edição nº 13 (junho/2010)

7
Teatro: dose dupla em Caxias PÁGINA 10 JORNAL POPULAR DO BRASIL | 13ª EDIÇÃO | ANO 2 | JUNHO DE 2010 R$ 0,50 PÁGINA 3 JAPERI Timor lança linha direta para atender a população PÁGINA 8 MESQUITA Praça feita no BNH vai parar no valão PÁGINAS 6 e 7 PÁGINA 11 PÁGINA 9 SAÚDE Drama familiar após 3 anos: Mulher em túmulo de mecânico EXCLUSIVO ALBERTO ELLOBO ALBERTO ELLOBO ALBERTO ELLOBO Ruas ganham as cores do hexa na Baixada Destruição, lixo e insegurança nos cemitérios de Caxias Hospital de Nilópolis limita atendimento Câmara faz festa para Imprensa PÁGINA 10 Superlotada e com nú- mero insuficiente de médi- cos, a unidade municipal de saúde atende apenas casos graves na Emergên- cia. Não faltam reclama- ções de moradores. Passados três anos da morte do mecâni- co aposentado Valmeri Moreira, enterra- do no Cemitério Tanque do Anil, em Du- que de Caxias, sua família se preocupou em adquirir o ossário, para o depósito dos restos mortais. Mas, no dia da exumação, todos levaram um choque. No lugar dos despojos de Valmeri, estava o corpo de uma mulher. Filhos e esposa pretendem processar a prefeitura. Reportagem percorre locais de sepulta- mento da cidade e encontra vários proble- mas. Túmulos destruídos, caixões com sinais de violação, mato e muito lixo. Proprietários de jazigos perpétuos reclamam ainda da falta de segurança. COPA 2010

Upload: jornal-popular-do-brasil

Post on 24-Mar-2016

214 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal Popular do Brasil - ANO 02 - Edição nº 13 (JUNHO/2010)

TRANSCRIPT

Page 1: Edição nº 13 (JUNHO/2010)

JUNHO DE 2010 | 1

Teatro:

dose dupla

em Caxias

PÁGINA 10

JORNAL POPULAR DO BRASIL | 13ª EDIÇÃO | ANO 2 | JUNHO DE 2010 R$ 0,50

PÁGINA 3

JAPERI

Timor lança linha direta

para atendera população

PÁGINA 8

MESQUITA

Praça feitano BNH

vai pararno valão

PÁGINAS 6 e 7

PÁGINA 11 PÁGINA 9

SAÚDE

Drama familiar após 3 anos:Mulher em túmulo de mecânico

EXCLUSIVO

ALBERTO ELLOBO

ALBERTO ELLOBO

ALB

ERTO

ELL

OBORuas

ganham as cores do hexa

na Baixada

Destruição, lixo e insegurança nos cemitérios de Caxias

Hospital de Nilópolislimita atendimento

Câmara faz festa paraImprensa

PÁGINA 10

Superlotada e com nú-mero insuficiente de médi-cos, a unidade municipal de saúde atende apenas casos graves na Emergên-cia. Não faltam reclama-ções de moradores.

Passados três anos da morte do mecâni-co aposentado Valmeri Moreira, enterra-do no Cemitério Tanque do Anil, em Du-que de Caxias, sua família se preocupou em adquirir o ossário, para o depósito dos restos mortais. Mas, no dia da exumação, todos levaram um choque. No lugar dos despojos de Valmeri, estava o corpo de uma mulher. Filhos e esposa pretendem processar a prefeitura.

Reportagem percorre locais de sepulta-mento da cidade e encontra vários proble-mas. Túmulos destruídos, caixões com sinais de violação, mato e muito lixo. Proprietários de jazigos perpétuos reclamam ainda da falta de segurança.

COPA 2010

Page 2: Edição nº 13 (JUNHO/2010)

2 | JUNHO DE 2010 JUNHO DE 2010 | 3

Farmácia Popular está abandonada

Colunas e artigos assinados,de responsabilidade de seus autores, não

representam necessariamente a opinião do jornal.

O Jornal Popular, de publicação mensal, circula em municípios da

Baixada Fluminense, Rio e Grande Rio

A6 Organizações Jornalísticas LtdaCNPJ:10902731/0001-86

CONTATO:E-mail: [email protected]

DIRETORA ExECUTIvA:Anne Moreira

Contatos: 21 [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁvEL:Glauco Rangel (RJ 22774 JP)

Contatos: 21 [email protected]

REPORTAGENS:Anne MoreiraGlauco Rangel

FOTOGRAFIAS:Alberto Ellobo

PROJETO GRÁFICO:Alberto Ellobo

Contatos: 21 [email protected]

DIAGRAMAÇÃO:Alberto ElloboErick Lourenço

COLABORADORES:Alberto Marques

Alexandre Cardoso

PUBLICIDADE:Thiago Couto

Contatos: 21 9765-9228 / 9101-3576

Do Brasil

“Alô Prefeito!”, um canal entre a população e o governo de Japeri

A mesa foi composta pelo secretário de Governo, Sidney Coutinho, o prefeito Timor, o vereador Kerly Gustavo e o presidente da Associação de Moradores de Nova Belém, Francisco Medeiros

ROBERTO OLIVEIRA

ALBERTO ELLOBO

n Cerca de 300 pessoas par-ticiparam da apresentação do serviço “Alô Prefeito!”, cria-do pela prefeitura de Japeri através da Secretaria de Go-verno e Trabalho. O objetivo é incentivar a participação da população nas realizações da administração municipal.

