edição nº 13

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MILHARES DE novos empregos serão criados no Estado do Rio de Ja- neiro com a reabertura do estaleiro Ishibras,na zona portuária do Rio, anunciada esta semana pelo governador Sér- gio Cabral, além da criação de um outro no município de Itaguaí. O anúncio foi feito du- rante o lançamento do navio Log-In Jacaran- dá (foto), construído pelo estaleiro Eisa. O investimento total da empresa na construção de navios é de cerca de R$ 1 bilhão, financiado com recursos do Fundo da Marinha Mercante. A construção do navio durou dois anos e utilizou cerca de três mil tabalhadores. A embarcação pesa 10 mil toneladsa vazia e pode chegar a 47 mil toneladasc carregada. ANO 2 N° 13 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | MAIO DE 2010, 2ª QUINZENA | NAS BANCAS RS 1,00 Petrobras aumenta o lucro PÁG. 6 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* (*) Fechamento 28/maio/2010 (*) Fechamento 28/maio/2010 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,808 1,810 0,87 Dólar Paralelo 1,780 1,940 0,00 Dólar Turismo 1,770 1,930 0,00 Coroa Dinamarca 6,060 6,064 0,83 Dólar Austrália 0,847 0,847 0,28 Dólar Canadá 1,054 1,054 0,55 Euro 1,227 1,228 0,04 Franco Suíça 1,159 1,159 0,04 Iene Japão 91,120 91,160 0,06 Libra Esterlina Inglaterra 1,446 1,447 0,04 Peso Chile 529,000 530,500 0,09 Peso Colômbia 1.971,300 1.974,300 0,12 Peso Livre Argentina 3,900 3,930 0,00 Peso México 12,961 12,963 0,12 Peso Uruguai 19,150 19,350 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 61.946,99 0,23 Dow Jones 10.136,63 1,19 Nasdaq 2.257,04 0,91 IBX 19.545,79 0,06 Merval 2.168,57 0,35 Poupança 28/05 0,588 Poupança p/ 01 mês 0,583 Juros Selic meta ao ano 9,40 Selic over 0,985 TR mês 0,82 Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88 Indústria pede mudanças econômicas e políticas Governo do Estado anuncia a reabertura do estaleiro Ishibras Baixada Fluminense organiza consórcio de desenvolvimento OS INDUSTRIAIS receberam os três pré-candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. Dilma Roussef (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) falaram sobre suas propostas de goveno e participaram da discussão sobre as perspectivas do setor para os próximos quatro anos. Em visita a Duque de Caxias, José Serra foi recebido pelo Prefeito Zito e anunciou a construção de um metrô de superfície para a Baixada Fluminense. PÁGINAS 4 e 5 ABR/ANTÔNIO CRUZ O PROTOCOLO de intenções foi assinado em solenidade realizada na Câmara de Duque de Caxias, com o fim de promover o desen- volvimento sustentável das cidades da região. Segundo o presidente do Fórum Inermunici- pal de Desenvolvimen- to Econômico, Pedro Paulo Noyma, a criação do consórcio vai atrair investimentos para as 13 cidades. PÁGINA 3 SCERJ/CARLOS MAGNO Apple supera Microsoft em valor de mercado A APPLE, fabricante do iPad e iPhone, entre outras engenhocas eletrônicas, vale US$ 222,1 bilhões, quase US$ 3 bilhões a mais do que a rival de Bill Gates. Ela superou esta semana, pela primeira vez, a Microsoft em valor de mercado. A ação da empresa de Steve Jobs fechou o pregão no dia 26, cotada a US$ 244,10 na bolsa eletrônica Nasdaq, somando um valor de mercado de US$ 222,1 bilhões (cerca de R$ 410 bilhões), tornando-se a maior empresa de tecnologia do mundo. En- quanto isso, as ações da em- presa de Bill Gates, criadora do Windows e do videogame Xbox, foram negociadas a US$ 25,01. Em valor de mer- cado, a Microsoft valia US$ 219,18 bilhões. A diferença a favor da Apple já vinha sendo esperada por inúmeros analis- tas dado à série de tropeços da gigante Microsoft e avanços da concorrente. Encontro de Negócios RESTAM POUCOS estandes para o 8° En- contro de Negócios do Grande Rio, que vai acontecer no SESI-Ca- xias. O evento, além das clássicas rodadas de negócios, terá palestras, shows e video business. A expectativa é movi- mentar cerca de R$ 95 milhões. PÁGINA 5

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Jornal Capital - Edição nº 13

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1CAPITALMaio de 2010, 2ª Quinzena

MILHARES DE novos empregos serão criados no Estado do Rio de Ja-neiro com a reabertura do estaleiro Ishibras,na zona portuária do Rio, anunciada esta semana pelo governador Sér-gio Cabral , a lém da criação de um outro no município de Itaguaí. O anúncio foi feito du-rante o lançamento do navio Log-In Jacaran-dá (foto), construído pelo estaleiro Eisa. O investimento total da empresa na construção de navios é de cerca de R$ 1 bilhão, financiado com recursos do Fundo da Marinha Mercante. A construção do navio durou dois anos e utilizou cerca de três mil tabalhadores. A embarcação pesa 10 mil toneladsa vazia e pode chegar a 47 mil toneladasc carregada.

