edição jan. a jun. de 2012

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Orgão de divulgação do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal www.crmdf.org.br - [email protected] Revista Ano X nº 1 jan./jun. de 2012 ISSN 1807-7285 Fiscalizações conjuntas foram realizadas nas Unidades da Rede Pública de Saúde do DF

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Ética Revista Jan. a Jun. de 2012

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Page 1: Edição Jan. a Jun. de 2012

Orgão de divulgação do ConselhoRegional de Medicina do Distrito Federalwww.crmdf.org.br - [email protected] Revista

Ano X nº 1 jan./jun. de 2012ISSN 1807-7285

Fiscalizações conjuntas foram realizadas nas

Unidades da Rede Pública de Saúde do DF

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ExpedienteÉtica RevistaISSN 1807-7285Ano X, nº 1, Jan./Jun. de 2012Órgão oficial de divulgação do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal

Diretor responsávelAntônio Carvalho da Silva - [email protected]

Conselho EditorialAlexandre Morales Castillo OlmedoAlexandre Cordeiro Duarte XavierAntônio Carvalho da SilvaDimitri Gabriel HomarEdna Márcia XavierIran Augusto Gonçalves Cardoso

Jornalista responsável - Viviane C. Viana - RP 3081 / SJP DFEditoração - Cartaz Publicidade Arte e diagramação - Marcelo Rubartelly Foto da capa: Rey SampaioFotolitos e impressão - Kako Gráfica e EditoraçãoPeriodicidade - BimestralTiragem - 11.000 exemplares

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO DFDiretoriaPresidente: Dr.Iran Augusto Gonçalves CardosoVice-Presidente: Dr. Leonardo RodovalhoSecretário Geral: Dr. Antônio Carvalho da Silva 1º Secretário: Dr. Dimitri Gabriel Homar2º Secretária: Dra. Josélia Lima NunesTesoureiro: Dr. José Nava Rodrigues Neto2º Tesoureiro: Dr. Ricardo Theotônio Nunes de Andrade.

Departamento de Fiscalização Dr. Alexandre Cordeiro Duarte XavierDr. Ely José de Aguiar Dr. Felipe Dias Maciel Diniz

CorregedoriaDra. Edna Marcia XavierDra. Denise Prado de AlvarengaDr. Procópio Miguel dos Santos

OuvidoriaDr. Alexandre Morales Castillo Olmedo

Conselheiros ALAN ANTUNES PINTOALEX FABIANE CASTANHEIRA ALEXANDRE CORDEIRO DUARTE XAVIER ALEXANDRE MORALES CASTILLO OLMEDO ANTONIO CARVALHO DA SILVA CAMILO DE LELIS DE MELO CHAVES JUNIOR DANILO LIMA TORRESDAVI CELSO DE SOUZA CRUZ RODRIGUES DENISE PRADO DE ALVARENGA DIMITRI GABRIEL HOMAR EDNA MARCIA XAVIERELY JOSE DE AGUIARFABIO ZANFORLIN BUISSA FARID BUITRAGO SANCHEZFELIPE DIAS MACIEL DINIZGERIVAL AIRES NEGRE FILHOGUSTAVO BERNARDESICARO ALVES ALCANTARAIRAN AUGUSTO GONCALVES CARDOSOJAIME MIRANDA PARCAJAIR SHIGUEKI YAMAMOTOJOSE DA SILVA RODRIGUES DE OLIVEIRAJOSE NAVA RODRIGUES NETO JOSE RICARDO SIMOES JOSELIA LIMA NUNESLEONARDO RODOVALHO LEONILDA MARION LUCIA ELMARA MARTINS PARCA LUIZ ANTONIO RODRIGUES AGUILA MARCELA AUGUSTA MONTANDON GONCALVES MARCELO SALOMAO ROXO MARCIO SALOMAO ROXOMARCOS GUTEMBERG FIALHO DA COSTA MARIA DA CONCEICAO PINTO CORREA ALVESMIRZA MARIA MOREIRA RAMALHO GOMESPROCOPIO MIGUEL DOS SANTOSRENATO ALVES TEIXEIRA LIMARIAN PASCOAL CAMPELO RICARDO THEOTONIO NUNES DE ANDRADEROBERTO DE AZEVEDO NOGUEIRA ROGERIO NOBREGA RODRIGUES PEREIRATATIANA MIRANDA LEITE DE SIQUEIRA

Conselho Regional de Medicina do Distrito FederalSRTVS Quadra 701 – Centro Empresarial Assis Chateaubriand, Bloco II, 3.º andar, salas 301-314, Brasília-DF- CEP 70340-906 Tel.: (61) 3322-0001 Fax: (61) 3226-1312E-mail: [email protected]

Publicação de interesse cultural e distribuição gratuita. Permitida a reprodução total ou parcial dos textos, desde que seja citada a fonte. As matérias e os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da diretoria do CRM-DF. Os artigos para a Ética Revista devem ser enviados para o endereço do CRM-DF ([email protected]) ou para o endereço eletrônico da instituição ([email protected]). Caberá ao Conselho Editorial aprovar a publicação. A Ética Revista adota as normas oficiais do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da ABNT, do INMETRO e as normas de Vancouver (bibliografias).

Palavra do Presidente ......................................................................................................2oPinião do Conselheiro ...................................................................................................3nova diretoria do CrMdF ......................................................................................... 25notas - Projeto MúsiCa nos hosPitais visita hosPital de Base ............................... 28

Sumário

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15

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CrMdF susPende interdição da uPa de saMaMBaia

CoMissão de direitos huManos FisCaliza hosPital de Base

26Presidente do Conselho Federal visita CrMdF

CrMdF ProMove solenidade Para entregar 150 Carteiras ProFissionais

governo altera MP 568 aPós Protestos de MédiCos

22FisCalizações Conjuntas são realizadas nas unidades da rede PúBliCa de saúde

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Palavra do Presidente

Dr. Iran Augusto Gonçalves Cardoso

Presidente do CRMDF

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Depois de ficarmos sem a circulação da nossa Ética Re-vista (ER), por tanto tempo, devemos uma explicação aos caríssimos leitores.

É do conhecimento de grande parte dos colegas médicos, que a partir do ano de 2012, em decorrência de nova legisla-ção, os conselhos de classe ficaram privados de arrecadar ex-pressivas somas, oriundas de taxas anteriormente cobradas. Por esse fato, só o CFM deixou de arrecadar 8,5 milhões e, por extensão, o CRMDF perdeu 1,5 milhão de receitas.

Diante dessa preocupante realidade, tivemos que reade-quar o orçamento, a fim de podermos cumprir os compro-missos assumidos. Para isso, a solução encontrada foi o cor-te de várias atividades, entre essas, a redução das edições da ER, que fechou o ano de 2011 com a edição nov/dez pu-blicada apenas on line. Agora faremos circular um exemplar para o semestre jan/jun e em seguida, outro para jul/dez, passando nossas publicações de bimestrais para semestrais, por medida de economia.

Apesar da redução de três edições para apenas uma, em seis meses, esperamos que o enxugamento das matérias não comprometa a qualidade da revista.

São os sinais dos tempos. Entretanto, as atividades precípuas do CRM, como por

exemplo, as ações fiscalizatórias, os cursos de ética médica, a educação continuada e o apoio às reivindicações da Classe Médica, mantiveram o mesmo ímpeto dos anos anteriores, compromisso dessa gestão.

Para que a nossa revista volte a circular com a regularidade de antes, esperemos dias melhores.

Sinais dostempos

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Opinião do Conselheiro

Antonio Carvalho da Silva

é médico formado pela Universidade de

Brasília;“fellowship nell’Universitá degli

Studi di Roma - La “Sapienza” - Itália;

Fellowship nell’Istituto di Anestesiologia e

Rianimazione della Facoltá di Medicina e

Chirurgia Agostino Gemelli dell’Universitá

Cattolica del Sacro Cuore, di Roma – Itália;

Doutor em Oftalmologia pela Universidade

de São Paulo – FMRP; Conselheiro Regional

e Diretor da Ética Revista do CRMDF.

