edição nº 100

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MERCADO & NEGÓCIOS Comércio mundial de armas cresceu 24% nos últimos cinco anos Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ► 20 a 26 de março de 2012 Ano 4 nº 100 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % Fechamento: 19 de maRÇo de 2012 ►PÁGINA 2 Empresa pode trocar dívida por exames ►PÁGINA 2 Lei Geral da Copa deve ser votada esta semana Vigilantes furam greve e agências da Caixa em Caxias voltam a funcionar O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que vai dialogar com líderes do governo e da oposição na Casa na expectativa de construir acordo para votar a Lei Geral da Copa ainda esta semana. Segundo Chinaglia (à direita na foto, ao lado do ministro dos Esportes Aldo Rebelo), a votação do texto é umas prioridades da presidenta Dilma Rousseff. ►PÁGINA 5 Wilson Dias/ABr Receita Federal intensiica iscalização sobre importações irregulares A Receita Federal iniciou uma operação, chamada de “Maré Vermelha”, para intensiicar a iscaliza- ção sobre irregularidades na importação de produtos no país. A ação vai priorizar produtos cuja importação tem prejudicado a indústria nacional, como vestuário, cal- çados, brinquedos, eletroeletrônicos, bolsas, artigos de plástico, pneus e artigos de toucador (como cosméticos e perfumaria). ►PÁGINA 8 Campanha alerta pais A deputada estadual de Duque de Caxias, Claise Maria Zito agora é tam- bém cidadã de Petrópolis. O título foi entregue no Teatro Sesc Quitandi- nha pelo vereador Gil Magno e a solenidade reuniu vários parlamentares. ►PÁGINA 4 A campanha “Não Se Engane”, lançada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem como objetivo alertar os pais sobre a classificação indicativa dos programas exibidos na televisão. ►PÁGINA 5 Divulgação Moradores destacam ações de Marco Figueiredo no 3º distrito ANP cria comitê para analisar vazamentos O s diversos bairros do 3º distrito de Duque de Caxias receberam inúmeras melhorias a partir dos anos 90, quando a região passou a receber atenção por parte das autoridades estaduais, a partir da eleição de Marco Figueiredo (foto), que se elegeu vereador, depois deputado estadual e agora pré-cadidato à Prefeitura. São obras nas áreas de saneamento básico e pavimentação, de segurança pública e qualificação profissional, entre outros segmentos. ►PÁGINA 7 A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou, nesta segunda- feira (19), que criou um comitê de avaliação, para analisar os novos pontos de vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Ba- cia de Campos. Segundo a ANP, na última semana foram identificados no- vos pontos de vazamento no solo marinho. O comitê é formado por técnicos da Chevron Brasil Upstream Ltda, operadora do cam- po, da Petrobras e da Frade Japão Petróleo Ltda, que detêm participação na con- Valmir de Paulo cessão, que apresentarão estudos e informações com- plementares para ajudar a analisar o episódio. De acor- do com a ANP, o Ministério de Minas e Energia atuará como observador do comitê. Os representantes da Che- vron foram impedidos pela Justiça de deixarem o país. Dolar Comercial 1,809 1,811 0,44 Dólar turismo 1,740 1,930 0,00 ibovespa 67.730,31 0,07 lter Campanato-ABr ►PÁGINA 2

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Jornal Capital - Edição nº 100

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Page 1: Edição Nº 100

MERCADO & NEGÓCIOS

Comércio mundial de armas cresceu

24% nos últimos cinco anos

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ► 20 a 26 de março de 2012

Ano 4 ● nº 100www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

Fechamento: 19 de maRÇo de 2012

►PÁGINA 2

Empresa pode trocar dívida por exames►PÁGINA 2

Lei Geral da Copa deve ser votada esta semana

Vigilantes furam

greve e agências da

Caixa em Caxias

voltam a funcionarO líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que vai dialogar com líderes do governo e da oposição na Casa na expectativa de construir acordo para votar a Lei Geral da Copa ainda esta

semana. Segundo Chinaglia (à direita na foto, ao lado do ministro dos Esportes Aldo Rebelo), a votação do texto é umas prioridades da presidenta Dilma Rousseff. ►PÁGINA 5

Wilson Dias/ABr

Receita Federal

intensiica iscalização sobre importações

irregulares

A Receita Federal iniciou uma operação, chamada de “Maré Vermelha”, para intensiicar a iscaliza-

ção sobre irregularidades na importação de produtos no país. A ação vai priorizar produtos cuja importação tem prejudicado a indústria nacional, como vestuário, cal-çados, brinquedos, eletroeletrônicos, bolsas, artigos de plástico, pneus e artigos de toucador (como cosméticos e perfumaria).

►PÁGINA 8

Campanha alerta pais

Adeputada estadual de Duque de Caxias, Claise Maria Zito agora é tam-bém cidadã de Petrópolis. O título foi entregue no Teatro Sesc Quitandi-

nha pelo vereador Gil Magno e a solenidade reuniu vários parlamentares. ►PÁGINA 4

Acampanha “Não Se Engane”,

lançada pelo ministro da

Justiça, José Eduardo Cardozo,

tem como objetivo alertar os pais

sobre a classificação indicativa dos

programas exibidos na televisão.

►PÁGINA 5

Divulgação

Moradores destacam ações deMarco Figueiredo no 3º distrito

ANP cria comitê para analisar vazamentos

Os diversos bairros do 3º distrito de Duque de Caxias receberam inúmeras melhorias a

partir dos anos 90, quando a região passou a receber atenção por parte das autoridades

estaduais, a partir da eleição de Marco Figueiredo (foto), que se elegeu vereador, depois

deputado estadual e agora pré-cadidato à Prefeitura. São obras nas áreas de saneamento básico e pavimentação, de segurança pública e qualificação profissional, entre outros segmentos. ►PÁGINA 7

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural

e Biocombustíveis (ANP) anunciou, nesta segunda-feira (19), que criou um comitê de avaliação, para analisar os novos pontos de vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Ba-cia de Campos. Segundo

a ANP, na última semana foram identificados no-vos pontos de vazamento no solo marinho. O comitê é formado por técnicos da Chevron Brasil Upstream Ltda, operadora do cam-po, da Petrobras e da Frade Japão Petróleo Ltda, que detêm participação na con-

Valmir de Paulo

cessão, que apresentarão estudos e informações com-plementares para ajudar a analisar o episódio. De acor-do com a ANP, o Ministério de Minas e Energia atuará como observador do comitê. Os representantes da Che-vron foram impedidos pela Justiça de deixarem o país.

Dolar Comercial 1,809 1,811 0,44Dólar turismo 1,740 1,930 0,00ibovespa 67.730,31 0,07

lter Campanato-ABr

►PÁGINA 2

Page 2: Edição Nº 100

2 ►20 a 26 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,809 1,811 0,44Dólar turismo 1,740 1,930 0,00

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,617 5,618 0,52Dólar austrália 1,060 1,061 0,12Dólar Canadá 0,986 0,987 0,50Euro 1,323 1,324 0,49Franco Suíça 0,911 0,911 0,46iene Japão 83,380 83,420 0,08libra Esterlina inglaterra 1,588 1,589 0,28peso Chile 482,800 483,700 0,24peso Colômbia 1.756,000 1.759,000 0,09peso livre argentina 4,330 4,380 0,00peso México 12,636 12,642 0,24peso Uruguai 19,300 19,500 0,61

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 67.730,31 0,07iBX 22.787,33 0,19Dow Jones 13.239,13 0,05Nasdaq 3.078,32 0,75Merval 2.757,20 0,29

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

petróleo - Brent barril 127,050 127,070 0,65Ouro onça troy 1.663,490 1.664,800 0,01prata onça troy 32,920 32,980 0,12platina onça troy 1.671,990 1.681,500 0,00paládio onça troy 703,970 709,520 0,00

indicadores

poupança 20/03 0,524Poupança p/ 1 mês 19/03 0,533tR 19/03 0,030Juros Selic meta ao ano 9,75Salário Mínimo (Federal) r$ 622,00

Ponto de Observação

alberto marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

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Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

moReiRa FRanco é ministro chefe

da Secretaria de assuntos estratégicos

da Presidência da República

Colunado Moreira

A mulher e o mercado de trabalho

Neste mês de março, quando o Dia Internacional da Mulher se destaca nas celebrações, jornais voltam a

chamar atenção para o tratamento diferenciado entre os sexos no mercado de trabalho. Muitos dos levantamentos apontam a desigualdade na remuneração paga ao homem e à mulher, mesmo quando exercem funções semelhantes. Segundo o IBGE, no ano passado uma proissional do sexo feminino ganhava o equivalente a 72,3% do homem. Em 2003, elas recebiam cerca de 70,8%. Embora a situação tenha melhorado, esta diferença vem se reduzindo em um ritmo ainda lento.