ANO 2 � N° 13 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | MAIO DE 2010, 2ª QUINZENA | NAS BANCAS RS 1,00

Petrobras aumenta o lucro

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(*) Fechamento 28/maio/2010(*) Fechamento 28/maio/2010

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Moeda Compra (R$) Venda(R$) Variação %

Dolar Comercial 1,808 1,810 0,87Dólar Paralelo 1,780 1,940 0,00Dólar Turismo 1,770 1,930 0,00

Coroa Dinamarca 6,060 6,064 0,83Dólar Austrália 0,847 0,847 0,28Dólar Canadá 1,054 1,054 0,55Euro 1,227 1,228 0,04Franco Suíça 1,159 1,159 0,04Iene Japão 91,120 91,160 0,06Libra Esterlina Inglaterra 1,446 1,447 0,04Peso Chile 529,000 530,500 0,09Peso Colômbia 1.971,300 1.974,300 0,12Peso Livre Argentina 3,900 3,930 0,00Peso México 12,961 12,963 0,12Peso Uruguai 19,150 19,350 0,00

Índice Valor Variação %Ibovespa 61.946,99 0,23Dow Jones 10.136,63 1,19Nasdaq 2.257,04 0,91

IBX 19.545,79 0,06Merval 2.168,57 0,35

Poupança 28/05 0,588Poupança p/ 01 mês 0,583

Juros Selic meta ao ano 9,40Selic over 0,985TR mês 0,82

Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Indústria pede mudanças econômicas e políticas

Governo do Estado anuncia areabertura do estaleiro Ishibras

Baixada Fluminense organiza consórcio de desenvolvimento

OS INDUSTRIAIS receberam os três pré-candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. Dilma Roussef (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) falaram sobre suas propostas de goveno e participaram da discussão sobre as perspectivas do setor para os próximos quatro anos. Em visita a Duque de Caxias, José Serra foi recebido pelo Prefeito Zito e anunciou a construção de um metrô de superfície para a Baixada Fluminense. PÁGINAS 4 e 5

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O PROTOCOLO de intenções foi assinado em solenidade realizada na Câmara de Duque de Caxias, com o fim de promover o desen-volvimento sustentável das cidades da região.

Segundo o presidente do Fórum Inermunici-pal de Desenvolvimen-to Econômico, Pedro Paulo Noyma, a criação do consórcio vai atrair investimentos para as 13 cidades. PÁGINA 3

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Apple supera Microsoft em valor de mercadoA APPLE, fabricante do iPad e iPhone, entre outras engenhocas eletrônicas, vale US$ 222,1 bilhões, quase US$ 3 bilhões a mais do que a rival de Bill Gates. Ela superou esta semana, pela primeira vez, a Microsoft em valor de mercado. A ação da empresa de Steve Jobs fechou o pregão no dia 26, cotada a US$ 244,10 na bolsa eletrônica Nasdaq, somando um valor de mercado de US$ 222,1 bilhões (cerca de R$ 410 bilhões),

tornando-se a maior empresa de tecnologia do mundo. En-quanto isso, as ações da em-presa de Bill Gates, criadora do Windows e do videogame Xbox, foram negociadas a US$ 25,01. Em valor de mer-cado, a Microsoft valia US$ 219,18 bilhões. A diferença a favor da Apple já vinha sendo esperada por inúmeros analis-tas dado à série de tropeços da gigante Microsoft e avanços da concorrente.

Encontro de NegóciosRESTAM POUCOS estandes para o 8° En-contro de Negócios do Grande Rio, que vai acontecer no SESI-Ca-xias. O evento, além das clássicas rodadas de negócios, terá palestras, shows e video business. A expectativa é movi-mentar cerca de R$ 95 milhões. PÁGINA 5

CAPITAL Maio de 2010, 2ª Quinzena22

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:

[email protected]@[email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIAL(21) 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

Colaboradores: Arthur Salomão, Jorge Cezar de Abreu, Leandro Feital, Marivaldo Caruzo, Roberto Daiub

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do InteriorFiliado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

Senhores do próprio destino

JORGE PICCIANI, deputado estadual (PMDB), é presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (Alerj)

PESQUISA realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas e pelo Instituto Votorantim, constatou que a chance de quem fez o ensino profi ssiona-lizante conseguir um emprego é maior do que a de quem estudou até o ensino médio. O trabalho, intitulado “Educação Profi ssional e Você no Mer-cado de Trabalho”, também constatou que os salários da-queles que têm um curso pro-fi ssionalizante são até 12,94% mais altos. O setor que mais emprega pessoas com curso profi ssio-nalizante é o auto-mobilístico (45,71% ), seguido pelo de finanças (38,17%) e de petróleo e gás (37,34%). Ainda segundo o estudo, 29 milhões de pessoas frequentam cursos de educação profissional, o que representa 19,72% da população com mais de 10 anos de idade.

Chance maior para quem tem curso

profi ssionalizante

Horários de funcionamento dos bancos durante a Copa

A FEDERAÇÃO BRASILEIRA de Bancos (Febraban) divulgou circular com o horário de expediente bancário nos dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. O Banco Central autorizou as instituições fi nanceiras a funcionar em horário especial durante o Mundial. As agências deverão fi xar avisos sobre o horário de atendimento nos dias de jogos, com antecedência mínima de 48 horas.

UMA DAS MAIORES felicidades que tenho como po-lítico é ver a vida das pessoas mudando. É ver chegar o progresso onde antes havia abandono, luz onde o escuro reinava, segurança e qualidade de vida onde havia falta de perspectiva. Nos últimos anos, estas mudanças foram mais intensas. E com mais qualidade. Fora os depoi-mentos que tenho a oportunidade de ouvir nas ruas, os números estão aí para atestar.