E-mail: [email protected]

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Ainda no início do nosso mandato de Conselheiro do CRMDF, referindo-nos a situação do médico brasileiro, escrevíamos na Ética Revista:

“...não poderíamos estar mais descontentes, enquanto Classe Médica; enquanto praticantes de uma profissão tão velha quanto à dor; enquanto seguidores dos mesmos passos palmilhados por nossos ancestrais médicos, que aqui aporta-ram entre os primeiros portugueses vindos com Cabral...

...já havendo médicos entre os colonizadores europeus, torna-se difícil compreender que essa profissão milenar, ain-da não seja legalmente reconhecida, neste País, decorridos mais de 500 anos de sua descoberta...

...“Que País é Este?”...

...aqui, ao nascermos precisamos de médicos. Ao crescer-mos, idem. Para ingressarmos na escola e no trabalho tam-bém. Para gozarmos licenças, adquirirmos CNH, aposentar-mo-nos e morrermos – são exigidos atestados e certidões, assinadas por médicos – mas estes profissionais não são legi-timamente reconhecidos em Lei.”...

E por que relembramos este fato?Ora. Decorridos mais de três anos que o Projeto de Lei (PL)

tramitou na Câmara dos Deputados (CD), retornando ao Se-nado para referendar ou não as alterações realizadas no PL original, forças ocultas (inclusive por pedido protelatório do ex-senador Demóstenes, certamente defendendo interesses de outrem) o mantêm ali, rastejando, de Comissão em Co-missão, sem que sequer a bancada médica da Casa faça al-guma coisa.

Reflexão...

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Opinião do Conselheiro

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Somos, de fato, profissionais não levados em conta ou con-sideração, ou mesmo sem qual-quer importância – lógico que – sob a ótica de alguns dos nossos governantes.

Com 200 milhões de habitan-tes, temos quase o dobro de fa-culdades de medicina, em com-paração com a Índia, que tem 1,2 bilhão de pessoas. Essa profusão de escolas nos leva à baixa qua-lidade do ensino e ao excesso de profissionais sem Residências Mé-dicas, suficientes para corrigir as distorções de muitos desses esta-belecimentos de ensino.

De outra parte, sem uma políti-ca de valorização do médico, por meio da criação de uma Carreira de Estado, nos moldes da Magis-tratura, com progressão funcio-nal e cursos de atualização, temos um Sistema SUS capenga, incapaz de possuir e de manter um qua-dro de médicos e demais profis-

sionais da saúde com compromis-so com a instituição, haja vista o que ocorre nos municípios dos mais recônditos rincões do País. Naqueles, os prefeitos contratam e demitem médicos a seu bel pra-zer, além de muitas vezes sequer lhes pagar o trabalho contratado e, pasmem, já executado.

E o que faz o Governo? Sem jamais ter tido o interesse

de resolver, de fato, o problema, propala que vai aumentar o nú-mero de faculdades de medicina (se considerarmos a Índia, ima-ginem que desastre), entenden-do que assim solucionará a ca-rência de médicos nos quadros do SUS.

Diante de tantos “Mecenas” questionamos: será que não estão envolvidos interesses inconfessáveis em atender apadrinhados políticos (que não têm compromisso com o social nem com a educação em si, muito menos com a formação mé-

dica), com o objetivo de “presen-teá-los” com novas escolas?

Mercado mais promissor é difí-cil de encontrar Brasil a fora.

O Conselho Federal de Medi-cina (CFM) tem se debatido inu-tilmente, diga-se, no sentido de fazer avançar, no Senado Federal, a aprovação da chamada Lei do Ato Médico, com a esperança de que, regulamentada a profissão, se consiga chegar à Carreira de Estado e com essa, à plenitude do sistema SUS, pelo menos no que concerne à política de pessoal.

Entretanto, muito distante dis-so, não vislumbramos quaisquer atitudes do Ministério da Saúde (MS) perseguindo objetivos seme-lhantes. Ou seja, estamos em uma “Torre de Babel”, com CFM, Sena-do Federal, MS e SUS, falando lín-guas diferentes sem que ninguém se entenda.

Não é nada animadora a nossa situação...

Com 200 milhões de habitantes, temos quase o dobro de faculdades de medicina em comparação com a Índia, que tem 1,2 bilhão de pessoas. Essa profusão de escolas nos leva à baixa qualidade do ensino e ao excesso de profissionais sem Residências Médicas suficientes para corrigir as distorções

de muitos desses estabelecimentos de ensino

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A diretoria e o departamento de fiscalização do Conse-lho Regional de Medicina

(CRMDF) reuniram-se, em janeiro deste ano, com o corpo clínico e a diretoria da referida Unidade de Pronto Atendimento a fim de co-brar soluções para reverter a pre-cariedade existente na UPA. Na oportunidade, foi estipulado um novo prazo para que os respon-sáveis sanassem as irregularidades dos casos denunciados junto ao CRM. No entanto, nada foi feito até o término do prazo estipulado. Diante disso, os conselheiros deci-diram em reunião plenária realizar uma interdição ética profissional na Unidade de Pronto Atendimen-

to de Samambaia, ato que foi con-solidado em 13 de fevereiro. Após a interdição, os médicos ficaram impedidos de atuar na referida UPA até que a unidade apresentas-se condições mínimas para a prá-tica segura do exercício médico e para um atendimento adequado.

Iran Augusto Cardoso, presi-dente do CRMDF, ressaltou que a Secretaria de Saúde já estava cien-te das deficiências na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia desde 2011. “Rece-bemos queixas dos médicos, de-núncia do Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF) e realizamos inú-meras vistorias na unidade. Todas as irregularidades constatadas no

CRMDF suspende interdição da UPA de SamambaiaApós o compromisso da Secretaria de Saúde em manter um quantitativo maior de médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Conselho Regional de Medicina decide suspender a interdição ética na unidade

Representantes da SES/DF e do CRMDF discutiram sobre o futuro da UPA de Samambaia na audiência

promovida pelo Cômite Executivo de Saúde

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local foram descritas nos relató-rios das fiscalizações realizadas pelo Conselho de Medicina. Todos os relatórios foram devidamente encaminhados para a Secretaria de Saúde (SES/DF). Mas, até o iní-cio do mês de março, a Secretaria não havia tomado nenhuma pro-vidência para sanar as falhas da UPA”, afirmou.

Após um mês da data de inter-dição, a reabertura da Unidade de Pronto Atendimento foi discutida durante a audiência, promovida em 14 de março, pelo Comitê Exe-cutivo de Saúde. Na ocasião, o pre-sidente do CRMDF, Iran Augusto Cardoso, e os demais conselheiros decidiram suspender a interdição após aceitar o compromisso firma-do pelo então secretário interino de Saúde, Elias Fernando Miziara, em manter a escala da UPA de Sa-mambaia com quatro médicos, no mínimo, por turno.

Ficou estabelecido ainda que a pediatria da referida unidade te-

ria como referência os Hospitais Regionais de Samambaia (HR-Sam), Taguatinga (HRT), Asa Nor-te (HRAN) e o Hospital Materno Infantil (HMIB). A especialidade de clínica médica teria também como referência o HRSam. Diante disso, os casos de maior complexidade seriam encaminhados para os hos-pitais citados.

No decorrer da audiência, pre-sidida pelo Dr. Donizete Aparecido da Silva, juiz de Direito e Coorde-nador do Comitê Executivo Dis-trital de Saúde, foi mantido tam-bém o compromisso, por parte da Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (DIVISA), de fiscalizar e cobrar da empresa responsável as reformas necessárias na estrutura física da unidade.

