edição 40 - revista de agronegócios - novembro/2009

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1 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

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Edição 40 - Revista de Agronegócios - Novembro/2009

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Há muitos anos você trabalha duro para produzir mais.

E o melhor de tudo isso é perceber que você nunca

esteve sozinho. Opera® ajudou a proteger e a explorar

todo o potencial produtivo da sua lavoura. Só quem tem

essa história real no passado merece a sua confiança.

Opera® e você. Safra após safra, uma história real de sucesso.

QUANTO VALE UMA HISTÓRIA CONSTRUÍDA JUNTOS?Desde 2002, Opera® supera todas as expectativas, gerando mais segurança para plantar e confi ança para colher.

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milho, Rhizoctonia solani e Colletotrichum truncatum na soja, Pyricularia grisea e Septoria tritici no trigo.

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Attalea®Agronegócios- NOV 2009 -

A Revista Attalea Agronegócios,registrada no Registro de Marcas

e Patentes do INPI, é umapublicação mensal da

Editora Attalea Revista deAgronegócios Ltda., com

distribuição gratuita a produtoresrurais, empresários e

profissionais do setor deagronegócios, atingindo

85 municípios das regiõesda Alta Mogiana, Sul e

Sudoeste de Minas Gerais.

EDITORA ATTALEA REVISTADE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

R. Profª Amália Pimentel, 2394,Tel. (16) 3403-4992

São José - Franca (SP)CEP: 14.403-440

DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

(16) [email protected]

DIRETORA COMERCIALe PUBLICIDADE

Adriana Dias(16) 9967-2486

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CONTABILIDADE

Escritório Contábil LaborR. Maestro Tristão, nº 711,Higienópolis - Franca (SP)

Tel (16) 3406-3256

CTP E IMPRESSÃOCristal Gráfica e Editora

R. Padre Anchieta, 1208, CentroFranca (SP) - Tel. (16) 3711-0200

www.graficacristal.com.br

ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

OAB/SP 140.385

É PROIBIDA A REPRODUÇÃOPARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER

FORMA, INCLUINDO OS MEIOSELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos, as opiniões eos conceitos emitidos em matérias

assinadas são de inteiraresponsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a

opinião da REVISTAATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / AssinaturasEditora Attalea

Revista de AgronegóciosRua Profª Amália Pimentel,

nº 2394, São JoséFranca (SP)

CEP [email protected]

EMAIL’[email protected]@[email protected]

EDITORIAL

Quem é o seu concorrente?Quem é o seu concorrente?Quem é o seu concorrente?Quem é o seu concorrente?Quem é o seu concorrente?Chegamos à 40ª edição da Revista Attalea

Agronegócios com a sensação de ‘dever cum-prido’, mas com a certeza de que muito aindapodemos contribuir para com o setor deagronegócios. A você, que sempre esteveconosco, que contribuiu com artigos ouinformações, que é parceiro comercial, nossosagradecimentos.

Nesta edição, destacamos uma nova técnicano cultivo de café. Para aqueles que achamque já não existe mais nada a se ‘descobrir’ nacafeicultura, o agricultor Toninho David, deFranca (SP), mostra que, com o manejo dabraquiária e a aplicação do Bokashi contribuemdiretamente para a redução dos custos deprodução e para o aumento da produção decafé. Ele ensina a técnica detalhadamente econvida os interessados- e também aqueles queduvidam que ele redu-ziu a aplicação de fertili-zantes químicos e agro-tóxicos - a visitarem suapropriedade para co-nhecer os talhões de sualavoura.

Também na cafei-cultura, publicamos doisartigos - dos agrônomosMário Cunha (Cati/Iti-rapuã) e Dr. Favarin (Esalq/USP) - sobre a im-portância dos micronutrientes. Da Cooparaí-so, por causa do clima úmido, vem o alerta aoscafeicultores sobre a possibilidade de maiorincidência de Ferrugem e Broca.

Acompanhamos neste mês de novembro,em Franca (SP) duas palestras em cafeicultura,realizadas na Churrascaria Minuano. A primei-ra, anunciou o início de parceria entre Agro-planta, de Batatais (SP) e a Campagro, de Orlân-dia (SP), com filiais em vários municípios de SPe MG. A segunda, da Dedeagro, apresentouorientações importantes da Du Pont e Multi-técnica, sobre nutrição e controle fitossanitáriona cafeicultura.

Mas o tema que mais tem sido discutidoem qualquer corredor de cafeteria ou arma-zém de classificação de café foi o resultado do10º Concurso de Qualidade de Café do Brasil.Um ‘café baiano’ superou mineiros e paulistase ganhou o concurso brasileiro de qualidadede café. Alguns virão dizer: “Ah! café dequalidade na Bahia?”

Para quem duvida da idoneidade do con-curso, ele foi promovido pela BSCA - Associa-ção Brasileira de Cafés Especiais e pela ACE -

Alliance for Coffee Excellence e contou como apoio da APEX-Brasil - Agência Brasileirade Promoção de Exportações e Investimen-tos e teve a auditoria da BCS ÖKo-Garantie-Brasil.

Qual a lição principal que devemos apren-der com este concurso? Que o mundo é dinâ-mico, que evolui e quem fica parado é poste!

Segundo os especialistas, a região da AltaMogiana sempre possuiu clima extraordináriopara a produção de café de qualidade. O sabore o nome ‘café de Franca’ eram sempre pre-miados com valores maiores no exterior.

O tempo passou, outras regiões produtorasse profissionalizaram - como os Cafés dasCafés dasCafés dasCafés dasCafés dasMatas de MinasMatas de MinasMatas de MinasMatas de MinasMatas de Minas -, outras se especializaram- como o Café do Cerrado Café do Cerrado Café do Cerrado Café do Cerrado Café do Cerrado - e outras passa-

ram a existir, como é ocaso do Café da Ba-Café da Ba-Café da Ba-Café da Ba-Café da Ba-hiahiahiahiahia.

Queremos dizeraqui que, existem simregiões com clima, soloe altitude ideais para aprodução de cafés dequalidade. Quandoaqui cheguei, há 20anos atrás, ouvi demuita gente que, “ocafé de Franca é tão

bom que, para estragar sua qualidade, épreciso fazer muita coisa ruim”.

Tudo bem, mas se não houverem açõesobjetivas para a reunião de produtores e paraa difusão de tecnologias apropriadas para seobter qualidade de café, não adianta nadacontar apenas com o clima ou então ficarrelembrando a história. Já ouvi muito o ditadode que “quem vive de passado é historiadorou museu”.

As ações devem ser mais efetivas do quesimplesmente concursos de qualidade de café.As instituições de classe e as entidades públicasprecisam se unir em busca de ações que contri-buam diretamente para a difusão de informa-ções junto aos cafeicultores. Prefeituras, Secre-tarias Estaduais de Agricultura, instituições depesquisas, sindicatos de classe, associações ecooperativas: vamos unir!

Na silvicultura, apresentamos três maté-rias importantes. Um artigo do ex-ministroRoberto Rodrigues, uma matéria sobre aimportância da madeira tratada na construçãosustentável e outra sobre a importância doDr. Edmundo Navarro de Andrade.

Boa leitura a todos!

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NNNNNEEEEEGGGGGÓÓÓÓÓCCCCCIIIIIOOOOOSSSSS

SSSSSIIIIILLLLLVVVVVIIIIICCCCCUUUUULLLLLTTTTTUUUUURRRRRAAAAA

Roberto Rodrigues Roberto Rodrigues Roberto Rodrigues Roberto Rodrigues Roberto Rodrigues 11111

O setor de florestas plantadasreivindica há tempos que seja reconhe-cido como atividade produtiva, e nãoambiental

Ao ensejo das ásperas conversas so-bre a revisão do Código Florestal,entidades de classe de produtores ruraisapresentaram ao Congresso Nacionalum conjunto de idéias mudando concei-tos e propondo a criação de um CódigoAmbiental, mais amplo, cuja premissabásica seria o desmatamento zero nobioma Amazônia. Outro ponto impor-tante é que a unidade de conservaçãode biodiversidade passaria a ser a baciahidrográfica e não mais a propriedaderural individualizada.

Com isso, as exigências legais atin-giriam a região toda e o próprio Estado,coobrigando governos estaduais quantoao zoneamento econômico-ecológico.Propõe-se ainda a criação de um FundoFinanceiro - composto por recursos das

“Floresta Plantada”“Floresta Plantada”“Floresta Plantada”“Floresta Plantada”“Floresta Plantada”multas aplicadas, mais contribuições daUnião e dos Estados e de recursosderivados de créditos de carbono - quefinanciaria os produtores a recomporemsua área florestal e/ou a desmatarem oque puderem fazer legalmente.

Criar-se-ia a Reserva Ambiental, emlugar de Reserva Legal e Área de Pre-servação Permanente, que seria de-terminada por elementos técnicos queincluiriam topografia, textura e pro-fundidade dos solos nas margens dosrios, e também o direito adquirido emexploração agrícola com pelo menosdez anos comprovados.

É um conjunto grande de polêmicasmodificações que incorporam umconceito interessante: premiar quemfizer bem feito, em vez de simplesmentepunir e multar quem estiver errado.Toda essa discussão traz a lume umasérie de outros temas, inclusive decaráter estrutural.

O setor de florestas plantadas reivin-dica há tempos que seja reconhecidocomo atividade produtiva, e não am-biental: em vez de plantar café, milhoou tomate, o agricultor planta árvorescomo exploração econômica. Sendoassim, deveria estar na estrutura do

Ministério da Agricultura, argumentamos florestadores. É um tema para refletir.O setor apresenta hoje números impres-sionantes.

Há no Brasil 6,5 milhões de hectaresde florestas plantadas, dos quais 3,6milhões são certificados. É um dadoexpressivo. Daquele total, 4,26 milhõesde hectares são plantados com eucaliptoe 1,87 milhão com pinus. Os demaisestão com plantações de seringueiras,araucárias, acácias, tecas e outrasespécies.

Temos vantagens comparativas comnossos competidores: produzimos em 7anos o que os países setentrionais levammais de 50; nossa produtividadetambém é superior, o que nos permitiuexportar, em 2008, cerca de US$ 7bilhões de produtos florestais de áreasplantadas. A maior parte desse resultadovem de celulose (US$ 5,8 bilhões) e orestante está distribuído entre painéis,madeira serrada, compensados e outros.

Adicionalmente, a contribuiçãoambiental é de sete a dez toneladas deCO2 seqüestrados por hectare/ano. Sãogerados 2,2 milhões de empregos, dosquais 630 mil são diretos, arrecadandoR$ 9 bilhões em tributos (números de

2008). É um setor relevan-te e organizado, e podecrescer muito mais. Nomundo todo, os ministé-rios ligados à atividaderural se chamam Ministé-rio de Agricultura, Flores-ta e Pesca. Aqui temos doisministérios de Agricultura,mais um para a Pesca, e afloresta plantada está noMeio Ambiente.

Talvez seja tempo deavaliar a proposta recor-rente de criar, no âmbitodo Ministério da Agri-cultura, uma Secretaria deFloresta e Pesca. É umaideia para ser discutidacom os candidatos apresidente, nas eleições de2010. (FONTE: Folha(FONTE: Folha(FONTE: Folha(FONTE: Folha(FONTE: Folhade São Paulo)de São Paulo)de São Paulo)de São Paulo)de São Paulo)

1 - Coordenador do Centro de Agronegócioda FGV, presidente do Conselho Superior doAgronegócio da Fiesp e professor do Departa-mento de Economia Rural da Unesp - Jaboti-cabal, foi ministro da Agricultura (governoLula).

ARTIGO

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A Secretaria de Agriculturado Estado de São Paulo anun-ciou que a partir deste mês denovembro começa a vigorar oPró-Trator 2010Pró-Trator 2010Pró-Trator 2010Pró-Trator 2010Pró-Trator 2010, com novosvalores e com novidades. Paraessa fase serão disponibilizadosR$ 100 milhões para financia-mento e R$ 26 milhões parasubsídio dos juros.

O Programa Pró-TratorPrograma Pró-TratorPrograma Pró-TratorPrograma Pró-TratorPrograma Pró-Tratorestá em vigor desde janeiro de2009, com subsídio total dos ju-ros, pela Secretaria de Agricul-tura e Abastecimento, por meiodo FEAP – Fundo de Expansãodo Agronegócio Paulista. Até agoraforam liberados aproximadamente1.200 tratores entre 50 e 120 cv.

Segundo o engenheiro agrônomoAlexandre Grassi, assessor de créditorural da CATI, a novidade dessa novaetapa do Programa é a inclusão de tra-tores com potencia menor que 50 cv,direcionados à fruticultura, cafeicultura,

Secretaria de Agricultura de SP lança Pró-Trator 2010Secretaria de Agricultura de SP lança Pró-Trator 2010Secretaria de Agricultura de SP lança Pró-Trator 2010Secretaria de Agricultura de SP lança Pró-Trator 2010Secretaria de Agricultura de SP lança Pró-Trator 2010

olericultura, entre outras. “Essa medidafoi tomada para atender à demandagerada e às diversas solicitações dosprodutores junto à Secretaria”.