Pesquisa do Instituto de Estudos do Trabalho e Socie-dade (Iets) recém-concluída, revelou a partir de dados do IBGE, que a proporção de pobres no País caiu de 33% para 23% entre 2004 e 2008. A Região Sudeste foi a que mais se benefi ciou do crescimento da renda nesse período. Nela, a queda no número de pobres foi de 35%, enquanto no Nordeste esse percentual foi de 27%. Ou seja, há menos pobres do que antes. E mais: eles estão tendo acesso ao crédito e podendo consumir. Na medida em que isso ocorre, a economia se torna mais dinâmica e inicia-se o ciclo virtuoso.

Um dos males do nosso País é a má distribuição de renda. O limite do nosso crescimento era esse: na medida em que o nosso Produto Interno Bruto (PIB) aumentava, os ricos fi cavam mais ricos e os pobres mais pobres e isso gerava inúmeros problemas, dentre eles a incapacidade de desenvolver um mercado interno que pudesse comprar o que estávamos produzindo.

Foram os programas de transferência de renda, somados ao estímulo ao crédito e ao microcrédito e o aumento real do salário mínimo, que viabilizaram esta mudança. No caso dos mais pobres, o peso das transferências de renda no orçamento total familiar aumentou de 10% para 18%, numa prova de que programas do governo Lula, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, vêm tendo papel importante na redução da pobreza.

Mas é preciso continuar avançando. Ainda há pes-soas na faixa de extrema pobreza, e a elas temos que garantir uma vida digna e acesso a formas de ascender socialmente. Aos que já migraram para outras faixas, cabe o desafi o de fazer com que eles tenham oportu-nidades de trabalho para que possam progredir. O Rio de Janeiro vive uma fase de expansão da economia e a perspectiva é que nos próximos anos com o pré-sal e a inauguração do Comperj, o início das operações do Porto do Açu e da CSA, bem como a retomada da força do campo, inúmeras vagas de emprego com carteira assinada surjam. E, mais do que isso, novas oportunidades.

Por isso, além do investimento maciço no ensino profi s-sionalizante para formar mão de obra, temos de estimular o empreededorismo, que deve começar a ser ensinado ainda na escola, como ocorre em outros países, como a Coréia. Entender como aproveitar as oportunidades que surgem para abrir o seu próprio negócio, ajuda a sedimen-tar este crescimento, dá independência aos indivíduos e faz deles senhores do próprio destino. É para isso que trabalho. É este o futuro que quero ver.

HORÁRIO DOS JOGOS DA SELEIÇÃO BRSILEIRA E DE FUNCIONAMENTO DOS BANCOSJOGOS DIA E HORÁRIO EXPEDIENTE BANCÁRIO

Brasil X Coreia do Norte

Brasil X Costa do Marfi m

Brasil X Portugal

15 de Junho (terça) 15h30(horário de Brasília)

20 de Junho (domingo) 15h30(horário de Brasília)

25 de Junho (sexta) 11h(horário de Brasília)

Capitais e regiões metropolitanas:das 8h às 14h - Interior: das 8h às 14h

(horário de Brasília)

Não haverá expediente bancário

Capitais e regiões metropolitanas:- das 8h às 10h30h

- das 13h30 às 15h30Interior: das 8h às 10h30

das 14h às 16h (horário de Brasília)

PARTIDA MARCADA PARA ÀS 15HFASES SEGUINTESPartida marcada para às 11h

Capitais e regiões metropolitanas:das 8h às 10h30h / das 13h30 às 15h30

Interior: das 8h às 10h30 e das 14h às 16h(horário de Brasília)

Capitais e regiões metropolitanas: das 8h às 14h Interior: das 8h às 14h (horário de Brasília)

33CAPITALMaio de 2010, 2ª Quinzena

Direito EmpresarialDireito EmpresarialFREDERICO COSTA RIBEIRO*

Tribunal de Contas tem legitimidade para cobrar multas que aplicam

(*)FREDERICO COSTA RIBEIRO É GRADUADO EM DIREITO, CIÊNCIAS POLÍTICAS E COM DIVERSOS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO NAS ÁREAS JURÍDICAS, PÓS GRADUADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO E DO ESTADO, GRADUANDO EM DIREITO AMBIENTAL E AUDITORIA AMBIENTAL, ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO DE PASSIVOS EMPRESARIAIS E ADMINISTRADOR JUDICIAL DE RECUPERAÇÕES JUDICIAIS, ADVOGADO ATUANTE EM FALÊNCIAS-CONCORDATAS.

O enigma das difi culdades,as possibilidades

PEDRO PAULO B. NOYMA é Secretária de Desenvolvimento Econômico de Duque de Caxias

Estou já há meses bem atento aos fóruns e reuniões instituídas para dis-cussões de investimentos em nosso país e no estado do Rio de Janeiro. Assim, quero reforçar a temática de nossa edição quando trouxemos a tônica do “legado social“. Ouvi Ministro, Presidente do COB/COI e várias outras autoridades do assunto sinalizarem a gama de investimen-to que será despejada em nosso país e nosso estado. Vejamos a questão. O caos do crescimento desordenado das grandes metrópoles, acaba propiciando grandes oportunidades para as cidades de médio e pequeno porte, porém, estabelecendo um plano de desenvolvimento mais estruturado acompanhando as perspectivas do crescimento econômico e a desconcentração geográfi ca das riquezas do país e dos estados. O que queremos dizer é que as cidades de médio e pequeno porte deverão ter importante papel no ciclo de desenvolvimento sustentado que se desenha para próxima década, pois deverão contribuir decisivamente para o crescimento desconcentrado dos estados e do país. Pois o fato do Brasil sediar os dois dos maiores eventos esportivos do planeta “Copa do Mundo de Futebol em 2014 e a Olimpíada - Jogos Olímpicos que o Rio de Janeiro sediará em 2016”, propagam o crescimento em regiões emergentes aceleradamente.