Miziara afirmou ainda que a documentação da UPA de Samam-baia já havia sido encaminhada para o setor de registro do CRMDF, o que não havia ocorrido até o mo-mento da interdição. O secretário

interino assegurou também que a situação do responsável técnico da UPA também já estava regulariza-da junto ao Conselho.

Na ocasião, Iran Augusto acres-centou que os médicos lotados na unidade deverão prestar o atendimento na emergência do local, conforme determina a Por-taria n. 2.648/2011 do Ministério da Saúde.

A decisão de suspender os efei-tos jurídicos produzidos pelo ato de interdição, incidente sobre a Unidade de Pronto Atendimento de Samambaia, foi aprovada pe-los conselheiros durante a reunião plenária, realizada em 15 de mar-ço. Foi instituído, no entanto, que o termo de suspensão da interdi-ção da referida UPA ficará auto-maticamente sem efeito caso seja comprovado o descumprimento, por parte da Secretaria de Saúde, no acordo firmado perante o Co-mitê Executivo de Saúde do Distri-to Federal.

A presidência do CRMDF e o MPDFT, representado pelo promotor Jairo Bisol, visitaram a UPA de Samambaia para analisar as condições de atendimento

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A emergência do Hospital de Base causou uma impressão ne-gativa aos integrantes da Comis-são de Direitos Humanos e Mino-rias da Câmara dos Deputados e aos representantes de entidades médicas, que também participa-ram da fiscalização. Durante a diligência, realizada no dia 11 de abril, o grupo de trabalho consta-tou que o maior hospital de refe-rência do Distrito Federal oferece uma estrutura caótica para cente-nas de pacientes que passam pela emergência da unidade.

O excesso de pacientes foi um dos fatores que mais chamou a atenção dos visitantes. O secretá-rio de assuntos jurídicos da Fede-ração Nacional dos Médicos (FE-NAM), Antônio José dos Santos, explicou que o Hospital de Base recebe pacientes de todas as cida-des satélites do Distrito Federal. “Os hospitais regionais não con-seguem atender a demanda, por isso encaminham seus pacientes para o Hospital de Base. Atual-mente, o centro cirúrgico dessa unidade de saúde é considerado

pequeno e não é suficiente para dar vazão a demanda”, ressaltou.

O secretário jurídico argumen-tou ainda que muitos pacientes, provenientes de diferentes re-giões do país, também são en-caminhados para a unidade. Na data da vistoria, realizada pela Comissão dos Direitos Humanos, foram contabilizados uma mé-dia de 160 pacientes, somente no setor de emergência do hos-pital. Médicos da unidade de-fendem uma reestruturação no fluxo de pacientes.

Comissão de Direitos Humanos fiscaliza Hospital de BaseRepresentantes de entidades médicas e deputados federais visitaram a emergência da maior unidade de saúde do Distrito Federal e constataram diversas irregularidades e um cenário alarmante

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Iran Augusto, presidente do CRMDF, acompanhou os deputados federais Arnaldo Jordy e Érika Kokay na diligência da Comissão de Direitos Humanos

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fermagem para atender 18 pa-cientes. De acordo com relatos, a emergência já funcionou com uma média de 30 técnicos de en-fermagem para atender o quanti-tativo de 180 pacientes, número considerado crítico pelos espe-cialistas. “O ideal seria um técni-co para cada quatro pacientes”, conforme informou a gerente de emergência do Hospital de Base na época. Devido à sobrecarga de trabalho, diversos funcioná-rios do setor apresentaram qua-dro de depressão.

A ausência de leitos apropria-dos para acomodar os pacien-tes foi outro fator que chamou a atenção do grupo de trabalho, muitos pacientes estavam insta-lados em condições precárias nos corredores da unidade. A comis-são observou ainda que os ba-

O presidente do Conselho Re-gional de Medicina do Distrito Federal (CRMDF), Iran Augusto Cardoso, verificou que o setor de neurocirurgia passou por uma reestruturação, obteve salas no-vas e hoje atende melhor a de-manda de pacientes. Contudo, foi observado que Unidade de Terapia Intensiva (UTI), utilizada para atender os pacientes neu-rocirúrgicos, precisa também ser ampliada. “O Conselho realizou há alguns meses uma fiscalização na neurocirurgia do Hospital de Base e, na ocasião, foram obser-vadas diversas irregularidades. O cenário desse setor estava à beira do caos”, afirmou.

No entanto, a direção do hos-pital cumpriu parte das determi-nações impostas pelo CRM e, com isso, a estrutura da neurocirurgia

obteve melhorias. Mas, de acordo com o presidente do conselho, a realidade do setor ainda está dis-tante do ideal. Durante a fiscali-zação, Iran Augusto, juntamente com o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), observaram ainda pacientes que aguardavam mais de dois meses para realizar cirurgias cardíacas e de outras naturezas na emergência do Hospital de Base. Segundo informações do corpo clí-nico, o setor de emergência da uni-dade atende aproximadamente 19 especialidades, o que inclui cirurgia geral e pediátrica, cardiologia, neu-rocirurgia, otorrino, oftalmologia, psiquiatria e emergência clínica.

O déficit de recursos huma-nos também foi observado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Na data da diligência, havia apenas um técnico de en-

Pacientes instalados de forma precária na emergência do Hospital de Base

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nheiros do setor de emergência eram insuficientes para atender as necessidades dos pacientes e de seus acompanhantes, havia ape-nas dois banheiros para atender mais de 40 usuários instalados na ala cirúrgica. Após analisar a situ-ação da emergência do Hospital de Base, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF), integrante da Co-missão de Direitos Humanos e Mi-norias, afirmou que havia um alto nível de desrespeito perante os pacientes e os profissionais que atuam na unidade. “O cenário de caos existente nessa emergência não tem justificativa, tendo em vista que o Distrito Federal possui uma das maiores rendas per capi-ta do país”, destacou.

A parlamentar ressaltou tam-bém que irá realizar uma reunião com diferentes entidades médi-

cas para estudar propostas que venham a solucionar o sistema de saúde do Distrito Federal. Ao classificar a emergência do Hospi-tal de Base como um cenário de barbárie, Kokay assegurou que o secretário de Saúde Rafael Barbo-sa será convocado pela Comissão para explicar sobre a precariedade existente na emergência do maior hospital da capital federal. Érika falou ainda sobre a importância dos investimentos na assistência básica de saúde. O presidente da Comissão, Domingos Dutra (PT/MA), também participou da vis-toria e, na oportunidade, afirmou que deve haver mais engajamen-to por parte dos governantes na busca por soluções na saúde pú-blica. Ele defendeu que o assunto deve estar sempre em evidência no país.

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Saiba mais...A Comissão de Direitos Huma-

nos e Minorias da Câmara dos Depu-tados está visitando as emergências dos principais hospitais do país, desde 2011. O objetivo é avaliar os problemas existentes no setor, traçar diagnósticos e propor soluções nas urgências e emergências do país. Até o momento, seis hospitais já fo-ram visitados pelo grupo de trabalho. A ação atende também a demanda da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), da Associação Médica Bra-sileira (AMB), do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da As-sociação de Usuários do Sistema de Saúde, todos exigem mais atenção dos gestores diante do Sistema Único de Saúde (SUS).