Alexandre alerta que os produtoresque já aderiram ao Programa naprimeira fase, tem até o dia 29 deoutubro para procurar a Casa daAgricultura e providenciar o projeto e

a declaração de aptidão parafinanciar seus tratores com ospreços anteriores, já que emnovembro esses valores serãoatualizados.

O Pró-Trator foi uma inici-ativa para agregar renda parapequenos e médios agricultorese garantir o acesso ao FEAP, umadas políticas públicas disponíveis.Com esse Projeto, os produtoresfinanciam seus tratores a juros 0,nas empresas participantes doPrograma: Agrale, MasseyFerguson, Valtra, John Deere,New Holland e Yanmar.

Para participar, os produtores temque ter uma renda bruta anual de atéR$ 400 mil reais. O prazo de pagamentoé de até cinco anos, incluindo os três decarência. Os interessados devem procu-rar a Casa da Agricultura do municípioou um dos 40 escritórios regionais daCATI para iniciar os procedimentos paraadesão ao Programa.

MMMMMÁÁÁÁÁQQQQQUUUUUIIIIINNNNNAAAAASSSSS

Antônio Honofre Chiarelo e o seu MF-275 adquiridoAntônio Honofre Chiarelo e o seu MF-275 adquiridoAntônio Honofre Chiarelo e o seu MF-275 adquiridoAntônio Honofre Chiarelo e o seu MF-275 adquiridoAntônio Honofre Chiarelo e o seu MF-275 adquiridopelo Programa Pró-Trator 2009.pelo Programa Pró-Trator 2009.pelo Programa Pró-Trator 2009.pelo Programa Pró-Trator 2009.pelo Programa Pró-Trator 2009.

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Na edição anterior, apresentamos aprimeira parte de um artigo publico naRevista Balde BrancoRevista Balde BrancoRevista Balde BrancoRevista Balde BrancoRevista Balde Branco, onde ospecuaristas recebem as principaisorientações quanto à limpeza dosequipamentos da ordenha.

Limpeza Drástica Funciona,Limpeza Drástica Funciona,Limpeza Drástica Funciona,Limpeza Drástica Funciona,Limpeza Drástica Funciona,mas Desgasta Peças do Equipa-mas Desgasta Peças do Equipa-mas Desgasta Peças do Equipa-mas Desgasta Peças do Equipa-mas Desgasta Peças do Equipa-mento - mento - mento - mento - mento - Uma vez atingido o pontoideal de turbulência, o injetor irá per-mitir a circulação de água por todo osistema. “O seu papel é estabelecer ciclosde injeção de ar ideais para determinaruma turbulência que faça uma boalimpeza”, fala Reid.

Lembra ainda que a meta é ter umaslugge que se mova por todo o sistemadurante cada ciclo de injeção de ar. Umdetalhe importante refere-se à velo-cidade da slugge na linha. Este é deter-minado pela taxa de flutuação do ar,que em muitos casos é medido porlitros/minutos ou pés cúbicos/minuto,que move-se pelo injetor de ar. Éimportante lembrar que a slugge nalinha de leite se inicia na válvula dedispersão perto da unidade final e iráocupar, primeiramente, 1,8 a 2,1 m datubulação; depois irá encurtar a medidaque a água vai ficando para traz com omovimento da slugge.

Precisamos de no mínimo 20% datubulação de leite preenchida comfluído quando o injetor de ar se abre,para que este seja capaz de criar umaslugge que percorra todo o sistema eesfregue a tubulação. Outra regra é quesempre deve existir algum volume deágua no fundo do tanque.

O sistema de limpeza nunca podesugar o resto da água da pia. Quandoisto acontece, uma grande quantidadede ar é admitida dentro da tubulação,expulsando toda a água para fora do sis-tema. Isso pode resultar, então, no rápi-do resfriamento do equipamento de or-denha, que diminui a temperatura dassoluções sanitizantes, comprometendoa eficiência das soluções e da próprialimpeza. As unidades de ordenhapodem ser efetivamente limpas quandoo fluído de limpeza passa por estas numataxa de 3 a 5 litros de solução/minuto.

Outro aspecto importante na limpe-za dos equipamentos está na escolha do

Como fazer a limpeza de equipamentosComo fazer a limpeza de equipamentosComo fazer a limpeza de equipamentosComo fazer a limpeza de equipamentosComo fazer a limpeza de equipamentosde ordenha de ordenha de ordenha de ordenha de ordenha (continuação)(continuação)(continuação)(continuação)(continuação)

tipo de detergente químico e suaconcentração.

O detergente alcalino, ácido e clorocompõem as soluções sanitizantes.Assim, mistura-se o cloro com o deter-gente alcalino e água quente para remo-ver principalmente a gordura e asproteínas.

Para que isso ocorra com êxito, opH desta solução deve ser no mínimode 11,7, enquanto a solução ácida deveter um pH de 3 ou menos. Há algunstestes que pode determinar se a limpezaestá ou não sendo bem feita, princi-palmente quando se desconfia daqualidade da água utilizada para alimpeza.

Para isto é preciso de um kit paraanalisar a concentração (partes por mi-lhão) de cloro na água e outro teste paraa concentração de iodo (em mistura deiodo como desinfetante). “Lembre-seque a concentração de pH é muitoimportante. Uma diferença de pH de 1é 10 vezes a diferença nas concentraçõesdas soluções”, alerta Reid.

Então, se o produto tem pH de 13,5na sua solução alcalina clorada ou pH =1 na solução ácida, conclui-se que umaconcentração excessiva de detergentesdeve estar sendo usada neste caso. Alémdo custo desses produtos usados emexcesso, deve-se considerar que altasconcentrações encurtam a vida útil deinsufladores e mangueiras.

É preciso ter cuidado com trata-mentos de limpeza drásticos. Nestes

casos são usados altas concentrações dedetergentes alcalino clorado e por vezesoutros compostos químicos adicionadospara limpar sistemas que não vinhamsido limpos adequadamente,

Quando o equipamento é submetidoà esse tipo de tratamento, quase sempreas borrachas dos insufladores, dasmangueiras e das válvulas são deteriora-das. “Com tais procedimentos poderáse fazer uma limpeza adequada, mascom certeza vai ser preciso trocarmuitas peças de borracha”, alerta Reid.

Por isso, se o equipamento estámuito sujo o melhor é lavar comsoluções em concentrações normais dedetergente alcalino clorado e ácido porvários dias.

Cabe citar também problemas nociclo de enxágüe. Se a temperatura desteé muito baixa, ocorrerá pouca remoçãodos resíduos do leite da tubulação,principalmente a gordura que tende aendurecer e permanecer na parede. Sea temperatura é muito alta tende a“cozinhar” a proteína dentro do sistema.

A temperatura deste ciclo deve serde 32oC a 38oC. Por outro lado écomum falhas de limpeza quando odetergente usado é em pó e sua diluiçãonão for bem feita. O acúmulo dedetergente se deposita no fundo dotanque alterando assim a concentraçãodo detergente alcalino clorado nassoluções de enxágüe, resultando em umalimpeza pouco eficiente. (FONTE:Revista Balde Branco, edição 426)

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Investir em tecnologia é a soluçãopara aumentar a produtividade, reduziro custo por saca de milho produzida, ecom isso, garantir a rentabilidade dalavoura. É seguindo este pensamentoque a Pioneer lançou a sua campanhapara a safrinha 2010, oferecendo aosprodutores um pacote completo, comlançamentos e novas tecnologias. Sãohíbridos com a melhor genética, opçõesde tecnologia Bt com os genesYieldGard®, Herculex® I e oTratamento Industrial de Sementes.

O mercado brasileiro de milhosafrinha mostrou um grandecrescimento nestes últimos anos,passando de 2% em 1984 para 34% noano de 2009. Apostando nisso a Pioneertem investido seus esforços e a cada anolançado híbridos de maior potencialprodutivo para que os produtores pos-sam colher mais e melhor. Desde 1995,

As vendas de sementes genetica-mente modificadas de milho para asafra de verão 2009/2010 correspon-dem a 40% do volume total comer-cializado até setembro deste ano. Odado foi divulgado pela ABRASEM -Associação Brasileira de Sementes eMudas. No segmento de alta tecnolo-gia, que investe em híbridos mais pro-dutivos, a expectativa é de que o usode sementes transgênicas representa65% da área plantada. O númerodivulgado mostra o rápido crescimen-to dos transgênicos na agricultura bra-

a empresa possui uma estação de pes-quisa na cidade de Toledo (PR) focadana pesquisa e desenvolvimento de híbri-dos que se adaptam ao ambiente dasafrinha, pois entende que somente altosrendimentos minimizam riscos que sãocomuns neste mercado.

sileira. Na safra de verão 2008/2009,quando a tecnologia foi utilizada pelaprimeira vez em lavouras de milho doPaís, as sementes transgênicas represen-taram 5%. Na safra de inverno (safri-nha) 2009 o índice de utilização chegoua 12%. Segundo José Américo PierreRodrigues, superintendente executivoda ABRASEM, a expansão aconteceporque a semente transgênica permitereduzir o uso de defensivos e gera ga-nhos de 10% a 15% na produtividade.

No cultivo convencional, o núme-ro de aplicações de inseticidas varia de

Pioneer®, a tecnologia a serviço daPioneer®, a tecnologia a serviço daPioneer®, a tecnologia a serviço daPioneer®, a tecnologia a serviço daPioneer®, a tecnologia a serviço darentabilidade para a safrinha 2010rentabilidade para a safrinha 2010rentabilidade para a safrinha 2010rentabilidade para a safrinha 2010rentabilidade para a safrinha 2010

Os híbridos Pioneer com astecnologias YieldGard® e Herculex® Idisponíveis aos produtores nesta safri-nha, oferecem proteção às lavourascontra as principais pragas que atacama cultura do milho. Contudo para se ex-plorar ao máximo o uso destas tecno-logias a Pioneer recomenda que o pro-dutor as utilize como ferramenta dentrodo MIP (Manejo Integrado de Pragas),ou seja, as lavouras devem ser monitoraspara caso sejam necessárias aplicaçõescomplementares de inseticidas.

Outro ponto determinante para osucesso da lavoura é a adoção da áreade refúgio, que consiste em 10% da la-voura plantada com híbridos conven-cionais e, também, as normas de coexis-tência, onde o produtor deve respeitara distância mínima de 100 metros desua lavoura e a lavoura de milho con-vencional vizinha.

três a cinco vezes. Com o híbrido gene-ticamente modificado o produtor mo-nitora as lavouras e, quando neces-sário, realiza uma aplicação, segundoespecialistas.

A CTNBio - Comissão TécnicaNacional de Biossegurança aprovou,até o momento, cinco sementestransgênicas Bt, resistentes a insetosconsiderados pragas nas lavouras demilho. Deste total, três já são utilizadaspelas companhias para a produção de60 híbridos que são vendidos nomercado nacional.

Milho transgênico já responde por 40% das vendasMilho transgênico já responde por 40% das vendasMilho transgênico já responde por 40% das vendasMilho transgênico já responde por 40% das vendasMilho transgênico já responde por 40% das vendas

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TTTTTEEEEECCCCCNNNNNOOOOOLLLLLOOOOOGGGGGIIIIIAAAAA

O modelo de uma biofábricae os primeiros resultados obtidosna pesquisa que identificou umtipo de fungo utilizável no con-trole de microorganismos preju-diciais ao café serão apresentadosem Lisboa, Portugal, entre os dias2 e 4 de dezembro, na Biomi-croworld 2009, ConferênciaInternacional Sobre Microbio-logia Ambiental, Industrial eAplicada que, nesta edição,aborda aplicações microbio-lógicas em diversas áreas, como aagricultura, medicina, ciências dealimentos e outras.

O trabalho é de autoria dapesquisadora Sara Maria Chalfoun, daEPAMIG - Empresa de PesquisaAgropecuária de Minas Gerais, emparceria com o professor Carlos JoséPimenta, da UFLA - UniversidadeFederal de Lavras e Marcelo CláudioPereira, com apoio da FAPEMIG -Fundação de Amparo à Pesquisa doEstado de Minas Gerais.

Fruto de mais de 20 anos de pesquisa,a invenção teve patente depositada em2004 e está disponível como umatecnologia em fase de transferência, àespera de alguma empresa que adquirao direito de exploração, mediantepagamento de royalties para asinstituições criadoras. A tecnologia,segundo Sara Chalfoun, se refere amétodos de preservação do Clados-porium cladosporioides, já apelidado de“fungo do bem”, para sua utilização no

EPAMIG e UFLA identificamEPAMIG e UFLA identificamEPAMIG e UFLA identificamEPAMIG e UFLA identificamEPAMIG e UFLA identificam“fungo-do-bem” para a cultura do café“fungo-do-bem” para a cultura do café“fungo-do-bem” para a cultura do café“fungo-do-bem” para a cultura do café“fungo-do-bem” para a cultura do café

campo como agente bioprotetor, alémde permitir o uso na produção industrialde enzimas, utilizadas em diferentesprocessos de proteção da qualidade docafé.

“Foi a partir de inúmeros trabalhosrealizados com o objetivo de identificare controlar fungos que prejudicam aqualidade do café que descobrimos queum deles não era prejudicial. Ao con-trário, ele se destacava por estar sempreassociado a bebidas de qualidade”,historia a pesquisadora Sara.

