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1 Edição 215 EDIÇÃO 215 - ANO 5 - 28 DE SETEMBRO DE 2012 Gestores de UCS federais debatem estratégias para elaboração de planos de manejo ICMBio lança exposição fotográfica sobre espécies ameaçadas de extinção Instituto promove talk show sobre trilhas Parna Furna Feia é apresentado durante VII CBUC Iniciadas atividades de demarcação do Parna Nascentes do Rio Parnaíba Cecav publica segunda edição da Revista Brasileira de Espeleologia

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Edição 215

EDIÇÃO 215 - ANO 5 - 28 DE SETEMBRO DE 2012

Gestores de UCS federais debatem estratégias para elaboração de planos de manejo

ICMBio lança exposição fotográfica sobre espécies ameaçadas de extinção

Instituto promove talk show sobre trilhas

Parna Furna Feia é apresentado durante VII CBUC

Iniciadas atividades de demarcação do Parna Nascentes do Rio Parnaíba

Cecav publica segunda edição da Revista Brasileira de Espeleologia

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Moção aprovada no final do CBUC pede concurso para contratar servidores para UCs

VII CBUC

Cerca de 200 servidores do Instituto Chico Mendes, incluindo representan-tes da direção do órgão, participaram do VII CBUC, realizado de 23 a 27 de setembro, no Centro de Convenções em Natal (RN). Paralelamente ao evento, ocorreu o III Simpósio Internacional de Conservação da Natureza.

Realizado pela primeira vez em 1997, o CBUC reúne a cada dois anos especialistas do mundo inteiro para discutir os mais variados temas rela-cionados à gestão das áreas protegidas. É organizado pela Fundação Gru-po Boticário de Proteção à Natureza e tem o apoio de várias instituições públicas e privadas que se preocupam com o meio ambiente.

A plenária final do VII Congresso Brasileiro de Uni-dades de Conservação - CBUC, ocorrida na manhã de ontem, aprovou 22 moções, sendo seis delas dirigidas ao ICMBio e outros órgãos do governo.

Uma das moções pede ao Governo Federal a rea-lização imediata de concurso público para suprir o corpo técnico das unidades de conservação fe-derais. Segundo a proposta aprovada, as unidades dispõem hoje de equipes muito reduzidas para cui-dar de imensas áreas naturais.

Outra lembra que a Caatinga tem hoje apenas 1% de seu território protegido por UCs de proteção integral e 6,4% de uso sustentável. Pede, então, que sejam criadas mais unidades na região até que se atinja a meta da Convenção da Diversidade Biológica de se preservar pelo menos 17% do bioma até 2020.

Foi aprovada também moção pedindo a inclusão das unidades de conservação do Rio Grande do Norte no projeto Parques da Copa, dos ministérios do Turismo e do Meio Ambiente. Os participantes do congresso solicitaram, ainda, que no licencia-mento ambiental da duplicação da BR-101, na al-tura da Reserva Biológica União (RJ), seja inserido item obrigando os empreendedores a instalar pas-sarelas sobre a rodovia. A ideia é que as passarelas sirvam para o fluxo dos macacos da espécie mico-leão-dourado, que habitam o local.

Por fim, a plenária de encerramento do CBUC apro-vou moção que sugere a criação da Área de Proteção Ambiental do Litoral Leste do Ceará, processo que está tramitando no ICMBio desde 2009. Segundo os proponentes, a região sofre forte pressão humana.

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“O nosso principal desafio é trazer a sociedade para dentro das unidades de conservação. Não podemos ter unidades de uso público isoladas da comunidade”, afirmou o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, durante palestra no VII CBUC, na última terça-feira (25), sobre o modelo brasileiro de gestão de áreas protegidas.

“A palavra de ordem é abrir”, reforçou ele, em re-ferência, principalmente, aos parques nacionais e outras unidades que permitem visitação. “Claro que isso tem que ser feito com precaução, mas só abrin-do as unidades é que a sociedade virá para o nosso lado. Não adiantar ter uma unidade de conservação sem que a comunidade não compreenda os seus benefícios. Muitas vezes, o nosso discurso é tão her-mético que não conseguimos convencer”, disse.

No mesmo dia Vizentin participou do painel “Mo-delos e mecanismos de gestão de áreas protegidas no mundo”, que reuniu ainda Robert William, da Sociedad Zoológica de Francfort, do Peru, e James Barborak, da Colorado State University, dos EUA. William traçou perfil do modelo peruano e Bar-borak abordou vários exemplos internacionais. O presidente do ICMBio enfocou o SNUC a partir do que chamou de três elementos centrais: o pacto fe-derativo, que divide as competências entre União, estados e municípios; a natureza de múltiplas esca-las territoriais; e a multifuncionalidade do sistema.

Ao comentar os desafios do Instituto Chico Men-des, o presidente disse que não se pode planejar ações futuras sem deixar de considerar o contex-to pelo qual passa o país. O Brasil, segundo ele, segue “inexoravelmente” trajetória de crescimento que o eleva à condição de uma das maiores po-tências mundiais. E esse crescimento, que ajuda a

tirar milhões da pobreza, também tem impactos na questão ambiental.

O grande desafio do Instituto, portanto, além de consolidar as atuais 312 UCs, é descobrir formas criativas de cumprir as metas da Convenção da Di-versidade Biológica, isto é, ampliar o conjunto de unidades federais, principalmente na zona costeira marinha, nessa conjuntura de crescimento econô-mico que tem grande repercussão na ocupação do território. O presidente abordou ainda um outro desafio na gestão das unidades de conservação no Brasil, a regularização fundiária. “Obter o domínio dessas áreas significa um orçamento muito grande, muito além do orçamento do Ministério do Meio Ambiente”, admitiu Vizentin.

O presidente lembrou ainda que o Brasil criou, no ano passado, o Programa Bolsa Verde, que alia a distribuição de renda à conservação da natureza. No âmbito do ICMBio, deverão ser beneficiadas, ao fim do cadastramento, cerca de 60 a 70 mil famí-lias moradoras de reservas extrativistas.

Antes de encerrar a sua intervenção, o presidente Vizentin se referiu à palestra anterior, de seu colega peruano, na qual ele havia usado a expressão “par-ques de papel” para caracterizar unidades que exis-tem apenas na lei, mas não foram implementadas na prática. Lembrou que no Brasil essa expressão também é usada por muitas pessoas.

Em seguida, pediu que não se usasse essa expressão. “Não há parques de papel. O que há são parques de biodiversidade. Toda UC cumpre uma função. As unidades criadas na Amazônia, por exemplo, mes-mo ainda não implementadas na sua totalidade, ajudam a combater o desmatamento”, informou.

“Não podemos ter UCs isoladas da sociedade”, diz Vizentin

Em vez de desmerecer as UCs, ele sugeriu que as pessoas – principalmente todos os gestores envol-vidos nesse processo – buscassem fortalecer as unidades já criadas, reunindo todos os esforços possíveis para consolidá-las de verdade.

“É preciso ampliar a gestão compartilhada com os estados. Muitas vezes o governo estadual tem mais condições de investir que o Governo Federal. Assim como é preciso atrair o terceiro setor e a iniciativa pri-vada, que em alguns casos, como nos serviços de uso público nos parques, pode ser mais eficiente do que o próprio governo. Só assim vamos reforçar a gestão e superar todos os nossos desafios”, disse o presidente.

Presidente Roberto Vizentin no VII CBUC

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Congresso é aberto com discurso em defesa da união de todos pelas UCs

A presidente substituta do Instituto Chico Mendes, Silvana Canuto, acompanhou no início da noite do último domingo (23), no Centro de Convenções, em Natal, a solenidade de abertura do VII Congres-so Brasileiro de Unidades de Conservação. Cerca de 200 servidores do ICMBio estiveram presentes ao encontro encerrado ontem.

Na abertura, a diretora executiva da Fundação Grupo O Boticário, Malu Nunes, que organiza o evento, defendeu a união de todos os setores da sociedade – governos, empresas e instituições não governamentais – no fortalecimento do sistema de unidades de conservação do país. Após dar as boas-vindas, ela desejou aos participantes debates produtivos durante todo o congresso, que este ano teve como tema “Áreas Protegidas, um oceano de riqueza e biodiversidade”.

O diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimen-to do Meio Ambiente do Rio Grande do Norte - Ide-ma, Gustavo Szilagyi, que representou a governa-dora Rosalba Ciarlini, traçou um quadro da situação das unidades de conservação no estado. Lembrou que durante anos o Rio Grande do Norte ficou sem criar áreas protegidas, mas que a atual gestão está se esforçando para superar esse passivo.

Presidente substituta do ICMBio, Silvana Canuto (quarta da esquerda para direita), durante evento de abertura

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ICMBio lança exposição fotográfica sobre espécies ameaçadas de extinção

Durante o VII CBUC, encerrado ontem em Natal, o Instituto Chico Mendes inaugurou a nova edição da exposição fotográfica Patrimônios Naturais, desta vez com o tema Espécies Ameaçadas de Extinção.

São imagens captadas por diversos fotógrafos pro-fissionais, que mostram variadas espécies, como a onça-pintada, o lobo-guará e a ararinha-azul, es-pécie extinta na natureza. A mostra, que tem cura-doria do fotógrafo João Paulo Barbosa, é composta de 23 fotos em 12 painéis e conta com apoio da Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvi-mento - GIZ. Os participantes do evento puderam levar como recordação um catálogo com reprodu-ções das fotos que fazem parte da mostra.

Segundo a chefe da Divisão de Comunicação do ICMBio, Cláudia Camurça, a exposição é uma pe-quena amostra das espécies ameaçadas. “Temos 627 espécies listadas como ameaçadas de extin-ção. A exposição fotográfica busca chamar a aten-ção da sociedade para a importância do trabalho realizado pelo Instituto na preservação dessas es-pécies”, destacou.

No Centro de Convenções de Natal, os congressis-tas também puderam visitar o estande conjunto do Ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes, com 36 metros quadrados, onde foram distribuídos diversos materiais informativos.

Visitação no nosso estande

Congressista aprecia exposição de espécies ameaçadas

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Malu Nunes, diretora executiva da Fundação O Boticário

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ICMBio apresenta primeiro parque nacional do Rio Grande do Norte

O Instituto Chico Mendes e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte realizaram, durante o VII Congresso Nacional de Unidades de Conservação, o lançamento oficial do Parque Nacional da Fur-na Feia. A solenidade contou com a presença do presidente do ICMBio, Roberto Vizentin; do nosso diretor de Criação e Manejo de Unidades de Con-servação, Pedro de Castro da Cunha e Menezes; do secretário estadual de Meio Ambiente e dos Recur-sos Hídricos - Semarh, Gilberto Jales; e do diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento do Meio Ambiente do Rio Grande do Norte - Idema, Gustavo Szilagyi.