As cidades interessadas em obter uma parcela do ciclo de prosperidade econômica que deverá ser catalisado pelos dois megaeventos, deverão romper a tradição de pouca interferência sobre os rumos da sua econo-mia, passando a buscar alternativas que permitam um planejamento mais estruturado de seu desenvolvimento econômico. Para que essas cidades estejam na rota do esperado crescimento, há, com tudo, muitos desafi os a serem superados. O que normalmente ocorre com mais frequência é que as cidades não se preparam adequadamente para os ciclos de desen-volvimento econômico, sejam eles provocados por fatores conjunturais ou estruturais. Essas situações costumam provocar um fl uxo migratório desproporcional para esses municípios, muito superior à sua capacidade de acomodação dos novos contingentes.

O fato é que o crescimento desordenado normalmente traz distorções à vida econômica e social do município, o que leva ao caos. As metró-poles já cresceram de forma desordenada, isso podemos afi rmar, e para os municípios que estão crescendo normalmente os gargalos estão na disponibilidade de mão-de-obra, na falta de infraestrutura, no mercado imobiliário e nas pressões ambientais. Mas, em muitos casos, o maior desafi o está mesmo em romper a estagnação e iniciar novos períodos de crescimento, digo, quais atividades devem ser incentivadas, eis o “X” da questão.

Para dar ordenamento a esse processo, é necessário que os muni-cípios que apresentam grande poder de infl uência sobre as cidades do entorno, se organizem e façam um planejamento bem estrutu-rado, o que deve incluir a adoção de políticas de desenvolvimento de negócios, fl uxo fi nanceiro e a capacitação de trabalhadores. Isso pode melhorar e muito a qualidade de vida dessas cidades e reter a sua população em seu próprio território, o que evitaria a migração para os grandes centros urbanos, que hoje já não suportam mais os processos migratórios.

CERCA DE 4 milhões de habitantes da Baixada Fluminense poderão ser benefi ciados com a assi-natura do Protocolo de Intenções para a criação do Consórcio Público In-termunicipal. Na manhã do último dia 25, na Câmara de Duque de Caxias, auto-ridades dos 13 municípios fi rmaram o compromisso para o desenvolvimento sustentável da região. O consórcio instituído como Associação Pública dos Municípios da Região da Baixada Fluminense e do Estado do Rio de Janeiro para o Desenvolvimen-to Regional Sustentável

(AMBDES) permitirá o avanço das esferas urba-na, econômica e social da região. A formalização do ato tem como principal ob-jetivo conseguir recursos e benefícios para o desen-volvimento da região, atra-vés de projetos, programas e políticas públicas. O prefeito de Duque de Ca-xias, José Camilo Zito, falou sobre a importância que essa adesão representa para a Baixada Fluminen-se. “Vamos em busca de progresso e dos avanços tecnológicos para servir cada vez mais a nossa população, na certeza que juntos venceremos”.

Com base no Protoco-lo de Intenções, Eliane Moreira, Consultora do SEBRAE/RJ, explicou os principais propósitos de um consórcio, através de uma apresentação em data show. Ela ressaltou os objetivos e as premissas que essa união representa no âmbito econômico, político e social. De acor-do com o presidente do Fórum Intermunicipal e Secretário Municipal de Desenvolvimento Eco-nômico de Duque de Ca-xias (SMDE), Pedro Paulo Noyma, investimentos se-rão atraídos com a criação do consórcio. “A partir da

nossa inserção na frente dos prefeitos conseguimos estabelecer metas, insti-tuímos o fórum e agora vamos iniciar o consór-cio. Esse avanço amplia os investimentos dentro da Baixada Fluminense e qualifi ca a população para o mercado de trabalho”, ressaltou Noyma. Tam-bém estiveram presentes na solenidade, os prefei-tos de Paracambi, Tarciso Pessoa, e de São João de Meriti, Sandro Mattos; o secretário Estadual de Desenvolvimento Eco-nômico, Julio Bueno; e o representante regional do SEBRAE, Décio Lima.

Baixada se une para ampliardesenvolvimento da região

COM O OBJETIVO de ca-pacitar jovens do município de Duque de Caxias, a Funda-ção para o Desenvolvimento Tecnológico e Políticas So-ciais de Caxias-Fundec, e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro-Firjan, assinaram convênio para implantação do curso do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) no município.

Por meio desta parceria, o Prominp irá oferecer cursos técnicos preparatórios de qualificação profissional, gratuitos, que variam do nível básico, médio, técni-

co e superior. A iniciativa buscar qualifi car o jovem por meio de um exame que confere aos aprovados um certificado, aumentando suas chances de emprego formal e ascensão profis-sional, em empresas como a Refi naria Duque de Caxias, da Petrobras. Além do vice-prefeito Jorge Amorelli, do presidente da Fundec Wagner Botelho e da Su-perintendente Regional da Firjan,Maria Lúcia Telles, também participaram da cerimônia, o gerente exe-cutivo Darci Garios e a di-retora de educação Andréa Marinho, ambos da Firjan.

Cursos do Prominp vão capacitar jovens de Duque de Caxias

O vice-prefeito Jorge Amorelli discursa durante a assinatura do convênio Prominp

A LEGITIMIDADE para propor ação de cobrança derivada de multa aplicada a gestor municipal por Tribu-nal de Contas é do próprio ente público que o mantém.

O entendimento é da 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça ao julgar o Resp 1181122. A Turma destacou ainda que a legitimidade para tanto consubstancia-se por intermédio da respec-tiva Procuradoria do ente público.