A ampliação dos direitos das mulheres deve acompanhar as conquistas que elas já vêm obtendo com esforço e coragem. Ao longo das últimas décadas, elas vêm quebrando tabus, ocupando vagas até então exclusivamente masculinas. Um exemplo está nas plataformas de petróleo. Na década de 1970, havia apenas homens trabalhando embarcados na bacia de Campos. Hoje, as operações não podem prescindir da força feminina. E essa participação não é exclusiva da Petrobras. As companhias privadas que têm contratos com a estatal já empregam um grande contingente de trabalhadoras.

Na construção civil, setor considerado até pouco tempo um reduto masculino, o quadro começa a dar sinais de mudanças. Nas obras dos estádios de futebol visando a Copa de 2014, encontramos mulheres tanto nos trabalhos mais pesados como em funções de comando. São engenheiras, arquitetas, motoristas, auxiliares de serviços gerais ou cozinheiras. E a tendência é que a mulher esteja cada vez mais presente nos diversos setores da economia nacional.

A discriminação no mercado de trabalho é vergonhosa e precisa ser combatida por toda a sociedade nas esferas política e governamental. Neste momento, o Congresso Nacional discute uma iniciativa que estabelece punição para empresas que insistem em pagar valores menores para as trabalhadoras. A lei será muito bem-vinda, mas é preciso manter uma postura vigilante para que homens e mulheres possam ter suas diferenças valorizadas, o que é bom; mas a desigualdade jamais deve ser admitida, tendo em vista que é uma forma intolerável de injustiça.

Averbação de reconhecimento de paternidade deve ser gratuita

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai

determinar ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) que torne gratuita a aver-bação de reconhecimento de paternidade no estado. O plenário aprovou em sua 143ª. sessão ordinária a desconstituição de ato administrativo do TJMG, após aderir à divergên-cia aberta pelo conse-lheiro Bruno Dantas no julgamento do Procedi-mento de Controle Ad-ministrativo 0003710-7 2 . 2 0 11 . 2 . 0 0 . 0 0 0 0 , relatado pelo conselhei-ro José Guilherme Vasi Werner.

Segundo o voto di-vergente do conselheiro Kravchychyn, o artigo 5º da Constituição Fe-deral garante a gratui-dade do registro civil de nascimento para os

reconhecidamente pobres, o que considerou direito fundamental. “Os direitos da personalidade de Pater-nidade e de Filiação não podem ser restringidos aos mais necessitados”, air-mou o conselheiro em seu voto. O conselheiro citou o programa da Corregedo-ria Nacional de Justiça “Pai Presente”, que tem como objetivo “sensibilizar e es-clarecer a importância de tais documentos”, disse. O programa busca reduzir o número de crianças e ado-lescentes sem o nome do pai no registro de nasci-mento.

Após formalizar o re-conhecimento de paterni-dade, o pai pode preencher requerimento de averbação e encaminhá-lo ao Cartó-rio de Registro Civil onde a criança foi registrada. Deve anexar ao pedido o traslado da escritura públi-ca ou o instrumento parti-cular do reconhecimento

da paternidade. O reque-rimento é então analisado pelo Oicial de Registro e esse documento é encami-nhado ao Fórum, onde, ou-vido o Promotor de Justiça, é dada a autorização pelo Juiz Corregedor Perma-nente e feita a averbação de reconhecimento de paterni-dade e expedida nova cer-tidão de nascimento, agora constando o nome do pai.

Como muitos casais ainda vivem maritalmente, isto é, sem a formalização do casamento, o conhe-cido "papel passado", e a legislação não permitem à mulher indicar o nome do suposto pai ao fazer o registro de nascimento do ilho, milhares de crian-ças por todo o País sofrem duplamente: o espaço em branco na certidão de nas-cimento e a falta da igura paterna na sua infância. Para a ausência física do pai a lei não tem como remediar, mas preencher

a indesejável lacuna na certidão de nascimento é perfeitamente possível. Principalmente porque, agora, a controvérsia sobre a paternidade é fa-cilmente superável pelo exame de DNA, que é gratuito para quem não pode pagar.

Da mesma manei-ra como foi simpliica-do o ritual do divórcio, que agora pode ser fei-to através de registro em cartório de Títulos e Documentos para os casais sem ilhos e bens a partilhar, o reconheci-mento da paternidade foi igualmente simpliicado, dando ao pai a opção de fazê-lo por escritura pú-blica ou particular. Enca-minhado ao Cartório de Registro das Pessoas Na-turais e considerado na forma da lei, a averbação é um simples adendo ao registro original baseado nas declarações da mãe.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

(*) Fechamento: 19 de maRÇo de 2012

Agências da Caixa voltam a fazeratendimento presencial em Caxias

A greve dos vigilantes do Estado do Rio de

Janeiro, que começou no Estado do Rio na segun-da-feira (12), provocou a suspensão no atendimento presencial das principais agências bancárias na Bai-xada Fluminense. Porém, o atendimento começou a se normalizar nas agências da Caixa em Duque de Ca-xias, conforme constatou a reportagem do Capital. Ao todo, a Caixa conta com cinco agências no municí-pio. Os outros bancos, po-rém, continuam operando apenas com os caixas ele-trônicos.

Uma denúncia chegou ao conhecimento do jor-nal, de um empresário, que icou impossibilitado de fazer um depósito judi-cial, que obrigatoriamente deveria ser feito na Caixa, onde é correntista. Outros usuários também foram prejudicados com a greve, pois não puderam recolher contribuições trabalhis-tas obrigatórias. Também houveram denúncias de correntistas que icaram impossibilitados de utilizar as máquinas de auto aten-dimento. “Os atendentes mandavam a gente se di-rigir às lotéricas mas lá só aceitavam no máximo R$ 1.000. Depósitos em che-

ques não eram recebidos na agências e nem nas lotéri-cas”, se queixou um conta-dor que pediu para não ser identiicado.

Na agência Grande Rio, localizada na avenida Pre-sidente Vargas, em frente ao “Mergulhão”, o gerente André Rodrigues informou que a agência voltou a ope-rar desde a última sexta-feira (16). “Estamos fun-cionamento mesmo sem o término da greve dos vi-gilantes bancários. Antes, não podíamos abrir a agên-cia, pois não contávamos com segurança e o atendi-mento envolve operação com dinheiro vivo”, obser-vou o gerente. Indagado se

haveria alguma compen-sação para compromissos que não puderam ser sal-dados em função da gre-ve, como depósitos, por exemplo, André Rodrigues disse que “em princípio, não, pois havia meios al-ternativos para isso, como casas lotéricas e uma ou outra agência em funciona-mento”, sem informar, po-rém, qual ou quais faziam tais operações. Segundo André, mesmo com a gre-ve, ele e sua equipe faziam triagem na parte externa da agência, solucionando pro-blemas diversos, desde que não fossem em espécie, e evitando que o cliente vol-tasse para casa sem atendi-

mento. A agência, segundo ele, atende em média 500 pessoas por dia.

