semeando outubro 2010

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O Barbeiro Um homem foi ao barbeiro. E enquanto tinha seus cabe- los cortados conversava com ele. Falava da vida e de Deus. Dai a pouco, o barbei- ro incrédulo não aguentou e falou: - Deixa disso, meu caro, Deus não existe! - Por quê? - Ora, se Deus existisse não haveria tantos miseráveis, passando fome! - Olhe em volta e veja quan- ta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar! - Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é? - Sim, claro! O freguês pagou o corte e foi saindo, quando avistou um maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço. Não aguentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro: - Sabe de uma coisa? - Não acredito em barbei- ros! - Como? - Sim, se existissem barbei- ros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compri- das! - Ora, eles estão assim por- que querem. Se desejassem mudar, viriam até mim! - Agora, você entendeu. S. Paulo escreve aos colossenses e exorta-os a que caminhem em Cristo, enraizados e edificados n’Ele, firmes na fé. A fé é a adesão incondicional a Jesus Cris- to e à Sua mensagem de Amor e Salvação. É a maturi- dade da fé que nos pode levar a dizer como S. Paulo na carta aos gálatas, capítulo 2, versículo 20 “não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” A fé transfigura- nos e converte-nos em Cristo. Em que acreditamos? Melhor, em quem acreditamos? Qual é a razão da nossa fé? Como a alimentamos e aprofundamos? Sentimos a fé como dom? Estas e outras questões podem colocar-se sempre que reflectimos sobre o tema da fé. Durante este ano vamos poder descobrir a caminhada de fé de alguns perso- nagens bíblicos. Iremos perceber o imperceptível. Saberemos compreender a coragem de Abraão que não hesitou perante o desafio de Deus: “Deixa a tua terra… e vai para a terra que Eu te indi- car.” (cf. Gn12,1). Perceberemos bem melhor a atitude de Maria, Mãe de Jesus, que perante o anúncio do Anjo exclamou: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” (cf. Lc1, 38). Ao longo de toda a Sagrada Escritura deparamos com verdadeiras confis- sões de fé (bem, e também com algumas negações da mesma fé!). Não faltam testemunhos, à nossa volta, que nos façam pasmar e “cair por terra”; que nos levem a exclamar “como é possível?” Senão vejamos: quem nunca ouviu falar da Madre Teresa de Calcutá e da sua missão? Ou do Papa João Paulo II? Ou até da nossa vizinha, amiga ou conhecida, que continua teimosamente a suportar uma vida árdua e dura com o seu marido e filhos? Já nos perguntamos porquê? De onde virá a força que torna cada uma dessas pessoas fortes e firmes? Já tive oportunidade de perguntar a algumas pessoas que me fazem “volver os olhos para o chão”: - diga- me, como consegue acolher toda a adversidade? A pessoa olhou para mim e respon- deu: Rezo! É isso! A oração mantém a nossa fé. O encontro com o Senhor faz-nos acreditar que é possível! A relação com Cristo fortifica-nos, torna-nos capazes de aceitar desafios e dá-nos capacidade para os vencer. A fé de cada cristão só tem sentido se enraizada em Cristo. Ele é o fundamento! Sem Cristo a fé vacila, treme, desmorona-se e morre! Ter Cristo como fun- damento significa sobretudo acreditar que tudo posso n’Ele. Em Cristo tudo é possível… a fé fortalece-nos… “se tiverdes fé como um grão de mostarda… nada vos será impossível” diz Jesus aos seus discípulos (cf. Mt 17, 20). Acreditamos nisto? Peregrinação 2 Orar é... 2 JMJ 2010 3 Mensagem do Papa 3 TPE 3 “Semestões” 3 Exortações 4 Sopa de Letras 4 Sementinha 4 Nesta edição:

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O Barbeiro Um homem foi ao barbeiro. E enquanto tinha seus cabe-los cortados conversava com ele. Falava da vida e de Deus. Dai a pouco, o barbei-ro incrédulo não aguentou e falou: - Deixa disso, meu caro, Deus não existe! - Por quê? - Ora, se Deus existisse não haveria tantos miseráveis, passando fome! - Olhe em volta e veja quan-ta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar! - Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é? - Sim, claro! O freguês pagou o corte e foi saindo, quando avistou um maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço. Não aguentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro: - Sabe de uma coisa? - Não acredito em barbei-ros! - Como? - Sim, se existissem barbei-ros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compri-das! - Ora, eles estão assim por-que querem. Se desejassem mudar, viriam até mim! - Agora, você entendeu.