No Resp., o Estado do Rio Grande do Sul alega que a legitimidade para executar a multa imposta a diretor de departamento municipal por Tribunal de Contas Estadual

é do próprio Município. En-tretanto, o entendimento da 2ª Turma foi inverso.

O voto vencedor foi enca-beçado pelo ministro Mauro Campbell Marques, que destacou no acórdão as Por-tarias nº 209, de 26 de Junho de 2001 (BTCU n. 46/2001) e nº 9 (SEGECEX), de 18.8.2006, também relati-va ao Manual de Cobran-ça Executiva (BTCU n. 8/2006), que determinam o recolhimento das multas aos cofres da União e do Tesouro Nacional, sendo responsável pela execução a AGU.

Em interpretação simétri-ca, elucidou o Ministro no

acórdão:“Este mesmo raciocínio

deve ser aplicado em rela-ção aos Tribunais de Contas Estaduais, de modo que as multas deverão ser rever-tidas ao ente público ao qual a Corte está vinculada, mesmo se aplicadas contra gestor municipal.

Dessarte, a legitimidade para ajuizar a ação de co-brança relativa ao crédito originado de multa aplicada a gestor municipal por Tri-bunal de Contas é do ente público que mantém a refe-rida Corte - in casu, o Estado do Rio Grande do Sul -, que atuará por intermédio de sua Procuradoria.”

O Ministro Relator Hum-berto Martins proferiu voto vencido, destacando que “(...) a multa aplicada às autoridades municipais que infringem as regras da le-gislação orçamentária e fi -nanceira, benefi cia a pessoa jurídica da qual o agente público faz parte, sendo esta, portanto, a legitimada a ingressar com a ação de cobrança.”

O Ministro argumentou ainda no sentido de que, quando o sistema de legiti-mação for falho, compete ao Ministério Público propor a ação de cobrança nesses ca-sos, por possuir legitimida-de extraordinária para tanto.

PMDC/EVERTON BARSAN

CAPITAL Maio de 2010, 2ª Quinzena44

- Salão MM- Deus é Tremendo- Horart Confecções- Guarinos

OS TRÊS PRÉ-CANDIDATOS à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto apresentaram suas principais propostas de governo, durante encontro na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado dia 25. A CNI, que realiza esse tipo de encontro desde 1998, propôs aos pré-candidatos Dilma Rousseff, do PT, José Serra, do PSDB, e Marina Silva, do PV, uma discussão em torno do documento “A Indústria e o Brasil - Uma Agenda para o Crescimento”, no qual expõe as perspectivas do setor para os próximos anos. No debate, os representantes do setor reclamaram da valorização do real, das altas taxas tributárias e do alto custo do crédito e defenderam urgência para a reforma política.

Primeira a falar, Dilma disse que, se for eleita, cortará gastos com custeio, mas com critério, para não inviabilizar os inves-timentos, e que dará prioridade à reforma tributária. Ela infor-mou ainda que criará um ministério específico para as micro, pequenas e médias empresas. Segundo a ex-ministra da Casa Civil, a criação dessa pasta era intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desistiu da empreitada por causa da crise financeira mundial.

Serra prometeu ampliar os acordos de livre comércio e apontou o planejamento e a qualidade de gestão como formas efi cazes de desenvolvimento. Para ele, os investimentos precisam ter se-qüência e ser ordenados por prioridade. O ex-ministro da Saúde e

Dilma, Serra e Marina debatem Maio de 2010,

Serra visita Caxias eDEPOIS PERMANECER 55 mi-nutos no trânsito entre a capital e Duque de Caxias, o pré-candidato José Serra (PSDB) chegou à cidade falando em transporte. Ao lado do prefeito José Camilo Zito, defendeu a criação de um metrô de superfície para os municípios da região, com aproveitamento da estrutura de tri-lhos e estações dos trens. Antes da caminhada, Serra quis conhecer a Biblioteca Municipal Leonel Bri-zola, localizada ao lado do Teatro Municipal Raul Cortez, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde o prefeito recebeu o ex-governador. Depois de conversar com alunos que faziam pesquisas, foi para as ruas e depois se reuniu com Zito a portas fechadas.

- Podem esperar o metrô de superfí-

O DIRETOR-PRESIDENTE do Comitê Executivo do Grupo Ger-dau, André Gerdau Johannpeter, cobrou dos pré-candidatos à Pre-sidência da República, propostas que garantam à indústria brasilei-ra condições de competir no mer-cado externo. Durante a sabatina que aconteceu na sede da CNI, Gerdau reclamou da valorização do real, das altas taxas tributárias, do alto custo do crédito, do grande volume de encargos trabalhistas e da falta de qualidade na educação

que acaba tornando a mão de obra qualifi cada escassa. “Precisamos ter isonomia competitiva em um mercado globalizado. Temos que competir com o mundo”, disse o empresário. “O real valorizado causa problemas na competitivi-dade do Brasil. Em outros países, a valorização foi bem menor. Além de tirar a competitividade da industria no mercado externo, esse câmbio traz a ameaça da im-portação”, destacou o empresário. Na questão da carga tributária,

Gerdau chegou a comparar de forma negativa, o Brasil com a China. “Em um investimento de US$ 355 milhões, no Brasil, antes de começar a produzir, ele já pagou US$ 90 milhões. Nossos concorrentes na China não tem esse custo”, reclamou o empresá-rio que não deixou ainda de falar dos juros altos para fi nanciamento no Brasil. Temos o maior juro real do mundo, 4%. O Brasil é líder indesejável nessa barreira para investimentos”, destacou Gerdau.