A greve dos vigilantes bancários teve início na semana passada. Esta é, nos últimos anos, a pri-meira grande paralisação da categoria, que conta com cerca de 70 mil pro-issionais. Os vigilantes reivindicam reajuste sala-rial de 2%, reposição da inlação de 2011, plano de saúde, aumento do au-xílio alimentação para R$ 16,50 e melhoria da boni-icação por risco de vida, que hoje é de apenas 8%. Segundo os sindicalistas, o Rio tem o oitavo pior sa-lário do país.

Josué Cardoso

Empresas podem quitar ICMS realizando exames no SUS

Foi sancionada sexta-feira (16), a lei que

vai permitir que empresas devedoras de ICMS no Estado paguem suas dí-vidas realizando exames de diagnóstico, como ul-

trassom, ecocardiograma, tomograia, ressonâncias magnéticas e medicina nuclear em pacientes aten-didos pelo SUS. A opção vale para laboratórios e hospitais que entraram na

dívida ativa pelo não reco-lhimento do imposto em importações de equipa-mentos entre 2002 e 2008. Nesse período, alguns es-tabelecimentos realizaram importações através de

outros estados, com me-nor alíquota de ICMS e, por conta dessa irregulari-dade, foram autuados pelo Estado. O valor total da dívida está em cerca de R$ 40 milhões.

Page 3: Edição Nº 100

3►20 a 26 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

diLma RoUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

SURIAN F. DE ALMEIDA, 16 anos, estudante em Ponta Grossa (PR) - Qual é a meta do governo para

os trabalhadores de baixa renda?Presidenta Dilma – Surian, nós temos implementado

várias políticas para elevar a renda dos brasileiros que ganham menos, buscando transformar o Brasil

num país de classe média. Adotamos uma política de valorização do salário mínimo, que, desde o início do governo Lula, já aumentou 66% acima da inlação. Criamos, em outubro, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego

(Pronatec) para oferecer 8 milhões de vagas no ensino proissionalizante aos nossos jovens e trabalhadores até 2014. Tomamos também várias medidas para estimular os microempreendedores, reduzindo tributos

e diminuindo a burocracia. Com o Crescer – Programa Nacional de Microcrédito, reduzimos os juros do

microcrédito para 8% ao ano, garantindo recursos em condições mais adequadas para que mais pessoas possam abrir seus próprios negócios. Criamos ainda o Brasil sem Miséria, para retirar 16,2 milhões de brasileiros da pobreza extrema. E temos adotado todas

as medidas necessárias para garantir a continuidade do crescimento econômico, que gera empregos, o

que é fundamental para que os trabalhadores tenham

salários cada vez melhores. Os resultados das nossas ações são animadores. Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas há duas semanas, 40 milhões de pessoas foram incorporadas à classe média entre

2003 e 2011, e somente em 2011 a pobreza caiu 7,9%.

VANESSA FRANÇA VILELA, 58 anos, corretora de imóveis em Sete Lagoas (MG) - Há licitação para a construção de rodovias, mas não existe a garantia da qualidade da obra, que mal é concluída e já apresenta defeitos graves. Muitas vezes são contratados por 15 cm de asfalto e eles colocam só 5 cm. Que Dnit é esse que não iscaliza nada?

Presidenta Dilma – As construtoras são obrigadas por lei a entregar as obras com a qualidade especiicada no contrato. Quando o trabalho é mal executado,

Vanessa, as empresas são obrigadas a corrigir as falhas, como ocorreu, por exemplo, com a BR-174-RR, com a BR-101-Nordeste, e agora com a BR-364-AC, que está sendo refeita. Para evitar a ocorrência desses problemas, o DNIT está intensiicando a iscalização. O órgão está sendo mais rigoroso quanto à notiicação das empresas, que podem ser multadas e serem declaradas inidôneas, o que impede que

venham a irmar novos contratos com a administração federal. Está em fase de conclusão no Dnit uma revisão do modelo de contratação das empresas que

fazem a supervisão de obras, para que o órgão possa ser mais exigente em relação ao produto inal. Quanto às camadas de asfalto, o pagamento do serviço só é feito após a retirada de amostras para comprovar a real espessura. Essas amostras icam à disposição dos órgãos de controle e iscalização. O cidadão que souber de alguma irregularidade, pode acionar a Ouvidoria

do Dnit – o telefone, e-mail e endereço estão na página www.dnit.gov.br/paginafaleconosco.

CARLOS AURÉLIO MORO, 37 anos, empresário em Curitiba (PR) - O que é mais importante, investir em obras que sejam aproveitadas pelo povo

brasileiro todos os dias e 24 horas por dia (hospitais e estradas) ou investir em obras que sejam utilizadas durante 6 horas às quartas e 6 horas aos domingos (estádios para a Copa)?

Presidenta Dilma – Carlos, não existe contraposição entre a construção de hospitais e estradas e as obras

nos estádios. Essa é uma falsa questão. Não há recursos do orçamento federal investidos nos estádios. A participação federal na reforma e construção dos

palcos dos jogos, que também são importantes para as

cidades, ocorre apenas na forma de inanciamento do BNDES. Ou seja, em dinheiro que retornará ao banco, com o acréscimo de taxas e juros, como qualquer outro

empréstimo. Os recursos federais investidos são em

obras de infraestrutura que servirão ao período dos jogos, mas permanecerão como legado para toda a

população. Realizar um evento como a Copa do Mundo

tornará o Brasil mais conhecido em todo mundo, atraindo turistas e gerando empregos. Hoje, milhares

de homens e mulheres já se beneiciam, trabalhando nas obras de reforma e construção de estádios, de mobilidade urbana, nos aeroportos e nos portos. Entre

2011 e 2014, só nas 12 cidades-sede dos jogos, vão ser investidos R$ 23 bilhões em infraestrutura. O aumento do turismo e do consumo resultará em outros R$ 14 bilhões. Todos estes investimentos vão gerar mais emprego, mais renda e melhorar a qualidade de vida

em nosso país.

Exportações fecham terceira semana do mês superando importações

A balança comercial brasileira registrou

superávit de US$ 468 mi-lhões na terceira semana de março, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Ex-terior (MDIC). O saldo positivo é resultado das exportações de US$ 4,921 bilhões e importações de US$ 4,453 bilhões. No mês, a média diária de em-barques externos icou em

US$ 984,2 milhões. Nas compras internas, a média diária registrada icou em US$ 890,6 milhões. Quan-do comparados aos da se-mana anterior, os embar-ques externos aumentaram 5,7%, e as importações re-cuaram 0,4%.

No acumulado do mês, as exportações alcança-ram US$ 11,438 bilhões, enquanto as importações registraram US$ 10,710 bi-lhões, tendo saldo positivo de US$ 728 milhões. No

ano, as exportações somam US$ 45,607 bilhões e as importações, US$ 44,456 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,151 bilhão.

As exportações melho-raram em razão do aumen-to de vendas de produtos básicos (+14,1%), princi-palmente petróleo, soja em grão, café em grão e fare-lo de soja. Também houve acréscimo nos embarques de manufaturados (+8,6%), principalmente, óleos com-bustíveis, automóveis e

veículos de carga. Em con-trapartida, houve queda nas exportações de semimanu-faturados (-29,8%), princi-palmente de celulose, ferro fundido, óleo de soja em bruto e açúcar em bruto.

Do lado das importa-ções, a queda é decorrente da diminuição nos gastos com combustíveis e lubri-icantes, equipamentos me-cânicos, químicos orgâni-cos/inorgânicos, plásticos e obras e adubos e fertili-zantes.