Funcionários do Hospital de Base explicaram, durante a fiscalização, como funciona a rotina de atendimento da unidade

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A atual gestão do Conselho Re-gional de Medicina (CRMDF) realiza, desde 2009, inúmeros

encontros com os médicos recém--formados do Distrito Federal. O ob-jetivo é aproximar os novos profissio-nais da área médica da autarquia que rege toda a classe médica. Em cada solenidade, o presidente Iran Augusto Cardoso e os demais conselheiros dão boas vindas aos colegas e orientam to-dos à respeito do funcionamento do CRMDF. Nesta última solenidade, reali-zada em março, aproximadamente 150 médicos formados pela Universidade

Médicos formados em diferentes universidades e instituições de ensino do Distrito Federal e de outras regiões do país foram prestigiados pela diretoria do Conselho Regional de Medicina

CRMDF promove solenidade para entregar 150 carteiras profissionais

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Conselheiros parabenizaram os médicos recém-formados durante a solenidade.

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de Brasília (UnB), Universidade Católica (UCB), Faculdade Inte-grada da União Educacional do Planalto Central (FACIPLAC), da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) e de outras insti-tuições de ensino de diferentes regiões do país compareceram ao evento.

O número significativo de par-ticipantes na solenidade compro-vou, mais uma vez, o sucesso da solenidade. O conselheiro e co-ordenador do evento, Procópio Miguel dos Santos, aproveitou a oportunidade para enfatizar so-bre a importância da iniciativa do Conselho em receber os médicos recém-formados. “Este momento irá simbolizar uma nova fase na vida desses profissionais. Afinal, após a aquisição do seu registro junto ao CRMDF, todos eles po-derão atuar na área médica. E a entrega dos registros profissio-nais representa, sem dúvida, um momento especial para quem se dedicou longos anos ao estudo da Medicina”, ressaltou o conse-lheiro. Na oportunidade, Procópio parabenizou todos os presentes pela conquista dos seus registros.

Iran Augusto ressaltou que os jovens profissionais, homenagea-dos naquela ocasião, também in-tegram o CRMDF. “Espero que os senhores visitem o Conselho para conhecer melhor o funcionamen-to da autarquia. Anseio também que a carreira dos senhores seja marcada pela prudência e aptidão e nunca pela má conduta ética”, afirmou o presidente. Os home-

nageados foram convidados ain-da a participarem do Curso de Ética Médica, realizado duas ve-zes por ano pelo CRM, para tratar sobre as normas e regras de con-duta do atual Código de Ética Mé-dica. O objetivo é resgatar os con-

ceitos éticos e a responsabilidade do exercício médico na sociedade contemporânea. A iniciativa dos conselheiros em promover a so-lenidade de entrega de carteiras médicas e o curso de ética foi enaltecida pelos convidados.

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Os conselheiros Dimitri Homar e Procópio dos Santos entregaram as carteiras profissionais aos médicos presentes na solenidade

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Médicos do DF recebem as

primeiras carteiras digitais do país

O novo documento possui um chip que irá validar a certificação digital do médico. O material da carteira

profissional também foi modernizado

da que o CFM pretende aumentar a segurança dos pacientes com a utilização desse novo instrumento.

Iran Augusto parabenizou o projeto “CRM digital” e afirmou ainda que a certificação digital simboliza um avanço para a classe médica. “Sinto-me lisonjeado em receber das mãos do presidente do CFM as primeiras carteiras di-gitais do país. Os médicos inscritos neste CRMDF serão os pioneiros na utilização desse novo documento de identidade profissional, o que trará mais segurança para a clas-se médica de nossa cidade, tendo em vista que as características da atual carteira dificultam as falsifi-cações”, ressaltou.

Participaram da solenidade de entrega os membros da diretoria do CRMDF, alguns ex-presidentes da autarquia, Eduardo Guerra e Luciane Costa Reis, além do conse-lheiro federal José Antonio Ribeiro Filho, da presidente da Academia de Medicina de Brasília, Janice La-mas, e do então secretário interino de Saúde do Distrito Federal, Elias Fernando Miziara.

Na ocasião, o secretário interi-no parabenizou o presidente do CFM pela implantação da carteira digital. Miziara assegurou tam-bém que a maioria das unidades de saúde do Distrito Federal já es-tão informatizadas. “O nosso pró-ximo passo deverá ser a certifica-ção digital dos médicos na Rede Pública”, afirmou.

As primeiras carteiras di-gitais do país foram dis-tribuídas no plenário do

Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRMDF), no dia 02 de abril. O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Rober-to Luiz D’Ávila, estava presente na solenidade e entregou os novos re-gistros profissionais ao presidente do CRMDF, Iran Augusto Cardoso, e aos demais conselheiros e con-vidados. Todos receberam a nova carteira digital em policarbonato, material similar aos cartões de cré-ditos. O projeto piloto inclui tam-bém a entrega de carteiras nos Estados do Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Santa Catarina.

Roberto D’Ávila ressaltou que este projeto iniciou-se em 2002, com o avanço do prontuário eletrô-nico, o qual vários médicos já ado-taram. “Hospitais de grande porte e algumas secretarias estaduais de saúde já utilizam o sistema ele-trônico. O ideal é que os médicos utilizem suas carteiras digitais para acessar o prontuário eletrônico”, acrescentou. D’Ávila ressaltou ain-

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Saiba maisO chamado “CRM digital” é uma carteira digital –

em policarbonato (material similar ao de cartões de crédito), com um chip que poderá ser ativado para certificação digital. Os documentos estão sendo confeccionados pela Casa da Moeda do Brasil.

A adesão ao novo documento é facultativa. A atual cédula de identidade, instituída pela Resolução CFM 1.827/07, será gradualmente substituída e permane-cerá válida para todos os que prefiram continuar a utilizá-la. Os que optarem pelo CRM digital poderão decidir pela ativação ou não do chip.

O processo para emitir o certificado digital é simi-lar ao da emissão de um documento de identidade (RG, CPF ou CRM). O interessado deve procurar uma Autoridade de Registro (AR) que esteja neces-sariamente vinculada a uma Autoridade Certificadora (AC) capaz de emitir um certificado digital ICP-Brasil.

Um acordo de cooperação entre o CFM e a Caixa Econômica Federal (CEF) permitiu um preço bastan-te acessível, se comparado aos valores praticados pelo mercado, para os médicos obterem a certifica-ção digital. Esta será uma das opções, atraente tam-bém pela capilaridade da CEF, mas a escolha é livre.

Se o chip não for habilitado, a carteira não terá o recurso da certificação digital, mas funcionará como documento de identidade profissional de alta resis-tência e maior segurança contra falsificações. Entre os itens de segurança estão: tinta opticamente vari-ável, micro chip, micro letras, dados variáveis im-pressos a laser, tinta invisível reativa à luz ultravioleta, fundo de segurança e tinta metálica antisscanner.

Cartilha – Para auxiliar os médicos brasileiros a entenderem o que é Prontuário Eletrônico do Pa-ciente (PEP) e Registro Eletrônico de Saúde (RES), o CFM, em parceria com a Sociedade Brasileira de Informática na Saúde (SBIS), lançou a “Cartilha so-bre prontuário eletrônico: a certificação de sistemas de registro eletrônico de saúde”. O documento está disponível nos sites do CFM e da SBIS.

Fonte: Assessoria de imprensa – CFM

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A Comissão Distrital de Ho-norários Médicos (CDHM) promoveu o I Seminário

sobre o Sistema de Saúde Suple-mentar no Distrito Federal para discutir sobre as diversas questões gerais que envolvem os planos de saúde, como as relações entre mé-dicos e operadoras de saúde, as tendências de desenvolvimento do setor, além de outras questões que envolvem a saúde suplementar.

O evento, realizado no dia 19 de maio, contou com a presença de doutores no campo da pes-quisa acadêmica, na esfera em-presarial e no aspecto político. Na ocasião, os profissionais apre-sentaram um panorama geral da construção do sistema de saúde suplementar, das relações entre os atores e das tendências de de-senvolvimento do setor.

A palestrante Naiara Porto, com MBA em Políticas e Sistemas

de Saúde e pós-MBA empresarial, falou sobre gestão de empresa de saúde, negociação de contrato e a relação com os planos de saú-de e com os pacientes no aspecto comercial. Naiara destacou ainda pontos relacionados à gestão em-presarial voltada para consultório médico.