O prefeito Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor, apresen-tou a novidade no dia 1º de ju-nho, durante encontro promo-vido no salão Vitor Festas, no distrito de Engenheiro Pedreira. Entre os convidados, estavam secretários municipais, vere-adores, empresários, comer-ciantes, representantes das associações de moradores e a população em geral.

Durante seu discurso, Timor afirmou que, para lançar um serviço como o “Alô Prefei-to!”, é preciso ter iniciativa, coragem e transparência na administração municipal. “Se cada cidadão souber exercer sua cidadania, sabendo que te-mos direitos e obrigações, com certeza teremos um município melhor. Com este serviço de atendimento, vamos ouvir mais a população e estar mais próximos dela. Nosso objetivo

é atender as solicitações e com mais rapidez.”, explicou.

O “Alô Prefeito!” é gratuito e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, da seguin-te maneira: o cidadão telefona gratuitamente para o número 0800-282-4346 e os atendentes registram a solicitação, suges-tão ou opinião. No atendimento, é gerado um número de proto-colo, que vai servir para acom-panhamento da solicitação. As informações são encaminhadas para as secretarias responsáveis por cada assunto.

O cidadão também pode fa-zer suas solicitações pelo site da prefeitura, no endereço www.japeri.rj.gov.br, no link “Alô Prefeito!”. Neste caso, as informações são encaminha-das diretamente para as secre-tarias. Para ter retorno sobre seu pedido, o morador deve ligar novamente, bastando di-zer o número do protocolo de atendimento.

Um relatório periódico com todos os pedidos, sugestões ou opiniões será entregue ao prefeito Timor, para que ele possa acompanhar de perto os atendimentos. “Timor sem-pre atendeu prontamente os

moradores, mas este sistema agilizará o atendimento. Isto é resultado de um governo que trabalha com coragem e trans-parência e que se preocupa com sua população.”, desta-cou o secretário de Governo, Sidney Coutinho.

O presidente da Câmara de Vereadores, Kerly Gustavo, elogiou a iniciativa. “Este serviço prova que Timor tem um governo participativo. Isto demonstra a coragem, a deter-minação, a eficiência, a serie-dade e o compromisso com que Timor vem administrando Japeri”, disse Kerly.

Quem também gostou da novidade foi o presidente da Associação de Morado-res do bairro Nova Belém, Francisco Medeiros, o Nagô: “Cada dia que passa, o governo Timor vem nos surpreenden-do e melhorando ainda mais o atendimento à população. Parabéns por mais esta ini-ciativa!”, completou o líder comunitário.

No encontro, também estiveram presentes os ve-readores Marcos Arruda, Márcio Rodrigues, Guigo da Padaria e Rey

n O SENAI /Duque de Caxias está com inscrições abertas para cursos de aperfeiçoa-mento. O curso de Rede de Computadores, da área de Tecnologia da Informação, teve início no dia 7 de Junho. Da área de Eletricidade, o Bá-sico de Segurança em Insta-lações e Serviços com Eletri-cidade (NR-10) vai começar em 12 de junho. É necessário ter o Ensino Fundamental completo.

Há também o curso de Atualização em NR-10, cujo início será no dia 19 de ju-nho. Para fazê-lo, o interes-sado terá que apresentar o certificado de conclusão do Básico em NR-10. Para o de Interpretação de Desenho

Técnico, da área de Mecâni-ca, é preciso ter o 6° ano do Ensino Fundamental (antiga 5ª série) ou estar cursando. As aulas começam em 14 de ju-nho e serão no turno da noite.

Nos turnos da manhã e da tarde, são aceitos alunos a partir de 14 anos e, no horá-rio da noite, alunos a partir de 16 anos. No ato da ma-trícula, serão necessários o documento original e a cópia da carteira de identi-dade, do CPF e do compro-vante de residência, além de duas fotos 3x4. Para valores e outras informações, basta ligar para 0800-0231-231. O SENAI Duque de Caxias fica na rua Arthur Goulart, 124, no bairro 25 de Agosto.