Um vídeo sobre o Parque Nacional da Furna Feia foi apresentado aos congressistas e o analista do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Ca-vernas - Cecav, Diego Bento, fez uma exposição sobre o processo de criação da unidade e a biodi-versidade encontrada na região. A flora conta com 105 espécies, sendo 22 delas endêmicas da Caa-tinga. São 23 espécies de mamíferos, 101 espécies de aves, 11 de répteis e a fauna subterrânea tem contabilizada 11 espécies de troglóbios (animais especializados para a vida nas cavernas).

O presidente Roberto Vizentin destacou a impor-tância da comunidade local na criação da UC. “O envolvimento da comunidade do entorno da uni-dade é fundamental, pois os comunitários serão verdadeiros agentes ambientais. Inauguramos uma relação positiva com o Rio Grande do Norte, o ho-mem e a natureza. Quem vai ganhar com isso é a sociedade e o desenvolvimento socioambiental”, ressaltou. Já o secretário estadual, Gilberto Jales, exaltou o empenho das instituições envolvidas. “O empenho do ICMBio, do Idema e do Governo do Estado do Rio Grande do Norte foram fundamen-

tais para que o estado possa ter hoje seu primeiro parque nacional. Estamos cientes da responsabili-dade. O parque é patrimônio do Brasil, da humani-dade”, frisou o secretário.

Presidente Vizentin fala sobre criação do parque

Visita ao parque

O Parque Nacional da Furna Feia é o primei-ro parque nacional criado no estado do Rio Grande do Norte, por Decreto Presidencial no dia 5 de junho de 2012. Possui 8.494 hecta-res, abrangendo os municípios de Mossoró e Baraúna. Representa um dos maiores remanes-centes da Caatinga no estado e possui grande valor no cenário espeleológico brasileiro, com 205 cavernas identificadas até o momento.

Na manhã de hoje o presidente Roberto Vi-zentin lidera visita ao parque, seguida de uma reunião de planejamento de ações voltadas para a unidade de conservação, que será rea-lizada no auditório da Biblioteca Municipal de Mossoró, entre 14h e 17h. A visita conta com apoio e participação de representantes do Iba-ma, Semarh e Idema.

Sisbio reduz burocracia e facilita acesso de pesquisadores a UCs

A informatização dos sistemas de gestão das uni-dades de conservação tem permitido aos seus pú-blicos o acesso a dados que antes ficavam perdidos em relatórios e pilhas de papéis. Um bom exem-plo disso é o Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade - Sisbio. Por públicos das UCs podem ser entendidos tanto os gestores, fiscais e agentes que trabalham efetivamente nelas, quanto os pesquisadores e a população em geral.

Detalhes sobre o funcionamento do Sisbio foram apre-sentados nesta quarta-feira (26), no VII CBUC, durante simpósio que debateu a utilização dessas ferramentas na gestão das unidades de conservação. Para Rodrigo Jorge, coordenador do Sisbio, o programa foi desen-volvido para estreitar o caminho burocrático entre o Instituto, que gere as UCs, e pesquisadores que, mui-tas vezes, não comunicavam ao órgão competente os trabalhos que desenvolviam nas áreas protegidas devido ao excesso de papelada. “Nós tínhamos de en-contrar uma saída para acabar com o trabalho carto-gráfico e fazer com que os pesquisadores passassem a apresentar seus resultados”, descreveu Jorge, que res-saltou que o aprimoramento do sistema veio a partir de conversas com os próprios usuários.

“Durante o acesso ao Sisbio, o pesquisador deve escolher em publicar seus resultados imediata-mente ou entre um e cinco anos, com intervalos anuais. Pensávamos que, por termos inúmeros problemas com a entrega de resultados quando as solicitações eram cartográficas, muitos esco-lheriam o tempo máximo. Mas ficamos surpresos quando nosso levantamento mostrou que 72,5% optam por publicar seus resultados em até quatro anos, sendo que mais de 30% prefere a divulga-ção imediata”, disse Jorge.

O Sisbio conta hoje com mais de 28 mil pesquisa-dores cadastrados, com 9.725 autorizações conce-didas. Foram registradas no sistema mais de 123 mil ocorrências de táxons, sendo que 40 mil são oriundas de unidades de conservação federais.

Ainda sobre a organização de dados, o analista ambiental Roberto Suarez, do Ministério do Meio Ambiente, tratou do funcionamento do SNUC, que tem um caráter mais gerencial e permite ao MMA o acompanhamento do trabalho desenvolvido pe-los órgãos gestores das UCs.

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Coordenador do Sisbio, Rodrigo Jorge, apresenta detalhes do funcionamento do sistema

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Gestores de UCs federais debatem estratégias para elaboração de planos de manejo

Na tarde da terça-feira (25), o diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação - Diman, Pe-dro de Castro da Cunha e Menezes, e o coordena-dor de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo, Marcelo Kinouchi, promoveram um debate sobre “Estratégias de Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação Federais”, aproveitando a presença de diversos gestores do Instituto Chico Mendes no VII CBUC.

Durante os últimos meses, a Diman realizou diversas reuniões técnicas com as demais diretorias do ICM-Bio e instituições parceiras com o intuito de aperfei-çoar o processo de elaboração dos planos de mane-jo, buscando reposicionar esse planejamento como instrumento estratégico, orientando as ações desen-volvidas pelos macroprocessos e processos institu-cionais referentes às unidades de conservação.

O diretor Pedro Menezes abordou os desafios para elaboração dos planos de manejo. “O plano de manejo precisa ser uma ferramenta de trabalho exequível, cabendo nos recursos humanos, finan-ceiros e materiais da unidade de conservação”.

“Precisa ser flexível e dinâmico, num modelo que permita adaptação de acordo com a realidade da unidade. Esse é um processo que está em constru-ção de forma coletiva e aberto para contribuições. Os gestores serão construtores e usuários do plano de manejo”, destacou.

Por sua vez, o coordenador Marcelo Kinouchi fez uma apresentação sobre os prazos, custos e o vo-lume dos planos de manejo, além de apontar cinco eixos estratégicos: reposicionar o plano de manejo como instrumento transversal a todos os proces-sos e macroprocessos envolvidos na gestão da UC; elaborar o plano de manejo como instrumento es-tratégico e articulador dos demais planos táticos e operacionais; focar a elaboração do diagnóstico da UC ao planejamento de sua gestão e manejo; retirar do processo de elaboração do plano de ma-nejo as atividades de baixa governança institucio-nal; e aperfeiçoar as práticas de monitoramento, avaliação e revisão. Quem desejar contribuir com o debate para o aperfeiçoamento dos planos de manejo pode enviar sugestões para o e-mail [email protected].

Diretor Pedro Menezes fala sobre desafios para elaboração do documento

Coordenador Marcelo Kinouchi reforça importância do monitoramento e revisão dos planos de manejo

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Instituto promove talk show sobre trilhas

O Espaço Arena do VII CBUC foi o palco do talk show sobre trilhas. O debate foi moderado pela coordenadora-geral de Uso Público e Negócios, Sô-nia Kinker, e contou com a participação do diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação, Pedro de Castro da Cunha e Menezes, do chefe do Parque Nacional da Tijuca (RJ), Ernesto Viveiros de Castro, e do diretor de Biodiversidade e Áreas Prote-gidas do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro - Inea, André Ilha.

Os palestrantes contaram suas experiências com o tema e expuseram suas impressões. O diretor Pe-dro Menezes abordou a importância das trilhas: “O Brasil está atrasado na oferta desse serviço. Para se ter uma ideia, temos menos trilhas finalizadas do que o principado de Liechtenstein. Precisamos ver as trilhas como um instrumento de visitação e ma-nejo, além de criar uma ligação afetiva do usuário com a unidade de conservação”. O diretor desta-cou que em breve o ICMBio vai publicar um ma-nual sobre sinalização de trilhas nas unidades de conservação.

Ernesto Viveiros de Castro falou um pouco sobre o trabalho que desenvolveu no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) quando era chefe da unida-de. Para ele o uso público foi de extrema importân-cia para potencializar a gestão da unidade de con-servação. Ernesto destacou que o uso público deve ser o início do processo de consolidação de uma unidade, informando aos usuários as condições de visitação e com o tempo desenvolvendo ações para melhor estruturar os serviços.

André Ilha levantou a questão de que o visitante pode ir até um parque com diversas motivações, como, por exemplo, cultural, artística, religiosa,

voltada para a prática de esportes ou de cunho fotográfico, para registrar as belezas cênicas da região, e que tudo isso deve ser compreendido e respeitado, direcionando estratégias para o tipo de uso de cada visitante.

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Público lotou talk show

Transcarioca

A Transcarioca é uma proposta antiga, idealizada pelo nosso diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação quando chefe do Parque Nacional da Tijuca e que começa a se tornar realidade. Se-gundo Ernesto Viveiros de Castro, atual chefe do Parna Tijuca, a ideia da Transcarioca é unir a pon-ta de Marambaia até o Pão de Açúcar, incluindo o Parque Nacional da Tijuca, o Parque Estadual da Pe-dra Branca, os patrimônios naturais municipais da Prainha e Grumari e as áreas de proteção ambiental Morro da Babilônia e São João. São aproximada-mente 130 quilômetros de trilhas, com passagem em vários pontos da cidade, tendo como objetivo integrar as unidades de conservação e fortalecer o Mosaico Carioca, restabelecendo a conexão física das principais áreas de Mata Atlântica da cidade.

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Mosaico é barreira contra desmatamento na Amazônia, diz coordenadora

A importância do Mosaico da Amazônia Meridio-nal para a contenção do desmatamento na região ficou patente na última terça-feira, no VII CBUC,

durante palestra da nossa coordenadora regional Ana Rafaela D´Amico. Ela participou dos debates do segundo dia do simpósio “Planejamento na Es-cala de Paisagens e Unidades de Conservação”.

Com a ajuda de imagens georeferenciadas, Rafaela indicou os pontos de supressão de mata nativa na região do mosaico e mostrou como eles estão cres-cendo cada vez mais. De acordo com os mapas, o avanço das áreas desmatadas só encontra resistên-cia no entorno das unidades de conservação que formam o mosaico, entre elas os parques nacionais do Juruena e Campos Amazônicos, a Reserva Bio-lógica do Jaru e a Floresta Nacional de Jatuarana.

Segundo a coordenadora da CR1, a região sofre todo tipo de problema ambiental, como queimadas, ga-rimpo, grilagem de terra e caça. Mas o pior deles, sem dúvida, é o desmatamento ilegal promovido principalmente para extração de madeira e criação de gado em grandes faixas de terra. Nesse contexto, ressaltou Rafaela, o mosaico cumpre papel muito im-portante, funcionando como uma verdadeira barreira verde contra o avanço da ação dos desmatadores.