Foi quando teve início a utilizaçãodo agente biológico de forma que,associado aos frutos e grãos de café,atuasse como bioprotetor contra fungosque possuem ação danosa sobre aqualidade e segurança do café. “Osfungos podem influenciar a qualidadedo café produzindo metabólicos

atóxicos ao homem ou agindosobre os grãos, influenciando seusabor, cor e odor”, detalha a pes-quisadora, acrescentando que atecnologia permite otimizar omanejo das lavouras no sentidode preservar ou introduzir oagente protetor, permitindo quepelo menos um terço dos frutospresentes nos cafeeiros e quesecam na planta antes da colheitanão sejam comprometidos porestes fungos prejudiciais.

Era o início de um trabalhocom vistas ao desenvolvimentode um produto que poderáatender a uma grande demanda

de produtores que perdem qualidadeno café, com problemas graves emdiferentes regiões do país. “Ele pode seruma ferramenta única, segura e capazde substituir o uso de produtos químicosque têm um apelo extremamentenegativo”, explica a pesquisadora.

Para Chalfoun, a tendência é aredução cada vez maior do uso defungicidas sintéticos, o que vem aoencontro de relevantes preocupaçõescom a saúde e com o meio ambiente.“Como a biodiversidade é muito grande,isso prova de que podemos aproveitarestes microorganismos”, continua apesquisadora, que considera adescoberta um marco para futurasaplicações de microorganismos comoparte de processos e produtos que vãoauxiliar na agroindústria e na agriculturaem geral.

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A pesquisadora Sara Chaufoun, da EPAMIG, naA pesquisadora Sara Chaufoun, da EPAMIG, naA pesquisadora Sara Chaufoun, da EPAMIG, naA pesquisadora Sara Chaufoun, da EPAMIG, naA pesquisadora Sara Chaufoun, da EPAMIG, nabiofábrica, instalada no campus da UFLA.biofábrica, instalada no campus da UFLA.biofábrica, instalada no campus da UFLA.biofábrica, instalada no campus da UFLA.biofábrica, instalada no campus da UFLA.

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Mário C. Rezende Neto Mário C. Rezende Neto Mário C. Rezende Neto Mário C. Rezende Neto Mário C. Rezende Neto 11111

Analisando a situação atualda lucratividade/rentabilidadeporque passa a cultura do café,torna-se necessário e prementeum melhor conhecimento pelostécnicos e classe produtora doscustos/benefícios proporciona-dos individualmente pelos insu-mos usados na atividade.

O zinco é um dos nutrientesmais limitantes à produção decafé no Brasil (GUIMARÃES etal.,1983; MALAVOLTA etal.,1983). Pela importânciadeste nutriente como microele-mento para a cultura do café,devemos dar atenção especial aoseu uso correto, bem como aquantificação, se possível, dos retornosunitários proporcionados pelo seu uso.

São vários os fatores que influenciamnegativamente a absorção de zinco pelocafeeiro via solo :

- Em solos argilosos, pela forte açãoadsortiva exercida pelas argilas sobre ocátion.

- Calagem excessiva com aumentodo pH, principalmente em solos médiosà argilosos; e

- Adubação desequilibrada de adu-bos fosfatados, pois altos níveis de

fósforo no solo prejudicam a absorçãode zinco pelas raízes.

Como se pode ver, em face dasdificuldades que influenciam a absorçãodo zinco pelo cafeeiro via solo, este tipode prática apenas se justifica numhorizonte de fornecimento do nutrientepara a planta em períodos mais longos,isto é, como um banco de reserva donutriente no solo à ser liberado duranteos anos. Ao contrário do fornecimentoatravés do solo, o zinco fornecido viafolha é uma prática recomendada e di-fundida pela pesquisa, com seusresultados positivos já provados porvários trabalhos e autores.

ARZOLLLA et al., (1962), emestudos com solução nutritiva,verificaram que a absorção foliarde zinco pelo cafeeiro foi oitovezes mais intensa que a radicular.CHAVES (1989) verificourespostas positivas do cafeeiroquanto ao uso do sulfato de zinco(0,5%), em duas pulverizaçõesanuais nas aplicações foliares osteores de Zn na folha apresenta-ram-se dentro de padrões consi-derados altos, e as aplicações nosolo não contribuíram para elevaros teores do elemento na folha avalores considerados adequados.

O uso de zinco no solo, comofonte simples ou associado a adu-bos NPK,em áreas com texturamédia ou argilosa, só dá resultados

a médio e longo prazo, pela pequenaincorporação que vai se realizando comos tratos culturais no solo, não se poden-do dispensar, no curto prazo, as aplica-ções foliares (Cultura de Café no Brasil/Novo manual de Recomendações/Fundação PRÓCAFÉ-2002).

O zinco é classificado como ele-mento parcialmente móvel no cafeeiro(MALAVOLTA, 1980), daí a neces-sidade que o total do produto recomen-dado seja dividido em três ou quatroaplicações durante o ano, para que asfolhas novas venham sempre à recebera aplicação do nutriente.

RecomendaçõesRecomendaçõesRecomendaçõesRecomendaçõesRecomendações - A via

Análise do custo/benefício do usode zinco (Zn) pela cafeicultura

1 Engenheiro Agrônomo da CATI/Itirapuã eEspecialista em Gestão do AgronegócioDepto de Economia Rural – UFV.

Solos argilosos (direita) e a calagem excessiva podemSolos argilosos (direita) e a calagem excessiva podemSolos argilosos (direita) e a calagem excessiva podemSolos argilosos (direita) e a calagem excessiva podemSolos argilosos (direita) e a calagem excessiva podeminfluenciar negativamente na absorção de zinco nasinfluenciar negativamente na absorção de zinco nasinfluenciar negativamente na absorção de zinco nasinfluenciar negativamente na absorção de zinco nasinfluenciar negativamente na absorção de zinco nasp l a n t a sp l a n t a sp l a n t a sp l a n t a sp l a n t a s

ARTIGO

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foliar é obrigatória em solosargilosos enquanto se espera oefeito de eventuais aplicaçõesvia solo (textura média ou are-nosa). Pode-se usar sulfato dezinco (21% Zn e 16 a 18% deS), em soluções a 0,5 a 1 %, ouzinco líquido (21% de Zn) a0,1% ou quelato de zinco (7%de Zn) de 0,5 a 1% (Cultura deCafé no Brasil/Novo Manual deRecomendações/FundaçãoPROCAFÈ-2002) .

O número de aplicaçõesfoliares varia até quatro porano, dependendo da necessida-de, sendo, normalmente, efetuadas no período de outu-bro à março, havendo boa resposta, também, deaplicações no inverno. Duas aplicações são, normalmente,suficientes para solos com pequenas deficiências,enquanto quatro são indicadas para deficiências severas.

O acompanhamento através de análises foliaresperiódicas é indicado para evitar teores elevados,prejudiciais à produção.

Com relação aos níveis adequados de zinco nas folhasdo cafeeiro, Eurípedes Malavolta em ABC da AnáliseABC da AnáliseABC da AnáliseABC da AnáliseABC da Análisede Solos e Folhasde Solos e Folhasde Solos e Folhasde Solos e Folhasde Solos e Folhas (1992), coloca como nível baixo < 5ppm, médio 5 – 10 ppm e adequado 11-20 ppm.

Como podemos verificar no Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1, o uso ade-quado de zinco proporciona ótimos resultados ao pro-dutor, mas seu uso sem critérios técnicos pode acarretarteores elevados e conseqüências negativas na produção.

Ao analisarmos os resultados apresentados pelo ensaiodo Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1, podemos verificar o extraordinário retor-no que se verifica com o uso adequado de zinco via folhana cultura do café, onde ao se atingir os níveis adequadospreconizados pelas pesquisas, se verifica um aumento deaté 34 % (Testemunha base 100) na produção em relaçãoá níveis foliares do elemento considerados baixos.

Em pesquisa no comércio de insumos agrícolas deFranca (SP) (outubro/2009), verificou-se um custo médiototal de R$ 12,20 / ha para se usar o Sulfato de Zn , e umcusto médio total de R$ 17,80 / ha para se usar Quelatode Zn como insumos básicos para correção aos níveisfoliares adequados de zinco no cafeeiro. Convém ressaltarque os referidos custos se referem apenas ao preço dosinsumos, não contemplando os custos de aplicação doproduto.

Ao cruzarmos os dados dos custos dos insumos ne-cessários á adequada correção dos níveis foliares, com asindicações dos resultados mostrados na Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1, ficaclaro o excelente custo/benefício do uso do zinco via folhapara atingir os níveis adequados do nutriente na planta,com retornos unitários em reais que provavelmentepoderão chegar na casa das centenas; resultados estes quepossivelmente serão ainda mais significativos se a situaçãofor de deficiência em nível crítico ( < 5 ppm ).

Em tempos de vacas magras na cafeicultura, ondeobservamos nos últimos anos as margens de lucro do

produtor flutuarem debaixas à muito baixas,inclusive em algunsperíodos habitando oterreno do negativo, oconhecimento do cus-to/benefício individualdos insumos utilizadosna atividade é de sumaimportância para umaeficiente gestão decustos da atividade.

O acesso à estasinformações por téc-nicos e produtores énos dias atuais faci-

litada, visto que as pesquisas sobre a cultura já forneceminformações sobre os resultados da grande maioria dos insumosutilizados durante seu ciclo de produção, e acessível a todos osinteressados por meio de várias publicações.

Tais informações se tornam uma poderosa ferramenta àproporcionar aos técnicos e produtores visualizarem os prováveisretornos unitários dos insumos utilizados durante o ciclo deprodução da cultura, permitindo assim que em uma eventualnecessidade de corte de custos, não se direcione as iniciativasàqueles insumos que proporcionariam os maiores retornosunitários relativos, evitando com isto prejudicar ainda mais alucratividade.

QUADRO 1 – QUADRO 1 – QUADRO 1 – QUADRO 1 – QUADRO 1 – Efeito de doses de zinco (Zn) no cafeeiro (dosescrescentes/ano com sulfato de zinco ). (Cultura de Café no Brasil/NovoManual de Recomendações/Fundação PROCAFÈ-2002, pg. 192 fig. 38)

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Palestra do Dr. Favarim marca início dePalestra do Dr. Favarim marca início dePalestra do Dr. Favarim marca início dePalestra do Dr. Favarim marca início dePalestra do Dr. Favarim marca início deparceria entre Agroplanta e Campagroparceria entre Agroplanta e Campagroparceria entre Agroplanta e Campagroparceria entre Agroplanta e Campagroparceria entre Agroplanta e Campagro

Fernando (Agroplanta), Ibrahim Moraes (Agroplanta), Dr.Fernando (Agroplanta), Ibrahim Moraes (Agroplanta), Dr.Fernando (Agroplanta), Ibrahim Moraes (Agroplanta), Dr.Fernando (Agroplanta), Ibrahim Moraes (Agroplanta), Dr.Fernando (Agroplanta), Ibrahim Moraes (Agroplanta), Dr.José Laércio Favarin (Esalq/USP), José Paulo Marini (Agro-José Laércio Favarin (Esalq/USP), José Paulo Marini (Agro-José Laércio Favarin (Esalq/USP), José Paulo Marini (Agro-José Laércio Favarin (Esalq/USP), José Paulo Marini (Agro-José Laércio Favarin (Esalq/USP), José Paulo Marini (Agro-planta), Rafael Isaac (Campagro) e Vamberto (Campagro)planta), Rafael Isaac (Campagro) e Vamberto (Campagro)planta), Rafael Isaac (Campagro) e Vamberto (Campagro)planta), Rafael Isaac (Campagro) e Vamberto (Campagro)planta), Rafael Isaac (Campagro) e Vamberto (Campagro)

Em pé, Manoel Lima, André Cunha, Antônio Jardim, JulioEm pé, Manoel Lima, André Cunha, Antônio Jardim, JulioEm pé, Manoel Lima, André Cunha, Antônio Jardim, JulioEm pé, Manoel Lima, André Cunha, Antônio Jardim, JulioEm pé, Manoel Lima, André Cunha, Antônio Jardim, JulioMicalli e Rafael Isaac (Campagro). Sentados, Alziro ZarurMicalli e Rafael Isaac (Campagro). Sentados, Alziro ZarurMicalli e Rafael Isaac (Campagro). Sentados, Alziro ZarurMicalli e Rafael Isaac (Campagro). Sentados, Alziro ZarurMicalli e Rafael Isaac (Campagro). Sentados, Alziro Zarure Alexandre Englere Alexandre Englere Alexandre Englere Alexandre Englere Alexandre Engler

Guilherme Pressoto, Netão e Mauricio Makoto Kondo.Guilherme Pressoto, Netão e Mauricio Makoto Kondo.Guilherme Pressoto, Netão e Mauricio Makoto Kondo.Guilherme Pressoto, Netão e Mauricio Makoto Kondo.Guilherme Pressoto, Netão e Mauricio Makoto Kondo.