Inscrições abertas para cursos no SENAI/Caxias

n A Farmácia Popular de Duque de Caxias, no Centro, encontra-se em estado de total abandono. Há infiltrações no teto, mofos nas paredes, banheiros interditados, falta de funcionamento do ar condicionado, lâmpadas quebradas e pichações na fachada. Outro grave problema está relacio-nado ao atendimento aos usuários, em sua maioria pessoas idosas. Constantemente, muitos deles não encontram, por exemplo, as fraldas geriátricas que tanto necessitam, sendo orientados a procurar outra Farmácia Popular da Baixada.

nO projeto Baixada Digital, que permite que 1,7 milhão de mo-radores da Baixada se conectem à internet gratuitamente, acabou de se expandir. No dia 8 de ju-nho, aconteceu a inauguração oficial da segunda fase do ser-viço, que chegou a outras regi-ões de Duque de Caxias e agora a Magé. O lançamento foi feito na Praça de Imbariê, 3º distrito de Caxias, onde está instalado um quiosque para o acesso da população. A chegada do Baixada Digital à região de Imbariê beneficia os moradores de Santa Lúcia, Jardim Anhangá, Parada An-gélica, Santa Cruz da Serra, Parada Morabi, Taquara, Par-

que Paulista, Parque Equitativa, Alto da Serra, Santo Antônio da Serra e Nova Campinas. Já em Magé, estão sendo beneficiados aqueles que moram em Piabetá, Fragoso, Pau Grande e Raiz da Serra.

O projeto é uma iniciativa do governo do estado, em parce-ria com a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, atra-vés da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e da Fundação de Amparo à Pes-quisa do Estado do Rio de Ja-neiro (Faperj). A Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também es-tão incluídas.

Imbariê e Magé já têm acesso à internet gratuita

Na primeira etapa do Baixada Digital, o sinal co-briu todo o município de São João de Meriti, 60% de Caxias e Belford Roxo e 20% dos municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis. O investimen-to foi de R$ 3 milhões

Primeira etapa Antena

Para obter o sinal é necessário: uma antena 24 dBi, com mastro e suporte de montagem com graduação de ângulo; fixador para mastro; adaptador USB com saída para antena externa; cabo de conexão com conectores específicos para o adaptador USB e para a antena.- A instalação da antena externa é se-melhante à de uma TV. Acesse o site www.baixadadigitalrj.com.br e procure pela torre mais próxima de sua casa

PENINHA

n O deputado federal Alexandre Cardoso faz o lançamento da segunda fase do projeto em Imbariê

n

Page 3: Edição nº 13 (JUNHO/2010)

4 | JUNHO DE 2010 JUNHO DE 2010 | 5

(*)Esta coluna, em sua maioria, é um resumo mensal do conteúdo postado no Blog Alberto Marques. Estes e outros artigos podem ser acompanhados diariamente, acessando o link http://albertomarques.blogspot.com

Padre excomunga freira por autorizar aborto

CADÊ O “CHOQUE DE ORDEM”?“Espírito de Porco”

Área de risco e de lixo

Muitos acidentes na divisa

Animais fazem baderna na porta do prefeiton Não bastasse o silêncio vergonhoso do alto clero em relação ao escândalo de pe-dofilia, fato que vem abalan-do a Igreja Católica em todo o Mundo, um padre norte-americano acaba de dar um exemplo: de que a Inquisi-ção, que levou Joana D’Arc à fogueira, continua viva no interior da organização mun-dial que se propunha a pregar a paz, a fraternidade e a sal-var a humanidade do fanatis-mo e do pecado.

Segundo as agências de no-tícias, o padre John Ehrich, diretor de ética médica da Diocese de Phoenix, capi-tal do Arizona e uma cidade com mais de 1,5 milhão de habitantes, fez uma afirma-ção que já levantou muita polêmica nos Estados Unidos e em outros países onde a Igre-ja comandada pelo Papa Bento XVI é influente. Ao falar so-bre o caso de uma mulher que teve o aborto autorizado pela freira Mary Margaret McBride, o padre disse que a atitude da Irmã deveria ter sido outra. Para o piedoso padre Ehrich, a freira deveria deixar a mulher morrer junto

com o feto. Tudo isso sem considerar que a mulher, mãe de quatro filhos, morreria se o aborto não fosse realizado. Não satisfeito em condenar a mãe, o Reverendo foi além e decidiu excomungar a freira.

O caso está tendo ampla re-percussão nos Estados Unidos e divide opiniões em relação ao aborto. Parte da popula-ção aponta que a diocese de Phoenix interpretou mal as diretrizes católicas, que per-mitiriam o aborto caso a vida de uma mulher estivesse em perigo. Outros comentaram que, se a mulher tivesse mor-rido, não só o bebê não te-ria sobrevivido, mas quatro crianças estariam sem mãe. Há também quem tenha re-lembrado que a rapidez em excomungar a freira não se assemelhou nem um pouco à falta de atitude da Igreja em relação aos padres pedófi-los descobertos nos últimos meses. Escândalo que fez a Igreja dos Estados Unidos decidiu pagar milionárias indenizações às vítimas para encerrar a disputa judi-cial, que seria mais danosa, financeiramente falando.

Vazamento e desperdícioem Caxias

Transparência totaln Agora é lei: prefeituras e governo do estado, bem como as câmaras de verea-dores e assembleias legisla-tivas, são obrigados a divul-gar pela internet onde estão gastando o dinheiro dos im-postos e taxas arrecadados diariamente.

Essa obrigação faz parte do texto da PEC 131, que entrou em vigor no ano passado, alterando a Lei de Responsabilidade Fiscal, que vinha sendo burlada solenemente por prefeitos e vereadores.