Rafaela fez um rápido histórico da criação do mosai-co. Lembrou que a ideia começou a ser alinhavada em 2007 quando houve o primeiro seminário para discutir a questão. Em 2008, foi promovido o se-gundo seminário, mas só em 2009, depois de um terceiro encontro, realizado durante o VI CBUC, em Curitiba, a proposta ganhou força. Logo após, fo-ram feitas cinco oficinas com os gestores de todas as unidades envolvidas para a formatação da proposta. No ano passado, o mosaico foi criado oficialmente.

Mosaico da Amazônia Meridional

Com uma extensão de sete milhões de hectares, o mosaico ocupa áreas do sul do Amazonas, norte e noroeste do Mato Grosso e oeste de Rondônia. Não por acaso, a região é conhecida nacionalmente como Arco do Desmatamento. São ao todo 40 UCs que vêm sendo conecta-das por corredores ecológicos e geridas por um conselho formado por representantes de 29 instituições públicas, privadas e do terceiro setor.

Além das quatros UCs federais, o Mosaico da Amazônia Meridional conta com seis unidades geridas pela Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas; nove, pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso; e 21, pela Secretaria do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia. Apesar de poucas numericamente, as quatro UCs federais têm grande participação em termos de área. Juntas, somam mais de quatro milhões de hectares, algo pró-ximo a 60% de toda a região abrangida pelo mosaico.

E a participação federal deve aumentar ainda mais. Segundo Rafaela, o Conselho Consultivo, criado este ano, já mantém negociações com as comunidades indígenas para que as terras das etnias que habitam a região sejam incluídas oficialmente no mosaico. “Inicialmente, o conselho procurou a Funai, mas o órgão informou que a decisão de integrar ou não o mosai-co deve ser tomada pelos próprios indígenas. Desde então, estamos fazendo uma aproxima-ção com essas comunidades”, disse a coordenadora da CR1.

Com o reconhecimento oficial, destacou Rafaela, os gestores das UCs e os 29 entes públicos envolvi-dos na administração do mosaico puderam adotar de forma coordenada um modelo de gestão que já vinham, de certa forma, praticando informal-mente. Esse modelo prevê o compartilhamento de

No momento, o Conselho Consultivo discute o planejamento estratégico do mosaico. Além de apressar a criação dos corredores ecológicos para garantir a maior conectividade entre as UCs, os conselheiros se debruçam sobre o mapa de empreendimentos previstos para a região da Amazônia Meridional. Entre eles, estão várias hidrelétricas, necessárias para gerar energia para o país, mas que causam, se mal feitas, fortes impactos ao meio ambiente. “A nossa preocupação agora é saber como gerenciar essa infraestrutura que está chegando”, disse Rafaela D´Amico.

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Rafaela D´Amico durante sua palestra no CBUC

Com uso de mapas, Rafaela mostra pontos de desmatamento

recursos humanos, equipamentos e provisões em atividades comuns, fazendo com que cada ação ganhe escala e possa ter uma área de abrangência e alcance maior. Tudo isso melhorou consideravel-mente a gestão do território.

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ICMBio e IPÊ apresentam resultados iniciais da pesquisa de gestão de UC

O ICMBio e o Instituto de Pesquisas Ecológicas - IPÊ apresentaram aos congressistas do VII CBUC os resultados iniciais do projeto “Motivação e Sucesso na Gestão de Unidades de Conservação Federais”, com foco nas áreas de recursos humanos, cultura de gestão e desenvolvimento local.

O vice-presidente do IPÊ, Cláudio Pádua, analisou a importância dos resultados obtidos com a pes-quisa: “Tivemos grandes avanços nos últimos anos, mas a média de servidores em unidades de conser-vação ainda é muito pequena. Precisamos ter cria-tividade e encontrar soluções para a independência financeira das unidades”.

Os gestores das UC federais tiveram o prazo de um mês para responder um questionário online.

O retorno foi de 135 gestores. O projeto apresenta como objetivo o desenvolvimento de soluções ino-vadoras e criativas para melhorar a gestão das UC, criar competências proativas em termos de gestão, motivar equipes e fazer com que a UC seja um centro difusor de mudanças dentro de uma abor-dagem territorial. A ideia é também reconhecer os trabalhos já desenvolvidos e aproveitar as inova-ções que diversos profissionais realizam nas unida-des. A parte inicial do projeto contou com suporte financeiro da Fundação Gordon and Betty Moore, além da participação do Ministério do Meio Am-biente, do ICMBio, do Funbio e da Agência Alemã de Cooperação Técnica - GIZ.

Os resultados apontaram que, em relação ao capital humano, os gestores tentam parcerias com municí-pios, estados e ONGs para aumentar o número de funcionários nas unidades. Duas iniciativas apresen-tadas são o trabalho com voluntários e com a comu-nidade local. No quesito recursos financeiros, não importa apenas o dinheiro, mas sim serviços e bens que possam ser valorados, integrando melhorias nos recursos financeiros. Pesquisas, ações de edu-cação ambiental e associativismo também podem agregar renda para as unidades de conservação.

O projeto “Motivação e Sucesso na Gestão de Uni-dades de Conservação Federais” segue para a se-gunda fase, com a seleção e premiação de nove projetos. Na terceira fase, haverá a sistematização dos mecanismos de sucesso, a elaboração de um Programa de Capacitação e um seminário para di-vulgação dos resultados.

Vice-presidente do Ipê destaca trabalho com voluntários e comunidade local

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UCs de uso sustentável têm que gerar renda, diz palestrante

As unidades de conservação de uso sustentável precisam gerar renda para que os seus usuários possam sobreviver de forma digna e proteger a na-tureza. O alerta foi feito por Mauro Armelin, repre-sentante do WWF Brasil, na tarde da segunda-feira (24), no simpósio “Negócios e Áreas Protegidas”, do VII CBUC.

Mauro falou sobre cadeias produtivas em unidades de conservação de uso sustentável. Ele enfocou as experiências de exploração de copaíba, na Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema, e de borracha, na Reserva Extrativista Chico Mendes, ambas no Acre. Os dois projetos têm apoio do governo estadual.

Segundo Mauro, a experiência piloto com óleo de copaíba em Cazumbá-Iracema mostrou que a pro-dução por morador é de 45 kg/ano, o que rende cerca de R$ 300/ano para cada um. Já na Resex Chico Mendes, que faz a exploração da seringa há mais tempo, a média de produção da borracha é de 500 kg/ano, o que dá cerca de R$ 4.500 por pessoa/ano. “Isso é muito pouco, tanto para um caso como para o outro”, afirmou.

Para aumentar a produção, e consequentemente o rendimento das famílias, ele defendeu melhorias nas cadeias produtivas do extrativismo e arranjos institucionais que levem em conta o manejo, com técnicas mais modernas e eficientes, e a comercia-

lização, baseada, entre outras coisas, em contratos diferenciados de compra e venda e parcerias com empresas voltadas para o mercado exterior. Nesse sentido, reforçou Mauro, os maiores desafios dos órgãos que administram as UCs de uso sustentá-vel são desonerar as cadeias produtivas, dar apoio técnico e, principalmente, organizar a produção. “Esse processo tem que ser atraente para o mo-rador, para o extrativista. É preciso olhar de forma conjunta, organizar a produção. Se a comunidade sentir que é viável explorar os produtos, não vai destruir a floresta”, concluiu.

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Simpósio debate negócios e áreas produtivas

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Diretor da Diman afirma que delegação de serviços é para beneficiar visitante

O Instituto Chico Mendes está concluindo os estu-dos para a licitação da operação do trem do Cor-covado, no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, segundo informou o diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação - Diman, Pe-dro de Castro da Cunha e Menezes. Ele fez o anún-cio no terceiro dia do VII CBUC, durante o simpósio “Negócios e Áreas Protegidas”. A licitação é apenas um dos muitos exemplos de delegação de serviços de apoio à visitação em unidades de conservação, tema da palestra de Pedro Menezes no congresso.

Segundo ele, a delegação dos serviços tem vários objetivos, dentre os quais incrementar pessoal e infraestrutura nas UCs, complementar os gastos públicos, produzir recursos para o Instituto e gerar emprego e renda para as comunidades do entor-no, o que, nesse caso específico, tem efeito mul-tiplicador nas economias locais. Mas a finalidade maior é beneficiar o visitante. "A ideia é oferecer fa-cilidades, atividades e serviços comerciais de apoio ao uso público, melhorando a qualidade da experi-ência do visitante”, ressaltou.

O diretor explicou que, antes da delegação, são to-madas algumas medidas, como análise de estudos de viabilidade econômico-financeira, elaboração de projetos básicos (termos de referência), minutas de portaria e de termos de autorização e permis-são (com as UC), supervisão do monitoramento dos termos e contratos e demandas relacionadas à co-brança de ingressos. O repasse dos serviços a em-presas tem justificativa. “A iniciativa privada detêm experiência e capacidade técnica e operacional para

executar esses serviços. Então nada melhor do que passar esses serviços para a área privada, deixando os servidores para as tarefas mais re-lacionadas à conservação, que é a missão do Instituto”, disse ele.

De acordo com Pedro Menezes, entre os ser-viços passíveis de delegação estão alimenta-ção, hospedagem, transporte interno, espor-tes de aventura (escalada, mergulho, rafting, bóia-cross, entre outros), lojas de souvenires, operação de centro de visitantes e exposições, estacionamento, condução de visitantes, pas-seios de barco e de carros 4x4. “Os serviços são oferecidos aos visitantes como uma alter-nativa. O visitante não será obrigado a con-tratar nada; pode fazer a atividade por conta própria”, explica o diretor.

Pedro afirmou que a delegação de serviços é ba-seada na Lei nº 9.985/00, que instituiu o SNUC, e no Decreto nº 4.340/02, que regulamenta o SNUC. Ele fez questão de esclarecer que não são concessionadas as áreas da unidade de conservação nem a gestão do uso público, mas sim o uso privativo de bens públicos para a rea-lização de serviços e atividades de apoio ao uso público em UC, com está na lei. “Ainda hoje me surpreendo com questionamentos sobre se es-tamos privatizando as unidades. Isso não exis-te, até porque as áreas das UCs são de domínio público. O território e a gestão das unidades são de exclusividade da União”, destacou.

Modalidades de delegação

De acordo com o diretor, o ICMBio adota três mo-dalidades de delegação: a autorização, a permis-são e a concessão. A autorização é a mais simples, normalmente para serviços de baixa complexidade, com pouco ou nenhum investimento, sem qual-quer exclusividade. É dada por meio de portaria do próprio órgão e normalmente dura de um a dois anos. Como exemplo de atividades que podem ser autorizadas, o diretor citou condução de visitantes, atividades de aventura sem instalação de estrutura na UC e passeio em 4x4.