Empresário cobra reformase mudanças no câmbio

55CAPITALMaio de 2010, 2ª Quinzena

ex-governador de São Paulo anunciou também que acabará com a cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contri-buição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofi ns) sobre investimentos na área de saneamento.

Marina disse que não será adepta de aventuras na economia, que não mudará as políticas cambial e fi scal e que respeitará a autonomia do Banco Central. Defendeu medidas alternativas ao aumento dos juros para conter a infl ação e prometeu reduzir os gastos públicos. Para a ex-ministra de Meio Ambiente, as obras planejadas para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016 não devem servir apenas para os dois eventos, mas ser usadas para transformar as cidades brasileiras.

com industriais, 2ª Quinzena

e anuncia Metrô para a Baixadacie. Este é o meu candidato - dizia Zito ao apresentar o presidenciável tucano às pessoas com quem se encontrava pelas ruas do centro, no início da noite, em horário de grande movimento. Críticas de Serra ao PAC não faltaram. “O PAC, hoje em dia, é mais anúncio do que ação. Vou completar o que foi começado e ampliar o programa”, prometeu.

“O investimento em educação e saúde, como Zito já vem fazendo, será importante para acelerar o desenvol-vimento da Baixada. A idéia de Zito sobre o metrô de superfície é ótima. Fiz isso em São Paulo, a partir da rede de trens urbanos. O investimento não é alto, os veículos são mais confortáveis, além de reduzir o tempo de viagem e o intervalo entre uma composição e outra. O benefício à população é total”, declarou Serra.

DIVULGAÇÃO/GEORGE FANT

FOTOS: ABR/ANTÔNIO CRUZ

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CAPITAL Maio de 2010, 2ª Quinzena66

O MOMENTO não é bom para comprar ações. Espe-cialistas em renda variável acreditam que o processo de queda das bolsas mun-diais não terminou, apesar do respiro de quarta-feira (26), e dizem que ainda há muitas incertezas no hori-zonte. O melhor, nesse caso, é observar de fora. Mas, se o investidor tem sangue frio ou quer aproveitar para alterar sua carteira, a reco-mendação é de alocação em papéis defensivos e ligados à economia local. Essas foram justamente as ações que menos caíram desde 8 de abril, data em que o Ibovespa - principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – iniciou uma trajetória de perdas ininterruptas. A baixa acu-mulada desde então é de 17,6%, puxada basicamente por papéis ligados a com-modities.

- É arriscado entrar em

bolsa neste momento. O melhor é não entrar mas, se quiser, o investidor deve preferir setores defensivos - diz Lika Takahashi, coor-denadora de análise de in-vestimento e estrategista da Fator Corretora. São conhe-cidas por defensivas ações de empresas pouco afetadas por oscilações econômicas

ou com receitas constantes, como as elétricas. “A re-comendação é a mesma do fi nal de 2009, de foco nos setores domésticos, como construção civil e infra-estrutura”, afirma Carlos Firetti, chefe de análise da Bradesco Corretora. Gilber-to Pereira de Souza, diretor de análise da BES Secu-

rities, também recomenda ações voltadas ao consumo doméstico. Ele lembra que, com a volatilidade recente do mercado, os investidores estão fi cando cada vez mais imediatistas. “Estão com-prando o próximo balanço trimestral, por enquanto”, diz, evidenciado o foco no curto prazo.

Momento não é bom para negociar compra de ações

BANCO DE IMAGENS

EMBORA SEJAM maioria entre as empresas brasilei-ras, representando mais de oito em cada dez registros (88,7%), as microempre-sas empregam somente até nove pessoas e muitas delas não têm muitos anos de vida. Segundo o Cadas-tro Central de Empresas 2008, divulgado dia 26

pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), quase 40% das microempresas estabeleci-das no país não passam de quatro anos de atividade. A instabilidade no setor acaba se refl etindo no pa-gamento de salários.

De acordo com o estudo, em 2008 as microempre-

sas pagaram em média 1,8 salário mínimo, enquanto que as grandes empresas pagaram mais que o dobro desse valor. Ainda conforme o mapeamento do IBGE, a Região Sudeste concentrou 51,7% do total de empresas e deteve 55% do pessoal ocupado, pagando 63,4% do total de salários. A Região

Sul vem logo atrás, seguida do Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Segundo o economista Sílvio Sales, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a con-centração de renda do país é confi rmada pelo fato de que em apenas três locais - São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro - a média salarial supera a nacional.

MICROEMPRESAS SÃO MAIORIA, MAS EMPREGAM POUCO E FECHAM CEDO

O Valor da Informação

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Estar bem informado é o que faz a diferença!

O LUCRO LÍQUIDO con-solidado alcançou US$ 4,3 bilhões no primeiro trimestre de 2010 (US$ 0,98 por ADS), comparado ao lucro de US$ 2,6 bilhões no primeiro tri-mestre de 2009 (US$ 0,60 por ADS). O aumento de 64% foi devido principalmente ao aumento na cotação do Brent e à recuperação dos volumes de venda.

Petrobras tem lucro líquido de US$ 4,3 bi

REVITALIZAR o centro comercial de Nova Igua-çu, trabalhar pelo fi m dos transtornos causados pela falta de organização dos estacionamentos para me-lhorar o trânsito no centro da cidade e fazer obras de urbanização nos centros comerciais dos bairros. Estes foram alguns anún-cios feitos pela prefeita Sheila Gama em seu dis-curso para empresários da Associação Comercial e Industrial de Nova Iguaçu (Acini) na noite do dia 24, em evento comemorativo aos 65 anos de fundação da associação no Nova Iguaçu Country Club.