José de Alencar (Campagro), Gean Vilhena e Lucas AndradeJosé de Alencar (Campagro), Gean Vilhena e Lucas AndradeJosé de Alencar (Campagro), Gean Vilhena e Lucas AndradeJosé de Alencar (Campagro), Gean Vilhena e Lucas AndradeJosé de Alencar (Campagro), Gean Vilhena e Lucas Andrade( C a m p a g r o ) .( C a m p a g r o ) .( C a m p a g r o ) .( C a m p a g r o ) .( C a m p a g r o ) .

Lucas Andrade (Campagro/Ibiraci-MG) e os cafeicultoresLucas Andrade (Campagro/Ibiraci-MG) e os cafeicultoresLucas Andrade (Campagro/Ibiraci-MG) e os cafeicultoresLucas Andrade (Campagro/Ibiraci-MG) e os cafeicultoresLucas Andrade (Campagro/Ibiraci-MG) e os cafeicultoresAdolfo, Emerson, Rogério e Luciano.Adolfo, Emerson, Rogério e Luciano.Adolfo, Emerson, Rogério e Luciano.Adolfo, Emerson, Rogério e Luciano.Adolfo, Emerson, Rogério e Luciano.

Carlos Girardi, Shigueru Condo, Djalma Blésio e MárcioCarlos Girardi, Shigueru Condo, Djalma Blésio e MárcioCarlos Girardi, Shigueru Condo, Djalma Blésio e MárcioCarlos Girardi, Shigueru Condo, Djalma Blésio e MárcioCarlos Girardi, Shigueru Condo, Djalma Blésio e MárcioFigueiredo, eng. agrônomos da CATI.Figueiredo, eng. agrônomos da CATI.Figueiredo, eng. agrônomos da CATI.Figueiredo, eng. agrônomos da CATI.Figueiredo, eng. agrônomos da CATI.

Dr. Favarin responde pergundas do público presente.Dr. Favarin responde pergundas do público presente.Dr. Favarin responde pergundas do público presente.Dr. Favarin responde pergundas do público presente.Dr. Favarin responde pergundas do público presente.

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José Laércio Favarin José Laércio Favarin José Laércio Favarin José Laércio Favarin José Laércio Favarin 11111

Os solos tropicais são, emgeral, ácidos, possuem alumínio(Al) em quantidades tóxicas aosvegetais e deficientes em macro-nutrientes, como o fósforo (P),potássio (K), cálcio (Ca), mag-nésio (Mg) e enxofre (S), assimcomo em micronutrientes: boro(B), cobre (Cu), manganês (Mn),zinco (Zn), cobalto (Co), molib-dênio (Mo) e níquel (Ni).

Para fazer agricultura nessessolos precisa, inicialmente, fazera aplicação de calcárioaplicação de calcárioaplicação de calcárioaplicação de calcárioaplicação de calcário, únicamaneira de eliminar a acidez e atoxidez de alumínio. Apesar da impor-tância da calagem, um dos seus resulta-dos consiste em diminuir, ainda mais, adisponibilidade daqueles nutrientes jádeficientes - os micronutrientes.

Em solos com altos teores de fósforo,cálcio e magnésio associado a altas dosesde nitrogênio, como se faz em lavourasde café (300 a 450 kg ha-1 de N) podetambém induzir a deficiência de algunsmicronutrientes, como de boro, cobre,zinco e manganês (Malavolta et al.,1997). Assim, uma solução para essesnutrientes é o fornecimento via foliar.

Devido à baixa mobilidade dos mi-cronutrientes no floema, os mesmos de-vem ser aplicados de tempo em tem-tempo em tem-tempo em tem-tempo em tem-tempo em tem-popopopopo, de maneira que todas as emissõesfoliares recebam os nutrientes pul-verizados.

Os vegetais para crescerem depen-dem de dois processos a divisão e a ex-pansão celular. Esta última varia com aextensibilidade da parede celular, paraa qual há necessidade de ácido indolacético, um hormônio de crescimentoque para ser formado precisa do amino-ácido triptofano, e este para ser pro-duzido depende do estado nutricionalda planta em relação ao zinco.

As paredes celulares de trilhões decélulas que formam uma planta sãolignificadas, processo que ocorre, entre

outros, graças à disponibilidade de co-bre no vegetal. Entre as células existe alamela média, preenchida por pectatose celulose, a semelhança de uma “arga-massa” que só ocorre na presença decálcio e boro, importante para o cres-cimento normal das plantas.

A absorção foliar de alguns micro-nutrientes é prejudicada em tempera-

Absorção foliarde micronutrientes

ARTIGO

A Agroplanta Fertilizantes éatualmente uma das maiores empre-sas fabricantes de fertilizantesmicronutrientes do Brasil. Com sedeem Batatais (SP), a empresa está nomercado há 32 anos e possui atual-mente três plantas industriais dedi-cadas à produção de mais de 250fórmulas de fertilizantes, que in-cluem desde fertilizantes micro-nutrientes de solo, tratamento desementes, fertilizantes foliares,enraizadores, aminoácidos, fosfitose a nova linha de NPK liberaçãogradativa.

De acordo com José Paulo Marini,Gerente Comercial da empresa, ofertilizante com a nova tecnologia deliberação gradativa irá complementaro portfólio da empresa e marca tam-bém uma nova fase nos negócios.Apresenta as seguintes vantagens ao

turas abaixo de 17 a 20oC, pois é um processoativo, que depende deenergia (ATP), produ-zido pela respiração, aqual depende da tempe-ratura.

A absorção de Ptambém varia com arespiração, diminuindono outono/inverno,quando há diferencia-ção das gemas e for-mação de flor – pro-cessos dependentes de P.Do exposto, nas aplica-ções fitossanitárias e

nutricionais (micronutrientes), adi-cionar uma fonte de P, para não afetara o cafeeiro na pré-florada.

Em razão da baixa eficiência daabsorção de zinco presente no solo deveser feita 3 a 4 aplicações por ano,conforme a necessidade do cafeeiro. Oboro por sua vez pode ser aplicado nosolo, assim como via foliar.

agricultor: excelente relação custo be-nefício; fornecimento contínuo de nu-trientes; redução no número de aplica-ções dos fertilizantes e redução deperdas por lixiviação e volatização.

A nova unidade da empresa pro-duz as seguintes linhas de produtos:GreencoteGreencoteGreencoteGreencoteGreencote e MaxcoteMaxcoteMaxcoteMaxcoteMaxcote.

Unidade II (NPK liberação gradativa) eUnidade II (NPK liberação gradativa) eUnidade II (NPK liberação gradativa) eUnidade II (NPK liberação gradativa) eUnidade II (NPK liberação gradativa) eUnidade III (micronutrientes de solo) daUnidade III (micronutrientes de solo) daUnidade III (micronutrientes de solo) daUnidade III (micronutrientes de solo) daUnidade III (micronutrientes de solo) daAgroplanta Fertilizantes.Agroplanta Fertilizantes.Agroplanta Fertilizantes.Agroplanta Fertilizantes.Agroplanta Fertilizantes.

1 - Doutor em solos e produção vegetal.Depto. de Nutrição Vegetal - Esalq/usp -Piracicaba-SP

Agroplanta entre as maiores fabricantesAgroplanta entre as maiores fabricantesAgroplanta entre as maiores fabricantesAgroplanta entre as maiores fabricantesAgroplanta entre as maiores fabricantesde fertilizantes micronutrientesde fertilizantes micronutrientesde fertilizantes micronutrientesde fertilizantes micronutrientesde fertilizantes micronutrientes

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Dedeagro apresenta lançamentos da Du Pont eDedeagro apresenta lançamentos da Du Pont eDedeagro apresenta lançamentos da Du Pont eDedeagro apresenta lançamentos da Du Pont eDedeagro apresenta lançamentos da Du Pont eda Multifertilizantes em palestra no Minuanoda Multifertilizantes em palestra no Minuanoda Multifertilizantes em palestra no Minuanoda Multifertilizantes em palestra no Minuanoda Multifertilizantes em palestra no Minuano

Nas duas extremidades direita e esquerda, representantes da Multifertilizantes e Du Pont, Alceu Ikeda (Du Pont). AoNas duas extremidades direita e esquerda, representantes da Multifertilizantes e Du Pont, Alceu Ikeda (Du Pont). AoNas duas extremidades direita e esquerda, representantes da Multifertilizantes e Du Pont, Alceu Ikeda (Du Pont). AoNas duas extremidades direita e esquerda, representantes da Multifertilizantes e Du Pont, Alceu Ikeda (Du Pont). AoNas duas extremidades direita e esquerda, representantes da Multifertilizantes e Du Pont, Alceu Ikeda (Du Pont). Aocentro, Saulo Almeida (Fundação PROCAFÉ), César (Dedeagro), João Dedemo (diretor Dedeagro) e Eduardocentro, Saulo Almeida (Fundação PROCAFÉ), César (Dedeagro), João Dedemo (diretor Dedeagro) e Eduardocentro, Saulo Almeida (Fundação PROCAFÉ), César (Dedeagro), João Dedemo (diretor Dedeagro) e Eduardocentro, Saulo Almeida (Fundação PROCAFÉ), César (Dedeagro), João Dedemo (diretor Dedeagro) e Eduardocentro, Saulo Almeida (Fundação PROCAFÉ), César (Dedeagro), João Dedemo (diretor Dedeagro) e Eduardo(Mult i fer t i l i zantes ) .(Mul t i fer t i l i zantes ) .(Mul t i fer t i l i zantes ) .(Mul t i fer t i l i zantes ) .(Mul t i fer t i l i zantes ) .

Muitos agricultores prestigiraram as palestras.Muitos agricultores prestigiraram as palestras.Muitos agricultores prestigiraram as palestras.Muitos agricultores prestigiraram as palestras.Muitos agricultores prestigiraram as palestras.

O cafeicultor Rodrigo de Freitas e a equipe de agrônomosO cafeicultor Rodrigo de Freitas e a equipe de agrônomosO cafeicultor Rodrigo de Freitas e a equipe de agrônomosO cafeicultor Rodrigo de Freitas e a equipe de agrônomosO cafeicultor Rodrigo de Freitas e a equipe de agrônomosda CATI-Franca, Djalma Blésio, Pedro Avelar (diretor) eda CATI-Franca, Djalma Blésio, Pedro Avelar (diretor) eda CATI-Franca, Djalma Blésio, Pedro Avelar (diretor) eda CATI-Franca, Djalma Blésio, Pedro Avelar (diretor) eda CATI-Franca, Djalma Blésio, Pedro Avelar (diretor) eMárcio Figueiredo.Márcio Figueiredo.Márcio Figueiredo.Márcio Figueiredo.Márcio Figueiredo.

Em palestra realizada no último dia 12 de novembro, aDedeagro abordou dois assuntos extremamente importantespara a cafeicultura atual.

No primeiro, o eng. agrº Saulo Almeida, (ex-IBC e atual-mente na Fundação PROCAFÉ) apresentou informações sobreo melhoramento genético do café visando adequar as lavourasàs mudanças climáticas. Segundo Saulo, não apenas o aqueci-mento soa como preocupante, mas também a própria inde-finição do período chuvoso. “Neste ano já tivemos muita chuvano inverno, interrompendo o período de estresse hídrico essen-cial à cultura como indutor de florescimento. Isto resultou emuma ampliando no período de floração, prejudicando a pro-dução, a colheita e a qualidade do café próxima safra”, diz.

Já no segundo tema, como representantes exclusivos daMultitécnica e da Du Pont na região, a Dedeagro trouxe duaspalestras: uma com Eduardo, representante da Multitécnica,e outra com Alceu Ikeda, representante da DuPont. Elesapresentaram as novidades do sistema Multisais - associaçãoentre nutrição e controle fúngico na lavoura do café. Trata-sede uma parceria entre a nutrição equilibrada com altasolubilidade da Multitécnica e o fungicida cúprico KocideWDG, da Du Pont.

De acordo com João Dedemo, diretor da Dedeagro, osparticipantes participaram ativamente. “Considero que foimuito proveitosa a palestra, pelo interesse dos agricultores epelas perguntas feitas durante o evento. Este era o nosso in-tuito, orientar os cafeicultores sobre os benefícios do sistemaMultisais”, explica João.

Para Eduardo, além da nutrição equilibrada da lavoura, ocafeicultor da região da Alta Mogiana deve-se preocupar comdois fatores que muito tem se agravado nos ultimos meses.“Trata-se da Phoma e da Pseudomonas. O cafeicultor deveadotar medidas mais acertadas no controle destas doenças e oKocide WDG é o mais indicado”, afirma o representante.

Segundo os consultores, além da nutrição adequada eequilibrada para todas as fases da cultura do café, o SistemaMultisais traz o benefício de maior rapidez no preparo eaplicação da pulverização; evita erro de dosagem, reduzindomaiores custos e desequilíbrio nutricional nas plantas; melhorcobertura de área foliar; não entope bicos e filtros, portantonão há perda de tempo nas aplicações; melhor distribuiçãode gotas/cm² na folha; menor risco para o aplicador; pode serassociado a outros grupos de defensivos agrícolas; melhorpegamento da florada; e maior crescimento dos ramos.