Pelo novo texto da referi-da lei, o Poder Público de-verá divulgar, on line, a re-ceita e as despesas diárias, indicando o que comprou, como comprou e quanto pagou. Será a oportunida-de para o eleitor fiscalizar mais de perto o que nossos governantes, de todos os ní-veis, estão fazendo com o nosso dinheiro.

Assim, ficaremos saben-do, por exemplo, quanto a Prefeitura de Duque de Caxias arrecada com a Taxa de Ilu-minação e quanto paga às

concessionárias pelo forne-cimento.

Da mesma forma, sa-beremos também quanto custa o aluguel dos contê-ineres que a Secretaria de Saúde de Duque de Caxias alugou para fazer funcio-nar as UPAs 24 Horas. Ou quanto custa o aluguel mensal das viaturas da po-lícia, que não garantem a segurança dos próprios policiais, pois são carros comuns, sem blindagem contra pistolas e fuzis dos bandidos.

n No último dia 25, o Insti-tuto Milenium fez uma cam-panha nacional, reunindo em-presários de diversos setores e vendendo produtos com descontos equivalentes aos impostos cobrados.

Desta vez, o alvo foi a ga-solina, onde o governo imbu-te mais de 53% de impostos,

que ninguém sabe onde estão sendo aplicados.

Com a medida, teve pos-to que vendeu 20 mil litros de combustíveis ao preço de pouco mais de R$ 1,00 – isso mesmo – Um Real. Nesse exemplo, o dono do posto que aderiu à campanha recolheu todos os tributos normalmente.

Isto é, bancando do seu bolso o imposto hoje cobrado em cada litro de combustível.

Embora seja sede de uma das maiores refinarias do País e a segunda potência econô-mica do estado, só perden-do para a capital, Duque de Caxias não participou dessa campanha altamente edu-

cativa. Nenhum posto de combustível da cidade ade-riu à campanha. Afinal, eles dependem da Petrobras e da fiscalização feita pela Recei-ta Federal, pelo estado e pelo município.

• Num folheto amplamente distribuído nas grandes ci-dades, o Instituto Milenium,

que coordena a campanha por uma reforma tributária, mos-tra que o cidadão, ao tomar um copo de cerveja, paga dois. O parceiro de mesa é o Governo! A mesma situação se repete na conta de luz, com a famosa Taxa de Iluminação Pública cobrada em ruas sem iluminação alguma.

n Isso aqui era bem pior. A prefeitura recolhe o lixo, mas não tem jeito. Sempre tem um “espírito de porco” para jogar lixo em terrenos da Avenida Epitácio Pessoa e de ruas do bairro. É animal morto, entulho e lixo doméstico. Temos que conviver com os ratos e com a sujeira. O povo deveria ter mais educa-ção. Geraldo Veloso - Rocha Sobrinho, Mesquita.

n Acontecem muitos acidentes no cruzamento entre a Rua das Flores e a Estrada Miguel Couto, na altura da Praça Jararaca e Ratinho. No local, não há nenhuma sinalização luminosa, nem placas, nem que-bra-molas. A placa indicativa mais próxima fica longe do cruzamento. Marcos de Alcântara Serrão - Parque Tietê, São João de Meriti.

Buracose lamanVárias ruas do bair-ro Santa Marta, onde moro, não são asfalta-das. Elas estão cheias de buracos e, sempre quando chove, ficam inundadas. Constan-temente, tenho que pisar na lama quando saio para trabalhar. Luiz Cláudio Alves Costa - São Vicente, Belford Roxo.

n Há muitos anos, eu e os outros moradores da Rua Macaé enfrentamos os mesmos problemas. Dois terrenos da Light estão tomados de mato alto e tanto lixo que a rua chega a ser invadida. Nem sempre a prefeitura aparece para fazer a coleta. O local também é muito perigoso. Ele é utilizado para assal-tos, furtos de carros, desova de cadáveres e até assassinatos à luz do dia. Mas o estranho é que dificilmente passa policia-mento. Carlos da Silva - Parque Lafaiete, Duque de Caxias.

n Cavalos e éguas estão à solta em Duque de Caxias. Frequentemente, vejo alguns desses animais circulando livremente na Avenida Nilo Peçanha, no Parque Lafaiete, e noutro dia, após sair de casa, pude observar uma égua e seu filhote até mesmo na porta de uma das residências do prefeito José Camilo Zito dos Santos, no bairro Doutor Laureano. A menos de 50 metros da casa, os dois rasgavam sacos de lixo, em busca de alimentos. Es-ses animais também são criados soltos nas ruas da localidade e ainda do bairro Vila São Sebastião, que fica próximo. Eles atrapalham o trânsito e defecam constantemente. É uma baderna! Vinícius Teixeira - Doutor Laureano, Duque de Caxias.

n A impressão dos pe-destres é de que as obras de reurbanização do Centro de Duque de Ca-xias são de emergência, tais os problemas que ela vem provocando, como o rompimento de redes de água e esgotos (foto), o que demonstra que nem a Prefeitura sabe o que existe no subsolo do município, sem esquecer o desperdício de água provocado pelo vazamento.