De cada cinco produtos consumidos

no Brasil em 2011, um foi importadoUm em cada cindo pro-

dutos industriais con-sumidos no país no ano passado foi importado, in-forma o estudo Coeicien-tes de Abertura Comercial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divul-gado hoje (19). Segundo o documento, a “partici-pação de bens importados no consumo doméstico de produtos industriais alcançou nível recorde em 2011". O coeiciente de ingresso de produtos importados aumentou 2 pontos percentuais, entre 2010 e 2011, alcançando 19,8%. O maior aumen-to foi veriicado no setor de informática, eletrôni-cos e ópticos, que saiu de 45,4% para 51%, seguido

por derivados de petróleo e combustível (de 17,8% para 23,3%); e máquinas e equipamentos (de 32,5% para 36,8%).

De 23 setores pesqui-sados, oito atingiram os níveis máximos da série histórica do coeiciente de penetração de importações, que começou em 1996. A maior participação de im-portação foi veriicada na extração de carvão mineral (87%); seguida pelos seto-res de extração de petró-leo e gás natural (54,5%); informática, eletrônicos e ópticos (51%); outros equipamentos de transpor-te (37,3%); e máquinas e equipamentos (36,8%).

A pesquisa também apurou que as exporta-

ções de produtos indús-triais cresceram em 2011 para 19,8%, dois pontos percentuais acima do re-gistrado em 2010. Mesmo com o aumento, a fatia de participação está abaixo do recorde de 2004, de 22,9%. “A grande maioria dos setores ainda apresen-ta coeicientes inferiores aos níveis máximos alcan-

çados na década passada, com exceção de extração de carvão mineral e celu-lose e papel”, informa o documento da CNI.

A pesquisa é feita a par-tir do cruzamento de dados de informações do Institu-to Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Setor produtivo espera crescimento

do PIB de 3,5% este anoAs 44 entidades liga-

das ao setor produti-vo ouvidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projeta-ram crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. O número faz parte do Sensor Econô-mico, divulgado hoje (20) em São Paulo. A previsão é menor do que a estimativa do governo, de expansão da economia em torno de

4,5%. O Sensor apontou expectativa de criação de 1,9 milhão de empregos em 2012, próxima da pre-visão do governo federal, de expansão de 2 milhões de empregos.

Com relação à inlação, a previsão aponta para 5,3% no fechamento deste ano, ainda acima, portanto, do centro da meta (4,5%) de inlação do governo para este ano, mas dentro

da faixa de variação de 2 pontos percentuais admi-tida pela política de metas inlacionárias. Para a taxa básica de juros (Selic), os agentes do setor produti-vo preveem que há espaço para, ao menos, mais uma queda por parte do Banco Central. Atualmente em 9,75% ao ano, a expecta-tiva dos entrevistados pelo Ipea é que feche 2012 em 9,5% ao ano.

Com relação as expor-tações, a estimativa medi-da pelo Sensor Econômico coincide com a meta anun-ciada pelo governo fede-ral: US$ 264 bilhões. Para as importações, a projeção é chegar a US$ 244 bi-lhões. A pesquisa apurou ainda que os agentes do setor produtivo trabalham com a hipótese de o dólar fechar o ano cotado a R$ 1,75.

Banco de Imagens

Page 4: Edição Nº 100

4 ►20 a 26 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

o valor da informaçãoMERCADO & NEGÓCIOS

Anuncie!

Ligue: 21 2671-6611

Divulgação

Em 2011, a Firjan divulgou uma pesquisa que de-iniu como critica a falta de agilidade na conexão

com a internet e a má qualidade dos serviços pres-tados pelas operadoras de telefonia. Foram ouvidas 40 grandes empresas luminenses do porte da Coca-Cola, Glaxo, L´Oreal do Brasil, dentre outras, que apontaram sua insatisfação com relação à velocidade de banda, à presença nacional fraca dos serviços, e a compatibilidade entre a velocidade real de banda e a contratada.

Fato é que pagamos muito mais caro no País do que em outros cantos do mundo por um serviço mui-to pior. Apesar dos investimentos maciços em infra-estrutura, os altos impostos também ajudam a enca-recer o serviço e os equipamentos necessários para o seu funcionamento.

Temos debatido no Fórum Permanente de Desen-volvimento Estratégico do Estado do Rio de Janei-ro as oportunidades de desenvolvimento do setor de Tecnologia de Informação por conta dos megaeven-tos. Nestes debates, temos ressaltado a importância de avançar com os limites da infraestrutura que está sendo construída para dar conta destes eventos. Para a sociedade se beneiciar destes investimentos é pre-ciso aprofundar o debate, e não apenas revelar os gargalos, mas exigir que os investimentos sejam fei-tos para estimular a disseminação da banda a preços mais baixos. A cada ano que passa, a necessidade de conectividade aumenta. Para prestar um bom serviço a empresa precisa estar na rede e atender ao consumi-dor que demanda o seu serviço.

Não podemos deixar que a banda larga continue a ser entraves à competitividade e ao desenvolvimento.

GeiZa Rocha é jornalista e secretária-geral

do Fórum Permanente de desenvolvimento

estratégico do estado do Rio de Janeiro

ornalista Roberto marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Gargalo tecnológico

Deputada Claise Maria Zito recebe

título de Cidadania em PetrópolisO cenário foi o tradicio-

nal Palácio Quitan-dinha, fundado em 1944 e que até hoje mantém-se como o maior palácio bra-sileiro. Pela primeira vez o local recebeu a tradicional solenidade realizada anual-mente pela Câmara de Ve-readores de Petrópolis, que marca as comemorações do aniversário de fundação da cidade, a entrega dos Títulos Honoríicos de Ci-dadania conferidos no ano de 2011, ocorreu na noite da última sexta-feira, 16 de março, no Teatro Sesc Qui-tandinha. Entre os agracia-dos, destacou-se a deputa-da estadual Claise Maria Zito (PSD) que logo em seu primeiro mandato par-lamentar na Alerj integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que in-vestiga os responsáveis pela tragédia causada pelas chuvas no local no início de 2011 e principalmen-te, pelo trabalho por ela realizado na presidência

da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Alerj.

- Sinto-me muito hon-rada em receber o título de cidadã da cidade de Petró-polis, pois para mim é o reconhecimento ao traba-lho que tenho procurado desenvolver não somente para a minha região que é a Baixada Fluminense, mas para toda a população do nosso estado. Tenho focado o meu mandato na comissão que presido e que cuida dos assuntos referen-tes às crianças, adolescen-tes e idosos e isso tem me permitido percorrer várias regiões do estado para di-vulgar as campanhas de combate ao crack que se tornou uma verdadeira epi-demia entre nossos jovens e a campanha de respeito aos idosos nos transportes públicos que surgiu de uma Audiência Pública onde icou comprovado o total descaso com os direitos garantidos pelo Estatuto do

Idoso - destacou a agracia-da.

A indicação para a pre-miação foi feita pelo vere-ador Gil Magno (PSD) que em seu discurso ressaltou os motivos de sua escolha pelo nome da parlamentar. Presente a cerimônia, o deputado Bernardo Rossi (PMDB) também fez ques-tão de ressaltar o empenho e o sucesso das iniciativas de Claise Maria na Alerj. Em seu discurso, Claise

Maria Zito agradeceu a indicação aos vereadores presentes e dedicou o título a população de Duque de Caxias. “Sou muito grata a cidade de Petrópolis, mas não posso esquecer de lem-brar neste momento de uma cidade que estou represen-tando na Assembleia Le-gislativa e que me deu esta oportunidade de me tornar deputada. Dedico esta pre-miação a toda a população de Duque de Caxias”.