Cid Carvalhaes, neurocirurgião e advogado com atuação na área de responsabilidade civil médica, ex-presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (2005/2008 e 2008/2011) e da Federação Nacional dos Médicos (2010/2012), também participou do Seminário. Cid tratou sobre o histórico das organizações da classe médica nas discussões do Sistema de Saúde Suplementar, a contratualização e reivindicações das entidades médicas junto à Agência Nacional de Saúde (ANS) e aos poderes Executivo e Legisla-

tivo, ganhos obtidos desde o iní-cio das mobilizações dos médicos, entre outros tópicos.

Ligia Bahia, mestre e doutora em saúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Fiocruz, tam-bém enriqueceu o seminário ao tratar sobre o mercado da medi-cina privada e a participação do médico nesta área. Com experiên-cia nas relações entre o público e privado no sistema de saúde bra-sileiro, mercado e regulamenta-ção de planos e seguros de saúde, financiamento público e privado, as distorções nas relações entre os integrantes do Sistema de Saúde Suplementar e as alterações pre-vistas para o sistema de remune-ração neste setor.

“Graças à participação de pa-lestrantes renomados, como Cid Carvalhaes, Naiara Porto e Ligia Bahia, os participantes tiveram a oportunidade de obter informa-ções consolidadas sobre a situa-ção atual e as novas tendências do sistema de saúde suplementar deste país”, destacou Iran Augus-to Cardoso, presidente do CRMDF e membro da CDHM. A organi-zação do evento disponibilizou todas as palestras ministradas durante o Seminário sobre o Sis-tema de Saúde Suplementar na internet. Por meio dessa iniciativa, a classe médica teve acesso aos assuntos debatidos no evento.

I Seminário sobre Sistema de Saúde Suplementar

Saiba mais...A Comissão Distrital de Honorários Mé-dicos (CDHM) é integrada por represen-tantes do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF), da Asso-ciação Médica de Brasília (AMBr) e do Sindicato dos Médicos do Distrito Fede-ral (SindMédico-DF).

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O senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da Medida Provisória (MP)

568/12, retirou os artigos que acar-retaria danos aos médicos federais durante a audiência na Comissão Mista do Orçamento. O parlamen-tar reconheceu, na ocasião, que o texto original da proposição acarre-taria a perda lamentável dos direi-tos desses servidores. Dessa forma, a sistemática de remuneração uti-lizada antes da criação da referida MP ficou mantida. Após seguir o

tramite legislativo, a medida, de-vidamente alterada, foi aprovada pelo Senado Federal no dia 11 de julho. O movimento das entida-des médicas foi fundamental para conscientizar o relator e os demais parlamentares em relação aos pre-juízos que a proposição acarretaria, se fosse aprovada com o texto que havia sido proposto anteriormente.

O manifesto promovido pelos médicos de todo o país contra a redução de 50% nos salários dos médicos federais, prevista na Me-

Parlamentares alteram medida que reduziria pela metade o salário de médicos que atuam em hospitais públicos federais, instituições de ensino, entre outros. A redução dos honorários prejudicaria aproximadamente 50 mil médicos

Governo altera MP 568 após protestos de médicos

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O auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados ficou repleto de maisfestantes durante a audiência pública

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dida Provisória 568/12, não cha-mou apenas a atenção dos par-lamentares, como também dos governantes e da imprensa. Em Brasília, foi organizado um grande protesto, em 05 de junho, duran-te a audiência pública na Câmara dos Deputados. O evento contou com a presença de representantes do Conselho Federal e dos Regio-nais de Medicina de diferentes regiões do país. Conselheiros e funcionários do CRMDF também presenciaram a audiência pública e exibiram, na ocasião, faixas com textos de repúdio à redução de honorários dos médicos federais.

É importante destacar ainda que o texto da referida MP viabilizava também melhorias para alguns setores do funcionalismo público, medidas estas que deviam ser mantidas e até ampliadas, conforme defendia os próprios conselhos de medicina. No entanto, os ar tigos 42 a 47 prejudicavam demasiadamente os médicos federais ao dobrar a carga horária desses servidores e mantendo a mesma margem de vencimentos, o que reduzia a remuneração pela metade. A proposta cor tava também os valores de insalubridade e periculosidade desses servidores. De acordo com a assessoria de imprensa do CFM, “as perdas atingiam, inclusive, aposentados e pensionistas”.

Ocorreram vários outros pro-testos contra a MP 568 no país. No dia 12 de junho, por exemplo, instituições federais e regionais, que representam os interesses da classe médica, realizaram di-versas manifestações públicas. No Distrito Federal, uma média de 100 médicos, veterinários e agentes administrativos, lota-dos no Hospital Universitário de Brasília (HUB), e os profissionais do Hospital das Forças Armadas (HFA) realizaram uma manifesta-ção em frente ao HUB contra a proposição que reduz pela meta-de o salário da categoria.

O Sindicato dos Médicos (Sin-dMédico-DF) também distribuiu 568 rosas para pedestres e mo-toristas que passavam em frente ao HUB nesta data. Na oportuni-dade, o vice-presidente do Sindi-cato, Gustavo Arantes, ressaltou que o objetivo era sensibilizar os cidadãos e esclarecer a todos que o objetivo do movimento não era prejudicar a sociedade. O CFM e CRMs fortaleceram ainda mais a manisfestação ao enviar um do-cumento de repúdio aos deputa-dos, governantes e à mídia con-tra a proposição.

Saiba mais...

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Presidentes do CRMDF e do SindMédico estavam presentes na audiência pública

Representantes do CRMDF ergueram faixas contra a MP durante a audiência.

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O CRMDF promoveu um curso gratuito sobre as novas técnicas em exames de imagens. O evento contou com a presença de palestrantes locais e de um renomado instituto de radiologia e diagnóstico de imagem de Curitiba

I Curso de Imersão em Mamografia do Distrito Federal

A comissão organizadora do evento convidou profissionais locais e do Instituto César Santos (ICS) de Curitiba, estabelecimento conceituado na área de radiologia e diagnóstico por imagem no país, para orientar os médicos do Distrito Federal sobre as novas técnicas em mamografia, análises de tu-mores malignos e benignos e elaboração de laudos mamográficos. O resultado do curso de imersão em mamografia foi extremamente positivo, todas as vagas foram preenchidas em apenas dois dias após a abertura das inscrições e a procura por no-vos cursos deste porte ainda é constante.

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O secretário-geral Antonio Carvalho presidiu a mesa de solenidade de abertura do evento.

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O evento, realizado entre os dias 14 e 16 de ju-nho, foi todo custeado pelo Conselho Regional de Medicina (CRMDF). Os participantes tiveram também a oportunidade de aprender sobre os procedimentos atuais de ultrassonografia, laudos, características de mamas operadas, além de apresentação de casos es-pecíficos e raros na área de imagem.

A conselheira e organizadora do evento, Josélia Lima, ressaltou que o curso trouxe novas técnicas e conhecimentos no âmbito da mamografia para os participantes. “É um imenso prazer poder colaborar com a classe médica do Distrito Federal ao viabilizar um curso gratuito de imersão em mamografia. Esses cursos costumam ser extremamente onerosos para os médicos”, afirmou.

O palestrante Carlos Alberto Pecci alegou, durante a aula inaugural, que é a primeira vez que o ICS sai de sua sede para realizar o curso em outra cidade. O instituto costuma debater mais de dois mil casos com os seus participantes, além de trazer novidades tecnológicas. ‘‘Para nós, é uma honra realizar esse curso com a parceria do Conselho Regional de Medi-cina no DF”, ressaltou. Durante sua palestra, Carlos falou ainda sobre tumores, características radiográfi-cas e procedimentos ligados à ultrassonografia.