Page 4: Edição nº 13 (JUNHO/2010)

6 | JUNHO DE 2010 JUNHO DE 2010 | 7

Aliás, outros estranhos fatos ocorri-dos nos cemitérios de Caxias estão sen-do investigados pela 59ª DP. A pedido da Secretaria Municipal de Serviços Pú-blicos, que, desde maio do ano passado, é responsável por todos os cinco cemi-térios do município, a polícia vem apu-rando, há mais de um mês, denúncias de que outras três sepulturas do Tanque do Anil tiveram a identificação adulterada.

De acordo com as denúncias, as de nú-mero 2094, 7771 e 7879, que são origi-nalmente para aluguel (período até três anos), foram modificadas clandestina-mente para sepulturas próprias (SP) e a sepultura 7771 ainda foi adulterada para 7777. Também há informações de venda ilegal e de violações e adulterações da identificação de ossários perpétuos.

Todas essas irregularidades têm como principal suspeito um funcionário que trabalha há mais de 20 anos no cemitério. Segundo funcionários do local, o acusado - que já foi administrador do Tanque do Anil e atualmente está afastado do cargo de supervisor - os procurou em diferentes ocasiões para fazer pedidos que, sendo atendidos, iriam ajudá-lo nas ações ilegais. Para convencê-los, ele teria oferecido dinheiro e ainda feito ameaças.

Vários empregados do cemitério já prestaram depoimento na delegacia de Duque de Caxias, inclusive a supervisora Tatiana Maciel, que fotografou as adulterações. O suspeito também foi ouvido e negou as acusações. O delegado-titular da 59ª DP, Carlos César Santos, explicou que as investigações estão em sua fase preliminar e que outras pessoas serão ouvidas.

Famílias são vítimas do descaso nos cemitérios de Caxias“Vi ossos jogados no chão”As condições do Cemi-

tério do Corte Oito, por exemplo, se tornaram moti-vo de reclamações de mui-tas pessoas que costumam visitar seus parentes. É o caso do mecânico Dancler Rangel e seus familiares. Proprietária de um jazigo no campo santo, onde estão sepultados o pai de Dancler e outras pessoas, eles quei-xam-se do abandono e da falta de segurança no local: “O cemitério está muito lar-gado. Quando meu pai fale-ceu, no dia 12 de outubro, vi túmulos abertos e ossos expostos, jogados no chão. E, no Dia de Finados, acon-

teceu um tiroteio dentro do cemitério. Traficantes armados vivem lá e temos que pedir licença. É uma situação de total inseguran-ça. Já fiz várias reclama-ções na administração, mas não adiantou nada.”, disse o mecânico. Sua tia Delma de Souza Rangel também está horrorizada: “Em ja-neiro deste ano, meu ma-rido morreu e tivemos que pagar a uma pessoa que fez uma trilha para chegarmos à sepultura. Aquilo ali está igual a um pasto, um mau cheiro terrível. É uma falta de respeito com as famí-lias.”, completou Delma.

FOTOS: ALBERTO ELLOBO

Glauco Rangel - [email protected]

n“A gente ia lá toda semana para fazer orações, colocar flores e chorar. Depois, quan-do vimos, era o corpo de outra pessoa, de uma mulher, total-mente decomposto. O corpo do meu pai sumiu. Onde ele está? O que fizeram com ele? Será que venderam para algu-ma faculdade?”.

O relato, num misto de pro-funda decepção, dor e imensa dúvida, é do supervisor de te-lemarketing Humberto Santos Moreira, 28 anos. O motivo é que seu pai, o mecânico aposen-tado Valmeri Moreira, desapa-receu misteriosamente após ser sepultado no Cemitério Nossa Senhora das Graças, mais co-nhecido como Tanque do Anil, em Duque de Caxias, em outu-bro de 2006.

A descoberta de que o cor-po de Valmeri, que morreu de parada cardíaca aos 52 anos, havia sido trocado pelo de uma mulher, não identificada, aconteceu em 2009. Perto de completar três anos do enterro, feito na sepultura H 6698 da Quadra 19 D, que tinha sido alugada, Humberto procurou o cemitério para fazer a compra do jazigo, que passaria a ser da

família. No entanto, ele foi in-formado que apenas o nicho, ou ossário (caixa onde ficam depositados os restos mor-tais), poderia ser adquirido.

Preocupado em assegurar o depósito dos restos mortais do pai - faltavam poucos dias para completar três anos -, o rapaz adquiriu o ossário, ten-do pago R$ 120 pelo aluguel do mesmo, por um período de um ano, e, em seguida, solicitou a exumação, pela qual pagou R$ 30. No dia da retirada dos ossos, no final

de outubro, ele e outros familiares compareceram ao Tanque do Anil.

