Seg

ura

do

raNotícias l STAS - Actividade Seguradora

TEXTO: VÍTOR ALEGRIA

Futebol de sete

No passado dia 2, a Direção doSTAS convocou os seus delega-dos sindicais para uma assem-

bleia, que ocorreu em Lisboa.Depois da eleição da Mesa da As-

sembleia, a Dra. Carla Mirra, assesso-ra da Direção em matérias como osrecursos humanos e os serviços jurí-dicos, efetuou uma apresentação so-bre as implicações das alterações aoCódigo do Trabalho no CCT Seguros.

Foi referida, por diversas vezes, aimportância dos trabalhadores, emgeral, e dos nossos delegados sindi-cais, em particular, estarem atentos

Excelente gestão de expectativasna Assembleia de Delegados Sindicais

às questões jurídicas mais complexase dúbias, como a questão do banco dehoras ou os despedimentos por extin-ção do posto de trabalho ou por ina-daptação ou por não cumprimento deobjetivos previamente acordados.

Foram também abordadas outrasmatérias, das quais cumpre aqui real-çar as alterações aplicáveis ao traba-lho suplementar, as novas regras so-bre as férias e as faltas injustificadasem dias anteriores ou posteriores aferiado ou dia de descanso.

Foi ainda explicada a diminuição dovalor da compensação, por cessação

de contrato de trabalho, e a respetivafórmula de cálculo.

As recentes alterações ao Código doTrabalho sugerem uma maior vulnera-bilidade dos trabalhadores em diver-sas áreas, pelo que cumpre-se, nestemomento, uma necessidade de redo-brada atenção.

Depois de esclarecidas algumas dú-vidas que os delegados sindicais destenovo mandato colocaram, foi feito oponto de situação no setor. Foram abor-dadas as várias realidades das empre-sas e definiram-se estratégias de atua-ção, de forma a facilitar a missão dosnossos representantes junto dos tra-balhadores, no que toca à informaçãoe esclarecimento.

Finalmente foi abordado o tema dacomunicação e os respetivos canais dedistribuição, com o intuito de melhorara divulgação da informação do STAS peloscolegas e associados nas empresas.

O objetivo principal desta primeiraAssembleia de Delegados Sindicais foi,essencialmente, a gestão de expecta-tivas de ambas as partes – Direção eDelegados – com o intuito de traba-lharmos em uníssono para o propósitomáximo de servirmos, esclarecermose informarmos os trabalhadores dosetor e, acima de tudo, os nossos as-sociados.

Após dois meses da sua constitui-ção o Clube CHAPAS apresentou--se à indústria seguradora, com o

evento "I Congresso", em 7 e 8 de maiode 2011. No referido acontecimento, foiassumido o compromisso de receber,cuidar, estudar e dar a conhecer a his-tória e acervo da atividade seguradora,visando a concretização de um Museu.

É nesta linha de pensamento que oClube CHAPAS vem mantendo um cons-tante apelo, a todos os profissionais deseguros e empresas da atividade, paraque o auxiliem, oferecendo documen-tos, instrumentos e outros objetos detrabalho que, durante muitos anos, vêmprotegendo e garantam a sua preserva-ção futura.

Procurando a notoriedade e visibili-dade importantes, senão imprescindí-veis, à prossecução dos seus objetivoso Clube CHAPAS promoveu uma série deeventos, sendo que o primeiro ocorreuem 7 de julho de 2011, sob o lema"Conte-nos um episódio da sua vidaprofissional", que visou a retenção deelementos e saberes para memóriafutura da atividade seguradora.

Em 24 e 25 de setembro de 2011,participou o Clube CHAPAS, através dapresença do seu Presidente da Direção,no encontro anual do Club Italiano Co-llezionisti Targhe Incendio, onde foramdesenvolvidos contactos com institui-ções italianas, cujos objetivos são se-melhantes, nomeadamente a fundaçãoMansutti e o museu Paolo Raspini.