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ÉTICA Revista - jan./jun. – 2012

O conselheiro Farid Buitrago assistiu todas as aulas do curso e agradeceu, no encerrramento do evento, o empenho dos palestrantes

Antonio Luís Frasson, professor da Faculdade de Medicina da PUC do RS e mastologista do instituto de oncologia do Hospital Albert Einstein, falou da relação dos radiologistas com os seus pacientes

Palestrante Carlos Pecci disse estar feliz por realizar o curso de imersão no DF

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NotíciasArtigo

Os participantes também foram prestigiados com as palestras da fundadora do Instituto Cé-sar Santos, Radiá dos Santos, que tratou sobre os temas relacionados às técnicas em mamografia, formas radiográficas do câncer de mama, calcifi-cações e assimetrias mamárias, laudo mamográfi-co, casos de erros em mamografia e características sobre carcinoma. Vale ressaltar que os dois pales-trantes do ICS apresentaram também dezenas de casos, laudos e revisões durante todo o evento.

Janice Lamas, especialista em radiologia, presi-dente da Academia de Medicina de Brasília, pes-quisadora associada da Universidade de Brasília (UnB) e diretora técnica de uma clínica do DF, falou sobre as controvérsias do emprego da tec-nologia e a medicina clínica. Discorreu também a respeito do progresso dos exames de imagem e alertou, na ocasião, que “o exame que utiliza a alta tecnologia não dispensa o exame clínico”.

O curso também contou com a participação do professor da Faculdade de Medicina da PUC do Rio Grande do Sul e mastologista do instituto de oncologia do Hospital Albert Einstein, Anto-nio Luís Frasson. Na ocasião, o especialista fa-lou sobre a relação do radiologista com os seus pacientes. “Eles esperam que o radiologista seja resolutivo, os pacientes não querem voltar com dúvida”, concluiu.

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A conselheira Josélia Lima participou da entrega dos certificados

Josélia Lima, conselheira e organizadora do evento, abriu a solenidade

Conselheiros e palestrantes no coquetel de abertura do Curso de Imersão

Iran Augusto, presidente do CRMDF, também pretigiou o evento

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O 39º Curso de Ética, rea-lizado no mês de maio, reuniu mais de 190 resi-

dentes, os quais foram prestigia-dos com aulas ministradas por profissionais renomados na clas-se médica do Distrito Federal. O objetivo do curso é fortalecer os princípios éticos e conscientizar os residentes sobre a importân-cia da Medicina na sociedade. Os palestrantes falaram sobre as nor-mas e regras de condutas estabe-lecidas pelo atual Código de Ética Médica e promoveram debates sobre temas polêmicos, como eu-tanásia, distanásia, ortotanásia, ética e saúde suplementar, res-ponsabilidade profissional e civil do médico, responsabilidade do residente, relação com pacientes

e familiares, prontuário e perícia médica, atestado de óbito, bole-tim médico e erro médico, entre outros assuntos relacionados ao exercício da Medicina.

O coordenador do curso de Medicina da Fundação de En-sino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), Paulo Roberto Silva, parabenizou a iniciativa do CRMDF em realizar mais um Curso de Ética. “Os conceitos éticos são colocados à prova em diversos momentos do exercício médico. Muitas vezes, é mais im-portante aplicar o conhecimento ético do que apenas absorver o conhecimento técnico”, ressal-tou. O presidente da Associação Médica de Brasília (AMBr), Lucia-no Gonçalves Carvalho, o secre-

A iniciativa do CRMDF em promover aulas sobre os princípios éticos, direitos e deveres dos profissionais de Medicina tem gerado resultados positivos. O número de residentes inscritos é cada vez maior

Curso de Ética Médica reúne mais de 190 alunos

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tário-especial do Sindicato dos Médicos do DF, Carlos Fernando da Silva, a presidente da Asso-ciação Brasiliense dos Médicos Residentes (Abramer), Fabiana Luccas dos Santos, e o vice-pre-sidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes, Leo-nardo Ramos, estiveram presen-tes na aula inaugural e também cumprimentaram o Conselho de Medicina pela realização do cur-so. Todas as autoridades presen-tes defenderam que o conteúdo oferecido é fundamental para o exercício médico pleno.

O vice-presidente do Conselho Regional, Leonardo Rodovalho, destacou que o médico deve ter noção da importância e da res-ponsabilidade de sua profissão. Acrescentou ainda que “a essên-cia da Medicina está na relação do médico com o paciente. De-vemos tratar sempre o paciente

com humanidade, cumplicidade e franqueza. E o nosso código serve de amparo para a boa prática mé-dica”. É importante ressaltar que o curso de ética médica, promo-vido pelo CRMDF, é gratuito e tor-nou-se uma exigência na forma-ção do médico. A sua conclusão é pré-requisito para o recebimento do certificado de residência. Para melhor atender os alunos, o Con-selho de Medicina realiza o curso duas vezes por ano, durante os meses de maio e de setembro. Diante da importância notória do conteúdo ministrado nas aulas, muitos defendem inclusive a in-serção do curso de ética nas uni-versidades de Medicina.

Durante a aula inaugural, os alunos tiveram a oportunidade de assistir a palestra do Dr. Wal-duy Fernandes de Oliveira sobre a “visão jurídica do novo Código de Ética Médica”. Na ocasião, o pa-

lestrante destacou os aspectos le-gais do código e o amplo estudo, desenvolvido pelo Conselho Fe-deral de Medicina, para elaborar as normas atuais. Os residentes aprenderam sobre a autonomia do paciente, as limitações profis-sionais perante a reprodução as-sistida e citou os dispositivos que determinam a abertura de Proces-so Ético Profissional, como erro médico e os atos relacionados aos prontuários e publicidade. O pa-lestrante falou também sobre o segredo médico, relação médico e paciente, atestado médico e as penalidades impostas pelo Conse-lho Regional de Medicina. Walduy atua na Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bio-Ética (ANA-DEM) desde 2005, é associado ao escritório Raul Canal e especialista em contrato e responsabilidade civil pelo Instituto Brasiliense de Direito Público.

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O vice-presidente, Leonardo Rodovalho, compôs a mesa de honra da solenidade ao lado de representantes de entidades médicas do DF

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Fiscalizações conjuntas são realizadas nas unidades da rede pública de saúde

Um trabalho de aproximada-mente dois meses resultou em uma coleta de dados abrangente e detalhada à respeito da situação das emergências de 13 hospitais regionais da capital federal. Foi observado, em grande parte das visitas, irregularidades nas con-dições de trabalho dos médicos, além de superlotação de pacientes nas unidades, déficit de recursos humanos, falta de manutenção dos equipamentos e o desabas-tecimento de insumos e medica-ções. Participaram desse projeto

o Conselho Regional de Medici-na (CRMDF), o Ministério Público (MPDFT), a Comissão de Direitos Humanos da OAB, Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF), os Con-selhos Regionais de Enfermagem (COREN), de Farmácia (CRF), de Odontologia (CRODF) e de Enge-nharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/DF). As fiscalizações ocor-reram nos hospitais das cidades satélites e nas unidades de saúde de maior porte do Distrito Federal.

A irregularidade mais observa-da, nas unidades de saúde, foi a

Entidades e Órgãos de diferentes esferas uniram-se para vistoriar as condições de atendimento nas emergências dos hospitais regionais no Distrito Federal

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bres, pois não há uma estrutura que assegure a integridade física dos pacientes e dos médicos nos hospitais públicos. Tais fatores evi-denciam o desrespeito com a clas-se médica”. Um dos motivos que justificam o excesso de pacientes nos hospitais regionais é a falta de abrangência do Programa de Saúde da Família (PSF), que atual-mente possui apenas 8% de cober-tura no DF e realizam, em geral,

ções do Distrito Federal. Essa taxa é superior em alguns hospitais re-gionais e podem atingir uma mé-dia de 50% nos atendimentos.