A permissão é unilateral, discricionária e precária. Pode ser viabilizada por licitação ou chamamento público (quando dois ou mais operadores puderem atuar simultaneamente, respeitada a capacidade de suporte da UC), e exige de baixo a médio inves-timento. Pedro Menezes citou como exemplos de permissão pequenos meios de hospedagem, cam-ping, abrigo, atividades de aventura com estrutura (tirolesa, aluguel de bicicleta) e pequenos negócios (loja de souvenir, lanchonete).

Por último, há a modalidade de concessão, um contrato administrativo pelo qual o poder público confere à pessoa jurídica ou ao consórcio de em-presas o uso privativo de bem público. Como há exclusividade de operação, é preciso que se faça licitação na modalidade concorrência. Os investi-mentos são elevados e o retorno de longo prazo (acima de dez anos). Nessa modalidade, enqua-dram-se a construção e operação de Centro de Visitantes, transporte de massa, hotel, pousada, cobrança de ingressos e estacionamento.

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Diretor Pedro Menezes (2ª da esq. para direita) explicou que antes da delegação são tomadas medidas como estudo de viabilidade econômica

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Iniciada demarcação do Parna Nascentes do Rio Parnaíba

Tiveram início na semana passada as atividades de demarcação do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, com a inauguração do primeiro mar-co testemunho e respectiva placa de sinalização, além de audiência pública no município de Cor-rente, no estado do Piauí, onde está situada a sede administrativa da unidade.

O parque nacional será contemplado nas ações de revitalização de bacias da Companhia de Desen-volvimento dos Vales do São Francisco e do Par-naíba - Codevasf. Em parceria com o Governo do Estado do Piauí, por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a empresa coordenará serviços de demarcação topográfica, levantamento cadastral físico, agrícola e jurídico, bem como atividades de educação ambiental e co-municação social na região. O investimento é da ordem de R$ 4,5 milhões, recurso do Programa de Aceleração do Crescimento.

Com a conclusão do projeto, prevista para acontecer em 12 meses, será possível visualizar concretamen-te os limites do parque e obter informações sobre ocupação da área, produção agrícola, entre outras. Outro resultado esperado é a conscientização da população local a respeito da necessidade de con-servação do local, o que será viabilizado por meio de audiências públicas e cursos sobre meio ambiente.

O evento, no último dia 20, contou com a presen-ça do presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, da coordenadora regional da CR5, Eugênia Medeiros, dos analistas do Parna Nascentes do Rio Parnaíba, Cristiana Aguiar e Janeil Oliveira. Também partici-param servidores da Codevasf; o secretário estadual do Meio Ambiente do Estado do Piauí, Dalton Ma-cambira; servidores da Secretaria Estadual do Meio

Ambiente e Recursos Hídricos; o governador do Estado do Piauí, Wilson Martins; deputados esta-duais e federais; prefeitos da região; o proprietário da empresa Geoplan, responsável pela demarcação, Jorge Mendonça, e seus funcionários; proprietários de terras no interior da UC; entre outros.

Criado em 2002 e com uma área de aproxima-damente 730 mil hectares, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba alcança os mu-nicípios de Gilbués, São Gonçalo do Gurgueia, Barreiras do Piauí, Corrente (PI); Alto Parnaíba (MA); Formosa do Rio Preto (BA); Mateiros, São Félix do Tocantins e Lizarda (TO). A vege-tação predominante é o Cerrado e sua fauna é bastante diversificada, com mais de 60 es-pécies de mamíferos e 211 espécies de aves. Muitos desses animais estão ameaçados de ex-tinção, como porco-do-mato, veado-campei-ro, jaguatirica, onça-pintada, tatu-canastra, tamanduá-bandeira, gavião-real, arara-azul-grande e beija-flor-de rabo-branco.

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Presidente do ICMBio, coordenadora regional, analistas do parque, secretário estadual do Meio Ambiente e servidores da Codevasf

Araquém Alcântara visita ICMBio

Após 30 anos documentando unidades de conser-vação, o fotógrafo Araquém Alcântara – apontado pelos críticos como um dos precursores da fotogra-fia de natureza no Brasil e um dos mais importan-tes fotógrafos em atuação no país – reúne acervo com mais de 150 mil imagens. Na semana passa-da ele esteve na sede do ICMBio, em Brasília, para propor projeto conjunto entre a nossa instituição e a sua Editora TerraBrasil Imagens. Em encontro com Cláudia Camurça, chefe da Divisão de Comu-nicação, e Leonardo Milano, analista e fotógrafo da DCOM, Araquém apresentou o projeto de pro-dução de livros escolares para a rede pública, em todo o país, com conteúdo ambiental. Empreitada, de acordo com ele, a ser implementada nos próxi-mos dois anos.

Segundo Araquém, o objetivo é oferecer gratuita-mente ao ICMBio todos os direitos de uso de seu acervo e a coordenação editorial de uma coleção de alto nível educativo e estético que abrigará o material iconográfico e informativo do Instituto. A ideia é uma coleção de sete livros, com textos sobre os biomas brasileiros, acompanhada de um vídeo e um catálogo com infográficos, ilustrações e orientações pedagógicas para o professor. Além disso, a Editora TerraBrasil Imagens pretende reali-zar obra trilingue artístico-científica que contemple todos os parques nacionais, para distribuição em aeroportos e livrarias.

“Acredito que a ideia do projeto editorial que apre-sento é realmente importante e significativo para a divulgação de nosso pouco conhecido patrimô-nio ambiental pelo grande público. No entanto, a sua viabilização só acontecerá se for amparado por um efetivo apoio do Instituto Chico Mendes, que desde sua criação tem norteado suas ações para a educação e conscientização da sociedade”, frisou.

Ele destacou que a importância da realização des-sas obras adquire maior dimensão porque se desti-nam também ao público internacional que virá ao Brasil para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.

Cláudia Camurça informa que a ideia do projeto editorial já foi apresentada ao presidente Roberto Vizentin. Os próximos passos são reuniões para o de-talhamento do projeto – como a definição de tipo de material, atividades de parceiros e, principalmen-te, captação de recursos – construindo-o de forma conjunta. Por serem produtos que exigem grande tiragem, irão necessitar do apoio e envolvimento de um ou mais patrocinadores. Há, ainda, a intenção de buscar engajamento com o Ministério da Educação para a distribuição dos livros nas escolas públicas.

“Da mesma forma que o ICMBio recebeu este in-teressante projeto proposto pelo Araquém, forma-dor de opinião, fotógrafo de natureza reconhecido nacionalmente e internacionalmente, o Instituto está aberto a propostas de outras instituições que tenham interesse em tratar o assunto de forma lú-dica”, ressaltou Cláudia.

O fotógrafo

Araquém Alcântara já publicou 45 livros de arte sobre a biodiversidade brasileira e 22 livros em co-autoria, proferiu inúmeras palestras, realizou cerca de 75 exposições individuais, e recebeu mais de 70 prêmios nacionais e seis internacionais. É o primeiro fotógrafo a documentar todos os parques nacionais do Brasil e a produzir uma edição especial para a National Geographic Society denominada “Bichos do Brasil”. Em 1997 lançou, após dez anos de pesquisa, o livro de fotografia “TerraBrasil”. Priorizando a fotografia como expressão plástica e instrumento de transformação social, Araquém Alcântara é hoje um dos mais expressivos artistas em defesa do patrimônio natural do país, com no-toriedade internacional.

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Uma das mais de 150 mil imagens do fotógrafo de renome internacional

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Cecav lança segunda edição da Revista Brasileira de Espeleologia

Já está disponível a Revista Brasileira de Espeleo-logia - RBEsp de número 2, editada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas - Cecav, em formato digital. Sua finalidade é pro-mover a difusão de pesquisas e estudos em espele-ologia e áreas afins, voltados à conservação e uso sustentável do patrimônio espeleológico brasileiro.

Com a publicação, o Cecav cumpre a meta inicial 1, do Componente 5 do Programa Nacional de Con-servação do patrimônio espeleológico, que trata da divulgação sobre o patrimônio espeleológico e objetiva comunicar para os setores interessados in-formações sobre o patrimônio espeleológico, com a participação da sociedade, comunidade científica, povos indígenas, quilombolas e outras comunida-des locais, no que diz respeito à sua conservação.

A publicação é aberta para contribuição de to-dos que se sintam interessados ou que estejam desenvolvendo projetos acadêmicos, científicos ou gerenciais relacionados com o patrimônio es-peleológico, obedecidos, evidentemente, os crité-rios metodológicos técnicos ou científicos aceitos como legitimadores dos resultados ou dos produ-tos. A revista está disponível em www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/RBE/index.

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Flona Passa Quatro comemora Semana da Árvore

O Dia da Árvore e a chegada da primavera foram comemorados com a realização de diversas ativi-dades pelo Núcleo de Educação Ambiental - NEA da Floresta Nacional de Passa Quatro, no estado de Minas Gerais. Os eventos foram realizados na semana passada, entre os dias 17 e 21, em par-ceria com a Secretaria Municipal de Educação do município de Passa Quatro. Desta vez, as escolas da rede pública municipal da zona rural foram as protagonistas, apresentando trabalhos com os te-mas Terra, Fogo, Água, Ar e Árvore. Já os alunos do ensino fundamental das escolas municipais da zona urbana formaram a plateia do evento.

Uma pequena oficina de produção ecológica de mu-das também foi realizada. Marco Aurélio M. Corrêa, integrante do NEA, demonstrou para os estudantes a utilização de recipientes alternativos para enchi-mento com substrato (terra e composto), como o ja-cazinho de papel e embalagens reutilizadas. Marco também ensinou como confeccionar um composto por meio do processo de vermicompostagem, pro-duzida com auxílio de minhocas, dando destinação ecologicamente correta aos resíduos orgânicos das cozinhas, inclusive com a coleta do chorume para ser usado como biofertilizante.

No Dia da Árvore, as escolas apresentaram um in-ventário das espécies localizadas dentro ou no en-torno da escola, com registro de fotos e desenhos, características e uso. O objetivo foi estimular o inte-resse pelas árvores, com foco em espécies nativas, e a percepção delas como seres vivos e fantásticas obras da natureza, orientando-os a reconhecer as árvores na sua comunidade escolar. Todos os tra-balhos foram expostos no auditório da Flona. Para finalizar as atividades da semana, os alunos partici-param do plantio de mudas de essências florestais

da Mata Atlântica dentro da Flona, seguido de lan-che comemorativo.

O NEA presenteou os alunos que fizeram as apre-sentações com uma medalha ecológica confeccio-nada em madeira. Os professores receberam um kit de educação ambiental com cartazes e adesivos da campanha “Separe o Lixo”, do Ministério do Meio Ambiente, cartaz da campanha de prevenção aos incêndios florestais do Mosaico de Unidades de Con-servação da Serra da Mantiqueira e um dvd com mais de 4GB de muita informação ambiental, incluindo livros de Paulo Freire, publicações dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação, vídeos e vários arqui-vos com temas relacionados à sustentabilidade.