Entre 20 e 30 de outubro de 2011, oClube realizou, em parceria com a San-togal SA, a exposição temática "O auto-móvel antigo e a atividade seguradora".

CHAPAS – um clube que faz a diferença!CHAPAS – CLUBE HISTÓRIA

E ACERVO PORTUGUÊSDA ACTIVIDADE SEGURADORA,

vulgarmente designadopor Clube CHAPAS,

foi fundado em 3 de marçode 2011 e, após um ano

e meio de existência,não pára de nos surpreender,

pela sua constanteatitude positiva

e muito dinâmica!

Alguns meses após, mais concreta-mente entre 05/01 e 24/02/2012, foipatente ao público, no atrium do edifícioImpério-Bonança, em Lisboa, a exposi-ção "A Seguradora e as Companhias".

Em 27 de fevereiro foi inaugurada aexposição "O saber do passado parasegurar o futuro", no espaço GroupamaArte, em Lisboa, e permaneceu até 9 demarço.

No âmbito das comemorações do 1.ºaniversário do Clube, foram realizadosos seguintes eventos:

- 3/03/2012 - Encontro Internacionaldo Clube CHAPAS, na sede da LusitâniaCompanhia de Seguros.

- 5/03/2012 - Comemoração institu-cional no auditório da APS - AssociaçãoPortuguesa de Seguradores.

Não esquecendo o plano nacional, oClube CHAPAS mantém bem viva a in-tenção do forte relacionamento inter-nacional, projetando esta associaçãoportuguesa sem fins lucrativos. Assim,em 23 e 24 de maio, recebeu, em Lis-boa, o cidadão norte-americano Willi-am Evenden, detentor de uma das maiscompletas coleções de chapas de segu-ros e autor do livro alemão sobre estetema.

No decorrer desta visita, o ClubeCHAPAS deu a conhecer as suas ativida-des e objetivos, bem como possibilitoua visita daquele colecionador ao Sindi-cato dos Trabalhadores de Seguros(STAS) e ao corretor Villas-Boas, paraque apreciasse duas das maiores cole-ções portuguesas de Chapas de Segurosde Incêndio e Automóvel.

Durante o mês de agosto, o ClubeCHAPAS não foi de férias, entre os dias

1 e 24 organizou e expôs, no edifíciosede da Caixa Central Agrícola, em Lis-boa, parte da sua coleção sob o temaBanca e Seguros – cumplicidades publi-citárias.

O Clube CHAPAS conta hoje com oreconhecimento da importância do tra-balho desenvolvido e objetivos futu-ros, seja individualmente, pelos pro-fissionais de seguros, mas tambémpelas entidades da atividade, comosejam o Instituto de Seguros de Portu-gal, a Associação Portuguesa de Segu-radores, e também de Seguradores,Mediadores, de Grupos Desportivos eAssociações de Colaboradores.

Para que o Museu seja uma realida-de cada vez mais representativa doplano social e económico da atividadeseguradora, continua o Clube CHAPASrecetivo a doações por parte de todosos colegas, de todas as Seguradoras eMediadores.

Os fundadores do Clube CHAPAS crêemna importância dos objetivos delinea-dos, pelo que serão envolvidos todosos meios e vontades disponíveis.

Se quiser interagir com o Clube CHAPASestão disponíveis os seguintes meios:[email protected]; Telm.:932 222 488 Facebook: chapas clube cha-pas

Estamos todos de parabéns, pois so-mos milhares no ativo e quiçá outrostantos ligados à atividade seguradorapor diversas outras formas, e o ClubeCHAPAS sem saudosismos, regista opassado, imprime na sua ação inova-ção no presente e cria conhecimentointegrado, sorrisos e admiração para ofuturo.

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 2928 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

STAS-A

ctividad

e Seguradora

Page 16: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 3130 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Notícias l Bancários Sul e IlhasBancários Sul e Ilhas

O SBSI já disponibiliza aos sócios ebeneficiários-titulares dos SAMSa opção de receção de extratos

combinados (Creben e comparticipações)e das revistas "O Bancário" e "Febase",por correio eletrónico e em formato PDF.