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Os produtores brasileiros de caféestão enfrentando a pior florada demais de duas décadas, uma vez queas precipitações, acima da média,ameaçam a qualidade dos grãos, dissea Cooxupé, a maior cooperativa decafeicultores do país.

Em Guaxupé (MG), caíram262,8 milímetros de chuvas emoutubro, o maior volume dos últimos17 anos, segundo a Cooxupé. Emsetembro, a região registrou 215,8milímetros de chuvas, o maiorvolume desde o início da sériehistórica, em 1960.

“A florada está uma confusão eisso deve se refletir na qualidade dosgrãos”, disse hoje Joaquim Goulart deAndrade, diretor da cooperativa. “Aflorada está desigual porque não parade chover”. Os pés de café do Brasil,o maior produtor mundial dacommodity, florescem em setembroe outubro.

Os grãos não se desenvolvemadequadamente enquanto as floresnão caírem dos cafeeiros, o queocorre durante o período de climamais seco, disse Andrade.

A florada deste ano é a pior desde1983, segundo ele.

É a pior florada doÉ a pior florada doÉ a pior florada doÉ a pior florada doÉ a pior florada docafé brasileiro emcafé brasileiro emcafé brasileiro emcafé brasileiro emcafé brasileiro em

26 anos diz Cooxupé26 anos diz Cooxupé26 anos diz Cooxupé26 anos diz Cooxupé26 anos diz Cooxupé

Aumenta o risco de ataqueda broca e da ferrugem noscafezais da região da Coopa-raiso. Isto é uma das conse-qüências das alterações cli-máticas vêm acontecendodesde agosto, bem como airregularidade da florada. Ocoordenado do departamentode Gestão do Agronegócio,Marcelo Almeida, disse que oprodutor deve ficar atendopara a incidência da praga eda doença.

“Como nós tivemos várias floradas,sendo que a primeira foi no mês dejulho, o fruto já está um chumbão (ogrão está em fase de endurecimento), ehá ainda lavoura em estado de chumboe chumbinho e outras, ainda aconte-cendo a florada. Esse primeiro fruto dejulho já está apresentando a infestaçãode broca e o produtor deve ficaratento”, disse o engenheiro agrônomoMarcelo.

Ele explicou que é preciso ficaratento, principalmente aos talhões emque não houve uma varreção bem feitana safra passada. “Então a recomen-dação é fazer um levantamento portalhão porque não são todas as lavourasque estão apresentando a incidência debroca. Havendo a necessidade de fazero controle, já deve iniciá-lo, apesar de oprodutor estar acostumado a fazê-lo emdezembro ou janeiro”, disse ele.

Marcelo falou que a ferrugemtambém está presente nas lavouras,devido à quantidade de chuvas. “Comoo período de estiagem foi bem menor,não houve a ‘quebra’ do ciclo da fer-rugem, estando presente um ano para ooutro, com o seu inoculo na planta”,explicou ele.

O engenheiro agrônomo disse que olevantamento deve ser feito tambémpor talhão e onde encontrar a doença,fazer uma aplicação foliar. Mesmo queele já tenha feito o controle com ogranulado no solo, o produto vai demo-rar de 30 a 40 dias para começar a fazerefeito. Porém a aplicação foliar jádemonstra o seu efeito de imediato.

“O importante é que o produtorprocure os técnicos da Cooparaiso parase orientar quanto à aplicação dessesprodutos e obtenha informações decomo fazer o levantamento por talhão”,encerrou Marcelo Almeida

AS FLORADAS - AS FLORADAS - AS FLORADAS - AS FLORADAS - AS FLORADAS - De julho paracá, já aconteceu, inclusive, a 5ª florada,como os técnicos do departamento deGestão do Agronegócio da Cooperativajá haviam previsto.

De acordo com o Ecofisiologista doIAC - Instituto Agronômico de Cam-pinas, Joel Fahl, este é um fenômenoligado diretamente às condições cli-máticas e de ocorrência influenciadapelas chuvas e temperaturas ocorridasno ano passado e intensificadas nesteano. Após visitar propriedades e ve-rificar o problema, o cientista explicouo porquê do fenômeno. “A florada emtoda a região de atuação da Cooparaisoestá se apresentando de forma irregulare tardia”, constatou ele.

Segundo ele, o Brasil apresenta ummodelo climático bem definido, cha-mado de modal, que consiste em umperíodo de chuvas, seguido por umperíodo de seca e depois volta a chover.“A indução floral, ou seja, o que provocao florecimento do cafezal, são três fato-res em conjunto: o foto período (inci-dência de luz), a queda gradativa naintensidade de chuvas e queda gradativade temperatura. Isso acontece próximoa fevereiro, até o final de junho”,explicou Joel. No ano passado, o cientistacontou que isso não aconteceu de forma

Cooparaiso alerta: Cafezal passa por riscoCooparaiso alerta: Cafezal passa por riscoCooparaiso alerta: Cafezal passa por riscoCooparaiso alerta: Cafezal passa por riscoCooparaiso alerta: Cafezal passa por riscode ataque da broca e da ferrugemde ataque da broca e da ferrugemde ataque da broca e da ferrugemde ataque da broca e da ferrugemde ataque da broca e da ferrugem

tão definida. Houve picos dechuvas e interrupções comperíodos de seca mais intensae depois volta a chover, o queprovoca vários ciclos indu-tivos de florada. “Esses modaisdiferenciados aconteceramainda mais acentuados nesteainda, provocando essas flora-das não uniformes, principal-mente no período de feverei-ro a junho e ainda temperatu-ras médias abaixo do normal,o que prolonga o ciclo de

desenvolvimento do botão floral, o quepromove vários ciclos abrindo floradasem diferentes épocas, em um períodomais distante”, disse ele.

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Observação, conhecimento e geren-ciamento. Eis os três quesitos principaispara qualquer empreendedor

O cafeicultor Antônio David prova,mais uma vez, que a cafeicultura brasi-leira sempre será “inovadora”.

Proprietário da Fazenda Santa Iza-bel - localizada na rodovia que ligaFranca (SP) a Ribeirão Corrente (SP),na Alta Mogiana paulista -, ToninhoDavid se destaca como um exímio ob-servador. Soube muito bem aprender,com os anos de trabalho na cafeicultura,o que as plantas e o solo precisam paramelhor produzir.

Mas, infelizmente, não é o produtorquem determina o preço de comercia-lização do café. “Para piorar, nos últimosanos, o preço do café não cobre oscustos de produção”, afirma Toninho.

Buscando reduzir o custo de produ-ção do seu cafezal, o produtor pesquisoutécnicas e insumos de cultivo orgânico;analisou a importância da proteção dosolo, da reciclagem de nutrientes; bemcomo as máquinas adequadas para omanejo regular da massa vegetal.

Em plena “Crise Mundial” e “Crisena Cafeicultura”, Toninho David adotouo manejo da braquiária e a aplicação doBokashi como técnica alternativa parareduzir seus custos de produção. Segun-do ele, esta técnica promove a manuten-ção da umidade e aeração do solo, ma-nutenção de matéria orgânica para reci-clagem de nutrientes, bem como o con-trole recomendável de pragas e doenças.

O cafeicultor adotou o plantio, nasentrelinhas de café, de duas linhas das

Cafeicultor de Franca (SP) adota o manejoCafeicultor de Franca (SP) adota o manejoCafeicultor de Franca (SP) adota o manejoCafeicultor de Franca (SP) adota o manejoCafeicultor de Franca (SP) adota o manejoda braquiária e reduz custo de produçãoda braquiária e reduz custo de produçãoda braquiária e reduz custo de produçãoda braquiária e reduz custo de produçãoda braquiária e reduz custo de produção

O cafeicultor Toninho David e Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes,O cafeicultor Toninho David e Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes,O cafeicultor Toninho David e Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes,O cafeicultor Toninho David e Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes,O cafeicultor Toninho David e Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes,mostram a entrelinha do cafezal plantado com braquiária.mostram a entrelinha do cafezal plantado com braquiária.mostram a entrelinha do cafezal plantado com braquiária.mostram a entrelinha do cafezal plantado com braquiária.mostram a entrelinha do cafezal plantado com braquiária.

espécies Decumbens e Ruziziensis.“Planto a braquiária como qualqueroutra cultura, com preparo de solo eadubação química. Cuido dela para elame dar retorno. Não recomendo oplantio do braquiarão pois é muitoagressivo e o manejo se torna maiscomplicado”, diz.

Segundo o cafeicultor, a técnica nãoexige muito mais do que a cafeiculturajá exige. “Preciso apenas promover umaroçada nas linhas de braquiária, semprea uma altura de 5 a 10cm do solo. Comisto, a cada 40 dias, faremos nova roça-da e teremos matéria orgânica suficientepara o trabalho dos microorganismos

existentes no Bokashi”, diz.A braquiária contribui

também para a manutençãoda umidade e da aeração dosolo. “É como se eu tivessefazendo irrigação. A drena-gem que o sistema radicularda braquiária promove éfantástico. Não precisa nemde subsolador. A própria raizda braquiária auxiliar noprocesso de aeração do solo,sem falar nos insetos que so-brevivem nela e que contri-buem para o enriquecimen-to da vida no solo”, explica.

As vantagens não param por aí.“Com o manejo da braquiária, diminuia adubação nitrogenada do cafezal de150 gramas para 60 gramas por metrolinear e praticamente eliminei a aplica-ção de herbicidas, o que chega a repre-sentar uma economia de 40% do custofinal. Quanto à produção de café, man-tenho médias de produção de 55 a 60sacas por hectare em talhões adultos. Sócafé irrigado atinge isto”, explica.

Toninho mostra a contribuição doToninho mostra a contribuição doToninho mostra a contribuição doToninho mostra a contribuição doToninho mostra a contribuição doBokashi na reestruturação do solo.Bokashi na reestruturação do solo.Bokashi na reestruturação do solo.Bokashi na reestruturação do solo.Bokashi na reestruturação do solo.

No espaçamento de 1,60m do cafezal, o plantioNo espaçamento de 1,60m do cafezal, o plantioNo espaçamento de 1,60m do cafezal, o plantioNo espaçamento de 1,60m do cafezal, o plantioNo espaçamento de 1,60m do cafezal, o plantioda braquiária é feito em duas linhas.da braquiária é feito em duas linhas.da braquiária é feito em duas linhas.da braquiária é feito em duas linhas.da braquiária é feito em duas linhas.

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Para tocar a propriedade que possui52 hectares plantados com café Catuaí-99 e Mundo Novo, Toninho trabalhaapenas com o pai e mais dois funcio-nários fixos. “A técnica de manejo dabraquiária não exigiu mais mão-de-obra. Praticamente toda a propriedadesegue a técnica, com exceção de umpequeno talhão, que segue a maneiratradicional de condução do cafezal,com manejo aplicação de produtosquímicos e que mantenho como provado trabalho que estamos desenvol-vendo”, afirma.

Como comparativo, Toninho lem-bra a matéria publicada pela RevistaRevistaRevistaRevistaRevistaAttalea AgronegóciosAttalea AgronegóciosAttalea AgronegóciosAttalea AgronegóciosAttalea Agronegócios, edição nº 35,de junho deste ano, quando em umtrabalho de pesquisa o produtor mos-trou os benefícios do Bokashi num ta-lhão de Catuaí Vermelho-99, de um anoe meio. Segundo o produtor, este mesmotalhão experimental produziu 22 sacaspor hectare, enquanto que a teste-munha produziu apenas 9 sacas.

Alguns cafeicultores ainda descon-fiam da nova técnica. Plantar gramíneaonde deveria eliminá-la?

“Quero dizer que a braquiária temum papel importantíssimo na lavoura

de café, na proteção do solo e manuten-ção da umidade. Mas é o Bokashi quefaz a braquiária decompor, promoven-do a disponibilização rapidamente denutrientes para o cafeeiro. Ele acelera adecomposição, faz uma camada sobreo solo, não deixando a palhada e o solosecar. Sem o uso do Bokashi, não temcomo manejar a braquiária no cafezal”,explica Toninho.

A reciclagem e a correção nutricio-nal são comprovadas através das análi-ses de solo em áreas em que se trabalhacom Bokashi há mais de dois anos.

MANEJOMANEJOMANEJOMANEJOMANEJO - Para as lavouras maisadultas, que requerem colheitas mecani-zadas, o cafeicultor deixa a braquiáriasementear. “Mato ela, faço a colheita e,na primeira chuva, ela volta tudo denovo; eu não preciso replantar”, diz.

“Planto a braquiária em duas linhasde 0,6 metros. O espaçamento que euadotei em minha lavoura de café é de3,60 metros entrelinhas. Assim, ela cres-ce e não atrapalha, não abafa a linha docafezal. O manejo a cada 40 dias contri-bui para abafar o avanço da braquiáriatambém na linha do café, além de eli-minar o grande problema que

Aspecto da massa vegetal em decomposição, após o manejo da braquiária na entrelinha e ação do BokashiAspecto da massa vegetal em decomposição, após o manejo da braquiária na entrelinha e ação do BokashiAspecto da massa vegetal em decomposição, após o manejo da braquiária na entrelinha e ação do BokashiAspecto da massa vegetal em decomposição, após o manejo da braquiária na entrelinha e ação do BokashiAspecto da massa vegetal em decomposição, após o manejo da braquiária na entrelinha e ação do Bokashi

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As roçadeiras da linha KD ECO sãoequipamentos especialmente projetadospara o manejo ecológico em lavourascafeeiras e também na fruticultura. Do-tada de estrutura leve, compacta e re-sistente, torna-se um equipamento idealpara trabalhos de roçadas laterais, fazen-do simultaneamente o corte e o lança-mento da matéria orgânica para debaixodas copas das plantas. Possui exclusivosistema de roda dianteira regulável ecom proteção, garantindo um perfeitoequilíbrio do equipamento durante otrabalho e integridade para as plantas efrutos. É dotada de sistema “giro-livre”que, além da segurança proporcionada,ainda aumenta a vida útil de várioselementos mecânicos.