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Mapas de infraestrutura de apoio à pesquisa nas UCsA Coordenação de Apoio à Pesquisa esboçou uma série de mapas com a indicação de existên-cia de alojamentos, sistemas de trilhas, estações meteorológicas, laboratórios e outras estruturas que podem servir de apoio e estímulo ao desen-volvimento de atividades de pesquisa nas unida-des de conservação.

O objetivo é organizar e disponibilizar informações sobre a infraestrutura e a logística das UCs para apoiar o desenvolvimento de pesquisas. As infor-mações dos mapas foram coletadas junto às uni-dades e coordenações regionais e em outras fontes de dados, como o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - CNUC.

Os mapas estão disponíveis para consulta em www.icmbio.gov.br/intranet/download/index.php?modulo=arquivos/dibio/index.php e as con-tribuições podem ser enviadas para [email protected].

O material fará parte da publicação “Venha Pesquisar Conosco”, que está em elaboração pela Coordenação-geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversida-de. Segundo Kátia Torres, coordenadora de Apoio à Pesquisa, com a publicação será possível divulgar as potencialidades das unidades de conservação federais para o desenvolvimento de estudos. “Além das infor-mações sobre infraestrutura, a publicação também di-vulgará as linhas de pesquisas prioritárias nas unidades de conservação federais”, ressaltou Kátia.

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Esec Tupinambás na Operação Alma de Mestre

A Estação Ecológica Tupinambás organizou opera-ção de fiscalização em conjunto com Ibama, Polícia Militar Ambiental de São Paulo e Marinha do Brasil para combater a pesca ilegal na região do litoral norte do estado de São Paulo. Durante os dias 14 e 23, a equipe trabalhou em diversos pontos do litoral paulista, desde a praia de Barra do Uma, no município de São Sebastião, até o Saco da Ribeira, no município de Ubatuba, tendo ainda como alvo o Arquipélago dos Alcatrazes e Ilhabela. O foco principal da Operação Alma de Mestre foi a Esec Tupinambás, localizada no Arquipélago dos Alca-trazes, e mais duas ilhas no Arquipélago da Ilha Anchieta. Além da Esec, outras duas unidades es-taduais puderam contar com a operação – a APA Litoral Norte e o Parque Estadual da Ilhabela.

Durante esses dias foram lavrados cerca de 18 au-tos de infração, sendo cinco deles dentro da Esec Tupinambás por pesca em local proibido. Nesse caso, cada pescador foi autuado, além de receber notificações da Marinha do Brasil. Foram aborda-das embarcações de pescas subaquática, de arras-to (camarão), amadora embarcada e de sardinha (traineiras). Esse tipo de fiscalização poupa recur-sos dos órgãos envolvidos e concentra o trabalho de cada uma das instituições em uma só aborda-gem, fazendo com que o público que usufrui do mar saiba que lá existem regras a serem seguidas para que se tenha um ambiente marinho protegi-do. A Operação Alma de Mestre foi realizada junta-mente com a Operação Amazônia Azul, do Ibama.

Para o sucesso da operação foi decisivo o apoio do Navio de Pesquisa do Cepsul, o Soloncy Moura, e de toda a sua tripulação dirigida pelo comandante Dalmo. O chefe do Cepsul, Luiz Fernando, tem dado todo apoio a diversas expedições de pesquisa e ope-

rações realizadas na Esec Tupinambás. Durante toda esta semana o navio ainda esteve na Esec para uma expedição conjunta entre ICMBio, Ibama e Marinha do Brasil, numa vistoria pelo GT interministerial para proteção do Arquipélago dos Alcatrazes.

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Embarcações Soloncy Moura, do Cepsul, e Alcatrazes, da Esec Tupinambás

Barcos abordados em Ilhabela

UCs do Marajó intensificam capacitação em manejo comunitário

As reservas extrativistas Terra Grande-Pracuúba, Mapuá, Arióca-Pruanã e Gurupá-Melgaço, todas na Ilha de Marajó, no Pará, estiveram representa-das por seus gestores e onze comunitários no cur-so “Tomadores de decisão em manejo florestal e impacto reduzido”, que aconteceu no período de 17 a 22 deste mês, no Centro de Manejo Florestal Roberto Bauch, do Instituto Floresta Tropical - IFT, em Paragominas (PA).

O evento também contou com a participação dos parceiros da Medida de Desenvolvimento do Ma-rajó – parceria GIZ/CNS – e do diretor comercial da Empresa Beraca, do ramo de cosméticos, que está iniciando um trabalho nas UCs Terra Grande-Pracuúba e Mapuá de compra de óleos para es-sências, num contrato firmado entre a empresa L’Oreal e a Caritas durante a realização da confe-rência Rio+20.

O objetivo do curso é sensibilizar os participantes sobre a situação atual e as perspectivas do setor florestal na Amazônia, abordando todas as etapas do manejo florestal sustentável, com atividades demonstrativas, discursivas e avaliativas, tentando trazer para a sua realidade as dificuldades e pos-sibilidades de futuro e buscando visão crítica para tomada de decisão sobre o assunto.

Foram trabalhados diversos temas, entre palestras e muita troca de experiência, com a participação de di-versos setores, comunitários, governo, sociedade civil e empresa privada, todos representados, proporcio-nando debate amplo e significativo aos presentes.

O próximo desafio é a realização de intercâmbio sobre manejo florestal comunitário na Resex Ter-ra Grande-Pracuúba, trazendo agora para dentro da comunidade o debate, com foco no manejo de baixa intensidade, envolvendo as demais unidades do Marajó, pois foram diversas atividades realiza-das fora do contexto de várzea. A ideia é iniciar o processo adaptado à realidade local, alcançando número maior de comunitários. É necessário seguir

com a sensibilização e capacitação das comunida-des, pois o problema comum a todas as UCs do NGI Breves é que os comunitários vivem exclusiva-mente da retirada ilegal de madeira, sem nenhum estudo ou ordenamento. Tem-se no manejo comu-nitário de uso múltiplo a saída para regularização das atividades, além de veicular mais informações sobre o tema, buscando maior envolvimento co-munitário e debate sobre novas possibilidades de renda além da madeira.

“As quatro unidades do Marajó uniram esforços e recursos para buscar soluções a um problema co-mum. Contamos com a parceria iniciada com o IFT para seguirmos com os estudos sobre a realidade de várzea e as ações de capacitação. Também estamos com diálogo aberto junto ao Serviço Florestal Bra-sileiro na construção de um processo amplo, mas bem feito, que considere a realidade do Marajó. Além de tudo isso, contamos com a parceria e o incentivo essencial da servidora Graciema Pinage, da Coordenação de Produção e Uso Sustentável - Co-prod, que participou ativamente de todo processo e está junto com os analistas nessas atividades com foco no manejo de baixa intensidade”, afirmaram as analistas Aline Simões, da Resex Terra Grande-Pracuúba, e Diana de Alencar, da Resex Mapuá.

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Gestores e comunitários participaram do curso

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PAN Muriquis tem segundaoficina de monitoria

Sob a coordenação do nosso Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – CPB, aconteceu na Acadebio, entre os dias 17 e 20 deste mês, a 2ª Oficina de Monitoria do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Muriquis (Brachyteles hypoxanthus e Brachyteles arachnoi-des) – PAN Muriquis.

O evento teve como principal objetivo verificar o andamento das 54 ações planejadas para o PAN em seu segundo ano de implementação. Também foram realizadas reuniões de trabalho para alavan-car ações relacionadas aos objetivos específicos de quantificação das populações remanescentes de muriquis e de conectividade de hábitats, para ga-rantir a viabilidade de populações das duas espécies.

Segundo a analista e ponto focal para o PAN no CPB, Mônica Montenegro, foram elaboradas pro-postas para estabelecer os Programas de Cativeiro do muriqui-do-norte (B. hypoxanthus) e do muri-qui-do-sul (B. arachnoides) e realizados ajustes no Grupo Assessor do PAN de acordo com as diretrizes da IN nº 25/12.

Mônica explicou que com a consolidação da Matriz de Monitoria do segundo ano do PAN Muriquis e respectivo Painel de Gestão foi possível analisar que 61% das ações planejadas estão em andamento com problemas, 13% já foram concluídas, 11% estão em andamento conforme o planejado e 15% ainda não foram iniciadas. “Entretanto, pode-se destacar como principal resultado deste encontro a reafirmação do compromisso de todos os colaboradores e institui-ções parceiras em torno dos esforços para conserva-ção dos muriquis e dos acordos pactuados de forma participativa”, declara a analista.

A oficina contou com a participação de 16 técni-cos pertencentes a 13 instituições governamentais e não governamentais: CPB, nossa Coordenação de Planos de Ação, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Primatologia do Rio de Janeiro/Inea, Parque Zoológico Munici-pal Quinzinho de Barros, Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental, Ecoatlântica, Criadouro Toca da Raposa, Conservação Internacional Brasil, Asso-ciação Pro-Muriqui e Fundação Biodiversitas.

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Guaíra recebe curso básico de condutores de visitantes

Desde o último dia 4, está acontecendo o Curso Básico de Monitores Ambientais Locais como parte da implementação e do ordenamento do uso pú-blico do Parque Nacional de Ilha Grande, no Para-ná. O curso é voltado para estudantes ou egressos da área de meio ambiente e gestão ambiental, pro-fissionais que atuem no trade de turismo e demais interessados pelo tema, em especial no que se re-fere ao Parna Ilha Grande.

Composto de quatro módulos, com carga horária total de 68 horas/aula, o curso é dividido entre au-las teóricas e vivências que visam possibilitar ao fu-turo monitor conhecer conceitos de meio ambiente e cultura, turismo e sustentabilidade, trabalho do monitor ambiental e segurança e equipamento. As aulas acontecem nos meses de setembro e outu-bro. Ao final os alunos serão certificados pela Rede de Turismo Regional.

A aula de abertura, “História e Geografia Regio-nal”, ficou a cargo de Ana Menél, condutora de grupos e historiadora por paixão, e contou com a presença da secretária Municipal de Turismo, Ân-gela Maria Emmel. Nos dias 5 e 6, Fernando Fáva-ro, analista do ICMBio, tratou dos temas referentes ao Parna Ilha Grande. Os módulos de turismo serão ministrados por professores do Curso de Turismo da Cesumar e a parte de segurança e primeiros so-corros estará a cargo do Corpo de Bombeiros.

Além de Guaíra, o curso será ministrado também em outros municípios no entorno do Parna, para que o maior número de pessoas ligadas ao recebimento de visitantes que procuram o parque e região estejam preparados para prestar serviço de boa qualidade. A presença de guias ou condutores não é obrigatória, mas os grupos cada vez mais procuram assessora-mento nas visitas para enriquecer os passeios ao meio natural, acrescentando informações históricas, geo-gráficas, científicas e culturais da região.