S. Paulo escreve aos colossenses e exorta-os a que caminhem em Cristo, enraizados e edificados n’Ele, firmes na fé. A fé é a adesão incondicional a Jesus Cris-to e à Sua mensagem de Amor e Salvação. É a maturi-dade da fé que nos pode levar a dizer como S. Paulo na carta aos gálatas, capítulo 2, versículo 20 “não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” A fé transfigura-nos e converte-nos em Cristo. Em que acreditamos? Melhor, em quem acreditamos? Qual é a razão da nossa fé? Como a alimentamos e

aprofundamos? Sentimos a fé como dom? Estas e outras questões podem colocar-se sempre que reflectimos sobre o tema da fé.

Durante este ano vamos poder descobrir a caminhada de fé de alguns perso-nagens bíblicos. Iremos perceber o imperceptível. Saberemos compreender a coragem de Abraão que não hesitou perante o desafio de Deus: “Deixa a tua terra… e vai para a terra que Eu te indi-car.” (cf. Gn12,1). Perceberemos bem melhor a atitude de Maria, Mãe de Jesus, que perante o anúncio do Anjo exclamou: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” (cf. Lc1, 38). Ao longo de toda a Sagrada Escritura deparamos com verdadeiras confis-sões de fé (bem, e também com algumas negações da mesma fé!).

Não faltam testemunhos, à nossa volta, que nos façam pasmar e “cair por terra”; que nos levem a exclamar “como é possível?” Senão vejamos: quem nunca ouviu falar da Madre Teresa de Calcutá e da sua missão? Ou do Papa João Paulo II? Ou até da nossa vizinha, amiga ou conhecida, que continua teimosamente a suportar uma vida árdua e dura com o seu marido e filhos? Já nos perguntamos porquê? De onde virá a força que torna cada uma dessas pessoas fortes e firmes? Já tive oportunidade de perguntar a algumas pessoas que me fazem “volver os olhos para o chão”: - diga-me, como consegue acolher toda a adversidade? A pessoa olhou para mim e respon-deu: Rezo!

É isso! A oração mantém a nossa fé. O encontro com o Senhor faz-nos acreditar que é possível! A relação com Cristo fortifica-nos, torna-nos capazes de aceitar desafios e dá-nos capacidade para os vencer. A fé de cada cristão só tem sentido se enraizada em Cristo. Ele é o fundamento! Sem Cristo a fé vacila, treme, desmorona-se e morre! Ter Cristo como fun-damento significa sobretudo acreditar que tudo posso n’Ele. Em Cristo tudo é possível… a fé fortalece-nos… “se tiverdes fé como um grão de mostarda…nada vos será impossível” diz Jesus aos seus discípulos (cf. Mt 17, 20). Acreditamos nisto?

Peregrinação 2

Orar é... 2

JMJ 2010 3

Mensagem do Papa 3

TPE 3

“Semestões” 3

Exortações 4

Sopa de Letras 4

Sementinha 4

Nesta edição:

No passado fim-de-semana de 26 e 27 de Junho, um grupo de cerca de 40 jovens da JEF participou na peregrinação a Fátima: Com Maria até à Fonte. Estiveram presentes jovens de: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Pereira, Freixo de Espada à Cintra e Ligares. A viagem consistiu numa caminhada espiritual até ao Santuário de Fátima e a espaços envolventes. No início da viagem recebemos um chapéu e o guião que nos iria acompanhar ao longo desses dias. Entre-gámos o nosso dia na oração da manhã e seguimos viagem rumo à Mãe. Parámos para uma pequena visita ao Mosteiro da Batalha onde logo se fizeram horas para almoçar. Após a chegada a Fátima, fizemos uma saudação a Nossa Senhora voltados para a Capelinha das Aparições. De seguida, fez-se uma breve visita ao Santuário. Por volta das 15:00 horas caminhámos até aos Valinhos onde tivemos uma caminhada orientada até ao Calvário Húngaro. Durante a caminhada, cantámos, escutámos a Palavra de Deus, reflectimos a nossa busca de felicidade e sentimos o risco de caminhar bem de perto, ao nos ser proposto caminhar algum tempo descalços. Em Aljustrel, o grupo teve a oportunidade de visitar a casa de Lúcia, o elemento mais velho dos três Pastorinhos. Após a cami-nhada, regressámos ao Santuário onde visitámos a Igreja da Santíssima Trindade, a Basílica, bem como outros espaços. Por volta da hora do jantar, o grupo dirigiu-se para o hotel, pousou as malas e refez energias com o jantar. De seguida, fomos de novo para o Santuário, desta vez para rezar o terço seguido de uma procissão de velas. Este foi rezado em oito línguas dife-rentes: Português, Espanhol, Italiano, Inglês, Polaco, Croata, Chinês e Húngaro. Após o terço, o grupo teve um tempo de ado-ração na Capela do Santíssimo Sacramento e de seguida dirigiu-se para o hotel para descansar. Na manhã seguinte, após o pequeno-almoço, o grupo teve a manhã livre para visitar museus ou fazer compras. Um pouco antes das 11:00 horas, voltou a reunir-se no Santuário para participar na Eucaristia, também rezada em várias línguas. Depois da Missa, dirigiu-se de novo para o hotel para almoçar e pegar nas malas. Por volta das 14:30 horas, o grupo deixou Fátima e dirigiu-se para as suas cidades. Pelo caminho fomos fazendo ecos da peregrinação e rezámos o terço. Na minha opinião, foi uma viagem bastante interessante e espiritualmente enriquecedora.

Joana Alexandra Conde Gonçalves (Grupo Santa Clara, Bragança)

"A força mais potente do universo? A fé." (Madre Teresa de Calcutá)

Dispor-se ao diálogo com alguém que está «do outro lado», que escuta e responde.

Renunciar à acção, pôr-se diante de Deus para escu-tá-lo, responder-lhe e, neste contacto solitário, encontrar a força de viver cada instante na sua pre-sença.

Acredita que no coração

de cada noi-te existe luz.

A felicidade da alma na terra. Um banho

de amor em que a alma mergulha.

Deixar que o Espírito transmita os sonhos mais loucos do Rei-no: o Evangelho vivido e a paz

estabelecida para sempre.

Tratar com Deus como Aquele que

está próximo.

Tornar-se disponível a Deus

1 - O que é a Jornada Mundial da Juventude (JMJ)? A JMJ é uma semana de eventos da Igreja Católica para os jovens e com os jovens. Ela reúne milhares de jovens do mundo todo para celebrar e aprender sobre a fé católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas. Inspirado por grandes encontros de jovens do mundo em eventos especiais ocorridos no Domingo de Ramos em Roma em 1983 e 1984, o Papa João Paulo II esta-beleceu a Jornada Mundial da Juventude como um evento para alcançar a nova geração de católi-cos e propagar os ensinamentos da Igreja. Para cada Jornada, é sugerido um tema pelo Santo Padre. 2 - Quando ocorrem? São celebradas em intervalos de 2 ou 3 anos, uma cidade é esco-lhida para celebrar a grande Jor-nada, na qual participam cente-nas de milhares de pessoas do mundo inteiro. 3 - O que acontece nas JMJs? Durante as JMJs acontecem even-tos como: catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e festivais (concertos, exposições, amostras, visitas guiadas a Museus, peças de teatro e muitas coisas mais). Tudo isso em diversas línguas. Mas com o mesmo objectivo: a busca de Deus. Para João Paulo II: a esperança de um mundo melhor está numa juven-tude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próxi-mo.