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são as ervas daninhas de folha-larga.No manejo tradicional, para com-bater invasoras de folha-larga, temosque usar herbicidas específicos, queacabam danificando o cafeeiro. Ondeeu tenho a braquiária eu não tenhoproblema com invasoras. Nem mes-mo a tiririca, que é uma praga sériaem qualquer cultura, ela desa-parece”, orienta Toninho.

DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃODIVULGAÇÃODIVULGAÇÃODIVULGAÇÃO - Regularmen-te, a Fazenda Santa Izabel recebe avisita de pesquisadores e cafeicultoresda região e do Sul de Minas Gerais,interessados em conhecer a novatécnica.

O interesse tem sidotanto que se observa o re-flexo diretamente nasrevendas de produtosagrícolas na cidade deFranca. “Somente a Casadas Sementes adquiriu,neste semestre, 320 sacasde sementes de braquiáriae está sendo obrigada aadquirir mais, pois muitagente está comprando”,afirma.

Nas empresas quecomercializam roçadeiras

na cidade também observa-se a mu-dança de comportamento. Segundoo produtor, somente na primeiraquinzena de novembro, vendeu-semais de 12 roçadeiras ecológicas damarca Kamaq (Ver box nestaVer box nestaVer box nestaVer box nestaVer box nestamatériamatériamatériamatériamatéria).

O BOKASHIO BOKASHIO BOKASHIO BOKASHIO BOKASHI - “Na época decolheita, nas áreas em que se temprodução até a quarta carga, eu façoa colheita mais cedo e não faço avarredura do café. O pouco que fica,em torno de 5 a 10%, o próprioBokashi elimina o excesso e este viraadubo. Sem problemas sanitários,nem para broca”, explica Toninho.

Além de reduzir o custo em até 40%, omanejo da braquiária e o uso do Bokashicontribuiu para eliminar a utilização de agro-tóxicos. “Tomei a decisão por implantar emtoda a minha propriedade por estar vendo oresultado. No talhão que eu iniciei os estudos,há três anos atrás, eu praticamente não obser-vei mais doenças na lavoura de café. Não é sóno visual, é no bolso.

“No caso do Bokashi, os microorganismosatuam diretamente nas folhas, como são oscasos da ferrugem e o bicho-mineiro, estandoas folhas na planta ou no solo. Se comparar-mos talhões numa mesma propriedade emque há aplicação de Bokashi e onde não re-cebeu, a diferença é enorme quanto à inci-dência de doenças”, explica

Para o cafeicultor, com a criseque a atividade está atravessandohoje, o produtor tem que procurarreduzir o máximo possível os seuscustos de produção. “Eu observei,fiz testes e implantei esta técnicaem minha propriedade. Além daredução dos custos em até 40%,minha produção está aumentando.Estou colhendo mais. Por incrívelque pareça!”, diz.

Faço análise constantementepara avaliar a situação da lavoura,para não tomarmos prejuízos. Masa tendência é de cada vezmelhorarmos mais.

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1 91,08 Cândido Vladimir Ladeia Rosa Piatã BA2 90,83 Paulo Sérgio Noronha Barleta Olímpio Noronha MG3 89,42 Homero Teixeira de Macedo Júnior São Sebastião da Grama SP4 89,15 José Roberto Canato Carmo de Minas MG5 88,88 Antônio Rigno de Oliveira Piatã BA6 87,90 Fazenda Rainha Ltda. São Sebastião da Grama SP7 87,77 Manoel Gilmar Pereira Piatã BA8 87,63 Francisco Isidro Dias Pereira Carmo de Minas MG9 87,38 Luis Claudio F.Ferraz de Almeida Carmo de Minas MG10 87,13 Edemar Lúcio Matos Martins Piatã BA11 86,65 Fábio Soares dos Anjos Piatã BA12 85,92 Claudio Junqueira F. de Almeida Carmo de Minas MG13 85,90 Mariana de Carvalho Junqueira Dom Viçoso MG14 85,75 Fazenda Sertãozinho Ltda. Botelhos MG15 85,71 Eulino José de Novais Piatã BA16 85,58 Daniel Carvalho de Castro Carmo de Minas MG17 85,52 Nazareth Dias Pereira Carmo de Minas MG17 85,52 Raquel Ribeiro Aguiar Sto. Antônio do Amparo MG19 85,33 Carlos Sergio Sanglard Araponga MG20 85,02 Algenio Ferraz de Castro Carmo de Minas MG21 84,96 Helcio Carneiro P. Júnior Carmo de Minas MG22 84,90 Antônio Macedo Souza Piatã BA23 84,56 Jacques P. Carneiro Carmo de Minas MG23 84,56 Antônio G. de Castro Pereira Carmo de Minas MG25 84,06 José Acylino de Lima Neto Carmo de Minas MG26 84,02 Otaviano Ribeiro Ceglia Carmo de Minas MG

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O município de Piatã (BA) passaagora a ser reconhecido mundialmentecomo produtor de cafés especiais. O lotedo produtor Cândido Vladimir LadeiaRosa, da Fazenda Ouro Verde, naChapada Diamantina, foi o campeão do10º Concurso de Qualidade Cafés doBrasil – Prêmio Cup of Excellence, comnota de 91,08 pontos do Júri Internacio-nal. Em 2º lugar, com a nota 90,83 pon-tos, ficou o lote de Paulo Sérgio NoronhaBarleta, da Fazenda Sant’Ana, localiza-da na cidade mineira de Olímpio Noro-nha, na região Sul de Minas. Pela notaobtida, acima de 90 pontos, esses doislotes receberam também o Prêmio Pre-sidencial. Em 3º lugar, com 89,42 pon-tos, ficou o lote de Homero Teixeira deMacedo Junior, da Fazenda Recreio,localizada em São Sebastião da Grama,região da Mogiana paulista.

A relação dos 26 lotes vencedores,selecionados entre os 56 finalistas queparticiparam da última etapa, foi divul-gada pela BSCA - Associação Brasileirade Cafés Especiais, durante solenidaderealizada no CEC – Centro de Excelên-cia do Café do Sul de Minas, em Macha-do (MG), local-sede de todas as etapasdesta edição. Como prêmio, esses 26 lo-tes serão comercializados no exclusivoleilão do Cup of Excellence, realizado

Cafeicultor baiano surpreende e destrona mineiros eCafeicultor baiano surpreende e destrona mineiros eCafeicultor baiano surpreende e destrona mineiros eCafeicultor baiano surpreende e destrona mineiros eCafeicultor baiano surpreende e destrona mineiros epaulistas no 10º Concurso de Qualidade Cafés do Brasilpaulistas no 10º Concurso de Qualidade Cafés do Brasilpaulistas no 10º Concurso de Qualidade Cafés do Brasilpaulistas no 10º Concurso de Qualidade Cafés do Brasilpaulistas no 10º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil

pela internet e disputado por compra-dores de diversos países. O pregão estáagendado para 19 de janeiro de 2010.

Promovido pela BSCA e pela ACE -Alliance for Coffee Excellence, este 10ºConcurso teve como juiz principalErwin Mierisch, diretor da ACE, ecoordenação técnica do classificador

N° Nota Proprietário Cidade UF

Paraíso vence IV Concurso de Qualidade de Café de MGParaíso vence IV Concurso de Qualidade de Café de MGParaíso vence IV Concurso de Qualidade de Café de MGParaíso vence IV Concurso de Qualidade de Café de MGParaíso vence IV Concurso de Qualidade de Café de MG

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Sílvio Leite, da Agricafé. Nesta edição,o evento contou com a parceria daAPEX-Brasil - Agência Brasileira dePromoção de Exportações e Investi-mentos e teve como coordenadora geralVanusia Nogueira, diretora executiva daBSCA. A auditoria de todas as etapas foifeita pela BCS ÖKo-Garantie-Brasil.

Uma tarde de grandes con-quistas. Assim pode ser definido oencerramento do VI ConcursoVI ConcursoVI ConcursoVI ConcursoVI Concursode Qualidade Cafés de Minasde Qualidade Cafés de Minasde Qualidade Cafés de Minasde Qualidade Cafés de Minasde Qualidade Cafés de Minas,promovido pela Emater, queaconteceu no início do mês naUFLA - Universidade de Lavras,juntamente com o Festival SulMineiro “Delícias do Café”.

A conquista para a Cooparaíso- Cooperativa dos Cafeicultores deSão Sebastião do Paraíso veio atra-vés do primeiro lugar do coope-rado Carlos Roberto Medeiros, quelevou uma moto Yamaha zeroquilômetro e ainda teve seu café arre-matado no leilão, por R$ 2.200 a saca.

O vencedor, Carlos Roberto Me-deiros é cooperado da Cooparaíso epossui dez hectares de lavoura de caféno seu Sítio Lago, que fica em MonteSanto de Minas (MG). Sua produti-

vidade é de 28 sacas por hectare. Elecontou que caprichou neste ano na fasede colheita, verificando maioresdetalhes na pós-colheita. O lote leiloadode 15 sacas recebeu a pontuação 85.833na escala BSCA - Associação Brasileirade Cafés Especiais, sendo vendido com

Carlos Roberto Medeiros, produtor associadoCarlos Roberto Medeiros, produtor associadoCarlos Roberto Medeiros, produtor associadoCarlos Roberto Medeiros, produtor associadoCarlos Roberto Medeiros, produtor associadoda Cooparaiso, ao lado do Ednaldo Abrão e oda Cooparaiso, ao lado do Ednaldo Abrão e oda Cooparaiso, ao lado do Ednaldo Abrão e oda Cooparaiso, ao lado do Ednaldo Abrão e oda Cooparaiso, ao lado do Ednaldo Abrão e ocoordenador do concurso, Marcos Fabri Júnior.coordenador do concurso, Marcos Fabri Júnior.coordenador do concurso, Marcos Fabri Júnior.coordenador do concurso, Marcos Fabri Júnior.coordenador do concurso, Marcos Fabri Júnior.

um prêmio de R$ 1.920, sobre ovalor de referência do café co-mum no mercado.

Para ele, estar entre os semifinalistas já foi uma surpresa muitoboa, ganhar em primeiro lugar foiainda mais surpreendente. “Eunão esperava vencer. Acho queisso valoriza o trabalho que a gentefaz na roça. Os profissionais daCooparaíso me deram grandeapoio. Estou muito feliz!”, disseCarlos Roberto enquantocomemorava sua vitória.

Entre os 15 finalistas doconcurso, cinco participaram atravésda Cooparaíso e receberam seus certi-ficados no evento. Os cafés enca-minhados aos concursos sãopreparados pelos profissionais dodepartamento de Classificação daCooperativa.

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Gilson Ximenes Gilson Ximenes Gilson Ximenes Gilson Ximenes Gilson Ximenes 11111

Foi publicada, no último dia 11de novembro, no Diário Oficial daUnião, a Instrução Normativa nºInstrução Normativa nºInstrução Normativa nºInstrução Normativa nºInstrução Normativa nº5151515151, na qual o ministro da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, ReinholdStephanes, autoriza a liquidação dasoperações de crédito, concedidascom recursos do Fundo de Defesa daEconomia Cafeeira (Funcafé), parafinanciamentos de Estocagem da safra2008/2009, em sacas de 60 kg.

O CNC - Conselho Nacional doCafé e a Comissão Nacional do Caféda CNA alertam para que os pro-dutores interessados na troca de suasdívidas financeiras por produto pro-curem, imediatamente, os agentesfinanceiros e façam a solicitação

Conversão das dívidas de estocagemConversão das dívidas de estocagemConversão das dívidas de estocagemConversão das dívidas de estocagemConversão das dívidas de estocagem

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formal, até 30 dias antes do venci-mento da operação, para manifestarsua intenção de amortizar ou liquidara dívida mediante entrega de café.

DETALHES OPERACIO-DETALHES OPERACIO-DETALHES OPERACIO-DETALHES OPERACIO-DETALHES OPERACIO-

NAIS -NAIS -NAIS -NAIS -NAIS - Para se enquadrar na trocada dívida de Estocagem por saca decafé, o produtor deve confirmar aentrega ou a manutenção, nos arma-zéns credenciados pela Conab, em até15 dias antes do vencimento dadívida, de forma que viabilize osprocedimentos da CompanhiaNacional de Abastecimento antes de5 (cinco) dias do vencimento daoperação.