Deputada Claise Maria Zito e

o Deputado Bernardo Rossi

Japeri é a 15ª cidade do Estado que melhor investe seus recursos

De acordo com o Índice Firjan de Gestão Fis-

cal (IFGF) 2010 Japeri está entre as 15 cidades que me-lhor investiram seus recur-sos públicos, no estado do Rio de Janeiro. E é a tercei-ra na Baixada Fluminense. No ranking nacional a ci-dade está na posição 544. A pontuação varia entre 0 e 1, quanto mais próximo de 1, melhor. Japeri obteve nota

0,7154, o que representa boa gestão. No total fo-ram analisados 5.266 mu-nicípios. O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) mede a eiciência dos mu-nicípios brasileiros no uso dos recursos que estão sob a responsabilidade das pre-feituras. Ele é composto de cinco indicadores: Recei-ta Própria (capacidade de arrecadação), Gastos com

Pessoal (grau de rigidez do orçamento), Investimentos, Custo da Dívida (de longo prazo) e Liquidez (uso do artifício dos restos a pagar sem cobertura).

Para o prefeito Ival-do Barbosa dos Santos, o Timor, o resultado é uma grande conquista. “Este é o reconhecimento de um trabalho sério que tem sido feito na prefeitura de Jape-

ri. É a prova da nossa pre-ocupação com o bom uso do dinheiro da população”. O resultado alcançado por Japeri no Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2010 foi graças a realizações e estratégias da atual admi-nistração municipal. Con-ira alguns pontos desta-cados pelo prefeito Timor sobre cada um dos indica-dores do índice:

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5►20 a 26 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

PRiSciLLa RicaRte, jornalista,

é correspondente do capital

em Brasília

Bastidoresde Brasília

Câmara deve votar Código Florestale Lei Geral da Copa esta semana

A pauta da Câmara dos Deputados está bem agitada esta semana. As prioridades são

as votações da Lei Geral da Copa - aprovada recentemente pela comissão que analisa o tema – e o Código Florestal. Como nove Medidas Provisórias trancam os trabalhos da Casa, as matérias deverão ser votadas em sessões extraordinárias.

O projeto da Lei Geral da Copa (PL 2330/11) tem causado polêmica entre os parlamentares, devido à liberação de bebidas alcóolicas dentro dos estádios durante os jogos, mantida pelo relator da proposta, deputado Vicente Candido (PT-SP). Segundo ele, esse é um compromisso irmado pelo Brasil com a FIFA, na época do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por essa razão, o tema deve ser analisado em separado.

Já o Código Florestal está sendo negociado pelo novo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Chinaglia defende a votação do texto formulado pelo Senado, mas os deputados ruralistas querem manter vários pontos aprovados anteriormente pela Câmara, como a permissão de atividades agrossilvipastoris nas áreas de preservação permanente (APPs).

Nesta terça (20), os líderes partidários participam de uma reunião, na liderança do governo, às 15h, onde serão discutidas essas proposições e outras que devem entrar na pauta para serem votadas até quarta-feira.

Câmara deve votar ainda esta

semana a Lei Geral da CopaO líder do governo na

Câmara dos Depu-tados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta segun-da-feira (19) que vai dialo-gar com líderes do governo e da oposição na Casa na expectativa de construir acordo para votar a Lei Ge-ral da Copa ainda esta se-mana. Segundo Chinaglia, a votação do texto é umas prioridades da presidenta Dilma Rousseff. “Amanhã [20] teremos reunião com líderes da base do gover-no, procurarei também os líderes da oposição para analisarmos o momento de votar. Avalio que seja possível votar esta semana, porém, a resposta deiniti-

va teremos amanhã”, disse Chinaglia após participar de reunião com a presi-denta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Sobre a prioridade de votação da lei para a presidenta Dilma, Arlindo Chinaglia relatou: “Para o líder do governo, até pela importância do tema, ela [Dilma Rousse-ff] fez referência especíica como um dos pontos im-portantes para o governo”.

A reunião comandada por Dilma teve a participa-ção do vice-presidente, Mi-chel Temer, do líder do go-verno no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) e de ministros, entre eles Aldo Rebelo (Esporte), Ideli Sal-

vatti (Secretaria de Rela-ções Institucionais) e Glei-si Hoffmann (Casa Civil). O ministro Aldo Rebelo fez aos participantes um relato sobre os compromissos as-sumidos pelo Brasil com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) para a reali-zação da Copa do Mundo de 2014 no país. “Passa-mos e repassamos todos os compromissos e termos aditivos desses compro-missos assumidos durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e neste governo, compro-missos que, naturalmente, o governo brasileiro honra-rá”, ressaltou Aldo.

Na avaliação de China-

glia, o ponto mais polêmi-co do texto é o que trata da venda de bebidas alcoólicas nos estádios onde ocorrerão as partidas. Perguntado so-bre a inluência das banca-das religiosas na discussão, Chinaglia disse acreditar que permanecerá a posição pelo cumprimento dos com-promissos assumidos pelo governo brasileiro. “Vamos conversar com todos res-peitando as convicções. Há espaço nas bancadas para constituir posição de banca-da. Na sua maioria, a ques-tão religiosa será respeitada sempre, agora, a maioria deverá ter uma opinião pelo mérito, e não pela religião", respondeu.

Presidenta recebe Joseph BlatterO presidente da Fede-

ração Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, disse na sexta-feira (16) que recebeu da presidenta Dilma Rousse-ff a garantia de que todos os compromissos assu-midos pelo Brasil com a entidade para a realiza-ção da Copa do Mundo de 2014 serão cumpridos. Pela manhã, ele se reuniu durante mais de uma hora com a presidenta, no Pa-lácio do Planalto. “Dilma assegurou que todas as garantias para a Copa do Mundo serão entregues para a Fifa”, disse Blat-ter após o encontro. As declarações do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que também participou da

reunião, seguiram na mes-ma direção. “O governo brasileiro está empenhado em cumprir suas garantias e seus compromissos para que Copa se transforme em um êxito.”

A reunião de Blatter com a presidenta ocorreu após mal-estar provocado

por declarações do nego-ciador da Fifa no Brasil, Jérôme Valcke, que foram consideradas ofensivas pelo governo. O dirigente da Fifa, no entanto, não deixou claro se Valcke continuará como o inter-locutor da entidade com o Brasil. Perguntado mais

de uma vez por jornalis-tas sobre a permanência de Valcke, Blatter disse que precisa de um tempo para solucionar o proble-ma. Enquanto o governo e Fifa falaram em coo-peração, o embaixador do Brasil para a Copa de 2014, o Pelé, lembrou o clima de desentendimento que se estabeleceu desde a declaração de Jérôme Val-cke e também a polêmica em torno da venda de be-bidas nos estádios. “Pedi para que Blatter izesse o esforço de fazer essa reu-nião com nossa presiden-ta e o ministro do Espor-te para resolver todas as dúvidas e mal-entendidos que estavam acontecendo antes da Copa.”

Wilson Dias-ABr

Folha de pagamento: Governo pode aumentar desoneração

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse

que o governo estuda a re-dução da alíquota de 1,5% da contribuição sobre o faturamento das empresas que tiverem desoneração da folha de pagamento. “Estamos discutindo a alí-quota. Ano passado, ize-mos alíquota de 1,5% e, agora, estamos discutindo redução dessa alíquota. Po-derá ser menor que 1,5%, mas não fechamos. Só con-

versei com quatro setores”, disse na quinta-feira (15). Atualmente, os setores de confecção, calçados e tec-nologia da informação são beneiciados com a deso-neração da folha de paga-mento pelo Plano Brasil Maior. Os empresários têm 1,5% tributado do fatura-mento em vez dos 20% do pagamento sobre a folha. Hoje, representantes dos setores de têxtil, aeroespa-cial, peças para automóveis

e móveis estiveram reuni-dos com Mantega para tra-tar da desoneração da folha de pagamento.