Em meio a um público de cerca de 180 pessoas entre empresários, auto-ridades e políticos, além de vários secretários municipais, a prefeita fez um apelo ao grupo, cuja presidência está a cargo de Renato Jardim. “Queremos a parceria do empresariado de nossa cidade para dividir res-

ponsabilidades com o poder público em nosso projeto de criação de uma zona de negócios para o shopping a céu aberto. Queremos contar com a colaboração da Acini nesse projeto”, enfatizou ela, acrescentando que a revitalização do centro comercial incluirá obras de infraestrutura com banheiro público, centro de informação tecnológi-ca e outras intervenções importantes.

Ela também falou que está negociando com a Supervia a possibi-lidade de uma ligação da passarela da estação de trens com os dois lados da cidade, a partir da ocupação aérea da ferrovia com a constru-ção de um shopping e estacionamento. “Uma agenda positiva está sen-do construída. Dedicarei completa atenção aos principais problemas da cidade”, concluiu Sheila Gama.

Nova Iguaçu buscaparcerias com empresários

QUEM ENTRAVA no novo Theatro Municipal para assistir à sua reinauguração ofi cial, não se envergonha-va de “sacar” a máquina fotográfi ca para registrar o belo restauro da casa cen-tenária. Em obra por dois anos e meio, sob os cuida-dos de 950 operários, entre eles, 350 restauradores, o palácio recebeu, na noite de quinta-feira (27), para uma grande festa, autoridades e artistas como o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara, Mi-chel Temmer e o cartunista Ziraldo, entre muitos ou-tros admiradores. O evento de reabertura do palácio, inaugurado em 1909, con-tou com apresentações da Orquestra Sinfônica, do

pianista Nelson Freire, da bailarina Ana Botafogo, e de cantores de ópera como Chiara Taigi e Alfred Kim.

- Este é mais um degrau na autoestima do Rio de Janeiro. Nosso povo tem que se respeitar cada vez mais. Viva o Rio, viva o Theatro Municipal – disse o governador Sérgio Ca-bral, ao agradecer, em seu discurso, aos que se dedi-caram à revitalização do teatro como a presidente da Fundação Theatro Mu-nicipal, Carla Camurati, e o ministro da Cultura, Juca de Oliveira. O palácio, cujas obras custaram R$ 75 milhões, recebeu mais de 5 mil lâmpadas novas, 219 mil folhas de ouro, e 1.587 luminárias.

Theatro Municipal recebe Lula em sua reinauguração

ABR/WILSON DIAS

77CAPITALMaio de 2010, 2ª Quinzena

A COPPE/UFRJ apresen-tou esta semana o ônibus do futuro. Não poluente, silencioso e confortável, o veículo é movido a ener-gia elétrica obtida de uma tomada ligada na rede e complementada com ener-gia elétrica produzida a bordo, por uma pilha a combustível alimentada com hidrogênio. O pro-jeto contou com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Transportes. O lançamento aconteceu dia 26, no Aterro do Flamengo. A tecnologia é 100% nacional.

O projeto inclui inova-ções tecnológicas que o co-locam à frente dos demais veículos a hidrogênio que vêm sendo testados nos países desenvolvidos. Ele é mais efi ciente energeti-camente, graças ao tipo de pilha a combustível e aos dispositivos para armaze-

namento e gerenciamento de energia. Outra caracte-rística importante é o fato de o novo veículo não ser poluente. Ao contrário dos veículos convencionais, a emissão de poluentes é zero. De acordo com a Coppe, o que sai de seu cano de descarga é apenas vapor d’água, tão limpa que, se condensada, pode ser bebida normalmente.

O novo ônibus começará a transportar, em junho, alunos e professores na Cidade Universitária e po-derá rodar nas ruas do Rio de Janeiro durante a reali-zação da Copa do Mundo de 2014. Com espaço para transportar 29 passageiros sentados e 40 em pé, o ôni-bus híbrido tem autonomia para rodar até 300 quilô-metros, ideal para trafegar nas grandes metrópoles, onde os engarrafamentos aumentam a poluição do ar.

Coppe lança ônibus elétrico alimentado com hidrogênio

DESDE 1989, no dia 31 de maio comemoramos o dia mundial sem tabaco. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. São 5 milhões de mortes anualmente, sendo 200 mil delas no Brasil. Estima-se que o tabagismo gere uma per-da mundial de 200 bilhões de dólares por ano. Este valor, calculado pelo Banco Mundial, é o resultado da soma de vários fatores, como o tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de faltas ao trabalho e menor rendimento produtivo.

Os trabalhadores tabagistas têm, em média, dez dias a mais por ano de faltas, sem contar com o tempo médio de 30 minutos por dia que gasta fumando além da maior falta de concentração e consequentemente menor produtividade. Com base nestes dados, um grande número de em-presas investe pesado em campanhas contra o tabaco criando ambientes 100% livres do tabaco e incentivando o abandono do hábito. O cuidado maior que se deve ter é de não agir com discri-minação e sim com atitudes de apoio. Embora hajam tendências a melhorias, estamos longe de conseguirmos a excelência na luta contra este, que já é considerado pela OMS, um risco ocupacional. Isto, porque faltam consensos na prática médica de como tratar e ainda é escasso o acesso gratuito ao tratamento para quem deseja parar de fumar. No entanto, também há motivos para se comemorar, pois a cada ano, aumentamos a conscientização sobre os malefícios desta epidemia e multiplicam-se as campanhas e leis contra este vício.