As eventuais despesas com aremoção do produto para armazémcredenciado pela Conab serão de suainteira responsabilidade, não sendopassíveis de ressarcimento. O

produtor que optar pela conversão, tambémdeve ter ciência que a operação será con-forme as condições e os preços fixados peloMinistério da Agricultura ao produto, e quea liquidação será processada na data devencimento da dívida ou no dia útil subse-qüente. Uma vez vencida, a operação seráconsiderada inadimplida.

Fazemos o alerta, ainda, para que oprodutor solicite a apuração do saldo devedorda operação para a data do vencimento eque entregue o produto em armazémcredenciado pela Conab, bem como peça apreparação/confirmação da classificação e aavaliação da mercadoria, se for o caso, parafins de amortização/liquidação da dívida juntoao agente financeiro.

1 - Presidente do CNC - Conselho Nacionaldo Café

A indústria nacional de café pressionao governo a autorizar a importação dogrão cru para processamento interno eexportação do produto final. A ABIC -Associação Brasileira da Indústria de Caféreiterou a solicitação ao Ministério daAgricultura, mas encontra forte resistênciados produtores e seus representantespolíticos.

A indústria afirma que os compradoresexigem a mistura do café brasileiro comoutros tipos de grão de origens diferentes.“Estamos perdendo muitos negóciosporque não podemos trazer cafés de outrasorigens”, afirma o presidente da ABIC,Almir da Silva Filho. A França exige 10%de café etíope no “blend” e os EstadosUnidos preferem 15% a 20% de cafécolombiano em suas xícaras. “E deixamosde vender os outros 80% ou 90% por isso”.

Os produtores temem, no entanto, aabertura do mercado nacional a grandesvolumes de cafés de baixa qualidade,sobretudo do Vietnã. “Não temos medode nada, mas corremos riscos sanitários eaté risco de ‘dumping’ de concorrentesque não respeitam leis trabalhistas ousociais”, afirma o presidente da FrenteParlamentar do Café e presidente daCOOPARAÍSO, deputado Carlos Melles(DEM-MG). (FONTE: Valor(FONTE: Valor(FONTE: Valor(FONTE: Valor(FONTE: ValorEconômico).Econômico).Econômico).Econômico).Econômico).

ABIC pressionaABIC pressionaABIC pressionaABIC pressionaABIC pressionapor importaçãopor importaçãopor importaçãopor importaçãopor importação

de café crude café crude café crude café crude café cru

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MAPA FLORESTAL DOS MUNICÍPIOS

DO ESTADO DE SÃO PAULO

MAPA FLORESTAL DOS MUNICÍPIOS

DO ESTADO DE SÃO PAULO

do Estado de São Paulo

Inventário Florestal

mata

capoeira

cerrado

cerradão

campo cerrado

campo

vegetação de várzea

mangue

restinga

vegetação não identificada

reflorestamento

Localização no Estado de São PauloUnidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos

1:240.000

5 km0

* (em relação a área do município)

área do município: 93.600 ha

831,98

3.054,91

4.871,79

267,88

347,21

66,15 0,07

0,37

0,29

5,20

3,26

0,89

vegetação não classificada

vegetação de várzea

cerradão

cerrado

capoeira

mata

15.215,00 16,26reflorestamento

9.439,92 10,08TOTAL

ALTINÓPOLISALTINÓPOLIS

Passaremos a publicar, a partir destaedição, o Mapa Florestal dos Municí-Mapa Florestal dos Municí-Mapa Florestal dos Municí-Mapa Florestal dos Municí-Mapa Florestal dos Municí-pios do Estado de São Paulopios do Estado de São Paulopios do Estado de São Paulopios do Estado de São Paulopios do Estado de São Paulo, organi-zado em 2005 pelo Instituto Florestal doEstado de São Paulo. Mensalmente retra-taremos um município, com o objetivo

Altinópolis: primeiro mapa florestalAltinópolis: primeiro mapa florestalAltinópolis: primeiro mapa florestalAltinópolis: primeiro mapa florestalAltinópolis: primeiro mapa florestalde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SP

de informar sobre qual o tipo de coberturaflorestal cobre o município, com sua res-pectiva área. As áreas agropecuárias nãosão destacadas. Nesta primeira edição,apresentamos informações do municípiode Altinópolis (SP).

O SIFESP - Sistema de Infor-mações Florestais do Estado de SãoPaulo foi desenvolvido objetivandodisponibilizar informações sobre avegetação natural e o reflores-tamento resultantes de levanta-mento efetuado pelo InstitutoFlorestal da Secretaria do MeioAmbiente, através de seu projeto“Inventário Florestal doInventário Florestal doInventário Florestal doInventário Florestal doInventário Florestal doEstado de São PauloEstado de São PauloEstado de São PauloEstado de São PauloEstado de São Paulo”.

Para algumas regiões, além dasinformações sobre a vegetação, sãoapresentados levantamentos sobreo uso e ocupação da terra. Contémainda, redes de drenagem, área ur-bana, rodovias, limites municipais,divisões por bacias hidrográficas eregiões administrativas, sendo todasas informações georreferenciadas.

O “Inventário Florestal daInventário Florestal daInventário Florestal daInventário Florestal daInventário Florestal daVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do Estadode São Paulode São Paulode São Paulode São Paulode São Paulo” constitui uma se-qüência das ações que o InstitutoFlorestal tem desenvolvido objeti-vando efetuar o mapeamento e aavaliação dos remanescentes davegetação natural do Estado de SãoPaulo para fins de estudos e controleda dinâmica de suas alterações.

Publicado em 2005, o atualtrabalho é um produto digital sendoque as bases georreferenciadasestabelecidas permitem a associaçãode informações geográficas combanco de dados convencionais.

Os resultados do levantamentodos remanescentes são apresenta-dos, em tabelas e espacialmente,considerando-se as diferentesRegiões Administrativas e Unidadesde Gerenciamento dos RecursosHídricos do Estado de São Paulo eMunicipios.

Importante conquista do “In-In-In-In-In-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ção Natural do Estado de Sãoção Natural do Estado de Sãoção Natural do Estado de Sãoção Natural do Estado de Sãoção Natural do Estado de SãoPauloPauloPauloPauloPaulo” foi a conversão das antigaslegendas utilizadas na vegetaçãonatural para o sistema de classifica-ção fisionômico-ecológico e hierár-quico utilizado pelo IBGE, decaráter mais universal.

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Flávio Carlos GeraldoFlávio Carlos GeraldoFlávio Carlos GeraldoFlávio Carlos GeraldoFlávio Carlos Geraldo(Preservação de Madeiras /(Preservação de Madeiras /(Preservação de Madeiras /(Preservação de Madeiras /(Preservação de Madeiras /Arch Química Ltda).Arch Química Ltda).Arch Química Ltda).Arch Química Ltda).Arch Química Ltda).

Preservar o meio ambiente,mais do que nunca, é uma neces-sidade. No ritmo da preocupaçãodo mundo com o equilíbrio ambi-ental, social e econômico, impor-tantes ações semeiam os primeirospassos na jornada para adotarconceitos e atitudes sustentáveisna construção civil.

A sociedade reconhece esse setor co-mo uma peça fundamental para o pro-cesso de mudança de comportamentoda humanidade com relação à respon-sabilidade social. Daí o advento das cha-madas edificações verdes, que visam adiminuição dos impactos ambientaisdecorrentes da atividade.

Essa nova demanda impulsiona a in-dústria da construção civil a procurarrespostas mais rápidas, racionais e tec-nologicamente confiáveis. Com isso, aindustrialização do setor passa a ganharbons frutos com os resultados das obrase vem abrindo um espaço maior para ouso racional das madeiras preservadas.

Atualmente, o Brasil é reconhecidomundialmente pela riqueza da biodiver-sidade das florestas e, no entanto, boaparte da população não sabe dos benefí-cios que o uso da madeira tratada naconstrução civil pode trazer ao meioambiente. São aspectos que vão daredução dos impactos ambientais até aexploração florestal centrada em poucostipos de madeira como o pinus eeucalipto, que são madeiras cultivadase que representam uma excelente al-ternativa. Afinal, são originários derecursos naturais renováveisde ciclo curto.

Ao mesmo tempo em queo País é considerado um doslíderes mundiais nas boas prá-ticas de florestas plantadas,existe uma contradição noque diz respeito ao uso damadeira como material cons-trutivo. Além de ser empre-gada em menor escala, a ma-deira de reflorestamento pre-servada é pouco utilizada, oque torna os sistemas cons-trutivos menos competitivosna questão técnica, econômi-ca e ambiental. O aspectocultural é um dos principais

Importância da madeira tratada para construção sustentávelImportância da madeira tratada para construção sustentávelImportância da madeira tratada para construção sustentávelImportância da madeira tratada para construção sustentávelImportância da madeira tratada para construção sustentável

fatores que contribuem para este cená-rio. Nós, brasileiros, colonizados pelospovos ibéricos, não temos a tradição enem a cultura madeireira, mas sim ocultivo da alvenaria, que predominatotalmente no segmento construtivo.

Devido à pouca utilização na cons-trução civil, o setor industrial madei-reiro é pouco conhecido pelos profis-sionais executores de obras, o que geraa aplicação inadequada do produto co-mo matéria-prima para componentesde habitação. Além disso, os avançostecnológicos dos processos industriaispermitem que a deficiência que essematerial de reflorestamento apresenta,que é a baixa durabilidade natural, sejasolucionada por meio de tratamentosadequados de preservação, o que pos-sibilita uma vida útil muito maior.

Ao contrário do que muitos pensam,a madeira é uma solução incomparávelem termos de consumo energético e umdepósito eficiente de carbono seqües-trado da atmosfera. Também possuiuma série de utilizações na construçãocivil, que vão de painéis e montantes aestruturas de cobertura, assoalhos,batentes, portas e janelas.

O ciclo de vida dos ma-O ciclo de vida dos ma-O ciclo de vida dos ma-O ciclo de vida dos ma-O ciclo de vida dos ma-teriaisteriaisteriaisteriaisteriais - Essa crescente preo-cupação em associar tecnologiacom a preservação do meio am-biente faz com que surjamtécnicas inovadoras no segmentoda construção civil.

Dentre elas destaca-se a análisedo ciclo de vida de materiais, umprocedimento para avaliar osaspectos e os potenciais impactosambientais associados a um

determinado produto quando utilizadona construção.

A partir desta avaliação, é possíveldeterminar a escolha do material a serempregado e manejar adequadamenteos resíduos sólidos gerados no processode produção. O objetivo desse levan-tamento é minimizar e implementaruma política que contribua para a redu-ção dos passivos ambientais.

O Conselho Canadense de Madeiradesenvolveu um estudo que comparouo ciclo de vida em construções residen-ciais projetadas em madeira, aço econcreto, ao longo dos primeiros 20anos de vida útil.

O levantamento constatou diversasvantagens relacionadas ao materialmadeira quando comparado commateriais alternativos.

Por exemplo, aço e concreto libe-ram 24% e 47%, respectivamente, maispoluição atmosférica. O aço e o concre-to produzem 8% e 23% mais de resíduossólidos. O aço e o concreto usam 11% e81% mais de recursos naturais, deman-dam 26% e 57% mais energia, emitem34% e 81% de gases de efeito estufa epoluem quatro vezes mais a água.

Com isso, pode-mos concluir quedos materiais pre-sentes dentro de umprojeto de constru-ção, a madeira é oúnico que a próprianatureza repõe epossui o ciclo de vidasempre mais vanta-joso. Basta saber co-mo tirar o maiorproveito de seusbenefícios e comoutilizá-la da ma-neira mais correta eambientalmenteaceitável.

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Celso Foelkel Celso Foelkel Celso Foelkel Celso Foelkel Celso Foelkel 11111

O estado de São Pauloestado de São Pauloestado de São Pauloestado de São Pauloestado de São Paulo é a principal força econômicado Brasil. Isso ele consegue graças ao dinamismo de suamoderna indústria e competitivo agronegócio, ao seunetworking de serviços, ao seu povo trabalhador, àsuniversidades e instituições de pesquisa qualificadas, à suainfra-estrutura especial (portos, aeroportos e principalmenterede rodoviária), etc. Por essa razão, praticamente quase todasas grandes empresas brasileiras optam por terem escritórioscentrais ou representações em São Paulo. Igualmente, SãoPaulo abriga algumas centenas de associações de classe,técnicas e patronais, sindicatos, empresas de consultoria, etc.Trata-se definitivamente do centro nervoso, educacional eintelectual do Brasil.

Em sua área de 248,3 mil quilômetros quadrados, viveuma população estimada em 40 milhões de habitantes. Naregião metropolitana de sua capital, a “grande São Paulo”,vivem e trabalham entre 16 a 18 milhões de pessoas. Pode-sedizer que São Paulo tem dimensões econômicas e popula-cionais de muitos países de nosso planeta.