Como contrapartida do benefício, o governo pede dos empresários a manutenção dos postos de trabalho e dos direitos tra-balhistas. “Sempre todas essas medidas são median-te contrapartida da indús-tria. Quando izemos a de-soneração do IPI [Imposto sobre Produtos Industriali-

zados], sempre vem junto com contrapartida. [O em-presário] Não pode demitir. Não pode reduzir direitos dos trabalhadores”, obser-vou.

O encargo sobre a tri-butação só incide sobre o faturamento do mercado interno. Segundo o minis-tro, as medidas objetivam dar maior competitividade ao país diante do quadro de instabilidade inanceira mundial.

Classiicação indicativa não pode ser confundida com censura, diz ministro Ao lançar segunda-fei-

ra (19) a campanha “Não Se Engane”, para alertar os pais sobre a clas-siicação indicativa dos programas exibidos na te-levisão, o ministro da Justi-ça, José Eduardo Cardozo, preocupou-se em defender que a classiicação não pode ser confundida com censura. De acordo com o ministro, a iniciativa deve

servir para orientar os pais sobre o que deixar os ilhos verem na TV e não tolher a liberdade de expressão.

- As pessoas, às vezes, confundem conceitos. Uma coisa é a censura. É quando se impede alguém de apresentar um pensa-mento, apresentar um con-teúdo de comunicação. É quando se corta, é quando se mutila uma situação

em que a pessoa quer se comunicar. Outra coisa muito diferente é permitir a comunicação apenas in-dicando exatamente aque-la faixa etária. Hoje, vive-mos tempos de liberdade e é nesse contexto que te-mos que analisar a chama-da classiicação indicativa - disse.

A campanha pretende sensibilizar os pais sobre

a inluência que as obras audiovisuais podem ter na formação de crianças e informá-los sobre a clas-siicação indicativa como uma forma de selecionar os programas que eles querem que os ilhos as-sistam. "A meu ver, a clas-siicação indicativa não é uma forma de censura, é uma forma da liberdade de expressão", destacou.

Programa Lixão Zero inaliza mais três aterros sanitários

O projeto de erradicar os lixões no Estado do

Rio de Janeiro, para que até 2014 os 92 municípios lu-minenses dêem destinação adequada aos resíduos só-lidos, está se tornando re-alidade. Coordenado pela Secretaria do Ambiente e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Progra-ma Lixão Zero inicia o ano de 2012 com 18 aterros sa-nitários em atividade, mais três em fase de inalização e o fechamento do aterro de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias.

A estimativa é que, até o im do ano, 71 municípios do estado estejam deposi-tando 85,7% de todo o lixo produzido em aterros sani-

tários, beneiciando mais de 10 milhões de pessoas. Este mês, foram inaugu-rados os aterros sanitários de Belford Roxo e de São Gonçalo. Até o im do mês, Barra Mansa inicia a operação e, no segun-do semestre, começarão a operar os centros de trata-mento de resíduos de Vas-souras e Paracambi. No Dia Mundial do Ambiente, em 5 de junho, também está previsto o fechamen-to do aterro de Gramacho, que está no limite de sua capacidade. No ano pas-sado, o Estado realizou o cadastramento dos catado-res, que receberão benefí-cios como o Bolsa Famí-lia, do governo federal.

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6 ►20 a 26 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Polícia Federal vai investigar denúncia de fraudes em hospitaisO delegado Victor

Poubel, da Polícia Federal, disse que abriu quatro inquéritos para investigar as empresas que aparecem em repor-tagem da Rede Globo oferecendo propina para obter benefícios em lici-tações para prestar ser-viços a um hospital pú-blico da rede federal. A PF vai investigar fraudes em licitação, corrupção, formação de cartel entre outros crimes. “Vamos apurar todos os contra-tos com órgãos públicos da União desde 2009 que tenham sido feitos por essas empresas. São fatos repugnantes, mas que não causaram sur-

presa à Polícia Federal que vem fazendo um trabalho forte concernente a desvio de recursos públicos. Tem grupo especializado que vai levar adiante o trabalho investigativo”, disse Pou-bel. O Ministério Público Federal também anunciou que vai investigar todas as empresas que aparecem na reportagem e os contratos com hospitais fede-rais.

Já o Ministé-rio da Saúde in-formou que uma portaria será pu-blicada no Diá-rio Oicial desta terça-feira (20) determinando

a suspensão imediata dos contratos que ainda este-jam em vigor com essas empresas em toda a rede de hospitais do país, Ainda segundo o ministério, um ofício vai estabelecer uma auditoria em contratos de outras empresas que pres-tam serviços para hospitais federais.

Segundo o Conselho Regional de Medicina (Cremerj), a denúncia revoltou os médicos e proissionais de saúde e espera que haja punição para os empresários e gerentes que aparecem na reportagem nego-ciando propina. Para o presidente da Ordem dos Advogados do Bra-sil (OAB), Wadih Da-mous, os responsáveis pelas empresas podem vir a responder por cor-rupção, fraude de licita-ções e peculato. Ele ex-plica que nas gravações os representantes das empresas mostraram como montam o esque-ma criminoso.

Cantor Gelson Costa é homenageado em Caxias

O cantor, compositor, baterista, apresen-

tador e radialista Gelson Costa será a primeira atração do projeto Res-gate Cultural, de Duque de Caxias, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. A apresentação acontece-rá no dia 22 de março, a partir das 19h, no Tea-tro Municipal Armando Melo, no Shopping Cen-ter, com entrada franca. Os arranjos do repertó-rio estão por conta de J. Fernandes. No repertó-rio, estarão composições de Dorival Caymmi, Tom Jobim, Garoto, Edu Lobo, Paulo Valle e Sil-vio Cesar, entre outros. O show tem direção de Nilo

Tavares, assistência de Jo-sué Cardoso e arregimenta-ção de Amélia Magalhães.

Tendo como gênero principal a bossa nova, Gelson Costa é um verda-deiro veterano de palcos e que está completando 50 anos de carreira, dedicados à música popular brasilei-ra. Sua carreira é invejá-vel. Conviveu com grandes nomes da música popular brasileira, acompanhando e gravando com artistas como Cauby Peixoto, Luiz Gonzaga, Martinho da Vila e Nelson Gonçalves, entre muitos outros. Destacou-se também como membro do coral do Canecão, do cantor Roberto Carlos e da Rede Globo de Televisão. Sua voz também se desta-

cou em jingles comerciais memoráveis, como o Café Moinho de Ouro e Casas Pernambucanas, em festi-vais importantes na extinta TV Tupi e na Globo, e pro-gramas infantis como Vila Sésamo e Sítio do Pica Pau Amarelo, além de humo-rísticos como Chico City. Fez curso de locução e produção de rádio, na Esco-la de Locutores do Brasil, na década de 80, passando a atuar na Rádio Nacional, Met ropo l i t ana , Guanabara, Ca-rioca e Difusora de Duque de Caxias, além de FMs co-munitárias.

Em Duque de Ca-xias começou cantando em bares e fundou o conjunto The Diamon-ds, que era uma das sensações da cidade, ao lado de Os Maracajás, Os Labaredas e Os Tei-

mosos, fazendo apresentações na Rádio Di-fusora e ou-tros espaços

da época.

Comércio mundial de armas cresceu24% nos últimos cinco anos

O comércio interna-cional de armas au-

mentou 24% nos últimos cinco anos, segundo rela-tório divulgado segunda-feira (19) pelo Instituto de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (cuja si-gla em inglês é Sipri). O período avaliado foi de 2007 a 2011. Pelos dados, os Estados Uni-dos permanecem como o maior exportador mun-dial, em seguida vem a Rússia, a Alemanha, a França e a Grã-Bretanha. De acordo com o rela-tório, a Índia se tornou o maior importador de armas do mundo acom-panhada pela Coreia do Sul, pelo Paquistão, pela China e por Cingapura. O

que fez a Índia ultrapassar a China na importação de armas, segundo o estudo, é que a indústria bélica chi-nesa cresceu muito nos úl-timos cinco anos. As armas compradas pelos indianos representaram 10% do co-mércio mundial no período analisado. O relatório dá um novo sinal da corrida armamentista na Ásia.