Iran Augusto Cardoso, presiden-te do Conselho Regional de Medi-cina, afirma que “os médicos que atuam na rede pública enfrentam constantemente uma sobrecarga desumana de trabalho. Esses pro-fissionais exercem seu ofício em ambientes inapropriados e insalu-

falta de profissionais de Medicina na rede pública de saúde. Em de-terminadas especialidades, o défi-cit atingia o índice de 50%. A equi-pe de fiscalização do CRMDF e os representantes das demais entida-des que participaram das fiscaliza-ções consideram que as condições precárias de trabalho oferecidas aos profissionais de saúde afas-tavam os médicos. O fato de não existir uma política pública para a carreira de médico e a falta de segurança nas unidades são fato-res que também desestimulam o ingresso desses profissionais no sistema público de saúde. Vale res-saltar ainda que o número de mé-dicos é de 3,8 para cada mil habi-tantes no Distrito Federal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), índice consi-derado relativamente alto perante o quadro nacional. No entanto, grande parte desses profissionais atua na rede privada. É necessário considerar ainda a quantidade sig-nificativa de pacientes do entorno, que representa 20,6% das interna-

A equipe de fiscalização realizando diligência no Hospital Regional do Gama

Corredor da emergência do Hospital de Base repleto de pacientes

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Dossiê elaborado em conjunto com todas as entidades e órgãos que participaram das fiscalizações

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as práticas convencionais de as-sistência com vigilância na saúde. A ampliação dessas atividades irá consequentemente reduzir a de-manda nas emergências hospitala-res. Nas fiscalizações, grande parte dos gestores dos hospitais regio-nais afirmam que 70 % a 80% dos atendimentos nas emergências es-tão relacionados às doenças sem gravidade (pacientes “verdes” e “azuis”). Tais atendimentos pode-riam ocorrer em outro âmbito.

Durante as vistorias conjuntas, foi constatado também que hou-ve uma redução de leitos quando se considera o aumento da popu-lação e a complexidade dos casos que são atendidos nas unidades

públicas de saúde do Distrito Fe-deral. Outra irregularidade en-contrada, durante as vistorias, foi o desabastecimento de materiais, ocasionado, muitas vezes, devido a falta de uma gestão apropriada. Foi observado, em determinados casos, que não havia um controle efetivo das requisições dos mate-riais nos setores, nem tão pouco uma garantia de estoque mínimo e domínio sobre a movimentação de entrega de material.

Com o intuito de reverter a situação de caos que assola as emergências do sistema público do Distrito Federal, o CRMDF e as demais entidades, que partici-param das fiscalizações conjun-

Brazlândia

ÁguasLindas

Taguatinga

Sobradinho

Planaltina

Paranoá

São Sebastião

Gama

Santa Maria

Recanto das Emas

RiachoFundo

Samambaia

Park Way

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Sto. Antôniodo Descoberto

1. Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

2. Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

3. Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)

4. Hospital São Vicente de Paula (HSVP)

5. Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

6. Hospital Regional da Ceilândia (HRC)

7. Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

8. Hospital Regional de Planaltina (HRP)

9. Hospital Regional do Paranoá (HRPa)

10. Unidade Mista de São Sebastião (UMSS)

11. Hospital Regional de Santa Maria (HRSM)

12. Hospital Regional do Gama (HRG)

13. Hospital Regional de Brazlândia (HRBz)

Unidades de saúde que foram fiscalizadas

tas, elaboraram um dossiê sobre a situação das emergências de todas as unidades de saúde da cidade. O documento será en-tregue à Secretaria de Saúde, ao Governo do Distrito Federal, à Arquidiocese de Brasília e à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que utilizou o tema “Fraternidade e Saúde Pú-blica” na campanha da fraterni-dade deste ano. Outras entida-des do poder público também terão acesso ao dossiê. Dessa forma, todos os orgãos terão ciência sobre as irregularidades. Serão exigidas também propos-tas para reverter o quadro pre-cário da saúde pública no DF.

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A nova diretoria do Con-selho Regional de Medi-cina do Distrito Federal

(CRMDF), eleita em fevereiro de 2012, tem mantido uma gestão dinâmica e ética perante a au-tarquia. Os atuais gestores trou-xeram ainda novidades que be-neficiam a classe médica, como a implantação de computadores modernos que permitem um tra-balho mais célere na autarquia,

implantaram ainda um sistema de hora extra no setor de registro do Conselho para entregar, o mais rápido possível, as carteiras digi-tais para toda a classe médico do Distrito Federal.

Os conselheiros têm dado prio-ridade também ao processo de licitação, que viabilizará a cons-trução da nova sede da autarquia. O intuito é oferecer um espaço mais confortável para os médicos

e amplo, que permita também a contratação de mais funcionários. Além disso, o novo espaço ofe-recerá um estacionamento com diversas vagas, o que facilitará o acesso da classe médica ao órgão. É o CRMDF em prol do médico!

Confira, na listagem abaixo, os atuais membros da diretoria do CRMDF e a nova composição dos departamentos e das Comissões da autarquia:

DiretoriaPresidente: Dr. Iran Augusto Gonçalves CardosoVice-Presidente: Dr. Leonardo RodovalhoSecretário geral: Dr. Antônio Carvalho da Silva1º Secretário: Dr. Dimitri Gabriel Homar 2ª Secretária: Dra. Josélia Lima Nunes1º Tesoureiro: Dr. José Nava Rodrigues Neto2º Tesoureiro: Dr. Ricardo Theotônio Nunes de Andrade

Comissão de FiscalizaçãoDr. Alexandre Cordeiro Duarte XavierDr. Ely José de Aguiar Dr. Felipe Dias Maciel Diniz

CorregedoriaDr. Alexandre Morales Castillo OlmedoDra. Denise Prado de AlvarengaDr. Procópio Miguel dos Santos

OuvidoriaDr. Alexandre Morales Castillo Olmedo

Comissão de Ensino MédicoDr. Alexandre Cordeiro Duarte XavierDr. Marcela Augusta Montandon GonçalvesDr. Ricardo Theotônio Nunes de Andrade

Coordenação das Comissões de Ética MédicaDr. Luiz Antônio Rodrigues ÁguilaDr. Procópio Miguel dos SantosDr. Marcela Augusta Montandon Gonçalves

Comissão de Análise de Títulos de EspecialistasDr. Dimitri Gabriel HomarDr. Farid Buitrago SànchezDr. Iran Augusto Gonçalves Cardoso

Comissão de Divulgação de Assuntos MédicosDr. Edna Márcia XavierDr. Felipe Dias Maciel DinizDr. Renato Alves Teixeira Lima

Comissão de Tomada de ContasDra. Edna Márcia XavierDr. José da Silva Rodrigues de OliveiraDr. Marcela Augusta Montandon Gonçalves

Comissão de Assuntos PolíticosDr. Dimitri Gabriel HomarDr. Leonardo RodovalhoDra. Josélia Lima Nunes

Comissão de Medicina SuplementarDr. Luiz Antônio Rodrigues ÁguilaDra. Josélia Lima Nunes

Nova diretoria do CRMDF

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Saiba mais...

Os conselheiros federais visi-taram a sede do Conselho Regional de Medicina do

Distrito Federal (CRMDF) e elogia-ram, na ocasião, o empenho dos membros da autarquia no avanço das ações instauradas no regional. Os conselheiros federais constata-ram um progresso significativo no andamento das sindicâncias e dos processos instaurados no Conse-lho desde a última visita do CFM.