EMPRESAS de pequeno porte do Estado do Rio de Janeiro terão acesso mais fácil ao mercado inter-nacional. A Secretaria de Desenvolvimento Econô-mico, Energia, Indústria e Serviços e a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC), lançaram dia 28 o projeto Primeira Exportação no Es-tado do Rio de Janeiro, que visa promover a inserção sustentável das pequenas empresas fluminenses no mercado externo. O acordo de cooperação técnica foi assinado durante seminá-rio realizado no auditório do Banco do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro, onde foram apresentadas as estratégias de comércio ex-terior dos governos federal e estadual. A programação contou com a presença do secretário estadual de De-senvolvimento Econômico, Julio Bueno, e do secretário de Comércio Exterior da Secex, Welber Barral.

Apoio para exportações

LEANDRO FEITAL é médico cardiologista, coordenador Médico em empresa de medicina do trabalho. CRM 5274934-6

A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), em conjunto com o Governo do Estado do Rio, inaugurou dia 14, na Cidade de Deus, o primeiro Centro de Vocação Tecnológica (CVT) da região de Jacarepaguá. A solenida-de foi aberta à comunidade local e teve a participação de autoridades de diversos seg-mentos do poder público fl u-minense, como o governador Sérgio Cabral e seu vice, Luiz Fernando Pesão; o secretário de Ciência e Tecnologia, Luiz Edmundo; o deputado federal Alexandre Cardoso; o presidente da Alerj, Jorge Pi-ciani; o presidente da Faetec, Celso Pansera; e o deputado estadual Domingos Brasão, nome de grande infl uência no bairro.

Com uma área de 1580m², sendo 750m² só de labo-ratórios, e mais 27 cursos presenciais e três a distância (EAD), o novo CVT já nas-ceu como o maior dos 22 da rede Faetec. A unidade pos-sui a vocação de Serviços de Manutenção e Atendimento, sendo capaz de colocar, por ano no mercado de trabalho,

3450 novos profi ssionais. São vários os cursos que oferecerá de imediato em nível fundamental. Para quem já possui o Ensino Médio, o CVT Cidade de Deus ainda traz os cursos subsequentes de Técnico em Cozinha e Técnico em Edifi cações. O CVT Cida-de de Deus fi ca na Avenida Edgard Werneck nº 1615 e inscreve para os seus cursos até o dia 2 de junho. PORTO REAL - Em sua política de gerar mão de obra especializada em to-

das as regiões do estado do Rio, a Faetec inaugurou ainda, dia 25, em Porto Real, Região do Médio Paraíba, mais um Centro de Educação Tecnológica e Profi ssionalizante (Cetep). Localizada a 145 quilôme-tros da capital, a nova uni-dade da rede Faetec levará a Porto Real, até agosto, 1000 vagas, divididas em 12 cursos de nível funda-mental e na modalidade de Formação Inicial e Conti-nuada, que visa a inserção rápida do aluno no mer-

cado de trabalho. De ime-diato, apenas os cursos da área de informática - I e II, Access, Internet, Linux e Digitação - abrirão turmas, fi cando os demais para o mês de agosto. A previsão da Faetec é que as aulas no centro tenham início em 14 de junho, após perío-dos de inscrições, sorteio e matrículas dos novos alunos. Mais informações podem ser obtidas na pró-pria unidade, localizada na Rua das Flores nº 478, no bairro Novo Horizonte.

Faetec entrega CVT na região deJacarepaguá e Cetep em Porto Real

FAETEC/RAFAEL BARRETO

Infl uências do tabagismona produtividade

CAPITAL Maio de 2010, 2ª Quinzena88

A TRANSPARÊNCIA da gestão pública entrou em nova fase esta semana no Brasil, com o fi m do prazo para que Estados e municí-pios com mais de 100 mil habitantes publiquem em tempo real na internet in-formações detalhadas sobre quanto arrecadam e como gastam o dinheiro dos con-tribuintes. A exigência está

na Lei Complementar 131, um adendo à Lei de Res-ponsabilidade Fiscal (LRF) aprovado pelo Congresso em 2009. Pelo texto da nor-ma, qualquer “cidadão, par-tido político, associação ou sindicato” poderá denunciar o descumprimento ao res-pectivo Tribunal de Contas ou Ministério Público.

As novas regras de trans-

parência começaram a valer no dia 28 para a União, todos os Estados e os 273 municípios mais populosos. Cidades de 50 mil a 100 mil habitantes terão mais um ano para se enquadrar, e o prazo para os demais municípios vai até 2013. Quem descumprir a lei está sujeito à suspensão das transferências voluntárias

da União, que somaram em 2009 R$ 5,1 bilhões para municípios e R$ 3,5 bilhões para Estados.

Segundo dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 9 das 273 prefeituras de cidades com mais de 100 mil habitantes não mantinham páginas próprias na internet.

Divulgação de gasto público na web já é obrigatória

O MINISTRO-CHEFE da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage (foto), afi rmou que a lei é “autoaplicável”, ou seja, não precisa de regulamen-tação para vigorar. Se-gundo ele, a transparência nas ações públicas é a

melhor “vacina” contra a corrupção e o desperdício do dinheiro público. Ele convocou a população a acompanhar o uso dos recursos públicos. Essa nova postura, tornará, se-gundo ele, “irreversível” o processo de abertura das

informações referente às despesas dos órgãos gover-namentais. Hage afi rmou ainda que a CGU já exibe os gastos do governo desde 2004 e que o cidadão pode acompanhar desde os in-vestimentos em obras até o repasse aos municípios.

“TRANSPARÊNCIA É VACINA CONTRA CORRUPÇÃO”ABR/MARCELLO CASAL JR