Um estudo divulgado este mês por um centro de estudos de Londres, na Grã-Bretanha, indicava que os gastos militares asiáti-cos superarão os europeus pela primeira vez em 2012. Stephanie Blencker, da Si-pri, disse que a China está a ponto de entrar no grupo dos cinco maiores vende-dores de armas do mundo

principalmente devido ao comércio com o Paquistão. De acordo com ela, a China pretende com isso aumen-tar sua inluência.

Segundo o relatório, não houve alterações no ano passado nas vendas de armas aos países protago-nistas da Primavera Ára-be. Apesar de os Estados Unidos terem revisado, em 2011, suas políticas de co-mércio de armas para a re-gião, o país continua sendo o maior for-necedor à Tunísia e ao Egito. Os Esta-dos Unidos vende-ram 45 tanques ao Egito no ano pas-sado e prometeram ao governo egípcio mais cem. A Rússia,

por sua vez, vendeu no ano passado a maior parte dos armamentos comprados pela Síria, incluindo aviões de combate e um sistema de mísseis. A compra de armamentos não está necessariamente ligada à existência de ameaças externas, se-gundo o centro de es-tudos sueco.

Banco de Imagens

Governo deve criar Secretaria Nacional do Idoso

O ministro da Pre-vidência Social,

Garibaldi Alves Filho, disse que o governo es-tuda a criação de uma secretaria para tratar de políticas relacionadas ao idoso. De acordo com o ministro, a Secre-taria Nacional do Idoso, como deverá ser cha-mada, inicialmente, não terá status de ministério. “Dentro de dois meses um grupo vai se reunir e tudo indica que vamos ter a possibilidade con-creta de anunciar a cria-ção da secretaria nesse período”, disse,. Segun-

do Garibaldi, a criação de uma secretaria para tratar de políticas públicas para idosos é uma reivindicação antiga dos sindicatos. “Há algum tempo vem se rei-vindicando uma secretaria do idoso, a exemplo de ou-tras secretarias que foram criadas. O fato de uma dis-cussão como essa [sobre o im do fator previdenciário e aumento de aposentado-ria para quem ganha aci-ma do salário mínimo] às vezes não avançar como desejamos é pela falta de uma secretaria que pudes-se dar mais objetividade à discussão”, avaliou.

Polícia Militar convoca mais 4 mil concursados

O Governo do Es-tado autorizou

sexta-feira (16) a con-vocação de mais 4 mil aprovados no concurso de 2010 para o Curso de Formação de Solda-dos da Polícia Militar. A partir de maio, serão chamados 500 novos convocados a cada mês, até dezembro. De acordo com o tenente-coronel Roberto Vian-na, chefe do Centro de Recrutamento e Sele-ção de Praças, serão chamados 36.500 ho-mens e 500 mulheres. A medida signiica,

em poucos meses, um au-mento de quase 10% no efetivo, que atualmente é de 43.175 policiais.

Em 2007, o Estado contava com 37.950 po-liciais militares. Em de-zembro, o aumento de efetivo em cinco anos terá sido de 24%. A meta é chegar a 60 mil policiais até 2016. O impacto pre-visto na folha de paga-mento em 2012 é de R$ 26 milhões. Em 2013, vai a R$ 112 milhões e, em 2014, passa para R$ 125 milhões, num impacto de R$ 250 milhões no orça-mento da Polícia Militar.

Brasil e Argentina acertam exportações de suínos

Os ministros da Agricultura do

Brasil e da Argentina deiniram sexta-feira (16) um mecanismo para colocar um im à guerra comercial pro-vocada pela decisão do país vizinho de bar-rar a entrada de carne de porco brasileira. Eles acertaram um re-gime de cotas, tanto para produtos suínos brasileiros, como para o arroz argentino. Na reunião, os ministros Jorge Mendes Ribeiro

e Norberto Yahuar exa-minaram toda a balança comercial de produtos agrícolas entre os dois países, que apresenta su-perávit a favor da Argen-tina. Ela exportou para o Brasil US$ 4 bilhões, em 2011, e importou US$ 750 milhões.

Mesmo assim, o go-verno argentino assus-tou-se com o cresci-mento das exportações brasileiras de carne su-ína, que chegaram a 4,7 mil toneladas em janeiro passado.

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7►20 a 26 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Moradores destacam ações deMarco Figueiredo no 3º distrito

Os diversos bairros do 3º distrito de Duque

de Caxias receberam inú-meras melhorias a partir dos anos 90, quando a re-gião passou a ser atenção por parte das autoridades estaduais. São obras nas áreas de saneamento bá-sico e pavimentação, de segurança pública e quali-icação proissional, entre outros segmentos. A re-gião, segundo moradores, tinha muita carência, es-pecialmente nas áreas de infra-estrutura, segurança e educação, entre outros segmentos. Com a eleição de Marco Figueiredo para vereador em 1992 - e hoje pré candidato a Prefeitura pelo PSC - a situação co-meçou a mudar.

A Vila Ema é um exem-plo disso. Milton Ferreira Gonçalves, o Milton da Pasta, de 60 anos e que reside no local há 45, lem-bra das diiculdades que os moradores enfrentavam. “Aqui era tudo muito di-fícil. Quando chovia, não conseguíamos andar pois era muito barro. Hoje te-mos esse asfalto que vocês estão vendo. Foi trabalho do Marquinho Figueire-do”, lembrou o morador da Rua Uruana, antiga Rua A, que foi uma das beneiciadas pelo pacote de obras que o vereador conseguiu junto ao então governador Leonel Bri-zola, totalizando cerca de 10 quilômetros de sanea-mento básico, pavimenta-ção e iluminação pública. “Era tudo lama. Para sair de casa, as pessoas colo-cavam sacos plásticos nos

pés”, testemunhou Joa-quim Pinto, morador há 50 anos e proprietário de uma borracharia. Segundo ele, muitos moradores, antes de pegar ônibus ou trem, lavavam os pés na banhei-ra que utiliza no seu traba-lho. “O Marco Figueiredo sempre trabalhou muito, é um rapaz que sempre este-ve junto da comunidade”, depõe o comerciante.

- Noventa por cento da urbanização da região fo-ram conseguidos por mim, através de meus sucessi-vos mandatos, desde Le-onel Brizola e depois com Anthony Garotinho. Este então foi o que mais traba-lhou por Duque de Caxias. Tivemos várias reuniões em minha casa junto com lideranças dos moradores. Foram mais de 60 quilô-metros de saneamento e

urbanização que consegui-mos com ele, pois a pre-feitura sempre era distante das reclamações e reivin-dicações dos moradores - lembrou Figueiredo, cuja careira parlamentar está completando 20 anos. Ele fez questão de acompa-nhar a reportagem visitan-do alguns locais beneicia-dos através de sua atuação como vereador e deputado estadual e também como Secretário da Baixada Flu-minense no governo de Rosinha Garotinho.

Outras iniciativas mar-cantes através da atuação de Marco Figueiredo foi a inauguração de um DPO e da primeira Delegacia Legal de Duque de Caxias - a 62ª - e a implantação da maior Faetec da Baixa-da, em 2000, também em Imbariê. “Até hoje foram

mais de 75 mil alunos for-mados em vários cursos”, diz orgulhoso Figueiredo. Thiago de Aguiar Miguel, de 21 anos, é um dos bene-iciados. “Estudei ali por dois anos e meio, a partir de 2005, quando iz Infor-mática e Inglês. Os cursos foram muito importantes nas minhas atividades”, diz Thiago, hoje estudante de engenharia civil. Outro beneiciado foi o vendedor João Santos, de 52 anos, que estudou Montagem e Manutenção, Computação Gráica e Access por 9 me-ses. “Muitos trabalhos que eu tinha que pagar para fazer a divulgação de meu trabalho, hoje eu mesmo faço. Além de economizar, tenho condições de ganhar algum extra quando tenho tempo fora da proissão”, disse.