Eles não imaginavam que, logo após a abertura

do jazigo, um fato inespe-rado causaria um choque. A ossada que ocupava o local não era a do aposentado, mas a de uma pessoa do sexo feminino. A surpreen-dente identificação foi feita pelo cabelo e pela roupa: “Primeiro, estranhei o ca-belo e, depois de levantar o véu, vi uma blusa verde

PREFEITURA RESPONSABILIZA ANTIGA FUNERÁRIA

Uma decisão da 4ª Vara Cível da Comarca do municí-pio cassou a concessão da Funerária Duque de Caxias, que durou mais de 40 anos. Com isso, em maio de 2009, a prefeitura assumiu a administração de todos os cemi-térios da cidade. Segundo a prefeitura, a situação de de-gradação dos campos santos logo foi constatada e um dos motivos para que chegasse a isso foi o fato de a antiga concessionária nunca ter respeitado a legislação que trata do meio ambiente em cemitérios, criada em 1986. Ela in-formou ainda que a Secretaria de Serviços Públicos abriu processo administrativo para apurar as irregularidades no Cemitério Tanque do Anil, antes de encaminhar o caso à 59ªDP.

e um sutiã. O esqueleto era de uma mulher.”, contou Humberto.

Muito abalados, os familia-res, que moram no bairro Jar-dim Primavera, comunicaram o ocorrido à administração do cemitério e registraram queixa na 59ª DP (Duque de Caxias). Eles pensam em en-trar com uma ação na Justi-ça, mas querem mesmo uma resposta sobre o que foi feito com o morto: “Não queremos dinheiro. Só saber onde estão os restos mortais do meu pai.” – disse o rapaz, que tem dois irmãos, Valdemir e Beatriz. Todos são frutos do casamen-to de Valmeri com Josefa dos Santos Moreira, que viveu 31 anos com o aposentado: “Ele não merecia passar por isso.”, lamentou a esposa.

Pelas condições do esque-leto encontrado na sepultura, totalmente seco, a suspeita é de que a mulher tenha mor-rido na mesma época. Estra-nhamente, segundo informa-ções da administração, não houve qualquer registro do seu sepultamento no li-vro do Cemitério Tanque do Anil.

FUNCIONÁRIO ACUSADO DE VIOLAR E VENDER TÚMULOSn A reportagem do Jornal Popular percorreu os cinco cemitérios da cidade. No Corte Oito, encontrou um cenário de abandono e destruição

n Sepulturas e caixões abertos são um indício de ações criminosas que vêm sendo investigadas

n Na Taquara, área com covas rasas encontra-se tomada pelo mato e por água misturada com resíduos de sangue que saem dos corpos

n Delma, Ely e Dancler reclamam da falta de conservação

n Josefa e Humberto sofrem com o sumiço do corpo de Valmeri

Page 5: Edição nº 13 (JUNHO/2010)

8 | JUNHO DE 2010 JUNHO DE 2010 | 9

n “O atendimento daqui sempre foi uma porcaria e agora está muito pior.” A reclamação, da dona de casa Rita Maria Santos da Costa, é uma das muitas que podem ser testemu-nhadas na porta do Hos-pital Municipal Juscelino Kubitschek, em Nilópolis. Diariamente, pessoas que chegam à procura de mé-dico acabam indo embora sem ser atendidas.

Esse foi o caso, por exemplo, da aposentada Maria Dolores Pinheiro, 67 anos. Com forte gri-pe, ela procurou o posto de saúde do bairro Paiol, onde foi informada que não havia médico. Na unidade do bairro Cabral, ouviu que somente con-seguiria a consulta dali a um mês. Foi então que se dirigiu à Emergência do Hospital JK, no Centro. Mais uma vez, porém, saiu sem resolver o seu problema:

“Estou cheia de catar-ro e tossindo há um mês. Vim ao hospital munici-pal e disseram que não tem médico. Não me de-ram solução alguma. A

saúde em Nilópolis está horrível. Agora, vou ter que ir para a UPA de Ricardo de Albuquerque.”, disse Maria Dolores em tom de desa-bafo, enquanto ia embora.

Na mesma hora, várias outras pessoas, na grande maioria mulheres, se aglo-meravam em frente à Emer-gência. Elas também se queixavam de falta de aten-dimento, de muita demora na fila de espera e ainda de negligência médica.

“Sinto dor no peito há uma semana. Cheguei às 8h, à procura de um cardiologista. Ele parou de atender às 11h e não voltou. É muita demo-ra.”, falou a auxiliar de serviços gerais Marilde Thiago, já bem depois do meio-dia.

“Há um ano, um médi-co daqui disse que minha filha tinha que tomar in-jeção na veia. A enfer-meira gritou que ela não

iria aguentar e aí ele res-pondeu que poderia ser no músculo mesmo. E, no final do ano passado, uma médica falou, sem fazer exame, que meu filho estava com uma es-pinha inflamada. Voltei com ele no dia seguinte e um porteiro comentou que era celulite facial, o que foi confirmado por um segundo médico.”, contou a cabeleireira Marinez Moreira.

ALBERTO ELLOBO

n Demora para o atendimento e falta de médicos causou revolta e houve discussão com o administrador (E)

n Segundo o admi-nistrador do Hospital Juscelino Kubitschek, Diogo Santos, a uni-dade, que possui ainda setor para atendimento infantil e maternidade, encontra-se superlota-da. Por isso, a priori-dade é para casos mais graves:

“O hospital é de pe-queno porte e está su-perlotado. Fazemos uma triagem e priorizamos casos mais sérios, como AVC, infarto e falta de ar. Também recebemos moradores de outros municípios e a demanda é muito grande. Temos médicos sim, mas só para o que for priori-dade. Não há condições de atendimento ambula-torial. E acho um absur-do ter que atender uma gestante de São João de Meriti, se lá agora tem o Hospital da Mulher.”, afirmou Diogo.