O evento é iniciativa da administração do Parque Nacional de Ilha Grande em parceria com a Secre-taria Municipal de Turismo de Guairá e o Consórcio Intermunicipal para Conservação do Remanescente do Rio Paraná e Áreas de Influência - Coripa, com apoio do Curso de Turismo do Centro Universitário de Maringá, da Rede de Turismo Regional e Univer-sidade Paranaense - Unidade Universitária Guaíra.

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Edição 215ICMBio em Foco

Participantes analisaram andamento das ações do segundo ano do PAN

Participantes receberão certificado pela Rede de Turismo Regional

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Parque Municipal Natural é criado em APA federal em Goiás

Foi criado, no último dia 11, em Mambaí (GO), o Parque Municipal Natural do Pequi, totalmente inserido na Área de Proteção Ambiental das Nascentes do Rio Vermelho, administrada pelo nosso Instituto.

Com área de 2.385 ha, a UC de proteção integral passa a atuar na conservação da fauna, flora e dos recursos hídricos em corresponsabilidade com a APA onde está in-serida. O parque representa um incremento de 51,63% sobre a quantidade de áreas protegidas por unidades municipais de conservação do estado de Goiás.

O parque foi criado com recursos de Compensação Am-biental oriundos das Linhas de Transmissão Samambaia/Itumbiara e Samambaia/Emborcação, por determinação do Ibama, em consonância com o SNUC.

O Parque Municipal Natural do Pequi vem fortalecer a pro-teção dos recursos naturais existentes na Área de Proteção Ambiental das Nascentes do Rio Vermelho. O novo gestor da UC, Humberto Moura Villar de Lucena, fomentará a celebração de Termo de Reciprocidade entre o ICMBio e o Parque Municipal Natural do Pequi para a execução de projetos, atividades ou quaisquer eventos de interesse re-cíproco, com previsão de contratação de serviços e aquisi-ção de bens, em regime de mútua cooperação.

A APA Nascentes do Rio Vermelho tem por objetivo, en-tre outros, a proteção dos atributos naturais, da diversi-dade biológica, dos recursos hídricos e do patrimônio es-peleológico, assegurando o caráter sustentável da ação antrópica na região, com particular ênfase na melhoria das condições de sobrevivência e qualidade de vida das comunidades da UC. A unidade tem área de 176.159 ha, abrangendo os municípios de Posse, Buritinópolis, Damianópolis e Mambai.

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Parna Anavilhanas receberá Jovens Embaixadores AmbientaisEm outubro o Parque Nacional de Anavilhanas, no es-tado do Amazonas, receberá a visita dos vencedores do prêmio Jovens Embaixadores da Bayer. Além deles, no mesmo mês, também visitarão o Parna mais dois gru-pos de estudantes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa: do Mestrado Profissionalizante em Gestão de Áreas Protegidas e do Curso de Ecologia da Floresta Amazônica. O primeiro grupo também visitará o Parque Nacional do Jaú.

A 9ª edição do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais, promovido mundialmente pela empresa alemã em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, teve como vencedores oito jovens participantes de iniciativas socioambientais. Deles, quatro foram selecionados para participar de in-tercâmbio de uma semana em Leverkusen, cidade sede da Bayer, onde terão oportunidade de conhecer as mo-

dernas instalações da matriz da empresa, além de trocar experiências com os vencedores de outros 18 países da América Latina, Ásia e África.

Os outros quatro vencedores conhecerão Anavilhanas, um dos principais destinos ecológicos no Brasil, com a oportunidade de estudar a fundo boas práticas na área de sustentabilidade. São eles: Ricardo Thaler Beck, da Es-cola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, autor de programa de educação ambiental que se baseia no uso de minhocários; Bárbara Pereira Borges, da Universidade Federal de São Carlos, com iniciativa sobre reciclagem de óleo comestível; Gabriel Estevam Domingos, da Universi-dade Monte Serrat, em Santos (SP), criador de uma tinta acrílica ecológica; e Alan Henrique Marques de Abreu, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, com projeto de produção de mudas com resíduos de trata-mento de esgoto.

Tartarugas marinhas voltam às praias para desovar

O mês de setembro marca o início da 32ª temporada re-produtiva de tartarugas marinhas sob proteção do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Mari-nhas, o nosso Tamar. Segundo o coordenador do centro, Guy Marcovaldi, a expectativa é alcançar, com esta tem-porada 2012-2013, a marca de 15 milhões de filhotes protegidos, desde que se mantenham as médias anuais dos últimos períodos reprodutivos, que foram em torno de um milhão de tartarugas. Até março de 2013, as fê-meas de quatro das cinco espécies que ocorrem no Brasil retornam às praias em que nasceram para depositar seus ovos – a tartaruga verde (Chelonia mydas) se reproduz de dezembro a julho, nas ilhas oceânicas.

As bases do Tamar em áreas de desovas no litoral (Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe) estão a postos para intensificar o trabalho nas praias e no mar. Outras bases como as do Ceará, São Paulo e Santa Catarina ficam em áreas de alimentação, passagem e descanso das tartarugas marinhas. Até o fi-nal do ano fica pronta a matriz das principais ameaças às tartarugas marinhas que está sendo elaborada pelo Projeto Tamar. De acordo com a coordenadora técnica nacional do Tamar, Neca Marcovaldi, esse trabalho é de extrema importância, levando-se em conta as dimensões quase continentais do litoral e a distribuição das espécies ao longo de toda a sua extensão.

“Com recursos limitados e diante da grande extensão do litoral brasileiro, é preciso concentrar esforços identifi-cando quais ameaças matam as diferentes espécies de tartaruga, levando-se em conta as diversas fases da vida desses animais”, afirma a oceanógrafa. O maior desa-fio, após 30 anos de trabalho, é utilizar o conhecimento acumulado para priorizar ações capazes de otimizar os resultados de recuperação das populações das cinco es-pécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil. O momento é de muito trabalho, principalmente para as equipes de campo que vão realizar diversas tarefas, além de monitorar e cuidar dos ninhos, até que os filhotes possam alcançar o mar em segurança.

Há muita gente envolvida, incluindo cerca de 60 estagi-ários e trainees, que estão chegando para fortalecer as equipes das bases e para realizar ou acompanhar, junto com 100 pescadores-tartarugueiros e agentes locais, o monitoramento diurno e noturno das praias. O primeiro contato são as palestras e oficinas do Programa de Capa-citação de Estagiários e Trainees.

Durante o dia, o trabalho é feito para localizar e marcar os ninhos in situ. Quando necessário, pela ameaça humana ou da natureza, as desovas são transferidas para locais se-guros, ou seja, outros trechos de praia ou cercados de in-

cubação situados nas bases do Tamar. Graças ao trabalho de sensibilização, educação ambiental e de inclusão social junto às comunidades locais e turistas, cerca de 70% dos ninhos permanecem em seu local original.

O monitoramento noturno serve principalmente para flagrar as fêmeas em processo de desova, medir e inserir marcas nas nadadeiras dianteiras, com numeração única para identificar aquele indivíduo daí em diante. Também se coleta um pequeno pedaço de pele de alguns animais para estudos genéticos. Após o nascimento, os ninhos são escavados para coleta e análise de dados relativos a tempo de incubação, taxa de eclosão e espécie, dentre outros.

Todas as informações obtidas nas atividades de campo são armazenadas em planilhas específicas e inseridas no Sistema de Informações sobre Tartarugas Marinhas - Sitamar. Esses dados ficam disponíveis para estudos em desenvolvimento, publicações científicas periódicas, atualização do estado de conservação destas espécies e comprovação da eficácia dos métodos e estratégias de manejo e conservação utilizados. Os indicadores de efi-ciência, desenvolvidos e implementados com êxito em temporadas reprodutivas anteriores, são atualizados e continuam em uso pelas bases.

Além de iniciar novos estudos, nesta temporada re-produtiva o Tamar vai prosseguir com outras linhas de pesquisa em andamento, de modo a ampliar o conheci-mento acumulado. Os principais são “Mudanças climá-ticas”, “Cabeçudas na Praia do Forte”, “Hibridismo entre três espécies” e “Rastreamento de filhotes”. Campanhas permanentes de sensibilização e educação ambiental se-guem informando usuários de praias, moradores, em-presários, pescadores e turistas sobre a importância da colaboração de todos para que as tartarugas possam dar continuidade ao seu ciclo de vida. São exemplos: “Nossa Praia É a Vida” e “Nem Tudo que Cai na Rede É Peixe”.

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ICMBio participa de homenagem a parceiro

A Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas Queimada Pequena e Queimada Grande e a Esta-ção Ecológica Tupiniquins organizaram nos últimos dias 21 e 22 um evento em comemoração ao se-gundo aniversário de um importante parceiro nos trabalhos de educação ambiental do ICMBio: o Ins-tituto Ernesto Zwarg.

No dia 21 foram realizadas palestras com entra-da franca ao público de Itanhaém com os temas “Importância e os objetivos do Parque Ecológico Centro Educacional Ambiental Ernesto Zwarg em relação à educação ambiental, ao meio ambien-te e ao turismo na região”; “Dive Clean na Ilha Queimada Pequena”, por analista do ICMBio/SP; e “Sustentabilidade, inovação tecnológica e seus as-pectos econômicos”. No dia seguinte, houve pas-seio de barco pelo rio Itanhaém na companhia do músico Bruno Zwarg, que apresentou músicas de Itanhaém. À noite, no Pátio Totó Mendes, no Café da Vila, ocorreu o “Painel Mata Atlântica”, do ar-tista plástico Marcelo Senna, e sarau musical com Ymorian Zwarg.

Ícone regional, o ambientalista Ernesto Zwarg foi pioneiro no Brasil e líder do movimento que com-bateu as usinas nucleares, tendo sido a primeira voz a se levantar em defesa da Juréia e o respon-sável pela criação da estação ecológica de mesmo nome, quando recebeu informações dos caiçaras sobre demarcações e movimentações militares na área, com o objetivo de criar ali uma usina nucle-ar. Zwarg também livrou os rios e as praias de Ita-

nhaém dos esgotos com a primeira ação popular contra a construção de prédios, que resultou na primeira sentença pró-ambiente no Brasil. Comba-teu agressões às paisagens brasileiras, permitidas pelo SPU da Marinha e levadas a efeito por projetos imobiliários degradantes. Em homenagem ao pai, seus filhos criaram o Instituto Ernesto Zwarg, uma ONG parceira do ICMBio na região.

Reunião do Conparni discute uso do rio Iguaçu para o turismo em CapanemaA 17ª Feira do Melado foi o local escolhido para a reu-nião ordinária do Conparni, o Conselho Consultivo do Parque Nacional do Iguaçu, no último dia 13, no mu-nicípio paranaense de Capanema. O principal tema da reunião foi o uso do rio Iguaçu para o turismo local.