Iran Augusto, presidente do CR-MDF, disse estar feliz com a visita e parabenizou a iniciativa do CFM em se aproximar dos Conselhos Regio-nais. Ao falar sobre o progresso da autarquia que preside, Iran ressal-

tou que “graças ao empenho dos membros da atual gestão desta au-tarquia, o serviço prestado aos mé-dicos evoluiu consideravelmente”. O presidente destacou ainda que o Tribunal de Contas do Distrito Fede-ral e Territórios (TCDFT) vistoriou o Conselho Regional, procedimento normal quando se trata de uma au-tarquia, e verificou que não havia nenhuma irregularidade nesta ges-tão, o que comprova a idoneidade do órgão.

O trabalho da corregedoria e a melhora significativa no sistema de informática do Conselho do Distrito Federal também foram enaltecidos pelo conselheiro José

Fernando Maia Vinagre, corre-gedor do CFM. Segundo ele, foi verificado que o sistema atual funciona de forma plena. Vinagre destacou ainda que até setembro de 2011, a gestão atual do CR-MDF já havia instaurado 770 sin-dicâncias e 16 processos, número considerado expressivo pelo con-selheiro federal.

Roberto D’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina, alegou que a proximidade entre os conselhos facilita o andamento dos trabalhos. “É fundamental que exista um bom relacionamento e um intercâmbio permanente ente os conselhos regionais e o fede-ral”, afirmou. Na ocasião, D’Ávila respondeu algumas dúvidas e deu sugestões aos conselheiros.

O segundo vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, falou sobre as novas regras de publicidade médica. Na oportunidade, a con-selheira Edna Xavier, integrante da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (CODAME), destacou o árduo trabalho que o CRMDF desenvolve nesta área. “O médico que descumpre o Código de Publicidade Médica é convidado a comparecer ao CRMDF para receber orientações da CODAME sobre as normas im-postas pelo Código. Na ocasião, o profissional assina também um termo de comprometimento afir-mando que irá cumprir as deter-minações”, esclareceu.

Em cada ano, a atual gestão do Conselho Federal de Medicina realiza visitas nos conselhos regionais de todo o país. De acordo com a assessoria de imprensa do CFM, a intenção dos conselheiros federais é aproximar as unidades, que regulamentam e fiscalizam o exercício profissional.

Presidente do Conselho Federal visita CRMDFA atual gestão do CFM visita pela segunda vez o conselho do Distrito Federal. A intenção é promover uma maior interação entre as autarquias

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O Conselho Regional de Saúde de Brasília (CRS Brasília), órgão integran-

te da estrutura regimental da Se-cretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) e criado por Lei Orgânica do DF, deu posse aos seus novos conselheiros, no dia 05 de setembro, no auditó-rio do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Na ocasião, o vice--presidente do Conselho Regional de Medicina (CRMDF), Leonardo Rodovalho, foi empossado como conselheiro titular do CRS.

Diante de uma eleição acirra-da, Rodovalho foi eleito também como presidente do Conselho Regional de Saúde de Brasília, durante a primeira reunião ordi-nária do órgão, realizada no dia 10 de setembro. Representando a classe dos trabalhadores, Leo-

nardo foi eleito com oito votos, seguido por Abrahão Lincoln Ca-nuto de Alencar, representante dos gestores, com seis votos. Na ocasião, a representante dos usu-ários, Laudeci Vieira dos Santos, obteve dois votos.

O CRS Brasília é composto por 16 membros titulares, acrescido do mesmo quantitativo de suplentes. Metade dos integrantes é compos-ta por trabalhadores e gestores da área da saúde e os 50% dos con-selheiros restantes são usuários do Distrito Federal. A nova gestão do CRS Brasília atuará no triênio de 2012 a 2015.

De acordo com a Secretaria de Saúde, todos os membros do Con-selho Regional de Saúde de Brasília foram eleitos durante uma assem-bleia, no dia 13 de junho. Cada um foi escolhido de acordo com os

O CRS Brasília é um órgão colegiado, de caráter permanente e deliberativo. Ele tem por finalidade formular, execu-tar, controlar e fiscalizar a política de saúde da Região Administrativa I (Asa Norte e Sul, Setor Militar Urbano, Setor de Indústrias Gráficas, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, entre outros), inclusive nos aspectos econômicos e financei-ros. Todas as decisões são homolo-gadas pelo Coordenador da Regional de Saúde ou pelo Secretário de Saúde, respeitando sempre os princípios e diretrizes do SUS.

Saiba mais...

CRMDF tem representante no Conselho Regional de Saúde de Brasília

seus respectivos segmentos e enti-dades que representam. A votação foi publicada no Diário Oficial do DF, em 09 de agosto de 2012.

Leonardo Rodovalho, vice-presidente do CRMDF e presidente do CRS Brasília, e os demais membros do Conselho de Saúde na solenidade de posse.

Mesa de autoridades na solenidade de posse do CRS Brasília

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Notas

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Seja nosso Colaborador!A Ética Revista está aberta à sua participação. Artigos e cartas podem ser enviados para o Conselho Editorial

([email protected] ou [email protected]), que analisará a viabilidade de publicá-los. Os artigos devem

ser, no máximo, de duas páginas em formato A4, acompanhados de fotos.

O ambulatório do Hospital de Base foi palco para a apre-sentação de um repertório

com obras consagradas, selecionado pelo maestro e médico Samir Rahme da Orquestra Limiar. Na manhã do dia 28 de março, o maestro e os seus 14 músicos presentearam os pacientes, familiares, médicos e demais profis-sionais de saúde, que ali estavam, com canções de Tom Jobim, de Mo-zzart e arranjos especiais de clássicos contemporâneos, como Let it be de John Lennon e Paul MacCartney e She de Elvis Costello.

Chiquinha Gonzaga, autora de obras consagradas, foi a grande ho-menageada do evento. O projeto “Música nos Hospitais” presta home-nagem às mulheres na temporada de 2012. De acordo com a assessoria de imprensa do evento, “a temporada

O programa “Música nos Hospitais” completa nove anos de existência. Neste período, foram realizados mais de 100 concertos gratuitos, em aproximadamente 40 estabelecimentos de saúde e mais de 30 mil pessoas tiveram a oportunidade de assistir as apresentações.A Orquestra Limiar, responsável pelas apresentações, é composta por 14 músicos. Alguns representam os novos talentos da música erudita brasileira e também participam de orquestras re-nomadas, como a Orquestra Municipal de São Paulo e a Orquestra da Universi-dade Federal de São Paulo (USP).O projeto possui uma parceria com a Associação Paulista de Medicina (APM) e com a empresa farmacêutica Sanofi Brasil. O programa “Música nos hospitais” recebe também o apoio da Lei Rouanet de incentivo à cultura.

Projeto Música nos Hospitais visita Hospital de Baseé dedicada às médicas, enfermeiras profissionais de saúde, mães e filhas. Cada uma da sua maneira, exercem papel fundamental nos cuidados de sua família e tornam a vida melhor e mais prazerosa”.

Durante o evento, a beleza do re-pertório contagiou todos os presen-tes. O ambiente hospitalar tornou--se mais leve, a dor, o incômodo e a preocupação, por alguns momen-tos, cedeu espaço aos sentimentos de alegria, ternura e sensibilidade transmitidas pelas canções. A segun-da secretária do Conselho Regional de Medicina, Josélia Lima, assistiu a apresentação e elogiou muito a ini-ciativa do maestro e médico Samir. “A música é um remédio para a alma e certamente colabora com o trata-mento de nossos pacientes”, afirmou a representante do CRMDF.

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ÉTICA Revista - jan./jun. – 2012

Maestro e médico Samir Rahme e a Orquestra Limiar apresentaram-se no corredor do ambulatório do Hosp. de Base

Mulheres que atuam na área da saúde prestigiaram a apresentação, entre elas estava a conselheira Josélia Lima

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