Prioridade para casos mais graves

Glauco Rangel - [email protected]

n Inaugurada há pouco mais de um ano, a Praça Mascarenhas de Moraes, no bairro Rocha Sobri-nho, em Mesquita, já está des-truída. O alambrado da quadra de esportes encontra-se arreben-tado e os brinquedos estão que-brados. Ela foi construída junto a um canal e um problema ainda mais sério põe os moradores em perigo. Há alguns meses, boa parte do piso afundou. Até hoje, a prefeitura não tomou provi-

dência e crianças, adolescentes e idosos correm risco de cair no valão.

“Na época, a Defesa Civil es-teve aqui e interditou essa parte da praça. Mas só puseram aque-las fitas e foram embora. Nin-guém voltou mais aqui para con-sertar.”, queixou-se a aposentada Tereza Maria, 63 anos.

Para os moradores, as obras de revitalização na localidade não foram realizadas como de-veriam. As famílias que moram nas ruas Gemine e Presidente

Kennedy, que beiram o canal, sofrem com as enchentes toda vez que chove um pouco mais forte. Vários moradores já per-deram móveis, eletrodomésticos e alimentos por causa da água que invade as casas. Eles reclamam que, devido a essa situação, os imóveis da região estão desvalori-zados. Na tentativa de amenizar o problema, alguns moradores contrataram Gilberto Xavier, 45, que também reside no lo-cal, para fazer a limpeza dos bueiros que vivem entupidos.

Anne Moreira - [email protected]

Perigo na hora do lazer em MesquitaCom medo de enchente,

moradores desentopem bueiro

FOTOS: ALBERTO ELLOBO

ALBERTO ELLOBO

n Morador da Rua Gemine há 20 anos, o montador de móveis Edvaldo Soares, 37 (foto), pre-o c u p a - s e em limpar o bueiro que fica em fren-te à sua casa. “ S e m p r e que estou de folga, venho aqui fazer a limpeza. A coleta de lixo está excelente, mas nunca vi nin-guém da prefeitura limpar os bueiros, nem o valão. A gente

é que sofre quando essa rua enche. Pensei que, com essa obra aqui no bairro, a situação

iria melhorar.”, falou Edvaldo, sem esconder a decepção, mas ainda com es-perança de que o prefeito Artur Messias vai dar mais atenção à região.

“O prefeito disse que ia dar um jeito nessa situação e tam-par esse valão. É o que nós mais queremos.”, pediu.

A gente éque sofre

quando essa rua enche

”n Meses após a construção, o piso da área de lazer afundou. Idosos e crianças correm risco de cair no canal

Emergência de Queimados aindasem data para inauguração

Marquises em ruínas são ameaça em Meriti

n Continua uma incerteza o início do funcionamento de parte do Hospital Regional de Queimados, que começou a ser construído há 20 anos e cuja absurda demora da obra, que conta com recursos do governo federal, foi assun-to de reportagem de capa do Jornal Popular em 2009. De acordo com a prefeitura de Queimados, o setor de Emer-

gência seria inaugurado em agosto do ano passado, o que não aconteceu. Segundo nova previsão, o setor estaria fun-cionando a partir de abril des-se ano, mas, novamente, nada se viu. Quase um ano após o primeiro prazo, as obras per-manecem em andamento. Até quando a população vai ter que esperar por essa “futura” unidade hospitalar?

n A marquise de alguns estabelecimentos comer-ciais da Avenida Castelo Branco, no Parque Ara-ruama, em São João de Meriti, devem estar preo-

cupando os pedestres que costumam transitar pela região.

No trecho que fica a pou-cos metros da Rua Castro Alves, é fácil perceber o

péssimo estado de conser-vação. Algumas marqui-ses apresentam rachadu-ras, ferragens à mostra e até mesmo a falta de parte do concreto, que já caiu.

DESCASO

ALB

ERTO

ELL

OBO

Atendimento precário em Nilópolis

Page 6: Edição nº 13 (JUNHO/2010)

10 | JUNHO DE 2010 JUNHO DE 2010 | 11

Câmara de Caxias faz festa para a Imprensa

Vidas Divididas

Velha é a mãe! ADULTO

ADULTO

ALBERTO ELLOBO

TEATRO RAUL CORTEz - Praça do Pacificador, s/nº, Centro de CaxiasData: 26 e 27 de junho - Horário: Sábado,às 20h, e Domingo, às 19hIngressos: R$30,00 (inteira), R$20,00 (antecipado) e R$15,00 (meia)

n Vidas Divididas”, uma comédia de Maria Adelaide Amaral e direção de Marcos Paulo, trata-se de um texto contemporâneo, polêmico e divertido. A história narra o cotidiano de três personagens de universos completamente diferentes, mas que se interligam. Nelson, um executivo filho de uma faxineira de escola pú-blica; Marisete, uma subsecretária suburbana, e Gilberto, um travesti interpretado por Antonia Fontenel-le, prometem divertir o público com muitas intrigas, irreverência e boas risadas. Imperdível!