"A fé sem obras está morta" (S. Tiago)

Santo Agostinho estava certo: o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti. O desejo de uma maior vida é um sinal de que Ele nos criou, que trouxe a sua "pegada". Deus é a vida, cada criatura tende à vida de uma pessoa única e especial, feita à imagem de Deus, aspirar ao amor, alegria e paz. Assim, entendemos que é uma contradição pretender eliminar Deus para viver o homem! Deus é a fonte da vida , excluí-lo a partir desta fonte é equivalente a separar e, inevitavelmente, de ser privado da plenitude e alegria ", a criatura não subsiste sem o Criador " (Con. Concílio Ecumêni-co , Dogmática GS, 36). A cultura moderna, em algumas áreas do mundo, especialmen-te no Ocidente tende a excluir Deus, ou de considerar a fé como um assunto privado, não é relevante na vida social. Apesar de todos os valores que sustentam a sociedade virem do Evangelho - como o sentido da dignidade humana, solidariedade , trabalho e família - ela encontra uma espécie de "eclipse de Deus", alguma amnésia, se não é realmente uma rejeição do cristianismo e uma negação do tesouro da fé recebida , com o risco de perder sua identidade básica. Por esta razão, Caros Amigos, convido-vos a caminhar na vossa jornada de fé em Deus , Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Vocês são o futuro da sociedade e da Igreja! Como o Apóstolo Paulo escreveu aos cristãos da cidade de Colossos, é vital ter raízes, uma fundação forte! Isto é especialmente verdadeiro hoje, quando muitos não têm pontos de referência estável para construir suas vidas , tornando-se tão profundamen-te inseguros. O relativismo generalizado, em que tudo é igual e não há verdade absolu-ta e nenhum ponto de referência, não gera verdadeira liberdade. Os jovens, que têm direito a receber a partir das gerações que precedem pontos-chave para fazer suas escolhas e construir sua vida como uma planta jovem precisam de um apoio firme até que as raízes cresçam para se tornar, então, uma árvore robusta que pode dar frutos.

(da Mensagem do Papa Bento XVI para as Jornadas Mundiais da Juventude em Madrid)

Trabalho Para o Espírito é uma proposta que te lança-mos para, num tempo só para Deus, poderes fazer experiência da Sua presença no teu caminho de busca de felicidade.

FÉ E VOCAÇÃO A vocação cristã nasce e desenvolve-se num clima de fé. A Fé ilumi-na o caminho que Deus convida a percorrer. Lê Gen 17,1-9.

Faz silêncio tentando escutar o que Deus te quer dizer com esta palavra.

Relaciona a passagem lida com a missão de um trapezista.

De olhos fechados faz a experiência de um trape-zista nos braços de Deus e escuta Dele que saltos precisas dar.

Partilha com o Senhor os medos que te impedem de dar o salto.

Agradecer a Deus o dom da fé e escrever-lhe uma oração onde lhe fales dos saltos que precisas dar.

Que podes fazer para aumentar essa confiança radical em Jesus Cristo? LI

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Participa no Semeando! Aguardamos notícias tuas em: [email protected]

9. O amor dos inimigos Diz o Senhor: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam (Mt 5, 44). Ama de verdade o seu inimigo aquele que não sente a injúria dele recebida; mas, antes, sente por amor de Deus, o pecado por ele cometido, e por obras lhe mostra a sua caridade. 13. A paciência Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5, 6) (5). Não se pode saber quanta paciência e humildade tem o Filho de Deus, enquanto tudo lhe corre à medida dos seus desejos. Mas venham tempos em que o contra-riem os que o deviam contentar, a paciência e humildade que então mostrar, essa é que tem e não mais.

Encontra os seguintes nomes de livros bíblicos:

Génesis*, Êxodo*, Levítico*, Numeros*, Deuteronomio, Josue*, Juizes*, Rute*, Samuel*, Reis*, Cronicas*, Esdras NOTA: Pinta, na sopa, as palavras assinaladas por “ * ” e descubra a sigla.

"A fé é o pássaro que sente a luz e canta quando a madrugada é ainda escura." (Rabindranath Tagore)

30 de Outubro em Mirandela

Edificados e enraizados em Cristo, firmes na fé!

ENCONTRO JEF ABERTURA DO ANO PASTORAL

Traz a Bíblia! Contamos contigo!