O processo de adesão a esta modali-dade é fácil e exige apenas que o inte-ressado esteja registado no sítio doSBSI.

Caso não recorde o seu nome deutilizador e/ou palavra-chave, o inte-

Extratos dos SAMSe revistas do Sindicatopor correio eletrónico

ASecção Sindical de Reformados está a organizar umpasseio/convívio a Palmela, a 20 de outubro, paracomemorar o Dia do Idoso.

A concentração está marcada para as 9 horas, junto aoJardim Zoológico, em Sete Rios, partindo o autocarro emdireção a Brejos de Azeitão, onde será tomado o pequeno--almoço (facultativo).

Segue-se uma visita à Serra da Arrábida, no fim da qual oconvívio prossegue com um almoço em São Brás, nasproximidades de Palmela. O preço do passeio é de 30 eurospor pessoa e inclui a viagem em autocarro, almoço, acom-panhamento por elementos do Secretariado Sindical deReformados e seguro de acidentes pessoais.

Os interessados em participar no passeio deveminscrever-se no Secretariado organizador, através dostelefones 213 216 040/1/2/3.

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de outubro 2012 ––––– 3130 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012

Dia do Idosoem Palmela

ressado deve solicitar essa informaçãono sítio e a mesma ser-lhe-á enviadapara a residência, após o que poderáinserir o seu e-mail e aderir a estesserviços.

As vantagens resultantes desta opçãoconsistem na receção mais rápida dainformação que lhe é útil, possibilidadede guardá-la no computador e, não me-nos importante, contribuir para a redu-ção dos custos com portes de correio eimpressão.

TEXTO: RUI SANTOS

Aequipa do Agriteam foi a vencedorado torneio regional dos Açores, dis-putado entre 5 e 7 de outubro, no

pavilhão do Clube Desportivo Internacio-nal Vólei Açores, em São Roque.

Se fosse necessário criar um nome paraeste torneio de futsal, na vertente de"veteranos", nada melhor do que chamá-lo de "Torneio da amizade", pois foi o quemais predominou. De salientar que oárbitro não teve necessidade de exibir acartolina amarela nem a vermelha.

O primeiro jogo, foi disputado entre asequipas do Agriteam, de Ponta Delgada,e de "Os Velhotes", da Horta, tendo aequipa anfitriã vencido por 4-0. No diaseguinte, a equipa da Horta voltou a jogare com "Os Económicos", de Angra doHeroísmo, tendo perdido por 1-2. No úl-timo dia realizou-se o terceiro jogo, entreas equipas de Ponta Delgada e de Angrado Heroísmo, com nova vitória dos ho-mens de São Miguel, desta feita por ex-pressivos 6-0.

Futsal

Agriteam é campeão dos Açores em veteranos

O troféu de melhor marcador foi atribuídoa Luís Cabral, que fez três golos nos doisjogos em que participou. Quanto ao árbitro,João Moura, pode dizer-se que esteve exce-lente nas três arbitragens efetuadas.

A organização do torneio esteve a car-go de Afonso Quental e de Gilberto Pache-co, do Secretariado da Secção Regional dePonta Delgada, de José dos Reis, do Secre-tariado de Angra, de Manuel Matos, da

Horta, e de José Vidigal, em representa-ção da comissão organizadora do SBSI.

A equipa vencedora é treinada por LuísLindo e constituída por Jaime Cabral, Eduar-do Pereira, João Fonseca, Gualter Rodri-gues, Carlos Medeiros, Emanuel Freitas,Rúben Andrade, Carlos Lopes, César Pi-nheiro, Luís Cabral e José Rebelo, que erao capitão, tendo Jorge Baptista como de-legado.

A equipa vencedora

Page 17: 16 de outubro 2012 › Portals › 0 › RevistaFEBASE › RevistaFEBASE_Outubro... · 2012-11-15 · 6 – Revista FEBASEFEBASE 16 de outubro 2012 Revista FEBASE 16 de outubro 2012

32 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de outubro 2012