Sua indústria é pujante em praticamente todos os setores,bem como o é a de base florestal. Destacam-se nesse particularas produções de papel e celulose, mobiliário, painéis e chapasde madeira, produtos de madeira de maior valor agregado(esquadrias, pisos, forros, janelas, etc.), óleos essenciais,borracha, etc. Igualmente forte é o agronegócio, que hojetem na cana-de-açúcar, laranja, café, soja, frutas, horticulturae pecuária alguns de seus mais expressivos números. Asplantações florestais de Eucalyptus, Pinus e Hevea brasiliensistambém se destacam. São Paulo possui hoje uma coberturaflorestal total de 4,6 milhões de hectares, o que equivale a18,5% de sua área territorial. Desse total, cerca de 1,2 milhõesde hectares são de florestas plantadas - Eucalyptus (935.000hectares), Pinus (298.000 ha) e seringueira (77.000 ha). Ouseja, a área total de florestas plantadas equivale a 4,8% daárea do estado. Some-se a isso, a área preservada significativade matas naturais do próprio setor de base florestal, que é semdúvidas um dos maiores preservadores de áreas de florestasnaturais do estado.

São Paulo hoje é o segundo maior produtor de florestasplantadas do Brasil, só ficando atrás do estado de Minas Gerais,que possui 1,43 milhões de hectares. Cerca de 26 milhões demetros cúbicos de toras de madeira são colhidas anualmentedessas florestas plantadas para abastecer a indústria, muitascaldeiras de biomassa e também negócios menores quedependem de lenha (restaurantes, olarias, padarias, etc.). Omaior consumidor é o setor de celulose e papel, que consome65% desse total. Além do uso industrial, é significativo o consu-mo de madeira energética para gerar energia em caldeiras abiomassa. Estima-se que isso represente cerca de 11 milhõesde metros cúbicos de lenha. Também merece ser ressaltada aprodução de folhas de eucaliptos (13.200 toneladas) paraprodução de óleo essencial. Para esse uso, a espécie principalé Corymbia citriodora, que rende entre 10 a 18 quilogramasde óleo essencial por tonelada de folha destilada. Nesse extrato,o conteúdo de citronelal é de 65 a 88% (http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr56/cap11.pdf).

O estado de São Paulo é ainda o maior produtor brasileirode borracha natural a partir de florestas plantadas deseringueira (Hevea brasiliensis). Há enormes expectativas paraum rápido crescimento dessa cultura florestal no norte doestado de São Paulo (http://www.ipef.br/identificacao/hevea.brasiliensis.asp).

A principal destinação das florestas de eucalipto em SãoPaulo é para produção de celulose e papel. São Paulo é omaior produtor de papel branco de impressão e escrita noBrasil (1,97 milhões de toneladas em 2008, ou seja, 69% daprodução do país). Também produz diversos tipos de papéisespeciais, de embalagem, cartões, papéis sanitários, etc. Comisso, sua participação na produção de todos os tipos de papelno Brasil é de 43%. Na celulose branqueada de fibra curta,seu “market share” é de 34%. São números definitivamentesignificativos.

Pode-se perfeitamente afirmar que graças às florestasplantadas, o estado de São Paulo supre suas necessidadesinternas de madeira, manufatura produtos para exportar paraoutros estados e países, gera divisas e riquezas e uma enormi-dade de empregos. Enfim, os eucaliptos são fundamentaispara a economia e bem-estar da população.

Toda essa atividade florestal começou há pouco mais deum século, quando as primeiras plantações florestais foramtestadas com sucesso pela Cia. Paulista de Estradas de Ferrono município de Jundiaí e logo depois, em 1909, no HortoFlorestal de Rio Claro, hoje Floresta Estadual “Edmundo

O Eucaliptus e O Eucaliptus e O Eucaliptus e O Eucaliptus e O Eucaliptus e Edmundo Navarro de AndradeEdmundo Navarro de AndradeEdmundo Navarro de AndradeEdmundo Navarro de AndradeEdmundo Navarro de Andrade

1 - Coordenador Técnico do site www.eucalyptus.com.br

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Navarro de Andrade”.A Cia. Paulista de Estradas de Ferro

tinha um consumo enorme de madeira,tanto para alimentar como combustívelas suas locomotivas, como para produzirdormentes e moirões de cerca. Asestimativas eram de que cerca 600.000m³/ano eram necessários como lenha e1.000.000 de dormentes/ano. Além daPaulista, haviam outras empresasferroviárias com grande consumotambém no estado: Mogiana, Sorocaba-na, Noroeste, Bragantina, Central doBrasil e Santos-Jundiaí.

Para atender toda essa demanda demadeira, cortavam-se cerca de 35.000hectares de matas nativas ao ano. Poroutro lado, as matas nativas estavamficando cada vez mais distantes dosconsumidores. Havia que se mudar omodelo e rápido.

Com essa ameaça e exigência nasceua silvicultura no Brasil, tendo o estadode São Paulo como seu berço. Assimmotivado, Edmundo Navarro de An-drade abraçou a causa do reflo-restamento em São Paulo. Primeiro,junto à Cia. Paulista e logo depois parao estado de São Paulo como um todo.Isso porque, em 1911, o Governo doEstado decidiu dinamizar o ServiçoFlorestal de São Paulo, um órgão ligadoà Secretaria de Agricultura da época.Navarro de Andrade foi nomeadosuperintendente desse órgão. Issopermitiu a Edmundo trabalhar seuprojeto de plantar eucaliptos tanto naCia. Paulista, como junto aos agri-cultores paulistas.

Edmundo Navarro de Andradeimprimiu forte ênfase econômica aoServiço Florestal de São Paulo, desa-gradando inclusive alguns pesquisadoresmais acadêmicos, como AlbertoLoefgren, que tinha relevante papel naspesquisas científicas do Horto Botânicode São Paulo. Isso não abalou Ed-mundo, que sempre foi muito deter-minado e tinha ainda força política paracumprir sua missão, na qual acreditavacomo poucos.

Relata-se que Navarro de Andradefoi responsável pelo plantio de cerca de24 milhões de árvores de eucaliptos noestado de São Paulo, o que lhe conferiuo rótulo de “o pai da eucaliptoculturano Brasil”. As plantações paulistasserviram de exemplo para outros estadosbrasileiros, como Rio Grande do Sul,Minas Gerais e Rio de Janeiro.Entretanto, nessa época já se encon-travam plantas de eucalipto por todo o

Brasil. As primeiras espécies bemsucedidas foram: E.saligna, E.grandis,E.botryoides, E.viminalis, E.tereticornis,E.robusta, E.urophylla (“E.alba” de RioClaro), E.paniculata, Corymbiacitriodora, Corymbia maculata,E.camaldulensis, E.pilularis, E. pro-pinqua, E.microcorys, E.triantha,E.punctata, dentre outras. Já naquelaépoca se falava em hibridação.Recomendava-se também o plantio dohíbrido “paulistana”, que era um híbridonatural de E.globulus e E.robusta.

Em função desse pequeno histórico,pode-se concluir que a cultura doseucaliptos foi introduzida exatamentepara suprir a demanda por madeira queestava em falta no estado. Com oreflorestamento, a vegetação natural, játão degradada pelos ciclos do café e dacana, podia ser preservada e conservadacomo um patrimônio natural. Asso-ciavam-se economia e ambiente, quesomados à geração de empregos eriquezas para a população, apontava jánaquela época o caminho para asustentabilidade.

Até o início da década de 1960, asimprecisas estimativas estatísticasoferecem números que não são muitodefinitivos para as áreas de florestasplantadas com eucaliptos no Brasil, dasquais acreditava-se que 80% estavamno estado de São Paulo. Estima-setambém que em São Paulo existiamentre 400 a 600 mil hectares deplantações de eucaliptos naquela época.A Cia. Paulista possuía 18 hortos comárea global de 24.387 hectares eaproximadamente 42,6 milhões deárvores de eucaliptos (dados de 1957).Verifica-se então o sucesso do programade fomento e motivação para que outrostambém plantassem eucaliptos noestado.

De seus eucaliptais, o Serviço Flo-restal da Cia. Paulista forneceu, atédezembro de 1957, um total de apro-ximadamente 6,65 milhões de metroscúbicos de lenha. Também colocou nomercado quase 36 mil quilogramas desementes selecionadas para alavancar asplantações com eucaliptos no Brasil.

Em função da grande demanda demadeira para futuros projetosindustriais, o governo brasileiro instituiu,a partir de 1966, um programa deincentivos fiscais ao reflorestamentopara aumentar a área plantada e a ofertade madeira. Daquela época até opresente momento, o Brasil cresceu suaárea plantada para cerca de 3,8 milhões

de hectares de florestas de eucaliptos.Esses milhões de árvores existentes hojeem todos os estados do país, oferecemsuas fibras, folhas, madeiras e cascas parao povo da nação brasileira consumir emusos domésticos, energéticos e indus-triais.

O principal e mais notável sucessodos eucaliptos foi a produção decelulose e papel. Essa invenção brasileiracomeçou com testes feitos no ForestProducts Laboratory, em Madison,Wisconsin, USA, com material levadopor Edmundo Navarro de Andrade em1924 e terminados os estudos em 1925.Diversas empresas passaram a se valerdessas fibras a partir de 1930, tais como:Gordinho Braune, Cícero Prado,Melhoramentos, Suzano, Simão, etc. ACia. Suzano de Papel e Celulose foi umadas empresas pioneiras no mundo aproduzir celulose kraft branqueada, elogo a seguir, papel branco contendo100% de fibras de eucalipto comomaterial celulósico. Isso aconteceu emmeados dos anos 1950’s e 1960’s

Todos esses fatos históricos foram-se alinhavando de forma magnífica,permitindo a construção de umaindústria de base florestal vitoriosa esustentável, que tem sido um paradigmade sucesso e conquistas cada vez maiorespara o Brasil.

Esse caminho de sucessos começoucom florestas plantadas para lenha edormentes, evoluiu para produção decelulose e papel, chapas de fibras, painéisde madeira, etc. Hoje, resulta em se terpraticamente todos os produtosmadeireiros do país contendo eucalip-tos. Exatamente como sonhava epregava o Dr. Edmundo Navarro deAndrade.

Além das referências da literaturaabaixo, praticamente todas as referên-cias de literatura e euca-links dispo-nibilizados nessa edição da EucalyptusNewsletter estão relacionados ao estadode São Paulo e à história da eucalip-tocultura em seus primeiros anos noBrasil.

Uma edição que visa resgatar eperpetuar essa história maravilhosa,como uma forma de esclarecer a Socie-dade sobre nossas conquistas e desen-volvimentos. E também sobre nossasaspirações de se buscar continuamenteo desenvolvimento sustentável, metaque foi perseguida por Edmundo eequipe, mesmo sem saber o significadodessa terminologia.

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disponibilizar, os principais avan-ços em termos de técnicas e mode-los para recuperação de matas cili-ares. Aqui são apresentadas as es-pécies arbóreas mais indicadas pa-ra cada condição ecológica ciliar, astécnicas de plantio e manutençãoe os principais modelos atualmenteutilizados em projetos de recupera-ção destas áreas degradadas. Mui-tas técnicas de recuperação apre-sentados neste trabalho se apli-cam também a outras situações dedegradação ambiental, comopastagens degradadas, encostas,áreas desmatadas em geral etc.

Os ruralistas terão mais 18 meses parase adequar às regras de preservação dospedaços de floresta de suas áreas. Issoporque, o presidente Lula, prorrogouno início do mês de novembro, o de-creto de Reserva Legal, de 11 de de-zembro deste ano para 11 de junho de2011. A decisão de Lula foi tomada,após o ministro da Agricultura, ReinholdStephanes, informar que se o decretoentrasse em vigor, tendo como base aatual legislação ambiental, cerca de 3milhões de pequenos e médios proprie-tários que desmataram legalmente suasáreas para construção de lavouras adécadas atrás estariam na ilegalidade.

O presidente prorrogou o prazo edeu aos ruralistas um ano e meio deprazo para mudar o Código Florestal.Ao terminar o prazo, o proprietárioautuado pela fiscalização sem atotalidade da reserva legal terá prazode 120 dias para formalizar umaproposta de recuperação da área. Aoficar livre da multa, terá até 2031 pararecuperar a área de floresta.

Segundo o código, a reserva legal naAmazônia representa 80% dapropriedade. No cerrado da AmazôniaLegal, 35%, e nas demais áreas do país,20%.

Lula prorroga para junhoLula prorroga para junhoLula prorroga para junhoLula prorroga para junhoLula prorroga para junhode 2011 o prazo parade 2011 o prazo parade 2011 o prazo parade 2011 o prazo parade 2011 o prazo para

recuperar Reserva Legalrecuperar Reserva Legalrecuperar Reserva Legalrecuperar Reserva Legalrecuperar Reserva Legal

O ministro do Meio Ambiente,Carlos Minc, tentou evitar essa novaprorrogação do decreto, com propostasde programa com facilidades para oprodutor registrar sua reserva legal.Porém Lula prorrogou, dando vitóriaas ruralistas, evitando possíveis criticasdo setor produtivo na campanhaeleitoral de 2010.

O silêncio oficial após a reunião desegunda-feira não quis ofuscar o anúnciode redução do desmatamento e colocarem xeque a principal meta do país paraa conferência da ONU sobre mudançasclimáticas, que é de reduzir em 80% odesmatamento na Amazônia até 2020.(Extraído e modificado da FolhaExtraído e modificado da FolhaExtraído e modificado da FolhaExtraído e modificado da FolhaExtraído e modificado da Folhade São Paulode São Paulode São Paulode São Paulode São Paulo)

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