O evento serviu para mostrar aos conselheiros o uso do rio Iguaçu, normatizado pela Portaria nº 91, do Instituto Chico Mendes, publicada recentemente. O documento cria regras para a utilização de embarcações motorizadas ou não naquele rio, bem como define zoneamento para diversas atividades turísticas na região de Capanema.

Após a reunião, os conselheiros puderam visitar em pri-meira mão a Trilha das Taquaras, no interior do Parque Nacional do Iguaçu. Ela tem 550 metros de extensão e leva a uma "fabriqueta" de palmito que funcionou de for-ma criminosa em meio à mata. Futuramente, grupos de estudantes, clubes, associações e moradores da região também poderão visitar gratuitamente a atração.

A intenção da administração do Parna com a normati-zação do uso do rio Iguaçu e implantação da Trilha das Taquaras é dar apoio técnico ao licenciamento ambiental das propriedades que tenham interesse em ingressar na

atividade turística local e buscar cada vez mais a integra-ção e parceria com a comunidade do município.

"Precisamos manter o diálogo aberto, realizar ações con-cretas com a participação da comunidade, para melhor conhecimento do parque e com isso ajudar a protegê-lo, já que ainda é alvo de palmiteiros e caçadores", disse o chefe do Parna Iguaçu, Jorge Pegoraro.

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Oficina avalia estado de conservação de Actinopterygii marinhosA Acadebio sediou, entre os últimos dias 10 e 14, a Ofi-cina de Avaliação do Estado de Conservação de Actinop-terygii Marinhos. O objetivo foi avaliar 121 espécies, de 17 famílias, de peixes recifais. O evento recebeu 27 pessoas, entre servidores do ICMBio, bolsistas e pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa do Brasil, in-cluindo um pesquisador de instituição dos Estado Unidos.

Ao longo da semana, os especialistas, divididos em três grupos de trabalho, analisaram o risco de extinção das espécies de peixes recifais, aplicando o método de cri-térios e categorias da UICN, e indicaram a categoria de ameaça para cada espécie.

A analista Roberta Aguiar dos Santos, do Cepsul, pon-to focal do processo de avaliação dos peixes marinhos, informa que os objetivos da oficina foram plenamente alcançados. “A conclusão a que chegamos é de que as principais ameaças identificadas vêm da pesca para ali-mentação e aquariofilia, além da degradação de hábitats para algumas das espécies avaliadas”, explica Roberta.

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Dando continuidade ao processo de avaliação dos peixes marinhos, em dezembro será realizada uma outra ofici-na para avaliação de espécies de águas profundas, onde se pretende avaliar cerca de 150 espécies pertencentes à 34 famílias.

Conselheiros presentes à 17ª Feira do Melado

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Mosaico do Oeste do Amapá e Norte do Pará tem segunda reunião do conselho consultivo

O Instituto Chico Mendes, a Funai e o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena - Iepé realizaram na segunda e terça-feira desta semana a segunda reu-nião do Conselho Consultivo Piloto Mosaico de Áre-as Protegidas do Oeste do Amapá e Norte do Pará. O evento, no Centro Diocesano de Macapá, envol-veu representantes indígenas, comunidades agroex-trativistas, gestores de unidades de conservação e de órgãos governamentais federais, estaduais e mu-nicipais na continuidade da execução do plano de trabalho anual, com o acompanhamento das ativi-dades previstas e acordadas, conforme deliberações dos representantes presentes na última reunião.

A proposta de criação do Mosaico é fruto do pro-jeto “Unidades de Conservação e Terras Indígenas: uma Proposta de Mosaico para o Oeste do Amapá e Norte do Pará”. O projeto foi executado entre 2006 e 2010 pelo Iepé, com financiamento do Fundo Nacional do Meio Ambiente e colaboração de diversas organizações parceiras. A proposta para a região abrange uma área de 12.310.175 hectares, que inclui seis unidades de conservação e três terras indígenas.

Ao longo da sua execução foram realizadas ofici-nas, reuniões, seminários e intercâmbios com os envolvidos no projeto. Também foram promovidas atividades voltadas à populações do entorno das

áreas protegidas, como, por exemplo, dos assen-tamentos situados às margens da rodovia Perime-tral Norte, no Amapá, cujas ações afetam direta e indiretamente essas localidades. Por isso, também são consideradas público muito importante na ar-ticulação proposta pelo mosaico.

Embora finalizado em 2010, atividades continuam sendo realizadas com a finalidade de garantir a continuidade da mobilização enquanto o Ministé-rio do Meio Ambiente avalia o pedido de reconhe-cimento do Mosaico.

Resex Corumbau comemora 12 anos

No último sábado (22), a Reserva Extrativista Mari-nha de Corumbau, na Bahia, completou 12 anos de existência. A data foi comemorada com uma festa organizada pela comunidade com apoio da Associa-ção da Reserva Extrativista Marinha de Corumbau.

A cada ano, o aniversário, que já se tornou festa tra-dicional na região, é comemorado alternadamente em uma das três das nove localidades que compõe a unidade: Caraíva, Cumuruxatiba e Corumbau. Neste ano, o evento ocorreu tendo ao fundo a paisagem paradisíaca da Praia de Corumbau, uma das mais bonitas do extremo sul baiano. Nomeada pelos ín-dios pataxó e devido a essa enorme beleza cênica, Corumbau significa "longe das preocupações".

A comemoração teve início na sexta-feira anterior com oficinas de sensibilização ambiental, promo-vida pelo Projeto Coral Vivo, e de “nós de mari-nheiro”, realizada pela CI Brasil para o público co-munitário. No sábado, ocorreram as competições ao ar livre com as famílias de pescadores e maris-queiras, que participaram de provas de jogada de tarrafa, estrova de anzol, pescaria infantil, corrida de caiaque, futebol infantil e feminino e catagem de camarão.

A corrida de caiaque foi realizada com apoio dos membros do Conselho Deliberativo da Resex, como a CI Brasil, Instituto Baleia Jubarte, Flora Brasil e Pre-feitura de Prado, bem como de diversos parceiros, entidades e lojistas que todos os anos colaboram.

Também ocorreram apresentações culturais, como o Awê, dança indígena, representada pelos pata-xós da aldeia Bujigão, e de pratos tradicionais e da grande diversidade de peixes e mariscos consumidos pela população tradicional da reserva extrativista. O evento foi encerrado com o desfile da Garota e Ga-roto Resex 2012 e a apresentação de bandas.

A Resex Corumbau localiza-se entre os municípios de Prado e Porto Seguro, abarcando o cinturão ma-rinho de oito milhas náuticas, numa extensão de cerca de 65 km de costa, e possui área aproximada de 90.000 ha. A comunidade da reserva, que tem no extrativismo pesqueiro sua principal fonte de vida, é composta de cerca de 500 famílias e está distribuída por nove localidades: Curuípe, Caraíva, Aldeias Indígenas de Barra Velha e Bujigão, Corumbau, Veleiro, Imbassuaba, Cumuruxatiba e Japara.

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PESSOAS EM FOCO

Estão abertas até o dia 11 de outubro inscrições para o Curso de Atualização em Armamento, Abor-dagem e Emprego de Tecnologias Menos Letais II, que ocorrerá de 24 de novembro a 1º de dezembro, na Acadebio. O curso, com 120 vagas, é composto por três módulos eliminatórios: de Tiro, de Aborda-gem e de Tecnologias Menos Letais. O objetivo do evento é a renovação do porte de armas institucio-nais com validade até fevereiro de 2013.

Os servidores que não participarem do curso e aqueles que não forem considerados aptos na ava-liação psicológica ou não forem aprovados em al-gum dos três módulos não terão o porte de armas renovado. Neste caso, o armamento acautelado deverá ser devolvido pelo agente.

A divulgação da lista dos participantes ocorrerá em 15 de outubro. Mais informações e ficha de inscrição em www.icmbio.gov.br/ead/file.php/1/paginas/inscricoes/2012/cursos/Curso_de_Atuali-zacao_em_Armamento_Abordagem_e_Emprego_de_Tecnologias_Menos_Letais_II.html.

Curso de Atualização em Armamento

Vídeos da CGGP

A Coordenação-geral de Gestão de Pessoas está disponibilizando uma série de vídeos com rápidas instruções sobre os procedimentos mais comuns da CGGP ou que geram mais dúvidas. Eles estão disponíveis em www.icmbio.gov.br/ead/file.php/1/paginas/videos_cggp/index.html, onde também há espaço para postar dúvidas. Na última sexta-feira foi disponibilizado vídeo sobre Insalubridade e Periculosidade.

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Última edição do curso

Flona Ipanema recebe equipe de TV e pesquisador portugueses

A Floresta Nacional de Ipanema, no interior paulista, recebeu no último dia 21 a visita do Prof. Dr. Francisco Manuel Cardoso de Castro Rego, docente e pesquisa-dor do Instituto Superior de Agronomia da Universi-dade Técnica de Lisboa - ISA-UTL. Recepcionado pelo analista Luciano Regalado e pelo historiador Adolfo Frioli, o professor Francisco conheceu a Flona e as atividades ali desenvolvidas, principalmente aquelas voltadas à preservação da Mata Atlântica e da sua fauna associada ao uso público e à preservação do patrimônio histórico ali existente.

Além de conhecer um pouco do trabalho desen-volvido pelo ICMBio na gestão de áreas naturais protegidas, o objetivo da visita do professor foi também de captar imagens e colher informações sobre o sítio histórico da Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema, situado no interior da Flona. As imagens obtidas por uma equipe portuguesa de filmagem, chefiada pelo produtor Francisco Man-so, farão parte do documentário idealizado pelo professor sobre a vida e obra de José Bonifácio de Andrada e Silva. Com apoio da Rádio e Televisão Portuguesa, o documentário será exibido em rede nacional em Portugal e, se possível, também no Brasil, cuja abordagem envolve destacado papel de José Bonifácio como personagem ilustre nas ci-ências florestais, na mineralogia e na defesa das causas sociais e ambientais em Portugal e no Brasil.

Aproveitando a visita, Francisco Manuel estendeu o seu interesse pela história natural de Ipanema e o de conhecer melhor o importante papel da fábrica de ferro de Ipanema e de seus personagens, colo-cando-se a disposição como colaborador do Nú-cleo de Estudos Históricos e Ambientais da Floresta Nacional de Ipanema. Segundo o coordenador do Núcleo, Luciano Regalado, “o intercâmbio a ser

promovido permitirá o acesso a manuscritos, ma-pas e outros documentos sobre Ipanema que estão sob a guarda dos principais centros de pesquisa e de preservação histórica de Portugal, como os acer-vos da Torre do Tombo e da Biblioteca Nacional de Portugal. Assim que recebermos as cópias desses documentos, elas ficarão na íntegra disponíveis para consulta e pesquisas a todos os interessados que procurarem o nosso Núcleo de Estudos”.