Valmir de Paulo

Marco Figueiredo percorre algumas

das ruas saneadas e pavimentadas em

Imbariê, através de sua solicitação,

atendida pelo Governo do Estado

Clínica oferece atendimento de qualidade

a preços populares

Ter a disposição servi-ços de saúde de quali-

dade e pagando preço aces-sível em Duque de Caxias não é mais utopia. Inau-gurada no início do ano, a Clinital oferece inúmeras especialidades, sem ila e sem demora na marcação de consultas. A iniciativa é dos irmãos Leandro e Thia-go Feital, que conseguiram materializar um projeto por eles concebido, que tinha como objetivo principal atender parte da clientela do SUS e de planos de saú-de com qualidade e sem de-mora, ao contrário do que acontece nesses dois seg-mentos.

- Era fundamental que tivéssemos um atendimen-to de qualidade e sem ilas – explicou o cardiologista Leandro Feital, nascido e criado em Duque de Ca-xias. “Nossa capacidade é de realizar cerca de 130 consultas por dia, além de exames complementares”,

informou Leandro, que trabalha com 12 proissio-nais qualiicados, além de técnicos em isioterapia. “Não pretendemos ampliar o atendimento de manei-ra que comprometa nosso ideal de qualidade e de ra-pidez”, observou o cardio-logista.

A Clinital funciona na avenida Duque de Caxias nº 509, Loja A. As espe-cialidades são Cardiologia, Clínica Médica, Derma-tologia (Estética), Fisiote-rapia, Gastroenterologia, Ginecologia, Neurologia, Ortopedia e Pediatria, além de avaliação cardiológica, eletrocardiograma, eletro-encefalograma, risco cirúr-gico, teste ergométrico e atestado de saúde para nata-ção, academia, teste físico, etc, e exames laboratoriais. As consultas custam ape-nas R$ 38 e podem ser pa-gas com cartões de crédito. Os telefones de contato são 3657-1829 e 3585-4984.

Marcelo Cunha

Brasil já tem mais de 247 milhões de linhas de celulares habilitadas

O país fechou o mês de fevereiro com 247,6

milhões de linhas de tele-fones celulares ativas. Só no segundo mês do ano, fo-ram 2,4 milhões de novas habilitações, o que é con-siderado o maior número para o mês nos últimos 13

anos. Os terminais de ban-da larga móvel com tecno-logia 3G totalizaram 47,2 milhões de acessos em fe-vereiro.

O Distrito Federal con-tinua sendo a unidade da Federação com mais celu-lares por habitantes: 217,04

linhas habilitadas para cada grupo de cem pessoas. Em fevereiro, a média do país icou em 126,45 habilita-ções para cada cem habi-tantes.

Do total de acessos em operação no país em fe-vereiro, 202,8 milhões

(81,89%) são pré-pagos e 44,8 milhões (18,11%), pós-pagos. A operadora Vivo tem 29,85% de parti-cipação no mercado, segui-da da TIM (26,62%), Claro (24,66%), Oi (18,56%), CTBC (0,27%) e Ser-comtel (0,03%).

Mercado inanceiro espera cortede juros para 9% ao ano em abril

Os economistas dos ban-cos reduziram sua pre-

visão para a taxa básica de juros em abril de 9,5% para 9% ao ano, segundo infor-mou nesta segunda-feira (19) o próprio Banco Cen-tral, por meio do relatório de mercado, também conhe-cido como Focus. O docu-mento é fruto de pesquisa com mais de 100 institui-ções inanceiras. Atualmen-te, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 9,75% ao ano.

A redução dos juros pre-

vistos para abril deste ano, quando acontece a próxima reunião do Copom, cole-giado responsável por ixar a taxa básica da economia, acontece após a divulgação da ata da última reunião do Comitê, ocorrida na semana passada. Na ocasião, o Co-pom informou que que atri-bui "elevada probabilidade" à concretização de um cená-rio que contempla a taxa de juros caindo para "patama-res ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando".

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8 ►20 a 26 de Março de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Ligue: 21 2671-6611ANUNCIE

Receita intensiica iscalizaçãosobre importações irregulares

A Receita Federal ini-ciou nesta segunda-

feira (19) uma operação, chamada de “Maré Ver-melha”, para intensiicar a iscalização sobre irregu-laridades na importação de produtos no país. A ação vai priorizar produtos cuja importação tem prejudi-cado a indústria nacional, como vestuário, calçados, brinquedos, eletroeletrôni-cos, bolsas, artigos de plás-tico, pneus e artigos de tou-cador (como cosméticos e perfumaria). Para ampliar a iscalização, a Receita Inaugurou o Centro Na-cional de Gerenciamento de Risco (Cerad), que vai funcionar como uma cen-tral de inteligência para di-recionar os equipamentos e agentes para os setores e locais onde ocorrem mais ilícitos.

- A Operação Maré Vermelha consiste em um grande esforço da Receita Federal para intensiicar a iscalização nas nossas áre-

as de portos e aeroportos, visando ao aumento da is-calização das importações, tendo em vista a situação atual de grande competiti-vidade no mercado inter-nacional, principalmente provocada pela chamada guerra cambial - destacou o secretário da Receita Fede-ral, Carlos Alberto Barreto.

Segundo a Receita, o objetivo não é regular o comércio exterior brasi-leiro, função que cabe ao Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio Exterior, mas apenas

evitar que produtos entrem ilegalmente no país ou que importadores utilizem ar-tifícios para pagar menos impostos, como subfatura-mento, declaração de ori-gem falsa ou classiicação errada da mercadoria. “Va-mos intensiicar a iscaliza-ção dentro do Plano Brasil Maior, que prevê uma ação mais concreta em defesa da indústria nacional, da competitividade do produ-to brasileiro e, portanto, da preservação do nosso mer-cado, do nosso emprego e da nossa renda”, disse o se-

cretário.Segundo Barreto, o au-

mento e a diversiicação das importações pelo Brasil nos últimos anos diicultaram o trabalho da Receita Federal. Dados da Receita mostram as importações passaram de US$ 110 bilhões em 2001 para US$ 480 bilhões no ano passado. Os produtos importados também se di-versiicaram. Se, em 2001, cada operação de importa-ção envolvia uma média de 4,3 produtos, no ano pas-sado, esse número passou para 11,9.

Segundo dados da Re-ceita Federal, foram apre-endidos no ano passado R$ 1,5 bilhão em mercadorias e veículos irregulares, um au-mento de 16% em relação a 2010. As ações da Recei-ta também resultaram em 31.500 representações para o MP que evoluíram para ações penais. As auditorias da Receita também resulta-ram em R$ 4,5 bilhões em créditos tributários.

Marcello Casal Jr/ABr

Governo autoriza reajustes de medicamentosResolução da Câma-

ra de Regulação do Mercado de Medicamen-tos (Cmed) publicada hoje (19) no Diário Oicial da União autoriza reajustes de até 5,85% no preço dos

remédios vendidos em todo o país. As alterações podem ser feitas a partir do próximo dia 31 e de-vem ter como referência o chamado preço fabricante (limite usado por labora-

tórios ou distribuidores de medicamentos para venda no mercado brasileiro) cobrado em 31 de março de 2011. Até a data limi-te para a entrada em vigor do reajuste, as empresas

produtoras de medica-mentos deverão apresen-tar à Cmed o relatório de comercialização com os preços que pretendem co-brar após a aplicação da correção.