T E

A T

R O

n Uma senhora de grande vitalidade e energia nega-se a ter 70 anos. Diz e vive como se tivesse 50. Sua filha, 39 anos, psicóloga, é bem diferente dela: aparen-temente centrada e calma, mora só e se preocupa com as extravagâncias da mãe. A peça começa no auge da crise da mãe, abandonada pelo marido, que não agüentou a convivência.

TEATRO SESI DUqUE DE CAxIASRua Arthur Neiva, 100, Bairro 25 de Agosto,Caxias - Tels: (21) 3672-8324 e 3672-8325

Data: 25 e 26 de junho - Horário: 20hIngressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

DIV

ULg

AçãO

DIVU

LgAçãO

FOTOS:ALBERTO ELLOBO

O verde e amarelo toma conta das ruas

n O Dia Nacional da Im-prensa, comemorado em 1º de junho, foi motivo de fes-ta para a Câmara de Verea-dores de Duque de Caxias. A homenagem aos profissio-nais da Imprensa da Baixada Fluminense foi iniciativa do presidente do Legislati-vo, Dalmar Lírio Mazinho. Cerca de 200 pessoas parti-

ciparam do evento, que ao contrário de outras soleni-dades, não contou com um buffet regado de salgadi-nhos e bebidas.

Nomes importantes fo-ram lembrados, como os jornalistas Josué Cardoso, Alberto Marques, Carlos de Sá Bezerra e Paulo César Caldeira, presi-

dente da Associação de Jornais do Interior do Estado do Rio de Janei-ro (ADJORI). O presidente da Câma-ra aproveitou a ocasião para fazer a divulgação da estreia, no início des-te mês de junho, de seu programa em uma rádio da região.

n Vereadores homenagearam jornalistas e empresários com moções

n O momento já é de Copa do Mundo e, nas ruas, a torcida brasileira respira futebol. Em diversos lu-gares, o verde e amarelo se espalha, simbolizando mais uma vez a paixão pela nossa seleção e o oti-mismo em mais uma con-quista.

Para expressar seu senti-mento, muitos brasileiros vestem orgulhosos a cami-sa do Brasil ou carregam algum acessório com as cores do time canarinho. E, seguindo outra tradição, ruas e fachadas também foram enfeitadas para o Mundial da África do Sul. Bandeiras e fitas pendura-das e a pintura de figuras que lembram a Copa estão por toda parte.

Como em outras cidades da Baixada, moradores de Duque de Caxias se mobi-lizaram para enfeitar sua rua. Entre tantas outras, as ruas Itaúna e Itabira, no bairro Itatiaia, e a Aveni-da Guanabara, no bairro Guanabara, também estão nessa corrente pelo hexa-campeonato.

Para decorar a Rua Itaú-na, os moradores ajudaram com dinheiro ou trabalho. O resultado foi uma mis-tura entre Brasil e África, com a presença do verde e amarelo e de animais como o elefante, a girafa e o le-

opardo Zakumi, mascote da Copa 2010: “Na Copa é assim, sempre decora-mos.”, disse a atendente Simone Alves, que liderou o mutirão. No dia 20 de junho, quando a Seleção Brasileira vai enfrentar a Costa do Marfim, eles pre-tendem fechar a rua.

Na Rua Itabira, a decora-ção para torcer pela Sele-ção Brasileira nunca faltou. E, segundo a organizadora Regeni Vieira, nos jogos do Brasil também não vai faltar animação: “Essa já é a quinta vez que chamo os vizinhos para enfeitar a Itabira e estou tentando colocar um telão. Vamos torcer muito.”, garantiu Regeni, proprietária de um treiler de lanches no local.

Se depender da empol-gação dos moradores da Avenida Guanabara, va-mos conquistar o hexa. Eles também decoraram o local com as cores do Brasil e ainda um boneco que representa os jogado-res. Adultos e crianças já arriscam um palpite: “O Brasil vai ser campeão em cima da Argentina.”, apostou Vânia Melo, uma das responsáveis pela de-coração. “E vai ganhar de 4 a 0, com gols de Kaká, Lúcio, Robinho e Grafi-te.”, completou o menino Thierry Vital.

Glauco Rangel - [email protected]

n Nas ruas, adultos e crianças expõem toda a alegria e a confiança na conquista de mais uma copa

JOGOS DA SELEÇÃO NA PRIMEIRA FASE

Brasil x Coréia do Norte - Terça-feira, 15/06, às 15h30

Brasil X Costa do Marfim - Domingo, 20/06, às 15h30

Brasil x Portugal - Sexta-Feira, 25/06, às 11h00

Animação da torcida pelo hexa do Brasil já se espalhou na Baixada

GRUPO G

Page 7: Edição nº 13 (JUNHO/2010)

12 | JUNHO DE 2010