A cooperação não deverá permanecer apenas no âmbito da história, uma vez que uma das especia-lidades do professor Francisco é a gestão de áreas florestais e de vida silvestre, com ênfase na temá-tica Incêndios Florestais. Segundo o analista Oscar Rensburg Willmersdorf, coordenador da Brigada de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Flona Ipanema, a troca de experiência com profis-sionais de outras agências e países demonstra ser bastante salutar e enriquecedora.

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Edição 215ICMBio em Foco

Prof. Adolfo Frioli, historiador e colaborador do Núcleo de Estudos da Flona Ipanema; Prof. Francisco Castro Rego, docente do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de

Lisboa; e o analista ambiental da Flona, Luciano Regalado

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Seminário de Iniciação Científica

Já estão disponíveis no nosso por-tal os Anais do IV Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio. O evento foi realizado no mês passado, na Acadebio. O do-cumento encontra-se em www.icmbio.gov.br/portal/o-que-faze-mos/pesquisa-e-monitoramento/seminarios-de-pesquisa.html.

Goytacazes comemora Dia da Árvore

A Floresta Nacional de Goytacazes, localizada em Linhares (ES), realizou intensa atividade entre os dias 21 e 23 de setembro para comemorar o Dia da Árvore. Numa parceria com o Tiro de Guerra 01/017, a Secreta-ria Municipal de Meio Ambiente de Linhares e a empresa SAAB/Coca-Cola e com apoio da nossa Divisão de Gestão Participativa, a Flona recebeu as comunidades do entor-no, que percorreram suas trilhas e participaram de eventos como a reintrodução à natureza de 22 pa-pagaios. Na ocasião, foram distri-buídas 7 mil mudas de 15 espécies da Mata Atlântica. No domingo, com presença de grande público, foi efetuado o plantio de dez mu-das de sapucaia em comemoração ao bicentenário da visita de D. José Caetano da Silva Coutinho a Linha-res, ocorrida em outubro de 1812, ocasião em que esse bispo cons-truiu um cruzeiro utilizando galhos dessa espécie vegetal. A professora Zilá Sabaini, representante do Insti-tuto Histórico e Geográfico no con-

selho gestor da Flona, fez palestra sobre a visita do ilustre religioso, que presidiu a coroação de D. Pe-dro I como primeiro imperador do Brasil, em 1822.

ICMBio na TV Senado

A TV Senado exibe nesta semana o programa Cidadania que tem como convidado o presidente do Instituto Chico Mendes, Roberto Vizentin. Em entrevista ao repórter Paulo Acrísio, Vizentin fala sobre os cinco anos de criação do ICMBio. Com duração de 20 minutos, o programa, já exibido de segunda à quinta-feira, será re-apresentado hoje, às 20h30. A TV Senado pode ser sintonizada pela Net (canal 7), Sky (canal 118) e Tec-sat (canal 17). O programa também já está disponível no nosso canal do You Tube, em www.youtube.com/watch?v=mJnKW2IloZE&list=UUhwknKcrrEYqVSgloYtHbxg&index=1&feature=plcp.

atividades desenvolvidas. Mais in-formações em www.icmbio.gov.br/portal/images/Editalsele%C3%A7%C3%A3ovoluntarios20122013.pdf.

Pau-brasil

Na última segunda-feira foi institu-ído por portaria do Ministério do Meio Ambiente o Programa Nacio-nal de Conservação do Pau-brasil. Com o objetivo de promover ações estratégicas destinadas à conser-vação da espécie e do seu hábitat natural, o programa foi constru-ído a partir dos compromissos as-sumidos pelo Brasil na Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB e na Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flo-ra e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - Cites, ambas ratificadas pelo governo brasileiro. De acordo com a portaria, o Programa Nacio-nal de Conservação do Pau-brasil tem como metas a reavaliação do estado de conservação da espécie; identificação de unidades de con-servação e áreas remanescentes que abrigam populações de pau-brasil; revisão e implementação do Plano de Ação Nacional do Pau-bra-sil; e promoção do uso sustentável e de plantios comerciais da espécie em iniciativas e empreendimentos públicos e privados. O Grupo Exe-cutivo do Programa é formado por representantes do MMA, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro, Institu-to de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Ibama.

Esquadrilha da Fumaça faz sobrevoo inédito nas Cataratas do Iguaçu

A Esquadrilha da Fumaça, do Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira, sobrevoou no último dia 16 uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo: as Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu (PR). A passagem sobre as cata-ratas foi inédita com os aviões

Tucanos da Fumaça na pintura atual. A última vez havia sido na década de 1990, com os aviões pintados de vermelho e branco. Durante o sobrevoo, as sete aero-naves T-27, em formação flecha, estiveram cerca de dois mil pés ou aproximadamente 700 metros acima do conjunto de quedas d´água. À frente dos Tucanos, na aeronave C-105 Amazonas, es-tavam os fotógrafos da FAB que realizaram belas imagens, mes-clando a magnitude da beleza da natureza com a alegria das cores da bandeira nacional estampadas nos aviões. O sobrevoo contem-plou, também, uma bela vista de parte da Mata Atlântica conser-vada no parque nacional.

Guapimirim e Estação Ecológica de Guanabara, com apoio da SOS Mata Atlântica, Cooperativa Man-guezal Fluminense e do Instituto Nacional de Tecnologia e Uso Sus-tentável - Innatus.

Globo Repórter exibe belas reservas do ICMBio

Áreas bem preservadas, de rara bele-za e rica biodiversidade nos parques nacionais da Serra da Bodoquena (MT) e Superagui (PR) foram tema do Globo Repórter, da TV Globo, da última sexta-feira (21). Em Mato Grosso, a repórter Cláudia Gaigher entrou na zona fechada da Serra da Bodoquena e enfrentou corredeiras, misteriosos canyons submersos e mergulhou nas águas mais limpas do Brasil. No Paraná, a repórter Dulcinéia Novaes visitou o litoral de Superagui e encontrou animais raros, acompa-nhou a jornada dos pássaros verme-lhos e ficou frente à frente com uma enorme baleia jubarte. O programa ainda exibiu rios que desaparecem nos paredões de pedra, a beleza dos peixes e as nascentes que brotam do fundo da terra. Os parques são des-critos pelo material de divulgação da Globo como “dois paraísos protegi-dos, onde a vida selvagem se exibe encantadora diante das nossas câ-meras”. O vídeo está disponível em http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2012/09/globo-reporter-visi-ta-preservadas-e-belas-reservas-da-mata-atlantica.html. Mais um deta-lhe: no último dia 21 o Parna Serra da Bodoquena completou 12 anos de criação.

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Conselheira Zilá Sabaini durante plantio

Presidente Vizentin em entrevista ao repórter Paulo Acrísio

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Plano de Manejo da Resex do Rio Jutaí

Foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (26) a Portaria nº 104, que aprova o Pla-no de Manejo da Reserva Extrati-vista do Rio Jutaí, no Amazonas.

Ops!

Diferente do publicado na edição anterior desta revista eletrônica, a analista Ana Rafaela D´Amico é coordenadora da CR1, em Porto Velho, e não chefe do Parque Na-cional Campos Amazônicos.

Foto da capa

O Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, ilustra a capa desta edição. A foto é de autoria do analista e fotógrafo Le-onardo Milano, da DCOM.

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Aniversário da APA Guapimirim

Amanhã ocorrem as comemora-ções de 28 anos da Área de Pro-teção Ambiental de Guapimirim, em sua sede, localizada no muni-cípio de Guapimirim (RJ). O evento começará com café da manhã e abertura oficial, às 9h. Em seguida, pescadores e visitantes descerão o rio até a Baía da Guanabara onde haverá abraço simbólico próximo a um curral de pesca (tipo de arma-dilha), representando um pedido de paz e fartura na baía. Paralela-mente, haverá plantio de mudas nativas às margens do rio Guapi-mirim, realizado por voluntários e parceiros locais. Na volta, um lan-che reforçado com apresentação de música feita pela comunidade local encerrará as comemorações. Serão distribuídos bonés, camise-tas e mudas de árvores aos parti-cipantes. O evento é uma realiza-ção do ICMBio, por meio da APA

Esec Tamoios seleciona voluntários

A Estação Ecológica de Tamoios, nos municípios de Angra dos Reis e Paraty, no Rio de Janeiro, lançou no último dia 19 edital para seleção de candidatos ao Programa de Volun-tariado da unidade. As inscrições começaram no dia 25 e seguem até 25 de outubro. Podem se ins-crever estudantes e graduados nos cursos de Ciências Biológicas, Ciên-cias Humanas, Comunicação Social e Turismo. Das quatro vagas dis-poníveis, três são para campanhas educativas e informativas na região de Angra e Paraty no período do verão e uma vaga para a realização de atividades na sede da Esec. Ao final do período de serviço, a es-tação ecológica emitirá certificado no modelo do Programa Nacional de Voluntariado do ICMBio, que conterá o período trabalhado e as

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“Disputando espaço: sirizeiro, currais de pesca e navio comercial” é o título dado pelo autor da foto, o agente de fiscalização Carlos Augusto Ribeiro Barbosa, da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim (RJ). Com a imagem, nosso

colega revela como é difícil a sobrevivência da pesca artesanal, neste caso, para o pescador de siri, na Baía de Guanabara.

NO FOCO

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Divisão de Comunicação - DCOM

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Revista eletrônica semanal

Editores

Ana Carolina Lobo da Silveira (jornalista) Ivanna Costa BritoLísias de Moura

Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Projeto Gráfico / Diagramação

Danilo Bezerra de Jesus

Revisão

Thaís Alves de Lima

Supervisão Geral

Cláudia Camurça

Colaboraram nesta edição

Adilson Borges – Parna Iguaçu; Adriana Melo Magalhães – ARIE Ilhas Queimada Pequena e Queimada Grande; Alexandre Costa – Esec Tupinambás; Cris Almeida – Acadebio; Cristiana Castro Lima Aguiar – Parna Nascentes do Rio Parnaíba; Dandara Santos – DCOM; Diana de Alencar – Resex Mapuá; Edgard de Souza Andrade Júnior – Flo-na Passa Quatro; Elmano Augusto – DCOM; Equipe Ascom/Codevasf; Equipe Cecav; Fernando Pinto – DCOM; Humberto Moura Villar de Lucena – APA Nascentes do Rio Vermelho; Leony Wand Del Rey – Flona Goytacazes; Luciano Regalado – Flona Ipanema; Priscila Maria da Costa Santos – Parna Anavilhanas; Rodrigo Rueda – DCOM; Romano Pulzatto Neto – Parna Ilha Grande; Thaís Alves – DCOM.